Revestimentos Exteriores de Paredes

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 1/42

    2. REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DE PAREDES

    2.1 INTRODUO

    Os revestimentos para paramentos exteriores de paredes devem proteger o tosco da parede das

    aces dos diversos agentes agressivos, resistindo eles prprios a esses agentes, contribuir para

    a estanquidade gua da parede, conferir parede caractersticas aceitveis de planeza,

    verticalidade e regularidade superficial e proporcionar parede ao efeito decorativo pretendido,

    mantendo-se limpos ou pelo menos tornem fcil a sua limpeza.

    Para isso devero satisfazer as exigncias funcionais relativas a revestimentos de paredes.

    As exigncias funcionais dos revestimentos de parede so indissociveis das exigncias

    funcionais das paredes, pois as funes atribuveis ao conjunto tosco da parede-revestimento

    podem ser exercidas com maior ou menor contributo de cada um desses componentes.

    H, no entanto, funes que competem em exclusivo, ou quase, a apenas um desses

    componentes. o caso, por exemplo, das exigncias de estabilidade, de resistncia estrutural, de

    conforto higromtrico ou de conforto acstico, cuja satisfao em situaes correntes competir

    praticamente em exclusivo ao tosco das paredes. Por outro lado, a satisfao das exigncias de

    segurana no contacto, de aspecto, de regularidade superficial, de conforto visual, de conforto

    tctil , no caso geral, de exclusiva responsabilidade dos revestimentos de paredes. no entanto, o conjunto tosco da parede-revestimento, que dever satisfazer as exigncias de

    segurana contra riscos de incndio, de estanquidade gua, de resistncia aos choques, de

    resistncia gua, de durabilidade, etc.

    2.2 CLASSIFICAO DOS REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOSEXTERIORES DE PAREDES

    2.2.1 REVESTIMENTOS DE ESTANQUIDADEUm revestimento diz-se de estanquidade quando capaz de garantir praticamente por si s a

    estanquidade gua exigvel em geral ao conjunto tosco da parede-revestimento. Estes

    revestimentos devem manter as suas caractersticas de estanquidade mesmo no caso de

    ocorrncia de fissurao do suporte. So os seguintes os revestimentos mais correntes deste

    tipo: revestimentos por elementos descontnuos (de fixao directa ao suporte ou

    independentes), revestimentos de ligantes

    hidrulicos armados e independentes e revestimentos de ligantes sintticos armados com rede defibra de vidro.

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    2.2.1.1 Revestimentos por elementos descontnuos bardagesEstes revestimentos so executados a partir de elementos (placas, rguas ou ladrilhos)

    prfabricados de fibrocimento, beto, metal, plstico, madeira, pedra natural ou artificial,

    materiais cermicos, etc., apresentam pequena espessura e tm forma e dimenses faciais

    diversas.

    Os revestimentos por elementos descontnuos de pedra natural, tm uma tecnologia de execuo

    de certo modo muito especfica e j muito consagrada.

    Estes elementos de revestimento so fixados mecanicamente parede, ou directamente caso

    em que se tem revestimentos por elementos descontnuos de fixao directa ao suporte ou,

    muito frequentemente, por intermdio de uma estrutura (ripado, engradado) de madeira ou

    metlica, que se estende ao longo de toda a parede, ou de peas metlicas de reduzidas

    dimenses para fixao pontual revestimentos por elementos descontnuos independentes

    do suporte.

    Estes dois processos de fixao indirecta do origem formao de uma caixa-de-ar entre o

    revestimento e a parede onde pode ser inserido um isolante trmico

    No que se refere s dimenses faciais, existem as seguintes tipologias de elementos:

    - elementos de reduzidas dimenses faciais (soletos ou escamas);- elementos em forma de rguas ou lminas;- elementos de grandes dimenses faciais (placas)

    A maior dimenso dos elementos considerados de reduzidas dimenses no ultrapassa 1 metro

    e a relao entre as duas dimenses faciais inferior a trs. Estes elementos so em geral de

    barro vermelho, madeira, fibrocimento, beto e pedra natural ou artificial.

    A menor dimenso dos elementos em forma de lminas quase sempre inferior a 0,30 m. H

    lminas de madeira, ao, alumnio ou plstico.

    A menor dimenso facial dos elementos considerados de grandes dimenses superior a1metro. o que acontece com as placas de fibrocimento de plstico e metlicas.

    A durabilidade dos revestimentos por elementos descontnuos deve ser comparvel da prpria

    parede; essa durabilidade deve ser atingida no s pelos elementos de revestimento, mas

    tambm pelas fixaes. Estas devem ser bem tratadas contra a corroso ou qualquer outro

    processo de deteriorao pois, por no serem acessveis, no podem ser submetidas a

    manuteno peridica.

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    2.2.1.2 Revestimentos independentes por elementos descontnuos de placas de pedrasnaturais

    Um revestimento em placas de pedra natural composto por trs elementos:

    - um revestimento em placas de pedra, com vrias espessuras e dimenses possveis;- um sistema de fixao desse revestimento ao elemento resistente que a parede;- uma camada de transio entre o revestimento e a parede portante, podendo essa

    camada ser unicamente constituda por uma lmina de ar, ou ento por elementos de

    isolamento ou de impermeabilizao colocados entre as placas de pedra e a parede

    de suporte

    As placas de pedra so geralmente de forma rectangular, embora possam apresentar outras

    formas, como por exemplo, os soletos de ardsia, tradicionais na nossa arquitectura autctone,

    em forma de escama.

    Figura 1 Soletos de ardsia - elementos de reduzidas dimenses faciais

    A escolha de determinado tipo de pedra deve ser condicionada, para alm das razes estticas,

    pelo estudo da localizao do revestimento no imvel e da situao do imvel no contexto

    geogrfico, e pela determinao das caractersticas fsicas da rocha e sua resposta s diversas

    solicitaes.

    Relativamente situao do revestimento no imvel dever ser tido em conta, entre outros

    factores, os seguintes condicionantes: inclinao do revestimento relativamente vertical,

    existncia ou no de salincias prximas que intensifiquem escorrncias, localizao dorevestimento em zonas especialmente sujeitas a choques, ou a aces horizontais, como

    embasamentos, cunhais, orientao e exposio solar, exposio a ventos fortes dominantes, etc.

    Pedras muito porosas so desaconselhadas em zonas em que facilmente se acumulem lixos e

    poeiras, pedras muito frgeis so desaconselhadas em locais sujeitos facilmente a choques.

    Em referncia localizao do imvel no contexto geogrfico deve-se atender ao seguinte:

    situao ou no em envolvente fortemente urbana (entenda-se poluda); clima dominante,

    temperatura, pluviosidade, regime de ventos, regimes de gelo e degelo; proximidade de

    elementos fortemente poluidores.

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    As caractersticas das pedras que mais facilmente e fortemente condicionaram a sua

    durabilidade e qualidade de envelhecimento so a capilaridade, a resistncia ao gelo e a sua

    resistncia mecnica.

    As pedras utilizadas usualmente em revestimentos exteriores so fundamentalmente os granitos,

    os mrmores, os calcrios, os xistos e os basaltos.

    O acabamento superficial das placas de pedra pode ser de diversos tipos, consoante a natureza

    da pedra, a utilizao futura e necessariamente consideraes estticas. Assim poderemos ter

    pedras com acabamento bruto, obtido pela fendilhao da rocha, acabamento serrado, obtido

    pelo corte da pedra, ou com acabamentos tratados, como o amaciado, o polido, o bujardado ou o

    flamejado.

    2.2.2. ASPECTOS A CONSIDERAR NA APLICAO DE UM REVESTIMENTO DE

    PLACAS DE PEDRA NATURAL

    2.2.2.1 Escolha do tipo de revestimento

    Os revestimentos em placas de pedra natural podem dividir-se em dois tipos principais:

    revestimentos auto-portantes e revestimentos acoplados a um suporte resistente e portante,

    tambm designados por no resistentes. Estes dois tipos tem caractersticas de funcionamento

    diversas e condicionantes diferentes.

