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ANAIS DO X ENCONTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA FACULDADE LUCIANO FEIJÃO ISSN 2318.4329 Resumos Expandidos PSICOLOGIA Sobral-CE, novembro de 2017

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ANAIS DO X ENCONTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA FACULDADE LUCIANO FEIJÃO

ISSN 2318.4329

Resumos Expandidos

PSICOLOGIA

Sobral-CE, novembro de 2017

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RESUMOS

(RE)PENSAR SABERES ACERCA DA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL ANA LENISE MELO JÚLIO FERNANDA TALITA CUNHA DE SÁ

A ARTETERAPIA E A IDENTIDADE COM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA JAYNE VASCONCELOS SILVA CARLOS CÉSAR PORTO CARNEIRO FILHO

A AUSÊNCIA FAMILIAR E O IMPACTO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO IDOSO: UMA REVISÃO DE LITERATURA DANIELLE FEITOSA ALMEIDA

A DROGADICÇÃO EM INTERFACE À MATERNIDADE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES MARIELENA DE BARROS FELISBERTO

A ESCOLA COMO UM ESPAÇO DE (DES) CONSTRUÇÃO DAS DIVERSIDADES JUVENIS: REFLEXÕES, DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA PSICOLOGIA LIDIMARA MARTINS ABREU ADRIANA BRANDÃO DE PAULO

A ESCUTA FENOMENOLÓGICA E OBSERVAÇÃO NO CAPS-AD DE PARNAÍBA: RELATANDO UMA EXPERIÊNCIA CARLOS VITOR ESMERALDO ALBUQUERQUE KHALINA ASSUNÇÃO BEZERRA EVANDRO MAMEDE MOREIRA JUNIOR

A HISTÓRIA E MITOS SOBRE A ADOÇÃO: DESVENDANDO OS MISTÉRIOS, ENFRENTANDO PRECONCEITOS ISABEL CRISTINA LOPES EUGÊNIO ANTONIA EDNA FAUTISNO

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A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR PARA A VIDA DE MULHERES DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA LUANA LÁISA DE OLIVEIRA ANDRADE ANTÔNIA ADRIELE PAIVA DE FARIAS

A IMPORTÂNCIA DE OFERECER O APOIO PARA PACIENTES E ACOMPANHANTES DURANTE A INTERNAÇÃO EM UMA ENFERMARIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ZENAIDE SILVA DIAS CIRILA RAQUEL DE ARAÚJO MENDES

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS EM VULNERABILIDADE SOCIAL FRANCISCA MAÍSA DA PENHA ROCHA ALINE MESQUITA DA COSTA

A INSERÇÃO DA PSICOLOGIA NO SETOR DE HEMODIÁLISE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA GUSTAVO MORAIS FREITAS DAYRA PEREIRA BARBOSA GEÓRGIA MARIA MELO FEIJÃO

A INTERCULTURALIDADE NA ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS DAYRA PEREIRA BARBOSA MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO RAFAELA SOARES MORAIS

A MULHER/MÃE E OS DESAFIOS ENTRE O AMOR E A DEPENDÊNCIA QUÍMICA FABIANA COSTA FERNANDES JULYANA LIMA VASCONCELOS

A PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL E SUA APLICAÇÃO NO CONTEXTO CLÍNICO SAMILLYA TOMÁS DOS SANTOS ELIANA SILVA PINHEIRO

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A PRÁXIS DO PSICÓLOGO COM FAMÍLIAS EM RISCOS SOCIAIS ANA FLÁVIA SILVA DE SOUSA

A PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM UMA AMOSTRA DE JOVENS DO INTERIOR DO ESTADO DO CEARÁ KÁTIA LEÍSE DO NASCIMENTO ARAÚJO ANTÔNIA ARAUJO DE SOUSA RAFAELA PRADO OLIVEIRA

A PSICOLOGIA E O HOSPITAL: OS DESAFIOS DO SETTING TERAPÊUTICO DE UMA ENFERMARIA EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DO CEARÁ ADRIANA BRANDÃO DE PAULO GEÓRGIA MARIA MELO FEIJÃO

A PSICOLOGIA E O HOSPITAL: OS DESAFIOS DO SETTING TERAPÊUTICO DE UMA ENFERMARIA EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DO CEARÁ ADRIANA BRANDÃO DE PAULO GEÓRGIA MARIA MELO FEIJÃO

A PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL DENTRO DO CONTEXTO SOCIAL COMUNITÁRIO FABIANA COSTA FERNANDES ANA FLAVIA SILVA DE SOUSA

A PSICOLOGIA NO NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS-NPJ BIANCA MARIA DE OLIVEIRA CARVALHO

A RELAÇÃO DO INDIVÍDUO COM A MORAL E O SUICÍDIO LENDRA MENDES ONZI LARISSA EMILLY DE LIMA CÉSERO STÉFANI SOUSA RIBEIRO

A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO AGRÍCOLA E SUICÍDIO NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA DO CEARÁ CARLA VIEIRA CARDOSO ANNA THAÍS DA SILVA ARAÚJO

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A SEXUALIDADE EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA MONICA XIMENES MELO JOSÉ ÂNGELO MOUTA NETO

A TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO AMANDA BEZERRA LOPES

A VIDA LIGADA ÀS MÁQUINAS DA HEMODIÁLISE E SEUS EFEITOS NO CAMPO SUBJETIVO KILVIA FEITOZA FERREIRA FERREIRA SAMARA ALVES VASCONCELOS

A VISÃO DISCENTE DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA PSICOLOGIA ÍRIS DOS SANTOS TIMBÓ

ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DO HISTÓRICO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRODESCENDENTES NO BRASIL DENISE DA SILVA ARAÚJO JOSÉ ANDERSON MARQUES GUEIROS MELINA SOUSA GOMES

ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM ESTUDANTES DE MEDICINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA JAMAYRA ROCHA ALVES LARA DIOGO PEREIRA

APLICAÇÃO DA GUARDA MENOS DANOSA AOS FILHOS MENORES E A INTERFERÊNCIA DA LEGISLAÇÃO NESSES CASOS MAYARA DE OLIVEIRA MELO KAROLYNE FERNANDES ALBUQUERQUE TARGINO

AS PRÁTICAS DA PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL NO CAMPO DA SAÚDE NADINE RODRIGUES ALBUQUERQUE KAREN BRUNA LIMA SOARES CIRILA RAQUEL DE ARAÚJO

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AS RELAÇÕES AFETIVAS NA PÓS-MODERNIDADE FRANCISCA RONES ARAÚJO FARIAS FILHO IZABELE CRISTINA ALVES RIBEIRO LAYZE BARBOSA MARTINS FARIAS

ATIVIDADE, CONSCIÊNCIA E FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES NO CONTEXTO CLÍNICO FRANCISCA FERNANDES ARAÚJO ROCHA JAYNE SILVA VASCONCELOS MARIA IZABELLY MORAIS DA SILVA

ATRIBUIÇÕES DO PSICÓLOGO NO CENTRO DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL: A RELAÇÃO COM SCFV/IDOSO FRANCISCO GILDO DA SILVA DUARTE FRANCISCA MAÍSA DA PENHA ROCHA ANNE GRAÇA DE SOUSA ANDRAD

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM INTERFACE AO ENFRENTAMENTO DO TRABALHO INFANTIL ANTONIA DE MARIA RAQUELINE GOMES DE SOUSA

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO SANDY BRAGA LIMA DAYRA PEREIRA BARBOSA

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ESTRESSE EM PRÉ-VESTIBULANDOS NICOLLE DE ARAÚJO FONTES BARROSO MARIA EDUARDA SOUSA ROCHA ROSE ANNE HOLANDA

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: UM ESTUDO DE CASO COM APLICAÇÃO DO TESTE HTP IRLANA MARIA DE ABREU FROTA CLARA INGRID SILVEIRA RIOS

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS HOSPITALIZADOS MARIELENA DE BARROS FELISBERTO ANA CAROLINA DIAS ARRUDA

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FRANCISCA APARECIDA NAYARA

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO TRÂNSITO: A PERCEPÇÃO DOS CANDIDATOS A OBTENÇÃO DE CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO EMANUELA MARIA POSSIDÔNIO DE SOUSA ALEX SANDRO DE MOURA GRANGEIRO RITA DE CÁSSIA PONTE PRADO

BENEFÍCIOS E POSSIBILIDADES DO BRINCAR PARA MÃE E FILHO NO CONTEXTO HOSPITALAR ANA MÉRCIA MELO ALVES SAMARA VASCONCELOS ALVES

CAMINHANDO E CANTANDO SEGUINDO A CANÇÃO: UMA INTERVENÇÃO DE ARTERAPIA COM IDOSOS ACOMPANHADOS PELO CRAS FRANCISCO GILDO DA SILVA DUARTE

CONCEPÇÕES DE "CASA" NA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS DO CENTRO POP SOBRAL: CAPTANDO HISTÓRIAS E CONSTRUINDO SENTIDOS HILANA SOUSA FERREIRA FRANCISCO JAIRO LINHARES SANDRA ALVES CAVALCANTE

CONTEXTOS E SIGNIFICAÇÕES DOS ASPECTOS LÚDICOS DA CLÍNICA INFANTIL FRANCISCA APARECIDA NAYARA CARVALHO ANTÔNIA ADRIELE PAIVA DE FARIAS LEONARDO MENDES DE OLIVEIRA

CREAS E MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: VIVÊNCIAS E RESSIGNIFICAÇÕES MARINARA NOBRE PAIVA MONNYQUE FONTENELE DOS SANTOS

CUIDANDO DO CUIDADOR: UMA INTERVENÇÃO COM MÃES DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA SANDY BRAGA LIMA MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO

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CUIDAR DE UM FAMILIAR COM CÂNCER: O IMPACTO NO COTIDIANO DE VIDA DO CUIDADOR ROBERTO RODRIGUES NEGREIROS SAMARA VASCONCELOS ALVES LETICIA RIBEIRO AZEVEDO

DEPRESSÃO: UM MAL-ESTAR À SOCIEDADE LEONARDO MENDES DE OLIVEIRA KARINA SOUSA VIANA

DO QUARTO DO HOSPÍCIO À SALA DO CAPS: UMA BREVE ANÁLISE HISTÓRICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA KENNEDY LUCAS DE PAULO SOUSA FRANCISCO AILSON MAGALHÃES OLIVEIRA PEDRO SAULO TEIXEIRA DO NASCIMENTO

DOR E MORTE COMO OFÍCIO: A ROTINA VIVIDA PELO PROFISSIONAL DA SAÚDE NA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR ZENAIDE SILVA DIAS LETÍCIA RIBEIRO AZEVEDO

EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO RÔMULO MARTINS DE SOUSA LUIZ FERNANDO BEZERRA MARQUES FRANCISCO ARNALDO GOMES DA SILVA

ENTRE INTERCORRÊNCIAS UMA MULHER: A EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA HOSPITALAR NA MATERNIDADE ALINE DOS PRASERES SILVA DE PAULA

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - A PERDA E SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR DEBORAH DE SOUSA BRITO ALICE LIA BRANDÃO GOMES MATEUS VASCONCELOS OLIVEIRA

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ESTRATÉGIAS DE ENFRETAMENTO EM PAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CÂNCER: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA CARLIANE VIEIRA PARENTE GARLANA LEMOS DE SOUSA MÔNICA XIMENES MELO

ESTUDO SOBRE A INFLUÊNCIA DAS SOBRECARGAS SUBJETIVAS NA SAÚDE MENTAL DO CUIDADOR FAMILIAR À LUZ DAS ESCALAS BECK JAMAYRA ROCHA ALVES LARA DIOGO PEREIRA GEÓRGIA MARIA MELO FEIJÃO

FEMINISMO E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO MORGANA MAGALHÃES DA PENHA

HABILIDADES TERAPÊUTICAS NA CLÍNICA ANALÍITICO-COMPORTAMENTAL ALINE MARIA RODRIGUES DE SOUZA SANDRA ALVES CAVALCANTE

IMPACTOS DO ESTRESSE NA PRODUTIVIDADE DO TRABALHO JANAÍNA CAMELO MARIA VALNELIA DO NASCIMENTO FREITAS KÁTIA LEISE

ITINERÁRIOS DE VIDA: O USO DE ÁLCOOL E A RUA COMO PRODUTORES DE SUBJETIVIDADE E REALIDADES SOCIAIS MARIA NOBRE PAIVA

MEU FILHO TEM SÍNDROME DE DOWN: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA SOBRE A RELAÇÃO MATERNA THALLYTA MIRANDA DE ABREU

MULHERES LEVADAS À PRISÃO: UM AMOR BANDIDO RAFAELA SOARES MORAIS MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO BIANCA MARIA DE OLIVEIRA CARVALHO

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NÍVEIS DE ESTRESSE E ANSIEDADE EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE EDUCAÇÃO BIANCA RODRIGUES DE MELO NÁDIA ANDREZA BRANDÃO ARAÚJO

O CONTEXTO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL DAS CRIANÇAS LUCIARA PEREIRA FEIJÃO MARLLA RUBYA FERREIRA PAIVA GEORGIA BEZERRA GOMES

O DESAFIO EM SUS - TENTAR A DIFERENÇA: A NEUROSE NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE GRACY JÉSSICA MOURA DE OLIVEIRA

O DISPOSITIVO DAS DROGAS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO EM CAPS-AD FRANCISCO VALBERDAN PINHEIRO MONTENEGRO

O FAZER DO PSICÓLOGO JURÍDICO NO NÚCLEO DE MENORES: CENTRO SOCIOEDUCATIVO DR. ZEQUINHA PARENTE ADRIANA ABREU DE SÁ

A LOUCURA NOS TEMPOS CONTEMPORÂNEOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO VOLUNTÁRIO EM PSICOLOGIA NO CAPS II DA CIDADE DE TIANGUÁ- CEARÁ

ATUAÇÃO DO NEUROPSICÓLOGO EM PACIENTES COM TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE) – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA NACIONAL “CIÚME NÃO, EXCESSO DE CUIDADO”: A ROMANTIZAÇÃO DO RELACIONAMENTO ABUSIVO NA MÚSICA “CIUMENTO EU” INTERPRETADA PELA DUPLA HENRIQUE E DIEGO.

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“DE ONDE VEM E PARA ONDE VÃO” OS MENORES INFRATORES INTERNOS NO CENTRO SOCIOEDUCATIVO DR. ZEQUINHA PARENTE – SOBRAL – CE ENTRE O ADOECER E O MORRER: A PSICOLOGIA DIANTE ÀS REAÇÕES PSÍQUICAS APÓS DIAGNÓSTICO DE PACIENTES COM CÂNCER E SEUS FAMILIARES

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

(RE)PENSAR SABERES ACERCA DA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL

ANA LENISE MELO JÚLIO FERNANDA TALITA CUNHA DE SÁ

INTRODUÇÃO

A Psicologia Social surgiu em meio a questões sócio-políticas e econômicas com a finalidade de estudar

o modo de vida das pessoas, levando em conta as diversas relações que o sujeito estabelece. Tais

relações dizem sobre o modo de como nos comportamos, pensamos e agimos em sociedade, além do

mais, essa área visa perceber e atuar junto aos sujeitos que muitas vezes estão à margem da sociedade.

Tal disciplina nos cursos de graduação traz a reflexão de como somos afetados e atravessados pelo

outro, além de percebermos que tanto construímos o mundo, as relações a nossa volta como essa

relações nos constroem e nos põe em um lugar de ser e estar no mundo. Nesse sentido esse trabalho

possui como objetivo descrever a percepção dos alunos do 4º semestre da Faculdade Luciano Feijão

sobre fenômenos sociais como: pobreza, vulnerabilidade social, violência, fome, entre outros, além de

compreender a relevância da disciplina para a formação dos mesmos e refletir acerca de como eles

compreendem essa área.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia utilizada é de caráter qualitativo na qual se utilizou do Círculo de Cultura, proposto por

Paulo Freire nos anos 1960, com 24 alunos do 4° semestre do curso de Psicologia da Faculdade Luciano

Feijão. Foram disponibilizadas palavras geradoras referentes à Psicologia Social e logo em seguida, foi

realizada uma entrevista grupal.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Psicologia Social historicamente é uma área mediadora de questões das ciências sociais e da Psicologia,

tendo como um dos marcos o final da Segunda Guerra Mundial, através de um trabalho realizado a partir

do retorno dos soldados para seus lares repletos de sequelas, sendo uma das principais os aspectos

psicossociais. Mesmo com essas e outras práticas de mesmo cunho já sendo realizadas previamente,

só no ano de 2003, o Conselho Federal de Psicologia, através da Resolução 05/2003 vem

obrigatoriamente inserir Psicologia Social como um campo de atuação voltada para a compreensão

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subjetiva frente às relações sociais através de diversas teorias e metodologias. Através disso, durante

a realização do círculo de cultura, os alunos expuseram suas percepções acerca de fenômenos sociais

que serão possíveis de atuação na sua formação e profissão. As percepções giraram em torno de uma

compreensão empática e crítica, muitos deles relatam através das palavras expostas que compreendem

através da realidade que muitos não vivenciam, mas que entendem a necessidade de estar a par das

diversas questões que os sujeitos são atravessados através de suas mais diversas relações sem qualquer

tipo de pré-conceito. Na entrevista grupal os mesmos reconheceram a psicologia social como de

relevante importância na formação e que têm interesse de atuar como psicólogos nessa área.

CONCLUSÃO

Diante dos resultados apresentados nessa pesquisa, podemos perceber o quanto essa disciplina ainda

pode ser explorada pelos alunos, trazendo a eles uma visão ampliada do que se pode encontrar no meio

social e como as diversas questões afetam na vida dos sujeitos. Essa experiência acadêmica é de total

relevância tanto na formação profissional quanto pessoal, pois nos faz (re) pensar em como as questões

sociais ainda são pouco pensadas como um das vertentes que afeta os sujeitos e dizem sobre seu modo

de ser e estar em sociedade.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

A ARTETERAPIA E A IDENTIDADE COM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

JAYNE VASCONCELOS SILVA CARLOS CÉSAR PORTO CARNEIRO FILHO

INTRODUÇÃO

A assistência social trabalha com base na Política Nacional de Assistência Social (PNAS) que possui como

diretrizes a disponibilização de atendimentos voltados à rentabilidade econômica, universalização de

direitos sociais, respeito à dignidade, autonomia, benefícios, serviços ao cidadão, convivência familiar e

comunidade, além do princípio equidade e divulgação do serviço, dos programas e benefícios. Os objetivos

são os de promover serviços, programas de proteção social básica, para famílias, indivíduos ou grupos;

inclusão de usuários; assegurar a centralidade da família pelas ações da assistência. O público-alvo são

indivíduos ou grupos em situação de vulnerabilidade social. Escolhi este tema pela necessidade em

trabalhar questões de identidade em pessoas em situação de rua, com a intenção de poder explorar e

fazer refletir sobre como o sujeito se vê e a forma como expressa essa visão. Considerando a identidade

com o viés de se apropriar daquilo que os compõe como pessoa. Para trabalhar este aspecto, nos

baseamos nos recursos artísticos como forma de buscar a expressão da identidade. A arteterapia possui

uma linguagem artística que é capaz de refletir nossas experiências interiores, através dessa expressão

proporciona-se uma tomada de consciência desses fenômenos subjetivos, dessas experiências e

concepções interiores. Portanto, temos como objetivo compreender e trabalhar a identidade e propiciar

o empoderamento diante da noção de identidade.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho se deu por pesquisas bibliográficas com a busca de livros e artigos que trouxessem discussões

sobre esta temática.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nos trabalhos identificados, percebe-se uma escassez no que tange a interface arteterapia X identidade

X, pessoas em situação de rua, o artigo expõe que as atividades artísticas são expressivas com o objetivo

de realmente serem feitas pela expressão real dos sujeitos participantes, através de suas reflexões

naquele momento de acordo com o tema proposto da atividade da disposição dos recursos artísticos

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colocados e do estímulo à criatividade desse sujeito. Para pessoas em situação de rua a fala é algo que

às vezes os fazem se sentir retraídos, com os recursos artísticos, seria uma forma de estarem expondo

o que sentem e pensam.

CONCLUSÃO

Pode-se buscar as potencialidades dos sujeitos envolvidos através da arte. A arte é uma maneira em

que o sujeito pode ser quem ele é ou até mesmo quem gostaria de ser, é uma forma de “falar” e mostrar

algo que está em seu interior, ou seja, a identidade do sujeito é a principal marca de um trabalho artístico,

é o que o tornará singular, pois a inspiração da realização vem do próprio sujeito.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

A AUSÊNCIA FAMILIAR E O IMPACTO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO IDOSO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

DANIELLE FEITOSA ALMEIDA

INTRODUÇÃO

Segundo Mazza e Lefévre (2004), o processo de envelhecimento é vitalício, envolvendo fatores de

ordem social, psíquica, cultural e ambiental. Portanto, acontece de modo evolutivo e gradualmente,

além de ser irreversível: ocorre do nascimento até a morte e se prolongar por todas as fases do

desenvolvimento humano. Com isso, demanda-se a presença constante de alguém que exerça o papel

de cuidador. É atribuído a essa pessoa, geralmente da família, a função de oferecer auxílio ou até

mesmo realizar tarefas geradas por necessidades fisiológicas, além de precisar estar atento ao

controle de processos patológicos por meio da oferta de medicações, principalmente porque é comum

vermos que com o avançar da idade, em muitos idosos, a perda das funções cognitivas e motoras.

Partindo desse pressuposto é possível considerar a hipótese de que com a ausência de preparo e de

tempo para tomar tais tarefas, muitos familiares decidam pela institucionalização, como meio de

fornecer um melhor aparato ao parente idoso. O objetivo da presente pesquisa visa compreender o

impacto para o idoso da ausência familiar nesse processo de institucionalização. A justificativa por

trabalhar com essa temática se dá pela necessidade de compreender esses fatores e pelo fato de

que a partir deles será possível beneficiar muitos idosos, bem como famílias que necessitem de apoio

psicológico para lidar com sentimentos referentes à situação de institucionalização.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Realizou-se pesquisa bibliográfica a partir da base de dados Scielo no período de 2002 a 2017.

Utilizou-se como descritores: envelhecimento, institucionalização e família. Encontramos um universo

de 21 artigos sendo excluídos 13 trabalhos, totalizando 8 trabalhos que utilizaremos com escopo

dessa pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo Gil (2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado e

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possibilita conhecer o estado da arte sobre o tema e analisar criticamente tais produções. Diante do

exposto constatamos que apesar das pesquisas sobre o envelhecimento terem crescido em todas as

áreas, pouco se sabe sobre o impacto da ausência familiar na subjetividade do idoso institucionalizado

e tampouco o contexto em que ocorre o processo de institucionalização, bem como o porquê de haver

esse distanciamento da família.

CONCLUSÃO

Concluímos com esse trabalho que através da análise bibliográfica, a qual nos proporcionou perceber

que se faz necessário desenvolver ações que proporcionem trabalhar a questão do acolhimento e o

sentimento de pertencimento dos idosos em instituições de longa permanência, tendo em vista que

o idoso terá que reconstituir seus vínculos, quando institucionalizado, e se adaptar a um cotidiano

marcado pelo desconhecido e pela imprecisão do lugar (BESSA; SILVA, 2008).

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

A DROGADICÇÃO EM INTERFACE À MATERNIDADE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

MARIELENA DE BARROS FELISBERTO

INTRODUÇÃO

Estudos epidemiológicos têm constatado um relevante aumento do consumo de crack por mulheres

e isso é apenas um dos reflexos do novo papel social assumido pela mulher contemporânea. Em um

levantamento brasileiro sobre o uso de crack realizado pela Fundação Osvaldo Cruz, em parceria com

a Secretaria Nacional de Álcool e outras Drogas, publicado em 2014, contou com uma amostra de

7.381 usuários nas cenas de uso, sendo 21,32% do sexo feminino. Entre as mulheres usuárias de

crack que participaram da pesquisa supracitada, cerca de 10% relataram estarem grávidas no

momento da entrevista e mais da metade relatou já ter engravidado pelo menos uma vez depois de

iniciar o uso da droga. (BASTOS; BERTANI, 2014). O aumento da quantidade de mulheres que fazem

uso de crack traduz de certa forma as mudanças no papel da mulher na sociedade, mobilizando-a de

tal forma, a ponto de levá-la à buscar nas drogas a fuga de uma realidade opressora em resposta às

novas exigências sociais que produzem frustrações e que acarretam em um imensurável sofrimento

psíquico. O presente estudo tem como principal objetivo compreender o fenômeno da maternidade

frente à situação de drogadicção e tem sua relevância justificada por se tratar de uma temática

bastante atual e que, apesar da urgência em se tratar do tema, é um tema que não é amplamente

discutido, o que é possível constatar em virtude dos escassos estudos acerca dessa temática.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para este trabalho foi utilizada uma pesquisa bibliográfica, que teve como banco de dados o periódico

Lilacs, usando as palavras-chave “drogadicção e maternidade”, onde foram obtidos onze resultados,

dos quais apenas quatros eram relevantes de acordo com os objetivos da pesquisa. Foram excluídos

os resultados que se referiam à dst’s, sistema prisional e aborto.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

É possível constatar que a mulher é bastante cobrada pela sociedade em todos os meios em que se

insere. Cumprir ao que hoje se espera da mulher, especialmente no papel materno, exige que esta

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tenha entrega, disponibilidade afetiva e amor incondicional ao seu filho, mas quando essas mulheres

se encontram em situação de drogadicção, termo criado para definir todo e qualquer vício bioquímico

de seres humanos em relação à alguma droga, este acaba trazendo consequências diversas à vida do

usuário, da mesma maneira que das pessoas que compõe sua rede de relacionamentos, pois o uso de

drogas, não raro, se torna prioridade na vida do dependente e, para dedicar-se ao uso, outros papéis

e funções são descartados (TRINDADE; BARTILOTTI, 2017). De acordo com a Organização Mundial

de Saúde (OMS), os programas de saúde da mulher devem enfatizar o rastreamento de gestantes

nas áreas em que o consumo de drogas seja frequente, tendo em vista detectar os grupos mais

vulneráveis (PORTELA, 2013), tornando-se também relevante a sensibilização dos gestores de saúde

a respeito da educação continuada para os profissionais, bem como a realização de mais estudos que

permitam identificar os principais grupos de risco, para que as intervenções sejam implementadas de

forma eficaz.

CONCLUSÃO

Apesar de numericamente menos envolvidas com o consumo de drogas, as mulheres são um subgrupo

vulnerável e crescente, nas gestantes, esse problema ganha mais importância, pois a exposição

dessas puérperas às drogas pode levar ao comprometimento da relação da mãe e filho e isto também

afeta os sentimentos desse indivíduo em formação sobre assumir o papel materno ou paterno delas

mesmas algum dia e sobre as mulheres em geral, o que acaba por gerar novas situações de

vulnerabilidades e o que torna impossível dimensionar a quantidade de danos que isso vai causar para

a sociedade como um todo se não voltarmos nossos olhares para tais situações em busca de

possibilidades.

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Área de Conhecimento: Juventude, Escola, Estudante.

A ESCOLA COMO UM ESPAÇO DE (DES) CONSTRUÇÃO DAS DIVERSIDADES JUVENIS: REFLEXÕES, DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA

PSICOLOGIA LIDIMARA MARTINS ABREU

ADRIANA BRANDÃO DE PAULO

O presente trabalho é o recorte de uma pesquisa maior intitulada “Juventude, Protagonismo e

Educação: A escola como espaço de desenvolvimento dos Potenciais de Vida dos jovens”, cujo foco é

a relação do jovem estudante com a escola pública. O objetivo deste trabalho é analisar como a escola

pública lida com a educação dos jovens, considerando seu modo de vida e seu processo de construção

da identidade. A metodologia foi qualitativa, com base na pesquisa-intervenção e o uso de oficinas.

Os sujeitos participantes foram jovens do terceiro ano do Ensino Médio. Para registro dos dados

utilizamos o diário de campo e gravações de áudio das oficinas, que foram posteriormente transcritas

e analisadas através da técnica de análise de conteúdo, com o uso do software Altas ti. Os temas

abordados nas oficinas foram: “Juventude e os Modos de Vida”, “Projeto de Vida e Profissão” e

“Potenciais de Juventude”. Na primeira apresentamos a proposta da intervenção, esclarecemos

dúvidas acerca dos procedimentos metodológicos e éticos. Para esta, facilitamos uma dinâmica que

envolvia criar seu perfil do Facebook, de modo metafórico, numa folha de papel, aonde cada um iria

se apresentar. Essa ferramenta trouxe o debate sobre o que seria ser jovem, a relação entre

juventude e política, relações sociais e familiares e perspectivas de futuro e sonhos profissionais. A

segunda oficina foi pensada considerando as especificidades e perfil de cada turma, a qual gerou

discussões, questões e curiosidades dos jovens sobre o ingresso na Universidade, desafios de conciliar

trabalho com estudo e as condições inerentes à vivência universitária. Na terceira houve discussões

acerca dos potenciais de vida dos jovens e se a escola contribui para esses potenciais. As análises

preliminares apontaram que a noção de juventude para os jovens da pesquisa teve uma estreita

relação com o modo de vida que estes levam hoje, fazendo uso da tecnologia, assumindo um

comportamento mais aventureiro e cheios de energia, o uso de trocas e manifestações juvenis pode

proporcionar ao jovem uma oportunidade frente aos desafios vivenciados em sua realidade social.

Diante disso, constatamos que a escola ainda parece não contemplar em sala de aula, as questões

que atravessam o jovem fora do muro da escola e que são parte constituinte de sua identidade que

se metamorfoseia constantemente. Assim, enxergar o jovem somente como um aluno e ignora uma

gama complexa de fatores que atravessam o modo de ser e viver de nossas juventudes.

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Área de Conhecimento: Ciências Humanas.

A ESCUTA FENOMENOLÓGICA E OBSERVAÇÃO NO CAPS-AD DE PARNAÍBA: RELATANDO UMA EXPERIÊNCIA

CARLOS VITOR ESMERALDO ALBUQUERQUE

KHALINA ASSUNÇÃO BEZERRA EVANDRO MAMEDE MOREIRA JUNIOR

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar o que foi vivido e adquirido pelo discente de

psicologia no estágio voluntário no CAPS-AD III de Parnaíba, estágio este que ainda está em

andamento. Para isso, foram introduzidos alguns aspectos importantes do processo de estágio no

âmbito social e psicológico coletivo, tendo como principal aspecto a escuta e a observação, no caso

do trabalho em questão, a escuta fenomenológica, escolhida como base teórica para apreensão dos

fatos absorvidos no período de estágio relatados, e como chegaram perceptivamente ao autor.

Buscou-se fazer relação entre a teoria fenomenológica existencial e todo o perpassado no estágio,

desde assimilar os efeitos existenciais objetificadores que a droga causa ao usuário, até a maneira

que eles lidam com as temporalidades do passado do aqui e agora e de seus projetos de vida.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O cenário do estudo foi o CAPS-AD III de Parnaíba, localizado na BR 343, trecho que liga Parnaíba a

cidade de Luís Correia, onde se intentou através da supervisão da professora e psicóloga Waleska

Barros, desenvolver tanto a escuta, como projetos junto com profissionais da equipe, que trabalham

de forma multidisciplinar. Ademais, se utilizou como ferramenta de depreensão e ótica da pesquisa, a

metodologia fenomenológica, validada aqui não como teor sistemático de pesquisa, mas como

complemento bibliográfico, portanto hermenêutico e auxiliador.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O Centro de Atenção Psicossocial em questão, tem como caráter o lema “portas abertas”, ou seja,

desvencilha-se da ideia de atendimento compulsório e visa acolher o usuário de álcool e outras drogas

desinstitucionalizando-os, promovendo o acompanhamento e inserção do mesmo em atividades de

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grupo de forma voluntária e autônoma, salientando a liberdade de escolha de fazer parte das

atividades. No que concerne ao processo de rotina no centro, tem-se a necessidade de serem

atendidos por diversos profissionais, para que de forma integral busque o acompanhamento de sua

saúde. A discussão propõe demonstrar como o dia a dia dessas pessoas que fazem parte do programa,

é agregado de diversas maneiras que propiciam a reflexão e compartilhamento de experiências que

os levaram até ali. Salientando o aspecto do fenômeno droga e suas derivações de sentido para quem

ali é acolhido. Pelas limitações técnicas e profissionais que o estagiário possui, foi somente atribuído

a esse relato a escuta e observação, suficientes para, munido de base teórica de uma psicológica

fenomenológica existencial, poder expor alguns aspectos vivenciados no estágio.

