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1 Reunião dos Altos Funcionários do Tripartido (COMESA-EAC-SADC) sobre a Iniciativa do Tripartido para a Gestão da Carga de Veículos Gaborone Sun Hotel Gaborone, Botswana 12 de Novembro de 2014 1. ANTECEDENTES 1.1 Os Altos Funcionários são convidados a notar que a sua reunião foi precedida por um Seminário Técnico do Tripartido sobre a Iniciativa da Gestão da Carga de Veículos realizado a 10 e 11 de Novembros de 2014. 1.2 Os principais objectivos do Seminário Técnico incluíam, nomeadamente: (i) Elaborar uma Estratégia e um Plano de Implementação do Tripartido para assegurar uma sincronização e coordenação na implementação das medidas acordadas que gravitam em torno do apoio aos Estados Membros nos seus esforços de aplicação das normas legislativas, directivas e regulamentares aos níveis nacional e dos corredores necessárias para garantir a harmonização no controlo da carga de veículos na região do Tripartido; (ii) Identificar quadros de regulamentação regionais que carecem de ser desenvolvidos para sustentar a proposta estratégia de controlo da carga; (iii) Identificar e especificar a assistência técnica e a construção de capacidades e os requisitos de desenvolvimento institucional necessários para implementar a estratégia aos níveis nacional e regional e (iv) Produzir resoluções para a apreciação dos Altos Funcionários sobre o projecto da Estratégia de GCV e plano de implementação em particular sobre as medidas de política, jurídicas, de regulamentação e institucionais aos níveis nacional, dos corredores e regionais na região do Tripartido.

Reunião dos Altos Funcionários do Tripartido (COMESA-EAC ... · (xvii) Recursos Humanos As três CERs devem prosseguir com o estabelecimento de um centro de formação regional

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Reunião dos Altos Funcionários do Tripartido (COMESA-EAC-SADC) sobre a Iniciativa do Tripartido para a Gestão da Carga de Veículos

Gaborone Sun Hotel Gaborone, Botswana

12 de Novembro de 2014

1. ANTECEDENTES

1.1 Os Altos Funcionários são convidados a notar que a sua reunião foi precedida por um Seminário Técnico do Tripartido sobre a Iniciativa da Gestão da Carga de Veículos realizado a 10 e 11 de Novembros de 2014.

1.2 Os principais objectivos do Seminário Técnico incluíam, nomeadamente:

(i) Elaborar uma Estratégia e um Plano de Implementação do Tripartido para assegurar uma sincronização e coordenação na implementação das medidas acordadas que gravitam em torno do apoio aos Estados Membros nos seus esforços de aplicação das normas legislativas, directivas e regulamentares aos níveis nacional e dos corredores necessárias para garantir a harmonização no controlo da carga de veículos na região do Tripartido;

(ii) Identificar quadros de regulamentação regionais que carecem de

ser desenvolvidos para sustentar a proposta estratégia de controlo da carga;

(iii) Identificar e especificar a assistência técnica e a construção de

capacidades e os requisitos de desenvolvimento institucional necessários para implementar a estratégia aos níveis nacional e regional e

(iv) Produzir resoluções para a apreciação dos Altos Funcionários

sobre o projecto da Estratégia de GCV e plano de implementação em particular sobre as medidas de política, jurídicas, de regulamentação e institucionais aos níveis nacional, dos corredores e regionais na região do Tripartido.

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1.3 O Seminário contou com a participação de delegados dos Estados

Membros da COMESA, EAC e da SADC e dos Estados Parceiros. Os

seguintes Estados Membros-Estados Parceiros fizeram-se representar

neste encontro, nomeadamente Angola, Botswana, Burundi, RD Congo,

Djibouti, Etiópia, Quénia, Malawi, Moçambique, Namíbia, Ruanda, Africa

do Sul, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué. Os

representantes das Organizações Sub-regionais e das Instituições de

Gestão dos Corredores (nomeadamente ASANRA, FESARTA, FCFASA,

SACU, Corredor de Dar es Salaam, MCLI, NCTTCA, e TKC) também

estiveram presentes no encontro. Participaram igualmente no Seminário

os representantes do IGAD e uma Equipa de Consultores. Os

Secretariados da COMESA, EAC e da SADC facilitaram os trabalhos do

Seminário. A reunião foi apoiada pela EU que também esteve presente no

encontro.

