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01 REVISTA 2011

Revista 2011 - Respeito, Solidariedade, Inclusão para as ... · 21 COMO NasCeU O PiRiLaMPO 22 A 1ª MÚSICA 23. 05 J ... luzinha trémula na noite escura operou o milagre, porque

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Revista 2011

02 Revista 2011

Custa a crer mas é verdade: o Pirilampo Mágico chegou à vigésima quinta edição e mantém, hoje como no primeiro dia, bem acesa a chama da

solidariedade. Quase sem darmos por isso, passou um quarto de século desde aquela noite em que, em directo na antena 1, o José Manuel Nunes em conversa com o então responsável da Fenacerci Jaime Calado, confrontado com as dificuldades financeiras que as Cerci’s viviam, teve a ideia de se lançar uma iniciativa de solidariedade, que fosse simultaneamente apelativa e inovadora, no sentido de mobilizar a solidariedade dos portugueses. e, como se sabe, a ideia resultou e o Pirilampo Mágico foi imediatamente adoptado pela generalidade dos portugueses, que fizeram e fazem dele uma mensagem de esperança.vinte e cinco anos volvidos, muita coisa mudou. as crianças que frequentaram as escolas de educação especial fizeram-se mulheres e homens e, muitos deles, têm hoje uma oportunidade de participar activamente na sua comunidade, em grande parte devido aos apoios que lhes foram disponibilizados. as organizações também cresceram e os espaços improvisados construídos e mantidos pela generosidade de muita gente anónima, foram dando lugar a estruturas modernas e bem equipadas, hoje empenhadas na certificação da qualidade da acção que desenvolvem. e têm sido profundas as mudanças que se têm vindo a

Rogério Cação

implementar, em domínios como a educação, a formação e emprego, a cultura e a participação cívica, naquilo que às pessoas com deficiência intelectual diz respeito. Claro que as dificuldades existem. Diferentes de outros tempos, mas porventura mais complexas, porque as exigências são cada vez mais e as fontes de financiamento cada vez menos. Mas, como sempre fizemos, contraporemos à crise que se vive, as oportunidades que podem ser construídas com o nosso crer e criatividade.Optámos, a propósito desta vigésima quinta edição do Pirilampo Mágico, por fazer uma revista diferente. em vez do habitual retrato da nossa actualidade, fomos revisitar as revistas que editámos, desde o primeiro número, e seleccionámos um conjunto de artigos e imagens que, pelo conteúdo ou pela forma, mantêm toda a actualidade e continuam a fazer hoje todo o sentido. Foi a forma que encontrámos de homenagear, nos autores escolhidos, todos aqueles que ao longo dos anos têm estado connosco na construção deste sonho de uma sociedade mais solidária. Não serão os textos mais relevantes ou as imagens mais bonitas: apenas aquelas que, por uma razão ou por outra, se nos afiguraram mais significativas. esperamos que, pelo menos, partilhem uma parte do entusiasmo que tivemos ao reler as nossas revistas anteriores. É que há por aquelas páginas, tanta vida, tanto sonho, tanta solidariedade…

Editorial

04 Revista 2011

FiCHa tÉCNiCa Director Rogério Cação • Coordenadora de Edição Carla Silva • Conselho Editorial Julieta Sanches, Rosa Neto, Maria Nepomuceno, Joaquim Pequicho e Ana Rita Peralta • Apoio Logístico e Revisão Vânia Oliveira, Núria Shocron e Jorge Pompílio Design 3H Comunicação • Tiragem 10.000 exemplares • Propriedade FENACERCI, FCRL, Rua Augusto Macedo n. 2 A, 1600-794 Lisboa, [email protected] • Depósito Legal: 77867/941 ISSN 0872-7945.

todos os artigos constantes na edição da Revista FeNaCeRCi 2011 são da inteira responsabilidade dos seus autores, não vinculando a Federação às opiniões emitidas pelos mesmos.

ÍNDICEEditorial03

Mensagemde Abertura 05

teM a PaLavRa07

FeNaCeRCi: a sOLiDaRieDaDe COMO ReFeRÊNCia De aCÇÃO10

o olhar das Familiase das organizações11

ESTAMOS AQUI15

Ser Feliz: Música 201124

COMISSÃODE HONRA25

aMiGOs De e PaRa seMPRe27

25 Anos-10 Artigos33

OLHÓMETRO49

assOCiaDas50

PONtO FiNaL52

PiRiLaMPO MÁGiCO:XXv eDiÇÃO19

25 Cores,25 Sinaisde Solidariedadee Esperança20

ANOS E CORESDOS pIRILAMpOS21

COMO NasCeU O PiRiLaMPO22

A 1ª MÚSICA23

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Julgo que todos nós criamos heróis ao longo da vida. O nosso pai ou a nossa mãe terá sido para muitos o seu

primeiro herói. a pessoa que tudo conseguia e que tinha a força de um gigante. a partir daí vamos organizando uma verdadeira colecção de heróis: desde o herói da banda desenhada ao político favorito, passando pelo grupo musical ou pela actriz de cinema. O herói é o personagem exemplar, o modelo a seguir, a pessoa que admiramos pelos mais diversos motivos.Não sendo diferente dos outros, eu tenho também a minha galeria de heróis. Claro que não vos vou maçar com a longa lista dos meus heróis. vou, contudo, relembrar uma história que se passou comigo há 25 anos. Como director de programas da RDP tinha, por hábito e dever, de ouvir a programação dos vários canais de que era responsável e em especial da antena 1, por razões óbvias da sua grande expressão. e, numa noite, pelas três e tal da manhã, é entrevistado o Jaime Calado

da direcção da Fenacerci, coisa que eu muito vagamente conhecia. a entrevista conduzida pelo Paulo Medeiros mostrou-me uma realidade que eu não imaginava existir, tais as dificuldades de sobrevivência e falta de apoios da sociedade e do estado. É certo que em meados dos anos 80, antes da adesão do país à então Comunidade europeia de sete países, o desenvolvimento económico, financeiro ou social do país era, como se lembrarão alguns, muito débil. Mas, dez anos após o 25 de abril, julgava eu que não era aceitável que tivessem de ser os pais a criar cooperativas para providenciar a assistência de que os seus filhos careciam. e, de tal forma a situação era crítica que ali estavam, de madrugada, a anunciar um peditório nacional para arranjar alguns fundos que pudessem minorar as suas dificuldades. Na altura, a Constituição da República dizia no seu primeiro artigo que ‘Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na

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MENSAGEMDE ABERTURA

por Jose Manuel Nunes

oS MEUS HErÓiS

06 Revista 2011

vontade popular e empenhada na sua transformação numa sociedade sem classes’. entretanto, a parte final do artigo foi modificada e a tal sociedade sem classes passou a sociedade livre, justa e solidária. Não veio daí mal ao mundo. a dignidade da pessoa humana continuou a ser o valor supremo. Uma outra constituição europeia, onde a nossa foi beber, diz a coisa com menos palavras: ’a dignidade humana é intocável’. Para mim, naquele momento, achei que estávamos perante a violação desse princípio ao não dar aos pais das crianças com necessidades especiais outra saída que não fosse a de estender a mão à caridade pública. intolerável, portanto. Nessa noite, adormeci muito mais tarde mas, tinha nascido ainda sem nome, o Pirilampo Mágico.No dia seguinte pedi o contacto do Jaime Calado e uma reunião com ele e com quem ele entendesse trazer para lhes expor o que eu pretendia que a RDP, e em especial a antena 1, fizesse para que não fosse mais preciso pedir dinheiro pelas ruas. Pelo contrário, propus-lhes criar algo que fosse o público a desejar e a procurar com entusiasmo e, não a dar, mas a receber, a comprar. e, para isso sabia que contaria com todos os profissionais da RDP, com a força da Rádio e o apoio de muitos outros amigos.e, passo a passo, fomos delineando uma campanha que, passados 25 anos, ainda continua a emocionar e a provocar a adesão incondicional do público. O Pirilampo Mágico da antena 1 e da Fenacerci pertence hoje ao património dos Portugueses como exemplo da tal sociedade baseada na dignidade, livre, justa e solidária de que fala o artigo