CONCLUSÃO

O estágio relatado ainda não foi concluído, porém o que se percebe até aqui, diante por exemplo, do

trabalho dos profissionais de saúde que foi experienciado, é que eminentemente o trabalho

multidisciplinar vigora, não deixando cada profissional responsável somente por sua área de domínio,

e sim, fazer com que através de diálogos e aberturas para se conhecer o domínio do outro profissional,

se possa chegar mais próximo de um bem-estar do usuário, que ali é o centro de atenção maior.

Também se destaca a abertura e amplitude que o serviço dispõe, trabalhando com a vinculação

externa, ou seja, de fora para dentro, do centro para a comunidade parnaibana, aprimorando o intuito

de ressocializar e regenerar os vínculos.

Findando, o que se observa de forma acentuada, é a efetuação de um serviço que visa a

ressocialização, o reatar de laços nos diversos setores da vida do usuário, inclusive o laço

intrapessoal, a convivência e superação contra os motivos que o levaram a frequentar o CAPS-AD e

ressaltar a capacidade do trabalho em conjunto, como maior peça de eficácia do centro de atenção

de Parnaíba.

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Área de Conhecimento: Psicologia.

A HISTÓRIA E MITOS SOBRE A ADOÇÃO: DESVENDANDO OS MISTÉRIOS, ENFRENTANDO PRECONCEITOS

ISABEL CRISTINA LOPES EUGÊNIO

ANTONIA EDNA FAUTISNO INTRODUÇÃO Desde a Antiguidade há relatos sobre a adoção, onde crianças eram acolhidas como filhos legítimos

em seios familiares e que nos mostra que este fenômeno possui uma historicidade complexa e que

varia de acordo com as concepções de um determinado meio social. Há estudos que tratam do avanço

da legislação brasileira em relação à adoção, evidenciando este tema como lugar de possibilidade para

quem busca ter filhos por outros meios. Nossa contemporaneidade está atravessada pelas inúmeras

possibilidades de se construir uma família. A adoção abre portas que oportuniza uma nova construção

de ser e fazer família, mostrando que a imposição e o preconceito discursado, traduz um excesso de

valorização à genética, como aborda Berthoud (1997). Ou seja, a adoção fora pensada como uma

fórmula de solucionar situações conflituosas em muitas histórias, permitindo que o ato de amor

procrie vidas e as transforme em uma filiação protegida pela lei, eliminando a ideia de que só há

desenvolvimento humano pela via biológica.

É um tema que passa por inúmeros contextos e que nos dará uma possível permissão para a abertura

de discursos de defesa para além do núcleo familiar tradicional, justificando a importância de inserir

novos pensamentos a respeito desta questão, levantando a bandeira deste fenômeno para além da

fala, buscando progredir em ações e findar opiniões tradicionais que alegam que só há procriação se

assim fora determinado pela natureza, salientando a necessidade de visões com mais criticidade e

flexibilidade frente à adoção e tudo que a ela implica.

PROCESSOS METODOLÓGICOS Este trabalho traz dados históricos que enfatizam o caminho árduo que a adoção pisa, buscando

através de leituras nacionais a historicidade do adotivo desde o Brasil Colônia até os dias atuais,

permitindo-nos descobrir como percorre o quadro de adoção no Brasil, fazendo uso de pesquisas

bibliográficas que trabalham a temática com foco no preconceito, trazendo a realidade de adotados e

suas lutas diárias frente ao preconceito.

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OBJETIVOS Objetivamos manifestar uma compreensão que acolha a realidade desses indivíduos, motivada a

abordar acerca desta nova constituição de família pela via sentimental e que nos permita conhecer a

história de vida de pessoas adotadas e suas lutas diárias frente aos estigmas negativos que as

acometem diariamente.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Em nossos estudos foram encontrados uma quantidade de 5 artigos que abordam este tema como

uma prática para além da Pós-Modernidade, traçando diversas fases da história humana, como revela

Maux e Dutra (2010). Um fenômeno que ocupa um espaço de preconceito em nossa atualidade, onde

para Weber (1999) é consequência da “cultura dos laços de sangue”, ideia que ele trata como uma

defesa ao tradicional inserido neste modelo de família patriarcal, colocando os laços genéticos em

posição de superioridade, inferiorizando este modelo de família.

CONCLUSÃO Ainda que a adoção seja uma prática antiga, nossa sociedade ainda a coloca em um espaço de

preconceito que compromete sua legitimidade como lugar de possibilidade, de recomeço, de

renovação e de construção, advogando pela família como condição da genética e levando pessoas a

um discurso que coloca a adoção como farsa e de natureza ilegítima. Através da construção deste

trabalho cremos que a adoção deve ser discutida para além do núcleo familiar, acionando valores,

construções científicas e culturais, possibilitando a abertura de um pensamento revestido pelo

respeito aos meios singulares de se ter filhos.

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Área de Conhecimento: Psicologia Hospitalar.

A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR PARA A VIDA DE MULHERES DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA

LUANA LÁISA DE OLIVEIRA ANDRADE ANTÔNIA ADRIELE PAIVA DE FARIAS

INTRODUÇÃO A neoplasia maligna mamária no sexo feminino causa um impacto emocional de grandes significações,

na maioria das vezes negativo para essas mulheres, proporcionando para as mesmas momentos de

fragilidades, inseguranças e incertezas.

Tendo em vista todas essas dificuldades enfrentadas por essas mulheres a partir do diagnóstico do

câncer de mama, tratamento, representações sociais construídas por essas pessoas de maneira

individual logo após o diagnóstico. Temos como hipótese o benefício que a humanização em saúde

proporciona na vida dessas mulheres, humanização essa que visualiza o ser humano como humano,

buscando compreensão na dimensão da subjetividade de cada uma dessas pacientes; trazendo para

a vida delas mais segurança, apoio emocional, um melhor enfrentamento da situação em que as

mesmas se encontram e como consequência disso, uma melhor qualidade de vida.

Este presente trabalho tem como objetivo compreender os benefícios psicológicos que a humanização

traz no cotidiano de mulheres diagnosticadas com câncer de mama no âmbito hospitalar, com o intuito

de melhorar ainda mais o atendimento para com esses pacientes.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Foi realizada uma revisão narrativa da literatura no mês de setembro/2017 por meio de publicações

nas bases de dados Scielo, e Google Acadêmico, tendo sido utilizado os escritores “Humanização”

AND “Câncer de Mama” AND “Hospital”, foram selecionados artigos completos, que estavam

disponíveis na língua portuguesa, publicados no período de 2003 a 2016.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Através da leitura de 2 (dois) artigos, chegou-se à conclusão com base nos escritos dos autores

Mota, Martins e Véras (2006) e Costa, Filho e Soares (2003) de que a humanização nos âmbitos

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hospitalares proporciona uma melhor qualidade de vida para mulheres diagnosticadas com câncer de

mama, que tem como primordial a valorização e a compreensão dessas pessoas em suas

subjetividades e ao mesmo tempo no coletivo, levando em consideração a diferença desses indivíduos,

em vista disso, trazendo para essas pacientes uma melhoria significante na sua qualidade de vida, não

só levando em consideração apenas a saúde do corpo físico, mas o psicológico também.

Cleonice, Wilson & Narciso (2003) afirmam que uma determinada pessoa que desenvolveu a neoplasia

maligna, a mesma não deve ser percebida apenas como mais um diagnóstico de câncer, e levando em

consideração essa afirmação, necessita ser feita uma observação generalizada e multidisciplinar na

procura do entendimento para as suas diversidades relacionais e que diante disso possa proporcionar

uma aproximação profissionalizante mais intensa no que diz respeito à humanização solidária, que

dessa forma produza não só a saúde física desse indivíduo, mas estabelecendo a psicológica também.

CONCLUSÃO Essas mulheres que foram diagnosticadas com neoplasias mamárias, muitas vezes vivenciam períodos

traumatizantes, ocasionando assim momentos de relevantes fragilidades e sensação de estar naquela

situação de dificuldades em total desamparo, e a partir disso, a humanização busca dar o apoio

necessário com a mudança no sistema de saúde e seus serviços alterando assim o modo com que os

profissionais e os pacientes interagem, e é nessa reestruturação de relações onde deve se observar

e compreender cada indivíduo como um ser único como citado anteriormente, mas também inserido

no contexto coletivo, e isso como consequência ajudará na reabilitação muitas vezes e na melhoria

de qualidade de vida dessas pacientes.

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Área de Conhecimento: Psicologia Hospitalar.

A IMPORTÂNCIA DE OFERECER O APOIO PARA PACIENTES E ACOMPANHANTES DURANTE A INTERNAÇÃO EM UMA ENFERMARIA:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

ZENAIDE SILVA DIAS CIRILA RAQUEL DE ARAÚJO MENDES

INTRODUÇÃO A internação pode se apresentar como sendo um momento muito delicado para o sujeito, podendo

provocar medo e angústia diante das incertezas que emergem no decorrer desse processo. Vale

ressaltar que as experiências vividas pelos pacientes, familiares e profissionais no espaço hospitalar

são atravessadas pela dimensão traumática, que muitas vezes permanece fora da determinação a

que visa o saber médico. Sendo assim, é pelo reconhecimento da dimensão subjetiva que se dá o

trabalho de apoio da psicologia, a qual, através do acolhimento da experiência do outro, abre espaço

para a subjetividade na instituição hospitalar. Assim sendo, este trabalho pretende relatar e discutir

sobre a importância do apoio no contexto hospitalar aos pacientes e acompanhantes durante a

internação em uma enfermaria.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os dados apresentados neste trabalho foram obtidos a partir da experiência de Estágio

Supervisionado em Psicologia Hospitalar ao escutar pacientes e familiares durante a internação

ocasionadas por diversas razões em articulação com aporte teórico discutido no Grupo de Estudos

em Psicologia Hospitalar – GEPH, o qual foi financiado pelo Programa de Iniciação Científica – PROIC

da Faculdade Luciano Feijão. Durante a experiência vivida pelas estudantes, realizou-se o

acompanhamento dos pacientes junto à equipe de saúde nas enfermarias. Os atendimentos são

realizados e supervisionados semanalmente, no período de março até setembro de 2017. São

realizadas também supervisões que auxiliam e orientam o manejo no contexto hospitalar, onde as

atividades desenvolvidas são registradas em um diário de campo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Percebemos que na internação o desamparo e a finitude são experiências que se apresentam de modo

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explícito na vida dos pacientes e seus familiares. Sendo assim, o psicólogo deve atuar diante desse

contexto como orientador, gerando atividades curativas, pois, essa prática, tanto com o paciente,

quanto com o acompanhante possibilita verificar, muitas vezes, as chances de vida, de cura, de

sequelas ou outros diagnósticos que são intrínsecos aos sintomas do paciente. Tem-se visto através

desta pesquisa uma evolução para o atendimento oferecido pela psicologia extremamente importante,

não somente para o paciente, mas também para seu acompanhante buscando abranger o sujeito em

sua totalidade considerando sua subjetividade. Esse trabalho é mediado pela busca de informação, o

acompanhamento dos casos e discutido por toda equipe multiprofissional, em direção à mesma

finalidade: a saúde e qualidade de vida do ser humano. O apoio do psicólogo na enfermaria se dá

diretamente ao paciente através da escuta, juntamente à família e indiretamente contribuindo com a

equipe multiprofissional, escutando a subjetividade do sujeito e reconhecendo-a. Escutar os familiares

e a instituição, muito mais que para fazer calar, o psicólogo entra em cena para fazer falar daquilo

que não se sabe, creditando a esta fala um saber, como uma abertura de possibilidade para o próprio

sujeito escutar-se.

CONCLUSÃO Constatamos que esse apoio, seja aquele oferecido por um profissional de psicologia ou mesmo outro

profissional que compõe a equipe multiprofissional, pode facilitar o processo da hospitalização como

também fazer com que o paciente e a família possam ressignificar a experiência, proporcionando um

apaziguamento de seus sentimentos.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS EM VULNERABILIDADE SOCIAL

FRANCISCA MAÍSA DA PENHA ROCHA

ALINE MESQUITA DA COSTA INTRODUÇÃO Dentro do contexto de vulnerabilidade e pobreza são raras as atribuições, principalmente às crianças,

de agentes ativos no processo de construção e transformação da sua realidade, mas, desde já,

podemos, através do lúdico, proporcionar essa experiência. O brincar é uma importante ferramenta

que possibilita a interação com o ambiente social no qual se está inserido, novos conhecimentos,

adquirir experiências, novos papeis sociais, o desenvolvimento de liderança e nova perspectiva de

futuro. Porém, alguns brinquedos automáticos acabam por diminuir a possibilidade da criança de

fantasiar, criar e transformar esses objetos, pois com suas regras preestabelecidas se perde o

espaço para atuar, a criança não exercita sua autonomia, sua espontaneidade e nem desenvolve sua

capacidade crítica e criativa (FERREIRA, 1992). As relações e interações sociais, as experiências, o

contexto o qual está inserida diz sobre a criança e futuro adulto que teremos. A partir dessa

perspectiva é que justificamos a importância de conhecer meios de/e proporcionar contextos lúdicos

adequados para o desenvolvimento de sujeitos autônomos de acordo com a realidade dos mesmos.

Assim, temos como objetivo compreender a importância do lúdico para o desenvolvimento de crianças

que estão imersos ao contexto de vulnerabilidade social.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O trabalho se originou a partir de uma revisão bibliográfica utilizando-se de livros e artigos

encontrados sobre a temática, com o cruzamento dos descritores “criança em vulnerabilidade social

x brincadeiras x lúdico”. Dentre os encontrados foram selecionadas cinco leituras.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Os artigos selecionados demonstram que as brincadeiras e brinquedos são importantes para

formação da identidade de um sujeito ativo e autor da sua própria história (OAKLANDER, 1980;

MEIRA, 2003; FELIX e CORREIA, 2016). Ferreira (1992) afirma que os eletrônicos e computadores

acabam por interromper e fragilizar esses processos e o mais simples pode se tornar o mais divertido

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dos brinquedos, se utilizarmos a criatividade e imaginação. Pois, através da imaginação a criança

consegue criar histórias, personagens e uma nova realidade. Através do brincar também é possível

trazer à tona questões sociais e culturais presentes em seus territórios (FELIX e CORREIA, 2016).

Especificamente com crianças em vulnerabilidade social, a infância parece ser invadida pela injustiça,

violência, abandono e morte, pois são inúmeros os noticiários de agressões, pedofilias e maus tratos,

afirma Sarmento (2002). Assim, vemos uma possível atuação para identificação e transformação do

contexto e realidade dessas crianças resgatando a infância pré-tecnológica (FERREIRA, 1992). Pois,

assim seria possível aflorar a imaginação e proporcionar momentos que se distancie dessa realidade

e possibilite a formação de sujeitos ativos e com novas perspectivas de futuro.

CONCLUSÃO A brincadeira é uma prática muito divertida e do interesse do público infantil, mas também um potente

método para o desenvolvimento desses sujeitos. É importante preocupar-se com os processos da

infância, pois são responsáveis pelas diferentes produções de experiências, forma de se comportar e

ver o mundo.

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Área de Conhecimento: Psicologia Hospitalar.

A INSERÇÃO DA PSICOLOGIA NO SETOR DE HEMODIÁLISE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

GUSTAVO MORAIS FREITAS DAYRA PEREIRA BARBOSA

GEÓRGIA MARIA MELO FEIJÃO

INTRODUÇÃO Grandes avanços tecnológicos e terapêuticos na área da Nefrologia contribuíram significativamente

para o aumento na sobrevida das pessoas com insuficiência renal crônica (IRC), mas isso não as

impedem que permaneçam expostos, com os corpos “ligados”, à diversas rupturas que atingem e

ferem não só o próprio corpo, mas a sua vida, seus projetos, podendo levar a uma angústia profunda

diante do desconhecido, das diversas limitações advindas desse adoecer. No setor de diálise em que

iremos fundamentar esse estudo, a hemodiálise é realizada em duas salas, onde os pacientes durante

três vezes na semana fazem o tratamento “ligados” a uma máquina acompanhados pela equipe de

enfermagem. Em meio a uma rotina de procedimentos, dores, dormências, gritos, silêncio e rostos

cobertos por lençóis, no percurso clínico-institucional. A psicologia tem sido convocada diante de

impasses vivenciados pela equipe quando o paciente rompe com a ordem médica, fazendo vacilar os

protocolos e saberes ditos científicos. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo

apresentar a construção do lugar da psicologia, colocando em questão o processo de inserção no

setor de hemodiálise.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Trata-se de um relato de experiência a partir da entrada da psicologia no setor de hemodiálise,

através do estágio supervisionado em psicologia em um hospital de ensino referência na região Norte

do Ceará, no período de agosto de 2017 até o presente momento. As demandas direcionadas à

psicologia para atendimento partem de diversos membros da equipe, a saber, enfermeiros, médicos,

auxiliares-técnicos e nutricionista. Utilizamos a nossa observação e o diário de campo como suporte

para refletir a atuação-formação durantes as supervisões semanais, em articulação com o aporte

teórico do campo.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES A prática clínica nos permite dizer que a forma como o paciente se relaciona com sua doença e as

posições que assume estão intrinsecamente relacionadas com a sua história de vida, com os

mecanismos de enfrentamento que se tem disponíveis, resultando assim em implicações diretas na

adesão ao tratamento. A quebra da rotina, a ausência de costumes antes habituais, assim como a

percepção de limitações, o cansaço e o desgaste provocado pelo deslocamento em busca do

tratamento, são os fatores principais expressados pelos pacientes acompanhados. As manifestações

desse sofrimento aparecem também pelas queixas da equipe por não conseguir cuidarem do paciente

conforme acreditam ser necessário, dirigindo assim sua dificuldade à psicologia. Os motivos da

solicitação de atendimento psicológicos vão desde as percepções da equipe sobre o estado de humor

do paciente, a ausência no tratamento até o descumprimento das orientações nutricionais. Notamos

que o posicionamento da equipe diante do surgimento da singularidade dos pacientes, ainda é marcado

pela lógica do encaminhamento ao psicólogo. Diante disso, acreditamos que o caminho para inserção

da psicologia nessa equipe só é viável com o tratamento do que é demandado pela equipe, indicando

assim os caminhos possíveis para intervenção. Buscamos assim, trabalhar com o paciente e com a

própria equipe, dando possibilidade de tratarem suas dificuldades para que assim aconteça o trabalho

em equipe.

CONCLUSÃO Assim sendo, demarcamos a importância do papel do psicólogo nesse contexto, pois esse profissional

tem atributo de propor o apoio psicológico e diante dos efeitos do diagnóstico e de suas

consequências, expondo possibilidades de que esses sujeitos possam escutar-se e transformarem

dores em criação. Desse modo, constatamos que a inserção do psicólogo não é uma condição dada,

mas construída a cada sujeito escutado na rede de relações, a saber, paciente-família-equipe.

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Área de Conhecimento: Saúde Mental.

A INTERCULTURALIDADE NA ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS

DAYRA PEREIRA BARBOSA MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO

RAFAELA SOARES MORAIS Saúde significa o estado de normalidade de funcionamento do organismo humano. Ter saúde é viver

com boa disposição física e mental. Além da boa disposição do corpo e da mente, a OMS (Organização

Mundial da Saúde) inclui na definição de saúde, o bem-estar social entre os indivíduos. Uma boa saúde

está associada ao aumento da qualidade de vida, e para muitos se têm o significado de saúde como

ausência de doença. Partindo desse pressuposto de que a saúde se difere em sentidos, surgiu o

interesse de analisar o que a cultura indígena vivencia no processo saúde-doença, incluindo os

fenômenos vitais, a concepção do corpo e o sentido que adotam no contexto social. A pesquisa não

apenas analisa a questão da doença como realidade biofísica, mas a doença como experiência pessoal

em tanto que reação social frente a problemas físicos e psicológicos.

Se entendemos que o significado da doença está condicionado pela natureza mesma desta doença, o

universo de conceitos, normas, valores, relações sociais, situações e eventos da vida em coletividade,

significa que a doença está integrada num sistema idiossincrático de significações específicos de uma

cultura. Esse estudo é voltado para um povo que por décadas tiveram de viver no anonimato, para

se proteger e mais tarde se reafirmar como povo indígena perante a sociedade geral. A exclusão

vivenciada pelos povos indígenas causa danos sociais e psíquicos, causando sofrimentos intensos.

Nos últimos dez anos doenças não muito frequentes começaram a surgir nas aldeias, como as doenças

crônicas degenerativas, as diabetes, pressão alta, doenças cardiovasculares e câncer.

É importante questionar o quanto é desafiador trazer a ideia da identidade indígena na atenção à

saúde, identidade essa que pode ser entendida como a expressão de um processo social e cultural,

onde existe uma noção do estabelecimento de laços de pertença dados por uma percepção da

anterioridade, o que da um atributo histórico a esse processo. É preciso entender como se estabelece

a construção de sintomas de saúde ou doença, como a vivência das pessoas é socializada constituindo

corpos de conhecimento validados coletivamente, como as atribuições de significados organizam um

conjunto de códigos que se sintetizam e se expressam num particular estilo de vida.

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A política de saúde para os povos indígenas é um dos assuntos mais delicados e problemáticos em

relação política indigenista. Vulneráveis às enfermidades oriundas por não-índígenas e, muitas vezes,

residindo em regiões remotas e de difícil acesso, as populações indígenas são vítimas de doenças

como malária, tuberculose, infecções respiratórias, hepatite, doenças sexualmente transmissíveis,

entre outras. É importante ressaltar que os profissionais de saúde estão diariamente envolvidos

nessa ambiente indígena lidando com interpretações e sentimentos diversos dessa cultura. O caminho

percorrido pelos povos indígenas no contexto da saúde atravessa as questões políticas e filosóficas

na própria compreensão da lógica “ser índio na sociedade”. A partir do determinado momento que o

profissional de saúde desenvolve suas atividades entre essas etnias, o choque de cultural será algo

natural e inevitável entre os mesmos, sabemos que os valores conhecidos pelos profissionais

conflitam muita das vezes com a visão de mundo diferente dos povos no qual estão mantendo contato.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

A MULHER/MÃE E OS DESAFIOS ENTRE O AMOR E A DEPENDÊNCIA QUÍMICA

FABIANA COSTA FERNANDES

JULYANA LIMA VASCONCELOS INTRODUÇÃO Nos dias atuais, muito se tem debatido sobre a drogadição. Existe a conduta “adicta”, que remete a um ciclo que vai manter o indivíduo dentro de um processo de dependência. Orth e Moré (2008), ao abordar essa questão dentro do meio familiar, nos dizem que a família, sendo o principal sistema, é afetado diretamente e primeiramente por esse processo, o que acaba impactando tanto a saúde dos membros familiares, quanto gerando uma fragilização das relações dentro do ambiente familiar. Tal pesquisa, mostra-se necessária para que haja uma maior compreensão sobre a afetividade entre mães usuárias de crack, beneficiárias do projeto Casa Acolhedora do Arco e seus respectivos filhos. O objetivo desta pesquisa, remete a compreensão da relação afetiva entre mães e filhos, e o uso de drogas, e qual o impacto dessa relação no ambiente familiar. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa consiste em uma metodologia a partir de pesquisas bibliográficas, fazendo o recorde de literaturas brasileiras e do campo social e da saúde, bem como artigos científicos que tragam de forma pertinente o assunto abordado. RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir da análise dos trabalhos encontrados sobre o tema, percebe-se que com o uso de drogas pela genitora, o aumento da vulnerabilidade das crianças, assim como a quebra ou o enfraquecimento de vínculos afetivos, pois não se tem uma relação que de sustentabilidade emocional. Silva, Maftum e Mazza (2014), nos trazem que, situações de vulnerabilidade, tais como violência e presenciar o consumo de drogas, podem ser minimizadas por ambientes sustentadores contínuos e a inserção do afeto, tais sustentadores, são necessários para um adequado desenvolvimento da criança. CONCLUSÃO Concluímos que, a Organização Não Governamental (ONG) Casa Acolhedora do Arco, atua como um instrumento para que aconteça o fortalecimento destes vínculos afetivos entre mãe e filho (s). A dependência química, quando trazida a leitura para o ambiente familiar, acaba vindo com uma forte influência sobre o desenvolvimento da criança, e sobre a relação afetiva da mesma com a mãe. Por isso, se dá a importância de estratégias para que tais relações sejam fortalecidas.

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Área de Conhecimento: Psicologia Histórico-Cultural.

A PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL E SUA APLICAÇÃO NO CONTEXTO CLÍNICO

SAMILLYA TOMÁS DOS SANTOS

ELIANA SILVA PINHEIRO INTRODUÇÃO Este trabalho origina-se do grupo de estudos “A Psicologia Histórico Cultural e seus Campos de

Atuação: uma análise do alcance da abordagem em diferentes contextos”, que tem por objetivo

compreender a atuação do(a) psicólogo(a) Histórico-Cultural nas diversas áreas de atuação. Nota-

se certa escassez de pesquisas e estudos sobre a prática clínica embasada nessa teoria, sendo esta

reconhecida principalmente em seus estudos nas áreas social e da educação. Assim, tem-se por

objetivo apresentar a prática do psicoterapeuta Histórico-Cultural, além das possibilidades e

caminhos que a abordagem Histórico Cultural desenvolve no campo clínico.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia utilizada é de caráter bibliográfico e explicativo, considerando as estratégias e os

objetivos respectivamente. Foram utilizados artigos localizados, nos meses de março a setembro, nas

plataformas Scielo, Capes e Google acadêmico, assim como livros sobre a temática. Os dados foram

analisados com base no referencial teórico da Psicologia Histórico-Cultural, no qual delimitamos

algumas categorias conceituais importantes, tais como: mediação, signo, pensamento, sentido,

significado e internalização.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A psicoterapia embasada na Psicologia Histórico-Cultural, pensada por Vigotski, possui um novo olhar

para o sujeito, contemplando a subjetividade de acordo com a construção social e histórica de cada

um. Assim, compreende-se que o psiquismo possui relação com a atividade humana, sendo esta

mediada por signos, que são ferramentas de orientação interna de cada indivíduo, como por exemplo

a linguagem. Na prática clínica, a utilização de signos é sempre presente, o terapeuta potencializa e

contextualiza situações que se encontram na demanda do sujeito, mediando os processos mentais da

pessoa em tratamento. Neste movimento, é importante perceber o conceito de sentido, entendendo

que são todos os fatos, ideias, pensamentos da consciência que internalizamos e criamos uma

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significação própria. Diante disso, o terapeuta possui postura ativa, auxiliando no movimento de

internalização, a qual consiste na passagem de significados interpsicológicos (sociais/relacionais) para

intrapsicológicos (pessoais), e assim o sujeito passa a ressignificar e criar novos sentidos. Esta

ressignificação pode ser considerada o principal objetivo da prática clínica, independente da demanda.

CONCLUSÃO Apresentamos a prática clínica alicerçada na Teoria Histórico-Cultural, esta que possui a concepção

de sujeito em seus contextos históricos e sociais, na qual trouxemos conceitos essenciais para se

pensar nas possibilidades de atuação. Desse modo, compreendemos que essa teoria abrange

conhecimentos necessários para se fazer uma atuação clínica com seriedade e utilidade. É importante

ressaltar que a prática clínica em questão ainda está em desenvolvimento e reconhecemos sua

dimensão de cuidado frente a sua contemporaneidade. Com isso, diante das possibilidades dentro

desse espaço, de pesquisas e estudos no campo acadêmico pode ser possível desenvolver olhares

mais direcionados a essa prática, para uma maior segurança e embasamento teórico.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

A PRÁXIS DO PSICÓLOGO COM FAMÍLIAS EM RISCOS SOCIAIS

ANA FLÁVIA SILVA DE SOUSA INTRODUÇÃO As Políticas Públicas, no Brasil, trabalham a fim de minimizar as mazelas sociais, que historicamente

os cidadãos foram impactados por questões de desigualdade econômica e social. Um serviço voltado

para essas questões é o CREAS (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) que atende

demandas procurando uma forma de combater as violências, seja da mulher, da criança, adolescente,

idoso além das famílias que estão vulneráveis dentro do seu meio social. A família nos dias de hoje

tem um grande foco dentro dessas políticas, ocupando um lugar garantido nestes serviços. A PNAS

(Política Nacional de Assistência Social) segundo Andolfi (1984) tem como intuito assegurar as ações

no meio da assistência social tendo uma centralidade na família para que garanta os seus direitos e

a convivência familiar e comunitária. As mazelas sociais atingem uma boa parte da população de classe

baixa e isso dentro do meio familiar acaba gerando conflitos, até mesmo a falta de oportunidade de

um meio escolar e comunitário acaba deixando muitos adolescentes vulneráveis ao mundo das drogas.

Nesse sentido o objetivo desse trabalho procurar identificar metodologias de trabalho da psicologia a

fim de intensificar o enfrentamento aos riscos sociais supracitados.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia de pesquisa se deu por meio de estudos bibliográficos que adentram sobre as questões

dos riscos sociais e de que forma os psicólogos trabalham com estes tipos de demandas. Foi utilizado

como fonte de pesquisas, artigos do Scielo, Dissertações e livros de autores sobre o assunto,

trazendo uma leitura mais clara e moderna dessas questões.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Como resultados podemos verificar que a forma que o psicólogo vai intervir dentro dessas famílias é

através da potencialização dos recursos que essa família possui, no caso o psicólogo que trabalha no

CREAS, as principais metodologias são as visitas domiciliares para acompanhar os casos de perto e

como está a situação de determinada família; atendimentos psicossociais e grupos (CFP, 2009). O

psicólogo vai buscar ter uma atenção mais especializada com uma qualificação de atendimento.

Dependendo do risco social daquela família o psicólogo vai tentando reduzi-lo ou até mesmo o

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agravamento. O CREAS ele possui vínculos de diversos serviços para justamente adequar as

situações, variando de caso para caso, seja com o Conselho tutelar, CRAS, CAPS, Fóruns entre

outros, além de oferta o serviço PAEFI centralizando não somente o indivíduo, mas sim da família

como um todo, ou seja, o psicólogo para facilitar, para família utilizar dos serviços que precise dentro

da sua vulnerabilidade (CFP, 2011).

CONCLUSÃO Concluindo-se que dentro do CREAS, além dos trabalhos citados acima, o psicólogo irá atender a

atendimentos de medidas socioeducativas, acompanhamento com a família do grupo que frequenta o

CREAS, atuação juntamente com assistente social, elaboração de estudos de casos, relatórios para

fóruns e delegacias, oficinas, reuniões entre outros. Portanto nesses casos de políticas públicas é

necessária uma atenção mais voltada para essas questões, a fim de tentar reduzir esses riscos que

ocorre em grande parte da sociedade, quando se trata de números.

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Área de Conhecimento: Psicologia.

A PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM UMA AMOSTRA DE JOVENS DO INTERIOR DO ESTADO DO CEARÁ

KÁTIA LEÍSE DO NASCIMENTO ARAÚJO

ANTÔNIA ARAUJO DE SOUSA RAFAELA PRADO OLIVEIRA

INTRODUÇÃO Depressão e desesperança entre adolescentes podem ser entendido como um tema de significativa

relevância frente à enorme incidência neste público. Objetivou-se com esta pesquisa, investigar os

níveis de depressão e desesperança entre jovens. Por adolescência entende-se como sendo um

período de crises, marcado por mudanças significativas e alterações físicas, psíquicas e sociais; o

agravamento desses sintomas depressivos nesta época da vida pode levar inclusive a uma ideação

suicida. As existências de estudos contribuem para aquisição de conhecimento, estratégias de

prevenção e promoção da saúde.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Essa pesquisa se configura como uma abordagem de caráter quantitativo. Segundo (Minayo &

Sanches, 1993). A investigação quantitativa atua em níveis presentes de realidade e tem como

objetivo trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis. Participaram deste estudo 71

adolescentes, com idades entre 16 e 19 anos, de ambos os sexos. As coletas foram realizadas em

salas de aula em uma Escola de Ensino Médio na cidade de Sobral no Ceará. Os adolescentes foram

informados sobre os objetivos da pesquisa e convidados a participarem de forma voluntária, sendo

solicitados a preencherem as informações requeridas e orientados sobre possíveis dúvidas em relação

aos testes. Em seguida receberam instruções dos examinadores de forma padronizadas conforme o

manual previsto para a aplicação dos instrumentos de avaliação psicológica, BDI (Inventário de

Depressão Beck), usado para medida da intensidade da depressão e BHS (Escala de Desesperança

Beck), consistindo em afirmações que envolvem cognições sobre desesperança. A análise dos dados

se deu a partir da construção do perfil sociodemográfico dos participantes, pela mensuração dos

sintomas de depressão e desesperança e pela observação dos examinadores. Após o término da

coleta, os dados foram inseridos no programa Excel para o procedimento das análises estatísticas.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES Constatamos que a maioria dos participantes tinha 17 anos, sendo do sexo masculino, solteiros, sem

filhos, não trabalhavam, com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos, católicos e residindo com pais

e irmãos. Constatou-se que a maioria dos estudantes se descreveu com um nível mínimo de sintoma

depressivo (63%), Leve (27%), Moderado (8%), Grave (1%), contrapondo-se a estudos realizados

por Argimon, e outros (2013) que relata que (48,9%) apresentam nível de depressão mínimo a leve

e por Sajjadi e outros (2013), onde descreve uma prevalência de (43,55%) dos adolescentes

apresentaram sintomas depressivos visto que o risco fator suicídio em adolescentes deprimidos

aumenta. No que diz respeito à Classificação da intensidade da desesperança percebe-se que a maioria

dos participantes (72%) não se descreve com atitudes negativas frente ao futuro, mas vale ressaltar

que (11%) e (3%) descrevem - se com níveis moderado e grave respectivamente, tornando - se um

fator relevante quando se trata de desesperança.

