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GANHE UMA ESTADIA NUM RESORT EM CASTRO MARIM P.26 VIDA DE PESCADOR 23 Rápido no gatilho Mário Daniel sem truques na manga 24 Passeios com muito sal Conheça o Algarve das salinas REVISTA NÃO DEIXE PARA AMANHÃ O QUE AINDA PODE LER HOJE Histórias entre a terra e o mar N.31 | maio-junho de 2015 | 0.50€ | www.amanhecer.pt

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GANHEUMA ESTADIA NUM RESORT EM CASTRO MARIMP.26

VIDA DE PESCADOR

23 Rápido no gatilhoMário Daniel sem truques na manga

24 Passeios com muito salConheça o Algarve das salinas

REVISTA

NÃO DEIXE PARA AMANHÃ O QUE AINDA PODE LER HOJE

Histórias entre a terra e o mar

N.31 | maio-junho de 2015 | 0.50 € | www.amanhecer.pt

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Novidades cá da rua

Comprar bom e barato, na sua mercearia de sempre.

Do bolo, mas não só. Não há gelado, por mais fresco que

seja, que não fique melhor com ele. Se é preciso adoçar

o feitio aos morangos, também é uma boa opção. E já que o

doce nunca amargou, até o café vai melhor com o seu toque. Porque, com ou sem cereja,

o chantilly Amanhecer fica bem no topo de qualquer sobremesa.

O MIMINHO NO TOPO DO BOLO

Page 3: revista-amanhecer-31

Filipa Pimentel Diretora de Marketing

3

nesta edição

Um mar de históriasDesde sempre me lembro de ouvir di-zer que somos um país de marinheiros e é verdade que o mar está muito presente na nossa cultura. Nesta revista, fizemo-nos ao mar ao largo de Cascais para lhe falar daqueles que fazem da pesca a sua vida, muitas vezes numa história que atravessa várias gerações. Mas não ficámos por aqui e fomos saber mais sobre o Cabaz do Mar, uma iniciativa na costa alentejana que tem por objetivo valorizar a comunidade piscatória. Nesta reportagem desco-brimos que, para promover a sua arte, os pescadores fazem mais do que ir ao mar. E porque é tempo de sardinha – quem é que não gosta dela acabadi-nha de assar sobre uma fatia de broa? – revelamos-lhe algumas curiosidades sobre este peixe tão presente nos Santos Populares. Despeço-me relem-brando que esta Amanhecer conta com os habituais passatempos e prémios: concorra e aproveite os dias de calor que aí vêm!

08O MAR COMO DESTINODe trabalho e de paixão. É assim a história de Miguel Diogo, o pescador

que já nasceu “com as botas calçadas”.

QUEM SABE, SABE

P. 06 | DICAS CASEIRAS

Sabia que o amaciador de roupa também é bom para lavar panelas? Esta e outras dicas, para descobrir e aplicar.

PONHA-SE NA RUA

P. 20 | CABAZ DO MAR

Promover o mar em terra firme é o objetivo deste projeto criado em Odemira. Uma ‘pescadinha de rabo na boca’, onde todos ficam a ganhar.

FAÇA-SE AO PRÉMIO

P. 26 | PASSATEMPO

Ponha a escrita em dia e faça uma frase criativa sobre a Amanhecer e Castro Marim. O prémio é uma estadia num resort da zona.

MÃOS À OBRA

P. 30 | A AURORA ENSINA-TE

Nesta edição, as molas da roupa transformam- -se em coloridos aviões como que por magia. E ter uma grande frota nem é assim tão difícil.

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em focoLUNCH BOX

Almoços com uma pitada de cortiçaOs adeptos dos almoços take away já podem contar com lancheiras à boa moda portuguesa. Desenvolvido pela Corticeira Amorim, em parceria com a prestigiada Academia de Belas Artes de Milão, o projeto Lunch Box apresenta lancheiras feitas em cortiça – material natural, isolante e reciclável –, ideais para o dia a dia. Mas não só: concebidas para o projeto Transit – Design For Ideas, e apresentadas na Milan Design Week, o objetivo é consciencializar para a necessidade de reduzir a produção de desperdícios.

BIOBRASSICA

Vai um snack saudável?Foi inaugurada em Braga a primeira máquina de venda direta de produtos saudáveis e 100% biológi-cos. Desde barrinhas e biscoitos, até aos sumos e às bebidas de arroz de soja e aveia, a empresa Biobras-sica disponibiliza produtos sem açúcar adicionado, e outros sem lactose e glúten. E a preços bem simpáti-cos, entre os 80 cêntimos e 1,5 €. A ver pelo sucesso que a máquina está a fazer, deverão surgir mais algumas noutros pontos do país.

ARTE DE RUA

São fachadas portuguesas, com certeza!Inspirado pelo trabalho artístico da azulejaria portuguesa e decidido a trazê-lo para as ruas, Add Fuel – nome artístico de Diogo Machado – fez-se à estrada e recriou os nossos tradicionais mosaicos um pouco por toda a parte. Várias fachadas antigas ‘renderam-se’ à tradição portuguesa e até os locais mais inesperados, como as caixas de eletricidade, ganharam uma nova vida, graças às ilustrações deste artista, licen-ciado em design gráfico.

1.900 gramasQuantidade de chocolate consumido em média por cada português, todos os anos.

10.000 kmDistância percorrida anualmente pelas andorinhas no seu percurso migratório.

CONTAS FEITAS

© Diogo Machado

© Lu

cia Cavalieri

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5

PORTO

“VAMOS LÁ PERCEBER AS MULHERES”

Prepare-se para ver, rir e ficar a pensar sobre temas como a maternidade, o casamento e as relações com as amigas. Através de um divertido monólogo, Marta Gautier aborda estas e outras questões do universo feminino, no Teatro Sá da Bandeira. E depois desta peça, é tempo de, no dia seguinte, 27 de junho, apresentar-nos o seu mais recente trabalho: “Conversas Sérias Com Marta Gautier”.

