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Síntese de Circuitos – ENG C46 Departamento de Engenharia Elétrica Escola Politécnica da UFBA Professora: Ana Isabela Araújo Cunha REVISÃO DE RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA DE SISTEMAS LINEARES 1. Funções de primeira ordem Forma geral: p s z s K ) s ( T = (função bilinear) Raízes: z = zero; s = z anula T(s) p = pólo ou modo natural; s = p torna T(s) infinita Para que T(s) seja fisicamente realizável: z e p devem ser reais; z = σ z e p = σ p Para que T(s) represente um sistema estável: p deve estar no semiplano lateral esquerdo (SPLE); σ p < 0 1.1 Exemplos de localização das raízes: a) p z s s K ) s ( T σ σ = com σ z < σ p < 0 b) p s s K ) s ( T σ = com o zero na origem e σ p > 0 (sistema instável) O X σ z σ p Re{s} = σ Im{s} = j ω Re{s} = σ O X σ z σ p Im{s} = j ω

Revisao de Resposta Em Frequencia

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Breve Revisao de Resposta em Frequencia.

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  • Sntese de Circuitos ENG C46 Departamento de Engenharia Eltrica Escola Politcnica da UFBA Professora: Ana Isabela Arajo Cunha

    REVISO DE RESPOSTA EM FREQNCIA DE SISTEMAS LINEARES

    1. Funes de primeira ordem

    Forma geral: ps

    zsK)s(T

    = (funo bilinear)

    Razes: z = zero; s = z anula T(s) p = plo ou modo natural; s = p torna T(s) infinita

    Para que T(s) seja fisicamente realizvel: z e p devem ser reais; z = z e p = p Para que T(s) represente um sistema estvel: p deve estar no semiplano lateral esquerdo (SPLE); p < 0

    1.1 Exemplos de localizao das razes:

    a) p

    z

    s

    sK)s(T

    = com z < p < 0

    b) ps

    sK)s(T

    = com o zero na origem e p > 0 (sistema instvel)

    O X

    z p Re{s} =

    Im{s} = j

    Re{s} = O X

    z p

    Im{s} = j

  • c) s

    )s(T K

    = com o plo na origem e o zero no infinito

    1.2. Diagramas de Bode: Os diagramas de Bode so grficos do mdulo e da fase da funo complexa T(j), ou seja T(s) para s = j. Em outras palavras so as curvas de interseco com o eixo j (eixo imaginrio) das superfcies que representam o mdulo e a fase de T(s). Assim, s estaremos considerando as freqncias fsicas (). Os diagramas de Bode so traados segundo uma escala logartmica de freqncias. A fase de T(j) ( ( ) jT ) representada em graus e o mdulo de T(j) (T(j)) representado em decibis: ( ) ( )= jTlog20jT

    dB para T(j) representando razo entre

    tenses ou correntes ( ) ( )= jTlog10jT

    dB para T(j) representando razo entre

    potncias (Admitiremos aqui, salvo especificado em contrrio, que T(j) representa razo entre tenses ou correntes)

    Re{s} =

    X p

    Im{s} = j

    p

    -p

    T(j)

  • A importncia da representao grfica atravs dos diagramas de Bode reside em dois aspectos: - Cobertura de grandes variaes de freqncia e mdulo - Fcil composio de funes atravs de soma algbrica Para funes de primeira ordem:

    ( ) ( ) ( )2p22z22p

    2

    2z

    2

    dBlog10log10Klog20Klog20jT +++=

    +

    +=

    ( )

    =pz

    arctgarctgjT

    Note-se que tanto o mdulo como a fase podem ser decompostos em funes mais simples. Exemplo: T(s) com um zero e um plo finitos, ambos no SPLE

    p

    z

    s

    sK)s(T

    = ( )

    ( )( )z

    z

    p

    p

    p

    z

    p

    z j

    jK

    j

    jKjT

    =

    =

    Sejam: ( )p

    p

    1 jjT

    = e ( )

    z

    z2

    jjT

    =

    Comportamento assinttico de T1(j):

    ( )2p

    2

    p

    1 jT+

    = ( ) ( )2p2pdB1 log10log20jT +=

    ( )

    =p

    1 arctgjT

    Para 0: ( ) dB0jT

    dB1

    ( ) o1 0jT

    Para : ( )

    pdB1

    log20jT (reta descendente a -20 dB/dcada)

    ( ) o1 90jT Um plo real negativo introduz um atraso crescente at 90

    (se o plo real fosse positivo, introduziria um avano crescente at 90)

  • Para p: ( ) dB32log10jT dB1 == ( ) o1 451arctgjT ==

    3dB = p a dita freqncia de corte em 3 dB, pois nesta freqncia o mdulo de T1(j) cai 3 dB ( 707,021 = vezes) em relao ao ganho em baixas freqncias.

    As assntotas para as quais o mdulo e a fase de T1(j) se aproximam quando tende a zero ou infinito permitem esboar facilmente os diagramas de Bode desta funo.