CONCLUSÃO Considerando a necessidade de dados que possam ser descritos e explicados cientificamente, o

estudo dessa temática poderá beneficiar a população, bem como as equipes de saúde na criação de

estratégias de prevenção/intervenções terapêuticas que abordem a temática do suicídio assim como

depressão entre adolescentes.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

A PSICOLOGIA E O HOSPITAL: OS DESAFIOS DO SETTING TERAPÊUTICO DE UMA ENFERMARIA EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DO CEARÁ

ADRIANA BRANDÃO DE PAULO GEÓRGIA MARIA MELO FEIJÃO

INTRODUÇÃO A Psicologia Hospitalar sendo uma das áreas de atuação do profissional de Psicologia busca

desenvolver junto à equipe multiprofissional uma postura que esteja dentro dos princípios éticos da

profissão, tendo como objetivo promover um suporte para os acontecimentos adversos presente em

uma situação de adoecimento, internação e morte. O grande fluxo de pessoas no hospital, não

somente de pacientes, mas de acompanhantes, equipe médica, profissionais responsáveis pela

manutenção do hospital e estagiários acabam fazendo com que os vários saberes dividam o mesmo

espaço. Sendo assim, a atuação da Psicologia nesse ambiente se torna um verdadeiro desafio, visto

que muitas vezes pode por em jogo o sigilo durante a realização de um atendimento. Portanto, uma

questão ética se envolve nesse fazer, onde, ao pensar em um atendimento psicológico nesse espaço

percebe-se um desafio já no contexto em que o sujeito está inserido. O setting terapêutico pode ser

uma enfermaria, um corredor, uma cadeira no meio de uma sala. O lugar para o atendimento é aquele

onde o sujeito está e este espaço se apresenta das mais variadas formas, como também com várias

pessoas ao seu redor. Portanto, o presente trabalho busca relatar brevemente sobre os desafios

observados no setting terapêutico de uma enfermaria.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os dados apresentados neste trabalho se tratam de um relato de experiência obtidos a partir da

vivência de Estágio Supervisionado em Psicologia Hospitalar em articulação com o aporte teórico

discutido no Grupo de Estudos em Psicologia Hospitalar – GEPH, o qual foi financiado pelo Programa

de Iniciação Científica – PROIC da FLF. Durante a experiência vivida pelas estudantes, realizou-se o

acompanhamento dos pacientes junto à equipe de saúde nas enfermarias. Os atendimentos são

realizados e supervisionados semanalmente, no período de março até setembro de 2017. São

realizadas supervisões que auxiliam e orientam o manejo no contexto hospitalar, onde, as atividades

desenvolvidas são registradas em um diário de campo.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES A atuação da Psicologia nesse espaço se apresenta como construção junto à equipe multiprofissional

de modo a proporcionar o reconhecimento das suas práxis em meio a vários saberes. Não se trata

de transpor uma prática clínica exercida sob os moldes do setting clássico para outros espaços, mas

de construir um lugar em que o psicólogo exerça sua função frente ao sujeito e a instituição. As

possibilidades de atuação no hospital estão atreladas ao reconhecimento do sujeito como um todo,

onde a conversa existe e se mostrou rica, pois oferecemos uma escuta que é genuína e que valida à

experiência do outro, lhe oferecendo um suporte para o enfrentamento da doença. Com isso, os

pacientes/ familiares passaram a relatar com mais propriedade os seus medos, no passo que a equipe

multiprofissional passou a enxergar e reconhecer o trabalho do psicólogo dentro desse espaço.

CONCLUSÃO Reconhecemos que a atuação do psicólogo dentro desse espaço é delicada, mas que a sua postura

ética mediante aos desafios faz a diferença tanto para a valorização do seu trabalho junto à equipe

multiprofissional como também aos pacientes que se sentem mais confortáveis nesse ambiente de

escuta. Embora apresente desafios, o lugar criado simbolicamente para a elaboração de uma escuta

e de uma fala é o mais importante a ser construído na práxis da psicologia, pois, para saber os limites

e possibilidades e ofertar as saídas possíveis para o sujeito em questão, é necessário estar lá, nos

corredores.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

A PSICOLOGIA E O HOSPITAL: OS DESAFIOS DO SETTING TERAPÊUTICO DE UMA ENFERMARIA EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DO CEARÁ

ADRIANA BRANDÃO DE PAULO GEÓRGIA MARIA MELO FEIJÃO

INTRODUÇÃO A Psicologia Hospitalar sendo uma das áreas de atuação do profissional de Psicologia busca

desenvolver junto à equipe multiprofissional uma postura que esteja dentro dos princípios éticos da

profissão, tendo como objetivo promover um suporte para os acontecimentos adversos presente em

uma situação de adoecimento, internação e morte. O grande fluxo de pessoas no hospital, não

somente de pacientes, mas de acompanhantes, equipe médica, profissionais responsáveis pela

manutenção do hospital e estagiários acabam fazendo com que os vários saberes dividam o mesmo

espaço. Sendo assim, a atuação da Psicologia nesse ambiente se torna um verdadeiro desafio, visto

que muitas vezes pode por em jogo o sigilo durante a realização de um atendimento. Portanto, uma

questão ética se envolve nesse fazer, onde, ao pensar em um atendimento psicológico nesse espaço

percebe-se um desafio já no contexto em que o sujeito está inserido. O setting terapêutico pode ser

uma enfermaria, um corredor, uma cadeira no meio de uma sala. O lugar para o atendimento é aquele

onde o sujeito está e este espaço se apresenta das mais variadas formas, como também com várias

pessoas ao seu redor. Portanto, o presente trabalho busca relatar brevemente sobre os desafios

observados no setting terapêutico de uma enfermaria.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os dados apresentados neste trabalho se tratam de um relato de experiência obtidos a partir da

vivência de Estágio Supervisionado em Psicologia Hospitalar em articulação com o aporte teórico

discutido no Grupo de Estudos em Psicologia Hospitalar – GEPH, o qual foi financiado pelo Programa

de Iniciação Científica – PROIC da FLF. Durante a experiência vivida pelas estudantes, realizou-se o

acompanhamento dos pacientes junto à equipe de saúde nas enfermarias. Os atendimentos são

realizados e supervisionados semanalmente, no período de março até setembro de 2017. São

realizadas supervisões que auxiliam e orientam o manejo no contexto hospitalar, onde, as atividades

desenvolvidas são registradas em um diário de campo.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES A atuação da Psicologia nesse espaço se apresenta como construção junto à equipe multiprofissional

de modo a proporcionar o reconhecimento das suas práxis em meio a vários saberes. Não se trata

de transpor uma prática clínica exercida sob os moldes do setting clássico para outros espaços, mas

de construir um lugar em que o psicólogo exerça sua função frente ao sujeito e a instituição. As

possibilidades de atuação no hospital estão atreladas ao reconhecimento do sujeito como um todo,

onde a conversa existe e se mostrou rica, pois oferecemos uma escuta que é genuína e que valida à

experiência do outro, lhe oferecendo um suporte para o enfrentamento da doença. Com isso, os

pacientes/ familiares passaram a relatar com mais propriedade os seus medos, no passo que a equipe

multiprofissional passou a enxergar e reconhecer o trabalho do psicólogo dentro desse espaço.

CONCLUSÃO Reconhecemos que a atuação do psicólogo dentro desse espaço é delicada, mas que a sua postura

ética mediante aos desafios faz a diferença tanto para a valorização do seu trabalho junto à equipe

multiprofissional como também aos pacientes que se sentem mais confortáveis nesse ambiente de

escuta. Embora apresente desafios, o lugar criado simbolicamente para a elaboração de uma escuta

e de uma fala é o mais importante a ser construído na práxis da psicologia, pois, para saber os limites

e possibilidades e ofertar as saídas possíveis para o sujeito em questão, é necessário estar lá, nos

corredores.

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Área de Conhecimento: Psicologia Histórico Cultural.

A PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL DENTRO DO CONTEXTO SOCIAL COMUNITÁRIO

FABIANA COSTA FERNANDES ANA FLAVIA SILVA DE SOUSA

INTRODUÇÃO O presente trabalho teve origem no grupo de estudos A Psicologia Histórico-Cultural e seus campos

de atuação: uma análise do alcance da abordagem em diferentes conceitos, segundo Vygotsky, a Zona

de Desenvolvimento Proximal (ZDP) se dá pelo desenvolvimento que vem pelo processo de

aprendizagem através da interação social com outros sujeitos, onde utilizam ferramentas como a

própria linguagem. Os conceitos de sentido e significado também devem ser levados com atenção

para o campo social, algo que acaba levando a uma ampla variação conceitual e compreensiva de todo

o processo cultural e vivencial do sujeito. Podemos trazer, através dos escritos de Vygotsky, uma

compreensão mais rica sobre sentido e significado, nos levando a concluir que o sentido, remete a

algo mais único e particular de como o cultural vai ser internalizado por cada indivíduo. Já o significado

leva a um sentido de coletividade. Tal trabalho vem trazendo uma importante compreensão teórica,

entre a ligação da Psicologia Histórico Cultural e a Psicologia Social Comunitária, sendo de suma

importância sua compreensão. Góis nos fala que a Psicologia Comunitária é uma área que vai buscar

compreender como o psiquismo exerce sua atividade, através das relações dos indivíduos na

comunidade, como os sujeitos se identificam, e suas relações. Por meio disso, temos como principal

objetivo compreender como a Psicologia Histórico Cultural pode contribuir para a atuação do

psicólogo social comunitário.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Nossa metodologia de pesquisa se deu por meio de estudos bibliográficos que falam sobre o conceito

de ZDP e de Sentido e Significado, trazendo citações de Vygostky e de autores que estudam sobre o

tema. Usamos como fonte de pesquisas, artigos do Scielo, e livros de autores que escreveram sobre

os assuntos, fazendo recortes de literaturas que trouxessem de forma mais ampla e clara os

conceitos estudados e ligando relações da abordagem, com a Psicologia Social Comunitária.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES Tendo em vista que para Vygotsky existem duas linhas que irão marcar o desenvolvimento humano, a

biológica e a cultural, temos como resultado o desenvolvimento cultural, que consiste em algo

construído por todo o contexto social que vai ser elaborado por cada indivíduo de uma forma social

e, depois, subjetiva. Assim, trazemos o fato de que todo o processo de aprendizagem e de

desenvolvimento do sujeito se dá pela forma como ele elabora seu contexto social, remetendo a uma

vivência que remete a um contexto histórico cultural onde os conceitos estudados (ZDP e Sentido e

Significado) podem ser facilmente compreendidos, através das trocas de vivencias comunitárias e de

como isso é contextualizado e elaborado de forma singular e coletiva.

CONCLUSÃO Concluímos que a compreensão de tais conceitos nos levam a um melhor entendimento de como

ambos se aplicam nas vivências dos sujeitos, sendo mais enfatizados ao adentrarmos o contexto

social comunitário, observando as subjetividades dos indivíduos, e como o meio social é importante

para a formação de cada um. Podemos esclarecer quanto a atuação do psicólogo dentro do eixo

comunitário, a partir da compreensão das teorias propostas por Vygotsky de ZDP e Sentido e

Significado, e como sua atuação enquanto profissional, vão contribuir para a elaboração e, também,

ressignificações de processos e vivências.

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Área de Conhecimento: Psicologia Jurídica.

A PSICOLOGIA NO NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS-NPJ

BIANCA MARIA DE OLIVEIRA CARVALHO O NPJ (Núcleo de Práticas Jurídicas), se caracteriza como um órgão vocacionado para a atuação dos

estudantes do curso de Direito, ao qual será prestado serviços jurídicos de forma gratuita à população

carente garantindo-lhes acesso à justiça, podendo assim colocar em prática todo o seu conhecimento

teórico. Atualmente nesse espaço acadêmico também existem práticas psicológicas que podem ser

trabalhadas tanto no caráter metodológico quanto científico. A Psicologia Jurídica está caracterizada

como uma subárea da ciência psicológica que traz como objetivo de se estudar o comportamento do

homem no campo das relações das pessoas para com a justiça.

Mira y López (2002), define a psicologia jurídica como à Psicologia que é aplicada ao melhor exercício

do Direito, pois vai se tratar tanto de um ramo da Psicologia, quanto irá auxiliar o direito,

apresentando o homem, como um objeto de estudo em comum, e os seus conflitos, assim articulando

a psicologia com o comportamento humano perante a questões judiciais.

Sendo assim, o papel do psicólogo dentro do Núcleo de Práticas Jurídicas, é fundamental para o

acolhimento das pessoas que estão em conflito com a justiça. É de suma importância o trabalho dos

profissionais da área de psicologia nesse campo, pois dentre outras atividades são resolvidos os

conflitos existentes entre as famílias, questões de adoção, irá solucionar disputas de guarda,

regulamentar as visitas de avós e pais, dentre outras questões judiciais. Esse trabalho foi produzido

com o objetivo de expor a importância da pratica psicológica dentro do campo jurídico nas instituições

de ensino superior (IES).

Para a realização desse estudo, foram usados artigos científicos com as palavras-chave: NPJ;

Psicologia; Jurídica. Tais artigos foram selecionados na plataforma digital Scielo.

Apesar de ser um campo recém explorado pela psicologia, as práticas psicológicas no contexto jurídico

têm se mostrado bastante relevantes a sua aplicação como ciência, assim como para a interação

interdisciplinar com os operados do Direito. O olhar da psicologia para a conciliação e/ou participação

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na mediação dos conflitos do sujeito trazem uma nova perspectiva de se dar uma resolutiva mais

eficaz para o processo jurídico, podendo até ser evitado o aumento da carga operacional do sistema

judicial assim como o acumulo dos processos.

Concluímos que os cursos de Psicologia e Direito podem se comunicar de forma produtiva tanto para

sua efetividade metodológica quanto para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes

nas IES. Esses dois campos científicos podem juntos promover grandes efeitos junto à comunidade,

garantindo o acesso a justiça de forma digna e respeitando a subjetividade e realidade de cada sujeito

que a busca dentro desses serviços.

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Área de Conhecimento: Ciências Sociais Aplicada.

A RELAÇÃO DO INDIVÍDUO COM A MORAL E O SUICÍDIO

LENDRA MENDES ONZI LARISSA EMILLY DE LIMA CÉSERO

STÉFANI SOUSA RIBEIRO INTRODUÇÃO Colocar em voga a dificuldade de esclarecer o suicídio na sociedade de acordo com o pensamento e

as pesquisas realizadas pelo sociólogo Émile Durkheim, tendo como objetivo principal compreender a

relação entre o suicídio e a moral, e o como essa relação aumenta consideravelmente o número de

suicídios.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa foi realizada por meio de um estudo teórico e debates semanais sobre os temas ligados

ao suicídio realizados no grupo de pesquisa intitulado Crepúsculo: uma investigação sobre o suicídio

em Viçosa do Ceará, que se utilizou dos escopos produzidos por Émile Durkheim (1999) em seu livro

sobre o suicídio.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Durkheim (1999) busca entender quais são as situações dos diferentes meios sociais em função dos

quais o suicídio varia. Pode-se entender então que o suicídio, para Durkheim (1999), é visto como

algo social, e não individual, pelo fato de estar relacionado com a (crise da moral ou falta de laços

sociais fortes) moral de um povo, entretanto, o ato ainda é intitulado como imoral pela sociedade,

talvez porque ao ser posto de lado se torna algo aparentemente incomum. Vale ressaltar que as

regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas e está estritamente ligada aos bons

costumes. Contudo, como intitular imoral o suicídio se o crime, assim como esta mazela, está

presente no cotidiano e é considerado algo normal? É contraditório, haja vista que ambas as

imperfeições sociais fazem parte da composição habitual das sociedades, e de todas as composições

estudadas por Durkheim, não podendo ser evitadas ou ignoradas:

É inútil invocar aqui as imperfeições invitáveis da natureza humana e sustentar que o mal, embora

não possa ser impedido, não deixe de ser o mal; isso é linguagem de pregador, não de cientista. Uma

imperfeição necessária não é doença; caso contrário, deveríamos colocar doença em toda parte,

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porque a imperfeição existe em toda parte. Não há função do organismo, não há forma anatômica a

cujo propósito não se possa imaginar algum aperfeiçoamento. (DURKHEIM, 1897, p.473).

Isso se confirma em um dos quatros tipos de suicídios, o altruísta, no qual o indivíduo se integra tanto

a sociedade que é capaz de tirar a própria vida em prol do bem geral, como no caso dos militares,

que são obrigados a negar a si mesmo para servir a sociedade. Em contraposição a esse tipo de

suicídio, tem-se o suicídio egoísta, que está interligado ao individualismo exacerbado, devido ao fato

de o indivíduo estar desligado dos grupos sociais, não encaixando-se no padrão moral imposto por

eles. Apesar dos extremos parecerem ser os causadores do suicídio é possível compreender que eles

são importantes quando se trata de inovações e certezas, a exemplo disso, se levarmos em conta

que a máxima integração na sociedade leva o indivíduo a evoluir em determinadas situações que

requer uma maior utilização dos seus esforços, e, portanto, não são os extremos que contribuem

para esse acontecimento. Isso também recai sobre a máxima do individualismo quando o sujeito, ao

considerar o egocentrismo fundamental consegue quebrar tabus sociais e/ou aperfeiçoar seus credos

na certeza de que é aquilo que o representa.

CONCLUSÃO Foi possível entendermos que a moral de uma sociedade não é capaz de reduzir o número de suicídios,

haja vista que os indivíduos são diferentes, (ontologicamente) isto é, suas perspectivas de mundo, do

que é essencial e fundamental para sua existência variam de ser para ser.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO AGRÍCOLA E SUICÍDIO NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA DO CEARÁ

CARLA VIEIRA CARDOSO

ANNA THAÍS DA SILVA ARAÚJO INTRODUÇÃO Conforme a Organização Mundial da Saúde – OMS, o suicídio tem se tornado um problema de saúde

pública, devido ao aumento nos índices nos últimos tempos, trata-se de um fenômeno complexo que

tem implicações biológicas, ambientais, sociais, políticas, econômicas, culturais e individuais. “O

suicídio não é tão somente uma tragédia no âmbito pessoal; ele também representa um sério

problema de saúde pública.” (WHO, 2003, p. 214). Ainda de acordo com a OMS cada suicídio causa

impacto considerável em pelo menos outras seis pessoas, e há uma estimativa de que no ano de

2000 ocorreram cerca de um milhão de casos em todo o mundo, colocando este como a terceira

maior causa de mortes entre pessoas de 15 a 35 anos. O recorte da pesquisa é analisar os fatores

que podem desencadear a incidência do suicídio, mais especificamente entre moradores da zona rural

do Município de Viçosa do Ceará, tendo em vista que a ocupação de agricultor tem aparecido de

forma predominante na coleta de dados nos casos ocorridos de morte por suicídio entre os anos de

2011 a 2013.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O estudo foi realizado por meio de coleta de dados em fontes oficiais como: Sistema de Informação

sobre Mortalidade-SIM e dados coletados em declarações de óbitos pela Vigilância Epidemiológica do

Município de Viçosa do Ceará. Tem como metodologia a revisão bibliográfica de artigos, revistas e

periódicos nacionais com abordagens psicológicas, sociológicas e da saúde. Foram utilizadas neste

trabalho somente as informações que correspondiam às ocupações dos sujeitos que aparecem nas

estatísticas de mortalidade por suicídio.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Viçosa do Ceará está situada na Serra da Ibiapaba, localizada na região Nordeste do Estado do Ceará.

Conforme o Censo Demográfico do IBGE de 2010 a população do município era de aproximadamente

55 mil habitantes. Seu território é bastante extenso correspondendo a 1.311,628 km², sendo sua

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maior parte zona rural, neste período habitavam na zona urbana do município cerca de 18 mil pessoas,

já na zona rural aproximadamente 37 mil pessoas. Grande parte da população que mora na zona rural

desenvolve alguma atividade voltada para agricultura de subsistência ou comercial, assim a economia

do município é predominantemente agrária e comercial. Entre os anos de 2011 a 2013 foram

registrados um total de 137 óbitos hospitalares em Viçosa do Ceará, segundo dados da mortalidade

registrados no IBGE, destes, 24 foram notificados como mortes por suicídio. Nas informações obtidas

no setor de Vigilância Epidemiologia do município, foi constatado que 16 dos casos correspondiam a

pessoas ligadas à ocupação agrícola, caracterizando assim 66,6% dos óbitos por suicídio. A partir

deste percentual é pertinente refletir sobre os fatores de riscos que esta população está exposta,

como ressalta Fabris, (2016) deve-se observar os fatores de ricos ambientais e químicos presentes

nesta ocupação, assim como a jornada de trabalho. Importante também refletir sobre os locais de

residência destes sujeitos e as possibilidades de lazer e socialização disponível a eles. Alguns estudos

apontam uma relação do suicídio do homem do campo com o uso do agrotóxico, embora seja

necessário um estudo mais aprofundado sobre o assunto, é dito por Gonçalves (2011) que o

agrotóxico acaba desencadeando quadros depressivos, o que pode aumentar o risco de suicídio.

Fazendo uma relação com panorama nacional, conforme a OMS a profissão de agricultor apresenta-

se acima da média entre as taxas de suicídio.

CONCLUSÃO Os dados apresentados na pesquisa mostraram que a população que mais aparece nos índices de

suicídio em Viçosa do Ceará, no período que a pesquisa foi realizada, são pessoas que desenvolvem

alguma atividade na agricultura, esta característica em comum entre a maioria, pode suscitar a

existência de fatores de risco presentes no meio e que podem ter relação com os casos de suicídio

dos mesmos, esta questão precisa de um estudo mais aprofundado.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

A SEXUALIDADE EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

MONICA XIMENES MELO

JOSÉ ÂNGELO MOUTA NETO INTRODUÇÃO A doença renal apresenta dados crescentes anualmente. É significativa a quantidade de pessoas que

necessitam submeter-se ao tratamento de hemodiálise, que gera um significativo sofrimento, por ser

dependioso e desagradável. Para o doente renal crônico, a hemodiálise torna-se uma terapêutica

necessária para prolongar sua vida, sendo que por 12 horas semanais o paciente necessita estar

regularmente dentro de um centro de tratamento ao lado de uma máquina que lhe permite viver mais

alguns anos, e ao mesmo tempo que esse sujeito busca a vida, passa a viver em função da doença. O

tratamento hemodialítico interfere na saúde física e emocional da pessoa, comprometendo sua

qualidade de vida, envolvendo os aspectos biológicos, sociais, psicológicos e familiares/conjugais,

inclusive a dimensão da sexualidade. Nesse contexto o objetivo deste trabalho é compreender como

a sexualidade é percebida na vida de pacientes com doença renal crônica em processo de hemodiálise.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Realizou-se uma revisão sistemática de literatura, no desígnio de identificar estudos que abordem a

sexualidade de pacientes renais crônicos em processo de hemodiálise. A pesquisa foi realizada nos

meses de agosto e setembro de 2017. As bases de dados foram Portal Regional da Biblioteca Virtual

em Saúde- BVS/LILACS, Arquivo de Ciências e Saúde- ACS, Revista Arq. Ciênc. Saúde- ACS e SCIELO.

Foram utilizados os descritores “sexualidade” AND “doença renal crônica” OR “disfunções sexuais”,

AND “doença renal crônica”. Nos critérios de inclusão utilizou-se de publicações em base de dados

nacionais que versam sobre a temática, periódicos que tragam em seus títulos os descritores

estabelecidos. Para os critérios de exclusão, desconsiderou-se textos que não apresentem uma

relação contextualizada entre os descritores, pontuem a sexualidade em pacientes em hemodiálise

como tema secundário, de idiomas estrangeiros, publicações repetidas, estudos que não estão

direcionados a temática abordadas, também monografias, dissertações, teses e livros.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES Foram identificados 04 artigos para o estudo, que tiveram suas publicações entre os anos de 2009

a 2017, sendo que 2009 foi encontrado 1 artigo (25 %), no ano de 2011, 1 artigo (25%) e em

2017, foram identificados 2 (50%). Os estudos contemplados foram identificados dentre as bases

de dados BVS/LILACS, 2 (50%), na Revista Ciência, Cuidado e Saúde1 (25%) e na Revista Arq.

Ciênc. Saúde- ACS 1 (25%), as demais bases de pesquisas identificadas no método não apresentaram

trabalhos publicados para inclusão. A partir dos dados encontrados percebeu-se que os aspectos

biopsicossociais são influenciando em decorrência do tratamento, sendo a qualidade de vida sexual

afetada, e que a sexualidade é um fator relevante na própria qualidade de vida das pessoas com

doença renal crônica que estão em processo de hemodiálise.

CONCLUSÃO Percebeu-se que a sexualidade em pacientes com doença renal crônica tem sido pouco estudada no

contexto brasileiro. Os trabalhos encontrados que versam sobre a sexualidade estão primordialmente

numa perspectiva biomédica. Dessa forma, sugere-se que mais pesquisas sejam feitas com essa

temática e que outras áreas de conhecimento também tenham a curiosidade de investigar a

sexualidade das pessoas que estão no processo do tratamento discutido.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Educação.

A TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO

AMANDA BEZERRA LOPES INTRODUÇÃO Este trabalho origina-se do grupo de estudos intitulado “A Psicologia Histórico-Cultural e seus

Campos de Atuação: Uma Análise do Alcance da Abordagem em Diferentes Contextos”, existente na

Faculdade Luciano Feijão (FLF). O grupo tem como objetivo realizar estudos e discussões acerca da

inserção da Teoria Histórico-Cultural nas diversas áreas de atuação do psicólogo. Tal referencial, que

tem como criador Vygotsky, chega ao Brasil na década de 1980, sendo amplamente reconhecido e

utilizado na área da educação. Tendo em vista a relevância desta teoria para o campo educacional,

este trabalho objetiva discutir sobre a prática do psicólogo histórico-cultural no âmbito da educação,

considerando as possibilidades e caminhos da teoria em tal área.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Foi utilizada uma análise interpretativa de cunho histórico-cultural para trabalhar os dados

construídos. Ocorreu nos meses de março a setembro de 2017, fez-se consultas a artigos científicos

e periódicos a partir de conceitos considerados centrais na Teoria Histórico-Cultural, entre estes:

Interação, Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), Mediação, Signos e Funções Psicológicas

Superiores. Percebeu-se, através das pesquisas realizadas, o destaque dado às interações, uma vez

que as funções psicológicas superiores emergem de fenômenos sociais. A teoria afirma, assim, que o

individual e o social são elementos mutuamente constitutivos do sujeito. O desenvolvimento cultural

do sujeito se dá, primeiramente, no nível social (interpsicológico) e, posteriormente, no nível

particular (intrapsicológico), por meio de processos de interiorização. As relações dos indivíduos

entre si, portanto, se dão através dos signos, entre os quais a linguagem se mostra um dos principais

mediadores destas relações. Vygotsky traz, ainda, em sua teoria, o conceito de ZDP, no qual se tem

a ideia da existência de uma distância entre o nível de desenvolvimento real, que se refere àquilo que

o indivíduo é capaz de resolver sozinho, e o desenvolvimento potencial, que precisa da mediação de

outro indivíduo para que seja alcançado. Nesse sentido, a sala de aula constitui-se um ambiente

extremamente fértil para promoção de ZDPs, pois se trata de um espaço onde haverá inter-relações

de ensino-aprendizagem, no qual professores e alunos são agentes deste processo. Desta forma, o

psicólogo histórico-cultural busca sempre trabalhar a partir das possibilidades e potencialidades do

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sujeito, nunca contentando-se com o seu desenvolvimento real. Busca, nesse contexto, compreender

a historicidade dos processos educativos, não somente o seu produto. Isto é, não se contenta com

a forma como os fenômenos são no presente, mas como podem ser transformados.

CONCLUSÃO Pode-se delimitar como principais conclusões, a aproximação entre Teoria Histórico-Cultural e

educação. Além disso, alguns conceitos chave da teoria, entre os quais destacou-se as interações,

como sendo constituinte dos sujeitos, que se dão a partir de signos, e as funções psicológicas

superiores, consideradas processos eminentemente humanos. Por fim, foi trazido o conceito de ZDP

como espaço simbólico de mediação semiótica, no qual o que é mais importante é o potencial do

indivíduo. Contudo, pretende-se avançar em estudos sobre a temática.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

A VIDA LIGADA ÀS MÁQUINAS DA HEMODIÁLISE E SEUS EFEITOS NO CAMPO SUBJETIVO

KILVIA FEITOZA FERREIRA FERREIRA

SAMARA ALVES VASCONCELOS INTRODUÇÃO O número de pessoas com Insuficiência Renal Crônica (IRC), tem crescido significativamente.

Enfatizando-nos assim a compreender todo cenário por trás do tratamento da hemodiálise no âmbito

hospitalar, convidando também, a equipe de saúde a um rearranjo diário do fazer frente às situações

tidas inquietantes, tais como alimentação, contexto familiar, resistência dos pacientes ao tratamento

seja na alimentação, na ausência das sessões de hemodiálise, ou nas dores no corpo sem explicações

orgânicas razoáveis. Quando nos referimos à IRC, sendo este, um fator influente na perspectiva da

promoção em saúde, ou muitas vezes, não possuem tantas informações referentes à Insuficiência

Renal Crônica e seu tratamento. Ao receberem o diagnóstico de IRC, os pacientes, bem como seus

familiares, vivenciam aspectos que envolvem todo processo de adesão, tratamento e permanência.

Do qual, muitas vezes o paciente em si, permaneci recoberto de questionamentos constantes a

respeito da doença em si e de porquê ocorrer com ele.

Frente a isso, o objetivo do presente estudo é contribuir para o enriquecimento do processo de

contextualização de vida, seus desafios e limites que envolvem pacientes hemodialítico dentro do

âmbito hospitalar de ensino e aprendizagem.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Utilizou-se um relato de experiência a partir dos atendimentos realizados semanalmente junto aos

pacientes, familiares e equipe, no período de fevereiro a junho de 2017. Apresentando nesta pesquisa

experiências vivenciadas no Estágio Supervisionado em Psicologia Hospitalar da FLF ao ouvir pacientes

em tratamento hemodialítico, familiares e equipe de saúde. Sendo realizadas supervisões que

orientam e auxiliam ao manejo hospitalar.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi percebido que o paciente em tratamento hemodialítico é diretamente atravessado por diversas

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questões, das quais, perpassam sobre suas relações familiares, sociais e subjetiva. O diagnóstico de

IRC, soa em diferentes alarmes ao contexto de vida do paciente. A psicologia portanto, tem

demarcado lugar e espaço cada vez mais presentes e essenciais ao contexto hospitalar, intervindo e

gerando possibilidades no dar contorno as dores do corpo e da vida pela palavra, e, sobretudo, no um

a um. Estando presente aos desejos de vida, que encontram-se diretamente ligados às máquinas de

diálise, o paciente bem como, seus familiares e equipe de saúde, encontram-se sobre um sofrimento

intenso, que soa sobre as (não) possibilidades de reaver suas funções anteriores. Readaptando-se a

novos modos de vida, sobre as linhas de diálise.

CONCLUSÃO Podemos perceber que o campo do setor hemodialítico, modifica totalmente o cotidiano e a vida de

pacientes com IRC. Assim, as ações da psicologia seguem para além das necessidades físicas e

biológicas, um trabalho construtivo sobre possibilidades e qualidade de vida. Atentando a

singularidade de cada paciente, e seu contexto de vida frente ao adoecimento.

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Área de Conhecimento: Psicologia.

A VISÃO DISCENTE DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

ÍRIS DOS SANTOS TIMBÓ INTRODUÇÃO Ao entrarmos no curso de Psicologia, uma das primeiras disciplinas a serem estudadas é o seu

desenvolvimento histórico, científico e profissional, localizada na matéria de História da Psicologia.