26 de junho | www.cenadeeventos.com

*Envie um e-mail para [email protected], com a indicação de que tem a revista e seja uma das primeiras pessoas a ganhar um bilhete para esta peça de teatro. Válido para dia 26 de junho.

LOURES

FESTIVAL DO CARACOL SALOIO

O 16.º Festival do Caracol Saloio promete, mais uma vez, atrair milhares de visitantes para degustarem uma série de iguarias, desde o caracol e a caracoleta assada à feijoada de caracoleta, passando pelas pataniscas de caracol. Mas, nem só de caracol vive este festival, que terá também uma zona de restauração diversa, além de artesanato e um espaço infantil.

10 a 26 de julho | www.cm-loures.pt

ARRUDA DOS VINHOS

MERCADO OITOCENTISTAArruda dos Vinhos volta a ser palco, pelo segundo ano consecutivo, de um mercado rural do século XIX. Durante três dias, será recriado o ambiente que se vivia na época, com a presença de mercadores, artífices, lavradores, contadores de histórias, além de outras perso-nagens. E todos os que queiram visitar o mercado estão também convidados a aparecer trajados de acordo com a época.

5 a 7 de junho www.mercadooitocentista.pt

VALONGO

FESTA DE SÃO JOÃO DE SOBRADO

Já ouviu falar das Bugiadas e das Mouriscadas? Se ainda não, está na hora de conhecer a Festa de São João de Sobrado, em Valongo. Ao longo de cinco dias, haverá música para todos os gostos, mas é a 24 de junho que a terra se ‘veste’ para recriar uma lenda muito antiga, repleta de mistérios e diversão, para toda a família.

20 a 24 de junho | www.saojoaosobrado.wordpress.comMONTEMOR-O-NOVO

MONTE SELVAGEM

Pegue nos mais pequenos e aprovei-te o melhor da natureza, em Lavre, Montemor-o-Novo. O Monte Selvagem é um espaço com cerca de 400 animais de 75 espécies diferentes, onde pode fazer o percurso a pé – se for um amante das caminhadas e quiser ver de perto todos os animais – ou optar por uma viagem de tractor, com a duração de 30 minutos. Seja de que maneira for, a diversão está garantida!

Todo o ano | www.monteselvagem.pt

*Envie um e-mail para [email protected], com a indicação de que tem a revista e seja uma das primeiras dez pessoas a ganhar um bilhete de criança, válido quando acompanhado por um adulto pagante. Válido até 31 de outubro de 2015.

GANHE

10 BILHETES

para crianças*

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01 TAPETES COM ASPETO MACIO

Para que não fiquem com aspeto ressequido depois

da lavagem, dilua uma chávena de amaciador em

2,5 l de água. Borrife o tapete com este líquido

e deixe secar. Ficará bem cheiroso e com um aspeto

bastante mais macio.

02 MÓVEIS SEM MANCHAS

Passar um pano molhado com amaciador diluído

em água é quanto basta para tirar a maioria das

manchas dos móveis. É também uma boa técnica

para limpar o pó eficazmente.

03 ALARGAR SAPATOS APERTADOS

Se tiver calçado que lhe aperta uma parte do pé,

experimente pôr um pouco de amaciador nessa zona

e deixe atuar algumas horas. Limpe o excesso antes

de calçar.

04 PANELAS MAIS FÁCEIS DE LIMPAR

Para panelas com muita comida agarrada, bastan-

te água com amaciador pode ser a solução. Deixe

de molho pelo menos uma hora e verifique se os

resíduos estão mais moles. Depois, só tem de lavar

normalmente.

05 LIMPAR AZULEJOS SEM DIFICULDADE

Água com um pouco de amaciador – que pode ser

a que usou para lavar a roupa – é ótima para limpar

azulejos da cozinha ou da casa de banho. Use um pano

molhado nesta água e um pano seco para finalizar.

COM AMACIADOR DA ROUPA

O SABER NÃO OCUPA LUGAR

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TOCA A MEXER!

FILIPA JARDIM DA SILVA – PSICÓLOGA CLÍNICA DA OFICINA DE PSICOLOGIA [email protected]

Sabia que uma em cada quatro mulheres e um em cada 10 homens pode vir a ter um episódio depressivo? A depressão é uma das doenças incapacitantes mais frequentes. A boa notícia é que pode ser prevenida e combatida com exercício físico.

Quais são afinal as razões que fazem do desporto um bom aliado contra a depressão? Além dos efeitos benéficos para a saúde em geral, a sua prática três a cinco vezes por semana, entre 30 a 40 minutos, ajuda a:

• Reduzir a ansiedade e o stress e a melhorar o bom humor.

• Reforçar a autoestima e as funções cognitivas.

• Descontrair o corpo, ativar o sistema imunitário e melhorar de forma efetiva a qualidade do sono.

• Aumentar a sensação geral de bem-estar, devido à libertação de endorfinas.

Por isso, mexa-se pela sua saúde física e psicológica:

• Encontre uma atividade agradável e ajustada à sua saúde e forma física.

• Caminhe, nade, faça ginásio ou opte por um desporto coletivo.

• Suba escadas, dispense os elevadores e saia numa estação de metro ou numa paragem de autocarro anterior. Pode parecer senso comum, mas é simples e funciona!

APPS COM ENERGIA PARA DAR E VENDER

Já não é obrigatório ir ao ginásio para praticar exercício físico de forma respon-sável e adotar um estilo de vida mais saudável. Aplicações como My Fitness Pal, Workout Trainer, Nike Running ou o site Correr Lisboa podem ajudar e dar-lhe a motivação de que necessita para fazer desporto, sozinho ou em grupo.