1.4 O Seminário abordou os seguintes três pontos principais, nomeadamente:

(i) Iniciativa sobre a Gestão da carga de Veiculo na Região da ESA –

Antecedentes e Estado de Implementação;

(ii) Panorâmica da Iniciativa do Tripartido para a Gestão da Carga de

Veículos; e

(iii) Projecto da Estratégia e Plano de Implementação do Tripartido

para Gestão da Carga de Veículos.

Deliberações do Seminário

2. Iniciativa sobre a Gestão da Carga de Veículos na Regiao da ESA ‘ Antecedentes e Estado de Implementação

2.1 O Seminário notou as decisões primárias e a aprovação pelos Ministros responsáveis pelos Transportes nas seguintes reuniões:

(i) Resoluções emanadas do seminário regional organizado por SSATP/UNECA/COMESA/EAC/SADC em Nairobi, Quénia, em Maio de 2008;

(ii) Reunião dos Ministros responsáveis pelos Transportes na SADC

realizada em Swakopmund, Namíbia em Maio de 2009; e

(iii) Terceira Reunião dos Ministros responsáveis por Infraestruturas da

COMESA realizada no Djibouti em Outubro de 2009.

3

2.2 As reuniões acima mencionadas aprovaram o seguinte, designadamente:

(i) Os limites de carga por viatura, unidade e grupo de eixos uniformizados Inter-CERs da ESA, com se segue:

Direcção Única 8000 kg

Sem -

Direcção

Única Pneus simples 8000 kg

Pneus duplos 10,000 kg

Tandem Pneus simples 16,000 kg

Pneus duplos 18,000 kg

Tridem Pneus simples 24,000 kg

Pneus duplos 24,000 kg

Massa de combinação máxima admissível 56 000 Kg

Introdução da seguinte Fórmula de Ponte

Comum: P = 2 100 x L + 18 000

Onde P = Massa admissível (kg)

L = distância (m) entre os centros dos eixos exteriores de qualquer grupo de eixos consecutivos.

Tolerância da Massa: 5% sobre o eixo, unidade de eixo, veículo e

massa de combinação do veículo; (ii) Nenhum grupo de eixos de quadrem; (iii) Somente um eixo ou grupo de eixos por semirreboque (iv) Permitir eixos retrácteis com uma aplicação vigilante associada

e medidas punitivas para casos de infracção (v) Deverá ser realizado um estudo documental para determinar os

limites de carga recomendados para os eixos equipados de “pneus

super-simples” (de base larga) b a sea do s e m d ua s ca te go r i a s

d e l a rgu ra ; por exemplo <350 mm, 350 to 400 mm;> 400 mm; (vi) Os camiões devem ser tratados como parte integrante de um grupo de

eixos, mas devem ser pesados separadamente. (vii) Os veículos articulados (camião-tractor com dois semirreboques)

d e ve m s e r a ce i t e s e m t o d a a Re g iã o d e sd e q u e n ã o

4

t e n h a m m a i s d o q u e d o i s p o n t o s d e a r t i cu l a ç ã o e u m

c o m p r im e n t o m á x i m o d e 22 m; (viii) Os intervalos de verificação das pontes-básculas não devem ultrapassar

doze meses e asseguradas verificações regulares e intercalares (ix) As operações de auditoria das pontes-básculas devem ser efectuadas

pelo menos uma vez por ano; (x) As infrações de sobrecarga devem ser descriminalizadas e

substituídas por um sistema administrativo que integra dispositivos

sobre cobrança de multas; (xi) O nível das taxas deve ser baseado na recuperação dos custos de

danificação da estrada;

(xii) As três CERs devem desenvolver e facilitar a implementação

de um Sistema harmonizado de gestão de dados; (xiii) As três CERs devem adoptar o MOU e MLP da SADC sobre Carga de

Veículos e os Estados Membros devem proceder a revisão dos

regulamentos de controlo da carga e assegurar o cumprimento do

MOU e MLP;

(xiv) Infraestruturas e Equipamento das Pontes-Básculas

As três CERs devem desenvolver uma rede regional

estratégica das estacoes de controlo de carga nos principais

corredores de transporte; e

Os Estados Membros devem seleccionar tipos de básculas

apropriados com base nos volumes do tráfico utilizando as

directivas.

