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Revista 25 anos Femipa

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Publicação comemorativa aos 25 anos de fundação da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa)

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FEMIPA 25 ANOS:

Maçazumi Furtado NiwaPresidente Federação das Santas Casas

de Misericórdia e Hospitais Benefi-centes do Estado do Paraná

Ao longo de sua atuação, a FEMIPA se tornou uma enti-dade representativa forte, que age em defesa de interesses comuns, definindo políticas de atuação e interagindo com instituições públicas e privadas que visam melhorias na saú-de da população.

A participação ativa nos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde, junto à Confederação das Santas Casas de Mise-ricórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e outros organismos ligados à saúde no Estado garante aos afiliados a certeza de representatividade efetiva. Recentemente, foi ins-talada a Frente Parlamentar das Santas Casas no Congresso Nacional e a FEMIPA se debruçará fortemente com a banca-da federal paranaense, para que o setor seja pauta de ações e soluções dos representantes políticos dos paranaenses.

Forte representatividade e luta pela saúde

A mensagem de toda a Diretoria da é de esperança. A saúde é a principal preocupação dos brasileiros. Assim sendo, a saúde também deve ser considerada prioridade, nos próximos anos, na agenda dos governantes. A saúde normalmente é prioridade nos discursos, mas pouco se fez até o presente momento para destinação de recursos públicos, conforme se comprova por inúmeras pesquisas divulgadas. É preciso minorar, no menor prazo possível, os problemas de subfinanciamento dos serviços prestados aos usuários do Sistema Único de Saúde, para que outros programas de saúde possam ser estruturados e consolida-dos. A saúde deve ser prioridade não só nas Secretarias de Saúde e no Ministério da Saúde, mas em todas as áreas e pastas dos entes públicos.

Julio César

EDITORIAL

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HOSPITAIS FILANTRÓPICOS: Temos o desafio e a prioridade de ampliar o acesso da po-

pulação aos serviços de saúde, meta que depende da união de esforços do governo, da sociedade e de toda a rede de saúde disponível no país, tanto na esfera privada quanto na pública.

Para isso, vamos criar um indicador nacional de garantia de acesso, com expressão regional, que aponte as necessida-des de saúde de cada região do país. Com ele, saberemos em que medida o acesso é de qualidade e qual o nível de satisfa-

Ampliando o acesso da população à saúde

ção do usuário, para que possamos planejar os investimentos e necessários com vistas a melhorar o desempenho da saúde em cada localidade.

O apoio das santas casas e dos hospitais beneficentes nesta missão é essencial, por isso é de grande valor a atu-ação de entidades como a FEMIPA, que há 25 anos busca articular os seus hospitais membros para atender de forma mais eficaz os paranaenses.

Renato Araujo / ABr

EDITORIAL

Alexandre PadilhaMinistro da Saúde

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SUMÁRIO

25 ANOS Federação das Santas Casas de Misericórdia e

Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná

03 Editorial da Femipa04 Editorial do Ministério da Saúde08 Panorama das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos16 Emenda Constitucional 29 18 Histórico Femipa 25 anos28 Capacitação e Inovação30 Parcerias 32 Entrevista: Maçazumi Furtado Niwa36 Nova Lei da Filantropia

40 Atuação do Governo42 Mais Gestão 44 Santa Casa de Curitiba48 Hospital Pequeno Príncipe 54 Hospital Evangélico de Londrina58 Hospital Erasto Gaertner62 Hospitais de Pequeno Porte68 Entidades Filiadas 2011

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Diretor Executico e Publisher

Júlio César Guerrero

[email protected]

Diretora Financeira

Patrícia Almeida Guerrero

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Jornalista Responsável

Kelly de Souza - MTB 33.523

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Executivos de Contas

José Guerrero Neto

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Assessoria de Marketing

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Leonardo Suardi do Nascimento

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ExpEDIEnTE

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SANTAS CASAS E HOSPITAIS

FILANTRÓPICOS A pessoa no centro de toda a atividade direta e assistencial

Atualmente, cerca de 2.100 Santas Casas e Hospitais sem fins lucrativos atuam no Brasil e são fundamentais para a continuidade da prestação de serviços de saúde gratuita no país. Percussoras no atendimento da assistência hospitalar, a primeira Santa Casa de Misericórdia brasileira foi fundada em 1543, em São Vicente, no Estado de São Paulo. Precedendo a própria organização jurídica do País, as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos tornaram-se verdadeiros pa-trimônios nacionais cuja missão coloca o ser humano no centro de toda a sua atividade direta e assistencial.

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MISSÃO

De acordo com trabalho desenvolvido por Ivo Arzua Pereira – que foi o primeiro presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), entre 1986 e 1992 – a missão destas instituições re-presenta uma expressão viva e operante na construção da so-ciedade. “No desenvolvimento da sua missão as Misericórdias têm por dever prestar todo tipo de apoio à recuperação e apri-moramento físico, intelectual, profissional, moral e espiritual dos seres humanos”, ressalta Ivo Arzua no Código de Ética do Hospital Filantrópico.

As Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos colocam a pes-soa no centro de toda a sua ação assistencial, primando pelo respeito e defesa incondicional dos valores humanos. “Mos-tram-se particularmente sensíveis à promoção e defesa dos

mais pobres, (quer indivíduos, grupos ou povos) tanto na sua vulnerabilidade quanto na sua qualidade de vida”.

Além do próprio paciente, Ivo Arzua relata que as Misericór-dias valorizam de modo especial seus colaboradores, tanto os que exercem nelas sua atividade em caráter voluntário quanto os que estão ligados formalmente a elas, considerando-os ver-dadeiros agentes da sua atividade assistencial e o principal e mais lídimo patrimônio. “Empenham-se em propiciar-lhes  um ambiente humano, de diálogo e de co-responsabilidade. De-senvolvem e aplicam uma política de recursos humanos que favoreça a realização pessoal, a motivação e a atualização na formação”.

A Comunidade também tem as portas abertas e é parte integrante e indissociável destas instituições. “As Misericór-dias promovem a irradiação da cultura, da prestação de ser-viço entre as pessoas e da aliança para  uma melhoria cons-

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tante da qualidade de vida para todos”, ressalta Arzua. Esse trabalho é oferecido - sobretudo - aos mais pobres, excluídos da sociedade, que encontram nestas instituições a assistên-cia digna e humana.

As Misericórdias primam pela utilização racional dos recur-sos. Respeitam os valores éticos inspirados nos princípios da justiça e da equidade. Procuram manter transparência admi-nistrativa e gestão social. Preocupam-se em aplicar os recursos financeiros disponíveis na assistência e na melhoria dos conhe-cimentos técnicos, científicos, humanitários e cristãos. Não en-caram a administração como um valor em si mesmo, mas como um excelente instrumento para a viabilização das suas ativida-des assistenciais e sociais, devendo ser revestido dos elementos indispensáveis à sua correta execução. Exigem que toda a com-posição financeira seja revestida da maior probidade.

Ivo Arzua destaca também a Valorização da Ética que envol-ve as responsabilidades específicas concernentes à dignidade da pessoa em todos os estágios da sua vida, além da manuten-ção de condições tecnico-profissionais suficientes para a práti-

ca da melhor assistência possível. Além da Valorização da pró-pria atividade estabelecendo estratégias e meios de apreciar constantemente o próprio desempenho. “Apreciam permanen-temente os resultados obtidos, as dificuldades enfrentadas e o universo assistido e desassistido. Favorece a melhoria constante das suas atividades, a expansão dos seus serviços e a renovação do seu desempenho. Inovam a própria estrutura para acompa-nhar os sinais dos tempos e as necessidades de cada lugar”.

Outro ponto defendido no Código de Ética do Hospital Fi-lantrópico é a Solidariedade Institucional. “Conscientes do uni-versalismo da sua vocação e história, assumem a solidariedade e entreajuda,  em todos os Continentes e países onde existem ou possam ser criadas, como forma de serem fautoras e promotoras de uma civilização do Amor e de Globalização da Solidariedade”.

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ORIgEMA origem etimológica da palavra filantropia

significa “amizade pela humanidade”. O concei-to original, desenvolvido no início do século passado, parte do princípio de que a ação social nasce, fundamentalmente, da decisão individu-al de um possuidor de bens ou recursos finan-ceiros, que acredita que esses recursos doados a uma entidade ou a uma causa podem fazer a diferença na vida de uma pessoa.

Outra abordagem para a filantropia é quan-do ela atua como um segmento da sociedade civil que busca construir um sistema alterna-tivo da situação de exclusão do ser humano. Essa abordagem utiliza o recurso privado para o beneficio público, buscando transformar a so-ciedade, a partir de programas e projetos criati-vos, testes modelos que tornam serviços e bens mais acessíveis, construção de relações entre diferentes setores e grupos sociais, geração de capital humano e social, influência em políticas públicas. Seu compromisso é com a mudança da sociedade, com a alteração do status quo.

ADMINISTRAÇÃO

Mesmo primando pela utilização racional dos recursos econômi-cos disponíveis em benefício das pessoas e da comunidade  carente, procurando manter transparência administrativa e gestão social, os hospitais filantrópicos amargam nos últimos anos a mais aguda crise financeira de sua história. Ao longo da história a dependência finan-ceira do sistema público de saúde e a descapitalização progressiva determinada pelo subfinanciamento da maioria de suas atividades geraram um endividamento crescente para o setor colocando em risco uma das mais bem-sucedidas missões assistenciais do País.

De acordo com a Confederação das Santas Casas de Misericór-dia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) – em recente estudo

*Fonte: Marcos Kisil - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), São Paulo

publicado – aproximadamente 1,3 mil instituições acumularam dí-vida recorde de R$ 5,67 bilhões (2010). Em 2009, a rede filantrópica teve um custo de pouco mais de R$12 bilhões para o atendimento aos beneficiários do SUS e recebeu apenas R$ 7,9 bilhões, o que ge-rou um déficit de R$ 4,1 bilhões.

De acordo com José Luiz Spigolon, superintendente da CMB, a raiz da crise é o subfinanciamento da saúde pública que acabou ge-rando uma dívida recorde para estas instituições. A crise já desativou 2,5 mil leitos e atinge principalmente instituições de pequeno porte, no interior. Metade dos estabelecimentos fica em cidades de até 30 mil habitantes, onde são a única opção de atendimento hospitalar. As Santas Casas são o único serviço hospitalar disponível em 56% dos municípios brasileiros.

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NÚMEROS NO BRASIL

• 56% das instituições filantrópicas são os únicos hospitais no município onde estão localizados

• 175 mil leitos hospitalares• 185 milhões de atendimentos ambulatoriais• 6.950.000 internações hospitalares foram realizadas em 2008, dos quais

4.900.000 pelo SUS• 41% das internações do Sistema Único de Saúde são realizadas pelos hos-

pitais filantrópicos• 480 mil empregos diretos• 140 mil médicos autônomos• 104 operadoras filantrópicas de planos de saúde

*Fonte: CMB

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FRENTE PARLAMENTAR

Um dos grandes passos dados para a defesa do setor foi a reativação da Frente Parlamentar Mista de Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Saú-de, em 2011. No lançamento, o ministro da Saúde Ale-xandre Padilha destacou a importância das Santas Casas para o Brasil. “Nós sabemos que está nas Santas Casas e no conjunto dos hospitais filantrópicos a maior parte dos leitos ofertados para o Sistema Único de Saúde. Não existiria Sistema Único de Saúde, não existiria o Brasil campeão de transplante no setor público, não existiria o Brasil um dos campeões em oferta de hemodiálise no setor público e não existiria o Brasil campeão da atenção básica sem que existissem as Santas Casas no nosso país,

seja na oferta dos serviços em relação à atenção hospi-talar, ou seja, no papel decisivo que elas têm no Brasil na formação de profissionais”, disse à Rádio Câmara.

O presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas, Hos-pitais e Entidades Filantrópicas no Setor de Saúde, deputado Antônio Brito, aproveitou o encontro com o ministro Alexan-dre Padilha para fazer uma cobrança. “Nós cobramos dele o que foi aprovado nesta Casa, que foi a Timemania. Da Time-mania, 3% são destinados às Santas Casas e que esses 3% se-jam destinados 100% para gestão das Santas Casas: melhor equipamento, melhoria de orientação dentro das Santas Ca-sas, para evitar desperdício. Para que não só tenham novos recursos, mas como também a gente aproveite os novos re-cursos com um programa eficiente de gestão do setor, para as Santas Casas continuarem mais 500 anos aí no Brasil.”

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FINANCIAMENTO

Há vários anos as Santas Casas e Hospitais Beneficentes operam em déficit no atendimento dos pacientes da rede pública. Pelas regras, essas unidades prestam assistência gratuita à população e são ressarcidas posteriormente pelo Governo. O repasse é feito considerando uma tabela de procedimentos do SUS, que estipu-la o valor de cada intervenção médica. Entretanto, de acordo com a Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB), o déficit atual é de, em média, 40%, ou seja, para cada R$ 100,00 empregados no atendimento gratuito as unidades beneficentes recebem de volta R$ 60,00. É uma distorção que, prolongada e sem solução, tem gerado um prejuízo operacional de R$ 4 bi/ano para as entidades.