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VIDA DE PESCADOR

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Numa altura em que se preparam já os Santos Populares, a sardinha é mais uma vez chamada a festejar. Mas nem

só deste peixe vive o nosso mar. Na zona de Cascais, terra de pescadores, o polvo é figura de proa.

RAFAELA MENDES JOSÉ PEDRO REBOCA

Histórias entre a terra

e o mar

VIDA DE PESCADOR

Dos seus 32 anos de vida, Miguel Diogo leva já 14 de mar. Era, como diz, uma

espécie de destino traçado: “Já nasci com as botas calçadas. O meu avô e o meu pai já eram pescadores e, como eu, os meus irmãos

também são.” Isto além dos tios e primos que com eles partilham a profissão e o gosto pela faina. Mas não é preciso que a conversa avance muito para se perceber que, mais do que uma fatalidade, o mar foi uma escolha

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VIDA DE PESCADOR

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A FAINA AO CORRER DAS HORAS

00hMiguel Diogo e a sua equipa fazem-se ao mar e navegam cerca de uma hora até ao local onde vão pescar.

01hOs pescadores começam a virar os alcatruzes – uma espécie de vasos onde os polvos entram – para que estes deslizem para as teias onde ficam presos.

FAMÍLIA COM ORIGENS NO MARQuando se fala de histórias, é natural que as dos pescadores metam água. E muita. Nesta família também há dessas, como refere Miguel Diogo: “A minha avó contava que ela e o meu avô iam para o mar juntos e, quando não havia perigo, deixavam o barco ir sozinho e lá faziam os filhos. Segundo consta, a minha mãe foi feita lá. Olhe, ela está ali a chegar e não me deixa mentir.”

“Só ando noutra arte quando falha o polvo, em certas alturas do ano. E aí ando às redes, a apanhar o linguado ou a raia.”

Miguel Diogo

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“Eu já sou da era do GPS. Acho que se ele avariasse, já não sabia ir para o mar. E sem ele não conseguíamos pescar as quantidades que pescamos. Permite explorar muito mais.”

Miguel Diogo

07hAté esta hora, vão virando os alcatruzes e, numa noite, podem chegar a recolher 600 ou 700 polvos. Começa então a recolha do material.

09hHora habitual de regresso a Cascais, se correr tudo bem. Mas pode ser mais tardia quando o material ‘empacha’, ou seja, quando há teias que se enrolam ou partem.

09h30Depois de descarregado o barco e pesado o polvo, este último segue para a lota – normalmente Costa da Caparica, Sesimbra ou Peniche.

de quem sabia bem o que o esperava. A par de algumas dificuldades – como a dependência do clima e a dureza da profissão –, enumera acima de tudo as coisas boas, as que fazem esquecer todas as outras: “Gosto da liberdade e não ter de cumprir horários, mesmo que sejam mais horas do que o normal. E de trabalhar ao ar livre, na natureza. Acho que é excecional.”

E talvez por ter consciência de que não é uma vida fácil, Miguel não descura a relação que mantém com as pessoas que com ele trabalham. Até porque, como refere, é verdade que há falta de pessoal, mas também há poucos barcos a dar boas condições. “Por isso, eu poupo os meus empregados e eles tratam-me bem como patrão.” Razão suficiente para que, das quatro pessoas que completam a sua equipa, duas estejam com ele desde o início. Além disso, neste barco todos vão a jogo, para garantir que o trabalho não fica comprometido só porque alguém

está doente ou tem de faltar. “Aqui todos sabem ‘ir à baliza’, mas também são médios e avançados”, diz Miguel, usando a metáfora futebolística para explicar que, se um dia alguém vira as teias de prender o polvo, noutra altura pode estar a tirar o pescado ou a arrumar o material. Uma forma de se organizarem, mas também de fintar qualquer hipótese de monotonia.

DAR AO POLVO O MERECIDO DESTAQUEPara Miguel Diogo, o polvo é como o bacalhau, pode cozinhar-se de 1001 maneiras e é sempre bom. E é por isso com pena que vê que a restauração local não aproveita para promover este molusco. “Basicamente, 90% do pescado em Cascais é polvo, e apanham-se umas boas toneladas ao fim do mês. Acho que devia ser uma coisa típica de cá.” É, aliás, sua opinião que o peixe em geral devia ser muito mais explorado, até porque é um alimento saudável e de grande qualidade.

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VIDA DE PESCADOR

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Além disso, não hesita em concordar com a ideia de que o peixe português é mesmo melhor do mundo: “Realmente é. Não sei se é só das águas, que são frias, mas o nosso peixe e marisco são de uma enorme qualidade.” Isso e a sardinha, que está agora na época. Peixe que, aliás, abunda nas águas de Cascais, embora nesta zona se tenha perdido este tipo de pesca. “Já houve. Não é do meu tempo, mas já aqui tivemos bastantes traineiras. E esta zona é espetacular, os barcos de Sesimbra e Peniche chegam a vir aqui para a costa pescar sardinha.”

CASCAIS: ONDE O MAR ENCONTRA A SERRANascido e criado nesta vila, Miguel Diogo vê na beleza natural o grande fator de atração de Cascais, assim como a sua proximidade de outra vila, a de Sintra, também com

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O MAR EM PARCELASAssim como nos campos de cultivo, também o mar está já dividido em parcelas que os pescadores foram ocupando, a começar pelos melhores sítios. Miguel Diogo usa uma metáfora para explicar: “É como nas cidades, há as melhores discotecas e os melhores bares. E, dependendo da época, isso às vezes muda. E nós, os pescadores, jogamos um bocadinho com isso.”

muito para visitar. E no que diz respeito a praias, é a do Guincho que elege, seja porque é “um espetáculo para quem faz desportos aquáticos” ou porque está próxima da serra, formando um contexto de paisagem que vale a pena apreciar. De resto, lamenta apenas que o custo de vida seja demasiado alto e que a restauração e a hotelaria sejam excessivamente

caras para a maioria da população, por serem, a seu ver, demasiado focadas nos turistas.

