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1 Edificações II - 2015.1 - Revestimentos - 1ª Parte REVESTIMENTOS  FINALIDADES E FUNÇÕES Nos edifícios convencionais, com estrutura de concreto armado e vedações em alvenaria, os revestimentos têm, em geral, as seguintes finalidad es e f unções: 1. Adequar o ambiente construído à sua finalidade e oferecer conforto adequado; 2. Dar acabamento à superfície de alguns elementos da edificação cujo acabamento não é considerado satisfatório, obtendo um efeito estético melhorado. 3. Melhorar o aspecto visual e a estética arquitetônica; 4. Resistir ao de sgaste mecân ico; 5. Melhorar o desempenho da edificaçã o; 6. Proteger a estrutura e as vedações contra a ação de agentes agressivos do meio ambiente, evitando a degradação precoce das mesmas; 7. Aumentar a durabilidade da edificação e reduzir os custos de sua manutenção; 8. Proporcionar às paredes e pisos de alvenarias maior resistência ao choque e abrasão; 9. Dar estanqueidade e Impermeabilid ade aos elementos da edificação; 10. Melhorar o conforto térmico e acústico da edificação e de seus compartimentos; 11. Melhor resistir à ação da variação de temperatura e de umidade;  ELABORAÇÃO DAS ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO Na elaboração das especificações do projeto para execução do sistema de revestimento e argamassa, devem constar pelo menos: a) Tipos de argamassa e respectivo s parâmetros para definição dos traços; b) Número de ca madas; c) Espessura de cada camada; d) Acabamento superficial; e) Tipo de revestimento final; f) Especific ações do tipo de revestimento a ser aplicado.  TERMOS RELATIVOS AO REVESTIMENTO (NBR 13529/1995)  Sistema de revestimento: Conjunto formado por revestimento de argamassa e acabamento decorativo, compatível com a natureza da base, condições de exposição, acabamento final e desempenho, previstos em projeto . Revestimento externo: “Revestimento de fachadas, muros e outros elementos da edificação em contato com o meio externo. Revestimento interno: “Revestimento de ambientes internos da edificação . Acabamento decorativo: “Revestimento decorativo aplicado sobre o revestimento de argamassa, como pintura, materiais cerâmicos, pedras naturais, placas laminadas, têxteis e papel . Termos relativos ao acabamento da superfície:  a) Chapiscado: Acabamento rústico obtido quando a argamassa é lançada sobre a base através de peneira. b) Sarrafeado:  Acabamento áspero obtido quando a arga massa é regul arizada com ré guas. c) Desempenado:  Acabamento liso obtido quando a argamassa é sarrafeada e alisada com desempenadeira.  

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Edificações II - 2015.1 - Revestimentos - 1ª Parte

REVESTIMENTOS

  FINALIDADES E FUNÇÕES

Nos edifícios convencionais, com estrutura de concreto armado e vedações em alvenaria, os

revestimentos têm, em geral, as seguintes finalidades e funções:1. Adequar o ambiente construído à sua finalidade e oferecer conforto adequado;2. Dar acabamento à superfície de alguns elementos da edificação cujo acabamento não é

considerado satisfatório, obtendo um efeito estético melhorado.3. Melhorar o aspecto visual e a estética arquitetônica;4. Resistir ao desgaste mecânico;5. Melhorar o desempenho da edificação;6. Proteger a estrutura e as vedações contra a ação de agentes agressivos do meio ambiente,

evitando a degradação precoce das mesmas;7. Aumentar a durabilidade da edificação e reduzir os custos de sua manutenção;

8. Proporcionar às paredes e pisos de alvenarias maior resistência ao choque e abrasão;9. Dar estanqueidade e Impermeabilidade aos elementos da edificação;10. Melhorar o conforto térmico e acústico da edificação e de seus compartimentos;11. Melhor resistir à ação da variação de temperatura e de umidade;

  ELABORAÇÃO DAS ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO

Na elaboração das especificações do projeto para execução do sistema de revestimento eargamassa, devem constar pelo menos:

a) Tipos de argamassa e respectivos parâmetros para definição dos traços;b) Número de camadas;

c) Espessura de cada camada;d) Acabamento superficial;e) Tipo de revestimento final;f) Especificações do tipo de revestimento a ser aplicado.

  TERMOS RELATIVOS AO REVESTIMENTO (NBR 13529/1995) 

Sistema de revestimento: “Conjunto formado por revestimento de argamassa e acabamentodecorativo, compatível com a natureza da base, condições de exposição, acabamento final edesempenho, previstos em projeto“.

Revestimento externo: “

Revestimento de fachadas, muros e outros elementos da edificação emcontato com o meio externo”.

