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Resumos de leitura obrigatória
AULA 27 - 22/05/2019
➔ Perguntas iniciais para o caso tributário (aula 10):
➔ Principais vícios:
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• Efeitos da suspensão:
- Ferramenta que pode retardar a cobrança.
• Efeitos nos prazos decadencial e prescricional:
• Crédito tributário - suspensão, extinção e exclusão.
O CTN revela um rol taxativo, dos casos que suspende a exigibilidade do crédito,
extingue ou excluí.
Mero protocolo da intervenção judicial não suspende o crédito tributário.
A suspensão não implica na suspensão do cumprimento das obrigações acessórias,
devendo o sujeito passivo, cumpri-las independentemente da realização da obrigação
principal.
Crédito tributário exigível = lei + fato gerador + lançamento
Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal
constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
Súmula 446 do STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima
a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
Súmula 555 do STJ: Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial
quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma
do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever
de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
- Não porque trata-se de crédito tributário exigível.
- Certidões no Código Tributário Nacional - art. 205 e 206.
- Não terá sucesso. De acordo com o artigo 140 do CTN, o rol previsto no artigo 151 do
CTN é TAXATIVO.
“Em suma, as causas de suspensão do crédito tributário podem ocorrer mesmo antes do
lançamento e, portanto, não pressupõem a existência de crédito tributário no sentido que
lhe deu o CTN. O que se suspende, portanto, é o dever de cumprir a obrigação tributária,
ou porque o prazo para pagamento foi prorrogado, ou porque um litígio se esteja
instaurando sobre a legitimidade da obrigação, e esse litígio seja acompanhado de alguma
medida que impede a prática e atos do sujeito ativo no sentido de exigir o cumprimento
da obrigação.” (AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. Saraiva, 15ª ed., 2009,
p.378)
Moratória
• Dilação do prazo de vencimento do tributo.
• Pode ser antes ou depois do decurso do prazo original.
• Não se confunde com o parcelamento.
• Pode ser dada em caráter geral ou individual (art. 152, CTN).
• Não pode ser concedida sem prazo definido (art. 153, CTN).
• Salvo disposição de lei em contrário, só abrange créditos definitivamente
constituídos à data da lei ou do despacho concessor.
• Será “revogada” de ofício quando se apurar que o beneficiado não satisfazia ou
deixou de satisfazer as condições (art. 154, CTN).
*Obs. Art. 152, I, CTN – discussão doutrinária se este artigo foi recepcionado pela
constituição.
Depósito do Montante Integral
• Correspondente à soma do tributo, juros e multa.
• Não é pressuposto para discussão judicial do débito.
• É direito subjetivo.
• O crédito não constituído não impede o depósito.
• Precisa ser em dinheiro e integral - Súmula 112 do STJ: “O deposito somente
suspende a exigibilidade do crédito se foi integral e em dinheiro”.
• Inibe a execução fiscal.
AULA 28 - 27/05/2019
(...) SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - Depósito do Montante Integral
Art.5º, CRFB: (...) XXXV- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito;
Súmula Vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito
de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito
tributário.
