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Revisitando o Saber e o Fazer Docente

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Autores: Helena Gemignani Peterossi e João Gualberto de Carvalho Meneses (coordenadores)

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Page 1: Revisitando o Saber e o Fazer Docente

Outras Obras

� Caminhos do EnsinoNélio Parra

� Educação Básica: Políticas,Legislação e GestãoVários autores

� Educação Escolar Brasileira– Estrutura, Administração eLegislaçãoClóvis Roberto dos Santos

� Educando para o PensarEder Alonso Castro e Paula Ramos-de-Oliveira (orgs.)

� Ensinar a EnsinarAmelia Domingues de Castro e AnnaMaria Pessoa de Carvalho

� Ensino de Ciências – Unindoa Pesquisa e a PráticaAnna Maria Pessoa de Carvalho (org.)

� Filosofia para a Formaçãoda CriançaPaula Ramos de Oliveira

� Formação Continuada deProfessores: Uma Releituradas Áreas de ConteúdoAnna Maria Pessoa de Carvalho (coord.)

� História da EducaçãoBrasileiraMaria Lucia Hilsdorf

� Metáforas e Entrelinhas daProfissão DocenteMarilda da Silva

� Revisitando a Prática Docente:Interdisciplinaridade, PolíticasPúblicas e FormaçãoJoão Gualberto de Carvalho Meneses eSylvia Helena S. S. Batista (coords.)

Colaboradores

Ayéres BrandãoElizabeth BragaFrancisca Escobedo FernandezGiane E. de Carvalho SaninoMaria Cleusa de SouzaNeide Aquemi ItocazuOswaldo Luís MoriRegina Célia Cassane Costa

Revisitando o Saber eo Fazer Docente

Esta obra dá continuidade ao processo de reflexão que resultou na

obra Revisitando a Prática Docente, também publicada pela Thomson.

Aqui são discutidos temas como o saber e o fazer à luz de reflexões de

especialistas que têm intimidade com a área educacional.

O livro procura indagar sobre saberes e fazeres pedagógicos de

que o professor deverá se apropriar e dominar para poder se adaptar

às diversas situações educativas. Como resultado, nos diversos textos

são apresentadas algumas variáveis da articulação do processo de

ensino-aprendizagem que podem ser úteis aos professores e for-

madores para analisarem a própria prática de forma a torná-la cada vez

mais profissional.

Aplicações

Livro que articula Políticas Públicas, Formação, Interdisciplinaridade,

constituindo um importante material bibliográfico a ser discutido e ana-

lisado em Cursos de Formação de Professores. Recomendado a profes-

sores e pesquisadores que demandem conhecimentos educativos sob

a óptica interdisciplinar, contribuindo para ampliar possibilidades de

propostas formativas para os profissionais da educação.

Capa Revisitando o Saber2.qxd:Capa Revisitando o Saber2.qxd 13.02.12 15:38 Página 1

Para suas soluções de curso e aprendizado,visite www.cengage.com.br

ISBN 13 978-85-221-0475-8ISBN 10 85-221-0475-1

9 7 8 8 5 2 2 1 0 4 7 5 8

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índice para catálogo sistemático:

1. Prática docente: Ensino médio: Educação373.07

Revisitando o saber e o fazer docente / HelenaGemignani Peterossi, João Gualberto de CarvalhoMeneses (coords.). -- São Paulo : 005.

Vários autores.Bibliografia.ISBN 978-85-221-1397-2

1. Educação - Filosofia 2. Ensino médio3. Pedagogia 4. Prática de ensino I. Peterossi,Helena Gemignani. II. Meneses, João Gualberto deCarvalho.