Revestimento interno: “Revestimento de ambientes internos da edificação”.

Acabamento decorativo: “Revestimento decorativo aplicado sobre o revestimento de argamassa,como pintura, materiais cerâmicos, pedras naturais, placas laminadas, têxteis e papel”.

Termos relativos ao acabamento da superfície: 

a) Chapiscado: Acabamento rústico obtido quando a argamassa é lançada sobre a base atravésde peneira.

b) Sarrafeado: Acabamento áspero obtido quando a argamassa é regularizada com réguas.

c) Desempenado:  Acabamento liso obtido quando a argamassa é sarrafeada e alisada comdesempenadeira. 

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d) Camurçado (esponjado):   Acabamento obtido quando a argamassa é sarrafeada,desempenada e a seguir alisada com esponja ou desempenadeira apropriada de feltro ousimilar.

  ARGAMASSA DOSADA NA OBRA

Argamassa “Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ounão aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosadaem obra ou em instalação própria (argamassa industrializada)”. (NBR 13281:2001)

 As argamassas para revestimentos são utilizadas interna e externamente, tanto para pisos,paredes ou tetos.

Areia

 A areia não deve conter matéria orgânica, sais e impurezas que prejudique o seu uso. Agranulometria deve ser adequada à trabalhabilidade e ao uso que a argamassa terá. A areia deve

ser peneirada e estocada separadamente segundo a sua granulometria: Grossa, média e fina.Cal virgem 

“Produto obtido pela calcinação de carbonatos de cálcio e/ou magnésio, constituídoessencialmente de uma mistura de óxido de cálcio e óxido de magnésio, ou ainda de uma misturade óxido de cálcio, óxido de magnésio e hidróxido de cálcio”. (NBR 06453/2003)

Cal

Cal Virgem  – Constituída de óxido de cálcio (CaO) e óxido de magnésio (MgO), resultante doprocesso de calcinação do calcário (CaCO3  –  Carbonato de cálcio e MgCO3  – Carbonato de magnésio).

Cal Hidratada (extinta)  – Constituída de hidróxido de cálcio  – Ca(OH)2 e hidróxido de magnésioMg(HO)2 , resultante da hidratação da cal virgem.

Recarbonatação – Recombinação dos hidróxidos de cálcio e magnésio com o anidrido carbônico(CO2) do ar, resultando no seu endurecimento.

 Atualmente há uma recomendação de utilização da cal industrializada e prescrita nas NormasTécnicas:

1. CH- I: Cal hidratada especial (tipo I);2. CH- II: Cal hidratada comum (tipo II);3. CH-III: Cal hidratada comum com carbonatos (tipo III).

 A cal artesanal, ainda bastante utilizada, requer cuidados e atenção especiais:1. Ausência de impurezas de qualquer natureza;2. Ausência de grãos de calcário não calcinado e de cal virgem não hidratada, pois ao serem

hidratados aumenta de volume “estourando” formando pequenas crateras no reboco ouemboço;

3. Peneiramento adequado (proibido o peneiramento juntamente com o agregado).

 A cal hidratada é extremamente fina e leve, por isso possui enorme capacidade de reter água,resultando em melhor trabalhabilidade (ou liga), boa aderência e maior rendimento da mão-de-obra, formando na argamassa mista uma dupla perfeita com o cimento. As partículas muito finasde cal funcionam como um tipo de lubrificante reduzindo o atrito entre os grãos de areia.

 A finura da cal influi na plasticidade e na capacidade de retenção de água pela pasta eargamassa. Quanto mais fina e com mais pura for a cal, melhor será o seu desempenho nasargamassas.

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O desempenho da cal hidratada especial CH-I (tipo I) é superior ao da cal hidratada comum CH-II(tipo II), que é superior ao da cal CH-III: Cal hidratada comum com carbonatos (tipo III). A cal jáhidratada é fornecida em sacos de 20 Kg e prontos para o consumo;

Central de produção de argamassa

Para garantir a qualidade das argamassas preparadas em obra, o canteiro deve possuir central deprodução de argamassa, devidamente instalada com a seguinte infra-estrutura mínima:

a) Área coberta;b) Misturador mecânico;c) Estrado para apoio dos aglomerantes junto ao misturador;d) Compartimentos adequados e separados para estoque dos diferentes materiais;e) Ponto de água canalizada próximo ao misturador mecânico com medidor de água;f) Peneiras;g) Dispositivos para medição dos agregados, das adições e da água.

Preparo de argamassa dosada na obra

No preparo das argamassas de cal a mistura produzida deve ser deixada em maturação durante16 h no mínimo.

Maturação: Repouso da argamassa de cal, no estado fresco, previamente à adição de outrosconstituintes e à aplicação.