(xv) Aplicações e Operações das pontes-Básculas

O sector privado deve participar nas operações e manutenção das pontes-básculas.

Deverá ser introduzido um sistema de controlo da carga

transfronteiriço em todos os postos fronteiriços ao longo dos

corredores regionais.

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As três CERs devem introduzir Certificados Harmonizados

Regionais de Autorização da Ponte-Báscula. As três CERs devem adoptar uma política de promoção

da autorregulação e acreditação e assegurar a sua

introdução dos Estados Membros.

(xvi) Arranjos Institucionais

As três CERs devem apoiar as OSRs relevantes na gestão e

implementação dos programas de controlo da sobrecarga;

Os Estados Membros devem estabelecer unidades dedicadas de

aplicação do controlo de sobrecarga. (xvii) Recursos Humanos

As três CERs devem prosseguir com o estabelecimento de um

centro de formação regional sobre o controlo da sobrecarga

recorrendo sempre que for possível ao uso das facilidades de

formação existentes. As três CERs devem adoptar programas comuns de formação

sobre o controlo da sobrecarga. Os Estados Membros devem assegurar a formação adequada do

pessoal responsável pelo controlo da sobrecarga. Os Estados Membros devem assegurar a acreditação do pessoal

responsável pelo controlo da sobrecarga. As três CERs devem desenhar e facilitar a implementação de

programas de luta contra a corrupção. (xviii) Sensibilização do Público

As três CERs, as Organizações Sub-regionais (OSRs) e os Estados Membros

devem realizar campanhas de sensibilização junto do público em geral acerca

da importância do controlo da sobrecarga através da publicação de brochuras,

panfleto e outro material de informação relacionado, assim como através das

estações de rádio comunitárias e nacionais ou sítios electrónicos.

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2.3 O Seminário notou igualmente as decisões da EAC adoptadas através do

Decreto-lei da EAC de 2012 sobre o Controlo da Carga de Veiculos e

subsequentemente aprovadas pelo Conselho de Ministros Multissectorial

da EAC reunido em Nairobi, Quénia, em Fevereiro de 2014 e que ainda

aguardam a assinatura de todos os Chefes de Estado e de Governo da

EAC e que resultaram nos seguintes acréscimos/alterações:

(i) A adopção de 8,5 toneladas para os pneus de base larga de 385

mm;

(ii) Adopção da tolerância zero sobre GCV; e

(iii) A aceitação de veículos atrelados além de outros tipos de

combinações de veículos.

2.4 O Seminário notou ainda que o Estudo sobre o Controlo da Sobrecarga

de Veiculo encomendado pelo DFID/TMSA e realizado pela Aurecon

propôs uma estratégia ao Tripartido que gravita em torno dos seguintes

pilares, nomeadamente:

(i) Quadros Institucionais Integrados aos níveis nacional e regional;

(ii) Instrumentos jurídicos harmonizados sobre a Implementação do

Controlo da Carga de Veículos;

(iii) Planificação conjunta da rede de facilidades; e

(iv) Reconhecimento mútuo dos certificados das básculas e ligação

electrónica das estacoes de pesagem.

2.5 Os Altos Funcionários são convidados a notar que as conclusões e

recomendações do Estudo sobre o Controlo da Carga de Veículos

serviram de base para o desenvolvimento da Estratégia e Plano de

Implementação do Tripartido sobre Gestão da Carga de Veículos.

3. PROJECTO DA INICIATIVA DO TRIPARTIDO SOBRE GESTÃO DA

CARGA DE VEÍCULOS

3.1 O Seminário constatou a inexistência de uma política ou estratégia

conexa regional em matéria de gestão da carga de veículos (CCV) na

região do Tripartido. Esta política e estratégia são urgentemente

necessárias para servir de quadro de referência essencial no CCV que

deverá ser implementado de forma eficaz e eficiente.

