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Revista bem estar-acreditar 20130623

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Editorial

Escritores e palestrantes motivacionais existem de monte eàs vezes é preciso separar os que realmente têm algo deprofundo a dizer daqueles que apenas reciclam ideias. Opsiquiatra Roberto Shinyashiki pertence ao primeiro time, esempre que entrevistado por esta Bem-Estar entrega umconteúdo potencialmente capaz de transformar a realidade dequem o lê. Desta vez, o tema da conversa foi seu mais recentelivro, “Louco por Viver: Desperte a sua paixão pela vida”. Aindaque não diga nada muito novo, seu discurso apaixonado sobre amelhor forma de levar a vida e buscar a felicidade na base dorisco tem força para empolgar até o leitor mais antigo destarevista, tão habituado ao tema da felicidade.

24

Está aberta a temporada dosparques em Orlando e Tampacom pinguins e robôs

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Ator Francisco Cuoco, que completa80 anos em novembro, fala sobre acarreira e os recentes trabalhos na TV

14

Fisioterapeuta escreve sobre aimportância de se praticar umaatividade física em qualquer idade a fimde promover bem-estar físico e mental

Poesia

JANELATodo branco o casarãoGrande, antigo, acolhedorJanelas e mais janelasEnfeitam sua fachadaCuriosa, abro a primeiraVolto à infância:Barulho de correriaBrincadeira com os irmãosLá embaixo da jaqueira.Outra, meio entreabertaMostra a cena adolescenteMúsica tocando altoAs amigas se agitandoOs meninos vão chegarÉ dia de festaTodos prontos pra dançarAlegria, inquietudeDesejo de conhecer

Abertura janeleira,De uma coisa nova, ligeiraDespontando pra viverAmor, sentimento bomCresce e pulsaSe apropria do meu serTudo conspira, ajudaA abrir outra janelaMistério que é encontro!Encontro de dois em umVivendo intenso o amorE agora?Outra janela - outra gente...Gente nova vai chegandoDando sentido ao viverPresença a testemunharSempre existe uma ilusãoVivendo no infinito,Lembrança do casarão...Heloisa Sigaud Furquim em “Av.3”

FAMÍLIACresce o número de casais que decidem não ter filho e não sofrem com osentimento de culpa. Obrigação cede hoje lugar à escolha PÁGINAS 4 E 5

RELACIONAMENTOFacilidades tecnológicas criam espécie de alienação virtual, que enfraquecevínculos e coloca pessoas no “piloto automático” PÁGINAS 6 E 7

SAÚDEReformulação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais,o DSM-5, gera polêmica entre psiquiatras brasileiros PÁGINAS 8 E 9

AUTOCONHECIMENTOPalestra ensina como usar a Programação Neurolinguística (PNL) paradespertar o “gigante” que existe dentro de nós PÁGINA 13

Agência Estado

Agência Estado

Turismo

Sérgio Menezes 10/2/2009

Televisão

Felicidade nabase do risco

Paulo HadadDIÁRIO DA REGIÃO

Editor-chefeFabrício [email protected]

Editora-executivaRita Magalhã[email protected]

CoordenaçãoLigia [email protected]

Editor de Bem-Estar e TVIgor [email protected]

Editora de TurismoCecília [email protected]

Editor de ArteCésar A. Belisá[email protected]

Pesquisa de fotosMara Lúcia de Sousa

DiagramaçãoClaudia Paixão

Tratamento de ImagensEdson Saito, Luciana Nardelli eLuis Antonio

MatériasAgência EstadoAgência O Globo

2 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

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Você é quem vocêquer encontrar?

Artigo

Karina Younan

Existe uma dicotomia no

pensamento das pessoas, ex-

pressa nos relacionamentos ou

na busca por novos relaciona-

mentos. Se os gêneros ainda

não se compreendem em ter-

mos de expectativas, devemos

aprender com as frustrações e

fracassos e não fazer da queixa

uma regra.

Ouço as pessoas refletirem

quem elas gostariam de encon-

trar: qualidades, adjetivos, o

novo parceiro vai sendo traça-

do e idealizado em detalhes.

Há os que definem que jamais

se envolverão novamente, mas

para esses basta um pouco de

Vinicius ou Carpinejar: “o

amor acontece, apesar de nós”.

A biologia é soberana e não

aceita imposições. A paixão

acontece, fruto do acaso e não

da determinação - para infelici-

dade de alguns.

Se não mudamos o outro,

devemos procurar pelo que

aceitamos. E se há a possibilida-

de de mudar a si mesmo, mes-

mo que com muito esforço, eu

pergunto: Por que não nos

transformamos em quem quere-

mos encontrar?

Tente ser o grande amor

que faltava à vida de alguém, in-

vertendo o pensamento que po-

de limitar suas escolhas, sem-

pre procurando encontrar o

seu grande amor.

Os homens poderiam ser bo-

nitos, divertidos, carinhosos,

trabalhadores, dedicados, char-

mosos e elegantes se estiverem

felizes, satisfeitos, reconheci-

dos, valorizando muito a sua

companhia e desejando dar-lhe

o melhor de si. Somente nesses

casos. Eles são meio assim: fa-

zem por amor o que não fazem

por coação, obrigação, birra ou

insistência, não adianta teimar.

Deveríamos oferecer o

que procuramos encontrar!

Se procurarmos ser bonitas,

bem humoradas, dispostas,

sensuais, trabalhadoras e cari-

nhosas, já seríamos mais inte-

ressantes, a vida seria melhor

com ou sem par.

Nada de correr atrás de bor-

boletas, disse Quintana, enfeite

o seu jardim que elas aparecerão.

O que te impede de ser

atraente é por que você não

é um milionário? Ou uma

top model? Que tal olhar pa-

ra as outras qualidades em

relacionamentos?

As idealizações são empeci-

lhos para a felicidade! Muitos

se inibem pela beleza física ou

status social. Como se o amor

ou a atração estivessem restri-

tos aos lindos e jovens. Char-

me e encantamento não estão

diretamente ligados à riqueza

ou beleza. Podem se benefi-

ciar, mas não são definidos

por estes quesitos, e nem ga-

rantem bons relacionamentos.

Os Detonautas cantam: “o que

seria da tua beleza, se eu fe-

chasse os olhos pra você?”

A pessoa mais interessante

que conhecemos ou que nos

atraiu muitas vezes, e na maio-

ria das vezes, não foi a mais be-

la que conhecemos. Vale para

homens e mulheres. Um boni-

to fica feio se não for interessan-

te. Uma pessoa segura e com

boa auto estima costuma ser

mais sedutora, quaisquer que

sejam seus atributos. Woody

Allen foi magnífico retratando

esta realidade em Vicky Cristi-

na Barcelona.

Quer encontrar alguém que

faça a diferença em sua vida?

Por que não fazer a diferença

na vida de alguém? Seja você o

grande amor da vida de uma

pessoa, dê o que você espera en-

contrar, ou pelo menos tente.

Pense no que você pode fazer

por alguém e não o contrário,

um olhar generoso pode ser bas-

tante atraente. �

KARINA YOUNAN

é psicóloga

As idealizações são empecilhos para a felicidade. Muitos se inibem pela beleza física

ou status social, como se o amor ou a atração estivessem restritos aos lindos e jovens

Quem é

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 3

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O que antigamente era quase uma obrigação para a mulher, hoje é uma opção.

Decisão contrária já é aceita e vivenciada por boa parte da sociedade

Jéssica [email protected]

A professora Katiucia Paglio-

ne, 35 anos, conta que nunca teve

o sonho de ser mãe. Casada há 8

anos com o também professor

Edilson FerreiraRamos, 32, e jun-

tos há12, somando namoroe casa-

mento, ela diz que no início o ma-

rido falava em ter um filho, mas

depois o casal optou por não ter.

“Eu não me lembro de querer

ser mãe, ter filhos, nunca tive esse

sonho. Casei aos 29 anos e fui per-

cebendo que meu marido tam-

bém compartilhava da mesma

opinião. No começo do casamen-

to cobraram bastante, mas eu

nunca dei esperanças, sempre fui

clara: a gente não quer”, relata.

Ela diz ainda que tem afilha-

dos e sobrinhos e gosta muito de

criança, mas o que mais pesa na

decisão é o que vê na escola. “É o

medo de como está o mundo em

que ele vai viver. O caminho que

está indo a humanidade, a respon-

sabilidade que vou ter”, explica a

professora.

Katiucia faz parte de uma ten-

dência que cresce entre as mulhe-

res do Brasil e do mundo, a de di-

zer não à maternidade. E isso não

é nenhum problema, desde que a

mulher e o parceiro estejam de

acordo sobre essa decisão.

O que antigamente era quase

uma obrigação para as mulheres,

hoje é uma opção. A psicóloga

Maria Amélia Mussi conta que

tem percebido que os jovens têm

uma cabeça mais liberta de pa-

drões de comportamento e que a

profissão, muitas vezes, está em

primeiro lugar, depois o casamen-

to e os filhos, se desejarem. “Hoje

em dia, os jovens preferem morar

juntos para vivenciar a rotina da

vida a dois, administrar as dife-

renças, conquistar o respeito e a

individualidade para depois pen-

sarem em casamento, com matu-

ridade e dados de realidade. Esse

comportamento tem contribuído

para relações mais assertivas,

com ganhos mútuos”, afirma.

A psicóloga Kátia Ricardi

Abreu explica que algumas mu-

lheres estão planejando a carreira

de forma prioritária. Há as que in-

cluem a maternidade após algu-

mas realizações que lhes garan-

tam certa estabilidade. Há as que

não incluem a maternidade, por-

que já estão unidas com um par-

ceiro que tem filhos do primeiro

casamento. E há as que não in-

cluem a maternidade por diver-

sas outras razões.

Para Maria Amélia, a mulher

viveu durante muito tempo presa

porcondenaçãoousistemasrepres-

sores, sem conseguir realizar a

desmaterialização dessas condena-

ções. “Ela permaneceu completa-

mente bloqueada e impossibilitada

derealizaraessênciadeseuarquéti-

po,noqualoobjetivodamulherde-

veria ser o retorno à alma. Para isso

ela teve que elevar e soltar muitas

amarras para poder alçar voo.”

As potências da mulher são

muito profundas e hoje ela con-

quistou o direito de escolha a par-

tir do conhecimento de si pró-

pria, segundo a psicóloga. “Nós,

mulheres, fomos obrigadas a se-

guir à risca padrões de comporta-

mento que a sociedade cobra e is-

so vem de muitos anos. Tinha

que casar antes de morar junto,

depois do casamento tinha que

ter filhos, não sobrava tempo pa-

ra trabalhar, com isso a individua-

lidade era pouca ou nada. Uma to-

tal entrega ao relacionamento a

dois e abandono de sua própria vi-

da”, diz a especialista.

Ainda de acordo com Maria

Amélia, a reprodução era como re-

gra, uma manifestação indireta

do poderoso instinto sexual, e

não da vontade de ser mãe. “Com

tanto desejo e com recursos anti-

concepcionais tão pobres e pouco

conhecidos, os casais já voltavam

da lua de mel grávidos”, explica.

Kátia diz que não são as con-

quistas já existentes, mas as con-

quistas que elas querem ter que as

levam a escolher ou não ter fi-

lhos. “Na minha experiência em

consultório percebo que esta deci-

são não é radical, na maior parte

dos casos. É algo que poderá ser

modificado de acordo com as cir-

cunstâncias.”

Cobrança

A mulher namora e é questio-

nada sobre quando será o casa-

mento, depois vem a cobrança de

quando virão os filhos. Mas quan-

do a resposta é “não, eu não vou

ter filhos”, pode assustar um pou-

co a família.

Maria Amélia diz que existe,

sim, a cobrança, e que é um pa-

drão que passa de geração para ge-

ração. “A pressão sempre existiu

e vai continuar. Tem que casar,

tem que ter filhos e a pressão é

dos amigos, da família e de todas

as pessoas com quem nos relacio-

namos. É importante se pergun-

tar: qual é seu verdadeiro desejo e

se tem condições emocionais, fi-

nanceiras para realizar. É necessá-

rio reflexão e planejamento do ca-

sal”, afirma.

Katia Ricardi lembra que

quando a mulher não tem filhos

porque não consegue gerá-los,

embora os queira, o sofrimento

aparece pela não realização da ma-

ternidade e as pressões internas

externas. “Quando se trata de

uma decisão, embora ela possa

biologicamente falando gerar fi-

lhos, não há sofrimento, pois foi

uma escolha.”

O sentimento de culpa por

não ter um filho, um herdeiro,

vai depender de cada mulher.

“Depende da segurança com que

cada casal chega a essa conclusão

e a forma com que se posiciona pe-

rante a sociedade e a família, do

contrário pode ter sentimento

de culpa ou até arrependi-

mento. Por sentimento de

culpa inconsciente, a mu-

lher pode até desenvol-

ver um câncer de úte-

ro, mama, ou outros

por não estar inter-

namente elabora-

da e aceita esta de-

cisão”, diz Ma-

ria Amélia.

Elas dizem nãoà maternidade

Família

4 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 5: Revista bem estar-acreditar 20130623

Outras prioridades no caminho femininoDados do IBGE apontam que

é cada vez maior o número de mu-

lheresqueoptampornãoterfilhos.

OúltimoCenso,porexemplo,mos-

trou que as brasileiras próximas a

completar50 anos, ou seja, chegan-

do ao fim da idade fértil, sem filhos

aumentouem20%,somentenosúl-

timos dez anos.

Para a antropóloga Niminon

Suzel Pinheiro, a sociedade é dinâ-

mica, muda sempre. “Hoje é

garantia constitucional

o direito à educação

de qualidade a to-

dos os brasileiros

e, lentamente, o

conhecimento

e o esclareci-

mento so-

bre a ma-

ternida-

de vão sendo disseminados, propi-

ciando às mulheres uma escolha

que jamais tiveram. Portanto, para

que seja mesmo uma opção da mu-

lher ter filhos ou não, a sociedade

tem que dar as condições para que

amulhersejaapoiadaemsuasdeci-

sões. O que não acontece”, afirma.

Segundoaantropóloga,semas-

sistência às mães, e com as crianças

vivendoemumasociedadecompe-

titiva, torna-se uma tendência a

mulher voltar-se mais para o traba-

lho. “É muito frustrante ter filhos

para outros cuidarem.”

Para ela, as mulheres já não se

sentem mais na obrigação de ser

mães, elas têm outras prioridades.

“As prioridades também mudam

nasprópriasmulheres.Hojeelapo-

denãoquerer ter filhose focarmais

na profissão, mas amanhã, com a

economia e a carreira estabilizada,

poderá mudar de ideia”, explica.

Masaespecialista ressalta que a

escolha de algumas mulheres em

não ter filhos não é motivo para

pensar que possa desencadear al-

gum tipo de desequilíbrio popula-

cional. “Em primeiro lugar, há

muitascriançasnascendoacadase-

gundo, e, em segundo, o desequilí-

brio já existe, no sentido de que a

Terra não está comportando todos

os humanos. Veja que os conflitos

porespaçoestãocadavezmaiosevi-

dentes, diz Niminon. � (JR)

Edvaldo Santos

Casadoshá 8 anos,

professoresKatiucia e

Edilson, deRio Preto,

escolheramnão ter filhos

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 5

Page 6: Revista bem estar-acreditar 20130623

As facilidades tecnológicas estão prendendo

os seres humanos ao seu próprio mundo,

enfraquecendo o contato com o outro ou

com a realidade que existe ao redor

Universoparticular

Relacionamento

6 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 7: Revista bem estar-acreditar 20130623

Gisele [email protected]

Se começar a prestar atenção

vai notar que as cenas são recor-

rentes a cada dia: você está no

elevador que para entre um an-

dar e outro, a porta se abre e en-

tra alguém que sequer diz bom

dia. Outras pessoas também che-

gam ao local de trabalho, não

cumprimentam ninguém, colo-

cam um fone de ouvido e pas-

sam a realizar tarefas como se

não tivesse mais ninguém na sa-

la. Nos bares e restaurantes, as

pessoas estão sentadas juntas,

mas cada um com seu celular na

mão, conectado a uma rede so-

cial. Ou ainda, dirigem falando

ao celular, na rua, ou digitando

mensagem de texto em cima de

uma bicicleta, com se não existis-

se mais nada no mundo.

A verdade é que as pessoas

estão cada dia mais desligadas,

parece que nunca estão onde

realmente estão. Elas simples-

mente se esqueceram – ou tal-

vez tenham ignorado de propó-

sito – que exista um mundo em

volta, que outras pessoas tam-

bém estão por ali transitando,

que vivem, afinal, em coletivi-

dade. Essas pessoas têm seus

universos particulares. São “pe-

quenos príncipes” habitando

planetas só deles, exclusivos.

É o que o professor, escritor

e conferencista Eugenio Mus-

sak chama de “síndrome do des-

ligado voluntário”. “É uma espé-

cie de praga social, em que as

pessoas têm total desinteresse

pelos outros, pelos acontecimen-

tos, pela possibilidade de partici-

par da construção de algo maior

ou melhor”, diz em um artigo.