Para obras que empreguem mistura prévia de cal e areia, deve-se misturar primeiramente a areiae a cal, e após, acrescentar água, atingindo-se consistência seca.

No preparo de argamassas mistas, o cimento deve ser adicionado no momento da sua aplicação,atendido o prazo de maturação da mistura cal e areia, e deve ser utilizada em, no máximo, atéduas horas.

O volume de produção de argamassa de cimento ou mista deve ser controlado de modo que sejautilizado em prazo máximo de 2 h.

No preparo das argamassas industrializadas, seguir as instruções do documento técnico queacompanha o produto.

  PROPRIEDADES DA ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

1. Massa específica – diz respeito à relação entre a massa da argamassa e o seu volume e podeser absoluta ou relativa. Na determinação da massa específica absoluta, não são consideradosos vazios existentes no volume de argamassa. Já na massa relativa, também chamada massaunitária considera-se os vazios. A massa específica é imprescindível na dosagem das

argamassas, para a conversão do traço em massa para traço em volume, que são comumenteempregados na produção das argamassas em obra.

2. Teor de ar incorporado  – é a quantidade de ar existente em certo volume de argamassa. Àmedida que cresce o teor de ar, a massa específica relativa da argamassa diminui. O teor de arincorporado melhora a trabalhabilidade, mas o seu aumento excessivo pode prejudicar aresistência mecânica e a aderência da argamassa.

3. Trabalhabilidade  –  É uma propriedade de avaliação qualitativa. Uma argamassa pode serconsiderada trabalhável quando: 

deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida; mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à colher ao ser lançada; distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias da base; não endurece rapidamente quando aplicada.

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 As características dos materiais constituintes da argamassa e as proporções em que sãodosadas interferem na trabalhabilidade. As presenças da cal e de aditivos incorporadores de armelhoram essa propriedade até um determinado limite.

4. Retenção de água – Representa a capacidade de a argamassa reter a água de amassamentocontra a sucção da base ou contra a evaporação. A retenção permite que as reações de

endurecimento da argamassa se tornem mais gradativa, promovendo a adequada hidrataçãodo cimento e conseqüente ganho de resistência. A rápida perda de água compromete aaderência, a capacidade de absorver deformações, a resistência mecânica e, com isso, adurabilidade e a estanqueidade do revestimento e da vedação ficam comprometidas. Ascaracterísticas dos materiais constituintes da argamassa e as proporções em que são dosadassão fatores determinantes na retenção de água.

5. Aderência inicial – A aderência inicial depende: das outras propriedades da argamassa noestado fresco; das características da base de aplicação, como a porosidade, rugosidade,condições de limpeza; da superfície de contato efetivo entre a argamassa e a base.

Para se obter uma adequada aderência inicial, a argamassa deve apresentar atrabalhabilidade e retenção de água adequada à sucção da base e às condições deexposição. Deve, também, ser comprimida após a sua aplicação, para promover o maiorcontato com a base. Além disso, a base deve estar limpa, com rugosidade adequada esem oleosidade.

6. Retração na secagem – Ocorre em função da evaporação da água de amassamento daargamassa e, também, pelas reações de hidratação e carbonatação dos aglomerantes. Aretração pode acabar causando a formação de fissuras no revestimento. As fissuraspodem ser prejudiciais ou não prejudiciais (microfissuras). As fissuras prejudiciais permitema percolação da água pelo revestimento já no estado endurecido, comprometendo a sua

estanqueidade à água.Os fatores que influenciam essa propriedade são:

a) As características dos materiais constituintes e das proporções em que são dosados;

b) A espessura e o intervalo de aplicação das camadas;

c) O respeito ao tempo de sarrafeamento e desempeno.

As argamassas com um alto teor de cimento, denominadas “fortes”, são mais sujeitas às

tensões que causarão o aparecimento de fissuras prejudiciais durante a secagem, alémdas trincas e possíveis descolamentos da argamassa já no estado endurecido. Já asargamassas mais “fracas”, são menos sujeitas ao aparecimento das fissuras prejudiciais. 

A espessura das camadas de argamassa não deve ser superior a 30 mm. Quanto maisespessa, maior é a retração na secagem e maior a possibilidade de apresentarem fissuras.

Para camadas superiores a 30 mm a aplicação deve ser feita em duas camadas, sendo asegunda camada aplicada após sete dias, no mínimo, período em que a retração daargamassa já é da ordem de 60% a 80% do valor total.

  PROPRIEDADES DA ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO 

1. Aderência  – É a propriedade de o revestimento manter-se fixo ao substrato, através daresistência às tensões normais e tangenciais que surgem na interface base-revestimento.É resultante da resistência de aderência à tração, da resistência de aderência aocisalhamento e da extensão de aderência da argamassa.

