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Revista Business Portugal | Dezembro '15

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lisboa

barreiro

seixal

stakeholders group

advisory group

PARCEIROS

via lisboa b.qxp_via lisboa 10/12/15 18:10 Page 1

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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EDITORIAL

Editorial

Mais um final de ano, mais um ano com o sentimento de dever cumprido

MADEIRA, BELEZA NATURAL20 - Município da Calheta22 - Município de Porto Moniz24 - Município do Funchal

LOGÍSTICA E TRANSPORTES34 - Entreposto36 - Damco38 - Transportes Nova Cruz

E passado um ano, encontramo-nos novamente enquanto folheia as páginas da última edição de 2015 da Revista

Business Portugal. Confesso que foi um ano expectante, muito também por causa da situação um tanto ou quanto

complexa que o país atravessou (e atravessa) e que, por vezes, nos faz duvidar um pouco do dia de amanhã. Mas

deste lado somos otimistas, confiantes e, acima de tudo, não temos receio de arregaçar as mangas de modo a

que possamos garantir que o leitor recebe mensalmente os melhores artigos sobre os mais diversos (e também

melhores) temas da atualidade empresarial de Portugal e, não raramente, de outros pontos do mundo. Encerramos

2015 certos de termos cumprido o nosso papel de levar informação confiável e de importância aos empresários

e a todos os nossos leitores.

Para muitos, o final de um ano significa apenas uma mudança no calendário. Para outros, como nós, significa

renovação, pelo que estamos já de ‘corpo e mente’ no próximo ano, para que possamos continuar a fazer aquilo

que fazemos melhor: comunicar.

Não posso perder a oportunidade de agradecer a todos os que colaboraram connosco durante este ano que

agora finda, que acreditaram e continuam a acreditar neste que já provou ser um projeto sólido, graças aos nossos

leitores, parceiros e colaboradores.

Na passagem deste IV aniversário, encerramos este editorial desejando a todos umas Festas Felizes, na esperança

que 2016 seja ainda melhor.

FICHA TÉCNICA

Diretor

Fernando Silva

EDITORA

Diana Ferreira

([email protected])

REDAÇÃO

Lardyanne Guimarães

Rita Carreira

Vera Pinho

Marta Caeiro

Rita Burmester

Rui Roque

Sílvia Martins

([email protected])

PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN

Tiago Rodrigues

SECRETARIADO

Paula Assunção

([email protected])

GESTÃO DE COMUNICAÇÃO

Fernando Lopes

Filipe Amorim

Isabel Brandão

José Machado

José Alberto

Luís Silva

Manuel Fernando

Paulo Padilha

Rui Diogo

EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE

Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.2

4400-134 - Mafamude

([email protected])

CONTACTOS

Tlf: 223 754 806 (Geral)

A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS

DISTRIBUIÇÃO

Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID

Depósito Legal: 374969/14

Edição de dezembro

Por Fernando Silva

alguns destaques da edição de dezembro

10 - município de s.vicente

SAÚDE E BEM-ESTAR60 - Mylan62 - Zeiss68 - Clínica Eva Morena

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO78 - HRV80 - Electrolux86 - Insígnia Publicidade88 - ANQEP92 - Dom Senhorio94 - Bosch Car Service

14 - município de ponta do sol

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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OPINIÃO

Há sinais inequívocos de recuperação da

economia portuguesa. Vários setores vivem

hoje um momento histórico em termos de

competitividade internacional e capacidade

exportadora, como é caso dos têxteis, do calçado, do

agroalimentar, do mobiliário ou do turismo. Paralelamente,

foram feitos significativos progressos na consolidação

das contas públicas, fator essencial para garantir o

acesso do país aos mercados financeiros e para que o

nosso crescimento económico seja sustentável. Verifica-

se ainda que o saldo da balança corrente e de capital

permanece positivo, o que significa que também na

frente externa há indícios de um ajustamento estrutural.

Mas o ritmo de crescimento do país vai depender, em

larga medida, da evolução do investimento. Ora, neste

particular, os últimos dados oficiais não são auspiciosos.

Segundo o INE, o investimento em Portugal está em

notória desaceleração. No 3.º trimestre de 2015, a

formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 1,9% em

comparação com o mesmo período do ano passado.

Contudo, trata-se da variação homóloga mais baixa

desde o primeiro trimestre de 2014. Para se ter uma

ideia, o FBCF passou de um crescimento homólogo de

5,3% no trimestre anterior para os atuais 1,9%.

Para a lenta recuperação do investimento concorrem,

sobretudo, três fatores: o elevado endividamento das

empresas, as dificuldades de acesso ao crédito e as

fracas perspetivas de crescimento do mercado interno,

devido ao elevado nível de desemprego, à quebra nos

rendimentos e à dívida das famílias. Embora tenha havido

melhorias nestes três fatores em 2015, a verdade é que

a situação está longe de ser a desejável e vai continuar a

penalizar o crescimento económico de Portugal.

Para melhorar os níveis de investimento, há então que

acelerar o ritmo de redução do endividamento das

empresas. Lembro que a dívida das empresas passou

de 155,8% do PIB em 2013 para 142% do PIB no

ano passado, desempenho assinalável e que deve ser

prosseguido no futuro. Para tanto, importa encontrar

mecanismos para facilitar a reestruturação da dívida das

empresas. Neste sentido, e dada a sua escassa eficácia,

o Programa Revitalizar necessita de ser reponderado

e otimizado. Como sabemos, um número elevado de

processos de revitalização (PER) acaba chumbado

pelo próprio Estado, através da Autoridade Tributária e

Aduaneira.

Para que o relançamento do investimento seja efetivo,

é necessário igualmente um novo paradigma de

financiamento da economia. Paradigma, esse, que terá

de passar pela facilitação do acesso das empresas a

fontes de financiamento alternativas ao crédito bancário,

aproveitando o novo ciclo de fundos comunitários. Há,

por exemplo, que desenvolver fontes alternativas como

o capital de risco ou o smart money (capital + gestão),

que ainda apoiam um número reduzido de empresas e

com montantes muitas vezes longe do desejável.

O relançamento do investimento depende também muito

da estabilidade e previsibilidade do sistema fiscal. Num

momento de recuperação económica como o atual, é

importante gerar confiança nas empresas e nas famílias

com uma tributação competitiva, justa, constante e

expectável. Logo, as notícias que dão conta de uma

nova reforma do sistema tributário e da travagem

do desagravamento fiscal para as empresas só nos

podem deixar apreensivos, considerando a incerteza

que, entretanto, se vai gerar nos agentes económicos

nacionais e nos investidores internacionais.

Fundamental para o investimento é também a reforma

da Administração Pública. O Estado continua a não ser

amigo da economia, ficando aquém do que poderia fazer

na atração de investimento, na eliminação de burocracia,

na redução dos custos de contexto, na aceleração da

justiça e na liquidação das dívidas a fornecedores. As

empresas necessitam de melhores condições para a

realização dos seus negócios com independência e

competitividade, o que passa por um menor peso do

Estado na economia.

Por fim, a promoção do investimento exige a criação de

um ecossistema mais favorável ao empreendedorismo

de base tecnológica, científica e criativa. Embora sejam

de saudar as recentes medidas de desagravamento

fiscal das startups, há ainda que criar mecanismos

de financiamento para pequenos negócios, eliminar

procedimentos burocráticos sobre a atividade

empreendedora e aprofundar o relacionamento entre

o tecido empresarial e as universidades, centros de

inovação e institutos de investigação.

contributos para acelerar o investimentoa opinião de João Rafael Koehler, presidente da ANJE - Associação Nacional de Jovens empresários

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GLOBAL LOGISTICS. INDIVIDUAL SOLUTIONS.

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mad

eira

: Bel

eza

natu

ral

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Situado no oceano Atlântico a cerca de 560 km da costa de

Marrocos, o arquipélago da Madeira é formado pelas ilhas da

Madeira a maior, e Porto Santo, ambas habitadas, além das

Desertas e das Selvagens, dois pequenos grupos de ilhas não

povoadas. Conhecidas pelos Romanos como “Ilhas da Púrpura”, Porto

Santo e a Madeira foram redescobertas no século XV por navegadores ao

serviço do Infante D.

Henrique. As origens vulcânicas da Madeira permanecem bem visíveis em

locais como o anfiteatro montanhoso que envolve o Funchal, vestígio de

uma antiga caldeira. A ilha é extremamente acidentada, com picos que

atingem os 1860 metros de altitude. Felizmente para os turistas, a actividade

vulcânica cessou há cerca de 6500 anos – contudo, foi essa atividade que

dotou a ilha de uma paisagem fértil, formada até recentemente por um

importante manto de antigas florestas subtropicais que esteve na origem

do seu nome – Madeira. Nas encostas do norte da ilha, permanecem

bem preservadas algumas áreas dessa antiga floresta (Laurissilva), hoje

classificadas como Património Mundial pela UNESCO. No entanto, as

soberbas flores que deram fama à Madeira podem ser apreciadas em todo

o território e durante todo o ano. Uma das melhores formas de contemplar

as soberbas paisagens é fazer um passeio pelas levadas, caminhos que

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seguem junto aos canais que outrora irrigavam as

áreas mais secas. A Madeira é um encantador destino

turístico durante todo o ano, e embora seja importante

a produção de bananas, de cana-de-açúcar e de

vinho da Madeira, grande parte do seu crescimento

económico deve-se ao turismo. O turismo madeirense

tem vindo a beneficiar de uma evolução no seu público-

alvo, atraindo cada vez mais visitantes de diversas faixas

etárias e estratos sociais. Outrora destino privilegiado

das gerações mais velhas, a ilha é agora redescoberta

pelos mais jovens. Reconhecida como a terra natal de

Cristiano Ronaldo, substituiu a imagem de pequena

comunidade rural pela de soberbo destino de férias com

excelente clima durante todo o ano, facilmente acessível

a partir da Europa e atraindo jovens sofisticados que,

para além da diversão nocturna, gostam de apreciar as

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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belas paisagens e a população calorosa.

A vida nocturna da Madeira, os seus restaurantes,

desportos aquáticos, clima perfeito e espectaculares

paisagens são inigualáveis e uma atracção imperdível

para os turistas contemporâneos. Um oásis verdejante no

meio do Atlântico A Ilha da Madeira é um autêntico Éden,

um oásis verdejante no meio do Atlântico. Com falésias

imponentes, praias rochosas e montanhas verdejantes

envoltas em bruma, este destino inesquecível possui um

convidativo clima subtropical e uma esplêndida beleza

natural. Para aproveitar ao máximo a sua visita à Madeira,

faça uma caminhada nas levadas pelas florestas seculares

de laurissilva e flora autóctone.

Mergulhe nas convidativas piscinas naturais da ilha e

desfrute do sol nas inúmeras praias rochosas. A Madeira

é um destino encantador durante todo o ano, com verões

suaves e invernos amenos. As atividades em terra e no mar

incluem caminhadas e desportos de aventura, bem como

observação de baleias, pesca e vela. A colorida Festa da

Flor, que se realiza na Primavera, e o espectacular fogo-

de-artifício da Passagem de Ano são os pontos fortes do

extenso calendário de eventos

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

O concelho de São Vicente, situado na costa norte da Ilha da Madeira, tem na floresta nativa, a Laurissilva, a maior riqueza. Os fantásticos

cenários verdejantes são também excelentes para relaxar em harmonia plena com a natureza. Fomos à descoberta da região, numa

entrevista com José António Garcês, presidente do Município de São Vicente.

município de são vicente

Capital da beleza natural

São Vicente é o concelho da Ilha da Madeira, onde

a natureza pode proporcionar mais surpresas e

experiências sem igual, não fosse esta região, a

Capital da Floresta Laurissilva, apresentando, assim,

uma grande diversidade de espécies, onde o loureiro

predomina. “O concelho, que começa no mar e acaba

na serra, tem 78,8 km2, 5772 habitantes, distribuídos

por três freguesias: São Vicente, Ponta Delgada e

Boaventura. A população vive essencialmente de dois

setores, agricultura e turismo. Na agricultura existe,

essencialmente, o cultivo da vinha, os vitivinicultores são

produtores do Vinho Madeira, o ganho pão de grande

parte das famílias do concelho. Ao nível do turismo,

a hotelaria e a restauração são as áreas mais fortes”,

descreve José António Garcês, presidente do Município

de São Vicente. A região tem neste momento uma oferta

que ronda as 700 dormidas, disponíveis nos hotéis,

estalagens, unidades de turismo rural e de habitação e,

ainda, na vertente do alojamento local. A este nível “para

um concelho, relativamente, pequeno até estamos bem

servidos. De referir que os pedidos para o licenciamento

do alojamento local, estão a aumentar. É um concelho

que está virado para o saber receber”, explica o nosso

interlocutor. São Vicente é um dos exemplos da erupção

vulcânica que deu origem à Ilha da Madeira. Para além

da floresta nativa, o grande ex-líbris do concelho são

as Grutas de São Vicente, onde está também situado

o Centro do Vulcanismo. Abertas ao público desde

outubro de 1996, são consideradas as primeiras grutas

de origem vulcânica, em todo o país, disponíveis para

visita. Ao longo de quase 700 metros de percurso

subterrâneo é possível ver as construções que a lava

foi fazendo ao longo da sua passagem. Estalactetites,

pingos de lava e muitas outras construções, resultantes

da erupção, podem ser vistas numa verdadeira viagem

ao centro da terra, conduzida por guias especializados

durante cerca de meia hora. No pavilhão do Centro do

Vulcanismo, com capacidade para 90 pessoas, pode

assistir-se à simulação do nascimento do Arquipélago da

Madeira, através de uma recriação audiovisual. Junto às

Grutas de São Vicente existe também um jardim onde

predominam as plantas endémicas e os cursos de água.

“As grutas de São Vicente são um ex-líbris do concelho

e têm mais de 100 mil visitantes por ano”, destaca o

autarca. As águas da costa norte da Madeira são mais

frias, quando comparadas com as temperaturas amenas josé antónio garcêsPresidente

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL

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da água da costa sul, portanto, a melhor altura do ano

para se fazer praia é mesmo no verão, “estamos na zona

norte onde é mais complicado falar de praia, mas temos

as piscinas de Ponta Delgada que são Bandeira Azul e

têm estatuto de Praia Acessível, ficam também situadas

junto de uma unidade hoteleira”, refere o entrevistado.

A gastronomia e as festividades também são pontos

de atração. No concelho, principalmente, no verão,

realizam-se por todas as freguesias vários arraiais e

festas populares e religiosas. “Ponta Delgada é um local

que atrai muitos romeiros. Em São Vicente, realizam-se

as festas do concelho, um festival para gente jovem. O

evento acontece sempre na última semana de agosto,

este ano só num dia tivémos 40 mil pessoas. Mas as

festas de São Vicente não atraem gente só pelo cartaz,

há pessoas que já reservaram quarto para o próximo

ano e o cartaz ainda é desconhecido”, evidencia José

António Garcês, presidente do Município de São Vicente.

No sentido de revitalizar e potenciar o turismo na região,

o executivo tem em curso uma série de obras e projetos.

Assim, o município está a proceder à identificação dos

miradouros e pontos de interesse e, consequente,

reabilitação dos mesmos. Está, igualmente, a realizar

a identificação e requalificação das levadas e veredas

da região, bem como, a colaborar na homologação

das mesmas, com a Federação de Campismo e

Montanhismo de Portugal. O município está também

a trabalhar na criação do ponto de informação turística

onde serão distribuídos os novos desdobráveis turísticos

do concelho. O setor é de tal forma importante para

a região que “quando chegámos à câmara municipal

criámos dois pelouros, que são os mais importantes,

e que nunca existiram no concelho, os pelouros do

turismo e da agricultura”, revela o edil de São Vicente.

Trabalhos realizados no âmbito do turismo:

- Criação do Comité do Turismo;

- Organização do I Encontro Regional de Pedestrianismo;

- Requalificação do Jardim de Plantas Indígenas;

- Apoio em diversas atividades de cariz cultural e

desportivo: mostra de cuscuz, festa da vindima, mostras

gastronnómicas, feiras agrícolas, Torneio São Vicente

Cup, provas de surf, bodyboard e stand up paddle,

Bodyboard Girls Experience 2015;

- Criação de novos mapas do concelho e freguesias;

- Agenda e eventos e festas do concelho.

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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL

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Futuro: Desenvolvimento e Apoio à população

Questionado sobre o que o motivou a concorrer à

presidência da autarquia, José António Garcês explica

que o facto de ser um filho da terra constituiu a principal

razão. “Gostar das pessoas e de São Vicente, nasci

e moro aqui é essa a principal motivação. Conheço

quase todas as pessoas pelo nome. Sou um presidente

próximo da população, mesmo antes de ser presidente

já estava próximo das pessoas. É no terreno que vemos

os reais problemas e ouvimos os cidadãos. Para mim,

em primeiro lugar, estão as pessoas, tudo o resto vem

depois. Isto é um trabalho de equipa e felizmente tenho

a melhor equipa. Somos todos naturais do concelho e

estamos distribuídos pelas freguesias o que facilita o

nosso trabalho, acompanhamos os problemas de perto”,

explica o presidente da autarquia de São Vicente. No que

toca aos apoios à população, o concelho também está a

passar pelos problemas inerentes à emigração e nesse

sentido, o nosso entrevistado entende que é necessário

“criar condições para os que querem cá ficar”, ressalva

José António Garcês, presidente do Município de São

Vicente. A autarquia está assim a desenvolver projetos

relacionados com o apoio ao arrendamento jovem.

Proporcionam transporte e livros gratuitos para os alunos

do primeiro ciclo, apoiando também no transporte

das visitas de estudo. A autarquia destaca anualmente

os melhores alunos com prémios e apoia através de

bolsas de estudo, todos os alunos que frequentam o

ensino superior, com aproveitamento. “Queremos o

desenvolvimento do concelho de São Vicente quer a

nível turístico, quer ao nível das outras potencialidades

que tem. Vamos apostar nos programas que concedam

condições de vida à população. Existem ajudas à

natalidade, habitação, emprego e educação, têm de ser

criadas condições para os casais se fixarem”, destaca o

autarca de São Vicente. No que diz respeito aos idosos, o

município apoia na “aquisição de medicamentos, através

de um regulamento de apoio. Temos também aulas de

ginástica para idosos em protocolo com a Adenorma

- Associação de Desenvolvimento da Costa Norte da

Madeira”, revela o interlocutor. Os planos previstos

para município de São Vicente pretendem sobretudo

garantir à população uma melhoria da qualidade de vida.

“Quando se fala em projetos aqui na Madeira pensa-se

logo no betão, mas hoje em dia, as grandes obras não

são as de betão, são as sociais e educacionais que se

prendem com o desenvolvimento do concelho, atraindo

investimento. Há dois edifícios na frente mar fechados

há anos e que agora foram vendidos a investidores

privados. Esta aquisição deverá resultar na criação de

postos de trabalho”, divulga o edil, acrescentando que

“na atual conjuntura, as obras sociais são os grandes

projetos, para tal, trabalhamos em cooperação com as

juntas de freguesia, tanto ao nível financeiro, como dos

equipamentos”. Em jeito de conclusão, questionado

sobre qual foi o maior desafio do mandato até ao

momento, a resposta é esclarecedora “o maior desafio

é poder corresponder às expectativas da população, no

sentido de resolvermos os seus problemas”, conclui o

presidente, José António Garcês.

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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL

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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL

Fomos à descoberta do concelho mais ameno e cintilante da Ilha da Madeira. O nome é indicador disso mesmo. Dizem os moradores e

visitantes que é a região do arquipélago onde o sol brilha durante mais tempo. O município teve em mãos a exigente tarefa de “arrumar

a casa”. Agora, os tempos são outros e o turismo é uma prioridade. A autarquia da Ponta do Sol quer tornar a região “um ponto de

paragem obrigatória”, como confidenciou em entrevista Rui Marques, presidente do Município da Ponta do Sol.

Município da Ponta do Sol

Nova dinâmica chegou à Ponta do Sol

O concelho da Ponta do Sol fica situado a 18

quilómetros do Funchal e é composto por

três freguesias: Canhas, Madalena do Mar e

Ponta do Sol. Com cerca de 8500 habitantes

a região é um destino onde se pode usufruir, tanto

das atividades ligadas ao mar, como as de montanha

e floresta, abrangendo ainda a cultura e o património.

Atualmente, o executivo autárquico liderado por Rui

Marques está empenhado em reabilitar vários pontos

do concelho tornando-os mais atrativos para os turistas,

não esquecendo também os moradores. Em entrevista

à nossa publicação, o autarca lamenta que estes

projetos não tenham arrancado mais cedo, adiantando

que “quando chegámos à câmara detetámos algumas

carências e lacunas, no que diz respeito aos serviços à

população. Embora, a minha equipa tivesse a ideia de

apostar, desde o início, na área do turismo, tivémos que

definir prioridades. Primeiro, foi necessário equilibrar as

contas e, durante cerca de dois anos, não houve grande

margem para investimentos. Depois, a nossa aposta foi a

de satisfazer as necessidades básicas da população, em

termos dos serviços mais básicos, como a rede de água

potável, a recolha de lixo, a iluminação e a ação social”,

explica o edil, Rui Marques. Ainda antes do turismo ser

o centro das atenções, a autarquia teve também de

garantir a criação de infraestruturas que a população

rui marquesPresidente

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REVISTA BUSINESS PORTUGALMADEIRA: BELEZA NATURAL

“anseava, como o acesso, tanto a terrenos agrícolas,

como às habitações. Entre 2005 e 2010, construímos

muitas acessibilidades, na ordem dos 50 caminhos,

obras pequenas, mas que foram fundamentais para que

o concelho tivesse uma rede viária melhor. Tudo isto

foi feito, procedendo ao mesmo tempo, à redução da

dívida”, ressalva o interlocutor.

Conhecer a Ponta do Sol

O tempo agora é outro e eis que é chegada a altura

de olhar para o património, a cultura e as tradições,

tendo a autarquia no turismo um pilar base para

dinamizar a região, “com grande parte das necessidades

da população satisfeitas, começámos com tempo a

fazer outro planeamento. Decidimos ouvir os nossos

comerciantes, os hoteleiros e ver também qual era

o feedback que tínhamos dos turistas”, revela Rui

Marques, presidente do Município da Ponta do Sol. As

características apontadas pelos turistas revelam que

a região “tem um bom clima, a Ponta do Sol é dos

concelhos com as temperaturas médias mais altas

da Madeira, durante todo o ano. As paisagens, o mar

e o sossego” foram também referenciados, evidencia

o entrevistado. No entanto, a opinião dos visitantes

também apontou lacunas e a principal foi a “falta de

oferta de atividades e pontos de lazer. Não existiam

estabelecimentos comerciais abertos, onde se pudesse

estar ao final do dia, por exemplo. Há alguns anos, o

comércio local fechava, praticamente, à mesma hora

dos serviços e a partir daí a vila morria”, refere o

presidente. Deste modo, a autarquia decidiu incentivar

a abertura alargada do comércio, bem como, apoiar

na criação de novos espaços, “criou-se aqui uma

nova dinâmica, apostando também ao nível cultural,

indo um pouco a reboque daquilo que a Estalagem

da Ponta do Sol fez, nestes últimos anos, promovendo

alguns concertos, durante o verão”. Alguns dos novos

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

espaços que podemos encontrar na Ponta do Sol são

a “Mercearia Dom Sancho, com uma oferta diferente da

que já existe e a Old Pharmacy que juntam os conceitos

de artesanato e bar. São novos espaços que vieram

dar uma nova dinâmica, principalmente, à vida noturna

da Ponta do Sol”, explica o autarca, destacando ainda

empreendimentos como, “a Estalagem da Ponta do Sol,

que mantém uma ocupação média superior a 90 por

cento, o Hotel Baía do Sol, a Quinta do Alto de São

João, uma unidade de turismo rural e a Casa do Retiro”.

Mas, se em termos de hotelaria a oferta ainda tem muito

por onde crescer, ao nível da restauração o concelho

tem uma oferta diversificada e de qualidade. No que diz

respeito ao património, alguns dos pontos de interesse

a visitar são “o Relógio de Água, o Monumento de

Santa Teresa, as Bem Aventuranças, a Nossa Senhora

da Serra, a Bica da Cana, o Sítio da Fajã Redonda, a

Capela de São Sebastião, a Igreja Matriz e a Capela de

Santo António. Indispensável, é a passagem pelo Cais

da Ponta do Sol e um pouco mais para oeste a Ponte

do Caminho Real”, aconselha o autarca pontassolense.

Para os amantes da natureza, a Ponta do Sol oferece-

lhe um conjunto de levadas e veredas, que vale a

pena conhecer, devido às fantásticas paisagens que

proporcionam. Questionado sobre as potencialidades do

concelho, no que diz respeito, à prática de desportos

náuticos, o edil revela que “estamos a trabalhar com

uma associação que foi criada em maio de 2014, para

o desenvolvimento de atividades náuticas e de natureza.

Queremos criar os Roteiros dos Caminhos Reais e dos

Caminhos Florestais”. Olhando em frente, o entrevistado

explica que “no futuro, a aposta tem de ser feita no

turismo rural e alojamento local nas zonas mais altas

do concelho, uma vez que, ficam mais próximas dos

caminhos antigos, os chamados caminhos reais, das

veredas turísticas e do património que temos espalhado

um pouco por todo o concelho”. Avaliando no global

as potencialidades turísticas do Arquipélago da Madeira,

o autarca entende que ainda há mudanças que devem

ser feitas “mas que têm de vir de cima. Se as ligações

marítimas e aéreas não forem melhores e com preços

mais competitivos vamos continuar a perder turistas para

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

destinos concorrentes como as Canárias”, remata Rui

Marques.

Festividades e eventos

O concelho da Ponta do Sol mantém as tradições

ligadas às festividades e arraiais populares e religiosos.

Os certames ligados aos produtos típicos da região

também são assinalados, atraindo milhares de visitantes

ao concelho. As marchas populares e o Carnaval são

assinalados no concelho. Antes, a 5 de janeiro, realiza-se

o Cantar dos Reis, junto ao presépio que fica na avenida

principal da vila. Em maio, tem lugar o Festival Aqui e

Acolá, onde existem vários palcos espalhados pelo

centro histórico com eventos das mais diversas áreas:

música, teatro, dança, pintura, escultura, cinema e

fotografia. No fim de semana antes da páscoa, tem lugar

a Feira da Cana, na freguesia dos Canhas. É nesta região

do concelho onde se produz mais cana de açúcar na

Ilha da Madeira. À semelhança deste evento, acontece

a Festa da Banana, sempre no terceiro fim de semana

de julho, na Madalena do Mar, freguesia onde este fruto

é a principal cultura agrícola da localidade. Na última

semana de agosto e primeira semana de setembro,

realizam-se as festas do concelho, onde o Festival

Internacional de Folclore, que já se realiza há 25 anos, é

a principal atração. Dedicados especialmente à música

existem os “Concertos L”, da responsabilidade da

Estalagem da Ponta do Sol, durante os meses de julho,

agosto e setembro. A “Música nas Capelas” decorre de

outubro a maio, em parceria com a Associação Retoiça.

Na sétima arte, realizou-se de 9 a 12 de dezembro, o

Madeira Micro Film Festival, evento que reúne sobretudo

cineastas estrangeiros e que esgotou as unidades

hoteleiras na Ponta do Sol e arredores, evento esse,

também da responsabilidade da Estalagem da Ponta do

Sol, em parceria com a autarquia.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Apoio à população

O concelho tem uma forte predominância agrícola, as

duas culturas mais fortes são a produção de cana de

açúcar e banana, que “representam o suporte de grande

parte da população. A partir de 2008, com a crise na

construção civil, muitas pessoas voltaram novamente

a dedicar-se à agricultura, com produções de culturas

mais fortes”, explica o autarca pontassolense. No que

diz respeito à fixação da população jovem no concelho,

a tarefa não tem sido fácil, devido ao desemprego

gerado pela crise na construção civil e que levou à

emigração dos jovens. “Segundo os últimos dados,

infelizmente, a taxa de natalidade na Ponta do Sol tem

vindo a descer”, revela o interlocutor. Para contrariar

esta tendência, o executivo liderado por Rui Marques

está a levar a cabo uma série de medidas, “temos feito

um grande esforço para não honerar o orçamento das

famílias pontassolenses, tanto é que, aderimos à tarifa

familiar do IMI, onde aplicámos o valor da redução

máxima em cada escalão. Em termos dos serviços

básicos prestados, continuamos a manter os mesmos

sob a tutela do município. Assim, a câmara contribui com

uma taxa social não imputando o custo total da despesa

aos munícipes. Temos um regulamento de apoio social

voltado para as famílias carenciadas, nas áreas da

educação, habitação, saúde e acessibilidades. Damos

apoio logístico às escolas, através do material escolar

e apoio às atividades extra-curriculares. Os transportes

escolares também estão sob alçada da câmara. No

próximo ano, estamos a estudar a possibilidade de dar

os manuais escolares e estamos também a tentar ver a

forma de apoiar a faixa etária, que neste momento tem

menos apoios, que é a dos 0 aos 5 anos. Damos ainda

apoio aos alunos que frequentam o ensino superior,

através da atribuição de bolsas de estudo”, explica o edil

da Ponta do Sol.

