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Revisão (II) Revisão especial (II) Vestibulares consultec UESB-UEFS-ENEB-FACS Paulo Monteiro

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Revisão (II)Revisão especial (II)Vestibulares consultec

UESB-UEFS-ENEB-FACS

Paulo Monteiro

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I.

Criar meu web site

Fazer minha home-page

Com quantos gigabytes

Se faz uma jangada

Um barco que veleja...

[...]

Eu quero entrar na rede

Promover um debate

Juntar via internet

Um bando de tietes de Connecticut

GIL, Gilberto. Pela internet.

Disponível em: <http://letras.terra.

com.br/

gilberto-gil/68924/>. Acesso em: 9 set.

2011.

II.

O meu endereço tá na internet

Click para [email protected]

Vamos resolver de vez o seu futuro

Sou um homem maduro

Sou um homem bom

Que quer uma amiga

Uma companheira

Uma amada amante

Uma namorada

Pra viver comigo

Uma vida inteira

Estando ao meu lado

Não vai faltar nada

BATISTA, Amado. [email protected].

Disponível em: <http://

letras.terra.com.br/amado-

batista/166232>. Acesso em: 9 set.

2011.

Page 3: Revisão (ii)

Questão 01Sobre os textos I e II, é correto afirmar:01)Ambos se reportam à rede como um meio de solucionar problemas a distância.

02)Os dois dialogam ao referendar a internet como chance de contato com mundos diferentes.

03)Tanto o I quanto o II trabalham com o mesmo assunto: a troca de ideias entre desconhecidos.

04)O I traça o perfil da internet como geradora de emoções e o II, como causadora de desenlaces.

05)O I trata da busca de novas descobertas, de novos conhecimentos, e o II, da resolução de uma questão amorosa.

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Questão 01Sobre os textos I e II, é correto afirmar:01)Ambos se reportam à rede como um meio de solucionar problemas a distância.

02)Os dois dialogam ao referendar a internet como chance de contato com mundos diferentes.

03)Tanto o I quanto o II trabalham com o mesmo assunto: a troca de ideias entre desconhecidos.

04)O I traça o perfil da internet como geradora de emoções e o II, como causadora de desenlaces.

05)O I trata da busca de novas descobertas, de novos conhecimentos, e o II, da resolução de uma questão amorosa.

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I.

Lira IV

Já, já me vai, Marília, branquejando

loiro cabelo, que circula a testa;

este mesmo, que alveja, vai caindo,

e pouco já me resta.

As faces vão perdendo as vivas cores,

e vão-se sobre os ossos enrugando,

vai fugindo a viveza dos meus olhos;

tudo se vai mudando.

Se quero levantar-me, as costas vergam;

as forças dos meus membros já se

gastam,

vou a dar pela casa uns curtos passos,

pesam-me os pés e arrastam. [...]

GONZAGA, Tomás Antônio. Lira IV.

Segunda parte. Marília de

Dirceu. Salvador: Livraria

Progresso, 1956. p. 113-114.

II.

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim

magro,

nem estes olhos tão vazios,

nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração

que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil:

–– Em que espelho ficou perdida

a minha face?

MEIRELES, Cecília. Retrato. Flor de

poemas. 6. ed. Rio de Janeiro:

Nova Fronteira, 1984. p. 63.

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Questão 02Os dois textos, embora de estilos de época e de autores diferentes, têm em comum

01)a defesa do carpe diem.

02)a consciência da inexorabilidade do fluir do tempo.

03)o inconformismo diante de mudanças imprevisíveis.

04)o choque resultante da constatação entre o real e o idealizado.

05)o medo de enfrentamento dos problemas decorrentes da velhice.

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Questão 02Os dois textos, embora de estilos de época e de autores diferentes, têm em comum

01)a defesa do carpe diem.

02)a consciência da inexorabilidade do fluir do tempo.

03)o inconformismo diante de mudanças imprevisíveis.

04)o choque resultante da constatação entre o real e o idealizado.

05)o medo de enfrentamento dos problemas decorrentes da velhice.