    Um revestimento de placas de pedra auto-portante insere-se no mbito das paredes duplas, ou

    triplas, isto , funciona como um elemento resistente, com alguma espessura, no mnimo de 7,5

    cm, capaz de suportar o seu peso prprio e demais aces verticais, por encosto topo a topo, e

    que dever ser solidarizado ao conjunto da parede por grampos, ou gatos, para auxlio na

    resistncia s aces horizontais, encurvadura e ao movimento determinado, por exemplo,

    pelas variaes trmicas. Permitem facilmente a incluso de uma caixa de ar ventilada e a

    colocao de isolamentos trmicos com alguma espessura.

    Os revestimentos no resistentes podero ser fundamentalmente de dois tipos:

    - de fixao directa, quando o elemento que faz a solidarizao do revestimento aosuporte continuo e de espessura diminuta, quer seja por colagem (com cola ou

    argamassa cola), ou por selagem (pela utilizao de uma argamassa de cal

    hidrulica);

    - de fixao indirecta, quando a solidarizao garantida por elementos pontuais, dequantidade varivel por unidade de revestimento, do tipo grampo, agrafo ou gato.

    Um revestimento de placas acoplado a um suporte por meio de fixaes , por exemplo,fortemente condicionado pelo peso prprio do mesmo, funo necessariamente da espessura da

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    pedra, e pela distncia ao ponto de suporte, pelo que se tenta, no compromisso possvel entre

    efeito esttico, resistncia flexo e ao choque, economia, conforto e segurana do conjunto,

    conseguir a menor espessura, quer da pedra, quer da camada intermdia.

    2.2.2.2Escolha do sistema de suporte

    Determinante da qualidade de um revestimento acoplado a um suporte a escolha do sistema de

    suporte do mesmo.

    O sistema de suporte, tal com a designao indica, tem por funo suportar o peso do

    revestimento, e de outros elementos a ele anexos como sub-camadas isolantes, isto resistir s

    foras verticais, mas tambm evitar o deslocamento e o derrube sobre o efeito de aces

    horizontais, como por exemplo o vento. Funciona ainda como um amortecedor, absorvendo as

    deformaes diferenciais entre suporte e revestimento, reduzindo os esforos sobre o

    revestimento, geralmente mais frgil e mais sujeito a deterioraes que o suporte.

    A escolha de determinado sistema de fixao do revestimento em detrimento de outro prende-se

    com diversos factores designadamente a natureza do suporte, isto , a possibilidade de

    solidarizao do sistema de fixao, quer por chumbadouro, fixao mecnica, colagem, etc. e o

    comportamento fsico do suporte aps a colocao do revestimento, variaes dimensionais

    relacionadas, por exemplo, com retraco de presa, variao trmica, assentamentos e

    cedncias.

    Prende-se ainda com a eventual presena de sub-camada de isolamento ou impermeabilizao,

    com a sua espessura, isto , com a distncia entre o limite do suporte e plano axial das placas, e

    com os esforos induzidos pelo peso prprio do revestimento, bem como variaes

    dimensionais, sobre o suporte. A natureza das placas de revestimento tambm condiciona a

    escolha da fixao, nomeadamente o peso prprio das placas, suas caractersticas geomtricas e

    possveis variaes dimensionais.

    Outro factor a considerar na escolha do sistema de fixao a situao do revestimento em

    questo no total da obra, e a existncia de zonas singulares, isto , zonas especialmente

    solicitadas e expostas, como por exemplo embasamentos, bordaduras, cunhais, elementosestruturais, pilares, vigas e topos de lajes.

    O dimensionamento de um sistema de fixao deveria ser, sempre que possvel, baseado em

    ensaios e verificado por clculo.

    As fixaes podem ser de cobre, lato ou ao inox, isto , em materiais no oxidveis para uma

    maior longevidade do conjunto.

    2.2.2.3 Condies e limites de aplicao

    Como foi dito atrs, a utilizao de determinado tipo de fixao determinada pelascaractersticas do suporte e pela existncia ou no de sub-camada isolante. O D.T.U. 55.2

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    estabelece um quadro de compatibilidades entre diversos tipos de suportes, e de fixaes,com e

    sem sub-camada isolante (Quadro 1).

    Quadro 1 Compatibilidade entre suportes e processos de fixao de revestimentos de pedra

    Processo de Fixao

    Placas no-resistentesAgrafos com pontos de

    argamassa Gatos

    Suporte

    Chumbados Fixadosmec.

    Chumbados Fixadosmec.

    Estruturaintermdia

    (1)

    Placasresistentes

    Beto corrente SIM SIM SIM SIM SIM SIM

    Beto de agregados leves SIM (2) SIM (2) SIM SIM

    Tijolos (3) no (3) no SIM (4)

    Blocos de beto deagregados correntes ouleves

    (3) no (3) no SIM (4)

    Blocos de beto celularautoclavado

    no no (5) no SIM SIM

    Pedra natural SIM no SIM no SIM SIM

    (1) A estabilidade da ligao da estrutura intermdia ao suporte deve ser inequivocamente

    assegurada.

    (2) Processo de fixao admissvel se a resistncia caracterstica do beto aos 28 dias de idade

    for 15 MPa

    (3) - Processo de fixao admissvel apenas em paredes no resistentes, at um mximo de 6 m

    de altura do paramento e desde que os agrafos ou gatos sejam chumbados com argamassa decimento, numa profundidade mnima de duas fiadas de furos.

    (4) - Processo de fixao admissvel em paredes resistentes ou no resistentes, desde que os

    gatos de posicionamento se insiram em juntas horizontais da alvenaria.

    (5) - Processo de fixao admissvel apenas no caso das juntas entre placas de revestimento

    serem deixadas abertas ou, ento, preenchidas com material resiliente.

    Estabelece ainda condies limites para a utilizao de fixao por agrafos e pontos de

    argamassa, designadamente no que refere altura do edifcio, (edifcios de altura no superior a28 metros), s dimenses da placa, (placas com um mximo de 1 m2 de rea em que a maior

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    dimenso no poder exceder o 1,40 m) e ao afastamento das placas ao suporte ( distncia entre

    o tardoz da placa e o suporte compreendida entre 20 mm e 50 mm). Estas restries so ainda

    aplicveis ao sistema de fixao por gatos, desde que o conjunto das placas funcione de forma

    nica, quer pelo emprego de materiais no deformveis nas juntas das placas, quer pela

    utilizao de gatos rgidos ou colocao de pontos de argamassa conjuntamente com os gatos.

    2.2.2.4 Sistemas de suporte

    Os sistemas de fixao so fundamentalmente os seguintes:

    - fixao por agrafos e pontos de argamassa, de fcil execuo mas com umproblema, inviabiliza a colocao de um isolamento trmico contnuo entre o

    suporte e o revestimento.

    - fixao efectuada por gatos. Este sistema j possibilita a colocao de umisolamento trmico, sendo contudo de execuo um pouco mais difcil. A fixao

    pode ser obtida por chumbagem dos gatos, ou por fixao mecnica.

    - fixao a uma estrutura intermdia, metlica ou de madeira. Este sistema teruma execuo mais simplificada do que qualquer um dos anteriores, mas com um

    grande problema, o custo elevado.

    Figura 2 Agrafos aplicados em topos verticais das placas de pedra e chumbados com

    argamassa na parede

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    Figura 3 Agrafagem pelo tardoz das placas

    Figura 4 Algumas configuraes de agrafos

    Figura 5 Regras de fixao de agrafos em chumbadouros de argamassa

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    Figura 6 Regras de insero dos agrafos nas placas

    Figura 7 Algumas configuraes de gatos

    Nos sistemas de fixao directa ao suporte so usualmente utilizada 4 fixaes por placa, duas

    fixaes de suspenso e duas fixaes de posicionamento.