E porque vender o peixe é coisa que cabe a cada um fazer, lança o isco com humor e recomenda a quem visita a vila que não deixe de ir à baía apreciar os pescadores, “o melhor que há em Cascais”. Afinal, não seria bom nesta arte se não puxasse a brasa à sua sardinha. É aliás dos pescadores – aqueles que fazem do mar a sua vida – que mais fala quando questionado sobre os naturais da terra. Sobre esta “boa gente”, aproveita para dizer que, apesar de todas as dificuldades, são ‘teimosos’ em defender o seu ofício. “Eu, por exemplo, hei-de ser pescador até morrer. Não sei fazer mais nada e é realmente disto que gosto!”

“Já nasci com as botas calçadas. O meu avô e o meu pai já eram pescadores e, como eu, os meus irmãos também são.”

Miguel Diogo

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à roda daSARDINHA

Não há festa popular sem ela. Seja no pão ou no prato, quer-se pequenina e a pingar. E já que o verão está mesmo

aí à porta, servimos-lhe um prato de curiosidades sobre aquela que é uma das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa.

Quem puxou a brasa primeiro?Conta-se que, em alguns países, nas zonas

pobres, a sardinha era assada no fogo que iluminava a rua. Quando os homens

puxavam as brasas para si, apagando o lume, havia discussões às escuras – tantas, que a sardinha até chegou a ser proibida...

Nome ‘made in’ ItáliaDo latim sardina, a palavra terá origem

na Sardenha, uma região italiana onde

este peixe era abundante e apreciado

pelo seu sabor peculiar.

à Mulher e à Sardinha...

Lá diz o ditado: quer-se da mais

pequenina. Porquê? Se for muito

grande, pode ter gordura em

excesso e tornar-se enjoativa.

O Pão na melhor companhiaHoje é um delicioso costume, mas nos tempos de escassez, sobretudo no interior de Portugal, a sardinha era uma forma de dar sabor ao pão e complementar a refeição.

É preciso ter lata...

... para manter o negócio

das conservas de sardinha

há tantos anos. A primeira

unidade de fabrico terá sido

instalada em 1880, nas margens

do rio Sado, em Setúbal.

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AS MINHAS RECEITASChefe Esteves

SOPAS E ENTRADAS

UMA PORÇÃO (330 g) CONTÉM

Calorias Gordura Saturada Sal694 36,9 g 8,3 g 3,6 g

35% 53% 42% 60%

do Valor Diário de Referência para um adulto que tem por base uma dieta de 2000 kcal.

INFORMAçãO NUTRICIONAL

Ingredientes para 4 PESSOAS

4 fatias de pão de centeio (300 g)

350 g de requeijão de ovelha

3 c. sopa de azeite

120 g de espinafres em folha (embalados)

1 c. sopa de mostarda

80 g de tomate seco

80 g de miolo de nozes

1 c. sopa de mel

coentros q.b.

1 c. chá de flor de sal

pimenta de moinho q.b.

Confeção

Junte o azeite com a mostarda, o mel e o tomate seco laminado (reserve um pouco). Tempere com pimenta e flor de sal, envolvendo. Pincele uma fatia de pão com esta mistura, disponha as folhas de espinafres e coloque o requeijão laminado por cima. Espalhe o miolo de nozes sobre o requeijão e regue com a mistura de azeite. Sirva decorado com folhas de coentros e com os pedaços de tomate seco reservados.

20 min. Custo baixo Dificuldade: fácil

Tosta de requeijão com tomate seco

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AS MINHAS RECEITAS

SOPAS E ENTRADAS

Chefe Esteves

Ingredientes para 4 PESSOAS

1 kg de favas

1 cebola (100 g)

1 curgete (150 g)

60 g de linguiça

4 dentes de alho

1 c. sopa de sal grosso

3 c. sopa de azeite

750 ml de caldo de aves ou água

4 fatias de pão regional (300 g)

hortelã q.b.

50 min. Custo baixo Dificuldade: média

Creme de favas com hortelã

UMA PORÇÃO (270 g) CONTÉM

Calorias Gordura Saturada Sal329 7,9 g 1,5 g 2,1 g

16% 11% 8% 35%

do Valor Diário de Referência para um adulto que tem por base uma dieta de 2000 kcal.

INFORMAçãO NUTRICIONAL

Confeção

Leve uma panela ao lume com uma colher de sopa de azeite e junte o alho e a cebola picados. Adicione a linguiça inteira e deixe refogar. Junte a curgete cortada em cubos e as favas descascadas (reserve algumas). Deixe apurar e junte o caldo de aves ou a água, temperando com sal. Retire a linguiça, adicione as folhas de hortelã (reserve algumas) e deixe ferver durante 1 minuto. Adicione 1,5 colheres de azeite e triture, por forma a obter um creme homogéneo. Lamine a linguiça e saltei-a

juntamente com as favas reservadas numa frigidei-ra. Num prato fundo, coloque uma fatia de pão tor-rado, ponha o salteado das favas por cima e acabe de encher com o creme. Decore com uma folha de hortelã e o restante azeite.

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AS MINHAS RECEITASChefe Esteves

SOPAS E ENTRADAS

UMA PORÇÃO (400 g) CONTÉM

Calorias Gordura Saturada Sal430 19,6 g 6,7 g 3,3 g

22% 28% 34% 54%

do Valor Diário de Referência para um adulto que tem por base uma dieta de 2000 kcal.

INFORMAçãO NUTRICIONAL

Ingredientes para 4 PESSOAS

1 kg de tomate em rama maduro

200 g de pão alentejano

2 batatas para cozer (200 g)

2 ovos M

1 cebola grande (150 g)

4 c. sopa de azeite

3 dentes de alho

1 c. sopa de sal grosso

1 queijo seco de cabra pequeno

orégãos frescos q.b.

pimenta de moinho q.b.