A concessão de medida liminar em mandado de segurança
O mandado de segurança designa ação judicial própria à defesa de direito líquido e certo
(provado de plano) e violado – ou na iminência de o ser – por ato abusivo de uma
autoridade que age com coação (autoridade coatora). Trata-se de ação de rito
mandamental com a possibilidade de conferir ao impetrante da ordem uma decisão initio
litis, que suspende a exigibilidade do crédito tributário, ou seja, a liminar. Para tanto, o
magistrado deverá verificar se estão presentes os pressupostos autorizativos dessa
providência inaugural, a fim de que bem prolate a decisão interlocutória respectiva, em
consonância com o inciso III do art. 7.º da Lei 12.016/2009, quais sejam: relevante
fundamento do pedido, também conhecido pela expressão latina fumus boni juris; e
ineficácia da medida, caso não seja deferida de imediato, também intitulada periculum in
mora. O ajuizamento do mandado de segurança, com vistas à obtenção da medida liminar,
pode se dar antes da ocorrência do lançamento. Trata se do chamado “mandado de
segurança preventivo”. A propósito, é vedada a exclusão do Poder Judiciário da lesão a
direito ou sua simples ameaça (art. 5.º, XXXV, da CF). Diante desse cenário, o juiz, ao
conceder a liminar, apenas impedirá que o crédito tributário seja coercitivamente exigido,
determinando a suspensão de sua exigibilidade, embora sem a constituição pelo
lançamento. É o que denominamos “antecipação dos efeitos da suspensão da
exigibilidade do crédito tributário”. Todavia, ainda que subsistam os mencionados
“efeitos de antecipação”, é vedada a expedição de ordem objetivando impedir a
autoridade fiscal de promover o lançamento tributário, uma vez que o perigo da demora
não pode acarretar prejuízo para o Fisco, que veria esvair se o prazo para a constituição
do seu crédito tributário até que a ação fosse definitivamente julgada. Com efeito, a causa
suspensiva do crédito tributário apenas suspende a sua exigibilidade, não impedindo que
ocorra a sua constituição por meio do lançamento. Sabe-se que o mandado de segurança
não é a via adequada para questionar uma lei em tese, sendo esta entendida como a de
natureza abstrata, sem vinculação com o contribuinte. Essa afirmação é corroborada na
Súmula 266 do STF, que assim dispõe: “Não cabe ‘mandado de segurança’ contra lei em
tese”. No entanto, prevalece o entendimento segundo o qual é plenamente possível o
mandado de segurança contra a lei tributária, sem qualquer espécie de paradoxo, uma vez
que a norma do tributo tem a aptidão de ensejar efeitos concretos na órbita patrimonial
dos contribuintes. (Código Tributário Nacional Comentado / Eduardo Sabbag. – 2. ed.
rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018).
A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial
Com o novo Código de Processo Civil (CPC/2015) – Lei 13. 105/2015, as medidas
cautelares foram extintas, dando lugar à chamada tutela provisória, prevista no artigo 294
e seguintes do CPC/2015, a qual foi dividida em tutelas de urgência (abrangendo as tutelas
satisfativas e as tutelas cautelares) e tutelas de evidência. As tutelas de urgência poderão
ser concedidas, desde que haja elementos que demonstrem o fumus bonis iuris
(probabilidade do direito vindicado) e o periculum in mora (perigo de dano ou risco ao
resultado útil ao processo). Já as tutelas de evidência poderão ser concedidas
independentemente da caracterização do periculum in mora, ou seja, basta a
demonstração da plausibilidade do direito. Observe dois importantes comandos no
CPC/2015: Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. A
suspensão do crédito tributário, por meio de tutela concedida em ação judicial, consta
expressamente no rol dos incisos do art. 151 do CTN, o que equivale dizer que a extinta
“medida cautelar” foi substituída pela atual tutela antecipada antecedente – um tipo de
tutela de urgência que pode ser considerada a causa suspensiva da exigibilidade do crédito
tributário. Para tanto, o contribuinte deverá pleitear a concessão de medida, que poderá
ser declaratória de inexistência de relação jurídico tributária ou anulatória de débito fiscal,
conforme o caso, devendo a petição inicial limitar-se ao requerimento da tutela e à
indicação do pedido, com a exposição dos fatos e do direito, assim como a demonstração
do perigo de dano ou do risco ao resultado útil ao processo, nos termos do artigo 303 do
CPC/2015. Após, no prazo legal, deverá aditar a petição inicial com a complementação
da argumentação e a juntada de novos documentos, consoante o § 1.º do mencionado
artigo. Ad argumentandum, ao que parece, no entanto, a medida cautelar fiscal permanece
vigente. Esta espécie, que tem previsão em legislação própria, visa “obter a
indisponibilidade patrimonial dos devedores para com o Fisco até o limite do valor
exigido, frustrando com isso a tentativa de ser lesado o Estado, tanto na fase
administrativa como na judicial de cobrança”. Com efeito, para certas situações em que
o Fisco verifique risco de tornar ineficaz a execução fiscal, a legislação brasileira prevê a
ação ou medida cautelar fiscal. Esta não se confunde com as cautelares extintas pelo
CPC/2015. (Código Tributário Nacional Comentado / Eduardo Sabbag. – 2. ed. rev.,
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018).