    No topo horizontal inferior so colocadas as fixaes de suspenso, e nas zonas superiores dos

    topos laterais so aplicadas as fixaes de posicionamento.

    Quando se utilizam grampos ou gatos com fixao mecnica ao suporte, as cavilhas devem ser o

    mesmo material que os gatos ou agrafos, para evitar a corroso.

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    Figura 8 - Esquemas possveis de funcionamento dos gatos

    Figura 9 Gatos visveis ou invisveis do paramento interior

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    Figura 10 Pormenor da colmatagem do estilete do gato nos furos de fixao das placas

    Dimensionamento de agrafos

    4 mm para placas de 20 mm de espessura 5 mm para placas com espessura compreendida entre 30 e 40 mm 6 mm para placas de espessura superior a 60 mm

    Figura 11 Localizao dos elementos de fixao

    Figura 12 Estrutura intermdia metlica utilizada em paredes de beto

    LEGENDA

    A - Fixaes de Posicionamento

    B - Fixaes de Suspenso

    a - c a 1/5 c

    b - d a 1/5 d

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    2.2.2.5 Escolha da sub-camada de isolamento trmico

    A sub-camada de isolamento trmico, que poder ser colocada entre o suporte e o revestimento,

    para a melhoria da performance trmica do conjunto, dever ser constituda por painis pr-

    fabricados, rgidos ou semi-rgidos, colocados de encontro ao suporte, e de forma a garantir uma

    lamina de ar, livre, de no mnimo 20 cm, para garantir efectivamente a ventilao. No

    admissvel a colocao de isolamento trmico juntamente com a utilizao de um sistema de

    fixao por agrafos e pontos de argamassa.

    Devem ainda ser tomadas outras precaues, quer na escolha do isolamento trmico, quer na sua

    colocao, para garantir a qualidade do conjunto.

    A ventilao da lmina de ar deve ser garantida por aberturas, colocadas no topo e na base do

    revestimento, com uma seco mnima til de 100 cm2 por metro linear de revestimento.

    O painis isolantes, quando submetidos a ciclos de humidificao e secagem, devem readquirir

    as suas caractersticas rapidamente, sendo sempre prefervel um revestimento que no altere o

    seu comportamento pela presena da gua.

    Dever ser assegurada a compatibilidade fsico-qumica entre o material escolhido para sub-

    camada isolante e os materiais em contacto directo com o mesmo, nomeadamente os elementos

    do sistema de fixao e o acabamento do suporte.

    A escolha do material isolante no dever em nenhum caso representar um risco acrescido face

    possibilidade de incndio.

    2.2.2.6 Caractersticas dimensionais

    As caractersticas dimensionais quer das placas, quer dos agrafos so condicionadas por

    diversos factores, entre eles, a solicitao a que o revestimento est sujeito e as caractersticas

    da rocha.

    - EspessuraA espessura da placa determinada pelas caractersticas da rocha, pelas dimenses

    planimtricas da placa, pelo modo de colocao, pelo tipo de sistema de suporte, enecessariamente pelas solicitaes a que est sujeita.

    Dever recorrer-se a ensaios de comportamento para a determinao das espessuras, quer em

    referncia resistncia aos agrafos, quer flexo; contudo as espessuras nunca devero ser

    inferiores aos seguintes valores:

    - 27 mm, no caso geral;- 20 mm, no caso em que as paredes revestidas estejam divididas em troos de 6 m de

    altura mxima, contados a partir de um nvel base onde seja possvel a circulao ao

    lado revestimento, com uma largura mnima de passagem de 0.60 m.- 75 mm, para os revestimentos auto-portantes

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    - Dimenses planimtricasAs placas correntemente usadas no revestimento de paredes so de forma rectangular, com uma

    rea mdia de 0,30 m2, isto , a colocao de cerca de 3 placas por m2 de superfcie de parede. A

    relao entre as duas dimenses no dever exceder uma proporo de 1 para 3 .

    2.2.2.7 Materiais dos agrafos

    Os agrafos no devero reagir nem com as argamassas, nem com o ambiente atmosfrico pelo

    que devero ser executados num dos materiais seguintes:

    - Cobre, com de dureza;- Lato ( liga cobre-zinco) 60/40- Ao inoxidvel- Bronze

    Dimenso e forma dos agrafos

    O dimensionamento objectivo dos agrafos quando colocados com pontos de argamassa

    praticamente impossvel pois o comportamento dos pontos de argamassa no facilmente

    determinvel, nem a sua influencia no funcionamento dos agrafos. Existem contudo normas

    empricas que devero ser seguidas:

    - um agrafo nunca dever ter espessura inferior a 3 mm em zona protegida, nem a 4mm em zona exposta;

    - para placas de pedra de 20 mm de espessura utilizar agrafos com espessura mnimade 4 mm;

    - para placas de pedra com espessuras entre os 30 e 40 mm utilizar agrafos comespessura mnima de 5 mm;

    - utilizar agrafos com 6 mm de espessura para espessuras superiores das placas;- o agrafo deve ter comprimento suficiente para ficar preso no suporte e no

    unicamente no ponto de argamassa.

    2.2.2.8 Pontos de argamassa

    Os pontos de argamassa devero encher completamente os orifcios executados para a

    chumbagem dos agrafos, e devero extravasar estes, enchendo o espao entre o suporte e a placa

    num dimetro mdio de 10 cm.

    Dever ser sempre que possvel evitada a colocao de pontos de argamassa intermdios, sem

    agrafos, no meio das placas. So aceitveis em placas de grandes dimenses ou em zonas

    especialmente sujeitas ao choque, como o caso dos embasamentos.

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    Contudo, nunca devero ser impedimento fcil reconduo ao exterior da agua infiltrada pelas

    juntas das placas, pelo que os "pontos" de argamassa contnuos no so aceitveis.

    Devero ser tomados os cuidados necessrios para que no ocorram escorrncias de argamassas

    para o interior da lmina de ar.

    2.2.2.9 Fixaes

    Na fixao das placas dever ser atendido o seguinte:

    Uma placa nunca dever ser colocada sobre dois suportes diferentes, isto , ser submetida a

    esforos pelo comportamento diferencial dos dois suportes:

    As fixaes podem ser por chumbadouro ou por sistema de fixao mecnica.

    Os orifcios para o chumbadouro dos agrafos devero ser executados em condies tais que

    garantam a aderncia e a solidarizao entre o suporte e os pontos de argamassa. Dever ser tida

    em ateno a densidade da armadura para que a localizao e a execuo do orifcio no

    impliquem diminuio da capacidade resistente do suporte.

    No caso da fixao mecnica os materiais das cavilhas e dos agrafos devero ser de natureza

    semelhante, no podendo existir a possibilidade de corroso por electrlise entre os dois.

    Na colocao das placas prximo das zonas de cunhais devero ser utilizados orifcios ou

    fixaes orientadas segundo o plano bissector do diedro formado pelas duas paredes, ou

    paralelas a este, para que no se assista ao descolamento de parte da parede.

    Os orifcios devero ter profundidade mnima de 6 cm, para permitir uma ancoragem mnima de

    5 cm do agrafo.

    O chumbadouro dos agrafos dever ser feito com argamassa de cimento com uma dosagem de

    400 Kg de cimento, isto , argamassa ao trao 1:2 ou 1:3, ou em alternativa com argamassa

    bastarda, dom uma parte de cimento, para uma parte de cal, para 5 a 6 partes de areia.

    Os inertes devero estar limpos de poeiras

    Os agrafos devero ser fixos s placas atravs de orifcios executados nestas, com um mnimo

    de 30 mm de profundidade, o que permite uma fixao mnima do agrafo de 25 mm, ficando

    livres 5 mm para variaes trmicas ou outros esforos dos agrafos. Devero ter um dimetrosuperior em 1 cm ao dimetro dos agrafos. O eixo dos orifcios dever encontrar-se sobre o eixo

    da espessura da placa.