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Questão 03A única informação sem suporte, no texto II, é a que declara que, diante da imagem refletida no espelho, a voz poética

01)aparece marcada por um tom melancólico.

02)se vale de gradações para sugerir a passagem da vida.

03)revela um sentimento de perplexidade diante das mudanças ocorridas.

04)relembra, com certo amargor, os momentos felizes vividos anteriormente.

05)se indaga, através de metáforas, sobre o lugar em que perdera sua juventude.

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Questão 03A única informação sem suporte, no texto II, é a que declara que, diante da imagem refletida no espelho, a voz poética

01)aparece marcada por um tom melancólico.

02)se vale de gradações para sugerir a passagem da vida.

03)revela um sentimento de perplexidade diante das mudanças ocorridas.

04)relembra, com certo amargor, os momentos felizes vividos anteriormente.

05)se indaga, através de metáforas, sobre o lugar em que perdera sua juventude.

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05

10

Ao teu encontro, Homem do meu tempo,

E à espera de que tu prevaleças

À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras,

Te cantarei infinitamente à espera de que um dia te conheças

E convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, e os outros,

Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa.

As coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei

Minha própria rudeza e o difícil de antes,

Aparências, o amor dilacerado dos homens

Meu próprio amor que é o teu

O mistério dos rios, da terra, da semente.

Te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu

Compaixão e ternura e paz na Terra

Se ainda encontrasse em ti o que te deu.

HILST. Hilda. (Júbilo Memória Noviciado da Paixão (1974) – Poemas aos Homens do nosso

Tempo – IX) [In Poesia: 1959-1979 / Hilda Hilst – São Paulo: Quíron; (Brasília): INL, 1980.]

Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/hilda.htm#poemas >Acesso em 18 abr.

2011.

Poema aos Homens do nosso Tempo

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Questão 04O eu poético01)apresenta um olhar pessimista diante dos valores do homem de seu tempo.

02)não mais se reconhece como poeta diante de mundo cheio de ódio e de guerras.

03)não leva em consideração a identidade inerente entre ele e o homem de seu tempo.

04)acredita que, num tempo futuro melhor, seus versos lembrarão o passado laborioso.

05)crítica a postura do homem de seu tempo, que prefere a guerra à sua própria existência.

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Questão 04O eu poético01)apresenta um olhar pessimista diante dos valores do homem de seu tempo.

02)não mais se reconhece como poeta diante de mundo cheio de ódio e de guerras.

03)não leva em consideração a identidade inerente entre ele e o homem de seu tempo.

04)acredita que, num tempo futuro melhor, seus versos lembrarão o passado laborioso.

05)crítica a postura do homem de seu tempo, que prefere a guerra à sua própria existência.

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Questão 05

Sobre os aspectos estilísticos que compõem o poema e seus efeitos de

sentido, é correto afirmar:

01)O uso do vocativo “Homem do meu tempo” (v. 1) ratifica a linguagem

predominantemente denotativa do poema.

02)“À rosácea de fogo” (v. 3) traz um paradoxo que explicita a ironia do sujeito

poético quanto aos valores do homem contemporâneo.

03)O polissíndeto presente em “Compaixão e ternura e paz na Terra” (v. 13)

pode sugerir o desejo abundante e copioso do sujeito lírico em relação a um

mundo melhor.

04)A expressão “amantes da palavra” (v. 5) é uma metáfora que retoma, no

contexto, a expressão “Homem do meu tempo” (v. 1), a fim de valorizar uma

das principais características de seu interlocutor.

05)A declaração “As coisas serão simples e redondas, justas”, (v. 7) põe em

evidência uma hipérbole que retoma a crítica do sujeito poético em relação às

escolhas feitas pelo poeta, em seus poemas.

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Questão 05

Sobre os aspectos estilísticos que compõem o poema e seus efeitos de

sentido, é correto afirmar:

01)O uso do vocativo “Homem do meu tempo” (v. 1) ratifica a linguagem

predominantemente denotativa do poema.

02)“À rosácea de fogo” (v. 3) traz um paradoxo que explicita a ironia do sujeito

poético quanto aos valores do homem contemporâneo.