água q.b.

45 min. Custo baixo Dificuldade: fácil

Confeção

Lave o tomate, cortando-o em cubos e retirando o excesso de sementes. Leve entretanto um tacho ao lume com 3 colheres de sopa de azeite, a cebola e os dentes de alho, e deixe refogar. Junte o tomate e salteie, adicionando água. Acrescente a batata cortada em quartos de lua e tempere com sal.

No final, adicione as folhas de orégãos para perfumar. Corte o pão bem fino e coloque num prato fundo. Tape o pão com a sopa, junte meio ovo cozido em gomos e o queijo em cubos de 1 x 1 cm. Decore com folhas de orégãos e salpique com o restante azeite e a pimenta.

Sopa de tomate com pão e manjericão

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AS MINHAS RECEITAS

SOPAS E ENTRADAS

Chefe Esteves

Ingredientes para 4 PESSOAS

1 kg de mexilhão com casca

1 cebola

2 c. sopa de azeite

2 dentes de alho

250 g de esparguete

1 pimento vermelho

1 c. sopa de sal grosso

100 ml de vinho branco

1 pacote de natas (200 ml)

açafrão q.b.

cebolinho q.b.

pimenta de moinho q.b.

UMA PORÇÃO (300 g) CONTÉM

Calorias Gordura Saturada Sal471 21,0 g 9,8 g 2,5 g

24% 30% 49% 41%

do Valor Diário de Referência para um adulto que tem por base uma dieta de 2000 kcal.

Confeção

Limpe e lave os mexilhões, levando-os ao lume numa frigideira com o vinho branco e um dente de alho batido. Regue com metade do azeite e tape. Quando os mexilhões abrirem, retire do lume e reserve o caldo coado. Retire o miolo das conchas e reserve 4 deles na concha para decoração. Coza depois o esparguete al dente com metade do sal e o açafrão. Numa frigideira, coloque o restante azeite, adicione a cebola

e o restante alho, e deixe refogar. Junte o pimento em pequenos cubos e refresque com o caldo dos mexilhões. Por fim, adicione as natas e tempere com o restante sal e a pimenta, deixando reduzir. Junte o esparguete, o miolo do mexilhão e o cebolinho picado. Salteie e retifique os temperos. Sirva num prato fundo, decorando com alguns talos de cebolinho e um mexilhão com concha.

ESPARGUETEcom mexilhão

35 min. Custo médio Dificuldade: média

INFORMAçãO NUTRICIONAL

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Leite: Beber ou não beber?

Escrever sobre leite, hoje em dia, é ferir suscetibilidades, seja para quem defende ou para quem é contra. E se não é minha intenção comprar uma guerra, importa analisar os factos e dar ferramentas para ajudar a escolher o melhor caminho.

SARA ROMEIRO, NUTRICIONISTA [email protected]

Apesar de enraizado na nossa cultura, o leite nem sempre fez parte da alimentação humana, o que explica o facto de apenas 30% da população mundial ser tolerante à lactose. O que acon-tece é que, durante a infância, o corpo produz lactase – enzima que permite absorver a lacto-se –, já que o leite materno é a única fonte de alimento do lactente. Com o envelhecimento, o corpo diminui essa capacidade, o que pode levar a um quadro de intolerância. Ainda assim, a maioria das pessoas com baixos níveis de lactase pode tolerar até um copo de leite por dia, sem ter sintomas.

Por outro lado, pessoas que não possuam patologias associadas ao consumo de leite podem be-neficiar das suas características

nutricionais. Temos o exemplo dos desportistas, para quem o leite é a bebida de eleição após o treino, uma vez que é uma excelente fonte de proteína de alto valor biológico. Este é igualmente rico em vitaminas e minerais e é a fonte com maior biodisponibilidade de cálcio. Até existem alimentos com maiores quantidades deste mineral, mas não é tão bem aproveitado pelo organismo. Assim, porque nem tudo são desvantagens, vale a pena saber mais para decidir, de forma consciente, o que fazer sobre este assunto.

19

© G

loria A

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iam Fo

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rafia

SABIA QUE...

Apesar de 70% da

população mundial ser

intolerante à lactose,

90% dos suecos tolera bem

o leite, enquanto apenas

10% da população

asiática tem essa

capacidade?

Page 20: revista-amanhecer-31

20

No Cabaz do Mar há um pouco de tudo: peixe diverso, uma

boa dose de tradição e todo o saber dos

pescadores. No fundo, em bom português, este projeto é uma

‘pescadinha de rabo na boca’, onde toda a

comunidade participa e fica a ganhar.

LILIANA FIGUEIRA

NA PARTILHA DE SABERES É QUE ESTÁ O GANHO

cabaz do mar

Maria de Jesus, António Conceição, Valter Silva, Januá-rio Nobre e José Manuel têm muito em comum. Com maior ou menor grau de parentesco, descendem da família de pes-cadores que ‘fundou’ Azenha do Mar, no final de 1960, e são eles que hoje guiam os visitantes pelos trilhos junto ao mar. Realizadas entre outu-bro e junho, estas caminhadas são uma forma de partilhar o passado e o presente desta localidade do concelho de Odemira, por quem melhor os conhece: os pescadores.

Mas, em vez de atalharmos caminho, comecemos pelo princípio desta história, conta-da por Ivânia Guerreiro.

Em 2014, fruto da crescente vontade e necessidade de valorizar o pescado da zona costeira de Odemira, a Taipa, Crl. – Organização Coopera-tiva para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira – decidiu criar um Cabaz do Mar. Nele, incluiu 3 kg de peixe – de 35 espécies disponíveis, capturadas de forma artesanal pelos pesca-

Page 21: revista-amanhecer-31

21

A VOZ DA COMUNIDADEO trabalho desenvolvido veio trazer a esta comunidade mais força, autonomia e confiança. Graças a ele, a povoação ganhou uma nova forma de representação junto de diversas entidades e do poder local, e também uma voz ativa composta pelas gentes da terra – no fundo, as que melhor sabem do que a comunidade precisa. Ora, seria então tudo isto possível sem as associações locais? – questiona Ivânia Guerreiro, para logo responder: “Talvez, mas não seria de certeza a mesma coisa”.

