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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA Severino Domingos Mendes Fernandes Retrato pinhole fotografar a brincar (relatório final) Unidade Curricular: Práticas performativas II Responsáveis Professor Doutor Carlos Almeida Mestre Hélder Dias Agosto 2010

Retrato pinhole - fotografar a brincar - relatório final - PP2 - MEA - Severino

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Narração circunstanciada do trabalho realizado no Projecto: Retrato Pinhole - fotografar a brincar

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

Severino Domingos Mendes Fernandes

Retrato pinhole – fotografar a brincar

(relatório final)

Unidade Curricular:

Práticas performativas II

Responsáveis

Professor Doutor Carlos Almeida

Mestre Hélder Dias

Agosto 2010

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Índice geral Índice de anexos ………………………………………………………………….

ii

I - Introdução ……………………………………………………………………….

3

II - Descrição detalhada do projecto…………………………………………….

5

II.1 – Objectivos……………………………………………………………….

5

II.2 - Envolvimento pessoal (artístico/prático) ……………………………

6

II.3 - Envolvente pedagógica em contexto escolar……………………….

6

II.4 - Procedimentos metodológicos ……………………………………….

7

II.5 – Destinatários…………………………………………………………….

7

II.6 - Calendarização das várias fases………………………………………

7

II.7 - Data e local da implementação……………………………………….

9

II.8 - Divulgação ………………………………………………………………

9

II.9 - Expectativas/resultados……………………………………………….

9

II.11 - Pós-produção………………………………………………………….

10

III – Conclusão…………………………………………………………………….

11

Bibliografia………………………………………………………………………….

12

Anexos………………………………………………………………………………

13

Índice de anexos Anexo 1 - Pedido de autorização ao órgão de gestão……………………….

A

Anexo 2 - Pedido de autorização aos encarregados de educação………….

B

Anexo 3 - Cartaz de divulgação………………………………………………….

C

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I - Introdução

No âmbito da disciplina de práticas performativas II, inserida no mestrado em Educação

Artística da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, foi-me solicitado a

concretização de um projecto performativo a desenvolver no âmbito da minha actividade

profissional.

Para vários autores (Cohen, 1989, Glusberg, 1987) a prática performativa ou

performance deverá ter um carácter interdisciplinar, híbrido nas linguagens abordadas que

abarcam o teatro, a dança, a música, a poesia…existindo uma mistura de vários elementos e

linguagens criativas. Interactivo entre o autor e espectador, onde o corpo tem um papel

fundamental em toda a acção.

Neste sentido, as práticas performativas apresentam um enorme potencial para que os

jovens desenvolvam as suas competências a nível artístico e de forma progressiva acedam à

apropriação das linguagens elementares das artes, aquilo a que o Ministério da Educação

(2001) apelida de literacia artística.

A Educação Artística abrange diversas formas de conhecimento, uma multiplicidade de

formatos, modos de abordagem, toca a interioridade e a transculturalidade (Barbosa, 2004,

Eça, 2009). A educação pela arte caracteriza-se pelo desenvolvimento da criatividade e das

capacidades de expressão e comunicação de cada um.

O Roteiro para a Educação Artística (Unesco1, 2006), declara que uma educação de

qualidade deverá promover percepções e perspectivas, criatividade e iniciativa, reflexão crítica

e capacidade profissional, necessárias à vida no nosso século.

Assim o projecto “Retrato pinhole – fotografar a brincar”, ao ter como ponto de partida a

realização pessoal, recorrendo à imaginação e espontaneidade de cada um, percorre todo a

caminho da educação pela arte, dando ênfase a uma das formas de expressão, linguagem

artística que o indivíduo é capaz de desenvolver – a fotografia.

O projecto é como espaço aberto e privilegiado no processo de ensino aprendizagem,

não só pela pluralidade de manifestações mas, porque existe um diálogo constante connosco e

com o outro.