3.2 A proposta Iniciativa do Tripartido sobre Gestão da Carga de Veículos

visa essencialmente:

(i) Preservar a infraestrutura rodoviária (estradas e pontes);

7

(ii) Melhorar a segurança rodoviária; e

(iii) Maximizar as operações do transporte rodoviário (incluindo uma

justa concorrência entre os modos e operadores de transportes

(“Igualdades nas condições da concorrência”).

3.3 Os principais elementos da Iniciativa CCV do Tripartido são definidos

abaixo e incluem, nomeadamente:

4. Projecto de Estratégia da Iniciativa do Tripartido sobre Gestão da

Carga de Veículos (CCV)

Projecto de Estratégia do Tripartido para a Gestão da Carga de

Veículos (GCV)

4.1 Quadro Directivo favorável

4.1.1 O Seminário notou que:

8

(i) Muitos países do Tripartido não dispõem de um quadro favorável e apropriado para a GCV. Este quadro é essencial não somente para a criação de um clima no qual os principais intervenientes podem jogar o seu papel em matéria de GCV como também para enviar sinais através dos seus princípios e objectivos estratégicos de política que se traduzem em quadros jurídicos, institucionais e regulamentares que regem a GCV;

(ii) Muitas vezes não existe nem uma política governamental coerente sobre GCV nem é feita qualquer apreciação nos Ministérios das Finanças sobre o impacto negativo resultante da sobrecarga sobre a economia. Consequentemente, muitos países não dão a devida prioridade a GCV; e

(iii) Em alguns países da ESA não é feita nenhuma sensibilização

das propostas das CERs do Tripartido sobre GCV.

Recomendações

4.12 Os Altos Funcionários são convidados a endossar as seguintes

recomendações sobre o Quadro Directivo favorável:

(i) Todos os países que não dispõem de um quadro favorável e

apropriado de GCV devem examinar a possibilidade de o

desenvolver através de uma abordagem participativa que

envolva toso os principais intervenientes dos sectores público e

privado. Os aspectos nacionais ligados à GCV devem ser

encarados no contexto e quadro regionais alargados em termos

de “pensar ao nível regional e agir ao nível nacional”;

(ii) Urge manter um diálogo continuado entre as principais partes

interessadas dos sectores público e privado (nomeadamente as

associações de transportadores) com vista a sensibilizá-los

sobre o preço que o país tem a pagar devido a uma GCV

ineficaz e obter o seu apoio total na implementação de uma

política eficaz em matéria de GCV. Para beneficiar deste apoio,

é importante quantificar e em seguida demonstrar aos principais

intervenientes as inúmeras vantagens que decorrem da

implementação dessa política; e

(iii) ASANRA e outros órgãos sub-regionais congéneres,

nomeadamente a FESARTA, FCFASA e FEAFFA, devem

9

sensibilizar os seus membros sobre a existência e importância

das propostas das CERs sobre GCV que devem servir de ponto

de partida para a implementação em todos os países nas CERs.

4.2 Arranjos Institucionais

4.2.1 O Seminário observou que os arranjos institucionais são o pré-

requisito para a implementação efectiva das estratégias acordadas

sobre a gestão da carga de veículos aos níveis Tripartido, Regional e

Nacional.

Recomendações

4.2.2 Os Altos Funcionários são convidados a:

(i) Endossar os arranjos institucionais abaixo discriminados; e

(ii) Notar que a adequação dos arranjos institucionais

existentes para a GCV efectiva serão revistos e melhorados

sempre que for julgado necessário.

Arranjos Institucionais para a GCV

Nível Função Orgão Entidade organizacional

1. Regional Formula

ção de

directiva

s

Vários

Tripartido

Chefes de Estado

Conselho de Ministros

Comités Ministeriais Sectoriais

Politica

Operacio

nal

Comité Permanente de Funcionários

Estados Membros

Secretariado

o Grupo de Trabalho do Tripartido

sobre VLM

2. Sub-

regional

Disseminação

de Politíca

Vários

Sub-regional

ASANRA

ARMFA

FESARTA

FCFASA, FEAFAA

Instituições de Gestão de Corredores

(CMIs)

Outros organismos regionais (por

10

exemplo, PMAESA)