primeiro da nossa lei fundamental.25 anos depois é tempo de fazer um pequeno balanço para lembrar, como exemplo, a são Freire ou o João Borlido da RDP, dois entre as centenas de profissionais que, anonimamente, tudo fizeram, desde embalar Pirilampos a ir metê-los nos autocarros da Rodoviária Nacional que também nos apoiou. Ou a Maria alberta Menéres que eu convidei para escrever a letra da primeira canção que o Pedro Osório compôs. Foram certamente muitas centenas as pessoas que, para além de importantes personalidades da vida pública portuguesa, foram sensíveis ao apelo da antena 1 e da Fenacerci para que tudo corresse bem nesses primeiros anos. Não há lugar para as nomear a todas sem esquecer outras tantas. Mas, passados 25 anos eu posso dizer que a minha galeria de heróis ficou muito maior. Hoje, quando vemos as instalações exemplares de muitas Cercis e os programas de apoio de que dispõem, o acesso a fundos comunitários, a complexidade dos serviços que prestam, todos os dias, com a abnegação, a entrega, o amor e o profissionalismo de centenas de professores e técnicos especializados não penso que tenha sido o Pirilampo que fez a tal magia, que a tal luzinha trémula na noite escura operou o milagre, porque conheço os verdadeiros heróis desta história. a campanha Pirilampo Mágico permitiu aos portugueses tomarem consciência de uma realidade deles desconhecida e ajudarem com prazer as crianças com necessidades especiais; permitiu a aquisição de equipamentos fundamentais ou a contratação de técnicos. Mas, o seu principal efeito para as Cercis foi a mudança radical do seu estatuto e a sua imposição como parceiro que

fala de igual para igual nos órgãos do estado competentes não para pedir, mas exigir aquilo que lhes é devido. 25 anos depois, as pessoas que eu conheci naqueles momentos angustiantes ainda aí estão no combate diário em defesa das crianças e adultos com necessidades especiais.esses são os meus heróis. esses são os que estão no meu top-ten. e, se é injusto nomear a Carmen, o Rogério, o tó Zé, o Jaime de entre tantos outros de Norte a sul, para mim e, que me perdoem todos os outros, tenho de falar na heroína que continua no meu top One: a minha amiga Rosa Maria Neto da Cercica.

MENSAGEM DE ABERTURA

O Pirilampo Mágico da Antena 1 e da Fenacerci pertence hoje ao património dos Portugueses como exemplo da tal sociedade baseada na dignidade, livre, justa e solidária.

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a solidariedade não é nada de estático e pré definido. assume muitas formas e pode acontecer nas mais inesperadas situações. É por isso susceptível de diferentes olhares, de vários modos de ser compreendida ou explicada. Cada um de nós tem um entendimento próprio da solidariedade, em função da sua própria história de vida, das oportunidades ou vontades de conhecer melhor os outros, de estar com eles na solução dos seus problemas, na defesa de direitos fundamentais e universais. a grande particularidade da solidariedade é que, para a compreender na sua dimensão de mudança, é preciso exercê-la! esse é aliás o grande desafio que cada vez mais se coloca a todos os cidadãos.

Como eu vejo a solidariedade

TEM APALAVRA

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a ideia de solidariedade, como acção virada para o outro ou de amor ao

próximo, esquece que o acto de dar é, fundamentalmente, uma questão de reciprocidade. a sociedade (ou a existência de qual-quer forma), só faz sentido quando se tem consciência de que fazemos juntos

um caminho, que poderá ter a doçura de vidas que se tocam, ou melhor ainda, o privilégio de vidas partilhadas. Os outros são o espelho de nós próprios, e quando interagimos com alguém, ele devolve-nos a nossa imagem, que no melhor dos casos é benevolente e sorri.ser solidário é cumprir um imperativo de gente, de homem, é elevarmo-nos até ao outro, porque se não o fizermos, ficamos abaixo. Diria mais, é uma oportunidade para nos colocarmos acima, não daquele que é objecto do acto solidário, mas de nós próprios, na corrida apressada de olhos em baixo que é o nosso quotidiano.ser solidário é reconhecer que somos feitos da mesma matéria, que partilhamos as vulnerabilidades que distinguem os homens das estátuas.ser solidário é voltar à infância, lembrar como é o coração de uma criança que não compreende que possa haver quem necessite, e que perante a descoberta da dor de alguém, perante o absurdo da solidão, estende a mão num gesto que nada tem de reflectido,

impulsionado apenas pelo movimento que lhe é natural.ser solidário é mostrar ao outro a beleza transcendente do mundo que nos rodeia, celebrar a vida, dançar na festa para a qual fomos todos convidados. ser solidário é convidar a entrar, e antes de fechar a porta, deitar um derradeiro olhar e garantir que ninguém fica de fora.

NuNo LoboANtuNES

Ser solidário é cumprir um imperativo de gente, de homem, é elevarmo-nos até ao outro (...)

CArLoS AuguSto MoNjArdiNo

solidariedade… palavra longa, de difícil e até lenta articulação. e, no

entanto, tão óbvia de compreensão. sete sílabas numa só palavra que dispensa metadiscursos, teses rebuscadas, raciocínios elaborados. Basta senti-la. Basta querer!Para mim ser solidário é estar atento. atento e actuante. Olhar em redor – e o redor num mundo globalizado leva-nos a todos os continentes e a todos

os destinos – e ser capaz de entender o outro e antecipar aquilo de que precisa – uma palavra, um carinho, um elogio, um gesto de tolerância, uma sopa, uma vacina, uma campanha organizada em prol de uma causa qualquer. O que quer que seja, desde o mais ínfimo gesto de generosidade até ao mais organizado combate.ser solidário implica capacidade de dar sem esperar nada em troca. a grandeza do acto de dar só tem retorno na consciência. e isso é o bastante. a Declaração Universal dos Direitos do Homem é a cartilha: basta segui-la linha a linha, passo a passo. ser solidário não é, afinal, dar corpo a esse texto?

TEM A PALAVRA

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solidariedade, é definida no dicio-nário “Lelo Universal”, como respon-

sabilidade mútua, como laço moral que liga um individuo á vida, aos interesses e ás responsabilidades dos outros, dependência mútua entre os homens, a qual faz com que uns não possam ser felizes e desenvolver-se, sem que os outros o façam também. até por simples egoísmo, devemos fazer aos outros o que desejaríamos que nos fizessem a nós, se algum dia nos víssemos em idênticas circunstâncias. e uma das melhores definições que alguma vez ouvi foi quando um Doente, com grave problemas físicos, me disse

que não era um “deficiente”, mas apenas “diferente”!Desde há centenas de anos contavam-se ás crianças os feitos dos heróis, para que sentissem entusiasmo e os desejos de os imitar. No nosso milénio, com as suas armas de destruição maciça, bombas atómicas, guerras de gases, de micróbios, de materiais radioactivos ou de danos colaterais, não são mais heróis os que lutam na guerra, mas antes todos os que nos defendem dela, e sobretudo aqueles que, generosamente solidários, ajudam na defesa do bem estar, da saúde e da vida, nomeadamente dos que a natureza deixou fragilizados ou com graves limitações, físicas ou intelectuais, mas que nem por isso têm menos direito a ser felizes...Os heróis são feitos da mesma massa que os cidadãos comuns. Não se é herói no abstracto mas na terra, onde só existem homens e mulheres de carne e osso. Quer isto dizer que a possibilidade de ser herói é oferecida a qualquer um de nós.Na medida em que cada um procure ajudar os outros nas suas dificuldades, ultrapassando sacrifícios próprios, ten-tando minorar o sofrimento e remediar o possível, estará ajudando a construir um mundo melhor, mas em que também o que assim procede é verdadeiramente herói.será pouco provável que o seu nome

ANtóNiogENtiL MArtiNS

A solidariedade deve vir de dentro e não exigir reciprocidade.apareça na Comunicação social, mais interessada em escândalos e aberrações que em promover bons exemplos (já que estes, por via de regra, vendem menos papel…). e, no entanto, seriam de facto estes heróis e a sua acção em prol dos outros, que deveriam ser destacados. a solidariedade deve vir de dentro e não exigir reciprocidade. É um dever natural, cujo prémio maior deverá ser a noção de ter ajudado, de ter sido útil a alguém que disso necessitava. Mas para isso importa uma educação dirigida aos valores, nomeadamente o da solidariedade, com ultrapassagem do egoísmo individual e da obsessão pelo interesse próprio.as dificuldade ainda são muitas mas não se pode esquecer o velho ditado oriental que nos diz que “juntando muitas teias de aranha até se consegue prender um elefante”. assim que cada um tente fazer a sua parte a sociedade será melhor e os menos favorecidos mais felizes.