Só em 2009, por exemplo, a rede filantrópica teve um custo de pouco mais de R$12 bilhões para o atendimento aos beneficiários do SUS e recebeu apenas R$ 7,9 bilhões, o que gerou um déficit de R$ 4,1 bilhões. “Esse déficit operacional vem sendo em parte coberto com receitas alternativas que algumas entidades conse-guem gerar, mas aquelas que dependem exclusivamente da receita do SUS estão praticamente quebradas. Essa defasagem na tabela produziu uma dívida que os hospitais não conseguem mais suportar. O reajuste da tabela é ponto fundamen-tal para a reabilitação da rede beneficente”, afirma José Reinaldo de Oliveira Jú-nior, presidente da Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB) e da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes de São Paulo (Fehosp).

Para reverter a situação, a prioridade é mobilizar o Congresso para a regula-mentação da Emenda Constitucional 29. Com a indefinição atual em torno da lei, aponta, metade dos Estados deixam investir o montante determinado em saúde e mesmo nas regiões que oficialmente cumprem a regra não há a garantia de que os recursos sejam realmente empregados no atendimento à população.

“A regulamentação da Emenda Constitucional 29 é fundamental para a recu-peração da saúde, pois fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmen-te na área pela União, por Estados e Municípios e, o mais importante, caracteriza o que de fato é investimento no setor. Sem a regulamentação da EC 29 não há garantias de que o dinheiro arrecadado seja realmente empregado na área e que os recursos cheguem aos hospitais e pacientes. Essa lacuna permite que dinheiro que deveria ir para hospitais seja utilizado para obras de saneamento básico ou projetos sociais, por exemplo,” finaliza José Reinaldo de Oliveira Junior.

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OpInIãO

RECuPERAÇÃO DA SAÚDE COMEÇA PELA EMENDA

CONSTITuCIONAL 29POR JOSÉ REINALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR*

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O Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído como uma rede de atendimento, universal e gratuita, para oferecer tratamento mé-dico digno e de qualidade à população. É um conceito fundamen-tal, que pretende relativizar a profunda desigualdade social ainda existente no Brasil e, por isso, deve receber proteção obstinada das autoridades e da sociedade. Infelizmente, no caso do SUS, a prática ainda está muito distante da teoria. O programa patina por falta de recursos e dificuldades na gestão.

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou, a demanda por atendimento cresce cada vez mais e novas tecnologias e tra-tamentos são necessários. Se por um lado esse cenário representa um progresso para o país, por outro evidencia que o sistema de saúde exige investimentos constantes e permanentes, ou seja, ano após ano a saúde vai exigir mais dinheiro. Isto é um fato natural e deve ser admitido pelo Estado quando a proposta de oferecer assistência médica gratuita for realmente séria.

O SUS obteve inúmeros avanços, não se pode negar, mas os recursos destinados à sua manutenção sempre estiveram aquém das reais necessidades de desenvolvimento. Hoje, o resultado é um grande déficit na saúde e que cresce a cada dia. A situação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes é um exemplo. Importantes parceiros do Estado na oferta de assistência à população, mas que enfrentam graves problemas financeiros.

Anualmente, as entidades realizam mais de 185 milhões de atendimentos ambulatoriais em pacientes da rede pública, grande parte deles procedimentos complexos e escassos no sistema pú-blico, e mantém 1/3 dos leitos hospitalares do País. Essas unidades oferecem tratamento gratuito e são ressarcidas posteriormente pelo Governo. O repasse é feito considerando uma tabela de procedi-mentos do SUS, que estipula o valor de cada intervenção médica, mas esta tabela está desatualizada e há muito não recebe as corre-ções necessárias. Hoje, o déficit é de, em média, 40%, o que significa que para cada R$ 100,00 utilizados no atendimento gratuito, as uni-dades recebem de volta R$ 60,00. Essa distorção prolongada e sem solução produziu dívidas imensas para as entidades.

Até hoje, nenhuma medida chegou de fato à raiz do problema e soluções que o setor reivindica há muito tempo nunca saíram do

papel. O novo governo vem demonstrando disposição para efeti-var uma série de medidas, apoiando, inclusive, a regulamentação da Emenda Constitucional 29. Esta última medida é essencial para o início da solução.

Sem a regulamentação da EC 29, novos mecanismos de arreca-dação caem no vazio. É fundamental para garantir que o dinheiro arrecadado para a saúde seja realmente destinado para hospitais e pacientes. Sem regras claras para o financiamento os recursos são utilizados, por exemplo, em obras de saneamento básico ou projetos sociais. Por isso, é possível afirmar que tão importante quanto mais dinheiro para a saúde é assegurar que esses recursos sejam bem aplicados. É evidente que mais recursos sempre serão bem vindos. Mas a lógica é simples - novas formas de arrecadação,

implantação de novos tributos ou qualquer outra ação será válida apenas se a boa aplicação dos recursos for garantida.

O empenho em regulamentar a EC 29 vai demonstrar o real comprometimento do novo Governo com a saúde da população. Os primeiros posicionamentos foram positivos e os gestores das Santas Casas e Hospitais Beneficentes esperam resultados práticos em breve, pois o SUS e os pacientes não podem mais esperar.

José Reinaldo Nogueira de Oliveira Júnior é Presidente da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia do Brasil) e Fehosp (Federação das Santas

Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo)

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HISTóRIcO

FEMIPA 25 ANOS:Construindo a saúde no Estado do Paraná

Ao longo de sua história, a Federação das Santas Casas de Mi-sericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Fe-mipa), vem exercendo a missão de congregar e representar essas instituições de saúde, agindo em defesa dos seus inte-resses, prestando assistência técnico-administrativa e colabo-rando para o aprimoramento do seu atendimento por meio dos cursos e palestras que organiza, promovendo desta forma a capacitação de profissionais que atuam na área da saúde.

Fundada em 12 de março de 1986, por iniciativa do engenheiro Ivo Arzua Pereira, a Femipa tornou-se nes-

tes 25 anos de atividades uma entidade com forte re-presentação nacional, que age em defesa de interesses comuns, definindo políticas de atuação e interagindo com instituições públicas e privadas que visam melho-rias na saúde da população. Os hospitais filiados à Femi-pa são responsáveis por mais de 50% dos atendimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado do Paraná. Ao todo, são cerca de 6 mil leitos ativos disponíveis ao usuário SUS. Além disso, os filiados empregam mais de 28 mil profissionais.

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HISTóRIcO

uM LEgADO DE CONQuISTAS

Nos últimos dez anos, a Femipa esteve à frente de impor-tantes mobilizações políticas de interesse dos hospitais filan-trópicos. Da criação do Programa de Reestruturação e Con-tratualização dos Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde, que permitiu o planejamento das instituições em rela-ção aos recursos financeiros, à luta pelo pagamento retroativo dos recursos do incentivo à contratualização de 2007.

Em outubro de 2005, as Santas Casas de Misericórdia e hospitais filantrópicos de todo Brasil fizeram protestos para a conscientização da opinião pública sobre o estado financei-ro em que se encontrava o setor. O Movimento Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos em Defesa da Sobrevi-vência – SOS Santas Casas, organizado pela CMB, com apoio da Femipa e outras federações, se transformou num marco da luta dos filantrópicos por melhores condições no país. O resultado foi a abertura do diálogo sobre a regulamentação da Emenda 29.

“Participamos ainda, ativamente, da aprovação do projeto de Lei das filantrópicas, para o qual foram apresentadas suges-tões de alterações”, conta Maçazumi Furtado Niwa, presidente da Federação. Outra importante conquista política da qual a Femipa participou de forma efetiva em Brasília foi a inclusão das Santas Casas e hospitais filantrópicos na Lei que criou a Timemania, em 2007, e também para a prorrogação do pra-zo para a entrada do pedido de parcelamento da dívida pelos hospitais interessados.

A participação ativa nos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde, junto à Confederação das Santas Casas de Mise-ricórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e outros organismos ligados à saúde no Estado garante aos afiliados a certeza de representatividade efetiva. “Recentemente, foi instalada a Frente Parlamentar das Santas Casas no Congresso Nacional e a Femipa se debruçará fortemente com a bancada federal paranaense, para que o setor seja pauta de ações e so-luções dos representantes políticos dos paranaenses”, garante o presidente da Femipa.

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NÚMEROS DA FEMIPA• No Paraná, 105 estabelecimentos são filantrópicos e sem fins lucrativos. • 59 destes hospitais são afiliados à Federação das Santas Casas de Miseri-

córdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa).• Os afiliados à Femipa estão presentes em 44 municípios.• 56% são os únicos hospitais em municípios do interior com até 30 mil

habitantes.• Instituições respondem por mais de 50% dos atendimentos do SUS no

Estado.• São cerca de 6 mil leitos ativos disponíveis aos usuários do SUS.• Os filiados empregam mais de 28 mil profissionais.

A Federação é membro da Confederação Internacional das Misericórdias (CIM), membro da diretoria da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Beneficentes (CMB), do Conselho Estadual de Saúde do Pa-raná (CES), do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba, foi uma das fundadoras e integra o Instituto Paranaense de Acreditação em Serviços de Saúde (IPASS). “Este ano, conquistamos a presidência do CES, um momento importante que nos confere ainda mais credibilidade no Estado”.

A Femipa também possui assento como titular e suplente no Conselho Mu-nicipal de Saúde de Curitiba e integra o Grupo de Atividades Fundamentais da Coordenadoria de Defesa Civil de Curitiba. Além disso, é membro do conselho fiscal da Confederação Internacional das Misericórdias, entidade fundadora e integrante da diretoria do Instituto Paranaense de Acreditação em Serviços de Saúde (IPASS) e assumiu, este ano, a diretoria Jurídica da CMB.

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HISTóRIcO

DIRETORIA FEMIPA 2010/2013

No Paraná, 105 estabelecimentos são filantrópicos e Com a bandeira de melhorar o custeio das entidades a curto e médio prazos, a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) elegeu a diretoria atual para o triênio 2010/2013. À frente da Federação, Maçazumi Furtado Niwa, diretor corporativo jurídico do Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba, como presidente, a diretora executiva do Complexo Pequeno Príncipe, de Curitiba, Ety Cristina Forte Carneiro, e o diretor do Hos-pital Evangélico de Londrina, Luiz Soares Koury, ambos como vice-presidentes.

De acordo com Niwa, seu mandato tem o objetivo de estabelecer uma relação de parceria com o governo do Estado do Paraná, uma vez que os recursos federais dependem da regulamentação da Emenda Constitu-cional 29 ou do próprio Ministério da Saúde, duas situ-ações mais difíceis de serem implantadas. Para estreitar a relação política, a Federação tem estabelecido uma agenda com deputados, senadores, governador e se-cretário de Estado da Saúde do Paraná.

Outro foco de atuação da diretoria atual é o cresci-mento da representatividade da instituição e a oferta de serviços aos filiados, com ação intensa nas questões políticas e estratégicas, jurídicas, recursos humanos e comunicação.

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DIRETORIA NO CONSELHO ESTADuAL DE SAÚDE - A dire-tora da Femipa, representante dos prestadores de serviço, Rosita Wilner, assumiu a presidência da mesa diretora do Conselho Estadual de Saúde (CES) para o mandato de um ano. Um dos desafios do CES este ano será a realização da Conferência Estadual de Saúde, que irá discutir o plano esta-dual de saúde.

“Pretendemos fortalecer o controle social e contar com o apoio dos conselheiros”, ressaltou Rosita Wilner lembrando, ainda, que baseia suas ações em práticas democráticas e éti-cas. “Sou uma defensora intransigente do SUS, por ser uma usuária do Sistema”, disse. Além disso, garantiu que irá cobrar o compromisso assumido pela Sesa em apoiar o CES.

PRESIDENTES

• 1986 a 1992 – Dr. Ivo Arzua Pereira.• 1992 a 1995 – Dr. Paulo Franzon.• 1995 a 1999 – Dr. Carlos Alberto Grolli.• 2000 a 2004 – Dr. Jerônimo Antonio Fortunato Jr.• 2004 a 2010 – Dr. Charles London.• 2010 a 2013 – Dr. Maçazumi Furtado Niwa.

MESA DIRETORA DO CONSELHO ESTADuAL DE SAÚDE

• Presidente: Rosita Wilner (Femipa)• 1° vice-presidente: Jonaz Braz (CUT)• 2ª vice-presidente: Alaerte Leandro Martins (Associação Brasileira de Enfermagem - Aben)• 3ª vice-presidente: Livia Diniz Sola (Federação das Associações de Moradores do Paraná - Famopar)• 1ª secretária: Lorene Gonçalves de Amorim (Pastoral da Pessoa Idosa) • 2ª secretária: Marina Martins (Cosems)• 1° Tesoureiro: Nilson Hideki Nishida (Sindicato dos Farmacêuticos - Sindifar - PR)• 2° Tesoureiro: João Maria Ferrari Chagas(Instituto Brasileiro de Deficientes Visuais - IBDVA)

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NÚCLEOS REgIONAIS

Em junho de 2010, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) deu um importante passo para ampliar sua representatividade. Nesta data, foi apro-vada a alteração do estatuto social para criar seis núcleos regio-nais: Curitiba, Guarapuava, Londrina, Maringá, Jacarezinho e Cas-cavel. Eles serão representados na Femipa por um coordenador, indicado pela diretoria da Federação.