3.Nacional Formulação

de Política

Implementaç

ão do

Projecto

Vários

Nacional

Estados Membros

o Ministérios/departamentos do

governo responsáveis pela

elaboração de políticas

o Ministérios/departamentos do

governo responsáveis pela

infraestrutura rodoviária

o Ministérios/departamentos

governamentais responsáveis

pela aplicação da lei

o Comité Consultivo Nacional de

VLM (ppp)

o CMIs

4.3 Legislação e Regulamentos

4.3.1 O Seminário notou que para a adopção de uma abordagem regional

harmonizada em matéria de gestão da carga de veículos na região do

Tripartido será, em princípio, necessária uma harmonização dos

requisitos jurídicos. Esses requisitos podem ser baseados nas

directivas recentemente desenvolvidos pela EAC e incluído na Acta

da EAC que foi aprovada pelo Conselho dos Ministros Multissectoriais

na sua reunião em Nairobi, Quénia, a 17 de Fevereiro de 2012. Estes

instrumentos jurídicos incorporam a visão regional em torno de GCV,

incluindo os mais recentes desenvolvimentos.

Recomendação

4.3.2 Os Altos Funcionários são convidados a instruir as CERs do

Tripartido no sentido de convocarem uma reunião de Peritos

Técnicos e Jurídicos do Tripartido para examinar e validar o

projecto do Memorando de Entendimento (MOU) entre os

Membros do Tripartido com o objectivo de assegurar a

implementação da Estratégia de GCV

4.4 Infraestruturas e Equipamento de Pontes-Básculas

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4.4.1 O Seminário notou as operações efectivas e eficazes de controlo do

peso de veículos na região do tripartido exigem o seguinte,

nomeadamente:

(i) A selecção de tipos apropriados de pontes-básculas estáticas e

de balanças portáteis/móveis para efeitos de aplicação da lei;

(ii) A Adopção de um plano apropriado das instalações de pontes-

básculas; e

(iii) O desenvolvimento de uma rede de estações de controlo da

sobrecarga em pontos estratégicos ao longo dos principais

corredores da rede rodoviária da ESA.

4.4.2 O Seminário observou ainda que a adequação das infraestruturas de

pontes-básculas actualmente instaladas nas redes rodoviárias

nacionais da região do Tripartido varia consideravelmente. Em alguns

países estas infraestruturas ou são insuficientes em termos de

garantir uma cobertura adequada das redes nacionais de estradas ou

são inadequadas em termos de não serem fiáveis ou serem inexactas

ou inoperacionais. Pelo contrário, em outros países estão a ser

instaladas infraestruturas sofisticadas de centros de controlo do

tráfico.

4.4.3 O Seminário observou igualmente com preocupação que devido à

ausência de um plano regional de localização de pontes-básculas, as

pontes-básculas podem estar a ser instaladas em locais não

estratégicos ao longo dos corredores regionais.

Recomendações

4.4.4 Os Altos Funcionários são convidados a examinar e endossar as

seguintes recomendações, nomeadamente:

(i) Todo o investimento previsto para o future nas infraestruturas de

ponte-báscula deve ser feito no quadro de um plano de

localização regional de pontes-básculas que cubra todos os

pontos estratégicos dos itinerários rodoviários dos corredores

regionais a partir do porto de partida até ao destino na rede

regional;

12

(ii) As CERs do Tripartido são instruídas no sentido de elaborar um

plano de localização regional de pontes – básculas a ser

anexado a Estratégia e Plano de Implementação da GCV do

Tripartido;

(iii) Sempre que for prevista/planeada a abertura de novas

instalações fronteiriças, a ponte-báscula não deverá ser

unicamente localizada numa zona aduaneira, mas igualmente

prevista a possibilidade de partilhar a referida ponte-báscula

entre os países limítrofes no quadro de um arranjo de Fronteira

de Paragem Única;

(iv) A instalação de pontes-básculas nos portos, armazéns de

contentores interiores e nas estações de frete e o papel das

administrações responsáveis pela gestão dos portos, armazéns

de contentores e estações de frete no controlo da gestão da

sobrecarga de veículos deve ser definida e melhorada tendo em

conta que estas instalações são os pontos essenciais de

aplicação das normas e regulamentos em matéria de GCV;