Mas, ainda hoje, existem perguntas sobre o porquê estudar a sua história e sua influência na formação

atual dos discentes em psicologia. Assim, o objetivo desse trabalho é compreender qual a importância

de se estudar os marcos históricos, a constituição dessa ciência, formação, abordagens, surgimento

de áreas de trabalho e campos profissionalizantes, para a formação acadêmica e profissional. Dessa

forma, retrata a percepção discente da disciplina de História da Psicologia no desenvolvimento do

curso de Psicologia da Faculdade Luciano Feijão, desde a construção da mesma como ciência e

profissão até seu entendimento epistemológico, auxiliando na compreensão e potencialização da

aprendizagem. Dessa maneira, trazemos a percepção o olhar dos estudantes a respeito da mesma e

as contribuições que podem acarretar no seu aparato acadêmico, pessoal e, futuramente,

profissional. Dessa maneira, a motivação para esse trabalho surgiu da necessidade em saber como a

disciplina de História da Psicologia, se apresenta de acordo com a visão dos acadêmicos do curso e

sua influência para a sua formação e atuação enquanto futuro profissional.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Na construção do trabalho utilizou-se a metodologia quantitativa, com uma escala Likert de cinco

itens onde o primeiro se configura como “concordo totalmente” e o último “discordo totalmente”,

com o objetivo de conhecer a opinião dos acadêmicos de Psicologia sobre a da importância da disciplina

de história da psicologia em seu percurso acadêmico. Como público alvo temos os discentes de

Psicologia da Faculdade Luciano Feijão com alunos dos 2º, 3º e 4º semestre, já que a disciplina é

ministrada no 1º semestre. Logo, ocorreu a aplicação de sessenta (60) questionários visando o

levantamento de dados quantitativos não probabilísticos que permitam a análise. Tendo em vista que

os mesmos já fizeram a disciplina, e estão cursando outras, que possui como pré-requisito a disciplina

de história da psicologia, para saber se o que nela estudaram está sendo útil para o prosseguimento

de sua formação acadêmica e científico.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES Durante a análise dos dados coletados demonstrou que foi observado 93,3% dos entrevistados

relataram que a disciplina de História da Psicologia foi importante na formação acadêmica.

Destacando assim, estaremos argumentando que a história é um modo atrativo e eficiente de

introdução conceitual e metodológico à psicologia. Os caminhos e descaminhos da história ilustram a

emoção e a aventura do fazer ciência, clarificam raízes conceituais e identificam matrizes (GOMES,

1996). Nesse caso, compreendemos o quão importante mostra-se o percurso da psicologia, como

uma forma de auxiliar os alunos a desenvolver o pensamento, entendendo as dificuldades e limitações

da época até a formação da psicologia como ciência atualmente. Logo, 6,6% dos entrevistados

concordam parcialmente que a disciplina mostra-se importante para a formação acadêmica.

CONCLUSÃO Infere-se que grande parte dos alunos de psicologia acham a disciplina de validade para a formação e

profissionalização. Logo, não deve ser vista como um estudo contínuo do passado, mas um estudo

que intercala os eventos do passado, refletindo nos eventos atuais, afinal, deve ser visto de forma

progressiva as lutas e espaços conquistados pelos psicólogos e estudiosos. A problemática levantada

acerca da pesquisa, é o que motiva os alunos a entrarem no curso e compreender sua percepção

sobre a psicologia. Assim, a pesquisa, nos fez refletir sobre sua construção da disciplina e como a

mesma se constrói no desenvolvimento acadêmico do aluno de Psicologia, procurando a mesma

trabalhar uma visão reflexiva e crítica sobre o percurso de sua formação intelectual, assim como

pessoal.

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Área de Conhecimento: Antropologia.

ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DO HISTÓRICO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRODESCENDENTES NO BRASIL

DENISE DA SILVA ARAÚJO

JOSÉ ANDERSON MARQUES GUEIROS MELINA SOUSA GOMES

Durante o desenvolvimento da humanidade, uma série de relações se estabeleceram sejam elas com

o meio ambiente, seja com os outros membros que fazem parte de um grupo. Esses contatos com o

outro e com o meio fundam modos de organização social. Vale salientar que diversos fatores políticos,

históricos, econômicos exercem influência e não apenas questões sociais nos modos como essas

relações se estabelecem e se estruturam enquanto cultura. Nesse sentido, a principal característica

tanto da cultura quanto do social são o caráter dinâmico e as origens históricas diversificadas. Na

medida do possível, esse estudo pretende discorrer sobre as possíveis definições de cultura, bem

como de fazer uma explanação sobre as religiões de matriz africana ou afro-brasileiras, elencando seu

surgimento e fixação enquanto religiões brasileiras reconhecidas na contemporaneidade. Trata-se,

portanto, de uma pesquisa bibliográfica realizada a partir de uma revisão crítica de literatura

disponível manualmente (em livros) e em bases de dados eletrônicas a partir da inserção de palavras

chaves que se relacionam com o tema deste trabalho. Ao falar de cultura, é interessante ressaltar

que esta pode aparecer tanto fazendo referência à dimensão dos processos sociais em questão e nas

formas de produção do conhecimento a partir do modo como se dão as experiências em determinada

comunidade, grupo ou ambiente, bem como ao que diz respeito aos próprios modos de existência,

que, por sua vez, nem sempre seguem aos mesmos interesses, o que configura uma diversidade de

ideais de vida e, portanto, de apropriação do conhecimento. As religiões de matrizes africanas têm

as suas origens concomitantes à construção do nosso país. Vale ressaltar que as mesmas têm suas

repercussões até hoje desde os ritos próprios dessas religiões. A partir de vários estudos

posteriores, percebeu-se que as práticas dessas religiões tinham influência dos povos trazidos da

África para o Brasil que eram visíveis nas suas práticas religiosas que não se resumiam ao professar

de uma fé, mas também à preservação da sua cultura natal, língua, tradições, conhecimentos, valores

e visão de mundo. Dentre as principais ramificações destacam-se o candomblé, a umbanda,

quimbanda, cada uma apresentam suas peculiaridades, as diferenças podem ter origem, tanto pelo

local o qual esses povos foram trazidos e alocados, as formas de cultos, finalidades desses e outras

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questões no que regem as relações estabelecidas com os orixás. Essas religiões têm enfrentado

preconceito desde a sua origem devido às teorias raciais, presentes também nos estudos iniciais

realizados sobre o tema, bem como as religiões hegemônicas que influenciavam em vários segmentos,

tanto legal com medidas impostas em lei, como o preconceito velado, as perseguições aos praticantes

e destruição de objetos relacionados a esses cultos. Atualmente um dos maiores entraves

enfrentados por essas religiões, além dos citados anteriormente, estão envoltos nas religiões

neopentecostais, que julgam as práticas religiosas de matrizes afrodescentes como práticas malignas

ligadas à magia negra.

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Área de Conhecimento: Avaliação Psicológica.

ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM ESTUDANTES DE MEDICINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

JAMAYRA ROCHA ALVES

LARA DIOGO PEREIRA INTRODUÇÃO Segundo CASTILLO, 2000, a ansiedade é caracterizada por sentimentos de medo antecipados, sendo

considerado transtorno quando a reação ansiosa é autolimitada e de curta duração; ou seja, pessoas

ansiosas sofrem de sentimentos exagerados e irracionais de pânico em frente a diversas situações

cotidianas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é um transtorno

mental que é classificado por ausência de prazer e interesse pelas pessoas, assim como por variações

entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, distúrbios do sono e/ou apetite e por a reação mais

clássica que a tristeza profunda. Desse modo, o interesse em avaliar o adoecimento psíquico de

acadêmicos de medicina veio pelo conhecimento do quanto esses jovens são afetados

psicologicamente em decorrência de sua área de estudo, e consequentemente por cobranças e

ideologias que se tem sobre o indivíduo que pretende cursar medicina. O objetivo da presente pesquisa

é avaliar os níveis de ansiedade e depressão em um estudante de medicina, onde foi utilizado as

Escalas Beck para devidos fins, a qual se propõe avaliar esses dois fatores em duas escalas distintas,

uma que avalia os níveis de comportamentos ansiosos (BAI) e a outra que avalia os níveis de depressão

(BDI).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa é de cunho qualitativo, na qual foi realizada através da aplicação de um teste psicológico,

nomeado de Escalas Beck, onde a mesma busca avaliar fatores como ansiedade, depressão,

desesperança e ideação suicida. Dessa forma, o presente estudo delimitou-se em analisar

especificamente as escalas de ansiedade e depressão, respectivamente, BAI e BDI. Contudo, para

interpretação e discussão dos dados coletados utilizamos o manual do referido teste, bem como a

experiência concreta de aplicação do mesmo e também artigos que embasaram a discussão.

RESULTADOS E DISCUSSÕES De acordo com a análise do teste pôde-se perceber que o avaliando apresenta índices elevados de

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ansiedade, caracterizado por comportamentos e sintomatologias como, medo antecipado,

desconforto, apreensão e tensões. Esse resultado foi identificado na anamnese que antecedeu a

aplicação do teste, onde o mesmo relatou que se considera um indivíduo ansioso devido a altas

pressões que sofre enquanto estudante de medicina. Esse fato se expressa também no estudo de

VASCONCELOS, 2014, no qual afirma que uma grande porcentagem de estudantes universitários

apresenta algum transtorno psiquiátrico e a ansiedade e depressão são as mais comuns,

principalmente em estudantes de medicina, onde esses fatores se dão pela elevada carga horária de

estudos exigida, pelo um grande volume de matérias a cumprir, assim como inseguranças e contato

diários com vários tipos de doença. O avaliando não apresentou nenhum índice de comportamento

depressivo de acordo com a escala BDI.

CONCLUSÃO Conclui-se que o avaliando manifestou alto índice de comportamentos ansiosos, fato que se relaciona

com sua posição acadêmica (medicina). Em relação aos escores do fator depressão, o mesmo não

apresenta nenhum índice que necessite de uma maior análise. Desse modo, a avaliação realizada,

assim como toda avaliação psicológica é de extrema relevância para compreensão de fenômenos

ocultos numa visão simplista, assim também como contribui para diagnósticos e consequentemente

para que haja a busca por ajuda terapêutica ou psiquiátrica, com o objetivo de minimizar futuros

agravos.

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Área de Conhecimento: Família.

APLICAÇÃO DA GUARDA MENOS DANOSA AOS FILHOS MENORES E A INTERFERÊNCIA DA LEGISLAÇÃO NESSES CASOS

MAYARA DE OLIVEIRA MELO

KAROLYNE FERNANDES ALBUQUERQUE TARGINO O Código Civil de 2002 trouxe a regulamentação que necessitava para o divórcio, bem como acarretou

a carência de designar a guarda dos filhos menores, pois a separação do casal não poderia prejudicar

na criação de seus dependentes. Foram criadas três tipos de guardas, duas pela legislação, a

Unilateral e a Compartilhada e uma pela doutrina e a jurisprudência, a Guarda Alternada. A priori a

Guarda Unilateral era a que em regra deveria ser aplicada, posterior a lei 13.059/2014 trouxe a

Guarda Compartilhada como regra, onde a responsabilidade é de ambos os pais, pois a separação do

casal não deve desfazer o vínculo afetivo entre os filhos. A ausência do (a) pai/mãe não exime a

responsabilidade do não guardião, a obrigação de dar alimentos ao filho, além do dever de visitas, pois

o filho tem o direito à visitas. O valor a ser estabelecido para que supra as necessidades básicas será

de maneira proporcional a cada um dos pais, a depender a situação financeira de cada um. Deve ser

analisada tanto as despesas no núcleo familiar que a criança vive e as individuais, podendo assim

mensurar um valor razoável e justo. A mediação também é um meio bem eficaz, quando feito por um

profissional com o olhar ampliado, pois deve ter muita cautela, afinal, marca profundamente a vida

das partes, em especial da criança. Independente da guarda, a prioridade sempre é buscar a “paz

compartilhada”, afim de que se torne uma convivência harmoniosa visando o bem-estar dos

envolvidos. Analisando a nossa inserção na sociedade, a frequência com que tais situações são

presentes o mais do que deveria, a abusividade com que é tratada impondo uma regra, por vezes

negligenciando as partes envolvidas e afetadas em diversos aspectos. Deve sim haver uma

discricionariedade do judiciário e uma sensibilidade de se impor de uma maneira menos invasiva e

determinante, buscando o melhor interesse do menor. Na doutrina há divergências quanto ao apoio

de estabelecer como regra a Guarda Compartilhada, visto que merece uma disponibilidade dos pais.

Durante muito tempo se negou quando o genitor não guardião morava em uma cidade divergente a

do filho, vez que a distância geográfica impossibilitava a efetividade da mesma, contudo, já há julgados

que determinam isso, claro, depende muito do caso em questão. Outra divergência, é quando versa

sobre um casal que tem uma grave desavença, contudo visando sempre o princípio do melhor

interesse do menor, o animus e se ambos possuem total capacidade para assumir as

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responsabilidades para com o(s) filho(s). O desentendimento dos pais não pode interferir e retirar o

direito da convivência do(s) filho(s) com os genitores.

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Área de Conhecimento: Psicologia Da Saúde.

AS PRÁTICAS DA PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL NO CAMPO DA SAÚDE

NADINE RODRIGUES ALBUQUERQUE

KAREN BRUNA LIMA SOARES CIRILA RAQUEL DE ARAÚJO

INTRODUÇÃO A Psicologia Histórico Cultural surge a partir de uma crise sobre os diversos objetos de estudo que

dividiam os fazeres da psicologia, com a proposta feita por Vygotsky de criar uma psicologia

unificadora, geral e científica. A partir desta reflexão podemos observar que a utilização das técnicas

dessa linha de pesquisa se estende em vários campos de atuação do psicólogo. A teoria parte da

subjetividade, destacando o modo de vida do sujeito, seu individualismo e sua cultura, resgatando

suas emoções e sua identidade. O presente trabalho tem como objetivo articular a Psicologia

Histórico Cultural com a área da saúde, precisamente no hospital. Quando pensamos em saúde nos

dias atuais, passamos a pensar também em como o sujeito organiza sua vida, e por isso, é de suma

importância que possamos compreender como as teorias psicológicas podem ajudar tais sujeitos a

criar modos de vida saudáveis. Os dados apresentados neste trabalho foram obtidos a partir das

discussões realizadas no Grupo de Estudo intitulado de “Psicologia Histórico Cultural e seus campos

de atuação: uma análise do alcance da abordagem em diferentes contextos”, realizado na Faculdade

Luciano Feijão.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os dados desta pesquisa foram colhidos a partir de uma pesquisa bibliográfica, que pode ser

classificada como explicativa quanto aos seus objetivos. Os materiais utilizados foram artigos

acessados pelas plataformas Google Acadêmico e Scielo, assim como materiais do próprio Vygotsky

sobre a temática. As análises dos dados colhidos foram feitas a partir de uma interpretação de cunho

histórico cultural e as categorias conceituais utilizadas foram: Sentido, Significado, Zona de

Desenvolvimento Proximal (ZDP) e Potencialidades.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir da perspectiva da abordagem Histórico Cultural (HC), podemos analisar como a saúde vêm

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sendo vista na psicologia. Partimos então, de uma concepção onde a saúde é entendida como uma

construção social, mas, sem deixar de considerar os processos individuais e a subjetividade de cada

um, tratando aqui dessa concepção no âmbito hospitalar. Após a escuta do sujeito que demanda e da

delimitação do objetivo a ser alcançado durante os encontros no hospital podemos ajudar o paciente

a ressignificar seus sentidos sobre os aspectos destacados por ele durante sua fala, onde

entendemos por sentido, tudo aquilo que é despertado em nossa consciência a partir da palavra.

Podemos também, trabalhar suas potencialidades focando no que a HC denomina como Zona de

Desenvolvimento Proximal, ou seja, aquilo que o sujeito é capaz de alcançar por meio de mediadores

e o quanto ele ainda pode se desenvolver levando em conta o que o meio tem a oferecer como

instrumento, além de trabalhar com os vínculos e com as relações que o sujeito estabelece com os

outros e como isso o afeta diretamente.

CONCLUSÃO Entendendo a construção de saúde como uma construção social, buscamos relacionar a abordagem

psicológica Histórico Cultural com uma das vertentes da saúde: o hospital. Apresentamos também,

formas de, a partir das ferramentas que a abordagem nos proporciona, trabalhar com a demanda

desse paciente, que muitas vezes é voltada para o local ou condição em que ele se encontra,

mostrando assim, as possibilidades que a abordagem dispõe para atuar nesse meio.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

AS RELAÇÕES AFETIVAS NA PÓS-MODERNIDADE

FRANCISCA RONES ARAÚJO FARIAS FILHO IZABELE CRISTINA ALVES RIBEIRO

LAYZE BARBOSA MARTINS FARIAS

INTRODUÇÃO A Pós-Modernidade é definida por diversos autores como a era das incertezas em relação ao futuro,

caracterizada, também, para Bauman pela “fragilidade da posição social e insegurança existencial”

(2004, p.132). Nesse contexto Pós-Moderno, até as relações afetivas sofreram mudanças. O

“homem sem vínculos” é uma das principais características dos indivíduos modernos. Com o advento

da internet, as relações interpessoais foram favorecidas pela proximidade trazida por esta, todavia,

a mesma mudou significativamente a forma de se relacionar, desencadeando um caráter descartável

ao que se convencionou chamar de “relações de bolso”, tornando-as “líquidas”. O presente estudo

objetiva discutir a fragilidade dos vínculos humanos na contemporaneidade.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia abordada para a realização desse trabalho consiste na revisão bibliográfica de obras

que versam sobre o tema, bem como de artigos disponíveis online que abordem a questão.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Bauman definiu o atual estágio de volatilidade acerca do comportamento Pós-Moderno como

""Modernidade Líquida"", estendendo o conceito ao amor contemporâneo, em virtude do estado

liquefeito adquirido pelas relações sociais, visto que estas não mais assumem uma configuração

definida, ao passo que são moventes e instáveis como a água.

O caráter multifário das interações proporcionadas pela internet, inicialmente tendente a aproximar

as pessoas, hoje, assume outra feição, onde, facilmente, percebemos que conectar-se ficou mais

acessível do que relacionar-se. O uso de recursos tecnológicos, sem desconsiderar outros fatores,

resultou em alterações que modificaram o comportamento dos indivíduos da sociedade da informação.

Hodiernamente, a “cultura do passageiro” tem norteado as relações de tal forma que relacionar-se

de modo fixo significa privar-se de possibilidades mais viáveis, mostrando-se, assim, o não

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envolvimento afetivo a opção mais interessante, ao se vislumbrar que o que ocorre não é mais um

relacionamento, mas sim uma conexão. Como Bauman referiu-se, “para desvincular-se afetivamente

basta apenas uma desconexão, já que o silêncio equivale á exclusão”. Ou seja, para se findar relações,

atualmente, é necessário apenas a exclusão de contatos, possibilitando a menor chance de aspectos

flexível de uniões. Sendo assim, a figura amorosa passa a ser, ou torna-se equivalente a um produto,

algo que seja descartável ou um objeto de troca.

CONCLUSÃO Levando em consideração os aspectos mencionados, podemos concluir que cada vez mais tem se

tornado difícil manter relacionamentos fixos em virtude do caráter líquido e descartável adquirido

pelas relações. A Pós-Modernidade exige que o indivíduo esteja sempre pronto para as mudanças

repentinas, consequentemente colocou os sentimentos numa situação de fragilidade, exigindo uma

forma mais "fácil" de livrar-se dos mesmos.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

ATIVIDADE, CONSCIÊNCIA E FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES NO CONTEXTO CLÍNICO

FRANCISCA FERNANDES ARAÚJO ROCHA

JAYNE SILVA VASCONCELOS MARIA IZABELLY MORAIS DA SILVA

INTRODUÇÃO O presente trabalho é resultado do grupo de estudo que se propõe a estudar a Psicologia Histórico-

Cultural e seus campos de atuação: uma análise da abordagem em diferentes contextos. A temática

do trabalho fala sobre atividade, consciência e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores.

A compreensão de homem, é preciso estudar não só a evolução biológica, mas o momento em que

começa o desenvolvimento histórico e cultural. Para Vygotsky o que promove a mudança de condutas

é a interação social, as relações sociais de produção. A atividade promove o desenvolvimento, dando

sentido a existência do homem, estabelece uma relação entre sujeito e o meio. Ela possui sempre

uma intencionalidade e uma necessidade para ser realizada. Toda atividade necessita de ações. As

ações podem-se dizer que são os processos necessários para a realização da atividade consciente.

Escolhemos este tema pela necessidade de refletir sobre os demais conceitos no contexto clínico a

fim de contribuir na escolha de técnicas a serem trabalhadas no contexto clínico. Temos como objetivo

mostrar o quanto a atividade realizada pelo sujeito pode promover o desenvolvimento de suas funções

superiores.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este trabalho se deu por pesquisa bibliográfica, realizada por meio de um levantamento bibliográfico

de artigos e periódicos científicos usando como principais indexadores a Plataforma Capes e Scielo.

Além disto, para a escrita foi levado em consideração inclusive a dinâmica que se vive.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A consciência é vista como o objeto de estudo, é onde o trabalho do terapeuta vai caminhar, tendo

seus aspectos que são normalmente postos ao terapeuta como um sistema, organização ou até

mesmo uma coordenação. A partir do que foi relatado anteriormente por estes autores podemos

perceber que a clínica é para além de uma mera prática, ela é e está se firmando como uma

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necessidade básica de qualquer ser humano, ser humano esse que sofre e tem angústias as quais

podem ser percebidas por ele como um mero entrave, pode gerar problemas no futuro. As três

acepções da consciência se detalham nos processos de tomada de consciência da realidade interna e

externa, nos processos psicológicos e no sistema psicológico com a articulação dessas três

modalidades.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Trazendo para o contexto clínico, o paciente às vezes realiza uma atividade que não possui sentido

para ele, isso leva a um desconforto. Ou seja, o sujeito pode realizar ações que não resultem na

atividade real, realizando algumas coisas com um propósito pessoal e não geral. Como a criança que

estuda para poder brincar depois e não pelas boas notas, nesse caso ela não vê sentido em fazer as

tarefas de casa, ela está fazendo por um motivo pessoal. Porém, as ações podem se transformar em

atividades, quando ocorre a transformação dos motivos, a criança irá perceber que obteve notas

boas na escola e isso fará com que veja um novo resultado de suas ações, ou seja, um novo motivo,

essa ação torna-se assim uma atividade, fazer a tarefa agora é uma atividade, pois possui um sentido

para a criança.

CONCLUSÃO Por fim, concluímos que a atividade e consciência fazem parte da trajetória de vida do sujeito, sendo

um conceito importante trabalhado na clínica, ajudando na tomada de consciência das ações

realizadas.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social e Comunitária.

ATRIBUIÇÕES DO PSICÓLOGO NO CENTRO DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL: A RELAÇÃO COM SCFV/IDOSO

FRANCISCO GILDO DA SILVA DUARTE

FRANCISCA MAÍSA DA PENHA ROCHA ANNE GRAÇA DE SOUSA ANDRAD

A Proteção Social Básica tem por objetivo prevenir situações de risco e vulnerabilidades, com foco

no desenvolvimento de potencialidades e no fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

Limita-se às condições de vulnerabilidade social decorrentes da situação de pobreza, privação e

fragilização dos vínculos afetivos, em territórios específicos. Os serviços continuados ofertados pela

proteção social básica que estão previstos na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais

(2009) envolvem: Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e Serviços de

Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Tais serviços responsabilizam-se pela constituição

de espaço de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvimento do

protagonismo das crianças, adolescentes e idosos que estão em situação de vulnerabilidade social.

De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2012), as atividades do Psicólogo no CRAS devem

estar voltada para a atenção e prevenção a situações de risco, objetivando atuar nas situações de

vulnerabilidade por meio do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. O presente trabalho

tem por objetivo realizar uma breve descrição das atribuições dos psicólogos que atuam no CRAS e

apresentar as responsabilidades inerentes ao funcionamento do SCFV/idoso. Realizou-se pesquisa

bibliográfica a partir da base de dados Scielo no período de 2015 a 2017. Utilizou-se como

descritores: Proteção Social Básica, CRAS, idosos, encontramos um universo de 23 artigos sendo

excluídos 08 trabalhos, totalizando 05 trabalhos que utilizaremos com escopo dessa pesquisa.

Redefinimos a busca e nossa amostra resumiu-se em cinco artigos. Segundo Gil (2002), a pesquisa

bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado e possibilita conhecer o estado da arte

sobre o tema e analisar criticamente tais produções. Diante do exposto encontramos como resultado

tendo por base a cartilha do CREPOP (2007), que dentro da Assistência Social, o trabalho do

Psicólogo implica diretamente em promover e favorecer o desenvolvimento da autonomia dos

indivíduos, oportunizando o empoderamento da pessoa, dos grupos e das comunidades. Outras

especificidades dos psicólogos (as) que atuam no CRAS baseiam-se em: atualização anual do Cadastro

Único das famílias usuárias do SCFV; realização de atendimento individualizado e visitas domiciliares

às famílias referenciadas ao CRAS; desenvolvimento de atividades coletivas e comunitárias no

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território; elaboração mensal de relatório, abertura e a atualização de prontuário da família e além

de oferecer um suporte aos orientadores sociais responsáveis pelos SCVF. Especificamente sobre o

idoso, os trabalhos relatam que as atividades desenvolvidas visam promover a autonomia, consciência

crítica e, a valorização dos vínculos entre os participantes e com suas respectivas famílias. Contudo,

percebe-se que o Psicólogo no CRAS desenvolve uma série de atividades em prol da população

considerada vulnerável e outros serviços mais pontuais inerentes a sua função tais como: o

acompanhamento familiar e o SCFV. Assim, compreende-se que o trabalho deste profissional no CRAS

requer habilidade de escuta, de análise das situações, de síntese dos problemas e suas possíveis

soluções dentro de cada contexto ou grupo familiar. Por tudo isso, acreditamos que trabalho do

psicólogo dentro do CRAS com os idosos é de suma relevância para as pessoas que frequentam esses

espaços, na medida em que potencializa os aspectos tais como: autonomia, independência e aumenta

a autoestima dos idosos.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM INTERFACE AO ENFRENTAMENTO DO TRABALHO INFANTIL

ANTONIA DE MARIA RAQUELINE GOMES DE SOUSA

Este trabalho é de natureza bibliográfica e possui como objetivo identificar como o profissional de

Psicologia da instituição do CREAS trabalha na intervenção ao Trabalho infantil. A metodologia utilizada

foi a busca de artigos científicos na base de dados Scielo que retratavam o processo interventivo dos

profissionais de psicologia no âmbito do trabalho infantil. No entanto essa pesquisa teve interface

com o projeto de intervenção realizado em uma escola municipal da cidade de Ipu com a séries dos

6º ano A e B e a faixa etária das crianças na pré-adolescência de 10 a 15 anos de idade no ano de

2017, experiência vivenciada no período do Estágio da Faculdade com mediação da instituição do

CREAS (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) em uma promoção de um

empoderamento sobre as malefícios que causa o trabalho infantil, promovendo assim o bem-estar

subjetivo e social dos participantes. O CREAS é um órgão público que trabalha no foco dos direitos já

violados no contexto familiar, a partir de então com a atuação especializada do profissional de

Psicologia, será trabalhado métodos de intervenção para o enfrentamento do trabalho infantil. O

trabalho infantil é um problema que há muito tempo faz parte do contexto social do Brasil e que

também vem sendo muito estudado em pesquisas. Podemos assim dizer que esse fenômeno é

engendrado por questões de vulnerabilidade social e econômica, onde o desemprego e a fome fazem

com que o trabalho infantil aconteça e o padrão de normatização, está na forma de como a sociedade

hoje o encara, enxergando até que ponto há o fator de perigo e de risco para a vida, pois muitos

dizem através do discurso que “ é melhor estar trabalhando do que fazendo coisas e ficar sem fazer

nada”. O profissional de psicologia vai trabalhar como o fenômeno já instaurado, mas também não

impede que trabalhe para antes do fenômeno acontecer como uma prevenção. Os resultados

encontrados diante do projeto de intervenção das pesquisas de artigos bibliográficos analisado pela

ótica do profissional de Psicologia foi que o CREAS como uma instituição deve proporcionar a esse

público e também da adolescência projetos pedagógicos que possibilitem ações transformadoras de

escolarização atingindo não só o menor mais seu contexto familiar. Dessa forma foi visto pontos

positivos, a qual esclarece que o profissional de psicologia que trabalha no CREAS de acordo com sua

base teórica e abordagem estabelecida irá realizar seu trabalho além das crianças com as famílias,

proporcionando assim a mediação do empoderamento e orientando os perigos que podem ocasionar.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO SANDY BRAGA LIMA

DAYRA PEREIRA BARBOSA Na década de 1980, os profissionais psicólogos iniciaram uma aproximação mais intensa com as

questões sociais, inclusive no que se refere ao setor da saúde. O campo da assistência pública à

saúde foi para onde se direcionou uma considerável parcela dos psicólogos profissionais,

principalmente a partir do final da década de 1970, quando ocorreu uma ampliação da atuação

profissional, por causa das próprias pressões do mercado de trabalho. Uma das vias pela qual se deu

a inserção dos profissionais nesse setor foram as UBS. Desde então, é nesse cenário que muitos

profissionais psicólogos têm se inserido e, muitas vezes, são eles também os responsáveis pelas

ações de promoção da saúde. Com isso, a pesquisa tem por objetivo discutir o papel e os desafios

postos para atuação do psicólogo social no desenvolvimento de suas ações, tomando como base o

âmbito da atenção básica, com a finalidade de evidenciar o conceito de saúde que orientava suas

práticas.

A pesquisa se desenvolveu por meio da entrevista com a psicóloga dos Postos de Saúde dos bairros

Alto do Cristo e da Coelce desenvolvido entre as unidades de saúde de uma região do município de

Sobral-CE. Em ênfase a análise feita dos dados é com base no Centro de Saúde da Família Maria

Florêncio de Assis Romão. Realizamos um mapeamento detalhado, por meio de um Roteiro Diagnóstico

Institucional, das ações qualificadas como de PS realizadas na UBS. Para tal, utilizamos os dados do

levantamento realizado em pesquisa. Nas entrevistas com a psicóloga relata o trabalho em parceria

com outros profissionais foi apontado como fator importante para o trabalho em saúde da assistência

familiar. Relata que há momentos em que o trabalho conjunto ocorre com sucesso e caso não

houvesse essa união ou os encontros não acontecessem, colocaria a construção da

interdisciplinaridade como um desafio, em desorganização e sem resultados tão perceptível como o

visto atualmente.

Esta pesquisa teve como a finalidade, analisar o papel e os desafios postos para atuação do psicólogo

social, especialmente no que se refere ao papel de atuação dos Psicólogos nos PSF’s. Essa temática

é um campo rico que nos convoca à constantes questionamentos e reflexões, por envolver desejos,

práticas, hábitos e condições de vida. Ressaltamos ainda a importância atribuída ao trabalho em

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equipe. Não cabe ao profissional psicólogo apenas tecer uma rede de cuidado com os usuários; esse

trabalho cabe a todos os profissionais da área da saúde, em parcerias entre si, no que ficou

convencionado chamar de trabalho transdisciplinar. Essa perspectiva objetiva o rompimento das

fronteiras entre as disciplinas e as profissões, contribuindo para uma atenção integral ao usuário.

Figura também entre as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde, a saber: integralidade,

equidade, responsabilidade sanitária, mobilização e participação social, intersetorialidade, informação,

educação e comunicação, e sustentabilidade. Esses resultados trazem uma experiência em que a

prática do psicólogo pode ser encarada de uma forma diferenciada. Durante a realização da pesquisa

percebem-se novas expectativas para o trabalho do psicólogo na atenção básica.

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Área de Conhecimento: Avaliação Psicológica.