03)O polissíndeto presente em “Compaixão e ternura e paz na Terra” (v. 13)

pode sugerir o desejo abundante e copioso do sujeito lírico em relação a um

mundo melhor.

04)A expressão “amantes da palavra” (v. 5) é uma metáfora que retoma, no

contexto, a expressão “Homem do meu tempo” (v. 1), a fim de valorizar uma

das principais características de seu interlocutor.

05)A declaração “As coisas serão simples e redondas, justas”, (v. 7) põe em

evidência uma hipérbole que retoma a crítica do sujeito poético em relação às

escolhas feitas pelo poeta, em seus poemas.

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I.

Soneto

Anjo no nome, Angélica na cara,Isso é ser flor, e Anjo juntamente,Ser Angélica flor, e Anjo florente,Em quem, senão em vós se uniformara?

Quem veria uma flor que não cortaraDe verde pé, de rama florescente?E quem um Anjo vira tão luzente,Que por seu Deus, o não idolatrara?

Se como Anjo sois dos meus altares,Fôreis o meu custódio, e a minha guarda,Livrara eu de diabólicos azares.

Mas vejo que tão bela, e tão galhardaPosto que os Anjos nunca dão pesares,Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

MATOS, Gregório de. Soneto. Gregório de Matos. 2.

ed. São Paulo: Nova Cultura, 1988. Seleção de textos e

notas, estudos biográfico, histórico e crítico por Antônio

Dimas. p. 106. (Literatura comentada).

II.

A mulher que passa

Meu Deus, eu quero a mulher que passa,Seu dorso frio é um campo de líriosTem sete cores nos seus cabelosSete esperanças na boca fresca!

Oh! como és linda mulher que passasQue me sacias e supliciasDentro das noites, dentro dos dias!Teus sentimentos são poesias

Teus sofrimentos, melancolia.Teus pelos leves são relva boaFresca e macia.

Teus belos braços são cisnes mansosLonge das vozes da ventania.Meu Deus, eu quero a mulher que passa! [...]

MORAES, Vinicius de. A mulher que passa. Vinicius

de Moraes. São Paulo: Abril Educação, 1980. Seleção

de textos e notas, estudos biográfico, histórico e crítico

por Carlos Felipe Moisés. p. 23-24. (Literatura

comentada).

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Questão 06Os dois textos, embora pertençam a autores e a épocas diferentes, veem a mulher como

01)musa inspiradora de grandes obras de ficção.

02)razão de muitas indagações místicas e metafísicas.

03)motivo de inquietação e desejo para o gênero oposto.

04)símbolo de beleza angelical cultuado pelo sexo masculino.

05)apoio indispensável para o homem no enfrentamento do dia a dia.

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Questão 06Os dois textos, embora pertençam a autores e a épocas diferentes, veem a mulher como

01)musa inspiradora de grandes obras de ficção.

02)razão de muitas indagações místicas e metafísicas.

03)motivo de inquietação e desejo para o gênero oposto.

04)símbolo de beleza angelical cultuado pelo sexo masculino.

05)apoio indispensável para o homem no enfrentamento do dia a dia.

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Questão 07

A análise dos dois textos permite afirmar:

01) Tanto em I quanto em II, a mulher mantém-se impassível diante das

declarações feitas por seus admiradores.

02) Em ambos, o eu lírico tem consciência da correspondência dos

sentimentos nutridos por sua musa, embora isso fique apenas subjacente no

I.

03) Nos dois contextos, a mulher é vista como um ser frágil, razão por que as

duas figuras femininas são comparadas com certos elementos da natureza,

como flor, campo de lírios, relva...

04) No I, a figura feminina é um ser dual, mas o anjo que ela aparenta ser não

se identifica com o bem, apenas e necessariamente, já no II, ela é mais

sensual, mais acessível aos apelos masculinos.

05) No II, as referências à mulher dizem respeito unicamente às qualidades

físicas, o mesmo não ocorrendo no I, em que são destacados os valores

espirituais do ente enfocado.

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Questão 07

A análise dos dois textos permite afirmar:

01) Tanto em I quanto em II, a mulher mantém-se impassível diante das

declarações feitas por seus admiradores.

02) Em ambos, o eu lírico tem consciência da correspondência dos

sentimentos nutridos por sua musa, embora isso fique apenas subjacente no

I.

03) Nos dois contextos, a mulher é vista como um ser frágil, razão por que as

duas figuras femininas são comparadas com certos elementos da natureza,

como flor, campo de lírios, relva...

04) No I, a figura feminina é um ser dual, mas o anjo que ela aparenta ser não

se identifica com o bem, apenas e necessariamente, já no II, ela é mais

sensual, mais acessível aos apelos masculinos.

05) No II, as referências à mulher dizem respeito unicamente às qualidades

físicas, o mesmo não ocorrendo no I, em que são destacados os valores

espirituais do ente enfocado.

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I.

Verbo crackar

Eu empobreço de repente

Tu enriqueces por minha causa

Ele azula para o sertão

Nós entramos em concordata

Vós protestais por preferência

Eles escafedem a massa

Sê pirata

Sede trouxas

Abrindo o pala

Pessoal sarado

Oxalá que eu tivesse sabido que esse

verbo era irregular.

ANDRADE, Oswald de. Verbo crackar. Memórias

sentimentais de João Miramar. Disponível em: <

http://74.125.45.104search?q=cachê:s6ojJHo0S

UM:www. lumiarte.com/luardeoutono...>. Acesso em: 31

set. 2008.

II.

Nosso tempo

O poeta

declina de toda responsabilidade

na marcha do mundo capitalista

e com suas palavras, intuição, símbolos

e outras armas

promete ajudar

a destruí-lo

como uma pedreira, uma floresta,

um verme.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Nosso tempo.

Disponível em:

<http://www.lyricstime.com/carlos-drummond-de-

andrade-nosso-tempo-lyrics.html> . Acesso em: 31 set.

2008.

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Questão 08Os dois textos apresentam o sujeito poético

01)revoltado pela falência fraudulenta de que foi vítima.

02)desejoso de somar esforços na luta contra a corrupção.

03)envolvido na turbulência de mais uma crise econômica.

04)consciente de que o mundo capitalista é marcado por sériasirregularidades.

05)ansioso por resgatar os valores humanos perdidos nosdescompassos da modernidade.

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Questão 08Os dois textos apresentam o sujeito poético

01)revoltado pela falência fraudulenta de que foi vítima.

02)desejoso de somar esforços na luta contra a corrupção.

03)envolvido na turbulência de mais uma crise econômica.

04)consciente de que o mundo capitalista é marcado por sériasirregularidades.

05)ansioso por resgatar os valores humanos perdidos nosdescompassos da modernidade.

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Page 24: Revisão (ii)

Questão 09

Marque V ou F, conforme o caso.

No texto I, constituem uma antítese os versos

( )“Eu empobreço de repente” / “Tu enriqueces por minha causa”.

( )“Ele azula para o sertão” / “Nós entramos em concordata”.

( )“Vós protestais por preferência” / “Eles escafedem a massa”.

( )“Sê pirata” / “Sede trouxas”.

( )“Abrindo o pala” / “Pessoal sarado”.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

01) V F V F V

02) F V F V F

03) V F F V F

04) F V V F V

05) V V V V V

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Questão 09

Marque V ou F, conforme o caso.

No texto I, constituem uma antítese os versos

( )“Eu empobreço de repente” / “Tu enriqueces por minha causa”.

( )“Ele azula para o sertão” / “Nós entramos em concordata”.

( )“Vós protestais por preferência” / “Eles escafedem a massa”.

( )“Sê pirata” / “Sede trouxas”.

( )“Abrindo o pala” / “Pessoal sarado”.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

01) V F V F V

02) F V F V F

03) V F F V F

04) F V V F V

05) V V V V V

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Escuta:

o que passou passou

e não há força

capaz de mudar isto.

Nesta tarde de férias, disponível, podes,

se quiseres, relembrar.

Mas nada acenderá de novo

o lume

que na carne das horas se perdeu.

[...]

O que passou passou e, muito embora,

voltas às velhas ruas à procura.

Aqui estão as casas, a amarela,

a braca, a de azulejo, e o sol

que nelas bate é o mesmo

sol

que o Universo não mudou nestes vinte anos.

[...]

Caminhas no passado e no presente.

Aquela porta, o batente de pedra,

o cimento da calçada, até a falha do cimento.

Não sabes já

se lembras, se descobres.

E com surpresa vês o poste, o muro,

a esquina, o gato na janela,

em soluços quase te perguntas

onde está o menino

igual àquele que cruza a rua agora,

franzino assim, moreno assim.

Se tudo continua, a porta

a calçada a platibanda,

onde está o menino que também

aqui esteve? aqui nesta calçada

se sentou?

[...]

O que passou passou.

Jamais acenderás de novo

o lume

do tempo que apagou.

GULLAR, Ferreira. Praia do caju. Toda poesia. 2. Ed., Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. p. 245-246

Page 27: Revisão (ii)

Questão 10Para o sujeito poético,

01)o fruir a vida implica esquecimento do que passou.

02)o desejo de reviver o passado é uma inútil perda de tempo.

03)as recordações simbolizam, dentre outros sentimentos, angústiae tristeza.

04)o resgate do passado é inteiramente impossível, salvo através dalembrança.

05)a evasão de uma realidade hostil é o caminho certo parapreencher o vazio do que ficou atrás.

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Questão 10Para o sujeito poético,

01)o fruir a vida implica esquecimento do que passou.

02)o desejo de reviver o passado é uma inútil perda de tempo.

03)as recordações simbolizam, dentre outros sentimentos, angústiae tristeza.

04)o resgate do passado é inteiramente impossível, salvo através dalembrança.

05)a evasão de uma realidade hostil é o caminho certo parapreencher o vazio do que ficou atrás.

Page 29: Revisão (ii)

Questão 11

“Se tudo continua, a portaa calçada a platibanda,onde está o menino que tambémaqui esteve? aqui nesta calçadase sentou?”

A leitura desses versos sugere

01)temor do desconhecido.02)inaceitação da realidade.03)resignação diante do irreversível.04)possibilidade de mudar o próprio destino.05)racionalidade em face de uma nova descoberta.

Page 30: Revisão (ii)

Questão 11

“Se tudo continua, a portaa calçada a platibanda,onde está o menino que tambémaqui esteve? aqui nesta calçadase sentou?”

A leitura desses versos sugere

01)temor do desconhecido.02)inaceitação da realidade.03)resignação diante do irreversível.04)possibilidade de mudar o próprio destino.05)racionalidade em face de uma nova descoberta.

Page 31: Revisão (ii)

I.

Sucede, Marília bela,

à medonha noite o dia;

a estação chuvosa e fria

à quente, seca estação.

Muda-se a sorte dos tempos;

só a minha sorte não?

[...]

Nenhum dos homens conserva

alegre sempre o seu rosto;

depois das penas vem gosto,

depois do gosto aflição.

Muda-se a sorte dos homens;

só a minha sorte não?

GONZAGA, Tomás Antônio. Lira XXXVI.

Marília de Dirceu. São Paulo:

Círculo do Livro, s.d. p. 90-91.

II.

Meu Deus! e quantas eu amei!...

Contudo

Das noites voluptuosas da existência

Só restam-me saudades dessas horas

Que iluminou tua alma d’inocência!

[...]

E por três noites padeci três anos,

Na vida cheia de saudade infinda...

Três anos de esperança e de martírio...

Três anos de sofrer – e espero ainda!

AZEVEDO, Álvares de. Saudades. Lira

dos vinte anos. São Paulo:

FTD, 1994. p. 97.

Page 32: Revisão (ii)

Questão 12Os textos, embora pertençam a estilos de época diferentes,expressam, em comum,

01)um sentimentalismo exacerbado.

02)um questionamento acerca do destino.

03)a tradução de um convencionalismo estético.

04)um sujeito poético consciente da efemeridade das coisas.

05)o sentimento de descrença na intervenção divina no destinohumano.

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Questão 12Os textos, embora pertençam a estilos de época diferentes,expressam, em comum,

01)um sentimentalismo exacerbado.

02)um questionamento acerca do destino.

03)a tradução de um convencionalismo estético.

04)um sujeito poético consciente da efemeridade das coisas.

05)o sentimento de descrença na intervenção divina no destinohumano.

Page 34: Revisão (ii)

Jovens professores, imbuídos de anárquicos modismos europeus,

debatiam as matérias com os alunos, escutando objeções, admitindo

dúvidas. Intolerável licenciosidade — na opinião do professor Argolo de

Araújo. Sua sala de aulas não se transformaria em tasca de heréticos e

baderneiros, em bordel de parvoíces. Quando, aleitado no mau exemplo

de outras cátedras, um tal de Ju, acadêmico de curso brilhante —

distinção em todas as matérias —, acusou-lhe as ideias de retrógradas,

exigiu inquérito e suspensão do atrevido que lhe interrompera a aula com

espantoso brado:

— Professor Nilo Argolo, o senhor é o próprio Savonarola saído da

Inquisição para a Faculdade de Medicina da Bahia!

Amado, Jorge. Tenda dos Milagres. 45. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. p.

141.

Page 35: Revisão (ii)

Questão 13A afirmativa em desacordo com o texto e a obra em sua totalidadeé a01)O narrador apresenta a articulação entre espaço geográfico eespaço identitário.

02)O romance comprova a concepção de literatura comoinstrumento de contestação.

03)A identidade do negro, através de Archanjo, revela-se ligada tãosomente ao corpo e seu apelo sensual.

04)A narrativa objetiva a desconstrução da imagem da cultura afro-brasileira veiculada pelas elites conservadoras.

05)O professor Argolo é portador de discurso depreciador de negrose mestiços, eco do pensamento

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Questão 13A afirmativa em desacordo com o texto e a obra em sua totalidadeé a01)O narrador apresenta a articulação entre espaço geográfico eespaço identitário.

02)O romance comprova a concepção de literatura comoinstrumento de contestação.

03)A identidade do negro, através de Archanjo, revela-se ligada tãosomente ao corpo e seu apelo sensual.

04)A narrativa objetiva a desconstrução da imagem da cultura afro-brasileira veiculada pelas elites conservadoras.

05)O professor Argolo é portador de discurso depreciador de negrose mestiços, eco do pensamento

Page 37: Revisão (ii)

Dias depois da morte de D. Mariquinha, Seu Lula, todo de

luto, reuniu os negros no pátio da casa-grande e falou para

eles. A voz não era mais aquela voz mansa de outros

tempos. Agora Seu Lula era o dono de tudo. O feitor, o negro

Deodato, recebera as suas instruções aos gritos. Seu Lula

não queria vadiação naquele engenho. Agora, todas as

tardes, os negros teriam que rezar as ave-marias. Negro não

podia mais andar de reza para S. Cosme e S. Damião. Aquilo

era feitiçaria.

REGO, José Lins do. Fogo morto. 33. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.

p. 148.

Page 38: Revisão (ii)

Questão 14

O fragmento pertence à obra “Fogo Morto”, de José Lins do Rego, um dosimportantes autores da chamada geração de 30 do Modernismo brasileiro.

A alternativa que contém um pensamento comum ao fragmento e à obra“Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado, é a

01)Enfoque crítico da abolição da escravatura e seus efeitos.

02)Retratos de uma ordem socioeconômica em transformação.

03)Defesa da consciência revolucionária como meio de mudança social.

04)Destaque para a relevância do papel social do negro na história do país.

05)Desqualificação das crenças dos negros como mecanismo de opressão.

Page 39: Revisão (ii)

Questão 14

O fragmento pertence à obra “Fogo Morto”, de José Lins do Rego, um dosimportantes autores da chamada geração de 30 do Modernismo brasileiro.

A alternativa que contém um pensamento comum ao fragmento e à obra“Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado, é a

01)Enfoque crítico da abolição da escravatura e seus efeitos.

02)Retratos de uma ordem socioeconômica em transformação.

03)Defesa da consciência revolucionária como meio de mudança social.

04)Destaque para a relevância do papel social do negro na história do país.

05)Desqualificação das crenças dos negros como mecanismo de opressão.