Alunos, vizinhos, parentes, cole-

gas de trabalho. Cada um viven-

do com seus objetivos particula-

res descolados dos objetivos do

planeta. “Personagens de si mes-

mos, interpretando um roteiro

particular que não requer pla-

teia. Pessoas que parecem desfo-

cadas do cenário.”

“O mundo mudou rapida-

mente. Demos o maior salto

tecnológico da humanidade

desde a invenção da roda. As

mesmas pessoas que nasceram

e cresceram em um mundo on-

de telegramas, rádios, TVs e te-

lefones fixos eram mais do que

suficientes estão hoje imersas

em um oceano de estímulos

que chegam a causar verti-

gem”, justifica o psicólogo cog-

nitivo-comportamental Alexan-

dre Caprio.

Segundo ele, criamos a rede

social e muitas pessoas submer-

giram nesse universo. As crian-

ças e os jovens de hoje já nasce-

ram nele. E a alienação virtual

tornou-se um perigo plausível.

“Cada vez mais migramos nos-

sas amizades, contatos e rodas

de amigos para o mundo digi-

tal, onde podemos forjar uma

identidade perfeita para ga-

nhar mais aceitação”, explica.

Escondemos falhas, suprimi-

mos gorduras localizadas e

transbordamos simpatia, en-

quanto nossas juntas enferru-

jam na frente de um terminal.

Os celulares estão se tornan-

do as janelas de um outro mun-

do, considerado mais real e

mais importante do que esse

em que nascemos. Ficamos ho-

ras esperando algo acontecer

no nosso perfil, mendigamos

“curtidas” enquanto ignora-

mos encontros reais e contatos

físicos. Vemos constantemente

pessoas na mesa de um bar, ca-

da qual com seu celular. Cabe-

ça baixa, olhar fixo e silêncio.

Estão mandando mensagens

umas para as outras. Tiram fo-

tos juntas e publicam imediata-

mente pelo Instagram. “As pes-

soas alimentam seus perfis co-

mo se eles fossem mais impor-

tantes que a própria vida”, afir-

ma ainda Caprio.

Jovens chegam mais cedo

das festas para contar suas aven-

turas na rede social - dizer que

esteve em algum lugar tornou-

se mais importante do que estar

nesse lugar. “Infelizmente, esse

é um fenômeno mundial. As

pessoas estão fisicamente em

um lugar, mas a cabeça está em

outro”, diz o escritor e pales-

trante Anderson Cavalcante, au-

tor de livros como “O que Real-

mente Importa”, “Viva as Coi-

sas Essenciais da Vida” (ambos

pela ed. Gente) e “Minha Mãe,

Meu Mundo” (ed. Sextante).

As pessoas, segundo ele, es-

tão cada vez mais imediatistas

e o interesse é no que vai acon-

tecer de imediato e no desejo

de querer que essas coisas acon-

teçam, de resolver pendências

que estão à frente e as coisas

que avaliam como as mais im-

portantes da vida. Não conse-

guem perceber o tanto de coi-

sas que estão abrindo mão.

“Elas perdem a noção de impor-

tância e pensam mais na neces-

sidade que as coisas e que o ou-

tro realmente têm”, diz.

“Com os modismos trazidos

pela era da internet, houve uma

exacerbação de tendência que já

existia, a do individualismo. Ou

seja, as pessoas estão buscando

se isolar em diversos paralelos”,

diz o médico psicoterapeuta An-

tonio Pedreira, educador e escri-

tor de dezenas de livros nas áreas

de biomédica e saúde mental. O

celular é um exemplo claro dis-

so. Paramos o que estamos fazen-

do para dar atenção em quem es-

tá à distância. As pessoas deixam

de ter contato presencial para ter

contato virtual, onde o anonima-

to é uma boa defesa.

É claro que, como diz Euge-

nio Mussak, não podemos gene-

ralizar. Existem jovens engaja-

dos, adultos antenados e idosos

conectados em todos os luga-

res. “Só que os outros parecem

fazer mais barulho, apesar do si-

lêncio”, diz ele.

Aboanotíciaéqueaindadápa-

ra mudar este cenário. De que for-

ma? Voltando para sua essência.

“As pessoas estão vivendo cada vez

mais no piloto automático e esque-

cem do seu propósito de vida”, diz

o escritor Anderson Cavalcante. A

primeira coisa a ser feita é verificar

qualoseupropósitodevida, suaes-

sência.Oquerealmentefazsentido

e tem significadopara você? Quan-

do você faz isso, é obrigado a pen-

sarseestáounãonopilotoautomá-

tico.Sedescobrirque está, serápre-

ciso ressignificar sua vida e buscar

um sentido maior para ela.

“Oquefaltanavidadaspessoas

e nas relações humanas hoje é vín-

culo. Cada vez mais as pessoas es-

tãopassandopelaspessoasaoseure-

dor numa relação ou no trabalho e

na família sem vínculos. Isso é tris-

te. “Viver intensamente e inteira-

mente cada momento da vida, es-

tar inteiroéareceitaparaterdevol-

ta esses vínculos”, garante.

Embora estejamos completa-

mente conectados, temos cada vez

menoscoisasadizerunsparaosou-

tros. “Devemos resgatar alguns há-

bitos. Sair com amigos, curtir uma

pescaria, passar o final de semana

em um rancho, contar histórias à

noite e conferir os deveres dos fi-

lhos”, sugere o psicólogo Alexan-

dre Caprio. Almoços de domingo

com a família e brincadeiras de rua

eram muito mais do que passatem-

po.Eramverdadeirostreinosdeha-

bilidadesocial.Brincávamos,brigá-

vamos e reatávamos. Com isso,

aprendíamos a respeitar regras.”

Segundoele,precisamosfechar

maisnossoscelularesenotebookse

curtir tudo o que já estava inventa-

do, antes que essa alienação progri-

da e percamos nossas famílias e

amigos para um bando de avatares

pedindo para ser adicionados.

“É preciso que as pessoas se

conscientizem da necessidade de

ter amplo contato sensorial com os

que estão presentes”, diz o psicote-

rapeura Antonio Pedreiro. É preci-

so também descobrir se existe al-

gumtipo decarênciapor trásdisso.

Às vezes, carência sexual ou afetiva

que são, de certo modo, sublima-

das e transformadas nesse tipo de

compensação virtual. � (GB)

Problemas deautoestima

De volta à essência

A desatenção emrelação ao mundo real,ressalta AlexandreCaprio, se deve àdependência queestamos criando desseoutro universo. Atecnologia atual éfantástica. Mas estamoscriando avatares cada vezmais distantes de quemrealmente somos. “Essadissonância podeestabelecer uma série deproblemas naautoestima. Por contadisso, as pessoas estãoficando ainda maisansiosas. As pessoasconseguiriam, de fato, seequiparar com a imagemque criaram de simesmas? A compulsãodigital até mesmo está nalista de Transtornos queirão integrar a nova DSM(Manual Diagnóstico eEstatístico deTranstornos Mentais)”,diz o psicólogo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 7

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Nova “bíblia” da psiquiatria abre margem para subdiagnósticos de transtornos

como depressão e bipolaridade. Estatísticas devem aumentar significativamente

Elen [email protected]

A classificação e os critérios

para o diagnóstico de transtornos

mentais têm agora uma nova “bí-

blia”. A reformulação do Manual

Diagnóstico e Estatístico de

Transtornos Mentais, o DSM-5,

traz discussões sobre como de-

vem ser feitos os diagnósticos.

O DSM-5 foi revisado por

profissionais norte-americanos

da área da saúde e é visto como

um guia oficial para a classe médi-

ca dos Estados Unidos e de parte

do mundo. Seu objetivo é ofere-

cer uma linguagem única que dê

descrições completas de doenças,

incluindo seus sintomas detalha-

dos e outros critérios que possam

indicar um diagnóstico.

Segundo a Associação Ame-

ricana de Psiquiatria, respon-

sável pela apresentação da no-

va edição, realizada em maio,

a intenção do DSM-5 é que ele

seja usado para dar subsídios

para “treinamento, responden-

do a perguntas sobre a sua

implementação no atendimen-

to clínico e de pesquisa e escla-

recer as preocupações sobre o

novos códigos da CID”, que é

uma classificação mundial de

doenças e problemas relaciona-

dos à saúde.

O que gera dúvidas é que a

obrigatoriedade de seguir fiel-

mente o que determina o manual

pode causar subdiagnósticos.

Nos Estados Unidos, o impacto

será sentido, pois a obrigatorieda-

de do diagnóstico com o uso do

manual associa a entrega de me-

dicamentos pelos planos de saú-

de a seus usuários.

Além disso, a psiquiatra

Ana Hounie, supervisora do

ambulatório da Unidade de Psi-

quiatria da Infância e Adoles-

cência (UPIA), da Faculdade

de Medicina de São Paulo (Uni-

fesp), diz que essa codificação

unificada também serve para

que os profissionais de saúde se-

jam reembolsados pelos planos

de saúde em razão de procedi-

mentos médicos realizados.

“Logo, o DSM não é usado

para fazer diagnóstico, mas sim

para estatísticas e comunicar re-

sultados de pesquisas. Tanto

que o National Institute of Heal-

th (NIH) está contra o DSM-5 e

deixará de usar esse sistema pa-

ra as pesquisas científicas.”

Outro ponto discutido é

que podem ser confundidos

sentimentos com patologias,

como o luto. Não é prática diag-

nosticar pessoas que estão nes-

se estado, principalmente quan-

do se está no início, com de-

pressão. Com o novo manual,

será diferente, e as estatísticas

de depressivos devem aumen-

tar significadamente.

A psiquiatra considera:

transtornos do neurodesenvol-

vimento, do espectro autista,

alimentares, do humor, do es-

pectro obsessivo, da personali-

dade, do abuso e dependência

de substâncias, parafilias e

transtornos mentais orgânicos.

Ana Hounie, que também é

coordenadora do ambulatório

de Síndrome de Tourette do

Hospital das Clínicas, de São

Paulo, destaca que a principal

mudança é que, no DSM-4, ha-

via uma infinidade de catego-

rias diagnósticas, ao contrário

do DSM-5, que pretende dar

um diagnóstico dimensional,

onde várias categorias podem

ser enquadradas em um mes-

mo espectro diagnóstico.

Ela dá um exemplo

que simplifica: “Isso mu-

daria o fato de que,

atualmente, as pessoas podem re-

ceber muitos diagnósticos ao

mesmo tempo, como se tives-

sem muitas doenças, quando, na

verdade, pode ser explicada por

um substrato comum. Em vez

de dizer que uma pessoa tem

Transtorno Obsessivo-Compul-

sivo (TOC), colecionismo e der-

matotilexomania, podemos di-

zer que a pessoa tem transtornos

do espectro obsessivo”, define.

O psiquiatra Gustavo Tei-

xeira, autor do “Manual dos

Transtornos Escolares” (edito-

ra Best Seller), conta que o

diagnóstico do transtorno bipo-

lar do humor em crianças e ado-

lescentes, por exemplo, tinha

proposta de ser alterado, assim

como aconteceu. O motivo era

o crescimento dos diagnósti-

cos. Agora, a nomenclatura, se-

gundo o novo manual, muda

para o diagnóstico, transfor-

mando-se em Transtorno da

Desregulação do Temperamen-

to com Disforia.

“Esse diagnóstico será

utilizado quando não

existir um conjunto de

sintomas significativos

que justifiquem o diag-

nóstico do transtor-

no bipolar do hu-

mor”, explica

Teixeira.

Cartilha da menteSaúde

Aumento da idade mínima para início dos sintomas

Redução de 6 para 5 sintomas de desatenção ouhiperatividade para os adultos

Possibilidade de diagnóstico do TDAH em Transtorno doEspectro Autista

Fonte: Ênio Roberto Andrade, psiquiatra

O que muda nodiagnóstico do TDAH

8 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 9: Revista bem estar-acreditar 20130623

A elaboração do DSM-5 contou com seis grupos de trabalho

A divisão foi feita em: (1) nomenclatura, (2) neurociência egenética, (3) aspectos de desenvolvimento e diagnóstico, (4)transtornos relacionados e de personalidade, (5) transtornos mentaise deficiências e (6) aspectos interculturais

Ainda houve divisões para pesquisa sobre gênero, diagnósticoem grupos geriátricos e transtornos mentais em crianças

Quase 30 médicos e pesquisadores ficaram responsáveis emavaliar os achados clínicos

Fonte: Gustavo Teixeira, psiquiatra

Que diferença faz?

A psiquiatra Ana Hounie diz que algumas mudanças nanomenclatura, como no Transtorno Bipolar em crianças eadolescentes, pode revelar um preconceito com a doença mental.“Alguns potenciais benefícios podem virar um tiro pela culatra. Sevocê diagnostica uma criança com Perturbação de Regulação deHumor, está deixando de dizer que ela é bipolar. Mas se ela pode sermedicada, que diferença faz dizer se é bipolar ou não?”

1 - Não se diagnosticava depressão em pessoas de luto há poucotempo. Com o novo DSM, diagnostica-se depressão e coloca-se o lutocomo estressor psicossocial. Isso aumentará o número de diagnósticosde depressão nessa fase

2 - Foi incluída agora uma categoria de Transtornos do EspectroAutista, que engloba todos os diagnósticos de autismo que haviaanteriormente, na última edição. Entre eles estão o Síndrome deAsperger, autismo típico, transtorno desintegrativo da infância etranstorno global do desenvolvimento

3 - O “retardo mental” passa a se chamar “deficiência mental” efica incluído no grupo Transtorno do Neurodesenvolvimento, juntamente

à gagueira e outros transtornos da linguagem, Transtorno do Déficit deAtenção e Hiperatividade (TDAH), Tourette e o Espectro Autista

4 - Para reduzir a quantidade de diagnósticos de Transtorno Bipolarna Infância, foi criado também um diagnóstico chamado de“Perturbação da Regulação do Humor na Infância”

5 - É criado um novo grupo: o Transtorno do Espectro Obsessivo,que inclui o TOC, dermatotilexomania, tricotilomania, TranstornoDismórfico e Colecionismo, que transforma-se em um diagnósticoseparado. No DSM-4, apenas o diagnóstico de TOC não correspondiaà realidade

Fonte: Ana Hounie, psiquiatra

O trabalho para elaborar a

nova edição durou cerca de 10

anos e foi necessário para atuali-

zar o material, já que as infor-

mações que estavam no DSM-4

foram pesquisadas há 20 anos.

Novos entendimentos, estudos

e o aumento do conhecimento

a respeito reforçaram a criação

de uma edição repaginada so-

bre transtornos mentais.

“De tempos em tempos,

atualizam-se os critérios diag-

nósticos visando a uma me-

lhor exatidão na identifica-

ção da doença (transtorno) e,

consequentemente, na condu-

ta”, destaca o psiquiatra Ênio

Roberto Andrade, especialista

em crianças e adolescentes da

Associação Brasileira de Défi-

cit de Atenção (ABDA).

Embora muitos pontos ge-

rem discordâncias, Andrade

afirma que, em relação ao Trans-

torno de Déficit de Atenção e

Hiperatividade (TDAH), não

houve muita crítica sobre a for-

ma de diagnosticar o problema.

“Porém, é possível generalizar

que um diagnóstico mal feito ge-

ra um tratamento mal feito.”

Para o psiquiatra Gustavo Tei-

xeira, com ou sem alterações nas

nomenclaturas e descrições de

doenças mentais é preciso estar

atento para conseguir trabalhar

com a conscientização da socieda-

de a respeito de problemas com-

portamentais de crianças e adoles-

centes. “Eles sofrem diariamente

com condições patológicas com-

portamentais, mas nem sempre

recebem o diagnóstico e tratamen-

to ético e correto”, diz. � (EV)

Como foi o processo

Revisão de critérios

Veja as principais mudanças

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 9

Page 10: Revista bem estar-acreditar 20130623

Psiquiatra Roberto Shinyashiki fala à Bem-Estar sobre seu novo livro.

“Não se sinta seguro eternamente. Esteja disposto a arriscar”, diz

Jéssica [email protected]

O recém-lançado “Louco

por Viver: Desperte a sua pai-

xão pela vida” (Editora Gente,

184 páginas), de Roberto

Shinyashiki, já entrou para a

lista dos mais vendidos. O no-

vo livro do palestrante, empre-

sário e doutor em administra-

ção apresenta um caminho pa-

ra as pessoas viverem mais in-

tensamente tudo o que a vida

oferece. “Seja um louco por vi-

ver. Intensamente. Completa-

mente”, recomenda o autor lo-

go nas primeiras páginas.

Roberto Shinyashiki afir-

ma que este livro é sobre arris-

car a viver. “Sobre ter a cora-

gem de viver suas paixões. So-

bre deixar que esse sentimento

seja mais que um simples sen-

tir sem explicação e sem aplica-

ção. Sobre ter a coragem de

transformar suas emoções em

ações que tornem sua vida mais

bonita e feliz”, afirma.