    Estes orifcios devero ser executados, sempre que possvel na oficina do marmorista.

    No caso de peas junto a cunhais, e onde no possvel aplicar os agrafos normais, colocam-se

    agrafos em cotovelo, ocultos sob a placa de pedra.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 15/42

    2.2.3 EXECUO DE REVESTIMENTOS DE PEDRA NATURAL

    2.2.3.1 Sistemas auto-portantes

    O revestimento de paredes por placas de pedra auto-portantes insere-se no campo de execuo

    de alvenarias (e cantarias), pelo que dever respeitar as normas para a sua execuo.

    As pedras so assentes topo com topo, descarregando o seu peso umas sobre as outras. As juntas

    de assentamento sero executadas com argamassa de cal ou bastarda.

    Devero levar gatos, ou grampos, para solidarizao com o outro, ou outros, panos de parede.

    Os dois panos das paredes exteriores sero travados entre si por grampos ou ligadores de arame

    de ao inox, colocados nas juntas horizontais de assentamento com gasto de cerca, nas zonas de

    paredes duplas, de 1 grampo por m2.

    Esses grampos devero ser executados em material no oxidvel. Devero ser colocados de

    forma a evitar o escorrimento de gua para o lado interior, ao longo do seu corpo, para o que

    podero ter formato especial (curvatura ao meio) de preferncia sero colocados com leve

    inclinao para baixo e para o exterior.

    2.2.3.2 Sistema de fixao por agrafos e pontos de argamassa

    Figura 13 - Esquema de marcao da localizao dos chumbadouros

    1- Marcao dos locais onde sero executados os chumbadouros dos agrafos parede e ospontos de argamassa.

    2- Abertura dos furos na parede. Os furos para chumbadouro devero ter no mnimo 60 mm de

    profundidade, de modo a permitir uma penetrao do agrafo de pelo menos 50 mm, e 40 mm de

    dimetro, para que se efectua uma verdadeira solidarizao do agrafo ao suporte.

    3- Limpeza e humedecimento dos furos para melhor aderncia das argamassas

    4- Preenchimento dos furos com argamassa e execuo simultnea dos pontos de argamassa. A

    argamassa dever ser do trao volumtrico 1 : 2 a 3 (cimento Portland : areia) ou 0,5:0,5: 2 a 3

    (cimento Portland : cal apagada em p: areia), devendo a areia estar limpa e apresentargranulometria entre 0,08 mm e 2 ou 3 mm.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 16/42

    Figura 14 - Revestimento de placas de pedra

    Figura 15 - Pormenor da fixao dos agrafos e dos pontos de argamassa - Junta elstica

    5- As placas devero ser perfuradas nos seus topos para colocao dos agrafos. Os furos devero

    exceder em cerca de 5 mm o comprimento do agrafo e dimetro ser superior em 1 mm o

    dimetro do agrafo. O espao entre os agrafos devera ser preenchido por um mastique elstico

    que absorva os movimentos relativos do revestimento e do suporte.6- Colocao das placas no local, encostando-as ao suporte, de modo a inserir os agrafos,

    previamente fixados s placas, no interior dos chumbadouros e de encontro aos pontos de

    argamassa. Os pontos de argamassa devero embeber completamente os agrafos, ficando, aps a

    compresso com um dimetro de aproximadamente 100 mm. As placas devem ser previamente

    humedecidas para aumento de aderncia aos pontos de argamassa.

    7- Alinhamento e aprumo das placas, com recurso a cunhas de madeira ou PVC que sero

    introduzidas nas juntas horizontais e verticais entre placas.

    8- Aps a presa dos chumbadouros e dos pontos de argamassa, sero retiradas todas as cunhas.9- Preenchimento das juntas entre as placas, se for desejado.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 17/42

    Figura 16 - Colocao de cunhas para alinhamento das placas

    Figura 17 - Sistema de fixao por agrafos e pontos de argamassa. - Preenchimento de juntas -Juntas cheias com materiais elstico

    2.2.2.3 Sistema de fixao por gatos

    - Gatos Chumbados

    1- Marcao dos locais onde sero executados os chumbadouros dos gatos parede

    2- Abertura dos furos na parede. Os furos para chumbadouro devero ter no mnimo 60 mm de

    profundidade, de modo a permitir uma penetrao do gato de pelo menos 50 mm, e 40 mm de

    dimetro, para que se efectua uma verdadeira solidarizao do gato ao suporte.

    3- Limpeza e humedecimento dos furos para melhor aderncia das argamassas

    4- Preenchimento dos furos com argamassa. A argamassa dever ser do trao volumtrico 1 : 2

    a 3 (cimento Portland : areia) ou 0,5:0,5: 2 a 3 (cimento Portland : cal apagada em p: areia),

    devendo a areia estar limpa e apresentar granulometria entre 0,08 mm e 2 ou 3 mm.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 18/42

    5- As placas devero ser perfuradas nos seus topos para colocao dos gatos. Os furos devero

    ser cilndricos, ter profundidade superior em 5 mm ao comprimento do estilete (com um mnimo

    de 30 mm) e dimetro superior em 1 mm ao dimetro do estilete.

    6- Colocao das placas no local, encostando-as ao suporte, de modo a inserir os gatos,

    previamente fixados s placas, no interior dos chumbadouros.

    Figura 18 - Gatos chumbados parede.

    7- Alinhamento e aprumo das placas, com recurso a cunhas de madeira ou PVC que sero

    introduzidas nas juntas horizontais e verticais entre placas.

    8- Aps a presa dos chumbadouros sero retiradas todas as cunhas.

    9- Preenchimento das juntas entre as placas, se for desejado.

    Figura 19 - Sistema de fixao por gatos - Preenchimento de juntas

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 19/42

    - Gatos Fixados mecanicamente

    Idntico fixao por gatos chumbados. O sistema de fixao mecnica dever ser testado

    previamente.

    Existem no mercado vrias marcas que comercializam diversos tipos de suportes de fixao, que

    esto homologados por Organismos Nacionais e Internacionais.

    2.2.3.4 Sistema de fixao por estrutura intermdia

    A utilizao de uma estrutura intermdia que faz a ligao entre o suporte e o revestimento,

    permite a execuo do revestimento sem ter em conta quer a natureza quer o estado do suporte,

    na zona corrente, uma vez que a fixao se faz pontualmente em zonas resistente ou que foram

    tornadas resistentes.

    Exemplo tradicional de um sistema de fixao por estrutura intermdia o revestimento de

    fachadas com soletos de ardsia pregados a um ripado, muitas vezes executado sobre uma

    parede de taipa.

    A estrutura intermdia serve a distribuio ou a concentrao de cargas, pela opo de fazer

    muitas ou poucas ligaes ao suporte. Permite pois adequar os esforos a que est sujeito o

    suporte sua capacidade resistente.

    A estrutura intermdia pode ser ligada ao suporte de diversos modos, sendo geralmenteexecutada com gatos chumbados ou fixados mecanicamente.

    2.2.4 OUTROS ASPECTOS A ATENDER NA EXECUO DESTESREVESTIMENTOS

    2.2.4.1 Proteco contra infiltraes de agua

    Ser garantida atravs da proteco da zona superior do revestimento com um elemento queimpea a entrada de agua no espao entre o revestimento e o suporte, mas que no impea a

    ventilao desse mesmo espao.

    O revestimento no garantia de estanquidade, pelo que, nas ombreiras dos vos, a

    estanquidade do conjunto dever ser garantida pela ligao directa entre a caixilharia, e a zona

    da parede com proteco de estanquidade, ou, entre a caixilharia e soleiras ou peitoris, e entre

    estes e a parede.

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    2.2.4.2 Garantia de ventilao da lmina de ar

    Dever ser garantida pelos seguintes cuidados.