Parcelamento
• Será concedido na forma e condição estabelecida em lei específica.
• Segue as normas gerais da moratória (simetria entre os institutos).
• Parcelamento não se confunde com denúncia espontânea. O simples pedido de
parcelamento e sua obtenção não bastam para afastar a aplicação da multa. Antigamente,
entendia o STJ que a denúncia espontânea, acompanhada do pagamento parcelado do
tributo excluía a incidência da multa. Com o advento da LC 104/01, o STJ alterou seu
entendimento, passando a decidir que o parcelamento não era forma de pagamento e, por
isso, não se aplicava o benefício da denúncia espontânea.
Súmula 208 do TFR: A simples confissão da dívida, acompanhada do seu pedido de
parcelamento, não configura denúncia espontânea.
– Parcelamento comum: existe uma lei especifica no ente fazendário que regulamenta o
parcelamento a qualquer momento (qualquer condição como devedor – inscrito, ajuizado
etc.) – LEI ESTÁVEL (perpetua, mas que pode ser revogada).
– Parcelamento especial: quando a administração com o objetivo de fomentar o
parcelamento, cria condições especiais para parcelar. Só pode aderir pessoas, fatos
geradores e tempos específicos. A adesão deve ser realizada ao tempo da lei. Em regra é
melhor que ao parcelamento comum - LEI ESPECÍFICA.
– Parcelamento de ofício: não é aderido pelo contribuinte, mas concedido pela
administração na sua bondade. Exemplo: IPTU.
PORTARIA PGFN Nº 448, DE 13 DE MAIO DE 2019 - Dispõe sobre o parcelamento
de que tratam os artigos 10 a 13 e 14 a 14-F da Lei n. 10.522, de 19 de julho de 2002,
para os débitos inscritos em dívida ativa da União e administrados pela Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional.
*As três modalidades suspendem a exigibilidade do crédito tributário.
Como o crédito não foi lançado, é possível a denúncia espontânea.
Art. 138, CTN – normas gerais → art. 155-A § 1º, CTN.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• Só pode isentar quem tem o poder de tributar. Só pode anistiar quem temo poder
de tributar.
• Isenta-se tributo / anistia-se a multa.
• A exclusão do crédito tributário, por meio da anistia e da isenção, consiste na
inviabilidade de sua constituição, ou seja, são situações em que, mesmo ocorrido o fato
gerador e a obrigação tributária, não haverá lançamento e, consequentemente, não haverá
o crédito tributário.
AULA 29 - 29/05/2019
(...) EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• Não gera direito adquirido - Art. 179 § 2º, CTN - O despacho referido neste artigo
não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
• Revogação da isenção - pode acontecer, SALVO SE CONCEDIDA POR PRAZO
CERTO E SOB CONDIÇÃO ONEROSA.
Sum 544 do STF: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser
livremente suprimidas.
• A revogação da isenção se aplica imediatamente?
2. Anterioridade e revogação de isenções – O art. 104 pode parecer desnecessário e
ultrapassado, pois apenas explicita consequências do princípio da anterioridade, à luz de
sua significação quando o CTN foi editado, em 1966. Atualmente, tendo a anterioridade,
na CF/88, conteúdo e alcance mais amplos, conforme explicado na nota anterior, o
dispositivo em questão seria inócuo. Há, porém, situação na qual pode ter grande
utilidade. É que o STF decidiu – de forma equivocada, data venia, mas decidiu – que o
princípio da anterioridade não se aplica à lei que revoga uma isenção. É o que consta de
sua Súmula 615: “O princípio constitucional da anualidade (§ 29 do art. 153 da
Constituição Federal) não se aplica à revogação da isenção do ICM.” Análise dos
precedentes que deram origem à Súmula mostra que o STF partiu da (falsa) premissa de
que a isenção seria uma mera “dispensa legal de tributo devido”. Por isso, a revogação de
uma lei isentiva não implicaria criação ou aumento de imposto (já previsto e fixado em
lei preexistente), não se submetendo, por isso, ao princípio da anualidade, então vigente.