Para o autor, qualquer pes-

soa pode se tornar um louco pela

vida. “Basta que esteja disposto a

arriscar. Não procure se sentir se-

guro eternamente. É lógico que a

segurança é importante, mas

quando ficamos no conforto de

um hábito acabamos por deixar

de viver”, garante.

Em entrevista à revista

Bem-Estar, o psiquiatra e escri-

tor discute o que é preciso para

ser feliz apesar das dificuldades

do dia a dia.

Revista Bem-Estar - O títulodo livro chama a atenção, “Lou-co por Viver”. Como definir umapessoa louca por viver?

Roberto Shinyashiki - Os

loucos pela vida são sujeitos que

se recusam a se tornar “os mais ri-

cos do cemitério”, porque eles

preferem usar toda a riqueza de

suas vidas para realizar suas pai-

xões. Uma pessoa louca por viver

quer que as pessoas se lembrem

dela como alguém que fez parte

das suas vidas e viveu com inten-

sidade todas as suas emoções, e

compartilhou cada momento de

prazer com a vida e com as pes-

soas ao seu redor.

Bem-Estar – Você se consi-dera um “louco” pela vida?

Shinyashiki - A minha bio-

grafia vai ser um livro muito

grosso. Mas cheio de passagens

onde me lancei como um louco

pelo prazer de viver. Apesar do

medo, das indefinições e dos de-

safios, cometi a loucura de me

lançar no desconhecido. E saí

de lá com uma sensação doce e

agradável na boca: provei do sa-

bor chamado “vida”!

Bem-Estar - Qual o objeti-vo dessa obra e quem pode sebeneficiar dela, que trata deum assunto tão banalizado

nos últimos tempos: a vida?Shinyashiki - Este livro é so-

bre arriscar a viver. Sobre ter a co-

ragem de viver suas paixões. So-

bre deixar que esse sentimento se-

ja mais que um simples sentir

sem explicação e sem aplicação.

Sobre ter a coragem de transfor-

mar suas emoções em ações que

tornem sua vida mais bonita e fe-

liz. A felicidade envolve correr ris-

cos. Ao se declarar apaixonado

por alguém, por exemplo, você

corre o risco de ser rejeitado. Só

que a felicidade precisa que você

deixe que sua paixão fale mais al-

to que sua razão. Procurar segu-

rança faz parte da sua razão, mas

correr riscos faz parte da sua bus-

ca pela liberdade de ser feliz. Pare

de se preocupar com a sua ima-

gem e comece a colocar sua ener-

gia em fazer o que você está com

vontade de fazer. Você não pode

mudar imediatamente o que os

outros pensam a seu respeito,

mas pode mudar o que você pen-

sa deles. Por isso, viva seus so-

nhos e compartilhe suas emoções

mais verdadeiras e traga muito

mais prazer, emoção e sentido à

sua vida.

Bem-Estar - Qualquer pes-soa pode se tornar um “loucopela vida”? Que benefíciosela pode ter vivendo commais intensidade?

Shinyashiki - Qualquer pes-

soa pode se tornar um louco por

viver. Basta que esteja disposto a

arriscar. Não procure se sentir se-

guro eternamente. É lógico que a

segurança é importante, mas

quando ficamos no conforto de

um hábito acabamos por deixar

de viver. Encarar mudanças é cor-

rer riscos. É dar a si mesmo a

chance de descobrir um mundo

totalmente novo, perceber e dar a

você motivações para expandir o

seu ser para muito além do que

você imaginava ser capaz. Sim-

plesmente arrisque a ser chama-

do de louco, e muitas vezes até

mesmo de inconsequente. Nin-

guém pode desfrutar do prazer

completo e da experiência com-

pleta da vida se não se dispuser a

experimentá-la.

Bem-Estar - O que falta pa-ra as pessoas entenderemque a vida é única e que deveser aproveitada ao máximo?

Shinyashiki - Falta enten-

der que o que importa não é o

que você faz, mas sim como

faz! Por exemplo, os carteiros.

Eles andam o dia inteiro debai-

xo do sol brasileiro, e às vezes

imersos no frio do sul. São,

muitos, atacados por cães, en-

frentam chuva, cansaço, mau

humor das pessoas. Tudo isso

deveria ser um convite para o

mau humor. Mas a grande

maioria está sempre com um

sorriso pronto para dividir co-

nosco! Muitas pessoas transfor-

mam o que fazem em obrigação

e aí a infelicidade acontece. Se-

ja nas tarefas domésticas, seja

quando ajuda o filho a fazer li-

ção de casa, seja nos momentos

em que dá atenção aos pais ido-

sos, seja na relação com os clien-

tes mais exigentes do seu negó-

cio, coloque seu coração e sua

alma no que você faz e nunca

mais você vai trabalhar infeliz.

É muito melhor relaxar com a

sensação de ter realizado seu

melhor naquele dia se você for

dormir tranquilo por cumprir

seu dever. E depois acordará

com vontade de pular da cama

e se jogar nas surpresas da vida

para aquele novo dia, como fa-

zia quando era criança. Portan-

to, durma e acorde com a expec-

tativa infantil de esperar pelas

surpresas que a vida traz a você

e sempre poderá aproveitar a

aventura de viver com paixão

cada novo dia de sua vida.

Bem-Estar - As pessoas sequeixam de tudo atualmente.É possível ser feliz apesar dosproblemas?

Shinyashiki - As pessoas em

geral dizem que não conse-

guem ser felizes porque têm

muitos problemas. Porém, pre-

ciso dizer uma coisa muito im-

portante: problemas não tra-

zem infelicidade. Problemas só

trarão infelicidade se você dei-

xar que eles se tornem maiores

LOUCOPELA VIDA

Comportamento

10 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 11: Revista bem estar-acreditar 20130623

que suas motivações. Eu

acredito na felicidade e

acredito mais ainda que

ela está ao nosso alcance.

Problemas todos temos e

teremos a vida inteira. Por

isso mesmo, o segredo da vi-

da é ser feliz apesar das dificul-

dades que nos aparecem o tem-

po todo. Admiro as pessoas

que sorriem por pior que seja

o momento em que estão vi-

vendo. Por isso, quando apa-

recer uma dificuldade, en-

quanto busca resolvê-la, não

deixe o mau humor tomar con-

ta da sua vida. Saiba separar as

questões difíceis do todo de sua

vida e não se deixe envolver pe-

la energia negativa que as pes-

soas costumam associar aos pro-

blemas. Você pode encarar os

problemas como oportunida-

des para ampliar a sua

interação com a vida e au-

mentar a sua capacidade

der ser feliz e ultrapas-

sar as dificuldades.

Então, curta a sua

vida, apesar dos

problemas. E faça

deles uma razão a mais para

se sentir vivo e capaz de modi-

ficar para melhor as coisas ao

seu redor.

Bem-Estar - Um dos capítu-los menciona que ideias, so-

nhos e paixões morrem com aspessoas. Esse tipo de comporta-mento é comum? As pessoas

tendem a deixar de lado seus ob-jetivos na vida por medo ou por-que algum dia já fracassaram?

Shinyashiki - Qualidade de vida é

viver apaixonado. É impressionante

o número de ideias, sonhos e pai-

xões que morrem com as pessoas,

porque elas nunca se atreveram a

assumi-los e a colocá-los em práti-

ca. Em geral, as pessoas têm medo

do sofrimento e acabam abrindo

mão de suas paixões para manter

a ilusão de segurança. Só que se-

gurança não existe, e se você se

apegar a ela acabará perdendo a

chance de viver suas emoções

mais verdadeiras. Certa vez, eu es-

tava dando uma aula em um MBA

em Ribeirão Preto e uma aluna fa-

lou, como que me desafiando: “Eu

adoro ter qualidade de vida. Aqui

em Ribeirão eu almoço todos os

dias em casa. Eu e meu marido assistimos à

novela todas as noites. No final de semana,

ficamos em nossa chácara vendo o tempo

passar, pescando, assistindo a filmes e lendo

livros. Para mim, isso é qualidade de vida!”.

Eu respondi: “Se você gosta desse estilo

de vida, tudo bem. Curta muito isso. Mas pa-

ra minha maneira de ser, isso seria um tédio.

Para mim, qualidade de vida é poder viver in-

tensamente. Eu adoro viver em São Paulo.

São tantas opções de shows, teatro, cinema,

restaurantes, poder assistir palestras sensacio-

nais, encontrar meus amigos em um lugar es-

pecial. Sair com minha família para ir a luga-

res diferentes. Para mim, isso é qualidade de

vida”. A garota tem razão em pensar assim,

mas eu também tenho a minha razão. Temos

apenas maneiras diferentes de curtir a vida. E

cada um de nós está feliz à sua maneira. O

que é complicado é quando a pessoa se pren-

de a algo que não a torna feliz e esquece de

ver que existem outras opções para ela. O im-

portante é definir o que é qualidade de vida

para você e o que o faz ser feliz, e viver isso

intensamente. Tenha coragem de estudar

mais e criar projetos maiores. Se não derem

certo, respire fundo e parta para um novo pro-

jeto. Não se dê tempo para se sentir derrota-

do. É lógico que viver apaixonado envolve ris-

cos, mas se você for contabilizar tudo o que

soma na sua vida vai ver que vale a pena.

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 11

Page 12: Revista bem estar-acreditar 20130623

Bem-Estar - Outro tema im-portante abordado é sobreperda da paixão pela vida. Co-mo viver com paixão em ummundo cada vez mais caóti-co, em que as pessoas, em ge-ral, estão estressadas por di-versos motivos?

Shinyashiki - Se você estiver

emperrado em uma das causas

que levam à perda da paixão pe-

la vida, é chegada a hora de dei-

xar o marasmo de lado, tomar

fôlego para começar a cuidar de

si mesmo e reacender essa cha-

ma que dá tanto prazer à vida,

para que você tenha muito

mais felicidade em seus dias e

curta muito a loucura que é vi-

ver. Para isso, você pode pensar

que existem duas maneiras de

viver, da mesma forma que exis-

tem duas maneiras de fazer

uma viagem: a primeira é sair

apressado, ansioso, olhando so-

mente para a frente, como se vo-

cê não quisesse chegar atrasado

em seu destino e como se preci-

sasse estar atento e preocupado

com tudo, com o horário, com

os percalços e

os proble-

mas. Pro-

vavelmen-

te, essa se-

r á u m a

viagem tensa, e você viverá co-

mo se estivesse sempre deven-

do alguma coisa para alguém; a

outra forma é sair tranquilo e

despreocupado, e viajar com o

propósito de olhar e contem-

plar a paisagem, conhecer as

pessoas, curtir lugares novos,

aprender com as pessoas que

lhe fazem companhia, sorven-

do cada perfume da estrada, ad-

mirando cada pôr do sol e cada

amanhecer no caminho. Essa

certamente será uma viagem

que dará prazer e fará você se

sentir feliz. Pessoas loucas por

viver viajam pela vida da segun-

da maneira. Elas aproveitam ca-

da momento e não se limitam a

passar pela vida economizando

amor e sendo prisioneiras do

medo. Curtem as surpresas da

viagem e não ficam com a cara

enfiada no plano de viagem,

perdendo a magia que está

acontecendo ao lado. Elas se en-

tregam a cada momento e não

vivem economizando afeto pa-

ra usar com alguém um dia no

futuro. Elas não são avarentas.

Trabalham com entusiasmo e

se divertem com alegria.

Bem-Estar - Quais dicasdaria para as pessoas quedesejam superar seus me-dos, se tornar loucas pela

vida e encontrar a verdadei-ra felicidade?

Shinyashiki - Você gostaria

de ser considerado um maluco

pela vida? Para viver assim, é

preciso cultivar as atitudes que

os loucos pela vida cultivam.

Em especial, será fundamental

praticar estas cinco atitudes: 1)

Seja feliz apesar dos proble-

mas; 2) Saiba o que alimenta a

sua alma; 3) Compreenda a es-

sência da vida; 4) Tire o trasei-

ro da cadeira e vá atrás do que

te dá frio na espinha, e 5) Te-

nha um pensamento elevado, li-

berte-se da “sanidade” doentia

de tudo o que lhe ensinaram so-

bre a maneira certa de viver. Fa-

zer escolhas é muito importan-

te na sua vida. Mas quando vo-

cê escolhe somente pensando

em segurança, sem levar em

conta o que é importante de ver-

dade para você, em geral sua vi-

da fica sem gosto, as coisas fi-

cam sem sal nem açúcar. E

qual é a graça disso? Comer pal-

mito pode ser muito gostoso.

Mas quem é que aguenta comer

palmito sem tempero todos os

dias? Imagine sempre quantos

sabores ainda existem na vida

para serem experimentados... E

candidate-se a ser um dos pro-

vadores dessas delícias!

“Apesar de todos os sofrimentos pelos quais você pode estarpassando, não se revolte nem perca os momentos especiais queacontecem todos os dias. São eles que vão fornecer a você a energianecessária para passar pelas fases complicadas. Curtir a vida vale apena. Perceba e aproveite as coisas simples que trazem alegria a você:

- Brinque e divirta-se com sua filha!

- Dê um beijo na pessoa que você ama.

- Tome um suco saboroso com seu irmão.

- Almoce com seus pais.

- Faça algo para relaxar: um passeio ao ar livre, uma visita aalguém, um banho morno, uma massagem reconfortante, etc.

- Viva a emoção de ver um pôr do sol ao lado de bons amigos.

- Ouça sua música favorita.

- Dance todos os dias com a mulher da sua vida.

- Curta fazer alguém sorrir todos os dias.”

Trecho do livro “Louco por viver”, de Roberto Shinyahiki �

Lembre-sedos bonsmomentos

ROBERTO SHINYASHIKI épsiquiatra e escritor, autor de várioslivros, entre eles: “Louco por viver”, “Ossegredos das apresentaçõespoderosas”, “Problemas? Oba!”,“Conquiste seus alunos”, “Os segredosdos campeões”, “Tudo ou nada”, “Você:A alma do negócio”, “Os donos dofuturo” e “A revolução dos campeões”.Atua regularmente no Coaching para aformação e especialização depalestrantes e novos escritores

Raio X

12 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 13: Revista bem estar-acreditar 20130623

Palestra amanhã em Rio Preto ensina como usar a Programação Neurolinguística

(PNL) a fim de alcançar excelência na vida pessoal e profissional

Gisele [email protected]

Cada um de nós vem ao mun-

do com um potencial. É verdade

que uns com mais talento do que

os outros. Mas isso não quer dizer

que,se vocênãoforumChopin,es-

tá fadado a ter uma vida morna,

acordar todos os dias, ir par o tra-

balho, cumprir as obrigações por-

que acha que o mundo impõe re-

gras que não podem ser quebra-

das, bastando seguir e pronto. A

chave para mudar tudo pode estar

na correta utilização do cérebro,

no uso dos hemisférios esquerdo e

direito,queregemarazãoeacriati-

vidade de formas diferentes.

E é exatamente sobre as ferra-

mentas que podem ser usadas pa-

ra que isso aconteça que a profes-

sora de psicologia Maria de

Lourdes Ferreira Rocha vai falar

amanhã (24), em Rio Preto, na

palestra beneficente “Desperte o

gigante que existe em você”.

No evento, a professora, que

tem formação em neurolinguísti-

ca e é autora do livro “Líder 24

horas por dia” (Best Seller), abor-

dará técnicas de Programação

Neuroliguística, ou simplesmen-

te PNL, que podem contribuir

para o desenvolvimento da me-

mória, a implantação de veloci-

dade à leitura, aprimorar a comu-

nicação interpessoal e ainda fa-

zer uma empresa vender mais e

melhor. A palestrante quer mos-

trar que é possível utilizar todas

as técnicas da programação neu-

rolinguística a seu favor.

A PNL é baseada num con-

junto de modelos, estratégias e

crenças que seus praticantes utili-

zam visando a uma comunica-

ção positiva e eficiente entre as

pessoas e consigo mesmo, com o

objetivo de conquistar a excelên-

cia e o desenvolvimento pessoal

e profissional. É baseada na ideia

de que a mente, o corpo e a lin-

guagem interagem para criar a

percepção que cada indivíduo

tem do mundo, e tal percepção

pode ser alterada pela aplicação

de uma variedade de técnicas.

Mas para que você possa mu-

dar sua vida e ser feliz é preciso an-

tes de mais nada querer ouvir seu

coraçãoedescobriromotivodevo-

cêestaraqui.Nestabusca,podedes-

cobrir o que fazer nas suas relações

pessoais, no seu

lazerounotraba-

lho e identificar o

que pode ser feito a

seu favor para ter uma

vida muito mais completa

e não apenas racional.

“Pretendo mostrar que to-

do mundo tem dentro de si

um potencial maior do

que se imagina”, diz

Maria de Lourdes.