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A aderência depende:

a) das propriedades da argamassa no estado fresco;

b) dos procedimentos de execução do revestimento;

c) da natureza e características da base;

d) da sua limpeza superficial.2. Capacidade de absorver deformações – É a propriedade do revestimento de sob tensão

absorver deformação sem ruptura ou através de fissuras não prejudiciais.

As deformações podem ser de grande ou de pequena amplitude. O revestimento só tem aresponsabilidade de absorver as deformações de pequena amplitude que ocorrem emfunção da ação da umidade ou da temperatura e não as de grande amplitude, provenientesde outros fatores, como recalques estruturais, por exemplo.

A capacidade de absorver deformações depende:

a) do módulo de deformação da argamassa - quanto menor for o módulo de deformação

(menor teor de cimento), maior a capacidade de absorver deformações;b) da espessura das camadas - espessuras maiores contribuem para melhorar essa

propriedade; entretanto, deve ser tomado cuidado para não se ter espessurasexcessivas que poderão comprometer a aderência;

c) das juntas de trabalho do revestimento - as juntas delimitam panos com dimensõesmenores, compatíveis com as deformações, contribuindo para a obtenção de umrevestimento sem fissuras prejudiciais;

d) da técnica de execução - a compressão após a aplicação da argamassa e, também, acompressão durante o acabamento superficial, iniciado no momento correto, vão

contribuir para o não aparecimento de fissuras.O aparecimento de fissuras prejudiciais compromete a aderência, a estanqueidade, oacabamento superficial e a durabilidade do revestimento.

3. Resistência mecânica  – Propriedade dos revestimentos suportarem as ações mecânicasde diferentes naturezas, devidas à abrasão superficial, ao impacto e à contraçãotermohigroscópica depende do consumo e da natureza dos agregados e aglomerantes daargamassa empregada e da técnica de execução.

A resistência mecânica aumenta com a redução da proporção de agregado na argamassae varia inversamente com a relação água/cimento da argamassa.

4. Permeabilidade  – A permeabilidade está relacionada à passagem de água pela camadade revestimento, constituída de argamassa, que é um material poroso e permite apercolação da água tanto no estado líquido como de vapor. É uma propriedade bastanterelacionada ao conjunto base-revestimento.

O revestimento deve ser estanque à água, impedindo a sua percolação. Mas, érecomendável que o revestimento seja permeável ao vapor para favorecer a secagem deumidade de infiltração (como a água da chuva, por exemplo) ou decorrente da ação diretado vapor de água, principalmente nos banheiros.

Quando existem fissuras no revestimento, o caminho para percolação da água é direto até

a base e, com isso, a estanqueidade da vedação fica comprometida. Essa propriedadedepende: da natureza da base; da composição e dosagem da argamassa; da técnica deexecução; da espessura da camada de revestimento e do acabamento final.

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5. Durabilidade  –  propriedade resultante das propriedades do revestimento no estadoendurecido e que reflete o desempenho do revestimento frente às ações do meio externo edo uso ao longo do tempo.

Alguns fatores prejudicam a durabilidade do revestimento, tais como:

a) a fissuração do revestimento; a espessura excessiva;

b) a cultura e proliferação de microorganismos;

c) a qualidade das argamassas;

d) a falta de manutenção.

  ARGAMASSAS INDUSTRIALIZADAS 

“Produto proveniente da dosagem controlada, em instalação própria, de aglomerantede origem mineral, agregado(s) miúdo(s), eventualmente, aditivo(s) e adição(ões) em estadoseco e homogêneo, ao qual o usuário somente necessita adicionar a quantidade de águarequerida”. NBR 13.281 (1996)

Classificação das Argamassas Industrializadas para emboço e reboco (NBR 13.281/95) 

Característica Ensaio Identificação Limites

Capacidade de Retenção de Água (%)  NBR 13277 

Normal 80 a 90

 Alta  ≥ 90 

Teor de Ar Incorporado (%)  NBR 13278 

A ≤ 8 

B 8 a 18 

C ≥ 18 

Resistência à compressão aos 28 dias (MPa)  NBR 13279 

I 0,1 a <4 

II 4 a 8 

III  8 

Argamassa Colante

“Mistura constituída de aglomerantes hidráulicos, agregados minerais e aditivos, quepossibilita, quando preparada em obra com a adição exclusiva de água, a formação de uma

viscosa plástica e aderente". (NBR 13.755/1996)

TIPO USO

 AC-I Interior Revestimento interno com exceção de saunas, churrasqueiras e estufas