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APONTAMENTO

De tanto falarmos em solidariedade, corremos o risco de “gastar” a palavra. Ou, pior ainda, banalizá-la, retirando-lhe o significado de mudança que tem que ter. a solidariedade anda sempre de mãos dadas com a responsabilidade. somos solidários porque sentimos e exercemos um qualquer tipo de responsabilidade perante os outros. É isto que temos que ter presente quando falamos da solidariedade como referência de acção. agir de forma solidária é centrar os objectivos e as práticas nos impactos que da acção decorrem para os outros, é envolver os destinatários e beneficiários desde o primeiro instante, é assumir que alguma coisa tem que mudar e que é essa mudança que marca a eficácia da acção.

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Na deficiência intelectual, é inquestionável o papel das famílias, no suporte à concretização dos projectos de vida das pessoas com deficiência que delas fazem parte. Mas, por razões diversas, nem sempre se potencia a participação das famílias, nos debates que têm a ver com as pessoas com deficiência intelectual que têm a seu cargo ou, nas situações de institucionalização, com quem têm vínculos culturais e afectivos que não podem deixar de ser tidos em devida conta. É por isso fundamental trazer para a reflexão os olhares das famílias, o modo como sentem na pele o processo de estigmatização que atinge os seus filhos, a dimensão de penalização que sobre elas recai, tantas vezes de forma despercebida mas claramente sofrida.

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O OLHAR DAS fAMíLiAS

É sempre um momento difícil, embora de grande importância, poder partilhar com os leitores da nossa

revista esta realidade, de como uma família recebe e vivência a deficiência intelectual.existe em cada família uma história de vida, que embora com algumas diferenças, tem sempre, do meu ponto de vista, alguns dos mesmos dramas e das mesmas alegrias.O impacto no momento da constatação que de facto aquele filho é diferente é sempre muito violento, é um momento extremamente difícil, traumático, por mais informada e estruturada que seja a família, podendo mesmo causar, por vezes de forma irreversível, rotura na sua estabilidade.Num primeiro momento, o inicial, quando nos é dito que o filho que tanto esperámos é diferente, é sentido como o mais difícil, o que mais exige a reorganização da família, o que depende muito da sua estrutura e funcionamento enquanto grupo e de cada um dos seus membros, que vai viver a seu modo a chegada de uma criança com deficiência.Num segundo momento, a família passa por um processo mais ou menos longo de superação, até à aceitação da sua criança com deficiência intelectual, experimentando sentimentos como o choque da descoberta, negação, desespero, revolta e quantas vezes até de rejeição, mas que de certo o mais forte é o medo, o medo de um futuro desconhecido, até chegar à construção de um ambiente familiar preparado para a total aceitação dessa criança muito amada, integrando-a na família, que será sempre o seu primeiro universo de relações sociais, devendo proporcionar-lhe o melhor ambiente de crescimento e desenvolvimento, a este seu membro, que forçosamente exige maior atenção e cuidados específicos, o que provoca também um desajuste financeiro, um desequilíbrio no planeamento familiar.O crescimento desta criança traz uma nova realidade à família, desde logo com a busca de informação sobre o tipo de deficiência, como vai evoluir o seu desenvolvimento, quais são os recursos necessários, novos desafios e estratégias de resposta.a informação é um passo de extrema importância, como a partilha de conhecimentos, porque este filho exige maior envolvimento, provocando forçosamente um maior desgaste emocional, porque tudo nele é mais lento, mais difícil, exigindo dos seus familiares um maior investimento afectivo,

funcional e financeiro e muitas vezes, por desatenção, em detrimento das necessidades dos demais membros.Da maior importância, para uma boa integração de um filho com deficiência na família, é a capacidade de conseguir separar os problemas consequentes ou decorrentes da deficiência e todos os outros problemas normais numa família, porque integrar é deixar que naturalmente o deficiente ocupe um espaço na família, que é o seu, nem maior nem menor que o dos outros, bem sabendo que este tem efectivamente necessidades especiais.este é, como acima deixei dito, o caminho mais ou menos paralelo, que todas as famílias percorrem. Foi o meu e o do meu filho Ricardo, que é o do meio, a quem sempre tentei dar e garantir pelo carinho e pelo direito o seu bem estar, desenvolvimento e futuro.ele é muito feliz e eu também.

MárioAboim

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Isabel Cottinelli Telmo

a s perturbações do espectro do autismo (Pea) é o termo que hoje é utilizado por ser mais abrangente

do que autismo.a nova designação salienta dois pontos importantes: o primeiro que se refere a perturbações específicas do desenvolvimento social, e o segundo, que há uma marcada heterogeneidade na manifestação das Pea, que vai desde o quadro clínico completo à expressão parcial ou traços individuais relacionados com Pea mas que não merecem o diagnóstico clínico. Há indivíduos com graves dificuldades intelectuais e outros com inteligência mediana ou mesmo acima da média.a evidência científica confirma actualmente que Peas são perturbações globais e para toda a vida, que afectam o desenvolvimento do cérebro e são visíveis a partir da infância. as Pea são caracterizadas por uma tríade de sintomas: a) dificuldades em interacções sociais; b) dificuldades na comunicação; c) interesses restritos e comportamento repetitivo. as perturbações do espectro do autismo têm forte base hereditária, apesar da genética ser complexa e estar longe de ser completamente compreendida. está a tornar-se evidente que podem resultar de interacções multigenéticas ou de mutações espontâneas em genes com maiores efeitos mas a interacção entre genética e factores ambientais é uma área que requer uma pesquisa muito mais intensiva.a Federação Portuguesa de autismo aparece em 2003 para substituir a aPPDa, associação nacional que englobava apenas 3 membros: a aPPDa-Lisboa, fundada em 1971, a aPPDa-Norte e a aPPDa-Coimbra, mais tarde desdobrada na aPPDa-viseu.Hoje a Federação tem 9 membros efectivos e 4 em processo de admissão e encontra-se em processo de certificação do sistema de Gestão da Qualidade isO 9001:2008.este ano a Federação e os seus membros vão festejar os 40 anos do movimento associativista em Portugal na área do autismo. irão promover um Festival de Bandas, seminários, encontros e outros eventos para os quais convidamos todo o movimento associativo. a missão da Federação Portuguesa de autismo é a defesa incondicional dos direitos das pessoas com Pea e das pessoas com elas significativamente envolvidas e a representação das suas associadas junto das organizações nacionais e

internacionais, entre elas o autism-europe que tem, como sócios, 85 organizações de pais e profissionais.a Federação é um dos membros da CODeM (Confederação para a Deficiência Mental), juntamente com a Humanitas, a Fenacerci e a Unicrisano e, com elas pertence a orgãos consultivos nomeadamente a Comissão de acompanhamento e avaliação dos Centros de Recursos para a inclusão no Ministério da educação.Neste ano do voluntariado, apelo para a participação de todos na defesa dos direitos da pessoa com deficiência e na melhoria da sua qualidade de vida. a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi assinada por Portugal tal como o Protocolo Opcional. a união das associações em federações, uniões ou confederações é cada vez mais necessária para pôr em prática a Convenção.e, para finalizar desejo, com o maior carinho, em nome da Federação Portuguesa de autismo, um enorme sucesso à Campanha do Pirilampo Mágico.

a missão da Federação Portuguesa de autismo é a defesa incondicional dos direitos das pessoas com PEa e das pessoas com elas significativamente envolvidas e a representação das suas associadas junto das organizações nacionaise internacionais.