    Colocao de espaos de ventilao na base e no topo do revestimento, com cerca de 100 cm2

    por ml de revestimento, o que equivale a uma frincha continua com 1 cm de largura.

    Quando da existncia de pontos de argamassa ou de enchimentos para reforo do revestimento

    contra choques, a argamassa no dever ser contnua, antes formando bandas de orientao

    vertical.

    2.2.4.3 Garantia da existncia de juntas de funcionamento do revestimento.

    O revestimento e o suporte tm movimentos prprios. Quando as juntas entre placas de

    revestimento so totalmente preenchidas por argamassa (no elstica), devem ser deixadas

    juntas livres, com algum espaamento, para absorver os movimentos do revestimento. Por

    razes estticas estas juntas podero ser preenchidas, todavia o material dever ser elstico e

    deformvel, permitindo a absoro das dilataes e contraces nessa junta.

    2.2.5 REVESTIMENTOS DE LIGANTES HIDRULICOS ARMADOS E INDEPENDENTESTrata-se de revestimentos de ligantes hidrulicos armados com armadura metlica, em que o

    processo de fixao parede garante a formao de uma caixa-de-ar entre a parede e o

    revestimento armado. A fixao do revestimento parede feita por intermdio de uma

    estrutura de madeira ou metlica.

    A armadura deve comportar uma folha de papel na sua face interior, para reter o revestimento

    no momento em que ele aplicado, evitando que atinja a parede.

    Estes revestimentos no devem ser aplicados em superfcies horizontais, ou pouco inclinadas,

    expostas aco da chuva. Devem ser interrompidos pelo menos a 10 cm do solo e ficar com os

    seus bordos inferior e superior protegidos com perfis adequados.

    2.2.6 REVESTIMENTOS DE LIGANTES SINTTICOS ARMADOS COM FIBRA DE VIDROTrata-se de revestimentos delgados obtidos a partir de produtos de ligantes sintticos com

    elevado teor em ligante. So concebidos para serem empregues em tratamento curativo de

    fachadas que apresentem deficincias de estanquidade, nomeadamente devidas a fissurao do

    revestimento antigo. Devem ser suficientemente elsticos para manterem as caractersticas de

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 21/42

    estanquidade no caso de evoluo (limitada) da largura ou extenso das fissuras. So aplicados

    em mais de que uma demo, em demos cruzadas para melhor cobertura do suporte. Entre as

    duas primeiras demos incorporada uma armadura de rede de fibra de vidro, resistente aos

    lcalis. A espessura total do revestimento depois de seco deve ser da ordem dos 0,7 mm.

    2.2.7 REVESTIMENTOS DE IMPERMEABILIZAO

    Os revestimentos de impermeabilizao conferem o complemento de impermeabilidade gua

    necessrio para que o conjunto parede-revestimento seja estanque. O revestimento deve,

    portanto, limitar a quantidade de gua que atinge o suporte, mas ser o conjunto parede-

    revestimento que globalmente assegurar a estanquidade requerida.

    A conservao por parte de um destes revestimentos da sua capacidade para desempenhar a

    funo de impermeabilizante depende do comportamento do suporte. Em geral estes

    revestimentos no renem condies para conservarem essa capacidade quando ocorre

    degradao significativa do suporte, como por exemplo, fissurao.

    2.2.7.1 Revestimentos tradicionais de ligantes hidrulicosOs revestimentos tradicionais de ligantes hidrulicos so executados a partir de argamassas

    doseadas e preparadas em obra.

    So constitudos por duas ou trs camadas crespido (se necessrio), camada de base (uma ou

    eventualmente duas camadas) e camada de acabamento.

    O nmero de camadas depende do tipo de suporte, das condies mais ou menos severas de

    exposio s intempries, do acabamento pretendido e do grau de proteco requerido pelas

    paredes.

    A aderncia do revestimento ao suporte (ou a aderncia entre cada uma das camadas camada

    subjacente

    A necessidade de realizao destes revestimentos a partir de mais do que uma camada decorreda impossibilidade de serem integralmente conseguidas as caractersticas pretendidas destes

    revestimentos se aplicados em camada nica (fig. 20)

    Figura 20 Esquema do desenvolvimento de fissuras em revestimento de impermeabilizao

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 22/42

    Se o revestimento for fortemente doseado em ligante, a fissurao ser em geral acompanhada

    de perda de aderncia ao suporte nas zonas contguas s fissuras. As fissuras sero de largura

    elevada (o que significa que houve movimento relativo entre o suporte e o revestimento, isto ,

    que houve perda de aderncia), embora bastante afastadas entre si, e atravessam toda a

    espessura do revestimento.

    Se o revestimento for menos rico em ligante, as tenses instaladas nunca chegam a atingir nveis

    elevados porque a fissurao ocorre cedo e dissipa as tenses. As fissuras so finas, embora

    pouco espaadas entre si, e em geral no atravessam toda a espessura do revestimento.

    Figura 21 Tipologia da fissurao correspondente a revestimentos de ligantes hidrulicos debaixo e de alto teor de ligante

    O que se referiu sobre a aderncia do revestimento ao suporte tambm vlido para a aderncia

    das diversas camadas do revestimento entre si; o que foi referido para o revestimento deve ser

    entendido como sendo tambm aplicvel a cada camada do revestimento.

    Cada camada do revestimento deve, portanto ser menos rica em ligante do que a camada

    subjacente para que no a deteriore por retraco e para que seja cada vez menor a tendncia

    para a fissurao regra de degressividade do teor em ligante.

    Caracterizao geral das diversas camadas do revestimento:

    Crespido o crespido destina-se a assegurar a aderncia do revestimento ao suporte e a reduzir

    ou a igualizar a tendncia do suporte para absorver as guas das argamassas do revestimento.

    Deve ser realizados com uma argamassa fortemente doseada em cimento e bastante fluda. O

    crespido deve apresentar estrutura rugosa para proporcionar boa aderncia camada seguinte.

    Esta camada cobrir o suporte com uma espessura que pode variar entre 3 mm e 5 mm.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 23/42

    Camada de base camada de base competir garantir a planeza, verticalidade e regularidade

    superficial dos paramentos e fornecer o principal contributo para a impermeabilizao das

    paredes. das paredes. Para ser impermevel deve ser homognea, compacta e tanto quanto

    possvel, no fissurvel.

    A espessura desta camada ser praticamente uniforme, estar compreendida entre 10 mm e 15

    mm. Em nenhum ponto pode ser inferior a 8 mm.

    Camada de acabamento a camada de acabamento tem fundamentalmente funes

    decorativas. Tambm contribui, no entanto para a impermeabilizao da parede, constituindo a

    primeira barreira penetrao da gua, e para resistncia aos choques da parede. Esta camada

    deve ter um teor em ligante relativamente baixo e a sua espessura variar em geral entre 5 mm e

    10 mm, conforme a textura da superfcie.

    2.2.7.2 Revestimentos no tradicionais de ligantes hidrulicosOs revestimentos no tradicionais de ligantes hidrulicos so executados a partir misturas em p

    de produtos pr-doseados e embalados em fbrica, constitudos essencialmente por cimento e

    areia ou cimento, cal apagada e areia, a que em obra haver apenas que adicionar gua de

    amassadura na quantidade especificada na embalagem.

    Estes produtos podem ser aplicados em trs camadas, tal como os revestimentos tradicionais,

    existindo produtos diferentes com composio adequada para cada uma das camadas, ou serem

    produtos concebidos para aplicao em camada nica, revestimentos de monocamada,

    contendo por isso diversos tipos de adjuvantes que lhes conferem algumas propriedades, e

    pigmentos que lhes permitem assegurar o acabamento final decorativo das paredes.