    1 01

    1 02

    1 03

    1 04

    1 05

    1 06

    -1 0

    -5

    0

    5

    1 0

    1 5

    2 0

    2 5

    3 0

    101

    102

    103

    104

    105

    106

    -100

    -90

    -80

    -70

    -60

    -50

    -40

    -30

    -20

    -10

    0

    10

    Comportamento assinttico de T2(j):

    ( )z

    2z

    2

    2 jT

    += ( ) ( ) z2z2dB2 log20log10jT +=

    p

    -45o

    -90o

    0o

    T1(j) (o)

    0 dB

    -3 dB

    -20 dB/dec

    T1(j) (dB)

    p

  • ( )

    =z

    1 arctgjT

    Para 0: ( ) dB0jT

    dB1

    ( ) o2 0jT

    Para : ( )

    z

    dB2log20jT (reta ascendente a 20 dB/dcada)

    ( ) o2 90jT Um zero real negativo introduz um avano crescente at 90

    (se o zero real fosse positivo, introduziria um atraso crescente at 90) Para p: ( ) dB32log10jT dB2 == ( ) o2 451arctgjT == Note-se que do ponto de vista da fase, um plo real positivo (negativo) tem o mesmo efeito que um zero real negativo (positivo).

    101

    102

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    105

    106

    -10

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    1 01

    1 02

    1 03

    1 04

    1 05

    1 06

    - 1 0

    0

    1 0

    2 0

    3 0

    4 0

    5 0

    6 0

    7 0

    8 0

    9 0

    1 0 0

    z

    0 dB 3 dB

    20 dB/dec

    T2(j) (dB)

    45o

    0o

    90o

    T2(j) (o)

    z

  • Composio dos diagramas de Bode da funo T(j), supondo p < z < 0, K > 0 e Kz/p > 1:

    101

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    -20

    -10

    0

    10

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    30

    40

    50

    60

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    102

    103

    104

    105

    106

    -100

    -80

    -60

    -40

    -20

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    z

    T(j) (o)

    p

    T2(j)

    T1(j)

    0o

    z

    0 dB

    T(j) (dB)

    p

    T2(j)

    T1(j)

    20log K

    p

    zKlog20

  • 2. Funes de Segunda ordem

    Forma geral: ( )( )( )( ) 012

    012

    21

    21

    bsbs

    asasK

    psps

    zszsK)s(T

    ++

    ++=

    = (biquad)

    Possibilidades para que T(s) seja fisicamente realizvel: plos (zeros) reais

    plos (zeros) complexos conjugados

    Para que T(s) represente um sistema estvel: a parte real dos plos deve estar no semiplano lateral esquerdo (SPLE); p < 0

    2.1. Exemplos de localizao das razes: a) Zeros reais e plos complexos conjugados; sistema estvel

    ( )( )( )[ ] ( )[ ]

    ( )( )20p

    2

    2z1z

    pppp

    2z1z

    s2s

    ssK

    jsjs

    ssK)s(T

    +

    =

    +

    = ,

    com 2p2p0 += = freqncia de ressonncia dos plos

    b) Um zero real finito, um zero no infinito e plos conjugados sobre o eixo imaginrio

    20

    2

    1z

    s

    sK)s(T

    +

    = , com p = + j0

    X X

    p Re{s} =

    Im{s} = j

    0

    p

    p

    O O z1 z2

    X X

    Re{s} =

    Im{s} = j

    0

    0

    O

    z1

  • 2.2. Diagramas de Bode Exemplos:

    a) ( ) ( )( )( )( )2p1p2z1z

    ss

    ssKsT

    =

    No caso em que os zeros e os plos so reais, os diagramas de mdulo e fase da funo de transferncia so obtidos atravs de somas algbrica dos diagramas relativos aos termos bilineares. Supondo p2 < p1 < z2 < z1 < 0:

    102

    103

    104

    105

    106

    107

    -60

    -40

    -20

    0

    20

    40

    60

    102

    103

    104

    105

    106

    107

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    z1

    T(j) (dB)

    p1

    20log K

    z2 p2

    20 dB/dec

    40 dB/dec

    20 dB/dec

    2p1p

    2z1zKlog20

    z1

    T(j) (o)

    p1 z2 p2

    180o

    0o

  • Supondo z2 < p2 < p1 < z1 = 0:

    102

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    107

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    50

    60

    70

    80

    102

    103

    104

    105

    106

    107

    -60

    -40

    -20

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    T(j) (dB)

    p2

    20log K

    p1 z2

    20 dB/dec

    -20 dB/dec

    T(j) (o)

    p1 z2 p2

    90o

    0o

  • b) ( )20

    02

    20

    sQ

    s

    KsT

    +

    +

    = ( )

    ( ) 2002

    20

    jQ

    j

    KjT

    +

    +

    =

    0, Q > 0 sistema estvel (sistema com dois plos finitos e dois zeros no infinito) Razes:

    0sQ

    s 2002 =+

    + 200 Q41

    Q2Q2s

    =

    Q < 1/2 plos reais e diferentes

    Q = 1/2 plos reais e iguais: Q20

    2p1p

    ==

    Q > 1/2 plos complexos conjugados: 1Q4Q2

    jQ2

    *pp 20021

    +

    ==

    Para valores de Q maiores ou iguais a 1/2, os plos complexos conjugados situam-se sobre um crculo imaginrio de raio igual a 0, no plano s. Quanto maior Q mais os plos se aproximam do eixo imaginrio, e para Q , os plos situam-se sobre o eixo imaginrio. Mdulo de T(j):

    ( )( )

    2

    220222

    0

    20

    Q

    KjT

    +

    =

    Re{s} =

    X X

    Im{s} = j

    0

    0

    X

    X

    0,5 < Q < Q

  • Comportamento assinttico: Para 0: ( ) KjT ( ) Klog20jT

    dB

    Para : ( )2

    20KjT

    ( ) + log40log40Klog20jT 0dB

    (reta descendente numa taxa de 40 dB/dcada) Porm, a variao do mdulo de T(j) nem sempre monotnica. Verifiquemos a existncia de mximos locais:

    ( ) ( ) 01Q2

    10

    Q220

    jT2

    20

    32202

    202

    03 =

    +=

    +=

    = 0 ou 20TMX Q2

    11==

    A segunda soluo s fisicamente possvel se 2

    1Q . Neste caso, portanto a funo no-

    monotnica. V-se tambm que, como 2

    1

    2

    1> , a funo s pode ser no-monotnica se tiver

    plos complexos conjugados (sendo esta uma condio necessria mas no suficiente). Assim,

    Para 2

    1Q < : ( ) KjT

    MX=

    Para 2

    1Q : ( ) ( ) K

    Q4

    11

    QKjTjT

    2

    TMXMX>

    ==

    Fase de T(j):

    ( ) ( )

    =

    220

    0

    QarctgjT

    Comportamento assinttico: Para 0: ( ) = 00arctgjT Para : ( ) = 1800arctgjT Para = 0: ( ) == 90arctgjT

  • 102

    103

    104

    105

    106

    -20

    -10

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    102

    103

    104

    105

    106

    -200

    -180

    -160

    -140

    -120

    -100

    -80

    -60

    -40

    -20

    0

    20

    c) ( )20

    201

    2

    a

    asasKsT

    ++= ( ) ( )

    20

    201

    2

    a

    ajajKjT

    ++=

    (sistema com dois zeros finitos e dois plos no infinito) Pode-se perceber que como esta funo de transferncia proporcional ao inverso da funo do item (b), o diagrama de fase corresponder ao simtrico do correspondente funo do item (b) e o de mdulo corresponder ao simtrico deslocado por uma constante.

    Q = 10

    Q = 0,4

    0

    0o

    -180o

    -90o

    T(j) (o)

    Q = 10

    Q = 0,4

    0

    -40 dB/dec

    20 log K

    T(j) (dB)

  • 102

    103

    104

    105

    106

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    102

    103

    104

    105

    106

    -20

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    200

    d) ( )20

    02

    201

    2

    sQ

    s

    asas K sT

    +

    +

    ++= ( ) ( )

    ( ) 2002

    201

    2

    jQ

    j

    ajajKjT

    +

    +

    ++=

    Neste caso, os diagramas de Bode podem ser obtidos por soma algbrica de diagramas semelhantes aos das funes de transferncia dos itens (b) e (c). Uma variedade de tipos diferentes de funes pode ser obtida pela diferente disposio dos plos e zeros.

    a0/a1 = 10

    a0/a1 = 0,4

    a0

    40 dB/dec

    20 log K

    T(j) (dB)

    0/a1 = 10

    0/a1 = 0,4

    a0

    180o

    0o

    90o

    T(j) (o)

  • 3. Funes de qualquer ordem

    Forma geral:

    ( )( ) ( )( )( ) ( ) 0122n

    012

    2m

    n21

    m21

    dsdsd...s

    cscsc...sK

    ps...psps

    zs...zszsK)s(T

    ++++

    ++++=

    =

    T(s) pode ser descrita ainda como um produto de biquads e funes bilineares:

    ( )( ) ( )( ) ( )( )( ) ( )( ) ( ))j2n(p1pj0j120212201112

    )k2m(z1zk0k12

    02122

    01112

    s...sasas...bsbsbsbs

    s...sasas...asasasasK)s(T

    ++++++

    ++++++=

    Os diagramas de Bode podem ser levantados a partir da soma algbrica dos diagramas correspondentes aos termos biquadrticos e bilineares. O mais comum em sntese de circuitos representar T(s) por um produto de biquads se m e n so pares e por um produto de biquads e apenas um termo bilinear se m ou n so mpares (se m n, alguns termos podem ser monoquads ou monolineares). Se m > n, dizemos que:

    A funo tem m zeros finitos e m plos sendo n plos finitos e estando (m-n) plos situados no infinito. Assim, T(s) para .

    Se m < n, dizemos que:

    A funo tem n plos finitos e n zeros sendo m zeros finitos e estando (n-m) zeros situados no infinito. Assim, T(s) 0 para .

    Se pelo menos um zero nulo: T(s) = 0 para 0. Se pelo menos um plo nulo: T(s) para 0.