De acordo com Niwa, a ideia de criar diretorias regionais em grau estatutário, com a definição de atribuições para esses dire-

tores, amplia os serviços oferecidos aos associados. “Com isso, pretendemos atingir, principalmente, os hospitais de pequeno porte”, revela.

Entre as atribuições desses núcleos estão: receber e informar a diretoria sobre as ações e dificuldades regionais, indicar associa-dos que possam contribuir para o desenvolvimento do trabalho nos núcleos regionais, propor à diretoria ideias para o desenvol-vimento do trabalho com as características da sua região, solicitar a elaboração de deliberações pela diretoria para esclarecimentos ou suprimento de omissões constantes da presente deliberação, divulgar às associadas informações sobre os trabalhos e projetos

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desenvolvidos pela Federação, auxiliar na aplicação de projetos da diretoria, das coordenarias política, de comunicação e jurídica, além de contribuir para o crescimento da representação da insti-tuição no núcleo regional e buscar novos associados.

Também foram criadas três coordenadorias de apoio ao tra-balho da diretoria. A coordenadoria Política é responsável pelo desenvolvimento do planejamento estratégico de atuação polí-tica e pelo diagnóstico de possíveis situações emergenciais nessa área que afetam as associadas. Já a coordenadoria Jurídica e de Recursos Humanos responde pela discussão de assuntos jurídi-cos e de recursos humanos que se destacam como relevantes aos

afiliados, analisando assuntos jurídicos e de recursos humanos propostos pela diretoria, apresentando as recomendações perti-nentes. Na coordenadoria de Comunicação e Marketing, o grupo trabalha no planejamento e supervisão da política de comunica-ção da Femipa, facilitando a articulação nos diferentes veículos de comunicação interna e externa, bem como na promoção de ações e relacionamentos. Outra atribuição da coordenadoria é a de avaliar a estratégia mais adequada aos assuntos e veículos para fortalecer a imagem e difundir as ações da Federação, além de divulgar encontros das associadas, estimular e promover se-minários e cursos.

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HISTóRIcO

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ABRANgÊNCIA gEOgRÁFICA

Os hospitais afiliados à Femipa estão presentes em 44 municípios e distribuídos nas seguintes regi-ões do Estado: • Norte Pioneiro: Cornélio Pro-

cópio, Jacarezinho, Cambará, Carlópolis, Quatiguá, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Uraí, Wenceslau Braz.

• Norte Central do Paraná: Apucarana, Londrina, Maringá, Sarandi, Astorga, Rolândia, Ibi-porã, Nova Esperança, Cambé, Jandaia do Sul e Arapongas.

• Noroeste Paranaense: Cia-norte e Paranavaí.

• Centro Ocidental do Paraná: Goioerê, Campo Mourão e En-genheiro Beltrão.

• Sudeste Paranaense: Irati, Rio Azul, Rebouças e União da Vitória.

• Sudoeste do Paraná: Verê e Chopinzinho.

• Oeste do Paraná: Cascavel, Matelândia, Medianeira e Foz do Iguaçú.

• Centro Oriental do Paraná: Ponta Grossa, Sengés e Pal-meira.

• Centro-Sul Paranaense: Guara-puava, Pitanga e Prudentópolis.

• Mesorregião Metropolitana de Curitiba do Paraná: Curiti-ba, Araucária e Colombo.

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cApAcITAÇãO E InOVAÇãO

FORMAÇÃO E ATuALIZAÇÃO DOS

PROFISSIONAIS DA SAÚDE:Planejamento Estratégico, Financeiro e Melhoria Contínua de

Processos Operacionais

A preocupação com a capacitação dos gestores e demais colaboradores dos hospitais filantrópicos sempre motivou a realização de vários cursos e eventos pela Femipa. Ao longo desses 25 anos, a Federação promoveu uma série de cursos, seminários, workshops que ajudaram na formação e atualiza-ção dos profissionais da área da saúde. De acordo com o as-sessor Paulo Becker, foi com grande êxito que profissionais de renome nacional proferiram cursos e palestras sobre assuntos de grande relevância para o dia-a-dia dos hospitais. “Dentre os realizados destacamos: TABWIN – sistema de informações SUS, Faturamento Hospitalar SUS, Humanização no Atendi-mento de Pacientes, Legislação da Certificação da Filantropia com suas novas regras e Seminários de Gestão”, ressalta.

Já para 2011, Becker confirma o curso SICONV – Sistema de Convênio do Ministério da Saúde, Acreditação Hospitalar e 4º Seminário de Gestão, sendo este último em novembro/2011. “Mais de 3.500 profissionais foram capacitados pelos cursos e eventos realizados pela FEMIPA”, conta Becker.

INOVAÇÃO - Com relação à atualização dos gestores hos-

pitalares visando inovar na gestão das unidades hospitalares, Becker destaca o “Programa Mais Gestão” que teve início em março/2008. “O programa envolve 253 hospitais no Brasil, em 07 Estados (sul e sudeste), e no Paraná participaram 15 Hos-pitais Filantrópicos”, conta. O Programa dá ênfase no Planeja-mento Estratégico, Financeiro e Melhoria Contínua de Proces-sos Operacionais (utilizando o método “Kaizen”, 5’s, etc.). “Os hospitais paranaenses obtiveram a maior média de avaliação. Outras iniciativas deverão ocorrer na implantação de progra-mas voltados à melhoria da gestão, reequipamento e custeio dos hospitais”, revela Becker.

Para Rosita Wilner, diretora da Femipa há 16 anos, a co-ordenação e implementação desses projetos é fundamental para a elaboração das políticas de saúde no Estado. “Ganha-mos respeito como atores no processo de representação com as atividades que desenvolvemos. Vejo que crescemos muito e conquistamos um espaço privilegiado de negociação e de representação junto aos gestores. Estamos nos tornando fun-damentais para os hospitais afiliados”, concluí.

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pARcERIAS

A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) tem avançado na questão das parcerias nos últimos anos. Para o assessor Paulo Becker, além de parcerias com empresas patrocinadoras de cursos e eventos, é importante ressaltar o relacionamento com importantes profissionais da área hospitalar e da saúde que muito contribuem com o aprendizado dos hospitais afiliados. “Com as parcerias, a Femipa consegue reduzir o custo das ins-

crições possibilitando que um número maior de participantes tenha acesso. Também parcerias com empresas de referência que oferecem descontos em produtos e serviços aos hospitais afiliados”, explica Becker.

Entre as ações realizadas, Becker cita a parceria com a Bio-nexo do Brasil, que conta com o Sistema de Gerenciamento de Compras, além da MecFarma Distribuidora de Medicamentos. O termo de compromisso com a MecFarma prevê o repasse

AÇÕES BENEFICIAM AFILIADOS

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de um percentual sobre as vendas rea-lizadas aos afiliados pela empresa, que conta com uma distribuidora própria no Paraná. Para o presidente da Femipa, Maçazumi Furtado Niwa, a parceria não acarreta ônus aos hospitais que fecharem negócio com a empresa. “O compromis-so assumido pela MecFarma, inclusive,

é de oferecer aos afiliados preços mais competitivos de medicamentos dos principais laboratórios”, explica Niwa. O representante da distribuidora, Marcos Campos Barretto, confirmou esse com-promisso e disse que a empresa fará uma série de visitas aos hospitais de todo o Es-tado para apresentar a empresa.

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DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O SETOR FILANTRÓPICOO PaPEl SECulaR daS SaNtaS CaSaS E HOSPitaiS BENEFiCENtES E FilaNtRóPiCOS é HiStóRiCO, E data dESdE 1543, COM a FuNdaçãO da PRiMEiRa SaNta CaSa, EM SaNtOS. NO EStadO dO PaRaNá, 105 EStaBElECiMEN-

tOS SãO HOSPitaiS FilaNtRóPiCOS E SEM FiNS luCRativOS, E dEStES, 56% SãO OS úNiCOS HOSPitaiS EM MuNiCíPiOS dO iNtERiOR COM até 30 Mil HaBitaNtES. PaRa MAçAzuMi FurtAdO NiwA, PRESidENtE da FE-MiPa, aS diFiCuldadES PaSSaM, PRiNCiPalMENtE, PEla Falta dE RECuRSOS PaRa O CuStEiO daS atividadES dEStaS iNStituiçõES. EM ENtREviSta, Niwa Fala dO PaNORaMa atual dO SEtOR FilaNtRóPiCO NO PaRaNá

E REvEla OS PONtOS FuNdaMENtaiS PaRa EquaCiONaR ESSES PROBlEMaS.

EnTREVISTA

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Qual o cenário hoje do setor Filantrópico no Estado do Paraná e qual a importância assistencial para a popula-ção da região?

Na maioria dos municípios paranaenses, quase a to-talidade dos atendimentos de pronto-socorro (urgência e emergência) é realizado por hospitais filantrópicos e Santas Casas, como ocorre em Curitiba, Londrina, Maringá, Arapon-gas, Sarandi, Apucarana, Ponta Grossa e Guarapuava.

Os hospitais filiados à FEMIPA são responsáveis por mais de 50% dos atendimentos das internações ao Sistema Úni-co de Saúde (SUS) no Estado e estão presentes em 44 mu-nicípios. Ao todo, são aproximadamente 6 mil leitos ativos disponíveis ao usuário SUS. Além disso, os filiados empre-gam mais de 28 mil profissionais.

No Paraná, 105 estabelecimentos são hospitais fi-lantrópicos e sem fins lucrativos, e destes, 56% são os únicos hospitais em municípios do interior com até 30 mil habitantes.

Pensando no cenário atual, quais são os principais de-safios para o setor filantrópico e como a FEMIPA tem atuado para amenizar ou solucionar estes entraves?

As dificuldades passam, principalmente, pela falta de recursos para o custeio das atividades. O que difere de uma unidade hospitalar para outra é o perfil assistencial (pequenos, médios e grandes) que impacta sobre a remu-neração do SUS, de forma mais ou menos favorável, e a geração de oportunidades, como destinar parte dos leitos ao atendimento da saúde suplementar.

Em sua opinião, é possí-vel equacionar a questão da remuneração – com as tabelas defasadas do SuS – e as dívidas que o setor enfrenta? Quais são os pontos vitais são funda-mentais para a solução do subfinanciamento?

Um dos problemas da defasagem dos valores pa-gos pelo SUS está no fato de não haver um índice previsto para o reajuste dessa tabela. Assim, os hos-pitais filantrópicos, que são contratados para prestar serviço ao SUS, dependem da vontade política para que reajustes, esporádicos e sem critério, aconteçam. Uma das primeiras medidas que deveria ser adotada pelo Ministério da Saúde é

a definição de um índice de reajuste anual. Já na esfera estadual, nos últimos anos, o Governo

do Paraná vem aumentando o aporte de recursos para a Saúde. Mesmo assim, o Paraná está entre os 16 Estados que deixaram de aplicar os 12% de seu orçamento que deveri-am obrigatoriamente ir para a área da Saúde. No passado, o Estado incluiu nesse percentual despesas com pensionistas da saúde, planos de saúde de servidores, bolsa-família, sa-neamento, alimentação de presidiários.

O atual governo estadual se comprometeu em cumprir a Emenda Constitucional 29. Além disso, há outras ações previstas que podem beneficiar os hospitais filantrópicos, como o projeto de capacitação para os gestores e um pro-grama de incentivo aos hospitais considerados referência em suas regiões.

Novas Formas de Contratação de Serviços poderiam au-xiliar o setor? Em que sentido?

Um dos modelos que pretendemos discutir com a Sec-retaria Estadual de Saúde é a gestão de hospitais públicos por organizações sociais. Os hospitais filantrópicos, que possuem amplo conhecimento na prestação da assistência à saúde, devem ser os primeiros parceiros na administra-ção das unidades do Estado. Exemplos bem-sucedidos em outras unidades da federação não faltam. Acreditamos que essa alternativa possa ser um caminho viável, por exemplo, para que alguns dos hospitais construídos na última gestão estadual sejam colocados em funcionamento.

A melhoria de resulta-dos com diminuição de custos, bem como a oti-mização de receita, tem sido um dos principais pontos para que os hos-pitais filantrópicos se-jam sustentáveis. Como o Paraná tem trabalhado nestas questões e como a FEMIPA tem ajudado nes-sa missão?

Os hospitais investem cada vez mais na profis-sionalização da gestão des-sas instituições. Em 2008, 14 hospitais do Estado participaram do Programa Nacional de Melhoria da Gestão em Hospitais Fi-lantrópicos - Mais Gestão, que ajudou na organiza-ção dessas unidades em temas como redução de desperdícios, o aumento na produtividade e quali-dade através da melhoria

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dos processos, além da capacitação, engajamento e mo-tivação da equipe profissional, resultando na melhora significativa do atendimento à população. Além disso, por meio de cursos promovidos pela FEMIPA, os profis-sionais dos hospitais afiliados têm a oportunidade de se atualizar sobre temas que afetam diretamente o dia a dia das instituições. A Federação ainda atua de maneira per-manente junto à Secretaria de Estado da Saúde e nos en-contros realizados pela Confederação das Santas Casas com o Ministério da Saúde, no intuito de encontrar novas soluções para o problema do financiamento.