    2.2.8 REVESTIMENTOS DE ISOLAMENTO TRMICO PELO EXTERIOREXTERNAL THERMAL INSULATION COMPOSITE SYSTEMS (ETICS)

    Um revestimento diz-se de isolamento trmico quando capaz de complementar por si s o

    isolamento trmico exigvel em geral ao tosco da parede-revestimento.

    um dado adquirido que o isolamento trmico deve ser colocado o mais prximo possvel do

    exterior, aumentando-se assim a eficcia global de isolamento da parede e evitando-se o efeito

    de acumulador que a parede exterior de tijolo pode exercer. Foi assim desenvolvido nos pases

    nrdicos, onde h Invernos bem rigorosos, um sistema de isolamento trmico de edifcios pelo

    exterior em que so fixadas placas de isolante parede e sobre estas placas assenta um reboco

    modificado que vai assegurar a impermeabilidade, a integridade do isolamento contra os

    choques e a decorao do paramento. Refira-se que, se bem que este sistema tenha sido

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 24/42

    desenvolvido para evitar transferncias de calor para um exterior frio, tambm funciona

    adequadamente para evitar transferncias de calor a partir de um exterior demasiado quente,

    sendo ao fim e ao cabo um isolamento, isto , uma barreira s transferncias de calor.

    Neste sistema, o reboco acaba por desempenhar tambm um papel estrutural pois, ao contrrio

    da aplicao tradicional, assenta sobre uma superfcie com baixa compacidade e elstica.

    Da que tenha de ter a tenacidade suficiente para proteger o isolamento contra as aces do

    exterior, assegurando a estanquidade do paramento. Para assumir este papel, o reboco tem de ter

    boa aderncia ao isolamento, tem de ser hidrofugo e tem de estar armado, pois a armadura que

    lhe vai conferir a resistncia e assegurar a integridade do sistema. Refira-se que a espessura

    normal deste reboco se encontra entre os 5 e 7 mm, de modo a diminuir as tenses originadas

    pela retraco plstica das argamassas.

    A colocao do isolamento trmico pelo exterior tem como vantagens:

    a obteno de uma camada contnua de isolamento trmico, evitando as pontes trmicas. a disponibilidade de maior inrcia trmica, sobretudo importante em edifcios com

    ocupao permanente.

    manter-se a parede no lado isolado do edifcio, estando consequentemente menos sujeitas variaes de temperatura.

    O tratamento da parte envolvente de um edifcio (estrutura, paredes, pavimentos e coberturas)

    com isolamentos trmicos adequados, origina considerveis redues nos consumos de energia

    para aquecimento e evita que se atinjam temperaturas excessivamente elevadas na estao

    quente.

    O isolamento exterior das paredes a melhor forma de manter a temperatura a nveis adequados

    e impede, indirectamente, a condensao de vapor nas paredes devido a temperaturas demasiado

    baixas.A aplicao do material isolante pelo exterior da parede consegue menores amplitudes

    trmicas na parede e consequentemente uma menor deteriorao do material que a constitui e

    ainda uma maior massa de acumulao trmica interior.

    Fig.22 - Amplitude trmica resultante do isolamento pelo interior e exterior da parede

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 25/42

    Na Fig. 23 encontra-se a representao esquemtica das linhas de temperatura (Vero e Inverno)

    em duas paredes de igual resistncia trmica, sem e com isolamento. A utilizao de material

    isolante permite uma reduo significativa da espessura. Em virtude deste factor uma parede

    simples com isolamento exterior custa praticamente ao mesmo que uma tradicional parede

    dupla com caixa-de-ar

    Fig. 23 - Representao esquemtica das linhas de temperatura em duas paredes de igual

    resistncia

    Outro aspecto importante que a caixa-de-ar das paredes tradicionais no impedem a formao

    de pontes trmicas (superfcies nas quais se formam condensaes de vapores) como tambm

    reduzem a massa de acumulao trmica interior, o que j no se verifica com a aplicao de

    material isolante pelo exterior (Fig.24).

    Fig. 24 - Comparao da parede dupla com a parede simples isolada pelo exterior

    Os edifcios tambm esto sujeitos a perdas trmicas para o terreno, ainda que de forma

    diferente das que se efectuam para o meio atmosfrico: porque no terreno as amplitudes

    trmicas so menores, as perdas trmicas tambm o so, mas, em contrapartida, so mais

    constantes (dia e noite).

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 26/42

    Fig. 25 - Exemplos de formao de bolores devido existncia de pontes trmicas

    Por isso, a utilizao de isolante trmico na estrutura do edifcio e em todo o seu permetro

    enterrado no solo vantajosa, particularmente se o terreno muito hmido (factor que origina

    uma elevada condutibilidade trmica do solo).

    Os compartimentos subterrneos, como as caves, quando devidamente isoladas, no precisam

    praticamente de aquecimento. Por exemplo, na Fig.26 pode-se observar a diferena de

    temperatura de uma cave sem (A) e com isolamento (B).

    Fig. 26 - Diferena de temperatura de uma cave sem e com isolamento

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 27/42

    H vrios sistemas de isolamento trmico pelo exterior:

    - sistemas de isolamento trmico por revestimento delgado sobre isolante, em que orevestimento executado com produtos com base em ligantes sintticos ou mistos;

    - sistemas de isolamento trmico por revestimento espesso sobre isolante, em que orevestimento executado com argamassas de ligantes hidrulicos;

    - sistemas de isolamento trmico por revestimento de elementos descontnuos de fixaomecnica (revestimento de estanquidade) com isolante na caixa de ar;

    - sistemas de isolamento trmico por revestimento de ligantes hidrulicos armado eindependente com isolante na caixa de ar;

    - revestimentos de argamassas de ligantes hidrulicos com inertes de material isolante;

    - sistemas de isolamento trmico por elementos descontnuos prefabricados

    - sistemas de isolamento trmico obtidos por projeco in situ de isolante

    Estas diversas tcnicas de isolamento trmico pelo exterior podem classificar-se em doisgrandes grupos:

    - os que comportam lmina de ar ventilada entre o revestimento e o isolante;- os que no comportam lmina de ar ventilada entre o revestimento e o isolante

    O interesse desta classificao advm do facto de serem diferentes as funes do isolante em

    cada um dos grupos. Assim, ao isolante de um sistema com lmina de ar em geral apenas se

    exige que desempenhe a funo de isolamento trmico, enquanto que num sistema sem lminade ar ao isolante competir ainda servir de suporte ao revestimento e participar na estanquidade

    do conjunto; neste ltimo caso, o isolante ter que possuir as necessrias caractersticas

    mecnicas e de comportamento sob a aco da gua.

    Na Tabela 1 apresenta-se uma comparao das caractersticas dos dois grupos de sistemas de

    isolamento trmico pelo exterior.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 28/42

    Tabela 1 Comparao de caractersticas dos sistemas de isolamento trmico pelo exterior comou sem lmina de ar

    Tipos de sistemas de isolamento trmicoCaractersticas a comparar

    Com lmina de ar ventilada Sem lmina de ar

    Funes do isolante - Isolamento trmico - Isolamento trmico- Suporte do revestimento- Impermeabilizao gua

    Processo de fixao ao suporte - Fixao por pontos - Colagem

    Elementos responsveis pelaimpermeabilizao

    - Revestimento- Lmina de ar

    - Revestimento- Isolante

    Resoluo do problema dasvariaes dimensionaisdiferenciais

    -Variaes absorvidas pelageometria da ligao revestimento-estrutura de fixao

    - Necessidade de escolha derevestimento e isolante compatveis

    Dificuldades de aplicao - Fachadas com vos numerosos- Paredes inadequadas fixaomecnica

    - Deficincias de planeza ou deregularidade superficial do suporte- Existncia de revestimento antigono aderente ao suporte

    Possibilidade de eliminao deriscos de condensao noisolante

    - Ventilao da lmina de ar -Compatibilidade daspermeabilidades ao vapor de guado revestimento e do isolante

    2.2.8.1 Sistemas de isolamento trmico por revestimento espesso sobre isolanteOs sistemas de isolamento trmico por revestimento espesso sobre isolante (Fig.27) so

    constitudos por:

    - um isolante em placas (quase sempre poliestireno expandido) colado ao suporte;- um revestimento (em geral de tipo no tradicional) de ligantes hidrulicos armados com

    rede metlica, sobre o qual poder ser aplicado um revestimento delgado de massas

    plsticas ou uma tinta.