 AC-II Exterior Pisos e paredes externos com tensões normais de cisalhamento

 AC-III Alta

resistência Pisos e paredes externos com elevada tensões de cisalhamento

 AC-III E Especial Ambientes externos e muito ventilados e insolação intensa

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Critérios para as argamassas colantes industrializadas (ABNT NBR 14.081:1998)

ENSAIOLIMITES POR TIPO

 AC-I AC-II AC-III AC-III E

Resistênciade aderência

(MPa)

Cura normal ≥ 0,5  ≥ 0,5  ≥ 1,0  ≥ 1,0 

Cura submersa ≥ 0,5  ≥ 0,5  ≥ 1,0  ≥ 1,0 

Cura em estufa - ≥ 0,5  ≥ 1,0  ≥ 1,0 

Tempo em aberto (minutos) ≥ 15  ≥ 20  ≥ 20  ≥ 30 

Deslizamento (mm) ≥ 0,5  ≥ 0,5  ≥ 0,5  ≥ 0,5 

Tempo em aberto  – Tempo máximo em que a argamassa conserva suas propriedades mínimas

de aderência contadas após a abertura de um pano de argamassa fresca sobre um substrato.Maior intervalo de tempo para o qual uma placa cerâmica pode ser assentada sobre a pasta deargamassa colante; ou seja, o intervalo de tempo entre a abertura de um “pano” de argamassa e  oinício de sua secagem (formação de película superficial).

Resistência de aderência  – é dada pela tração normal sobre uma placa de cerâmica assentadacom argamassa colante sobre um substrato e submetida a três tipos diferentes de cura:

Cura normal  – em condições médias de temperatura e umidade.

Cura submersa  –  revestimento cerâmico submetido a uma condição hídrica severa após umperíodo inicial de cura normal (7 dias). Ex.: box de banheiro, tanques, piscinas etc.

Cura em estufa  – condições térmicas medianamente severas (até 70°C). Ex.: saunas, estufas,churrasqueiras, forno, etc.

Deslizamento  – é a estabilidade que a cerâmica deve ter sobre a argamassa fresca, de modo queseu deslocamento sob a ação da gravidade durante o assentamento em paredes seja inferior a0,5 mm.

 Além de simplificar a técnica de colocação das placas cerâmicas, dissociando os serviços deregularização do serviço de acabamento superficial, o uso adequado da argamassa colanteproporciona as seguintes principais vantagens:

1. Maior produtividade no assentamento;

2. Manutenção das características dos materiais;3. Maior uniformização do serviço;4. Facilidade de controle;5. Menor consumo de material;6. Maior possibilidade de adequação às necessidades de projeto;7. Grande potencial de aderência.

Argamassas para rejunte para placas cerâmicas

 Argamassa de rejuntamento (A.R.)  –  Mistura de cimento Portland e outros componentes paraaplicação nas juntas de assentamento de placas cerâmicas (ABNT NBR 14.992:2003).

Rejuntamento tipo I:  Aplicação restrita aos locais de trânsito de pedestres e transeuntes não intensos;  Aplicação restrita a placas cerâmicas com absorção de água acima de 3%;

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  Aplicação em ambientes externos, piso ou parede, desde que não excedam 20 m2 e 18 m2,respectivamente, limite a partir do qual são exigidas juntas de movimentação.

Rejuntamento tipo II:

  Aplicação em locais de trânsito intenso de pedestres e transeuntes;  Aplicação em placas cerâmicas com absorção de água inferior a 3%;

  Aplicação em ambientes externos, piso ou parede, de qualquer dimensão, ou sempre que seexijam as juntas de movimentação;

  Ambientes internos ou externos com presença de água estancada (piscinas).

Tipos de argamassa de rejuntamento e critérios mínimos (ABNT NBR 14.992:2003)

Método / propriedade Unidade Idade de ensaio Tipo I Tipo II

Retenção de água mm 10 min ≤ 75 ≤ 65

Variação dimensional mm/m 7 dias ≤ │2,00│  ≤ │2,00│ 

Resistência à compressão MPa 14 dias ≥ 8,0 ≥ 10,0Resistência à tração na flexão MPa 7 dias ≥ 2,0 ≥ 3,0

 Absorção de água porcapilaridade

g/cm2  28 dias ≤ 0,6 ≤ 0,3

Permeabilidade cm3  28 dias ≤ 2 ≤ 1

  SUBSTRATO OU BASE

"O Substrato ou Base é o componente de sustentação dos revestimentos, em geral, formado porelementos de alvenaria/estrutura".

Os substratos (bases) de revestimento são concreto, tijolo, bloco cerâmico, bloco de concreto etc.

Os substratos (bases) de revestimento devem atender às exigências de planeza e prumo.

 As tubulações de água e esgoto e as redes de gás devem estar adequadamente embutidas etestadas quanto à estanqueidade.