O projeto do Governo Estadual que deve ser iniciado este ano, com o apoio da FEMIPA, para a capacitação dos profissionais que trabalham na gestão da Saúde será uma grande conquista, pois possibilitará o acesso a conheci-mentos atualizados e a novas ferramentas para administrar melhor recursos financeiros e humanos.

um dos maiores desafios, nesta relação, tem sido com os hospitais de pequeno porte. Neste ponto, qual a im-portância da profissionalização para a perenidade des-tas unidades?

A profissionalização é item fundamental nesse caso, mas não somente. É preciso que essas unidades sejam melhores aproveitadas dentro de um sistema integrado, já que, mui-tas vezes, são as únicas prestadoras de serviços 24 horas, por exemplo, em seus municípios.

Com o aperfeiçoamento e melhoria de qualidade dos serviços que presta à sociedade, os Hospitais Filan-trópicos têm sido uma opção para que o governo consolide a implantação do Sistema Único de Saúde em todo o território brasileiro. No Paraná, como é o diálogo com as esferas governamentais (municipal,

estadual, federal)?Ao longo de 25 anos de história, a FEMIPA sempre

procurou estabelecer um diálogo aberto com o poder público. No entanto, poucas foram as vezes em que pro-jetos que permitiriam o avanço do segmento do Estado saíram do papel. Mais recentemente, no entanto, o atual governo estadual tem se mostrado disposto a discutir novas ideias. Estamos confiantes que os próximos qua-tro anos possam ser de mudanças positivas para o setor filantrópico no Paraná.

Na esfera municipal, a atuação acaba sendo menor, pois, nesse caso, a tarefa tem sido realizada diretamente pelos hospitais junto ao gestor municipal, mas essa rela-ção deve ser melhorada. Entretanto, todas as vezes em que houve necessidade da intervenção da Femipa, par-ticipamos ativamente.

Já em Brasília, nossa participação acontece, principal-mente, por intermédio da CMB. A Federação participa ati-vamente de encontros com parlamentares e com represen-tantes do Ministério da Saúde.

Há projetos promissores em parceria com os governos estadual e federal em andamento? Se não houver, quais deveriam ser estabelecidos para melhor o atendimento à população?

Apresentamos, ainda durante a campanha para as eleições estaduais, um projeto para a implantação de um programa de capacitação na área de gestão. O governo es-tadual já sinalizou que ele será viável e estuda a melhor for-ma de implantação. Será uma conquista importante, pois facilitará o acesso a informação de qualidade e atual.

Além disso, procuramos estabelecer com o gestor es-tadual as necessidades dos hospitais filantrópicos, que per-passa por uma contratualização dos serviços mais profunda e com uma remuneração mais equilibrada frente aos custos

O SuBFINANCINAMENTO DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA à SAÚDE PRECISA SER REVERTIDO

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e ao reequipamento das unidades hospitalares. Além dis-so, há muito hospitais pequenos, que não se enquadram nos critérios dos hospitais de pequeno porte do Ministério da Saúde, que precisam de atenção. É necessário um pro-grama específico para torná-los viáveis, desde que exista a clara definição do papel dessas unidades em uma rede de serviços aos usuários do SUS de forma hierarquizada.

Como foi recebido e qual tem sido o impacto do novo marco legal da filantropia?

A Lei 12.101, de 27 de novembro de 2009, é fruto de um amplo debate da sociedade civil organizada e dos Po-deres Legislativo e Executivo. A Lei sancionada se mostra, apesar da discussão jurídica constitucional, uma evidente evolução da atual legislação imposta ao setor filantrópico por conferir maior clareza e organização aos conceitos e aos requisitos relacionados à certificação e à “isenção” das entidades beneficentes de assistência social.

Quanto à certificação das entidades beneficentes de as-sistência social, destacamos as seguintes modificações: a concessão e a renovação dos certificados serão realizadas pelos Ministérios da Saúde, da Educação e do Desenvolvi-mento Social e Combate à Fome e os requisitos para certi-ficação serão simplificados, uma vez que não mais se apre-sentarão em duplicidade com os requisitos para a “isenção” das contribuições previdenciárias.

Quanto à “isenção” das contribuições previdenciárias (descritas nos artigos 22 e 23 da Lei 8.212/91) às entidades beneficentes de assistência social, destacam-se dentre as principais alterações: o gozo da “isenção”, desde que preenchidos os requisitos estabelecidos na Lei, sem a ne-cessidade de prévio requerimento e deferimento da Receita Federal do Brasil; o cancelamento do certificado desde a data da lavratura da ocorrência da infração (irregularidade), sem prejuízo da exigibilidade do crédito tributário e das

demais sanções previstas em lei.Neste momento, a FEMIPA entende que há necessidade

de uma revisão profunda do Decreto e da Portaria que regulamentam a Lei 12.101/09, posto que os mencionados dispositivos incorreram em severas distorções da vontade do legislador ordinário.

Fazendo uma perspectiva de futuro, como o senhor vê o setor filantrópico da saúde nos próximos anos?

O setor filantrópico da área da saúde tem um panorama de adaptação à nova legislação filantrópica. O cenário é de cautela, pois dependerá das análises do Ministério da Saúde que doravante emitem a concessão e renovação do certificado de entidade beneficente assistencial. Se as dificuldades forem grandes muitos hospitais devem se re-estruturar para atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde. Preocupa, também, o excesso de projetos de lei de categorias afetas à atividade da saúde, para que regu-lamente jornada de trabalho e piso salarial. Caso venham a ser aprovados esses projetos de lei, pelo impacto finan-ceiro que representam, podem inviabilizar financeiramente as entidades hospitalares. Também podem repercutir neg-ativamente no próprio sistema sindical, haja vista que as negociações das convenções coletivas serão praticamente desnecessárias.

O subfinancinamento das ações e serviços de assistên-cia à saúde precisa ser revertido. O grau de endividamento das entidades é enorme e não há mais como ser mantido. A esperança é que a saúde seja tratada como prioridade em todas as pastas do governo e que recursos sejam destina-dos também para assistência hospitalar. A regulamentação da EC 29 e a participação conjunta das entidades filantrópi-cas existentes nas decisões das ações de saúde estaduais e municipais são alternativas para que o Sistema Único de Saúde possa ser reestruturado e consolidado.

O ATuAL gOVERNO ESTADuAL SE

COMPROMETEu EM CuMPRIR A EMENDA CONSTITuCIONAL 29

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LEGISLAÇãO

LEI DA FILANTROPIA:Novo marco regulatório

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A lei da filantropia criou um novo marco regulatório para as atividades de organizações do chamado tercei-ro setor, com o objetivo de profissionalizar as institui-ções beneficentes e acabar com os casos de desvio de recursos. De acordo com a Confederação das Santas Casas de Misericórdia do Brasil (CMB), apesar de não ter atendido todos os pleitos deste setor, a Lei nº 2.101 teve uma evolução considerável em relação à legislação anterior, que não mais refletia a relação entre gestor, administração pública e prestador, e mudou os proce-dimentos de requisição e concessão da Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social (Cebas) e para isenção de recolhimento de contribuições para a seguridade social.

A nova legislação também prevê que as entidades de saúde, para serem consideradas filantrópicas e, com isso, fazerem jus à certificação, devem comprovar o cumprimento de metas estabelecidas em convênio com o gestor do SUS e ofertar percentual mínimo de 60% de sua prestação de serviço ao sistema.

Apesar das barreiras a serem superadas, a lei da fi-lantropia marca um importante passo em direção a

profissionalização das organizações do terceiro setor. José Reinaldo Nogueira de Oliveira Júnior, presidente da CMB, reforça a necessidade de acompanhar este pro-cesso de transição e os reais impactos para o setor. “Na prática, algumas instituições podem enfrentar efeitos negativos, mas acredito que essa situação será exceção. Caminhamos, mesmo que em passos lentos, para a valo-rização, idoneidade e estruturação profissional das en-tidades beneficentes, que tantas vezes é a que cumpre a missão de atuar onde as políticas públicas ainda não alcançaram”, pondera.

Os afiliados à Femipa tiveram, através de encontros na entidade, a oportunidade de conhecer as mudanças provocadas com a regulamentação da lei n° 12.101, para o pedido do certificado de filantropia. O presidente da Femipa, Maçazumi Furtado Niwa, também conversou com os afiliados e apresentou as fórmulas que deve-rão ser usadas para o cálculo do somatório de serviços prestados por entidade de saúde e de verificação do percentual de serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Abaixo, leia texto do presidente da Femipa com as principais alterações.

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LEGISLAÇãO

O QuE MuDOu NA LEgISLAÇÃO DO

SETOR FILANTRÓPICO

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A Lei 12.101, de 27 de novembro de 2009, publicada no dia 30 do mesmo mês e ano, dis-põe sobre a certificação das entidades benefi-centes de assistência social, regula os proce-dimentos de isenção de contribuições para a seguridade social, altera a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, revoga dispositivos das Leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429, de 26 de dezembro de 1996, 9.732, de 11 de dezembro de 1998, 10.684, de 30 de maio de 2003, e da MPV nº 2.187-13, de 24 de agosto de 2001, e dá outras providências.

A Lei sancionada é fruto de um amplo debate da sociedade civil organizada e dos Poderes Legis-lativo e Executivo.

Quanto à certificação das entidades bene-ficentes de assistência social, destacamos as seguintes modificações: a concessão e a reno-vação dos certificados serão realizadas pelos Ministérios da Saúde, da Educação e do Desen-volvimento Social e Combate à Fome; os requi-sitos para certificação serão simplificados, uma vez que não mais se apresentarão em dupli-cidade com os requisitos para a “isenção” das contribuições previdenciárias.

Quanto à “isenção” das contribuições pre-videnciárias (descritas nos artigos 22 e 23 da Lei 8.212/91) às entidades beneficentes de as-sistência social, destacam-se dentre as princi-pais alterações: o gozo da “isenção”, desde que preenchidos os requisitos estabelecidos na Lei em comento, sem a necessidade de prévio re-querimento e deferimento da Receita Federal do Brasil; o cancelamento do certificado desde a data da lavratura da ocorrência da infração (irregularidade), sem prejuízo da exigibilida-de do crédito tributário e das demais sanções previstas em lei.

A Lei sancionada se mostra, apesar da dis-cussão jurídica constitucional que o cerca e de pontos que dependerão de regulamenta-ção, uma evidente evolução da atual legisla-ção imposta ao setor filantrópico por conferir maior clareza e organização aos conceitos e aos requisitos relacionados à certificação e à “isenção” das entidades beneficentes de assis-tência social.

Por Maçazumi Furtado Niwa, advogado, sócio de Niwa & advogados associados - OaB/PR 1.324, Presidente da FEMiPa - Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná.

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GOVERnO

SANTAS CASAS E FILANTRÓPICOS:

Fundamentais para a reestruturação do sistema de saúde do Paraná

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O Governo do Estado do Paraná investiu, nos últimos anos, mais de R$ 300 milhões na construção, reforma, ampliação e compra de equipamentos de 44 hospitais; estaduais, municipais e filantrópicos distribuídos em todo o Estado. A ideia é descentralizar o atendimen-to à saúde e proporcionar à população que reside nos municípios do interior um atendimento de qualidade próximo às suas residências. Para que este propósito seja alcançado, os Hospitais Filantrópicos e Santas Casas são fundamentais.

Um exemplo disso é a reestruturação do sistema de saúde do Oeste do Paraná, ocorrida no início do ano, que contou de maneira efetiva com os hospitais filantrópicos São Lucas e Nos-sa Senhora da Salete, de Cascavel. As instituições são opções do Governo para desafogar o sistema. “Vamos gestionar junto ao Ministério para o credenciamento dessas instituições, que são essenciais neste momento para atender a população”, explicou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. O Hospital São Lucas já tem o protocolo junto ao Ministério da Saúde para abrir o pronto-socorro pelo SUS, além de ter solicitado cinco no-vas UTIs. O Hospital Nossa Senhora de Salete também está em negociação para ter o pronto-socorro do SUS.

Entre as principais ações do Governo está a quitação de dívidas antigas na área de saúde. Em fevereiro, o governador Beto Richa li-berou R$ 4,2 milhões para pagamento de dívidas com prestadores de serviços, convênios com hospitais filantrópicos e fornecedores da área da saúde. Este foi o terceiro lote de pagamentos atrasados da área de saúde feito pelo governo Beto Richa. Dos R$ 53 milhões em dívidas herdadas pela nova gestão, o governo já quitou cerca de R$ 20 milhões.

O acerto tem beneficiado entidades como a Santa Casa de Lon-drina, em que o Estado devia R$ 300 mil. A entidade firmou um con-vênio no valor de R$ 100 mil mensais com o governo para a presta-ção de serviços e estava com o pagamento atrasado desde outubro. A Santa Casa de Campo Mourão, que também havia firmado convê-nio no valor de R$ 60 mil mensais, recebe a última parcela, porque o convênio foi encerrado no fim do ano passado.

O governo também quitou dívidas com a Santa Casa de Cambé, Santa Casa de Ponta Grossa, Hospital Evangélico de Londrina, Poli-clínica Pato Branco, Hospital São Francisco de Francisco Beltrão, AP Saúde de Chopinzinho e APMI de União da Vitória, entre outras uni-dades, que tinham leitos de UTI contratados pela Secretaria da Saú-de. A dívida com esses hospitais era de aproximadamente R$ 400 mil. A Santa Casa de Irati e o Hospital Vicentino de Ponta Grossa rece-berão R$ 126 mil em razão de convênios atrasados. Os pagamentos feitos no último lote regularizam também débitos com a Associação Hospitalar de Proteção à Infância Doutor Raul Carneiro, responsável, entre outros estabelecimentos, pelo Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, e o Hospital Waldemar Monastier, em Campo Largo. A enti-dade está recebendo R$ 300 mil.