Mas se todo mun-

do tem esse po-

tencial, agran-

de pergunta é: por que a maioria

nãotemconsciência dequetemes-

se poder e que pode usá-lo a seu fa-

vor? “Por uma série de fatores”,

diz Lourdes. “A grande maioria

das pessoas foi acostumada a pen-

sarbaseadano raciocínio lógico, li-

near, sequencial, deixando de lado

suas emoções, a intui-

ção, a criativi-

dade, a capacidade de ousar solu-

ções diferentes.”

A escola, por exemplo, tenta

preparar as pessoas para enfrentar

o mercado, mas o desenvolvimen-

to de habilidades para isso depen-

de exclusivamente de cada um de

nós. Aprendemos a fazer contas,

geografia ou história, mas a

habilidade de resgatar

o conhecimento a

qualquer momento

dependedonossoem-

penho. “Para isso, vo-

cê precisa de técnicas,

conhecer um pouco

melhor os meca-

nismosdocére-

bro”, diz.

Usando mais o hemisfério es-

querdo, considerado racional,

deixamos de usufruir dos benefí-

cios contidos no hemisfério di-

reito, como a imaginação criati-

va, a serenidade, visão global, ca-

pacidade de síntese e facilidade

de memorizar, dentre outros.

A palestra quer mostrar que,

por meio de técnicas, é possível es-

timular o lado direito do cérebro

e buscar a integração entre os

dois hemisférios, equilibrando o

uso de nossas potencialidades.

“Meu objetivo nessa palestra

é despertar nas pessoas que elas

precisam ativar os dois hemisfé-

rios no cérebro de forma mais

consciente para evitar que o es-

querdo se imponha, provocando

a atrofia do direito”, diz. O que

acontece numa situação como es-

sa? As pessoas ficam neuróticas,

ranzinzas, extremamente metó-

dicas. “Ficam chatas”, diz ainda.

A ideia é que, a partir da pales-

tra, as pessoas consigam encon-

trar ferramentas para que pos-

sam desenvolver habilidades e fa-

zer as coisas de forma diferente

do que estão acostumadas.

“Elas podem viver com mais

qualidade, tempo maior de vida,

autoconfiança e respeito elevado

por si mesmo”, diz. �

Serviço“Desperte o gigante que existe emvocê”. Palestra com Maria de LourdesFerreira Machado. Em Rio Preto,amanhã, às 19 horas, na Sociedadede Medicina e Cirurgia. Em prol doHospital de Base. Ingresso: umatoalha de banho nova. Informações ereserva: (11) 2607-4912 ouwww.planobtreinamentos.com.br

Desperte o giganteque há em você

Cérebro

Stock

Images/D

ivulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 13

Page 14: Revista bem estar-acreditar 20130623

Procure conhecer do que seu corpo é capaz de realizar escolhendo

uma atividade compatível com seu prazer pessoal,

sua condição física e sua capacidade cardiovascular

Paulo HadadFisioterapeuta

Envelhecer sempre foi um processo fi-

siológico, social e cronológico. Realizar

atividade física já há algum tempo tor-

nou-se uma necessidade básica de saúde,

portanto o conselho é fazer, fazer ou fa-

zer. Não temos outra saída.

O estresse, a alimentação inadequa-

da, a falta de tempo e disposição, associa-

dos às facilidades do mundo moderno es-

timulam o sedentarismo e o desinteresse

pela prática do exercício físico em todas

as idades. Com isso, faz-se comprometer

a saúde e o bem-estar.

Os objetivos mais evidentes de uma ati-

vidade física para uma pessoa são de man-

ter o organismo saudável, prepará-lo, se

for o caso, para a terceira idade, preveni-lo

de uma infinidade de doenças e proporcio-

nar qualidade de vida.

O músculo esquelético constitui aproxi-

madamente 45% do peso corporal e é o

maior sistema orgânico do ser humano. Es-

tar bem no aspecto postural e manter forte

e flexível os músculos do corpo são fatores

fundamentais para a tão desejada conquis-

ta da qualidade de vida.

A espiritualidade em oração e o mo-

do que procuramos viver no comporta-

mento nos completa fisicamente quan-

do passamos a conhecer quem somos e

que corpo temos.

Está provado que quanto mais ativa é

uma pessoa menos limitações físicas ela

terá. Dentre os vários benefícios da ativi-

dade física, um dos principais é o da ca-

pacidade funcional em todas as idades,

principalmente nos idosos. Realizar as

atividades do cotidiano ou das ativida-

des da vida diária, como tomar banho,

vestir-se, levantar-se e sentar-se, cami-

nhar, como também realizar atividades

instrumentais como cozinhar, limpar a

casa, fazer compras, cuidar do jardim,

entre outras da atividade cotidianas, se-

rão mais duradouras se um programa de

exercício físico orientado for executado.

A prática da atividade física promove

a melhora da composição corporal, a di-

minuição de dores articulares, o aumen-

to da densidade mineral óssea, o aumen-

to da capacidade aeróbia, a melhora da

força e da flexibilidade, alivia a depres-

são, promove o aumento da autocon-

fiança e melhora a autoestima. Não im-

porta a idade, mexa-se, pois a ideia é es-

colher uma opção de atividade física que

agrade o corpo e a mente, portanto, pro-

cure conhecer do que seu corpo é capaz

de realizar escolhendo uma atividade fí-

sica compatível com seu prazer pessoal,

sua condição física e sua capacidade car-

diovascular para iniciá-la e realizá-la.

Procure identificar se existem pontos

de incômodo em seu corpo antes de esco-

lher a opção física a executar, principal-

mente na coluna vertebral e músculos ao

redor, como também nas regiões cervical

(do pescoço), dorsal (meio das costas) e

lombar (parte baixa das costas). Observe

os movimentos, se há alguma queixa nas

articulações de ombros, cotovelos, mãos,

quadris, joelhos, tornozelos e pés. Todas

as atividades físicas que se encaixam

com seu perfil de condição e escolha têm

como classificar o que pode e o que não

pode ser realizado. Também é possível

identificar se alguma atividade física es-

colhida é contraindicada para suas quei-

xas e sua condição física geral.

Procurar os profissionais da saúde en-

volvidos nesta proposta em buscar uma

ideal qualidade de vida e prolongar a capa-

cidade funcional independente é uma ne-

cessidade real e correta, evitando o risco

de possíveis lesões e medos em realizar ati-

vidades desapropriadas.

Das diversas opções de atividades físi-

cas oferecidas pelo mercado fitness, o que

mais importa é escolher a que se aproxima

da necessidade que seu corpo pede, prazer

em realizá-la, ter condições físicas de exe-

cutar, colocando metas nos resultados.

Nesse mapeamento, procure profissionais

capacitados para diagnosticar sua saúde

atual, organizar sua alimentação, detectar

seu perfil físico, elaborar a melhor escolha,

programar seu caminho fitness, objetivar

suas metas e comemorar os resultados.

Faça diferença para seu próprio benefí-

cio, realize uma atividade física programa-

da e orientada, plante saúde, colha resulta-

dos sadios e comemore a vida!

Não importa aidade, mexa-se!

Sérgio Menezes 10/2/2009

14 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 15: Revista bem estar-acreditar 20130623

Nova protagonista de "Chiquititas" não teme comparações com Fernanda Souza

Agência Estado

Prestes a entrar no ar no

SBT no lugar de "Carrossel", o

remake da novelinha infantil

"Chiquititas" já se encontra com

as gravações bem adiantadas. En-

tre as apostas da nova versão es-

tá Giovanna Grigio, adolescente

natural de Mauá, Grande São

Paulo, que viverá a protagonista

da trama, Mili. O papel da órfã

que sonha em descobrir o para-

deiro dos seus pais foi consagra-

do por Fernanda Souza nos anos

1990, o que abriu portas para a

entrada da atriz na Rede Globo

na década seguinte.

Para conquistar a persona-

gem, Giovanna passou por uma

bateria de testes e venceu deze-

nas de meninas. Uma vitória e

tanto para uma jovem de 15

anos que, até então, havia parti-

cipado apenas de comerciais pu-

blicitários e apresentado o pro-

grama infantil "Band Kids" (na

TV Bandeirantes), em 2009. "O

dia que soube o resultado foi

um dos mais felizes da minha

vida", confessa a adolescente.

Nesta entrevista exclusiva,

Giovanna fala sobre as futuras

comparações com o trabalho de

Fernanda Souza, sua expectati-

va para estreia da novela e seus

sonhos para o futuro.

Pergunta - "Chiquititas"não será a sua primeira expe-riência na televisão, certo?

Giovanna Grigio - Eu partici-

pei do programa "Band Kids"

(Rede Bandeirantes) no passa-

do, mas essa é a minha primei-

ra novela.

Pergunta - Como você con-quistou o papel na trama?

Giovanna - Foi a minha em-

presária que correu atrás. Ela

descobriu sobre os testes e con-

seguiu me encaixar. Fiz uma

sessão de testes até que final-

mente me aprovaram.

Pergunta - Você esperavaser a protagonista da novela?

Giovanna - Ah, eu esperava.

Quer dizer, eu estava torcendo

bastante. Mas, mesmo assim,

pegar o papel da Mili foi uma

grande surpresa. Para passar

no teste, eu me dediquei muito,

lutei para isso.

Pergunta - Como foi rece-ber a notícia da aprovação?

Giovanna - Nossa, foi um dos

dias mais felizes de toda a minha

vida. Além de ser uma persona-

gem interessante, conseguir

uma protagonista já na minha

primeira novela... Foi muito gos-

toso saber o resultado.

Pergunta - Você tem medode comparações com o traba-lho feito por Fernanda Souza?

Giovanna - Eu não gosto de

comparações. Eu acho que a

Fernanda Souza é a Fernanda

Souza e teve a Mili dela. Eu

sou a Giovanna e tenho a mi-

nha Mili. Claro que vão aconte-

cer comparações, mas tem que

lembrar que a outra versão era

nos anos 1990. Hoje em dia é

outra época, o negócio está

mais moderno. Minha Mili

não vai fugir da personagem,

mas será diferente.

Pergunta - Muitos atoresque participaram de "Chiquiti-tas" hoje são famosos, comoDébora Falabella, Bruno Ga-gliasso e Sthefany Brito Vocêespera que aconteça o mes-mo com você?

Giovanna - Eu sonho com is-

so. Tenho noção de que "Chiqui-

titas" vai abrir portas para mim

no futuro. Eu quero aproveitar

todas as oportunidades ao máxi-

mo. Só que, enquanto estiver em

"Chiquititas", vai ser só "Chiqui-

titas". Vou me dedicar para fazer

um bom trabalho.

Pergunta - Você chegou aassistir a primeira versão danovela?

Giovanna - Não cheguei a

acompanhar, mas acabei assis-

tindo os vídeos pela internet.

Foi bom, pois me ajudou a en-

tender a personagem e a ver a si-

tuação dela. Ajudou na constru-

ção da Mili.

Pergunta - Os coleguinhasda sua escola já estão pedin-do autógrafo?

Giovanna - As pessoas da esco-

la já sabem, mas, por enquanto, es-

tá tudo normal. As crianças me-

nores são as que ficam mais ansio-

sas. Na parte da escola onde estu-

do, passo o intervalo só com os

maiores e eles não ligam muito,

não. As mais animadas são as

criancinhas mesmo.

Pergunta -Vocêtemalgoem comum com a Mili?

Giovanna - Sim.

Ela é uma menina

muito sonhadora e

eu também sou O

sonho dela é desco-

brir sua história,

o que aconteceu

com ela. E o meu

sonho é saber o

que vai aconte-

cer comigo, co-

mo será a mi-

nha vida e a mi-

nha carreira.

Pergunta -Foi difícil enten-der o universode um orfana-to?

Giovanna -É um pouco di-

fícil porque a

realidade da

Mili é total-

mente diferen-

te da minha.

Ela não sabe na-

da sobre o seu passa-

do, não tem pai e

mãe e vive com ou-

tras crianças. Fize-

mos um workshop

que me ajudou bas-

tante, mas eu preci-

sei pesquisar tam-

bém. Acho que agora

consigo entender me-

lhor o que ela sente. �

Estreia

Trampolim para a fama

Agência

Estado

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 15 - TV

Page 16: Revista bem estar-acreditar 20130623

Prestes a completar 80 anos, Francisco Cuoco

deve se manter longe da TV

Agência Estado

O ano de 2013 é especial pa-

ra Francisco Cuoco. O ator co-

memora 80 anos de idade (em

novembro) e 58 de carreira.

Tanta bagagem, contudo, não

mudou a personalidade desse

grande lorde da televisão brasi-

leira, conhecido pela educação

e gentileza com que trata fãs e

jornalistas. Por enquanto, Cuo-

co deve se manter longe da TV,

mesmo sendo contratado da Re-

de Globo, mas está a todo va-

por no teatro.

Galã por muitas décadas,

ele teve uma juventude humil-

de, marcada pelo trabalho co-

mo feirante ao lado do pai e por

ter de estudar à noite. O teatro

surgiu em sua vida como uma

possibilidade de emprego e ele

aproveitou todas as oportunida-

des que teve. "Fiz quatro anos

na Escola de Arte Dramática Al-

fredo Mesquita (em São Paulo)

porque não pagava nada e a gen-

te ainda tomava uma sopa de er-

vilha quando chegava do traba-

lho, que o Dr. Alfredo nos ofere-

cia", relembra com carinho.

Seus primeiros anos na no-

va profissão foram dedicados

exclusivamente ao teatro. Pro-

tagonizou, por exemplo, "O Bei-

jo no Asfalto", de Nelson Rodri-

gues, em 1961. Logo no come-

ço de sua trajetória, em 1964,

ele foi premiado pela Associa-

ção Paulista dos Críticos de Ar-

te (APCA) como melhor ator

coadjuvante por sua atuação na

peça "Boeing-Boeing".

Em 1965, estreou na TV Re-

cord. Depois, passou pela Tupi

e TV Excelsior, antes de apor-

tar na Globo, em 1970.Seus

maiores sucessos vieram nos

anos seguintes, com persona-

gens memoráveis em "Selva de

Pedra" (1972), "Pecado Capital"

(1975) e "O Astro" (1977).

Nos últimos anos, Chico -

como gosta de se autorreferir

- escolhe seus trabalhos a de-

do. Voltou à telinha em "Pas-

sione" (2010), no remake de

"O Astro" (2011) e em uma

participação especial em "A

Vida da Gente" (2012).

Pergunta - É verdade quevocê havia sido convidado pa-ra participar de "Salve Jorge",mas recusou?

Francisco Cuoco - Eu real-

mente fui convidado, mas ti-

nha uma viagem marcada e

eu não viajava há dez anos.

Então, pedi para o diretor me

dispensar. Mas eu falei com a

Glória (Perez, autora da nove-

la) também.

Pergunta - Seu último tra-balho foi uma participaçãoem "A Vida da Gente". Atual-

mente, você prefere peque-nas participações a participarde uma novela inteira?

Cuoco - Quando a progra-

mação daquele ano foi anuncia-

da, eu percebi que não estava

em nada. Eu fiquei esperando

um bom texto e surgiu essa par-

ticipação. Foi ?sopa no mel?,

como se fala.

Pergunta - Mas o que o le-vou a aceitar o papel em "A Vi-da da Gente"?

Cuoco - Eu gostei de ter fei-

to essa participação porque a

novela era muito bem escrita e

o elenco excelente. O Jayme

Monjardim, como diretor, sem-

pre faz uma coisa trabalhada.

Entrevista

HORADEPUXARO FREIODE MÃO

TV - 16 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 17: Revista bem estar-acreditar 20130623

Ele escolhe muito bem os auto-

res e se cerca de uma turma in-

teressante de diretores.

Pergunta - Você pretendevoltar para a telinha em breve?

Cuoco - Eu não tenho ne-

nhum plano para televisão no

momento, embora seja contra-

tado da Rede Globo. Há esse

diálogo de alguns afastamentos

na emissora. Outros atores já fa-

zem isso, como o (Antonio) Fa-

gundes, a Regina (Duarte), a

(Christiane) Torloni e o Tony

(Ramos), que teve uma época

em que ele fez isso também.

Pergunta - Você fez o Her-culano na primeira versão de"O Astro" e voltou no remake

em um papel inédito, o men-tor Ferragus. Como foi?

Cuoco - Foi ótimo. Uma

ideia maravilhosa do Alcides

Nogueira e do Geraldinho Car-

neiro. O Ferragus foi um pro-

fessor na cadeia, que passava pa-

ra o Herculano (Rodrigo Lom-

bardi) as informações. Depois,

ficou uma coisa de aparecer em

espírito para o protagonista, o

que eu achei bem interessante.

Pergunta - Você tambémcolaborava com a trama foradas câmeras, certo?

Cuoco - Durante a novela,

convidaram-me para fazer se-

manalmente um resumo (narra-

ção) do que acontecia na trama

na internet. Aquela coisa da as-

trologia ficou filosófica.