Os eletrodutos, caixas de passagem ou derivação de instalações elétricas, telefônicas, de internet,de TV, interfone, campainha, alarme, etc., devem estar adequadamente embutidos.

Os vãos para portas e janelas devem estar com os forramentos e contramarcos (se especificados)previamente fixados, bem como os peitoris das janelas.

 A superfície deve apresentar-se suficientemente áspera a fim de dar aderência adequada daargamassa de revestimento ao substrato. No caso de superfícies lisas, pouco absorventes ou comabsorção heterogênea de água, aplica-se uniformemente um chapisco a fim de melhorar aaderência.

 A aderência do revestimento está relacionada com o grau de absorção da base, que propicia amicroancoragem, e com a rugosidade superficial, que contribui para a macroancoragem.

 As instruções de preparo da base de materiais metálicos, orgânicos, ou de outros materiais,devem atender às especificações próprias ou recomendações decorrentes de comprovaçãotécnica.

Deve ser observada a presença de infiltração de umidade nos planos a serem revestidos,

definindo-se soluções para a eliminação da infiltração antes de prosseguir com os demaisprocedimentos de preparação da base.

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Edificações II - 2015.1 - Revestimentos - 1ª Parte

O substrato (base) de revestimento deve ser regular para que a argamassa possa ser aplicada emespessura uniforme. As irregularidades superficiais devem ser eliminadas de acordo com os

seguintes procedimentos, de acordo com a NBR 7200:1998: 

a) retirada de pontas de ferro das peças e rebarbas entre juntas da alvenaria;

b) correção de depressões, furos e rasgos, de acordo com os seguintes critérios:

- enchimento das falhas da base com argamassa, desde que menores que 50 mm deprofundidade;

- correção dos rasgos efetuados para instalação das tubulações com diâmetros superiores a 50mm, através da colocação de tela metálica galvanizada e enchimento com cacos de tijolos eblocos;

- enchimento das falhas da base com mais de 50 mm de profundidade, em pelo menos duasetapas: a primeira camada deve secar por um período não inferior a 24 h e ser levementeumedecida quando da aplicação da segunda.

 A base a ser revestida deve estar limpa, isenta de pó, fuligem, limo, graxa, óleo, eflorescência,

pontas de ferro, resíduos de fôrmas, rebarbas de concreto ou argamassa, materiais soltos ouquaisquer produtos ou incrustações que venham a prejudicar a aderência do revestimento.

Cronograma de execução dos revestimentos de argamassa sobre o substrato

Quando se fizer uso de argamassas preparadas em obra, os substratos (bases) de revestimentodevem ter as seguintes idades mínimas:

a) 28 dias de idade para as estruturas de concreto e alvenarias armadas estruturais;

b) 14 dias de idade para alvenarias não armadas estruturais e alvenarias sem função estrutural detijolos, blocos cerâmicos, blocos de concreto, admitindo-se que os blocos de concreto tenhamsido curados durante pelo menos 28 dias antes da sua utilização;

c) 2 a 3 dias de idade do chapisco para aplicação do emboço ou camada única;

d) 21 dias de idade do revestimento de reboco ou camada única, para execução de outrorevestimento (azulejo, cerâmica, porcelanato, etc.

Para revestimentos de argamassas industrializadas ou dosadas em central, estes prazos podemser alterados, se houver instrução específica do fornecedor.

  CHAPISCO

“Camada de preparo da base, aplicada de forma contínua ou descontínua, com a finalidade de

uniformizar a superfície quanto à absorção e melhorar a aderência do revestimento”. 

(ABNT NBR 13529:1995).  A argamassa de chapisco deve ser aplicada com uma consistência fluida, assegurando maiorfacilidade de penetração da pasta de cimento na base a ser revestida e melhorando a aderênciana interface revestimento-base. O chapisco deve ser aplicado por lançamento, com o cuidado denão cobrir completamente a base.

 Aditivos que melhorem a aderência podem ser adicionados ao chapisco, desde que compatíveiscom o cimento empregado na sua confecção e com os materiais da base. Para seu emprego,devem ser seguidas as recomendações técnicas do produto.

 A argamassa de chapisco é confeccionada no traço 1:3 cimento e areia grossa sem peneirarpodendo ser adicionada emulsão de polímeros PVA, acrílicos ou estirênicos para melhorar a

aderência nos casos onde a base apresentar uma superfície muito lisa. A aplicação é feita comcolher de pedreiro, peneira ou “máquina de chapiscar”. Quando aditivado com “cola branca” ouemulsão, o chapisco é aplicado com rolo.

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 A cura do chapisco se dá após 24hs da aplicação, podendo assim executar o emboço ou reboco.