A partilha a par da descoberta são os factores que de facto fazem emergir a criação. A

experiência/experimentação surge como elemento que faz despoletar a actividade artística

(Dewey, 2002) estimula o aluno numa tomada de consciência, de expressão e exteriorização

das suas emoções.

1 - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

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O presente relatório dará informação dos resultados desse projecto, fará a narração

escrita, circunstanciada, dos factos ocorridos durante a sua concretização e deixará algumas

notas de melhoria, alteração, crítica para que em projectos futuros os resultados sejam

melhorados.

O projecto “Retrato pinhole – fotografar a brincar”, decorreu na Escola do Ensino Básico,

2º e 3º Ciclo de Briteiros, durante o terceiro período do ano lectivo 2009/2010. Culminou com

uma exposição de três dias (16,17 e 18 de Junho), integrada nas actividades de final de ano da

referida escola. Os intervenientes foram os alunos da turma B, do sexto ano, conjuntamente

com os professores da disciplina de Educação Visual e Tecnológica.

Este projecto trouxe a possibilidade de abordar com os alunos uma temática relativa à

exploração das imagens visuais. A construção de uma máquina fotográfica artesanal pinhole,

rudimentar, em que a produção de imagens funciona como enigma, funcionou como catalisador

do entendimento do processo fotográfico bem como da história da fotografia a par da

possibilidade de utilização de um modo de expressão alternativo. Um desafio, por vezes

encarado pelos educadores com algumas reticências, devido à falta de recursos, equipamentos

ou apenas pela especificidade da linguagem fotográfica.

O desenvolvimento do projecto proporcionou aos alunos a alteração de conceitos

inerentes à fotografia, produziu em cada um uma mudança de receptores passivos de

imagens/conteúdos para indivíduos capazes de produzirem, criticarem e desfrutarem das suas

criações (Barbosa, 2004).

Propiciou a aplicação de vários conceitos inerentes à educação artística bem como dos

mecanismos necessários à apresentação do produto final (exposição).

O recurso a metodologias de ensino baseadas na experimentação, marcadamente

activas onde o trabalho de grupo ou de projecto proporcionam aos alunos momentos de

aprendizagem, de crescimento e de auto-formação sempre delinearam a minha prática

pedagógica.

Neste sentido ao enveredar por um processo de ensino/aprendizagem em que a base é

a execução de um projecto, permitiu potenciar a motivação intrínseca dos alunos a par da

motivação do professor.

A opção por uma aprendizagem lúdica, capaz de provocar o conhecimento através da

prática, partindo de dúvidas e incertezas. O trabalho de projecto, em pequenos grupos, onde

cada elemento participa activamente na apresentação e discussão de propostas de trabalho, a

entreajuda como verdadeira matriz de desenvolvimento (Alves, 2007), revelou-se um caminho

eficaz, no desenvolvimento das competências artísticas e pessoais.

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O carácter enigmático, mágico, da fotografia pinhole desencadeou um ritmo de trabalho,

autónomo, com índices de interesse e participação muito elevados, porque nos jovens “A

curiosidade jamais tem preguiça!” (Dimenstein & Alves, 2007, pág.9).

Palavras-chave: prática performativa, trabalho de projecto, fotografia pinhole.

II - Descrição detalhada do projecto

II. 1 - Objectivos

Ao apresentar o projecto “Retrato pinhole – fotografar a brincar”, defini como objectivos

os seguintes:

- Conhecer a história da fotografia;

- Conhecer as características inerentes à produção fotográfica;

- Realizar uma câmara fotográfica “pinhole”;

- Conhecer formas alternativas à fotografia digital;

- Realizar fotografias (retratos) através do método “pinhole”;

- Conhecer as técnicas de revelação e impressão;

- Produzir e preparar exposições fotográficas;

- Construir um estúdio de revelação.

A estratégia definida, as iniciativas realizadas com o fim de atingir os objectivos

revelaram-se eficazes. As acções foram decorrendo ao longo do tempo com uma intervenção

activa de todos os intervenientes. As actividades marcadamente práticas, provocaram uma

motivação acrescida no sentido da obtenção de bons resultados.