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ESTRESSE EM PRÉ-VESTIBULANDOS

NICOLLE DE ARAÚJO FONTES BARROSO MARIA EDUARDA SOUSA ROCHA

ROSE ANNE HOLANDA INTRODUÇÃO O pré-vestibular é um período importante na vida dos adolescentes, para que consigam ingressar no

curso de graduação de seu interesse e realizarem um sonho, porém existem dificuldades, entre elas,

as provas dos vestibulares que estão muito concorridas, muitas vezes podendo acarretar um

estresse psicológico nesses adolescentes. Segundo Santos et al (2017), os momentos anteriores às

admissões nas faculdades e universidades são reconhecidos como possíveis causadoras de diferentes

transtornos psicológicos, entre eles a ansiedade, o estresse e a depressão. A pressão para o sucesso

no exame, a concorrência, a interferência familiar, a própria cobrança do vestibulando, entre outros,

podem ser causas para esses incômodos. Ocorrem também mudanças físicas e psicológicas do

estudante nessa fase, tudo isso contribuindo para a manifestação de sintomas de estresse. Desse

modo, essa pesquisa tem o objetivo de avaliar o nível de estresse em pré-vestibulandos que estão no

3º ano do ensino médio.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia da presente pesquisa é a de cunho quantitativo. Para obtenção dos dados da pesquisa,

foram utilizados com os alunos um questionário sociodemográfico e um teste psicológico: a Escala de

Stress para Adolescentes (ESA), como ferramentas psicológicas de avaliação, tendo como finalidade

a avaliação do nível de estresse. Dessa forma, foram aplicados os testes em uma amostra de 26

alunos matriculados no 3º ano do ensino médio em um colégio da zona Norte do Estado do Ceará.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Dos 26 jovens que participaram da pesquisa, respondendo o questionário sóciodemográfico, 15

(58%) eram do sexo masculino e 11 (42%) do sexo feminino. A partir disso, 24 (92%) marcaram

que a escolha do curso foi por desejo pessoal, 1 (4%) através de teste vocacional e 1 (4%) foi

incentivo familiar. Com isso, foi analisado que o apoio familiar na escolha do curso foi bem presente,

representando 20 (77%) e apenas 6 (23%) não apoia a escolha do curso, garantindo a esses alunos

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uma confiança maior do que eles planejam para o futuro.

Na obtenção dos resultados do teste psicológico, 16 (62%) não apresentaram estresse e 10 (38%)

possuem estresse, com predominância no sintoma psicológico e na fase de alerta. Sendo assim, o

estresse pode manifestar-se de forma diferente de pessoa para pessoa, ou seja, o sujeito pode

apresentar graus diferentes de reação a eventos estressores (GABRIEL, 2005).

CONCLUSÃO O pré-vestibular é um período importante na vida dos adolescentes e que pode gerar estresse devido

à pressão para o sucesso nos exames, à concorrência, à interferência familiar, dentre outras causas

desses incômodos.

A partir do teste psicológico realizado com alunos do 3º ano do Ensino Médio, de uma escola da zona

norte do Estado do Ceará verificou-se através da obtenção dos resultados que, dos 26 alunos

participantes, 16 (62%) não apresentaram estresse e 10 (38%) possuem estresse, 4 (40%) alunos

com predominância no sintoma psicológico e 4 (40%) na fase alerta. Sendo assim, o estresse pode

manifestar-se de diferentes formas, podendo variar em intensidade e características, o que

demonstrou que até mesmo a ansiedade gerada pela tensão pré-vestibular pode se manifestar em

forma de estresse.

Esse estudo torna-se de grande relevância, pois estudar uma etapa importante na vida dos jovens,

como essa de pré-vestibular, é necessário para conhecer as expectativas, ansiedades e angústia de

um momento essencial na vida desses jovens, que é o ingresso num curso de nível superior e o

começar da delimitação da vida que almejam ter no futuro.

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Área de Conhecimento: Avaliação Psicológica.

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: UM ESTUDO DE CASO COM APLICAÇÃO DO TESTE HTP

IRLANA MARIA DE ABREU FROTA

CLARA INGRID SILVEIRA RIOS A avaliação psicológica consiste em um processo que permite obter um conhecimento sobre as

funções psíquicas do indivíduo, além de investigar sintomas, possibilitando um entendimento mais

amplo do caso atendido. Podendo haver ou não necessidade da aplicação de um teste psicológico. O

teste abordado nessa pesquisa é o HTP, que foi criado por John N. Buck, em 1948, e tem como

objetivo compreender aspectos da personalidade do indivíduo bem como a forma deste indivíduo

interagir com as pessoas e com o ambiente. Trata-se de um teste com desenhos, apesar de o desenho

ser considerado uma das formas de comunicação mais antigas entre os seres humanos, foi apenas a

partir do século XX que o mesmo passou a ser utilizado como técnica de avaliação psicológica, para

investigar habilidades cognitivas e características da personalidade humana. A avaliação projetiva

entende que o desenho é uma forma de manifestação dos aspectos inconscientes da personalidade.

O HTP tem por finalidade estimular a projeção de elementos da personalidade do sujeito, e conflitos,

permitindo assim a identificação destes, com propósito de avaliação psicológica. Possui no mínimo

duas fases, a primeira é não-verbal, criativa e quase completamente não estruturada, a segunda fase,

um inquérito posterior ao desenho bem estruturado. Desta forma, a folha em branco tem a finalidade

de representar “o palco” em que serão expressos os estados emocionais da criança, demonstrando

o estado emocional no momento da testagem, além de ser possível identificar conflitos mais

estruturais de sua personalidade. Na técnica do desenho do HTP (Casa- Árvore-Pessoa) solicita-se

que o sujeito desenhe, em páginas separadas, o desenho de uma casa, árvore e pessoa. Partindo

desse conceito a pesquisa tem por objetivo um estudo de caso realizado com o uso do teste HTP. A

qual tendo o objetivo de compreender fenômenos subjetivos, como aspectos da personalidade, e o

modo como o analisado interage com as pessoas e com o ambiente. Sendo o HTP uma das técnicas

mais utilizadas por psicólogos brasileiros. A partir dos resultados obtidos com a aplicação do HTP

pode ser elaboradas hipóteses diagnósticas que proporcione um tratamento efetivo, sendo relevante

no caso trabalhado, uma devolutiva ao avaliado em questão. A aplicação do teste foi individual, o

material ultilizado foi o manual e protocolo de interpretação, um lápis e três folhas em branco para

os desenhos. Com base nos resultados levantamos informações significantes que possibilitaram

suposições sobre o estado emocional e psíquico da analisada, confirmando a ansiedade e angústia

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diante a rejeição que a devastava no período em que foi aplicado o HTP. Concluímos então que há

demanda de um atendimento psicológico, assim indicamos a psicoterapia para dar suporte no

enfrentamento desses conflitos. A partir desta pesquisa é importante destacar a relevância da

aplicação de instrumentos psicológicos em avaliação psicológica, a grande importância dos testes

psicológicos e a qualidade necessária que se deve ter para aplicação dos mesmos.

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Área de Conhecimento: Avaliação Psicológica.

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS HOSPITALIZADOS

MARIELENA DE BARROS FELISBERTO

ANA CAROLINA DIAS ARRUDA FRANCISCA APARECIDA NAYARA

INTRODUÇÃO Os avanços presenciados, nas últimas décadas, nas ciências biomédicas possibilitaram um acréscimo

na expectativa de vida das pessoas e, consequentemente, um aumento da população de idosos (60

anos ou mais), que já representa 15% da população brasileira. Contudo, junto ao controle de doenças

antes tidas como fatais, ocorreu também o aumento da ocorrência de doenças crônicas-

degenerativas, sobretudo, nessa população. Nesse sentido, em virtude desses agravos, que acabam

por ocasionar graves limitações em atividades cotidianas, os familiares desses idosos, por vezes,

recorrem a internação em unidades hospitalares a fim de conseguir tratamento para as patologias

apresentadas. Porém o estado de fragilidade desses pacientes e a longa estadia em hospitais, muitas

vezes, gera desfechos clínicos adversos, tais como delírio, declínio funcional, retraimento social,

aumento de quadros ansiosos e depressivos (OLIVEIRA, et al. 2013).

Diante desse cenário e reconhecendo a importância da avaliação psicológica para a melhor

compreensão da dinâmica psíquica dos indivíduos avaliados, o presente estudo tem por objetivo

realizar uma breve revisão da literatura acerca da utilização da avaliação psicológica para identificação

de sintomas depressivos em idosos hospitalizados.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Trata-se de pesquisa bibliográfica, que buscou realizar uma revisão narrativa da literatura. Para tanto,

realizou-se uma busca em periódicos acadêmicos disponibilizados na base de dados Lilacs. Na busca

foram utilizadas as palavras chaves: “Depressão”; “Idoso” e “Hospital”. Foram retornados dezenove

resultados, dos quais apenas cinco eram relevantes de acordo com os objetivos da pesquisa. Foram

excluídos os resultados que se referiam a estudos em ambulatórios de odontologia, aqueles que não

tinhas como grupo alvo os idosos e os que se referiam a avaliação de quadros de depressão.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES Segundo Correêa (1997), cerca de 10% da população mundial de idosos apresenta quadros

depressivos que necessitam de tratamento, o dobro da prevalência na população em geral. Tal cenário

se agrava em casos de internação, momento no qual uma variedade de fatores, como mudança de

sua rotina familiar, dependência de cuidadores, limitação de ações costumeiras e a institucionalização,

potencializam uma desestruturação psíquica. Ademais, de acordo com Porcu (2008) a doença na

terceira idade tem significados especiais, pois traz consigo o receio da dependência física, a

desesperança em obter melhoras e a percepção da morte. A irreversibilidade de suas fraquezas é,

para o idoso, um forte motivo para uma descompensação funcional no plano psicológico.

Nesse sentido, de uma forma geral, os estudos apontam que a ocorrência de quadros depressivos

em idosos hospitalizados podem ocasionar uma piora no quadro clínico desses pacientes, uma vez que

impactam diretamente na sua recuperação e percepção de bem-estar. Deste modo, verifica-se que

o uso da avaliação psicológica pode atuar como uma importante ferramenta para o diagnóstico

precoce de quadros depressivos em pacientes idosos hospitalizados, sendo, portanto, de grande

utilidade em estratégias de tratamentos que tenham por finalidade reverter esse quadro e

proporcionar melhoria na qualidade de vida dos pacientes hospitalizado, especialmente, idosos.

CONCLUSÃO Diante o crescimento do número de idosos surgiu uma preocupação com os cuidados que a família e

profissionais da saúde precisam ter ao desempenhar esse papel de cuidadores, para isso faz-se

necessário aprofundar mais os conhecimentos nessa área para melhorar a vida desses indivíduos e

descobrir as necessidades específicas que eles possuem, pois há uma alta prevalência de depressão

nos idosos hospitalizados.

Para mudar essa situação é necessário que além da presença de profissionais que possam fazer

avaliações de depressão dos idosos hospitalizados também precisam ser desenvolvidas as ações pelo

poder público tendo em vista um melhor atendimento e mais programas voltados ao idoso, assim

como o estímulo a prática de atividades em prol de promover uma interação desses idosos além do

fortalecimento do corpo e consequentemente uma melhor qualidade de vida.

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Área de Conhecimento: Psicologia do Trânsito.

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO TRÂNSITO: A PERCEPÇÃO DOS CANDIDATOS A OBTENÇÃO DE CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO

MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO

EMANUELA MARIA POSSIDÔNIO DE SOUSA ALEX SANDRO DE MOURA GRANGEIRO

RITA DE CÁSSIA PONTE PRADO No Brasil, a legislação de trânsito prevê que o candidato a condutor de veículo automotor,

obrigatoriamente, deverá ser submetido à avaliação psicológica como pré-requisito básico para a

obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Para conquistar o direito de dirigir, o candidato

à primeira habilitação precisa passar por uma série de procedimentos: avaliação física, avaliação

psicológica, exames teórico e prático de direção. Nesse contexto, a avaliação psicológica acontece

em, no mínimo, dois momentos: o primeiro é destinado à entrevista psicológica e o outro à aplicação

de testes psicológicos. A entrevista psicológica tem duração de até 30 minutos e nela, o psicólogo

coleta dados contextuais sobre o candidato, além de observar os comportamentos que podem ser

reproduzidos na direção. Já a etapa de aplicação de testes leva aproximadamente uma hora e meia.

Os dois atendimentos acontecem no mesmo dia podendo gerar como resultado: apto, inapto

temporário ou inapto. Partindo da ideia de que há uma grande quantidade de veículos trafegando

diariamente nas vias, e que esses motoristas passaram por processos avaliativos, podemos nos

questionar sobre os critérios utilizados na definição sobre quem está apto ou não para conduzir um

veículo automotor. Deste modo, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar a percepção do

periciando acerca do processo de avaliação psicológica. Tal estudo foi realizado no Detran, Sede

Tianguá. Participaram do mesmo 60 periciandos, que já haviam realizado a avaliação psicológica. O

instrumento utilizado se constitui de um questionário contendo 8 perguntas objetivas sobre

percepção acerca da avaliação psicológica. Os resultados revelaram alta porcentagem de respostas

afirmativas, evidenciando que os participantes, consideram importante a realização da avaliação

psicológica no trânsito. Isso demostra a valorização e o desenvolvimento da psicologia neste campo,

do qual todos fazem parte, seja como condutores, passageiros, pedestres, ciclista, etc. A psicologia

contribui através do psicólogo perito em trânsito na busca de diagnósticos e soluções para os

problemas relacionados à circulação humana, que realça a importância do trânsito como forma mais

humanizada da circulação e não apenas como via veículos e sinalização. Assim, a avaliação psicológica

para o trânsito passou a se concentrar não apenas nos testes que avaliam o processamento de

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informações ligado à capacidade de tomar decisões, mas também no comportamento e subjetividade.

Portanto, alguns traços de personalidade medidos durante o processo de avaliação podem estar

atrelados a comportamentos impulsivos, possibilitando direção perigosa, assim conduzindo um

trânsito com irresponsabilidade, agressividade, egocentrismo, impulsividade e intolerância. Deste

modo, entende-se que através da compreensão do comportamento humano no trânsito podem-se

criar possibilidades de diminuição de riscos através de trabalhos preventivos e de intervenção.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

BENEFÍCIOS E POSSIBILIDADES DO BRINCAR PARA MÃE E FILHO NO CONTEXTO HOSPITALAR

ANA MÉRCIA MELO ALVES

SAMARA VASCONCELOS ALVES INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo expor os benefícios do brincar a criança hospitalizada como

uma maneira de criar estratégias de enfrentamento frente à hospitalização, bem como auxiliar nos

restabelecimento e alívio das tensões que o ambiente em si provoca. Para Junqueira (2003) aspectos

subjetivos da criança encontram-se imbricados nesse momento onde se faz importante a acolhida de

medos, desejos e ansiedades que possam possivelmente fazer parte do ilimitado mundo da fantasia

da criança. O trabalho pretende produzir novos conhecimentos e analisar os artigos que expõem

sobre a forma como o brincar propicia a criança a elaboração de questões vivenciadas dentro do

ambiente hospitalar assim como para a mãe ou familiar que também experiência esse momento.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A revisão bibliográfica refere-se ao acompanhamento psicológico junto aos familiares e pacientes que

por algum motivo estão internados no setor de neurologia, a partir de artigos nas bases de dados

Scielo e Google Acadêmico, a partir dos descritores “psicologia”, and “acompanhante”, and

“neurologia”, publicados no período de 2010 a 2016.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Para alguns autores que estudam a temática, o brincar se aplica ao contexto como uma tentativa de

transformar o ambiente e acessar a atividade simbólica e a elaboração psíquica de um novo cotidiano

que se apresenta para a criança. Junqueira (2003) sinaliza que podemos dizer que a criança se

apropria da experiência dolorosa através do brincar, esse espaço de ilusão situado entre o real e a

fantasia. Ela passa a ser sujeito e não somente objeto da experiência. A mãe aparece como

instrumento potencial que vem representar a figura de apoio, mas que também manifesta suas

angústias frente à internação de seu filho, o que para Kudo e Pierre (1997) em conjunto com a

atitude da equipe de saúde e a duração da internação, o vínculo da mãe e filho é um dos fatores que

influenciam a situação da criança no período de internação. Para Ribeiro (1991) o lúdico não deve

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ser apenas visto como forma de entretenimento, mas sim uma alternativa terapêutica visando

diminuição do estresse, medo e ansiedade, além de uma alternativa educacional visando o

desenvolvimento e adaptação ao ambiente da criança.

CONCLUSÃO A partir desse trabalho, é esperado que cada vez mais os hospitais propiciem ambientes mais

dinâmicos com o intuito de tornar a estadia de crianças mais leves trazendo a promoção do brincar

para o cotidiano hospitalar em alas infantis como forma de minimizar o sofrimento e potencializar a

qualidade do serviço ofertado pela equipe de saúde que também desenvolve a capacidade de

improvisação transformando em planejamentos ilimitados.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social e comunitária.

CAMINHANDO E CANTANDO SEGUINDO A CANÇÃO: UMA INTERVENÇÃO DE ARTERAPIA COM IDOSOS ACOMPANHADOS PELO CRAS

FRANCISCO GILDO DA SILVA DUARTE

O cenário social atual, no qual envolve o envelhecimento da população brasileira, traz alguns desafios

a serem enfrentados na gestão em políticas públicas e na formação dos profissionais que atuam nos

dispositivos, no caso do presente trabalho, o CRAS, que busca garantir direitos a população em

vulnerabilidade social. Esse trabalho é fruto da realização do Estágio Supervisionado em Psicologia

Social e Comunitária, que traz como intervenção trabalhar como o grupo de idoso do SCFV o projeto

intitulado: “Arteterapia com o grupo de idosos: Construindo vivências”. Objetiva-se relatar uma

prática junto com idosos participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para

Pessoas Idosas (SCFV). A metodologia empregada nesse estudo baseia-se no relato de experiência,

estando pautado na articulação com as teorias e práticas destinadas a compreender o

envelhecimento e os processos de subjetivação dessa população. As atividades estão ocorrendo

desde o início de fevereiro do corrente ano quando se iniciou o processo de diagnóstico da instituição

e conta com a participação de 18 idosos com idade acima de 60 anos. As atividades ocorrem

quinzenalmente com duração de uma hora e meia e são realizadas na própria instituição. A proposta

de trabalho por meio da arteterapia que visa utilizar recursos artísticos com finalidades terapêuticas,

além desses instrumentos de intervenção servirem como meio para a promoção da saúde e a

qualidade de vida (CARVALHO, 1995). Até apresentação deste trabalho já foram realizados 02 (duas)

oficinas sendo elas: Oficina 01: recurso fotográfico; oficina 02: versa sobre o tema caminhada. As

intervenções realizadas ao longo do processo grupal através das oficinas permitiram ao grupo

desenvolver um olhar crítico sobre o processo de envelhecimento. A oficina 1, que utilizou do recurso

fotográfico permitiu ao grupo realizar um resgate entre os tempos presente, passado e futuro, além

de exercitar o senso artístico na confecção dos porta-retratos. Já oficina 2 cujo tema aborda a

temática caminhada, foi realizada uma reflexão da parábola do autor Júlio Ramos que diz: “Não

importa de onde viemos, mas que podemos escolher para onde queremos ir”, onde todos realizaram

uma reflexão que apesar da idade que os mesmos têm, ainda era possível sonhar em realizar os

desejos não concretizados ao longo do tempo. Segundo Silva (2002), a vivência grupal proporciona

reflexão sobre a maneira de estar no mundo, valores, direitos e relações com a coletividade, quando

implementada de maneira criativa e adequada, proporciona uma atmosfera de aceitação e ânimo para

discussão sobre novas atitudes. Facilitar as oficinas com os idosos está sendo um processo de

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crescimento pessoal e profissional, além de perceber no grupo durante a facilitação os sentimentos

de valorização e de utilidade, pois, muitos não acreditavam em suas potencialidades. A paciência é um

quesito essencial, pois, é preciso repetir as instruções e explicações quantas vezes forem

necessárias, já que os idosos têm dificuldade em filtrar informações irrelevantes. Por tudo isso,

compreendemos que a arteterapia revelou-se de extrema importância para os idosos, que encontram

nesse espaço o momento de compartilhar histórias, além de ser um lugar privilegiado para

socialização.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

CONCEPÇÕES DE "CASA" NA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS DO CENTRO POP SOBRAL: CAPTANDO HISTÓRIAS E CONSTRUINDO SENTIDOS

HILANA SOUSA FERREIRA

FRANCISCO JAIRO LINHARES SANDRA ALVES CAVALCANTE

INTRODUÇÃO O surgimento da população em situação de rua é um dos sintomas mais visíveis da exclusão social do

nosso país. Cresce cada vez mais o número de pessoas que utilizam as ruas como moradia devido o

desemprego, doença mental, pobreza extrema, rompimento de vínculos, uso de drogas, opção, entre

outros. Silva et al (2012) afirma que as pessoas em situação de rua, muitas vezes, são vistas pela

sociedade como indigentes, vagabundos, mendigos, bandidos, loucos, sujos, enfim, são seres

invisíveis, restritos de respeito, igualdade e dignidade. Dilaceradas pelo sentimento de angústia

causada pela situação de desamparo, essas pessoas precisam elaborar cotidianamente novos

sentidos para suas vidas fragilizadas. Então o objetivo desse trabalho é compreender o sentido que a

palavra “casa” evoca no imaginário das pessoas em situação de rua. Daí a importância de escutar a

história de vida dos usuários do Centro POP de Sobral e o que pensam sobre a temática.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este artigo tem como metodologia qualitativa através de Relato de Experiência, a partir de quatro

visitas realizadas na Instituição Centro POP de Sobral - CE, com os usuários do dispositivo, no mês

de maio de 2017. Os instrumentos/intervenções utilizados foram: a) Música; b) Teatro, com base no

Artigo "Casa é onde não tem fome" de Brum (2016) e; c) Brainstorming, onde foi captado palavras

promotoras de sentido, através do que eles entendiam por “Casa”. Conforme Nunes (2008),

Brainstorming é um método de geração coletiva de novas ideias através da contribuição e participação

de diversos indivíduos inseridos num grupo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 1. Captando histórias No primeiro encontro, buscamos socialização entre pesquisadores-usuários através da música e logo

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depois o teatro. No início eles se mostraram bastante resistentes, com uma interação de mutismo e

distanciamento. Os usuários, a priori, não queriam a intervenção, demonstravam mais interesse em

tomar sopa. Foi quando iniciamos a cantar e a tocar antigas músicas bregas (a pedido dos mesmos),

abrindo caminho para a reflexão proposta pelo teatro. Espontaneamente a palavra foi brotando e

muitos começaram a contar suas histórias de vida, fazendo uma relação e identificação com os

personagens da Peça teatral, assim estabelecemos rapidamente um vínculo e a fome de comida se

transformou em fome de sentido. A palavra antes amordaçada foi liberada, dando vasão a compartilha

de histórias, podendo assim, serem escutados, sem julgamentos.

2. Construindo sentidos A metodologia utilizada através da arte provocou reflexão, reconhecimento da realidade e abertura

da possibilidade de novas perspectivas de vida, onde buscamos captar o sentido que “casa” tinha em

suas vidas e construindo uma Cartolina Expressiva, através de brainstorming verbalizaram palavras

significavas para eles: família, confiança, aventura, amor, liberdade, sossego, carinho e saúde,

trazendo também suas inquietações, onde nos levou a perceber que em suas falas o imaginário “casa”

transcende o sentido físico que lhe é geralmente atribuído.

CONCLUSÃO Conclui-se que o sentido da palavra “casa” vai para além do sentido físico, conforme a captura da

Cartolina Expressiva, estando caracterizado de acordo com o contexto que cada um destes usuários

convive. Consideramos válido o momento, um espaço de reflexão de escuta destes sujeitos, porém,

precisamos de um olhar voltado para a escolha dessas pessoas que decidiram morar na rua como

opção e que faz sentido para si. Vão por assim dizer, construindo suas histórias e demarcando seus

territórios como alternativa de expressão de sentido e de estilo.

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Área de Conhecimento: Psicologia Clínica.

CONTEXTOS E SIGNIFICAÇÕES DOS ASPECTOS LÚDICOS DA CLÍNICA INFANTIL

FRANCISCA APARECIDA NAYARA CARVALHO

ANTÔNIA ADRIELE PAIVA DE FARIAS LEONARDO MENDES DE OLIVEIRA

INTRODUÇÃO O papel do brincar é estudado por várias vertentes, como a sociologia, filosofia, educação,

antropologia, psicologia, entre outras. Podendo manifestar-se não apenas no brinquedo, mas também

por meio do brincar, enquanto ação, pelo jogo. Sabendo que, os aspectos lúdicos são inerentes de

nós seres humanos, esse tipo de atividade pode proporcionar inúmeros benefícios tanto físicos, como

psíquicos para crianças.

A importância do brincar vai para além da expectativa suposta por profissionais de saúde, onde essas

atividades definem-se com um caráter fundamental para o desenvolvimento dessas crianças na qual

são organizadas as situações cognitivas que a criança vivencia.

A partir disso, o presente trabalho tem como objetivo abordar a temática da ludicidade na clínica

infantil, na qual se pretende discutir alguns aspectos lúdicos da clínica infantil, assim como as

significações que permeiam este campo, além de fazer uma análise das formas que essas atividades

podem auxiliar para o desenvolvimento emocional na infância.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, na qual os dados foram coletados em textos com temáticas

referentes ao tema, tratado sob a perspectivas de autores psicanalíticos, levando em conta aspectos

históricos da construção do significado do brincar e a importância deste recurso na clínica infantil

para a simbolização e resolução dos conflitos de crianças.

RESULTADOS E DISCUSSÕES No final do século XIX o brincar passou a ser objeto de estudo da psicologia, por meio de Groos, que

segundo Brougère (1998) inicia a psicologia infantil. Inicialmente a psicologia buscou explicar a função

do jogo, passando a ser investigada no âmbito da experiência.

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Groos (1902, apud Jardim,2003) define as brincadeiras como uma forma de exercitar os instintos,

antes que eles estejam desenvolvidos, usando uma analogia com as formas lúdicas dos cães e a

posterior seriedade dos cachorros adultos. Inspirado em Darwin, Groos acreditava que se os

organismos brincam porque assim eles têm uma vantagem pela luta da sobrevivência. Diante disso,

este autor dá importância central ao biológico, deixando de observar o caráter subjetivo dado pela

criança.

Pelo olhar da Psicanálise, o papel do brincar na infância tem uma função simbólica. Freud, o criador

da Psicanálise, apesar de não ter atendido crianças, a não ser indiretamente, através das conversas

com o pai de Hans (1905), analisou sonhos e brincadeiras relatados, na qual teve grande importância

ao ilustrar alguns fenômenos, como a fantasia e a pulsão de morte.

Deste modo, Freud (1976) afirma que as crianças em suas brincadeiras repetem tudo que lhes

causou uma grande impressão na vida real, e assim procedendo, abrangem a intensidade da

impressão, tornando-se, por assim dizer, senhoras da situação. Por outro lado, porém, é óbvio que

todas as suas brincadeiras são influenciadas por um desejo que as domina o tempo todo: o desejo de

crescer e poder fazer o que as pessoas crescidas fazem.

Segundo, Hugh-Hllmunth, primeira psicanalista, há uma importância na comunicação da criança na

primeira sessão, na qual enxerga que nessa comunicação está o complexo nuclear da neurose infantil.

Melanie Klein, outra autora psicanalista percebeu que “o brincar da criança poderia representar

simbolicamente suas ansiedades e fantasias” (SEGAL, 1975, p.13). Levando-se em conta que não se

pode exigir que crianças pequenas associem livremente, ela resolveu brincar e observar na brincadeira

sua expressão simbólica e seus conflitos inconscientes. Foi assim capaz de descobrir o rico mundo da

fantasia inconsciente.

CONCLUSÃO A perspectiva do brincar trazida no trabalho baseou-se por meio de vários autores psicanalíticos, a

fim de que pudéssemos compreender a utilização dos jogos e da brincadeira como instrumento de

contato com o universo da criança, considerando que este recurso possui influência na construção

do sujeito.

Foi possível constatar que o lúdico já vem sendo utilizado como ferramenta na clinica infantil há

bastante tempo e cada vez mais tem tido sua relevância reafirmada, uma vez que possibilita colocar

no mesmo patamar analista e analisante, para que possam juntos elaborar os significantes da fantasia.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

CREAS E MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: VIVÊNCIAS E RESSIGNIFICAÇÕES

MARINARA NOBRE PAIVA

MONNYQUE FONTENELE DOS SANTOS INTRODUÇÃO O presente trabalho desenvolve-se a partir do grupo de estudos intitulado “A Psicologia Histórico-

Cultural e seus campos de atuação: uma análise do alcance da abordagem em diferentes contextos”,

que tem por intuito compreender a atuação do psicólogo histórico-cultural nas diversas áreas da

psicologia. O objetivo deste estudo consiste em compreender o fazer psicológico na perspectiva

histórico-cultural, dentro de um dos equipamentos da Assistência Social: o Centro de Referência

Especializado de Assistência Social (CREAS), visando o direcionamento do olhar para o atendimento

desenvolvido com mulheres vítimas de violência doméstica. Com os conceitos da Psicologia Histórico-

Cultural, pretende-se compreender a atuação dos profissionais desse dispositivo. A relevância desse

estudo dá-se pela grande necessidade de discussão a respeito da temática da violência doméstica,

que ainda hoje em nosso contexto cultural e social é algo extremamente frequente.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este trabalho é fruto de uma pesquisa bibliográfica, que teve como estratégia de construção de dados

a busca de indexadores como Scielo e Lilacs, além de livros e revistas. As discussões realizadas no

grupo também foram fonte para essa construção. A análise dos dados foi interpretativa e de cunho

histórico cultural. Por fim, as categorias conceituais do estudo foram: significado social, sentido

pessoal e ressignificação.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A sociedade ao longo do tempo construiu e atribuiu papéis para homens e mulheres. Isso significa

dizer que, atualmente, essa divisão de papéis ainda sugere uma ideologia de gêneros. A divisão citada

são significações sociais para a perspectiva da psicologia histórico cultural, as quais foram

construídas historicamente a partir das relações sociais em uma determinada realidade. Entretanto,

estas significações tem um teor transitório, pois duram certo período de tempo, podendo ter

variações. As mulheres em situação de violência doméstica estão em constante vulnerabilidade,

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devido a insegurança e o medo que se faz presente no dia a dia desse grupo. Em razão dessa

fragilidade, o modo de acolhimento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social

(CREAS) tem de ser realizado com cautela e de modo receptivo, pois há um sofrimento instalado

naquele indivíduo. A partir deste acolhimento no dispositivo, a mulher produz um sentido pessoal

sobre o seu sofrimento e sobre a violência doméstica que ocorre em casa. Normalmente, ela anseia

a resolução do problema sem a necessidade do afastamento do agressor, que, geralmente, é seu

parceiro. No CREAS, as mulheres participam de vivências grupais que se baseiam em troca de

experiências e informações. O grupo proporciona a expansão do olhar sobre a violência, reconhecendo

que isso não ocorre de modo individual, mas sim coletivo, constituído nas relações sociais. Ou seja,

elas ressignificam a experiência e seus projetos de vida. Vemos, portanto, que as interações sociais

compõem um elemento mediador para a constituição do sujeito. Logo, entende-se que essas relações

colaboram com os processos de ressignificação, na construção de significação social e sentido

pessoal.

CONCLUSÃO Como vimos, o serviço ofertado pelo CREAS abrange uma diversidade de mulheres que necessitam

desse suporte. Os profissionais desse espaço, assim como os projetos realizados no mesmo, são de

suma importância para que haja uma mudança significativa na vida dessas mulheres. O trabalho

desenvolvido pelo psicólogo tendo como base os preceitos da teoria histórico-cultural auxilia as

mesmas na elaboração de uma série de potencialidades e ressignificações, pois algumas nem mesmo

acreditam ter direito de um recomeço. É a partir do manejo psicológico que elas podem visualizar

formas de enfrentamento da violência doméstica, possibilitando um empoderamento até então

inexistente."

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

CUIDANDO DO CUIDADOR: UMA INTERVENÇÃO COM MÃES DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA

SANDY BRAGA LIMA

MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal

para a sua idade, isso ocorre por apresentar algum problema na gestação que impeçam o

desenvolvimento normal da cabeça e prejudique o Sistema Nervoso Central (SNC). Algumas pesquisas

apontavam que o surto de recém-nascidos com microcefalia ou alterações do SNC poderia estar

associado à epidemia de Zika, vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Pois, após a chegada

do vírus ao Brasil o número de casos de microcefalia disparou no país. A partir daí foi confirmado pela

Organização Mundial de Saúde (OMS) que alguns casos de microcefalia e lesões no cérebro de fetos

de mulheres grávidas estavam relacionados à infecção recente desta mãe pelo vírus. Com isso, foi

visto a importância não somente de estudar sobre este tema, mas também de saber a experiência

das mães, dessas cuidadoras que dedicam maior parte do seu tempo em função de seus filhos, então

acabam esquecendo um pouco de si, dos cuidados próprios, com isso muitas vezes acabam

adoecendo. Por isso, a pesquisa tem por objetivo analisar casos que temos na região através de

intervenções realizadas com as mães das crianças que são portadoras de microcefalia e recebem

atendimento na Policlínica de Sobral.