    As placas do isolamento devero ter ranhuras na face a revestir a fim de melhorar a aderncia do

    revestimento.

    A armadura do revestimento, em geral de ao galvanizado, dever ter ligaes pontuais de

    natureza mecnica ao suporte cavilhas ou grampos.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 29/42

    Figura 27 - Sistema de isolamento trmico por revestimento espesso sobre isolante

    Figura 28 Fixao da armadura com cavilhas

    Figura 29 Configuraes possveis para as ranhuras da superfcie das placas de poliestireno

    2.2.8.2 Sistemas de isolamento trmico por revestimento delgado sobre isolanteOs sistemas de isolamento trmico por revestimento delgado sobre isolante (Fig. 29)so

    constitudos por:

    - um isolante em placas (geralmente de poliestireno expandido) colado ao suporte;- um revestimento delgado de ligante misto, armado com uma rede flexvel (quase

    sempre de fibra de vidro) camada de base do revestimento;

    - um revestimento de acabamento (em geral um revestimento delgado de massasplsticas) camada de acabamento do revestimento.

    As placas de isolante so fixadas ao suporte exclusivamente por colagem. Acamada de base do

    revestimento aplicada em duas demos entre as quais inserida a armadura, destinada a

    reduzir a fissurao e a melhorar a resistncia aos choques. A espessura total do revestimento(camada de base e camada de acabamento) sobre o isolante inferior a 7 mm.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 30/42

    Figura 29 - Soluo corrente de sistema de isolamento trmico pelo exterior de fachadas por

    revestimento delgado sobre isolante

    Para se dar incio aplicao do isolamento trmico pelo exterior preciso que as paredes

    estejam alinhadas com as vigas e pilares. A aplicao das placas de poliestireno expandido auto

    extinguvel pode-se fazer directamente sobre o tijolo, vigas e pilares sem que estes tenham sido

    rebocados. As fases da aplicao so:

    - colagem das placas de poliestireno expandido auto extinguvel s paredes;- fixao mecnica das placas (fig. 30);- colocao de cola-reboco por cima das juntas das placas e das fixaes mecnicas;- espalhar a primeira demo da camada de base juntamente com a rede de fibra de vidro;- espalhar a segunda demo da camada de base;- aplicar o revestimento (acabamento) (Fig 31)

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 31/42

    Figura 30 - Grampos de fixao, cantoneira com rede e perfil de arranque

    Acabamento constitudo por pequenos gros de mrmore, de uma ou mais cores, ligados porresinas especiais

    Acabamento tipo "raiado" com quartzo e acabamento do tipo "areado" tambm com quartzo.

    Figura 31 - Exemplos de acabamentos

    Fig. 32 - As diversas camadas do isolamento (da esquerda para a direita): poliestirenoexpandido auto extinguvel, rede de fibra de vidro, 1 demo da camada de base, 2 demo da

    camada de base, primrio e acabamento

    Estes sistemas exigem um nmero considervel de acessrios para a sua proteco, para a

    execuo das ligaes com outros elementos das construes e para a resoluo das solues decontinuidade. As figuras seguintes exemplificam a aplicao desses acessrios.

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 32/42

    Figura 33 Perfis de proteco das extremidades inferiores dos sistemas de isolamento trmicopor revestimento delgado sobre isolante

    Figura 34 Perfis de proteco das extremidades inferiores dos sistemas de isolamento trmico

    por revestimento delgado sobre isolante

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 33/42

    Figura 35- Perfis de proteco das extremidades laterais

    Figura 36 - Cantoneira de proteco das arestas verticais

    Figura 37 - Elementos de recobrimento ao nvel dos peitoris

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 34/42

    Figura 38 - Solues possveis para aplicao da cola no verso das placas de isolante por pontos, por bandas ou em toda a superfcie

    Figura 39 - Junta dessolidarizante do sistema de isolamento trmico relativamentea um elemento saliente rgido da construo

    Figura 40- Perfil de cobre-junta

    Figura 40 - Sobreposio dos bordos de faixas contguas de armadura

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 35/42

    2.2.8.3 Revestimentos de argamassas de ligantes hidrulicos com inertes de material

    isolante

    Estes revestimentos so obtidos a partir de produtos de ligantes hidrulicos que incorporam

    inertes de material isolante. Prev em geral trs camadas diferentes executadas com produtos

    de ligantes hidrulicos, mas em que uma delas (camada de base) possui caractersticas

    isolantes.

    Admite-se que os inertes de material isolante possam assumir a forma de esferas de poliestireno

    expandido ou de grnulos dos seguintes materiais: vidro expandido, perlite expandida,

    vermiculite esfoliada ou cortia expandida.

    Estes revestimentos exigem como acessrios perfis de reforo de cantos ou de topos, perfis de

    delimitao de juntas de dilatao, e elementos de recobrimento, para utilizao por exemplo,

    ao nvel dos peitoris e da cobertura. Os perfis so de ao galvanizado.

    Figura 41 - Topo inferior do revestimento com perfil de reforo

    Figura 42 - Canto do revestimento com perfil de reforo

    Figura 43 - Delimitao de uma junta de dilatao com perfis de reforo

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 36/42

    Figura 44 - Recobrimento do peitoril para proteco superior do revestimento aplicado emparedes de edifcios antigos submetidos a obras de reabilitao trmica

    Figura 45 - Recobrimento do revestimento sob peitoril peitoril de edifcio antigo submetido aobras de reabilitao trmica

    Figura 46 Recobrimento de platibanda e topo superior do revestimento

    2.2.8.4 Sistemas de isolamento trmico por elementos descontnuos prefabricados(vtures)

    Os sistemas de isolamento trmico por elementos descontnuos prefabricados (vtures) so

    obtidos a partir de elementos previamente produzidos em fbrica, constitudos por um material

    isolante em placa revestido exteriormente por uma pelcula de natureza metlica, mineral ou

    orgnica. Esses elementos chegam obra prontos a aplicar, sendo a sua fixao aos suportes

    efectuada por meios mecnicos.

    Em virtude de o isolante e o revestimento serem prefabricados, a aplicao em obra destessistemas feita numa operao nica, dispensando as fases sucessivas inerentes s outras

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 37/42

    tcnicas de isolamento trmico pelo exterior das fachadas. Apresentam, no entanto, algumas

    dificuldades de adaptao a pontos singulares das fachadas, como por exemplo o caso dos vos,

    que obrigam a cortes dos elementos em obra , conveniente dificuldade de tratamento das zonas

    cortadas.

    Os dispositivos de fixao do sistema ao suporte devem atravessar toda a espessura do conjunto

    revestimento-isolante para manterem esse conjunto solidrio.

    Para alm do problema da adaptao aos pontos singulares dos suportes, na concepo de uma

    vture devem tambm ser resolvidos correctamente dois outros aspectos: configurao das

    juntas entre elementos e limitaes do risco de condensaes no interior do isolante.

    Ao nvel das juntas devem ser adoptadas disposies que as tornem suficientemente estanques

    e que permitam uma certa movimentao entre elementos devida a ajustes de posio ou a

    variaes dimensionais por aco da temperatura.

    As juntas horizontais so, em geral, de recobrimento, e portanto estanques gua. As juntas

    verticais so concebidas de modo a que a gua da chuva que as atinja ou a humidade de

    condensao sejam por elas conduzidas ao exterior.

    Figura 47- Vture de reduzidas dimenses faciais

    2.2.8.5 Sistemas de isolamento trmico obtidos por projeco in situ de isolanteEsta tcnica de execuo de isolantes consiste na projeco sobre as paredes de produtos que

    expandindo-se adquirem caractersticas significativas de isolamento trmico.

    O material expansvel mais empregue o poliuretano. A aplicao efectuada por demos

    sucessivas, resultando de cada uma delas uma camada de espessura da ordem dos 10 mm.

    So ainda muitos os inconvenientes dos sistemas de espuma de poliuretano, o que tem

    impedido a sua generalizao: custo elevado, toxicidade dos produtos durante a aplicao,

    condicionantes de ordem climatrica e de secura dos suportes, dificuldade de obteno de

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    ______________________________________________________________________________________________REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DEPAREDES CAP.2 - 38/42

    espuma homognea e de adequada regularidade superficial dos paramentos revestidos,

    necessidade de proteco mecnica dos paramentos.

    Uma execuo deficiente em obras, destes sistemas de isolamento pode conduzir a degradaes

    de tipologia diversa. Os tipos de degradaes mais frequentes, esto resumidas no Quadro ,

    onde tambm so referidas as respectivas causas.

    Quadro Degradaes mais frequentes em sistemas de isolamento trmico por revestimentodelgado sobre isolante

    Tipo de degradao Causas da degradao

    Deficiente preparao do suporte (1)Descolamento do sistema

    Falta de produto de colagem

    Choques devidos ao uso em zonas de paredes acessveis aos

    utentes

    Perfurao do sistema

    Choques devidos utilizao de andaimes do tipo bailu sobre o

    sistema

    Deficincias de planeza do suporteDeficincia de planeza do

    sistema Choques repetidos de andaimes do tipo bailu sobre o sistema

    Falta pontual de armadura

    Falta de sobreposio dos bordos de faixas contguas de

    armadura

    Insuficiente recobrimento da armadura pelo revestimento

    Correco de deficincias de regularidade dimensional das

    placas do isolante mediante preenchimento das consequentes

    juntas entre placas com produto de revestimento

    Correco de deficincias de planeza mediante aplicao de

    revestimento em espessura sobre isolante

    Utilizao de acabamentos de cores escuras em paredes

    frequente e prolongadamente expostas aco directa dos raios

    solares (2)

    Fissurao do revestimento

    Coexistncia num mesmo paramento de acabamento de cores

    escuras confinando com acabamentos de cores claras (3)

    Deficincias de regularidade dimensional das placas do isolante

    1 Aplicao do sistema em suportes sujos ou no decapados de revestimentos anteriormenteexistentes que se encontrem deteriorados por descamao, pulverulncia, etc.2 A temperatura dum acabamento de cor escura ser bastante superior de um acabamento decor clara.

    3 Os choques trmicos sero mais pronunciados em acabamentos de cor escura do queacabamentos de cores claras.

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    2.2.9 REVESTIMENTOS DE ACABAMENTO OU DECORATIVOS

    A funo principal de um revestimento de acabamento ou decorativo, consiste em proporcionar

    s paredes um aspecto agradvel.Por no serem revestimentos de impermeabilizao nem de regularizao superficial, s devem

    ser aplicados em suportes em que o desempenho daquelas funes j se encontre completa ou

    maioritariamente garantido, pela prpria parede ou por revestimento prvio, embora alguns

    destes revestimentos possam contribuir de um modo significativo para a impermeabilizao da

    parede.

    Os revestimentos de acabamento ou decorativos contribuem tambm para a proteco que

    globalmente o revestimento deve proporcionar parede, quer de tipo mecnico (choques, etc.),

    quer de tipo qumico.

    So considerados revestimentos de acabamento ou decorativos, os seguintes:

    - Camadas de acabamento dos revestimentos de ligantes hidrulicos;- Revestimentos delgados de massas plsticas;- Revestimentos delgados de ligantes mistos;- Revestimentos de elementos descontnuos aplicados fixao directa- Revestimentos descontnuos aplicados por colagem

    2.2.9.1 Revestimento cermico colado em fachadasOs requisitos aplicveis a ladrilhos cermicos esto definidos na norma EN 14411, que faz a

    classificao dos mesmos em funo do processo de fabrico e de absoro de gua.

    No que se refere s dimenses dos ladrilhos, h limites para revestimentos fixados por colagem

    com adesivos:

    - 2000 cm2 em paredes revestidas com ladrilhos de absoro de gua no superior a0,5%;

    - 3600 cm2 em paredes revestidas com ladrilhos de absoro de gua superior a 0,5%;- 300 cm2 em paredes revestidas com ladrilhos de terra cota.

    Na seleco do mtodo de fixao dos ladrilhos importante atender aos seguintes aspectos:

    O tipo de ambiente em que se insere o sistema de revestimento e as solicitaes edesempenho esperados, atendendo: posio da superfcie a revestir (horizontal ou

    vertical); sua localizao (interior ou exterior); ao uso previsto para o espao;

    existncia de condies climticas severas (ciclos de gelo/degelo, temperaturas

    elevadas, etc.) e ao desempenho esperado em funo do tipo de utilizao dos edifcios(residenciais, comerciais, industriais, etc.)

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    O tipo de suporte e as suas caractersticas mecnicas, geomtricas, qumicas, etc.,prestando ateno a interseces entre diferentes superfcies

    A calendarizao da obra, com particular importncia para os tempos de cura/secagemdos diferentes componentes.

    Existem diferentes mtodos e produtos para fixao de ladrilhos cermicos:

    - Argamassas tradicionais;- Cimentos-cola (c);- Colas em disperso aquosa (D);- Colas de resinas de reaco (R)

    A norma EN 12004, define quais as exigncias a respeitar para estes tipos de produtos.

    Figura 48- Tcnicas de assentamento de ladrilhos cermicos com argamassas tradicionais em

    paredes

    As juntas entre ladrilhos devero ser definidas pelo fabricante em funo do tipo de aplicao

    prevista, atendendo s caractersticas dos ladrilhos, nomeadamente a sua deformabilidade faces diferentes solicitaes, em particular de carcter higrotrmico.

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    A aplicao com junta no superior a 1 mm especfica de produtos rectificados.

    As juntas entre ladrilhos devem ser preenchidas com um produto adequado, cuja seleco

    dever ser feita em funo de vrios factores, nomeadamente a impermeabilidade, a resistncia

    gua, ao calor, aos agentes de limpeza e aos ataques qumicos, a resistncia ao

    desenvolvimento de microorganismos e a resilincia e compressibilidade.

    Para limitar os riscos de fissurao ou destacamento dos revestimentos cermicos, devido s

    tenses originadas pelas deformaes de natureza higrotrmica, necessrio prever juntas de

    fraccionamento adequadas.

    Nas juntas entre ladrilhos cermicos e caixilharias deve ser aplicado um mastique elastmero.

    No entanto a estanquidade ao longo do contorno da caixilharia deve ser assegurada

    independentemente desta junta.

    No topo das superfcies de fachada revestidas com ladrilhos cermicos dever existir uma

    proteco com pingadeira adequada, conforme a figura.

    Figura 48 - Proteco superior de fachadas revestidas com ladrilhos

    Figura 49 Exemplos de revestimento exterior de paredes

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    2.3 BIBLIOGRAFIA

    [1] LNEC (1995),Revestimentos de Paredes, Curso de Especializao, Lisboa.

    [2] Lucas, C. (1990), Classificao e Descrio Geral de Revestimentos para Paredes,

    Informao Tcnica ITE 24, LNEC, Lisboa.

    [3] Lucas, C. (1990), Exigncias Funcionais de Revestimentos de Paredes, Informao

    Tcnica ITE 25, LNEC, Lisboa

    [4] APICER (2003), Manual de Aplicao dos Revestimentos Cermicos, Associao

    Portuguesa da Indstria da Cermica, Coimbra