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II. 2 - Envolvimento pessoal (artístico/prático)

A nível prático, como promotor e responsável pelo projecto, estive envolvido em todas as

fases, delineando as melhores estratégias de intervenção, providenciando todos os

mecanismos necessários para que o projecto fosse um êxito. Considero que desenvolvi a

minha actividade com profissionalismo.

A nível artístico, apesar de realizar algumas fotografias, estas serviram apenas como

teste dos materiais, do laboratório e para motivação dos alunos.

Realizei o catálogo da exposição, depois dos alunos tratarem as imagens

informaticamente.

Na exposição, estavam apenas representados trabalhos dos alunos.

II. 3 - Envolvente pedagógica em contexto escolar

Todas as actividades implementadas com o projecto “Retrato pinhole – fotografar a

brincar”, tiveram o seu desenvolvimento no contexto escolar. Todas as acções foram

desencadeadas no âmbito da disciplina de Educação Visual e Tecnológica, visaram

desenvolver nos alunos o espírito crítico, a criatividade, a responsabilidade e a aquisição de

competências no sentido de serem capazes de tomarem decisões na resolução de problemas.

Neste sentido foi necessário proceder a uma fase de motivação dos alunos, verificar a

sua disponibilidade, o interesse demonstrado e o grau de colaboração que estavam dispostos a

despender num projecto que não tinha a sua génese na turma, mas sim no professor.

Para Bogdan e Biklen, (1994), um dos primeiros problemas com que o investigador se

depara é com a autorização para conduzir o estudo/projecto que planeou.

Tendo a escola como campo de acção, foi necessário perceber também qual o grau de

aceitação do projecto por parte dos órgãos de gestão (anexo 1), bem como por parte dos

encarregados de educação dos alunos (anexo 2), a par de um diálogo de carácter explicativo e

aceitação com o par pedagógico.

Em suma, o projecto promoveu o ensino e a aprendizagem de temáticas referentes à

fotografia, desenvolveu as competências dos alunos, aumentou a sua literacia artística e

proporcionou claros momentos de aprendizagem lúdica, de aumento da auto-estima,

incrementada pelos comentários muito positivos ao projecto e ao produto final recolhidos

durante a fase da exposição.

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II.4 - Procedimentos metodológicos

A orientação metodológica desenvolveu-se a partir das necessidades sentidas no terreno,

do trabalho de proximidade com os alunos e do planeamento participativo.

As actividades foram construídas numa lógica de investigação-acção, foram delineadas as

práticas mais ajustadas tendo em conta que as novas actividades surgissem a partir das

anteriores depois de realizada uma reflexão sobre os todos os procedimentos.

Desta forma o projecto tentou incentivar e melhorar a comunicação entre os intervenientes

no processo de ensino-aprendizagem, aproximar a teoria da prática, adoptar uma abordagem

crítica no sentido da resolução dos problemas da sala de aula de forma cooperativa.

A inovação na intervenção, norteou também todo o desenvolvimento metodológico de forma

a causar um impacto positivo não só nos intervenientes directos mas também em todos os

destinatários/espectadores.

O projecto foi operacionalizado em três momentos distintos: motivação, produção fotográfica

e exposição (explicados de forma concreta na ponto relativo à calendarização das várias fases).

II. 5 - Destinatários

O projecto teve dois tipos de destinatários – activos e passivos.

Os destinatários activos foram os vinte e três alunos, da turma B, do sexto ano da Escola

E.B. 2,3 de Briteiros, juntamente com os dois professores da disciplina de Educação Visual e

Tecnológica.

Os destinatários passivos foram todos aqueles que fazem parte da comunidade educativa,

alunos, professores, funcionários e encarregados de educação, bem como todos os convidados

para a assistirem à exposição.

II. 6 - Calendarização das várias fases

Ao elaborar a planificação do projecto estavam previstas dezasseis aulas. No entanto só

foram catorze as aulas leccionadas uma vez que no dia cinco de Maio as aulas foram

interrompidas devido às provas de aferição e no dia treze de Maio por tolerância de ponto (visita

papal). Procurei determinar espaços temporais equilibrados às três fases do projecto.

