40
CEM NORTE DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) NOVEMBRO • 1ª QUINZENA ANO 80º • 2012 • N º 21 (Continua na pág. 742) Arrendamento Urbano com novas regras A reforma da lei do arrendamento tem como principal objetivo criar um verdadeiro mercado de arrendamento. Esta reforma decorre de um compromisso do Programa do Governo, consta do Memorando assinado com a “troika” e foi aprovada pela Lei n.º 31/2012, de 14.8, a qual também introduz numerosas alterações ao Código Civil, ao Código de Processo Civil e à Lei n.º 6/2006, de 27.2 (que aprovou o NRAU). Tal como temos vindo a referir em anteriores edi- ções, a nova lei do arrendamento entra em vigor no dia próximo dia 12 de Novembro, estando a sua apli- cação prática, em determinadas matérias, dependente da adpatação dos seguintes regimes às alterações ora introduzidas: - regime de determinação e verificação do coeficiente de conservação; - regimes de determinação do rendimento anual bruto corrigido e atribuição do subsídio de renda; - elementos do contrato de arrendamento e os requisitos a que obedece a sua celebração; - regulamento das comissões arbitrais municipais. Até à presente data nenhuma dessas matérias foi ainda adaptada. As principais alterações analisadas em detalhe neste número dizem sobretudo respeito aos arrendamentos para habitação, nomeadamente no que respeita ao reforço do mecanismo de resolução do contrato de arrendamento quando o arrendatário se encontre em mora, permitindo uma mais rápida cessação do contrato e consequente desocupação do locado, e a agilização do procedimento de denúncia do contrato de arrendamento celebrado por duração indeterminada. NESTE NÚMERO: • IRS: deduções e benefícios fiscais 2012 • Novas alterações aos Códigos Fiscais • Novo regime de compensação pela cessação dos contratos de trabalho Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro Legislação Lei nº 55-A/2012, de 29.10 (Códigos Fiscais - IRS, IRC e Imposto do Selo e Lei Geral Tributária – alterações - tributação das mais-valias e rendimentos de capitais – taxas liberatórias - prédios urbanos de elevado valor - nova taxa de Imposto do Selo).................. 758 Resol. do Cons. Min nº 90/2012, de 31.10 (Convenções coletivas de trabalho e portarias de extensão) ...... 762 Port. nº 358/2012, de 31.10 (Arrendamento urbano - preço da habitação por metro quadrado para 2013) . 761 Sistemas de incentivos e apoios .................................. 753 Resoluções Administrativas e Inf. Vinculativas IRS: admissibilidade da alteração posterior das opções, em termos de tributação, permitidas em sede de IRS ..................................................... 754 Processo tributário: juros de mora - aplicação no tempo e taxa em vigor ................................ 754 IVA: inversão do sujeito passivo nos serviços de construção civil - titularização de créditos ..... 755 Obrigações fiscais do mês e informações diversas . 738 a 752 Trabalho e Segurança Social Legislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho .......................... 762 a 768 Sumários do Diário da República.............................. 772 SUMÁRIO

Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

  • Upload
    leanh

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

CEM NORTEDE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

NOVEMBRO • 1ª QUINZENA ANO 80º • 2012 • Nº 21

(Continua na pág. 742)

Arrendamento Urbano com novas regrasA reforma da lei do arrendamento tem como principal

objetivo criar um verdadeiro mercado de arrendamento. Esta reforma decorre de um compromisso do Programa do Governo, consta do Memorando assinado com a “troika” e foi aprovada pela Lei n.º 31/2012, de 14.8, a qual também introduz numerosas alterações ao Código Civil, ao Código de Processo Civil e à Lei n.º 6/2006, de 27.2 (que aprovou o NRAU).

Tal como temos vindo a referir em anteriores edi-ções, a nova lei do arrendamento entra em vigor no dia próximo dia 12 de Novembro, estando a sua apli-

cação prática, em determinadas matérias, dependente da adpatação dos seguintes regimes às alterações ora introduzidas:

- regime de determinação e verifi cação do coefi ciente de conservação;

- regimes de determinação do rendimento anual bruto corrigido e atribuição do subsídio de renda;

- elementos do contrato de arrendamento e os requisitos a que obedece a sua celebração;

- regulamento das comissões arbitrais municipais. Até à presente data nenhuma dessas matérias foi

ainda adaptada.As principais alterações analisadas em detalhe neste

número dizem sobretudo respeito aos arrendamentos para habitação, nomeadamente no que respeita ao reforço do mecanismo de resolução do contrato de arrendamento quando o arrendatário se encontre em mora, permitindo uma mais rápida cessação do contrato e consequente desocupação do locado, e a agilização do procedimento de denúncia do contrato de arrendamento celebrado por duração indeterminada.

NESTE NÚMERO:• IRS: deduções e benefícios fi scais 2012• Novas alterações aos Códigos Fiscais• Novo regime de compensação pela

cessação dos contratos de trabalho

Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro

LegislaçãoLei nº 55-A/2012, de 29.10 (Códigos Fiscais - IRS, IRC e Imposto do Selo e Lei Geral Tributária – alterações - tributação das mais-valias e rendimentos de capitais –

taxas liberatórias - prédios urbanos de elevado valor - nova taxa de Imposto do Selo) .................. 758Resol. do Cons. Min nº 90/2012, de 31.10 (Convenções

coletivas de trabalho e portarias de extensão) ...... 762Port. nº 358/2012, de 31.10 (Arrendamento urbano - preço da habitação por metro quadrado para 2013) . 761Sistemas de incentivos e apoios .................................. 753Resoluções Administrativas e Inf. VinculativasIRS: admissibilidade da alteração posterior das opções, em termos de tributação, permitidas em sede de IRS ..................................................... 754Processo tributário: juros de mora - aplicação no tempo e taxa em vigor ................................ 754IVA: inversão do sujeito passivo nos serviços de construção civil - titularização de créditos ..... 755Obrigações fi scais do mês e informações diversas . 738 a 752Trabalho e Segurança SocialLegislação, Informações Diversas e Regulamentação do Trabalho .......................... 762 a 768Sumários do Diário da República .............................. 772

SUMÁRIO

Page 2: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte738NOVEMBRO 2012 - Nº 21

I R S (Até ao dia 20 de novembro)- Entrega do imposto retido no mês de outubro

sobre rendimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS. (Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)

- Entrega do imposto retido no mês de outubro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respectivamente). (Al. c) do nº 3º do art. 98º do Código do IRS)

I R C- Entrega das importâncias retidas no mês de outubro por

retenção na fonte de IRC. (Até ao dia 20 de novembro)(Arts. 106º, nº 3, 107º e 109º do Código do IRC)

IVA- Entrega do imposto liquidado no mês de setembro pelos

contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 12 de novembro)*

- Entrega, pelos sujeitos passivos enquadrados no regime normal de periodicidade trimestral, do imposto referente ao 3.º trimestre de 2012 (julho, agosto e setembro). (Até ao dia 15 de novembro)

- Regime dos pequenos retalhistas - pagamento do imposto apurado relativo ao 3º trimestre de 2012. Caso não haja imposto a pagar, deverá ser entregue na repartição de fi nanças competente declaração para o efeito. (Até ao dia 20 de novembro)

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 30 de novembro)

– Liquidação, por transmissão electrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de novembro.

SEGURANÇA SOCIAL (De 11 a 20 de novembro)- Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao

mês de outubro de 2012.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 21 de novembro)- Entrega, por meio de guia, do imposto arrecadado no mês

de outubro. (Arts. 43º e 44º do Código do Imposto do Selo)

PAGAMENTOSEM NOVEMBRO

ARQUIVADOR PARA 2012 OU 2013Já tem o seu?

Cada arquivador comporta a coleção anual do Boletim do Contribuinte, Suplementos e Índices.

Encomende já!

Boletim do Contribuinte

Combate é evasão fi scal e novo regime de emissão de faturas

Fisco escreve aos contribuintes para que exijam faturas

O diretor da Autoridade Tributária e Aduaneira, José Aze-vedo Pereira, escreveu um e-mail aos contribuintes pedindo--lhes que peçam sempre fatura na aquisição de bens e serviços, contribuindo assim para o combate à fraude fi scal.

«A partir de 1 de janeiro de 2013 será obrigatória a emissão de fatura por todas as vendas de bens e serviços, mesmo quando os particulares não a exijam», lembra José Azevedo Pereira.

«Se todos exigirmos fatura em todas as aquisições que efetuamos conseguiremos» aumentar «a riqueza conhecida que Portugal produz» e, também, «aumentar as receitas fi scais sem pagarmos mas impostos». A equidade e justiça entre os contribuintes também sairá benefi ciada e este pequeno gesto ajuda ainda a «diminuir o défi ce orçamental e criar condições para uma redução futura da carga fi scal».

Quem não exigir fatura estará a «aumentar a evasão fi scal» e a «enriquecer ilicitamente aqueles que não pagam impos-tos», lê-se ainda no e-mail. Isso fará baixar a receita fi scal e «prejudicar com mais impostos os contribuintes cumpridores».

Por isso, exigir fatura nas compras que efetuamos «é um direito e um dever de todos».

O diretor do Fisco adianta ainda que «em breve» os con-tribuintes receberão «informação acerca dos benefícios fi scais que serão proporcionados a quem exigir fatura.

Todavia, adiantamos que os benefícios fi scais poderão ir até aos 250 euros, ou seja, cada familia poderá deduzir no seu IRS 5% do IVA pago em quatro setores: reparação e manu-tenção automóvel, restauração, alojamento, e cabeleireiros e similares, com o limite de 250 euros.

Mas para conseguir o limite máximo do benefício fi scal, cada familia terá de gastar 26.739 euros nestas quatro ativida-des, uma meta praticamente impossível de alcançar.

Governo admite IRC de 10% para novas empresas já em 2013

O Ministério da Economia tem em estudo uma proposta para implementação da taxa de IRC reduzida, que passará a ser a mais baixa da União Europeia a conceder durante um período de dez anos.

Na proposta que o Governo deverá vir a apresentar a taxa de IRC será fi xada em 10% para novas empresas com plano de investimento acima de um determinado valor que deverá situar-se entre três e os cinco milhões de euros.

Se este regime avançar já em 2013 deverá vigorar durante um prazo de 5 anos e tem por objetivo, fundamen-talmente, a captação de investimento e a criação de novos postos de trabalho através de um regime fi scal extrema-mente favorável e competitivo.

Page 3: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 739NOVEMBRO 2012 - Nº 21

Códigos fi scais novamente alteradosImposto extraordinário sobre prédios urbanos de elevado valor será pago até 20 de dezembro

Foi publicada a Lei n.º 55-A/2012, de 29.10, que introduziu alterações ao Código do IRS, ao Código do IRC, ao Código do Imposto do Selo e à Lei Geral Tributária.

Entre as medidas agora incluídas e que entram em vigor imediatamente, destacamos:

IRS e IRC

Em sede de impostos sobre o rendimento:- os rendimentos de capitais (categoria E) passam a ser

tributados à taxa de 26,5%, o mesmo acontecendo aos rendimentos de valores mobiliários;

- agravamento de 30% para 35% da taxa incidente sobre rendimentos de capitais auferidos por entidades não residentes em território português, que sejam domici-liadas em país, território ou região sujeitas a um regime fi scal claramente mais favorável;

- as taxas de retenção na fonte (artigo 94º, nº 4, do CIRC) passam a ser de 25% para a generalidade dos rendi-mentos, mantendo-se a taxa de retenção de 21,5% para as remunerações auferidas pelos membros dos órgãos estatutários de pessoas coletivas.

Imposto do Selo

É criada uma nova taxa de imposto do selo que incide so-bre a propriedade, usufruto ou direito de superfi cíe de prédios urbanos com afetação habitacional, cujo valor patrimonial tributário (VPT) seja igual ou superior a um milhão de euros.

As taxas aplicáveis para o ano de 2012 são as seguintes:- Prédios com afetação habitacional avaliados nos termos

do Código do IMI: 0,5 %; (1% em 2013)- Prédios com afetação habitacional ainda não avaliados

nos termos do Código do IMI: 0,8 %; (1% em 2013)- Prédios urbanos quando os sujeitos passivos que não

sejam pessoas singulares sejam residentes em país, ter-ritório ou região sujeitos a um regime fi scal claramente mais favorável: 7,5 %.

A liquidação do imposto pela Autoridade Tributária e Aduaneira deve ser efetuada até ao fi nal do mês de novembro de 2012, devendo o seu pagamento ser efetuado numa única prestação até ao dia 20 de dezembro de 2012.

Exemplo: Um imóvel com VPT de 1.100.000 euros, já avaliado nos termos do Códogo do IMI, passa a estar sujeito já este ano a imposto do selo no valor de 5.500 euros, o qual deverá ser pago até ao próximo dia 20 de dezembro.

Lei Geral Tributária

É reduzido o diferencial de 50% para 30% entre o rendi-mento declarado e o rendimento padrão constante da tabela das manifestações de fortuna prevista no artigo 89º-A da LGT.

Por último, passa a confi gurar como manifestação de fortuna o total dos montantes transferidos de e para contas de depósito ou de títulos abertas pelo sujeito passivo em ins-tituições fi nanceiras residentes em país, território ou região sujeito a um regime fi scal claramente mais favorável, cuja existência e identifi cação não tenha sido comunicada à Auto-ridade Tributária.

(Cfr. 55-A/2012, de 19.10, pág. 757 deste número)

Sistema de acesso aos serviços mínimos bancários

No passado dia 18 do corrente mês de outubro entrou em vigor o DL n.º 225/2012, de 17.10, que altera o sistema de acesso aos serviços mínimos bancários (constante do DL n.º 27-C/2012, de 10.3), estabelecendo as bases dos protocolos a celebrar entre o Governo, o Banco de Portugal e as instituições de crédito que pretendam aderir ao referido sistema e, bem assim, o respetivo regime sancionatório.

O diploma ora aprovado vem clarifi car o regime jurídico do sistema de acesso aos serviços mínimos bancários, eviden-ciando os direitos e as obrigações dos clientes bancários e das instituições de crédito aderentes, nomeadamente os requisitos de acesso e as causas de recusa legítima de abertura ou con-versão de conta, as condições de prestação desses serviços e, sem prejuízo de outras causas de resolução legalmente admissíveis, a atribuição às instituições de crédito do direito de resolução do contrato de depósito celebrado ao abrigo do presente regime em situações específi cas.

Este diploma também regula determinados aspetos relati-vos à operacionalização do regime, estabelecendo o dever de comunicação ao interessado dos motivos subjacentes à recusa de abertura da conta de serviços mínimos bancários e, bem assim, quando se verifi quem as condições previstas para o exercício dessa faculdade, a notifi cação prévia ao cliente da resolução do contrato de depósito.

As instituições de crédito podem agora resolver o contrato de depósito depois de decorrido, pelo menos, um ano após a abertura ou a conversão de conta de depósito à ordem em conta de servi-ços mínimos bancários, se, nos seis meses anteriores, essa conta apresentar um saldo médio anual inferior a 5 % da remuneração mínima mensal garantida e não tiverem sido realizadas quaisq uer operações bancárias nesse mesmo período de tempo.

Crédito hipotecárioTransparência na informação prestada

aos consumidores

No dia 16 de janeiro de 2013 entra em vigor o DL n.º 226/2012, de 18.10, que estende o âmbito de aplicação do DL n.º 51/2007, de 7.3, aos demais contratos de crédito garantidos

Page 4: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte740NOVEMBRO 2012 - Nº 21

por hipoteca, ou por outro direito sobre imóvel, e celebrados com clientes bancários particulares.

Recordamos que o citado DL 51/2007 veio regular as práticas comerciais das instituições de crédito, tendo em vista assegurar a transparência da informação por elas prestada no âmbito da celebração, da renegociação e da transferência dos contratos de crédito para aquisição, construção e realização de obras em habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, bem como para aquisição de terrenos para construção de habitação própria.

Este regime passa a abranger não só os contratos de crédito celebrados com clientes bancários particulares que, indepen-dentemente da sua fi nalidade, tenham garantia hipotecária, mas também os contratos de crédito celebrados com clientes bancários particulares que, independentemente da sua fi nalida-de, sejam garantidos por outro direito sobre coisa imóvel (por exemplo, os direitos de usufruto, uso e habitação).

Processo de Inventário

No Conselho de Ministros do passado dia 18 de Outubro foi aprovada uma proposta de lei que, no âmbito do Regime Jurídico do Processo de Inventário, vem reforçar a utilização dos processos extrajudiciais existentes para ações de partilha de imóveis herdados.

Esta proposta de lei atribui a competência para o pro-cessamento dos atos e termos do processo de inventário aos cartórios notariais, sem prejuízo de as questões que, atenta a sua natureza ou a complexidade da matéria de facto e de direito, não devam ser decididas no processo de inventário continuarem a ser decididas pelo juiz do tribunal da comarca do cartório notarial onde o processo foi apresentado.

Registo ComercialPrestação de contas pelas sociedades

Com o objectivo de de garantir o cumprimento da obriga-ção legal que impende sobre as empresas de procederem ao registo da prestação de contas junto do Ministério da Justiça, no Conselho de Ministros do passado dia 25 de Outubro foram aprovadas diversas alteração ao Código do Registo Comercial, ao Regime do Registo Nacional de Pessoas Colectivas e ao regime jurídico dos procedimentos administrativos de disso-lução e de liquidação de entidades comerciais.

De referir que se preveem agora diversas disposições que penalizam os incumpridores com vista a combater a fuga ao referido registo das contas.

Empreitadas de obras públicasRegime excecional de liberação da caução

Pelo Decreto-Lei n.º 190/2012, de 22.8, foi aprovado um regime excecional e temporário, que vigorará até 1 de julho de 2016, da liberação das cauções prestadas para garantia da execução de contratos de empreitada de obras públicas e do exato e pontual cumprimento de todas as obrigações legais e contratuais que deles decorrem para o empreiteiro.

A liberação da caução é feita faseadamente, durante um período de cinco anos, contado da data da receção provisória da obra, nos termos seguintes:

- No 1.º ano após receção provisória da obra, 30 % da caução total da obra;

- No 2.º ano após receção provisória da obra, 30 % da caução total da obra;

- No 3.º ano após receção provisória da obra, 15 % da caução total da obra;

- No 4.º ano após receção provisória da obra, 15 % da caução total da obra;

- No 5.º ano após receção provisória da obra, 10 % da caução total da obra.

Ginásios, academias e clubes de saúdeResponsabilidade técnica

Foi aprovado pela Lei n.º 39/2012, de 28 de Agosto, um novo regime da responsabilidade técnica pela direção e orientação das atividades desportivas desenvolvidas nas ins-talações desportivas que prestam serviços desportivos na área da manutenção da condição física (fi tness), designadamente aos ginásios, academias ou clubes de saúde (healthclubs), bem como determinadas regras sobre o seu funcionamento.

A mesma lei, que entra em vigor no fi nal do corrente mês de Novembro, procede á revogação do anterior regime esta-belecido pelo Decreto-Lei nº n.º 271/2009, de 1 de outubro.

Crime de abuso de confi ança fi scalAcórdão do STJ

Por Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 8/2012, de 24.10 foi deliberado que:

No processo de determinação da pena por crime de abuso de confi ança fi scal, p. e p. no artigo 105.º, n.º 1, do RGIT, a suspensão da execução da pena de prisão, nos termos do artigo 50.º, n.º 1, do Código Penal, obrigatoria-mente condicionada, de acordo com o artigo 14.º, n.º 1, do RGIT, ao pagamento ao Estado da prestação tributária e legais acréscimos, reclama um juízo de prognose de ra-zoabilidade acerca da satisfação dessa condição legal por parte do condenado, tendo em conta a sua concreta situação económica, presente e futura, pelo que a falta desse juízo implica nulidade da sentença por omissão de pronúncia.

Page 5: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 741NOVEMBRO 2012 - Nº 21

Processo tributárioPedido de dispensa de prestação de

garantia em processo de execução fi scal

Uniformização de jurisprudência

O Supremo Tribunal Administrativo por acórdão re-centemente publicado uniformizou jurisprudência nos seguintes termos:

Independentemente do entendimento que se subscreva relativamente à natureza jurídica do acto de indeferimento do pedido de dispensa de prestação de garantia para obter a suspensão do processo de execução fi scal - como acto materialmente administrativo praticado no processo exe-cutivo e ou como acto predominantemente processual - é de concluir que não há, nesse caso, lugar ao direito de audiência previsto no artigo 60.º da Lei Geral Tributária.

(Cfr. Acórdão do STA nº 5/2012, publicado no DR, I série, de 22 de Outubro)

Benefícios fi scaisDedução em sede de IRS de IVA

suportado em fatura

1 - À coleta do IRS devido pelos sujeitos passivos é de-dutível um montante correspondente a 5 % do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global de A 250, que conste de faturas que titulem prestações de serviços comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) nos termos do Decreto-Lei n.º 197/2012, enquadradas, de acordo com a Classifi cação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE - Rev. 3, aprovada pelo Decreto--Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade:

a) Secção G, Classe 4520 - Manutenção e reparação de veículos automóveis;

b) Secção G, Classe 45402 - Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios;

c) Secção I - Alojamento, restauração e similares;d) Secção S, Classe 9602 - Atividades de salões de cabe-

leireiro e institutos de beleza.2 - O incentivo previsto no número anterior opera por

dedução à coleta do IRS do ano em que as faturas foram emitidas, desde que a declaração de rendimentos do agregado familiar seja entregue nos prazos previstos no artigo 60.º do Código do IRS.

3 - Os adquirentes que pretendam benefi ciar do incentivo devem exigir ao emitente a inclusão do seu número de iden-tifi cação fi scal nas faturas.

4 - As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA apenas podem benefi ciar do incentivo relativamente às faturas que titulam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profi ssional.

5 - O valor do incentivo é apurado pela AT com base nas faturas que lhe forem comunicadas, por via eletrónica, até ao dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da sua emissão, relativa-mente a cada adquirente nelas identifi cado.

6 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o montante do incentivo até ao dia 10 do mês de fevereiro do ano seguinte ao da emissão das faturas.

7 - Do cálculo do montante do incentivo referido no nú-mero anterior, pode o adquirente reclamar, até ao fi nal do mês de março do ano seguinte ao da emissão, de acordo com as normas aplicáveis ao procedimento de reclamação graciosa com as devidas adaptações.

8 - Os adquirentes que pretendam benefi ciar deste incentivo devem manter na sua posse as faturas que não tenham sido regularmente comunicadas pelo sujeito passivo emitente à AT e disponibilizadas no Portal das Finanças, por um período de quatro anos, contado a partir do fi nal do ano em que ocorreu a aquisição.

9 - Havendo divergências entre os elementos comunicados pelos adquirentes e pelos sujeitos passivos emitentes, ou ha-vendo indícios de que as faturas não correspondem a prestações de serviços reais enquadradas no n.º 1, o direito ao incentivo depende de confi rmação pela AT da veracidade da operação.

10 - Este incentivo não se encontra abrangido pelos limites constantes da tabela do n.º 2 do artigo 88.º do Código do IRS.

(Artigo 66º-B, aditado ao Estatuto dos benefícios Fiscais pelo DL nº 198/2012, de 24 de Agosto, transcrito no Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 614. Este novo artigo 66º-B entrará em vigor em 1 de janeiro de 2013)

NOVVIDAADEEEE

LÍDER DE MERCADORECONHECIDA POR MILHARES DE PROFISSIONAIS

Page 6: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte742NOVEMBRO 2012 - Nº 21

Arrendamento UrbanoRevisão à lei das rendas em vigor a partir do dia 12 de Novembro

(Continuação da pág. 737)

IRegime jurídico do arrendamento urbano

Síntese das principais alterações introduzidas

1 - Resolução- A justa causa para a resolução do contrato no caso de o

arrendatário estar em mora quanto ao pagamento das rendas passa de três para dois meses de mora.

- Passa a ser possível ao senhorio resolver o contrato se o arrendatário estiver em mora quanto ao pagamento das rendas por mais de oito dias, verifi cando-se essa situação mais de quatro vezes, seguidas ou interpoladas, num período de 12 meses, com referência a cada contrato, sem possibilidade de a resolução fi car sem efeito caso o arrendatário ponha fi m à mora.

- O fundamento de resolução do contrato pelo arrendatário referente à falta de realização de obras pelo senhorio é alargado aos casos em que a falta de tais obras ponha em causa a aptidão do locado para o uso previsto no contrato.

- O prazo para o arrendatário pôr fi m à mora e obter a ine-fi cácia da comunicação de resolução pelo senhorio é encurtado de três para um mês, fi cando o uso desta faculdade limitado a uma só vez em cada contrato. Tal signifi ca que, na prática, o despejo é possível ao fi m de três meses (dois meses de mora e mais um sem regularizar o pagamento).

- Também a resolução fundada na oposição à realização de obra ordenada por autoridade pública passa a fi car sem efeito se essa oposição cessar no prazo de um mês.

- A desocupação passa a ser exigível um mês após a re-solução do contrato.

- Passa a ser possível a comunicação da resolução do contrato por outros motivos que não o atraso no pagamento das rendas, através de simples comunicação por carta registada com aviso de receção.

2 - Contratos com prazo certo- Se nada estiver estipulado, o contrato tem-se como cele-

brado pelo prazo de dois anos e não por tempo indeterminado, como atualmente. Ou seja, o regime supletivo é de 2 anos renováveis automaticamente.

- Deixa de existir um prazo mínimo de duração do contrato por 5 anos – passa a ser possível celebrar contratos pelo prazo acordado entre as partes.

- Os períodos de renovação automática dos contratos são iguais ao período de duração inicial contratualmente estipulado, eliminando-se as renovações por períodos mínimos de três anos.

3 - Renovação / denúncia- A oposição à renovação automática passa a ter avisos

prévios iguais para ambas as partes, prevendo-se as seguintes antecedências mínimas:

1) 240 dias, se o prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação for igual ou superior a seis anos;

2) 120 dias, se o prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação for igual ou superior a um ano e inferior a seis anos;

3) 60 dias, se o prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação for igual ou superior a seis meses e inferior a um ano;

4) Um terço do prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação, tratando-se de prazo inferior a seis meses.

- O arrendatário, decorrido um terço do prazo de duração inicial do contrato ou da sua renovação, pode denunciá-lo a todo o tempo, mediante comunicação ao senhorio com a antecedência mínima seguinte:

1) 120 dias do termo pretendido do contrato, se o prazo deste for igual ou superior a um ano;

2) 60 dias do termo pretendido do contrato, se o prazo deste for inferior a um ano.

- Se o senhorio impedir a renovação automática do contra-to, o arrendatário pode denunciá-lo a todo o tempo, mediante comunicação ao senhorio com uma antecedência não inferior a 30 dias do termo pretendido do contrato, salvo se este tiver entretanto caducado.

4 - Contratos com duração indeterminada- O arrendatário só pode denunciar o contrato após seis

meses de duração efetiva, com um aviso prévio de 120 dias para contratos que, à data da comunicação, tiverem um ano ou mais de duração efetiva e 60 dias nos contratos com duração efetiva inferior a um ano.

- Se senhorio denunciar o contrato através de mero aviso prévio, o arrendatário pode denunciá-lo mediante comunicação ao senhorio com antecedência não inferior a 30 dias do termo pretendido do contrato, salvo se este tiver entretanto caducado.

- A antecedência para o senhorio denunciar o contrato passa de cinco para dois anos.

- A denúncia para habitação ou para demolição ou obras profundas passa a operar por mera comunicação (não tem de ser exercida pela via judicial) e a respetiva compensação devida ao arrendatário é fi xada em seis meses de renda.

- Na denúncia para demolição ou obras profundas, a comu-nicação ao arrendatário deve ser acompanhada da declaração do município que ateste que foi iniciado o procedimento de controlo prévio da operação urbanística a efetuar no locado e que esta obriga à desocupação do mesmo.

- Os efeitos do incumprimento do tempo mínimo de ocu-pação do imóvel em caso de denúncia para habitação ou o não início da obra no prazo de seis meses passa a implicar o pagamento de uma indemnização muito mais pesada para o senhorio, no valor de 10 anos de renda, mas deixa de conferir ao arrendatário o direito à reocupação do imóvel.

5 - Transmissão da posição de arrendatário- A transmissão por morte do arrendatário só se dá para

pessoa com quem este vivesse em união de facto ou em eco-

Page 7: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 743NOVEMBRO 2012 - Nº 21

nomia comum há mais de dois anos e desde que essa pessoa residisse no locado há mais de um ano.

- Em qualquer caso, o direito à transmissão por morte não se verifi ca se o titular desse direito tiver outra casa, própria ou arrendada, na área dos concelhos de Lisboa ou do Porto e seus limítrofes, ou no respetivo concelho quanto ao resto do País, à data da morte do arrendatário.

6 - Contratos para fi ns não habitacionaisMantém-se a liberdade das partes na determinação da dura-

ção do contrato. Na falta de estipulação das partes, o contrato considera-se celebrado pelo prazo de cinco anos.

7 - Mecanismos extrajudiciais e judiciais em situações de despejo ou extinção:

- Prevê-se a criação do Balcão Nacional de Arrenda-mento, ao qual o senhorio pode recorrer para requerer a notifi cação de desocupação do imóvel ou fração por parte do inquilino devido à falta de pagamento durante 3 meses comprovados;

- Deixa de se prever a existência de título executivo nos casos de resolução não fundada no atraso no pagamento de rendas e passa a ser obrigatório este novo procedimento para a obtenção desse título executivo e passagem à fase de execução.

- O requerimento de despejo é convertido em título para desocupação do locado se o requerido não deduzir oposição, não juntar o documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça ou do pagamento da caução ou se não proceder ao pagamento ou depósito das rendas vencidas.

- Havendo oposição, o processo é distribuído ao tribunal competente para decisão de mérito com eventual realização de julgamento.

- Obtendo-se o título para desocupação do locado, a fase executiva ocorre imediatamente no próprio procedimento especial de despejo, podendo haver oposição à execução.

8 – Atualização das rendas- O senhorio pode propor ao inquilino um novo valor de

renda; o inquilino pode aceitar ou não, podendo contrapor um novo valor. Da média destes valores ou sai um valor sobre o qual pode haver acordo ou então sairá o valor de indemnização a pagar ao inquilino que corresponderá a 60 meses de renda que o senhorio deverá pagar para que se desocupe o imóvel .

9 - Proteção em casos excecionais a idosos, defi -cientes com mais de 60%, inquilinos com carên-cia económica

- Prevê-se a transição dos contratos antigos para o novo regime através da negociação da renda, que deverá obedecer às seguintes regras:

1 - Mecanismo transitório de 5 anos para situações de ca-

rência económica, prazo durante o qual se mantém o contrato, podendo haver um ajustamento extraordinário. O ajustamento extraordinário será apurado tendo por base o valor patrimonial do imóvel (após a atualização do valor patrimonial em curso nos imóveis avaliados pela última vez antes de 2004) e uma taxa de esforço máxima de 25% apurada sobre o rendimento anual bruto corrigido do agregado (taxa de esforço máxima de 10% para rendimentos até cerca de 500 €);

2 - Caso, fi ndos os 5 anos, não haja possibilidade de proce-der aos ajustamentos, a Segurança Social deverá ser chamada para encontrar uma solução para essas situações.

3 - Para inquilinos com idade igual ou superior a 65 anos ou defi ciência com grau de incapacidade superior a 60%, se não houver carência, pode verifi car-se a atualização da renda, mas os inquilinos mantêm o contrato.

4 - Havendo necessidade da demolição do imóvel ou obras profundas que obriguem à desocupação, o contrato cessa com indemnização, não havendo acordo. Mas, nos contratos de arrendamento celebrados em data anterior a 1990, o senhorio fi ca obrigado ao realojamento se o arren-datário tiver idade igual ou superior a 65 anos ou se tiver defi ciência com grau comprovado de incapacidade superior a 60%. Os inquilinos que tenham de ser realojados terão de o ser em casas adaptadas ao agregado em termos de tipologia. Este realojamento terá de ser feito na mesma freguesia ou freguesias limítrofes.

5 - Limite máximo aos aumentos das rendas de contratos anteriores a 1990: está previsto que os aumentos das rendas para agregados com rendimentos até 500 euros brutos men-sais fi cam limitados a 10% (não podendo ir nestes casos para além dos 50 €) e para os agregados com rendimentos até 2500 euros brutos só poderiam sofrer um aumento máximo de 25%. Entretanto, foi proposto um teto intermédio. Assim, para quem ganha entre 500 e 1500 euros brutos mensais, o peso da renda no vencimento não pode ir além dos 17%. Nestes casos a renda nunca poderá ultrapassar os 255 euros mensais. Para os agregados com rendimentos até 2500 euros brutos, o aumento é no máximo de 25%, ou seja, de 625€.

10 - Seguro de rendasOutra das alterações diz respeito à criação do seguro de

rendas, que será comparticipado pelos próprios senhorios e que serve de garantia quando há incumprimento pelos inquilinos.

11 - DespejoEm matéria de despejo, pretende-se acelerar estes proces-

sos em tribunal. Enquanto os processos estão pendentes nos tribunais, os inquilinos têm de continuar a pagar as rendas nos termos gerais.

12 - Denúncia dos contratos para obras profundasOutra das alterações diz respeito à denúncia dos con-

tratos para obras profundas. Os inquilinos que tenham de ser realojados porque os imóveis onde vivem vão ser alvo de obras profundas ou demolidos terão de ser realojados em casas adaptadas ao agregado em termos de tipologia. Este realojamento terá de ser feito na mesma freguesia ou freguesias limítrofes.

(Continua na pág. seguinte)

Page 8: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte744NOVEMBRO 2012 - Nº 21

(Continuação da pág. anterior)

Em sede de obras, para garantir que esta via não é utili-zada para facilitar despejos de inquilinos com rendas baixas, propõe-se que, quando não haja acordo para a realização de obras (em 30 dias), o senhorio tem de pagar uma indemniza-ção equivalente a dois anos de renda. E nos casos de despejos por necessidade de obras vai ser obrigatório que um técnico assine um termo de responsabilidade em como as obras são necessárias.

13 - Novo Procedimento Especial de Despejo e Balcão Nacional do Arrendamento

O procedimento especial de despejo é um meio para efe-tivar a cessação do arrendamento, independentemente do fi m a que este se destina, quando o arrendatário não desocupe o locado na data prevista na lei ou na data fi xada por convenção entre as partes.

Independentemente do fi m a que se destina o arrendamento, podem servir de base ao procedimento especial de despejo:

- Em caso de revogação, o contrato de arrendamento, acompanhado desse acordo;

- Em caso de caducidade pelo decurso do prazo, não sendo o contrato renovável, o contrato escrito donde conste a fi xação desse prazo;

- Em caso de cessação por oposição à renovação, o contrato de arrendamento acompanhado do comprovativo da comuni-cação prevista no artigo 1097.º ou no n.º 1 do artigo 1098.º do Código Civil;

- Em caso de denúncia por comunicação, o contrato de arrendamento, acompanhado do comprovativo da comunica-ção prevista na alínea c) do artigo 1101.º ou no n.º 1 do artigo 1103.º do Código Civil;

- Em caso de resolução por comunicação, o contrato de ar-rendamento, acompanhado do comprovativo da comunicação prevista no n.º 2 do artigo 1084.º do Código Civil, bem como, quando aplicável, do comprovativo, emitido pela autoridade competente, da oposição à realização da obra;

- Em caso de denúncia pelo arrendatário, nos termos dos n.ºs 3 e 4 do artigo 1098.º do Código Civil, do artigo 34.º ou do artigo 53.º, o comprovativo da comunicação da iniciativa do senhorio e o documento de resposta do arrendatário.

O procedimento especial de despejo só pode ser utilizado relativamente a contratos de arrendamento cujo imposto do selo tenha sido liquidado.

O pedido de pagamento de rendas, encargos ou despesas que corram por conta do arrendatário pode ser deduzido cumulativamente com o pedido de despejo no âmbito do procedimento especial, desde que tenha sido comunicado ao arrendatário o montante em dívida.

As rendas que se forem vencendo na pendência do proce-

dimento especial de despejo devem ser pagas ou depositadas, nos termos gerais.

Balcão Nacional do ArrendamentoO Balcão Nacional do Arrendamento (BNA) destina-se a

assegurar a tramitação do procedimento especial de despejo e tem competência em todo o território nacional para a trami-tação deste procedimento.

Ao procedimento especial de despejo aplica-se o regime de acesso ao direito e aos tribunais, sendo obrigatória a constitui-ção de advogado para a dedução de oposição ao requerimento de despejo.

Aos prazos do procedimento especial aplicam-se as regras previstas no Código de Processo Civil, não havendo lugar à sua suspensão durante as férias judiciais, nem a qualquer dilação.

O requerimento de despejo é apresentado, em modelo próprio, no BNA. Este Balcão já foi criado mas ainda não se encontra a funcionar.

O BNA caracteriza-se essencialmente pela sua natureza virtual, informática (internet). Assim, a tramitação pro-cessual será efetuada por via informática. Este balcão apenas funciona online, mas os senhorios que não têm acesso à internet vão poder entregar junto dos tribunais os requerimentos para dar início ao processo de negociação. A secretaria judicial reencaminhará depois o pedido para os técnicos do BNA.

O BNA apenas estará operacional quando a lei entrar em vigor, ou seja, em 12 de Novembro de 2012.

Na próxima edição do Bol. do Contribuinte voltaremos a este tema para analisarmos as principais alterações intro-duzidas em sede de procedimento especial de despejo e na expetativa de que, nessa altura, já esteja em funciona-mento o Balcão Nacional do Arrendamento. Ainda sobre este tema os nossos leitores podem consultar o Boletim do Contribuinte, 2012, págs. 672 a 674 onde o mesmo assunto já foi tratado.

IIO regime de atualização das rendas

nos contratos de arrendamento habitacionais e não habitacionais celebrados antes do RAU

(1990) e do DL 257/95, de 30.9Principais alterações

Tal como acima referimos, os novos valores das rendas antigas variam consoante as taxas de esforço das famílias:

- até 10% quando os rendimentos máximos são de 500 euros brutos;

- 17% para rendimentos entre 501 e 1500 euros;- e 25% desde os 1501 até aos 2425 euros. Os rendimentos contabilizados serão os relativos a 2012 e

não a 2011, devido ao corte nos subsídios.

1 - Arrendamento para habitação - Iniciativa do senhorio

A transição para o NRAU e a actualização da renda de-pendem de iniciativa do senhorio, que deve comunicar a sua intenção ao arrendatário, indicando:

Page 9: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 745NOVEMBRO 2012 - Nº 21

- O valor da renda, o tipo e a duração do contrato propostos; - O valor do locado, avaliado nos termos dos artigos 38.º

e seguintes do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI), acompanhado de cópia da caderneta predial urbana.

Resposta do arrendatário: O prazo para a resposta do arrendatário é de 30 dias, a contar da receção da comunicação do senhorio. Na sua resposta o arrendatário pode:

- aceitar o valor da renda proposto pelo senhorio; - opor-se ao valor da renda proposto pelo senhorio, pro-

pondo um novo valor; - ou denunciar o contrato de arrendamento.O arrendatário que não concorde com a proposta apresen-

tada pelo senhorio deve ainda, na sua resposta, invocar, isolada ou cumulativamente, as seguintes circunstâncias:

- Rendimento anual bruto corrigido (RABC) – quantitativo que resulta da soma dos rendimentos anuais ilíquidos auferidos por todos os elementos do agregado familiar do arrendatário –, do seu agregado familiar inferior a cinco retribuições mínimas nacionais anuais (RMNA),

- Idade igual ou superior a 65 anos ou defi ciência com grau comprovado de incapacidade superior a 60 %.

A falta de resposta do arrendatário vale como aceitação da renda, bem como do tipo e da duração do contrato propostos pelo senhorio, fi cando o contrato submetido ao NRAU a partir do 1.º dia do segundo mês seguinte ao do termo do prazo para a resposta.

Caso o arrendatário aceite o valor da renda proposto pelo senhorio, o contrato fi ca submetido ao NRAU a partir do 1.º dia do segundo mês seguinte ao da receção da resposta,

De referir que a retribuição mínima nacional anual (RMNA) é o valor correspondente a 14 retribuições mínimas mensais garantidas (RMMG). Em 2011 e 2012, o RMNA corresponde a € 6790,00.

Oposição pelo arrendatário e denúncia pelo senhorio: Caso o arrendatário se oponha ao valor da renda, ao tipo e ou à duração do contrato propostos pelo senhorio, propondo outros, o senhorio, no prazo de 30 dias contados da receção da resposta daquele, deve comunicar ao arrendatário se aceita ou não a proposta.

A oposição do arrendatário ao valor da renda proposto pelo senhorio não acompanhada de proposta de um novo valor vale como proposta de manutenção do valor da renda em vigor à data da comunicação do senhorio.

A falta de resposta do senhorio vale como aceitação da renda, bem como do tipo e da duração do contrato propostos pelo arrendatário.

Se o senhorio aceitar o valor da renda proposto pelo ar-rendatário, o contrato fi ca submetido ao NRAU a partir do 1.º dia do segundo mês seguinte ao da receção, pelo arrendatário, da comunicação.

Se o senhorio não aceitar o valor de renda proposto pelo arrendatário, pode:

- Denunciar o contrato de arrendamento, pagando ao arrendatário uma indemnização equivalente a cinco anos de renda resultante do valor médio das propostas formuladas pelo senhorio e pelo arrendatário.

Esta indemnização é agravada para o dobro ou em 50% se a renda oferecida pelo arrendatário não for inferior à proposta pelo senhorio em mais de 10% ou de 20%, respectivamente.

A indemnização é paga no momento da entrega do locado ao senhorio.

No período compreendido entre a receção da comunica-ção pela qual o senhorio denuncia o contrato e a produção de efeitos da denúncia vigora a renda antiga ou a renda proposta pelo arrendatário, consoante a que for mais elevada.

- Atualizar a renda de acordo com os critérios previstos nas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 35.º da nova lei (o valor actualizado da renda tem como limite máximo o valor anual correspondente a 1/15 do valor do locado; sendo que o valor do locado corresponde ao valor da avaliação realizada nos termos dos artigos 38.º e seguintes do CIMI), considerando-se o contrato celebrado com prazo certo, pelo período de cinco anos a contar da referida comunicação.

Arrendatário com RABC inferior a cinco RMNA:Caso o arrendatário invoque e comprove que o RABC do

seu agregado familiar é inferior a cinco RMNA, o contrato só fi ca submetido ao NRAU mediante acordo entre as partes ou, na falta deste, no prazo de cinco anos a contar da receção, pelo senhorio, da resposta do arrendatário.

No período de cinco anos, a renda pode ser atualizada nos seguintes termos:

- O valor atualizado da renda tem como limite máximo o valor anual correspondente a 1/15 do valor do locado;

- O valor do locado corresponde ao valor da avaliação realizada nos termos dos artigos 38.º e seguintes do CIMI;

- O valor atualizado da renda corresponde, até à aprovação dos mecanismos de proteção e compensação social, a um má-ximo de 25% do RABC do agregado familiar do arrendatário (limite esse que será de 17% ou de 10% do RABC, consoante o rendimento do agregado familiar seja inferior a 1500,00 eu-ros ou a 500,00 euros mensais. Nestes casos, estamos perante aumentos de 225€ ou de 50€, como acima indicamos).

Em qualquer dos casos (idade igual ou superior a 65 anos ou defi ciência com grau comprovado de incapacidade superior a 60% ou RABC inferior a cinco RMNA), fi ndo o referido período de 5 anos, o senhorio poderá desencadear novo pro-cesso de atualização da renda. No entanto, se, por um lado, no caso de o senhorio não chegar a acordo com o arrendatário com idade igual ou superior a 65 anos ou defi ciência com grau comprovado de incapacidade superior a 60%, o contrato não passará a estar “submetido ao NRAU” ( o contrato não sofrerá qualquer alteração quanto ao seu tipo e duração), por outro lado, no caso de o arrendatário cujo RABC seja inferior a cinco RMNA, no silêncio ou na falta de acordo das partes sobre o tipo ou duração do contrato, o mesmo considera-se celebrado por prazo certo, pelo período de 2 anos.

(Continua na pág. seguinte)

Page 10: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte746NOVEMBRO 2012 - Nº 21

NOVIDADEFique por dentro de todas as questões relacionadas

com a Insolvência e Recuperação de EmpresasObra essencialmente prática e oportuna que no encalço do Programa

Revitalizar, ainda em desenvolvimento, vai contribuirpara um movimento reabilitação da economia e de criação de novas oportunidades, em

contexto de crise.

Compre já em http://livraria.vidaeconomica.ptR. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO [email protected] Páginas: 350 P.V.P.: €22

De notar que o NRAU agora revisto passa a prever que, caso a renda seja atualizada no termo do referido período de 5 anos, o arrendatário possa ter direito a uma resposta social, nomeadamente através de um subsídio de renda, de habitação social ou de mercado social de arrendamento, nos termos e condições ainda a defi nir em diploma próprio.

Após a atualização da renda através do mecanismo es-pecial de atualização de rendas e de transição de regime, a mesma continuará a sofrer atualizações anuais, nos termos contratualmente previstos ou, na falta destes, por aplicação dos coefi cientes de actualização em vigor.

Situações práticas:Em jeito de conclusão, podemos afi rmar que, no caso de

os inquilinos com contratos anteriores a 1990 e rendimento mensal até 500 euros mensais, a renda resultante do aumento não poderá exceder os 10%, ou seja, será no máximo de € 50.

Os inquilinos com rendimento mensal entre 500 e 1500 euros não poderão suportar rendas superiores a 255 euros durante os cinco anos de período transitório previstos na nova lei do arrendamento urbano, ou seja, este aumento tem como limite 17% desse rendimento.

Nos agregados familiares com um rendimento mensal bruto corrigido entre os 1501 até aos 2425 euros (cinco salários mí-nimos), a renda não poderá ser superior a 25% do rendimento mensal bruto corrigido, ou seja, € 605.

Assim, no caso de uma família com rendimentos de 600 euros, o aumento nunca poderá ultrapassar 102 euros. A taxa é de 17% do rendimento.

2 - Arrendamento para fi m não habitacional Iniciativa do senhorio

A transição para o NRAU e a atualização da renda de-pendem de iniciativa do senhorio, que deve comunicar a sua

intenção ao arrendatário, indicando: - O valor da renda, o tipo e a duração do contrato pro-

postos; - O valor do locado, avaliado nos termos dos artigos 38.º

e seguintes do CIMI, acompanhado de cópia da caderneta predial urbana.

Resposta do arrendatário: O prazo para a resposta do arrendatário é de 30 dias, a contar da receção da comunicação do senhorio.

O arrendatário, na sua resposta, pode: a) Aceitar o valor da renda proposto pelo senhorio; b) Opor-se ao valor da renda proposto pelo senhorio,

propondo um novo valor.Em qualquer dos casos, o arrendatário pode pronunciar-

-se quanto ao tipo e ou à duração do contrato propostos pelo senhorio.

Se for caso disso, o arrendatário deve ainda invocar uma das seguintes circunstâncias:

a) Existe no locado um estabelecimento comercial aberto ao público e que é uma microentidade (1);

b) Tem a sua sede no locado e que é uma associação pri-vada sem fi ns lucrativos regularmente constituída que se dedica à atividade cultural, recreativa ou desportiva não profi ssional, e declarada de interesse público ou de interesse nacional ou municipal;

c) O locado funciona como casa fruída por república de estudantes, nos termos previstos na Lei n.º 12/85, de 20 de junho.

Quando for atualizada, a renda é devida no 1.º dia do segundo mês seguinte ao da receção, pelo arrendatário, da comunicação.

Findo o período de cinco anos, o senhorio pode promover a transição do contrato para o NRAU.

No silêncio ou na falta de acordo das partes acerca do tipo ou da duração do contrato, este considera-se celebrado com prazo certo, pelo período de dois anos.

(1) Microentidade é a empresa que, independentemente da sua forma jurídica, não ultrapasse, à data do balanço, dois dos três limites seguintes:

a) Total do balanço: € 500 000; b) Volume de negócios líquido: € 500 000;c) Número médio de empregados durante o exercício: cinco.

(Continuação da pág. anterior)

Page 11: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 747NOVEMBRO 2012 - Nº 21

DEDUÇÕES E ISENÇÕES

Sujeitos passivos defi cientesOs sujeitos passivos defi cientes benefi ciam de uma de-

dução à colecta de valor correspondente 1900,00 euros (4 x 475 R. M. M.).

Por outro lado, os contribuintes que tenham no seu agregado familiar alguém (em concreto um fi lho ou dependente, ou um

ascendente que seja defi ciente e cujos rendimentos não execedam o montante correspondente à pensão mínima do regime geral) poderão deduzir o montante de 712,50 euros por cada um.

É considerada defi ciente a pessoa que possua grau de in-capacidade permanente igual ou superior a 60%, comprovada

IRSBENEFÍCIOS E DEDUÇÕES FISCAIS

APLICÁVEIS AOS RENDIMENTOS DE 2012

(Continua na pág. seguinte)

Aroximando-se o fi nal do ano, julgamos oportuno recordar alguma da informação com impacto na declaração de IRS de 2013 (rendimentos de 2012).

Como é sabido, o montante das deduções à coleta é cada vez mais mitigado e acompanhado pelo desa-parecimento de alguns benefícios fiscais, como por exemplo os montantes aplicados em seguros de vida e de acidentes pessoais, despesas com equipamentos de energias renováveis, despesas com aquisição de computador para uso pessoal, montantes despen-didos com aconselhamento juridico e os montantes aplicados em contas poupança habitação e planos poupança acções.

Longe vai o tempo em que o contribuinte “colecio-nava” recibos para ‘aliviar’ a fatura fi nal do IRS ou que aproveitava os últimos dias de dezembro para aplicar poupanças em PPR.

Seja como for, alguns contribuintes ainda podem aproveitar algumas deduções à coleta podendo dessa forma atenuar o IRS relativo ao corrente ano de 2012.

Antes de elencarmos os benefícios e deduções fi s-cais previstas em sede de IRS, é de salientar desde já que, com as alterações introduzidas pelo Orçamento de Estado de 2012 (aprovado pela Lei nº 64-B/2011, de 31.12, publicada em suplemento à 1ª quinzena de janeiro), foram estabelecidos limites máximos às deduções à coleta em sede de IRS diferenciados de acordo com o escalão de rendimento no qual o con-tribuinte se encontra inserido.

Os dois escalões mais baixos (rendimentos de valores até 7410 euros) continuam sem limite ou seja, podem usufruir do valor total das respetivas deduções à coleta. Já os contribuintes colocados nos 7º e 8º escalão (rendimentos que variam de mais de 66045 até 153 300 euros e superiores a 153 300 euros,

respetivamente) não podem deduzir qualquer valor, à semelhança do que sucedeu em 2011.

Note-se que os limites máximos de dedução, a seguir indicados, aplicam-se ao acumulado de deduções com despesas de saúde, educação, empréstimos à habita-ção, lares e pensões de alimentos, o que representa um signifi cativa alteração face ao que vigorava an-teriormente e equivale na prática a um agravamento da carga fi scal.

Ren

dim

ento

s 201

2 - E

scal

ões

Rendimento Coletável TaxasDeduções

máximas à coleta

Até 4.989 11,5 Sem Limite

De mais de 4.989 até 7.410 14 Sem Limite

De mais de 7.410 até 18.375 24,5 1250

De mais de 18.375 até 42.259 35,5 1200

De mais de 42.259 até 61.244 38 1150

De mais de 61.244 até 66.045 41,5 1100

De mais de 66.045 até 153.300 43,5 0

Superior a 153.300 46,5 0

Quanto mais elevados os rendimentos do agregado, menos despesas poderá deduzir. Como demonstra o quadro, os contribuintes dos dois últimos escalões não têm direito a qualquer dedução. Para os agregados integrados nos escalões intermédios (escalões 3º, 4º, 5º e 6º) os limites estabelecidos são, no entanto, majorados em 10% por cada dependente ou afi lhado civil (que não seja sujeito passivo de IRS). Por exem-plo, quem tiver um fi lho e estiver no terceiro escalão poderá deduzir até € 1375 (em vez de 1250 euros).

Page 12: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

748 Boletim do ContribuinteNOVEMBRO 2012 - Nº 21

através de atestado médico de incapacidade multiuso (art. 87º nº 5 do Código do IRS).

Se o grau de defi ciência for igual ou superior a 90%, os montantes poderão ser elevados para:

- 3800,00 euros – por sujeito passivo- 2612,50 euros - por dependente ou ascendente defi ciente;- 4275,00 euros - por sujeito passivo defi ciente das Forças

Armadas É ainda dedutível à coleta, a título de despesas de acompa-

nhamento, uma importância igual a quatro vezes a retribuição mínima mensal (isto é, 1900 euros) por cada sujeito passivo ou dependente cujo grau de invalidez permanente, devidamente comprovado, seja igual ou superior a 90%.

As despesas com a educação e reabilitação do sujeito passivo ou dependentes com defi ciência são consideradas em 30% do montante sem limite.

Os prémios de seguros e as contribuições para associações mutualistas são consideradas em 25% do montante despendido com o limite de 15% da colecta.

No caso de contribuições pagas para reforma por velhice, a dedução depende de o benefício ser garantido após os 55 anos de idade e cinco anos de duração do contrato, ser pago por aquele ou por terceiros, e desde que, neste caso, tenham sido comprovadamente tributados como rendimento do sujeito passivo, com o limite de 65 euros, tratando-se de sujeitos passivos não casados ou separados judicialmente de pessoas e bens, ou de 130 euros, tratando-se de sujeitos passivos casados e não separados judicialmente de pessoas e bens.

Nota: Refi ra-se que os valores referenciados têm em conta o valor do salário mínimo para 2010 (475 euros) e não o montante do Indexante dos apoios Sociais (IAS), uma vez que o artigo 98º da Lei nº 55-A/2010, de 31.12 (OE para 2011), estabelece o seguinte: até que o valor do IAS atinja o valor da retribuição mínima mensal em vigor para o ano de 2010 (475 euros), mantém-se aplicável este último valor para efeitos de indexações previstas no Código do IRS.

Contas-poupança reformadoBenefi ciam de isenção de IRS os juros das contas poupan-

ça-reformados constituídas nos termos legais, na parte cujo saldo não ultrapasse 10 500 euros. (art. 20º do EBF).

Rendimentos de propriedade intelectual – direitos de autor

Os rendimentos provenientes da propriedade literária, artística e científi ca, considerando-se como tal os rendimentos provenientes da alienação de obras de arte de exemplar único e os rendimentos provenientes das obras de divulgação peda-gógica e científi ca quando auferidos por autores residentes em território nacional, desde que sejam os titulares originários são considerados no englobamento, para efeitos de IRS, apenas por 50% do seu valor, com um limite máximo de € 20.000,00.

Refi ra-se que não são considerados rendimentos de pro-priedade intelectual os rendimentos provenientes de obras escritas sem caráter literário, artístico ou científi co, obras de arquitetura e obras publicitárias.

(art. 58º do EBF).

Contribuição das entidades patronais para outros regimes complementares de segurança social

Estão isentas de tributação mas com a obrigatoriedade de declaração dos respectivos rendimentos as importâncias despendidas obrigatória ou facultativamente pela entidade patronal com seguros e operações do ramo vida, contribui-ções para fundos de pensões, fundos de poupança-reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social que constituam direitos adquiridos e individualizados dos respetivos benefi ciários.

As mesmas importâncias que, não constituindo direitos adquiridos e individualizados, sejam objeto de resgate, adiantamento, remição ou recebimento em capital estão isentas de 1/3 das importâncias pagas ou postas à disposição, com o limite de 11 704,70 euros, com a obrigatoriedade de englobamento dos rendimentos isentos para efeitos de determinação da taxa aplicável ao restante rendimento colectável (art. 18ºdo EBF).

Remuneração do pessoal das missões diplomáticas e consulares

Ficam isentas de IRS as remunerações do pessoal das missões diplomáticas e consulares auferidas nessa qualidade, bem como do pessoal ao serviço de organizações estrangeiras ou internacionais, quanto às remunerações auferidas nessa qualidade (art. 37º do EBF).

Obras das infra-estruturas da NATOFicam isentos de IRS os empreiteiros ou arrematantes,

nacionais ou estrangeiros, relativamente aos lucros derivados de obras ou trabalhos das infra-estruturas comuns da NATO, a realizar em território português (art. 40º do EBF).

Pessoas deslocadas ao abrigo de acordo de cooperação

Ficam isentas de IRS as pessoas deslocadas no estrangeiro ao abrigo de acordos de cooperação, relativamente aos rendimentos auferidos no âmbito do respectivo acordo (art. 39º do EBF).

Pessoal em missão de pazFicam isentos de IRS os militares e elementos das forças de

segurança deslocados no estrangeiro ao abrigo de acordos de cooperação técnico-militar celebrados pelo Estado Português e ao serviço deste, relativamente aos rendimentos auferidos no âmbito do respetivo acordo (art. 38º do EBF).

Remunerações de tripulantes de naviosEstão isentas de tributação em IRS as remunerações

auferidas na qualidade de tripulante de navios registados no Registo Internacional de Navios no âmbito das zonas francas da Madeira e da Ilha de Santa Maria (art. 33º do EBF).

(Continuação da pág. anterior)

Page 13: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 749NOVEMBRO 2012 - Nº 21

DEDUÇÕES DE NATUREZA PESSOALÀ colecta do IRS resultante da aplicação das taxas de

imposto são efetuadas as seguintes deduções:Dedução do sujeito passivo, descendentes e ascen-dentes

À coleta do IRS são deduzidas as seguintes importâncias:– 261,25 euros por cada sujeito passivo não casado ou

separado judicialmente;– 261,25 euros por cada sujeito passivo casado e não sepa-

rado judicialmente (ou 522,50 por ambos os cônjuges);– 190,00 euros por cada dependente que não seja sujeito

passivo de IRS. Refi ra-se que por cada dependente que não ultrapasse 3 anos de idade a 31 de Dezembro do

ano a que respeita o imposto o montante da dedução à coleta é de 380,00;

– 403,75 euros por ascendente que viva em economia comum com o sujeito passivo e que não aufi ra rendi-mento superior a pensão social mínima do regime geral, não podendo cada ascendente ser incluído em mais de um agregado. Se existir mais de um sujeito passivo, poderá deduzir 261,25 euros por cada um que viva em comunhão de habitação com o titular e não aufi ra rendimento superior à pensão mínima do regime geral;

– 380,00 euros, por sujeito passivo nas famílias mono-parentais (art. 79º do Código do IRS)

OUTRAS DEDUÇÕES À COLETA

Despesas de saúdeSão dedutíveis à coleta do IRS 10% das seguintes impor-

tâncias, com o limite de 838,44 euros:– aquisição de bens e serviços directamente relacionados

com despesas de saúde do sujeito passivo ou do seu agregado (cônjuge e fi lhos), que sejam isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida de 6% (4% taxa aplicável nos Açores e 5% na Madeira);

– aquisição de bens e serviços diretamente relacionados com despesas de saúde dos ascendentes e colaterais até ao 3º grau (pais, tios e sobrinhos) do sujeito passivo, que sejam isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida de 6% (4% taxa aplicável nos Açores e 5% na Madeira), desde que não possuam rendimentos superiores ao salário mínimo nacional (475 euros) e que com aquele vivam em economia comum;

– os juros contraídos para pagamento das despesas de saúde;– aquisição de outros bens e serviços diretamente relacio-

nados com despesas de saúde do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, dos seus ascendentes e colaterais desde que devidamente justifi cados através de receita médica, com o limite de 65 euros ou de 2,5% das im-portâncias atrás mencionadas, se superior.

Nos agregados com 3 ou mais dependentes com despesas

de saúde o limite é elevado por dependente em 125,77 euros (art. 82º do CIRS).

São considerados despesas de saúde os encargos suportados, designadamente, com:

– os serviços prestados por profi ssionais de saúde (mé-dicos, analistas, dentistas, enfermeiros, fi sioterapeutas e parteiras);

– intervenções cirúrgicas, aparelhos de prótese e interna-mento em hospitais e casas de saúde;

– aquisição de medicamentos, considerando-se como tais os produtos naturais ou artifi ciais destinados a prevenir, curar, restabelecer, melhorar ou modifi car funções orgânicas;

– tratamentos termais ou outros de idêntica natureza, prescritos pelo médico, com exclusão dos encargos de deslocação e estada que não possam considerar-se como fazendo parte do próprio internamento prescrito.

Não são considerados despesas de saúde os encargos resultantes com:

– despesas de deslocação e estada do próprio ou acom-panhante, quando aquelas não revistam um carácter de essencialidade ao tratamento preventivo, curativo ou de reabilitação a que estejam associadas ou sejam manifestamente sumptuárias. Considera-se que revestem

(Continua na pág. seguinte)

DEDUÇÕES DE NATUREZA ECONÓMICA

Crédito de imposto por dupla tributação interna-cional

Os titulares de rendimentos do trabalho independente, rendimentos comerciais ou industriais e rendimentos agrí-colas obtidos no estrangeiro terão direito a um crédito de imposto por dupla tributação internacional, dedutível até à sua concorrência da parte da coleta proporcional a esses ren-dimentos líquidos, que corresponderá à menor das seguintes importâncias:

– imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;

– fração da coleta do IRS, calculada antes da dedução, correspondente aos rendimentos que no país em causa possam ser tributados (art. 81º do CIRS).

Havendo crédito de imposto por dupla tributação interna-cional, deverão ser juntos à declaração os documentos originais emitidos pelas respetivas autoridades fi scais ou fotocópias devidamente autenticadas dos mesmos, comprovativos dos rendimentos obtidos no estrangeiro e do correspondente imposto sobre o rendimento aí pago, acompanhados de nota explicativa dos câmbios utilizados.

Page 14: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

750 Boletim do ContribuinteNOVEMBRO 2012 - Nº 21

(Continuação da pág. anterior)carácter de essencialidade as despesas de deslocação efetuadas em ambulâncias ou outros veículos especial-mente adaptados ao transporte de doentes, bem como as despesas de deslocação, seja qual for o meio de transporte utilizado, originadas pela necessidade comprovada de o tratamento, que lhes deu origem, ser efetuado fora do território nacional;

– aquisição de produtos sem propriedades exclusivamente preventivas, curativas ou de reabilitação, como sejam os cosméticos, ou os produtos ditos de higiene, exceto quando a sua utilização seja prescrita por receita médica;

– aquisição de produtos naturais, como chás de ervas medi-cinais, comprimidos de substâncias naturais, preparados de plantas e outros de idêntica natureza, exceto quando a sua utilização seja prescrita por receita médica;

– aquisição de produtos ou artefactos artifi ciais como colchões ortopédicos, aparelhos de ginásio e outros de idêntica natureza, exceto quando a sua utilização seja prescrita por receita médica;

– aquisição de produtos alimentares em geral, exceto quando, não se destinando exclusivamente a garantir a manutenção da vida biológica, sejam prescritos por receita médica com fi nalidades preventivas, curativas ou de reabilitação;

– frequência de estabelecimentos onde sejam ministrados exercícios físicos (ginástica, natação, musculação, etc), exceto quando prescrita por receita médica com fi nali-dades preventivas, curativas ou de reabilitação.

Prova das despesas de saúde:– tratando-se de medicamentos, a respetiva fatura recibo

da farmácia, que os deve identifi car nominal e quanti-tativamente, ou fotocópia ou original da receita médica anotada e completada com o recibo de farmácia;

– tratando-se de outros produtos ou serviços em que a prescrição médica seja condição de aceitação como despesa de saúde, a respectiva fatura-recibo, que os deve identifi car nominal e quantitativamente, acompanhada de original ou de fotocópia da receita médica anotada e completada com recibo da entidade fornecedora;

– tratando-se de internamentos em hospitais ou casas de saúde ofi ciais ou particulares, para o efeito licencia-das, a fatura ou documentos equivalentes emitidos nos termos legais;

– nos casos de comparticipação nos encargos de saúde por entidades ofi ciais, o documento por estas emitido, ou por entidades privadas, quando sejam autorizadas pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos a emiti-lo.

Despesas de educaçãoSão dedutíveis à coleta até 30% das despesas de educação

do sujeito passivo, dos seus dependentes e dos seus afi lhados civis com o limite de 760,00 euros, independentemente do estado civil.

Nos agregados com 3 ou mais dependentes a seu cargo, o limite atrás mencionado é elevado em montante correspon-dente a 30% do valor mensal do salário mínimo nacional mais elevado, por cada dependente, caso existam relativamente a todos eles despesas de educação ou formação, ou seja, 142,50 euros por cada dependente (artigo 83º do CIRS).

Exemplo: Agregado familiar com 4 dependentes, existindo relativamente a todos despesas de educação.

Nesta situação o montante máximo a deduzir em sede de IRS será de 1330,00 euros [760,00 + (142,50 x 4)].

Encargos com laresSão dedutíveis à colecta do IRS 25% dos encargos com

lares e outras instituições de apoio à terceira idade relativos ao sujeito passivo, seus ascendentes e colaterais até ao 3º grau (pais, avós, tios e sobrinhos) que não possuam rendimentos superiores ao salário mínimo nacional (475 euros), com o limite de 403,75 euros (art. 84º do CIRS).

Encargos com imóveis – juros e rendasSão dedutíveis à colecta do IRS 15%, com o limite de

591,00 euros, os seguintes encargos com imóveis:– juros e amortizações de dívidas contraídas com a

aquisição, construção ou benefi ciação de imóveis para habitação própria permanente ou para arrendamento;

Esta dedução não é aplicável quando os encargos referidos sejam devidos a favor de entidade residente em país, território ou região, sujeita a um regime fi scal claramente mais favorável e que não disponha em território português de estabelecimento estável ao qual os rendimentos sejam imputáveis.

– prestações devidas por contratos celebrados com co--operativas de habitação ou no âmbito do regime de compras em grupo, para aquisição de imóveis destinados à habitação própria permanente do arrendatário (art. 85º, als. a) e b), do CIRS).

São ainda dedutíveis à coleta do IRS 15%, com o limite de 591,00 euros, dos seguintes encargos com imóveis:

– importâncias líquidas de subsídios ofi ciais, suportadas a título de renda pelo arrendatário de prédio urbano ou da sua fração autónoma quando referentes a contratos de arrendamento celebrados ao abrigo do DL nº 321-B/90, de 15.10;

Para 2012, os limites atrás mencionados são elevados da seguinte forma:

- 50% para os sujeitos passivos com rendimento coletável até 7410 euros;

- 20% para os sujeitos passivos com rendimento coletável até 18 375 euros;

- 10% para os sujeitos passivos com rendimento coletável até 42 259 euros.

Planos Poupança-Reforma – PPRSão dedutíveis à coleta do IRS 20% dos valores aplicados

no respetivo ano por sujeito passivo não casado ou por cada

Page 15: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 751NOVEMBRO 2012 - Nº 21

um dos cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens, tendo como limites máximos os seguintes:

Idade do sujeito passivo

Montante máximo da dedução

Idade inferior a 35 anos - 400 euros (implica uma aplicação igual ou superior a 2000 euros)- 800 euros por casal (implica uma aplicação igual ou superior a 4000 euros)

Idade compreendida entre 35 e 50 anos

- 350 euros euros (implica uma aplicação igual ou superior a 1750 euros)- 700 euros por casal (implica uma aplicação igual ou superior a 3500 euros)

Idade superior a 50 anos - 300 euros euros (implica uma aplicação igual ou superior a 1500 euros)- 600 euros por casal (implica uma aplicação igual ou superior a 3000 euros)

DesportistasEncontram-se isentos de IRS os prémios e as bolsas atri-

buídas aos desportistas com defi ciência e aos desportistas de alto rendimento.

Ficam igualmente isentas as bolsas de formação despor-tiva para agentes desportivos não profi ssionais até 5 vezes a retribuição mínima mensal que para o ano de 2010 foi fi xada em 475 euros.

Donativos ao Estado e a outras entidadesOs donativos em dinheiro atribuídos pelas pessoas singu-

lares residentes em território nacional são dedutíveis à coleta do ano a que dizem respeito, com as seguintes especifi cidades:

Em valor correspondente a 25% das importâncias atribuídas, nos casos em que não estejam sujeitos a qualquer limitação, nomeadamente os donativos atribuídos a:

– Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais e qual-quer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados;

– Associações de municípios e de freguesias;– Fundações em que o Estado, as Regiões Autónomas ou

as autarquias locais participem no património inicial; – Fundações de iniciativa exclusivamente privada que

prossigam fi ns de natureza predominantemente social ou cultural.

Em valor correspondente a 25% das importâncias atribuídas, até ao limite de 15% da coleta, nos restantes casos, ou seja, quando atribuídos a:

– Instituições particulares de solidariedade social, bem como pessoas coletivas legalmente equiparadas;

– Pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e de mera utilidade pública que prossigam fi ns de cari-dade, assistência, benefi cência e solidariedade social e cooperativas de solidariedade social;

– Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos Estatutos do Instituto Nacional de Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores (INATEL), desde que destinados ao desenvolvimento de atividades de natureza social do âmbito daquelas entidades;

– Organizações não governamentais cujo objeto estatutário se destine essencialmente à promoção dos valores da cidadania, da defesa dos direitos humanos, dos direitos das mulheres e da igualdade de género, nos termos legais aplicáveis;

– Organizações não governamentais para o desenvolvi-mento;

– Outras entidades promotoras de iniciativas de auxílio a populações carecidas de ajuda humanitária em conse-quência de catástrofes naturais ou de outras situações

DONATIVOSObrigações das entidades benefi ciárias dos donativos

e dos mecenasAs entidades benefi ciárias dos donativos são obrigadas a:– Emitir documento comprovativo dos montantes dos

donativos recebidos dos seus mecenas, e com a men-ção de que o donativo é concedido sem contrapartidas;

– Possuir registo atualizado das entidades mecenas, do qual constem, nomeadamente, o nome, o número de identifi cação fi scal, bem como a data e o valor de cada donativo que lhes tenha sido atribuído;

– Entregar à Direcção-Geral dos Impostos, até ao fi nal do mês de Fevereiro de cada ano, uma declaração de modelo ofi cial, referente aos donativos recebidos no ano anterior.

O documento comprovativo deve conter: – A qualidade jurídica da entidade benefi ciária;– O normativo legal onde se enquadra, bem como, se

for caso disso, a identifi cação do despacho necessário ao reconhecimento;

– O montante do donativo em dinheiro, quando este seja de natureza monetária;

– A identifi cação dos bens, no caso de donativos em espécie.

Tome notaOs donativos em dinheiro de valor superior a 200

euros devem ser efetuados através de meio de pagamento que permita a identifi cação do mecenas, designadamente transferência bancária, cheque nominativo ou débito directo (art. 66º do EBF).

(Continua na pág. seguinte)

Page 16: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

752 Boletim do ContribuinteNOVEMBRO 2012 - Nº 21

de calamidade internacional, reconhecidas pelo Estado Português, mediante despacho conjunto dos ministros responsáveis pelas áreas das fi nanças e dos negócios estrangeiros;

– Cooperativas culturais, institutos, fundações e associa-ções que prossigam atividades de investigação, exceto as de natureza científi ca, de cultura e de defesa do pa-trimónio histórico-cultural e do ambiente, e bem assim outras entidades sem fi ns lucrativos que desenvolvam ações no âmbito do teatro, do bailado, da música, da organização de festivais e outras manifestações artísticas e da produção cinematográfi ca, audiovisual e literária;

– Museus, bibliotecas e arquivos históricos e documentais;– Organizações não governamentais de ambiente (ONGA);– Comité Olímpico de Portugal, Confederação do Desporto

de Portugal, pessoas coletivas titulares do estatuto de utilidade pública desportiva;

– Associações promotoras do desporto e associações do-tadas do estatuto de utilidade pública que tenham como objecto o fomento e a prática de atividades desportivas, com exceção das secções participantes em competições desportivas de natureza profi ssional;

– Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos Estatutos do INATEL;

– Estabelecimentos de ensino, escolas profi ssionais, escolas artísticas e jardins-de-infância legalmente re-conhecidos pelo Ministério da Educação;

– Instituições responsáveis pela organização de feiras uni-versais ou mundiais, nos termos a defi nir por resolução do Conselho de Ministros.

São ainda dedutíveis à coleta do ano a que dizem respeito, em montante correspondente a 25% das importâncias atribu-ídas até ao limite de 15% da coleta, os donativos concedidos a igrejas, instituições religiosas, pessoas coletivas de fi ns não lucrativos pertencentes a confi ssões religiosas ou por eles instituídas, sendo a sua importância considerada em 130% do seu quantitativo.

Taxas Gerais de IRS 2012

Continente

Rendimento coletável(em euros)

Taxas (%) Parcela a Abater (euros)

Até 4 898 11,50 0,00 De mais de 4 898 até 7 410 14,00 122,45De mais de 7 410 até 18 375 24,50 900,46 De mais de 18 375 até 42 259 35,50 2 921,81 De mais de 42 259 até 61 244 38,00 3 978,26 De mais de 61 244 até 66 045 41,50 6 121,95 De mais de 66 045 até 153 300 43,50 7 442,61 Superior a 153 300* 46,50 12 041,72

Região Autónoma da Madeira

Rendimento coletável(euros)

Taxas (em %)

Parcela a abater (euros)

Até 4 898 11,5 0,00De mais de 4 898 até 7 410 14 122,45De mais de 7 410 até 18 375 24,5 900,5De mais de 18 375 até 42 259 35,5 2 921,75De mais de 42 259 até 61 244 38 3 978, 23De mais de 61 244 até 66 045 41,5 6 121,77De mais de 66 045 até 153 300 43,5 7 442,67Superior a 153 300 46,5 12 041,67

Região Autónoma dos Açores

Rendimento colectável(euros)

Taxa (em %)

Parcela a abater (euros)

Até 4 898 8,05 0,00De mais de 4 898 até 7 410 10,5 120,00De mais de 7 410 até 18 375 19,6 794,31De mais de 18 375 até 42 259 28,4 2 411,31De mais de 42 259 até 61 244 30,4 3 256,49De mais de 61 244 até 66 045 33,2 4 971 ,32De mais de 66 045 até 153 300 34,8 6 028,04Superior a 153 300 37,2 9 707,24

(Continuação da pág. anterior)

BD INSOLVÊNCIAbase de dados on-line

Não corra riscos. A BD Insolvência acompanha a situação dos seus clientes

SUBSCRIÇÃO GRATUITA DURANTE 15 DIAS.Experimente já. Faça o seu pedido via e-mail para [email protected], juntando os seus dados e a referência à subscrição gratuita

Page 17: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 753

SISTEMAS DE INCENTIVOS E APOIOS(Período de 1 a 31 de outubro)

NOVEMBRO 2012 - Nº 21

AGRICULTURA

Regime das ajudas às medidas florestais na agricultura

- Portaria n.º 299/2012, de 1 de Outubro (DR n.º 190, I Série, págs. 5491 a 5493)

Procede à sexta alteração à Portaria n.º 199/94, de 6 de abril, que estabelece o regime das ajudas às medidas florestais na agricultura instituídas pelo Regulamento n.º 2080/92, do Conselho, de 30 de Junho.

Linha de crédito com juros bonificados

- Portaria n.º 300/2012, de 2 de Outubro (DR n.º 191, I Série, págs. 5496 a 5497) –

Estende aos operadores de outras atividades agrícolas a linha de crédito com juros bonificados dirigida prioritariamente ao setor da pecuária extensiva, com vista a compensar o aumento dos custos de produção resultantes da seca.

Florestação de Terras Agrícolas (RURIS)

- Portaria n.º 301/2012, de 2 de Outubro (DR n.º 191, I Série, págs. 5497 a 5499)

Procede à terceira alteração ao Regulamento de Aplicação da Intervenção Florestação de Terras Agrícolas, do Plano de Desenvolvimento Rural, aprovado pela Portaria n.º 680/2004, de 19 de Junho.

Regime de apoio à reestruturação e reconversão das vinhas

- Portaria n.º 313/2012, de 10 de outubro (DR n.º 196, I Série, págs. 5639 a 5640)

Procede à oitava alteração à Portaria n.º 1144/2008, de 10 de outubro, que estabelece, para o continente, as normas complementares de execução do regime de apoio à reestruturação e reconversão das vinhas e fixa os procedimentos administrativos aplicáveis à concessão das ajudas previstas para as campanhas vitivinícolas de 2008-2009 a 2012-2013.

A ÚNICA PUBLICAÇÃO QUINZENAL QUE O MANTÉM PERMANENTEMENTE INFORMADOSOBRE SISTEMAS DE INCENTIVOS E APOIOS ÀS EMPRESAS

Subscrição gratuita. Faça o seu registo em mailings.vidaeconomica.pt

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER)

- Portaria n.º 320/2012, de 12 de outubro (DR n.º 198, I Série, pág. 5858)

Procede à terceira alteração à Portaria n.º 229-A/2008, de 6 de março, que aprova o Regulamento de Aplicação da Medida n.º 2.1 «Manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas», do PRODER;

- Portaria n.º 326/2012, de 17 de outubro (DR n.º 201, I Série, págs. 5924 a 5925)

Procede à primeira alteração à Portaria n.º 94/2010, de 12 de fevereiro, que aprova o Regulamento de Aplicação da Medida «Assistência Técnica», do PRODER.

Promoção de Vinhos em Mercados de Países Terceiros

- Portaria n.º 351/2012, de 30 de outubro (DR n.º 210, I Série, pág. 6253)

Alarga, para o ano de 2012, o prazo previsto no n.º 1 do artigo 18.º do Regulamento do Apoio à Promoção de Vinhos em Mercados de Países Terceiros, aprovado pela Portaria n.º 1384-B/2008, de 2 de dezembro, alterada pela Portaria n.º 43/2012, de 10 de fevereiro.

EMPREGO

Programa de Estágios Profissionais

- Portaria n.º 309/2012, de 9 de outubro (DR n.º 195, I Série, págs. 5607 a 5608)

Procede à primeira alteração à Portaria n.º 92/2011, de 28 de fevereiro, que regula o Programa de Estágios Profissionais.

QREN

Grupos de trabalho

- Despacho n.º 13872/2012, de 25 de outubro (DR n.º 207, II Série, págs. 35124 a 35126)

Determina a criação de dois grupos de trabalho no âmbito do período de programação do QREN.

Page 18: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

754 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

NOVEMBRO 2012 - Nº 21

IRSRegime de tributação – exercício das opções

previstasAdmissibilidade da alteração posterior das opções, em termos de tributação,

permitidas em sede de IRS

Mostrando-se conveniente proceder à reapreciação do enten-dimento veiculado pelo Ofício Circulado nº 2785, de 20.1.1998, que tem vindo a ser seguido quanto à admissibilidade da alteração posterior das opções, em termos de tributação, permitidas em sede de IRS, exercidas pelos sujeitos passivos, no momento do cumprimento da respetiva obrigação declarativa, foi, por despa-cho do Diretor Geral da A.T., de 27.9.2012, decidido o seguinte:

1. As opções, no regime de tributação, permitidas em sede de IRS são suscetíveis de alteração superveniente, que poderá ser invocada e atendida como fundamento de reclamação gra-ciosa ou impugnação judicial do ato de liquidação do imposto ao abrigo do disposto no artigo 140º do Código do IRS.

2. Tratando-se das opções inerentes à situação familiar decorrentes do disposto nos artigos 13º, nº 5, 14º e 59º, nº 2, do mesmo Código, a possibilidade de alteração subsequente abrange unicamente as situações em que se pretenda a pas-sagem do regime de tributação opcional para o regime regra.

3. É revogado o Ofício Circulado nº 2785, de 20.1.1998. (Of. Circulado nº 20162, de 29.10.2012, do Gabinete da subdi-

retora-geral do IR e das Relações Internacionais da AT)N.R. * O Ofício Circulado nº 2785, de 20.1.1998, foi oportuna-

mente publicado no Boletim do Contribuinte, 1998, pág. 121.

Processo tributárioJuros de mora

Aplicação no tempo e taxa em vigor

O artigo 149º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de Dezembro, Lei do Orçamento do Estado para 2012 (LOE 2012), veio introduzir alterações importantes no regime jurídico dos juros de mora das dívidas tributárias. O presente Ofício-Circulado visa sistematizar e uniformizar os procedimentos dos Servi-ços da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) relativamente às alterações introduzidas nesta matéria. Neste sentido, foi sancionado por despacho do Sr. Diretor-Geral de 2012/03/01 a divulgação do seguinte entendimento:

A partir de 1 de Janeiro de 2012, data da entrada em vigor desta Lei, os juros de mora aplicados à execução fi scal de tributos deixaram de estar sujeitos ao prazo máximo de con-tagem de três anos (ou de oito anos, nos casos em que a dívida tributária seja paga em prestações).

Nos termos da nova redação do nº 2 do art. 44º da Lei Geral Tributária (LGT), os juros de mora aplicáveis às dívidas

tributárias passam a ser integralmente devidos desde o dia em que se verifi cou a falta de pagamento voluntário até à data do pagamento da dívida.

A respeito da aplicação das leis no tempo, consagra o nº 1 do art. 12º do Código Civil (CC), aplicável por força do art. 2º da LGT, o princípio geral de que a lei nova só dispõe para o futuro, prevendo na segunda parte do nº 2 que se a lei dispõe directamente sobre o conteúdo das relações jurídicas, abstraindo dos factos que lhe deram origem, ela abrange as próprias relações já constituídas que subsistam à data da sua entrada em vigor.

Em sede das disposições transitórias no âmbito da LGT, consagrou-se no nº 2 do art. 151º da LOE 2012 que a nova redação do nº 2 do artigo 44º da LGT tem aplicação imediata em todos os processos de execução fi scal que se encontrem pen-dentes à data da entrada em vigor da presente lei, estipulando-se no nº 4 da mesma disposição legal que os juros devidos sem qualquer limitação temporal só se aplicam ao período decorrido a partir da entrada em vigor da presente lei. Por razões que se prendem com a proteção da certeza e segurança jurídicas e das legítimas expetativas dos executados, nos processos de execução fi scal em que, à data de 31/12/2011 , se mostre decorrido o prazo máximo de contagem de juros de mora (ao abrigo da anterior redação da norma), a contagem do prazo de juros sem limitação temporal inicia-se em 01/01/2012. Daqui resulta que a contagem dos juros de mora pelos serviços da AT deverá efetuar-se de acordo com as seguintes regras:

- nos processos de execução fi scal pendentes, em que, até à data de 31/12/2011, ainda não tenha decorrido o prazo máximo de 3 anos ou outro prazo máximo legalmente previsto, contam-se juros de mora desde o termo do prazo para pagamento voluntário da dívida até à data de pagamento;

- nos processos de execução fi scal pendentes em que, até à data de 31/12/2011, já tenha decorrido o prazo máximo de 3 anos ou outro prazo máximo legalmente previsto, ao montante de juros apurado até àquela data (com a consideração do limite máximo, então em vigor) acrescerão juros de mora, contados desde 01/01/2012 (data de entrada em vigor das alterações da LOE) até à data de pagamento.

Finalmente, importa lembrar que, desde 01/01/2012, a taxa anual dos juros de mora passou a ser de 7,007%(1).

Nota: (1) Cf. Aviso n.0 24866-N2011 do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP, lP), publicado no Diário da República, 2ª Série, nº 248, de 28 de Dezembro de 2011.

(Of. Circulado nº 60.086/2012, de 5.3.2012, da Direção de Ser-viços de Gestão dos Créditos Tributários, da AT)

N.R. 1 - A Lei nº 64-B/2011, de 30.12, foi parcialmente reproduzida no Boletim do Contribuinte, 2012, suplemento ao número da 1ª quinze-na de Janeiro passado. Esta lei foi posteriormente alterada pela Lei n.º 20/2012, de 14 de maio (orçamento retifi cativo), transcrita no Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 377.

2 - A atual redação do do art. 44º da LGT, estabelece:1 - São devidos juros de mora quando o sujeito passivo não pague

o imposto devido no prazo legal. 2 - Os juros de mora aplicáveis às dívidas tributárias são devidos

até à data do pagamento da dívida.3 - A taxa de juros de mora é a defi nida na lei geral para as dívidas ao

Estado e outras entidades públicas, exceto no período que decorre entre a data do termo do prazo de execução espontânea de decisão judicial transitada em julgado e a data do pagamento da dívida relativamente ao imposto que deveria ter sido pago por decisão judicial transitada em julgado, em que será aplicada uma taxa equivalente ao dobro daquela.

4 - No caso de a dívida ser paga no prazo de 30 dias contados da data da citação, os juros de mora são contados até à data da emissão desta.

Page 19: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 755

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2012 - Nº 21

(Continua na pág. seguinte)

IVAInversão do sujeito passivo nos serviços

de construção civil

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 2°,nº 1, j) Assunto: Inversão do sujeito passivo nos serviços de cons-

trução civil Processo: A109 2009075 - despacho do SDG dos Impostos,

substituto legal do Director-Geral, em 06-05-2009

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vin-culativa, formulado ao abrigo do artigo 68° da Lei Geral Tributária (LGT) pelo sujeito passivo “A”, presta-se a informação seguinte.

I - MOTIVOS DO PEDIDO 1. O sujeito passivo acima referido, encontrando-se

enquadrado em IVA no regime normal mensal, vem expor e solicitar o seguinte:

1.1 Dedica-se à prestação de serviços de aluguer de máquinas com operador para a indústria da constru-ção civil, executa serviços de terraplenagem, presta serviços de transporte de mercadorias e transportes especiais.

1.2 Dispõe, ainda, de equipamentos de britagem móvel, com os quais executa a transformação de rocha em inertes.

1.3 A empresa “MA”, na qualidade de empreiteiro da obra “Empreitada de Construção das Barragens de X”, adjudicou à exponente o fornecimento de inertes destinados à construção daquelas barragens, e o seu transporte até à obra.

1.4 Não tem aplicado a regra de inversão do sujeito passivo nos serviços de construção civil, porque se trata de um mero fornecimento de bens e transporte dos mesmos, não confi gurando, deste modo, um serviço de construção civil.

1.5 Contudo, com o aproximar da data de conclusão das obras, foi solicitado à exponente um aumento de fornecimento dos inertes, que só foi possível através da locação de máquinas escavadoras giratórias e respectivo operador, equipadas com martelo pneumático. O locador dessas máquinas é a própria empresa “MA”, empreiteira da obra, sendo a locatária a exponente “A”, que, assim, pode aumentar a sua produção de inertes, e satisfazer a quantidade pretendida pela “MA”.

1.6 A informação vinculativa que se pretende refere-se a este serviço prestado de aluguer de equipamentos com o respetivo operador, no sentido

de se apurar se deve, ou não, ser aplicada a regra de inversão do sujeito passivo nos serviços de construção civil, designadamente se a faturação emitida pela empresa “MA” à exponente “A” deve ser efetuada sem liquidação de IVA, e com a menção “IVA devido pelo adquirente”.

II - ENQUADRAMENTO FACE AO CÓDIGO

DO IVA 2. A alínea j) do n° 1 do artigo 2° do Código do

IVA (CIVA), aditada pelo art. 1° do Decreto-Lei n° 21/2007, de 29 de janeiro, refere que são sujeitos passivos do imposto “As pessoas singulares ou colectivas referidas na alínea a) que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional e que pratiquem operações que confi ram o direito à dedução total ou parcial do imposto, quando sejam adquirentes de serviços de construção civil, incluindo a remodelação, reparação, manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada ou subempreitada.”

3. Nos termos do Ofício-Circulado n° 30.101*, de 2007-05-24, desta Direcção de Serviços, nomea-damente do ponto 1.2., para que haja inversão do sujeito passivo, é necessário que, cumulativamente:

a) se esteja na presença de aquisição de serviços de construção civil;

b) o adquirente seja sujeito passivo do IVA em Portugal e aqui pratique operações que confi ram, total ou parcialmente, o direito à dedução do IVA.

4. Refere o mesmo Ofício-Circulado que: - A mera transmissão de bens (sem instalação ou

montagem por parte ou por conta de quem os for-neceu) não releva para efeitos da regra de inversão (ponto 1.5.1.).

- A entrega de bens, com montagem ou instalação na obra, considera-se abrangida pela regra de in-versão, desde que se trate de entregas no âmbito de trabalhos contemplados pela Portaria 19/2004, de 10 de jJaneiro, independentemente de o fornecedor ser ou não obrigado a possuir alvará ou título de registo nos termos do DL 12/2004, de 9 de Janeiro. (ponto 1.5.2.).

5. No Anexo II ao referido Ofício, Lista exempli-fi cativa de serviços aos quais não se aplica a regra de inversão, constam, entre outros, os seguintes serviços:

- Mero aluguer ou colocação de equipamentos (andaimes, gruas, betoneiras, retroescavadoras e outras máquinas). Não se consideram neste contexto o aluguer de máquinas e equipamentos que incluam o trabalho do respetivo operador.

- Serviços de transportes. III -APRECIAÇÃO 6. Deste modo, verifi ca-se, em primeiro lugar, que

o fornecimento de inertes e o seu transporte não confi guram um serviço de construção civil, con-forme se encontra esclarecido no Ofício-Circulado

Page 20: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

756 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2012 - Nº 21

(Continuação da pág. anterior)

n° 30.101, designadamente no ponto 1.5.1., pois que se trata de um mero fornecimento de bens, sem montagem ou instalação na obra. Também o transporte dos mesmos até à obra se encontra afastado da incidência daquela regra de inversão, uma vez que os serviços de transporte constam do Anexo II ao referido Ofício (serviços aos quais não se aplica a regra de inversão).

7. Assim, encontra-se correto o entendimento do exponente ao não aplicar a regra de inversão em causa ao fornecimento e transporte de inertes para a obra em causa.

8. Quanto ao aluguer de um equipamento com o respetivo operador, poder se-ia, numa primeira análise, pensar que estaria enquadrado no refe-rido Anexo II, e, assim, o aluguer da máquina escavadora em questão estaria abrangido pela regra de inversão em causa, por estar incluído no aluguer o respectivo operador.

9. No entanto deve atender-se ao facto de a máquina em questão, ainda que a sua locação inclua o tra-balho do respetivo operador, não estar em serviço numa obra, mas sim numa instalação de fabrico de inertes, com a fi nalidade, precisamente, de aumentar a produção desses mesmos inertes.

10. O facto de constar no referido Anexo II o mero aluguer ou colocação de equipamentos, pressupõe que está em causa a utilização desses equipamen-tos numa obra, e, mesmo assim, o aluguer desses equipamentos não se encontra abrangido pela regra de inversão, a não ser que também esteja incluído o trabalho do respetivo operador.

11. Neste caso, a exponente viu-se na necessidade de recorrer ao aluguer de uma máquina escava-dora, com o trabalho do respetivo operador, para aumentar a produção de inertes que a mesma se encontra a fornecer à empresa “MA”, não estando, por isso, a referida máquina a efetuar qualquer serviço de construção numa obra, que a acontecer, colocaria o referido aluguer abrangido pela aplicação da regra de inversão, por estar incluído o trabalho do respetivo operador.

IV - CONCLUSÃO 12. A locação de uma máquina escavadora, com

inclusão do respetivo operador, para ser utilizada numa instalação de produção de inertes, com a fi nalidade de aumentar a produção dos mesmos, não confi gura um serviço de construção civil, mas sim um serviço necessário à produção desses bens, cujo fornecimento, sem instalação ou montagem, se

encontra afastado da aplicação da regra de inversão em causa.

13. Deste modo, quando a empresa “MA” emitir a fatura à exponente “A”, referente à locação da máquina em apreço, não deve aplicar a regra de inversão do sujeito passivo nos serviços de cons-trução civil, a que se refere a alínea j) do n° 1 do artigo 2° do CIVA, mas sim proceder à liquidação do IVA que se mostrar devido.

N.R. * Cfr. Of. Circulado nº 30 101, de 24.05.2007, no Boletim do Contribuinte, 2007, págs. 402 a 408.

IVATitularização de créditos

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 9º, nº 27, c) Assunto: Titularização de créditos Processo: C071 2005011 - despacho do SDG dos Impostos,

substituto legal do Diretor -Geral, em 16-02-2009

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vin-culativa de “A”, presta-se a seguinte informação:

1. A requerente tem por objeto social a atividade de locação fi nanceira.

2. De forma a proporcionar o fi nanciamento das ope-rações de locação fi nanceira, procede a operações de transmissão de créditos com vista à subsequente emissão de valores mobiliários.

3. Procede, assim, à celebração de contratos de titularização de créditos, usualmente conhecida por securitização.

4. A securitização é regulada pelo Decreto-Lei n° 453/99, de 5 de novembro, o qual defi ne ainda a constituição e funcionamento dos fundos de titularização de créditos e das sociedades gestoras daqueles fundos.

5. A securitização consiste, essencialmente, numa agregação de créditos, sua autonomização, mudança de titularidade e emissão de valores representativos.

6. O contrato de locação fi nanceira, nos termos do art° 1° do Decreto-Lei n° 149/95, de 24 de Junho, é aquele “pelo qual uma das partes se obriga, me-diante retribuição, a ceder à outra o gozo temporário de uma coisa móvel (...) e que o locatário poderá comprar, decorrido o período acordado, por um preço determinado ou determinável (...)”.

7. A exponente, como instituição de crédito que tem por objeto principal a locação fi nanceira, adquire um direito estipulado contratualmente à contrapres-tação, um direito de crédito sobre os locatários.

8. Por força do contrato de titularização, a exponente transmite os seus direitos de crédito a uma entidade terceira.

9. Procede ainda à gestão integrada dos créditos transferidos, a qual é remunerada e que engloba a prática de actos adequados à boa gestão dos crédi-tos cedidos e, a título complementar e subsidiário, providenciar à boa cobrança dos mesmos.

Page 21: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 757

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2012 - Nº 21

10. Com a publicação do Decreto-Lei n° 219/2001, de 4 de Agosto, foi consagrado um regime que, por um lado, pretende assegurar a neutralidade no tratamento dos veículos de titularidade de créditos e as sociedades de titularização e, por outro, conferir competitividade a este instrumento fi nanceiro.

11. Em conformidade com o estipulado no n° 1 do art° 5° do Decreto-Lei n° 219/2001, de 4 de Agosto, estão isentas de IVA:

a. “As operações de administração e gestão dos fundos de titularização de créditos;

b. As prestações de serviços de gestão que se enquadrem no art° 5° do Decreto-Lei n° 453/99, de 5 de Novembro, bem como as operações dos depositários a que se refere o art° 24° do mesmo diploma”.

12. Estabelece o n° 2 do mesmo diploma que, “não obstante a modifi cação subjetiva do credor, o ces-sionário dos créditos para efeitos de titularização pode regularizar o IVA respeitante aos créditos cujo risco assumiu que sejam considerados incobráveis em processo de execução, processo ou medida especial de recuperação de empresas ou a créditos de falidos, quando for decretada a falência”.

13. Estão ainda isentas do imposto, nos termos da alínea a) do n° 27° do art° 9° do Código do IVA (CIVA) “A concessão e a negociação de créditos, sob qualquer forma, compreendendo operações de desconto e redesconto, bem como a sua adminis-tração ou gestão efetuada por quem os concedeu”.

14. Os títulos de securitização são caracterizados por um compromisso de pagamento futuro, de capital

e juros, a partir de um fl uxo de caixa proveniente da carteira de activos seleccionados. É utilizada pelo sistema fi nanceiro como meio de obtenção de fundos e divisão de riscos.

15. As comissões de securitização que a exponente cobra aos seus clientes consubstanciam operações isentas de IVA, por se encontrarem abrangidas pelas alíneas a) e b) do art° 5° do Decreto-Lei n° 219/2001 e por força da alínea a) do n° 27 do art° 9° do CIVA.

16. A alínea c) do n° 27 do art° 9° do CIVA, por sua vez, isenta de imposto “As operações, compreen-dendo a negociação, relativas a depósitos de fun-dos, contas correntes, pagamentos, transferências, recebimentos, cheques, efeitos de comércio e afi ns, com exceção das operações de simples cobrança de dívidas”.

17. A securitização é uma ferramenta fi nanceira usada para converter uma carteira de activos em títulos mobiliários passíveis de negociação. É uma forma de transformar activos relativamente ilíqui-dos em títulos mobiliários líquidos e de transferir os riscos associados a eles para os investidores que os compram assumindo uma natureza de fi nancia-mento.

18. Consubstanciando-se a securitização num tipo de fi nanciamento das empresas, também a cedên-cia dos referidos títulos está isenta de IVA, por se encontrar abrangida pela alínea c) do n° 27 do art° 9° do CIVA, não devendo considerar-se incluída na derrogação prevista na mesma alínea, uma vez que não estamos perante operações de simples cobrança de dívidas.

19. No entanto, se o fi nanciamento não revestir um carácter essencial no contrato, estando ao invés subalternizado perante operações que se possam reconduzir à cobrança de dívidas, então a isenção de imposto na sua transmissão, prevista na já citada alínea c) do n° 27 do art° 9° do CIVA, não poderá operar.

NEWSLETTERS TEMÁTICASSUBSCRIÇÃO GRATUITAhttp://mailings.vidaeconomica.pt

CONHEÇA AINDA OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÃOMAIS ALARGADA DO GRUPO VIDA ECONÓMICA.

Aceda ao site http://mailings.vidaeconomica.pt,e subscreva a Newsletter de sua preferência (subscrição gratuita)

Page 22: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte758NOVEMBRO 2012 - Nº 21

LEGISLAÇÃO

Códigos FiscaisIRS, IRC e Imposto do Selo

Alterações aos Códigos

Lei Geral Tributária – alteração

Tributação das mais-valias e rendimentos de capitais – taxas liberatórias

Prédios urbanos de elevado valor - Nova taxa de Imposto do Selo

Lei n.º 55-A/2012de 29 de outubro

(in DR n.º 209, I Série, 1º Supl. de 29.10.2012)

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.ºAlteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Singulares

Os artigos 71.º e 72.º do Código do Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Singulares, abreviadamente designado por Código do IRS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, passam a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 71.º[...]

1 - Estão sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo, à taxa liberatória de 26,5 %, os seguintes rendimentos obtidos em território português:

a) ...........................................................................................b) ...........................................................................................c) ...........................................................................................d) ...........................................................................................2 - Estão sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo, à

taxa liberatória de 26,5 %, os rendimentos de valores mobili-ários pagos ou colocados à disposição dos respetivos titulares, residentes em território português, devidos por entidades que não tenham aqui domicílio a que possa imputar-se o pagamento, por intermédio de entidades que estejam mandatadas por devedores ou titulares ou ajam por conta de uns ou outros.

3 - ..........................................................................................4 - ..........................................................................................5 - ..........................................................................................6 - ..........................................................................................7 - ..........................................................................................8 - ..........................................................................................9 - ..........................................................................................10 - ........................................................................................11 - ........................................................................................12 - Estão sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo, à taxa

liberatória de 35 %, todos os rendimentos referidos nos números

anteriores sempre que sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identifi cados, exceto quando seja identifi cado o benefi ciário efetivo, termos em que se aplicam as regras gerais.

13 - Estão sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo, à taxa liberatória de 35 %, os rendimentos mencionados nos n.os 1 e 2, pagos ou colocados à disposição dos respetivos titulares, residentes em território português, devidos por entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português e que sejam domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fi scal claramente mais favorável, constante de lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças, por intermédio de entidades que estejam mandatadas por devedores ou titulares ou ajam por conta de uns ou outros.

14 - Estão sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo, à taxa liberatória de 35 %, os rendimentos de capitais, tal como são defi nidos no artigo 5.º, obtidos por entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português, que sejam domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fi scal claramente mais favorável, constante de lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças.

ARTIGO 72.º[...]

1 - ..........................................................................................2 - ..........................................................................................3 - ..........................................................................................4 - O saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias,

resultante das operações previstas nas alíneas b), e), f) e g) do n.º 1 do artigo 10.º, é tributado à taxa de 26,5 %.

5 - Os rendimentos de capitais, tal como são defi nidos no artigo 5.º e mencionados no n.º 1 do artigo 71.º, devidos por entidades não residentes, quando não sujeitos a retenção na fonte, nos termos do n.º 2 do mesmo artigo, são tributados autonoma-mente à taxa de 26,5 %.

6 - ..........................................................................................7 - ..........................................................................................8 - ..........................................................................................9 - ..........................................................................................10 - ........................................................................................11 - Os rendimentos de capitais, tal como são defi nidos no

artigo 5.º e mencionados nas alíneas a), b) e c) do n.º 1 do artigo 71.º, devidos por entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português, que sejam domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fi scal claramente mais favorável, constante de lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças, quando não sujeitos a retenção na fonte nos termos do n.º 13 do artigo 71.º, são tributados autonomamente à taxa de 35 %.»

Artigo 2.ºAlteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Coletivas

Os artigos 87.º e 94.º do Código do Imposto sobre o Ren-dimento das Pessoas Coletivas, abreviadamente designado por Código do IRC, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, passam a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 87.º[...]

1 - ........................................................................................... 2 - ..........................................................................................3 - ...........................................................................................4 - ..........................................................................................a) ............................................................................................b) ............................................................................................c) ............................................................................................d) ............................................................................................

Page 23: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 759OUTUBRO 2012 - Nº 19

(Continua na pág. seguinte)

e) ............................................................................................f) g) ............................................................................................h) Rendimentos de capitais sempre que sejam pagos ou

colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identifi cados, em que a taxa é de 35 %, exceto quando seja identifi cado o benefi ciário efetivo, termos em que se aplicam as regras gerais;

i) Rendimentos de capitais, tal como defi nidos no artigo 5.º do Código do IRS, obtidos por entidades não residentes em território português, que sejam domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fi scal claramente mais favorável, constante de lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças, em que a taxa é de 35 %.

5 - ..........................................................................................6 - ..........................................................................................7 - ..........................................................................................

ARTIGO 94.º[...]

1 - ..........................................................................................2 - ..........................................................................................3 - ..........................................................................................4 - As retenções na fonte de IRC são efetuadas à taxa de

25%, aplicando-se aos rendimentos referidos na alínea d) do n.º 1 a taxa de 21,5 %.

5 - ..........................................................................................6 - ..........................................................................................7 - ..........................................................................................8 - ..........................................................................................9 - ........................................................................................ »

Artigo 3.ºAlteração ao Código do Imposto do Selo

Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 7.º, 22.º, 23.º, 44.º, 46.º, 49.º e 67.º do Código do Imposto do Selo, aprovado pela Lei n.º 150/99, de 11 de setembro, passam a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 1.º[...]

1 - O imposto do selo incide sobre todos os atos, contratos, documentos, títulos, papéis e outros factos ou situações jurídicas previstos na Tabela Geral, incluindo as transmissões gratuitas de bens.

2 - ..........................................................................................3 - ..........................................................................................4 - ..........................................................................................5 - ..........................................................................................6 - ..........................................................................................7 - ..........................................................................................8 - ..........................................................................................

ARTIGO 2.º[...]

1 - ..........................................................................................2 - ..........................................................................................3 - ..........................................................................................4 - Nas situações previstas na verba n.º 28 da Tabela Geral,

são sujeitos passivos do imposto os referidos no artigo 8.º do CIMI.

ARTIGO 3.º[...]

1 - ..........................................................................................2 - ..........................................................................................3 - ..........................................................................................a) ............................................................................................b) ............................................................................................c) ............................................................................................

d) ............................................................................................e) ............................................................................................f) .............................................................................................g) ............................................................................................h) ............................................................................................i) .............................................................................................j) .............................................................................................l) .............................................................................................m) ............................................................................................n) ............................................................................................o) ............................................................................................p) ............................................................................................q) ............................................................................................r) s) .............................................................................................t) .............................................................................................u) Nas situações previstas na verba n.º 28 da Tabela Geral, o

sujeito passivo referido no n.º 4 do artigo anterior.4 - ..........................................................................................

ARTIGO 4.º[...]

1 - ...........................................................................................2 - ..........................................................................................3 - ..........................................................................................4 - ..........................................................................................5 - ..........................................................................................6 - Nas situações previstas na verba n.º 28 da Tabela Geral,

o imposto é devido sempre que os prédios estejam situados em território português.

ARTIGO 5.º[...]

................................................................................................a) .............................................................................................b) ............................................................................................c) ............................................................................................d) ............................................................................................e) ............................................................................................f) g) ............................................................................................h) ............................................................................................i) .............................................................................................j) .............................................................................................l) .............................................................................................m) ...........................................................................................n) ............................................................................................o) ............................................................................................p) ............................................................................................q) ............................................................................................r) s) .............................................................................................t) u) Nas situações previstas na verba n.º 28 da Tabela Geral,

no momento e de acordo com as regras previstas no CIMI, com as devidas adaptações.

ARTIGO 7.º[...]

1 - ..........................................................................................2 - ..........................................................................................3 - ..........................................................................................4 - ..........................................................................................5 - ..........................................................................................6 - São ainda aplicáveis às situações previstas na verba n.º 28

da Tabela Geral as isenções previstas no artigo 44.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Page 24: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte760NOVEMBRO 2012 - Nº 21

LEGISLAÇÃO

ARTIGO 22.º[...]

1 - ...................................................................................2 - ...................................................................................3 - ...................................................................................4 - O disposto nos nºs 2 e 3 não se aplica aos factos

previstos nas verbas nºs 1.1, 1.2, 11.2 e 28 da Tabela Geral.ARTIGO 23.º

[...]1 - ...................................................................................2 - ...................................................................................3 - ...................................................................................4 - ...................................................................................5 - ...................................................................................6 - ...................................................................................7 - Tratando-se do imposto devido pelas situações pre-

vistas na verba n.º 28 da Tabela Geral, o imposto é liquidado anualmente, em relação a cada prédio urbano, pelos serviços centrais da Autoridade Tributária e Aduaneira, aplicando-se, com as necessárias adaptações, as regras contidas no CIMI.

ARTIGO 44.º[...]

1 - ...................................................................................2 - ...................................................................................3 - ...................................................................................4 - ...................................................................................5 - Havendo lugar a liquidação do imposto a que se refere

verba n.º 28 da Tabela Geral, o imposto é pago nos prazos, termos e condições defi nidos no artigo 120.º do CIMI.

ARTIGO 46.º[...]

1 - ...................................................................................2 - ...................................................................................3 - ...................................................................................4 - ...................................................................................5 - Havendo lugar a liquidação do imposto a que se refere

verba n.º 28 da Tabela Geral, o documento de cobrança é emitido nos prazos, termos e condições defi nidos no artigo 119.º do CIMI, com as devidas adaptações.

ARTIGO 49.º[...]

1 - ...................................................................................2 - ...................................................................................3 - Aplica-se às liquidações do imposto previsto na verba

n.º 28 da Tabela Geral, com as necessárias adaptações, o disposto no artigo 115.º do CIMI.

ARTIGO 67.º[...]

1 - (Anterior corpo do artigo.)2 - Às matérias não reguladas no presente Código respei-

tantes à verba n.º 28 da Tabela Geral aplica-se, subsidiaria-mente, o disposto no CIMI.»

Artigo 4.ºAditamento à Tabela Geral do Imposto do Selo

É aditada à Tabela Geral do Imposto do Selo, anexa ao

Código do Imposto do Selo, aprovado pela Lei n.º 150/99, de 11 de setembro, a verba n.º 28, com a seguinte redação:

«28 - Propriedade, usufruto ou direito de superfície de prédios urbanos cujo valor patrimonial tributário constante da matriz, nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI), seja igual ou superior a (euro) 1 000 000 - sobre o valor patrimonial tributário utilizado para efeito de IMI:

28.1 - Por prédio com afetação habitacional - 1 %;28.2 - Por prédio, quando os sujeitos passivos que não

sejam pessoas singulares sejam residentes em país, território ou região sujeito a um regime fi scal claramente mais favorá-vel, constante da lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças - 7,5 %.»

Artigo 5.ºAlteração à Lei Geral Tributária

O artigo 89.º-A da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:

«ARTIGO 89.º-A[...]

1 - Há lugar a avaliação indireta da matéria coletável quando falte a declaração de rendimentos e o contribuin-te evidencie as manifestações de fortuna constantes da tabela prevista no n.º 4 ou quando o rendimento líquido declarado mostre uma desproporção superior a 30 %, para menos, em relação ao rendimento padrão resultante da referida tabela.

2 - ...................................................................................a) ....................................................................................b) ....................................................................................c) ....................................................................................d) A soma dos montantes transferidos de e para contas de

depósito ou de títulos abertas pelo sujeito passivo em instituições fi nanceiras residentes em país, território ou região sujeito a um regime fi scal claramente mais favorável, constante da lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças, cuja existência e identifi cação não seja mencionada nos termos previstos no artigo 63.º-A, no ano em causa.

3 - ...................................................................................4 - ...................................................................................

… …

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 — Montantes transferidos de e para contas

de depósito ou de títulos abertas pelo sujeito passivo em instituições financeiras residentes em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças, cuja existência e iden-tificação não seja mencionada nos termos previstos no artigo 63.º -A.

100 % da soma dos montantes anuais transferidos.

5 - ...................................................................................6 - ...................................................................................7 - ...................................................................................8 - ...................................................................................

(Continuação da pág. anterior)

Page 25: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 761NOVEMBRO 2012 - Nº 21

LEGISLAÇÃO

9 - ...................................................................................10 - .................................................................................11 - ................................................................................»

Artigo 6.ºDisposições transitórias

1 - Em 2012, devem ser observadas as seguintes regras por referência à liquidação do imposto do selo previsto na verba n.º 28 da respetiva Tabela Geral:

a) O facto tributário verifi ca-se no dia 31 de outubro de 2012;

b) O sujeito passivo do imposto é o mencionado no n.º 4 do artigo 2.º do Código do Imposto do Selo na data referida na alínea anterior;

c) O valor patrimonial tributário a utilizar na liquidação do imposto corresponde ao que resulta das regras previstas no Código do Imposto Municipal sobre Imóveis por referência ao ano de 2011;

d) A liquidação do imposto pela Autoridade Tributária e Aduaneira deve ser efetuada até ao fi nal do mês de novembro de 2012;

e) O imposto deverá ser pago, numa única prestação, pelos sujeitos passivos até ao dia 20 de dezembro de 2012;

f) As taxas aplicáveis são as seguintes:i) Prédios com afetação habitacional avaliados nos

termos do Código do IMI: 0,5 %;ii) Prédios com afetação habitacional ainda não avalia-

dos nos termos do Código do IMI: 0,8 %;iii) Prédios urbanos quando os sujeitos passivos que

não sejam pessoas singulares sejam residentes em país, território ou região sujeito a um regime fi scal claramente mais favorável, constante da lista apro-vada por portaria do Ministro das Finanças: 7,5 %.

2 - Em 2013, a liquidação do imposto do selo previsto na verba n.º 28 da respetiva Tabela Geral deve incidir sobre o mesmo valor patrimonial tributário utilizado para efeitos de liquidação de imposto municipal sobre imóveis a efetuar nesse ano.

3 - A não entrega, total ou parcial, no prazo indicado, das quantias liquidadas a título de imposto do selo constitui infração tributária, punida nos termos da lei.

Artigo 7.ºEntrada em vigor e produção de efeitos

1 - A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

2 - As alterações ao artigo 72.º do Código do IRS e ao artigo 89.º-A da Lei Geral Tributária produzem efeitos desde 1 de janeiro de 2012.

ArrendamentoPreço da habitação por metro quadrado para 2013

Renda condicionada – cálculo

Portaria nº 358/2012, de 31 de outubro(in DR n.º 211, I Série, 31.10.2012)

A determinação da renda condicionada, regulada pelo Decre-to-Lei n.º 329-A/2000, de 22 de dezembro, em vigor por força do disposto no artigo 61.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 31/2012, de 14 de agosto, assenta no valor do fogo, ao qual é aplicada uma certa taxa de rendimento.

Um dos fatores de determinação do valor atualizado do fogo em regime de renda condicionada é, nos termos do n.º 2 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 329-A/2000, de 22 de dezembro, o preço da habitação por metro quadrado (Pc), o qual, de acordo com o artigo 4.º do mesmo diploma, é fi xado anualmente, para as diferentes zonas do País, mediante portaria.

Nesta medida, importa fi xar o preço da habitação por metro quadrado para o ano de 2013.

Assim:Atento o disposto no artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 86-A/2011,

de 12 de julho, nas alíneas m) e u) do artigo 2.º e no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 7/2012, de 17 de janeiro, e ao abrigo do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 329-A/2000, de 22 de dezembro, manda o Governo, pela Ministra da Agricultura, do Mar, do Am-biente e do Ordenamento do Território, o seguinte:

Artigo 1.ºPreços da habitação por metro quadrado de área útil

Os preços da habitação por metro quadrado de área útil que vigoram durante o ano de 2013 são os seguintes:

a) Na zona I - J 793,21;b) Na zona II - J 693,38;c) Na zona III - J 628,19.

Artigo 2.ºZonas do País

As zonas a que se refere o artigo anterior são as zonas do País constantes do quadro anexo à presente portaria, que desta faz parte integrante.

N.R. 1 - Os preços da habitação por m2 fi xados para o corrente ano de 2012, foram aprovados pela Portaria nº 291/2011, de 4.11, e são:

Zona I: 767,42 €; Zona II: 670,84 €; e, Zona III: 607,77 €.2 - Sobre a atualização das rendas para 2012, ver a informação publicada

no Bol. do Contribuinte, nº 19, 1ª quinzena de Outubro passado, pág. 675.

QUADRO(a que se refere o artigo 2.º)

Zonas do País Municípios

Zona I . . . . . . . . . . . Sedes de distrito e municípios das Regiões Autó-nomas, bem como Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Gondomar, Loures, Maia, Matosinhos, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Póvoa de Varzim, Seixal, Sintra, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca de Xira e Vila Nova de Gaia.

Zona II . . . . . . . . . . Abrantes, Albufeira, Alenquer, Caldas da Rainha, Chaves, Covilhã, Elvas, Entroncamento, Es-pinho, Estremoz, Figueira da Foz, Guimarães, Ílhavo, Lagos, Loulé, Olhão, Palmela, Peniche, Peso da Régua, Portimão, Santiago do Cacém, São João da Madeira, Sesimbra, Silves, Sines, Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Vila Real de Santo António e Vizela.

Zona III . . . . . . . . . Restantes municípios do continente.

Page 26: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte762

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2012 - Nº 21

O Programa do XIX Governo Consti-tucional prevê um conjunto de novas polí-ticas dirigidas à competitividade, ao cres-cimento e ao emprego, com vista à criação sustentada do emprego e à concretização da retoma do crescimento económico, assegurando, concomitantemente, as condições para superar a atual situação de crise e permitindo a sustentabilidade das principais variáveis macroeconómicas.

Este Programa concretiza, ainda, no capítulo referente ao «Emprego e Mercado de Trabalho», um conjunto de medidas dirigidas ao bem-estar das pessoas e à competitividade das empresas e da eco-nomia portuguesa, no quadro do cumpri-mento dos compromissos assumidos no Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica, de 17 de maio de 2011.

No âmbito do Acordo Tripartido Compromisso para o Crescimento, Com-petitividade e Emprego, outorgado em 18 de janeiro de 2012, entre o Governo e a maioria dos Parceiros Sociais foi assumida a aposta na dinamização da ne-gociação coletiva, enquanto instrumento fundamental de regulação das relações de trabalho.

No contexto da promoção da contra-tação coletiva, as portarias de extensão assumem particular relevo na harmoniza-ção das condições de trabalho aplicáveis aos empregadores e trabalhadores. Por outro lado, importa ter em conta os seus efeitos no emprego e na competitividade da economia portuguesa, nomeadamente, nas empresas não representadas pelas associações de empregadores outorgantes de convenções coletivas.

O Código do Trabalho consagra a admissibilidade de extensão de convenção coletiva através de portaria de extensão mediante a ponderação de circunstâncias sociais e económicas que a justifi quem, nomeadamente a identidade ou seme-lhança económica e social das situações

no âmbito da extensão e no instrumento a que se refere.

Neste sentido, considerando que im-porta assegurar uma maior previsibilidade das situações em que será admissível a ex-tensão de convenção coletiva e na linha do compromisso assumido no Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica, o Governo defi ne um conjunto de critérios necessários para a emissão de portarias de extensão.

Com efeito, nos termos do Memo-rando de Entendimento sobre as Con-dicionalidades de Política Económica, o Governo assumiu o compromisso de defi nir critérios claros a serem seguidos para a extensão das convenções coletivas.

Consta do referido Memorando, concretamente, que as associações de empregadores outorgantes das convenções coletivas devem representar, pelo menos, 50 % dos trabalhadores do setor para que a extensão possa operar, sem prejuízo de, quando este limiar for atingido, na tomada de decisão sobre a extensão da convenção coletiva serem consideradas, ainda, as respetivas implicações para a competitividade das empresas do sector.

Assim, a representatividade da parte empregadora subscritora da convenção coletiva deve ser um dos critérios neces-sários a observar no alargamento das con-dições de trabalho às relações de trabalho entre empregadores não fi liados na parte empregadora subscritora da convenção e trabalhadores ao seu serviço. Este critério atende, por um lado, às circunstâncias que justifi cam o referido alargamento, nomea-damente, a identidade ou semelhança eco-nómica e social das situações abrangidas pela extensão e no instrumento a que se refere e, por outro lado, à dimensão da par-te empregadora subscritora da convenção na regulamentação coletiva de trabalho, no âmbito pretendido pela extensão, em função do número de trabalhadores no setor que tenha ao seu serviço. Para o

efeito, deve ter-se em consideração que o âmbito da extensão, decorrente do pedido efetuado pelas partes subscritoras, pode ter infl uência direta na representatividade necessária para a emissão da portaria de extensão, nomeadamente se o mesmo visar apenas as empresas de determinada dimensão ou área geográfi ca ou apenas os trabalhadores não fi liados ao serviço dos empregadores outorgantes ou fi liados em associação de empregadores. De referir que a remissão para os tipos de empresa previstos no artigo 100.º (1) do Código do Trabalho não visa limitar a autonomia dos requerentes, podendo estes pedir a limitação pessoal de acordo com um número de trabalhadores determinado. Por conseguinte, estabelece-se que o re-querimento de extensão deve identifi car expressamente o sector de atividade e o âmbito geográfi co, pessoal e profi ssional de aplicação pretendido, sem prejuízo da margem de apreciação prevista no Código do Trabalho.

Assim:Nos termos da alínea c) do artigo 199.º

da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:

1 - Definir os seguintes critérios mínimos, necessários e cumulativos a observar no procedimento para a emis-são de portaria de extensão, tendo em conta o disposto no n.º 2 do artigo 514.º (2) e no artigo 515.º (3), ambos do Código do Trabalho:

a) A extensão deve ser requerida por, pelo menos, uma associação sindical e uma associação de em-pregadores outorgantes;

b) O pedido de extensão deve indi-car, designadamente:i) O âmbito geográfi co, de acordo

com a Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS);

ii) O âmbito profi ssional, de acor-do com a Classifi cação Portu-guesa de Profi ssões (CPP/2010);

iii) O setor de atividade ou sub-setores de atividade abrangidos pela extensão, nos termos da Classificação Portuguesa de Atividades Económicas (CAE);

iv) O âmbito pessoal, nomea-damente, o tipo de empresas a abranger, de acordo com a clas-sifi cação prevista no artigo 100.º

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHOConvenções coletivas de trabalho

Defi ne os critérios mínimos, necessários e cumulativos a observar no procedimento para a emissão de portaria de extensão

Resolução do Conselho de Ministros n.º 90/2012de 31 de outubro

(in DR n.º 211, I Série, de 31.10.2012)

Page 27: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 763

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2012 - Nº 21

(1) do Código do Trabalho; ev) Caso seja pretendida, a limi-

tação do âmbito de aplicação apenas às relações de trabalho existentes entre empregadores outorgantes ou empregadores filiados na parte empregadora subscritora da convenção e tra-balhadores ao seu serviço não fi liados em associação sindical;

c) Nos casos previstos nas suba-líneas i) a iv) da alínea anterior, a parte empregadora subscritora da convenção coletiva deve ter ao seu serviço, pelo menos, 50 % dos trabalhadores do setor de atividade, no âmbito geográfi co, pessoal e profi ssional de aplicação pretendido;

d) O disposto na alínea anterior não é aplicável quando o pedido de ex-tensão exclua as micro, pequenas e médias empresas.

2 - Determinar que os projetos de portaria de extensão são publicados no Boletim do Trabalho e Emprego, para efeitos de dedução de oposição, no prazo máximo de 30 dias a contar da receção dos respetivos requerimentos.

3 - Determinar que a efi cácia re-troativa da extensão das cláusulas de natureza pecuniária constantes da con-venção coletiva não pode exceder o 1.º dia do mês da publicação da portaria de extensão no Diário da República.

4 - Determinar que a presente reso-lução produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação.

N.R. 1 – O art. 100º do Código do Trabalho, que prevê os critérios para distinguir as empresas em função da sua dimensão (micro, pequena, média e grande empresa), tem a seguinte redação:

“Art. 100º - Tipos de empresas1 - Considera-se:a) Microempresa a que emprega menos

de 10 trabalhadores;b) Pequena empresa a que emprega de

10 a menos de 50 trabalhadores;c) Média empresa a que emprega de

50 a menos de 250 trabalhadores;d) Grande empresa a que emprega 250

ou mais trabalhadores.2 - Para efeitos do número anterior, o

número de trabalhadores corresponde à média do ano civil antecedente.

3 - No ano de início da atividade, o número de trabalhadores a ter em conta para aplicação do regime é o existente no dia da ocorrência do facto.”

2 – O art. 514º do Código do Traba-lho, que contém o conceito de portaria de extensão, tem a seguinte redação:

“Art. 514º - Extensão de convenção coletiva ou decisão arbitral

1 - A convenção coletiva ou decisão arbitral em vigor pode ser aplicada, no todo ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a trabalhadores inte-

Nome

Morada

C. Postal

E-mail Nº Contribuinte

Solicito o envio de exemplar(es) do livro Direito do Trabalho em 100 quadros, com o PVP unitário de 10,90€.

Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de € ,

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

Autor: António Vilar, Luís Cameirão e Associados

Páginas: 128

P.V.P.: € 10,90

(recortar ou fotocopiar)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c

4000-263 PORTO

NOVIDADE

Regul

amen

to e

m li

vrar

ia

.vidaeconomica.pt

Exclusivo paracompras online

http://livraria.vidaeconomica.pt

Inclui 100 quadros-resumo.

São aqui apresentados de forma esquemática e lógica as soluções relativamente aos mais relevantes e equívocos temas jus-laboralísticos.

INCLUI AS MAIS RECENTES ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI N.º 23/2012, DE 25 DE JUNHO

grados no âmbito do setor de atividade e profi ssional defi nido naquele instrumento.

2 - A extensão é possível mediante ponderação de circunstâncias sociais e económicas que a justifi quem, nome-adamente a identidade ou semelhança económica e social das situações no âmbito da extensão e no do instrumento a que se refere.”

3 – O art. 515º do Código do Trabalho dispõe que:

“Art. 515º - Subsidiariedade A portaria de extensão só pode ser

emitida na falta de instrumento de regula-mentação coletiva de trabalho negocial.”

Page 28: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte764

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2012 - Nº 21

As novas regras de cálculo do montante de compensação a atribuir a trabalhador pela cessação do contrato de trabalho, previstas no art. 6º da Lei nº 23/2012, de 25.6, diploma que procedeu à 3ª revisão do Código do Trabalho, têm aplicação prática a partir de 1 de novembro de 2012, uma vez que a nova regra de apuramento da compen-sação de 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade (contra a regra de um mês de retribuição base por cada ano) se aplica à duração do contrato a partir daquela data.

No entanto, a aplicação desta nova regra tem um impacto reduzido durante os primeiros anos de aplicação.

A título de exemplo, atente-se a um trabalhador com um contrato celebrado por tempo indeterminado em 1 de no-vembro de 2004, perfazendo a duração de 10 anos em 1 de novembro de 2014.

Em termos de cálculo da compen-sação:

Aos 8 anos de duração (vigência do contrato até 31 de outubro de 2012) aplica-se a regra anterior: um mês de retribuição base e diuturnidades por cada ano de antiguidade;

Aos 2 anos de duração (após 1 de novembro de 2012) aplica-se a nova regra: 20 dias de retribuição base e diu-turnidades por cada ano de antiguidade.

Nota: tendo em consideração a duração do contrato de trabalho neste exemplo, não se aplicam ao caso con-creto os limites de compensação previs-tos na lei: montante de compensação de 12 vezes o valor do salário mínimo.

1. Contratos celebrados a partir de 1 de Novembro de 2011, incluindo contratos a termo certo e incerto (Lei nº 53/2011, de 14.10 - Bol. do Contri-buinte, 2011, pág. 700)

Os trabalhadores terão direito a rece-ber uma indemnização equivalente a 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade,

COMPENSAÇÕES POR CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Com novas regras a partir de 1 de novembro de 2012

até ao limite máximo de 12 retribuições base e diuturnidades ou 240 vezes o va-lor do salário mínimo (116 400 euros).

O valor da retribuição base mensal e diuturnidades do trabalhador a conside-rar para efeitos de cálculo da compen-sação não pode ser superior a 20 vezes o valor do salário mínimo.

2. Contratos celebrados por tempo indeterminado antes de 1 de novem-bro de 2011

Terão de se distinguir duas situações: duração do contrato até 31 de outubro de 2012 e duração a partir de 1 de Novembro de 2012. Em qualquer dos casos, deve ter-se presente que o mon-tante total da compensação não pode ser inferior a três meses de retribuição base e diuturnidades.

Duração do contrato até 31 de outubro de 2012:

O montante da compensação cor-responde a um mês de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade.

Nota: Quando da aplicação desta regra resulte um montante de compen-sação que seja:

• igual ou superior a 12 vezes a retri-buição base mensal e diuturnidades do trabalhador ou a 240 vezes o montante do salário mínimo (116 400 euros), o trabalhador não acu-mula mais direitos relativamente ao tempo de contrato que exceda 1 de novembro de 2012. Por exemplo, um trabalhador com um contrato de trabalho cuja duração atinja 15 anos a 31.10.2012 recebe o montante correspondente a 15 retribuições, que pode ser superior a 240 vezes o valor do salário mí-nimo (116 400 euros).

• inferior a 12 vezes a retribuição base mensal e diuturnidades do trabalhador ou a 240 vezes o montante do salário mínimo (116 400 euros), o montante global da compensação não pode ser superior a estes valores. Assim, recebe, no

máximo, a compensação corres-pondente a 12 vezes a retribuição mensal ou 116 400 euros, no caso de aquela retribuição ser muito elevada.

Duração a partir de 1 de Novembro de 2012:

O montante da compensação cor-responde a 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade.

O valor da retribuição base e diutur-nidades do trabalhador a considerar não pode ser superior a 20 vezes o montante do salário mínimo (9700 euros). Em caso de fração de ano, o montante da compensação é calculado proporcio-nalmente.

3. Contratos a termo certo e incerto celebrados antes de 1 de Novembro de 2011

Em caso de caducidade de contrato de trabalho a termo, incluindo o que seja objeto de renovação extraordinária, nos termos da Lei nº 3/2012, de 10.1 (Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 95), ou de contrato de trabalho temporário, cele-brados antes de 1 de novembro de 2011, a compensação correspondente a 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano de duração do contrato (em caso de fração de ano o montante é cal-culado proporcionalmente) é calculada do seguinte modo:

• em relação ao período de duração do contrato até 31 de outubro de 2012 ou até à data da renovação extraordinária, caso seja anterior a 31 de outubro de 2012, o montante da compensação corresponde a três ou dois dias de retribuição base e diuturnidades por cada mês de du-ração, consoante a duração total do contrato não exceda ou seja supe-rior a seis meses, respetivamente;

• em relação ao período de duração do contrato a partir de 1 de novembro de 2012, o montante da compen-sação corresponde aos 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano de duração do contrato.

O valor da retribuição base e diutur-nidades do trabalhador a considerar não pode ser superior a 20 vezes o montante do salário mínimo (9700 euros). Em caso de fração de ano, o montante da compensação é calculado proporcio-nalmente.

Page 29: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 765

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2012 - Nº 21

Como é do conhecimento geral, a Lei nº 23/2012, de 25.6, que procedeu à 3ª revisão do Código do Trabalho, eli-minou os feriados religiosos do Corpo de Deus e 1 de novembro (Dia de Todos os Santos), bem como os feriados civis do dia 5 de outubro e 1 de dezembro (Dia da Restauração da Independência).

A eliminação dos referidos feriados produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2013.

CÓDIGO DO TRABALHO Eliminação e suspensão dos feriados

Nos termos do art. 234º do Código do Trabalho, em 2013 são feriados obrigatórios os dias 1 de janeiro, “Sexta--Feira Santa”, “Domingo de Páscoa”, “25 de abril”, 1 de maio, 10 de junho, 15 de agosto, 8 e 25 de dezembro.

O feriado de Sexta-Feira Santa pode ser observado noutro dia com signifi -cado local no período da Páscoa, como sucede à segunda-feira em diversos municípios do país.

Para requerer o pagamento em pres-tações de contribuições por regularizar, na sequência da alteração do escalão da base de incidência contributiva, os trabalhadores independentes devem re-meter o respetivo requerimento através da Segurança Social Direta em www.seg-social.pt

O prazo limite para requerer o pa-gamento em prestações do montante de contribuições por regularizar termina no próximo dia 20 de novembro.

Assim, se o trabalhador indepen-dente foi notifi cado recentemente pela Segurança Social (por via eletrónica ou postal) sobre a alteração do escalão da base de incidência contributiva, com efeitos desde novembro de 2011, tendo daí resultado o apuramento de um mon-tante de contribuições por regularizar, pode o mesmo requerer o pagamento desse montante através de prestações, sem juros, nos termos do Decreto-Lei nº 213/2012, de 25.9 (Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 690).

Conforme referem os serviços da Segurança Social, não existe nenhuma funcionalidade específi ca na Segurança Social Direta para a realização do envio do requerimento de pagamento faseado

TRABALHADORES INDEPENDENTESPagamento em prestações de contribuições

por regularizar

por alteração de escalão relativamente aos trabalhadores independentes. Esse envio é realizado através da opção exis-tente de “Documentos Eletrónicos”.

Conforme já constava de informa-ção publicada na pág. 696 do Bol. do Contribuinte, caso o trabalhador tenha sido notifi cado para pagar contribui-ções por um escalão superior àquele que lhe tinha sido fi xado anteriormente, deverá proceder ao pagamento dos valores em falta, relativos ao período compreendido entre novembro de 2011 e setembro de 2012, até 20 de novem-bro, sem juros. Poderá ainda requerer o pagamento destes valores (sem juros) em prestações, até àquela data limite de pagamento.

Formulário a utilizar

Para proceder ao pedido para paga-mento em prestações de contribuições por regularizar, por alteração de escalão, deve utilizar o requerimento “Trabalha-dor Independente - Requerimento para Pagamento Diferido de Contribuições - Mod. RC 3050-DGSS”, também disponí-vel no separador “Em linha / Formulários / Categoria: Contribuições”.

Quanto a feriados facultativos, re-fere o mesmo diploma que, além dos feriados obrigatórios, podem ser obser-vados a título de feriado, por meio de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho ou contrato de trabalho, a terça-feira de Carnaval e o feriado municipal da localidade.

Em substituição de qualquer feriado facultativo, pode ser observado outro dia em que acordem empregador e trabalhador.

Igreja defende “suspensão” em vez de “eliminação”

Segundo representante da Conferên-cia Episcopal Portuguesa, a Comissão Paritária da Concordata está a discutir a substituição na lei da expressão “eli-minação” dos feriados religiosos por “suspensão” durante 5 anos.

De acordo com aquela entidade, “na nova lei do trabalho, quando se fala dos feriados que são suprimidos põem tudo no mesmo parágrafo, os feriados de índole civil e os feriados de índole religiosa”, sublinhando que “atualmente estão a haver conversações para que se corrija esse erro”.

Refere-se, ainda, que “uma lei não é um decreto eterno. Se está certa, muito bem, senão, corrige-se. E, portanto, é isso que se espera: que se corrija”, as-sinalou o representante da Igreja.

Importa, por último, destacar que o acordo entre a Santa Sé e o Governo por-tuguês prevê a suspensão dos feriados do Corpo de Deus e de Todos os Santos durante os próximos cinco anos e foi anunciado pela Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé) em Portugal, a 8 de maio de 2012.

Feriados eliminados

Corpo de Deus Data móvel

5 de Outubro Implantação da República

1 de Novembro Dia de Todos os Santos

1 de Dezembro Dia da Restau-ração

Page 30: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte766

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2012 - Nº 21

A Portaria nº 344/2012, de 26.10, estabeleceu os procedimentos da rea-valiação dos escalões de rendimentos para apuramento do montante de abono de família nas situações em que, após a prova anual de rendimentos e da com-posição do agregado familiar, efetuada com base na declaração de IRS do ano anterior, se verifi quem modifi cações que determinem a alteração do rendimento a considerar na determinação do escalão de rendimentos.

Assim, a reavaliação do escalão de rendimentos posteriormente à prova anual de rendimentos e da composição do agregado familiar depende da apre-sentação de declaração de alteração da composição e rendimentos do agregado familiar.

Trata-se de fazer uma reavaliação do escalão sempre que, após a apresen-tação da prova anual, se verifi que uma mudança de rendimentos ou ainda da composição do agregado familiar que implique a alteração dos rendimentos de referência.

Para o efeito, o interessado declara os rendimentos relativamente aos quais se tenham verifi cado alterações, bem como as alterações entretanto verifi cadas no que respeita à composição do agregado familiar onde se integra o titular ou titu-lares do abono de família para crianças e jovens.

Nas situações em que a alteração de rendimentos se reporte a rendimentos de trabalho, de pensões ou outras prestações

ABONO DE FAMÍLIANovas regras na reavaliação do escalão

de rendimentos

sociais, o valor anual a considerar para efeitos de reavaliação do escalão de rendimento corresponde ao produto do valor mensal ilíquido das remunerações, pensões ou prestações sociais, consoante o caso, à data do requerimento, pelo número de meses em que por ano esses valores serão pagos.

Importa ter presente que o pedido da reavaliação não pode ser apresentado antes do decurso de 90 dias após a data da prova anual ou da data da produção de efeitos da anterior declaração de al-teração de rendimentos e de composição do agregado familiar.

Por hipótese, no caso de trabalhador colocado em situação de desemprego pode o mesmo pedir à Segurança So-cial a reavaliação do seu escalão de rendimentos. Porém, terá que esperar 90 dias relativamente à última prova anual para obter a mudança de escalão de rendimentos, com vista ao aumento do montante de abono de família. Tal reavaliação terá em consideração os rendimentos e a composição do agregado familiar do titular do abono, à data do pedido de revisão.

Escalões de rendimentos de referência do agregado familiar

Rendimentos no ano de referência

1º Iguais ou inferiores a 0,5 x IAS x 14 Até € 2.934,542º Superiores a 0,5 x IAS x 14 e iguais ou

inferiores a 1 x IAS x 14De € 2.934,55 a € 5.869,08

3º Superiores a 1 x IAS x 14 e iguais ou inferiores a 1,5 x IAS x 14

De € 5.869,09 a € 8.803,62

Refi ra-se que o regime de atribuição de abono de família a crianças e jovens encontra-se previsto no Decreto-Lei nº 176/2003, de 2.8.

Apuramento do montante de abono

O montante de abono de família varia de acordo com a idade da criança ou jovem e o nível de rendimentos de re-ferência do respetivo agregado familiar.

Rendimento de referência: resulta da soma do total de rendimentos de cada elemento do agregado familiar a dividir pelo número de crianças e jovens com direito ao abono de família, nesse mesmo agregado, acrescido de um. O número de crianças e jovens inclui aqueles que não estejam a receber o abono pelo facto de o rendimento do agregado familiar ter ultrapassado o limite correspondente ao 3º escalão.

O valor apurado insere-se em esca-lões de rendimentos estabelecidos com base no indexante dos apoios sociais (IAS = 419,22 euros).

Escalões de rendimentos: Para determinar o escalão, o valor do IAS a considerar é o fi xado para o ano a que se referem os rendimentos do agregado familiar que serviram de base ao apura-mento do rendimento de referência do mesmo agregado.

CONHEÇA A LIVRARIA ONLINE DA VIDA ECONÓMICA

Visite-nos em: livraria.vidaeconomica.pt | Publicações especializadas • Edições técnicas • Formação

Page 31: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 767

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2012 - Nº 21

(Continua na pág. seguinte)

O Provedor de Justiça recomendou recentemente à Assembleia da República uma alteração ao Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas (RCTFP), tendo proposto o direito a compensação sempre que o fi m do contrato a termo não ocorra por vontade do trabalhador, confor-me sucede no regime previsto no Código do Trabalho para o setor privado.

No documento enviado ao Parlamento, o Provedor de Justiça refere que a sua re-comendação surge na sequência de várias queixas contra a atuação de diversos ser-viços da administração pública, particular-mente da administração local.

O provedor explica que essas queixas dizem respeito ao pagamento da compen-sação por cessação de contratos de trabalho a termo certo, já que é entendimento da administração pública que, quando aqueles contratos chegam ao fi m, seja por terem

CONTRATOS A TERMO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Provedor de Justiça recomenda pagamento de compensação

atingido a sua duração máxima ou por terem atingido o limite de renovações, os trabalhadores não têm direito à compensa-ção prevista no nº 3 do art. 252º do RCTFP, aprovado pela Lei nº 59/2008, de 11.9.

Segundo este preceito, “a caducidade do contrato a termo certo que decorra da não comunicação, pela entidade empre-gadora pública, da vontade de o renovar confere ao trabalhador o direito a uma compensação correspondente a três ou dois dias de remuneração base por cada mês de duração do vínculo, consoante o contrato tenha durado por um período que, respetivamente, não exceda ou seja superior a seis meses.”

Na resposta aos pedidos de esclareci-mento feitos pela Provedoria de Justiça, os dirigentes da administração pública defen-deram que só quando a entidade emprega-dora pública puder, em abstrato, renovar o

contrato a termo certo é que se verifi ca o direito a compensação ao trabalhador pela não renovação do respetivo contrato.

Referem ainda que, se a entidade empregadora pública não puder renovar o contrato a termo certo porque essa renova-ção lhe está vedada por lei, a compensação a que se refere o nº 3 do art. 252º do RCTFP não será devida.

Para o Provedor de Justiça, está em causa “averiguar da correção de uma in-terpretação” do texto da lei “que restringe o dever de compensar o trabalhador aos casos em que a caducidade do seu contrato se funda na vontade da entidade emprega-dora de não o renovar”.

Segundo a Provedoria de Justiça, “as razões que se apontam como fundamento dessa atribuição pecuniária compensató-ria podem ser, sem qualquer difi culdade, objeto de transposição para o âmbito dos contratos a termo resolutivo celebrados no seio da administração pública”.

Para justifi car a alteração legislativa, o Provedor defende que, à semelhança do regime laboral do setor privado, sempre que a caducidade do contrato não decorra da sua vontade, o trabalhador tem direito à respetiva compensação.

INCÊNDIOS DE GRANDE DIMENSÃOAtribuição excecional de apoios sociais

A Portaria nº 335/2012, de 23.10, regulamentou os termos e as condições da atribuição de apoios sociais sempre que ocorram no território nacional incêndios de grande dimensão e gravidade, com elevado impacte na vida social e económica das populações de uma determinada região.

Nos termos da nova portaria, podem, na sequência da verifi cação de incêndios, candidatar-se a apoios sociais:

- as famílias que perderam as suas fontes de rendimento;

- os pensionistas que perderam as suas fontes de rendimento comple-mentares.

A regulamentação da atribuição dos apoios sociais surge na sequência da publicação da Resolução do Conselho de Ministros nº 88/2012, de 18.10, que aprovou os procedimentos e medidas expeditos destinados a minimizar as

consequências de incêndios de grande dimensão e gravidade.

Modalidades de apoios sociaisOs apoios sociais a atribuir têm natu-

reza excecional e transitória e revestem as seguintes modalidades:

- subsídio de compensação;- subsídio mensal complementar;- apoios sociais de natureza eventual.

Subsídio de compensaçãoO subsídio de compensação é atribuí-

do às famílias que perderam as suas fontes de rendimento, auferidas por conta própria ou por conta de outrem, em consequência dos incêndios.

Este subsídio é de concessão única e de montante correspondente ao valor do indexante dos apoios sociais (IAS = 419,22 euros), a atribuir por cada elemen-to do agregado familiar.

O pagamento do subsídio é efetuado ao elemento do agregado familiar identi-fi cado pelos serviços da Segurança Social como titular do apoio.

A comprovação da perda das fontes de rendimento é efetuada pelos serviços competentes do Instituto da Segurança Social (ISS).

Subsídio mensal complementarO subsídio mensal complementar é

concedido aos pensionistas que, devido aos incêndios, perderam as suas fontes de rendimento complementares.

O montante mensal deste subsídio corresponde ao valor da pensão social.

O subsídio é concedido mensalmente, durante um período de três meses, poden-do ser prorrogado por meio de avaliação a efetuar pelos serviços competentes.

Tal prorrogação depende do preenchi-mento de condição de recursos, à data do respetivo requerimento.

O subsídio mensal complementar não é cumulável com o subsídio de compen-sação.

Page 32: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte768

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2012 - Nº 21

(Continuação da pág. anterior)

EMISSÃO DE PORTARIAS DE EXTENSÃODefi nição de critérios mínimos

No âmbito da regulamentação coleti-va de trabalho, a Resolução do Conselho de Ministros nº 90/2012, de 31.10, defi -niu os critérios mínimos, necessários e cumulativos a observar no procedimento para a emissão de portarias de extensão previstas no Código do Trabalho.

Importa ter presente que, nos ter-mos do Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica, assinado em maio de 2011 com a “troika”, o Governo assumiu o compromisso de defi nir critérios claros a serem seguidos para a extensão das convenções coletivas.

Consta do referido Memorando, con-cretamente, que as associações de em-pregadores outorgantes das convenções coletivas devem representar, pelo menos, 50 % dos trabalhadores do setor para que a extensão possa operar, sem prejuízo de, quando este limite for atingido, na tomada de decisão sobre a extensão da convenção coletiva serem consideradas,

ainda, as respetivas implicações para a competitividade das empresas do setor.

Assim, a representatividade da parte empregadora subscritora da conven-ção coletiva deve ser um dos critérios necessários a observar no alargamento das condições de trabalho às relações de trabalho entre empregadores não fi -liados na parte empregadora subscritora da convenção e trabalhadores ao seu serviço. Este critério atende, por um lado, às circunstâncias que justifi cam o referido alargamento, nomeadamente, a identidade ou semelhança económica e social das situações abrangidas pela extensão e no instrumento a que se refere e, por outro lado, à dimensão da parte empregadora subscritora da convenção na regulamentação coletiva de trabalho, no âmbito pretendido pela extensão, em função do número de trabalhadores no setor que tenha ao seu serviço.

Nos termos da referida Resol. Con-selho de Ministros nº 90/2012, foram

defi nidos os seguintes critérios mínimos, necessários e cumulativos, a observar no procedimento para a emissão de portaria de extensão:

- a extensão deve ser requerida por, pelo menos, uma associação sindical e uma associação de empregadores ou-torgantes;

- o pedido de extensão deve indicar, designadamente:

o âmbito geográfico, de acordo com a Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS);

o âmbito profissional, de acordo com a Classifi cação Portuguesa de Profi ssões (CPP/2010);

o setor de atividade ou subsetores de atividade abrangidos pela extensão, nos termos da Classifi cação Portu-guesa de Atividades Económicas (CAE);

o âmbito pessoal, nomeadamente, o tipo de empresas a abranger, de acordo com a classificação pre-vista no art. 100º do Código do Trabalho; e

caso seja pretendida, a limitação do âmbito de aplicação apenas às relações de trabalho existentes entre empregadores outorgantes ou empregadores fi liados na parte em-pregadora subscritora da convenção e trabalhadores ao seu serviço não fi liados em associação sindical;

- nos casos previstos nos anteriores quatro primeiros items, a parte emprega-dora subscritora da convenção coletiva deve ter ao seu serviço, pelo menos, 50 % dos trabalhadores do setor de atividade, no âmbito geográfi co, pessoal e profi s-sional de aplicação pretendido;

- a regra supra descrita não é aplicá-vel quando o pedido de extensão exclua as micro, pequenas e médias empresas.

O mesmo diploma determina que os projetos de portaria de extensão são publicados no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), para efeitos de dedução de oposição, no prazo máximo de 30 dias a contar da receção dos respetivos requerimentos.

Estabelece-se que a efi cácia retroati-va da extensão das cláusulas de natureza pecuniária constantes da convenção co-letiva não pode exceder o 1º dia do mês da publicação da portaria de extensão no Diário da República.

INCÊNDIOS DE GRANDE DIMENSÃO

A verifi cação da perda das fontes de rendimento complementares cabe aos serviços competentes do ISS.

Apoios sociais de natureza eventualOs apoios sociais de natureza eventual

são concedidos a indivíduos ou famílias que, em consequência dos incêndios ocorridos:

- se encontram em situação de com-provada carência de recursos;

- tenham de realizar despesas inadi-áveis ou proceder à aquisição de bens perdidos ou afetados pelos in-cêndios, não abrangidos por seguro.

Os apoios sociais destinam-se a com-participar despesas ou aquisições inadiáveis, designadamente:

- aquisição de equipamento doméstico essencial;

- aquisição de pequenos instrumentos de trabalho;

- aquisição de veículos a pedais, mo-torizados ou de tração animal;

- aquisição de ajudas técnicas/produ-tos de apoio.

Os apoios sociais são de montante variável, a determinar caso a caso pelos serviços competentes do ISS, e de con-cessão única.

O reconhecimento do direito aos apoios sociais de natureza eventual depende do preenchimento da condição de recursos, à data da apresentação do requerimento.

Prazo para apresentar requerimentoA concessão dos referidos apoios

sociais depende de requerimento a apre-sentar, junto das delegações locais dos serviços da Segurança Social, no prazo de 30 dias a contar da data do evento determinante da concessão.

Para efeitos de atribuição dos apoios sociais, relevam as situações confi rma-das pelos serviços da Segurança Social, registadas na fi cha de caracterização do agregado familiar.

Page 33: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 769NOVEMBRO 2012 - Nº 21

(Continua na pág. seguinte)

Declaração de Retificação n.º 60/2012, de 23.10 - Retifica a Port. n.º 274-A/2012, de 6 de setembro, do Ministério da Educação e Ciência, que procede à primeira alteração à Port. n.º 195/2012, de 21 de junho, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 173, suplemento, de 6 de setembro de 2012Ensino - Escola Voluntária

Port. n.º 333/2012, de 22.10 - Estabelece as condições gerais e os critérios para a atribuição do selo de Escola Voluntária, bem como os requisitos específicos a que devem obedecer as candidaturasEstatuto do Bolseiro de Investigação

DL n.º 233/2012, de 29.10 - Procede ao diferimento da produção de efeitos do novo regime de dedicação exclusiva, introduzido pelo DL n.º 202/2012, de 27 de agostoFarmácias - Licenciamento e alvará

Port. n.º 352/2012, de 30.10 - Regulamenta o procedimento de licenciamento e de atribuição de alvará a novas farmácias, bem como a transferência da localização de farmácias e o averbamento no alvará, e revoga a Port. n.º 1430/2007, de 2 de novembroGabinete de Estratégia e Estudos

Port. n.º 341/2012, de 26.10 - Fixa a estru-tura nuclear do Gabinete de Estratégia e EstudosGás natural

DL n.º 230/2012, de 26.10 - Procede à quinta alteração ao DL n.º 30/2006, de 15 de fevereiro, que estabelece os princípios gerais relativos à or-ganização e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gás Natural (SNGN), bem como ao exercício das atividades de receção, armazenamento, trans-porte, distribuição e comercialização de gás natu-ral, e à organização dos mercados de gás natural

DL n.º 231/2012, de 26.10 - Procede à ter-ceira alteração ao DL n.º 140/2006, de 26 de julho, que desenvolve os princípios gerais relativos à or-ganização e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gás Natural, aprovados pelo DL n.º 30/2006, de 15 de fevereiro, regulamentando o regime jurídico aplicável ao exercício das atividades de transporte, armazenamento subterrâneo, receção, armazena-mento e regaseificação de gás natural liquefeito, à distribuição e comercialização de gás natural e à organização dos mercados de gás naturalHabitação e reabilitação urbana

Port. n.º 324/2012, de 16.10 - Aprova os Estatutos do Instituto da Habitação e da Reabilita-ção Urbana, I. P., e revoga a Port. n.º 662-M/2007, de 31 de maioHospitais

DL n.º 238/2012, de 31.10 - Procede à criação, com a natureza de entidade pública em-presarial, da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, E. P. E., por integração do Hospital do Litoral Alentejano e do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo LitoralImóveis - prédios urbanos

Lei nº 55-A/2012 (1), de 29.10 - (Supl) - Al-tera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, o Código do Imposto do Selo e a Lei Geral Tributária Incêndios de grande dimensão - Apoios sociais

Res. Cons. Min. n.º 88/2012, de 18.10 - Aprova procedimentos e medidas expeditos des-

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - OUTUBRO/2012

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 16 a 31 de outubro de 2012)

(Continuação da pág. 772) tinados a minimizar as consequências de incêndios de grande dimensão e gravidade

Port. n.º 335/2012, de 23.10 - Define e re-gulamenta os termos e as condições da atribuição dos apoios sociais previstos no n.º 5 da Res. Cons. Min. n.º 88/2012, de 18 de outubroIncentivos

Port. n.º 351/2012, de 30.10 - Alarga, para o ano de 2012, o prazo previsto no n.º 1 do artigo 18.º do Regulamento do Apoio à Promoção de Vinhos em Mercados de Países Terceiros, aprovado pela Port. n.º 1384-B/2008, de 2 de dezembro, alterada pela Port. n.º 43/2012, de 10 de fevereiroInfrações tributárias - Acórdão do STJ

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 8/2012, de 24.10 - No processo de determinação da pena por crime de abuso de confiança fiscal, p. e p. no artigo 105.º, n.º 1, do RGIT, a suspensão da execução da pena de prisão, nos termos do artigo 50.º, n.º 1, do Código Penal, obrigatoriamente condicionada, de acordo com o artigo 14.º, n.º 1, do RGIT, ao pagamento ao Estado da prestação tributária e legais acréscimos, reclama um juízo de prognose de razoabilidade acerca da satisfação dessa condição legal por parte do condenado, tendo em conta a sua concreta situação económica, presente e futura, pelo que a falta desse juízo impli-ca nulidade da sentença por omissão de pronúnciaInstituições de crédito

DL n.º 225/2012, de 17.10 - Procede à segunda alteração ao DL n.º 27-C/2000, de 10 de março, que aprova o sistema de acesso aos serviços mínimos bancários, estabelecendo as bases dos protocolos a celebrar entre o membro do Governo responsável pela área da defesa do consumidor, o Banco de Portugal e as instituições de crédito que pretendam aderir ao referido sistema e, bem assim, o respetivo regime sancionatório

DL n.º 226/2012, de 18.10 - Procede à exten-são do âmbito de aplicação do DL n.º 51/2007, de 7 de março, aos demais contratos de crédito garanti-dos por hipoteca, ou por outro direito sobre imóvel, e celebrados com clientes bancários particulares

DL n.º 227/2012, de 25.10 - Estabelece princípios e regras a observar pelas instituições de crédito na prevenção e na regularização das situ-ações de incumprimento de contratos de crédito pelos clientes bancários e cria a rede extrajudicial de apoio a esses clientes bancários no âmbito da regularização dessas situações

Res. Assemb. Rep. n.º 129/2012, de 19.10 - Recomenda ao Governo que solicite ao Banco de Portugal a criação de um manual de boas práticas em matéria de prevenção e de sanação de situa-ções de incumprimento de contratos de crédito com particulares

Res. Assemb. Rep. n.º 130/2012, de 19.10 - Recomenda ao Governo que proceda à criação de um incentivo adicional à desistência ou acordo em processos de execução que envolvam penhoras de imóveis que constituam habitação própria e permanente dos executados e que, apesar da taxa de justiça agravada, foram iniciadosInstituto da Mobilidade e dos Transporte

DL n.º 236/2012, de 31.10 - Aprova a orgâni-ca do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P.Jogos sociais

Port. n.º 327/2012, de 18.10 - Determina a repartição das verbas dos jogos sociais para o

ano de 2013Port. n.º 328/2012, de 19.12 - Fixa as nor-

mas regulamentares necessárias à repartição dos resultados líquidos da exploração dos jogos sociais atribuídos ao Ministério da Administração Interna e revoga a Port. n.º 54/2012, de 5 de março

Port. n.º 359/2012, de 31.10 - Fixa as nor-mas regulamentares necessárias à repartição dos resultados líquidos de exploração dos jogos sociais atribuídos ao Ministério da SaúdeJurisprudência - Lei Geral Tributária

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 5/2012, de 22.10 - Uniformiza a jurisprudência nos seguintes termos: Independentemente do entendimento que se subscreva relativamente à natureza jurídica do acto de indeferimento do pedido de dispensa de prestação de garantia para obter a suspensão do processo de execução fiscal - como acto materialmente administrativo praticado no processo executivo e ou como acto predominantemente pro-cessual - é de concluir que não há, nesse caso, lugar ao direito de audiência previsto no artigo 60.º da Lei Geral TributáriaLei Geral Tributária

Lei nº 55-A/2012 (1), de 29.10 - (Supl) - Al-tera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, o Código do Imposto do Selo e a Lei Geral Tributária Madeira

Dec. Leg. Reg. n.º 28/2012/M, de 25.10 - Aprova normas para a proteção dos cidadãos e medidas para a redução da oferta de «drogas legais»

Dec. Regul. Reg. n.º 29/2012/M, de 31.10 - Aprova a orgânica da Direção Regional do Co-mércio, Indústria e EnergiaMadeira - Administração regional

Dec. Regul. Reg. n.º 28/2012/M, de 30.10 - Define a entidade gestora da mobilidade especial na administração regional autónoma da Madeira, as atribuições e competências nessa área de atividade e os deveres de colaboração dos demais serviçosPescado - Piscicultura

Port. n.º 338/2012, de 24.10 - Determina que os exemplares de enguia-europeia provenien-tes de pisciculturas industriais de águas interiores podem ser transportados, detidos ou comerciali-zados durante todo o anoPescas

Port. n.º 348/2012, de 29.10 - Permite nas albufeiras de Odivelas, Funcho, Lucefécit, Burga, Vigia e Arade, a título temporário e excecional, até 31 de dezembro de 2012, o exercício da atividade de pesca profissional de alburno, carpa, lucioperca, peixe-gato-negro, perca-sol e pimpãoPraias

Port. n.º 346/2012, de 29.10 - Mantém a declaração da praia da Aguda, no concelho de Sintra, como praia de uso suspensoPrivatização da TAP

Res. Cons. Min. nº 88-A/2012, de 19.10 - (Supl.) - Aprova o caderno de encargos aplicável à 3.ª fase da operação de reprivatização da TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S. A. (TAP - SGPS, S. A.), e fixa algumas das condições aplicáveis à 4.ª fase do processo de reprivatização da TAP - SGPS, S. A.

Page 34: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

NOVEMBRO 2012 - Nº 21

Boletim do Contribuinte770

(Continuação da pág. anterior)

1 - Transcrito neste número.

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 37, 38, 39 e 40, de 2012(Também disponível em www.boletimdocontribuinte.pt, menu Regulamentação do Trabalho)

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

Indústria Alimentar - Contrato coletivo entre a ALIF – Associação

da Indústria Alimentar pelo Frio e o SETAA – Sin-dicato da Agricultura, Alimentação e Florestas – Revisão global

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2012)Industriais de Bolachas

- Contrato coletivo entre a AIBA – Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FESAHT – Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimen-tação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (pessoal fabril, de apoio e manutenção) – Integra-ção em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 38, de 15.10.2012)Ótica

- Acordo de empresa entre a POLO – Pro-dutos Ópticos, S. A., e a FEVICCOM – Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmi-ca e Vidro – Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 37, de 8.10.2012)- Acordo de empresa entre a FIBO – Fábrica

Ibérica de Óptica, Lda., e a FEVICCOM – Fede-ração Portuguesa dos Sindicatos da Construção,

Cerâmica e Vidro – Alteração salarial e outras e texto consolidado

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2012)Pescas

- Acordo de empresa entre a DOCAPESCA – Portos e Lotas, S. A., e o SINDEPESCAS – Sindicato Democrático das Pescas – Alteração

(Bol. do TE, nº 38, de 15.10.2012)Tabaco

- Acordo de empresa entre a Tabaqueira II, S. A., e a FESAHT – Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outros – Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2012)

Transportes Aéreos- Acordo de empresa entre a SPdH – Serviços

Portugueses de Handling, S. A., e o SIMA – Sindi-cato das Indústrias Metalúrgicas e Afins e outros – Integração em níveis de qualificação – Retificação

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2012)- Acordo de empresa entre a SPdH – Serviços

Portugueses de Handling, S. A., e o STHA – Sin-dicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos – Integração em níveis de qualificação – Retificação

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2012)Transportes fluviais

- Acordo de empresa entre a LUSOPONTE – Concessionária para a Travessia do Tejo, S. A., e o SETACCOP – Sindicato da Construção, Obras Públicas e Serviços

(Bol. do TE, nº 40, de 29.10.2012)Vidro

- Acordo coletivo entre a GALLOVIDRO, S. A., e outras e a FETESE – Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços – Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 37, de 8.10.2012)- Acordo coletivo entre a Santos Barosa – Vi-

dros, S. A., e outras e a FEVICCOM – Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâ-mica e Vidro e outras – Retificação

(Bol. do TE, nº 39, de 22.10.2012)

DL n.º 232/2012, de 29.10 - Aprova o processo de privatização da ANA - Aeroportos de Portugal, S. A.

Res. Cons. Min. nº 88-B/2012, de 19.10 - (Supl.) - Determina a admissão do potencial investidor de referência a participar no momento subsequente do processo de alienação das ações objeto da venda direta no âmbito da 3.ª fase do processo de reprivatização da TAP - Transportes Aéreos Portugueses, S. A. Produtos vinícolas

Res. Assemb. Rep. n.º 133/2012, de 19.10 - Recomenda ao Governo que promova uma ampla discussão junto das instituições europeias com o objetivo de consagrar a introdução, na rotulagem dos produtos vinícolas, da menção facultativa do tipo de vedante utilizadoSaúde e medicamentos

Port. n.º 340/2012, de 25.10 - Regula os mecanismos de avaliação e controlo no âmbito da prescrição e dispensa de medicamentos, cria as Comissões de Farmácia e Terapêutica de cada Administração Regional de Saúde (CFT-ARS) e estabelece as respetivas atribuições, composição e funcionamentoSistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO)

Port. n.º 329/2012, de 22.10 - Cria uma plata-forma disponível na Internet, através de uma ligação segura (https) e mediante a atribuição de perfis de acesso por parte da entidade responsável pelo tra-tamento da base de dados para o acesso ao Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO)

Port. n.º 330/2012, de 22.10 - Aprova o modelo de guia de transporte para efeitos de remoção e transporte do cadáver e o modelo de boletim de óbito, a disponibilizar eletronicamente através do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO)

Port. n.º 331/2012, de 22.10 - Define os ter-mos de transmissão eletrónica de dados ao Minis-tério Público através de mecanismos automáticos de interoperabilidade das informações registadas no Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO)

Port. n.º 334/2012, de 23.10 - Aprova os modelos de certificado de óbito e de certificado de óbito fetal e neonatal e os modelos de boletim de informação clínica e do formulário eletrónico para introdução dos dados resultantes de autópsia clínica, de autópsia médico-legal ou de perícia médico-legal a ela associadaTrabalho e Segurança Social

Port. n.º 335/2012, de 23.10 - Define e re-gulamenta os termos e as condições da atribuição dos apoios sociais previstos no n.º 5 da Res. Cons. Min. n.º 88/2012, de 18 de outubro

Port. n.º 344/2012, de 26.10 - Estabelece os termos e os procedimentos da reavaliação dos esca-lões de rendimentos e da composição do agregado familiar, sempre que se verifique alteração daqueles elementos, de que depende a determinação dos montantes do abono de família para crianças e jovens

Res. Cons. Min. n.º 90/2012 (1), de 31.10 - Define os critérios mínimos, necessários e cumu-lativos a observar no procedimento para a emissão de Portaria de extensão

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - OUTUBRO/2012

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 16 a 31 de outubro de 2012)

TransportesPort. n.º 342/2012, de 26.10 - Define o novo

regime de redução das taxas de portagem a cobrar em lanços e sublanços de várias autoestradas e fixa o montante das taxas de portagem a cobrar nos mesmos lanços e sublanços

Port. n.º 343/2012, de 26.10 - Quarta alte-ração à Port. n.º 314-B/2010, de 14.6, que define o modo de utilização do dispositivo eletrónico de matrí-cula para efeitos de cobrança eletrónica de portagensTurismo

Res. Assemb. Rep. n.º 131/2012, de 19.12 - Por um turismo atento às necessidades dos viajantes portadores de deficiência e das pessoas com mobilidade reduzida

Res. Assemb. Rep. n.º 132/2012, de 19.12 - Recomenda ao Governo o desenvolvimento de uma estratégia integrada que promova o «Turismo acessível» ou «Turismo para todos» em PortugalVinho - Apoio à promoção em mercados de países terceiros

Port. n.º 351/2012, de 30.10 - Alarga, para o ano de 2012, o prazo previsto no n.º 1 do artigo 18.º do Regulamento do Apoio à Promoção de Vinhos em Mercados de Países Terceiros, aprovado pela Port. n.º 1384-B/2008, de 2 de dezembro, alterada pela Port. n.º 43/2012, de 10 de fevereiroVoluntariado - Escola Voluntária

Port. n.º 333/2012, de 22.10 - Estabelece as condições gerais e os critérios para a atribuição do selo de Escola Voluntária, bem como os requisitos específicos a que devem obedecer as candidaturas

Page 35: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do Contribuinte 771NOVEMBRO 2012 - Nº 21

A R Q U I V A D O R

Para a melhor organização e arquivodo seu Boletim do Contribuinte

CADA ARQUIVADOR COMPORTA A COLECÇÃO ANUAL DO BOLETIM DO CONTRIBUINTE, SUPLEMENTOS E ÍNDICES.

Com este sistema de arquivo, encontra a informação que necessita de forma mais simples e prática.

Ao utilizar os arquivadores personaliza cada colecção Boletim do Contribuinte preservando o estado impecável da mesma.

CUPÃO DE ENCOMENDA

ENCOMENDE JÁO SEU ARQUIVADOR PARA 2012OOOO SSSSEEEEUUUU AAAARRRRQQQQUUUUIIIIVVVVAAAADDDDOOOORRRR PPPPAAAARRRRAAAAO SEU ARQUIVADOR PARA 222222000000111111222222

FForrmatoo: 32 x 27,5 x 7 cmPPreeçoo Asssiinaantes: 11,00€PPreeçoo nãão Asssinnannntees: 12,50€

COONNTAACCTOOSRua Gonçalo Cristóvão, 111 6º Esq.

4049-037 Porto

Email: [email protected]

www.boletimdocontribuinte.ptwww.vidaeconomica.pt

hhttpp:///livvraariaa.vvvidaaecconnomiica.ptt

CCOOLECCÇÕÕEES ENNCAADDERNNADAASColocamos também à sua

disposição, as colecções encadernadas de anos anteriores.

75€ por cada Volume/Ano.IVA e portes de expedição incluidos.

Page 36: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

NOVEMBRO 2012 - Nº 21

Boletim do Contribuinte772

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - OUTUBRO/2012

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 2ª QUINZENA (De 16 a 31 de outubro de 2012)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.(Continua na pág. 769)

Açores - EleiçõesMapa Oficial nº 1-A/2012, de 25.10 -

(Supl.) - Eleição da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores realizada em 14 de outubro de 2012Administração pública - Carreira Especial de Inspeção

Port. n.º 349/2012, de 30.10 - Aprova o Regulamento do Curso de Formação Específico para Integração na Carreira Especial de Inspeção, aplicável à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, e revoga a Port. n.º 230/2011, de 14 de junhoAgricultura - Incentivos

Port. n.º 326/2012, de 17.10 - Primeira alteração à Port. n.º 94/2010, de 12 de fevereiro, que aprova o Regulamento de Aplicação da Medida «Assistência Técnica» do Programa de Desenvolvi-mento Rural do Continente - PRODERÁgua - captações de água subterrânea

Port. n.º 347/2012, de 29.10 - Aprova a deli-mitação dos perímetros de proteção das captações de água subterrânea no local de Ribeira de Santo Amaro, concelho de PombalAICEP

DL n.º 229/2012, de 26.10 - Aprova os Esta-tutos da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E. P. E.Ambiente

Port. n.º 353/2012, de 31.10 - Aprova os estatutos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P.Ambiente - minas de São Pedro da Cova

Res. Cons. Min. n.º 89/2012, de 29.10 - Autoriza a realização da despesa com a aquisição de serviços de remoção de resíduos perigosos depositados em 2001 e 2002 nas escombreiras das antigas minas de São Pedro da Cova, em Gondo-mar, incluindo o seu encaminhamento para o des-tino final adequado às características dos resíduosArrendamento - preço da habitação por m2

Port. n.º 358/2012 (1), de 31.10 - Fixa, para vigorar no ano de 2013, os preços da habitação por metro quadrado, consoante as zonas do País, para efeitos de cálculo da renda condicionadaAutarquias - transferência de verbas em 2011

Port. n.º 339/2012, de 25.10 - Publica a relação das verbas transferidas em 2011 para vários municípiosAuto-estradas e SCUT - Portagens

Port. n.º 342/2012, de 26.10 - Define o novo regime de redução das taxas de portagem a cobrar em lanços e sublanços de várias autoestradas e fixa o montante das taxas de portagem a cobrar nos mesmos lanços e sublanços

Port. n.º 343/2012, de 26.10 - Quarta al-teração à Port. n.º 314-B/2010, de 14 de junho, que define o modo de utilização do dispositivo eletrónico de matrícula para efeitos de cobrança eletrónica de portagensAutoridade marítima

DL n.º 235/2012, de 31.10 - Procede à segunda alteração ao DL n.º 248/95, de 21 de setembro, que cria, na estrutura do Sistema da Au-toridade Marítima, a Polícia Marítima, e à primeira alteração ao DL n.º 44/2002, de 2 de março, que estabelece, no âmbito do Sistema da Autoridade Marítima, a estrutura, organização, funcionamento e competências da Autoridade Marítima Nacional

DL n.º 237/2012, de 31.10 - Procede à primeira alteração ao DL n.º 49-A/2012, de 29 de fevereiro, que aprova a orgânica da Direção--Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, no que respeita à matéria de receitasÁgua - captação subterrânea

Port. n.º 357/2012, de 31.10 - Aprova a delimitação dos perímetros de proteção das cap-tações de água subterrânea nos locais de Venda Nova, Outeiro da Vinha e Lagar do Caranguejo, no concelho de PombalCódigos fiscais - IRS, IRC, Imposto do Selo e LGT

Lei nº 55-A/2012 (1), de 29.10 - (Supl) - Al-tera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, o Código do Imposto do Selo e a Lei Geral Tributária Combustíveis - Biocombustíveis e biolíquidos

DL n.º 224/2012, de 16.10 - Procede à prorrogação do período de suspensão da vigência do n.º 1 do artigo 15.º do DL n.º 117/2010, de 25 de outubro, relativamente ao cumprimento dos critérios de sustentabilidade de produção e utilização de biocombustíveis e biolíquidosComissões de coordenação e desenvolvimen-to regional

DL n.º 228/2012, de 25.10 - Aprova a orgânica das comissões de coordenação e desen-volvimento regionalComissões de proteção de crianças e jovens

Port. n.º 350/2012, de 30.10 - Cria a Comis-são de Proteção de Crianças e Jovens de Belmonte

Port. n.º 354/2012, de 31.10 - Cria a Co-missão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Nova de Gaia Norte

Port. n.º 355/2012, de 31.10 - Cria a Co-missão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Nova de Gaia Sul

Port. n.º 356/2012, de 31.10 - Cria a Comis-são de Proteção de Crianças e Jovens de Vila ViçosaConta Geral do Estado de 2012

Res. Assemb. Rep. n.º 134/2012, de 24.10 - Conta Geral do Estado de 2010Defesa do Consumidor

DL n.º 225/2012, de 17.10 - Procede à segunda alteração ao DL n.º 27-C/2000, de 10 de março, que aprova o sistema de acesso aos serviços mínimos bancários, estabelecendo as bases dos protocolos a celebrar entre o membro do Governo responsável pela área da defesa do consumidor, o Banco de Portugal e as instituições de crédito que pretendam aderir ao referido sistema e, bem assim, o respetivo regime sancionatório

DL n.º 226/2012, de 18.10 - Procede à ex-tensão do âmbito de aplicação do DL n.º 51/2007, de 7 de março, aos demais contratos de crédito garantidos por hipoteca, ou por outro direito

sobre imóvel, e celebrados com clientes bancários particulares

DL n.º 227/2012, de 25.10 - Estabelece princípios e regras a observar pelas instituições de crédito na prevenção e na regularização das situ-ações de incumprimento de contratos de crédito pelos clientes bancários e cria a rede extrajudicial de apoio a esses clientes bancários no âmbito da regularização dessas situações

Res. Assemb. Rep. n.º 129/2012, de 19.10 - Recomenda ao Governo que solicite ao Banco de Portugal a criação de um manual de boas práticas em matéria de prevenção e de sanação de situações de in-cumprimento de contratos de crédito com particulares

Res. Assemb. Rep. n.º 130/2012, de 19.10 - Recomenda ao Governo que proceda à criação de um incentivo adicional à desistência ou acordo em processos de execução que envolvam penhoras de imóveis que constituam habitação própria e permanente dos executados e que, apesar da taxa de justiça agravada, foram iniciadosDesporto - estatuto de utilidade pública desportiva

Port. n.º 345/2012, de 29.10 - Aprova o modelo de requerimento que deve ser utilizado no pedido de atribuição do estatuto de utilidade pública desportivaEmolumentos consulares

Declaração de Retificação n.º 61/2012, de 30.10 - Retifica a Port. n.º 296/2012, de 28 de setembro, do Ministério dos Negócios Estran-geiros, que procede à primeira alteração à Port. n.º 320-C/2011, de 30 de dezembro, que aprova a Tabela de Emolumentos Consulares, a cobrar pelos serviços externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 189, de 28 de setembro de 2012Energia elétrica

Port. n.º 332/2012, de 22.10 - Estabelece os critérios para a repercussão diferenciada dos custos decorrentes de medidas de política energética, de sustentabilidade ou de interesse económico geral na tarifa de uso global do sistema aplicável às atividades do Sistema Elétrico NacionalEnergia - instalações de cogeração

Port. n.º 325/2012, de 16.10 - Aprova os modelos de declaração prévia à deslocação do prestador de serviço a território nacional em livre prestação de serviços

Port. n.º 325-A/2012, de 16.10 – (Supl.) - Primeira alteração à Port. n.º 140/2012, de 14 de maio, que estabelece os termos da tarifa de referência do regime remuneratório aplicável às instalações de cogeraçãoEnsino

DL n.º 233/2012, de 29.10 - Procede ao diferimento da produção de efeitos do novo regime de dedicação exclusiva, introduzido pelo DL n.º 202/2012, de 27 de agosto

DL n.º 234/2012, de 30.10 - Procede à segun-da alteração ao DL n.º 165/2006, de 11 de agosto, que estabelece o regime do ensino português no estrangeiro

Page 37: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

IBoletim do Contribuinte

DES

TACÁ

VEL

AO

BO

LETI

M D

O C

ON

TRIB

UIN

TE N

ÚM

ERO

21

•1ª

QU

INZE

NA

DE

NO

VEM

BRO

DE

2012 PROGRAMA:

I) Código do IVA: - Aspetos caraterizadores do imposto - Sujeitos passivos de IVA e “reverse charge” - IVA na construção civil e no imobiliário - Regras de localização das transmissões de bens e das prestações de serviços - Facto gerador e exigibilidade - Operações com as Regiões Autónomas - Obrigações declarativas - Regimes e enquadramentos em IVA II) Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias de bens (RITI): - Aspetos genéricos - Aquisições e transmissões intracomunitárias de bens - Aquisição de meios de transporte - Regime derrogatório das aquisições intracomunitárias de bens - Bens com instalação ou montagem - Regime das vendas à distância - Operações triangulares - Falsas triangulares - Isenções nas importações de bens destinados a outros Estados Membros III) Outros: - Regime de reembolsos de IVA a não residentes - Declaração recapiulativa de IVA

Formador: Dr. Duarte Travanca: Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto (FEP). Pós-graduado em Fiscalidade pelo ISAG. Docente da disciplina de Tópicos Avançados de Fiscalidade em várias edições do Mestrado da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, integrada no Mestrado de Contabilidade e Finanças. É professor convidado da Universidade Católica do Porto, onde leciona disciplinas / módulos relacionados com a fiscalidade. É formador de IVA do Centro de Formação da Autoridade Tributária para o Distrito de Lisboa. Tem vários artigos publicados nas áreas da Fiscalidade e é autor de vários manuais sobre o IVA. Pertence ao quadro da Inspeção Tributária e exerce a atividade de Inspetor na Unidade dos Grandes Contribuintes - Grandes empresas do setor da construção.

Preços: Público Geral: G95 + IVA Ass. Vida Económica: G75 + IVA

Iniciativa:

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Vida Económica – Patrícia Flores

E-mail: [email protected]

Hotel D. Henrique

Page 38: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do ContribuinteII

Se é empresário e precisa de informação para melhor compreender

o processo de financiamento e as políticas dos seus bancos,

então ESTE LIVRO É PARA SI!

Um manual prático com multiplos esquemas e gráficos. Um auxiliar de trabalho para ser

consultado em permanência.

BREVEMENTE NUMA BANCA PERTO DE SI!

Nome

Morada

C. Postal

Telefone

E-mail Nº Contribuinte

Solicito o envio de exemplar(es) do livro A Banca e as PME,com o PVP unitário de 25 A. Acrescem 2 A para portes de correio.

Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o ,

no valor de A ,

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem A 4 para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

(recortar ou fotocopiar)

Compre online em:http://livraria.vidaeconomica.pt

[email protected]

223 399 400

PARA SUA COMODIDADE, PREENCHA ESTE CUPÃO E RESERVE JÁ O SEU EXEMPLAR

Prefácio por

ARTUR SANTOS SILVA

A BANCAE AS PME

O guia completo sobre

Autor: Paulo Alcarva | Preço: €25 | Páginas: 416

Regul

amen

to e

m li

vrar

ia.vi

daeconomica.pt

Exclusivo paracompras online

Page 39: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

IIIBoletim do Contribuinte

Page 40: Revisão do NRAU em vigor a partir do dia 12 de novembro ...bc_ed21... · arrendamento quando o arrendatário se encontre em ... uma mais rápida cessação do contrato e consequente

Boletim do ContribuinteIV

CUPÃO DE ENCOMENDA