Intervenção é a tentativa de influenciar de maneira transitória ou definitiva o comportamento humano

através do uso de meios psicológicos, ou seja, a influência se dá através de novas formas de

comportamento e de experienciar o mundo. E foi nessa perspectiva, através de uma intervenção que

buscamos trazer um momento único e diferente através de uma roda de conversa com as mães que

têm criança portadora de microcefalia. Escolhemos esse tema porque é de fato muito importante no

contexto da saúde, algo atual, tínhamos curiosidade em saber como era o dia dessas mães, e a nossa

vontade era de trazer algum diferencial para elas, nosso interesse também foi de conversar com a

equipe multiprofissional que trabalha atendendo essas mães, na policlínica de Sobral.

A pesquisa trouxe um pouco dessas mães que são protagonistas de um drama nacional, mães de uma

geração que carregarão a marca de uma epidemia ainda a ser plenamente descoberta, as mulheres

que deram à luz a bebês com microcefalia passam a viver, desde o diagnóstico, quase que

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exclusivamente para os filhos. Abandonam o trabalho, estudos, enfrentam deslocamentos diários de

muitos quilômetros para garantir atendimento aos filhos. E quem cuida dessas mães? A importância

da saúde física, mental e emocional é muitas vezes esquecida. Por mais que seja relevante o cuidado

com a criança não podemos deixar de cuidar da mãe. Na intervenção abordamos quais as dificuldades

que essas mães encontram no dia a dia, elas se emocionaram contando como foi a descoberta da

doença e como elas reagiram diante tal situação, como a sociedade e os familiares se portaram. Uma

fala veio à tona diante do olhar da psicologia relacionado às suas vivências e uma atividade de

relaxamento no qual elas comentaram que estavam precisando. Podemos ver a partir da pesquisa a

importância do tratamento de seus filhos na policlínica e que o projeto dos profissionais da policlínica

é indispensável, pois todas relataram uma melhora de seus filhos, e porque sabemos que eles

precisam serem estimulados e muitas não possuem condições de arcar com as despesas.

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Área de Conhecimento: Psicologia Hospitalar.

CUIDAR DE UM FAMILIAR COM CÂNCER: O IMPACTO NO COTIDIANO DE VIDA DO CUIDADOR

ROBERTO RODRIGUES NEGREIROS

SAMARA VASCONCELOS ALVES LETICIA RIBEIRO AZEVEDO

INTRODUÇÃO Devido às grandes modificações nos padrões de saúde-doença no mundo, cujos reflexos são o

aumento da expectativa de vida e, ao mesmo tempo o aumento dos casos de doenças crônico-

degenerativas faz-se necessário um estudo sobre cuidador-cuidado. A presença do câncer

decisivamente todos os aspectos da vida do indivíduo, também devido ao impacto desta atividade de

cuidar na vida dele. Podendo alterar profundamente a rotina de vida conforme o comprometimento

da capacidade de viver sem limitações. As mudanças da integridade físicas emocionais por

desconforto, dor e desfiguração, dependência e perda da autoestima são relatados por estes

pacientes, que percebem que a qualidade de suas vidas sendo profundamente decompostas em um

espaço de tempo muito curto. A própria palavra “câncer” carrega consigo um simbolismo de ameaça

à vida, trazendo com ela uma associação direta com a morte. No campo da oncologia, em que

pacientes são submetidos a processos muitas vezes dolorosos, pois só o termo câncer já se

apresenta como algo que amedronta tanto o paciente quanto a família, que ao receber o diagnóstico

da referida doença, o recebem já no início como uma sentença de morte fosse, ou ainda como um

castigo. Desta maneira o objetivo deste trabalho foi compreender a relação existente entre o cuidador

(pessoa que passa o tempo todo com o paciente) e paciente, pois, é ele que cuida do bem-estar,

saúde alimentação, higiene pessoal, educação e lazer da pessoa que é cuidada e outros aspectos que

envolvem os processos de saúde-doença. O cuidador acompanha e auxilia a pessoa cuidada e nem

sempre é alguém escolhido pelo paciente, e esse ato de cuidar é nobre, embora seja complexo, já que

a convivência é permeada de uma mistura de sentimentos bons e ruins. O cuidar vai além de cuidados

físicos pois devemos observar o sofrimento psíquico que vem atrelado a história de vida e aos

sentimentos da pessoa a ser cuidada.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para tanto, realizou-se uma revisão narrativa da literatura em base de dados como Scielo e Google

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Acadêmico, no mês de maio de 2017, com os seguintes descritores: câncer, familiar, cuidados.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Segundo CARNEIRO (2008) O impacto na vida do cuidador se da de acordo com a preocupação pelo

bem-estar do outro resulta em sentimento de confiança. O cuidar implica numa relação de confiança

pelo fato do paciente entregar as sua intimidade e sua vida nas mãos daquele cuidador, que se

encontra fragilizadas. E este a partir de uma presença atenciosa possibilita ao paciente também a

confiar no ambiente/tratamento. Fala também que cuidar também se refere estabelecer relação de

confiança. O cuidado adequado às necessidades do paciente exige da profissional capacidade de

perceber as necessidades do outro. A identificação das necessidades de cuidados, aliada às ações

técnico-científicas referentes ao cuidado físico, técnico e emocional constituem requisitos para a

eficácia do processo de cuidar. Porém SALES (2010) diz que ao receber a confirmação de “existir no

mundo com câncer”, o homem se sente derrotado diante de sua própria nudez existencial, pois, ao

transcender-se a si próprio, vislumbra a morte não como uma possibilidade, mas como algo real em

sua existência. Nesses momentos, o tratamento surge como uma tentativa de vencer a batalha

contra o câncer, tipo de terapia que gera angústia tanto para o doente como para a família, a qual

vivencia ao lado deste os efeitos colaterais da doença. Por ser o câncer uma enfermidade que abala

o emocional das pessoas, seu enfrentamento é difícil tanto para o paciente como para a família, pois

o doente passa a ser alvo de atenção daqueles que o cercam e seus familiares acabam sendo

acometidos por sentimentos e reações estressantes.

CONCLUSÃO Este estudo nos fez compreender que a vivência com o câncer no lar desperta nos cuidadores

ponderações que redimensionam suas concepções acerca do significado de cuidar de um familiar com

uma doença devastadora como o câncer. A pesquisa narrativa da bibliografia comprovou quão possível

é perceber que os autores se mostram complexos acerca do tema, por se tratar de um assunto que

envolve não somente o paciente acometido pela doença, mas seus familiares e os próprios agentes

de saúde.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

DEPRESSÃO: UM MAL-ESTAR À SOCIEDADE

LEONARDO MENDES DE OLIVEIRA KARINA SOUSA VIANA

INTRODUÇÃO Depressão, hoje é uma doença que afeta a maior parte da população do Brasil e do mundo. Uma

doença silenciosa que aflige muitas famílias. A depressão é a desordem ou humor afetivo mais comum,

considerado talvez uma das principais causas de sofrimento emocionais que pioram a qualidade de

vida. Depressão e transtornos depressivos são mudanças que ocorrem bastante frequentemente na

população como um todo; que constrói um grande problema de saúde pública (POTTER, PERRY,

2009).

Essa doença está ligada a vários fatores que interferem na vida cotidiana das pessoas, como baixa

autoestima, perda de interesse em tudo o que fazer ou fará, seja em pequenas atividades diárias ou

algo a fazer de interesse próprio. Uma doença que pode atingir de forma negativa e acentuada para

as relações familiares da pessoa. Esses sinais incluem sentimento de tristeza, fadiga, diminuição de

memória e concentração, culpa e futilidade, distúrbios do sono, distúrbios do apetite com perda ou

ganho excessivo de peso, agitação, da capacidade de atenção e ideação suicida. (SMELTZER, BARE,

2005).

De acordo com REYS et al. (2006), a prevenção seria uma das fases para iniciar o tratamento com

pessoas com depressão, evitando ofensas mais graves para pessoas com a doença. Portanto, para

alcançar a qualidade de vida, porque quando há uma prevenção contra a depressão é possível reduzir

os gastos com medicamentos, tanto para o paciente quanto para o governo, que de direito do

paciente de receber esses medicamentos. Sendo assim, o estudo tem como objetivo identificar os

principais fatores de risco que levam as pessoas à depressão, o que possibilitará prevenir e tratar

esta queixa de saúde.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Esse estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa porque se preocupa em interpretar os fenômenos,

em termos de procedimentos técnicos podem ser entendidos como Pesquisa Bibliográfica, uma vez

que é desenvolvido com base em material já elaborado, consistindo principalmente em livros e artigos

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científicos (GIL, 2008). Foi realizado no período de maio a julho de 2017.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A depressão atrapalha a vida de uma pessoa, pois ela desmotiva essa pessoa a viver, de forma que

ela fica sem forças para realizar a tarefas do seu dia a dia como estudar, trabalhar, ou até mesma as

tarefas que elas mais gostam de fazer. Então quem convive com essa doença tem grandes dificuldades

no seu cotidiano, por isso é importante que essas pessoas procurem a ajuda de profissionais

especializadas para iniciar seu tratamento.

A forma que estamos vivendo é agravante para a depressão, pois estamos vivendo em sob pressão

constantemente, a pessoa é praticamente obrigada a realizar várias tarefas em um tempo curto onde

na maioria das vezes só em um dia não se tem tempo para fazer tudo o que elas querem e acabam

se frustrando e muitas vezes desenvolvem transtornos psicológicos como ansiedade, depressão,

síndrome do pânico entre outros. Isso é resultado da grande carga horária que o ser humano tenta

cumprir e acabam não realizando tudo que querem, por isso é essencial que essas pessoas cuidem

da sua saúde mental.

CONCLUSÃO A depressão pode ser compreendida como um caso de saúde pública, sendo assim quanto mais

estudarmos a doença e discutimos sobre o assunto mais possibilidades teremos de colaborar para a

desmistificação do assunto.

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Área de Conhecimento: Psicologia e Saúde Mental.

DO QUARTO DO HOSPÍCIO À SALA DO CAPS: UMA BREVE ANÁLISE HISTÓRICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA

KENNEDY LUCAS DE PAULO SOUSA

FRANCISCO AILSON MAGALHÃES OLIVEIRA PEDRO SAULO TEIXEIRA DO NASCIMENTO

INTRODUÇÃO Esse resumo traz como temática a discussão da histórica dos manicômios no Brasil, passando pelas

reivindicações da Reforma Psiquiátrica, até a criação do atual sistema de saúde mental na figura do

CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Serão abordados nesse artigo, a concepção antiga de

loucura, como funcionavam as antigas instituições de abrigo e hospitais psiquiátricos e os movimentos

que deram força a reforma psiquiátrica até a implementação desse modelo. Busca-se fazer uma

análise histórica da reforma psiquiátrica para compreender que caminhos foram tomados e quais os

desafios que ainda necessitam ser superados.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Será realizada uma pesquisa bibliográfica de textos que tenham como marcadores as palavras:

História da saúde mental no Brasil, Manicômios no Brasil, História dos hospitais psiquiátricos no

Brasil, Histórico da Reforma Psiquiátrica e a gênese do modelo do CAPS (Centro de Atenção

Psicossocial).

RESULTADOS E DISCUSSÕES Esse modelo de atenção voltado ao cuidado dos sujeitos com transtornos mentais passou por diversas

mudanças ao longo de anos, indo de um espaço de restrição e controle da loucura para uma prática

que visa um olhar mais ampliado para o sujeito, o atendimento psiquiátrico passou por várias

transformações que se iniciaram com a Reforma Psiquiátrica, um movimento que reivindicava

melhores condições de tratamento aos sujeitos com distúrbios mentais buscando um forma de

tratamento mais humanizada e sem o uso de medidas violentas, além de denunciar as práticas que

se utilizam de métodos invasivos e que degradam o sujeito.

A história das assistências aos “loucos e alienados” passa pela questão dos cuidados familiares e das

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instituições da Igreja Católica (Santas Casas) no período do Brasil colonial até o primeiro reinado. Já

no segundo reinado, é inaugurado o Hospício Dom Pedro II no qual foi um dos marcos para o início do

processo de institucionalização do cuidado do “alienado” e dos primeiros passos da psiquiatria no

Brasil, no século XX os cuidados com o “louco” passam pelos cuidados médicos e os hospícios

passaram por um modelo de internação baseado nas colônias onde, também residiam nesse espaço

além dos sujeitos com transtornos mentais outros sujeitos excluídos. Na década de 50, os hospitais

psiquiátricos e os abrigos eram caracterizados por serem superlotados, poucas equipes, condições

precárias de higiene e por maus-tratos aos pacientes que lá estavam sob cuidados. No período de

1970 até o final dos anos 1990 que se acentuaram as discussões sobre o antigo modelo manicomial,

denunciando as práticas degradantes que aconteciam nesses espaços e a proposição de uma nova

forma de cuidados a esses sujeitos que ficou conhecida como o movimento de Luta Antimanicomial

brasileiro. Mas, foi somente em abril de 2001 que foi sancionada a lei de número 10.216 que trata

a respeito da saúde mental e da proteção do usuário desse serviço. Essa lei visa um cuidado do

usuário do serviço de saúde mental mais humanizado, excluído a prática do modelo manicomial,

realizando o atendimento com a integração da rede de saúde e seus dispositivos.

CONCLUSÃO A reforma psiquiátrica ao longo de sua jornada de reivindicações conquistou uma série de mudanças

na atenção e cuidado do sujeito acometido com transtorno mental, apesar da evolução do cuidado e

tratamento, ainda existem barreiras que necessitam ser superadas. Lançar um olhar para a história

da reforma psiquiatria é entender que passo foram tomados e tomar atitudes para mudar a maneira

de lidar com a saúde mental.

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Área de Conhecimento: Psicologia Hospitalar.

DOR E MORTE COMO OFÍCIO: A ROTINA VIVIDA PELO PROFISSIONAL DA SAÚDE NA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR

ZENAIDE SILVA DIAS

LETÍCIA RIBEIRO AZEVEDO INTRODUÇÃO Desde o surgimento da existência humana, a morte sempre esteve presente na vida do homem. Como

a morte é algo indesejável, muitas vezes inominável, porém inevitável, é geralmente na Instituição

Hospitalar que se finaliza esse processo, onde os profissionais são convocados a darem respostas

aos mal-estares os quais causam sofrimento tanto para o paciente como para os seus familiares, se

tornando algo constante na vida dos profissionais da saúde. Apesar da morte está presente todos os

dias nos leitos dos hospitais, ela ainda é um tema pouco discutido entre os profissionais da saúde,

principalmente entre os médicos e enfermeiros, o que faz com que o psicólogo seja sempre convocado

a “dar conta” do assunto. Para muitos profissionais da saúde, o fato de não conseguir evitar a morte

ou nem mesmo aliviar a dor do paciente, faz com que eles percebam a sua própria finitude, podendo

causar mudanças na rotina, onde eles, diante da morte e do morrer, reconheçam o seu fracasso, a

sua frustração e fragilidade como profissional, sobretudo como humano, o que pode gerar sofrimento

e adoecimento causando consequências graves a sua saúde física e psíquica. E é no reconhecimento

da subjetividade do sujeito que a psicologia, através do acolhimento da experiência do outro, abre

espaço para os profissionais discutirem sobre a rotina, a dor e a morte na Instituição Hospitalar.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os dados apresentados neste trabalho foram obtidos a partir da experiência realizada através do

Grupo de Estudos em Psicologia Hospitalar – GEPH, o qual foi financiado pelo Programa de Iniciação

Científica – PROIC da Faculdade Luciano Feijão e de uma revisão narrativa, a qual foi possível por meio

do livro “Tempo da vida e a vida do nosso tempo: repercussões na Psicologia Hospitalar”, das revistas

“Percurso” e “O mundo da saúde” e de um artigo do site Periódicos Eletrônicos de Psicologia (Pepsic).

RESULTADOS E DISCUSSÕES De acordo com Kupermann (2017), nos hospitais, lidamos com a dor e a morte em seu estado mais

bruto, por isso, além do cuidado com os pacientes e seus familiares, deve-se cuidar também da saúde

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dos próprios profissionais da saúde. É durante a rotina realizada dentro do hospital que o profissional

presencia a dor e a morte, as quais, apesar de fazerem parte do seu ofício, podem lhe causar

sofrimento físico e psicológico que, se não forem tratados, acabarão proporcionando problemas ainda

mais graves à sua vida. Sendo assim, o psicólogo, por meio da escuta realizada no âmbito hospitalar,

irá identificar as causas do sofrimento, enfatizando a atenção aos profissionais da saúde, promovendo

pontes para discussões e elaboração a respeito da dor e da morte.

CONCLUSÃO A morte é algo inevitável e pode se apresentar em qualquer etapa da vida. Para alguns profissionais

da saúde a morte é algo natural, é a passagem para um outro plano, uma nova vida, já para outros é

um momento angustiante, desesperador e traumatizante, que pode causar sérios danos a vida do

paciente e de seus familiares. Para o profissional da saúde, vivenciar uma rotina muito corrida e

estressante e lidar o tempo todo com o sofrimento do outro não é nada fácil, o que, apesar de fazer

parte do seu ofício, pode lhe causar adoecimento. Por isso, o psicólogo nas equipes de profissionais

atua como facilitador dentro do processo de cuidar, tendo a função de, através da escuta, possibilitar

um espaço de elaboração das angústias e sofrimentos vividos pelo sujeito, para que ele possa

encontrar uma nova forma de se posicionar diante da dor e da morte na Instituição Hospitalar.

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Área de Conhecimento: Libras.

EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO

RÔMULO MARTINS DE SOUSA LUIZ FERNANDO BEZERRA MARQUES

FRANCISCO ARNALDO GOMES DA SILVA INTRODUÇÃO O texto traz a exposição de como é feito e educado o deficiente auditivo, pois a melhor forma não e

só como a educação é transmitida em enfoque para o aluno, e sim, pela inclusão do deficiente na sala

de aula. A educação e determinada para o surdo como uma linguagem que se utiliza de palavras e um

conjunto de sinais que representam o alfabeto e que levaram o surdo a comunicação adequada de

Libras e uma forma melhor para ligar o surdo ao que está sendo comunicado na sala de aula com os

outros alunos que não possuem qualquer deficiência. Devemos esclarecer que a nomenclatura surdo-

mudo não e mais correto ser chamado dessa forma, pois estaríamos cometendo um grave erro se

não esclarecer tal forma errônea, e sim, chamarmos de surdos como é a forma mais correta. A língua

de sinais pode ser ensinado em qualquer instituição que seja credenciada e acompanhada por

fonoaudiólogos e responsáveis que estarão acompanhando em cada passo de aprendizado a Libras e

o desenvolvimento dos alunos. Vale Ressaltar, que esse presente texto trata que não a barreiras que

o surdo não possa quebrar para viver como outro individuo que não possua qualquer deficiência seja

na escola, no seu lar ou vida em sociedade com as dificuldades enfrentadas por qualquer indivíduo.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Para dar início a pesquisa e escrever algo que o leitor pudesse entender de forma clara e simples

sem um mau entendimento por conta da forma e que além do deficiente auditivo ter seu aprendizado

ligado a linguagem de Libras e possa assistir aulas como outro aluno sem deficiência. Assim, utilizamos

de livros oferecidos na biblioteca da Faculdade, TCC’s, Artigos e com base na presença que fizemos a

escolas no Município de Sobral para entender melhor a forma de ensino que é levada aos alunos

surdos e seu desenvolvimento com os outros alunos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES O deficiente auditivo é apresentado a língua de sinais como uma língua que vai tanto lhe possibilitar a

falar com outros surdos e outros que se interessam em aprender, conversar, curiosidade e desejam

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levar como forma de sempre aprender uma nova forma de comunicação. Devemos lembrar, que

apesar da Libras ser uma língua de sinais e dependendo da região, país e desenvolvida há diferença

em alguns sinais ou alfabetos de região para região, devendo sempre observar como cada local. O

presente texto nos demonstrou e nossa missão que é passar essa visão para o leitor, mesmo que

leigo no assunto, e facilitar que a evolução da Libras possibilitou que o surdo além de terminar seus

estudos no ensino fundamental e médio, possa seguir adiante e acender na carreira de Grau Superior.

Assim, além de possibilitar o surdo nos estudos de atividade acadêmica seria uma forma de levar ao

mercado de trabalho de suas atividades ou de sua própria criatividade. Dessa forma, a visão arcaica

de que o surdo não poderia enfrentar os mínimos problemas e seria alguém sem a mínima capacidade

Civil na vida, sendo sempre tratado como um louco que foi castigado pela divindade de Deus por não

ter a capacidade de um indivíduo comum vem sendo moldada e retirada essa visão errônea.

CONCLUSÃO O mundo tomou conhecimento da dimensão que é a educação dos surdos e assim abraçou a causa

para que estes não sofram mais com essas discriminações que já tanto sofreram, e que consigam de

uma vez por todas ingressar no meio social sem dificuldades. Nesse processo de educação, o

interprete tem papel fundamental para o aprendizado dos alunos de libras explicando os significados

e sentimentos das expressões dos sinais, ajudando a se expressar com os demais deficientes auditivos

e ouvintes, e nas escolhas dos alunos por precisarem de um maior esforço para compreensão dos

estudos das matérias escolares.

Como em outros países, os deficientes auditivos lutam, desde sempre, para ter algum espaço na

sociedade, escolas, etc., mas é através principalmente do ensino que eles conseguiram satisfazer de

modo eficaz suas necessidades linguísticas e culturais, e assim poderão comunicar com ouvintes,

ocupar empregos, bancos em universidades, e assim se integrar de vez na sociedade.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

ENTRE INTERCORRÊNCIAS UMA MULHER: A EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA HOSPITALAR NA MATERNIDADE

ALINE DOS PRASERES SILVA DE PAULA

INTRODUÇÃO O hospital é um lugar de acolhida do sofrimento clínico, muitas vezes silenciando por diversas

problemáticas implicadas. A gestação é um período de mudanças significativas na vida da mulher,

permeado por afetos, fantasias e expectativas em relação ao bebê. Faz-se necessário o vínculo

estabelecido entre a família e o bebê desde os primeiros momentos de vida, entretanto uma pequena

intercorrência nesse trato pode causar um grande descompasso, já que irrompe muitas vezes com a

maternidade construída imaginariamente. Assim a angústia e o desamparo aparecem como vias de

lidar com o inesperado.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Desse modo, este relato de experiência põe em discussão a nossa vivência ao ouvir mulheres grávidas

e puérperas que estão internadas em uma maternidade por alguma intercorrência com ela ou com o

bebê, interrogando e construindo o fazer da psicologia no espaço hospitalar. Os atendimentos são

realizados semanalmente, tendo início no em fevereiro de 2017 e está sendo realizado até o presente

momento. Cabe dizer que passamos por supervisões clínicas semanais tendo como referência estudos

teórico que interrogam o ideal de maternidade construído socialmente.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Nesse escopo, ao ofertar atendimentos ao leito, por demanda/queixa espontânea, e até mesmo por

solicitação demanda da equipe, pretendemos abrirmos espaço para escuta, num lugar onde, muitas

vezes, as angústias, medos, expectativas dessas mães e puérperas são caladas, possibilitando, a

partir do trabalho em equipe, a escuta das palavras e a ausculta do corpo orgânico.

CONCLUSÃO O percurso trilhado nos proporcionou tecer experiências clínicas, viabilizando a aprendizagem do

trabalho em equipe, a compreensão dos conflitos institucionais, as leituras das demandas

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endereçadas a nós e a visibilidade de um campo puerperal eminentemente médico se reconfigurando

em novos espaços de escuta e de produção subjetiva. Entendemos que a clínica é reinventada a cada

sujeito escutado, interrogando assim diariamente a nossa posição diante do sofrimento humano.

Consideramos também que o papel do profissional de psicologia ainda encontra-se em construção

nesse ambiente hospitalar.

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Área de Conhecimento: ECA, Psicologia.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - A PERDA E SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR

DEBORAH DE SOUSA BRITO ALICE LIA BRANDÃO GOMES

MATEUS VASCONCELOS OLIVEIRA INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo analisar o procedimento e circunstancias que ocasionam a

suspensão e a perda do poder familiar. De antemão, destacamos que a Constituição Federal do Brasil

de 1988, de forma expressa, art. 229, atribuiu aos pais o dever de assistir, criar e educar os filhos

menores. Assim, os referidos institutos da suspensão e perda do poder familiar estão positivados no

Código Civil Brasileiro, neste estabelece as causas, por sua vez, no Estatuto da Criança e do

Adolescente de 1990 define o procedimento jurídico da aplicação da suspensão e perda do poder

familiar.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia adotada para a realização desse trabalho se deu pela análise bibliográfica, baseando-

se também no Estatuto da Criança e do Adolescente, Código Civil Brasileiro e Carta Magna Brasileira

e na legislação pátria e em outros trabalhos já realizados que abordem a questão, como artigos em

periódicos especializados.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A perda e suspensão do poder familiar estão prevista no Código Civil brasileiro de 2002, nos artigos

1637 e 1638. Vejamos o art. 1637, “Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos

deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente,

ou o Ministério Público, adotar à medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus

haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha. Parágrafo único. Suspende-se

igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em

virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão”. Por sua vez, a perda está prevista no Art.

1638 “Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:I - castigar imoderadamente o

filho; II - deixar o filho em abandono; III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV -

incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente”. Em qualquer uma dessas

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hipóteses, começarão no Ministério Público ou quem tenha interesse legitimo na causa. A perda é

adotada em ultimo caso, pois é irrevogável, por sua vez, a suspensão tem caráter temporário, onde

será averiguado se há condição do retorno da criança ou do adolescente para a guarda dos pais, caso

não, correrá a perda. O pedido de perda ou suspensão terá que indicar na petição inicial a autoridade

judiciária a que for competente, as informações básicas do requerente e do requerido, por exemplo,

endereço, estado civil entre outras, também terá que conter a exposição da situação a qual despertou

o interesse do referido pedido e com isso as provas que comprovem a situação descrita. Caso fique

comprovado o abuso do poder familiar, o magistrado ouvindo o Ministério Público deverá decretar a

suspensão do poder familiar até o julgamento definitivo. É de suma importância a participação de

forma efetiva do Ministério Público, pois este funciona como o órgão fiscalizador das relações entre

os que possuem o poder familiar. Assim, o a autoridade judiciária, magistrado, deverá levar em contar

a orientação do ministério publico nas audiências, por sua vez, terá um prazo de cinco dias dos autos

do processo, quando não for o requerente na ação, também poderá solicitar estatuto social, quando

possível feito por uma equipe multiprofissional. Os pais sempre serão ouvidos em uma oitiva, com o

intuito de averiguar a verdadeira situação denunciada. Este fato ocorre para que não haja nenhum

tipo de equivocação na decisão sobre a convivência familiar, pois pode gerar um transtorno

desnecessário aos envolvidos. O Conselho Nacional de Justiça, em nota, observou que “nos casos em

que há possibilidade de recomposição dos laços de afetividade entre pais e filhos, a suspensão do

poder familiar deve ser preferida à perda. Outro ponto que merece destaque, estabelecido pelo artigo

23 do ECA, é que a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a

perda ou a suspensão do poder familiar. Da mesma forma, a presença de deficiência, transtorno

mental ou outras doenças dos pais ou responsáveis também não deve, por si só, impedir o convívio

familiar ou provocar o acolhimento dos filhos em instituições”.

CONCLUSÃO Ao fim da exposição dessa pesquisa, chegamos a conclusão que ambos os institutos, a perda e

suspensão do poder familiar, devem ser exceções aplicadas pelo poder judiciário na relação entre pais

e filhos, vez que os referidos procedimentos são desgastantes, fisicamente e emocionalmente, para

ambas as partes, destacando-se o elo mais fraco, o menor (criança e adolescente). Logicamente,

quando for necessária a aplicação da perda ou suspensão familiar deverão ser aplicadas, pois a

proteção integral do menor deve prevalecer.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

ESTRATÉGIAS DE ENFRETAMENTO EM PAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CÂNCER: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE

LITERATURA

CARLIANE VIEIRA PARENTE GARLANA LEMOS DE SOUSA

MÔNICA XIMENES MELO INTRODUÇÃO O Ministério da Saúde (2017) caracteriza o câncer infanto-juvenil, como um conjunto de doenças que

possuem características próprias de acordo com o processo de diagnóstico e comportamento clínico.

Este diagnóstico quando direcionado a uma criança e/ou adolescente, traz para a família grandes

transformações que contribuem para a quebra da rotina familiar e o aparecimento de vários novos

sentimentos. Tudo isso e diversos outros fatores contribuem para a desorganização na vida desses

sujeitos e os mesmos procuram ao longo do tratamento uma reorganização dessa dinâmica, e é esse

modo de reorganização que podemos caracterizar como estratégias de enfrentamento. Diante disto,

esta pesquisa teve como objetivo conhecer as estratégias de enfrentamento adotadas por cuidadores

de crianças e adolescentes frente ao diagnóstico e ao tratamento de câncer.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Realizou – se uma revisão sistemática de literatura durante o mês de setembro nos periódicos

disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, através da combinação dos seguintes descritores:

“câncer infantil” AND “enfretamento” AND “cuidador” OR “oncologia pediátrica” AND

“enfrentamento” AND “cuidador”. Para a análise dos artigos elegemos como critérios de inclusão

estudos que contemplavam apenas artigos completos, disponíveis na língua portuguesa, publicados

entre os anos de 2007 a 2017 e como critérios de exclusão, estudos repetidos e aqueles que não

estivessem relacionados a tal temática. Ao final de todo o processo de seleção verificou-se a

existência de 3 artigos publicados sobre o tema. A partir dos conteúdos abordados nos três artigos

selecionados, elaborou-se duas categorias de análise, sendo elas: 1) Conceituação do termo

enfrentamento e 2). Principais estratégias de enfrentamento utilizadas pelos pais de crianças e/ou

adolescentes com câncer.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES Na categoria 1, os resultados dos estudos de Kohlsdorf & Costa Junior (2008) nos mostram que

enfrentamento pode ser entendido como um conjunto de estratégias adotadas pelos indivíduos para

adaptar-se em situações estressoras. Já nos resultados da categoria 2, Messorio, Kohlsdorf & Costa

Junior (2009) apontam que as estratégias de enfretamento que foram utilizadas por esses sujeitos

estão inseridas em duas categorias, denominadas como foco no problema e foco na emoção. As

estratégias mais utilizadas por esses pais foram: a busca por respostas a respeito do diagnóstico e

do tratamento, nesta busca coloca-se em evidencia o papel da equipe de saúde, pois é a partir do

fazer desta equipe que esses cuidadores terão oportunidade de entender e se familiarizar com a

situação, passando não apenas a observar o processo, como também a participar do mesmo de forma

ativa. Segundo, (Alves et al 2016), a questão da religiosidade é a que se sobressai em maior escala,

pois a partir dela que o indivíduo consegui enfrentar os momentos difíceis, acreditando sempre na

capacidade de cura da doença. É também a forma como o sujeito consegui dar sentido à vida, já que

o mesmo reconhece suas limitações frente a mesma.

CONCLUSÃO Com a pesquisa concluímos que pais e/ou responsáveis utilizam diversas estratégias de

enfrentamento, mas a literatura a respeito deste tema em âmbito nacional é ainda escassa. Sugere-

se que mais pesquisas sejam produzidas com o intuito de contribuir com o processo de reorganização

e que esses sujeitos possam ao longo do processo de tratamento ter uma melhor qualidade de vida.

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Área de Conhecimento: Avaliação Psicológica.

ESTUDO SOBRE A INFLUÊNCIA DAS SOBRECARGAS SUBJETIVAS NA SAÚDE MENTAL DO CUIDADOR FAMILIAR À LUZ DAS ESCALAS BECK

JAMAYRA ROCHA ALVES

LARA DIOGO PEREIRA GEÓRGIA MARIA MELO FEIJÃO

INTRODUÇÃO Segundo SILVIA (2016) foi a partir da reforma psiquiátrica que ocorreu transformações no modelo

das políticas públicas do mundo, inclusive a brasileira; onde agora se busca a humanização das

instituições que ofereciam atenção à saúde mental. Com isso, a desistitucionalização dos indivíduos

portadores de transtornos mentais foi ganhando espaço, e a família se tornou eixo integrante para o

cuidado e restituição desse paciente à sociedade, juntamente com profissionais de saúde de

diferentes áreas.

Assim, o objeto de estudo da presente pesquisa será familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos

hospitalizados, entendendo que os mesmos estão em crises psicóticas e necessitam de cuidados mais

diretos e específicos. Nessas circunstâncias o acompanhamento por familiares é imprescindível, e

com isso os mesmos são afetados e sofrem pela situação que seus familiares se encontram; as quais

são levadas na maioria das vezes a desenvolver sofrimentos psíquicos, consequentes das sobrecargas

que os atingem; essas sobrecargas advêm de grandes mudanças a partir do momento que se mantém

relações diretas com esses pacientes.