HospSuS – Outra boa iniciativa anunciada pelo governador Beto Richa foi o lançamento do HospSUS, programa da saúde que vai priorizar a liberação de recursos do estado para os hospitais social e sanitariamente estratégicos. Os hospitais deverão se credenciar ao programa e a Sesa poderá investir nessas instituições com liberação de equipamentos, custeio e inclusive reformas e ampliações. Em abril, o governo do Estado indicou a destinação de R$ 25 milhões adicionais para a área de saúde para a implantação do programa.

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Michele Caputo Neto, Secretário estadual da Saúde é eleito vice-presidente sul do Conass. Beto Richa, governador do Estado do Paraná

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MAIS GESTãO

ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE OTIMIZA APLICAÇÃO DE

RECuRSOSPesquisa divulgada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatísticas (IBGE) deflagra as consequências de uma realidade enfrentada há anos pelas Santas Casas e Hos-pitais Beneficentes. Segundo o levantamento, o país perdeu 11.214 leitos para internação entre 2005 e 2009. Além disso, a oferta de leitos privados ao SUS teve redução de 12% no mesmo período. Segundo as principais entidades do setor, o déficit de remuneração oferecida pelo Governo aos hospitais beneficentes no atendimento dos pacientes da rede pública é o principal agravante para este cenário.

No entanto, muitas Santas Casas e Hospitais Filantró-picos têm amenizado a falta de recursos com boa gestão. Programas de capacitação e administração eficiente têm sido os grandes aliados para estas instituições. Um desses programas é o Mais gestão, iniciativa da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), em parceria com diversas entidades, que prevê a rápida redução de desperdícios, o aumento na produtividade e qualidade por meio da melhoria dos pro-

cessos, além da capacitação, engajamento e motivação da equipe profissional.

Com isso, as equipes dos hospitais são capacitadas para aplicação de gestão estratégica, operacional, financeira e da informação por uma Equipe de Consultores Técnicos, treinada especialmente para tal. De acordo com José Luiz Spigolon, da CMB, a aplicação do método Kaizen, o mesmo utilizado pela Toyota, possibilita melhorias na gestão ope-racional dos hospitais.

O Programa Mais Gestão, lançado em 2008, abrange 253 hospitais filantrópicos em sete Estados no Sul e Sudeste. No Parará participam 15 instituições.

A Femipa tem se concentrado em oferecer programas e cursos para seus associados capacitarem os recursos huma-nos, mantendo diversas atividades educacionais – incluin-do a capacitação em variados aspectos da administração. Nas próximas páginas acompanhe exemplos de Hospitais Filantrópicos e Santas Casas que são exemplo em gestão de recursos, administração e assistência à saúde.

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pIOnEIRISMO

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA

DE CuRITIBAPioneira em Ensino, Pesquisa e Assistência Médica

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A Santa Casa de Misericórdia de Curitiba é a institui-ção de saúde mais antiga do Paraná. Embora tenha sua origem em 1843, sob a denominação de Fraternidade Curitibana, foi definitivamente instituída em 9 de junho de 1852, atuando ainda em sede provisória. Em 1868 foi iniciada a construção do Hospital de Caridade da Irman-dade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, cujo término ocorreu em 1880, sendo inaugurado pelo Im-perador Dom Pedro II, no dia 22 de maio daquele ano. Inicialmente com 160 leitos, podia ser considerado um grande Hospital, e, por muito anos, foi o único hospital de Curitiba.

Atualmente, a Santa Casa de Curitiba realiza cerca de 175 mil atendimentos, entre internamentos, consul-tas ambulatórias e atendimentos de emergência. Em 2009, 86% do volume de atendimentos foi voltado para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital é referência em medicina de alta complexidade, espe-cialmente nas especialidades de cardiologia, cirurgia bariátrica e transplantes, além de ser referência em pes-quisas com células-tronco.

Na comemoração dos 130 anos de fundação, o pro-vedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Frederico Unterbeger, lembrou que Curitiba D. Pedro II esteve em Curitiba para inaugurar o Hospital do qual ele comentou estar longe do centro da cidade. “Na época, ele não imaginou a cidade do tamanho que nós a conhecemos.

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pIOnEIRISMO

ENSINOAntes da fundação da então Universidade do Paraná, por um

grupo de idealistas, em 1912, o Hospital de Caridade já funcionava como Centro de Aperfeiçoamento para os médicos do Paraná e de Santa Catarina. A partir de 1912, mais precisamente em 1915, quan-do foram iniciadas as aulas práticas de clínica, os Hospitais da Santa Casa foram utilizados para o ensino da Medicina, pela hoje Universi-dade Federal do Paraná, até 1961, quando entrou em funcionamen-to o Hospital de Clínicas.

A cooperação e atuação conjunta entre a Santa Casa, a Faculda-de de Ciências Médicas da Universidade Católica e a Escola de En-fermagem Madre Léonie iniciaram-se em 1957. A partir dessa data, a Santa Casa acolheu, e ainda o faz até hoje, os estudantes da PUC-PR. A aliança selada com a PUCPR, homologada pela APC em 27 de agosto de 1999, veio a fortalecer o vínculo entre as duas instituições e implementar as transformações necessárias para a ampliação de sua missão como hospital-escola, consolidando o trinômio ensino-pesquisa-assistência.

PIONEIRISMO Ao longo de sua trajetória a Santa Casa de Curitiba manteve a

vocação para o pioneirismo. Em 2010, por exemplo, a instituição consolidou-se como o primeiro hospital no País a ter uma ala exclu-siva para a obesidade mórbida. O ambulatório exclusivo iniciou suas atividades com 13 leitos e possibilidade de realização de 50 cirurgias de redução de estômago por mês, além de oferecer aos pacientes outras especialidades médicas como psiquiatras, psicólogos e mé-dicos especialistas em patologias cardiológicas e ortopédicas. Em 2009, foram realizadas na Santa Casa de Curitiba 738 cirurgias bariá-tricas, tanto SUS quanto convênios e particulares. Ao todo, o hospital realizou 7.169 cirurgias.

ALTA COMPLEXIDADEA Santa Casa de Curitiba tornou-se também referência para Ademir José Novaes que fez transplante de coração

em 2008 na Santa Casa de Curitiba

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transplantes. Em 2010, o Paraná foi o quarto Estado da federação que mais fez transplantes de coração em 2010. De 2003 a 2009, o número de transplantes de coração aumentou 187% no Estado. Pulou de oito transplantes em 2003 para 23 em 2009. Em transplan-tes gerais, no mesmo período, aumentou 66%. De 806 para 1344. Entre janeiro e junho de 2010, foram realizados sete transplantes no Estado. À frente do Paraná ficaram os Estados de São Paulo com 49 transplantes, Minas Gerais com 14 e Ceará com 10. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

Beneficiado com um dos 35 corações transplantados em 2008, o aposentado Ademir José Novaes, 53, levava uma vida normal até o dia em que, por exame médico, descobriu que as válvulas do seu coração não funcionavam corretamente. A partir daí, de acordo com a Agência de Notícias do Governo do Paraná, Novaes começou uma luta pela vida. “Lembro que fiquei várias vezes internado. Minha vida era de casa pro hospital e do hospital pra casa”, lembra ele. Operado na Santa Casa de Curitiba com sucesso, Novaes passou a ter uma vida normal, com o acompanhamento médico adequado ao seu caso, com exames periódicos a cada três meses e também biopsias de ano em ano, para atestar que esteja tudo bem com o órgão.

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RESTAuRAÇÃOPatrimônio histórico e cultural, a Santa Casa de

Curitiba será totalmente restaurada por meio do Proje-to de Restauro aprovado no Ministério da Cultura sob o Pronac nº 061973. O projeto concede a dedução fis-cal aos seus patrocinadores ou doadores e é de gran-de importância não só culturalmente, por se tratar da recuperação de um patrimônio histórico do Paraná, mas socialmente, pois visa à melhoria do atendimento prestado à população paranaense.

Podem apoiar com incentivo fiscal tanto pessoas fí-sicas pagadoras de Imposto de Renda (IR) quanto em-presas tributadas com base no lucro real. Os apoiadores podem deduzir do IR devido até 100% do valor doado ou patrocinado, respeitando os limites percentuais de 4% para pessoa jurídica e 6% para pessoa física. As em-presas, além do benefício fiscal, podem divulgar a sua marca, por meio das contrapartidas de marketing con-cedidas pelo hospital. Mais informações: 0800-645-1800

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HUMAnIZAÇãO

HOSPITAL PEQuENO PRíNCIPE

Maior hospital de alta complexidade exclusivamente pediátrico do Brasil

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A infância é o período da vida em que as crianças se de-senvolvem física e psicologicamente. Porém, algumas vezes, problemas de saúde fazem com que os pequenos encarem esta fase de maneira diferente. Internamentos, restrições ali-mentares e limitação para atividades físicas exigem adapta-ções na rotina diária. Nada que as crianças não tirem de letra. Principalmente se contarem com a ajuda de uma medicina resolutiva, cuidado integral, o atendimento humanizado e o acompanhamento de profissionais especializados.

É justamente com esta meta que o Hospital Pequeno Prín-cipe (HPP), instituição sem fins lucrativos que destina 70% da sua capacidade de atendimento aos pacientes do Sistema

Único de Saúde (SUS), tem atuado de forma integral e huma-nizada. Só em 2010, foram realizados no Hospital 23.723 inter-namentos, 16.265 cirurgias e 34.957 exames. Além de apro-ximadamente 290 mil atendimentos ambulatoriais. Cerca de 1,4 mil pessoas passam por dia pelo Pequeno Príncipe, entre pacientes, acompanhantes e visitantes. O Hospital Pequeno Príncipe é o maior hospital de média e alta complexidade ex-clusivamente pediátrico do País e realiza desde atendimentos ambulatoriais até procedimentos de alta complexidade, como transplantes de rim, fígado e coração, sessões de quimiotera-pia e hemodiálise, cirurgias cardíacas e ortopédicas.

A história do Complexo Pequeno Príncipe começou em 1919, quando voluntários se organizaram para oferecer con-sultas e remédios gratuitos a crianças e adolescentes. À época teve início também o sonho de se criar um hospital exclusiva-mente pediátrico, até então inexistente no Paraná. O sonho se tornou realidade e o Hospital Pequeno Príncipe – que engloba o Hospital César Pernetta – é a maior unidade pediátrica de alta complexidade do Brasil.

O Hospital foi pioneiro na adoção de práticas de humani-zação, que serviram de inspiração para políticas públicas. En-tre elas estão o direito de permanência de um acompanhante ao lado da criança durante a internação e a garantia do direito à educação para crianças hospitalizadas. Foi pioneiro também no desenvolvimento de projetos culturais no ambiente hospi-talar. O trabalho de Humanização da instituição já recebeu al-gumas premiações, sendo: Prêmio Criança 2002 (da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente); Prêmio Saúde e Cultura (dos Ministérios da Cultura e Saúde); Prêmio Ludicidade (do Ministério da Cultura) e IV Prêmio Saúde! (da revista SAÚDE! e da Editora Abril).

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HUMAnIZAÇãO

DADOS DO HOSPITAL PEQuENO PRíNCIPE EM 2010

• 390 leitos, sendo 62 leitos de UTI;• 322.850 atendimentos ambulatoriais;• 23.723 internações;• 16.627 cirurgias;• 577.204 exames;• 39 transplantes de rim, fígado e coração;• Oferece atendimento em mais de 30 especialidades

de saúde a crianças e adolescentes de 0 a 18 anos.

HuMANIZAÇÃO O Pequeno Príncipe é referência também em huma-

nização no Brasil, com ações voltadas a pacientes e seus familiares, colaboradores e demais agentes da institui-ção. Humanizar é valorizar, aproximar, respeitar e en-volver as pessoas, viabilizando uma rede de diálogos, aprendizados e transformações coletivas. É oferecer ao paciente eficiência técnico-científica, resolutividade, racionalidade administrativa e cuidado, melhorando os indicadores hospitalares.

Entre suas ações de humanização, o Pequeno Prín-cipe realiza o Programa Família Participante, que possi-bilita às crianças e adolescentes internados no Hospital pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a permanência de um acompanhante durante todo o período de hospitali-zação.  O Família Participante é um programa precursor e complementar a políticas públicas de saúde, sistema-tizado e replicável.  A presença de um familiar garante o bem-estar da criança e a manutenção do vínculo afetivo com a família. O programa garante ainda o direito à con-vivência familiar e comunitária e à educação previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Para assegurar estes direitos, o hospital oferece uma ampla estrutura, garantindo aos familiares ou responsáveis alimentação, higiene, descanso e informações fundamentais para apoiar o tratamento da criança. 