Olhar o futuro

Questionado sobre qual foi o maior desafio da

presidência, o autarca responde que “foi o de abraçar

este projeto sem qualquer experiência política”. A dois

anos de terminar o mandato, Rui Marques revela que

gostava de ver iniciado “o projeto turístico global que

engloba a renovação do centro histórico e a reabilitação

do património, queremos recuperar o que é genuíno,

tornando a Ponta do Sol um ponto de passagem

obrigatório. As levadas turísticas e os caminhos antigos,

com muros de suporte em pedra, que estavam

completamente perdidos na serra, são um património

riquíssimo que queremos também preservar. Há pontos

que estavam inacessíveis e é esse trabalho que quero

deixar feito. Se conseguir começar muitas destas coisas

a Ponta do Sol poderá, em termos turísticos, dar um

passo em frente muito importante”, conclui o presidente

do município.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Abençoado com uma beleza natural rara, o concelho da Calheta engloba oito freguesias que se estendem por uma área total de

116 quilómetros quadrados. Caso queira passear junto ao mar, subir até às escarpadas montanhas ou descer pelos soberbos vales,

certamente apreciará as muitas maravilhas da natureza que se encontram à sua volta.

Câmara Municipal da Calheta

Um arco-íris de oferta turística

Chegados ao concelho da Calheta, o céu

estende-se à nossa frente como uma tela

em tons de azul e a beleza do mar, com as

suas águas cristalinas, atraindo as atenções

até dos veraneantes mais incautos. Fomos recebidos

com grande simpatia por Carlos Teles, presidente da

Câmara Municipal da Calheta, que deu a conhecer as

potencialidades turísticas do seu concelho, bem como

os projetos que estão no horizonte para a Calheta.

A Madeira vive muito do turismo, mas turisticamente

esta zona oeste da ilha, onde se localiza a Calheta,

foi descoberta há poucos anos, fruto da promoção e

divulgação feita pelas entidades competentes, mas

também do próprio turista que começou a procurar

novas experiências e vivências. “Atualmente, temos

muitos estrangeiros a viver na Calheta e o que os traz

é o sol”, entende o autarca, salientando que o melhor

clima da Madeira está na zona oeste, entre a Ponta do

Sol e o Paul do Mar.

Hoje, o concelho da Calheta dispõe de uma oferta

diversa, do ponto de vista do alojamento, materializados

em hotéis, quintas, turismo de habitação e turismo em

espaço rural. São mais de 2.000 camas existentes entre

as diversas freguesias do Concelho, dispersos entre

conceitos intimistas, contextos familiares ou espaços

casuais e generalistas.

Carlos Teles destacou três unidades hoteleiras de

excelência: o Hotel Jardim o Hotel Calheta Beach.

e o Saccharum Hotel Resort & Spa, cujo design de

interiores ficou a cargo da designer madeirense Nini

Andrade Silva.

A par destas infraestruturas hoteleiras, na Calheta

encontra igualmente diversos espaços de turismo

rural e alojamento local, outra vertente turística muito

procurada. “Hoje, temos um turismo jovem, que vem

de mochila às costas à aventura, que vem fazer levadas

e os trilhos do BTT”, explicou Carlos Teles, salientando

que o concelho da Calheta tem excelentes condições

para a prática dessas modalidades, não sendo à toa

que é considerada a Capital do BTT. Mas também o

surf e o parapente assumem grande importância, por

isso mesmo, o turismo desportivo é uma realidade

que tem ajudado a promover o concelho, não só

através de provas organizadas e patrocinadas pela

Câmara Municipal, como por entidades privadas, mas

essencialmente através daquele turismo de lazer que

vem ao fim de semana, aluga uma bicicleta, faz um trilho,

faz uma levada, aliás até já há empresas na Calheta que

foram criadas à volta deste tipo de atividades. O turismo

é muito importante e a Câmara municipal e as juntas

de freguesias estão a apostar fortemente nesta vertente.

“O novo Quadro é crucial para encetarmos candidaturas

carlos telesPresidente

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

para potenciarmos o concelho, com por exemplo um

Centro de BTT”.

A Calheta está na moda

O turismo religioso, o turista científico, o visitante de

natureza, o turista de aventura, o turista náutico, o

turismo de família e o turismo cultural são algumas das

tipologias fortes que o concelho da Calheta satisfaz.

Neste contexto, não podemos deixar de referir os

arraiais, as festas populares e toda a dinâmica cultural

que faz a Calheta ‘mexer’. Cada freguesia tem o seu

padroeiro, cada freguesia faz o seu arraial. O dia do

concelho é o 24 de junho, o dia de S. João, e a par

das celebrações religiosas, celebra-se o aniversário do

concelho com atividades na praia da Calheta.

O Rali da Calheta é, sem dúvida, outro dos grandes

dinamizadores da economia local, não só através das

infraestruturas turísticas mas também para o pequeno

comércio, promovendo e captando investimento

para o concelho da Calheta. Todos estes eventos

são considerados um investimento para promover “a

nossa terra”. Por outro lado, a Calheta tem um grande

património religioso, em termos culturais, que vem da

época do ouro branco que era o açúcar e a Calheta

chegou a ter muitos engenhos, e esse património

religioso também tem a sua importância em termos

turísticos. O Centro das Artes - Casa das Mudas, edifício

premiado internacionalmente pela sua arquitetura e

perfeita integração na paisagem merece igualmente

uma visita.

O Rabaçal, um dos locais mais conhecidos por nacionais

e estrangeiros, verdadeiro postal exaltando as belezas

da Ilha, oferece aos visitantes paisagens memoráveis. E

falar na Calheta, é também falar na praia artificial de areia

amarela da vila. A Calheta foi, aliás, a primeira localidade

na Madeira a possuir uma praia artificial importada

de Marrocos, sendo frequentemente procurada por

praticantes de canoagem e windsurf.

Um presidente próximo da população

Carlos Teles é natural da freguesia dos Prazeres e este

é o seu primeiro mandato à frente dos destinos da

Calheta. Volvidos dois anos da sua tomada de posse,

Carlos Teles sublinha que foram dois anos muito difíceis.

“A nível financeiro, estamos no PAEL (Programa de

Apoio à Economia Local) e temos também um plano de

saneamento financeiro”, refere o autarca, esclarecendo

que estes dois anos foram essencialmente para estabilizar

o município a nível financeiro. “Neste momento, temos

quatro obras no terreno que são caminhos agrícolas, são

apoiadas a nível europeu e há um acesso à zona mais

alta do concelho onde queremos intervir, fizemos uma

candidatura para melhorar o acesso, neste momento está

em fase de concurso”, adiantou.

Nestes momentos conturbados, o executivo da Calheta

tem dado prioridade à esfera social, porque a população

está cada vez mais envelhecida, “por isso, a nossa política

tem sido na criação de centros sociais, onde os mais

idosos que tiveram uma vida dura podem conviver e

socializar, afastando a solidão e o isolamento”. A par disso,

foi criado um apoio à natalidade e à família para promover

a fixação populacional.

Objetivos para o futuro

Nos próximos dois anos, Carlos Teles pretende a conclusão

da fase final da via expresso, a melhoria do acesso ao

Rabaçal e a melhoria das condições de segurança às

freguesias de Jardim e Paul do Mar, duas freguesias

à beira-mar que têm um problema de derrocadas,

essencialmente no inverno, deixando muitas vezes a

população isolada. “São objetivos não só da autarquia,

mas também do Governo Regional”, referiu o edil.

Carlos Teles assume que um autarca é um eterno

insatisfeito, no entanto sente que tem cumprido o

seu dever com transparência, sempre muito próximo

da sua população, aproveitando igualmente para

enaltecer a equipa competente que o rodeia e que lhe

dá segurança para trabalhar diariamente.

No futuro, o autarca gostava que a Calheta

continuasse com este desenvolvimento e que fosse

cada vez mais procurado para o investimento. “Apesar

do crescimento registado, a Calheta tem potencial

para muito mais. Queremos crescer de uma forma

sustentada, porque o enquadramento paisagístico tem

que ser tido em conta”, revelou em entrevista.

Mensagem para os munícipes

“Quero deixar uma mensagem de otimismo, confiança

e esperança. Acredito que se consegue dar a volta

e dar condições para que as nossas famílias vivam

melhor”.

Mensagem para os visitantes

Para quem não conhece a Calheta, Carlos Teles afirma:

“Não sabem o que estão a perder. Visitem, porque não

se vão arrepender. Temos bons hotéis, levadas, trilhos,

clima único na região, paisagens lindíssimas… O sol

está é deste lado!

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Numa visita ao Porto Moniz tem um conjunto de potencialidades que vão desde os museus, monumentos, edifícios de interesse, vilas

e aldeias históricas. Enriqueça a vista nos parques e jardins do Porto Moniz, nos miradouros, parques naturais e áreas protegidas.

Refresque-se nas piscinas naturais da região. Aventure-se neste paraíso por descobrir…

Câmara Municipal de Porto Moniz

um paraíso por descobrir…

Emanuel CâmaraPresidente

Quem visita a Madeira, não pode deixar

de conhecer Porto Moniz, um local de

incontornável beleza, cujas rotas de turistas

incluem, de forma obrigatória, um passeio

ao norte da ilha, onde este concelho se localiza. As

suas piscinas naturais são de facto, uma das vistas mais

fotografadas, no entanto Porto Moniz é um concelho

diversificado, que se estende do mar à serra e onde as

atividades são as mais diversas, desde passeios a pé

nas levadas, pelo campo, em plena floresta Laurissilva,

Património Mundial Natural da Humanidade e ainda os

banhos, a pesca e as atividades náuticas.

Por todo o concelho são visíveis os lindos socalcos,

uma paisagem verdejante, bonita e convidativa para

umas férias de sonho, com o verde da montanha numa

simbiose perfeita com o azul do mar e do céu.

Em cada uma das quatro freguesias do concelho

(Achadas da Cruz, Porto Moniz, Ribeira da Janela e

Seixal) o mar vive de mãos dadas com a serra e podemos

encontrar espaços com grandes potencialidades

turísticas. Desde logo, na freguesia das Achadas da

Cruz encontramos uma fajã de características únicas,

que pode visitar e deixar-se deslumbrar com as vistas,

fazendo uma viagem de teleférico. Uma forma diferente

de descobrir a beleza de Porto Moniz, de uma forma

confortável e segura.

A freguesia de Porto Moniz presenteia os visitantes com

um conjunto de piscinas naturais, de uma beleza ímpar,

banhadas pelas águas límpidas do oceano Atlântico

e que ostentam o galardão da Bandeira Azul. Nesta

freguesia, pode ainda visitar o Aquário da Madeira, na

qual se encontram espécies marinhas capturadas na orla

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

costeira, ou ainda o inovador Centro de Ciência Viva,

onde pode visitar as mais diversas exposições.

Por outro lado, Ribeira da Janela apresenta

características orográficas únicas e do seu miradouro é

possível observar grande parte da costa norte da ilha.

Podemos ainda encontrar a serra do Fanal, um espaço

quase imaculado, onde a natureza mostra toda a sua

magnificência.

Já a freguesia do Seixal oferece excelentes acessos

ao mar, incluindo-se nos mesmos uma praia de areia

negra, podendo ainda visitar o Chão da Ribeira, um local

aprazível, onde se respira ar puro.

A força da mudança

Contribuir na procura de soluções que melhorem a

qualidade de vida da sua população, ajudando-as a

enfrentar o futuro com mais confiança e pugnar pelo

rigor na defesa dos interesses de todos, procurando

coerência nas escolhas, sempre numa visão integrada

do desenvolvimento do concelho, foram estes os motes

de trabalho de Emanuel Câmara no exercício das suas

funções de presidente da Câmara Municipal do Porto

Moniz.

Quando tomou posse, encontrou uma câmara com uma

dívida na ordem dos 4 milhões de euros, uma dívida

“anormal” para a dimensão do concelho. “Esta dívida é

uma herança recebida de uma gestão do PSD, ao longo

destes mais de 30 anos à frente dos destinos do Porto

Moniz”.

Assumindo o lema de que primeiro estão as pessoas,

Emanuel Câmara protagonizou uma forte aposta na

área da educação com a implementação de transportes

gratuitos para todos os alunos do concelho, o apoio

aos alunos que frequentam o 1º, 2º e 3º ciclos e

secundário, através dos manuais escolares, bem como

um reforço do apoio aos estudantes do concelho

a frequentar o ensino superior. “Os cerca de 60

estudantes universitários do concelho, a partir de janeiro,

vão passar a receber 150 euros mensais de bolsa, a

par do contributo no pagamento de duas viagens aéreas

para os alunos a estudar fora da região”, adiantou o

autarca, acrescentando ainda que o município, ao longo

destes dois anos de mandato, colaborou em atividades

promovidas pelos estabelecimentos de ensino do

concelho. “Foi a estrada da educação aquela que

construí nestes dois anos, indo ao encontro das grandes

dificuldades sentidas pelas famílias”, salientou.

Ao mesmo tempo, Emanuel Câmara demonstrou uma

grande preocupação com a população sénior, até porque

este é um concelho com uma grande percentagem

de idosos. Após um estudo de caracterização da

população do Porto Moniz, a Câmara Municipal possui

os indicadores necessários para sinalizar as situações

mais prementes desta franja da população.

Neste contexto, foi criado o programa de apoio aos

idosos “Primeiro as Pessoas Porto Moniz Vida+”, que

entrará em vigor em janeiro. Simultaneamente, foi criado

um gabinete de apoio ao idoso e um regulamento para o

apoio aos medicamentos, em que os idosos vão receber

cerca de 120 euros anuais para fazer face às suas

necessidades no que concerne a medicação. “Derivado

ao estudo efetuado, as necessidades dos idosos estão

identificadas e vamos ao encontro dessas necessidades,

como por exemplo no apoio domiciliário para a

realização de pequenas reparações ou manutenções

nas suas habitações”.

Emanuel Câmara é perentório ao afirmar que, nestes

dois anos de mandato, conseguiu amortizar cerca de um

milhão de euros na herança de quatro milhões de dívida

e tem cerca de 2,5 milhões de euros para investir com

os olhos postos no novo quadro comunitário. “Estou a

honrar os compromissos, mas não estou obcecado com

o pagamento da dívida. As pessoas merecem toda a

nossa atenção e é nelas que o executivo está a pensar”,

refere.

Por outro lado, o autarca salientou a concessão de

apoios às associações culturais e recreativas existentes

no concelho e a promoção de intercâmbios entre estas

e as de outros concelhos, bem como o apoio aos clubes.

Paralelamente, Emanuel Câmara destacou a aposta nos

Bombeiros Voluntários de Porto Moniz e São Vicente que

recebiam cerca de seis mil euros de subsídio, no entanto

o autarca entendeu protocolar 10 mil euros para garantir

um funcionamento 24 horas. “Como houve o fecho das

urgências, havia necessidade de um funcionamento

alargado, essencialmente para dar resposta à população

mais envelhecida”, consubstanciou.

O horizonte do Porto Moniz

Para os próximos dois anos, Emanuel Câmara entende

que o grande desafio continuará a ser a aposta na

melhoria das condições dos mais idosos, sublinhando

que as instituições do concelho terão que trabalhar em

rede, com a coordenação da Câmara Municipal do Porto

Moniz.

Simultaneamente, o executivo liderado por Emanuel

Câmara vai implementar o IMI familiar com o máximo

das taxas, ou seja, 10, 15 e 20 por cento, bem como

proceder à devolução do IRS na totalidade, ou seja,

cinco por cento, uma medida que terá efeitos a partir

do próximo ano.

O autarca defendeu ainda que o porto do Porto Moniz

deve ser alvo de uma intervenção que vise potenciar ao

máximo as condições desta infra-estrutura. “É urgente,

aproveitando o próximo quadro comunitário de apoio,

avançar com um projeto neste âmbito. Ambicioso e

arrojado, é certo, mas sem dúvida extremamente válido

para a nossa Região e para a sua população”, vincou o

presidente.

Emanuel Câmara reivindicou também uma maior aposta

do Governo Regional em relação aos concelhos da

costa norte da Madeira, apontando que estes “não

podem servir apenas de paisagem” para promover a

costa sul.

Outros dos grandes desideratos apontados pelo autarca

é a captação de investimento para o seu município,

porque, na sua opinião, Porto Moniz tem todas as

condições para ser um chamariz para o investimento

privado.

A finalizar, Emanuel Câmara deixou uma importante

mensagem: “Espero que este Governo da República

implemente políticas que vão ao encontro das pessoas

e das suas necessidades. Um governo socialista, como

sempre idealizei e que me fez abraçar os ideais de um

partido”, rematou.

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Com 500 anos de história, o Funchal foi a primeira cidade atlântica a ser construída fora do velho continente. Hoje, assume-se como

uma cidade, detentora de uma forte centralidade, moderna e cosmopolita, orgulhosa das suas raízes históricas, mas com os olhos

postos no futuro e com o claro desiderato de se tornar a melhor cidade portuguesa para viver, investir e visitar.

município do funchal

Uma cidade de experiências e emoções

A cidade do Funchal tem 111 mil habitantes, e é aqui que estão concentradas

a principal atividade económica e os principais locais de interesse turístico

da região. Uma cidade entre a serra e o mar, com uma diversidade

concentrada, complementada por um clima extraordinário e pela

hospitalidade da população são alguns dos predicados que representam evidentes

mais-valias naquele que é o produto turístico do Funchal.

Numa visita sem pressas à bela cidade do Funchal, encontra a sua deslumbrante baía,

com um porto que tem escalas de navios, nomeadamente na época de inverno que

embelezam o mar e todo o horizonte.

A Avenida do Mar e a ligação que se estabelece entre a cidade e o mar é absolutamente

fantástica neste passeio marítimo que atravessa toda a cidade. Ao caminhar neste

frente de mar que vai desembocar no teleférico, no Campo Almirante Reis, um espaço

para contemplar e que ganhou uma dinâmica muito interessante, nomeadamente à

noite com os bares e a restauração, mas também com uma galeria ao ar livre com as

portas pintadas.

Nesta panorâmica, junta-se um casario antigo, um património que tem sido recuperado,

uma das linhas de ação assumidas pelo executivo, até porque “a recuperação do

património é fundamental numa cidade turística como a nossa”, salienta Paulo Cafôfo,

presidente da Câmara Municipal do Funchal.

Nesta malha urbana antiga, são vários os pontos de interesse que merecem uma

visita, desde a Capela do Corpo Santo até ao Forte de S. Tiago, um local fantástico que

possibilita uma vista soberba sobre toda a baía. É também nesta zona que se pode em

pouco tempo ir do mar à serra, através do teleférico, que permite sobrevoar a cidade

e desloca-nos até ao Monte.

De acordo com o autarca, o Monte é considerado a Sintra madeirense, com os seus

jardins luxuriantes, o seu clima romântico, as quintas nobiliárquicas e uma igreja muito

bonita com uma história riquíssima, onde está o túmulo de Carlos de Habsbourg, último

vista do funchalFoto de Sónia Dória

paulo cafôfoPresidente

MADEIRA: BELEZA NATURAL

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imperador da Áustria, que viveu, em exílio, na Madeira.

Aqui poderá também usufruir de um tipo de transporte muito sui generis, o “carro

de cesto”, que constitui uma experiência única a não perder. Os famosos “carros de

cestos” constituem uma das atrações mais conhecidas da Madeira.

Os Jardins do Monte da Fundação Berardo, não só, do ponto de vista da biodiversidade

das espécies, mas também pelo polo cultural constituem um espaço magnífico que

também pode visitar.

Assumindo-se como uma cidade de experiências e emoções, o Funchal oferece aos

seus visitantes uma panóplia de potencialidades turísticas, que vão desde o turismo

cultural e religioso, o turismo de natureza, com os famosos, trilhos, levadas e percursos

pedestres, mas também o turismo desportivo, onde o parapente, canyoning, downhill,

BTT são atividades que despertam grande interesse. “O Funchal era uma cidade

com turismo de uma faixa etária elevada, mas hoje esses turistas procuram outras

experiências, por outro lado, conseguimos atrair um público mais jovem, que faz a

diferença num destino turístico como o nosso”, revela Paulo Cafôfo.

Dinâmica cultural

O Funchal tem cartazes culturais que fazem a diferença naquilo que é o panorama

turístico nacional e internacional. Quem não conhece as magníficas Festas de Fim de

Ano, com o seu espetáculo pirotécnico único. “Os madeirenses esperam muito este

dia e são acompanhados por milhares de turistas que nos visitam”, refere o autarca.

A Festa da Flor é outro dos grandes atrativos, tanto para os turistas como para os

próprios madeirenses. Esta exuberante festa composta de carros alegóricos que

desfilam no centro do Funchal perfuma o ar com uma multiplicidade de odores florais,

espalhando pelas ruas uma atmosfera saída quase de um conto de fadas. No Largo

do Colégio encontrará o chamado ‘Muro da Esperança’ – um painel onde as crianças

colocam as suas flores simbolizando a esperança num mundo melhor.

As festividades do Carnaval espelham as características culturais do povo madeirense.

Trazendo-lhe muita, muita diversão, o Carnaval na Madeira é definitivamente um dos

melhores! Fora da programação oficial acontecem duas noites muito fortes com

grande adesão: a noite hippie e a noite travesti.

Paralelamente, a cidade oferece um conjunto de eventos e espetáculos, como o

Funchal Jazz, que decorre no primeiro fim de semana de julho e o Summer Opening,

na segunda quinzena de julho, com música nacional e internacional.

A Câmara Municipal do Funchal organiza também o Festival ‘Fica na Cidade’, um

cartaz que tem como objetivo levar às principais artérias do Funchal um conjunto

de espetáculos musicais e de stand up comedy, promovendo ainda as tradições

gastronómicas e musicais da região, numa parceria cultural com entidades criativas,

culturais e artistas madeirenses.

Um balanço positivo

Paulo Cafôfo, cidadão empenhado e ativo, professor de profissão, decidiu abraçar o

desafio de se candidatar à Câmara Municipal, liderando um projeto, cujo objetivo é

tornar o Funchal a melhor cidade portuguesa para se viver, visitar e investir. Volvidos

dois anos da sua tomada de posse, Paulo Cafôfo traça um balanço positivo, salientando

que todos os compromissos assumidos estão a ser honrados, nomeadamente, os

programas sociais implementados que abrangem a comparticipação de medicamentos,

a recuperação de habitações degradadas, a criação de subsídio municipal ao

arrendamento, um programa de ocupação para desempregados e um programa de

apoio às famílias e à natalidade.

Simultaneamente foram assumidos compromissos no que concerne à economia,

nomeadamente com a criação de um plano estratégico para o turismo, a criação

de uma Área de Reabilitação Urbana, com benefícios e incentivos para a reabilitação

urbana e um programa de revitalização do comércio tradicional. Paulo Cafôfo destacou

ainda a implementação de políticas de desagravamento fiscal que consistem “na

redução do IMI, devolução de um por cento do IRS, a aplicação do IMI familiar e ainda

a redução de todas as taxas de ocupação do espaço público e licenciamento em 50 Foto de Sónia Dória

Foto de Sónia Dória

por cento”, adiantou o autarca.

O autarca deu ainda nota da criação de um Departamento de Ciência, da Estação

de Biologia Marinha do Funchal, uma infraestrutura da Câmara Municipal do Funchal,

vocacionada para a investigação científica e destina-se a permitir o desenvolvimento

das ciências e tecnologias do Mar, na Região Autónoma da Madeira. “Do ponto de vista

conceptual, temos preparado também o Ecoparque Marinho, outra vertente turística,

onde poderão ser visitadas as espécies e fazer mergulhos subaquáticos”, revelou.

Projetos para o futuro

Com os olhos postos no futuro, Paulo Cafôfo pretende transformar o antigo matadouro

do Funchal num centro de criatividade e inovação, um projeto que será candidatado

a fundos europeus no próximo mês de janeiro. “Este pode ser um projeto âncora no

âmbito da regeneração urbana, que traga mais pessoas e mais investimento, através

de empreendedores e criativos que sintam a nossa cidade, desenvolvam ideias e

concretizem projetos”, esclareceu, acrescentando que a conclusão do Complexo

Balnear do Lido e o Museu Municipal são outros projetos que estão num horizonte

próximo para o Funchal.

MADEIRA: BELEZA NATURAL

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Criado em 1952, o Clube Naval do Funchal assume-se como um dos mais emblemáticos clubes desportivos da Região Autónoma

da Madeira, com 63 anos de uma história, essencialmente ligada ao desporto náutico e às atividades lúdico-recreativas de âmbito

sociocultural.

clube naval do funchal

Desde 1952, perto do mar e dos madeirenses…

A Revista Business Portugal esteve à conversa

com Mafalda Freitas, presidente da direção

do Clube Naval do Funchal que deu a

conhecer a história do clube e as suas

potencialidades e o conjunto de espaços desportivos e

de lazer, nomeadamente: a Quinta Calaça - Complexo

Balnear, centro de mergulho e zona de lazer para

sócios; Centro Náutico de São Lázaro com atividades

desportivas náuticas e karaté; Complexo Desportivo da

Nazaré - Natação e Health Club (AquaGym); Ginásio e

Sala de Judo na Avenida Calouste Gulbenkian com dojo

mafalda freitasPresidente

de judo; e a gestão da Marina do Funchal em parceria

com o Centro de Treino Mar.

Com mais de 6.000 sócios, o clube não se esgota em

modalidades relacionadas com o meio aquático. São

mais de 13 as modalidades praticadas no universo

do Naval, desde vela e vela adaptada para pessoas

portadoras de deficiência, windsurf, canoagem e

canoagem adaptada, atividades subaquáticas como

mergulho e fotografia subaquática, pesca desportiva,

surf, natação e natação adaptada, judo, karaté, squash

e fitness.

A nossa visita começou no Complexo Desportivo da

Nazaré, onde os sócios e os visitantes têm oportunidade

de usufruir de um complexo de piscinas, que servem

para a prática de diversas atividades aquáticas, que

vão desde natação para bebés, natação para crianças,

aprendizagem, reabilitação, hidroginástica, hidrobike e

natação livre. Esta que é a maior estrutura de prática

desportiva regular na região alberga ainda um ginásio, o

AquaGym que prima pela grande variedade de serviços,

que vão desde as diversas aulas fitness, até as mais

populares como Zumba, Power Jump e Body Pump. De

referir ainda, a Naval Box, um espaço vocacionado para

potenciar as aulas de treino funcional. “Conhecidas por

serem mais exigentes do que a maioria das modalidades

fitness, na Naval Box pretende-se criar um conjunto de

soluções que proporcionem o acesso a mais pessoas

a esta vertente, independentemente da sua idade ou

condição física”, esclareceu a presidente.

A visita prosseguiu para aquele que é considerado

o ex-libris do Clube Naval do Funchal, ou seja, o

Complexo Balnear da Quinta Calaça, o local ideal para

um mergulho relaxante em águas límpidas em qualquer

altura do ano. Trata-se de um espaço familiar, reservado

exclusivamente aos sócios do clube que dispõe de uma

panóplia de serviços que vão desde piscina de crianças

e parque infantil, campo de futebol, sauna e banho turco,

ginásio ao ar livre, centro de mergulho, acesso ao mar e

piscina de água salgada, aluguer de pranchas de stand

up paddle e kayaks, restaurante e esplanada, canto de

leitura e uma sala polivalente para a realização dos mais

diversos eventos, que vão desde festas de aniversário, a

formações e conferências.

Com 63 anos de história, o Clube Naval do Funchal

atingiu um patamar de desenvolvimento assinalável,

estando dotado das estruturas adequadas e necessárias

para ser considerado um clube náutico de classe

europeia, um polo de desenvolvimento cultural e

desportivo para a cidade do Funchal e um embaixador

do destino turístico Madeira.

MADEIRA: BELEZA NATURAL

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

A instituição desempenha um papel crucial no concelho. Com valências fundamentais para a qualidade de vida da população, a Santa

Casa da Misericórdia de Machico (SCMM) é também um dos principais empregadores do concelho. Em entrevista ao Provedor, Luís

Delgado damos a conhecer esta entidade.

Santa Casa da Misericórdia de machico

Instituição com história solidária

Para contextualizar os nossos leitores, começava

por lhe pedir que nos elucidasse um pouco sobre

a história da SCMM.

Reza a história que uma Senhora deixou aos pobres da

vila de Machico um importante prédio e que este legado

despertou então a ideia da fundação da Misericórdia,

tendo servido de núcleo aos bens que depois veio a

possuir. A SCMM foi fundada a 4 de Julho de 1529.

Esta instituição de Solidariedade Social sobreviveu

a vários séculos de história. Dos últimos 400 anos

há que registar o aluvião de 9 de Outubro de 1803,

que ao arrastar para o mar a capela da Misericórdia e

casa anexa fez desaparecer todo o espólio histórico da

instituição, informação indispensável para traçar uma

resenha histórica da Misericórdia de Machico.

Em 1985, é formada uma nova comissão composta por

pessoas ligadas ao concelho e com enorme vontade de

trabalhar para voltar a erguer uma instituição secular. Nos

anos oitenta, a SCMM continuava a não ter um espaço

que lhe servisse como sede, e uma vez mais, valeu-lhe a

boa vontade dos associados que, numa atitude altruísta,

cederam a sua casa para acolher os encontros da

irmandade. Mais tarde, a 23 de Setembro de 2000, tem

lugar a inauguração do Lar Intergeracional. Todavia, a

atividade desta obra não se esgotou no apoio exclusivo

à terceira idade. No dia 1 de Fevereiro de 2001 iniciou-

se a atividade do Jardim-Escola. Concluídas estas

valências, a aposta foi na criação de um Centro Médico

e de Reabilitação que desde o dia 07 de Outubro

de 2002 presta cuidados de saúde, em diferentes

especialidades, à população.

Que valências têm ao dispor da população? É

possível elucidar-nos um pouco sobre o papel de

cada uma? Quantos utentes servem?

A Santa Casa da Misericórdia de Machico é uma Instituição

Particular de Solidariedade Social e desenvolve a sua

acção nas seguintes valências: Lar Agostinho Cupertino

da Câmara, Centro de Dia, Centro de Convívio, Horta

Social, Serviço de Apoio Domiciliário, Infantário Rainha

Santa Isabel, Centro Médico e de Reabilitação, Centro

Comunitário da Bemposta, Polo Socio Comunitário do

Concelho de Machico. O Lar Agostinho Cupertino da

Câmara consiste no alojamento coletivo, de utilização

temporária ou permanente, para idosos em situação de

maior risco de perda de independência.

Na valência lar, a assistência médica e de enfermagem

é diária e é garantida por dois médicos. Dispõe de uma

equipa de enfermagem que presta serviço 24 horas

por dia, todos os dias da semana. A equipa de saúde

é acompanhada por 40 ajudantes de lar, que funcionam

por turnos, um nutricionista, uma psicóloga e seis

fisioterapeutas.

As atividades sociais e de acompanhamento dos

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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MADEIRA: BELEZA NATURALutentes do Lar, Centro de Dia e Centro de Convívio, são

orientadas pelo sociólogo da instituição, que é ainda

responsável pela equipa da animação, organizando no

interior da Santa Casa os diversos ateliers. O Centro de

Dia é destinado a atividades de apoio à população idosa,

prestando diversos serviços, nomeadamente, atividades

sócio-recreativas e de ocupação, cuidados de higiene

e conforto, refeições e atividades destinadas a evitar

ou reduzir o seu internamento e a sua dependência

prevenindo, assim o envelhecimento prematuro,

permitindo-lhes continuar no seu ambiente familiar

e integrados na comunidade. O Centro de Convívio

com a capacidade para 30 utentes, é uma resposta

social, desenvolvida em equipamentos, de apoio a

atividades socio-recreativas e culturais, organizadas

com a participação activa das pessoas idosas de uma

comunidade.

Esta valência tem como principais objetivos prevenir

a solidão, incentivar a participação e potenciar a

inclusão social, fomentando as relações interpessoais

e intergeracionais de forma a contribuir para evitar a

institucionalização. A SCMM em parceria com a Câmara

Municipal de Machico e a Paróquia de Machico, através

da cedência de terrenos, está a dinamizar, desde

setembro de 2013, uma horta social, localizada em

terrenos nas imediações do edifício sede da Misericórdia.

A Horta Social constitui-se enquanto local de formação

e de inserção profissional de adultos desempregados

e também enquanto local pedagógico para as crianças

do infantário.

Através desta valência é possível a promoção da

educação ambiental, que incentiva a prática de uma

agricultura biológica, do convívio intergeracional,

valorizando o papel social dos mais velhos, integrados

nas diversas valências da Misericórdia, que transmitem

aos mais novos os seus saberes. O Centro Comunitário

“Lembrar a Bemposta” é uma valência que abrange

cerca de 65 agregados familiares, num total de 260

pessoas. De forma a garantir a continuidade das

atividades anteriormente desenvolvidas no projecto

de luta contra a pobreza “Lembrar a Bemposta”. Foi

criado em Abril de 2006, através do estabelecimento

de um protocolo com o Centro de Segurança Social

da Madeira. O Centro Médico e de Reabilitação da

Misericórdia de Machico, foi inaugurado em Outubro do

ano 2002 e desde a sua inauguração até ao ano 2015

foi crescendo nas suas áreas de intervenção. No Centro

Médico e de Reabilitação, poderão encontrar-se os

seguintes serviços: consultas de especialidade clínica,

unidade de Imagiologia, unidade de Medicina Física

e de Reabilitação e unidade de Enfermagem. Conta

com as seguintes especialidades médicas: Angiologia

e Cirurgia Vascular, Cardiologia, Dermatologia, Fisiatria,

Gastroenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina

Dentária, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna,

Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria, Urologia, Nutrição

Clínica e Psicologia Clínica. O Centro Médico e de

Reabilitação realiza ainda exames complementares de

diagnóstico, análises clínicas, tratamentos de fisioterapia,

cuidados de enfermagem. O Polo Sócio Comunitário do

Concelho de Machico, adiante designado por PSCCM,

é uma estrutura polivalente que actua com diversas

valências num mesmo espaço que, no seu conjunto,

visam apoiar indivíduos sociais e economicamente

carenciados. É um projecto administrado pela Santa Casa

da Misericórdia de Machico, em parceria com o Instituto

de Segurança Social da Madeira, Câmara Municipal

de Machico e Juntas de Freguesia do Concelho de

Machico. Conta também com a Cooperação do Banco

alimentar da Madeira, com o Programa Interajuda e a

Portugal Telecom.

O Infantário Rainha Santa Isabel é uma Sociedade

Unipessoal, que surgiu a um de setembro do ano 2003,

para fazer face ao aumento de frequência de crianças do

pré-escolar do concelho de Machico. Podem frequentar

o Infantário as crianças com idades compreendidas entre

os três meses e os 5 anos, a instituição tem capacidade

para 115 crianças.

Por onde passa o futuro da SCM?

O futuro da Santa Casa da Misericórdia de Machico passa

por fazer mais e melhor, complementando e optimizando

os serviços já existentes e alargando a oferta de novos

serviços no sentido de desenvolver novas respostas

que proporcionem uma melhor qualidade de vida às

populações.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Fundada em 1535, a sua ação e atividade não é conhecida ao pormenor. Devido às circunstâncias de diferentes épocas, existem apenas

algumas pistas e episódios que dão a noção do que foi esta Santa Casa ao longo dos séculos. No momento decorre uma pesquisa sobre

a história da instituição, trabalho esse que deve ser publicar em breve. Em entrevista a Cecília Cachucho, Provedora da Santa Casa da

Misericórdia da Calheta damos a conhecer esta nobre instituição.

Santa Casa da Misericórdia da Calheta

Solidariedade e prevenção há 480 anos

Que valências têm ao dispor da população? Qual o

papel de cada uma?

A nossa atividade prende-se sobretudo com valências de

apoio à “terceira idade”: temos dois Lares Residenciais;

Centro de Convívio; Centro Social do Pinheiro; Serviço

de Apoio Domiciliário com fornecimento de refeições

e Unidade de Apoio no Domicílio (UAID – cuidados

continuados). As várias valências servem uma faixa

etária entre os 65 e os 90 e mais anos. O Centro

de Convívio destina-se a utentes com autonomia de

vida, porque residem nas suas casas, tendo como

principal necessidade a sociabilidade e relacionamento

interpessoal. O Centro Social do Pinheiro é destinado

à população idosa do sítio do Pinheiro, com atividades

de convívio, intercâmbio e contatos com a comunidade

alargada. Os Lares (ERPI) destinam-se a utentes

que dependam de terceiros para a satisfação de

necessidades básicas de vida diária. Aqui englobam-

se os cuidados de higiene, alimentação, roupa lavada,

cuidados médicos e de enfermagem, mas também as

questões relacionadas com as condições habitacionais,

acessibilidades, prevenção de problemas de saúde,

degradação/estimulação de capacidades.

O Serviço de Apoio Domiciliário é prestado por

funcionárias da instituição que se deslocam ao domicílio

de utentes que necessitem ajuda de terceiros para

cuidados básicos de vida diária. Merece ser aqui realçado

que, no final do ano anterior, este serviço foi melhorado

com o início da Distribuição de Refeições. A Unidade

de Cuidados Continuados no domicílio, destina-se a

utentes que, durante a recuperação de algum problema

de saúde, necessitem de apoio para os cuidados

básicos de vida, sem o qual, teriam de permanecer

hospitalizados. Todas as valências funcionam com

protocolo de cooperação com o Instituto de Segurança

Social da Madeira, parceiro fundamental e indispensável.

Nos diferentes serviços, é transversal a importância dada

à prevenção dos problemas que possam contribuir

para o acelerar do processo de envelhecimento, com

a degradação das capacidades. No momento são cerca

de 500 utentes: 84 utentes em lar; 100 em grupos do

centro de convívio; 299 no Apoio domiciliário; seis nos

cuidados continuados e 15 no Centro social do pinheiro.

Têm uma grande vontade em criar um Centro

dedicado ao Alzheimer. Porquê?

Temos noção de que a doença de Alzheimer e outras

demências atingem um grande número de pessoas

idosas. Podemos encontrar nos nossos lares e SAD,

um número considerável de utentes nessas situações,

nalguns casos, diagnosticados como Alzheimer. E

sabendo quanto é difícil para as famílias, apoiarem um

familiar nessa condição, sentimos que é uma área com

alguma urgência de atuação, constituindo uma lacuna

na intervenção social e de saúde mental. Recentemente

visitamos o centro de dia para doentes de Alzheimer e

outras demências da Misericórdia do Porto, no hospital

Conde de Ferreira, tendo em vista compreendermos

qual o tipo de atuação possível e que meios isso poderá

envolver.

Por onde passa o futuro da SCM?

Garantir a sua sustentabilidade e o bom funcionamento

dos serviços prestados, com padrões de qualidade

certificados, e disponibilizar à população novos serviços,

de acordo com as necessidades verificadas, como

sejam, a curto prazo, o Centro de Alzheimer e um Centro

de Dia.

cecília cachuchoProvedora

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logí

stic

a e t

rans

port

es O setor de logística e de transporte é uma área estratégica para o desenvolvimento

económico de qualquer país, pois é através dele que se realiza o escoamento de

produtos para as mais variadas indústrias ou entrepostos comerciais. Assim, o seu

funcionamento que se ocupa sobretudo de realizar a circulação de mercadorias,

entre diferentes eixos de consumo e de produção, constitui-se numa relevante atividade que

supre as necessidades de diferentes empresas. A adoção de uma logística e um transporte

eficiente impulsiona a economia e permite que os bens de consumo cheguem no tempo e

nas condições ideias para o seu uso. Tudo isto, permite que seja possível ir ao supermercado

realizar compras semanais ou comprarmos as tão esperadas prendas de natal, sem corremos

o risco de encontrarmos a montra vazia, por falta do produto. Isto porque a distribuição

e a entrega de produtos nas empresas funcionam de forma interligada, sendo o setor de

logística e de transportes uma peça fundamental nesta teia económica. De acordo com o

Diagnóstico de Apoio às Jornadas de Reflexão Estratégica, divulgado pela Fundação para

Ciência e a Tecnologia, há, hoje, uma tendência de fracionamento dos processos produtivos e

de deslocalização das várias etapas da cadeia de valor, por diferentes mercados. Isso significa

que há uma grande necessidade de armazenar grandes quantidades de mercadorias, tanto de

produtos semiacabos como de produtos finais, o que provoca alterações no preço dos bens de

consumo. Neste cenário as empresas recorrem à subcontratação de empresas especializadas,

nestas atividades, que já possuem um mecanismo de entrega eficiente possibilitando a

entrega eficiente a redução de custos. Ainda segundo o Diagnóstico, a existência de cadeias

logísticas que possibilitem uma eficaz distribuição de mercadorias e o abastecimento é um

fator central para definir a competitividade, especialmente, da indústria, pois contribui para a

capacidade exportadora do país e para atração de investimentos, favorecendo potencialmente

o desenvolvimento das regiões. Nesta edição vamos conhecer empresas portuguesas que são

referência no setor da logística e dos transportes em Portugal. A Revista Business Portugal traz

aos seus leitores entrevistas que ajudam a perceber o funcionamento desta atividade no país,

mas que, além disso, dá a conhecer exemplos de empresas de sucesso que se fortalecem a

cada ano, apesar dos reveses da economia. Os administradores destas empresas falam-nos

sobre o desenvolvimento da atividade, os desafios, as estratégias de negócios e a relação de

proximidade para com os clientes.

Page 35: Revista Business Portugal | Dezembro '15

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Com a sua família, amigos ou colegas, proporcionamos aos seus encontros e a cada momento, a satisfação duma realização absoluta.

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LOGÍSTICA E TRANSPORTES

O Entreposto Logística tem por objetivo fundamental fornecer serviços de gestão da cadeia logística, que acrescentem valor às operações

dos seus clientes. Em entrevista à Revista Business Portugal, Miguel Félix António, diretor geral da empresa aborda os desafios e os

objetivos a cumprir.

Entreposto Logística

“O produto certo, na quantidade certa, na hora certa!”

O Entreposto Logística é uma empresa do Grupo Entreposto, vocacionada

para a prestação de serviços de logística. Como descreve o seu percurso?

Criada em 1972, começou por ter a designação de Entreposto Industrial, tendo sido

na sua génese uma fábrica de montagem de veículos, evoluindo depois para uma

empresa que prestava apenas serviços ao grupo Entreposto naquilo que é o seu

negócio principal: o setor automóvel. Em 2005, a empresa passou a designar-se

‘S-LOG – Serviços e Logística S.A.’, mantendo-se no universo do Grupo Entreposto,

mas posicionando-se como um operador logístico para prestação de serviços a

terceiros. A última fase, já com a marca comercial ‘Entreposto Logística, resultou de

uma aposta reforçada na capacidade da empresa para atuar no mercado, o que levou

a que em 2015 a percentagem de volume de negócios fora do perímetro do Grupo

seja na ordem dos 95 por cento.

Quais os valores e pressupostos adotados pelo Entreposto Logística? Qual o

seu posicionamento estratégico?

O Entreposto Logística tem por objetivo fundamental fornecer serviços de gestão da

cadeia logística, que acrescentem valor às operações dos nossos clientes, através

da redução dos seus custos operacionais, libertando-lhe recursos e permitindo a

focalização no seu negócio, assegurando-lhe para tal níveis elevados e constantes

de serviço, contribuindo com a eficácia da operação logística para o reforço da

sua posição competitiva. Temos um serviço de elevado nível de qualidade, por isso

assumimos com os nossos clientes o compromisso de devolver o custo do serviço,

sempre que não cumprirmos a 100 por cento com o que prometemos – o produto

certo, na quantidade certa, na hora certa! Mais do que proclamações criadas nos

laboratórios de marketing para utilizar na publicidade, o que dizemos é que fazemos

bem e responsabilizamo-nos por aquilo com que nos comprometemos até ao limite.

Daí o lema ‘Cumprir a 100 por cento é o mínimo que podemos garantir!’.miguel félix antónioDiretor Geral

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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LOGÍSTICA E TRANSPORTES

O Entreposto Logística apresenta soluções

inovadoras em quatro áreas: logística integrada,

logística especializada, logística inhouse e logística

automóvel. Quais as principais características

e vantagens competitivas das soluções

disponibilizadas pelo Entreposto Logística?

A empresa desenvolve a sua atividade em duas grandes

áreas:

• Logística Integrada – vocacionado para operações de

picking e distribuição intensivas e operações de valor

acrescentado, em formato de logística de contrato e/

ou logística In-house. Rececionamos, armazenamos a

mercadoria e realizamos todas as operações necessárias

até à entrega ao cliente final, tarefas realizadas pelos

nossos colaboradores, recorrendo a um sistema

informático que é fundamental nestas operações e

que introduziu diversas melhorias na gestão de toda a

atividade.

• Logística de Veículos – vocacionado para prestação

de serviços globais, designadamente PDI (inspeção

geral às viaturas antes da entrega a cliente final) e

recondicionamentos, a fabricantes, distribuidores

e concessionários automóveis. As viaturas são

rececionadas, parqueadas, e consoante os clientes

fazemos uma série de operações que podem incluir a

colocação de tapetes, verificação de níveis, colocação de

chapas de matrícula, limpeza de interiores e exteriores,

transformações, etc..

O Entreposto Logística tem por objetivo

fundamental da sua atividade fornecer serviços de

gestão da cadeia logística, que acrescentem valor

às operações dos seus clientes. Qual a estratégia

implementada para alcançar este desiderato?

A estratégia passa por desenhar uma solução completa

aos clientes que lhes resolva uma função central em

qualquer atividade económica, que é a operação

logística, desde a receção da mercadoria e seu

armazenamento até à expedição e entrega aos seus

clientes. Aquilo que se chama operação ‘chave na

mão’. Porque tratando-se de função muito importante

em qualquer atividade, é um descanso os empresários

e gestores poderem dedicar-se aos aspetos fulcrais do

seu negócio, sem terem que estar preocupados com

uma função adjetiva, muito relevante, mas instrumental

da sua própria atividade.

O Entreposto Logística procura um posicionamento

de diferenciação face à sua concorrência. Quais os

elementos distintivos da empresa num mercado

cada vez mais exigente e competitivo?

Em primeiro lugar não posso deixar de referir a tripla

certificação, porque esta é uma garantia diferenciadora

em relação à concorrência, uma vez que são muito

poucos os que a possuem. Somos um dos poucos

operadores logísticos que detêm a certificação do

Sistema de Gestão de Qualidade, de Ambiente e de

Segurança e Saúde do Trabalho, segundo as normas NP

EN ISO 9001:2008, NP EN ISO 14001:2004 e OHSAS

18001:2007 / NP 4397:2008, respetivamente, o

que é fator de grande orgulho para todos os que nela

trabalham e uma garantia sólida para todos os que

com ela se relacionam, sejam clientes, fornecedores,

ou outros parceiros de negócio. Por outro lado, a

flexibilidade e adaptabilidade às necessidades dos

nossos clientes, que só é possível porque somos um

operador vocacionado para operações de pequena

e média dimensão e que tem uma política de portas

abertas, não apenas uma vez no ano, mas durante todo

o tempo. As nossas propostas de serviços são para

serem discutidas e apreciadas em conjunto com os

potenciais clientes, com eles desenhando as soluções

mais adequadas às suas reais e efetivas necessidades.

Inovação, experiência e visão estratégica têm sido

pedras basilares para o sucesso do Entreposto

Logística?

Os tempos que vivemos não se apresentam risonhos

para as empresas portuguesas e isso faz com que a

gestão tenha que ser cada vez mais rigorosa e criteriosa.

Se uma empresa puder centrar-se naquilo que é o seu

negócio base e subcontratar outras funções que, apesar

de serem fulcrais, não são a atividade central, isso

permite-lhes transformar os custos fixos em variáveis e

tornar mais eficiente a empresa e o próprio serviço. Tem

sido esta a pedra basilar da nossa atuação.

Qual a estratégia de desenvolvimento de negócio

em termos de futuro, no que concerne ao mercado

nacional e internacional?

Em termos de expansão territorial e de aumento das

infraestruturas físicas e humanas tal desenhar-se-á à

medida da evolução da atividade e de acordo com o que

for necessário fazer para atender às necessidades dos

clientes. Adotámos uma estratégia de desenvolvimento

de negócio, que nos levou a alargar o âmbito da nossa

atuação a vários clientes, em diferentes setores de

atividade, com quem desenhámos modelos e soluções

de gestão ajustados às características específicas dos

seus negócios, tendo como objetivo último contribuir

para o reforço da sua posição competitiva. Mais do

que prestadores de serviços somos parceiros que

acrescentam valor ao negócio de quem nos procura.

A manutenção da certificação do Sistema Integrado

de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança,

instrumento que se considera como muito relevante

para o desenvolvimento sustentado da atividade da

empresa, manter-se-á como prioridade estratégica.

Intensificar-se-á igualmente a atuação na área da política

comercial visando a angariação de novos clientes,

designadamente, na área da logística integrada multi

setorial.

Que objetivos estão nos horizontes do Entreposto

Logística?

A atividade logística é essencial a qualquer negócio

porque se falha este aspeto tudo poderá ruir e uma das

reservas que continua a haver por parte dos empresários

portugueses é relativamente ao outsourcing do serviço

logístico, mas se a logística for desenvolvida por

empresas que deem garantias de que o trabalho será

realizado com qualidade, profissionalismo e segurança,

isso acaba por ser uma mais-valia para os próprios

empresários porque se libertam de uma função que é

feita de melhor forma por quem a sabe fazer. É partindo

desta premissa que os nossos objetivos são o aumento

da qualidade do serviço prestado a um crescente

número de clientes.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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A Damco, uma das empresas líder mundial na prestação de serviços de logística, é especializada no fornecimento de serviços de transporte internacional e soluções de logística.

Conheça mais sobre esta empresa que está presente em Lisboa e Porto.

damco

líder em serviços de logística

Como surgiu a empresa?

A Damco, uma das empresas líder mundial na prestação

de serviços de logística, é especializada no fornecimento

de serviços de transporte internacional e soluções de

logística. A empresa possui mais de 300 escritórios em

mais de 100 países e emprega mais de 11 000 pessoas.

Em 2014, a Damco apresentou um volume de negócios

líquido de 3,2 mil milhões de dólares, movimentou 2,8

milhões de TEU de volumes em transporte marítimo e

gestão de cadeia de abastecimento e 225 mil toneladas

por transporte aéreo. A Damco faz parte do Grupo

Maersk. A Damco está presente em Portugal desde

1990 com escritórios em Lisboa e Leixões. O escritório

de Lisboa, localizado na zona do Parque das Nações,

incorpora as funções de gestão a nível nacional, o centro

de operações e apoio ao cliente e o escritório comercial

dedicado à zona Centro e Sul do País. No escritório de

Leixões localizado na Lionesa funciona a delegação

comercial que serve a zona Norte de Portugal.

É possível destacar um momento marcante da

história da empresa?

Na história de uma empresa, como na nossa, há muitos

momentos marcantes. Poderia ser o primeiro grande

contrato que alimentou a expansão global no final dos

anos 80, ou as aquisições de Sealand Logística (1999)

e P&O Nedlloyd Logística (2005) que significaram um

aumento considerável na nossa presença global e na

carteira de clientes, ou talvez o rebranding da Maersk

Logistics para Damco em 2009, que foi a fusão das

nossas actividades de transporte internacional e de

gestão da cadeia de abastecimento.

A empresa está presente em que mercados?

A Damco é um interveniente mundial, com forte

presença em mais de 100 países, com mais de 300

escritórios que formam a rede global.

Quais são os serviços que a empresa oferece e

como funcionam?

A gestão de cadeias de fornecimento é a actividade

central da Damco e a nossa extensa oferta personalizada

de serviços cobre efetivamente todas as necessidades

logísticas inerentes a embarques únicos ou cadeias de

fornecimento globais mais complexas e integradas. A

experiência da Damco em transporte internacional via

aérea ou marítima, e transporte interno, combinada com

a sua extensa rede, assegura um controlo total, tempos

de trânsito rápidos e conexões até ao destino final.

Principais mercados da Damco Portugal:

- Importações de bens de consumo da Ásia, com

destaque para os setores de moda e lifestyle, assim

como do retalho

- As exportações para a África Ocidental, com um forte

foco em Angola devido à ligação histórica entre os dois

países e a muitos clientes portugueses com presença

ativa nesse País.

- As trocas comerciais com a América Latina e

particularmente com o Brasil, mais uma vez devido à

ligação histórica.

- O comércio intramediterrânico com muitos parceiros

comerciais portugueses localizados dentro deste âmbito

geográfico.

LOGÍSTICA E TRANSPORTES

Page 39: Revista Business Portugal | Dezembro '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

39

- E, nos últimos anos, temos aumentado a nossa

actividade na região da Extremadura, onde oferecemos

uma solução flexível e eficaz para as empresas que

operam nesta área. As soluções logísticas da empresa

fornecem visibilidade, consistência e otimização do fluxo

de produtos, documentação e informação ao longo da

cadeia de abastecimento. Os nossos clientes beneficiam

de um melhor planeamento, eficiência e serviços de

excelência.

Qual é a atual perspectiva do setor onde a empresa

atua?

O comportamento dos consumidores, as expectativas

e atitudes são cada vez mais complexos e difíceis

de prever. Simultaneamente, o cenário económico

mundial está em constante mutação; as sempre difíceis

condições de mercado volátil, juntamente com os

custos das matérias-primas, energia e de mão-de-obra,

multiplicaram os desafios e as escolhas que os clientes

da Damco enfrentam agora à medida que procuram

tomar as melhores decisões de abastecimento e

logística. A indústria de logística precisa de apoiar as

estratégias de logística dos seus clientes, ajudando-os

a navegar na complexidade das modernas cadeias de

fornecimento e nas constantes exigências de mudança

das condições de mercado. Com a nossa equipa de

profissionais de logística, rede global e muitos anos de

experiência, estamos prontos para enfrentar os desafios

da complexidade do mercado. Os nossos maiores

sucessos vieram sempre de um trabalho em estreita

colaboração com os nossos clientes para perceber os

seus negócios e oferecer as soluções que necessitam.

Quantos parceiros comerciais para negociar com

a empresa?

Na Damco somos responsáveis pelas operações

diárias de algumas das maiores empresas do mundo

ao gerir complexos fluxos de mercadorias e produtos,

documentos e informações de e para todas as partes do

mundo. Com mais de 10 000 clientes em todo o mundo,

a Damco esforça-se por oferecer sempre serviços

de alta qualidade e soluções em logística. Temos o

orgulho de ter uma das mais altas taxas de retenção

de clientes do setor, os 25 clientes mais importantes

da Damco estão na empresa há mais de 10 anos. Em

Portugal especificamente, a Damco foi recentemente

selecionada pela empresa de retalho portuguesa Sonae,

para gerir a sua cadeia de abastecimento da Índia,

Paquistão, Bangladesh e Sri Lanka. Esta solução inclui

transporte marítimo e aéreo, assim como uma variedade

de serviços de gestão de cadeia de fornecimento a

ser feita nessas origens. A solução personalizada para

a Sonae inclui integração de sistemas que proporciona

total visibilidade da ordem de encomenda do início ao

fim, gestão relacionada da cadeia de fornecimento e

transportes, equipas dedicadas em todas as origens

e destino, etc. Para dar suporte à Sonae na execução

das suas estratégia de sourcing, baseamo-nos na

nossa vasta experiência neste segmento em que a

Damco combina com tecnologia de ponta as soluções e

recursos líderes de mercado.

Qual é a diferença da sua empresa em relação a

outras do setor?

Em logística, a mudança é a única constante. Se se

trata de uma mudança nas tendências de mercado,

uma mudança na origem das preferências, novos

materiais para antigos produtos, ou uma nova

estratégia de marketing, as empresas têm de se

adaptar constantemente à última evolução do mercado,

melhores preços e saber sempre onde está a sua

mercadoria/produto. E se fosse possível saber onde

se encontra cada uma das suas ordens de encomenda

ou unidades de manutenção de stock em determinada

altura? E se isso pudesse ser feito a partir de qualquer

origem e para qualquer destino, ao nível do detalhe, em

tempo real e juntamente com gestão de documentos

online? E se além disso pudéssemos analisar a sua

cadeia de fornecimento global e otimizar os processos

para conseguir uma redução de custos e maximizar

a utilização dos contentores? Essa é a essência

da abordagem da parceria da Damco à Logística.

Esforçamo-nos para ajudar o Cliente a tornar a sua

empresa mais eficiente e crescer, para que possamos

crescer juntos. A Damco olha para a logística do futuro e

acredita em partilhar o seu conhecimento. Organizamos

periodicamente Webinars sobre as tendências atuais

da indústria de logística e o impacto das cadeias de

abastecimento.

Os Webinars gratuitos oferecem um fórum público

onde alguns dos nossos clientes globais partilham os

seus pensamentos sobre os seus principais desafios

e oportunidades, para que possa ouvir os líderes da

indústria e inspirar-se para lidar com os seus desafios

logísticos. Na Damco olhamos para o futuro do que

poderíamos ser, com um alcance global por isso entre e

inicie connosco o futuro hoje.

Como tem a empresa favorecido o desenvolvimento

da região em que atua?

Na Damco estamos comprometidos com a

sustentabilidade e acreditamos que os nossos

clientes, funcionários e consumidores esperam um

comportamento responsável por parte das empresas

em todas as etapas da cadeia de abastecimento. A

base da nossa estratégia de sustentabilidade é uma

abordagem de parceria com os nossos interessados: os

nossos clientes, funcionários, fornecedores e as nossas

comunidades locais. Juntos, podemos ter um impacto

maior. Estamos a trabalhar no sentido de reduzir o

impacto das nossas actividades no ambiente através do

uso responsável dos recursos nos nossos escritórios e

armazéns. Queremos também promover as melhores

práticas na redução das emissões de carbono com

os nossos clientes, fornecedores e parceiros. Na Clean

Cargo Working Group, ajudamos a estabelecer padrões

para o setor para que possamos medir a pegada de

carbono dos nossos clientes. Como parte da nossa

estratégia de responsabilidade social, a Damco faz

parte de uma parceria com a United Nations Logistics

Cluster’s Logistics Emergency Teams (LET), liderada

pelo Programa Alimentar Mundial, permite que os

nossos funcionários possam configurar as cadeias de

fornecimento no local quando uma grande catástrofe

humanitária acontece. A Damco orgulha-se em incluir

considerações sociais, ambientais e/ou éticas em todas

as decisões. O nosso objetivo é reduzir e controlar o

impacto de nossas atividades no bem-estar do ser

humano e do ambiente.

LOGÍSTICA E TRANSPORTES

Page 40: Revista Business Portugal | Dezembro '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Uma empresa familiar que nasce das mãos de Júlio Ramalho, um homem de trabalho que com muita dedicação, profissionalismo e

esforço construiu, ao lado da sua esposa Inês Ramalho, uma empresa de destaque no setor do Transporte Rodoviário de Mercadorias.

É com muita satisfação que Inês Ramalho nos conta como surgiu a empresa “Foi em novembro de 1998, começou com um camião,

passado alguns anos já eram três, e assim foi crescendo sucessivamente. Atualmente, temos um armazém no Carregado, outro em

Évora, e outro no Algarve. Servimos bem todos os nossos clientes não há distinções”.

transportes nova cruz

EFICIÊNCIA E QUALIDADE NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE MERCADORIAS

O transporte de mercadorias é acima de tudo

uma atividade que requer muita confiança,

tanto do ponto de vista do cuidado

necessário à conservação da mercadoria

transportada como no cumprimento dos prazos de

entrega. A Transportes Nova Cruz já conta com 17

anos de experiência no mercado, e afirma que uma das

razões do sucesso, é exatamente a relação de confiança

e de transparência que tem para com os seus clientes,

sobretudo, no que se refere o cumprimento dos prazos.

“Para o senhor Júlio Ramalho todas as cargas são

urgentes e são tratadas como tal. Portanto, devem ser

entregues em 24 horas se possível, se não em 48 horas.

Ele teve sempre esta visão, porque quem está a espera

tem pressa e necessidade”, coloca Inês Ramalho. Ela

afirma ainda que a maioria dos seus clientes foram à

procura da empresa. “Muitos deles procuraram-nos,

devido ao facto de já trabalharmos com grandes clientes

40

que estão satisfeitos, e que realizam entregas urgentes, e

assim, acabam por estar informados que cumprimos os

prazos e prestamos um bom serviço”. A relação com os

fornecedores também é muito valorizada pela empresa,

e tem-se mantido duradora com a maioria deles.

A Transportes Nova Cruz dispõe de várias instalações.

Durante muitos anos a empresa operou nos arredores de

Alenquer, mas as limitações que as antigas instalações

impunham, obrigaram à mudança para o Carregado

no final de Agosto deste ano. Há agora um novo

edifício com 2600 m2 de construção, que concentra

o escritório e o armazém, e com capacidade de receber

e movimentar diariamente qualquer carga, a partir

da zona Centro para Alentejo e Algarve. “Fomos dos

primeiros a fazer o Alentejo. Preferimo-nos especializar

no Sul, porque foi a partir desta região que começamos

a crescer, principalmente no Alentejo. Não é fácil de

fazer ainda hoje, apesar de haver muita gente a fazer

neste momento”, completa Inês. Há também em Évora,

no Mercado Abastecedor da Região de Évora (MARE),

um armazém com 600 m2. Já em Albufeira, na Zona

Industrial da Guia, há outro armazém com 1.100 m2.

Todas as plataformas de distribuição de mercadorias que

a empresa possui estão posicionadas para efetuarem as

entregas no prazo de 24 a 48 horas.

Com uma frota própria de 43 viaturas, dispõe desde a

carrinha para entregas urgentes de pequenos volumes,

até ao camião de 24 toneladas. A empresa dispõe ainda

de uma oficina mecânica nas próprias instalações para

dar assistência à frota, como forma de prevenir e facilitar

os arranjos necessários. “Chegamos a trabalhar com

oficinas particulares, mas o custo é muito elevado, não é

só da mão de obra, custa ter uma viatura parada. Como

empresa de transportes, precisamos do carro para

amanhã” acrescenta Inês. O crescimento da empresa só

foi possível a partir de uma administração sustentável inês ramalhoAdministradora

LOGÍSTICA E TRANSPORTES

Page 41: Revista Business Portugal | Dezembro '15

júlio ramalhoAdministrador

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

41

que soube enfrentar as dificuldades da crise financeira,

com muito cuidado “Ainda, hoje o investimento é feito

com muita cautela”, afirma Inês Ramalho.

A Transportes Nova Cruz é uma empresa familiar que se

faz representar não somente por seus proprietários, mas

por todo o seu quadro funcional. “A empresa não é só da

Inês Ramalho e do Júlio Ramalho, a empresa é de todos.

Temos aqui uma empresa familiar, estão aqui a trabalhar

as nossas duas filhas, os meus dois genros e também

colaboradores que já estão a trabalhar connosco há mais

de 10 anos. Alguns deles vi praticamente a nascer, gente

da mesma localidade”, diz Inês Ramalho. Ela acrescenta

ainda que o ambiente de diálogo é outra característica

da empresa “Quando há uma decisão a tomar, eu gosto

que todos participem, eu gosto de ouvir e fazer uma

reflexão, acho que na liderança o mais importante é

ouvir, apesar de não me considerar a líder, porque o

grande líder foi sempre o Ramalho”.

Um dos fatores que diferencia a empresa, em relação

às outras empresas do setor, é o serviço 24 horas

“Estamos disponíveis a qualquer hora do dia, qualquer

hora da noite, se houver uma urgência há sempre

alguém disponível que está de prevenção, durante a

noite. Os motoristas que chegam mais cedo ficam de

prevenção. Para alguma urgência que surja, há sempre

um motorista de prevenção. É necessário um carro

extra, há sempre um disponível, mesmo durante a noite

ou a madrugada“, coloca Inês.

A empresária orgulha-se do trabalho que tem

desenvolvido e sobretudo da boa relação que tem

com clientes, alguns já com mais de dez anos de

parceria “Temos aqui afetividade pelos clientes, quem

faz a empresa são eles. A importância do cliente não

é definida pela quantidade de carga. Tentamos sempre

dar ao cliente, seja ele pequeno ou grande, a mesma

importância”.

LOGÍSTICA E TRANSPORTES

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www.revistabusinessportugal.pt

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www.revistabusinessportugal.pt Na próxima edição voltamos à Madeira!Grande entrevista com Roberto Santa Clara

NÃO PERCA!

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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mun

icíp

ios e

freg

uesi

as Nesta edição da Revista Business Portugal, as dinâmicas autárquicas merecem

especial relevo, uma vez que evidenciam os bons exemplos que se vislumbram no

nosso país e contribuem para a sua afirmação e valorização.

No quadro de uma nova ordem mundial, onde o poder público é convocado a agir

em prol do desenvolvimento das matrizes económicas, onde a concorrência pelos investimentos

escassos é crescente e onde se aprofundou o problema do desemprego estrutural, torna-se

urgente para os governos locais a elaboração de políticas públicas e privadas que potenciem

os fatores locais, transformando-os em vantagens competitivas.

É a nível local que as consequências das falhas de mercado se apresentam mais perceptíveis,

tornando cada vez mais a administração pública local num agente ativo das mudanças

necessárias, cabendo-lhes a responsabilidade de formular e implementar estratégias que

tornem os seus territórios mais competitivos.

A implantação do regime democrático em Portugal permitiu a consagração de direitos, liberdades

e garantias inalienáveis aos cidadãos, estabelecendo os princípios basilares da democracia e

assegurando o primado do Estado de Direito democrático, tendo em vista a construção de

um país mais livre, mais justo e mais fraterno. Mas a construção do Portugal democrático

não se fez “por decreto”. A verdadeira democratização fez-se pelas mãos das autarquias na

construção de um país mais justo e mais equilibrado, território a território.

Num país tão desigual, onde cada território encontrava um ponto de partida diferente, com

necessidades de investimento também diferentes, os Governos Locais ajudaram a transformar

Portugal, contribuíram para a correção das desigualdades e das assimetrias e deram aos

cidadãos aquilo que podemos considerar o verdadeiro acesso à democracia - a oportunidade

de melhorar a sua qualidade de vida.

As autarquias desempenham hoje, mais do que nunca, um papel de catalisador no processo

de desenvolvimento local, em virtude da sua legitimidade democrática, da sua proximidade aos

cidadãos e da sua capacidade de mobilização dos atores locais. O reforço da competitividade

de um território assenta precisamente na capacidade de definição de estratégias participadas e

com elevado sentido coletivo, ultrapassando os constrangimentos históricos impostos por uma

visão restritiva das suas competências.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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As autarquias têm mudado as suas formas de gerir os territórios, utilizando

novas técnicas de planeamento e gestão dirigidas ao desenvolvimento

urbano. A gestão de um munícipio ou freguesia orientada para a

competitividade e sustentabilidade económica de um território caracteriza-

se por um conjunto de apostas que ultimamente extrapola o espectro

do poder de decisão dos governos locais, designadamente através do

surgimento e configuração de um ambiente profundamente dinâmico e

complexo que assenta nas apostas na competitividade económica e

social, na promoção do empreendedorismo local, na fixação e captação

de população, na captação de investimento, no reforço das qualificações

dos cidadãos, na preocupação com a sustentabilidade e com a eco-

eficiência, na aposta na coesão territorial, no envolvimento dos cidadãos

e no aprofundamento da democracia, bem como na preocupação com a

igualdade de oportunidades para todos.

É fundamental que o Poder Local seja cada vez mais um agente de

desenvolvimento e que este papel seja reconhecido pelos outros níveis de

poder. Afinal, é em cada território que nasce cada dinâmica que fortalece

o nosso país.

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MUNICÍPIOS E FREGUESIAS

Falar de Elvas é falar de história e de proximidade com a vizinha Espanha. Ou não nos lembrássemos todos de “Oh Elvas, oh Elvas,

Badajoz, à vista”. Embora seja a cidade de Portalegre a capital de distrito, é Elvas a maior cidade do distrito e distancia apenas oito

quilómetros da cidade de Badajoz. Elvas foi a mais importante praça-forte da fronteira portuguesa, a cidade mais fortificada da Europa,

elo que ganhou o cognome de ‘Rainha da Fronteira’. Em conversa com Nuno Mocinha, presidente do Município de Elvas, ficamos a

conhecer o passado, o presente e o futuro da cidade, com um grande destaque para o Forte da Graça.

Câmara Municipal de Elvas

Elvas, a Rainha da Fronteira

nuno mocinhaPresidente

Passo por passo, Nuno Mocinha, presidente do

Município de Elvas tem percorrido um percurso

durante o seu mandato que resume com uma

só palavra: satisfação.

Passo por passo, o Forte da Graça está agora na sua

quarta e última etapa, depois de um investimento de 6.1

milhões de euros: de portas abertas ao público, disposto

a ser dinamizado. A Câmara Municipal de Elvas tem um

grupo específico que está recetivo a receber propostas

das mais diversas entidades passando por empresas,

sejam elas dedicadas ao ramo de arte, ou por todos

aqueles que quiserem dinamizar esta que é a “a jóia da

coroa” de Elvas.

Com as portas abertas desde 27 de novembro deste

ano, o Forte da Graça já recebeu mais de 5 mil visitantes

nos primeiros dez dias, sendo 40 por cento deles

espanhóis, atraídos também pelos vinhos do Alentejo,

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MUNICÍPIOS E FREGUESIASque tanto apreciam.

Das 10 às 17 horas, sem paragem para almoço, é

possível visitar o Forte da Graça, sendo o ponto mais

alto do mesmo o local mais interessante para apreciar

esta obra de arquitetura e engenharia militares, que mais

técnica e arte englobou num Forte que começou a ser

construído em 1763 e terminou em 1792, que por sua

‘Graça’, nunca foi derrotado.

Terra de história

A Independência é sinónima de Elvas. Em 1336, na

Batalha do Salado, o Rei de Castela Afonso IX, sogro

de D. Afonso IV, cercou Elvas em vão pois entre tantas

outras alturas ninguém a conseguiu tomar. Este forte que

em tempos foi denominado ‘Conde de Lippe’, por ter

sido ele o que incentivou à sua construção, de portas

abertas é simultaneamente a porta da Europa, a porta da

cultura, a porta para a Península Ibérica, estando ainda

classificado como Património Mundial da Humanidade

pela Unesco desde 30 de Junho de 2012, sendo a

designação Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e de

suas Fortificações. Desta designação, fazem igualmente

parte o Castelo de Elvas, a Praça-Forte de Elvas, as

Muralhas de Elvas, o Aqueduto da Amoreira, o Forte de

Santa Luzia, o Fortim de São Mamede, o Fortim de São

Pedro, o Fortim de São Domingos e o Centro Histórico

de Elvas-. Todos estes lugares merecem uma cuidada

atenção e visita, pelo seu interesse cultural e histórico.

Elvas pode ter apenas 23 mil habitantes, mas tem uma

riqueza dentro dela que não se pode quantificar. Existem

algumas estruturas em falta a Elvas, mas ao lado está

Badajoz com cerca de 150 mil habitantes e com diversas

infraestruturas que podem servir ambos os concelhos.

Assim, o nosso interlocutor, Nuno Mocinha deseja que

as ligações entre as cidades sejam cada vez maiores,

continuando com a complementaridade de serviços,

aos quais se juntou Campo Maior mais recentemente.

“Todos podem ser um”, diz o edil. Elvas e Badajoz têm

já há algum tempo uma ligação de terras irmãs tendo

inclusivamente eventos promovidos em conjunto, como

são exemplo a ’Eurocidade Badajoz-Elvas’. “A porta

de entrada da Europa precisa de um olhar diferente”,

defende Nuno Mocinha, acrescentando que “Elvas não

é uma cidade do interior, mas uma entrada na Europa e

na Península Ibérica”, pelo que o presidente sublinha a

necessidade de união e partilha.

Interessa, por isso, trazer pessoas até Elvas que fiquem

mais do que um dia, ou seja, criar uma forte aposta na

área turística, sendo o Forte da Graça um dos pontos

fortes desta aposta, uma vez que renasceu das ruínas

e que está pronto para crescer e acolher não só a

população, “a quem o Forte foi devolvido”, mas também

todos os que aquém e além-fronteiras o desejem fazer,

“fazendo destas fronteiras, um traço cada vez menos

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MUNICÍPIOS E FREGUESIAS

visível”.

Mas esta aposta no turismo pode trazer ainda mais-

valias, não só à economia local, mas também nacional.

“Esta aposta no turismo pode trazer mais postos de

trabalho e estes são importantes para a população,

mas os mesmos também são criados por outras vias,

tais como associações e outras instituições, que têm

uma relação próxima com os habitantes da zona em

que se inserem”. Por este motivo, a Câmara Municipal

de Elvas apoia essas mesmas instituições, sobretudo

na área da logística, de forma a potenciar o trabalho

que as mesmas desenvolvem, até porque muitas já

têm uma história para contar. Nuno Mocinha afirma

que as instituições e associações são “o veículo para

necessidades das pessoas - mais eficiente e humano”,

pelo que quando lhe é dirigido um agradecimento, Nuno

Mocinha responde sem qualquer tipo de hesitação: “nós

é que temos que agradecer”. Afinal quando se trabalha

por amor à causa, faz-se mais e melhor e é o que

acontece no caso destas associações e instituições (nos

mais variados campos de ação) a executar tais funções.

Um lado social

Em dois anos de mandato, há um programa social que

tem sido seguido, desde compromissos e protocolos,

que garantem o bom trabalho e funcionamento deste

município, dos quais o presidente se orgulha. As escolas

de Elvas não têm listas de espera, todas as crianças

têm lugar. A Câmara Municipal apoia o seus percursos e

leva-os a conhecer melhor a sua terra, a sua história que

remonta muito antes da existência de Portugal como

reinado – da qual não há data precisa, que sendo de

todos é tanto destas crianças que em Elvas nasceram.

A qualidade de vida em Elvas sente-se no ar, na simpatia

dos habitantes, na harmonia da arquitetura, na história,

na cultura que transpira a cidade, na ausência de filas

de trânsito e na proximidade daqueles que precisam de

ajuda e dos que podem ajudar. A cidade tem também

inúmeros equipamentos onde se destaca o Coliseu

Comendador Rondão Almeida, com 6500 lugares,

e museus imperdíveis de Arte Contemporânea, Arte

Sacra, Militar e da Fotografia, que tem atualmente uma

exposição de Presépios.

Dois anos de mandato e tanto trabalho feito que deixa o

presidente de Elvas a sorrir, sorriso proporcionado pelos

sorrisos dos habitantes do concelho, mais um motivo de

orgulho para alguém que foi eleito por estas pessoas

que agora sorriem.

O Forte é um caminho a percorrer, apesar do muito

que já foi feito, muito há ainda para fazer. “sem o

descaracterizar, este tem que ter vida”, segundo o

presidente. Nuno Mocinha convida todos os leitores a

que visitem este Forte, que provem os seus manjares

como bacalhau dourado, sopa de tomate, borrego,

porco, sericaia, vinho e tantos e intermináveis sabores

presentes nos restaurantes de Elvas. “Sintam a cidade”,

convida Nuno Mocinha, “os seus aromas e texturas,

deliciem-se e passem a palavra, pois o concelho de

Elvas tem 630 quilómetros quadrados de área, sete

freguesias e um coração tão grande que pode receber

quem os queira visitar”.

Dezembro especial

Para aqueles que não querem perder tempo e que ainda

em dezembro vão por pés ao caminho, existe uma pista

de gelo, a funcionar até 17 de janeiro. Quem aqui vier,

pode ainda visitar o Museu Municipal da Fotografia

João Carpinteiro, que inaugurou a 8 de dezembro uma

exposição de Presépios da coleção de Deolinda Pinto,

artista de Arronches, e ainda é possível consultar a

agenda do Teatro Municipal.

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O Concelho de Manteigas conquistou o ECO XXI 2015, uma distinção que visa reconhecer as boas práticas de sustentabilidade

desenvolvidas nos municípios, valorizando um conjunto de aspetos considerados fundamentais à construção do desenvolvimento

sustentável, alicerçadas nos pilares da educação no sentido da sustentabilidade e na qualidade ambiental.

município de manteigas

Manteigas promove desenvolvimento sustentável

O que representa este reconhecimento para a vila?

A atribuição do certificado ECOXXI ao Município de

Manteigas ocorre pelo 9º ano consecutivo e representa

o reconhecimento de um trabalho permanente, de

prossecução das boas práticas de sustentabilidade

que devem nortear a autarquia, em especial no que diz

respeito à promoção e proteção dos valores ambientais

e ecológicos presentes. Para o concelho de Manteigas,

este desígnio é por demais relevante, visto que o território

está totalmente inserido na área protegida do Parque

Natural da Serra da Estrela e também na Rede Natura

2000, apresentando elementos naturais únicos que

têm de ser preservados. O somatório dos indicadores

de sustentabilidade, expressos na candidatura anual

à obtenção do galardão ECOXXI, demonstra que é

percorrido um caminho acertado no que toca ao

desenvolvimento de iniciativas, ações e projetos que,

de uma forma ou de outra, abraçam a sustentabilidade

e a ecologia. Por outro lado, a análise mais cuidada

da pontuação obtida anualmente, permite reconhecer

as áreas onde é possível progredir. Daí a importância

deste aferimento, a que o município se sujeita de forma

propositada, a cada ano.

O Concelho de Manteigas integra uma rede

de municípios com atividades voltadas para o

desenvolvimento sustentável, qual é a interação

destes municípios no sentido do intercâmbio de

ideias e de experiências?

A partilha de experiências e de ideias entre os municípios

que promovem o desenvolvimento sustentável é uma

mais-valia, propiciando o encontrar das melhores e mais

eficazes soluções que contribuam para a implementação

de medidas que realmente façam a diferença. A

Associação Bandeira Azul da Europa promove um

encontro anual entre os municípios ECOXXI, onde são

comunicados os projetos de maior relevância. A mesma

associação partilha, também, boletins de boas práticas

implementadas por esses mesmos municípios, o que é

bastante interessante para o conjunto das autarquias.

Além desta, o Município de Manteigas integra ainda a

Rede de Cidades e Vilas de Excelência, com a sua sede

de concelho classificada como “Vila de Excelência”, nos

eixos temáticos de “Vila de Regeneração e Vitalidade

Urbana” e de “Vila Turística”, e encontra-se em

integração em mais quatro redes de desenvolvimento

regional e local, com vários projectos já executados no

âmbito do desenvolvimento sustentável, concretamente,

nas Redes das Aldeias Históricas, das Aldeias do Xisto,

das Aldeias de Montanha e das Judiarias de Portugal.

Que ações o Município de Manteigas tem realizado

no sentindo de promover o desenvolvimento

sustentável da região?

O Município de Manteigas tem apostado forte no turismo

ativo de natureza, desenvolvendo projetos e atividades

que se coadunam com as excelentes condições naturais

e paisagísticas presentes no território. São exemplo, os

percursos pedestres, que contam com uma rede de

200km de trilhos, entre 16 pequenas rotas e 2 grandes

rotas, devidamente enquadradas por fichas ecológicas

e por conteúdos de carácter ambiental. São realizadas

provas internacionais de trail, de btt, de ciclismo e de

parapente, canyoning, geocaching, sem esquecer as

ações de sensibilização destinadas à comunidade

escolar, com a execução dos Programas Eco-Escolas, e

também levadas ao restante público, como é o caso da

celebração do Dia Internacional das Florestas e do Dia da

Floresta Autóctone, saídas de campo para observação

de aves e de cogumelos silvestres, plantação de árvores,

devolução à natureza de animais recuperados, a adesão

à Semana Europeia da Mobilidade e ao Dia Europeu

Sem Carros, prevenção de incêndios florestais, Festival

de Fotografia de Paisagem Natural, concurso fotográfico,

Festival de Outono, etc.

Covão d’AmetadeFoto de António José Gonçalves Ramos

MUNICÍPIOS E FREGUESIAS

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Que ação sustentável desenvolvida pode servir de exemplo para outros

municípios do país?

Todas as ações anteriormente descritas têm o seu grau de significância na marca

que imprimem nas comunidades, tanto do ponto de vista cultural e de formação

individual, como na influência socioeconómica que podem representar. Ainda assim,

poderemos destacar o princípio fundamental para a desejável harmonia entre o

Homem e a Natureza, numa ação de uma simplicidade atroz, mas de enorme peso

para as nossas vidas: a plantação de árvores. Igualmente importante, no estreitar

de laços com a natureza pelas camadas mais jovens, é dinamizar e apoiar todos os

Programas Eco-Escolas, envolvendo as restantes entidades que contribuem para o

desenvolvimento sustentável da região. A rede de percursos pedestres de Manteigas

baliza e consubstancia o acesso às mais interessantes áreas de visitação existentes

no território e tem sido responsável por uma afluência turística bastante interessante.

Em que fase se encontra o projeto do lago biológico num espaço público?

Estão neste momento a ser analisadas as várias soluções, uma vez que a localização

do lago biológico irá depender de outros projetos de carácter ambiental que estão

em fase de conclusão. No ano de 2016 teremos com certeza notícias nessa matéria,

esperando que a nossa ambição também possa trazer outras novidades relacionadas

com este lago.

Qual a participação da população nas atividades sustentáveis?

A participação da comunidade tem sido satisfatória. Inclusive, surgem agora atletas

de destaque nas várias modalidades de desporto-natureza promovidas pelo

município, onde antes não havia qualquer expressão. É manteiguense o Campeão

Nacional de XCM em BTT-paraciclismo e também vencedor da Taça de Portugal em

BTT-paraciclismo. Há ainda destaque nas áreas do ultra-trail e no parapente. Ainda

assim, o envolvimento da população nas variadas atividades que contribuem para o

desenvolvimento sustentável tem de ser total e o investimento para que essa realidade

se concretize tem de ser constante e de proximidade.

De que forma os jovens e os idosos participam destas ações?

Todas as escolas presentes no concelho aderem e implementam os Programas Eco-

Escolas, o que é importantíssimo. Significa também que a totalidade da comunidade

escolar, desde a pré-escola ao ensino secundário, está envolvida em projetos que

visam o respeito pela natureza e o desenvolvimento sustentável. Desde há largos

anos que foi implementado o Cartão Municipal do Idoso e também o Cartão Júnior

Municipal, permitindo a participação na generalidade das atividades promovidas

pela autarquia, com a atribuição de condições especiais na aquisição de serviços e

participação em ações temáticas.

Quais os principais desafios que o município tem enfrentado em nível de

desenvolvimento económico e social?

Claramente, o desemprego e a desertificação são o maior problema que as regiões

de interior apresentam e Manteigas não é exceção. Ainda assim, há bons sinais de

que as situações vão evoluindo favoravelmente, com o surgimento de novas iniciativas

particulares de grande qualidade e criatividade, relacionadas com o turismo e com os

lanifícios. Estes empreendimentos vão integrando novos trabalhadores à medida que

vão crescendo, denotando-se o sucesso que estas áreas económicas têm tido em

Manteigas, em pleno coração da Serra da Estrela, o que faz todo o sentido.

Há previsão de novos projetos para o futuro da vila?

As políticas de desenvolvimento social e económico estão dependentes de

oportunidades de financiamento, principalmente nos projetos mais estruturantes. Desta

forma, existe grande expectativa relativamente ao novo quadro comunitário, sendo

certo um trabalho continuado que não deixará de ser realizado por falta de recursos,

tendo em conta a especial importância que os valores ambientais possuem para o

concelho de Manteigas. A curto prazo nascerá o Centro Interpretativo das Energias

Renováveis, o espaço “A Lã e a Neve” e o Parque da Várzea, que inclui um Centro de

BTT e uma área de lazer na margem do rio Zêzere. Estes equipamentos somam-se ao

já existente Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere e a todo o espólio natural

que aqui apresenta uma expressão magnificente. Afinal de contas, Manteigas, Vale por

Natureza.

O Programa Especial de Recuperação de Imóveis Degradados (PERID), que se trata de

um programa municipal de grande sucesso local – mais de 300 edifícios reabilitados,

mais de 700 pessoas beneficiadas, cerca de 2.250.000 euros investidos pela câmara

municipal - será renovado para inclusão de novas preocupações como a eficiência

energética, o conforto térmico e acústico, a teleassistência e outras tecnologias que

não existiam no início deste século, aquando do lançamento do mesmo.

Ainda no tema da reabilitação serão delimitadas no concelho quatro ARU’s – Áreas de

Reabilitação Urbana, duas para a Vila de Manteigas: uma no Espaço Central (antigo

Centro Histórico) e outra na Área Empresarial Ribeirinha de Manteigas (recuperação de

edifícios industriais abandonados), e mais duas nos núcleos urbanos das freguesias de

Sameiro e Vale de Amoreira.

bttFoto da Câmara Municipal de Manteigas

trilhos verdesFoto da Câmara Municipal de Manteigas

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Óbidos é uma vila histórica do distrito de Leiria, pertencente à região centro e com sub-região do oeste, contando com cerca de 10

000 habitantes. Faz parte da Região de Turismo do Oeste. Rendida a tradições, costumes e romarias, é muito rica em património,

principalmente em Igrejas, onde se vive intensamente a Semana Santa. É sede de um município subdividido em sete freguesias. Hoje,

damos a conhecer aos nossos leitores a Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa.

Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa

Onde a modernidade se une à tradição

Tradições e Romarias

Em conversa com João Paulo Rodrigues, atual

presidente da junta, a Revista Business Portugal pôde

conhecer um pouco sobre as várias tradições e romarias

que existem em Santa Maria, São Pedro e Sobral da

Lagoa. Por exemplo, na freguesia de Santa Maria,

“realiza-se a celebração do dia de Santa Maria a 1 de

fevereiro. É uma festa noturna saindo em procissão da

Capela de Nossa Senhora da Graça que, após o seu

recolher, em redor da fogueira na praça de Santa Maria

há um convívio final com o que as pessoas trouxerem,

por exemplo, há quem traga febras, chouriço, entre

outros”, refere o presidente da junta. Nesta freguesia,

existe também a tradição do Santo Antão a 17 de

janeiro, e segundo João Paulo Rodrigues “é uma

tradição muito bonita que é feita numa capelinha numa

zona denominada de Santo Antão em que as pessoas

fazem o agradecimento através de dádivas de chouriço

pelos animais e pela boa criação destes, havendo missa

e convívio ao longo do dia”.

A celebração do dia de São Pedro a 29 de junho

também foi retomada pelo atual executivo. Nesta festa

há sempre animação, onde se oferece sardinha assada

e vinho tinto para todos.

Em Sobral da Lagoa, no último domingo de agosto,

celebra-se a Festa das Colheitas, que é “uma festa muito

joão paulo rodriguesPresidente

MUNICÍPIOS E FREGUESIAS

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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antiga”, realizada com o que a população produz, dando

esses produtos à igreja e a igreja realiza as vendas

desses mesmos alimentos, “desde abóboras, cenouras,

couves, cebolas, batatas, entre outros, havendo uma

missa campal, restaurante e animação durante o dia”.

O atual executivo acrescentou a esta festa uma mostra

gastronómica em prol do legume mais aclamado

da região que é a cebola com um toque adocicado

e que não existe em mais nenhum lugar do país. A

mostra gastronómica da cebola tem duração de quatro

dias, incluindo o dia da Festa das Colheitas, onde “os

agricultores expõem os seus produtos nas bancas, não

se limitando a colocar só as caixas de cebola, mas sim

em decorarem os seus espaços de diversas formas”,

revela o presidente da junta. As associações também

marcam presença no certame, assim como os diversos

artesãos da freguesia, expondo os seus produtos e

iguarias, doces e salgadas, tendo como base a cebola,

havendo também restaurantes onde este legume é

ingrediente obrigatório.

Espaços a explorar na Freguesia

João Paulo Rodrigues citou também alguns espaços

que os turistas têm de visitar “obrigatoriamente”, “os

centros históricos são fabulosos, a freguesia tem igrejas

e capelas muito bonitas”, salienta o presidente.

As ricas paisagens também são outro ponto-chave da

Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa,

podendo o turista retratar belíssimas fotos e descobrir

o ar puro deste lugar situado em Óbidos. “Há muitos

pontos escondidos para visitar”, destaca João Paulo

Rodrigues.

Há igualmente uma ponta da lagoa de Óbidos, na

localidade do Arelho, onde estavam situadas as antigas

salinas, e que o atual executivo gostaria que futuramente

fosse realizada uma reabilitação para que os visitantes

pudessem desfrutar melhor deste espaço. Existem

também diversos parques de merendas situados em

pontos estratégicos da freguesia para que as famílias

possam conviver e partilhar as suas refeições.

De 4 de dezembro a 3 de janeiro do próximo ano, a

Vila Natal está presente em Óbidos e, pela primeira vez

este ano, haverá um presépio panorâmico no Sobral da

Lagoa que pode ser visto a larga distância. Todas as

personagens foram desenhadas para assumir as formas

reais do ser humano e todo o espaço será iluminado

podendo ver-se o presépio não só durante o dia, mas

também durante a noite. Filipe Feijão, artista plástico

residente nas Caldas da Rainha, foi o criador desta

monumental estrutura.

Desenvolvimento social e mais-valia da agregação

das freguesias

A câmara tem os seus próprios gabinetes que fazem

esse apoio, têm trabalhado muito bem nesse sentido

e têm um projeto que se chama “Crescer Melhor”,

onde em parceria com as juntas de freguesia, faz

o acompanhamento e o transporte das crianças do

jardim-de-infância e, quanto aos idosos há também uma

iniciativa denominada “Melhor Idade” onde, através de

protocolos com as associações locais, desenvolvem

várias atividades direcionadas para a terceira idade, e

onde a junta de freguesia também colabora através

do transporte dos mesmos. Quanto à população mais

carenciada, a câmara também possui um gabinete,

onde é possível à junta reportar informação sobre as

pessoas que estão “com mais dificuldades”, existindo

na freguesia diversas associações direcionadas para o

acompanhamento dessas famílias.

Segundo João Paulo Rodrigues, “a agregação das três

freguesias foi positiva, pois, com a junção de todos os

meios, nasceu uma freguesia mais forte”, finaliza.

MUNICÍPIOS E FREGUESIAS

Page 58: Revista Business Portugal | Dezembro '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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MUNICÍPIOS E FREGUESIAS

A Freguesia do Rio de Mouro transformou-se num pólo de atração de investimentos e de empresas que identificam nesta zona uma

grande capacidade de desenvolvimento comercial. “Temos aqui uma localização favorável, uma população jovem que dinamiza toda

a freguesia e faz com que sejamos também o espaço ideal para instalação de empresas, pois existe uma demanda para serviços e

produtos”, afirma o presidente da freguesia Bruno Nobre Parreira.

Freguesia de Rio de Mouro

“Uma Freguesia com grande potencial económico”

Alocalização geográfica da freguesia também é um dos fatores que pode

contribuir para esta capacidade de desenvolvimento económico que se

tem intensificado nos últimos anos, com a instalação de algumas empresas.

“Estamos inseridos numa zona que favorece todas estas dinâmicas de

crescimento económico, cultural e social. Tudo isto também porque estamos muito

próximos de Lisboa e da sede do concelho de Sintra”. A freguesia está situada a seis

quilómetros da sede do concelho de Sintra e a cerca de 15 quilómetros da cidade

de Lisboa.

Diferente da maioria das freguesias do país onde a população é mais envelhecida, em

Rio de Mouro a população é mais jovem. Nesse sentido, a Junta da Freguesia tem

promovido atividades voltadas ao desenvolvimento cultural e a interação dos jovens para

com os espaços da freguesia. O presidente da junta afirma que as atividades voltadas

a cultura e ao lazer são algumas das ações que a junta considera primordiais para o

desenvolvimento social e cultural da freguesia, mas além da vertente educacional e

artística que se pretende com estas atividades, há também uma tentativa de integração

dos moradores. “Esperamos que aqueles que aqui cheguem para viver sintam-se bem,

gostem de cá estar, tenham apreço e assim permaneçam aqui. O nosso objetivo é

estimular o emprego e dar condições para que os moradores encontrem cá tudo que

favoreça o seu crescimento social e económico”, afirma o presidente, acrescentando

ainda que “ambiciona uma Junta de Freguesia amiga do cidadão. Que funcione como

um pólo agregador e dinamizador”.

Quem chega a Rio de Mouro pode encontrar uma zona fortemente urbana que dispõe

de uma ampla e heterógena oferta habitacional que se desenvolveu ao longo da linha

do comboio. Há também indústria e uma parte agrícola que se localiza na zona mais ao

sul onde há a criação de gado e a prática da agricultura que ainda subsiste.

A junta da freguesia desenvolve também iniciativas permanentes em prol da

preservação, da manutenção e da recuperação dos espaços públicos “Adotamos uma

postura de cuidar e de reabilitar os espaços porque isso significa valorizar o nosso

património e a nossa história”, acrescenta o presidente. Segundo o presidente, um

dos objetivos principais do seu mandato é possibilitar a criação de parques urbanos

e requalificar espaços “Tudo isto significa valorizar e reforçar a identidade do Rio de

Mouro como uma freguesia que dispõe de um rico património e uma boa qualidade

de vida” completa o presidente.

bruno nobre parreiraPresidente

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Page 60: Revista Business Portugal | Dezembro '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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saúd

e e b

em-e

star O

conceito de qualidade de vida é muito abrangente, compreende

não só a saúde física como o estado psicológico, o nível de

independência, as relações sociais em casa, na escola e no

trabalho e até a sua relação com o meio ambiente. De facto,

existem naturalmente outros fatores que a influenciam, mas comecemos

por ver o que significa qualidade de vida, para a Organização Mundial de

Saúde (OMS).

O conceito de qualidade de vida está diretamente associado à auto-estima

e ao bem-estar pessoal e compreende vários aspetos, nomeadamente,

a capacidade funcional, o nível socio-económico, o estado emocional, a

interação social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o

estado de saúde, os valores culturais, éticos e religiosos, o estilo de vida, a

satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o ambiente em

que se vive.

Qualidade de vida e saúde são termos indissociáveis. A qualidade de vida

surge, de tal forma, associada à saúde que muitos autores não as distinguem

uma da outra. Para eles saúde e qualidade de vida são a mesma coisa. De

facto, a saúde não é o único fator que influencia a nossa qualidade de vida,

contudo ela tem uma importância fulcral.

Geralmente, saúde e qualidade de vida são dois temas muito relacionados,

uma vez que a saúde contribui para melhorar a qualidade de vida dos

indivíduos e esta é fundamental para que um indivíduo ou comunidade

tenha saúde. Mas não significa apenas saúde física e mental, mas sim que

essas pessoas estejam de bem não só com elas próprias, mas também

com a vida, com as pessoas que as cercam, enfim, ter qualidade de vida é

estar em harmonia com vários factores. Neste sentido, uma vida saudável

tem um profundo impacto na qualidade de vida das pessoas.

Page 61: Revista Business Portugal | Dezembro '15

A APOGEN é uma organização de âmbito nacional e independente, sem fins lucrativos, fundada em Maio de 2003. É constituída por

empresas da indústria farmacêutica dedicadas à produção e/ou comercialização de medicamentos genéricos e biossimilares com

atividade em território português.

apogen

desenvolvimento do mercado dos medicamentos genéricos

Como surgiu a APOGEN?

A APOGEN surgiu em 2003, quando começou o

crescimento da quota de mercado dos Medicamentos

Genéricos. Este crescimento deu-se, devido à

implementação de várias medidas, por parte da tutela,

as quais tiveram um impacto muito importante para a

sua maior utilização. A APOGEN surgiu da necessidade

identificada, pelas suas empresas fundadoras, de serem

representadas por uma organização que pudesse ser

um verdadeiro parceiro social junto da tutela, para

assuntos relacionados com a Politica da Saúde em geral

e, com os Medicamentos Genéricos, em particular, e que

ao mesmo tempo, divulgasse junto da opinião pública,

o conceito de medicamento genérico, contribuindo

ativamente para o aumento da confiança dos doentes

naqueles medicamentos e para o desenvolvimento

deste mercado em Portugal.

Em 2014, a APOGEN passou também a representar

as empresas que comercializam medicamentos

biossimilares, em Portugal. De facto, parte das empresas

hoje associadas da APOGEN, além de Medicamentos

Genéricos, têm também Medicamentos Biossimilares

paulo lilaiaPresidente

no seu portefólio. A posição da APOGEN como parceiro

social para assuntos relacionados com a Politica da

Saúde , foi assim reforçada, ao representar além dos

Medicamentos Genéricos, também os Medicamentos

Biossimilares. A APOGEN passou assim a ter

legitimidade para, além das propostas que vem fazendo

no âmbito dos Medicamentos Genéricos, fazer também

propostas às entidades oficiais sobre o desenvolvimento

de um mercado sustentado para os Medicamentos

Biossimilares.

Qual a principal missão da APOGEN?

A principal atividade da APOGEN é monitorizar, estudar

e analisar todos os aspetos científicos, legais, técnicos e

económicos que tenham impacto na atividade comum

dos seus associados. A APOGEN fomenta esforços

para alcançar a missão a que se propõe: divulgar os

conceitos de medicamento genérico e biossimilar,

contribuindo ativamente para o desenvolvimento deste

mercado em Portugal.

Qual a importância dos medicamentos genéricos e

biossimilares para o acesso a saúde?

Numa altura em que as exigências face aos cuidados

de saúde são cada vez maiores, os Medicamentos

Genéricos e Biossimilares representam um importante

benefício para os doentes ao garantir um acesso mais

alargado dos doentes e numa fase mais precoce das

suas doenças, a medicamentos seguros, eficazes e

de qualidade, ao mesmo tempo que proporcionam

aos doentes e aos sistemas de saúde, importantes

poupanças.

Qual é o volume de medicamentos genéricos e

biossimilares produzidos no País?

A grande maioria dos medicamentos produzidos em

Portugal são medicamentos genéricos ou medicamentos

fora de patente, e no seu conjunto representam

algumas centenas de milhões de euros, com uma parte

significativa exportada.

Portugal é um país de elevado prestígio na área

farmacêutica, e por isso exporta para muitos destinos,

tais com EUA, vários países da América Central e do Sul,

África, Médio Oriente e Ásia, e naturalmente para muitos

países da União Europeia.

De que forma a APOGEN tem contribuído para o

bom funcionamento do setor?

A APOGEN orgulha-se do trabalho realizado ao longo

destes 12 anos, em especial da sua contribuição

objectiva para encontrar soluções que têm contribuído

para a sustentabilidade do sector da saúde e para

a acessibilidade do Estado e dos cidadãos aos

medicamentos. A APOGEN continuará a apoiar iniciativas

que visem garantir a sustentabilidade e preservação

do SNS, mas que, simultaneamente, garantam a

sustentabilidade do mercado dos medicamentos

genéricos e biossimilares e das empresas que os

comercializam.

Consideramos que, neste contexto, só o diálogo regular

e o trabalho conjunto de todos os intervenientes do

sector permitirá encontrar as melhores soluções para o

Sistema de Saúde e para as empresas.

Quais as maiores preocupações do setor neste

momento?

A preocupação do sector tem sido encontrar condições

de sobrevivência e sustentabilidade mínima, que

infelizmente consideramos estar em causa com a

imposição adicional à Industria de medicamentos

Genéricos e Biossimilares, neste último ano, na Lei do

Orçamento de Estado de 2015 de uma contribuição

extraordinária sobre as vendas das empresas que

comercializam medicamentos genéricos e biossimilares.

Para que este sector da Indústria Farmacêutica possa

continuar a ser um dos pilares da sustentabilidade do

SNS, é importante que medidas como contribuições

extraordinárias e reduções administrativas de preços

não sejam aplicadas em 2016.

A APOGEN tem solicitado à tutela que as empresas que

comercializam medicamentos genéricos e biossimilares

sejam excepcionadas da aplicação daquela contribuição,

e de novas revisões administrativas de preços, para

poderem continuar a contribuir, para a expansão do

mercado de medicamentos genéricos e biossimilares

, e, para a poupança futura do Estado e dos utentes.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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SAÚDE E BEM-ESTAR

Page 62: Revista Business Portugal | Dezembro '15

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SAÚDE E BEM-ESTAR - GENÉRICOS LÍDERES EM PORTUGAL

Aumentar o acesso a medicamentos de elevada qualidade a um preço que as pessoas possam pagar

mylan: compromisso com a saúde

Qual a principal missão da vossa empresa?

A missão da Mylan em Portugal, e em qualquer mercado em que está presente,

é disponibilizar e aumentar o acesso a medicamentos de elevada qualidade a um

preço que as pessoas possam pagar. Para servir a nossa missão em Portugal,

temos a intenção de melhorar a penetração de medicamentos genéricos e ajudar na

sustentabilidade do SNS, tendo em vista o nosso compromisso para com profissionais

de saúde e doentes.

A vossa empresa procura estabelecer novos padrões nos cuidados de saúde,

explique-nos que padrões são estes?

Estes padrões são, precisamente, os de qualidade, quer para o nosso portefólio de

medicamentos genéricos como para os de marca. A nossa missão é disponibilizar a

7 mil milhões de pessoas, acesso a medicamentos de elevada qualidade. Mas este

acesso envolve mais do que abastecer farmácias, o mais importante é fomentar e

defender políticas que melhorem o acesso aos medicamentos.

joão madeiraDiretor Geral

Qual a importância dos medicamentos genéricos para o acesso a saúde?

Acima de tudo, uma ampla oferta de alta qualidade de medicamentos genéricos resulta

em maior acesso dos doentes aos medicamentos. Estima-se que 60 por cento dos

doentes em Portugal não cumprem a terapêutica e o preço dos medicamentos é um

dos principais fatores. A oferta de medicamentos genéricos da Mylan permite que mais

pessoas em Portugal possam aceder a produtos de elevada qualidade a um preço que

consigam suportar. Se isso conseguir ser feito num leque tão alargado de moléculas

e terapêuticas, tal como já está estamos a conseguir, contribuímos para criar um valor

adicional à população que tem baixos rendimentos (cerca de três milhões).

Ainda há muita resistência no que se refere a utilização dos medicamentos

genéricos?

Não, no que respeita à Mylan, podemos até dizer que a aceitação do nosso portefólio

tem sido bastante boa e superior ao crescimento da utilização de medicamentos

genéricos em Portugal. Isto acontece porque temos um portefólio de medicamentos

muito abrangente e com uma qualidade que o diferencia dos seus concorrentes.

Apesar da recente estagnação da quota dos genéricos no mercado de substituição,

nos últimos anos o crescimento dos medicamentos genéricos em Portugal foi positivo,

mas ainda há potencial de crescimento, mas para isso, é necessário que as autoridades

de saúde coloquem em prática medidas que promovam o aumento da quota de

genéricos, mas também medidas que permitam às empresas, como a Mylan, continuar

a lançar mais medicamentos em Portugal.

Qual o impacto da produção destes medicamentos no que se refere a saúde

mundial?

Os medicamentos genéricos têm um impacto enorme no setor da saúde mundial.

Primeiro, porque os doentes pagam menos por um medicamento que tem exatamente

o mesmo efeito. Segundo, porque vão ter melhores tratamentos, pois têm menos

despesas com os medicamentos, e a terceira razão prende-se com o facto de ser

melhor para todos, para os doentes e para os decisores. Em países mais desenvolvidos

como a França, a quota de mercado de medicamentos genéricos é de mais de 82

por cento. Em Portugal, o mercado de substituição representa cerca de 47 por cento.

Temos um longo caminho a percorrer, mas penso que estamos no bom caminho para

ter uma maior quota de mercado para os medicamentos genéricos em Portugal nos

próximos 2 ou 3 anos.

Qual é o volume de medicamentos produzidos e vendidos pela empresa?

A Mylan é uma das maiores empresas mundiais de medicamentos genéricos

e de marca com um dos portfólios mais amplos. Com a aquisição da unidade de

especialidades farmacêuticas e de medicamentos genéricos de marca, da empresa

farmacêutica Abbott, em Fevereiro deste ano, o nosso portefólio crescente de

medicamentos contém aproximadamente 1.400 produtos genéricos e de marca,

que cobrem praticamente todas as formas farmacêuticas a áreas terapêuticas. Só

para dar um exemplo, temos uma capacidade de fabrico global de mais de 58 mil

milhões de doses de medicamentos orais e 500 milhões de unidades injetáveis. Os

medicamentos Mylan estão presentes em cerca de 165 países e a Mylan é líder

Page 63: Revista Business Portugal | Dezembro '15

63

REVISTA BUSINESS PORTUGALSAÚDE E BEM-ESTAR - GENÉRICOS LÍDERES EM PORTUGAL

em mercados como Estados Unidos, Austrália, França e Nova Zelândia. Em Portugal

estamos na 3ª posição no mercado de genéricos, com uma quota de mercado de

7,2 por cento, num mercado bastante fragmentado, com 93 empresas. No mercado

nacional, a Mylan disponibiliza medicamentos para 14 áreas terapêuticas: alergologia,

antibioterapia, anti-inflamatória, cardiologia, dermatologia, diabetes / metabolismo,

gastroenterologia, oftalmologia, osteoporose, psiquiatria/neurologia, urologia, disfunção

erétil, anticoncecional e vacinas, fruto da aquisição do Abbott.

Qual o padrão de qualidade que a Mylan adota no desenvolvimento de seus

produtos?

O ‘selo’ Mylan é uma garantia de qualidade. A Mylan aplica um padrão de qualidade

global nas suas instalações, independentemente do mercado onde se encontra

e está empenhada em eliminar as barreiras à distribuição ou à disponibilidade de

medicamentos para que os produtos possam ter o mesmo padrão de qualidade em

todas as localizações. O mercado e a experiência dizem-nos exatamente isso, pelos

altos padrões de exigência que a companhia imprimiu ao longo das últimas cinco

décadas. Como sabe, a Mylan é uma das maiores empresas mundiais de medicamentos

genéricos e especialidades farmacêuticas com um dos portefólios mais amplos e com

maior capacidade de produção. Além desta capacidade, a Mylan tem acesso direto a

um dos maiores fabricantes mundiais de substâncias ativas. Esta relação torna a nossa

companhia numa das empresas com uma cadeia de fornecimento global e integração

vertical. Isto é fundamental para controlo da qualidade.

Quais os principais desafios enfrentados pela empresa nestes 50 anos de

funcionamento?

A Mylan nasceu no início dos anos 60 nos Estados Unidos, como uma distribuidora

de fármacos pela mão de dois amigos – Milan Puskar e Don Panoz. Desde a sua

génese é ponto de honra que a qualidade jamais seria um ativo inalienável. A primeira

aprovação da FDA surgiu em 1966 altura em que começaram a produzir Penincilina

G e é nessa fase que se dá a primeira grande expansão da linha de produtos que se

estende durante essa década a medicamentos como analgésicos, anti-histamínicos e

esteroides. Nos anos 70, a empresa continua a crescer e faz refletir esse crescimento

no seu Corporate Governance já que deixa de ser uma sociedade por quotas para

se tornar numa sociedade anónima e cotada em bolsa. O ano de 1984 constitui um

marco na história da Mylan, e diria até na história da indústria farmacêutica já que a

Mylan foi a primeira empresa de genéricos a patentear um novo fármaco. Em 2007

passa a ser uma empresa global com a aquisição da Matrix e Merck Generics e já

este ano, como referi anteriormente, a Mylan completou a aquisição da unidade de

especialidades farmacêuticas e de medicamentos genéricos de marca, da empresa

farmacêutica Abbott, nos mercados desenvolvidos fora dos EUA. Este negócio

expande e diversifica ainda mais o nosso negócio nos maiores mercados fora dos EUA

e posiciona-nos claramente para a próxima fase de crescimento. Esta combinação

altamente complementar proporciona mais opções a médicos e farmacêuticos e maior

acesso de doentes a medicamentos de elevada qualidade. Abre também novos canais

para a Mylan apresentar produtos importantes, tais como medicamentos para doenças

respiratórios e biossimilares.

A Mylan tem seus valores visionários e ousados, portanto, fale-me de que

forma a empresa tem inovado?

De facto, a par da qualidade, a inovação é outro ponto forte da Mylan. Um exemplo desse

esforço da companhia é o facto de a Mylan ter criado formulações de medicamentos

que podem suportar ambientes severos como as altas temperaturas. Foi o que fizemos

na área dos Anti-Retroviriais termo estáveis que podem suportar altas temperaturas

em locais do globo onde não há eletricidade que permita a normal refrigeração. Esta

inovação permite que estes medicamentos cheguem ao continente Africano, por

exemplo. Atualmente, aproximadamente 50 por cento dos doentes com infeção VIH-

Sida nos países em desenvolvimento dependem destes tratamentos. Mas a visão não

passa só pela inovação nos medicamentos, passa também pela inovação das políticas

e por isso consideramos fundamental a criação de medidas que assegurem um

equilíbrio entre a introdução de medidas inovadoras e uma crescente acessibilidade a

medicamentos genéricos. Através de medidas que facilitem e potenciem a prescrição,

dispensa e utilização de medicamentos genéricos, garantimos a libertação de verbas

passíveis de serem alocadas à introdução e utilização de medicamentos inovadores.

Qual o diferencial de vossa empresa em relação a outras empresas do setor?

O que mais distingue a Mylan é precisamente o que referi anteriormente - a qualidade

e a inovação.

Quantas pessoas emprega a Mylan?

A Mylan está em Portugal há mais de oito anos e conta com mais de 120 profissionais

no País. Em todo o mundo a companhia emprega mais de 30 mil pessoas, que se

dedicam a criar uma melhor saúde para um mundo melhor, uma pessoa de cada vez.

Qual o impacto da Mylan no setor dos medicamentos genéricos, tendo em

vista o volume de produção e de distribuição em diversos países?

Como já referi, a Mylan é uma das maiores empresas mundiais de medicamentos

genéricos e especialidades farmacêuticas com um dos portefólios mais amplos com

maior capacidade de produção.

De que forma a Mylan se relaciona com as farmácias portuguesas?

A Mylan vê a farmácia como um parceiro estratégico e queremos ser o parceiro de

eleição da Farmácia em Portugal. Esta é uma forma de abordagem muito própria

da cultura da nossa empresa, pelo que quando pensamos a nossa estratégia o

envolvimento deste stakeholder é obrigatória. Assim, torna-se imperativo encontrar

soluções eficientes, nomeadamente no descortinar da eficiência para o nosso negócio,

mas também permitindo que haja mais valor para distribuir pelo canal do medicamento.

E como um dos nossos objetivos é exatamente promover, em conjunto com as

farmácias, ferramentas que permitem aos doentes ter maior acesso a medicamentos,

somo o patrocinador exclusivo do inovador projeto da Receita Eletrónica desenvolvido

pela Associação Nacional de Farmácias que permite aos portugueses aviar as suas

receitas nas farmácias usando apenas o Cartão de Cidadão. O projeto da Receita

Eletrónica foi implementado ao longo do ano e já está disponível em mais de 2500

farmácias portuguesas.

Page 64: Revista Business Portugal | Dezembro '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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A pouca visibilidade em condições de baixa luminosidade causada pela chuva, nevoeiro, certas posições do sol e mesmo durante a

noite são, a par do encadeamento provocado pelos faróis e os reflexos do chão molhado, os principais motivos de insegurança e stress

apontados pela maioria dos condutores. Isto sem esquecer a dificuldade quando se move os olhos do painel de controlo para a estrada

e o inverso.

zeiss

ZEISS quer tornar a condução mais segura

Foi a pensar nestas necessidades que a ZEISS lançou as lentes DriveSafe.

“Quando se conduz, a boa visibilidade é um dos fatores que mais contribui

para a segurança e para a prevenção de acidentes. Já a falta de visibilidade,

como demonstram vários estudos, é motivo de insegurança, tensão e stress

nos condutores, o que provoca cansaço e reações mais lentas”, explica Carlos

Ramada, diretor-geral Ibérico da Carl Zeiss Vision.

A pesquisa feita pela marca mostrou os principais problemas apontados por quem

guia e a sua equipa de Investigação & Desenvolvimento materializou um produto a

pensar na sua solução. “Até agora, a condução nunca tinha sido entendida como uma

prioridade. Havia lentes normais e lentes especiais para condução, o que fazia com que

as pessoas tivessem de usar um par de óculos para conduzir e outro para as outras

atividades, e com estas lentes tal deixa de ser necessário, ou seja, marcam uma nova

era por responderem a todos os problemas apontados pelos condutores”, sublinha o

mesmo responsável.

Na prática, tratam-se de umas lentes que, para além de cumprirem as funções de

concederem uma visão adequada às necessidades de cada um, permitem também

uma condução que lhe garante, entre outros aspetos, uma maior precisão da estrada

e uma significativa diminuição do brilho à noite.

Em jeito de alerta, o mesmo responsável lança a pergunta: “Sabia que o encadeamento

provocado pelos faróis de outros automóveis demora apenas quatro segundos e que

este é o tempo suficiente para provocar um acidente de viação por se deixar de ver a

estrada, peões e outros veículos que estejam a circular?”.

Este foi um dos pontos de partida para que os laboratórios da marca alemã ZEISS, um

grupo tecnológico internacional do setor da ótica e optoeletrónica, desenvolvessem as

primeiras lentes que melhoram a visão quando se conduz em condições adversas mas

que podem então ser usadas em qualquer altura do dia ou da noite.

Lembrando que “80 por cento das pessoas que conduzem usam óculos”, Carlos

Ramada explica que esta nova aposta tem como objetivo “conceder duas vantagens:

que as pessoas ganhem confiança, porque há muita gente que acaba por não conduzir

porque tem medo de situações de encandeamento, por exemplo, e por outro lado, que

sintam efetivamente gosto no ato de conduzir e que desfrutem do seu automóvel”.

“Temos, inclusive, situações de pessoas que não necessitam de graduação mas que

estão a pedir lentes DriveSafe neutras para conseguirem fazer face ao encadeamento

noturno”, assegura o diretor-geral Ibérico.

carlos ramadaDiretor Geral Ibérico

SAÚDE E BEM-ESTAR

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

66

Desde a sua fundação, a Boehringer Ingelheim está empenhada na investigação, desenvolvimento, produção e comercialização de

produtos farmacêuticos inovadores, de elevado valor terapêutico.

Boehringer Ingelheim

A inovação está no ADN da empresa

Como descreve o percurso da empresa?

A preocupação em trazer inovação está no ADN da

empresa, não só na sua filosofia – Valor através da

Inovação – mas também na preocupação em trazer

para o mercado os tratamentos inovadores que vão

ao encontro de importantes necessidades médicas

existentes.

O nosso percurso tem sido longo e intenso, com uma

preocupação constante em disponibilizar medicamentos

inovadores aos doentes que deles necessitam e,

simultaneamente, salvaguardar os nossos Colaboradores.

Neste sentido, procuramos motivá-los para irem sempre

mais além e procuramos recompensar esse esforço,

nomeadamente através de planos de desenvolvimento

de carreira, que lhes permita crescer nas suas funções,

ou mesmo evoluir para carreiras alternativas dentro

da empresa – tanto em Portugal, como através de

oportunidades que surgem de carreira internacional.

Só a título de exemplo, recentemente a empresa criou

uma Unidade Regional que inclui um centro de gestão

responsável por todo o funcionamento da empresa em

oito países da Europa, incluindo Portugal.

Como descreve o percurso da empresa?

A preocupação em trazer inovação está no ADN da empresa, não só na sua

filosofia – Valor através da Inovação – mas também na preocupação em trazer

para o mercado os tratamentos inovadores que vão ao encontro de importantes

necessidades médicas existentes. O nosso percurso tem sido longo e intenso, com

uma preocupação constante em disponibilizar medicamentos inovadores aos doentes

que deles necessitam e, simultaneamente, salvaguardar os nossos colaboradores.

Neste sentido, procuramos motivá-los para irem sempre mais além e procuramos

recompensar esse esforço, nomeadamente através de planos de desenvolvimento de

carreira, que lhes permita crescer nas suas funções, ou mesmo evoluir para carreiras

alternativas dentro da empresa – tanto em Portugal, como através de oportunidades

que surgem de carreira internacional. Só a título de exemplo, recentemente a empresa

criou uma Unidade Regional que inclui um centro de gestão responsável por todo o

funcionamento da empresa em oito países da Europa, incluindo Portugal. Esse centro

inclui colaboradores da empresa de diversas nacionalidades e no qual estão integrados

12 colaboradores da BI Portugal, nas mais variadas funções e alguns dos quais com

responsabilidades que abrangem diversos países. Este facto enche-nos, e a mim

pessoalmente, de orgulho.

Como avalia a implementação e crescimento assinalável no mercado

nacional?

Ao longo dos mais de 50 anos de presença em Portugal temos procurado ultrapassar

os desafios que se nos apresentam e ir mais além. Agora, como em 1960, os

objetivos mantêm-se: continuar a desenvolver a empresa, melhorar a qualidade de vida

dos doentes e contribuir para acrescentar valor à sociedade onde estamos inseridos.

A empresa continua a apresentar um crescimento favorável apesar das dificuldades

e constrangimentos mas, de uma forma geral, a Boehringer Ingelheim Portugal está

a atingir os objetivos a que se propôs, algo que só é possível com o empenho e

dedicação de toda a equipa.

Quais são as áreas terapêuticas que a Boehringer Ingelheim tem no seu

portefólio?

A área respiratória é, talvez, aquela em que a BI é mais reconhecida. Para tal

contribuem não só os produtos não sujeitos a receita médica, que registam enormes

níveis de notoriedade, como também a inovação em medicamentos de prescrição

obrigatória, como o tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), e mais

recentemente o tratamento da asma. Na área respiratória gostaria ainda de salientar

a investigação relativa à fibrose pulmonar idiopática (FPI), uma doença pulmonar rara

terrível, que se estima que afete entre 13 a 20 pessoas por cada 100 mil, num total de

cerca de cinco milhões de doentes em todo o mundo. A área cardiovascular continua a

ser também uma das áreas principais da empresa, com medicamentos destinados ao

tratamento de patologias como o acidente vascular cerebral (AVC), a trombose venosa

profunda, o embolismo pulmonar e o enfarte agudo do miocárdio. Mas a Boehringer

Ingelheim é, acima de tudo, uma empresa de investigação e desenvolvimento,

em que a inovação será sempre o nosso principal objetivo. Neste sentido, temos

alargado a nossa investigação a áreas como a diabetes tipo 2 e a oncologia, em que

estamos empenhados no desenvolvimento de terapêuticas direcionadas. Finalmente,

continuamos envolvidos noutras áreas terapêuticas, como o sistema nervoso central,

sandra marquesDiretora Geral

SAÚDE E BEM-ESTAR

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9672 Boehringer Institucional A4_b.pdf 1 24/07/15 15:57

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nomeadamente a doença de Parkinson, e a virologia, no

âmbito do tratamento do HIV.

Quais os principais desafios que se colocam na

atualidade ao sector farmacêutico?

A situação económica e financeira global continua algo

imprevísivel o que tem, necessariamente, impacto nos

países onde a Boehringer Ingelheim opera. Em Portugal,

a crise financeira ainda não parece ter terminado e, apesar

de 2015 ter dado indícios de alguma retoma ao nível da

economia, estes últimos meses têm registado alguma

estagnação. Esta situação tem impacto, desde logo,

na capacidade dos doentes pagarem os tratamentos

de que necessitam. Adicionalmente, temos sempre

presente as dificuldades dos Governos em garantir

comparticipações para os tratamentos mais inovadores.

Por outro lado, a inovação resulta de um processo de

investigação extremamente longo e dispendioso, pelo

que quanto mais inovador é o medicamento, maior peso

tem o seu custo nos orçamentos de saúde. Finalmente,

um outro desafio tem sido a duração dos processos de

aprovação de novos medicamentos pelas autoridades

de saúde. Na Boehringer Ingelheim procuramos ter

sempre presentes estes desafios. Desta forma, temos

trabalhado com a Apifarma e em grande proximidade

com as autoridades (Ministério da Saúde e Infarmed),

no sentido de contribuir com soluções que minimizem

o risco de a inovação não chegar aos doentes que dela

necessitam.

Pode-se dizer que a grande máxima da Boehringer

Ingelheim tem sido valor através da inovação?

Estou certa que sim. Se em qualquer outro sector de

actividade a inovação é cada vez mais uma exigência,

no sector da saúde é uma necessidade absoluta.

Inovação e saúde significa viver mais, por mais tempo e

com maior qualidade de vida. Mas para alcançar estes

níveis é necessário assegurar que os medicamentos que

trazemos para o mercado são cada vez mais eficazes e

têm cada vez menos efeitos adversos.

Um outro factor que me parece fundamental é a

capacidade de oferecer diversidade. É relativamente

simples dominar as áreas que conhecemos e onde

nos conhecem – mas não é suficiente. É necessário

assegurar respostas para além das nossas áreas de

conforto. Nos negócios como na vida, só tem sucesso

quem vai mais além.

Quais são as características diferenciadoras da

empresa num mercado cada vez mais competitivo?

Apesar de estar presente em 140 países e ter mais de

47,700 Colaboradores, a Boehringer Ingelheim é acima

de tudo uma empresa familiar de capitais privados. O

facto de não estar dependente das expectativas

dos operadores de mercados bolsistas, permite-nos

assegurar todos os anos um investimento sustentado

em investigação e desenvolvimento, equivalente a cerca

de 20% dos nossos lucros.

Num mundo altamente competitivo e em constante

mudança, o valor dos produtos, dos serviços e das

empresas sofre enormes pressões e só é possível criar e

manter valor para os Clientes através do desenvolvimento

constante de novas soluções.

A nossa filosofia de Valor através da Inovação é o pilar

essencial que nos distingue e a visão que contribuiu para

o nosso crescimento.

A investigação e desenvolvimento assume-se

como uma pedra basilar?

A nossa filosofia de Valor através da Inovação só

faz sentido numa perspectiva de total empenho na

investigação e desenvolvimento de novas soluções

terapêuticas.

Este empenho traduz-se quer no investimento em novas

áreas de investigação, como a oncologia ou a diabetes,

quer na procura constante de continuar a contribuir para

melhorar a disponibilização de produtos em áreas em

que somos tradicionalmente mais reconhecidos, como

sejam a área respiratória ou de cardiologia.

Sem investigação e desenvolvimento não há inovação.

E sem inovação não é possível oferecer alternativas

terapêuticas que contribuam para melhorar a qualidade

de vida dos doentes.

Quais os objetivos traçados para 2016?

Continuar a trazer para Portugal medicamentos e/ou

soluções de saúde diferenciadas e inovadoras, que

possam melhorar significativamente a qualidade de vida

dos doentes portugueses e das suas famílias.

Paralelamente, reforçar a posição da BI como empresa

empenhada na disponibilização de soluções integradas

e inovadoras, que dão resposta às necessidades dos

doentes e dos seus parceiros, com a garantia dos

nossos elevados padrões de qualidade e integridade.

Finalmente, reforçar a posição da Boehringer Ingelheim

como parceiro de referência no sector da saúde. Como

exemplo gostaria de citar a área de Ensaios Clínicos. Em

Portugal, a Boehringer Ingelheim encontra-se entre os

líderes na investigação clínica. Nos últimos três anos,

registámos um crescimento significativo em território

nacional, com aumento progressivo do investimento e

do número de ensaios clínicos.

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Eva Morena, natural do Brasil, trabalha na área da saúde desde os 15 anos. É formada em Medicina Alternativa (Naturopatia, Massoterapia

e terapias complementares), mas foi na prática da terapia do Biótipo que encontrou a realização profissional.

Clínica eva morena

Tratamentos naturais para o corpo e para a mente

Agerente deste espaço que nasceu há meio ano tinha muitas perguntas

que estavam sem resposta, “porquê que uma pessoa se matava? O que

levava uma pessoa a tirar a sua própria vida?” Fez uma formação na área

de Biótipo e é através do biótipo que toda a humanidade tem quatro

maneiras de ser, “e o que é que faz com que uma pessoa mude de atitude e de

comportamento?”, a reposta é dada por Eva Morena, “uma alteração no biótipo que

eu não sabia que também mudava pode alterar o comportamento do ser humano”.

E foi a proprietária deste espaço, no coração da cidade do Porto, começou a estudar

profundamente e a explorar conhecimentos que viu que “todo o ser humano, quando

tem uma mudança no biótipo porque vive muitas e várias emoções pela vida, emoções

boas, más, deceções, angustias, tristezas, vai ficando registado no nosso ‘eu’ como

um corpo estranho e nós, humanamente falando, somos uma máquina perfeita. Essas

alterações são todas as emoções condicionadas em nós próprios, que querem sair do

nosso corpo e o corpo não sabe como as expulsar e começamos a ter sintomas mais

conhecidos como depressão”, alude Eva Morena.

Através da análise de um questionário simples que é dado aos pacientes é possível

saber qual o tipo de biótipo intrínseco a cada ser humano e se tem síndrome de suicida

ou não. O seu foco principal de atuação é desenrolado no tratamento da síndrome do

pânico, depressão, terapia cognitiva, anti-stress e em traumas inerentes à causa do

paciente.

Quando uma pessoa tem um resultado indefinido, através da massoterapia, é possível

reequilibrar os seus pontos de equilíbrio e pelo modo como escreve e tipo de letra

é também possível identificar o tipo de desequilíbrio emocional em que a pessoa se

encontra.

A potencialidade do nosso projeto tem como objetivo principal a análise de viabilidade

da implantação dos serviços únicos de Eva Morena em Portugal, onde tem o seu foco

inicial no tratamento e na recuperação do indivíduo, resgatando e promovendo o seu

equilíbrio físico, mental e social, e, por consequência, maximizando a sua qualidade

e vida.

Serviços disponibilizados

Para além de disponibilizarem uma panóplia de serviços adjacentes ao bem servir

os seus clientes. Como a leitura do Biótipo, a análise do estado clínico do paciente,

a desintoxicação de toxinas prejudiciais à saúde por meio do equipamento detox.

Ainda disponibilizam tratamentos ligados, à Massoterapia, à Iridologia, fazem o

acompanhamento Naturopático, reforçado com o acompanhamento psicológico.

No desenvolvimento de todos os tratamentos da Clínica Eva Morena, são utilizados os

recursos da natureza e do próprio corpo humano, recorrendo à Medicina Alternativa,

com resultados confirmados, já sendo capazes de tratar de um número alargado de

doenças e problemas de saúde.

Eva Morena pensa nos seus clientes com amor “colocando-os num mar de rosas”,

a proprietária refere ainda que “cuido dos meus utentes sem que eles percebam que

estão em tratamento para que não seja um tratamento invasivo para o corpo e para

a mente”.

Desenvolvimento do seu trabalho em Portugal

Eva Morena já trabalha em Portugal há cerca de sete anos, e ao longo destes anos

já trabalhou com imensos utentes, sendo que a nossa interlocutora refere que “90

por cento dos meus utentes são jovens, com uma taxa síndrome de suicídio entre os

nove a 79 por cento e isso é muito preocupante”. Mas apesar dessa taxa elevada,

Eva Morena chegou à conclusão de que conseguia desenvolver um excelente trabalho

para que os seus pacientes tivessem um resultado extraordinário. “Não posso deixar as

pessoas dependentes de nada, eles têm que estar livres”.

Num espaço com 11 colaboradores, a maior realização de Eva Morena, “foi que os

meus pacientes chegassem a mim, pelo meu trabalho e não por indicação de colegas

médicos como era o caso no Brasil”, muito fruto do seu trabalho desenvolvido no

nosso país.

Eva Morena vai mais longe, quando refere que “quando cheguei a Portugal, eu estava

eva morenaAdministradora

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em casa e é muito estranho isso por eu ser brasileira,

sinto-me brasileira de nacionalidade e portuguesa

de coração” e salienta ainda que “todas as minhas

realizações pessoais aconteceram aqui”.

Planos para o futuro

Eva Morena acredita que a sua história já está escrita

e está agendada no universo. Assume-se como uma

mulher 100 por cento feliz, porque as suas metas

profissionais já se encontram definidas desde o início

do ano. A sua missão passa por servir e cuidar das

pessoas, independentemente da situação em que elas

se encontram.

A partir de janeiro do próximo ano a equipa desta clínica

vai receber formação para realmente poderem falar “a

voz da Eva Morena, pensar, estar e ser a Eva”.

Para finalizar, Eva Morena indica que “toda a sociedade

precisa de dar a oportunidade de conhecer algo novo,

o que é diferente e o que há por trás da Clínica Eva

Morena” e quer marcar a vida das pessoas de forma

sempre muito positiva para que estes alcancem também

a felicidade plena.

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A contar quase um século de história, a Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo tem-se destacado pelo serviço que presta à comunidade,

um serviço fundamental em prol dos habitantes do distrito. Apesar de todas as adversidades que o país tem enfrentado, o seu carácter

solidário continua a merecer destaque, marcando sempre a diferença, principalmente junto de todos os que mais precisam. A recente

criação da Unidade de Cuidados Continuados Integrados foi uma das principais apostas e a qualidade continua a ser um mote de

destaque. Em conversa com a Revista Business Portugal, o provedor da instituição, Álvaro Manuel Ramos, revelou o passado, o presente

e o futuro desta Instituição de Solidariedade Social.

Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo

100 anos em prol do próximo

“A Misericórdia de Ílhavo tem atravessado

altos e baixos, mas é uma Santa Casa

que faz 100 anos em 2019 elo que já

é uma instituição que conta com muita

experiência”, explicou o provedor, que conta com uma

vasto conjunto de valências, nomeadamente creche,

apoio domiciliário, RSI, centro infantil, espaço sénior,

UCCI, medicina física e reabilitação e ainda imagiologia.

Todas as valências são fundamentais para a instituição,

mas o nosso interlocutor confessa que duas delas têm

uma importância fundamental para toda a população:

a imagiologia (radiologia, mamografia e ecografia),

nomeadamente a radiografia com um serviço

insubstituível; e a fisioterapia interna e externa, além da

terapia funcional e terapia de fala, agregadas à UCCI que

têm uma enorme relevância para toda a população local

e utentes da instituição.

Questionado sobre a verdadeira missão que estas

instituições devem nutrir, Álvaro Manuel Ramos é

álvaro manuel ramosProvedor

perentório: procurar soluções para os mais carenciados.

“A questão que se põe é: quando aparece uma mãe

a chorar e a dizer que não tem dinheiro para pagar a

renda, nós não temos coragem de rejeitar a criança e

vamos arranjar uma solução para ajudar esta mãe, o que

agrava a nossa situação que já é deficitária”, admitiu o

nosso interlocutor, salientando a preocupação que esta

instituição de Ílhavo manifesta perante os problemas

sociais.

O provedor fez ainda questão de enaltecer o trabalho

do Município em prol das instituições de solidariedade

existentes no concelho. “Temos uma ajuda fantástica da

Câmara de Ílhavo que tem percebido a sensibilidade em

que vivemos e nos ajuda. Não dá dinheiro mas faz algo

equivalente que é a assessoria gratuita”, diz, ressalvando

a importância da acessoria jurídica e administrativa para

responder às exigências impostas a todas as instituições

na atualidade.

Unidade de Cuidados Continuados Integrados

A Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo conta há cerca

de cinco anos com mais uma valência de extremo

relevo, a UCCI, construída mas imediações do antigo

hospital e que se destina ao internamento de pessoas

com necessidade de cuidados de saúde durante um

período de tempo específico.

“A UCCI, ao contrário do que se possa pensar, é uma

valência diferente do que se encontra nos hospitais:

temos um trabalho bom, especializado e em benefício

das populações. Temos 26 camas na Unidade de Média

Duração e Reabilitação e 29 camas na Unidade de

Longa Duração e Manutenção”, explicou Álvaro Manuel

Ramos. De referir que a unidade foi inaugurada no dia

13 de novembro de 2010 e faz parte da Rede Nacional

de Cuidados Continuados Integrados.

Aqui, os utentes podem usufruir de quartos com casa

de banho privativa, sala de banho assistido, refeitório,

salas de convívio, jardim, ginásio de fisioterapia, sala de

terapia ocupacional, sala de terapia da fala, terapeuta

ocupacional, dietista, animadora sociocultural e ainda

uma equipa de voluntariado sempre disponível.

“Temos pessoal altamente profissional na nossa UCCI.

Contamos com uma equipa multidisciplinar que engloba

médicos, enfermeiros e auxiliares, todos eles altamente

responsáveis”, acrescentou o provedor.

O futuro

Questionado sobre o futuro, o nosso interlocutor admite

que a criação de um Lar potenciaria os serviços prestados

pela Santa Casa da Misericórdia. “Esta valência permitiria

a esta instituição oferecer um serviço cada vez mais

completo a toda a população, respondendo igualmente

a uma necessidade emergente em todo o território

nacional – o cuidado com a terceira idade”. Apesar de

ainda não haver data para que este projecto saia do

papel, Álvaro Manuel Ramos mostra-se confiante com o

futuro, esperando que a instituição continue a marcar a

diferença na região onde está inserida.

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Sem olhar a trabalhos, sacrifícios, contrariedades e renúncias, eis que Amorim mostra com justificado orgulho a existência de uma

instituição que veio dar satisfação à generosa e filantrópica intenção sonhada pelo seu fundador. Em entrevista à Revista Business

Portugal, Domingos Santos, diretor do Centro Social Bonitos de Amorim, faz um balanço de mais de 65 anos de história.

Centro Social Bonitos de Amorim

Uma instituição aberta à comunidade

Fundado há 65 anos, o Centro Social Bonitos

de Amorim é uma instituição de solidariedade

social que nasceu pelas mãos do Padre

Joaquim Figueiredo, com o objetivo de prestar

assistência à comunidade, distribuindo refeições diárias

e alimentos aos mais carenciados. Com o evoluir dos

tempos, outras necessidades foram sinalizadas, por

isso mesmo foi criado um jardim de infância para dar

resposta a uma nova realidade, que foi inaugurado em

1982.

Inicialmente, designado por “Centro de Assistência

Bonitos de Amorim”, referenciando uma família

benemérita, com a atualização de estatutos, a

denominação passou a ser “Centro Social Bonitos de

Amorim”, designação que mantém até aos dias de hoje.

Há 18 anos, Domingos Santos assumiu a liderança dos

destinos da instituição, com espírito de iniciativa e grande

humanismo, rodeando-se de uma equipa de trabalho

dedicada e eficiente, porque gerir uma instituição desta

natureza representa um grande desafio.

domingos santosDiretor

O Centro Social Bonitos de Amorim não é apenas uma

instituição prestigiada, de créditos firmados, com uma

reputação e uma tradição de intervenção como poucos

se podem orgulhar de ter, ela é também uma grande

protagonista do presente. A confirmar isso mesmo está

o trabalho que tem vindo a ser levado a cabo por esta

instituição por todas as suas valências.

Apresentando uma resposta social integrada, o Centro

Social Bonitos de Amorim enquadra nas valências

dedicadas à infância, o berçário, creche, jardim de

infância, actividades tempos livres e centro de estudos,

prestando uma resposta integrada a um universo de

cerca de 300 crianças.

O apoio à cultura e ao lazer é outra das valências

assumidas pelo Centro Social Bonitos de Amorim, na

qual foi criado um grupo de danças e cantares que

conta atualmente com 40 figurinos. Paralelamente, “a

instituição tem um importante papel na promoção do

desporto na freguesia nas modalidades de futebol, futsal

e atletismo”, salientou Domingos Santos.

No que concerne às valências dedicadas à terceira

idade, o Centro Social Bonitos de Amorim enquadra

a valência de apoio domiciliário para quem pretende

manter-se no seu ambiente familiar, com cuidados

personalizados e apoio nas atividades da vida diária.

Entretanto, surgiu a necessidade de um Centro de Dia,

onde são disponibilizados um conjunto de serviços,

nomeadamente, refeições, cuidados pessoais, atividades

ocupacionais, animação sociocultural e transporte. “Esta

valência pretende afirmar-se como uma resposta eficaz

às situações de solidão ou isolamento geográfico. A par

disso, pretende manter a pessoa idosa no seu meio

sociofamiliar, reforçar a participação na comunidade

envolvente, proporcionar momentos de partilha,

alegria e convívio que se tornam fulcrais para o bem-

estar e felicidade dos utentes”, esclareceu a diretora

técnica, Andreia Araújo, desvendando que as valências

dedicadas à terceira idade contam com 60 idosos no

apoio domiciliário, e 35 idosos no centro de dia.

De acordo com Domingos Santos, ao longo dos tempos,

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houve a preocupação de adequar a oferta de valências

à realidade e a construção de um novo edifício para

albergar as respostas sociais é a prova disso. “A direção

começou a perceber que, dadas as exigências da

Segurança Social, a instituição tinha que dar um salto e

afirmar-se, por isso construiu o novo edifício e o edifício

antigo foi readaptado para o apoio aos mais idosos”,

referiu, acrescentando que a panóplia de valências

é disponibilizada, não só à freguesia de Amorim, mas

também a todo o concelho da Póvoa de Varzim.

O convívio intergeracional é um dos valores que a

instituição não descura, por isso mesmo, há um conjunto

de iniciativas que são levadas a cabo, visando essa

troca de saberes e experiências, nomeadamente, em

datas mais marcantes, como o natal ou a páscoa, no

entanto, semanalmente, uma sala de crianças vai visitar

os idosos, levando-lhes a sua alegria e espontaneidade.

Por outro lado, há uma forte preocupação da direção

para que a instituição esteja aberta à comunidade, assim

são organizadas algumas iniciativas como palestras ou

as comemorações do aniversário da instituição.

Uma resposta social de qualidade

O Centro Social Bonitos de Amorim orgulha-se de

apresentar respostas sociais de excelência, nas quais os

serviços de qualidade, a dedicação e a humanidade são

os principais pressupostos. “Queremos que as pessoas

reconheçam o centro social como uma instituição de

referência, que promove o crescimento saudável e em

segurança das crianças, bem como o envelhecimento

ativo dos mais idosos”, destacou Andreia Araújo.

Para tal, o Centro Social Bonitos de Amorim com uma

equipa de 50 funcionários que ‘veste a camisola’ da

instituição, motivados pelo espírito que a direção, desde

sempre, tentou incutir junto do seu maior ativo – as

pessoas.

Novos horizontes

Domingos Santos e Andreia Araújo evidenciam que

os projetos da instituição passam pela manutenção

e melhoria dos serviços prestados. Por outro lado,

sublinham a existência de uma conjugação de vontades

para a edificação de um lar, um grande desafio para

o Centro Social Bonitos de Amorim. “São os projetos

que nos movem”, salientou o diretor da instituição,

acrescentando que gostaria de ver concretizado, a breve

trecho, este sonho.

andreia araújoDiretora Técnica

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treino no parque

“Treine no Parque” todos os dias

Motivação é a palavra de ordem

O projeto inovador resulta do sonho de Silvana Alves. Em

Portugal desde 1998, concretizou o sonho de ter o seu

próprio espaço moldado à sua imagem, graças à sua

amiga e sócia, Mafalda Gramaxo, que também abraçou

este projeto de corpo e alma.

A experiência de Silvana Alves como diretora técnica,

professora/personal trainer, aliada aos conhecimentos

de gestão de Mafalda Gramaxo, fazem com que este

negócio seja já uma referência, na área do fitness.

Fomos conhecer este espaço inovador situado na

Avenida do Parque, na cidade do Porto.

O conceito do ginásio Treino no Parque passa por

entender o exercício físico como fator fundamental para

a procura de qualidade de vida e de saúde, passando

também por entender a saúde como um bem-estar

físico, social e mental. O objetivo é que as pessoas ao

verem o espaço, se identifiquem mais e, por sua vez,

quanto mais treinam mais gostam de estar aqui e,

quanto mais gostam de estar aqui, melhor se sentem e

mais se superam. De referir que, “os clientes aprendem

que é importante treinar e que é importante serem bem

tratados”, a qualidade dos profissionais e do serviço

prestado são importantes e não deixam a desejar. Todos

os 14 colaboradores são escolhidos por Silvana Alves.

A personal trainer salienta que “trabalho com paixão e

com amor”.

Profissionais de Excelência

A qualidade dos profissionais passa por ter professores

com licenciatura e/ou mestrado, serem conhecedores

da área e que sabem o que estão a fazer e, “desde

então tudo fica mais fácil, mais fácil trabalhar, motivar os

alunos e fazê-los entender que é preciso treinar e que

é importante fazê-lo. Eles vêm cá também recarregar

baterias. É preciso superar obstáculos e sair da zona

de conforto para que os resultados almejados se

concretizem”, ressalta a profissional.

“Com o objetivo de elucidar os nossos queridos alunos

sobre questões relacionadas ao exercício, alimentação,

equipamento adequado para o treino e outros,

publicamos quinzenalmente dicas, artigos e vídeos,

fazendo com que fiquem cada vez mais ‘por dentro’ de

tudo o que engloba o exercício físico”.

As aulas de grupo como, a localizada, o step, os

alongamentos, o circuito total, o circuito funcional e GAP

(glúteos, abdómen e pernas), são também componentes

muito fortes neste ginásio e foram todas conjugadas por

Silvana Alves para que o aluno, que só frequenta essas

aulas, também obtenha um excelente resultado porque

todas elas estão bem planeadas e interligadas.

Aposta em equipamentos de qualidade

Silvana Alves conta que “investimos muito nas máquinas.

A maioria dos espaços de treino personalizado são

simplesmente estúdios com poucos materiais. Um

ginásio tem que ter equipamentos de carga, de cardio e

de funcional pois quanto mais se diversificar o trabalho,

melhor vai ser o resultado e a motivação também será

maior, pois o trabalho não se tornará repetitivo”.

Esta profissional procura sempre ter máquinas de

topo, tendo como escolha a marca Matrix, porque

são ergometricamente bem desenhadas, atinge-se

realmente os objetivos que se desejam. Com relação

ao treino personalizado, quando o aluno entra no

Treino no Parque, tem uma grande vantagem, que é a

de complementar o trabalho com as aulas de grupo.

Os personal trainers recomendam aulas de grupo

adequadas para complementar o plano de treino de

cada aluno.

Um dos sonhos de Silvana Alves é que o aluno chegue

ao seu ginásio e lhes sejam tiradas fotos para avaliar a

sua evolução. “Os alunos passam, de pessoas fechadas

e tímidas, para pessoas com outra vontade e a própria

autoestima também mais elevada”. O exercício é

encarado como uma melhoria no seu bem-estar físico,

mas também com a mente e isso “limpa o corpo e a

alma”.

Máquina inovadora

A escada é um equipamento pioneiro em Portugal,

já existia no Brasil e teve resultado excelentes. Três

minutos nessa escada equivalem a 10 a 12 minutos de

corrida, pelo desgaste calórico efetuado. É uma máquina

cardiovascular muito eficaz e com enormes vantagens.

Por exemplo, tira o impacto da corrida, e para além de

ajudar o trabalho de perda de gordura, é também um

equipamento mais dinâmico e nada monótono.

Serviço de Nutrição

Existe um aconselhamento de um nutricionista

competente, sendo que este obrigatoriamente trabalha

com nutrição desportiva. “Queremos que os alunos

entendam que a perda de peso tem de ser perca de

gordura e não de massa magra”, salienta Silvana Alves.

Com um treino bem feito e bem adequado ganha-se

silvana alvesPersonal Trainer

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massa muscular e o treino requer força, essa força

vem da capacidade de contração dos músculos, que

por sua vez, gera hipertrofia e consequentemente, gera

o aumento da massa e quando a massa aumenta,

aumenta também o peso muscular. Ter mais massa

muscular não significa ter mais gordura, apesar do peso

na balança ser maior. É um trabalho constante para que

o aluno tenha sempre o resultado pretendido e esteja

plenamente satisfeito.

“Estar perto da natureza, traz imensos benefícios pois

temos alguns relatos de clientes que referem que no

lugar x ou y não conseguem fazer o mesmo que fazem

aqui”. O facto é que, com uma vista maravilhosa, alguns

clientes até fazem o aquecimento no parque, em vez

de o fazerem na passadeira, por exemplo, originando

“a tal diversidade que motiva e gera resultados”, porque

quanto mais se diversifica o treino, mais se consegue

abranger todos os músculos.

O melhor conselho que esta personal trainer pode dar

é que “a motivação é a base de tudo, temos que estar

motivados desde quando acordamos até à hora de

dormir para estar motivado no dia seguinte”.

“O desafio para o próximo ano é o de sempre, é fazer

com que as pessoas entendam a necessidade do

exercício físico para o bem-estar social, físico e mental

e ter sempre profissionais exclusivos, ou seja que só

trabalhem neste ginásio”, conclui Silvana Alves.

PRATIQUE SAÚDE… PRATIQUE TREINO NO PARQUE!

“Se você perdeu dinheiro, perdeu pouco. Se você

perdeu a honra, perdeu muito. Se você perdeu a

coragem, perdeu tudo.”

- Vincent Van Gogh

Para Silvana Alves, o mais importante é mesmo fazer

com que o aluno jamais perca a coragem e a motivação

para treinar!

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SAÚDE E BEM-ESTAR

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Sempre na vanguarda e com uma aposta constante na inovação, o Hospital Lusíadas Porto é o primeiro e único hospital certificado

como centro especializado em medicina clínica aeronáutica da zona norte do país. Esta certificação atribuída pelo Instituto Nacional da

Aviação Civil, e de acordo com o JAR-FCL 3 – Flight Crew Licensing - permite a assistência, não só a pilotos nacionais, mas oriundos

de qualquer país pertencente à União Europeia.

Centro de Medicina Aeronáutica do Hospital Lusíadas Porto

único centro de medicina aeronáutica no norte do país

O Centro de Medicina Aeronáutica do Hospital

Lusíadas Porto avalia anualmente e certifica

o estado de saúde de mais de 500 pilotos

profissionais e particulares, assim como a

controladores de tráfego aéreo e tripulantes de cabine.

Este Centro, coordenado por Armindo Santo, está

certificado pela Autoridade Nacional de Aviação

Civil, sendo o primeiro e, até à data, o único hospital

certificado como centro especializado em medicina

clínica aeronáutica da zona norte do país.

Provido de instalações médico-técnicas adequadas

à elaboração de diversos e complexos exames

aeromédicos e compostos por uma equipa de médicos

com formação e experiência em medicina aeronáutica,

o Centro realiza exames de revalidação para pilotos

classe 1 e exames iniciais e de revalidação para pilotos

classe 2.

Assim, o Centro de Medicina Aeronáutica do Hospital

Lusíadas Porto pode realizar não só os exames

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médicos iniciais necessários à profissão, mas também

revalidações aos profissionais. De referir que estes

profissionais de aeronaves podem ser provenientes de

qualquer país pertencente à União Europeia, sejam eles

pilotos profissionais ou particulares, tripulantes de cabine

e controladores de tráfego aéreo.

Armindo Santo, coordenador do Centro, refere que

voar pode trazer diversas complicações para a saúde,

com maior incidência nos problemas respiratórios e

cardiovasculares, mas também alterações nervosas,

cefaleias e eventuais perdas de conhecimento,

consequência das alterações na pressão do ar, ou seja,

na diminuição da quantidade de oxigénio e mudanças

no ritmo interno do organismo humano.

Tal acontece uma vez que a pressão na cabine de um

avião atinge valores muito baixos, o que leva a que o

ar retido no corpo, como por exemplo nos pulmões,

ouvidos internos, seios perinasais e trato intestinal, se

expanda cerca de 25 por cento, causando desconforto.

Por todas estas razões, é de extrema importância que

os profissionais do setor da aviação estejam cientes dos

perigos da profissão e cumpram o acompanhamento

médico especializado ao longo da sua vida profissional,

através da realização de exames médicos exigentes e

adequados, seguindo os trâmites da Agência Europeia

para a Segurança da Aviação, a EASA.

O coordenador do Centro reforça que integrado na rede

hospitalar há toda a conveniência para os profissionais

sempre que estes precisem de avaliações médicas

fora do âmbito da medicina aeronáutica. Assim, podem

recorrer ao Hospital Lusíadas Porto para consultas de

rotina, mantendo-se, desta forma, uma ligação direta

entre todos os profissionais, respeitando sempre o sigilo

profissional.

O Hospital Lusíadas Porto tem uma acreditação

internacional de qualidade e segurança (Joint

Commission International), sendo o único hospital privado

do norte do país com esta distinção de excelência.

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inov

ação

e in

tern

acio

naliz

açãoP

erante um cenário de dificuldades económicas, as empresas têm que encontrar

soluções que lhes permitam ultrapassar os desafios que lhes são colocados todos

os dias.

No entanto, as melhores soluções serão sempre aquelas que forem inovadoras.

A questão não está em saber se a inovação deve ser uma atitude ou parte do ADN das nossas

empresas. A inovação tem que ser uma atitude permanente até se transformar no ADN das

nossas empresas.

Antes de falar sobre a necessidade de se criar uma cultura de inovação, é igualmente necessário

entender porque é que a inovação é importante para as organizações. E, para ficar mais claro,

é interessante separarmos a importância da inovação sob dois pontos de vista da organização:

o ponto de vista interno e o ponto de vista externo.

Do ponto de vista interno, a inovação é responsável pelo crescimento da empresa, cria postos

de trabalho, cria novos horizontes aos colaboradores e revitaliza a empresa.

Do ponto de vista externo, a inovação ajuda a enfrentar os desafios relacionados à globalização

da economia, ao aumento da concorrência, à diminuição do ciclo de vida dos produtos e ao

aumento na exigência dos consumidores.

Uma organização de sucesso deve possuir uma cultura que propicie sustentação para o

surgimento de diversas inovações ao longo do tempo e, caso não tenha uma, é altamente

recomendável que se procure criar essa cultura.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

79

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Page 80: Revista Business Portugal | Dezembro '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Com sede na Marinha Grande, o grupo HRV nasceu em 1982 por iniciativa de três técnicos especializados. Atualmente, a designada

HRV - Equipamentos de Processo dedica-se à instalação de linhas de produção de pellets, linhas para produção de rações para animais

e apresenta também soluções para a indústria química.

grupo hrv

Da Marinha Grande para o Mundo

O grupo HRV participou no III Fórum Económico

Portugal-Países Árabes, que decorreu em

Lisboa a 23 e 24 de novembro. Com esta

presença, a empresa pretendeu assinalar a

importância estratégica destes mercados, que oferecem

atualmente, boas oportunidades de negócio, com

principal destaque para Marrocos e Argélia. A empresa

tem “essencialmente interesse nestes países devido ao

seu grande desenvolvimento agroindustrial, tirando ainda

partido dos portugueses presentes nesses países, bem

como, do bom trabalho que as empresas portuguesas

têm desenvolvido, sobretudo, na construção civil” pontos

que no entender do grupo “favorecem a proximidade”

entre o grupo e os empresários daqueles países. Para

além de linhas de produção de pellets e de rações para

animais de consumo, o Grupo HRV apresenta ainda,

no setor químico, soluções ao nível de argamassas,

argila expandida, plástico granulado, sal, açúcar, café,

cereais em geral e todos os produtos sólidos possíveis

de serem armazenados, transportados, manuseados

e ensacados. A empresa faz ainda “projetos chave na

mão de fábricas de alimentos compostos para animais

(rações), de produção intensiva (aves), de animais de

companhia (cães e gatos) e de ração para piscicultura.

Implementamos sistemas de recolha e tratamento

de cereal”, explicam. Com 33 anos de experiência, o

grupo HRV está a apostar na internacionalização para

novos países por serem mais competitivos, “prevemos

que estes mercados possam contribuir nos próximos

anos em cerca de 20 por cento no aumento do volume

de negócios, ocupando assim um espaço (tempo e

energia), até aqui ocupado pelas unidades de biomassa

instaladas na Península Ibérica. A HRV passará a estar

presente num mercado, dedicado essencialmente, à

manutenção de unidades e equipamentos, pois, a atual

capacidade instalada nesses países está esgotada”,

esclarecem. Angola e Moçambique também fazem

parte dos planos de expansão, o grupo entende que

são “regiões com forte potencial que obrigam a outra

capacidade. O investimento em Angola passa pela

criação da HRV Angola, no sentido de dar suporte e

assistência técnica às fábricas que estamos a instalar

naquele país”. Numa outra vertente, a aposta na

inovação e na tecnologia também contribuiu para o

desenvolvimento do negócio. Assim, a empresa apostou

em diversos setores, ao longo dos anos, o que permitiu

adquirir competências e o know-how necessário. Neste

sentido, o Grupo HRV identificou como oportunidade

a produção de estruturas e software para máquinas

inseridas nas linhas de produção. Assim, foram criadas

duas empresas, a HRV - Trabalhos Eléctricos S.A. e

a VERISTEEL, S.A., passando a HRV - Equipamentos

de Processo, S.A. a ser a empresa responsável pela

componente comercial, pelos contactos com clientes,

pela coordenação dos serviços de manutenção, e pelas

actividades de Investigação e Desenvolvimento.

História com 33 anos de excelência

“São 33 anos de sucessos onde o trabalho e a dedicação

levaram a um arranque bem sucedido”. Desta forma, foi

em pouco tempo que o Grupo HRV conseguiu conquistar

a notoriedade ao nível da instalação e manutenção de

linhas de produção de alimento composto.

Em 2014, um importante passo foi dado com

a inaguração das novas instalações da HRV –

Equipamentos de Processo, S.A., na Zona Industrial

Casal da Lebre, na Marinha Grande. Na altura do evento,

a empresa fez questão de falar na estratégia do grupo

para os próximos anos, “se estamos no mercado dos

alimentos compostos e da biomassa, aí continuaremos,

embora as exigências sejam diferentes. Ou seja, antes

eram necessárias grandes produções, mas hoje o que

importa é otimizar, poupar energia e garantir a segurança

alimentar. Já na biomassa, temos de saber olhar para

as matérias primas em termos de poupança no sentido

de conseguirmos viabilizar os negócios dos nossos

clientes”, salienta o grupo.

Futuro

A expansão para novos mercados emergentes e a

consolidação dos negócios na Península Ibérica são os

objetivos traçados pelo Grupo HRV para os próximos

anos. Exemplo disso, foi a participação na construção

e na montagem da fábrica da Maxipet em Ferreira

do Zêzere, inaugurada no primeiro trimestre deste

ano. O grupo com sede na Marinha Grande pretende

concretizar esta expansão e consolidação através “

do desenvolvimento e busca de soluções técnicas

que permitam otimizar recursos energéticos, otimizar

recursos agrícolas, garantindo a segurança alimentar e

sustentabilidade”.

Page 81: Revista Business Portugal | Dezembro '15

81

REVISTA BUSINESS PORTUGALINOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Desde há quase uma década que a Growtrade inova nas soluções de Gestão, Web e Mobilidade, assente numa política de capital

humano, situação que tem garantido grande estabilidade, quer na estratégia quer na estrutura empresarial.

growtrade

o seu crescimento é o nosso negócio

Qual a génese da GROWTRADE e qual o seu

posicionamento estratégico?

Júlio Maia de Matos (Director Comercial) - A mobilidade

é uma realidade presente na necessidade das empresas

há vários anos e os colaboradores da Growtrade, há mais

de 15 anos, que desenvolvem soluções de mobilidade,

garantindo-nos a pole position do desenvolvimento de

software focado nesta vertente, com muito trabalho e

excelentes profissionais.

Qual é o core business da GROWTRADE e quais as

principais áreas de competência?

Luís Nina (CEO) – Desenvolvimento e implementação

de soluções informáticas de gestão transversais e

integradas. A Growtrade conta com um vasto conjunto

de competências e, nesta medida, temos implementado

projetos em áreas que passam pela mobilidade (auto

venda, pré-venda, assistência técnica e vending e apps

empresariais) a soluções globais de gestão (ERP’s)

com a informatização de processos, tais como gestão

de retalho, fabricação, comerciais e fidelização (CRM),

logística (WMS e logística de alto impacto), entre outros.

A ligação da Growtrade ao conhecimento, objetivos e

necessidades dos clientes, levou ainda à coordenação

da implementação de projetos de Business Intelligence

e BPM (Business Performance Management), no sentido

de associar a informação à tomada de decisão quer

operacional quer estratégica.

Quais as soluções disponibilizadas pela

GROWTRADE e quais as suas vantagens

competitivas?

LN - São inúmeras as soluções disponibilizadas pela

Growtrade, sobretudo porque se baseiam em produtos

altamente customizáveis, permitindo tornarem-se um

“fato à medida” de cada cliente.

JMM - A Solução de Mobilidade do Vending foi

concebida para simplificar e agilizar as operações

de gestão e controlo das máquinas de vending. Uma

das principais vantagens da sua utilização é o nível de

rapidez que assegura nas operações de abastecimentos,

permitindo realizar rotas mais longas, sempre em

modo offline, a sincronização da informação recolhida

é efectuada a qualquer altura, sem a necessidade de

ligação permanente a dados móveis.

A integração da solução Growtrade com os moedeiros

adiciona ao controlo total de stocks o confronto com

o controlo dos valores recebidos nos moedeiros,

verificando assim os desvios que normalmente existem.

Através do software, a empresa tem a possibilidade da

gestão do parque de máquinas, definição de rotas, bem

como um conjunto elevado de análises que vão desde a

rentabilidade por máquina, aos produtos mais vendidos,

valor de inventário, taxa de quebras, entre outras.

Aliados aos seus produtos, a GROWTRADE oferece

um conjunto de serviços de qualidade nas áreas

da Consultoria, Formação e Desenvolvimento. Em

que consistem concretamente estes serviços?

JMM - Os nossos serviços vão desde a consultoria ao

nível de sistemas de informação, onde passamos a ser o

diretor informático dos clientes, até ao desenvolvimento

de ferramentas, sites, apps que identificámos como

sendo críticas para as organizações.

Qual a importância das parcerias estabelecidas

pela GROWTRADE?

LN - Um dos nossos valores é a procura incessante pela

excelência. Acreditamos em parcerias como espaços de

intensa aprendizagem e partilha de experiências, onde a

especialização e know-how de cada parceiro permitam

criar valor para os nossos clientes.

Quais os valores adotados pela GROWTRADE

que têm permitido seguir um rumo de afirmação

empresarial?

JMM - A capacidade de criar satisfação aos nossos

clientes, através da melhoria dos seus processos,

da funcionalidade dos seus meios humanos, do

conhecimento que as ferramentas lhe disponibilizam

para uma gestão e crescimento do seu negócio.

Que objetivos estão nos horizontes da

GROWTRADE?

LN - O nosso futuro passa por continuar a apoiar os

nossos parceiros a nível nacional, e ajudando no suporte

às suas operações a nivel internacional, com a expansão

dos nossos serviços.

JMM – Cimentar a posição da Growtrade noutras áreas

além do Vending, Assistência Técnica e Manutenção,

Field e Trade Marketing, é o objetivo para 2016.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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A marca AEG nasceu no final do século XIX em Berlim e, rapidamente chega a diversos mercados, como o mercado português, onde a

sua herança alemã é altamente valorizada pelos consumidores, por todos os valores de qualidade de construção, robustez, confiança

e inovação. Desde 1994 que a marca AEG foi adquirida pelo grupo Electrolux, sendo atualmente a marca premium do nosso grupo.

electrolux

O futuro passa pelo reforço da estratégia de inovação

Como tem sido o percurso no mercado nacional?

A AEG tem-se destacado pela sua inovação ao introduzir no mercado soluções que

transformam as próprias categorias de produto. Exemplo disso são os secadores

com bomba de calor, que permitem uma eficiência energética de A a A+++, que

desmistificaram a ideia de que os secadores têm elevados consumos energéticos.

Modernidade, inovação, tendência e sustentabilidade são algumas das

preocupações da marca. Esta estratégia tem-se revelado uma aposta

acertada? Porquê?

Sem dúvida que sim. E é especialmente em alturas de crise que os consumidores

procuram fazer investimentos acertados e duradouros. A compra de um

eletrodoméstico é um processo pensado e que necessita de bastante envolvência

por parte dos consumidores. Neste contexto, a marca AEG consegue oferecer a mais

recente tecnologia que se traduz em inovações que melhoram os resultados dos

consumidores, desde o cuidado da roupa, ao poder lavar e secar lãs e sedas até

aos excecionais resultados culinários, que se obtêm com os nossos fornos e placas.

Os resultados são notórios, conseguindo a AEG manter um crescimento na quota no

mercado de linha branca.

A pegada ambiental é também uma das vossas principais preocupações.

A sustentabilidade é mais do que uma preocupação. É uma forma de estar do Grupo

Electrolux, e faz parte dos nossos pilares estratégicos. E ocupa um papel de destaque

em todas as áreas da empresa, passando pela produção, utilização de materiais, até

às ações desenvolvidas entre os colaboradores para minimizar o impacto da nossa

atividade no ambiente.

Qual diria ser a principal missão da AEG?

Na marca AEG dizemos que somos pioneiros com uma visão. Porque conhecemos

as atuais necessidades dos consumidores e antecipamos as de amanhã, para que

possamos oferecer as inovações que lhe permitam alcançar resultados que excedam

as suas expectativas. Acreditamos na tecnologia inteligente que ajuda o utilizador, dia

após dia, a obter os melhores resultados em todas as tarefas que realiza em casa.

Esta tem sido a nossa paixão durante mais de 125 anos, uma paixão que continua a

motivar-nos hoje. Por isso, dizemos que estamos sempre um passo à frente!

Chegada a época de Natal, qual o presente ideal com a marca AEG?

Não é possível dissociar o Natal do facto de a família se reunir, normalmente à volta

da mesa e com muitas iguarias. Para que, durante todo o ano, se mantenha este

espírito de união, partilha e muito sabor, o presente ideal com a marca AEG é o

forno com função PlusSteam. Trata-se do mais acessível nível de vapor da nossa

gama e a sua especialidade são bolos, pães e pastelaria. Tendo em conta a nossa

tradição doceira, eu diria que em cada mês do ano haverá com certeza um excelente

motivo para celebrar. E não podemos deixar de nos congratular porque a AEG foi

recentemente premiada como Escolha do Consumidor na categoria de fornos, tendo

os consumidores destacado a AEG como a melhor marca relativamente à eficiência

energética, facilidade de limpeza e características técnicas.

Por onde passa o futuro da marca em Portugal?

O reforçar da nossa estratégia de inovação, cumprindo a nossa promessa de ajudar os

consumidores a levar o sabor a outro nível. A utilização de fornos a vapor, placas de

indução flexíveis e chaminés que se ligam automaticamente em função da potência

da placa permite aos consumidores não só obterem os melhores resultados, como

desfrutarem de uma experiência de culinária excecional.

Neste sentido pretendemos manter e reforçar a nossa parceria com o Chef Freddy

Guerreiro, que como utilizador dos equipamentos AEG nos vai dando as melhores

sugestões de utilização, assim como umas deliciosas receitas.

marisa piresAEG Portugal

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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A Bloqueira de Vermoim é uma empresa carismática que tem percorrido um percurso de afirmação empresarial, granjeando bons

resultados. A Revista Business Portugal quis saber quais os fatores que distinguem a empresa num mercado tão competitivo como o

atual e dar a conhecer o seu contributo no desenvolvimento e na criação de valor no contexto nacional.

A Bloqueira de Vermoim

Dedicação, confiança competência profissional

Situada no concelho de Vila Nova de Famalicão,

a Bloqueira de Vermoim é uma empresa de

cariz marcadamente familiar que iniciou a

sua atividade pelas mãos de Manuel Alves

Carvalho e Engrácia Dias de Abreu, um casal sonhador

e trabalhador, que realizou um dos seus sonhos ao

fundar uma pequena empresa à qual colocou o nome

individual Manuel Alves de Carvalho. Um percurso de

trabalho e dedicação que levou à criação da Bloqueira

de Vermoim, em 1994, sendo nos dias de hoje, uma

referência empresarial do nosso país.

Como resultado da visão e experiência do sócio

fundador Manuel Alves de Carvalho e os seus

herdeiros, a empresa têm-se evidenciado no setor

da comercialização de materiais de construção civil e

alcançado bons resultados.

José Carvalho, um dos filhos do fundador da empresa,

revelou em entrevista que, juntamente com o seu irmão,

Anselmo Carvalho, que cresceram no seio da empresa

e, naturalmente, acabaram por ir trabalhar e dar o seu

contributo para o desenvolvimento da Bloqueira de

Vermoim.

Com novas instalações desde 2005, a empresa está

vocacionada para a venda por grosso de materiais de

construção, atuando de norte a sul do país.

José Carvalho deu nota de que, depois de uma fase

menos positiva da construção, surgiu o novo paradigma

da reabilitação, o que levou a empresa a diversificar a

gama de produtos que disponibiliza.

Sempre com o intuito de estar um passo à frente

do seu tempo, salvaguardando igualmente o seu

posicionamento estratégico no mercado, a Bloqueira

de Vermoim pretende agora iniciar uma nova fase no

josé carvalho, manuel alves de carvalho e anselmo carvalhoAdministração

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Page 85: Revista Business Portugal | Dezembro '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

85

seu desenvolvimento com a abertura, em 2016, de

um espaço de venda ao público mais vocacionado ao

cliente particular. “Não queremos estar direcionados

apenas para um mercado, por isso criámos alternativas

de desenvolvimento, com investimentos para consolidar

a posição da empresa no mercado”, revela.

Parceiros de referência

Esta PME Excelência tem estabelecido ao longo do seu

percurso um vasto conjunto de parcerias de referência,

nomeadamente com a Danosa, Secil Cimentos, Telhas

CT-Cobert, Telhas Margon, Secil Martingança, Rações

Provimi, Tintas Sotinco e Fibroplac & Falper.

Na sequência da inauguração da nova fábrica da

Danosa, em Leiria, José Carvalho salientou que este

grupo espanhol fabrica uma grande variedade de

materiais e a Bloqueira de Vermoim estabeleceu esta

parceria com o intuito de ambas as empresas crescerem

juntas. “O crescimento da Danosa pode servir de âncora

para o crescimento da nossa empresa”, destacou,

acrescentando que a Bloqueira de Vermoim pretende

criar parcerias e sinergias com empresas que queiram

promover o desenvolvimento mútuo.

O segredo do sucesso

O responsável da Bloqueira de Vermoim considerou

que o trabalho e a qualidade imprimida são fatores

de sucesso. Desde o seu início que a empresa tem

procurado, sempre e como princípio fundamental,

a obtenção dos mais altos níveis de qualidade dos

seus produtos e serviços. A qualidade é uma opção

estratégica que desde o início da sua atividade tem

ajudado a consolidar todos os processos e a estrutura

organizacional, funcionando como catalisador para que

a empresa continue a evoluir. A equipa de trabalho da

Bloqueira de Vermoim, composta por dez profissionais

dedicados, é outro dos segredos do sucesso da

empresa.

Em termos de futuro, José Carvalho e Anselmo Carvalho

estão preparados para mudar com o mercado. Para tal,

pretendem ganhar raízes e experiência empresarial, para

continuar o rumo de crescimento e desenvolvimento

da empresa que nasceu pela mão de Manuel Alves

Carvalho.

A consolidação da empresa passará por um novo

espaço de venda dedicado ao cliente em particular e, a

longo prazo, “queremos abrir pequenos espaços noutras

localidades para ir ao encontro das necessidades do

pequeno cliente. Pretendemos através do conhecimento

e de visão de negócio, propor aos nossos clientes

produtos, serviços e soluções adaptadas às atuais e

futuras tendências de mercado”, remata José Carvalho.

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Presente, desde 2007, no mercado de administração e gestão de condomínios, a QuorumGest aposta na inovação como forma de

oferecer aos clientes soluções de excelência e qualidade. Estivémos à conversa com os jovens fundadores da empresa, André Facote e

Andreia Coutinho, dois empreendedores que estão a marcar a diferença no ramo.

QuorumGest

A inovação faz a diferença

A QuorumGest surge após André Facote ter estado “um ano a trabalhar numa

empresa de gestão de condomínios. Depois desta experiência decidi lançar-

me na atividade juntamente com a minha sócia Andreia Coutinho”, revela

o sócio-fundador da Quorumgest. Os serviços prestados estão garantidos

através de parcerias com várias entidades, “somos dois colaboradores no escritório,

temos também a parte de engenharia e arquitetura. Quanto aos restantes, como a

limpeza e eletricidade, são garantidos através de outsourcing”, explica o entrevistado.

Para além de complexos habitacionais, a empresa também trabalha em escritórios,

complexos empresariais e parques industriais. Com sede na Amora, concelho do

Seixal, a QuorumGest atua desde Lisboa até à Península de Setúbal, abrangendo os

concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra,

Setúbal, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras e Sintra. Neste momento,

“temos em média 50 condomínios, quase 600 frações. Temos crescido de forma

sustentada, sólida e moderada. Para prestarmos um serviço de qualidade temos de ter

os pés assentes na terra, onde a competência e o profissionalismo imperam”, revela

Andreia Coutinho, sócia fundadora da QuorumGest. Os dois jovens empreendedores

estão a marcar a diferença na área, através da aplicação de ferramentas informáticas

inovadoras que facilitam o trabalho e a vida dos condomínios e dos condóminos.

“Temos a vantagem de sermos uma empresa inovadora, na margem sul, pelo método

de trabalho utilizado, através da aplicação dos meios informáticos. Qualquer condómino

tem acesso através do computador ou smartphone ao histórico, contas e recibos

de pagamento do condomínio. Temos uma plataforma online que faz contratos de

luz, água, gás e telecomunicações, tratamos ainda da certificação energética, estas

áreas não são o nosso core business, mas são uma inovação”, realça a interlocutora.

Questionados sobre se a idade facilita ou dificulta o trabalho, os interlocutores revelam

que “sermos jovens é mais um desafio, tentamos sempre responder a tudo. As pessoas

têm todas as respostas quer ao nível da legislação quer ao nível da operacionalidade da

gestão de condomínios, ao mesmo tempo rodeamo-nos de profissionais competentes

e fazemos uma aposta forte na formação contínua”. Analisando o atual panorama do

setor a nível nacional, os responsáveis pela QuorumGest consideram que “é urgente

haver uma fiscalização maior neste mercado”, remata Andreia Coutinho, visto que

a regulamentação existente permite grandes disparidades que não beneficiam o

setor, “a administração de condomínios movimenta valores avultados, mas ainda é o

parente pobre do imobiliário”, acrescenta André Facote. Sobre o futuro, os dois jovens

pretendem levar ainda mais longe o nome da QuorumGest, num trabalho assente

na inovação, transparência e profissionalismo “queremos continuar no bom caminho,

porque queremos marcar a diferença pela inovação. A gestão de condomínios é uma

área que necessita ser modernizada. A médio prazo pretendemos ainda abrir uma loja

em Lisboa, para terminar com alguma resistência de possíveis clientes desta zona”,

conclui Andreia Coutinho.

andreia coutinho e andré facoteAdministradores

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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A entrevistada Isabel Gaspar dedica-se à administração de condomínios desde 2002, nas regiões de Alenquer, Carregado, Vila Franca

de Xira e Sacavém. A transparência e honestidade estão na base do seu trabalho. Hoje é a gerente da Maxidominios, a qual apresenta

um serviço de excelência e qualidade.

maxidominios

“A nossa base é a honestidade”

A missão da empresa passa por assegurar

que a “tranquilidade está ao alcance de

todos”. A gestão de condomínios surge

na sucessão “de um negócio de trabalho

temporário. Exerço esta atividade desde 1991, acontece

que, em 2001, surgiu a hipótese de uma empresa

de condomínios e arrancámos em 2002. Entrei no

mercado com condomínios na zona do Carregado e

Azambuja e alargámos até Mafra, em 2005, ficámos

também com a zona do Cartaxo. Hoje trabalhamos nas

zonas de Alenquer, Carregado, Azambuja, Vila Franca

de Xira e Sacavém”, explica Isabel Gaspar, gerente

da Maxidominios. Os serviços prestados englobam

a gestão e a manutenção dos espaços comuns

de prédios constituídos em propriedade horizontal.

Na Maxidominios a administração contabilística, as

comunicações obrigatórias e a representação do

condomínio estão asseguradas. No que diz respeito à

parte da manutenção, a empresa trabalha em parceria

com empresas especializadas em manutenção eléctrica,

elevadores, limpeza e vigilância. O apoio jurídico também

é garantido. A empresa posiciona-se no mercado

como “não tendo a solução mágica que resolva todos

os problemas, mas pretende colocar a experiência e

contactos profissionais ao serviço dos clientes com o

intuito de atenuar as dificuldades apresentadas”, explica

a entrevistada. A Maxidominios apresenta uma equipa

de profissionais que se pautam por princípios de grande

honestidade, lealdade e competência garantindo um

serviço de qualidade. Responsável por cerca de 85

condomínios, a Maxidominios é também o exemplo de

sucesso de liderança no feminino, numa empresa com

40 colaboradores, 34 são mulheres, incluindo a gerente.

“Hoje em dia, é fundamental ter uma empresa a gerir o

condomínio, porque as pessoas querem chegar a casa

e ver que tudo está a funcionar. Esta atividade necessita

de uma regulamentação urgente. Há muito que se fala

disso, mas a ideia ainda não saiu do papel. Qualquer

pessoa hoje em dia pode exercer esta atividade

aproveitando o vazio legislativo que a tutela permite

que qualquer curioso sem formação ou conhecimento

exerça a gestão de condomínio”, revela Isabel Gaspar,

gerente da Maxidominios. Questionada sobre o que

diferencia a empresa, a interlocutora explica que “não

tenho fidelização com nenhum cliente, o meu elo de

ligação com o condomínio é a confiança mútua. Já

tive situações de condomínios que foram mas voltaram.

Por vezes, enfrento algumas discordâncias, mas sou

transparente e honesta”. A mensagem que deixa a todos

os empresários e empreendedores é que “nunca deixem

de acreditar naquilo que são capazes, trabalhando

com base nisso mesmo”, salienta a entrevistada,

acrescentando que “a gestão de condomínios é como

um filho” pois é um projeto ao qual me dedico todos os

dias há mais de 20 anos.

isabel gasparAdministradora

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

Page 88: Revista Business Portugal | Dezembro '15

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Com sede em Vila Nova de Gaia, a empresa está presente em todo o país, oferecendo soluções de publicidade exterior que passam pela

decoração, artes gráficas, outdoors, sinalética e mupis. Um trabalho assente na inovação que está a marcar a diferença no panorama

publicitário nacional.

insígnia publicidade

A Insígnia da inovação

A experiência de mais de 20 anos no ramo

publicitário resultou no surgimento da

Insígnia. “Para uma empresa que foi criada

a partir do zero está a afirmar-se bem

no mercado nacional. A Insígnia começou há quatro

anos e, inicialmente, dedicou-se a 100 por cento à

publicidade exterior, ou seja, exploração e fabricação de

suportes publicitários que dessem sustentabilidade ao

crescimento da empresa e possibilidade de expandir o

seu leque de oferta”, revela Cláudio Queirós, da Insígnia.

A entrada numa área onde existe forte concorrência não

demoveu os fundadores da empresa. Inicialmente, “foi

fundamental encontrar as sinergias certas, de clientes

e fornecedores, que apostaram na Insígnia, tivémos de

ter uma atitude diferente daquilo que é o tradicional,

na publicidade. Primeiro, tentámos aliar um espírito de

confiança, rigor e qualidade, fornecendo sempre um

acompanhamento personalizado, indo ao encontro

das expectativas do cliente”, afirma Cláudio Queirós. O

sucesso da Insígnia reside num crescimento à medida

das possibilidades, “nos primeiros dois anos foi a fase

de arranque, de explorar” relembra, “como já vinha do

ramo, todas aquelas lacunas de que tinha conhecimento

foram logo colmatadas. Começámos com meia dúzia

de suportes publicitários, depois passámos a ter 50,

fomos aumentando progressivamente para 100 e 200.

Neste momento, quatro anos depois, temos quase

500 pontos publicitários, espalhados por todo o país.

Somos uma empresa sólida e sustentável”, sublinha

Cláudio Queirós, da Insígnia. Mas a expansão também

se deve “a uma aposta forte na inovação, através do

recrutamento de colaboradores especializados. Nos

últimos dois anos, passámos de dois elementos para

13. São profissionais que também já estão na área há

alguns anos, com experiência, qualidade e capacidade

de resposta. Outra vertente importante, é a formação

que é contínua e constante. Damos formação interna

e externa, de forma a que todos os funcionários

saibam desempenhar um pouco todas as funções, isto

porque, se algum trabalhador se ausentar um colega

pode assumir a sua função”, explica o entrevistado. A

estabilização da empresa, num mercado tão exigente,

contou com o apoio dos clientes, uma vez que não

existiu nenhum financiamento externo, a sustentabilidade

veio com a qualidade do trabalho e a “colaboração

de fornecedores, apostando nos clientes da Insígnia.

Embora tenhamos experiência de mercado, a empresa

continua empenhada em ganhar e manter a confiança

do mercado. A dada altura, decidimos investir em novos

equipamentos que aumentaram a nossa capacidade de

resposta e a qualidade dos serviços. O investimento, na

ordem dos 400 mil euros, nas vertentes da serralharia,

pintura, máquinas de impressão de pequenos e grandes

formatos, corte e laminadoras, permitiram abranger

novas áreas e maior capacidade de resposta. O cliente

pede-nos um serviço e estamos apenas dependentes

de nós para o executar”, esclarece o interlocutor.

Futuro

A Insígnia “criou um negócio sólido e sustentável.

Atingimos todos os objetivos que traçámos para os

primeiros anos da empresa e assim temos equipamentos

para uma produção própria, reunindo todos elementos

que sustentam essa mesma produção, temos

colaboradores capazes, de confiança e empenhados, o

que nos traz notoriedade. É isto o segredo da Insígnia”,

esclarece o entrevistado. Olhando agora em frente, há

novas metas traçadas para os próximos tempos “o

próximo passo é a internacionalização, o Brasil é um dos

mercados onde a Insígnia quer chegar, mas primeiro, é

preciso perceber o mercado e ter alguém de confiança

que possa colaborar a partir de lá. Duplicar os espaços

que temos em terreno nacional, sobretudo na zona

centro e sul, é outra meta que queremos alcançar”,

conclui Cláudio Queirós, sublinhando que a “Insígnia é

sólida e coerente, procurando, acima de tudo satisfazer

as necessidades dos clientes”.

cláudio queirósAdministrador

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A Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) tem por missão coordenar e execução das políticas de educação

e formação profissional de jovens e adultos e assegurar o desenvolvimento e a gestão do sistema de reconhecimento, validação e

certificação de competências. Conversamos com Gonçalo Xufre, presidente do Conselho Diretivo da ANQEP.

Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP)

A importância do ensino profissional

O ensino profissional tem registado, nos últimos anos, uma grande evolução.

Que avaliação faz do panorama atual do ensino profissional em Portugal?

O ensino profissional está hoje tão presente nas escolas quanto os tradicionais cursos

científico-humanísticos. Praticamente todas as escolas secundárias da rede pública

oferecem cursos profissionais, o que significa que os jovens podem optar por um leque

muito alargado de formações (mais de 100).

Entendido como qualquer modalidade de dupla certificação, este ensino representa já

cerca de 48% dos alunos matriculados no secundário.

Estes dados revelam a consciência social que se começa a ter da relevância desta

formação para o desenvolvimento social e económico do país e, consequentemente,

para a sua sustentabilidade. Além disso, este ensino começa a ser encarado como uma

opção com mais vantagens para os próprios jovens, designadamente no que se refere

a uma transição melhor-sucedida para o mercado de trabalho.

Considera que o estigma relativo ao ensino profissional tem vindo a ser

desmistificado? O ensino profissional passou a ser uma primeira opção de

muitos alunos, isso revela uma mudança de paradigma e de mentalidades?

Sim, em parte por influência da crise económica que veio despertar a necessidade

de se efetuarem escolhas com maior potencial de empregabilidade. E, neste aspeto,

indubitavelmente, os cursos profissionais preparam os jovens para o exercício de uma

profissão, atingido o 12º ano, o que já não sucede com os cursos apenas orientados

para o prosseguimento de estudos.

Quais as vantagens competitivas do ensino profissional?

Uma das vantagens mais evidentes reside no nível de qualificação que proporcionam

(nível 4), ou seja, um nível acima ao dos cursos científico-humanísticos. Mas, mais

relevante, é a preparação dos jovens com conhecimentos e competências associados

ao efetivo exercício profissional. De destacar ainda a proximidade destes cursos ao

tecido empresarial, designadamente por via da formação em contexto de trabalho que,

em regra, facilita a integração dos jovens na vida ativa e o aprofundar de competências

hoje muito valorizadas (as chamadas soft skills - tais como o trabalho em equipa, a

pró-atividade, o empreendedorismo) e determinantes para a manutenção dos postos

de trabalho.

O ensino profissional tem como argumento a expectativa de empregabilidade,

ao mesmo tempo que não invalida um eventual ingresso no ensino superior.

É pertinente falarmos também em vantagens no que respeita a esse mesmo

ingresso?

Muito embora estes cursos não estejam vocacionados para o acesso ao ensino

gonçalo xufrePresidente do Conselho Diretivo

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superior, na verdade muitos jovens expressam ter tido

vantagens competitivas também nesta vertente, devido

às competências técnicas e práticas adquiridas. A

prática, muitas vezes, proporciona ensinamentos até

mais consolidados do que os saberes meramente

académicos. Além disso, o ensino profissional

desenvolve não só competências mas também atitudes

e confere maturidade (por via dos projetos que os jovens

desenvolvem), o que acaba por ser vantajoso também

para o prosseguimento de estudos.

Haverá outros casos em que os alunos encaram

a possibilidade de criarem o próprio emprego.

Em que medida é que esta tipologia de ensino

propicia a aquisição de ferramentas para o

empreendedorismo?

Para finalizarem os cursos, os jovens do ensino

profissional têm de realizar uma prova de aptidão

profissional que consiste na criação e defesa de um

projeto perante um júri (com elementos de empresas,

de parceiros sociais, etc.). Assim, desde muito cedo,

estes jovens vêem-se confrontados com a necessidade

de responder a desafios, criando projetos muitas

vezes inovadores. Alguns acabam por ser apoiados

financeiramente por empresas. Em muitas escolas, os

jovens são também incitados a responder a concursos e

a ideias de projetos lançados por empresas, focando-se

no empreendedorismo. Outros aspeto potenciador do

empreendedorismo relaciona-se com o facto de estes

cursos integraram momentos de formação prática em

contexto real de trabalho.

Acredita que o ensino profissional será um dos

mais valiosos instrumentos de qualificação nos

próximos anos? Porquê?

Por via das mudanças que estão a ocorrer na Europa,

o valor da qualificação está cada vez mais relacionado

com os resultados de aprendizagem, ou seja, com

aquilo que os jovens são capazes de demonstrar e de

fazer quanto terminam um percurso formativo. Estes

resultados são expressos em conhecimentos, aptidões

e atitudes e é isso que começa a ser valorizado pelas

empresas, por corresponder ao que procuram. E, nesta

matéria, não há dúvidas que o ensino profissional, pela

matriz curricular que tem e pela sua natureza, apresenta

vantagens competitivas.

Um dos objetivos da ANQEP é fazer de 2016 o

ano do ensino profissional. Que estratégias serão

implementadas para alcançar tal desiderato?

A promoção e valorização do ensino profissional tem

sido uma aposta da ANQEP desde a sua génese. Nos

últimos anos, apostámos sobretudo em evidenciar o

carácter prático e dinâmico do ensino profissional e

em captar as empresas para esta causa. Em 2016,

pretendemos reforçar este temática, não só com

a criação de novos instrumentos que auxiliem os

profissionais de orientação a demonstrar a relevância

destes cursos mas também com a generalização de

mecanismos que deverão realçar a sua qualidade, por

via da adoção de um sistema de garantia da qualidade

e do redesenho dos currículos, aproximando-os ainda

mais das necessidades evidenciadas pelas empresas.

Em concreto, pretendemos criar condições para a

implementação em Portugal do Sistema Europeu

de Créditos do Ensino e Formação Profissionais

(absolutamente determinante para a mobilidade dos

estudantes e dos trabalhadores no espaço europeu) e

para uma progressiva aproximação destas formações,

no presente, às necessidades de qualificação requeridas

pelos empregos de amanhã.

Que outros objetivos e projetos estão nos

horizontes da ANQEP?

A ANQEP espera criar novos instrumentos de apoio

à atividade dos Centros para a Qualificação e o

Ensino Profissional, nomeadamente no que concerne

à qualificação de adultos que não dispõem das

competências consideradas básicas para o ingresso

nos percursos de qualificações disponíveis no atual

Sistema Nacional de Qualificações e à integração de

adultos portadores de deficiências e incapacidades.

Até ao momento, apenas existe um referencial de

competências-chave para o reconhecimento de

competências, para estes públicos, até ao ensino

básico. Pretendemos alargá-lo ao ensino secundário,

hoje considerado o patamar mínimo de qualificação

requerido para uma cidadania ativa.

Além disso, pretendemos ainda lançar as condições para

que as empresas possam, no âmbito da sua formação

contínua, recorrer mais à validação das competências

obtidas de modo formal e não formal.

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Uma empresa que marca a diferença no mercado pelo profissionalismo, os imóveis únicos e exclusivos e o atendimento personalizado

que oferece aos seus clientes. Estamos a falar da Dom Senhorio, uma empresa que se destaca no setor imobiliário, sobretudo, pela

seriedade e a eficiência do serviço que presta. A administradora e fundadora da empresa, Rosalva Fonseca fala –nos com entusiamo e

esboça um rasgado sorriso de satisfação sobre o inicio da sua atividade no setor “Eu era uma menina, tinha 20 anos quando comecei

a trabalhar nesta área , sempre com muito empenho e responsabilidade, prezando pela qualidade do serviço desenvolvido”. Depois

de obter uma vasta experiência ao longo de quase 30 anos Rosalva Fonseca decidiu criar, em 2011, a Dom Senhorio, Sociedade de

Mediação que logo se tornou uma empresa de referência.

Dom Senhorio

“UM SERVIÇO IMOBILIÁRIO DE EXCELÊNCIA”

A Dom Senhorio oferece serviços de

angariação, venda e arrendamento de

imóveis por todo o país, garantidos por

profissionais experientes e conhecedores

do mercado imobiliário a nível nacional. A seleção

dos imóveis é feita segundo requisitos de qualidade

e excelência, nomeadamente na localização. “Temos

vontade de servir sempre bem os nossos clientes e

para isso adotamos uma posição de rigor e proximidade

com eles”, afirma Rosalva Fonseca, administradora da

empresa. O atendimento personalizado é a característica

que mais diferencia a Dom Senhorio das outras

empresas do setor, “procuramos o imóvel conforme a

vontade do cliente, ou seja, o cliente diz-nos o que

procura e realizamos uma vasta pesquisa que preencha

as suas necessidades”, acrescenta Rosalva. Outra

particularidade desta empresa é a exclusividade de

negociação de alguns imóveis especiais “temos imóveis

exclusivos , com características únicas que não são

divulgados, nem publicitados. Por vezes o proprietário

não deseja notoriedade na venda, assim fazemos um

trabalho discreto que atende a necessidade do cliente”,

afirma a administradora, acrescentando ainda que

possuem uma carteira de clientes muito ativa.

Ao longo dos anos, o trabalho da empresa tem resultado

em parcerias muito importantes. “Temos clientes que

estão connosco há mais de 20 anos”. O que pode

ser explicado pelo atendimento que não termina com

a concretização do negócio “O acompanhamento não

se esgota com a angariação e a promoção da venda

ou arrendamento, nem na realização da escritura da

propriedade.. O cliente tem sempre o nosso apoio”,

conclui Rosalva Fonseca.

A Dom Senhorio é uma empresa moderna que faz

uso das novas tecnologias para conseguir melhores

resultados naquilo que executa. Um dos objetivos da

empresa é possibilitar que o cliente encontre a casa

dos seus sonhos ou o lugar ideal para desenvolver

seus projetos. “O sucesso da nossa empresa se

explica pelo atendimento que se ocupa realmente em

dá respostas positivas ao cliente, há muito empenho e

muita seriedade em oferecer um serviço e produto de

qualidade para aqueles que nos procuram”, acrescenta

Rosalva Fonseca.

Sediada em Lisboa, a empresa também está presente na

Espanha. No site da Dom Senhorio é possível encontrar

imóveis de várias tipologias, localizados, nomeadamente

em Portugal e em Espanha para comprar ou arrendar.

“Começamos a trabalhar o mercado espanhol. Em

Espanha, trabalhamos sobretudo com os imóveis

especiais, ou seja, num mercado que não passa pela

publicidade, portanto são direcionados a clientes

específicos”, afirma Rosalva Fonseca.

A administradora ressalva ainda que há nesses últimos

anos um crescimento bastante acentuado de negócios

efetuados com os estrangeiros “Há um interesse muito

grande dos angolanos, dos franceses e dos brasileiros.

Os clientes brasileiros são muito exigentes, estão

sempre a procura do que há de melhor e daquilo que

é mais requintado em nível de imóveis”, coloca Rosalva

Fonseca.

rosalva fonsecaAdministradora

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Em crescente expansão a marca Bosch é sinónimo de qualidade e de credibilidade no mercado, com cerca de 360 subsidiárias

distribuídas por diferentes países, prevê contratar em Portugal cerca de mil colaboradores, até o final de 2018.

bosch car service

LIDER MUNDIAL NO FORNECIMENTO DE TECNOLOGIA E SERVIÇO

A Bosch é uma marca provida de níveis de

notoriedade reconhecida por todos, sendo

associada de imediato à qualidade e inovação, não

só no nosso país, mas em todos os países que está

presente. E em que áreas?

A Bosch é líder mundial no fornecimento de tecnologia

e serviços. Em 2014, tínhamos mais de 290 mil

colaboradores, o que permitiu gerar uma faturação

próxima dos 50 mil milhões de euros. O Grupo é

constituído pela Robert Bosch GmbH e cerca de 360

subsidiárias e empresas regionais, localizadas em 50

países. Se se alargar essa rede aos representantes de

vendas e serviços, então a Bosch está presente em

cerca de 150 países.

A estrutura da propriedade da empresa garante a

autonomia empresarial necessária para assegurar o

seu futuro. Operacionalmente, o Grupo desenvolve a

sua atividade em quatro áreas: Soluções de Mobilidade,

Tecnologia Industrial, Bens de Consumo, e Tecnologia de

Energia e de Edifícios.

A permanente preocupação com a excelência e a

aposta na inovação para melhorar a qualidade de

vida das pessoas são a base do negócio da Bosch. O

lema “Tecnologia para a Vida” é o vetor que sustenta

essa estratégia, tanto em Portugal como no mundo.

Exemplificando com o caso português, a empresa tem

investido em inovação em parceria com universidades

locais, de forma a expandir os serviços que presta ao

resto do Grupo e também atrair mais projetos para

produção no país. Neste sentido, prevê-se a contratação

de cerca de mil colaboradores até ao final de 2018 e

um plano de investimento direto de 50 milhões de euros

até ao final do próximo ano (2016).

Em que vertentes do ramo automóvel podemos

encontrar a Bosch?

A Bosch é uma marca reconhecida internacionalmente

como sinónimo de qualidade, inovação e seriedade. A

área da tecnologia automóvel é a que mais se destaca

dentro do Grupo, correspondendo a 62 por cento do

volume de vendas. Neste setor, a Bosch atua em duas

frentes. Por um lado, no desenvolvimento de tecnologia

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

97

e saiba qual o preço fixo para a revisão do seu automóvel.

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e no fabrico de componentes e sistemas que equipam

as viaturas nas linhas de montagem dos construtores

de automóveis. Por outro lado, estamos presentes no

aftermarket. Neste contexto, a colaboração da Bosch

estende-se a todo o mercado de reparação e manutenção

automóvel multimarca. Para além de uma vasta gama de

peças de substituição, comercializamos equipamentos

de diagnóstico e comprovação para oficinas auto, às

quais também proporcionamos formação técnica e um

abrangente leque de serviços. Esta abrangência singular

permite à Bosch manter a maior rede de oficinas do

mundo, a rede de oficinas Bosch Car Service. Uma

marca internacional que há mais de 90 anos, lidera

o mercado da reparação e manutenção automóvel,

também, em Portugal. Atualmente, a marca Bosch Car

Service está presente em 150 países com mais de

16.500 oficinas associadas. Todos os anos, 50 milhões

de carros são assistidos na rede Bosch Car Service, o

que equivale a três veículos a cada dois segundos.

No nosso país, para além de uma forte presença no

aftermarket, a Bosch tem projetos ligados ao ramo

automóvel na unidade em Braga, em particular os

projetos de multimédia como sistemas de instrumentação

e infotainment livremente programáveis, os sistemas

com tecnologia dual view e os Head-Up-Displays, com

foco na segurança e no conforto do condutor e nas

necessidades de conectividade do mercado tecnológico.

Em Portugal, as oficinas Bosch Car Service

prestam serviços de assistência automóvel para

todas as marcas?

Existem mais de 140 oficinas Bosch Car Service

distribuídas por todo o país. Dada a cobertura ímpar por

todo o território nacional é fácil encontrar uma oficina

Bosch Car Service por perto. Estas oficinas prestam

serviços de manutenção e reparação, dos mais simples

aos mais complexos, em automóveis de todas as marcas,

modelos e idades, sempre com garantia. A Bosch Car

Service conta com uma carteira de clientes vasta e

diversificada, constituída tanto por clientes particulares

como por empresas com frotas de dimensões muito

variáveis, aos quais garantem mobilidade, segurança,

conforto, comodidade e, também, competitividade de

preço.

Que factores deverá ter o condutor em conta

ao escolher uma oficina multimarca e porquê

escolher a Bosch Car Service?

Os automóveis querem-se nas estradas, e não nas

oficinas. E o que os automobilistas querem, sobretudo,

é utilizar os seus automóveis para satisfazer a sua

necessidade de mobilidade sem sobressaltos, com

o máximo de segurança, conforto e prazer. Para que

isso aconteça, devem poder contar com uma oficina

de confiança que lhes proporcione aconselhamento

profissional e um serviço de manutenção adequado

para as suas viaturas. Um automóvel que se mantenha

nas devidas condições de manutenção não precisa de

ir muitas vezes à oficina, prevenindo-se assim o risco

de avarias. As oficinas Bosch Car Service correspondem

totalmente aos requisitos dos automobilistas de

hoje. São oficinas de confiança, que trabalham com

transparência num local, horário e preço acessível,

oferecendo ao cliente garantia em todos os serviços que

possam necessitar, desde a manutenção e reparação,

passando pela mudança de óleo e filtro, a substituição

de uma bateria, ou o diagnóstico e reparação de uma

avaria eletrónica. Tudo, com um serviço após venda a

nível nacional.

Para além dos mais de 140 pontos de localização

das oficinas Bosch Car Service, a rede dispõe de um

website www.boschcarservice.pt onde, entre outras

informações, é possível consultar qual a oficina mais

próxima. Disponibiliza também um número de contacto

grátis dedicado aos clientes da rede, que é o 800 50

40 30 e que presta todas as informações úteis tais

como, localizações, serviços disponíveis, agendamento

centralizado, campanhas em vigor, orçamentos prévios

para uma diversidade de operações sem que o cliente

tenha de deslocar-se à oficina, com total comodidade e

transparência.

INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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A propósito da importância do biodiesel nos dias de hoje, pelo seu indiscutível papel no contexto das energias renováveis, conversamos

com Jaime Braga, secretário-geral da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis sobre o papel e importância da mesma

na sua promoção.

appb

a alternativa aos combustíveis fósseis

Para quem não conhece a Associação, como

identificaria a mesma e qual a sua principal

missão em Portugal?

A APPB – Associação Portuguesa de Produtores de

Biocombustíveis foi constituída em Abril de 2009,

tendo sido fundada pelos principais produtores de

biodiesel: Iberol; Fábrica Torrejana; Prio Biocombustíveis;

Biovegetal e Sovena. O biodiesel tem um indiscutível

papel a desempenhar no contexto das energias

renováveis, especialmente no setor dos transportes

rodoviários, apresentando-se como uma alternativa

ecológica aos combustíveis fósseis, vindo a assumir um

papel de destaque na defesa da sustentabilidade e na

redução da dependência das importações de energia

na União Europeia. Nesse sentido, a União Europeia

alterou a norma do Gasóleo (EN 590) de forma a

permitir incorporações até 7 por cento de biodiesel

no gasóleo. Porque toda a legislação do setor está em

mudança e existe um total desconhecimento por parte

do grande público sobre a realidade do biodiesel, foi

sentida a necessidade de congregar esforços entre os

interessados para que se possa fazer face aos destinos

de um setor claramente indispensável.

De que forma conseguem levar a cabo a mesma?

A APPB, como associação empresarial reconhecida

no seu papel de representante do setor, tem assento

no Conselho Nacional dos Combustíveis, e tem sido o

interlocutor do Governo e dos órgãos competentes da

Administração Pública para a defesa da utilização de

biocombustíveis nos transportes e outros fins energéticos.

Paralelamente, a APPB tem como objetivo a criação de

uma fileira para a produção de biocombustíveis, desde a

sua produção agrícola ao consumo final.

O biodiesel e as suas apetências são ainda

desconhecidas do público?

O biodiesel não consta do vocabulário dos consumidores

portugueses, que apenas conhecem o gasóleo. Na

realidade, poucos sabem que, quando utilizam o produto

denominado gasóleo, estão a consumir biodiesel que foi

nele incorporado por força da lei. As matérias-primas

que estão na base da produção de biodiesel são de

origem agrícola e o seu cultivo, em Portugal poderia

gerar um número considerável de empregos, reduzindo

a fatura energética nacional. Estamos convencidos de

que tal desinteresse desapareceria se parte dessas

matérias-primas fossem de produção nacional.

Qual o seu papel nas energias renováveis e qual a

sua aplicabilidade no dia a dia dos portugueses?

Como foi mencionado, o biodiesel é fabricado a partir de

óleos e gorduras que são, sobretudo, de origem agrícola.

O biodiesel é, também, um destinatário privilegiado para

o escoamento de subprodutos e de resíduos, dos quais

se destacam as gorduras de origem animal impróprias

para a alimentação, os óleos alimentares usados ou fora

da especificação e, até, óleos e gorduras recuperados

de águas residuais. O biodiesel, pela sua escala

de consumo, e uma vez que é, de longe, o principal

biocombustível, tem um papel incontornável no grupo

das energias renováveis em Portugal. Portugal tem

metas muito ambiciosas para as energias renováveis, 3

1por cento em 2020 e 40 por cento em 2030, e os

biocombustíveis poderão significar um décimo desses

valores. Concretamente, já hoje Portugal apresenta uma

quota de renováveis no total da energia consumida

de cerca de 28,5 por cento, sendo que sem os

biocombustíveis, essa quota não excederia os 26 por

cento.

Na sua opinião, porque é que o biodiesel é ainda

subvalorizado ?

O biodiesel é hoje subvalorizado pelo público e, até,

por muitos decisores públicos e do setor económico,

porque vive “à sombra” do gasóleo, uma vez que é

esta, e apenas esta, a denominação do produto que é

consumido. Por outro lado, talvez porque a produção

de biodiesel já atingiu a maturidade e se constitui como

a forma mais competitiva de redução da utilização de

combustíveis fósseis, a sua promoção já não consta

dos planos oficiais e o tema já não é o mais sugestivo

para os meios de comunicação social que, esses sim,

chegam ao público. Por outro lado, as prioridades atuais

de combate às alterações climáticas, estão a provocar

a promoção da mobilidade elétrica que, pese os seus

méritos e potencial futuro, ainda tem que percorrer muito

caminho para a sua competitividade e para de constituir

como alternativa no transporte profissional ou, até, no

particular.

No seu entender, o que ainda é necessário alterar?

A procura da sustentabilidade na produção da energia

necessária à atividade humana não pode estar sujeita a

modas ou preconceitos. O mundo necessita de energia

em quantidades crescentes e todas as possibilidades

para a sua obtenção sem esgotar as reservas de origem

fóssil são necessárias e devem ser consideradas na exata

medida da sua disponibilidade e do impacto ambiental

e económico que delas resultem. Os biocombustíveis

e, sobretudo, o biodiesel, têm um papel indispensável

no cabaz energético, porque são uma das principais

fontes renováveis de energia e numa quantidade para

a qual não se vislumbra substituto a médio prazo.

Neste sentido, é necessário que o enquadramento

dos biocombustíveis, aos níveis europeu e nacional,

reconheça o seu papel, clarificando o seu estatuto de

energia renovável e sustentável.

E projectos futuros, o que nos pode revelar?

A APPB está neste momento a trabalhar em dois

projetos:

• a promoção da imagem do setor

• o estímulo da produção agrícola nacional

sustentável das matérias-primas de que necessita para

o fabrico do biodiesel.

Por onde passa o futuro da APPB?

O sucesso da concretização dos projetos e o bom

senso que se espera por parte das instâncias europeias

e da legislação nacional no enquadramento do setor

dos biocombustíveis serão as chaves do futuro desta

Associação.

jaime bragaSecretário Geral

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