Os tetos, independentemente das características de seus materiais, e as estruturas de concretodevem ser previamente preparados mediante a aplicação de chapisco.

O chapisco pode ser usado ainda como acabamento rústico para revestimento externo e muros.

  EMBOÇO E REBOCO

Emboço: “Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a superfície da base ou

chapisco, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de

revestimento decorativo, ou que se constitua no acabamento final” . (NBR 13529/1995).

Reboco:  “Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma

superfície que permita receber o revestimento decorativo ou que se constitua no acabamento

final” .

Reboco paulista:  Revestimento de argamassa em camada única apto a receber pintura. Oreboco em massa única vem substituindo o uso de reboco sobre o emboço.

O emprego do emboço vem sendo utilizado apenas para receber outra camada de revestimentodecorativo (azulejo, cerâmica, pastilha, pedra, etc.), exceto pintura.

O reboco deve ter seu acabamento liso a fim de receber pintura, textura ou similar. Para tanto, aareia empregada deve ter granulometria adequada (entre fina e média). Já o emboço funcionacomo substrato para o revestimento decorativo de acabamento final e deve ter acabamentoáspero a fim de dar aderência ao revestimento que vai receber.

 A aderência entre argamassa de emboço e o substrato (alvenaria tijolos e blocos cerâmicos, deconcreto, etc.) é um fenômeno essencialmente mecânico, devido, basicamente à penetração dapasta aglomerante ou da própria argamassa nos poros ou entre as rugosidades da base deaplicação.

 A argamassa para emboço e reboco deve conter em seu traço adição mínima de 150 kg decimento por metro cúbico de argamassa. Nas superfícies sujeitas à ação da umidade a argamassadeve receber aditivo impermeabilizante.

 A argamassa de emboço e de reboco apresenta em sua composição água que durante a suaexecução uma parte dela é perdida para o próprio ambiente, outra para a hidratação do cimento e,por fim, uma parcela é perdida para o substrato ou base. Portanto, a cada aplicação de novacamada de argamassa exige, de acordo com o tipo de substrato e com as condições do clima, aumidificação prévia da camada anterior a fim de que não haja perda de água da argamassa para osubstrato.

 A perda de água para o substrato e para o ambiente e as reações de endurecimento daargamassa são responsáveis pelo fenômeno de retração dos revestimentos de argamassa quepodem provocar fissuras e defeitos no revestimento.

Infelizmente a espessura do revestimento de massa não pode ser uniforme em toda a suaextensão devido ao fato dos tijolos terem diferenças de medidas em suas dimensões, resultandoem um painel de alvenaria, principalmente o interno, com saliências e reentrâncias que forçam oaumento dessa espessura.

Quando a espessura do revestimento de argamassa for superior a 2,0 cm, necessário se faz quea sua execução seja feita em duas camadas e em duas etapas. A primeira camada, quando

possível, deve ser “encascada” com cacos de tijolo, cerâmica ou telha, como material inerte,reduzindo a retração.

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 A segunda camada deve respeitar o prazo mínimo de 72 horas após a primeira aplicação.

Características da argamassa no sistema de revestimento:

a) Compatível com a base e o acabamento decorativo;b) Resistência mecânica decrescente (base superfície);c) Camadas superpostas de argamassa contínuas e uniformes;

d) Resistência às variações de temperatura e umidade do meio;e) Textura uniforme, sem imperfeições.

Além das características dos materiais a serem empregados, existem outros fatores quedevem ser considerados nessa definição, tais como:

1. As condições de exposição do revestimento;2. As características da base de aplicação;3. As propriedades requeridas para a argamassa e para o revestimento;4. As condições de produção e controle da argamassa e do revestimento;5. O custo.

Execução de emboço ou revestimento de camada única (reboco) (ABNT NBR 7200:1998) Para definição do plano de revestimento, devem ser atendidas as espessuras constantes noprojeto do revestimento e estar de acordo com as exigências estabelecidas na NBR 13749.

O plano de revestimento será determinado através de pontos de referência dispostos de forma talque a distância entre eles seja compatível com o tamanho da régua a ser utilizada nosarrafeamento. Nestes pontos, devem ser fixadas taliscas de peças planas de material cerâmico,com argamassa idêntica à que será empregada no revestimento.

 A Fixação se dá a partir da sua disposição na parte superior da parede até a parte inferior daparede (a 30 cm do piso), com o auxílio de fio de prumo, devem ser assentadas outras peçasintermediárias com auxílio de uma linha. No caso dos tetos, é necessário que as taliscas sejamassentadas empregando-se régua e nível de bolha ao invés de fio de prumo ou através do nívelreferência do piso acabado, acrescentando uma medida que complete o pé direito do ambiente. Orevestimento do teto do compartimento cujas paredes irão ser revestidas por placas cerâmicas,azulejo, pastilha ou similar, deve ser rigorosamente nivelado.