Pergunta - Ferragus teveinúmeras cenas de “flashba-ck” da primeira versão da no-vela. Foi bom revê-las?

Cuoco - Ah, eu revi muita

coisa e ficava honrado. Cenas

mostrando a Dina Sfat, cenas

românticas tão bonitas... É sem-

pre bom ver de novo. A memó-

ria da gente não consegue regis-

trar tudo

Pergunta - Às vésperas decompletar 80 anos de vida, al-guma coisa mudou no seu jei-to de fazer televisão?

Cuoco - Mudou no sentido

da tecnologia. A imagem hoje

em dia dá muito mais traba-

lho. As pessoas ainda estão

aprendendo a lidar com ilu-

minação, essas coisas. Por is-

so, ficou mais demorado fa-

zer televisão. Há mais espera

porque estão fazendo de cin-

co a dez cenas antes da sua,

mas, quando você vê o resul-

tado final, percebe que real-

mente é outra fotografia. Mu-

dou nesse aspecto.

Pergunta - Qual é o segre-do para fazer televisão?

Cuoco - O ideal ainda é que

se decore o texto em casa. Que

tenha um parceiro ou uma par-

ceira que goste de passar o tex-

to. Fazer um bom ensaio de tex-

to e de câmera para gravar em

seguida.

Pergunta - Há algum perso-nagem que gostaria de rever?

Cuoco - Gostaria de rever

"Selva de Pedra", e também gos-

taria de rever o Carlão, de "Pe-

cado Capital". Sempre repri-

sam a cena da morte dele.

Pergunta - O público aindalhe para na rua para falar doCarlão?

Cuoco - Eu dou muito au-

tógrafo para motoristas de tá-

xis. Eles se sentem homena-

geados. Todo motorista que

eu pego fala que ele ou seu fi-

lho viu a novela.

Pergunta - Em 2008, vocêparticipou do quadro "Dançados Famosos", do "Domingãodo Faustão". Você já tinhapassado por alguma experiên-cia assim?

Cuoco - Não tinha e foi dure-

za. Eu emagreci bastante por-

que ficava lá muitas horas. Eu

peguei uma professora com

muita boa vontade, além do Syl-

vio Lemgrube, que fez a coreo-

grafia e sempre palpitava. Foi

uma entrega grande. Toda ex-

periência é valida. Essa, então,

foi maravilhosa.

Pergunta - Alguma coisamudou em você após a com-petição?

Cuoco - Ah, sim. Deu uma

consciência de como é impor-

tante mexer o corpo. Eu faço

academia quando estou no

Rio de Janeiro ou quando es-

tou em hotéis.

Pergunta - Você se man-tém afastado da TV, mas ain-da investe no teatro. Por qualmotivo?

Cuoco - Porque o teatro é

sempre a grande escola. É a

nossa casa principal, e ainda

tem uma coisa que é artesa-

nal. A televisão é um veículo

extraordinário e eu só tenho a

agradecer. Por mais que a no-

vela tenha qualidade, a gente

sabe que é um produto que po-

de ser concertado por recur-

sos tecnológicos, por um dire-

tor que bota um close, por

exemplo.

Pergunta - Pensa em pararde trabalhar?

Cuoco - Enquanto houver vi-

da a gente vai buscando novos

personagens e histórias. Procu-

rando encontrar a melhor for-

ma de que o personagem apare-

ça de maneira inteira.

Pergunta - Você estáatualmente em cartaz SãoPaulo com a peça "Uma Vi-da no Teatro", que conta oembate de dois atores, umvelho e um jovem (ÂngeloPaes Leme), durante a pro-dução de uma peça. Tem al-go de biográfico nisso?

Cuoco - Sem nenhuma pre-

tensão, mas eu tenho tudo do

meu personagem, o Robert: a

idade e o caminho percorrido.

É uma coisa interessante por-

que na peça é a juventude que

chega e do outro quem está qua-

se se despedindo dos palcos,

mas que ama aquilo acima de

tudo. Tem uma coisa de aconse-

lhamento, de visão, mas, ao

mesmotempo, tem inveja, vai-

dade, uma coisa professoral e

muita exigência.

Pergunta - Personagem eator se confundem em algunsmomentos, então?

Cuoco - São várias as cenas

em que o Robert mostra a sua

alma, sua verdade. Nesse mo-

mento, confunde-se com o Chi-

co Cuoco, porque lá é o ator vi-

vido, não importa o seu nome.

Um ator que está sempre que-

rendo aprender, buscando e

inovando. É um hino de amor

ao teatro.

Pergunta - Você gostariade ser biografado?

Cuoco - Eu gostaria, mas

não sei se vou ter tempo. Pre-

cisaria ser uma pessoa bem in-

formada para facilitar um

pouco. Acho que foi o caso de

alguns atores e do próprio Bo-

ni (José Bonifácio de Olivei-

ra Sobrinho). Isso adianta

um pouco. Queria que fosse

uma coisa bem feita, sem pie-

guismo. Uma história verda-

deira. Que fosse biográfica,

mas de verdade. �

Agência Estado

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 17 - TV

Page 18: Revista bem estar-acreditar 20130623

Touro e pôneis estão entre as atrações de "A Fazenda 6", que entra no ar neste domingo

Reality Show

Agência Estado

A Record estreia mais uma

temporada de "A Fazenda" ten-

tando manter em segredo as

identidades dos 16 participan-

tes até a hora de o programa en-

trar no ar, na noite deste do-

mingo, às 21h30. Até agora,

muitos nomes foram cogitados,

como o da ex-dançarina Schei-

la Carvalho e da modelo Bárba-

ra Evans, mas nenhum famoso

foi confirmado.

Durante o lançamento da

atração, Rodrigo Carelli, que as-

sina a direção geral do progra-

ma, disse que o foco da nova

edição são os animais. Além

dos bichos de sempre, vai ter

dois pôneis e um touro no con-

finamento. "Eles vão fazer a di-

nâmica desta temporada ser di-

ferente", adianta ele, sem dar

detalhes do que isso quer real-

mente dizer.

Britto Jr., que esteve à fren-

te das edições anteriores do rea-

lity show com celebridades,

agora passa a trabalhar em do-

bro. O jornalista estará todas as

noites na tela da Record com

"A Fazenda" e também nas tar-

des da emissora, de segunda a

sexta-feira, com o "Programa

da Tarde". Ele divide a apresen-

tação do vespertino com Ana

Hickmann e Ticiane Pinheiro.

"Eu faço isso porque a Record

precisa de mim, sou guerreiro.

Na primeira temporada de 'A Fa-

zenda', eu tinha uma cama lá e

acho que ela vai ser bem utilizada

este ano porque vou precisar dor-

mir na sede por circunstâncias do

jogo", conta o apresentador, que

realmente vai precisar ter pique.

"Vou participar dos dois progra-

mas todos os dias, nem que eu te-

nha de entrar por telefone num

deles", completa.

Para quem não sabe, a sede

de "A Fazenda" fica na cidade de

Itu (a 103 km da capital paulista)

e o "Programa da Tarde" é apre-

sentado ao vivo direto dos estú-

dios da Record na Barra Funda

(zona oeste de São Paulo).

Desta vez, a direção do reali-

ty show ainda exigiu que Britto

Jr. esteja presente em todos os

programas, antes ele não apare-

cia nas edições gravadas. "São

três programas ao vivo, com

duas provas principais, mas os

programas gravados são edita-

dos quase na hora de entrar no

ar", explica Carelli.

O diretor alardeou que tem

uma supernovidade que será

apresentada no dia da estreia

da atração, mas a tal "bomba" é

mantida em sigilo. "Segundo

nossas pesquisas, é algo que

nunca foi feito em nenhum rea-

lity show do mundo até agora",

ressalta o diretor.

A produção promete se

manter rígida em relação às re-

gras de convivência dentro do

confinamento, afinal os partici-

pantes vão brigar pelo prêmio

de R$ 2 milhões. Essa novela

da vida real consiste também

em cumprir uma série de ativi-

dades, como cuidar dos ani-

mais, da horta, limpar celeiros

e fazer faxina. De acordo com

Carelli, a participação de um ex-

peão não está programada, mas

nada impede que visitas de ex-

participantes aconteçam.

A bela da rede

Gianne Albertoni vai fazer

as chamadas de "A Fazenda"

na televisão e tem a missão de

mostrar bastidores da compe-

tição na "Fazenda Online", no

portal R7. "O diferencial do

programa será a interativida-

de com o público. Vai ter um

estúdio para gravarmos entre-

vistas com parentes dos parti-

cipantes e até internautas",

adianta a apresentadora.

A bela revela que o convite

para apresentar a versão do reali-

ty show na rede mundial de

computadores a surpreendeu,

mas não a intimida. "Sou supera-

gitada e costumo navegar o tem-

po todo na internet. Vou fuçar

tudo para oferecer um ?plus?

aos internautas", garante.

Por isso, nos próximos três

meses, Gianne só vai se dedicar

ao posto de interlocutora de "A

Fazenda" na internet. "Torço

para que desta vez role um na-

moro de verdade com beijo na

boca e tudo mais. Os casais for-

mados nos confinamentos ante-

riores eram muito tímidos",

confidencia a loira. "Quero ver

a coisa pegar fogo!"

Questionada se aceitaria

ser uma das famosas confina-

das, Gianne despista e afir-

ma: "Ninguém me aguenta-

ria. O público iria pedir para

eu sair" (risos). �

Bichos à soltaAgência Estado

TV - 18 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 19: Revista bem estar-acreditar 20130623

No ar em “Viver a Vida” na pele de um médico, Julio Rocha diz que gosta de rótulo de galã

Perfil

Agência Estado

Longe da TV desde 2011,

após se destacar na novela "Fi-

na Estampa", Julio Rocha está

de volta ao horário nobre no pa-

pel de Jacques, em "Amor à Vi-

da", da TV Globo. Na trama, o

médico é um dos aliados de Fé-

lix (Mateus Solano), com quem

está construindo uma amizade

que pode ajudá-lo a alcançar o

tão desejado cargo de diretor

do corpo clínico do Hospital

San Magno.

Interpretando um homem

sedutor, o ator considera que o

rótulo de galã só o ajuda e diz

que nunca se incomodou por

ser chamado assim. "É apenas

um elogio a essa roupa que

Deus me deu. Eu adoro o rótu-

lo de galã, sedutor. Nunca

achei que isso poderia dimi-

nuir o meu trabalho. Ao contrá-

rio, é um complemento que

chama atenção".

Julio revela que esse perso-

nagem exigiu uma preparação

especial, diferente de tudo que

já viveu na sua carreira até ago-

ra. "Viver em um ambiente hos-

pitalar é algo novo para mim.

O Jacques não tem uma rotina

da qual eu estou acostumado. A

produção me levou para o Hos-

pital Copa D'or, no Rio de Ja-

neiro, e eu assisti a uma opera-

ção de retirada de um tumor no

pulmão. Lá, eu tive bastante

contato com médicos, pacien-

tes e enfermeiros", conta.

A ambição e a sedução de Ja-

cques estão lhe aproximando

de Félix, mas o ator garante que

o médico não sabe das malda-

des que o vilão de "Amor à Vi-

da" apronta. "O Jacques e o Fé-

lix estão realmente se tornando

amigos, um pouco por ambição

dos dois, mas a amizade é verda-

deira. É uma relação, ao menos

até agora, profissional. O Jac-

ques nem desconfia das malda-

des do Félix nem que ele seja

um gay enrustido. Quem sabe

futuramente", confidencia.

Fora da telinha, uma rela-

ção de amizade entre Julio Ro-

cha e Mateus Solano também

está se formando e ele agradece

o fato de poder participar de

um núcleo "de feras". "Meu

Deus! Veja só com quem eu es-

tou contracenando: Susana

Vieira, Ary Fontoura, Mateus

Solano. Eu sou fã do Mateus So-

lano faz tempo. Ele é um cara

simples, audacioso em cena e

que propõe muito. Estamos

nos tornando grandes amigos",

revela Rocha.

Temas polêmicos

O tema adoção, tratado em

"Amor à Vida", é algo que já

faz parte da vida do ator, já

que em sua família existe um

caso muito parecido com o de

Paulinha, personagem de Kla-

ra Castanho. "Eu tenho um tio

que foi adotado quase que da

mesma forma. A minha avó o

achou numa caixa de papelão,

no mercado. Eu cresci com o

tema adoção muito presente

dentro de casa", diz o galã,

que ainda completa, contando

um plano que tem para o futu-

ro. "Sempre pensei nisso e pla-

nejo adotar uma criança".

Já sobre homossexualidade,

outro tema da novela de

Walcyr Carrasco, Rocha consi-

dera que os brasileiros já estão

preparados para lidar com o as-

sunto. "É apenas um ou outro

político ou religioso que é con-

tra. E eles não representam o

povo carinhoso do nosso país.

Não acho que esse assunto vai

polemizar. É algo que a gente

já tem há tanto tempo". �

EU ME AMOAgência Estado

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 19 - TV

Page 20: Revista bem estar-acreditar 20130623

Por que os folhetins atuais têm optadoPor que os folhetins atuais têm optado

por fazer escalas em outros países?por fazer escalas em outros países?

No Exterior

Agência Estado

Ao sentar na poltrona para

ver uma novela, o telespectador

pode observar o interior do

Grand Bazaar em Istambul (Tur-

quia), avistar as construções in-

cas na região de Cusco (Peru) ou

perceber a natureza exuberante

da Guatemala. A toda hora, en-

tra e sai novela que começa, ter-

mina ou faz escala no exterior.

Novelistas, especialistas e auto-

ridades de outros países estão de

olho nisso e apontam ascaracterís-

ticas de um recurso que pode ter

virado modismo no Brasil. "Não é

frescura. Os autores sentem e sa-

bem que precisam colocar cenas

do exterior porque as pessoas via-

jam também. Antigamente, isso

não era possível por causa do alto

custo de produção", analisa Clau-

dinoMayer,doutor em teledrama-

turgia pela ECA/USP.

Para ele, ao ambientar as tra-

mas no estrangeiro, os novelis-

tas retratariam experiências de

todas as classes sociais. "Hoje,

todos podem ir ao exterior em

razão das facilidades de finan-

ciamentos e dos preços atrati-

vos de passagens. Os autores sa-

bem disso".

Na Globo, atualmente dois

folhetins começaram fora do

país: "Flor do Caribe", na Gua-

temala, e "Amor à Vida", no Pe-

ru. "Eu acho que algumas tra-

mas pedem esse prólogo em ou-

tros países, outras, não. É uma

questão de como o autor vê a

história. No caso de 'Amor à Vi-

da', eu fui mochileiro no Peru,

quando tinha 20 anos. De certa

maneira, quis reviver aqueles

momentos", confessa Walcyr

Carrasco, responsável pela tra-

ma das 21 horas.

Antes do enredo do novelis-

ta aportar na América Latina,

"Salve Jorge", assinada por Gló-

ria Perez, foi parar na Turquia.

Na linha das tramas bíbli-

cas, a Record vira e mexe leva a

audiência para o Oriente Mé-

dio, ainda que recriando algu-

mas regiões em estúdio, como é

o caso da minissérie "José do

Egito". A emissora teve tam-

bém experiências nos Estados

Unidos ("Caminhos do Cora-

ção") e em Portugal ("Vidas

Opostas"). Já o SBT levou o

elenco de"Revelação" para fil-

mar na Europa.

Quem pensa que as viagens

irão cessar, está enganado. Em

breve, as autoras Duca Rachid

e Thelma Guedes, as mesmas

de "Cordel Encantado", colo-

cam em cena o Nepal e Butão

na novela "Joia Rara", trama

que vai substituir "Flor do Cari-

be" na faixa das 18 horas. En-

quanto isso, o próximo folhe-

tim de Manoel Carlos prevê

sequências em Nova York, nos

Estados Unidos.

Por sinal, o autor das "Hele-

nas" revelou um país pouco ex-

plorado pelos brasileiros, a Ho-

landa, em "Páginas da Vida".

De acordo com dados de 2011

do Ministério do Turismo, o

país aparece em 15º lugar na lis-

ta dos territórios mais visita-

dos. Estados Unidos, Argenti-

na, Uruguai, França e Portugal

são os destinos favoritos, com

mais de 3 milhões de embar-

ques por ano.

Itália: um caso à parte

Na opinião do cônsul-adjun-

to Marco Leone, do Consulado

Geral da Itália em São Paulo, é

complicado medir com precisão

a quantidade de turistas que

uma novela pode estimular.

"Sem dúvida, percebe-se um au-

mento do turismo com destino

à Itália, como consequência da

produção de novelas com estes

temas. Isso, por exemplo, acon-

teceu depois de 'Passione'. Mas

é, contudo, difícil dizer, pois

não existem estatísticas direta-

mente ligadas à novela".