“O Cabaz do Mar leva pescado fresco da nossa costa, mas leva também o saber e a alma dos pes-cadores. Leva os sabores do mar.”

Ivânia Guerreiro

dores do concelho –, entregues em casa ou no trabalho, consoante a preferência dos consu-midores locais. Mas a Taipa não esteve sozinha no lançamento deste projeto: a ela juntou-se a Associação Cultural e de Desenvolvimento de Pescadores e Moradores da Azenha do Mar, da qual Ivânia Guerreiro é porta-voz, e ambas conseguiram levar a bom porto uma ideia que, sem dúvida, beneficia todas as partes.

NESTA REDE NÃO VEM SÓ PEIXEAfinal, conforme explica a responsável, se os clientes têm ao seu dispor qualidade e diversidade de peixe, este cabaz “contribui para o reconhecimento do árduo trabalho dos pescadores e para a promoção da identi- dade das comunidades piscatórias”.

Mas, para dar luta ao inverno e à dificuldade de pescar por ele imposta, foi necessário criar outras atividades que, além de fonte de rendimento para os pescadores da Azenha

do Mar e suas famílias, ajudassem a valorizar o património ambiental e cultural das gentes desta terra. E é aqui que entram as caminhadas, mas também os workshops de culinária, onde as pessoas podem aprender com os pescadores a amanhar o peixe e a confecioná-lo segundo as suas receitas. Por fim, juntemos-lhe as peças de artesanato ligadas ao mar e à pesca, vendidas pela associação, e temos, como remata Ivânia, um cabaz recheado de histórias e partilha de saberes “por quem tudo dá para mostrar o que de melhor existe e se faz junto ao mar”.

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Mais uma ideia que vai pelo canoE nunca esta expressão teve um sentido tão positivo! Uns canos velhos (pintados de novo), um pedaço de madeira e bastante imaginação foi quanto bastou para criar esta peça, capaz de dar uma nova graça a qualquer casa de banho. E, agora que alguém já teve a ideia, só tem de pôr mãos à obra e fazer a sua versão.

Saiba maisDescubra estas e outras ideias em www.etsy.com/pt/shop/sugarSCOUT.

© SugarScout

A Coop LInQUE – Cuidados Paliativos em Casa é uma forma inovadora de encarar estes apoios, numa abordagem humanizante e socialmente responsável. Composta por uma equipa interdisciplinar – de medi-cina, enfermagem, psicologia, serviço social, ciências farmacêuticas, assistência espiritual e gestão financeira –, esta cooperativa de solidariedade social fomenta a articulação entre as vertentes técnica e social da saú-de, fazendo a ponte entre o setor público e o privado. Até junho de 2015, será criada a sua primeira equipa de cuidados paliativos na comunidade.

COOP LINQUE

Uma nova abordagem aos cuidados paliativos

Ser voluntário na Coop LInQUEOs voluntários serão parte integrante da equipa e a sua atuação será regida pela carta de princípios da Coop LInQUE. Através de dois protocolos – com a Associação Amara e com a Humanitude Portugal, ambas com experiência na área de cuidados paliativos – pretende-se definir uma metodologia eficaz e comum a toda a equipa.

CUIDADOS PALIATIVOS: TODO O TEMPO CONTA

• Presente 365 dias por ano;• Linha telefónica disponível 24 horas por dia;• Suporte e capacitação da família para

a prestação de cuidados;• Profissionais com formação e experiência

diferenciada.

seja voluntário

INSCREVA-SE EM WWW.BOLSADOVOLUNTARIADO.PT

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RÁPIDO NO GATILHO

MÁRIO DANIELNunca teve outra profissão que não a de mágico. A mesma que o tem feito andar em digressão pelo país, desde 2012, com o espetáculo Fora do Baralho. Se pudesse, gostava de ter Woody Allen na plateia. Mas, enquanto isso não acontece, fez magia com as nossas perguntas.

NO DIA A DIA, JÁ TEVE VONTADE DE RECORRER À MAGIA?Gostava de ter feito o meu carro levitar antes de embater num separador central...

E EM CASA?Faço aparecer loiça suja… e a minha mulher quase me faz desaparecer a mim!

QUANDO O ‘FEITIÇO SE VIRA CONTRA O FEITICEIRO’...Sorrir e seguir com o espetáculo.

SE PUDESSE FAZER DESAPARECER UM PRATO...Já fiz: depois de sair de casa dos meus pais nunca mais comi pescada cozida!

QUAL É O SEU TRUQUE FAVORITO?O que o BES e o BPN fizeram: nem os próprios sabem explicá-lo!

E USA ALGUM AMULETO?Não, dizem que dá azar.

Se não fosse mágico seria...

Treinador de ténis ou instrutor de mergulho.

Super-HomemSe escolhesse, seria este super-herói. Voar sempre foi a sua maior fantasia.

Sapatilhas ou ténis? Sapatilhas para os pés e ténis

como modalidade.

S. João ou Santo António

RÁPIDO NO GATILHO

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Tremoços, moelas ou caracóis

Praia ou rio

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PONHA-SE NA RUA

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O calor está de volta e nada como rumar ao sul do país, para saborear algo tradicionalmente

nosso. E não, não queremos mandá-lo para a praia, mas sim para as salinas algarvias. Acredite, os seus passeios vão saber-lhe ainda melhor.