Os principais objetivos do programa são manter o vín-culo afetivo entre a criança e sua família e promover uma recuperação mais rápida do paciente. Neste sentido, alcan-çou um resultado animador: redução de 50% no tempo de internamento, favorecendo a principal diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS, que é a desospi-talização. Desta maneira, o programa contribui de forma decisiva na recuperação do paciente. Isso ocorre por meio do fortalecimento do vínculo da criança e do adolescente com a família, suporte psicológico ao tratamento, ativida-des educacionais, culturais e recreativas. Em 28 anos de

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PRINCIPAIS RESuLTADOS DO PROgRAMA:

• Crianças beneficiadas entre 1992 e 2010: 253.352• Redução de 50% no tempo de internação• Redução de 20% no índice de infecção hospitalar

funcionamento completados neste ano, foram beneficia-das mais de 600 mil pessoas, entre crianças, adolescentes e seus familiares.

Entre os apoiadores do programa está a empresa 3M do Brasil, parceira fundamental na viabilização desta ini-ciativa. “A 3M é uma das empresas responsável por viabi-lizar o Programa Família Participante, que é essencial para a recuperação das crianças e adolescentes internadas no Hospital Pequeno Príncipe. O programa, que é pioneiro e precursor de política pública, permite que a criança não perca o vínculo com a família, contribuindo para sua re-cuperação e acelerando o processo de desospitalização. É um programa replicável, com indicadores mensuráveis e

fundamental para garantir os direitos de crianças e adoles-centes, pois permite que milhares de meninos e meninas tenham as mesmas oportunidades de ser, crescer, fazer, pertencer e transformar”, afirma a diretora executiva do Complexo Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.

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HUMAnIZAÇãO

ATIVIDADES ESCOLARES E CuLTuRAIS No Hospital Pequeno Príncipe até a rotina escolar é

adaptada. Mesmo durante o internamento ou no caso de tratamentos mais longos (como hemodiálise), crian-ças e adolescentes continuam participando de ativida-des escolares, que são encaminhadas às escolas para que os alunos não interrompam os estudos. Além disso, contam com programações culturais especiais. O res-ponsável por tudo isso é o setor de Educação e Cultura do Pequeno Príncipe.

O objetivo principal das atividades é estimular o de-senvolvimento da criança a partir do autoconhecimento e sua relação com o meio, além da interação ente pais e filhos. Disseminada no Hospital em diversas atividades, a prática atinge tanto aqueles que chegaram para uma consulta, quanto os que vão permanecer na unidade, independente do tempo de internação. Um importante

componente de todo o trabalho é a inserção dos pais nos momentos de atividades dos filhos. A interação e o acompanhamento são estimulados pela equipe, de for-ma a proporcionar um intenso convívio durante o apren-dizado, o que muitas vezes não é possível em casa.

Maria Gloss, coordenadora do setor, diz que o acesso às oficinas de arte no Hospital faz parte das atividades de humanização da unidade. Além disso, é uma maneira de garantir os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, como o direito à Educação, Cultu-ra e Lazer. “Além do atendimento médico, oferecemos também a possibilidade de produção de conhecimento para as crianças e suas famílias. Assim, a passagem pelo hospital se torna também um momento de inclusão so-cial e acesso à educação e cultura”. Em 2010, o setor de Educação e Cultura desenvolveu 4.266 atividades, aten-dendo 4.307 crianças e adolescentes.

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Personalização. Essa é a palavra que melhor resume o caminho

atual para o desenvolvimento da medicina e das ciências da saúde.

O desenvolvimento tecnológico e consequente maior entendimento

da fisiopatologia das doenças possibilitaram a compreensão de que

cada paciente e todas as doenças possuem características únicas

que interagem de maneiras específicas. Assim, a idéia de um trata-

mento voltado para as necessidades de cada grupo de indivíduos

torna-se um objetivo importante para o desenvolvimento de novas

pesquisas. A Roche compreendeu esse conceito e o aplicou em suas

rotinas. Por isso, é pioneira e líder na área, com testes inovadores e

medicamentos de ponta para doenças como câncer, Aids e hepatite.

Além disso, conta com um sistema completo para o gerenciamento

do diabetes.

Esses avanços permitiram o desenvolvimento de diversas solu-

ções terapêuticas que se tornam viáveis dentro do conceito de me-

dicina personalizada, conforme explica o presidente da Roche Diag-

nóstica Brasil, Pedro Gonçalves. “Começamos a investir muito cedo

em biologia molecular e o conhecimento que adquirimos nos coloca,

hoje, em uma posição muito sólida para avançar em Medicina Per-

sonalizada. O tratamento é desenvolvido a partir das características

clínicas individuais das pessoas, identificadas por testes genéticos.

Durante esse período, pode-se acompanhar, por exemplo, a evolu-

ção das condições de saúde de uma paciente com câncer de mama.

Por meio de um teste diagnóstico, chega-se a um biomarcador, ou

seja, um parâmetro exato, a partir do qual é possível desenvolver um

medicamento capaz de atacar as células afetadas pela doença com

maior precisão e eficiência”.

Em 2003, o grupo deu início a uma nova geração de testes inova-

dores à base de genes e, graças a acordos com empresas de ponta

na área de tecnologia, vem conseguindo importantes progressos na

identificação de várias doenças. Nessa

área, destacam-se os testes molecu-

lares que utilizam a tecnologia PCR

(Reação em Cadeia da Polimerase,

na sigla em inglês) em tempo real, que

permitem melhorar a identificação de

vírus como o HPV, que causa o câncer

de colo de útero, com maior segurança

e confiabilidade.

Roche Diagnóstica

Atualmente, a Roche Diagnóstica

oferece um extenso portfólio de pro-

dutos exclusivos, serviços e testes ino-

vadores para pesquisadores, médicos,

pacientes, hospitais e laboratórios. A

empresa tem o compromisso de desenvolver produtos e serviços

que proporcionem mais conforto aos pacientes, benefícios clínicos

e precisão na tomada de decisão, além do melhor uso dos recursos

financeiros. Esse é o verdadeiro valor médico das melhores soluções

em diagnóstico.

Alguns dos destaques desse extenso portfólio de soluções em

diagnóstico são os marcadores para osteoporose. Os marcadores

ósseos da Roche Diagnóstica permitem verificar a efetividade do tra-

tamento entre 3 e 6 meses após o início da terapia, o que significa

uma resposta muito mais rápida que os testes tradicionais (densida-

de mineral óssea), que apresentam os efeitos do tratamento apenas

dois anos após seu início.

Além do monitoramento de resultados do tratamento de doenças

crônicas, as soluções da Roche Diagnóstica são úteis para o diag-

nóstico precoce de doenças graves, como a pré-eclampsia. A doen-

ça, que acomete cerca de 5% das gestações e é a principal causa

de nascimentos prematuros no Brasil, pode ser melhor controlada a

partir de um diagnóstico antecipado, que é possível com os novos

testes Elecsys PIGF e sFtl-1, trazidos pela Roche ao Brasil.

Ainda no conceito de valor médico do diagnóstico, a consultoria

laboratorial e as soluções que permitem a otimização de processos

são serviços estratégicos oferecidos pela empresa, com ganhos de

produtividade, eficiência e qualidade para clientes que prestam ser-

viço à população em todas as regiões do país.

Um dos destaques recentes foi o início da realização de diagnós-

ticos em tecidos, por meio de equipamentos de ponta, que permitem

detectar precocemente a doença e, assim, orientar as ações para um

tratamento mais eficaz, proporcionando mais qualidade de vida aos pa-

cientes. Esses testes são essenciais para o tratamento de diversos tipos

de câncer, especialmente no conceito de medicina personalizada.

A medicina no século 21

Informe Publicitário

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InOVAÇãO

HOSPITAL EVANgéLICO DE LONDRINA

Entre as melhores maternidades do país, a instituição investe em Partos diferenciados

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Nos últimos quatro anos, o Hospital Evangélico de Londri-na (HE) tem investido em reformas para ampliar e modernizar seus ambientes, além da compra de equipamentos com tec-nologia de ponta. Em 2010, a instituição concluiu a reforma de sua maternidade que passou a contar com espaços adap-tados, além da implantação de novos serviços. Uma das inova-ções foi a inauguração da Unidade para Partos Diferenciados, com a instalação da banheira Leboyer, um método natural para o parto humanizado, na água, sendo o primeiro hospital a oferecer essa infraestrutura em Londrina e região.

Reconhecido como um parto natural, o método Leboyer foi introduzido no Brasil em 1974,   divulgado  como “Nas-cer Sorrindo”: caracteriza-se pelo uso de pouca luz, músi-ca suave, silêncio, principalmente depois do nascimento. Massagem e técnicas de relaxamento na mãe e, após o nas-cimento, nas costas do bebê. Segundo Neuza Queiroz, su-pervisora de enfermagem, o parto na água é, sem dúvida, menos agressivo para a mãe e para o bebê. “Existem muitos mitos sobre a dor durante o trabalho de parto, porém, nos-so foco é trabalhar para que as gestantes conheçam cada vez mais esses métodos e fiquem mais seguras e confiantes em optar por eles”, explica. 

Conhecer a filosofia do método Leboyer foi um grande incentivo para a construção de um ambiente exclusivo, com a instalação da banheira. As definições foram conduzidas por uma equipe multiprofissional, com arquitetos, engenheira, chefe de manutenção, profissionais de saúde, dentre eles, o

PRIMEIRO PARTOEm dezembro, o Hospital Evangélico inaugurou o mé-

todo Leboyer com o primeiro parto realizado na banheira com o nascimento de Alice. Para a mãe, Andreia Pimenta, a busca por esse método foi pensando, em primeiro lugar, na melhor opção para a filha. “Pesquisamos e escolhemos o parto mais natural e confortável possível para a Alice”,

médico Alessandro Galletto, obstetra responsável pelo pri-meiro parto na banheira do HE e que conta com mais de 5 mil partos normais em sua carreira. “O quarto permite o alo-jamento conjunto, é amplo e agradável. A banheira é apro-priada para o parto na água, maior que o convencional, já que optamos por um modelo para  duas pessoas, o pai e a mãe. Tudo foi feito dentro das normas da vigilância sanitária e com foco no acolhimento” explica Sandra Capelo, gestora de aten-dimento em saúde. A nova unidade do HE também é utilizada para outros tipos de partos normais.

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O casal Andrea Pimenta e Luis Henrique da Silva

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InOVAÇãOafirma. E acrescenta: “o ambiente e a postura dos profis-sionais favoreceram esse momento tão especial: meia luz, música, massagem com aromas. De fato, o bebê pode nas-cer sorrindo” comemora.

O pai,  Luis Henrique, diz que o acompanhamento dos médicos, Dr. Alessandro Galletto e Marcus Vinícius Gomes, pediatra, fez toda diferença. “A presença deles o tempo todo, o cuidado e a confiança que nos transmitiram, além do aten-

dimento humanizado, nos proporcionaram esse clima de se-renidade. Eu estava ansioso e fiquei muito emocionado ao ver a chegada da Alice de forma tão ‘mágica’. Mesmo nervo-so, na hora eu sabia o que fazer. Será uma lembrança única e eterna para mim”, conta.

O trabalho de parto durou cerca de 6 horas. Período em que a mãe entrava e saia da água, fazia massagens e conver-sava. Não foi necessária a analgesia.

REFERÊNCIA REgIONALEm 2008 o Hospital Evangélico de Londrina celebrou a

classificação entre as 40 melhores maternidades do país, publicadas na revista Pais&Filhos, da Editora Manchete. Dentre vários outros títulos conquistados em mais de 60 anos de atividade, em abril de 2001 o Hospital Evangé-lico de Londrina recebeu o Prêmio Qualidade Hospitalar 2000, na categoria Regional (Portaria GM/GM Nº 541 de 17/04/2001), concedido pelo Ministério da Saúde como resultado da “Pesquisa de Satisfação dos Usuários - 2000”, realizada pela Secretaria de Assistência à Saúde com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Desde 1995 o HE possui o título Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), o qual é idealizado pela Orga-nização Mundial da Saúde (OMS) e pela UNICEF, e incor-porado pelo Ministério da Saúde. O IHAC é concedido às instituições que promovem, protegem e apoiam a amamentação. Neste contexto, também há o incentivo para o parto normal e a participação do pai no nasci-mento do bebê.

No período da internação, a mãe recebe orientações e aconselhamentos sobre a importância do aleitamento ma-

terno e pode contar com o auxílio da equipe de enferma-gem no posicionamento do seio, na pega correta do bebê, na ordenha manual, no caso de haver sobra do leite, den-tre outras necessidades. A maternidade do Hospital Evan-gélico de Londrina proporciona o alojamento conjunto da mãe e do bebê durante todo tempo de permanência no hospital. Na alta hospitalar é feita uma reunião para que o casal seja orientado sobre os primeiros cuidados com o recém-nascido, proporcionando mais segurança para os pais e familiares.

No caso do nascimento de prematuros ou de bebês que necessitem de cuidados especiais, a maternidade do HE conta com métodos alternativos específicos para cada quadro clínico, os quais auxiliam para uma recuperação mais rápida, como o Método Canguru, o uso da Redinha e o Banho de Balde.

O HE é referência no atendimento de urgência e emer-gência pelo SUS através da Central de Regulação, SIATE e SAMU. É também referência no atendimento à gestante de alto risco, oferecendo uma infraestrutura e equipe es-pecializada nos serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, Neonatal e Pediátrica.

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DESTAQuES

• O HE participa do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), e tem uma política de controle de infecção hospitalar forte e atuante.

• O Hospital Evangélico de Londrina funciona 24 horas e tem uma média de 1.500 internações/mês.