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1º Momento – motivação

Fase de pré-projecto, em que os alunos organizaram uma exposição de fotografias a preto e

branco e na escola esteve um fotógrafo “à la minute”2. Serviu para medir o interesse dos alunos

pelo assunto, foram levantadas diversas questões relativas à parte técnica e proporcionou o

crescimento de motivação relativo à fotografia. Decorreu de oito a doze de Fevereiro.

Este momento de motivação foi retomado na primeira semana de aulas do terceiro período

(14 e 15 de Abril, 2 aulas), explicação do projecto, génese, envolvente profissional e pedagógica,

aceitação e definição de metas de aprendizagem.

2º Momento – produção fotográfica

Os alunos depois de interiorizarem os objectivos do projecto realizaram pesquisas sobre

a história da fotografia, fotografia e artistas que usam o método pinhole e métodos de

construção da câmara fotográfica pinhole (21 e 22 de Abril, 2 aulas).

A produção fotográfica iniciou-se com a construção da câmara pinhole, de seguida os

alunos fotografaram livremente, apenas com a preocupação de captarem imagens de pessoas

e de registarem a hora e a distância das pessoas à câmara. Nesta fase já o laboratório estava

limpo e pronto a ser usado pelos alunos.

Sobre o uso do laboratório, receberam explicação sobre as quantidades de produtos a

usar (proporções do revelador, fixador e água), precauções de higiene e segurança, cuidados

com o papel fotográfico, importância da luz vermelha e tempos de revelação. Todo o trabalho

desta fase decorreu em grupo de dois alunos e prolongou-se de 28 de Abril a 19 de Maio (5

aulas).

No dia 20 de Maio (já com as fotos todas reveladas), aos alunos foi demonstrado como

se realizava a inversão da escala de cinzentos, bem como de orientação da fotografia. Para

isso foi usado o programa Gimp 2.63.

3º Momento – exposição

Na preparação da exposição houve a necessidade de escolher qual o material em

condições de ser exposto. No projecto “retrato pinhole – fotografar a bincar”, foram reveladas

125 fotografias. De todo o material produzido cerca de 30% foi logo rejeitado por falta de

qualidade.

Das restantes foram seleccionadas trinta e quatro para a exposição final, com a

preocupação de que todos os alunos tinham pelo menos uma fotografia na exposição. Foram

realizados os caixilhos, colocados os suportes, etiquetadas, com o tipo de papel usado, tempo

de exposição à luz e distância à pessoa fotografada.

Todo este trabalho foi realizado nos dias, 26 e 27 de Maio e 2 de Junho.

2 - Sempre que o freguês quiser, a cada minuto, a toda a hora. – Fonte dicionário de expressões estrangeiras, Fischer

(2004). 3 - Editor de imagem de utilização gratuita, possibilidade de download grátis a partir da internet.

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II. 7 - Data e local de implementação

A exposição foi apenas o culminar do trabalho de projecto ao longo de um período.

A exposição decorreu nos dias 16, 17 e 18 de Junho, na sala do aluno, da Escola E.B.

2,3 de Briteiros.

II. 8 - Divulgação

O projecto foi divulgado junto da comunidade escolar através de um cartaz (anexo 3) e de

um convite em forma de filme que pode ser visto em:

http://www.youtube.com/watch?v=lOfAIlKdFOo

II. 9 - Expectativas e resultados

Inicialmente as expectativas não eram muito elevadas, apesar de todo o empenho aplicado

na fase de pré-projecto, como era um tema nunca abordada anteriormente, com alguma

possibilidade de fracasso devido a todas as condicionantes técnicas, levou a que fossem

levantadas algumas reticências iniciais.