Foi a combinação das águas do mar e do rio com o sol que fez da costa algarvia um verdadeiro jardim de sal marinho. Importantes para a economia da região, estes viveiros são também essenciais para o equilíbrio ecológico das zonas de sapal dos parques naturais. Ora, não sabe o que é um sapal? Fique desde já a saber que é um terreno alagadiço, mas deixamos as restantes explicações para este passeio, que começa em Olhão, passa por Tavira e termina em Castro Marim. Mas, atenção: sendo algumas salinas propriedade privada, aproveite para passear a pé, sem carro e sem animais. De resto, divirta-se. Até porque, uma pitada de sal nunca fez mal a ninguém.

OLHÃO

Abrangido pelo Parque Natural da Ria Formosa, Olhão tem aí precisamente o seu núcleo de salinas, algumas das quais produzem flor de sal. O branco, o verde e o azul da paisagem, além das cores da biodiversidade existente, uniram-se para proporcionar um passeio que não podia começar de melhor forma. Já na cidade, vale a pena conhecer a zona histórica, caminhando por entre o casario branco tipicamente algarvio, a Capela do Senhor dos Aflitos, nas traseiras da Igreja Matriz, e os Mercados Municipais.

Dê mais sabor às suas férias

Festival do Marisco: de 10 a 15 de agosto, no Jardim Pescador Olhanense.

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© Turismo do Algarve

© Marisol® Boer & Siebert, Lda.

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TAVIRA

Dizem que tem uma certa beleza oriental. Não querendo revelar já tudo, confirmamos pelo menos que a sua paisagem e história se confundem também com as próprias salinas – entre tradicionais e industriais – inseridas na área protegida da Ria Formosa. Depois, aprecie as vistas da ponte romana e da Torre do Castelo, e conheça a história da cidade no Núcleo Islâmico, bem como algumas das suas tradições no Núcleo Museológico da Pesca do Atum.

não deixe de visitar o Centro Ciência Viva de Tavira e fazer um dos seus percursos pedonais pelas salinas.

Vá à Casa do Sal, um espaço que fala da cidade e suas tradições.

CASTRO MARIM

É na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António que fica o terceiro núcleo das salinas algarvias. Com uma fauna e flora tão diversas, destacamos os flamingos, entre muitas outras espécies que pode observar ao longo dos seus percursos. Por fim, suba ao Castelo, de onde poderá ver a cidade em todo o seu esplendor, e não diga adeus à vila sem visitar o Forte de S. Sebastião, o Revelim de Santo António e a sua Ermida.

UMA MARAVILHA DE RIA

Eleita uma das 7 Maravilhas de Portugal, a Ria Formosa é perfeita para um bom passeio de barco e para quem adora observar aves.

MIRADOURO IMPROVISADO

Entre Tavira e Castro Marim, fica a aldeia de origem árabe Cacela Velha: pare e goze de uma das melhores vistas sobre o sotavento algarvio.

ESPECIALIDADES ALGARVIAS

Peixe e marisco é com eles! Por isso, aproveite a gastronomia do Algarve, com o seu arroz de lingueirão, a raia alhada ou o bolo de massa do Azinhal.

A NÃO PERDER

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Oferta válida para uma estadia de duas noites para quatro pessoas numa moradia T2, com pequeno-almoço. A estadia deverá ser usufruí-da até 31 de dezembro de 2015, exceto nos meses de julho e agosto. Sujeito a reserva prévia e disponibilidade do hotel. Os vencedores serão contactados diretamente e o resultado será publicado em www.amanhecer.pt.

Rodeado pela Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, o Castro Marim Golfe & Country Club tem vista para as montanhas, para o rio e para o mar, combinando história, cultura, desporto e natureza. Com mora-dias que oferecem todo o conforto para umas férias em família ou com amigos, este resort disponibiliza, entre outros serviços, piscina, parque infantil e ginásio. Descubra mais sobre este espaço em www.castromarimresort.com e inspire-se para concorrer a este prémio.

COMO PARTICIPAR?

Envie-nos uma frase que contenha as palavras ‘Amanhecer’e ‘Castro Marim’ para [email protected] até 30 de junho de 2015, colocando no assunto ‘Pas-satempo Castro Marim Golfe & Country Club’. O autor da frase mais original ganha este prémio.

ganhe uma estadia num resort com vista deslumbrante

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Completa esta grelha pintando os gelados de cores diferentes: rosa-morango, amarelo-limão, castanho-chocolate e verde-pistácio. E atenção: cada linha (vertical ou horizontal) só pode ter um gelado de cada cor.

Os gelados estão contentesPois já chegou o calorNa arca da merceariaFesteja-se com vigor

O cone de chocolateNão para de saltitarQuer apenas que um meninoO venha já comprar

Tu não sejas tão vaidosoDisse-lhe o Super Bubble, a rirSe vier algum meninoÉ a mim que vai preferir

Somos todos deliciososSaborosos e fresquinhosAfirmou o StracciatellaPara os outros geladinhos

E um gelado de vez em quandoNão prejudica ninguémSe não for em exageroNão faz mal e sabe bem

Nata, morango ou chocolateÉ só chegar e escolherOs melhores gelados do mundoEstão na loja Amanhecer.

Os geladinhos da Mercearia

TIA MIDOCAS

HISTÓRIAS DE AMANHECER

SAI UM SUDOKU FRESQUINHO

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AS NOSSAS MERCEARIAS

Abriu portas em 1949 e ainda hoje é a mercearia lá da terra. Atrás dos balcões já não está o senhor Félix, fundador da casa, mas sim o seu filho, João Fernandes, e a mulher, Ana Maria Fernandes, juntamente com a nora de ambos. Um verdadei-ro negócio de família em Vila Pouca de Aguiar que, a correr bem, assim se deverá manter, como deseja Ana Maria: “imagino sinceramente que um dia hão-de ser a minha nora e o meu filho a dar continuidade a isto.” Afinal, se o sogro lançou as sementes há mais de 60 anos, Ana Maria e o ma-rido deram seguimento ao negócio e procuraram o empurrão que faltava, quando o negócio come-çou a perder vitalidade e clientes. “Eu sabia que era isto que queria, só não sabia como lá chegar”, conta Ana Maria, recordando o entusiasmo que sentiu quando lhe falaram do projeto Amanhecer. As condições oferecidas eram as idealizadas e hoje, três anos depois da reabertura desta mer-cearia – de resto, uma das primeiras Amanhecer – satisfação e otimismo são sentimentos que não faltam nesta família, há muito cliente do Recheio.