(v) Atenção particular deverá ser prestada a selecção do tipo mais

apropriado de equipamento e infraestruturas de pontes-básculas

em função de factores tais como o volume do tráfico comercial a

pesar;

(vi) Tanto quanto possível, os equipamentos das pontes-básculas

devem ser uniformizados ou pelo menos harmonizados sobre os

principais corredores da região para facilitar as actividades de

formação; e

(vii) Cada país deve realizar um inventário do seu estoque de

pontes-básculas para determinar as suas necessidades futures

no que concerne ao plano regional de localização das pontes-

básculas.

4.5 Operação e Gestão das Pontes-Básculas

4.5.1 O Seminário notou que as actuais operações das pontes-básculas em

muitos países do Tripartido são deficientes numa serie de aspectos

que incluem, nomeadamente:

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(i) Ausência de manuais de operações e manutenção que não

assegura a consistência nas operações das pontes-básculas e

resulta em avarias constantes das balanças devido à falta de

pecas sobressalentes;

(ii) A estacoes de pontes-básculas não estão ligadas a uma rede e

existe limitada analise, notificação e intercâmbio de informação

sobre o controlo da sobrecarga ao nível nacional e nenhuma ao

nível regional;

(iii) Não existe reconhecimento mútuo dos certificados das pontes-

básculas entre os Estados membros do Tripartido;

(iv) A calibração das pontes-básculas não é efectuada com o rigor

necessário, incluindo a provisão de um certificado de calibração

– que salvo verificação prévia e apropriada da ponte-báscula,

legaliza a operação da pesagem; e

(v) A qualidade e a magnitude dos dados coligidos das pontes-

básculas é largamente variável entre os países da ESA e o

material coligido não é partilhado numa base regional.

4.5.2 O Seminário notou igualmente que no concernente a forma de

operação das pontes-básculas, é feito recurso acrescido ao

envolvimento do sector privado em alguns países da ESA utilizando

ate agora tipos de contrato tais como de prestação de serviços,

gestão e aluguer.

Recomendações

4.5.3 Os Altos Funcionários são convidados a encorajar o incremento da

participação do sector privado na operação e gestão de pontes-

básculas, com base nas seguintes opções:

Sumário das opções de envolvimento do sector privado no CCV

Ponto Contrato

de

Serviço

Contrato

de gestão

Contrato

de

aluguer

Contrato

de

concessão

Full

Privatizat

ion

Património Sector Sector Sector Sector Sector

14

Público Público Público Público Privado

Financiame

nto de

Bens Fixos

Sector

Público

Sector

Público

Sector

Público

Sector

Privado

Sector

Privado

Financiame

nto do

capital de

giro

Sector

Público

Sector

Público

Sector

Privado

Sector

Privado

Sector

Privado

Duração Curto

prazo

(1–3

anos)

Curto

prazo

(5 anos)

Medio

prazo

(6–10

anos)

Longo

prazo

(20–30

anos)

Indefinid

o

Risco Sector

Público

Sector

Público

Sector

Público

Partilhado Sector

Privado

Remuneraç

ão do

Sector

Privado

Custos

de

Operação

/ Gestão

(O&G)

Custos de

O&G

Custos de

O&G e

capital de

giro

Custos de

O&G,

capital de

giro e

financiame

nto de

bens fixos

4.6 Recursos Humanos e Formação

4.6.1 O Seminário observou que:

(i) Limitada formação formal é ministrada em muitos países do

Tripartido;

(ii) A limitada formação é ministrada no local de trabalho e de

forma ad hoc pelas entidades interessadas; e

(iii) Como resultado, a qualidade e o nível de competências do

pessoal afectado nas pontes-básculas é variável e as

operações de controlo geralmente não são efectuadas de

forma efectiva e eficiente em muitos países.

Recomendações

15

4.6.2 Os Altos Funcionários são convidados a aprovar as seguintes

recomendações, nomeadamente:

(i) Todo o pessoal envolvido nas operações das pontes-básculas

deve participar em cursos de formação prescritos e

harmonizados;

(ii) Designação de centro (s) de formação regional; e

(iii) Adopção de currículos comuns para assegurar a consistência

em todos os aspectos de formação sobre o controlo da

sobrecarga, assim como o reconhecimento mútuo das

qualificações.