14 Revista 2011

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16 Revista 2011

salvador mendes de almeida

ESTAMOS AQUi

joana ivo Cruz

Grupo de Teatro da Crinabel

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ser deficiente…,É ser forte e persistente,

e estar preparado para vencer certamentetodos os obstáculos que nos apareçam pela frente.

todas as pedras que rolaremno meu caminho,Uma a uma guardarei,e com todas elas mais tarde,Um bonito castelo farei.

este ano também eu vou,À campanha do pirilampo me juntar, e todos juntos iremos fazer, um lindo arco-írisde sorrisos a brilhar.

Carla Ferreira

Gosto de todos os meus colegas e de tudo o que fazemos juntos. Gostava que em 2011, conti-

nuassemos a fazer novos espectáculos, com muita gente a aplaudir e a acompanhar o nosso trabalho.Quero que o nosso grupo nunca acabe.

Tomás de almeida

Grupo de Teatro da Crinabel

18 Revista 2011

joão Carlos sousa

Comecei por pintar no atelier e depois passei a pintar em casa, no fim-de-semana.

No primeiro dia em que eu pintei cansava-me muito a mão. agora não, porque já consigo controlar mais a mão. Cansava-me muito e agora consigo ficar o dia todo a pintar, de manhã até à tarde.Gosto de pintar a óleo porque é diferente e já pintei a acrílico e seca muito rápido. Gosto de pintar paisagens, a natureza e outras coisas, mas ainda não foi oportuno. Às vezes faço da minha cabeça e outras uso uma imagem. É mais fácil se usar uma imagem.Pintar mudou a minha vida porque fico ocupado numa coisa que eu gosto e também faz bem porque me dá gozo. Para mim não há horário para pintar porque fico distraído. Fico bem.Gostava de fazer uma exposição minha, só com os meus quadros, mas é preciso alguns quadros. Gostava

ESTAMOS AQUi

de vender os meus quadros e com o dinheiro comprava mais materiais e ia de férias. É importante que as pessoas vejam os meus trabalhos. acho que devo trabalhar mais. Um artista é um grande pintor e eu ainda estou no princípio.ao princípio tinha mais pressa em acabar, agora acho que um quadro deve ser mais trabalhado. Às vezes é o tempo que não estica, quando estou quase no fim, precisava de mais um bocado. eu acho que sou exigente.Quanto mais pinto mais me apetece pintar. Fico bem a pintar e também há dias em que não me apetece.só preciso de alguém que me ponha as tintas. as aulas de pintura são boas para mim. se me tirarem a pintura pego num lápis de cor e papel. Para mim pintar é bom e é uma coisa que eu gosto, para criar outras coisas.Para mim, arte é uma pessoa que está a fazer o que mais gosta.

1919

20 Revista 2011

apareceu por aí timidamente no já longínquo ano de 1987 e pé ante pé, foi entrando no coração dos portugueses, que lhe escancararam as portas do coração e o guardaram nesse cantinho especial

onde mora a solidariedade. talvez fosse a antena que trazia sobre um corpo peludo e colorido que ajudasse a construir essa sintonia. Ou talvez fossem aqueles olhos grandes que pareciam pedir a nossa atenção e a nossa ajuda. e foram também, de certeza, as muitas vozes e caras conhecidas que, desde a primeira hora, adoptaram como seu esse boneco simpático, que trazia nome de bicharoco brilhante, com promessas de fazer de gestos simples autênticos passes de magia.

eles eram cantores, políticos, artistas plásticos, escritores, locutores da rádio e televisão, actores jornalistas, enfim, pessoas de todos os quadrantes da sociedade portuguesa que quiseram emprestar o seu prestígio na consolidação da credibilidade de uma iniciativa que sabiam ser genuinamente solidária. e essa ideia simpática e pequenina, lançada a partir de um programa de rádio onde se conversava sobre a realidade das pessoas com deficiência intelectual, dos problemas que viviam as suas famílias, muitas vezes privadas de direitos básicos de cidadania, e as dificuldades com que se debatiam as organizações, foi crescendo, crescendo, até se transformar numa iniciativa que, pela dimensão e alcance que assumiu, é única a nível nacional e, porventura, europeu.

Neste tempo, muitas foram as coisas que mudaram, umas fruto de um melhor conhecimento das realidades ligadas à deficiência intelectual, outras simplesmente porque o mundo e a vida não param. e, acreditem, este bonequinho despretensioso que todos os anos nos visita por alturas do mês do coração, tem muito a ver com isso. Hoje, as pessoas com deficiência intelectual são vistas com mais dignidade, têm mais oportunidades de apoio, têm mais acesso à cidadania… Mas também é verdade que subsistem muitos problemas e que, entretanto, outros vão sendo criados, fruto de uma sociedade que, em nome da modernidade e da competitividade, parece ter cada vez menos tempo para cultivar a solidariedade como uma referência de atitude cidadã e de mudança de atitudes, ferramentas indispensáveis à construção de uma sociedade cada vez mais justa e inclusiva. e para que tal aconteça, continuamos a precisar desse toque de magia que o tal bicharoco de olhos e pés grandes e antena no ar nos traz anualmente. ah! esqueci-me de o apresentar. É o Pirilampo Mágico, como deviam já ter percebido!

25 Cores, 25 Sinais de Solidariedade e Esperança

PiRiLAMPO MÁGiCO

21

aNoS E CorES doS PirilaMPoS

Rosa

Cinzento

Laranja (cor de fogo)

Castanho

verde escuro

verde/vermelho

azul/Magenta

sangue boi c/ ouro

amarelo c/ ouro

verde ecológico

Lilás

Coral

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

38

59

67

78

78

77

76

78

82

81

81

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82

81

81

83

83

82

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84

84

84

84

80

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

ano

verde claro

Laranja

Roxo

Magenta

amarelo

azul escuro

Branco

vermelho

azul cyan

verde alface

Preto

azul expo

Cor

nÚmero deorGanizaÇãoesBeneFiCiárias ano Cor

nÚmero deorGanizaÇãoesBeneFiCiárias

22 Revista 2011

esta é uma pequenina história verdadeira que nos vai falar de uma menina de 8 anos e de uma família de pirilampos, ao luar.