O interesse em trabalhar sobre os impactos na saúde mental desses cuidadores surgiu pelo

entendimento do quão grande e impactante é o contato direto e contínuo com essas pessoas. Os

desgastes não são somente psicológicos, mas também físicos emocionais e contextuais. Assim, nos

debruçaremos sobre os comprometimentos psíquicos, os quais se delimitam em depressão e

desesperança; pois segundo ABELHA (2014) a depressão é a mais atual doença que atinge os

familiares cuidadores de pessoas com transtornos mentais, aonde a mesma vai destruindo

lentamente as esperanças e o prazer pela vida.

Desse modo, o objetivo do estudo será analisar e compreender de que forma as sobrecargas afetam

os cuidadores de pacientes psiquiátricos ainda hospitalizados; e entender também quais as

consequências dessas sobrecargas subjetivas na vida psíquica desses indivíduos, pois de acordo com

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ELOIA (2014) o convívio com pessoas com transtornos mentais pode definir e caracterizar as

sobrecargas familiares.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para o alcance dos objetivos propostos foi realizado uma pesquisa em um hospital público psiquiátrico,

na região Norte do Estado do Ceará; no qual utilizamos uma amostra de 20 (vinte) pessoas

acompanhantes de internos que sofrem com transtornos mentais. Como instrumentos de coleta de

dados foi feita uma anamnese, que se configura em uma entrevista inicial para conhecimento e

integração da realidade dessas pessoas; respectivamente aplicamos um teste psicométrico (Escalas

Beck) que se propõem analisar e avaliar fatores como ansiedade (BAI), depressão (BDI),

desesperança (BHS) e ideação suicida (BSI). Dentre esses fatores, nos delimitaremos em pesquisar

sobre os aspectos de depressão e desesperança desses indivíduos, nos quais são, respectivamente,

BDI e BHS.

RESULTADOS E DISCUSSÕES No que diz respeita os escores do fator depressão, 42,8% dos analisados apresentaram níveis leves.

Já os índices mais elevados, 28,5% dos entrevistados mostraram níveis moderados de depressão.

Nos níveis mínimos e graves o assunto chamou atenção, pois os percentuais foram iguais, ou seja, o

número de pessoas sem sintomas depressivos é igual àqueles que estão com sofrimentos psíquicos

graves. Os escores da agravante desesperança não apontaram disparidades em relação aos

comportamentos depressivos, pois no nível leve a porcentagem foi à mesma (42,8%); já se tratando

das pessoas que apresentam comportamentos mínimos de desesperança o percentual foi mediano,

chegando a 28,5%. Nos níveis moderado e grave houve uma concordância nos escores, pois os dois,

respectivamente, apresentaram as seguintes porcentagens 14,2%%, 14,2%. Todos os dados e

informações colhidas nessa pesquisa foram de efetiva importante para que haja uma mudança com

relação ao olhar que se tem ao cuidador, pois não se podem oferecer cuidados adequados se o ser

que cuida está sendo esquecidos, com solidões, medos e angústias. Dessa forma ficou visível que às

sobrecargas que afetam os cuidadores familiares estão diretamente ligados à adoecimentos mentais.

CONCLUSÃO Conclui-se que são grandes as sobrecargas que afetam os cuidadores familiares, os quais em sua

maioria apresentam sofrimentos psíquicos, como depressão e desesperança, onde mesmo em níveis

leves estão propensos a desenvolverem problemas mentais mais graves com o passar do tempo.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

FEMINISMO E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

MORGANA MAGALHÃES DA PENHA INTRODUÇÃO Nesse estudo, abordaremos a Análise do Comportamento, ciência natural cujo o fundamento filosófico

é o Behaviorismo Radical, que foi proposto pelo psicólogo B.F. Skinner (1904-1990), e o feminismo,

movimento político e social que visa os direitos iguais para as mulheres. Entendemos feminismo como

o discernimento das mulheres sobre a opressão, dominação e exploração de que foram e são objetos

por parte do patriarcado, e isso as move, fazendo-as lutar pela liberdade do seu sexo e de todas as

transformações que se fazem necessárias na sociedade para este fim. Apesar de B.F. Skinner ter a

proposta de usar a Análise do Comportamento para a construção de um mundo melhor, a participação

de analistas do comportamento em debates sobre questões sociais, e aqui em destaque o feminismo,

ainda é deficiente. A pesquisa tem por objetivo analisar o feminismo pela ótica da Análise do

Comportamento, e assim buscar formas de contribuir para tal movimento social.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa tem por metodologia uma revisão da literatura nacional, utilizando os periódicos Scielo,

BVSPSI e Pubmed, bem como algumas das principais revistas de análise do comportamento: Boletim

Contexto; Comportamento em Foco; Revista Perspectivas em Análise do Comportamento e a Revista

Brasileira de Análise do Comportamento. Para a realizar a busca, foram utilizadas as palavras-chave

“mulher” “feminismo”, “análise do comportamento” e “seleção pelas consequências”.

RESULTADOS E DISCUSSÕES O feminismo traz reflexões acerca da mulher que podem desafiar o Behaviorismo Radical e a Análise

do Comportamento a finalmente ampliar suas discussões sobre o comportamento humano, mas dessa

vez incorporando variáveis consideradas até então “invisíveis” em suas análises funcionais, como

gênero, sexo e raça. A mulher pode, ao identificar padrões opressores de controle social, exercer o

contracontrole, que aparece através das manifestações, discussões e reivindicações, contribuindo

para o equilíbrio na distribuição de reforçadores sociais a ambos os gêneros. O Behaviorismo Radical

considera não só a mulher, mas todo ser humano, um ser complexo e singular, essa singularidade é

elucidada nos três níveis de seleção pelas consequências (filogênese, ontogênese e cultura).

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Considerando essas diferentes dimensões do sujeito, surgem diferentes possibilidades de “ser

mulher”, sendo assim, a condição feminina é plural. Percebe-se então que a Análise do

Comportamento tem muito a contribuir para o feminismo, assim como este também tem muito a

oferecer para os analistas do comportamento.

CONCLUSÃO Os princípios do Behaviorismo sobre o comportamento humano têm a possibilidade de fomentar as

reflexões feministas sobre a condição da mulher no ambiente e na cultura. O feminismo e sua luta

pela igualdade de gênero permanece mesmo sem a contribuição da Análise do Comportamento, mas

com essa junção, temos a possibilidade de transformar e criar melhores ambientes para o

desenvolvimento comportamental. Esta é uma aliança realmente desafiadora, mas o que pode vir a

ser resultante desse esforço é altamente promissor.

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Área de Conhecimento: Psicologia Clínica.

HABILIDADES TERAPÊUTICAS NA CLÍNICA ANALÍITICO-COMPORTAMENTAL

ALINE MARIA RODRIGUES DE SOUZA

SANDRA ALVES CAVALCANTE INTRODUÇÃO Estudos apontam que esforços vêm sendo realizados na tentativa de construir programas que

desenvolvam as habilidades essenciais ao repertório do terapeuta analítico-comportamental clínico.

Tendo em vista a importância da descrição destas habilidades, tanto para estagiários iniciantes, como

para a comunidade de terapeutas de forma geral, a presente pesquisa objetivou identificar e

descrever as habilidades necessárias para o desenvolvimento de um repertório eficaz do terapeuta

analítico-comportamental.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para a realização desse trabalho foi realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica nas bases de dados

SCIELO, LILACS e nos periódicos: Revista Perspectiva em análise do comportamento; e nas coleções:

Sobre Comportamento e Cognição, Comportamento em Foco e Ciência do Comportamento- conhecer

e avançar.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados encontrados foram classificados nas seguintes categorias: 1- Características pessoais

do terapeuta que proporcionam uma postura profissional adequada e facilitam o desenvolvimento da

aliança terapêutica: os autores concordam que a habilidade de treinar o comportamento de observar

o cliente e de se auto-observar é uma habilidade indispensável para o terapeuta comportamental.

Assim como Empatia e Compreensão; Habilidade de formar vínculo com o cliente, mostrando

tolerância e interesse, além de adequar linguagem à do cliente. Também destacam a importância da

habilidade de manutenção do contato visual e atitudes éticas, além de verbalizações que demonstrem

interesse, expressão facial, gestos de apoio, entendimento, flexibilidade, entonação da voz, enfoque

nos problemas do cliente, bem como se atentar para cumprimentos iniciais e de despedida, educação

e estrutura da terapia (horário, objetivos, regras e etc.) 2-Habilidades de intervenções: neste

sentido, os autores ressaltam as habilidades do terapeuta em fazer perguntas pertinentes, de

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maneira clara e precisa, evitando perguntas fechadas e indutoras. Também é importante a habilidade

de fazer interpretações sobre o comportamento do cliente, ensinando-o analisar os controles de seus

próprios comportamentos, consequenciar de forma adequada os comportamentos que ocorrem na

sessão, confrontar quando necessário, dar orientações e informações, bem como aplicar técnicas

concernentes ao caso. Dar tarefas que se encaixem na rotina do cliente e que estejam de acordo

com seu repertório também é uma importante habilidade, assim como solicitar informações e fornecer

informações/ orientações. Outras classes importantes de habilidades seria a sinalização, aprovação,

orientações, interpretação, confrontação, o silêncio do terapeuta em momentos adequados e

desenvolver a habilidade de reforçar diferencialmente os comportamentos do cliente. 3- Competência

na elaboração e execução da Análise Funcional: Essa categoria apresenta um dos principais conceitos

teóricos da análise do comportamento, a análise funcional, podendo essa também ser aplicada como

técnica, onde o domínio deste procedimento é fundamental para o repertório de um terapeuta

competente. 4- Formação terapêutica: Essa categoria apresenta que os terapeutas comportamentais

precisam se desenvolver ao longo de sua formação para se apropriar dos conhecimentos teóricos e

habilidades necessárias ao seu fazer, destacando ainda a importância da supervisão e da própria

terapia individual.

CONCLUSÃO Concluímos que conhecer as habilidades clínicas pode auxiliar os terapeutas no processo de

desenvolvimento de suas habilidades, e salientamos que o conhecimento destas, é de fundamental

importância não só para terapeutas iniciantes, mas também para os demais, pois os capacitam para

atuar de forma segura e eficaz. Além disso, vale destacar que uma sistematização das habilidades

aqui em questão, facilita a elaboração de capacitações e de pesquisas dentro da área clínica.

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Área de Conhecimento: Psicologia.

IMPACTOS DO ESTRESSE NA PRODUTIVIDADE DO TRABALHO

JANAÍNA CAMELO MARIA VALNELIA DO NASCIMENTO FREITAS

KÁTIA LEISE INTRODUÇÃO A satisfação no trabalho sempre foi uma das maiores buscas do ser humano. Segundo MALVEZZI

(2004), o trabalho é um agente de transformação que torna realizável a sobrevivência do ser humano.

O presente estudo tem por objetivo identificar fatores organizacionais associados ao estresse que

podem estar gerando mal-estar, diminuição da capacidade produtiva e o aumento da insatisfação no

trabalho. Participaram deste estudo dezesseis líderes de empresas públicas e privadas, do ramo da

educação, construção civil e indústria da cidade de Sobral no Ceará. O presente tema torna-se

relevante, pois a partir do convívio com alguns desses aspectos no ambiente de trabalho, poderá

agregar valores sobre a atuação da psicologia na promoção da saúde e prevenção de doenças

associadas ao estresse no contexto laboral. Os diversos períodos da história sobre a sua origem,

mostra diferentes condições do ser humano e sua relação com o trabalho, uma vez escravo, outro

servo, artesão, em diferentes aspectos, na tentativa de garantir seu sustento e atender suas

necessidades básicas. Com o passar do tempo, ele descobriu como confeccionar e criar máquinas que

facilitariam e agilizaria o seu trabalho, diminuindo assim o seu esforço físico e criando uma melhor

condição para produzir mais.

Acontece que esse trabalho que traz o sustento como passar do tempo também adoece, surgem os

problemas de saúde ocasionados pelo esforço físico e mental maior do que aquilo que o organismo

pode suportar. As tensões, a cobrança, as metas que devem ser alcançadas muitas vezes quebram

o equilíbrio do organismo ocasionando um estado de estímulos de excitação emocional mais conhecido

como estresse, que está presente nos ambientes de trabalho. Grande parte da população já usou o

termo “estou estressado”, mas não conhece os sintomas do estresse e o que ele pode ocasionar à

saúde das pessoas, de funcionários e consequentemente a queda na produtividade das empresas.

Com o passar do tempo, o homem descobriu como confeccionar e criar máquinas que facilitariam e

agilizaria o seu trabalho, diminuindo assim o seu esforço físico e criando uma melhor condição para

produzir mais. Acontece que esse trabalho que traz o sustento como passar do tempo também

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adoece, surgem os problemas de saúde ocasionados pelo esforço físico e mental maior do que aquilo

que o organismo pode suportar. As tensões, a cobrança, as metas que devem ser alcançadas muitas

vezes quebram o equilíbrio do organismo ocasionando um estado de estímulos de excitação emocional

mais conhecido como estresse, que está presente nos ambientes de trabalho. Grande parte da

população já usou o termo “estou estressado”, mas não conhece os sintomas do estresse e que ele

pode ocasionar a saúde das pessoas, de funcionários e consequentemente a queda na produtividade

das empresas. LIMONGI-FRANÇA e RODRIGUES (2005) definem o estresse como o “estado do

organismo, após o esforço de adaptação, que pode produzir deformações na capacidade de resposta,

atingindo o comportamento mental e afetivo, o estado físico e o relacionamento com as pessoas”.

Os fenômenos da industrialização e os avanços tecnológicos trouxeram vários benefícios e conforto

para o cotidiano das pessoas, porém acarretou sequelas a saúde que muitas vezes estão ligadas ao

fator estresse. Aspectos como valorização como vantagem competitiva e qualidade de vida, estão

sendo muito difundido entre as organizações que nem sempre estão preocupadas na condição de

saúde dos seus trabalhadores, mas porque a lei assim exige.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Essa pesquisa se configura como uma abordagem de caráter quantitativo. Participaram deste estudo

dezesseis líderes de empresas públicas e privadas, do ramo da educação, construção civil e indústria

da cidade de Sobral no Ceará. Utilizou-se um questionário sociodemográfico, contendo informações

sobre idade, sexo, escolaridade, cargo de trabalho, tempo de serviço e horário de trabalho que

caracterizará o grupo pesquisado.

O instrumento utilizado para a avaliação do nível de estresse foi a Escala de Vulnerabilidade ao

Estresse no Trabalho (EVENT), constituída por 40 itens que relatam situações de trabalho, sendo

avaliadas por meio de uma escala Likert de três pontos (nunca, às vezes e frequentemente), que se

referem à frequência com que cada situação influencia o trabalhador, esta avalia três fatores

denominados Clima e Funcionamento Organizacional, Pressão no Trabalho e Infraestrutura e

Funcionamento Organizacional, sendo então pontuado os itens e após isso somadas, podendo variar

de um mínimo de zero a um máximo de 80 na escala total.

Quanto maior for à pontuação, maior será a vulnerabilidade ao estresse. Após a coleta, os dados

foram inseridos em planilha Excel para a devida tabulação e em seguida para o procedimento das

análises estatísticas.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES Em relação à caracterização sociodemográfico a maioria dos participantes tem entre 21 a 30 anos,

são do sexo masculino, possuem pós-graduação e são supervisores de equipes. Já no que diz respeito

aos resultados do teste EVENT, constatamos no que no fator acúmulo de trabalho, 75% dos líderes

pesquisados relatam existir acumulo de trabalho com frequência, assim como 75% também relatam

que fazem trabalhos que não pertencem a sua função.

Segundo Dalri (pag. 38, apud ROBAZZI, et al., 2010), “ o trabalho em excesso ou sobrecarga de

trabalho, ou também denominado trabalho expandido, pode ser compreendido como a situação em

que o trabalhador aumenta, por sua própria vontade ou por determinação de seu empregador, sua

carga horária trabalhando, consequentemente, horas além do que realizado habitualmente. Significa

a expansão do número de horas laboradas, podendo ocorrer, por exemplo, nas duplas ou triplas

jornadas realizadas em ambientes de trabalho”. Ainda segundo Dalri (pag. 39, apud LEE; McCANN;

MESSENGER, 2009; ROBAZZI et al., 2010), “A realização desse excesso pode implicar em sacrifícios

de horários de alimentação, lazer, repouso, sono e de contato com familiares e amigos”. 62,5% dos

líderes pesquisados relataram que as vezes falta de oportunidades de progresso no seu trabalho,

também relacionado ao tema 62,5% relatam a falta de um plano de cargos e salários. Segundo

Benedet (2004), conforme citado por Pontes (2002), o plano de cargos e salários das organizações

fazem a definição e descrição de cargos e salários deforma estática e inflexível. Por melhor que seja

o posicionamento da estrutura salarial em relação ao mercado, tem limitações em função da falta de

perspectiva de crescimento do profissional na organização e podendo ser administrado de forma

isolada dos demais programas de recursos humanos. Em relação à impossibilidade de dialogar com a

chefia a maioria dos líderes pesquisados, sendo 75%, relatam que nunca passam por esse tipo de

situação. Isso remete diretamente ao nível de relação interpessoal existente entre líder e liderado.

segundo Silvia (2009), conforme citado por Chanlat (1993), as relações interpessoais se

desenvolvem em decorrência dos processos de interação, que corresponde às situações de trabalho

compartilhadas por duas ou mais pessoas, as atividades coletivas e pré-determinadas a serem

executadas, bem como interações e sentimentos recomendados, tais como: comunicação,

cooperação, respeito, amizade, etc. À medida que as atividades e interações prosseguem, os

sentimentos despertados podem ser diferentes dos indicados inicialmente e então, inevitavelmente,

os sentimentos positivos de simpatia e atração provocarão aumento de interação e cooperação

repercutindo favoravelmente nas atividades e ensejando maior produtividade. 50% dos líderes

pesquisados relataram que às vezes têm muita responsabilidade no trabalho diário. Isso ocorre devido

às exigências que são impostas no ambiente e que sempre ultrapassam nosso limite de capacidade

de adaptação. Entre essas sobrecargas estão às responsabilidades excessivas. Segundo Guebur

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(2011) a sobrecarga de tarefas no trabalho é considerada como um dos motivos que leva ao estresse

no ambiente de trabalho. Isso ocorre devido as exigências que são impostas no ambiente e que sempre

ultrapassam nosso limite de capacidade de adaptação. Entre essas sobrecargas estão às

responsabilidades excessivas.

No que diz respeito a não saber como são avaliado 37,5% relatam perceber isso com frequência e

37,5% relatam perceber em alguns momentos, segundo Motta (2005), que a avaliação de

desempenho é um procedimento que avalia e estimula o potencial dos funcionários na empresa. Seu

caráter é fundamentalmente orientável, uma vez que redireciona os desvios, aponta para as

dificuldades e promove incentivos em relação aos pontos fortes. Quando o assunto é ser valorizado,

62,5% dos líderes pesquisados acreditam ser somente às vezes, o que pode gerar um sentimento

de frustração e inutilidade, pois se o trabalho não é visto e reconhecido o colaborador pode sentir-se

pouco importante para a organização. No que diz respeito à cooperação da equipe para os trabalhos

que deveriam ser feitos em conjunto, temos 50% dos líderes pesquisados que acreditam acontecer

isso às vezes e 50% que acreditam nunca acontecer. Segundo Sousa (2001), conforme Scholtes

(1992) numa equipe os membros devem resolver suas diferenças pessoais, encontrar forças para

prosseguir, harmonizar os compromissos para com o projeto com as demandas de suas tarefas diárias

e aprender como melhorar a qualidade.

O tratamento das necessidades internas do grupo, consequência dessas pressões, é tão importante

quanto à tarefa externa do grupo de fazer melhorias. Quando uma equipe funciona harmoniosamente,

os membros podem concentrar-se em sua meta principal de melhorar um processo. No que dizem

respeito a salários, 62,5% dos líderes pesquisados acreditam que recebem salários inadequados a

sua função. Sabemos que os salários podem ser fixos ou variáveis, porém o mais adequado para

cargos de liderança são os salários relacionados às suas competências.

CONCLUSÃO Conclui-se que fatores que incentivam ou mesmo geram stress estão diariamente relacionados ao

ambiente de trabalho de líderes, o que pode gerar malefícios relacionados à saúde. O mercado de

trabalho sofreu diversas mudanças no decorrer dos anos o que gerou uma aceleração nas rotinas de

trabalho, aumento das responsabilidades, das cobranças e também uma grande concorrência, entre

organizações e colaboradores. Essas “pressões” sofridas são geradoras de sofrimento psíquico, que

segundo Guebur (2011), pode haver mudanças no comportamento dos líderes, tornando-os mais

agressivos, com fadiga incessante, falta de perspectivas, frustração, ansiedade, depressão, medo,

desmotivação com o trabalho, sobrecarga de tarefas, fazendo com que o rendimento do líder seja

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insuficiente, pelo fato destes não conseguirem dar conta de cumprir suas tarefas. Compreende-se

que a psicologia tem um papel importante dentro dessas organizações, podendo contribuir não só

com processo de seleção e aplicação de testes, mas também buscando meios de intervenções e

estratégias para identificar grupos dentro das organizações que trazem questões relacionadas aos

impactos produzidos pelo estresse, com a finalidade de recuperar o equilíbrio do indivíduo de acordo

com suas expectativas e exigências no trabalho, além de focar na busca de intervenções de prevenção

desses impactos provocados pelo estresse nos demais grupos. Logicamente o profissional de

psicologia não pode atuar sozinho. Faz-se necessária a interação da equipe responsável pela gestão

pessoal, para que se faça a apresentação da percepção comportamental dos colaboradores, traçando

formas de promoção e prevenção a saúde e ao bem-estar das pessoas. Nesse seguimento, sendo

necessária a realização de novas pesquisas no Brasil e em outras áreas de atuação de organizações,

para que se continue explorando diversos processos e variáveis que envolvem concepções e relações

entre o indivíduo, seu ambiente de trabalho e atuação, na busca de compreensão da sua qualidade de

vida e satisfação no trabalho.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

ITINERÁRIOS DE VIDA: O USO DE ÁLCOOL E A RUA COMO PRODUTORES DE SUBJETIVIDADE E REALIDADES SOCIAIS

MARIA NOBRE PAIVA

INTRODUÇÃO Em regiões metropolitanas compostas por centros urbanos é muito comum a presença de pessoas

em situação de rua. Esta população é formada por pessoas heterogêneas de realidades diferentes,

mas com situações em comum: a condição de vulnerabilidade social e a falta de pertencimento na

sociedade. Diante disto, um dos fatores para a busca de álcool e outras drogas se dá pela

vulnerabilidade citada. Por não compreender esta realidade a sociedade os condena mais ainda a

marginalidade e despreza o fato de que muitos destes fazem uso de drogas como fuga de inúmeros

sofrimentos. Portanto, o objetivo é compreender como se dá a relação do álcool e as pessoas em

situação de rua e de que maneira esta droga colabora para seu convívio em sociedade. Analisa-se,

portanto, os processos de estigmatização das pessoas em situação de rua.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente trabalho é fruto de uma pesquisa bibliográfica que teve como base de dados Scielo, Lilacs,

livros e revistas. Foram utilizados 15 artigos e seu critério de inclusão foram os textos em língua

portuguesa compreendidos entre os anos de 2002 a 2017, artigos que abordassem apenas a

população de rua e álcool e que fosse de pesquisa qualitativa no campo das ciências humanas. Já os

critérios de exclusão foram os artigos de línguas internacionais. A análise de dados escolhida é a

análise de conteúdo, na qual esta procura dar sentido a determinado documento. A categoria utilizada

é a categoria analítica teórica constituída pelos conceitos: pessoa em situação de rua, álcool, drogas,

vulnerabilidade, relações e subjetividade.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A história da população em situação de rua é ligada diretamente ao surgimento de sociedades pré-

industriais e, consequentemente, ao movimento de expansão capitalista na Europa. Para a construção

das indústrias na época, muitas pessoas foram despejadas de suas terras, especialmente os

camponeses, e nem todos foram acolhidos ou adaptados por esse novo movimento. Gerou assim uma

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grande população nas ruas, em total desalento. No Brasil, a população em situação de rua cresceu

na década de 1980 devido a mudança de regime político no país. Justamente nesse tempo foi o

momento que a era da Globalização eclodiu, as taxas de desemprego elevaram-se e houve uma intensa

depressão econômica. Como resultado, a miséria fez parte da vida de muitos brasileiros e acabaram

por ter como “moradia” as ruas, sem escolhas. Contudo, ainda hoje é muito comum perceber a

presença das pessoas em situação de rua, que infelizmente são vítimas de preconceito e segregação

social. São vistos como impróprios para a convivência no mesmo ambiente e ao mesmo tempo como

pessoas ameaçadoras. Isso faz com que a repressão seja mais um comportamento negativo com esse

público. Em consequência, a higienização se torna uma ação paralela à conduta repressora. Buscando

modos de sobrevivência a tantas mazelas e discriminação, uma de suas fugas da realidade é a

recorrência ao uso de álcool. O álcool tem funções que tangem ao aspecto físico, psicológico e social

da pessoa em situação de rua. Dentre elas, estão a alteração da consciência para rememorar

experiências passadas; integração em grupos que são compostas pelas mesmas pessoas em situação

de rua, pois ela é um elemento socializador; ajuda nos processos fisiológicos da noite, tais como frio

e fome, bem como em tempos de solidão e alívio do sofrimento psíquico. Portanto, se faz necessário

ter como premissa de cuidado a política de Redução de Danos, na qual esta se fundamenta em

apresentar estratégias de cuidado em saúde e melhoria da qualidade de vida do sujeito.

CONCLUSÃO Pode-se concluir que a população em situação de rua é carregada de estigmas sociais e preconceitos

devido a sua condição, seu estado de morada e por ser ela que nos mostra quem somos na intimidade,

que fogem de obrigações que nos permeiam e que nos fazem reconhecer nosso lugar de sujeito. São

carregadas desses estigmas também por buscarem uma fuga da realidade através do uso de drogas

com o intuito de rememorarem experiências passadas, diminuírem o frio, a fome e a solidão e

promover sua integração em grupos.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

MEU FILHO TEM SÍNDROME DE DOWN: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA SOBRE A RELAÇÃO MATERNA

THALLYTA MIRANDA DE ABREU

Este estudo bibliográfico tem como objetivo compreender os impactos psicológicos causados na

maternidade a partir de um diagnóstico gestacional de uma criança com síndrome de Down. Após a

notícia de um diagnóstico de síndrome de Down imagina-se que a mãe deva sofrer um impacto

emocional significativo, na medida em que representa a perda do filho perfeito e saudável que idealizou.

Este estudo objetivou ainda, investigar além das implicações psicológicas da adaptação à síndrome de

Down, mostrar aspectos gerais da síndrome de Down desenvolvimento embrionário e das

características dos indivíduos afetados por tal síndrome, baseando-se em referenciais bibliográficos

a partir de artigos, livros e pesquisa na internet sobre o tema, embasados nas obras de Sigmund

Freud sobre o Luto. Durante a pesquisa bibliográfica, observou-se os tipos de impactos psicológicos

vivenciados pelas mães a partir do diagnóstico gestacional, como também a avaliação do processo de

luto (choque, tristeza, raiva e ansiedade) num percurso gradual de adaptação, apropriado à

restituição emocional e ressignificação do sujeito desejante. Compreende-se que o diagnóstico

precoce de Síndrome de Down no filho implica processos de elaboração de perda do ideal e de

investimento subjetivo no filho que demanda cuidados e amparo. Através desse estudo, ressalta-se a

importância das investigações e intervenções interdisciplinares na consolidação de políticas que

considerem os aspectos subjetivos da saúde reprodutiva e suas vicissitudes nos contextos da equipe

de saúde, destacando a importância do acompanhamento psicológico tanto para os pais, quanto para

a criança em seu desenvolvimento, possibilitando a esses sujeitos uma readaptação e ressignificação

de suas experiências.

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Área de Conhecimento: Psicologia Jurídica.

MULHERES LEVADAS À PRISÃO: UM AMOR BANDIDO

RAFAELA SOARES MORAIS MARIA JANIELE DA SILVA CORDEIRO

BIANCA MARIA DE OLIVEIRA CARVALHO As infrações vêm crescendo de forma constante no mundo inteiro, e as mulheres são cada vez mais

protagonista de episódios relacionados ao tráfico de drogas. Em razão da velocidade com que a

mulher se insere na prática delituosa, notou-se que esse aumento exorbitante vem alcançando

proporções alarmantes. A mulher sempre foi marcada pelo estigma da docilidade, a ilustração de mãe,

dona de casa, esposa e inspiração para o marido. A percepção de mulher criminosa ainda figura como

uma exceção. O tráfico de drogas ocorre em um universo considerado tipicamente masculino, mais

no contexto da atualidade a mulher vem se envolvendo no mundo das drogas, evidente que sua

participação é proporcionalmente menor que a dos homens no mundo do crime. O objetivo da pesquisa

é descrever o envolvimento da mulher no tráfico de drogas acerca de sua identidade no contexto do

amor.

Muitas vezes os companheiros se aproveitam da indefensibilidade das mulheres para usá-las nas

práticas de atos ilícitos. Podemos ressaltar que o amor pelo parceiro é uma das principais

justificativas que as mulheres relatam, muitas se apaixonam e abdicam tudo o que possui para viver

um amor nos braços de homens já envolvido no crime, onde passam a fazer parte dos crimes,

participando do tráfico de drogas, ou até mesmo servindo de fachada para eles. A maioria dessas

mulheres é jovem com idade entre 18 e 29 anos, reside na periferia da cidade, são mães solteiras e

sem uma renda digna para sustentar a si e sua família e deslumbrada com uma vida melhor pelo

comércio drogas.

A metodologia aplicada neste estudo foi à pesquisa bibliográfica, referindo-se ao estudo dos trabalhos

acadêmicos realizados frente às mulheres encarceradas em decorrência do amor. A mesma oferece

meios que contribui na definição e resolução dos problemas já conhecidos, permitindo-se explorar

novas áreas onde ainda não se concretizaram suficientemente. Enfatizamos o tráfico de drogas, por

tratar-se de um crime que gradualmente vem ganhando maior incidência e visibilidade no mundo

feminino, apresentando-se como o delito que mais tem encaminhado à figura feminina a prisão.

Dessa forma, a pesquisa constitui-se em compreender a mulher no mundo das drogas, influenciada

pelo parceiro encontrando na droga um caminho para manter o relacionamento, garantindo o

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sustento dos filhos ou até mesmo elevar a sua renda, tendo suas particularidades e multiplicidades

ao mesmo tempo. As pesquisas que tratam da questão feminina no tráfico de drogas identificam que

o maior percentual de seus envolvimentos ocorre por adoração aos companheiros. Quando eles vão

presos pelo crime de tráfico muitas continuam e assumem os riscos deste comercio ilícito. Ocorre

também o envolvimento em muitos casos de mulheres flagradas na tentativa de adentrar o sistema

penitenciário masculino transportando as drogas em suas partes íntimas, dentro de bolo, em

recipientes com alimentos, dentro do pão, dentre outras diversas formas. Considerando tais

informações, a pesquisa identificou alguns aspectos dos motivos pelo qual as mulheres adentram o

mundo do crime, envolvendo-se na prática delituosa.

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Área de Conhecimento: Avaliação Psicológica.

NÍVEIS DE ESTRESSE E ANSIEDADE EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE EDUCAÇÃO

BIANCA RODRIGUES DE MELO

NÁDIA ANDREZA BRANDÃO ARAÚJO INTRODUÇÃO Profissionais da educação, apresentam inerências em suas atividades, podendo afetar o seu bem-

estar físico e psicológico, desencadeando estresse e ansiedade. Dados da Gerência de Saúde do

Servidor e Perícia Médica (GSPM) nos fazem refletir sobre a realidade do grande número de

afastamentos de profissionais da educação dos cargos por conta de adoecimentos, muitas vezes

podem estar associados a características das próprias instituições de ensino e condições de trabalho.

Segundo Assunção, Barreto & Gasparini (2005), implicações trazidas pelo estresse e ansiedade para

o bem-estar biopsicossocial do sujeito nos aponta a importância de estudos mais específicos sobre

tais distúrbios. Profissionais atuantes no contexto educacional especificamente carregam fatores

estressantes como salários descabidos, desvalorização profissional, condições precárias de trabalho,

sala de aula superlotada, pressões diárias e pesada carga horária de trabalho estendida ao lar com

atividades extraescolares, que reduz as horas destinadas ao lazer, provocando desgaste e estresse.