4.7 Sensibilização e Apoio do Público

4.7.1 O Seminário notou a ausência generalizada de sensibilização que

ainda se faz sentir junto do publico em geral e em certa medida no

seio dos próprios operadores de transportes de alguns países do

Tripartido acerca da necessidade de VLM e dos efeitos nefastos da

sobrecarga sobre a economia nacional e regional. Porem, com o

acrescido envolvimento e participação dos principais intervenientes

em reuniões regionais onde são discutidas questões de controlo da

sobrecarga eles ganham maior consciência e conhecimento da

importância do controlo da sobrecarga de veículos e como tal são

geralmente mais cooperativos em relação a introdução de um regime

melhorado de controlo da sobrecarga na região da ESA.

Recomendações

4.7.2 Os Altos Funcionários são convidados a encorajar os Estados

Membros do Tripartido a desenharem e conduzir Campanhas de

Sensibilização do Publico para angariar o apoio público a favor dos

novos procedimentos de GCV a ser introduzidos.

4.8 Monitorização e Avaliação

4.8.1 O Seminário reconheceu a necessidade de:

16

(i) Monitorar e avaliar regularmente o estado de implementação da

GCV; e

(ii) Identificar e seleccionar os indicadores de desempenho para

monitorar e avaliar as operações de controlo do peso de

veículos na região do Tripartido.

Recomendação

4.8.2 Os Altos Funcionários são convidados a dar instruções as CERs do

Tripartido para desenvolverem um quadro de monitorização e

avaliação que inclua mecanismos para incentivar os estados

membros a implementarem a estratégia de gestão da carga de

veículos na região do Tripartido.

Projecto do Plano de Implementação de GCV do Tripartido

4.9 O Seminário tomou nota dos quadros jurídicos e institucionais na CER

e nos acordos sobre o corredor que servem de base para a

planificação conjunta, tomada de decisão e implementação e definem

o clima operacional da política e estratégia de gestão da carga de

veículos. Porem, não existe planos de implementação estratégica

sobre a GCV nas três CERs para orientar os Estados Membros no

desenho e implementação da GCV a nível nacional.

4.10 O Seminário desenvolveu o plano de implementação que consta do anexo

e tomou nota do facto de que o projecto da Estratégia sobre GCV

carece de melhorias para incluir prazos, orçamento e definição das

responsabilidades de todos os principais intervenientes, incluindo as

Instituições de Gestão dos Corredores.

Recomendação

4.11 Os Altos Funcionários são convidados a:

(i) Anotar o Projecto do Plano de Implementação VLM; e

(ii) Instruir o Secretariado no sentido de finalizar o Projecto do Plano

de Implementação de GCV para consideração na próxima

reunião.

17

5. Roteiro para a finalização da Estratégia e Plano de

Implementação e Orçamento do Tripartido sobre GCV (2015-

2020)

5.1 Os Altos Funcionários são convidados a notar o seguinte roteiro para

a finalização do desenvolvimento da Estratégia e Plano de

Implementação e Orçamento do Tripartido sobre GCV (2015-2020):

5.1.1 Actualização do projecto da Estratégia e Plano de Implementação de GCV através do melhoramento do projecto com base nas contribuições feitas pelos Estados Membros (Dezembro de 2014);

5.1.2 Custo da implementação das actividades propostas e

desenvolvimento de um orçamento e da estratégia de mobilização de recursos (Fevereiro de 2015);

5.1.3 Convocar uma reunião de peritos técnicos e jurídicos para

validar o projecto do MOU sobre a implementação da Estratégia do Tripartido sobre GCM (Fevereiro de 2015); e

5.1.4 Desenvolvimento do Plano Regional sobre Localização de

Pontes-Básculas (Março de 2015); e

5.1.5 Consolidar e submeter a Estratégia e Plano de

Implementação de GCV e o Orçamento e Roteiro a

aprovação dos Ministros (Maio de 2015).

6. Diversos

7. Data e Local da Próxima Reunião

8. Encerramento da Reunião