Pelo mesmo raciocínio, não seria sujeita, hoje, ao princípio da anterioridade, previsto no
art. 150, III, “b” e “c”, da CF/88. Como já adiantado, o entendimento consagrado na
Súmula não é correto, pois a isenção não configura mera “dispensa legal de tributo
devido”. Isso seria verdade se, e somente se, diante da prática do fato que em princípio
seria tributado, mas que foi contemplado por lei isentiva, ocorresse em um primeiro
momento a incidência da norma de tributação, fazendo nascer a obrigação tributária, e,
em um segundo momento, incidisse a norma isentiva, dispensando o respectivo
pagamento. Não é isso, porém, o que se dá. Em verdade, ao editar norma isentiva, que
pode inclusive encontrar-se veiculada na mesma lei que veicula a norma de tributação, o
legislador procede a um recorte na própria hipótese de incidência da norma de tributação.
Assim, a revogação de uma norma isentiva implica a ampliação da hipótese de incidência
da norma de tributação (com o afastamento da norma que a reduzia). As situações antes
contempladas pela isenção passam a ser, a partir de então, abarcadas pela norma de
tributação. Tem-se, portanto, que em face delas a norma tributária, que antes não incidia,
passa doravante a poder incidir. Isso equivale, em todos os aspectos, à edição de lei
instituindo novo tributo (afinal, a lei que revogou a isenção equipara-se a uma lei que
define novas hipóteses de incidência para tributo preexistente). Não há motivos, portanto,
para não se sujeitar à anterioridade. Seja como for – e é aqui que se mostra a utilidade
prática do art. 104, III, do CTN –, se a anterioridade, tal como prevista na Constituição,
não se aplica às leis que revogam isenções (pelo menos na visão do STF), essa
aplicabilidade é expressamente determinada, em relação aos impostos sobre patrimônio e
renda, pelo CTN, que nesse ponto não se limita a repetir o texto constitucional. Na
verdade, tendo em vista a interpretação que o STF deu ao texto constitucional, o artigo
vai além dele. Não parece haver, por seu turno, invalidade nessa “regulamentação”, até
porque não se tem, aqui, restrição ao direito previsto no texto constitucional, mas sutil
ampliação, destinada a explicitar o que, a rigor, dele já decorreria diretamente (Código
Tributário Nacional: anotações à Constituição, ao Código Tributário Nacional e às Leis
Complementares 87/1996 e 116/2003 / Hugo de Brito Machado Segundo. – 6. ed. rev.,
atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017).
• Tratados internacionais:
• LC 157/16 – alterou LC 116/03 → Art. 8o-A. A alíquota mínima do Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento).
*Verificar a dispensa do pagamento do tributo quanto a regra matriz de incidência.
Anistia
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à
vigência da lei que a concede, não se aplicando:
• É o perdão das infrações e das sanções respectivas.
• Não exclui e nem extingue o tributo (principal).
• É causa de exclusão do crédito pois pressupõe a ocorrência do FG e,
necessariamente, de uma sanção (ex. a multa pelo inadimplemento).
• Só pode ser criada por lei.
• Pode ser geral ou sob condição (mediante despacho da autoridade administrativa).
• Poder ser combinada com a remissão
• Não gera direito adquirido
Sumula 473 do STJ: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.
CASOS PRÁTICOS
Em se tratando de tributo indireto (como é o caso do ICMS), o STF reconhece a aplicação
da imunidade em benefício do contribuinte de direito (comerciante) e não em favor do
contribuinte de fato (adquirente, que sofre o encargo do tributo).
Preferência do crédito - Art. 186, CTN. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja
qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes
da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.
SESSÃO DA TARDE - ISENÇÕES
https://www.youtube.com/watch?v=jKfzCV4C1c0&t=302s
Ementa:
- Suspensão do crédito tributário
- Exclusão do crédito tributário
- Casos práticos
BONS ESTUDOS!!!!
MONITOR: ZOZIMAR RAMONDA