Frente a esse contexto, o objetivo desse estudo é identificar níveis de estresse e ansiedade em

profissionais da educação (docentes, direção e coordenadores).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS De cunho quantitativo, a pesquisa contou com uma amostra de 20 profissionais da educação, entre

eles, diretor, coordenadores e professores do ensino médio, que trabalham atualmente na Escola

Dom José Tupinambá da Frota, localizada no município de Sobral-CE. Como instrumento de coleta de

dados, utilizamos um questionário sócio demográfico, bem como aplicação do teste EVENT (Escala de

Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho) e o inventário de ansiedade pertencente ao teste Escalas

Beck, o BAI.

RESULTADOS E DISCUSSÃO No que se refere à ansiedade identificamos através do teste BAI, a ansiedade como uma das emoções

presentes em situações estressantes, ao analisar os dados, obtivemos como resultado o

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aparecimento de níveis em sua maioria (N=60%) leve e moderado. Todos da amostra apresentaram

ansiedade em algum grau, destes, oito apresentaram níveis mínimos, oito leves e quatro níveis

moderados, a amostra não manifestou níveis graves para ansiedade. No que diz respeito ao EVENT,

constatamos que 60% da amostra sinalizaram acúmulo de funções, 85% disseram ter muita

responsabilidade no trabalho diário, 60% consideram que não são valorizados, 55% acreditam ter

seus salários inadequados e, por fim, houveram queixas em ritmo acelerado de trabalho por parte de

85% da amostra. Dois fatores nos chamaram atenção pela excessiva apuração de reivindicações,

são eles o ritmo acelerado de trabalho e muita responsabilidade no trabalho diário. As hipóteses

levantadas para tais resultados são o fato de os educadores lidarem constantemente com grande

número de sujeitos, seu trabalho está diretamente ligado a eles e das tarefas serem estendidas ao

lar.

CONCLUSÃO Acentuamos aqui a relevância de uma avaliação mais detalhada de níveis de estresse e ansiedade

junto à educadores pois, especificamente tal atuação traz consigo um excesso de jornada de trabalho

com carga horária exorbitante, considerando as funções acumulados, estendidas ao lar e, o que não

passou despercebido, a grande responsabilidade em cada uma das funções exercidas pelos

educadores que afetam grande número de pessoas.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Educação.

O CONTEXTO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL DAS CRIANÇAS

LUCIARA PEREIRA FEIJÃO

MARLLA RUBYA FERREIRA PAIVA GEORGIA BEZERRA GOMES

Sabendo que a escola pode ser um lugar propício para o desenvolvimento socioemocional da criança

como também pode ser um espaço adoecedor. O estudo lança um olhar para os aspectos sociais e

emocionais dentro do contexto escolar com ênfase na educação infantil. Partindo do pressuposto que

o desenvolvimento socioemocional é um processo que permite a cada aluno realizar tarefas de maneira

que integre o pensamento, a emoção e o comportamento. Neste sentido, a aprendizagem social e

emocional vai desenvolver diversas competências nas crianças dentre elas, relações positivas e

empáticas, autoconsciência, tomada de decisão responsável e de modo indireto reduzir possíveis

questões futuras como a ansiedade, depressão, problemas de conduta. Considerando que a

competência socioemocional está intimamente relacionada ao processo de aprendizagem e a escola

sendo um espaço potencializador destas competências, esse trabalho justifica-se por propor novas

reflexões e estudos de tão importante relação no contexto escolar. Assim, teve como objetivo

compreender como a escola pode atuar no processo de desenvolvimento socioemocional das crianças,

para isso, buscou conhecer os aspectos sociais e emocionais na infância, a fim de identificar as

implicações do desenvolvimento socioemocional no contexto escolar. A metodologia adotada foi

revisão bibliográfica, a qual propicia uma análise sobre o presente tema em busca de conclusões

inovadoras como também, possibilitar uma fonte de subsídio para pesquisas futuras. Concomitante a

isso, buscou-se somar observações feitas durante o estágio em psicologia escolar. A partir dos dados

colhidos constatou-se que a escola é um espaço onde crianças e jovens passam a maior parte do seu

tempo, sendo assim, um campo de relações sociais e emocionais. Porém tem-se visto que em grande

parte das escolas o foco do ensino/aprendizagem é meramente “conteudista”, ou seja, explora os

campos da logística e linguística, ficando muitas vezes aquém dos aspectos sociais e emocionais.

Entretanto, é a partir do reconhecimento das questões socioemocionais que o sujeito desenvolverá

melhor seus laços sociais. Por fim, verificamos que se faz necessário a Escola assumir um papel mais

abrangente aos conteúdos socioemocionais na formação dos alunos não priorizando apenas o

desenvolvimento cognitivo, mas também o desenvolvimento social e emocional, os quais irão

repercutir no sucesso das relações pessoais como profissional dos sujeitos.

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Área de Conhecimento: Psicologia da Saúde.

O DESAFIO EM SUS - TENTAR A DIFERENÇA: A NEUROSE NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

GRACY JÉSSICA MOURA DE OLIVEIRA

O atendimento dos dispositivos de saúde pública e as formas como são encaminhadas as pessoas que

chegam com transtornos neuróticos é um dos temas que remete tanto à discussão sobre o lugar

que esse sujeito ocupa nesses dispositivos quanto ao que é ofertado para ele nesse serviço. Para a

psiquiatria, a neurose é vista como um quadro de origem psíquica, que pode estar relacionado à

situação externa da vida e provoca desordem na saúde mental, física ou da personalidade do indivíduo.

Contudo, as neuroses não prejudicam as funções do dia a dia, consideradas normais, mas criam

sintomas comuns de depressão, ansiedade ou estresse. Na perspectiva psicanalítica, as neuroses

são frutos de tentativas ineficazes de lidar com conflitos e traumas inconscientes. Referente a isso,

percebemos nos dias atuais, sujeitos neuróticos em busca de ajuda no sistema de saúde, com

sintomas de ansiedade e depressão. No entanto, quando chegam à atenção básica, são direcionados

para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) para serem medicados com a finalidade de

desaparecer os sintomas apresentados. Em seguida, são encaminhados para casa, e/ou aconselhados

a fazer uso de fármacos para ajudar, abrandando assim a consequência do problema. Por conta disso,

essa pesquisa tem o objetivo de estudara concepção de neurose vigente no Sistema Único de Saúde

– SUS, através de uma pesquisa bibliográfica. Em 1980, na criação do DSM-III, é acolhido pela última

vez o emprego do termo como categoria clínica. Os contextos e variantes sociais são reduzidos a

síndromes culturais específicas ou distribuídos por um entendimento bastante limitado do campo

social na determinação, expressão e caracterização dos transtornos mentais. Diante disso, a neurose

continua sendo um enigma à luz da ciência atual, pela grande dificuldade em ser encontrada uma

causa biológica que motive o desenvolvimento de sintomas variados, incomuns, e muitas vezes,

efêmeros. Além disso, seu quadro clínico é frequentemente modificado, acobertado e adequado aos

valores da cultura, como, por exemplo, síndrome do pânico, fobias ou até a histeria de angustia

nomeada por Freud. Observamos que estamos voltados para uma cultura do imediatismo, pois a

psicofarmacologia é vista como algo que irá solucionar todos os problemas imediatos, assim como

nossas dificuldades psíquicas. Entretanto, os sujeitos que apresentam tais afecções não são

atendidos regularmente nos serviços pela suposta grande demanda de quadros de psicoses. Por outro

lado, acreditar que as neuroses podem ser curadas pela administração de “remedinhos inócuos” é

subestimar grosseiramente esses distúrbios, tanto à sua origem quanto à sua importância prática,

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assim afirma Freud (1915, p.188). Neste sentido, os achados dessa pesquisa nos mostra que é

pertinente pesquisarmos sobre quais são as oportunidades possíveis de tratamento para o sujeito

neurótico, que acolha seu sofrimento, quando não tem um lugar de atendimento e não é recebido

pelo sistema público de saúde ao enfrentar quadros de ansiedade, depressão, etc. Caso precise de

ajuda este sujeito não é atendido na atenção básica, sendo encaminhado para os CAPS (Centro de

atenção psicossocial), a fim de ser medicado. Entretanto, não recebendo atendimento apropriado, o

doente é mandado para casa, às vezes, apenas com um tratamento farmacológico. Assim pudemos

perceber, se esses sujeitos que recebem atendimento, parecem estar em um limbo, onde vagam de

um lugar para outro à procura de um atendimento, sendo essa um pouco da realidade vivenciada nos

dispositivos de saúde.

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Área de Conhecimento: Psicologia Social.

O DISPOSITIVO DAS DROGAS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO EM CAPS-AD

FRANCISCO VALBERDAN PINHEIRO MONTENEGRO

O presente trabalho aborda a emergência do dispositivo das drogas em relação às políticas públicas

em suas facetas mais contemporâneas no governo da vida e produção de subjetividade. Encaradas

como problema social, ora de saúde pública, ora de segurança, as drogas têm sido acionadas sob a

forma de ameaça à vida e à sociedade, bem como operacionalizadas enquanto tecnologia de governo

da vida. Datam de 2010 o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e as medidas de alcance

nacional e regional que derivam dele, por exemplo, o documento produzido pelo programa “Pacto pela

Vida – Drogas, um caminho para um triste fim” da Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE) e o

programa “Ceará Acolhe” do Governo do Estado do Ceará analisados neste trabalho. Iniciativas como

essas evidenciam os agenciamentos mais atuais do dispositivo das drogas no âmbito das políticas

públicas e as subjetivações que constitui enquanto efeitos das relações de saber-poder que tomam

por alvo privilegiado o sujeito usuário de drogas. O trabalho enseja ainda uma reflexão sobre a

produção de conhecimento de uma psicologia social que objeta as redes que circunscrevem o

dispositivo das drogas em sua interface com as políticas públicas. Utilizando a metáfora da caixa de

ferramentas para aludir ao pensamento de Michel Foucault, busca-se forjar uma definição provisória

e contingente do que seja o dispositivo das drogas e explorar sua potência no diagnóstico do presente.

A experiência do autor em um estágio no Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e outras Drogas

(CAPS-AD) registrada em diário de campo entra como disparador e objeto de análise. Empreendendo

uma certa perspectiva de trabalho sobre as drogas, objetando-as sob a forma de um dispositivo

produtor de teias saber-poder subjetivação, coloca-se como imperativo fazer também a sua

genealogia. Nesse sentido, uma análise genealógica se ocupa de interrogar como as práticas

discursivas e não discursivas se alinham para formar enunciados de saber de modo a sustentar

relações de poder – em uma relação circular – atualizando funções de um regime de verdade que

conforma e constitui sujeitos (subjetivação); constituem redes de saber-poder-subjetividade. Neste

trabalho, a genealogia resvala numa análise do Ceará Acolhe, programa do Governo do Estado do

Ceará que integra Comunidades Terapêuticas à rede de Atenção Psicossocial que assiste os usuários

de drogas. Uma vez conveniadas ao sistema de saúde, as comunidades terminam, para dizer o mínimo,

por desafiar a aplicação da política de Redução de Danos. Nesse complexo cenário as Comunidades

Terapêuticas entram pelas frestas abertas pelos discursos agenciados pela lógica da abstinência

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como única solução possível, cooptando e até obliterando a política de saúde do SUS. Estruturadas,

sobretudo, em dois eixos aparentemente contraditórios, a saber, saúde e segurança, as políticas

brasileiras sobre drogas derivam de uma intrincada rede de relações de poder e práticas discursivas

que trabalham para definir o que são as drogas lícitas e ilícitas. Destarte, para compreender o atual

cenário político que delineia o campo das políticas públicas brasileiras sobre drogas e, mais

especificamente no Ceará, parte-se da compreensão de que estas estão inseridas no contexto

ocidental e, talvez mundial, da política global de guerra às drogas. Feita esta genealogia passa-se a

um outro uso do dispositivo: a cartografia. Sendo assim, através do diário de campo pretendeu-se

acompanhar os movimentos do cotidiano institucional visando uma microfísica do poder durante o

período de estágio e analisá-los em interface com as alianças travadas entre o dispositivo das drogas

e as políticas públicas em suas configurações mais locais. Por fim, o trabalho ensaia uma reflexão

crítica sobre as atuais formas de governo empreendidas por meio do dispositivo das drogas no âmbito

das políticas públicas, os agenciamentos biopolíticos atuais e as formas de “governamentalidade” que

o atravessam. Apontamentos sobre as formas de disputa e resistência a partir dos jogos de forças

que atuam no interior do dispositivo das drogas em sua interface com as políticas de saúde também

são feitos com base na experiência de estágio no CAPS-AD.

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Área de Conhecimento: Psicologia Jurídica.

O FAZER DO PSICÓLOGO JURÍDICO NO NÚCLEO DE MENORES: CENTRO SOCIOEDUCATIVO DR. ZEQUINHA PARENTE

ADRIANA ABREU DE SÁ

INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo principal abordar a temática da Psicologia Jurídica,

socializando a experiência do trabalho do Psicólogo atuante em um núcleo de menores, Centro

Socioeducativo Dr. Zequinha Parente, com intuito de mostrar conhecimentos do serviço de um

profissional dentro do modelo, o que torna uma pesquisa interessante para estudantes e atuantes

de Psicologia no momento em que são destacados alguns aspectos relacionados ao trabalho

desenvolvido nesta área.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Baseada em uma pesquisa qualitativa, a coleta de dados se deu através da entrevista, no Centro

Socioeducativo Dr. Zequinha Parente da cidade de Sobral. Por meio da entrevista, estudar a

importância do psicólogo dentro desta categoria de serviço, analisando as principais demandas, bem

como seus potenciais e desafios em se trabalhar nessa área de atuação.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Assim, mostrando que o Centro Socioeducativo Dr. Zequinha Parente direciona-se a uma unidade que

tem capacidade para atender quarenta jovens em conflitos com a lei. É um Centro Socioeducativo,

que objetiva o cumprimento de medidas socioeducativas, dentre elas: internação provisória, sanção

e internação. Esse resumo se insere no âmbito de um estudo voltado á psicologia jurídica, pois aborda

o trabalho do psicólogo dentro de uma unidade, o núcleo de menores. Através da pesquisa e do estudo

voltado a esse serviço, foi perceptível a crescente demanda e o desafio na prática da psicologia ao

estudar essa temática. Tratando-se assim de um tema bastante questionado, as Medidas

Socioeducativas, de acordo com Leonardo Gomes de Aquino, estabelecem na resposta estatal,

colocada pela autoridade judiciária, ao adolescente que cometeu algum ato infracional. Apesar de

constituir aspectos sancionatórios e coercitivos, as medidas socioeducativas não se tratam de

castigos ou penas, mas de uma forma de desenvolver oportunidades de inserção aos adolescentes

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em processos educativos, que se bem executados, terão como resultados a desconstrução de

projetos de vida atrelados à prática de atos infracionais, e assim, a inclusão social.

CONCLUSÃO Tais impressões demonstradas em meio a um estudo no campo da psicologia jurídica, voltada a

questionamentos e reflexões sobre o que são Medidas Socioeducativas, quais suas classificações,

qual o papel do psicólogo dentro da unidade, bem como as potencialidades e os desafios em se atuar

nessa área.

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Área de Conhecimento: Psicologia da saúde

A LOUCURA NOS TEMPOS CONTEMPORÂNEOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO VOLUNTÁRIO EM PSICOLOGIA NO CAPS II DA CIDADE DE

TIANGUÁ- CEARÁ INTRODUÇÃO A Reforma Sanitária Brasileira e a Reforma Psiquiátrica iniciadas nas décadas de 70 e 80 trouxeram

inúmeras conquistas às pessoas com sofrimento psíquico, possibilitando autonomia e o direito de

viver em sociedade, pois, por muito tempo, o lugar destinado a estas pessoas era o confinamento em

hospitais que mais se pareciam com prisões e que em nada contribuíam para o tratamento destes

sujeitos. Dentre os chamados serviços substitutivos, um dos mais importantes são os CAPS (Centro

de atenção psicossocial) que surgem como construção de novas possibilidades de entender e tratar

a loucura. Nesse compasso, este trabalho tem o propósito de apresentar e interrogar a relação do

referido dispositivo com a loucura.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir de um estágio extracurricular durante 60

dias no CAPS II no interior do Ceará, em articulação com estudos teóricos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES O equipamento substitutivo no qual o estágio aconteceu encontra-se com seu quadro de profissionais

incompleto gerando fila de espera de cerca de dois meses para atendimentos psicológicos e

psiquiátricos, salvo os casos mais urgentes como tentativas de suicídio. A prescrição medicamentosa

ainda é um forte viés no tratamento dos sujeitos com sofrimento psíquico e a oferta de grupos

terapêuticos ainda é pequena diante da demanda de 5.000 pacientes do referido equipamento. O

grupo terapêutico para usuários de substâncias psicoativas é pautado pela política de redução de

danos e ocorre uma vez por semana, tendo uma alta rotatividade dos participantes que chegam em

sua grande maioria acompanhados de familiares acreditando que ali é um lugar de cura. O acolhimento

ao sujeito em crise é fonte de preocupação, pois não há profissionais capacitados para tal manejo e

o usuário é imediatamente encaminhado ao hospital da cidade onde encontram resistência em serem

recebidos.

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CONCLUSÃO Diante do exposto, faz-se necessário um fazer mais crítico diante de tais práticas para que não caia

na lógica da institucionalização da loucura, pois pouco adianta todo um movimento contra tais

modelos, se as práticas continuam de alguma forma negando o sujeito e seus diferentes modos de

ser, pois justamente quando o sujeito em sofrimento psíquico e mais precisa de ajuda, que é o

momento de crise (não negando a importância do trabalho diário, das oficinas, dos encontros) ele é

novamente negado, não percebendo a equipe que este é o momento em que o sintoma precisa ser

ouvido e não calado, afinal, esta era a finalidade dos “tratamentos” oferecidos nos modelos

manicomiais e asilares. Estamos nós, afinal, compactuando com tal modelo? Questiono-me, portanto,

qual o lugar do sujeito nestes espaços e se há de fato tal lugar. É preciso que trabalhemos com a

clínica ampliada que é a clínica do sujeito e não com a doença em si. Quando nos referimos a um

usuário como um “portador” de um determinado transtorno, acabamos por excluir sua subjetividade,

sua história e o vemos somente com um individuo que carrega uma doença. Devemos incluir ainda

neste cuidado os próprios trabalhadores destes equipamentos, pois estes estão a todo instante

lidando com sofrimentos intensos, testando a todo instante os limites dos seus próprios saberes e

dos seus próprios limites. Lidam ainda com a falta de estabilidade profissional, tendo em vista que a

contratação ocorre através de contratos temporários, os quais podem ser rompidos a qualquer

momento, impedindo a criação e manutenção dos vínculos tanto entre a própria equipe como com os

usuários.

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Área de Conhecimento: Psicologia Hospitalar.

ATUAÇÃO DO NEUROPSICÓLOGO EM PACIENTES COM TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE) – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA

LITERATURA NACIONAL INTRODUÇÃO Durante o desenvolvimento, o ser humano está exposto a condições adversas impactantes, dentre

elas as lesões cerebrais em fases diferenciadas da vida. Com grande impacto na qualidade de vida,

temos as vítimas de doenças ou acidentes automobilísticos ou ciclísticos, quedas de grandes alturas,

agressões físicas ou infecções neurológicas. Dentre as patologias decorrentes de lesões cerebrais, a

paralisia cerebral e o traumatismo crânioencefálico acarretam prejuízos estruturais e funcionais,

podendo comprometer funções cognitivas diversas, em diferentes graus. A Neuropsicologia, num

sentido lato, é o estudo das relações entre o cérebro e o comportamento e, num sentido stricto, é

o campo de atuação profissional que investiga as alterações cognitivas e comportamentais associadas

às lesões cerebrais. O neuropsicólogo hoje é um profissional que atua em diversas instituições,

desenvolvendo atividades tais como: avaliação neuropsicológica, reabilitação, orientação à família e

trabalho em equipe multidisciplinar. O objetivo desta pesquisa é identificar as intervenções

neuropsicológicas em contexto hospitalar utilizadas nos pacientes diagnosticados com Traumatismo

Crânio Encefálico.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para isso realizou-se uma revisão sistemática de literatura com a aplicação da estratégia de busca a

artigos científicos selecionados na base de dados Pepsic (Periódicos Eletrônicos em Psicologia),

LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), e SciELO (Scientific Eletronic

Library Online), restringindo-se a artigos completos e publicados no idioma português. Como critérios

de seleção foram incluídos nesta revisão artigos completos que continham descritores:

“Neuropsicologia” AND “Traumatismo” AND “Hospital”, e artigos que abordam as intervenções

neuropsicológicas em seu título ou resumo. Foram excluídos estudos que não eram condizentes com

atuação do Neuropsicólogo no contexto de pacientes com Traumatismo Crânio Encefálico no âmbito

hospitalar e que não abordavam em seu conteúdo o objetivo da pesquisa e artigos de outro idioma

diferente da língua portuguesa. Os 4 artigos selecionados foram organizados nas seguintes

categorias: 1. Avaliação Neuropsicológica, 2. Reabilitação Neuropsicológica, com objetivo de tornar

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mais clara a forma com a qual a temática vem sendo abordada.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados apontam que as publicações abordam o tema de diversas formas com ênfase especial

para as seguintes características: Avaliação Neuropsicológica como fator essencial no processo de

investigação do desenvolvimento e conduta do indivíduo. O processo de Reabilitação Neuropsicológica

como conjunto de intervenções que objetivam melhorar os problemas cognitivos, emocionais e sociais

decorrentes de uma lesão encefálica auxiliando a pessoa a alcançar maior independência e qualidade

de vida. Ressalto que 1 artigo aborda a importância da observação como parte da construção de um

plano de reabilitação e avaliação neuropsicológica. Apenas 1 artigo cita a inserção da família no

processo de reabilitação neuropsicológica. Os demais estudos se limitam a falar sobre a Avaliação

Neuropsicológica e Reabilitação Neuropsicológica como os únicos métodos de intervenção do

Neuropsicólogo.

CONCLUSÃO A quantificação de publicações relacionadas à atuação do Neuropsicólogo em pacientes vítimas de

TCE demonstrou incipiente, não foram encontrados estudos que abordem a atuação do

neuropsicólogo como foco da pesquisa. Os estudos trazem isoladamente as estratégias de

intervenção dentro de um contexto específico. Dada a relevância do assunto e do número crescente

de vítimas com este diagnóstico é reconhecido a necessidade de mais pesquisa sobre o tema.

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Área de Conhecimento: Ciências humanas e sociais.

“CIÚME NÃO, EXCESSO DE CUIDADO”: A ROMANTIZAÇÃO DO RELACIONAMENTO ABUSIVO NA MÚSICA “CIUMENTO EU”

INTERPRETADA PELA DUPLA HENRIQUE E DIEGO. INTRODUÇÃO Ganhou destaque nas redes sociais, nos meses iniciais do primeiro semestre de 2017, o lançamento

da música “Ciumento Eu”, da dupla sertaneja Henrique e Diego. A repercussão encorpou-se pela

discussão quanto à letra da referida música. “Ciumento Eu” contém em todos seus escritos vestígios

explícitos de um ciúme excessivo, perseguição, intolerância quanto à individualidade, bem como um

controle total sobre a parceira que são colocados como sendo provas de amor. Constata-se que há

nessa letra uma romantização do que na realidade se trata de um relacionamento abusivo, que hoje

motiva o assassinato de uma a cada três mulheres no Brasil. Canções como essas trazem à tona uma

realidade antiga na sociedade, mas que ainda ser objeto de problematização. Objetiva-se nesse

trabalho debater a abordagem romântica e amenizada dos relacionamentos com abusos domésticos

e suas consequências psicossociais.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A presente pesquisa tem por metodologia a análise da letra da música “Ciumento Eu” da dupla

sertaneja Henrique e Diego, objeto de problematização deste trabalho, bem como consulta à obras

nacionais e estrangeiras, matérias em blogs de internet, artigos de direito e sociologia, assim como

decisões de tribunais nacionais e internacionais sobre a questão.

RESULTADOS E DISCUSSÕES A romantização dos relacionamentos abusivos vêm nos últimos anos se multiplicando em diversas

músicas nos mais variados gêneros, ficando evidente tal fato nas músicas sertanejas

contemporâneas. Assim se coloca como oportuno abordar a temática, visto que se está diante de um

sério problema, especialmente em um país onde o número de mulheres vítimas de violência doméstica

se tornam cada vez mais assustadores e preocupantes. A música “Ciumento Eu” de Henrique e Diego

é uma das tantas que abordam a intolerância, a perseguição e o ciúme excessivo do parceiro para

com a parceira de forma romantizada. “Eu não sei dividir o doce/ Ninguém entende o meu

descontrole/Eu sou assim não é de hoje/ É tudo por amor”. Fato que cotidianamente, por muitas

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vezes, é difícil identificar os sinais de agressividade e até mesmo admitir que haja sua ocorrência. Sua

incidência se dá das mais diversas formas, seja verbal ou não-verbal, por proibições, pressões

psicológicas e outros. A maioria, quase totalidade, das pessoas vítimas de um relacionamento como

este são mulheres, visto a grande e fortíssima influência da cultura machista e patriarcal que sugere

que mulheres são propriedades dos homens, onde elas podem ser proibidas, ameaçadas e violadas

em caso de “desobediência”.

CONCLUSÃO Ao final, analisada a letra da música “Ciumento Eu” da dupla Henrique e Diego, vê-se que enquanto

as músicas falam tão romanticamente de relacionamentos abusivos, a mulher segue sendo vitimada

em todo o mundo, e tristemente no Brasil, pela violência originada de relacionamentos como este

abordado. A sociedade busca hoje o respeito e um tratamento igualitário, de direito como é, para as

mulheres, e que elas não sejam mais vistas como “bem material”, objeto dos homens. A lei Maria da

Penha e diversos outras proposições legislativas, como o feminicídio, introduzido no Código Penal,

trazem um olhar punitivo diferente para o agressor doméstico, fruto da busca social. Imprescindível

ainda é disseminar novos pensamentos que mostrem que não é normal, nem aceitável, ter sentimento

de posse, agredir, ameaçar, coagir, intimidar e proibir.

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Área de Conhecimento: Direito penal e sociologia.

“DE ONDE VEM E PARA ONDE VÃO” OS MENORES INFRATORES INTERNOS NO CENTRO SOCIOEDUCATIVO DR. ZEQUINHA PARENTE –

SOBRAL – CE INTRODUÇÃO Desprezado e demonizado, o menor infrator tem seu histórico avaliado tão somente pelo que ele fez

no passado imediato e sua “presumível predestinação”. Parte significativa de uma parcela da

sociedade defende a redução da menoridade penal. Assim, a vida pregressa e as condições adversas

destes indivíduos, até o momento da internação, são ignoradas, e contra esta situação já desfavorável

de passado e de presente, recai sobre o menor infrator a possibilidade de um futuro antecipado e

inevitável de encontro com o crime: seja na condição de infrator, ou de alvo, ou, nas duas condições

concomitantemente.

A pesquisa tem como base o Centro Socioeducativo Dr. Zequinha Parente porque ele atende menores

infratores de toda a região Norte do Ceará, o que possibilitará a avaliação de uma fatia da realidade

que envolve a região interiorana e que, muito provavelmente, deve possuir aspectos comuns e

aspectos que diferem da realidade encontrada na capital e região metropolitana.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa será desenvolvida em duas metodologias academicamente reconhecidas por sua eficiência

e retidão: A pesquisa bibliográfica, por essencial à compreensão das vertentes sociológicas, jurídicas

e pedagógicas e a entrevista qualitativa.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Analisar um sistema socioeducativo que, à luz da Legislação Pátria, deveria ter caráter pedagógico e

de ressocialização, é confrontar-se como uma questão delicada e que nos exige extrema

imparcialidade e equilíbrio enquanto pesquisadores. A coerção imposta aos menores infratores não

os diferencia de adultos. Centros superlotados, medidas inaplicáveis e direitos basilares

desrespeitados não são capazes de ressocializar alguém que sequer tivera a oportunidade de se sentir

inserido na sociedade.

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Dentre tantas medidas previstas no ECA, a internação é a mais severa e a menos aconselhável. Sua

imposição se dá em situações extremas. O adolescente, de vítima de uma sociedade que o ignorou,

passa a ser o monstro temível. Furtado da convivência com sua família e amigos e privado da liberdade

e do pouco que lhe restara de dignidade, este jovem é uma presa fácil para o “mundo do crime”.

É necessário conhecer as trilhas que precipitaram a entrada e as possíveis alternativas de saída do

menor infrator submetido à medida socioeducativa de internação para compreender quais as

expectativas do processo de retorno desses indivíduos à sociedade.

CONCLUSÃO Entender “para onde vão” e “como vão” estes jovens após a execução da medida socioeducativa de

internação é tarefa árdua. O presente estudo nos trará uma torrente de perguntas e a angústia de

não ter todas as respostas. No entanto, enquanto juristas e integrantes desta sociedade afetada

pela violência e pela inércia estatal, não podemos permanecer silentes diante da realidade que nos

cerca. É necessário compreender para agir.

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Área de Conhecimento: Psicologia Hospitalar.

ENTRE O ADOECER E O MORRER: A PSICOLOGIA DIANTE ÀS REAÇÕES PSÍQUICAS APÓS DIAGNÓSTICO DE PACIENTES COM CÂNCER E SEUS

FAMILIARES INTRODUÇÃO O diagnóstico médico de câncer é feito por meio da descoberta do crescimento desordenado de

células que invadem os tecidos os órgãos, causando a formação de tumores. É considerada uma

doença invasiva que carrega um estigma muito forte podendo causar um intenso sofrimento. Os

impactos psicológicos causados por um diagnóstico de câncer trazem mudanças significativas na vida

do sujeito e da família, causando medos, angústias, dúvidas, podendo passar por luto e estresse. A

pessoa acometida tende a negar e duvidar de exames ou dos médicos, como um mecanismo de defesa,

não aceitando a realidade, paralisando e vitimando-o diante da situação de frustração. Isso ocorre

por conta da relação ainda feita do câncer como uma sentença de morte. A família também sofre em

função das dúvidas e inseguranças advindas dessa notícia. Diante desse contexto, o presente estudo

tem como objetivo entender as possibilidades da psicologia nesse processo junto ao paciente e à

família. Compreendendo como se estabelece a doença e seus sintomas fisiológicos e psicológicos,

para assim buscar dar um maior suporte para superação e tomada de tratamentos necessários.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Foi utilizado como método a revisão narrativa da literatura, feita mediante a busca de publicações e

artigos durante o mês de setembro de 2017, utilizando os descritores “psicologia”, “diagnóstico” e

“câncer”, através das bases de dados Scielo e Google Acadêmico, tendo sido selecionados 5 estudos

publicados entre 2008 e 2017, na língua portuguesa.

RESULTADOS E DISCUSSÕES Pode-se perceber que diante do diagnóstico o sujeito tende a passar por crises relacionadas ao corpo

e ao emocional, pois muitas vezes vem atrelado à depressão, perda da autoestima, medos e

sentimentos relacionados ao morrer. Todos esses sintomas podem dificultar no tratamento ou

controle da doença. Segundo Farinhas (2013), a família que o acompanha também sofre com esse

momento de angústia e ansiedade. Esse estresse é ocasionado por conta da demanda e das

consequências do tratamento, como quimioterapia, cirurgias, internações. Desta forma, são

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introduzidos a um mundo que amedronta, e diferente do qual estão habituados: o mundo da doença.

Domingues (2013), acredita que a psicologia tem papel indispensável, pois mostra as possibilidades

de auxílio para que o sujeito possa enfrentar essa fase da melhor forma e buscar junto aos seus

familiares uma melhor qualidade de vida. Seu trabalho deve levar em conta aspectos, como a

instituição, a equipe, o paciente e sua doença, bem como a família. Simonette (2011), nos traz que

psicólogo vai lidar com questões que muitas vezes são desconsideradas por outros profissionais;

usará dessa sensibilidade para proporcionar alívio e superação às questões de ordem psicológica,

dando voz à subjetividade do paciente, restituindo-lhe o lugar de sujeito que a medicina lhe afasta. De

acordo com Hennezel (2004) uma vez que a família também costuma adoecer, o psicólogo dará

atenção, apoio e escuta, servindo de mediador na relação paciente-família, facilitando o processo de

controle ou cura do paciente.

CONCLUSÃO Frente à revisão realizada, constatamos que a psicologia vem trazer sua sensibilidade/saber para lidar

com aspectos não trabalhados por outros profissionais. Esse cuidado proporciona ao sujeito,

ressignificação e retomada de sua subjetividade. Onde ele e sua família poderão enxergar/vivenciar de

forma mais clara e otimista as suas possibilidades e assim colaborar para o tratamento, deixando de

ver a doença como uma sentença de morte. Esse processo auxilia a família para que possam atuar de

forma ativa e positiva no tratamento de seu familiar, mantendo a saúde mental de cada um.

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