Desde 1999, quando produ-

ziu "Terra Nostra", a Globo

tem gravado na Itália com mais

frequência. Em 2002, com"Es-

perança", ambientou no país o

romance de Toni (Reynaldo

Gianecchini) e Maria (Priscila

Fantin). Oito anos depois,

criou um núcleo para o persona-

gem do ator Tony Ramos

(Totó) na Toscana, na novela

"Passione".

"É, sem dúvida nenhuma,

um país culturalmente muito

próximo ao Brasil e ao povo

brasileiro. Aqui, cerca de 30 mi-

lhões de pessoas são de origem

italiana. Portanto, é natural

que o interesse pela Itália seja

tão grande", analisa Leone.

Ainda de acordo com ele, a

região da Sicília tem atraído a

atenção dos produtores de no-

velas brasileiras, que, normal-

mente, seguem alguns procedi-

mentos antes de filmar em ter-

ras estrangeiras. "Depende mui-

to da situação. Às vezes, a pro-

dução de uma novela pode ser

efetuada na Itália sem contato

ou acordo com as autoridades

italianas. Em outros casos, de-

ve ter algum apoio, como, por

exemplo, do Ministério do Tu-

rismo", diz Leone. �

Sem fronteirasSem fronteirasAgê

ncia

Est

ado

TV - 20 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 21: Revista bem estar-acreditar 20130623

Série "Parenthood" chega com dramas familiares ao canal por assinatura GNT

Novo Seriado

Agência Estado

A partir do dia 6 de agosto, os

telespectadores do GNT vão po-

der assistir à primeira temporada

da série "Parenthood". O canal

por assinatura acaba de anunciar

que vai exibir todas as edições da

atração, que nos Estados Unidos

já chegou à quinta temporada. O

seriado é sucesso na televisão nor-

te-americana desde 2010 e conta

de forma engraçada os dramas da

famíla Braverman.

"Parenthood" é a segunda

adaptação para a televisão do fil-

me homônimo, lançado em 1989,

e que tem como produtores execu-

tivos os vencedores de Oscar Ron

Howard e Brian Grazer, além de

Jason Katims e David Nevins.

O roteiro retrata um núcleo fa-

miliar com problemas comuns,

mostrando como são imperfeitos

todos os seus membros. A perso-

nagem principal se chama Sarah

(Lauren Graham), uma mãe sol-

teira falida que tenta educar dois

filhos adolescentes: Amber (Mae

Whitman), que é brilhante e re-

belde, e Drew (Miles Heizer), que

é sensível e mal-humorado.

Com vários problemas fi-

nanceiros, Sarah volta para sua

terra natal para viver perto dos

pais. Assim, o patriarca Zeek

(Craig T. Nelson) e a matriarca

Camille (Bonnie Bedelia), dos

Braverman, entram em cena.

No entanto, o casal não vive

um bom momento e tem mui-

tas brigas conjugais.

A irmã de Sarah, Julia (Eri-

ka Christensen), é uma advoga-

da que busca conciliar sua car-

reira com o papel de mãe. Ela

conta com a ajuda de seu mari-

do, Joel (Sam Jaeger), que é

uma espécie de "dono de casa".

Já o irmão caçula de Sarah,

Crosby (Dax Shepard), é o tipo

de homem totalmente avesso a

compromissos. Ele acaba sen-

do obrigado a assumir suas res-

ponsabilidades quando sua an-

tiga namorada Jasmine (Joy

Bryant) reaparece com um fi-

lho dos dois nos braços.

O primogênito dos Braver-

man, Adam (Peter Krause), é

casado com Kristina (Monica

Potter), e tem uma filha adoles-

cente, Haddie (Sarah Ramos),

jovem cujo espírito é muito in-

dependente. Esse casal tam-

bém vai mostrar nasérie como

é ter um menino com síndro-

me de Asperger - distúrbio con-

gênito, nos quais os portadores

têm dificuldade de socialização

e desenvolvem tiques

Embora cada um dos ir-

mãos e suas famílias tenham

problemas demais para resol-

ver, eles ainda conseguem se

unir nas horas mais difíceis pa-

ra enfrentar os desafios cotidia-

nos de criar seus herdeiros.

Não é a primeira vez que a

produção será exibida no Bra-

sil. O seriado já foi apresentan-

do por dois outros canais, mas

nenhuma das redes de televi-

são exibiu todas as temporadas,

como planeja o GNT. �

Emoções em família

Agência

Estado

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 21 - TV

Page 22: Revista bem estar-acreditar 20130623

MALHAÇÃO - 17H45

Segunda-feira - Irene foge de casa,e Fabinho se desespera. Mauríciodiscute com Amora. Sheila denun-cia Tito. Tábata muda o visual de Fi-lipinho para uma entrevista. Bárba-ra coloca um vírus no computadorde Kevin. Xande pede para conti-nuar namorando Luz escondido. Fili-pinho e Tábata se preocupam comuma foto em família que Mônica pe-de para tirar. Charlene é promovi-da. Verônica discute com Natan.Malu consola Maurício. Lara ouveAmora falar que rompeu seu noiva-do. Sheila sofre por ter denunciadoTito. Bento se enfurece com umaentrevista de Amora. Lara fala paraSueli Pedrosa mandar Zito seguirAmora. Gertrudes, Caitana e Pul-quéria tentam animar Damáris.Terça-feira - Jonas e Douglas fla-gram Zito saindo da casa de Bento,e Amora destrói as fotos tiradaspor ele. Bárbara se promove com amentira que conta sobre Kevin. Fili-

pinho provoca Rosemere ao elogiarBrenda. Érico afirma que perdoouRenata. Santa incentiva Verônica ainvestir em Érico. Zito decide nãodelatar Amora, e Sueli Pedrosa sen-te raiva. Salma fala para Amora quenão acredita em seu romance comBento. Kevin foge de casa. Wilsondecide manter o emprego de Shei-la, contrariando Damáris. Érico falapara Renata que não quer reatarcom ela. Palmira estimula Érico amontar uma agência. Filipinho vê afoto da família na internet e se emo-ciona. Malu discute com Bárbara.Quarta-feira - Plínio e Malu se sur-preendem com a revelação de Fabi-nho. Bárbara pede que Gilson a aju-de a separar Bento de Amora. Tinase lamenta com Áurea de ter atingi-do Kevin com sua vingança. Bentoexpulsa Bárbara da casa de Gilson.Bárbara obriga Kevin a voltar paracasa. Fabinho conta sua história pa-ra Plínio. Malu se oferece para aju-

dar Fabinho. Kevin e Tina fazem umpacto contra Bárbara. Vitinho expli-ca a Filipinho o personagem queele fará em seu seriado. Rosemerediscute com Brenda. Fabinho voltaa trabalhar na Class Mídia. Vinny de-cide ajudar Renata em sua recupe-ração. Damáris ameaça Wilson pa-ra não se divorciar dele. Lara nãodesiste de acabar com a carreirade Amora. Plínio pensa em Irene.Quinta-feira - Amora fica com ciú-mes de Bento. Celinha aconselhaPlínio a conversar com Irene antesde julgá-la. Bento tira satisfaçõescom Malu por estar com Fabinho.Barrabás fica incomodado com apresença de Fabinho. Kevin é cari-nhoso com Bárbara. Damáris é ex-pulsa de uma boate. Brenda se con-vida para ir à casa de Bárbara comFilipinho. Rosemere descobre a pin-tura de Perácio. Luz e Xande namo-ram escondido. Fabinho provocaBento.Charlene pedeque Áureaaju-

de Damáris. Tito fica irritado com asofensas de Sheila. Vinny afirma queficará perto de Renata até que elase recupere. Lili reconheceVerônica vestida de Palmira Valen-te. Brenda se insinua para Barra-bás. Bento e Amora discutem.Sexta-feira - Fabinho marca umencontro com Bárbara e mandaMalu colocar uma câmera em seuquarto. Perácio interroga Brendapara saber do dinheiro da vendados quadros de sua mãe. Rose-mere vê Palmira conversandocom Lili. Amora garante a Bentoque vai assumir o romance dosdois. Douglas tenta beijar Giane.Brenda consegue enrolar Perácio.Rosemere chama a atenção de Fi-lipinho e Renata. Silvério vê Gianetentando andar de salto alto. Ma-lu instala a câmera no quarto deBárbara e se esconde no banhei-ro. Plínio afirma a Celinha que nãomagoou Irene. Tina vê Bárbara

com Fabinho no quarto e mandauma mensagem para Natan. Áu-rea hipnotiza Damáris.Sábado - Bárbara tenta se expli-car para Natan. Fabinho orientaMalu a salvar o vídeo com as con-fissões. Malu pede que Kevintransfira o arquivo da câmera pa-ra seu computador. Bárbara se en-furece com Fabinho, que a ironi-za. Malu revela à mãe que gravoutodas as suas confissões. Plíniofica arrasado com o vídeo de Bár-bara, e Malu pede que o pai con-verse com Fabinho. Natan tentase consolar com Sílvia. Fabinhosugere divulgar o vídeo com asconfissões de Bárbara e deixa Plí-nio e Malu estarrecidos. Amora te-me que sua imagem seja afetadacom o vídeo de Bárbara. Fabinhoenvia o vídeo para seu e-mail,sem que Plínio perceba. Bárbaraacusa os filhos de terem chama-do Natan à sua casa.

FLOR DO CARIBE - 18H15

Segunda-feira - Isabel e os tenen-tes fazem uma busca na casa deDionísio à procura das obras de ar-te roubadas. Marizé desconfiaque Lipe não quer ir à escola porcausa das ameaças de Mateus.Taís comenta com Marinalva queacha que Paçoquinha está apaixo-nado por ela. Isabel e os tenentesencontram o bunker vazio. Ester eCassiano discutem por causa dosciúmes que Ester sente de Cris-tal. Dionísio afirma a Alberto quealguém em sua casa o traiu, edesconfia de Ester. Juliano convi-da Donato e Bibiana para serempadrinhos de seu casamento. Ostenentes tentam interceptar oavião de Gonzalo, que decola comas obras de arte roubadas.Terça-feira - Mantovani avisa aCassiano que a interceptação aoavião de Gonzalo foi feita. Os poli-ciais retiram do avião as caixas

com as joias roubadas por Dioní-sio. Duque sugere a Cassiano queele tenha um caso com Cristal. Sa-muel aconselha Ester a contar pa-ra os tenentes que Dionísio des-confia de que ela denunciou a exis-tência do bunker. Guiomar alertaEster sobre o perigo que corre seDionísio descobrir que foi elaquem denunciou o bunker. Albertotenta seduzir Ester e a deixa ame-drontada. Isabel e os agentes dapolícia federal vão à casa de Dioní-sio avisar que encontraram asjoias e convocam Alberto paraacompanhá-los até a delegacia.Quarta-feira - Alberto e Dionísionegam que as joias sejam deles.Alberto acompanha Isabel e osagentes até a polícia. O piloto fin-ge que não conhece Alberto e eleconsegue se livrar da acusação.Dionísio fica furioso com Albertopor ter perdido suas joias. Samuel

não se conforma com o fato deDionísio ter conseguido escaparda acusação de roubo das joias.Lindaura teme por Ester estar nacasa de Dionísio. Carol conta a Li-no que Maria Adília morreu há trêsanos, segundo vídeo gravado porseu marido. Mateus ameaça Lipe.Veridiana não acredita que a filhaesteja morta. Dionísio revela a Al-berto que queimou as fotos queestavam no bunker. Alberto per-gunta a Ester se foi ela quem fez adenúncia contra ele e Dionísio pa-ra a polícia.Quinta-feira - Alberto fica desnor-teado e pede ajuda a Ester que,com medo, acaba abraçando o ex-marido. Isabel desconfia de quealgo está errado com Ester de-pois que fala com ela ao telefone.Taís confessa a Olívia que ainda éapaixonada por Hélio. Donato per-gunta a Marizé se ela sabe de al-

go que possa estar acontecendocom Lipe na escola. Duque seemociona quando Amaralina reve-la que se sente protegida por ele.Alberto tranca Ester no bunker.Sexta-feira - Alberto destrata Sa-muca quando o menino perguntapor Ester. Ester desmaia nobunker. Alberto liberta Ester, masa ameaça, caso revele o que sabeno depoimento que fará à polícia.Cassiano vai à casa de Alberto avi-sar que está com Samuca e notaalgo errado com Ester. Donatoconvida Bibiana para assistir aoshow de Elba Ramalho e lhe dáum vestido de presente. Elba diza Cassiano que gostaria de conhe-cer Veridiana, que recebe um ter-ço de Nossa Senhora da cantora.Alberto pega Samuca na escola ediz ao menino que vai levá-lo parapassear em uma praia deserta. El-ba conta para Lino que conheceu

uma mulher que escreve livros decordel, contando histórias pareci-das com as histórias de Veridia-na, insinuando que a moça possaser Maria Adília.Sábado - Samuca liga para Estere avisa que está no barco com Al-berto. Ester entende que o filhocorre perigo estando sozinhocom Alberto e resolve dizer emseu depoimento à polícia quenão reconhece as joias. Carol su-gere a Lino que ambos vão ao Riode Janeiro encontrar MariaAdília. Cassiano desconfia deque Ester esteja sendo ameaça-da por Alberto. Isabel marca umencontro com Ester. Dionísio des-pede Doralice, depois de acusá-la pelo roubo de seu relógio. Veri-diana permite que Lino viaje comCarol para o Rio de Janeiro. Esterfica surpresa ao entrar na repúbli-ca dos tenentes.

Segunda-feira - Bruno pede Fatinhaem casamento. Marta se desespe-ra com a notícia sobre o segundocasamento de Bruno e Fatinha. Pi-lha é ovacionado em seu show. Fa-tinha cria regras pro seu relaciona-mento com Bruno até que a datado casamento chegue. Há umapassagem de tempo. Os alunos es-peram ansiosos os resultados dovestibular. Pilha cobra o beijo queFatinha prometeu se passasse pa-ra a faculdade. Chegam os convi-

tes de casamento de Bruno e Fati-nha. Tizinha e Nando continuamsem se falar. Raquel se culpa peloleilão do apartamento e Lia conso-la a mãe. Luana volta para o Rio deJaneiro. Orelha tenta ajudar Nandoa reconquistar Tizinha.Terça-feira - Sal garante a Luanaque é um novo homem e lhe pedepara chamar Vitor ao seu encontro.Olavo e Marta não permitem que Juviaje com Gil. Luana e Sal esco-lhem o nome de seu filho e se emo-

cionam Lia aconselha Ju a contarpara Gil que seus pais não a deixa-ram viajar com ele. Fatinha e Rastasugerem uma nova ação para oCRAU. Luana pede para Vitor acom-panha-la numa visita ao Sal, mas orapaz diz que não acredita mais noirmão. Ju não consegue conversarcom Gil. Pilha cobra o beijo prometi-dode Fatinha. Luana pede para con-versar com Lia. Paulina fala com Ra-quel sobre o leilão do apartamento.Lia pede para Vitor falar com Sal.

Gil cobra envolvimento de Ju na or-ganização da viagem.Quarta-feira - Não haverá exibição.Quinta-feira - Não haverá exibição.Sexta-feira - Sal não aceita a pro-posta de Alemão e afirma quequer mudar de vida. Ju finalmenteconta para Gil que não tem per-missão para viajar. Marta consolaJu. Gil conversa com Rômulo so-bre a namorada. Fatinha pede pa-ra Vitor ter cuidado com Sal. Nélioe Rasta incentivam Bruno a fazer

uma despedida de solteiro. A tur-ma se organiza para promover afesta de formatura. Rasta, Nandoe Rômulo combinam a festa dedespedida de solteiro de Bruno epensam em contratar uma dança-rina. Gil afirma a Ju que vai es-perá-la para viajar com ele. Tizi-nha deixa escapar para Fatinhasobre a festa de despedida de sol-teiro de Bruno. Luana recebe umasuposta mensagem de Vitor e vaiao seu encontro.

Resumo das novelas

GLOBO

SANGUE BOM - 19H30

TV - 22 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 23: Revista bem estar-acreditar 20130623

Segunda-feira - Rosália comemoraao encontrar a escritura do terrenoem seu nome e ao rever as datasdescobre que Esmeraldino retornouao lardepoisde terabandonadoa fa-mília. Pressionada por François, Pé-rola admite que deseja a presidên-cia da "Sabor e Luxo" e se surpreen-de ao saber que sua declaração foigravada pelo jovem. Feliciano pedeos exames de Júlio César e fica frus-trado ao vero envelope vazio. Xepateme que Rosália tenha o péssimocaráter do pai e desabafa com Dori-valdo.Rosáliaprocurapormais infor-mações do terreno no cartório, massem sucesso na busca é abordadapor um corretor.

Terça-feira - Rosália pergunta porEsmeraldino ao senhor no terreno.Dorivaldo é intimado a ir para a dele-gacia e Xepa o defende da policia.Françoismostrasuagravação dePé-rolaaVitorHugo.Oempresário agra-dece a ajuda do amigo e se sur-preende ao saber da saúde precáriado pai. Xepa fica feliz ao saber queDorivaldo está livre e pede que Beni-to faça a entrega das frutas paraMeg. Miro inicia o workshop com odebate entre Lis e Édison. Os jovenstrocam ofensas, enquanto o profes-sor tenta conter os ânimos. Terezi-nha foge de Matilda e ao ver o carrode Galeto, finge um desmaio.