04-4931 CDD-373.07

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Revisitando o Saber eo Fazer Docente

Helena Gemignani PeterossiJoão Gualberto de Carvalho Meneses

(coordenadores)

Celia Maria Haas • Ecleide Cunico Furlanetto Edileine Vieira Machado • Helena Gemignani Peterossi Ivani Catarina Arantes Fazenda • Jair Militão da Silva

João Gualberto de Carvalho Meneses • Potiguara Acácio PereiraSylvia Helena Souza da Silva Batista

(autores)

Ayéres Brandão •Elizabeth Braga Francisca Escobedo Fernandez • Giane Elis de Carvalho Sanino

Maria Cleusa de Souza • Neide Aquemi ItocazuOswaldo Luís Mori • Regina Célia Cassane Costa

(colaboradores)

Austrália • Brasil • Japão • Coréia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos

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Revisitando o saber e o fazer docente

Helena Gemignani Peterossi João Gualberto de Carvalho Meneses (organizadores)

Gerente Editorial: Adilson Pereira

Editora de Desenvolvimento: Tatiana Pavanelli Valsi

Supervisora de Produção Editorial: Patricia La Rosa

Produtora Editorial: Ligia Cosmo Cantarelli

Copidesque: Magale Miriam Müller

Revisão: Bel Ribeiro e Arlete Sousa da Silva

Diagramação: DesignMarkes Ltda.

Capa: Paulo Cesar Pereira

© 2005 Cengage Learning Edições Ltda.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste li-vro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

© 2005 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

ISBN: 978-85-221-1397-2ISBN: 85-221-1397-1

Cengage LearningCondomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 20 – Espaço 04 Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901SAC: 0800 11 19 39

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Impresso no Brasil.Printed in Brazil.1 2 3 4 07 06 05

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O Programa de Mestrado em Educação da Universidade Cidade deSão Paulo mantém, entre suas atividades de extensão, uma experiên-cia de formação continuada com professores, coordenadores pedagó-gicos e gestores escolares que atuam em escolas, especialmente as darede pública da Zona Leste da cidade de São Paulo. Essa experiênciaé chamada de Revisitando a Prática Docente.

A cada ano, a partir de sugestões da comunidade, são definidos temasque serão trabalhados nos encontros mensais, organizados pelos profes-sores do Programa e que contam com a participação dos mestrandos. Asatividades, contudo, não se encerram nesses encontros. Depois de con-cluído o ciclo de eventos, cada tema é retrabalhado pelos professores emestrandos com o objetivo de resgatar, registrar e analisar as discussõesrealizadas e as reflexões construídas a partir da interação universi-dade/comunidade/escola.

Neste livro, apresentamos o conjunto de reflexões cujo eixotemático foi o SABER e o FAZER docente. Tendo como pressuposto

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Apresentação

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o reconhecimento de que o ofício de professor se aprende e quesuas competências profissionais específicas se constroem na for-mação, procurou-se indagar sobre saberes e fazeres pedagógicosdos quais o professor deverá se apropriar e dominar para se adaptaràs diversas situações educativas. Como resultado, os textos apre-sentam variáveis da articulação do processo de ensino-aprendiza-gem que podem ser úteis aos professores e formadores na análiseda própria prática de forma a torná-la cada vez mais profissional.

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Sumário

Prefácio, IX

OO SSaabbeerr......

Bases Filosóficas das Pedagogias Contemporâneas, 3Potiguara Acácio Pereira

Francisca Escobedo Fernandez

O Sentido do Diálogo na Prática Educativa, 17Celia Maria Haas

Giane Elis de Carvalho Sanino

Edileine Vieira Machado

Elizabeth Braga

Oswaldo Luís Mori

Maria Cleusa de Souza

Falando de Diferenças e Singularidades:um Diálogo com a Tipologia Junguiana, 43

Ecleide Cunico Furlanetto

Ayéres Brandão

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Revisitando o Saber e o Fazer Docente

VIII

OO FFaazzeerr......

Gestão Democrática: Participação de Todos noFuncionamento da Escola, 61

João Gualberto de Carvalho Meneses

Trabalho Coletivo na Escola, 89Jair Militão da Silva

As Novas Tecnologias de Informação e a PráticaDocente, 103

Helena Gemignani Peterossi

Neide Aquemi Itocazu

O Desafio Metodológico de FormarProfessores Pesquisadores na Interdisciplinaridade, 115

Ivani Catarina Arantes Fazenda

Aprendizagem:Espaço de Encontros entre Nativos e Estrangeiros, 131

Sylvia Helena Souza da Silva Batista

Regina Célia Cassane Costa

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A reflexão sobre os fundamentos daquilo que pensamos e fazemos emeducação tem sido feita de diferentes maneiras, aparecendo em dis-cussões com variadas fontes de inspiração. O pensamento humanoenveredou por muitos caminhos na busca de compreensão dos fenô-menos humanos. Essa busca não cessa e cria simultaneamente fontesde explanação heterogêneas, construindo um caleidoscópio a ser exa-minado em suas variações e possibilidades. Os caminhos são múltiplos,as formas de compreensão também. São procuras. Os textos que com-põem esta coletânea fazem incursões diversificadas por estes cami-nhos; de um lado, olhando-se os saberes, de outro, contemplando osfazeres; em ambos os casos, refletindo saberes e fazeres em interação.

As múltiplas facetas de um mesmo fenômeno constituem uma das preo-cupações que emergem contemporaneamente em vários campos. Nãosem razão. O momento histórico que vivemos, as questões de sobrevi-

1 Fundação Carlos Chagas. PUC-SP.

IX

Bernardete A. Gatti1

Pedagogia e Prática Docente:da Consideração das Diferenças

Prefácio

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vência que nos têm sido colocadas, nas questões do ambiente, da vida,no âmbito social, educacional e político, tudo nos leva à reflexão que amultiplicidade de determinações não pode ser escamoteada, e de quenão há explicações finais e simplistas para essas questões. Mas, contra-ditoriamente, observa-se por outro lado uma pressão para a padroni-zação, para homogeneização, a imposição de idéias únicas, processoeste muito forte, especialmente com sua associação ao poder de gruposinstitucionais e/ou das mídias. Nessa condição, o pensamento fica apri-sionado e as possibilidades de se criar espíritos críticos, mais autôno-mos, ficam reduzidas. Com isso, há implicações sérias para a educaçãoque poderia ser um meio de emancipação, potencializando a formaçãode espíritos críticos, que permitiria o exame dos conhecimentos e infor-mações com alguma autonomia.

Com essa perspectiva, nesse contexto formativo, emerge comoponto nodal, no conjunto das discussões sobre as sociedades huma-nas, a questão das diferenças, expressas na diversidade de costumes,religião, gosto musical, ritos, linguagens, formas expressivas, modosde compreender etc., mesmo dentro de uma nação. Emerge o dife-rente, que pede para ser reconhecido, que clama seu direito de exis-tir nas considerações e ações sociais, educacionais e políticas. Umgrito de existência, na busca da convivência. É como se fosse umcoro que começa a dizer um grande não às padronizações, aos olha-res monolíticos que colocam tudo sob uma única ótica, que suprimeo diferente, que gera exclusões variadas. Há uma tensão instalada nasociedade, sob este ângulo, e, particularmente, ela se faz sensível noâmbito da educação.

O que nos diz essa palavra: diversidade? Multiplicidade, reconhe-cimento das diferenças, da heterogeneidade, de modos de vida, dasdiferenças nos sentimentos, na cultura, nos modos de ser, de habitar,de conviver com seu ambiente físico e social. Na contemporaneidadenos colocamos a necessidade de termos consciência clara da pre-sença do diverso, em convivência. Falava-se até pouco tempo em con-flito, hoje fala-se, como coloquei acima, em tensão. Tensão quemobiliza para mudanças. Nas vivências humanas estas questões seassentam em preocupações éticas – tolerância, respeito ao diferente,

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direitos e responsabilidades compartilhados – e, em preocupaçõessociais – respeito ao direito de viver com dignidade. Sinalizam o des-conforto e a desconfiança com os modelos únicos, seja para o conhe-cimento, seja para as soluções sociais e educacionais.

Mas reconhecimento e respeito à diversidade não quer dizer des-compromisso com desigualdades que deterioram a condição humana.A condição humana pede ao espírito investigativo novas interpre-tações quanto ao seu processo constitutivo. Os educadores, em parti-cular, são convocados para essa tarefa pelo seu próprio exercícioprofissional. Também são requeridas novas concepções quanto aossaberes disseminados nos processos de socialização, em particularpela educação, de modo que se mostrem como meios de expansão civi-lizatória e de sobrevivência, e não instrumentos de submissão.Reconhece-se hoje que as possibilidades de viver usufruindo dos recur-sos criados pela civilização humana, de modo geral, e os criados porcomunidades em suas regionalidades, dependem de participação emprocessos de socialização e educação que permitam a apreensãodessas conquistas. Estudos e ensaios que discutem essa questão têmsido produzidos com certa intensidade nas duas últimas décadas, eestes trazem a idéia de que conhecimento é um dos determinantes dascondições de bem-estar social e de fuga à barbárie. Conhecimento, nãosó como constituição da razão, mas como constituição de uma éticacivilizatória. Há conhecimentos que estão na base de ações que podemtrazer melhores condições de acesso a bens sociais valorizados, conhe-cimentos que são relevantes socialmente e que têm conotações especí-ficas em ambientes diversificados. Nesse âmbito entram em jogo osprocessos educacionais, lembrando que não se trata apenas e estrita-mente de conhecimento advindo das ciências ou de conhecimento ins-trumental, mas, de um conjunto mais amplo de meios de construção decompreensões que possibilitam viver melhor: construção e comparti-lhamento de valores num ideal de humanidade com suas diversidades.

Então, se de um lado, vivenciamos a cada geração a necessidadede reposição de referenciais historicamente constituídos, de outro, asconsciências se confrontam com um cenário vivencial variado, dis-perso, um campo aberto repleto de indeterminações. A educação é

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permeada por essa tensão, constituindo-se de conhecimentos e sabe-res, de um lado, e de relações pedagógicas, de outro, ambos se inter-penetrando na busca da perpetuação do conhecimento adquirido, aomesmo tempo visando o desenvolvimento da criatividade, da poten-cialidade de busca de novas respostas a desafios, respostas à incom-pletude dos saberes.

Lembremos ainda que, o mundo organizado do conhecimento emsuas diferentes áreas vê suas cercas rompidas aqui e ali, com acrés-cimos de territórios, reorganização de outros, interpenetração demuitos. Mais ainda, assiste-se, dentro das áreas de conhecimentohoje mapeadas, à multiplicação de perspectivas e ao confronto deabordagens. Um mesmo fenômeno pode ser compreendido por dife-rentes modelos, mais, pode ser apenas e provisoriamente compreen-dido por diferentes modelos. Ou mais, um mesmo fenômeno só podeser compreendido, e, ainda relativamente, quando abordado por par-ticulares formas de integração de informações/conhecimentos devárias áreas distintas, com metodologias variadas.

Neste embate, o diverso, a diversidade considerada em suas arti-culações e nas redes das formas do saber e do agir, coloca-se comonecessidade a ser pensada.

Nossos conhecimentos batem em fronteiras que mostram suafragilidade. A realidade social derruba e repõe mitos num espaço detempo curto, inimaginado. Certezas se esvaem a cada passo e pro-cura-se algum tipo de identidade na multiplicidade informacionalque se gerou. Mas, é na ação concreta, na intervenção intencionalhumana, na busca de conservação e reinvenção da própria civili-zação que os homens podem criar e recriar referências na e com adiversidade, seja ela físico-geográfica ou sociocultural. E aqui esta-mos falando de processos educacionais, não como formatação,mas, como construção tensional e dinâmica. Não a unicidade dog-mática e estática, nem a multiplicidade fragmentada, somatória,mas sim uma construção sempre movente. Para tanto, um novodesafio se coloca aos educadores: formar consciências que noslancem para além do fragmentário e do repetitivo.

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No campo educacional estamos vivendo um momento que clamapela superação dos modelos abstracionistas que colocam sua ver-dade acima das realidades. Tanto na investigação como na açãoeducativa, sem perder a noção de totalidade, é preciso escrutinar assituações e fenômenos específicos, destacando-se aqui as situaçõesregionais e locais, as situações de grupos e comunidades dentrodesse “local”.

A presente coletânea – Revisitando o Saber e o Fazer Docente –nos estimula a repensar idéias, posturas, fundamentos, formas defazer. Questões que fundamentam e permeiam a pedagogia contem-porânea são tratadas, desde as bases filosóficas até a discussão dosentido do diálogo na prática educacional, nos tempos educacionais,considerando-se as singularidades, as diferenças. Abre-se o lequedas práticas refletidas, do fazer analisado, na busca de formas degestão democrática, do trabalho coletivo na escola, da inserção dasnovas tecnologias no ensino, da busca pela interdisciplinaridade,num convite ao diálogo, na partilha de especialistas e professores,das aprendizagens compartilhadas – formadores/formandos. Sãotextos não só informativos mas, provocativos, permitindo ao leitoraproximar-se com diferentes olhares, em diferentes recortes, dosprocessos que tomam vida com a vida nas escolas.

Pedagogia e Prática Docente: da Consideração das Diferenças

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O Saber...

Bases Filosóficasdas PedagogiasContemporâneas

O Sentido do Diálogona Prática Educativa

Falando de Diferençase Singularidades:um Diálogo com aTipologia Junguiana

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Dr. Potiguara Acácio Pereira1

Profa. Ms. Francisca Escobedo Fernandez2

Bases Filosóficas das PedagogiasContemporâneas

Desenvolvimentos recentes na Paleoantropologia mostram que, háaproximadamente 200 mil anos, uma população Homo iniciou, naÁfrica, uma nova e diferente trajetória evolutiva, que culminou comos hoje conhecidos Homo sapiens. Neles, o que mais se destaca sãoas habilidades cognitivas e o que delas resulta. E tudo isso em umespaço de tempo bastante curto, se considerarmos que se trata deuma evolução biológica – o que é muito interessante.

Essa é a razão, acreditam os paleoantropólogos, da existência deum mecanismo biológico capaz de promover mudanças no compor-tamento e na cognição em muito pouco tempo – a transmissão socialou cultural, com características exclusivas da espécie humana. E o

1Graduado em Filosofia, mestre em Antropologia Filosófica, doutor em Ciências, professor noMestrado em Educação na Universidade Cidade de São Paulo – Unicid.2 Mestre em Educação, professora de Educação Básica da Prefeitura Municipal de Santo André (SP)e coordenadora pedagógica.

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Revisitando o Saber e o Fazer Docente

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que é mais importante, a evolução cultural é cumulativa, o queexplica muitas das mais espetaculares realizações cognitivas dosseres humanos.

Não é por outro motivo, pois, que um dos traços mais importan-tes de uma cultura é que ela tem de ser transmitida pelas geraçõesmais antigas às mais jovens. Trata-se de um fenômeno que assumediferentes formas e modos, dadas as peculiaridades dos gruposhumanos e seu correspondente estágio de desenvolvimento, o queinclui tudo, “desde os pais provocarem padrões típicos de ação emseus rebentos até a transmissão de habilidades por aprendizagempor imitação e educação” (Tomasello, 2003, p. 5).

Nas sociedades primitivas, por exemplo, atribuía-se um carátersacro ao que fosse ligado à cultura e se punia os que, por qualquermotivo, não dessem a isso a devida importância e o devido valor.

O culto religioso parecia a única evasão da submissão a todas as

forças da natureza, e aos caprichos dos soberanos e dos que tinham

na força o argumento do poder. O sentimento de escravidão conduzia

o homem a um misticismo do desprendimento absoluto, da atitude de

mortificação da vontade, da negação do mundo. Todos os bens do

mundo seriam razão de penas e sofrimentos. A felicidade estaria em

não desejar, em não ter vontade, e fugir assim aos ciclos dos padeci-

mentos a que se sujeitavam todos os que ousavam ambicionar

alguma coisa do mundo. (Mendonça, 2001, p. 108)

Sociologicamente falando, essas sociedades tinham um caráterestático e tendiam a conservar, quase sem mudanças, suas cultu-ras. As sociedades civilizadas, ao contrário, são abertas às ino-vações e possuem instrumentos para compreendê-las e delas fazeruso. Enfrentam, porém, duplo problema: 1) conhecer e conservar,eficazmente, o que é tido como válido e indispensável para a vidada própria sociedade e 2) corrigir e renovar continuamente os ele-mentos culturais, a fim de fazer frente às novas situações, quais-quer que sejam elas (Abbagnano & Visalberghi, 1990, p. 14).Interessante observar que ambas as tarefas, desde a Antigüidade,

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Outras Obras

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� Ensino de Ciências – Unindoa Pesquisa e a PráticaAnna Maria Pessoa de Carvalho (org.)

� Filosofia para a Formaçãoda CriançaPaula Ramos de Oliveira

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ISBN 13 978-85-221-1397-2ISBN 10 85-221-1397-1

9 7 8 8 5 2 2 11 3 9 7 2