a menina era eu que, nessa altura, vivia toda contente, com os meus pais e duas irmãs mais novas, em pleno campo ribatejano!Foi ali que aprendi a admirar o nascer e o pôr-do-sol; a encontrar as tocas das raposas; a adormecer com os pulinhos e o coaxar das rãs; a salvar as galinhas e os pintainhos das garras dos milhafres; a gostar de ouvir a música dos rebanhos a atravessar os pastos; a assustar-me com as corujas a voar pela noite fora… enfim, a ouvir as mil e uma vozes de uma Natureza viva, e da qual sentia que fazia parte.À noitinha, muitas vezes escapava-me para mais longe e ia sentar-me junto de um sobreiro já muito muito velho que, no tronco junto ao chão, tinha um buraco muito grande que parecia uma toca escura e misteriosa, e era onde dormiam quatro raposinhos. eu gostava muito daquele medo bom de ficar ali, à espera que me chamassem de casa, em altos gritos!esse, era mesmo um lugar maravilhoso porque de repente, quando eu estava sentada no chão, muito quieta, começavam a girar à minha volta umas luzinhas misteriosas que não faziam barulho nenhum e eu nem sabia donde vinham…- “são pirilampos!” – disse-me um dia a minha mãe.Desde essa altura, passei a conversar, à minha moda, com esses leves e brilhantes pirilampos que, para falar verdade, sempre me ouviram muito bem comportados e com a maior atenção!!!entretanto, e porque naquela altura ainda não havia escolas por ali, onde pudéssemos estudar, os meus pais resolveram que era melhor virmos viver para Lisboa. e assim foi. Desde então, era só durante o tempo de férias que voltávamos para o campo. e eu nunca me esquecia de ir passar algum tempo com os meus amigos pirilampos – cada vez mais: filhos, netos ou bisnetos dos que eu já tinha conhecido…

e o tempo foi passando. acontece que há cerca de vinte e tal anos, tendo seguido a minha vocação de escritora, dei comigo a trabalhar como autora da versão para Português actual, da “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto. a convite da RDP (Radiodifusão Portuguesa), de que era Director o Dr. José Manuel Nunes, fiz vários programas de apresentação e leitura de tais textos. Gostei muito desta experiência de Rádio.Ora já tinha passado algum tempo, e estava eu muito descansadinha em casa, a escrever o que me apetecia, quando certo dia tocou o telefone!!!sabem que era?! Pois era, lembro-me perfeitamente, o Dr. José Manuel Nunes (que não tenho ideia de nessa altura ser o Presidente da RDP, que veio a ser…) e que, numa voz divertida me falou assim:“Ó Maria alberta, veja lá se se lembra de um animalzinho…talvez um bichinho especial que possa servir para figura de uma Campanha de solidariedade que queremos lançar aqui na RDP, a favor das crianças da CeRCi!!! e que não seja muito complicado de construir – pode ser?”e claro que disse logo que sim, mas que tinha de desligar o telefone, para pensar melhor. e foi quando, de repente, me lembrei dos meus tempos de criança e dos Pirilampos meus amigos, com as suas luzinhas a brilhar numa noite escura. Como que a chamar a nossa atenção para o seu sentido luminoso!Não demorei nada a pegar no telefone e a ligar, com a resposta pronta. e resultou assim: eU – está lá! Já sei que bichinho pode ser: assim uma bolinha com uns olhinhos a brilhar, um PiRiLaMPO… Do outro lado da linha telefónica, o Dr. José Manuel Nunes quase gritou: …MÁGiCO!e pronto. Foi assim que nasceu o título “PiRiLaMPO MÁGiCO” para esta Campanha de solidariedade a favor das Cercis. Muitos parabéns pelos 25 anos de vida.

CoMo NaSCEU o “PirilaMPo MÁGiCo”Por Maria Alberta Menéres

PiRiLAMPO MÁGiCO

a escritora Maria alberta Menéres é como se fosse da casa. afinal, foi ela que deu asas ao primeiro Pirilampo, que o pôs a voar por essas ruas e cidades fora, espalhando toda a magia que a solidariedade pode ter. e um pouco por todo o lado, ouvia-se trautear uma canção que entrava de imediato no ouvido e que falava de um tal pirilampo que vive muito lampeiro dentro dos olhos da gente ! se calhar, muitos ainda não tinham dado por isso, mas a verdade é que passaram a ter olhares muito mais atentos, mais disponíveis para os outros.

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(ReFRÃO)eu conheço um pirilampoque vive muito lampeirodentro dos olhos da gente,e na cidade ou no campoé sempre sempre o primeiroa acordar muito contente.

sorri ao sola nascer,às ervinhasa crescer,ao orvalhoda manhã.sorri ao calordo dia,à chuvae à ventania,ao gafanhotoe à rã.

(ReFRÃO)eu conheço um pirilampo…a trabalhar bem contente.

Gosta do cadernoaberto,das contas de erradoe certo,de sonhosde caravelas.Nas letrasdo alfabetoinvestiga o rumocertode foguetõese de estrelas.

(ReFRÃO)eu conheço um pirilampo…a dormir muito contente.

Brilha na noitemais escura,na lanternade ternurapenduradaao coração.sabe distinguirno aro dormire o sonhar,fases da nossainvenção.

(ReFRÃO)eu conheço um pirilampo…a acordar muito contente.

A PRIMEIRA MÚSICA (1987)

PiRiLAMPO MÁGiCO

24 Revista 2011

SER FELIZVou por esta estradaDe mão dada com um sonho.Levo na bagagemsempre a mesma imagem,Desatar teu sorriso.

Vê como no céu cantam em coro as estrelas.Somos uma luz, brilhante e viva como elas.

REFRÃO

Meu amigo,A vida não tem perigosse juntarmos nossas forçase cantarmos à vida com o coração.

Vamos ver daqui o mesmo sol amanhecerE escutar quem me diz

Que há uma luz maior, a vida inteira por viver,E ser feliz, tão feliz.E assim partir por esse mundo sem cansaçospoder respirar fundo e descansar nos teus abraços.

REFRÃO

Meu amigo,A vida não tem perigosse juntarmos nossas forçase cantarmos à vida com o coração.

Vamos ver daqui o mesmo sol amanhecerE escutar quem me dizQue há uma luz maior, a vida inteira por viver,E ser feliz, tão feliz.

(MÚSICA 2011)

PiRiLAMPO MÁGiCO

Carminho e Ney Matogrosso - imagens da gravação

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COMISSÃO DE HONRA

Presidente da assembleia da República JaiMe GaMa

secretário Geral do Ps JOsÉ sÓCRates

vice-Presidente do Grupo Parlamentar do Ps MaRia De BeLÉM ROseiRa

Presidente do CDs-PP PaULO PORtas

Grupo Parlamentar do CDs-PP PeDRO MOta sOaRes

Coordenador da Comissão Política do Bloco de esquerda FRaNCisCO LOUçÃ

secretário-geral do PCP JeRÓNiMO De sOUsa

Presidente do Grupo Parlamentar do PCP BeRNaRDiNO sOaRes

Grupo Parlamentar do Pev HeLOísa aPOLÓNia

secretária de estado adjunta e da Reabilitação iDÁLia seRRÃO

secretária de estado da igualdadeeLZa Pais

Grupo Parlamentar do CDs-PP teResa CaeiRO

Grupo Parlamentar do Be LUís FaZeNDa

Presidente da Câmara Municipal do Porto RUi RiO

Governadora Civil do Porto isaBeL saNtOs

Provedor da santa Casa da Misericórdia de Lisboa RUi CUNHa

vice-Presidente da Cruz vermelha PortuguesaCRistiNa LOURO

Presidente do CNRiPDCORONeL MaNUeL COsta BRaZ

PadrevítOR MeLíCias

Professor na Universidade Católica Portuguesa ROBeRtO CaRNeiRO

Presidente da associação Nacional de Municípios PortuguesesFeRNaNDO RUas

Presidente do Conselho de administração da Fundação Oriente CaRLOs aUGUstO MONJaRDiNO

Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian eMíLiO RUi viLaR

Presidente do instituto de apoio à Criança MaNUeLa RaMaLHO eaNes

Presidente do Conselho de administração da siC FRaNCisCO PiNtO BaLseMÃO

Presidente do Conselho de administração da RtP GUiLHeRMe COsta

Presidente executivo da Portugal telecom ZeiNaL Bava

MédicoDaNieL seRRÃO

JornalistaFeRNaNDa FReitas

JornalistavasCO tRiGO

Jornalista MaRia JOÃO RUeLa

ex-Presidente da FeNaCeRCi JaiMe CaLaDO

ex-Presidente do extinto iNsCOOP MaNUeL CaNaveiRa De CaMPOs

ex-atleta ROsa MOta

O Pirilampo Mágico é uma iniciativa mobilizadora de boas vontades. e se chegámos a esta vigésima quinta edição, foi também porque sempre tivemos

connosco figuras públicas de todos os sectores da vida pública portuguesa, da política às artes, às ciências, ao desporto. ao emprestarem o seu prestígio à Campanha Pirilampo Mágico, estes cidadãos solidários ajudaram a consolidar a credibilidade da iniciativa e a levar mais longe a mensagem de solidariedade que lhe serve de referência. Bem hajam por estarem connosco nesta luta pelos direitos das pessoas com deficiência intelectual e/ou multideficiência.

Presidente da Comissão MaRia CavaCO siLva

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26 Revista 2011

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a sociedade da informação e do conhecimento assenta num modelo de desenvolvimento social e económico onde a in-formação, como meio de criação de conhecimento, desem-penha um papel fundamental para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos. Contudo, este conceito de sociedade só alcançará expressão plena quando todos, nomeadamente os cidadãos com ne-cessidades especiais, tiverem igual acesso às tecnologias de informação e comunicação presentes no nosso quotidiano, e que constituem instrumentos indispensáveis no relacio-namento entre as pessoas, tanto ao nível profissional como particular.Neste âmbito e graças ao trabalho de várias instituições que promovem de forma persistente a inclusão digital de ci-dadãos com necessidades especiais, são hoje reconhecidos e aceites os direitos que lhes assistem nesta matéria. Na Portugal telecom desenvolvemos, há mais de 20 anos, um conjunto de soluções que contribuem para o desen-volvimento de competências pessoais, sociais e curricu-lares das pessoas com necessidades especiais, trabalho esse que, a partir de 2003, tem sido realizado através da Fundação Pt. em paralelo, mantemos desde o início um conjunto de parcerias estratégicas com instituições com competências reconhecidas neste domínio e que trabalham directamente no terreno com os utilizadores destas soluções.a Fenacerci destaca-se entre estas instituições, quer pela dinâmica e empreendorismo que marcam a sua própria ac-tuação, quer pelo enquadramento do trabalho desenvolvido pelas suas federadas espalhadas pelo país (Cercis). Desde a primeira Gala do Pirilampo Mágico, e as que lhe suced-eram, até ao projecto “tá-na-Rede”, com a disponibilização de ferramentas de apoio à educação, muitos foram os mo-mentos de parceria entre a Fenacerci e a Pt.esta parceria foi reforçada recentemente com a celebração de um novo protocolo que dará corpo ao projecto denomi-nado “LUZ”, cuja concretização permitirá levar a oito Cer-cis um conjunto de soluções tiC da Fundação Pt que ti-ram partido da rede 3G para apoio à comunicação móvel e acesso à internet – passo importante para que os direitos já reconhecidos sejam levados à prática.esta é no nosso entender a melhor forma da Pt celebrar o 25º aniversário do Pirilampo: contribuir para transformar as limitações de hoje em competências de amanhã através de projectos sustentáveis, para que todos no futuro possam ter acesso a uma vida com mais qualidade e maior autonomia. PARAbéns FEnACERCI! PARAbéns PIRILAMPO!

zeinal Bava Pres. executivo - Portugal telecom

AMiGOS DE E PARA SEMPRE

Revista 201128

Diferente pode ser melhor.Um dia o meu filho mais velho disse que o futuro era um país lá longe e que estava preocupado com o amigo por andar de cadeira de rodas. a cadeira podia não durar tanto. tranquilizei-o. este ano, o mais novo entrou numa escola nova e o colega do lado tem asperger. Chegou a casa e disse com determinação: “eu vou ajudá-lo em tudo e ele vai passar o ano com boas notas”. Mais uma vez, fiz o papel que cabe às mães: dizer a verdade, não criar expectativas, puxar os pés para a terra, proteger sem mentir. Neste caso, limitei-me a dizer que o facto de ser amigo de alguém que tem algumas diferenças era muito bom, mas que não podia ficar com a responsabilidade do sucesso escolar do colega. O miúdo perguntou se ser diferente era ser diferente por dentro. Depois riu-se e acrescentou: que pergunta tão estúpida, não é? Por dentro somos todos iguais.

PaTrÍCia reis

a solidariedade é energia, é coragem e força moral, e a esperança que há sempre nela, dá-nos razão para continuar. É importante sentirmo-nos solidários, porque uma boa acção nunca se perde. É um tesouro que fica guardado para as futuras necessidades de quem a praticou!

ruY de CarvalHoimag

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30 Revista 2011

O Pirilampo Mágico fez parte da minha infância e continua presente na minha vida adulta.Desde pequena fui sensibilizada para as dificuldades que as pessoas com deficiência têm de enfrentar e, por perceber desde cedo a sua coragem, não hesitei em colaborar neste projecto.É uma iniciativa de louvar porque sublinha um direito fundamental – a igualdade. Não porque tenhamos de ser todos iguais (qual seria a mais valia se fossemos?) mas sim porque temos os mesmos direitos e deveres. Por isso, ser tratado com respeito e dignidade é um direito e ajudar o próximo um dever. afinal de contas quem não quer receber as melhores prendas? amor, carinho, atenção e amizade são sentimentos sem preço que tornam o mundo num sítio onde

AMiGOS DE E PARA SEMPRE

jessiCa auGusTo

amigos eu venho por este meio juntar-me a uma causa nobre, justa e dedicada.acho que num mundo com cada vez mais injustiças, assim como de ausência de apoios e condições é primordial que as pessoas com deficiência tenham direito a serviços e oportunidades comuns a qualquer cidadão.Por isso podem contar com todo o meu apoio, dedicação, atenção e disponibilidade para os ajudar em qualquer actividade ou projecto de desenvolvimento do bem estar e melhorias da condição de vida que merecem, assim como, promover o reconhecimento dos direitos dos cidadãos com deficiência intelectual e/ou muldifeficiência, defender os seus interesses e os das suas famílias, com critérios de qualidade, dignidade e adequabilidade; assim como lutar pela integração das pessoas a quem não lhes foi dada a opção de escolher. Com todo o meu prazer, dedicação, carinho e disponibilidade.

nuno Barros

Por diversas vezes, participei em Galas de beneficência a favor de várias instituições que acolhem pessoas com deficiência intelectual e tenho também a felicidade de ser madrinha da aPatRis 21 que acolhe crianças, rapazes e raparigas simplesmente fantásticos.a ternura, o carinho e a gratidão que me manifestam quando estou com eles, comove-me sempre muito e levo sempre o coração cheio de amor.ao pé deles, sinto que estou num mundo melhor, mais puro e sincero, e fico sempre a pensar, o quanto temos todos muito a aprender com essa pessoa. Nesta sociedade em que o individualismo impera cada vez mais, elas são uma verdadeira lição de vida, e não podemos nunca ficar indiferentes.Por isso, se cada um de nós levar para casa um simpático Pirilampo Mágico, estará a dar amor e a ajudar a iluminar a vida e o coração de todas essas pessoas que são seres humanos como nós e que precisam muito da nossa ajuda para continuar a sorrir.

viviane

valemos por aquilo que somos e não por aquilo que temos e ostentamos. aquilo que somos pode ganhar asas se o quisermos partilhar. É capaz de voar, com o alento do coração, mesmo quem estiver física ou intelectualmente limitado, porque tem o sentido da dádiva e a alegria de estar vivo. escreveu um dia o grande escritor francês antoine de saint-exupéry, que a melhor de maneira de observar a vida e o mundo é com os olhos do coração. são justamente esses olhos que nos dizem que a deficiência que condiciona e constrange, não pode ser factor de exclusão ou de marginalização. Bem pelo contrário. Deve ser uma razão acrescida para que os olhos do coração percebam, de forma ainda mais nítida, que é ali que a solidariedade e a dádiva devem acontecer e multiplicar-se. vivemos tempos de egoísmo e de apreensão generalizada. Mas estes são também os tempos em que a esperança deve frutificar e a árvore dos abraços deve envolver todos os que precisam de carinho, apoio e compreensão. só assim nos tornaremos mais humanos, mais sensíveis e mais dignos do nosso lugar na vida. e que essa chama nunca esmoreça ou se apague.

josÉ jorGe leTria

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Por diversas vezes fui surpreendido, por histórias e pessoas, que embora com alguma deficiência e con-sequentes limitações no dia-a-dia, nunca deixaram de acreditar e tiveram a coragem para lutar e alcançar os seus objectivos, sendo hoje pessoas felizes e realizadas.No entanto, nunca devemos esquecer que nem sempre a força de vontade dessas pessoas é suficiente e que necessitam da ajuda de todos nós.É um dever de todos, alertar a opinião pública para o direito à igualdade de oportunidades… porque os outros somos nós!

TonY Carreira

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AMiGOS DE E PARA SEMPRE

25 ANOS10 ARTiGOSFomos revisitar as revistas que editámos, desde o primeiro número, e seleccionámos um conjunto de artigos e imagens que, pelo conteúdo ou pela forma, mantêm toda a actualidade e continuam a fazer hoje todo o sentido.

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34 Revista 2011

> editorial

fENACERCi1994

25 ANOS - 10 ARTiGOS

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> Fenacerci: Cooperativismo

fENACERCi2003

36 Revista 2011

> amigos solidários: Nuno Markl

fENACERCi2003

25 ANOS - 10 ARTiGOS

37

> artigos de Opinião: a imagem da Pessoa com Deficiência na imprensa Desportiva

fENACERCi2004

38 Revista 2011

> Na Primeira Pessoa: antónio Coutinho

25 ANOS - 10 ARTiGOS

fENACERCi2005

39

> artigo de Opinião: Os grandes desafios do cooperativismo no novo milénio

fENACERCi2005

40 Revista 2011

> amigos solidários: DaWeasel

fENACERCi2006

25 ANOS - 10 ARTiGOS

41

> Fenacerci: Parar para Pensar

fENACERCi2007

42 Revista 2011

> amigos solidários: aCe - MC dos Mind the Gap

fENACERCi2007

25 ANOS - 10 ARTiGOS

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44 Revista 2011

fENACERCiCarToons

CARTOONS

> 2005

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fENACERCiCarToons

> 2006

46 Revista 2011

CARTOONS

fENACERCiCarToons

> 2007

47

fENACERCiCarToons

> 2008

48 Revista 2011

CARTOONS

fENACERCiCarToons

> 2009

OLHÓMETRO

Estratégia Nacional para a Deficiência – ENDEF 2011-2013.

Implementação da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES)enquanto espaço para debate sobre a Economia Social no nosso país.

Implementação do Fórum para a Integração Profissional.

Investimento na qualidade por parte das Organizações.

Divulgação da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência junto das pessoas com deficiência intelectual.

Resultados Globais do Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade – PAIPDI.

Novo Estatuto Fiscal e Contributivo que penaliza as IPSS’s e em particular o sector cooperativo.

Novas medidas restritivas ao Apoio à Formação Profissional de Pessoas com Deficiência.

Baixo nível de participação nas candidaturas ao Prémio de Mérito ao Emprego de Pessoas com Deficiência.

Regulamentação tardia dos apoios ao emprego da pessoa com deficiência.

Indefinição ao nível dos critérios de financiamento e funcionamento dos Centros de Recursos para a Inclusão.

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50 Revista 2011

ACIP Rua da Ribeira, edifício Fonte, Loja C, e e F, 4770-207 vila de Joane | tel.: 252 928 610 | Fax: 252 928 608 | e-mail: [email protected]

CECD av. 25 de abril, 190, Mira sintra, 2735-418 Cacém | tel.:219 188 560 | Fax: 219 188 579 | e-mail: [email protected] | www.cecdmirasintra.org

CEERDL Rua Maria ernestina Martins Pereira, 37, 2500-234 Caldas da Rainha | tel.: 262 837 160 | Fax: 262 837 161 | e-mail: [email protected]

CERCIAG Raso de Paredes, 3750-316 Águeda | tel.: 234 612 020 | Fax: 234 612 022 | e-mail: [email protected] | www.cerciag.pt

CERCIAMA Rua Mestre Roque Gameiro, 12, 2700-578 amadora | tel.: 214 986 830 | Fax: 214 986 838 | e-mail: [email protected]

CERCIAV Rua do aires, 53-57, são Bernardo, 3810-205 aveiro | tel.: 234 423 251 | Fax: 234 382 202 | e-mail: [email protected] | www.cerciav.pt

CERCIAZ Rua Francisco abreu e sousa, 800, Lações de Cima, apartado 90, 3721-902 Oliveira de azeméis | tel.:256 673 894 | Fax:256 681 038 | e-mail:[email protected] | www.cerciaz.pt

CERCIbEJA Quinta dos Britos, apart. 6115, 7801-908 Beja | tel.: 284 311 390 | Fax: 284 311 399 | e-mail: [email protected] | www.cercibeja.org.pt

CERCICA Rua Principal, 320/320 a, Livramento, 2765-383 estoril | tel.: 214 658 590 | Fax: 214 661 307 | e-mail: [email protected] | www.cercica.pt

CERCICAPER variante do troviscal, Dordio, apartado 38, 3280-050 Castanheira de Pêra | tel.: 236 434 227 | Fax: 236 434 225 | e-mail: [email protected] | www.cercicaper.pt

CERCICOA estrada de s. Barnabé, 28, 7700-015 almodôvar | tel.: 286 660 040 | Fax: 286 660 049 | e-mail: [email protected]

CERCIDIAnA Quinta do Feijão do espinheiro, apart. 92, 7002-502 Évora | tel.: 266 759 530 | Fax: 266 751 964 | e-mail: [email protected]

CERCIEsPInHO Rua 25 de abril, apartado 177, 4501-909 espinho | tel.: 227 319 061 | Fax: 227 348 588 | e-mail: [email protected]| www.cerciespinho.org.pt

CERCIEsTA Rua da Fontinha, Beduido, 3860-248 estarreja | tel. / Fax: 234 843 093 | e-mail: [email protected]

CERCIEsTREMOZ Quinta de santo antão, apartado 108, 7104-909 estremoz | tel.: 268 339 750 | Fax: 268 339 751 | e-mail: [email protected]

CERCIFAF Rua 9 de Dezembro, 99, Monte de s. Jorge, 4820-161 Fafe | tel.: 253 490 830 | Fax: 253 490 839 | e-mail: [email protected] | www.cercifaf.pt

CERCIFEIRA apartado 35, eC santa Maria da Feira, 4524-909 santa Maria da Feira | tel.: 256 374 472 | Fax: 256 375 405 | e-mail: [email protected]

CERCIFEL av. Dr. Magalhães Lemos, Margaride, 4610-106 Felgueiras | tel. / Fax: 255 923 909 | e-mail: [email protected] | www.cercifel.org.pt

CERCI FLOR DA VIDA Quinta das Rosas, 2050-369 azambuja | tel.: 263 409 320 | Fax: 263 409 329 | e-mail: [email protected] | www.cerciflordavida.pt

CERCIFOZ Rua visconde sousa Prego, 14 R/C esq., 3080-110 Figueira da Foz | tel.: 233 429 595 | Fax: 233 429 567 | e-mail: [email protected]

CERCIG Parque da saúde, 6300-777 Guarda | tel.: 271 212 739 | Fax: 271 210 064 | e-mail: [email protected]

CERCIGAIA escola Primária s. Paio, Rua de Bustes, apartado 2513, afurada, 4401-401 v. N. Gaia | tel.: 227 819 268 | Fax: 227 819 269 | e-mail:[email protected] | www.cercigaia.org.pt

CERCIGRÂnDOLA Rua vítor Manuel Ribeiro da Rocha, 7570-256 Grândola | tel.: 269 451 552 | Fax: 269 442 505 | e-mail: [email protected]

CERCIGUI Rua Raúl Brandão, 195, 4810-282 Guimarães | tel.: 253 423 370 | Fax: 253 423 379 | e-mail: [email protected] | www.cercigui.pt

CERCILAMAs Rua do auditório, 125, apartado 70, 4536-904 santa Maria de Lamas | tel.: 227 442 478 | Fax: 227 460 085 | e-mail: [email protected] |www.cerci-lamas.org.pt

CERCILEI estrada das Moitas altas, 279, Pinheiros, apart. 571, 2401-976 Leiria | tel.: 244 850 970 | Fax: 244 850 971 | e-mail: [email protected] | www.cercilei.pt

CERCILIsbOA av. avelino teixeira da Mota, Lote e, 1950-033 Lisboa | tel.: 218 391 700 | Fax: 218 598 748 | e-mail: [email protected] | www.cercilisboa.org.pt

CERCIMA Rua D. Nuno Álvares Pereira, 141, 2870-097 Montijo | tel.: 212 308 510 | Fax: 212 308 511 | e-mail: [email protected] | www.cercima.pt

CERCIMAC Bairro de s. Francisco, Bloco D, R/C 2ª Porta, 5340-214 Macedo de Cavaleiros | tel. / Fax: 278 421 769 | e-mail: [email protected]

CERCIMARAnTE Rua de Guimarães, 869, s. Gonçalo, 4600-112 amarante | tel.: 255 410 930 | Fax: 255 432 788 | e-mail: [email protected] | www.cercimarante.pt

CERCIMb Rua Grão vasco, 25, Quinta dos Lóios, 2835-440 Lavradio | tel.: 212 048 340 | Fax: 212 020 224 | e-mail: [email protected]

CERCIMIRA Cabeças verdes, 3070-504 seixo | tel.: 231 489 560 | Fax: 231 489 569 | e-mail: [email protected] | www.cercimira.pt

CERCIMOR Crespa da Figueira, 7050-010 Montemor-o-Novo | tel.: 266 899 410 | Fax: 266 899 415 | e-mail: [email protected] | www.cercimor.pt

CERCInA Caminho Real, alto Romão, Pederneira, apartado 157, 2450-901 Nazaré | tel.: 262 562 595 | Fax: 262 562 596 | e-mail: [email protected]

CERCIOEIRAs Rua 7 de Junho, 57, 2730-174 Barcarena | tel.: 214 239 680 | Fax: 214 239 689 | e-mail: [email protected] | www.cercioeiras.pt

CERCIPEnELA av. infante D. Pedro, 3, apart. 4, 3230-268 Penela | tel.: 239 560 140 | Fax: 239 560 149 | e-mail: [email protected] | www.cercipenela.org.pt

CERCIPEnICHE Rua adelino amaro da Costa, 2520-268 Peniche | tel.: 262 780 080 | Fax: 262 789 963 | e-mail: [email protected] | www.cercipeniche.pt

CERCIPOM Rua Cartilha Maternal João de Deus, 3100-508 Pombal | tel.: 236 209 240 | Fax: 236 209 241 | e-mail: [email protected]

CERCIPORTALEGRE Rua 15 de Maio, apartado 215, 7301-901 Portalegre | tel.: 245 300 730 | Fax: 245 300 731 | e-mail: [email protected]

CERCIPÓVOA Rua Morgado da Póvoa, Lt 1, Qta Piedade 2ªFase, 2625-229 Póvoa sta iria | tel.: 219 533 080 | Fax: 219 533 089 | e-mail: [email protected] | www.cercipovoa.org.pt

CERCIsA Rua eça de Queirós, Miratejo, 2855-236 Corroios | tel.: 212 535 660 | Fax: 212 531 280 | e-mail: [email protected] | www.cercisa.org.pt

CERCIsIAGO Rua das Nogueiras, 7540-162 santiago do Cacém | tel.: 269 818 660 | Fax: 269 818 668 | e-mail: [email protected]

CERCITEJO Rua da esperança, 6, Bom sucesso, apartado 178, 2616-908 alverca | tel. / Fax: 219 582 286 | e-mail: [email protected]

CERCITOP Rua vale de s. Martinho, 1, 2710-402 sintra | tel.: 219 100 690 | Fax: 219 100 691 | e-mail: [email protected] | www.cercitop.org

CERCIVAR Rua da Cercivar, 3880-161 Ovar | tel.: 256 579 640 | Fax: 256 572 565 | e-mail: [email protected] | www.estarconsigo.com/cercivar

CERCIZIMbRA Rua dos Casais Ricos, 1, sampaio, 2970-577 sesimbra | tel.: 212 681 335 | Fax: 212 682 001 | e-mail: [email protected] | www.cercizimbra.org.pt

CRACEP Rua Coronel armando da silva Maçanita - Bairro Coca Maravilhas, 8500-302 Portimão | tel.: 282 420 820 | Fax: 282 420 829 | e-mail: [email protected]

CREACIL apartado 66, 2671-901 Loures | tel.: 962 540 526 | Fax: 219 891 092 | e-mail: [email protected]

CRInAbEL Largo Conde Barão, 5, 1200-118 Lisboa | tel.: 213 943 350 | Fax: 213 943 359 | e-mail: [email protected]

RUMO Caixa Postal 5063, Rua 19, 13, QuimiParque, 2831-904 Barreiro | tel.: 212 064 920 | Fax: 212 064 921 | e-mail: [email protected]

VÁRIOs Rua João Cardoso,13 R/C Posterior, 3460-603 tondela | tel.: 232 812 703 | Fax: 232 812 705 | e-mail: [email protected] | www.varios.pt

assoCiadas

assoCiadas valÊnCias

ACIp

CECD

CEERDL

CERCIAG

CERCIAMA

CERCIAV

CERCIAZ

CERCIBEJA

CERCICA

CERCICApER

CERCICOA

CERCIDIANA

CERCIESpINHO

CERCIESTA

CERCIESTREMOZ

CERCIFAF

CERCIFEIRA

CERCIFEL

CERCI FLOR DA VIDA

CERCIFOZ

CERCIG

CERCIGAIA

CERCIGRÂNDOLA

CERCIGUI

CERCILAMAS

CERCILEI

CERCILISBOA

CERCIMA

CERCIMAC

CERCIMARANTE

CERCIMB

CERCIMIRA

CERCIMOR

CERCINA

CERCIOEIRAS

CERCIpENELA

CERCIpENICHE

CERCIpOM

CERCIpORTALEGRE

CERCIpÓVOA

CERCISA

CERCISIAGO

CERCITEJO

CERCITOp

CERCIVAR

CERCIZIMBRA

CRACEp

CREACIL

CRINABEL

RUMO

VÁRIOS

ApOIODOMICILIÁRIO

EMpREGOpROTEGIDO

EDUCAÇÃOESpECIAL

UNIDADERESIDENCIAL

ACTIVIDADESOCUpACIONAIS

FORMAÇÃOpROFISSIONAL

INTERVENÇÃOpRECOCE

OUTRAS

51

Desta vez ficamos por aqui, mas fica desde já o compromisso de voltarmos. Talvez com ideias diferentes, quem sabe, mas sempre

com este entusiasmo quase juvenil, de quem faz uma coisa que gosta de fazer. Sobre o resultado, os leitores certamente

que se pronunciarão. Nós como sempre fizemos e demos o nosso melhor. E com muitas ajudas, sem as quais seria muito difícil

concretizar este objectivo anual de darmos à estampa a nossa revista. Ficam por isso os nossos agradecimentos aos patrocinadores, aos

autores dos artigos e das imagens, à nossa incansável equipa da Fenacerci, sempre pronta a dar uma mãozinha e, obviamente,

a todos os que nos vão incentivando a continuar. Estas coisas não têm nada de fácil e, não fora algum abraço

amigo na hora certa e poderíamos não estar agora a escrever este PONTO FINAL.

PoNto FiNal

52 Revista 2011

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54 Revista 2011www.fenacerci.pt