• Nos últimos quatro anos, o HE tem investido em reformas para ampliar e moder-nizar seus ambientes, e na compra de equipamentos com tecnologia de ponta.

• A parceria do HE com empresas terceirizadas também destaca a praticidade, a agilidade e a segurança para oferecer saúde e bem estar nos serviços: ecocardio-grama, mamografia, hemodinâmica, raios X, ultrasson, tomografia, ressonância magnética, exames cardiológicos e vasculares, fisioterapia, dentre outros. Através do PROCED - Laboratório de Análises Clínicas da AEBEL, os exames laboratoriais são oferecidos com toda comodidade e credibilidade, 24 horas.

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pLAnEJAMEnTO cORpORATIVO

HOSPITAL ERASTO gAERTNER

referência no tratamento de câncer no Sul do país

A Instituição Erasto Gaertner é composta por três unidades distintas. O Hospital Erasto Gaertner hoje é referência técnica e científica na área de oncologia. O Instituto de Bioengenha-ria – Ibeg que nasceu do desejo dos profissionais atuantes do Hospital em proporcionar próteses e estruturas ao pacientes e hoje tem posição de destaque no cenário nacional com o de-senvolvimento de próteses ortopédicas, bucomaxilo-faciais, cateteres venosos e materiais de uso hospitalar. Também é o único fabricante nacional de cateter totalmente implantável,

disponibilizando, inclusive ao mercado externo. E por fim a precursora de toda a história, a Rede Feminina de Combate ao Câncer, fundada em 1954. Hoje é formada por 400 voluntários – homens e mulheres – que atuam em todos os setores do Hospital através do apoio prático e emocional a pacientes e familiares e também em atividades de gestão e educação.

Flávio Tomasich, Superintendente do Erasto Gaertner, abriu o relatório anual da instituição, contando com as prio-ridades nos últimos anos. “Toda a reestruturação técnica e fí-

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sica do Hospital, dando ênfase aos planos de excelência em infraestrutura, para manter a qualidade dos tratamentos aqui realizados e se equiparar sempre às melhores instituições de saúde”, revela.

Os maiores investimentos ocorreram no Departamento de Radioterapia e seguiram um ousado plano de desenvol-vimento tecnológico, em execução desde 2008. Em 2010, foi adquirido outro Acelerador Linear, um equipamento de IMRT – Radioterapia de Intensidade Modulada, que, somados

à obra e outras adequações necessárias para a instalação do equipamento, representaram mais de 2,8 milhões de reais, sendo 83% com recursos próprios e o restante por convênio com a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia.

Outros equipamentos foram adquiridos em diversas áre-as, atendendo a necessidade dos pacientes ou melhorando as condições de trabalho dos colaboradores e aumentando a segurança dos processos, a maioria obtida por recursos de emendas parlamentares.

Em dezembro, iniciaram-se as realocações de áreas ad-ministrativas do hospital para o novo Centro Administrativo Lourdes Canet. Com isso objetiva-se a otimização de áreas na estrutura do Hospital.

De acordo com Claudiane Minari, Coordenadora Geral do Hospital Erasto Gaertner, a palavra de ordem foi inovação. Ela explica que para crescer e desenvolver-se em meio às dificul-dades de uma instituição filantrópica, se fez necessário uma força tarefa, com todas as frentes de trabalho unidas e alinha-das. “Inovar para crescer, esta foi uma das essências que im-pulsionaram o Erasto Gaertner em sua rotina e na sua missão de combater o câncer com humanismo, ciência e afeto. Com o esforço dos coordenadores, gestores e colaboradores em ge-ral, o desenvolvimento veio naturalmente”.

Em 2010, 91,2% dos pacientes foram provenientes do Sis-tema Único de Saúde SUS. Também houve um crescimento nos atendimentos a pacientes provenientes dos convênios de saúde. Neste segmento, investimentos foram realizados na ala de internação, na ampliação dos consultórios e num novo se-tor de quimioterapia, proporcionando melhores condições de conforto e segurança aos pacientes e equipes assistenciais.

RELATÓRIO DE gESTÃODestaca-se no último ano - a implantação do relatório de

escopo de gestão. Esta ferramenta de trabalho permitiu que os departamentos trocassem mais informações e experiên-cias, além de avaliar mensalmente cada serviço em parceria com a coordenação administrativa. Neste conjunto tudo é avaliado: indicadores, processos, faturamento e outros temas pertinentes à administração.

Ao concluir quatro anos à frente do Erasto Gaertner, Flávio Tomasich conta que tem a nítida sensação de dever cumprido. “Administrar hoje qualquer instituição de saúde no nosso país é um desafio constante, diário, intenso e difícil, tendo em vista a conjuntura atual desse campo no Brasil. Mas o Erasto Gaer-tner é especial. Essa instituição, onde trabalho há mais de 20 anos, nos últimos quatro me permitiu aprofundar ainda mais meus conhecimentos na área da oncologia – sendo gestor”.

Para o superintendente, o Erasto Gaertner tem um dos me-lhores times de profissionais multidisciplinares do Brasil. “Um grande time focado sempre na nossa maior missão: combater

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pLAnEJAMEnTO cORpORATIVO

o câncer com humanismo, ciência e afeto. Lutamos muito, to-dos os dias, todas as horas, no combate de uma das piores e devastadoras doenças do mundo. Nunca desistimos de conti-nuar buscando sempre as melhores tecnologias, as melhores técnicas, os melhores medicamentos para proporcionar a mais alta qualidade de vida para os nossos pacientes”, ressalta.

Pensando nisso, a instituição traçou um planejamento corporativo que vem rendendo muitos resultados positivos. “Estabelecemos uma forte estratégia empresarial, profissiona-lizando áreas e criando gerências e canais diretos para atendi-mento das três unidades da Instituição: o Hospital Erasto Ga-ertner, o Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner e a Rede Feminina de Combate ao Câncer”. Para as três unidades, hoje há uma administração linear, pautada na ética e transparência de resultados, buscando a perfeita integração entre pessoas, estrutura e recursos. São setores de atendimento adminis-trativo, tático e gerencial, criados para diagnosticar, planejar,

produzir e dar maior velocidade nas decisões da Instituição como um todo.

A Gerência de Administração (Gerad), por exemplo, foi reformulada para exercer sua principal função: dar o padrão administrativo para todas as unidades e gerências da Institui-ção. Como missão global, controla hoje todo o planejamento anual do Erasto Gaertner, que é apresentado e aprovado pelo Conselho de Administração. “É responsável também pelo con-trole de todos os indicadores de produção e gerenciais para tomada de decisões, os quais são publicados mensalmente internamente e anualmente para toda a sociedade. Além des-sas funções, a Gerad também faz o controle de todos os con-tratos, projetos e processos da Instituição, como os contratos de convênios particulares e do Sistema Único de Saúde (SUS), elaborando e negociando”, explica Flávio Tomasich, no relató-rio anual da instituição. Graças a uma gestão administrativa integrada, o Hospital mantém a certificação ISO: 9001:2000 e

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NÚMEROS DO ERASTO gAERTNER

• 1200 colaboradores diretos e indiretos• 180 médicos de diversas especialidades com-

põem o corpo clínico • Mais de 300 enfermeiros, técnicos e auxiliares• 7.785 cirurgias • Mais de 56.406 avaliações ambulatoriais foram

realizadas• 15.136 exames ambulatoriais por mês • 145.414 prescrições médicas por ano• 40 mil refeições ao mês, dentre estas, 15 mil a pa-

cientes internado• 624 mil prontuários movimentados em 2010 • 8 mil horas em treinamentos• 91,2% de pacientes provenientes do Sistema Úni-

co de Saúde SUS

quanto à Certificação de Acreditação Hospitalar, evoluiu do nível 1 para o nível 2.

Recentemente, foi determinado pelo Conselho de Admi-nistração do Erasto Gaertner que a Gerad, juntamente com a Superintendência, desenvolva o planejamento da Instituição até 2015. “Findamos 2010 com 1,5 milhão em caixa, sendo o único hospital filantrópico de Curitiba a fechar seu balanço fi-nanceiro positivo, na sua operação”, comemora.

Outra gerência importante para o desenvolvimento desse planejamento é a de Controladoria (Gecon), pois é responsá-vel pela política de custeio da Instituição, concluída nesses úl-timos quatro anos. O planejamento, elaborado em conjunto com todas as gerências, é acompanhado em reuniões men-sais, trimestrais e anuais para os devidos ajustes.

Dentro da Controladoria, também foi criada uma área de prestação de contas que monitora todos os processos de emendas parlamentares e convênios que a Instituição man-tém com as diferentes esferas públicas: municipais, estaduais e federais. “Essa área, extremamente profissionalizada, presta contas ao Tribunal Geral da União e ao Tribunal de Contas da União. Para os próximos anos, mais de 19 milhões de reais já estão empenhados em emendas municipais, estaduais e fede-rais. O principal indicador positivo é o fato de nenhuma emen-da ser alvo de rejeição”, revela Flávio Tomasich.

Não menos importante foi a mudança significativa no perfil de endividamento da Instituição. A dívida institucional de curto prazo anteriormente era concentrada, em parte em

impostos e tributos, e por isso, impedia que o Erasto Gaert-ner participasse de projetos e convênios com o setor público. Houve um alongamento no prazo para o seu pagamento, de um para cinco anos. Através de um empréstimo em fundo es-pecífico para saúde foi possível quitar a dívida de curto prazo. A dívida que girava em torno de um faturamento e meio anual foi diminuída em meio faturamento anual, ou seja, houve uma visível diminuição.

O Superintendente citatambém de outros setores funda-mentais para a instituição como a Central de Logística (Celog), que aprova os orçamentos para compras de materiais, medi-camentos, insumos, entre outros; a Gerência de Recursos Hu-manos (GERH); Gerência de Tecnologia da Informação (GTI); Gerência de Marketing (GMKT); Assessoria de Relações Insti-tucionais (ARI); Gerência de Engenharia (Gereng), Centro de Projetos de Ensino e Pesquisa (Cepep), entre outras.

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gESTÃO EFICIENTE

Dentro do panorama atual dos Hospitais Filantrópicos e Santas Casas é sabido que aumento de recursos deve vir acompanhado de administração eficiente. Essencialmente quando se trata das unidades assistenciais de pequeno e mé-dio porte. As instituições maiores buscam compensar o déficit com convênios e serviços privados. Para o superintendente da CMB, José Luiz Spigolon, as unidades menores são as que mais sofrem com a falta de gestão. Para se ter uma dimensão do problema, a estimativa é de que seis em cada 10 hospitais endividados têm até 50 leitos. Em geral, a ocupação é bai-xa, a maioria dos pacientes é do SUS e os serviços prestados são de baixa e média complexidades, mal remunerados. No entanto, muitos Hospitais Filantrópicos e Santas Casas de pe-queno porte têm investido na melhoria da gestão e alcançado grandes resultados. Fundamentais para as regiões onde estão localizadas, as instituições superam os desafios e oferecem à população serviços de qualidade.

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SANTA CASA DE ARAPONgASMantida pela comunidade, através de doações volun-

tárias, a Irmandade da Santa Casa de Arapongas completou 50 anos de fundação em 2010. Fundada em 26 de março de 1960, a entidade é reconhecida como entidade de utilida-de pública federal pelo decreto nº 73.101, de 07/11/1973, e presta assistência médica e social à população araponguense com serviços de atendimento médico ambulatorial e interna-mentos, além de realizar cirurgias, partos e exames através de convênios, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e particular. A entidade possui clínica médica, cirúrgica, obstétrica, pediátri-ca, Pronto-Socorro 24 horas e realiza exames laboratoriais e exame diagnósticos por imagem, através de convênios.

Entre as especialidades médicas a Santa Casa dispõe atual-mente de 56 profissionais nas áreas de ginecologia e obstetrícia, cardiologia, urologia, infectologia, gastroentorologia, neurologia, neuropediatria, ortopedia e traumatologia, pediatria, fisioterapia,

oftalmologia, nefrologia, endocrinologia, radiologia, psiquiatria, otorrinolaringologia e clínica geral além de anestesiologia, cirur-gia vascular e maxilo-buco-facial. Dotada de uma estrutura de 80 leitos, UTI, centro cirúrgico e consultórios para consultas médicas, além de alas de enfermaria, cozinha, lavanderia, salas administra-tivas e a nova ala, inaugurada no ano 2000, a Santa Casa é manti-da com recursos provenientes de doações da comunidade, pelo SUS, além dos convênios e atendimentos particulares. A reforma dos quartos de internamento é viabilizada graças à doação de pessoas físicas e empresas jurídicas, sensibilizadas em manter o hospital em condições de atendimento. Entre as conquistas mais recentes, está a inauguração da nova UTI em outubro do ano pas-sado. A unidade tem capacidade de atender doze leitos, antes o atendimento era somente para sete pacientes. A construção só foi possível com recursos adquiridos através das doações reali-zadas pela parceria com a sociedade, por meio de um grupo de empresários.

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SANTA CASA DE CAMBé A Santa Casa de Misericórdia de Cambé é outro exemplo

de boa gestão entre os hospitais de médio porte. Em dezem-bro de 2010, inaugurou seu novo pronto socorro. O prédio de 653 metros quadrados foi construído e equipado com o apoio do Ministério da Saúde e do Governo do Paraná. O Governo Federal investiu R$ 1,5 milhões para a construção do Pronto Socorro e a administração do Estado fez a doação dos equipa-mentos. O Hospital cambeense também realizou um emprés-timo junto ao BNDES para a conclusão da obra.