Uma vez definido o plano de revestimento, faz-se o preenchimento de faixas, entre as taliscas,empregando-se argamassa, que será regularizada pela passagem da régua, constituindo as guiasou mestras.

 Após o enrijecimento das guias ou mestras que permita o apoio da régua para a operação desarrafeamento, aplica-se a argamassa, lançando-a sobre a superfície a ser revestida, com auxílio

da colher de pedreiro ou através de processo mecânico, até preencher a área desejada. Nestamesma operação devem ser retiradas as taliscas e preenchidos os vazios.

O revestimento é iniciado de cima para baixo, até o nível do piso pronto. A superfície deve estarpreviamente umedecida a fim de que o substrato não roube água da argamassa comprometendoa sua aderência. A umidade não pode ser excessiva, pois a argamassa escorre pela parede aoser aplicada.

Estando a área totalmente preenchida e tendo a argamassa adquirida consistência adequada, faz-se a retirada do excesso de argamassa e a regularização da superfície pela passagem da régua.Em seguida, preenchem-se as depressões mediante novos lançamentos de argamassa nospontos necessários, repetindo-se a operação de sarrafeamento até conseguir uma superfície

plana e homogênea. As superfícies precisam estar perfeitamente desempenadas, aprumadas ou niveladas e comtextura uniforme, bem como apresentar boa aderência com a base.

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Cura da argamassa

Nos dias muito quentes, recomenda-se que os revestimentos, principalmente aqueles diretamenteexpostos a radiação solar, seja mantidos úmidos durante pelo menos 48 horas após a aplicação.Pode ser efetuado, por aspersão de água três vezes ao dia.

 Aos sete dias de aplicada a argamassa terá 60% a 80 % da estabilidade dimensional da retração

 já realizada.Aditivos inibidores da retração

O uso de aditivos inibidores da retração confere alta resistência inicial e reduz o prazo paraaplicação de outro revestimento decorativo sobre o emboço ou aplicação de pintura sobre reboco.Com isso pode se obter ganho de tempo no cronograma da obra e evitar problemas decorrentesdo processo de retração.

Aspectos a serem considerados na composição e dosagem

MATERIAIS ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA COMPOSIÇÃO E DOSAGEM

Cimento

Tipo de cimento (características) e classe de resistênciaDisponibilidade e custoComportamento da argamassa produzida com o cimento 

Cal

Tipo de cal (características)Forma de produçãoMassa unitáriaComportamento da argamassa produzida com a calDisponibilidade e custo

 Areia

Composição mineralógica e granulométrica

Dimensões do agregadoForma e rugosidade superficial dos grãosMassa unitáriaInchamentoComportamento da argamassa produzida com a areiaManutenção das características da areia 

 Água Características dos componentes da água, quando essa não for potável 

 Aditivos e

 Adições

Tipo de aditivo e adição (características)FinalidadeComportamento da argamassa produzida com o aditivoDisponibilidade, manutenção das características e custo

Espessura da camada de revestimento de argamassa (ABNT NBR 13749 e NBR 13753)

Revestimento Espessura (mm) 

Parede interna 5 ≤ e ≤ 20

Parede externa  20 ≤ e ≤ 30

Tetos internos e externos e ≤ 20

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Limites da resistência de aderência à tração 

Local  Acabamento  Ra (MPa) 

Parede

InternaPintura ou base para reboco ≥ 0,20

Cerâmica ou laminado ≥ 0,30

ExternaPintura ou base para reboco ≥ 0,30

Cerâmica ≥ 0,30

Teto Pintura ou base para reboco ≥ 0,20

Reforço do revestimento com tela metálica

O reforço do revestimento de argamassa com tela metálica galvanizada deve ser feito nas regiõesde elevadas tensões da interface alvenaria-estrutura. Essas regiões ocorrem no pavimento sobre

pilotis, como também nos dois ou três últimos pavimentos do edifício, em função dascaracterísticas de deformação da estrutura.

Essa solução também é adotada no caso dos revestimentos com espessuras superiores ao limitemáximo recomendado por norma.

Existem dois tipos de reforço do revestimento:

1) Argamassa armada  – a tela fica imersa na camada de revestimento de espessura igual a 30mm ou maior.

2) Ponte de transmissão  –  a tela é chumbada na alvenaria ou concreto por meio de fixadores(grampos, chumbadores, pinos) e é usada uma fita de polietileno na interface estrutura-alvenaria,

para que as tensões sejam efetivamente distribuídas pela tela.