Com a apresentação do projecto aos alunos, a envolvência de todos e a disponibilidade

total demonstrada pelos órgãos de gestão, os índices de motivação foram crescendo a par de um

aumento progressivo, mas alicerçado das expectativas. Contribuiu também para este facto um

período de experimentação técnica que se mostrou fundamental no desenvolvimento do projecto,

minimizando ao máximo as perdas de tempo e material, aumentado os índices de interesse e

participação.

Os resultados evidenciam uma escolha consciente do tema. A total disponibilidade de

meios, o esforço de todos os intervenientes, aliados às competências necessárias para o seu

desenvolvimento, resultou num desempenho bem sucedido.

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II. 10 - Pós-produção

Durante o desenvolvimento do projecto todas as fases foram fotografadas e filmadas pelo

professor responsável ou pelo professor de apoio (par pedagógico). O material produzido serve

como histórico desse período ou para ser usado por terceiros que queiram desenvolver um

projecto desta natureza.

Todo o material produzido é público e pode ser consultado nos seguintes endereços:

Relatório inicial de preparação do projecto: http://issuu.com/casadomuro/docs/severino_-

_mea-_pp1-_vers_o_final

Relatório final:

Catálogo da exposição:

http://issuu.com/casadomuro/docs/cat_logo_pinhole_-_final

Motivação:

http://www.youtube.com/watch?v=Xpo3obVIQF0

História da fotografia:

http://www.youtube.com/watch?v=6ZGd0KpprGM&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=OQx1RFQ_AlA

Artistas e fotos pinhole:

http://www.youtube.com/watch?v=UaCKnaYoRrw

Realização de uma câmara pinhole:

http://www.youtube.com/watch?v=SxbK-dZtt9k

Apresentação final do relatório:

http://www.youtube.com/watch?v=Zf5U3KWBxSI

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III - Conclusão

Concluído o projecto “Retrato pinhole – fotografar a brincar” considero que o mesmo teve

um carácter mais direccionado para o campo artístico-pedagógico do que propriamente uma

intervenção de índole performativa.

A escolha do tema mostrou-se acertada e capaz de desenvolver a literacia artística dos

alunos. Desencadeou também um aumento da auto-estima, devido às afirmações positivas

recebidas por toda a comunidade escolar.

Neste sentido considero que os pontos fortes do projecto foram os seguintes:

a) Motivação muito fácil devido ao seu carácter mágico/enigmático, desencadeando

facilmente o interesse e a participação activa de todos os intervenientes;

b) O carácter prático proporcionou o desenvolvimento não só da linguagem artística mas

também de conceitos de cidadania, responsabilidade e autonomia;

c) Forte visibilidade e impacto na comunidade escolar, uma vez que grande parte do

trabalho é feito fora da sala de aula. Na exposição final existe a possibilidade de

“desmontar” o conceito pinhole para quem não percebe os mecanismos inerentes a este

meio de expressão artística.

Há também aspectos que considero mais débeis para quem pretender abraçar um projecto

neste âmbito, capazes de produzir algum fracasso no seu desenvolvimento e resultados.

a) Necessidade de um laboratório para revelar as fotografias, bem como dos materiais

básicos, pode ser um constrangimento inicial;

b) Necessidade de várias experiências anteriores para testar os equipamentos e materiais,

no sentido de minimizar as perdas por falta de qualidade;

c) Os custos, aliados à fraca disponibilidade dos materiais no mercado, faz com que antes

de iniciar o projecto todas as necessidades tenham que estar salvaguardadas.

O estado do tempo, apesar de ser uma condicionante não controlável, é um factor

preponderante no êxito. A produção fotográfica realizada num dia de sol aberto, entre as nove e as

onze horas resultou em melhores resultados, do que registos efectuados noutras horas (só foram

realizados registos durante o horário da manhã: 8.30 h - 13.30h).

No entanto ponderadas todas as limitações/dificuldades com o resultado final, com o gozo e

a alegria proporcionados aos alunos e professores, considero um tema com enorme

potencialidade para ser desenvolvido em contexto escolar.