O novo Pronto Socorro da Santa Casa conta com sala para coleta de exames, consultórios médicos, sala de emergência para atendimento simultâneo de até quatro pacientes e sala de observação com sete leitos. “A inauguração deste Pronto Socorro é uma excelente notícia para Cambé. A Santa Casa e a Prefeitura estão juntas na luta para a melhoria da saúde públi-ca. Torcemos para que esta nova estrutura dê condições dig-nas de atendimento a toda nossa gente”, ressaltou o prefeito João Pavinato durante a inauguração. Atualmente, o municí-pio repassa R$ 146 mil por mês à Santa Casa de Cambé.

Segundo a diretora da instituição, Izabel Aparecida da Sil-va, será possível a realização de exames 24 horas por dia no Pronto Socorro. A nova estrutura disponibilizará exames de Ultrassonografia, Raio-X, Tomografia Computadorizada, Labo-ratório de análises clínicas, Ecodoppler Vascular e Doppler Vas-cular, Cardiografia, Eletrocardiografia e Eletroencefalografia.

O antigo prédio do hospital passará por uma reforma para abrigar a administração e o laboratório da instituição. De acor-do com a diretora, o projeto da reforma já está aprovado e as obras devem começar em janeiro de 2011.

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE JACAREZINHOHá 97 anos atendendo a população, a Santa Casa de Mi-

sericórdia de Jacarezinho tem se destacado no atendimento regional. Em 2010, a instituição inaugurou sua moderna Uni-dade de Terapia Intensiva (UTI), considerada Nível 2, funcio-namento que conta com 10 leitos, repassados pela Secretaria da Saúde. Referência para 23 municípios da região. A unidade conta também com um leito de isolamento e é equipada com aparelhos de eletrocardiograma e encefalograma, além de to-mografia computadorizada.

Atualmente 90% dos atendimentos da Santa Casa de Misericórdia são feitos pelo Sistema Único de Saúde. Por ser um hospital filantrópi-co, o Governo do Paraná repassa o incentivo no valor de R$ 52 mil para a realização de cirurgias eletiva e para a gestação de alto risco. O am-bulatório da Santa Casa atende todas as especialidades médicas e a unidade está equipada com tomógrafo computadorizado, ultrassom, três aparelhos de raio-X, vídeolaparoscopia e vídeo-endoscopia.

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APSaúde - ASSOCIAÇÃO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DO SuDOESTE DO PARANÁ

Até a década de 90, o município de Chopinzinho contava com dois hospitais de pequeno porte, com poucas especia-lidades e poucos médicos atuando em cada instituição. Em 1999, a Policlínica Chopinzinho e Hospital e Maternidade San-to Antônio se uniram com o objetivo de ampliar o número de profissionais e a qualidade dos serviços prestados.

Em 2004 foi constituída a APSaúde – Associação de Promo-ção da Saúde do Sudoeste do Paraná, fundada por associados de diversos segmentos profissionais, a associação assumiu as atividades da antiga Policlínica Chopinzinho com o objetivo de

proporcionar atendimento qualificado e humanizado, transfor-mando-se num Centro de Especialidades Médicas para a região de Chopinzinho. É uma entidade sem fins econômicos, de Utili-dade Pública Federal, Estadual e Municipal e registrada no Con-selho Municipal de Saúde e de Assistência Social.

Conta atualmente com 60 leitos, sendo 10 de UTI. Mantém convênios com o SUS, Fundação Copel, Fundação Sanepar, Cassi, Caixa Saúde e UNIMED. Presta serviço às Prefeituras de Chopinzinho, Saudade do Iguaçu, São João, Sulina e Itapeja-ra d’Oeste. A estrutura hospitalar da APSaúde é integrado ao Centro Médico Chopinzinho, destacando-se por profissionais capacitados, tecnologia avançada e instalações modernas.

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Em janeiro, a entidade inaugurou uma nova lavanderia hospitalar – além de novo maquinário - fruto da parceria com o Consulado do Japão. Em 2008, a APSaúde encaminhou o projeto ao consulado com a proposta de parceria – confir-mada em fevereiro de 2010 com a assinatura do contrato e a compra das máquinas. Em 2011 foi realizada a entrega das máquinas e a inauguração da nova lavanderia hospitalar.

SANTA CASA DE COLOMBOCom realidade parecida a inúmeras instituições de saúde

brasileiras, a Santa Casa de Colombo – que atualmente é ge-rida pelo interventor judicial Joaquim José Grubhofer Rauli –

tem driblado as dificuldades através de parcerias para manter o funcionamento. E, neste ponto, a prefeitura de Colombo (re-gião Metropolitana de Curitiba) tem exercido um papel deter-minante para manter o hospital em atividade. Nos últimos cin-co anos foram repassados R$ 9,6 milhões para a instituição.

De acordo com a Prefeitura, o objetivo é proporcionar me-lhor atendimento e agilidade nos serviços prestados pela Irman-dade. Só em 2010, a Prefeitura Municipal transferiu um valor superior a R$ 975 mil à direção da entidade filantrópica. “Desde que assumimos a Prefeitura, a Santa Casa de Colombo, mesmo não tendo vínculo formal com a administração municipal, sem-pre mereceu nossa atenção e esforços para que o hospital con-tinue em funcionamento”, explicou o prefeito J. Camargo.

Para a Secretária da Saúde, Ivonne Busato, a parceria com a Prefeitura é fundamental para manter o funcionamento da Entidade. “Necessitamos sensibilizar a população da real im-portância de mantermos o funcionamento da Santa Casa para o atendimento da população colombense e demais municí-pios vizinhos”, finalizou.

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EnTIDADES FILIADAS – 2011

APuCARANA HOSPITAL DA PROVIDêNCIA DE APUCARANATel.: (43) 3420-1400

ARAPONgAS HOSPITAL JOãO DE FREITAS – ONCOPARTel.: (43) 3275-0200

ARAPONgASIRMANDADE DA SANTA CASA DE ARAPONGASTel.: (43)3172-4500

ARAuCÁRIAHOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCáRIATel.: (41) 3614-8000

ASTORgA FUNDAçãO HOSPITALAR DE ASTORGA - HOSPITAL REGIONAL CRISTO REITel.: (44) 3234-3131

CAMBARÁASSOCIAçãO BENEFICENTE CASA DE MISERICÓRDIA DE CAMBARáTel.: (43) 3532-3311

CAMBé SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CAMBÉTel.: (43) 3174-3100

O trabalho desenvolvido pela Federação das Santas Ca-sas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), em seus 25 anos de existência, é direcio-nado para congregar e representar as instituições de saúde

filiadas. São por estas instituições que a Femipa trabalha e busca o aprimoramento de suas atividades diariamente. Nosso profundo agradecimento a todos que fazem parte também desta história.

HOSPITAIS FEMIPA CAMPO MOuRÃOSANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CAMPO MOURãOTel.: (44) 3523-1422

CASCAVEL UOPECCAN - UNIãO OESTE PARANAENSE DE ESTUDOS DE COMBATE AO CâNCER Tel.: (45) 2101-7000

CARLÓPOLIS ABEC - Hospital São JoséTel.: (43) 3566-1268

CHOPINZINHO APSAÚDE - ASSOCIAçãO DE PROMOçãO DA SAÚDE DO SUDOESTE DO PARANá Tel.: (46) 3242-8181

CIANORTE INSTITUTO BOM JESUS Tel.: (44) 3019-1288

CIANORTE FUNDAçãO HOSPITALAR DE SAÚDE (SANTA CASA) Tel.: (44) 3351-1470

COLOMBOIRM. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA N. SRA. DO ROSáRIO DE COLOMBOTel.: (41) 3656-3322

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CORNéLIO PROCÓPIO CASA DE MISERICÓRDIA DE CORNÉLIO PROCÓPIOTel.: (43) 3520-1600

CuRITIBAASSOCIAçãO BENEDITINA DA PROVIDêNCIATel.: (41) 3262-5415

CuRITIBA HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRAçAS - MATERNIDADE MATER DEITel.: (41) 3883-4300

CuRITIBA HOSPITAL UNIVERSITáRIO CAJURÚTel.: (41) 3271-3027

CuRITIBA CRUz VERMELHA BRASILEIRA FILIAL DO PARANáTel.: (41) 3016-6622

CuRITIBA HOSPITAL UNIVERSITáRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA Tel.: (41) 3240-5000

CuRITIBA HOSPITAL INFANTIL PEQUENO PRíNCIPE Tel.: (41) 3310-1010

CuRITIBA HOSPITAL N. SRA. DAS GRAçAS Tel.: (41) 3240-

CuRITIBA HOSPITAL ESPíRITA PSIQUIáTRICA BOM RETIRO – FEDERAçãO ESPíRITA DO PARANá Tel.: (41) 3200-1900

CuRITIBA IRMANDADE DA SANTA CASA DE CURITIBA Tel.: (41) 3320-3500

CuRITIBA LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CâNCER Tel.: (41) 3361-5000

ENgENHEIRO BELTRÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE ENGENHEIRO BELTRãO Tel.: (44) 3537-1388

gOIOERÊ SANTA CASA DE MISERICÓRDIA MARIA ANTONIETATel.: (44) 3522-1240

guARAPuAVA HOSPITAL DE CARIDADE SãO VICENTE DE PAULOTel.: (42) 3621-7800

IBIPORÃASSOCIAçãO SANTA CASA DE IBIPORã. HOSPITAL CRISTO REITel.: (43) 3178-1899

IRATI IRMANDADE DO HOSPITAL DE CARIDADE DE IRATI Tel.: (42) 3423-1311

JACAREZINHO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE JACAREzINHO Tel.: (43) 3527-1022

JANDAIA DO SuL CENTRO DE TRIAGEM E OBRAS SOCIAIS DO VALE DO IVAí – CENTOS Tel.: (43) 3432-3536

LONDRINA HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA Tel.: (43) 3378-1000

LONDRINA IRMANDADE DA SANTA CASA DE LONDRINA Tel.: (43) 3373-1500

MARINgÁ ASSOCIAçãO BENEFICENTE BOM SAMARITANO - HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA RITA Tel.: (44) 3220-6000

MARINgÁ IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MARINGá Tel.: (44) 3027-5633

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EnTIDADES FILIADAS – 2011MATELÂNDIA ASSOCIAçãO FILHAS DE SãO CAMILO - HOSPITAL E MATERNIDADE PADRE TEzzA Tel.: (45) 3262-1289

MEDIANEIRA HOSPITAL E MATERNIDADE NOSSA SENHORA DA LUzTel.: (45) 3264-1166

NOVA ESPERANÇA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA NOSSA SENHORA DAS GRAçASTel.: (44) 3252-4411

PALMEIRA HOSPITAL DE CARIDADE DE PALMEIRA Tel.: (42) 3252-3435

PARANAVAí SANTA CASA DE PARANAVAí Tel.: (44)3421-8300

PITANgA HOSPITAL SãO VICENTE DE PAULO Tel.: (42) 3646-3144

PONTA gROSSA HOSPITAL BOM JESUS Tel.: (42) 3220-5000

PONTA gROSSA HOSPITAL EVANGÉLICO DE PONTA GROSSA Tel.: (42) 3225-2526

PONTA gROSSA SOCIEDADE BENEFICENTE SãO CAMILO - HOSPITAL VICENTINO Tel.: (42) 3311-1000

PONTA gROSSA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PONTA GROSSATel.: (42) 3026-8000

PONTA gROSSA SOCIEDADE BENEFICENTE SãO CAMILO - HOSPITAL SãO CAMILOTel.: (42) 3238-3238

PRuDENTÓPOLIS ASSOCIAçãO DA IMACULADA VIRGEM MARIA – HOSPITAL SAGRADO CORAçãO DE JESUSTel.: (42) 3446-1333

REBOuÇAS HOSPITAL DE CARIDADE DONA DARCy VARGAS Tel.: (42) 3457-1300

RIBEIRÃO CLARO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRãO CLARO Tel.: (43) 3536-1120

RIBEIRÃO DO PINHAL HOSPITAL E MATERNIDADE RIBEIRãO DO PINHAL Tel.: (43) 3551-1444

RIO AZuL HOSPITAL DE CARIDADE SãO FRANCISCO DE ASSIS Tel.: (42) 3463-1212

ROLANDIA HOSPITAL SãO RAFAELTel.: (43) 3311-3000

SARANDI REDE DE ASSISTêNCIA À SAÚDE METROPOLITANATel.: (44) 3264-8800

SENgéS HOSPITAL E MATERNIDADE DE SENGÉS Tel.: (43) 3567-1215

uNIÃO DA VITÓRIA ASSOC. DE PROTEçãO À MATERNIDADE E À INFâNCIA – (APMI)Tel.: (42) 3521-5050

uNIÃO DA VITÓRIA SOCIEDADE BENEFICENTE SãO CAMILO - HOSP. REGIONAL DE CARIDADE NOSSA SRA. APARECIDATel.: (42) 3524-3388 VERÊ SOCIEDADE HOSPITALAR DOS TRABALHADORES RURAIS DE VERê Tel.: (46) 3535-1221

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