VANTAGENS PARA TODOS No fundo, explica a proprietária, à exceção do nome e do prazer em trabalhar neste ramo,

mudou praticamente tudo: a adesão ao projeto trouxe um leque de produtos muito mais alargado e a preços competitivos, e as obras tornaram a loja mais bonita e agradável. Motivos mais do que suficientes para os fregueses terem aderido tão bem à renovada mercearia Casa Félix. “Às vezes, as pessoas entram aqui e dizem ‘que bom, já não precisamos de ir às grandes superfícies porque aqui há bons preços’, e isso é gratificante”, realça a comerciante, salientando ainda o facto de, hoje em dia, as mercearias terem melhores condições e produtos com qualidade, além de serem bastante acolhedoras. E daí também haver cada vez mais gente a procurar este comércio de proximidade.

Por isso, Ana Maria tem boas razões para acredi-tar que o fundador da loja estaria orgulhoso com o que a família conseguiu. Porque, embora já não tenha conhecido a nova Casa Félix, o seu maior sonho era que o filho e a nora dessem continuida-de ao negócio. Otimista por natureza, Ana Maria não se arrepende do investimento feito e olha para o futuro com uma certeza: só o facto de a sua família fazer aquilo de que gosta e de se sentir realizada é seguramente já meio caminho para chegar ao sucesso.

Alcançar o sucesso nem sempre é fácil. Mas, no caso de Ana Maria e do marido João Fernandes, proprietários da Casa Félix, fazer o que se gosta é meio caminho andado. E bem que se podem orgulhar do que já andaram para aqui chegar.

A SERVIR A ‘FREGUESIA’ DESDE 1949

casa félix

LILIANA FIGUEIRA

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“Os produtos Amanhecer são muito bons e conseguem fazer face às outras marcas que são mais caras. E hoje as pessoas procuram muito isso.”

Ana Maria Fernandes

Casa Félix Rua Duque d’Ávila e Bolama, 31/33 5450-030 Vila Pouca de Aguiar Tel.: 259 417 228 GPS: 41.500564, -7.644218

‘TERAPIA’ AMANHECER

De portas abertas há tanto tempo, a Casa Félix já não é apenas uma mercearia com bons produtos à disposição dos seus fregueses – da mesma forma que estes já são também bem mais do que meros clientes, tal como explica Ana Maria: “Nós estamos numa vila muito pequena, onde toda a gente se conhece, e depois tem a particularidade de estar a ficar muito envelhecida. Há pessoas que vivem sozinhas e precisam de conversar, e este tipo de negócio funciona também como uma terapia para elas: vêm aqui, falam connosco, contam as suas histórias e vão mais aliviadas para casa.”

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SOLUÇÕES

SUDOKU

LABIRINTOSOPA DE LETRAS

APRENDE COM A AURORA

A Aurora dá-te asas

As asas são de avião e de brincar, é certo. Mas, ainda assim, vais ter muito com que fazer voar a imaginação e criar uma frota completa. É fácil: começas por pintar algumas molas e alguns paus de gelado (para cada avião, deverás precisar de 1 mola e 3 paus). Depois, cortas os paus nas pontas para fazer as asas (uma em cima e uma em baixo) e mais dois pedaços de pau (um maior e um pequeno triângulo) para fazer a cauda. Cola tudo como vês na imagem e estás pronto a rasgar os céus.

Explora esta e outras ideias em www.quartodasbrincadeiras.pt.

Depois de encontrar no quadro de letras todas as palavras da lista, indique qual a palavra escondida que se forma com as letras restantes.

berlim calor funchal gelados

hugo nível ratos subida

surfista triunfar verão vícios

paus de geladomolas da roupa

de madeira

Precisas de:

• molas da roupa de madeira

• paus de gelado

• tinta

• pincéis

• tesoura

• cola

Palavra escondida: Amanhecer

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ficha técnicaPropriedade e edição: Recheio, Cash & Carry, S.A., Rua Actor António Silva n.º 7, 1649-033 Lisboa NIF: 500145415 Diretora: Filipa Pimentel Diretora Adjunta: Ana Glória Redação e Direção Gráfica: IARB, Comunicação Impressão: Prodout – Gestão e Produção em Outsourcing, Lda. Publicação: Bimestral Tiragem: 40.000 exemplares Contactos: [email protected] | www.amanhecer.pt

O teu amanhecer costuma ser apressado? Ou és daquelas pessoas que prefere acordar bem devagar? Seja qual for o teu género, no livro Manhãs com Segredos, da autora do blog Eat Love, vais descobrir ideias de pequenos-almoços para começar os teus dias com energia – sempre de forma saudável e muito saborosa.

Ganha este livro e começa bem os teus dias

PRÁTICOS SNACKS

Só é válida uma participação por pessoa e deverá conter o nome, morada completa e contacto telefónico do participante. Os vencedores serão contactados diretamente e o resultado será publicado em www.amanhecer.pt

RECEITAS FÁCEIS

MISTURAS INUSITADAS

iogurtes caseiros

A revista Amanhecer tem cinco livros para oferecer e, para ganhares, só tens de dizer-nos qual é o teu pequeno-almoço ideal e porquê. Envia a resposta para [email protected] até 30 de junho: as mais criativas ganham um exemplar. Põe já o teu chapéu de cozinheiro e dá a provar os teus talentos!

Ingredientes variados

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Comprar bom e barato, na sua mercearia de sempre.

Chegou o melhor do verão!