Quarta-feira - Rosália finge preocu-pação ao ver Isabela atordoadacom a discussão. Antes de ir embo-ra, a fotógrafa conta que está grávi-da, surpreendendo Pérola e VitorHugo. Dorivaldo teme que Xepa seafaste e tem uma crise de tossepor medo de se declarar para a fei-rante. Rick garante que Feliciano fa-rá sucesso nas redes sociais, maso deputado desconfia e ameaça ojovem. Robério afirma que estásendo pressionado pela mãe e dei-xa Geni curiosa ao contar que de-sistiu do seu grande sonho no pas-sado. No ateliê, Édison debochada aliança entre a ex-namorada eRosália, deixando Yasmin irritada.

Quinta-feira - Rosália finge ser o do-cumento de uma cliente e deixaFrançois desconfiado. O jovem deci-de segui-la, mas é interrompido pe-los capangas que trabalham comTairone. Feliciano decide comemo-rar, mas Meg proíbe Júlio César debeber, deixando Lis intrigada. Geni,Graxinha e Gisele anunciam que Xe-pa é a nova presidente da associa-ção, surpreendendo a todos. Mirodecide ir embora, enquanto Robérioenfrenta Dafne. A periguete o esbo-feteia e os dois se beijam. Graxinhagarante a Édison que vai cuidar dosgarotos do futebol e promete ficaratento as propostas dos olheiros.Rosália exige que Yasmin vigie Fran-çois, irritando a jovem.

Sexta-feira - Miro dá início à pales-tra. Xepa fica envergonhada ao seapresentar na faculdade de Édison.Matilda se irrita com Dorivaldo e Ân-gelo, que assistem apalestra deXe-pa pela televisão. Júlio César ficaperplexo ao saber que Pérola subor-nou François. Catherine continuaassustada com o sumiço de seu fi-lho e é amparada por Yasmin. Lisdiscute com Édison no meio da pa-lestra enquanto Xepa defende seufilho. Xepa fica sabendo que Édisonplanejademolir a Vila do Antigo Bon-de em seu projeto. Pérola fica furio-sa ao achar que François está ar-mando algo. François sofre na mãodos sequestradores.

Segunda-feira - As crianças conver-sam na casa abandonada sobre oque vão fazer nas férias. Laura dáa ideia de fazer um almoço român-tico em homenagem aos professo-res Helena e Renê. Os garotos co-lam uma carta na bola e chutampara perto do professor. Renê pe-ga a bola, sem notar quem a chu-tou e lê o bilhete que está escrito:"Siga o seu coração e te darei umasurpresa". Apaixonado, o profes-sor pensa que é um bilhete de He-lena. As crianças preparam o almo-ço romântico para os professores,com a ajuda de Eloisa. Helena che-ga à casa abandonada e se sur-preende com toda a decoração.

Terça-feira - Cirilo chega com MariaJoaquina no campo onde ele irá jo-gar futebol com os meninos. Cirilopromete fazer um gol para a patrici-nha e consegue. As meninas come-moram e gritam seu nome, masquando param percebem que MariaJoaquina continuaempolgada. Cirilosai correndo e se ajoelha pra come-morar o gol. O menino tira a camise-tado timeeexibeumaoutra camise-ta com a declaração: "Maria Joaqui-na, eu te amo". Cirilo manda beijospara a patricinha, que tentaesnobara atitude. Kokimoto se machuca du-rante o jogo. Alícia pensa que pode-rásubstituí-lo,masumgaroto apare-ce e pede para jogar.

Quarta-feira - As meninas se reú-nemnacasadeMaria Joaquinaees-peram ansiosamente Valéria e Bibi,que foram à casa da professora He-lena convencê-la a dar aula no próxi-mo ano para a mesma turma. Olivialiga para todos os pais dos alunosenvolvidos e convoca uma reunião.Paulo, Mário, Jaime, Cirilo e Laurase reúnem na casa abandonada ecomeçama pensar nos motivosquefez com que Olívia chamasse seuspais. A diretora conta a Helena oque aconteceu e a professora ficadecepcionada. Olívia diz que ficousabendo do ocorrido por conta deum informante secreto.Quinta-feira - Helena avisa aos alu-

nos que eles passaram de todosos limites. Os pais questionam Olí-via sobre o que realmente aconte-ceu. Firmino fica irritado ao ver a di-retora esconder parte da história edecide contar tudo. Os pais sepreocupam como ficará a situaçãode Firmino e prometem ajudá-lo sealgo acontecer. Os meninos se per-guntam como Olívia conhece Lu-cas, no mesmo momento elesavistam Jorge deixando Lucas emcasa e entendem o que aconte-ceu. Jaime ameaça bater em Jor-ge, mas Cirilo o defende. O riqui-nho diz que não precisa ser defen-dido por um filho de carpinteiro.Sexta-feira - Firmino vai embora do

colégio, mas antes diz: "muito obri-gado", no pátio da escola vazio. He-lena conta pra Renêque as criançasinsistiram muito para que ela conti-nue dando aula para eles. Firminovai até a casa de Helena, diz que foimandado embora e pede ajuda. Ra-fael oferecesuacasaparaqueFirmi-no possa ficar por um tempo. De re-pente começa uma manifestaçãona escola em prol do Firmino. Olíviase descabela toda com a bagunçado protesto e fica em estado de ner-vos. Os pais das crianças chegam àescola. A diretora pensa que isso re-presenta a volta da ordem, mas pa-ra sua infelicidade os pais se unema seus filhos no protesto.

Segunda-feira - Amarilys impede Ni-nho de contar para Bruno que é o paibiológico de Paulinha. Paloma acor-daepedeparavera filha.Edith implo-ra para que Félix fique com ela. Palo-ma conta que é mãe de Paulinha epedequeCésaradeixeveramenina.Amarilys e Valentim tentam acalmarNinho. Pilar desconfia da traição deCésar. Paloma é levada para ver Pau-linha.NinhocontaparaAlejandraqueencontrou sua filha. Patrícia confes-sa que sentiu falta de Michel. Brunoestranhaa friezadePalomaecomen-ta com Amarilys. Carlito defende Val-direne da implicância de Denizard.Márciaconsegueos falsosdocumen-tos para Atílio.Terça-feira - Félix acusa Lutero denão estar capacitado a continuar co-mo diretor clínico do hospital. César

conversa com Lutero. Félix avisa aJacques que precisa que ele conte oqueviu nacirurgia desua irmãpara oconselho do hospital. Paloma pedepara Amarilys inventar uma descul-pa para mandar Bruno embora. Bru-no decide contar a verdade sobrePaulinha para Paloma. Thales sedesculpacom Nicole por tê-la beija-do. Priscila inventa uma desculpapara Pilar. Thales afirma a Leila quenão seguirá seuplano, eela terminao namoro. Renan e Daniel ajudamno tratamento de Linda. Bernardacomenta com Aline que Pilar sentiuum cheiro de perfume em César.Quarta-feira - Félix convence o pai aconversarcomosmédicosemparticu-lar. Jacques conta a César que Palo-ma poderia ter morrido por causa deLutero. César decide afastar Lutero

docargo dediretor clínico dohospital.Valdirene é expulsa do vestiário e selamenta com Márcia. Priscila diz a Pi-lar que namora Jefferson. César man-da Paulinha ser transferida para ondePaloma está. Félix pensa em come-morar com Jacques a saída de Luterodocargo dediretor clínico dohospital.NikoconvidaAmarilyspara jantar comele e Eron. Rebeca e Pérsio conver-samanimados.Quinta-feira - Paloma explica porquenãopodebeijarBrunoeotranquili-za. Paloma pede para Ciça ajudá-la amanter Bruno longe. Félix vai emborafrustrado da casa de Jacques. Carlitoé atingido ao tentar afastar uma brigaentre Márcia e Rita Cadilac. Tamaraaconselha Félix a pedir ajuda a Césarpara conversar com Jonathan. Niko eEron convidam Amarilys para gestar o

filho que eles pretendem ter. Márciase arruma para seu casamento comAtílio. Lutero é oficialmente afastadodocargo dediretor clínico dohospital,e Jacques finge lamentaro fato.Gigi eMurilo levamum foradeLutero.Sexta-feira - Ninho tenta se enten-der com Paulinha. Bruno vende umapartamento Márcia chora ao desco-brirquefoiabandonada.Atíliovoltapa-ra casa e sente-se confuso. Thalesconsidera os conselhos de Vega so-bre o plano de Leila. Nicole descobreque tem pouco tempo vida AmarilyscontasobreapropostadeNikoeEronpara Paloma e Félix. Bruno pede paraconversar com Paloma. Félix pensaem usar Amarilys para se aproximarde Eron. Márcia sofre com o sumiçode Atílio. Ninho afirma que fará comque Paulinha goste dele. Joana acon-

selha Lutero a conversar com Glaucequandotiverprovas.Glaucedecidesu-mir comoprontuário deLuana.Sábado - Paloma tenta convencerBrunoadeixá-lalevarPaulinhaparaca-sa Jonathan elogia Félix para Edith eTamara. Pilar cobra atenção de Cé-sar. Edith pede para Félix não usar Jo-nathan para se aproximar de César.Patrícia e Michel ficam juntos. Renantem uma crise alérgica com o jantarquePerséfoneprepara.Elenicedesco-bre que Glauce retirou um prontuáriodo arquivo e conta para Joana. Palo-ma garante que vai levar Paulinha pa-ra sua casa. Valdirene tenta animarMárcia.Ordália convence Bruno adei-xar Paulinha ficar com Paloma. Patrí-cia disfarça o carinho que faz em Mi-chel. Perséfone conta que passou anoitenaemergência comRenan.

Resumo das novelas

DONA XEPA - 22H30

CARROSSEL - 20H30

AMOR À VIDA - 21 HORAS

GLOBO

RECORD

SBT

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 23 - TV

Page 24: Revista bem estar-acreditar 20130623

A vida é show!A vida é show!Turismo

Remelexo: o novoshow de "Madagascar"no Busch Garden

TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 25: Revista bem estar-acreditar 20130623

Novas atrações nos

parques da Flórida

colocam visitantes

frente a frente com

pinguins e robôs

Agência O Globo

Debaixo do sol escaldante do verão

em Orlando, visitantes recorrem a bal-

des de refrigerante cheios de gelo,

montanhas-russas molhadas e até bo-

nés com ventilador embutido.

Se você imaginou se teletranspor-

tando para o continente gelado da An-

tártica nessas horas, agora poderá pro-

var temperaturas abaixo de zero na no-

va área do SeaWorld, Antarctica: Em-

pire of the Penguim.

É o lar de 250 pinguins e de um si-

mulador, com 32 opções de percurso

na aventura que segue Puck - um pin-

guim com carisma para desafiar o rei-

nado da orca Shamu.

Nas férias de verão de lá também

tem os gigantes de ferro de Transfor-

mers, num simulador 3D, e no Busch

Gardens, em Tampa, uma novidade

para os pequenos: um show inspirado

nos filmes "Madagascar".

Agência

OG

lobo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 25 - TURISMO

Page 26: Revista bem estar-acreditar 20130623

Parques de Orlando e Tampa exibem novidades para as férias de julho,

em que animais da Antártica e Transformers roubam a cena

Agência O Globo

No mapa do SeaWorld, a

longínqua Antártica fica perto

do continente perdido de

Atlantis. A nova área inspirada

no continente do Polo Sul,

aberta ao público no fim de

maio, brilha aos olhos.

As estruturas que repli-

cam geleiras entre três e 15

metros de altura guardam bo-

linhas de vidro, imitando

cristais de gelo.

A recriação do ambiente

inóspito que ocupa uma área de

16 mil m² levou três anos. Mais

de 400 profissionais se envolve-

ram no projeto, o maior investi-

mento feito nos últimos anos

no SeaWorld - que completa 50

anos em 2014 com vários even-

tos comemorativos.

Só a trilha sonora, baseada

no sopro dos ventos, levou 18

meses para ser composta e gra-

vada por uma orquestra de 65

músicos de Seattle.

A ideia era reproduzir um

destino para onde poucas pes-

soas têm a oportunidade de ir.

A Antártica ainda é um dos

poucos lugares do mundo inex-

plorados, de difícil acesso. Em

Orlando, antes só era possível

ver os pinguins separados por

vidros no antigo Penguin En-

counter (que fechou em janeiro

de 2012).

Por conta da atração ante-

rior, os 250 pinguins da Antár-

tica de Orlando já são, a maio-

ria, nascidos na Flórida ou em

outros parques do grupo Sea-

World e zoológicos do país.

Quatro espécies convi-

vem pacificamente, e os pri-

meiros visitantes podem ob-

servar como as aves se com-

portam enquanto se habi-

tuam ao novo lar.

Instrutores recebem os visi-

tantes, tirando dúvidas e garan-

tindo que nenhuma criança de-

cida tocar nos pinguins - que,

de fato, ficam ao alcance de um

bracinho curto.

Para chegar até lá, passa-se

por uma expedição pela Antár-

tica dentro de um simulador.

Na entrada, acompanhamos o

nascimento de Puck, pinguim

da espécie gentoo.

Durante a fila, as temperatu-

ras vão caindo gradualmente. É

possível escolher uma expedi-

ção wild ou mild, o que seria o

equivalente em português do

'com' ou 'sem emoção', respecti-

vamente.

Mas como a atração é dire-

cionada à família, a emoção

não passa de uns trancos e gi-

ros mais velozes. Por outro la-

do, cada visita ao brinquedo po-

de ser diferente: os carros se

movem por placas magnéticas,

sem trilhos, e os percursos são

variáveis, num total de 32 op-

ções, com diferença até no tem-

po da expedição.

Puck se vê diante de preda-

dores do mar e de ventania bra-

va até que, enfim, encontra

seus pares. Os turistas são rece-

bidos pelos solenes pinguins

de casaca, a uma temperatura

de -1˚ grau. As medidas para

aclimatação funcionam, mas se

pretende passar um pouco

mais de tempo ali, melhor ter à

mão um casaco.

SeaWorld - expediçãogelada e surpreendente

EUA

Funcionáriaalimenta ospinguins doSeaWorld

Painel em prédioanuncia a chegadados robôs aoUniversal Studios

TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 27: Revista bem estar-acreditar 20130623

Na próxima sala, um show

de natação ágil e bela. Pinguins

como Puck mergulham cerca

de 450 vezes por dia em busca

de comida.

Já de volta ao calor, há um

mural com 18 espécies de pin-

guins esculpidas onde ficam

instrutores e telas touch screen

com informações.

O Expedition Cafe, cujo vi-

sual imita a arquitetura das ba-

ses de pesquisa no continente,

traz opções de culinária asiática,

italiana e americana, e uma novi-

dade: uma horta hidropônica.

Na loja de suvenires, a novi-

dade é um copo tecnológico

que pode ser customizado. Saio-

tes, perucas, óculos e outros

itens transformam os pinguins,

que, por conta de um chip, agra-

decem pela redução do impac-

to ecológico cada vez que são

reabastecidos.

Também não faltam obje-

tos com o rosto de Puck - e os

criativos do SeaWorld já veem

para o pinguim um futuro pro-

missor no showbusiness além-

parque, ameaçando a hegemo-

nia de Shamu.

Após o acidente em 2010

que resultou na morte de uma

treinadora durante um espetá-

culo, o show diário da orca con-

tinua atraindo milhares, mas

sem contato físico com os apre-

sentadores.

Geleiras: construçõesreproduzem formaçõesgeológicas docontinente e chegam a15 metros de altura

Quem faz mais sucesso?

Simulador: carrosse movem sobre

placas magnéticas

Café tem o aspecto dasestruturas usadas por

pesquisadores no continente A orca

1 - Desde 1965, quando chegou ao parque de San Diego, aShamu é ícone do SeaWorld

2 - Em Orlando hoje, há sete orcas, mimadas por 12 funcionários

3 - É um sucesso: faz 780 shows por ano e tem mais de milprodutos licenciados

4 - No SeaWorld, elas não comem pinguins, mas abocanham113 quilos de peixe por dia

O pinguim

1 - Puck acaba de estrear no SeaWorld, estrelando uma dasatrações mais caras da história

2 - Começou bem: Antarctica é a atração mais procurada doparque atualmente

3 - Já tem uma centena de produtos licenciados

4 - São 24 funcionários para 245 pinguins

5 - Come entre 1 e 2 quilos de peixes por dia. �

Dezoito espécies de pinguimAgência O Globo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 27 - TURISMO

Page 28: Revista bem estar-acreditar 20130623

Vinte 20 dançarinos e cantores fazem um show simples,

mas bem animado, de 20 minutos

Agência O Globo

A trilha sonora deste verão

no Busch Gardens, em Tampa,

inclui a música preferida do

rei Julien, o lêmur de "Mada-

gascar", "Eu me remexo muito"

- na versão em inglês, é fácil de

cantar "I like to move it".