Page 40: Revisão (ii)

Não houve jeito de a agência funerária receber o esquife de volta, nem

pela metade do preço. Tiveram de pagar, mas Vanda aproveitou as velas

que sobraram. O caixão está até hoje no armazém de Eduardo,

esperançoso ainda de vendê-lo a um morto de segunda mão. Quanto à

frase derradeira, há versões variadas. Mas, quem poderia ouvir direito no

meio daquele temporal? Segundo um trovador do Mercado, passou-se

assim:

“No meio da confusão

ouviu-se Quincas dizer:

“— Me enterro como entender

na hora que resolver.

Podem guardar seu caixão

pra melhor ocasião.

Não vou deixar me prender

em cova rasa no chão.”

E foi impossível saber

o resto de sua oração.”

AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro D’água. 44. ed. Rio de Janeiro: Record, 1979. p.

103.

Page 41: Revisão (ii)

Questão 15O trecho, inserido na obra, permite afirmar:

01)A morte de Joaquim e a morte de Quincas equivalem-se simbolicamente.

02)O velho marinheiro, rebelde em vida, submete-se, na morte, às convençõessociais.

03)O herói, apesar de alçado à condição de mito, tem vetada a chance deescolher a forma de transposição para o outro mundo.

04)O valor de Quincas como ser humano é diretamente proporcional ao seustatus social no universo de que faz parte sua família.

05)O mar, por sua simbologia, apresenta-se como o espaço compatível com adimensão alcançada por Quincas, em sua trajetória existencial, para recebê-lo namorte.

Page 42: Revisão (ii)

Questão 15O trecho, inserido na obra, permite afirmar:

01)A morte de Joaquim e a morte de Quincas equivalem-se simbolicamente.

02)O velho marinheiro, rebelde em vida, submete-se, na morte, às convençõessociais.

03)O herói, apesar de alçado à condição de mito, tem vetada a chance deescolher a forma de transposição para o outro mundo.

04)O valor de Quincas como ser humano é diretamente proporcional ao seustatus social no universo de que faz parte sua família.

05)O mar, por sua simbologia, apresenta-se como o espaço compatível com adimensão alcançada por Quincas, em sua trajetória existencial, para recebê-lo namorte.

Page 43: Revisão (ii)

Pareceu-me que, ao entrar no largo, vinha de longa viagem.

Certeza tenho agora de que vinha de tão longa viagem, mas

de tão longa viagem que a morta não a interrompeu. Em

delírio, já criatura de um mundo que não o nosso, entre cores

e luzes, a morte não a matou porque morreu fora do corpo. E,

por isso, não morreu no Largo da Palma.

FILHO, Adonias. Um corpo sem nome. O Largo da Palma. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1981. p. 76.

Page 44: Revisão (ii)

Questão 16Considere o trecho inserido no todo da narrativa e assinale a única afirmativaem desacordo com o conto Um corpo sem nome.

01)O narrador mostra-se reflexivo em face da morte e do tempo.

02)O enunciador apresenta-se na primeira pessoa, revelando-se onisciente.

03)O mistério da identidade da morta aguça no narrador uma curiosidadecompassiva.

04)O locutor, motivado pelo episódio da morta, resgata da memória umaexperiência de sua juventude que o revela como ser solidário.

05)As circunstâncias que envolvem o fato narrado conduzem o narrador àconclusão de que a morte da individualidade daquela mulher é anterior à docorpo.

Page 45: Revisão (ii)

Questão 16Considere o trecho inserido no todo da narrativa e assinale a única afirmativaem desacordo com o conto Um corpo sem nome.

01)O narrador mostra-se reflexivo em face da morte e do tempo.

02)O enunciador apresenta-se na primeira pessoa, revelando-se onisciente.

03)O mistério da identidade da morta aguça no narrador uma curiosidadecompassiva.

04)O locutor, motivado pelo episódio da morta, resgata da memória umaexperiência de sua juventude que o revela como ser solidário.

05)As circunstâncias que envolvem o fato narrado conduzem o narrador àconclusão de que a morte da individualidade daquela mulher é anterior à docorpo.