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Bibliografia

Alves, R. (2007). Escola com que sonhei: Sem imaginar que pudesse existir (10ª ed.). São

Paulo: Papirus.

Barbosa, A. (1991). A imagem no ensino da arte. Anos oitenta e novos tempos (6º ed.). São

Paulo. Editora perspectiva.

Barbosa, A. (2004) – “Lowenfeld, uma entrevista encontrada por Ana Mae Barbosa”; Revista

Digital Art&: - ISSN1806-2962 ano II – nº 02; (acesso em 13 de Agosto de 2010 em

http://www.geocities.com).

Bogdan, R. e Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação – Uma Introdução à

Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora, Lda.

Cohen, R. (1989). Performance como linguagem: criação de um tempo espaço de

experimentação. São Paulo: Perspectiva

Dewey, J. (2002). A Escola e a Sociedade e a Criança e o Currículo. Tradução de Paulo Faria,

Maria João Alvarez e Isabel Sá. Lisboa: Relógio d´Água. (1ª ed. 1900).

Dimenstein, G., Alves, R. (2007). Fomos maus alunos (5ª ed.). São Paulo: Papirus.

Fisher, L. (2004). Dicionário de palavras & expressões estrangeiras. Porto Alegre: L&MP

editores.

Eça, T. (2009). A educação artística e as prioridades educativas no inicio do século XXI. In

Revista Iberoamericana de educación. Nº 52, Set./Dez. (acesso em 23 de Agosto de

2010, em http://www.rieoei.org/rie52a07.htm).

Glusberg, J. (1987). A arte da Performance. São Paulo: Editora Perspectiva.

Ministério da Educação (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico. Competências

Essenciais, Lisboa: direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular.

(acesso em 12 de Junho de 2010, em http://www.dgidc.min-edu.pt).

UNESCO (2006). Roteiro para a educação artística. Lisboa. (acesso em 12 de Agosto de 2010,

em http://www.educacao-artistica.gov.pt/documentos/Roteiro.pdf).

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ANEXOS

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A

Anexo 1

Agrupamento Vertical de Escolas de Briteiros Ano Lectivo 2009/2010

PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO

Ex. Sr. Director da Escola E.B. 2, 3 de Briteiros.

Eu, Severino Domingos Mendes Fernandes, professor da disciplina de

Educação Visual e Tecnológica, a leccionar nesta escola, venho por este meio pedir

autorização para desenvolver um projecto de intervenção artística, com os alunos da

turma B, sexto ano.

O referido projecto será desenvolvido no âmbito da disciplina de Práticas

Performativas II, do mestrado em Educação Artística, que me encontro a frequentar na

Escola Superior de Educação de Viana do Castelo.

O projecto terá como tema: “Fotografia Pinhole - fotografar a brincar”.

Certo da vossa disponibilidade.

Briteiros, _____/_____/______

O professor

_________________________________________________________

(Severino Domingos Mendes Fernandes)

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B

Anexo 2

Agrupamento Vertical de Escolas de Briteiros Ano Lectivo 2009/2010

AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE MATERIAL

Eu, Severino Domingos Mendes Fernandes, professor da disciplina de

Educação Visual e Tecnológica, venho por este meio pedir autorização para usar o

material produzido pelo aluno______________________________________________

nº ________da turma________ durante o desenvolvimento do projecto: “Fotografia

Pinhole – fotografar a brincar”.

O referido projecto será desenvolvido no âmbito da disciplina de Práticas

Performativas II, do mestrado em Educação Artística, que me encontro a frequentar na

Escola Superior de Educação de Viana do Castelo.

Autorizo Não autorizo

AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DA IMAGEM

Declaro que autorizo não autorizo a utilização de imagem do meu

educando (fotografia, vídeo), para fins exclusivamente relacionados com o projecto

acima mencionado.

O Encarregado de Educação________________________________________

O Aluno_________________________________________________________

Briteiros, _____/_____/______

O professor

_________________________________________________________

(Severino Domingos Mendes Fernandes)

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C

Anexo 3