A canção-chiclete da fran-

quia da DreamWorks compõe

o show "Madagascar Live!

Operation: Vacation" que es-

treou dia 18 de maio no Busch

Gardens.

A história é simples: de fé-

rias na Flórida, os pinguins, o

leão Alex, a hipopótamo-fê-

mea Glória, além de Julien,

saem cantando e dançando pa-

ra celebrar.

Vinte 20 dançarinos e can-

tores fazem um show simples,

porém animado, de 20 minu-

tos. São dois a quatro shows

por dia na alta temporada,

com horários diversos, entre

12h30 e 19h.

O espetáculo ocupa o tea-

tro Stanleyville, antes uma are-

na aberta, reformado especial-

mente para isso. O lugar acomo-

da até mil pessoas sob um siste-

ma potente de ar-refrigerado.

Depois da apresentação, for-

ma-se uma fila para tirar fotos

com os personagens. Mas é fá-

cil topar com eles pelo parque.

Reconhecido por suas atra-

ções radicais, como as monta-

nhas-russas SheiKra, Montu e

Kumba, o Busch Gardens

apostou nos últimos anos em

atividades mais voltadas para

a família.

No ano passado, abriu seu

centro veterinário para os visi-

tantes. No Animal Care Cen-

ter, os cuidados antes feitos

nos bastidores, agora estão à

vista. Logo na entrada, uma

aula de culinária bem diferen-

te: como preparar a combina-

ção preferida de insetos para

um tatu-bola ou um sorvete de

frutas para elefantes.

No verão passado, também,

o Busch Gardens inaugurou

um show de patinação de gelo,

o Iceploration. A partir da rela-

ção de um menino doido por

tecnologia e seu avô aventurei-

ro, passeia-se por diversos ecos-

sistemas, como o parque africa-

no Serengeti e a Amazônia sul-

americana, representados por

bonecos gigantes, patinadores

e animais de verdade. São 30

minutos de show, que valem a

parada na maratona de monta-

nhas-russas.

Neste ano e no ano passa-

do, o Busch Gardens inaugu-

rou atrações para a família. No

ano que vem, compensará

acrescentando ao portfólio das

atrações radicais talvez a mais

emocionante delas. A Falcon

Fury foi apresentada durante

o Pow Wow, a maior feira ame-

ricana de turismo, realizada

em Las Vegas.

É uma torre de 102 metros

de altura de onde os corajosos

vão cair numa velocidade de

96 km/h em cinco segundos.

Só que, diferentemente de ou-

tras, antes de despencar o brin-

quedo vai girar em 90 graus,

deixando as pessoas em uma

posição de mergulho.

A atração, planejada para

ser a mais alta torre de queda

livre do país, é inspirada no

mergulho que aves predado-

ras, como o falcão, realizam

no momento da caça.

A inauguração da Falcon

Fury está prevista para o segun-

do trimestre de 2014, e é o

maior investimento do Busch

Gardens desde o lançamento

da Cheetah Hunt - a montanha-

russa baseada na velocidade

dos guepardos, aberta em

2011. Ficará na área Tim-

buktu, no lugar da Sandstorm,

que funcionava há 34 anos.

No Busch Gardens,animais dançantese mergulho do falcão

EUA

Em 2014, uma atraçãoradical: Pow Tow, que

proporciona quedade 102 metros de

altura em 96 km/h

TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 29: Revista bem estar-acreditar 20130623

Não falta carisma aos auto-

bots, os robôs do bem de Trans-

formers. Protagonistas de progra-

mas de televisão e de três longas

de sucesso de bilheteria, os nati-

vos de Cybertron estrelam o

maior lançamento do Universal

Studios Flórida desta temporada.

Com isso, Transformers: The

Ride - 3D será uma das poucas

atrações da Universal Studios pre-

sente em três unidades da marca.

Os robôs fizeram sua estreia nos

parques temáticos em Cingapu-

ra, em 2011. Chegaram a

Hollywood no ano passado. E em

Orlando, detêm o recorde de tem-

po para a construção de um brin-

quedo, um ano. A atração ocupa a

antiga área de Xena e Hércules,

em frente à lagoa do parque. Des-

de 31 de maio, está aberta em es-

quema de soft opening, com horá-

rios e dias restritos.

Mas o simulador de Orlando

tem suas particularidades. A

mais notável delas, com certeza, é

o Optimus Prime, com quase no-

ve metros de altura e nove tonela-

das recebendo os visitantes na en-

trada do bunker.

A história por trás da aventura

é a mesma: os decepticons nova-

mente estão atacando a Terra e os

autobots, juntocomnovosrecrutas

(nós), precisamos salvar o planeta.

Na fila, conhecemos os auto-

bots e decepticons. A atração de

Orlando ganhou mais botões, ma-

nivelas e detalhes com os quais as

crianças podem interagir para

passar o tempo.

Na batalha, embarca-se num

robô criado especialmente para a

atração, o Evac - um carro que

percorrerá centenas de metros de

trilhos, agitando-se e interagindo

com a aventura nas telas de mais

de 18 metros de altura, que garan-

tem realismo às cenas.

O simulador segue o padrão

de The Amazing Adventures of

Spiderman, aberto em 1999 no Is-

land of Adventure e renovado no

ano passado.

Mas para a atração de Trans-

formers em Orlando, a Universal

já incrementou a qualidade das

projeções em 3D, além de modifi-

car alguns movimentos nos tri-

lhos para se ter uma sensação

mais apurada.

Enquanto num canto do

parque luta-se pela resistência

do planeta, noutro provamos a

fumegante bebida da Moe's Ta-

vern. O bar preferido de Ho-

mer Simpson é um dos pontos

altos da nova área temática ins-

pirada em Springfield, anexa

ao simulador inaugurado em

2008, The Simpsons Ride.

As atrações abrirão aos pou-

cos ao longo de julho; a área to-

da deve estar pronta até a últi-

ma semana do mês.

Já funciona uma praça de ali-

mentação num único prédio - o

mesmo em que já existia uma

área de lanches rápidos.

O bar do Moe é separado,

com direito a estátua de Barney

Gumble em tamanho real, viran-

do uma caneca de cerveja. Não fal-

ta o drinque Moe Inflamado (pa-

rece um refrigerante de laranja, e

vem com gelo seco para criar fu-

maça) nem a Duff, produzida por

uma cervejaria local especialmen-

te para o parque.

As fachadas são bem fiéis

ao desenho de Matt Groening,

a ponto de exibir pichações de

El Barto.

Ainda fechada ao público

está a nova atração Kang & Ko-

dos' Twirl 'n' Hurl, um carros-

sel para crianças em homena-

gem aos extraterrestres verdes

de um olho só.

Uma cervejaria Duff, de ti-

jolinhos vermelhos, ficará dian-

te do lago e terá como vizinha a

famigerada estátua de Jebediah

Springfield. �

Veterinário ensinaa preparar a raçãopreferida do tatu-bola

Pinguins personagensde "Madagascar"posam com turistas

Optimus Primena entrada

do simulador

Na Universal, robôs em versão 3D

Fotos: Agência O Globo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 29 - TURISMO

Page 30: Revista bem estar-acreditar 20130623

Entreas apostasdos fãs, estão o barCaldeirãoFurado ea loja Gemialidades, dos gêmeosde RonyWeasley

Agência O Globo

Ao ver o Expresso de Ho-

gwarts parado na entrada da área

de Harry Potter, aberta em 2010

no Islands of Adventure, os fãs da

série imaginam como seria diver-

tido embarcar no trem. Pois isso

será possível no verão americano

do ano que vem, com abertura da

expansão da área dedicada ao bru-

xo em Orlando.

Os trilhos vão conectar os

dois parques da Universal, pas-

sando, inclusive pelos bastido-

res dos estúdios e conectando o

vilarejo bruxo de Hogsmeade à

nova área, no parque Universal

Studios Flórida.

As janelas do trem devem

reproduzir o interior do Reino

Unido. A Londres de J. K. Ro-

wling e o Beco Diagonal (a área

de compras de itens para bruxa-

rias na capital inglesa) serão re-

criados em detalhes.

Nos blogs, fãs discutem

quais espaços da ficção ganha-

rão vida. O que está confirmado

é que a principal atração estará

dentro do banco de Gringotes,

prédio de fachada torta guarda-

do por um dragão, e provavel-

mente será um simulador fiel à

experiência de se descer nos tri-

lhos que levam aos cofres.

Lojas e um restaurante tam-

bém fazem parte do projeto - en-

tre as apostas dos fãs, estão o bar

Caldeirão Furado e a loja Gemiali-

dades, dos irmãos gêmeos de

Rony Weasley. O Nôitibus An-

dante muito provavelmente fará

parte da nova área.

Expansão da área HarryPotter recria Londres

EUA

No Winter Park, vitrais do museu Charles Hosmer Morse

Passeio de barcopelos canais elago da região

TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 31: Revista bem estar-acreditar 20130623

Como chegar

As empresas AmericanAirlines e Copa têm tarifas apartir de R$ 2.516. Valorescom taxas para o mês dejulho.

Parques

SeaWorld: Ingressoscombinados para SeaWorldOrlando, Busch Gardens eAquatica saem US$ 159 paraadultos; e US$ 151 (até 9anos). Só para SeaWorld, obilhete custa US$ 92 (acimade 9 anos); só para BuschGardens, US$ 89 (acima de 9anos). seaworld.com

Discovery Cove: Bilhetesincluem entrada no SeaWorld,Aquatica e experiência comgolfinho por US$ 339 ou apartir de US$ 219 (sem aatividade com golfinhos). Épreciso reservar.discoverycove.com

Universal: Para visitar oUniversal Studios Flórida ou oIslands of Adventure numa sóentrada, o bilhete custa US$92 (adulto) e US$ 86 (até 9anos). Há diversas opções deingressos, variando o númerode entradas e parques.universalorlando.com

Veraneio na cidadezinha perto de OrlandoPerto de Orlando, existe um

cantinho com cara de cidade pe-

quena: Winter Park, a apenas 20

minutos ao norte do centro de

Orlando, tem galerias de arte,

parques, museus, bons restau-

rantes, ótimas comprinhas e um

incrível passeio de barco pelos

canais históricos da região.

Magnatas da Nova Inglater-

ra fundaram Winter Park no

fim do século 19, época em que

não havia quase nada nas redon-

dezas. Eles fugiam do inverno ri-

goroso do norte do país para

aproveitar as temperaturas ame-

nas da região.

Daí o nome Winter Park.

Com a inauguração da ferrovia

em 1885 e da primeira universi-

dade da Flórida, a cidade cres-

ceu, ganhou bons hotéis e fama

de resort.

Hoje, não faltam atividades

culturais, como concertos ao ar

livre e festivais de música, arte e

cinema. Suas ruelas arborizadas

ajudam a manter o clima de cida-

de pequena, e a velocidade máxi-

ma permitida de 32 km/h para

os carros garante o sossego.

Uma boa pedida é começar

pelo Boat Scenic Tour, um pas-

seio de uma hora em um peque-

no barco por três dos sete lagos

da região e dois de seus estreitos

canais.

Pássaros mergulhando em

busca de peixes, uma exuberan-

te vegetação que inclui carva-

lhos com mais de 250 anos, enor-

mes ciprestes, palmeiras e dife-

rentes tipos de samambaias com-

põem a beleza da paisagem.

Depois do passeio, vale cami-

nhar até Park Avenue, a princi-

pal e mais sofisticada via da cida-

de, com mais de cem lojas e buti-

ques, cafés, museus e lindas pra-

ças. O lugar é ótimo para almo-

çar - difícil é escolher entre os vá-

rios restaurantes.

O Park Plaza Gardens é um

dos mais famosos. Além do espa-

ço externo, com mesinhas na cal-

çada, o interior parece um gran-

de jardim de inverno, com um

átrio cercado de árvores. Uma

boa sugestão de prato principal

é a cauda de lagosta, servida com

massa da casa, vegetais da esta-

ção e molho de vinho branco, li-

mão e manteiga (US$ 30).

Ainda na Park Avenue fica o

museu de arte americana Char-

les Hosmer Morse, que exibe o

mais abrangente conjunto de

obras do norte-americano Louis

Comfort Tiffany no mundo.

A coleção do museu inclui

joias, cerâmica, pinturas, vitrais,

além de algumas de suas premia-

das luminárias. O museu tam-

bém possui uma grande coleção

de arte cerâmica americana, as-

sim como uma importante cole-

ção de pinturas, gravuras e arte

decorativa do país do fim do sé-

culo 19 e início do século 20.

Para fechar a visita a Winter

Park é indispensável a happy

hour no The Wine Room. Suces-

so entre locais e turistas desde

2006, a casa projetada como uma

grande adega tem máquinas self-

service de degustação de vinho

com150rótulos selecionados, en-

tre americanos e estrangeiros.

O cliente compra um cartão

magnético com valor em crédito

para usar nos aparelhos e, com

uma taça na mão, vai escolhen-

do seus vinhos.

Cada máquina tem um nú-

mero de garrafas distribuídas ao

longo da loja por estilos e varie-

dades como chardonnay ou ca-

bernet sauvignon. Para experi-

mentar, é só inserir o cartão, es-

colher entre as três dosagens di-

ferentes e posicionar a taça. O

preço da menor dose, de 30 ml,

varia entre U$ 1,50 e U$ 19. Gos-

tando do vinho, é possível com-

prar a garrafa. �

Programe-se

Winter Park érepleta de

galeriasde arte

Máquinas servempequenas doses

de vinhos derótulos variados

Gringotes:dragão sobre atorre do bancoem destaque

Fotos: Agência O Globo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 / 31 - TURISMO

Page 32: Revista bem estar-acreditar 20130623

Paulo Coelho

Os contos dospadres do deserto

Escritor

A busca espiritual é uma ponte sem corrimão atravessando um abismo.

Os extremos nos afastam do Caminho

Durante o início da era cristã, o mostei-

ro de Sceta tornou-se o centro de conver-

gência de muita gente que, depois de re-

nunciar ao que tinha, ia morar no deserto

que circundava o mosteiro. Muitos dos en-

sinamentos destes homens foram coleta-

dos, e publicados em diversos livros. Nesta

coluna (e em outras, no futuro), comparti-

lharemos juntos de alguns destes textos.

O caminhodo meio

O monge Lucas, acompanhado de um

discípulo, atravessava uma aldeia. Um ve-

lho perguntou ao asceta:

- Santo homem, como me aproximo de

Deus?

- Divirta-se. Louve o Criador com sua

alegria - foi à resposta.

Os dois continuaram a caminhar. Nes-

te momento, um jovem aproximou-se.

- O que faço para me aproximar de

Deus?

- Não se divirta tanto - disse Lucas.

Quando o jovem partiu, o discípulo co-

mentou:

- Parece que o senhor não sabe direito se

devemos ou não devemos nos divertir.

- A busca espiritual é uma ponte sem

corrimão atravessando um abismo – res-

pondeu Lucas. - Se alguém está muito per-

to do lado direito, eu digo “para a esquer-

da!” Se aproximam do lado esquerdo, eu

digo “para a direita!”. Os extremos nos

afastam do Caminho.

A buscado sábio

O abade Abraão soube que perto do

mosteiro de Sceta havia um sábio. Foi pro-

curá-lo e perguntou:

- Se hoje você encontrasse uma bela

mulher em sua cama, conseguiria pensar

que não era uma mulher?

- Não, - respondeu o eremita, - mas con-

seguiria me controlar.

O abade continuou:

- E se descobrisse moedas de ouro no

deserto, conseguiria ver este ouro como se

fossem pedras?

- Não. Mas conseguiria me controlar

para deixá-lo onde estava.

Insistiu Abraão:

- E se você fosse procurado por dois ir-

mãos, um que o odeia, e outro que o ama,

conseguiria achar que os dois são iguais?

Disse o ermitão:

- Mesmo sofrendo, eu trataria o que me

ama da mesma maneira que o que me

odeia.

Naquela noite, ao voltar para o mosteiro de

Sceta, Abraão comentou com seus noviços:

- Vou lhes explicar o que é um sábio. É

aquele que, ao invés de matar suas paixões,

consegue controlá-las.

O fatoMatthew Henry é um conhecido espe-

cialista em estudos bíblicos. Certa vez,

quando voltava da Universidade onde le-

ciona, foi assaltado. Naquela noite, ele es-

creveu a seguinte prece:

Quero agradecer

Em primeiro lugar, porque eu nunca

fui assaltado antes.

Em segundo lugar, porque levaram a

minha carteira, e deixaram a minha vida.

Em terceiro lugar, porque, mesmo que

tenham levado tudo, não era muito.

Finalmente, quero agradecer.

Porque eu fui aquele que foi roubado, e

não aquele que roubou. �

32 / São José do Rio Preto, 23 de junho de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO