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750 Anos - D. Dinis DINISINA Revista da Escola Secundária de D. Dinis 750 Anos - D. Dinis ESDD - 2 de Outubro de 1972 a 2012 : 40 anos de vida Edição Escolar - Setembro de 2012 | Número Três

Revista da Escola Secundária de D. Dinis · PDF fileTrabalhos dos Alunos 15 Artes na Escola 17 Diário de Terra - Diário do Marinheiro Clube Europeu 18 Visita ao Parlamento Europeu

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DINISINA Revista da Escola Secundária de D. Dinis

Edição Escolar - Julho de 2012 | Número Três

750 Anos - D. Dinis

DINISINA Revista da Escola Secundária de D. Dinis

750 Anos - D. Dinis

ESDD - 2 de Outubro de 1972 a 2012 : 40 anos de vida

Edição Escolar - Setembro de 2012 | Número Três

28 Os 40 anos da ESDD

Os 750 anos do nascimento de D. Dinis

3 Editorial

Primeiro Plano

4 A Auto-avaliação da Escola e o

envolvimento da comunidade escolar

8 Equipas de Trabalho para a Auto-

avaliação da Escola

9 Equipas de trabalho das Ações de

Melhoria

Escola Aberta

10 Caça ao livro no CREAM

12 Espaço Ciências

Trabalhos dos Alunos

15 Artes na Escola

17 Diário de Terra - Diário do Marinheiro

Clube Europeu

18 Visita ao Parlamento Europeu

20 Marisa Matias veio à Escola

22 Semana da Europa

Visitas de Estudo

24 Visita de estudo ao Museu e Estúdios

da RDP/RTP

Projetos

26 ESDD

Destaque

28 Os 750 anos do nascimento de D. Dinis

e os 40 anos da ESDD

30 CREAM - Centro de Recursos

Educativos Ana Marques

Página 2 DINISINA

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índice

Volume 1, Edição 3 Página 3

Editorial O ano letivo de 2011/2012 decorreu sob o signo de datas marcantes na vida da Escola. Desde logo porque há 40 anos se construiu a Escola e com ela nasceram fortes expectativas de êxito e de melhoria de qualidade de vida para os seus futuros alunos e respetivas famílias. Foi o primeiro liceu da zona oriental da cidade de Lisboa e por aqui passaram gerações e gerações de jovens, muitos dos quais são hoje reputados profissionais em diversas áreas de atividade, mas que continuam a guardar um especial carinho pela sua escola, aquela que lhes proporcionou um conjunto de saberes e de vivências que jamais esquecerão. Também se comemorou o 750º aniversário do nosso patrono, Rei D. Dinis, que foi um dos grandes impulsionadores da cultura e da língua portuguesa, como o demonstram as suas tomadas de decisão no sentido de afirmar a Universidade em Portugal e tornar o Português como língua oficial do reino. Foi também um poeta de mérito reconhecido. Em data mais recente, 2007/2008, foi a Escola objeto de profunda intervenção física, permitindo-nos hoje trabalhar num espaço renovado e adaptado às necessidades dos novos tempos. Parecia também este ano destinado a mais um outro marco histórico. Assim foi e no terminus do ano letivo recebemos a notícia de que a Escola Secundária D. Dinis iria passar a integrar um novo Agrupamento de Escolas. Passou a Escola sede do Agrupamento de Escolas D. Dinis, constituído ainda pelas escolas, Básica Agostinho da Silva, Básica com Jardim de Infância, Dr João dos Santos e Escola Básica de 2º e 3º ciclo de Marvila. Um novo desafio. Desde há vários anos que as Direções das Escolas trabalhavam em conjunto na defesa dos interesses da educação e particularmente dos jovens de Marvila, pelo que se pode adivinhar a continuidade e o aprofundamento desse trabalho agora enquanto uma nova unidade. Foi igualmente um ano rico pela diversidade, profundidade e consistência de trabalho e de atividades dos seus profissionais, e dos seus alunos, como o atestam os resultados alcançados e que, na sua maioria, foram sendo referidos nas excelentes newsletters que fomos partilhando ao longo do ano. Foi um ano intenso, continua a sê-lo. Temos a consciência que trabalhámos e continuaremos a trabalhar com base num princípio que norteia a nossa missão de educadores: Uma escola pública de qualidade! Convido-vos a uma leitura atenta dos nossos artigos, nesta Dinisina nº3, onde destacarei, a Auto Avaliação da Escola e as celebrações do 40 anos da Escola Secundária D. Dinis, para além das múltiplas atividades que ocorreram ao longo do ano letivo, impossíveis de condensar numa só revista, mas que todas as Newsletters procuraram retratar número após número. Na qualidade de Presidente da Comissão Administrativa Provisória agradeço a todos o trabalho e dedicação demonstrado ao longo do ano, fazendo-o igualmente em nome de todos os que me antecederam e estendendo a todos os que ao longo destes 40 anos fizeram desta Escola uma referência. Desejo a todos um excelente novo ano letivo.

José António de Sousa

O processo formal de auto-avaliação da Escola Secundária D. Dinis teve lugar, pela primeira vez, entre 2010 e 2012 com a aplicação do sistema CAF (Common Assessment Framework), conforme previsto no projeto de intervenção do seu Diretor. O processo de inquirição levado a cabo em outubro de 2010, com a participação de todos os setores da comunidade escolar, associado ao benchmarking e à grelha de auto-avaliação, outros dois instrumentos do sistema de avaliação CAF, ajudou a delinear a perceção que a comunidade educativa tinha da escola e quais os aspetos que considerava como pontos fortes e como pontos fracos. Sobre estes viria a incidir o Plano de Ações de Melhoria lançado em 2011. Da análise dos resultados daqueles instrumentos de avaliação da escola evidenciaram-se como pontos fortes a oferta curricular da escola adaptada às necessidades da comunidade, o bom funcionamento das estruturas pedagógicas intermédias, os bons espaços, equipamentos, acessibilidades e condições de trabalho, a gestão cuidada dos recursos humanos, materiais e financeiros, a adoção generalizada das TIC, a dinâmica de projetos e ações de inovação pedagógica, o plano anual de atividades, sua avaliação e monitorização, o desempenho social da

escola e a sua imagem junto da comunidade, o envolvimento em parcerias e protocolos com empresas, instituições e autarquias. Como pontos fracos, identificaram-se a circulação de informação nem sempre eficaz, a coordenação inter e intra grupos e departamentos não totalmente assumida, a insuficiente monitorização dos processos de ensino–aprendizagem, a fraca eficácia dos apoios pedagógicos, o difícil envolvimento e a insuficiente formação contínua do pessoal não docente, a pouca participação dos encarregados de educação na vida escolar, o insuficiente registo e tratamento de dados de todos os contactos dos encarregados de educação com os diretores de turma, os horários dos serviços nem sempre ajustados às necessidades dos alunos, a necessidade de otimização da utilização dos recursos tecnológicos abundantes na escola, as taxas de transição e de abandono pouco satisfatórias, bem como os resultados escolares e o ranking da escola nos exames nacionais. Com base nestes aspetos, reconhecidos como fragilidades pela comunidade escolar, as ações de melhoria foram definidas, num total de onze. Por aplicação de critérios inerentes ao sistema de avaliação CAF, segundo uma ponderação entre

Página 4 DINISINA

A AUTO-AVALIAÇÃO DA ESCOLA E O

ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR

As duas primeiras ações deveriam estar concluídas em setembro de 2011, as restantes em fevereiro de 2012. Definiram-se os recursos humanos que iriam constituir as equipas, num total de aproximadamente meia centena de pessoas, os representantes de alunos e de pais que deveriam ser integrados em algumas das equipas e os professores que as iriam coordenar. Muito trabalho foi realizado a par da atividade normal da escola e dentro dos prazos previstos. Os resultados conseguidos refletem o esforço e o empenho de todas as equipas, a colaboração direta e indirecta de muitos outros elementos da comunidade educativa e o apoio da Direção a todo o trabalho que foi sendo desenvolvido. Muito de positivo se conseguiu realizar através das ações de melhoria implementadas. A seguir faz-se apenas uma breve descrição dos aspetos que mais se evidenciaram: Conseguiu-se uma aproximação significativa da tão desejada uniformização na organização e operacionalização dos grupos curriculares e das relações intra e inter departamentais, como sejam,

Volume 1, Edição 3 Página 5

capacidade de realização pela escola, satisfação da comunidade e impacto no projecto educativo esperados, as ações de melhoria ficaram assim ordenadas por prioridade ou urgência de implementação:

1. Melhorar a comunicação externa e interna (site, plataforma, portal, newsletter, jornais locais);

2. Adequar o funcionamento e os horários da biblioteca, sala de estudo, reprografia e secretaria às necessidades dos alunos;

3. Gerir e monitorizar os processos ensino-aprendizagem garantindo a uniformização por ano de escolaridade/disciplina e a articulação entre níveis de ensino com vista à melhoria dos resultados escolares;

4. Gerir e melhorar os processos ensino-aprendizagem (ação concertada e sistemática do Conselho de Turma com vista à resolução de problemas: diagnóstico, definição de estratégias/metas e avaliação regular);

5. Melhorar a cooperação sistemática inter e intra-departamentos no sentido do aumento do sucesso escolar;

6. Gerir e melhorar a eficácia dos apoios pedagógicos (para recuperação e desenvolvimento), aulas de substituição e projectos;

7. Planear ações conjuntas EE/Associação de Pais/Escola (ações concretas para ajudar os pais a orientar os filhos na sua vida escolar);

8. Melhoria das competências do PND (gestão de conflitos, comunicação, liderança, formação técnica, ...);

9. Elaborar um programa de ação para a educação ambiental (colocação de ecopontos) e para a conservação e higiene das instalações da Escola, que envolva alunos, professores e PND;

10. Reestruturação Moodle, formação e acompanhamento do pessoal docente na utilização da pla taforma;

11. Criar ferramentas eficazes de recolha e tratamento de dados escolares.

por exemplo, a implementação e formalização de dinâmicas e rotinas de planificação de didáticas e de avaliação de resultados, a promoção de práticas de trabalho colaborativo, a divisão de tarefas e partilha de responsabilidades entre os vários professores de cada grupo, a definição de ações concertadas entre os grupos do mesmo departamento e entre departamentos. Com a implementação da sala de estudo, a escola alargou a oferta de meios de apoio aos alunos em diversas disciplinas e descobriu potencialidades de

colaboração deste recurso com conselhos de turma e grupos curriculares no sentido da otimização futura dos apoios; A plataforma Moodle foi reestruturada, ficando preparada para otimizar a sua utilização numa perspetiva de trabalho colaborativo entre professores e de envolvimento de alunos de todos os níveis de escolaridade; No percurso da implementação das ações abriram-se também oportunidades de discussão e reflexão nomeadamente sobre o importante papel dos conselhos de turma no desenvolvimento individual dos alunos e a sua desejável operacionalização de modo a funcionarem cada vez mais como instrumento efetivo, sistemático e frequente de trabalho pedagógico colaborativo em detrimento do burocrático; Exploraram-se várias dinâmicas de intervenção junto de alunos e pais/EE em diferentes vertentes, de formação, análise de comportamentos e capitalização da experiência profissional dos pais, que mostraram ter potencialidades para um trabalho de continuidade que otimize a colaboração

com outras estruturas de coordenação da escola que naturalmente se relacionam com pais e encarregados de educação; A prática da educação ambiental concretizou-se com a implementação de ações de recolha seletiva de resíduos (papel, embalagens, itens eletrónicos) deixando caminho aberto e facilitado neste âmbito para orientação de comporta-mentos de rotina da comunidade escolar e desenvolvimento de dinâmicas de participação coletiva e consciente de cidadania; A comunicação interna e externa foi significa-tivamente melhorada com a institucionalização da newsletter mensal que dá a conhecer a toda a comunidade as atividades internas e externas em que alunos e professores se envolvem;

Para os alunos teve impacto direto a melhoria de forma sensível e satisfatória dos horários dos serviços prestados pela escola e a dinâmica de ajustamentos que naturalmente se foi intro-duzindo; Ficou aberta a possibilidade de se fazerem registos, de uma forma eficaz e confortável, dos contactos dos diretores de turma com os encarregados de educação, através da criação, instalação e implementação de um

Página 6 DINISINA

avaliação da escola espera-se que haja consolidação dos resultados conseguidos, otimização de rotinas e desenvolvimento dos aspetos a melhorar definidos pelas equipas, mas também que se inicie um novo caminho de melhoria alinhado com os novos parâmetros da avaliação externa no sentido da concretização do sucesso na aprendizagem e no desenvolvimento de cada aluno.

A equipa de auto-avaliação da escola 2010-2012 As professoras:

Ana Pereira

Ana Quelhas

Filomena Silva

Laura Santos

Paula Ferreira

Maria da Luz Castro (Coord.)

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sistema informático dedicado, desenvolvido por professores e alunos do curso profissional de informática; Foi implementado um plano de formação para todo o pessoal não docente que respondeu a expectativas e necessidades manifestadas pelos próprios e deixou campo aberto para uma ação continuada. Os resultados das ações de melhoria foram apresentados à comunidade escolar no dia 2 de Maio. Na próxima etapa do processo de auto-

Página 8 DINISINA

Equipa de trabalho para a Auto-Avaliação da Escola

2010-2012

N.º Nome Sector da comunidade educativa Etapa CAF

1 Ana Casca Professores Benchmarkig (2010)

2 Ana Quelhas Professores Benchmarking e PAM

3 Ana Pereira Professores Benchmarking e PAM

4 António Ramos Professores Benchmarking (2010)

5 Filomena Silva Professores Benchmarking e PAM

6 Laura Santos Professores Benchmarking e PAM

7 Maria da Luz Castro (Coord.) Professores Benchmarking e PAM

8 Nuno Santos Professores Benchmarking (2010)

9 Paula Ferreira Professores Benchmarking e PAM

10 Ana Barata Assistentes Técnicos Benchmarking e PAM

11 Sandra Macedo Assistentes Operacionais Benchmarking e PAM

12 Joana Silva Alunos Benchmarking (2010)

13 Neuza Paulitos Alunos Benchmarking e PAM

14 Carlos Dias Pais/EE Benchmarking e PAM

Volume 1, Edição 3 Página 9

Equipas de trabalho das Ações de Melhoria

2010-2012

O dia da ESCOLA ABERTA foi uma festa no CREAM! Os diferentes alunos do 9ºano que passaram pela Biblioteca, da nossa e de outras escolas vizinhas, foram convidados a aprticipar numa “Caça ao Livro” que despertou nos alunos a motivação para a busca de livros, aprendendo as técnicas específicas de pesquisa bibliográfica e documental, tão impor-tantes para o seu futuro académico e profissional. A atividade ultrapassou largamente as expetativas. Foi surpreendente a azáfama e a competição saudáveis que se viveram no Centro de Recursos! O SCRIPTORIUM, recriação de um espaço de escrita e de estudo medieval onde não faltou o pergaminho, a pena, o candelabro, entre outros adereços alusivos, foi um sucesso! Muitos “convidados” assinaram o Livro de Honra onde os comentários atestam a satisfação dos participantes. Um louvor especial a todos os que colaboraram nesta atividade sobretudo à D. Luísa Palma pelo seu dinamismo e entusiasmo!

Filomena Silva

Página 10 DINISINA

ESCO

LA ABE

RTA

Caça ao Livro no CREAM

SCRIPTORIUM

Volume 1, Edição 3 Página 11

Página 12 DINISINA

Em maio, o Dia da Escola Aberta foi um sucesso! A sala do auditório transformou-se numa verdadeira feira de ciências onde os alunos partilharam as suas experiências e foi um convite irresistível aos amantes das ciências.

Também equipas de alunos dos anos mais avançados acompanharam e orientaram os nossos visitantes. Em cada banca, discutia-se e explicava-se, em pormenor, tudo o que observavam e experimentavam, mostrando-lhes o que de melhor se faz na ESDDinis. Realizaram-se várias atividades pedagógicas para aguçar a curiosidade dos alunos sobre o mundo das ciências, tendo como pano de fundo, o reinado de D. Dinis. Teresa Moura

ESCOLA ABERTA

Volume 1, Edição 3 Página 13

Página 14 DINISINA

Volume 1, Edição 3 Página 15

“ O desenho é a base de todo o ensino escolar e de toda a educação do homem. A fonte de todos os conhecimentos humanos é a observação. “ Ramalho Ortigão – 1880

Chegamos ao fim de mais um ano letivo. E, é com enorme satisfação que concluímos que foi um ano muito positivo. Ao longo do ano organizamos várias exposições, com o intuito de incentivar e motivar o gosto pela arte. A divulgação dos trabalhos realizados pelos alunos à comunidade educativa e aos encarregados de educação, melhora a relação com escola e a autoestima do aluno. Nas aulas exploramos experiências criativas para que os alunos tivessem a oportunidade de se desenvolverem individual e coletivamente. Na comemoração dos 750 anos do nascimento do nosso patrono, os conteúdos programáticos da

disciplina de Educação Visual do 7ºano foram enquadrados nesta temática. Cada risco, cada mancha, cada cor têm a sua história, a história dos materiais, a história do aluno, enfim conta de certa forma a história da nossa escola. Aprendemos a conhecer o mundo através do olhar, do ver e do sentir, e só depois perguntamos, comentamos e refletimos. “ O desenho é provavelmente a forma de expressão que sintetiza melhor a nossa relação com o mundo…” Alberto Carneiro

Irene Ferreira

Delegada do grupo disciplinar Artes Visuais.

Página 16 DINISINA

Anive

rsário

de D

. Dinis

No início do ano desafiei os alunos do 10º H a produzirem um texto no âmbito das comemorações do aniversário de D. Dinis. O tema genérico era: Pinhal de Leiria - Naus em terra, tema inspirado na Mensagem de Pessoa e na expressão "O plantador de naus a haver".

Assim propus duas alternativas: 1ª Um Diário de Bordo - escrita pelos agricultores que plantaram o pinhal, mas cuja imaginação partiu com as naus à descoberta, os que ficaram partindo. 2ª Um Diário de Terra - escrito pelos marinheiros que embarcaram mas cuja nostalgia os prende pela imaginação à terra que deixaram, os que partindo ficaram.

Prof. Jaime Macedo

Diário de Terra - Diário do Marinheiro

A cada onda que rebenta, imagino uma história com um final infeliz, como o meu. Eu que suspiro infelicidade e saudade dos meus familiares e amigos que deixei em terra.

- Estou em alto mar, parti dia 27 de Abril de 1813, e estou em dia 15 de Agosto de 1813 estou em pleno oceano pacífico, sem saber exactamente o rumo a seguir, sem saber exactamente o que procuro, neste imenso mar eu sinto-me uma impotente gota d’agua neste oceano imenso de oportunidades… -Chove bastante, sinto-me assustado, cada grito de fúria do céu que acende os fogos de Santelmo, anunciando uma tragedia, ou quem sabe talvez a esperança de uma vida nova… Finalmente a tempestade parou, e eu estou muito aliviado, já se vêm as estrelas no céu, finalmente algo para me guiar… porque apesar do contratempo já posso seguir o meu caminho. Apercebi-me que já passou 4 meses… 122 dias… cada dia 24 horas, cada hora 60 minutos, cada minuto 60 segundos e cada segundo uma eternidade sem a minha família… Sinto falta daquela, comida caseira feita pela minha mulher, dos abraços dos meus filhos quando chegava a casa, dos sorrisos deles. Sabia que tinha de escolher entre ficar na pobreza ou limitar-me a ir nesta viagem, e tentar talvez desvendar o desconhecido, uma solução a todas as magoas neste mundo, um tesouro que me deixe uma marca eterna num mundo de vidas efémeras. - Finalmente vejo terra, já não era sem tempo. Estou numa ilha bastante extensa, com uma grande variedade de mantimentos, e com muita pescaria para me alimentar. Não vou poder ficar muito mais tempo nesta ilha pois tenho de voltar para casa o mais rápido possível, estou com muitas saudades, mas sei que consigo aguentar mais uns meses.

3 Dezembro Estamos perto do Natal, agora devia de estar com os meus filhos, a festejá-lo. Estou nesta ilha deserta, sem maneira de sair, o meu barco encalhou-se na terra, e eu estou a ficar sem mantimentos, a minha vida está-se a afundar num remoinho de sentimentos e frustração, não posso avisar ninguém, não tenho a quem recorrer. A minha mulher deve pensar que estou morto, deve nesta altura andar de luto ou então com outro homem! Só de pensar na possibilidade de ter outro homem na minha casa põe-me louco e ainda mais desesperado.

7 Dezembro Estou em alto mar, a lutar contra a corrente fortíssima, tentando dirigir-me para Norte, pelo sentido das estrelas estou no caminho certo, mas nada me garante que esteja realmente perto ou imensamente longe. 23 Dezembro - ESTOU A VER TERRA! A MINHA TERRA! O Porto de Belém, está cheio de Barcos e caravelas, cheias de Peixes, e especiarias mas vejo espaço para o meu humilde barco. No dia 24 de Dezembro, cheguei a casa, e mesmo a tempo para passar o natal com a minha família. Vi os meus filhos finalmente, cresceram tanto! Ficaram radiantes quando contei sobre a minha aventura. Fiquei contente por eles não quererem que me vá embora outra vez J A minha mulher, também ficou muito feliz, por me ver de volta, esperou por mim, assim vê-se que ela realmente me ama. O Joaquim falou comigo e vou voltar para o mar outra vez dia 15 de Janeiro, para fazer um carregamento de peixe. Mas vou demorar muito menos tempo... Demorarei menos… Tenho de demorar menos para poder morar mais com os que amo. Assim Deus me ajude!

Joana Marques e David Camal

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Em Dezembro do presente ano letivo, a convite da eurodeputada Dr.ª Graça Carvalho, um grupo de professores e alunos deslocou-se a Bruxelas para visitar o parlamento europeu. Foi uma mais-valia. Tivemos tempo para tudo e o convívio entre todos os intervenientes foi muito enriquecedor. O dia 27 começou muito cedo! O check-in teve lugar às 6h30m no aeroporto da Portela e chegámos a Bruxelas pelas 11h40m.

Após o check-in no hotel Bedford fomos visitar o Parlamentarium – o centro de visitas do Parlamento Europeu. Na receção foi dado a cada visitante um dispositivo touch-screen multimédia que nos permitiu realizar uma viagem pela união europeia, desde a sua origem, até ao seu momento atual, apontando os caminhos para o futuro. Começámos pela informação relativa dos edifícios nos três locais de trabalho no parlamento europeu – Bruxelas, Estrasburgo e Luxemburgo.

À medida que fomos caminhando, a informação foi-nos sendo dada de uma forma apelativa e inovadora.

Os guias multimédia exibem informações e curtos filmes em cada etapa da visita. Estar no parlamentarium significa viver uma experiência única, interativa, onde é possível reunir informação, educação e entretenimento. As informações são obtidas através de “telas” de toque, máquinas interativas e máquinas em 3D. Os mais novos podem-se imaginar ocupando uma das cadeiras dos eurodeputados através de um jogo multimédia.

A galeria de línguas mostra todo o lado high-tech do parlamentarium.

Este espaço de 5,4 mil metros quadrados proporciona de “forma lúdica e inovadora” a história política da UE e demonstra o quão difícil é a tomada de decisões em meios e países tão diferentes. O teto desta galeria é excecionalmente iluminado por um conjunto de LEDs, que delineiam o mapa da UE. Através de um ecrã digital, os visitantes podem submergir no centro de ação do parlamento europeu e observar as pessoas que o constituem; os eurodeputados. Nas bancadas, um ecrã tátil permite conhecer melhor os nossos representantes democraticamente eleitos.

Page 18 DINISINA

Visita ao Parlamento Europeu

Nesta visita embarcámos numa viagem virtual pela Europa que nos permitiu descobrir o contributo da UE para cada um dos países. Pudemos ouvir relatos de concidadãos europeus sobre o significado que a UE tem para cada país-membro.

Após a visita passeámos por Bruxelas e fomos jantar na pizaria Napoli, onde reinou a boa disposição. No dia 28 fomos visitar o parlamento europeu, a única assembleia parlamentar multinacional que existe no mundo. Trata-se de uma instituição da UE diretamente eleita pelos cidadãos. Representa cerca de 500 milhões de pessoas dos 27 estados-membros que, de 5 em 5 anos, por sufrágio universal direto,

elegem os seus eurodeputados. Em junho de 2009, o parlamento passou a contar com 736 deputados europeus, congregados em grupos formados com base em finalidades políticas e não na nacionalidade. Fomos gentilmente recebidos pela eurodeputada Graça Carvalho. Houve uma grande aproximação entre esta, os professores e os nossos jovens, com troca de ideias e debate. O convívio foi frutífero:

Antes da despedida do parlamento, o grupo D. Dinis tirou uma fotografia com a eurodeputada para mais tarde recordar. Rosário César

Volume 1, Issue 1 Page 19

Em síntese:

ESTA VISITA A

BRUXELAS PERMITIU

REFORÇAR A NOSSA

PERCEÇÃO DE

PERTENÇA À UNIÃO

EUROPEIA.

No dia 25 de Fevereiro de 2012 veio à nossa escola a eurodeputada Marisa Matias. Foi a nona convidada dos 22 Eurodeputados nacionais.

Fez a licenciatura, o mestrado e o doutoramento em sociologia na Universidade de Coimbra, terminando os estudos em 2009. Publicou vários artigos científicos,

capítulos de livros e outras publicações nacionais e internacionais.

Tem-se dedicado às relações entre o ambiente e a saúde pública e entre a ciência e o conhecimento, assim como entre a democracia e a cidadania. Colaborou enquanto formadora/professora em vários cursos de formação, programas de pós-graduação, etc..

Foi com muita alegria que recebemos a Dr.ª Marisa

Matias na nossa escola, a qual teve oportunidade de cumprimentar alguns professores e de trocar impressões.

Já no auditório, a Eurodeputada parou em frente ao mega-cartaz, no qual estão expostas as fotografias dos eurodeputados nacionais, e observou-o

atentamente.

Abordou algumas questões que foram colocadas pela assembleia. A Ana Mendes colocou uma questão relativa ao livro verde europeu sobre o

quadro estratégico comum de financiamento da investigação e inovação.

A Carina Aguiar colocou questões relativamente ao relatório que a Eurodeputada viu aprovado sobre o livro branco da comissão europeia a propósito do clima.

A nossa Eurodeputada afirmou que existem medicamentos falsificados a circular na Europa. Segundo a mesma, a tarefa de desmantelar a rede não tem sido fácil. Tem exigido muitas reuniões, chegando-se a conclusões e tendo sido aprovada a diretiva de medicamentos falsificados na União Europeia, proposta pela Dr.ª Marisa

Página 20 DINISINA

Marisa Matias veio à escola

O Clube Europeu ofereceu a sua camisola e a Ana Mendes explicou a “história” da origem do logótipo do nosso projeto estampado na mesma.

A Eurodeputada agradeceu e vestiu a nossa camisola! O seu gesto foi calorosamente aplaudido por todos os presentes.

A coordenadora do projeto ofereceu um porta-chaves, também com o logótipo do clube.

Já de camisola vestida e porta-chaves na mão, a Eurodeputada agradeceu o convite que a escola lhe fez e a presença de todos os que estiveram

no auditório. Convidou-nos também para visitar o Parlamento Europeu em 2013.

Volume 1, Edição 3 Página 21

A Natascha Soares ofereceu um belo ramo de flores em nome da escola como reconhecimento da vinda da Eurodeputada.

E, finalmente, foi também oferecido o brasão da escola estampado em acrílico.

A nossa convidada fez questão de tirar uma

fotografia com a nossa “fotógrafa”, a Vanessa

Lopes!

Rosário César

Página 22 DINISINA

Na Semana da Europa e seguinte, de 7 a 21 de abril, decorreu a

exposição de trabalhos realizados sobre alguns trajes regionais de

Portugal e de outros países da União Europeia.

O projeto Clube Europeu atingiu vários objetivos com este evento,

ao "fazer uma viagem" pelas inúmeras formas de trajar que

tiveram, e ainda têm, uma importância vital na identificação

cultural, social e profissional dos povos.

Vestidos, casacos, bordados e danças tornaram-se símbolo de

Espanha. Os estilos de vestir nos séculos passados permanecem na

sociedade contemporânea.

Mantilha de renda, leque, castanholas, peinas, pérolas e jóias são

elementos que fazem parte dos trajes da mulher espanhola, em

que se destaca a dança flamenca como forma tradicional de arte.

O traje de luces em seda com lantejoulas e fios refletivos de ouro

ou prata são hoje baseados nos trajes do século XVIII, envolvidos

na tauromaquia espanhola.

“Capote de paseo” sobre o braço esquerdo e “montero” na mão

direita.

O Kilt era o traje típico dos homens e jovens de montanha

escoceses do século XVI. Desde o século XIX está associado a

toda a cultura escocesa, tendo como herança a cultura celta.

O Kilt assemelha-se a uma saia com padronagem tartan (xadrez)

com as extremidades cruzadas na frente e presas com um alfinete

(kilt pin).

A acompanhar existe normalmente uma bolsa e um cinto com fivela

com símbolos celtas e uma gravata tipo borboleta.

Tem como acessórios meias até aos joelhos com detalhe em tartan

na mesma padronagem do Kilt e uma pequena faca com uma pedra

(skean dhu).

Existe um Kilt para o tocador de gaita-de-foles.

Os vestuários tradicionais continuam em muitas regiões a ser

usados em ocasiões festivas. Na Noruega o Bunad é usado nas

grandes datas comemorativas. Alguns locais criam novos tipos de

Bunad, que tem levado muitos jovens e senhoras a interessarem-se

pelo uso deste tipo de traje.

No traje de mordoma, depois dos brincos vinham os ornamentos do

pescoço num conjunto pesado e excessivo. O fascínio pelo ouro

Semana da Europa

Volume 1, Edição 3 Página 23

estendia-se aos acontecimentos sociais e religiosos.

O traje do chapeirão dos fins do século XVIII e início do século

XIX evidenciam a influência de alguma chapelaria eclesiástica, em

particular o galego de borlas dos cardeais romanos.

O traje dependia essencialmente da época do ano, da situação

económica das famílias, do clima e dos trabalhos próprios de cada

região. Em cada cultura existem grupos que se vestem de acordo

com o seu enquadramento urbano ou rural. A crossa e a capa de

burel serviam para proteger os pastores do frio e intempéries

quando iam para a serra com o seu rebanho.

A apanha do sal que corrói a pele e os níveis intensos de claridade

criaram, para a salineira, uma indumentária característica; cabeça e

cara protegidas dos níveis intensos de claridade. As luvas e as

perneiras salvaguardam da ação corrosiva do sal.

O traje da nazarena ilustra a vivência do mar e da pesca. Adaptado

ao longo dos anos, não só às necessidades da vida da faina, mas

também às tendências da moda (altura das saias, tecidos e

padrões), sobretudo o traje feminino que ainda hoje continua a ser

bastante usado no dia a dia, está longe de ser uma peça

museológica.

Como sentinela da lezíria, hábeis na guarda e condução de manadas

de gado grosso, os campinos são conhecidos pelo orgulho no seu

traje profissional que se manteve constante através das gerações.

A ceifeira vestia corpete com agasalho. A saia é franzida, apanhada

aos joelhos com cordões e segura entre pernas com alfinetes-de-

ama, parecendo ter vestido umas calças.

Algumas indumentárias desapareceram e hoje apenas alguns

ranchos folclóricos exibem-nas em festas e romarias. O bioco foi

uma indumentária muito expandida em Portugal, que cobria o corpo

da mulher da cabeça aos pés, formando em frente do rosto um tubo

cónico terminado por um orifício.

Um bioco "mais aligeirado": a mulher segurava o capelo (capuz)

armado de modo a encobrir o rosto.

Os grupos folclóricos dão a possibilidade de conhecer e ou

relembrar muitos antigos trajes, como é o caso dos Pauliteiros de

Miranda que, na sua dança “guerreira”, fazem uma série de passos e

movimentos coordenados, as “Viloas e Vilões” da ilha da Madeira e a

dança de Schuhplattler no Tirol.

Os vestuários tradicionais continuam a ser usados em ocasiões fes-

tivas em várias regiões. Rosário César

No dia 15 de março a turma 11.ºH1 foi visitar o museu e estúdios da RDP/RTP no âmbito da disciplina de geografia com a professora Rosário César. Excedeu as nossas expetativas. Existiram seis momentos fortes: I - A VISITA AO MUSEU

A coleção museológica da rádio e televisão portuguesa permitiu a observação de um vasto e valioso espólio de peças únicas que nos possibilitou acompanhar a evolução tecnológica da rádio e televisão ao longo dos tempos, destacando-se: Rádio móvel 1935 (ano da inauguração da

emissora nacional). Televisor 1958 com caixa de madeira. Grafonola de salão. Ainda funciona! Dá-se à

manivela, as portas abrem para o som se expandir, utiliza discos de uma só face anteriores aos de vinil.

Telégrafo de Morse. Utilizava correntes elétricas para controlar eletro-ímans para emissão ou receção de sinais.

Fonógrafo. Primeira máquina falante. Foi o primeiro aparato capaz de reproduzir sons, previamente gravados em cilindros de papel, metal ou cera.

Altifalante em forma de leque.

Primeiro rádio de transístor. Câmara de estúdio em ferro com zoom manual. Câmara de rua com filme. Após as filmagens, projetava-se, cortava-se o que

a censura exigia e o filme ia posteriormente para a coladeira.

Corte e colagem.

II - A VISITA AO ESTÚDIO RÁDIO DOS ANOS 50 Estúdio que revela o ambiente radiofó-nico dos anos 50. O locutor fazia os sons de jingle de estúdio.

Porta que funcionava para fazer sons e guardar vários objetos (vassouras, sinos, etc) para se obterem efeitos auditivos para folhetins radio-fónicos. III – A VISITA AOS QUIOSQUES DE MULTIMÉDIA Tivemos oportunidade de consultar conteúdos de rádio e TV que decorreram ao longo do tempo.A Helena Dias está muito concentrada!

IV – A VISITA AOS ESTÚDIOS ATUAIS DA RDP Começámos por visitar o estúdio para as produções áudio. Tivemos oportunidade de conhecer o técnico altamente especializado que consegue, através de aparelhagens, afinar a voz em tempo real, colocar efeitos especiais de bateria, piano e outros, vídeos virtuais, etc. A representação gráfica da controladora de tudo o que é gravado em som aparece no computador. O técnico seleciona, estica ou encurta a voz, corta o que não interessa e faz a composição final. Da teoria passámos à prática. Alguns de nós gravámos canções... e o César trabalhou a produ-ção! Em seguida visitámos o estúdio que é utilizado para as emissões das rádios Antena 1, 2 e 3. V – A VISITA À REGI MÃE DA RTP Todos vibrámos com a visita ao laboratório de edi

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Visita de Estudo ao Museu e Estúdios RDP/RTP

ção de imagens e som. Pudemos fazer experiências para perceber como é efetuado o trabalho de background de um estúdio de televisão. Tivemos também oportunidade de presenciar a emissão de um telejornal em direto, em que a locutora tem um teleponto e tudo é cronometrado ao segundo. VI – A ELABORAÇÃO DE GRAVAÇÕES NO LABORA-TÓRIO RTP Soubemos previamente que poderíamos realizar gravações ao vivo. Preparámo-nos, simulámos entrevistas, documentários e foi-nos dado um DVD com o programa de televisão em que nós, alunos do 11.ºH1, fomos protagonistas. Obrigada a todos aqueles que nos proporcionaram esta visita, que nos “abriu” horizontes e, para muitos, permitiu realizar antigos sonhos (gravação de música e realização de entrevistas e docu-mentários). Os alunos da nossa turma sentem-se muito lisonjeados por esta oportunidade que a escola nos proporcionou.

Carina Aguiar e Natasha Soares

Volume 1, Issue 1

Coleção Museológica

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Rádio móvel 1935

Televisor 1958

Grafonola de salão

1º Rádio transístor

Altifalante em leque

Câmara de rua

Telégrafo de Morse

Câmara de estúdio

Projetor

Corte e colagem

A ESDDinis não se esquece da capacidade

que os alunos têm de desenvolver projetos, em grupo ou individualmente, de promover o desejo de ir mais longe do que é debitado nas aulas. Não se esquece da importância de uma educação integral, holística dos nossos jovens. Também tem sempre presente os exames a que os nossos alunos do 3º ciclo e do secundário estão sujeitos. Para estes, o apoio de preparação para os exames vai sendo feito ao longo do ano, nas aulas e em tempos extracurriculares.

Mas fiquemos, por agora, pelo desenvol-vimento de projetos fora da escola, para que percebamos que, não negligenciando a preparação para os exames, vale a pena continuar a explorar os desafios fora de portas, por proporcionarem, também aqueles, o prazer de pensar, de planear, de criar, de resolver problemas. Em fevereiro, as turmas de Desporto foram convidadas, pelo segundo ano consecutivo, a integrar a organização do Corta-mato da Coorde-nação Local do Desporto Escolar de Lisboa Cidade. Em março, um grupo de alunos participou na final da 8ª edição do Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, em Coimbra, e, entre cerca de 2400 alunos, um aluno do secundário, da ESDDinis, ficou em 5º lugar. O Projeto Comenius, funciona na nossa escola há anos. Desta feita, sob o tema “Where the Ends Meet”, criou, mais uma vez, pontes entre uma equipa de professores e alunos da ESDD e uma escola de Bolu, Turquia. No Concurso Nacional de Leitura, no mês de abril, três alunas do básico tiveram uma participação honrosa. Num desafio “empresarial” - Master Card Innovation Challenge, “maratona” que teve lugar no Museu Fundação do Oriente. Entre 100 participantes de diferentes

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escolas, as equipas, que três dos nossos alunos do 9ºano integraram, foram contempladas com os apetecidos 1º, 2º e 3º prémios. Construíram plata- formas educativas ligadas à poupança e gestão de finanças. Alunos do 10º ano, do ensino profissional Multimédia, em resposta a um desfio do Media Lab, do DN, para a criação de um jornal temático, foram os vencedores. Na Galeria Millenium, na Rua Augusta, continua a exposição “A Sardinha é Nossa”, inserida nas Festas de Lisboa. Uma aluna do 11º de Multimédia tem lá a sua sardinha, entre as 193 selecionadas.

São estes resultados que nos fazem continuar a apostar neste tipo de projetos. Acreditamos que cruzamento entre projetos e conteúdos programáticos dá ainda mais sentido às aprendizagens. E os alunos correspondem, como ficou provado nestas participações. E é assim o modus operandi da ESDD: sem receios e com ousadia!

Equipa de Comunicação

Volume 1, Edição 3 Página 27

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Decorreram ao longo do ano letivo, as celebrações

dos 750 anos do nascimento do Rei D. Dinis. Muito se

deve a este Rei, patrono da nossa Escola, cujo reinado

foi produtivo nas mais variadas áreas. O Pinhal de

Leiria, a instituição da Língua Portuguesa como língua

oficial do reino, o apoio à poesia trovadoresca,

incentivos à educação e à cultura, a criação da uni-

versidade portuguesa, a demarcação das fronteiras

de Portugal Continental, medidas implementadoras

da pesca, do comércio marítimo e da extração do sal,

são algumas das suas decisões que marcaram

Portugal para sempre. Portugal prosperou e tornou-

se num dos mais estáveis países do continente

europeu no reinado de D. Dinis.*

Ao longo do ano letivo e até outubro, celebram-se

igualmente os 40 anos da ESDD. Mês de outubro, dia

25 do ano 1971, pelo Decreto-lei nº447 “[ é] criado

um Liceu Nacional misto (…) com a denominação de

D. Dinis e quarenta salas (…).” Foi o primeiro liceu da

zona oriental e o segundo misto de Lisboa. Mês de

outubro de 1972: o então Liceu nacional de D. Dinis

abre as suas portas. Em 1980 era frequentado por

mais de 5000 alunos! Ainda nos anos 80 transforma-

se em Escola Secundária. Era também conhecida

pelas ótimas instalações desportivas. Caracterizava-

se, já então, por ser uma escola centrada no aluno,

onde era manifesto o empenho na formação de

jovens. Com a construção de novas escolas na zona,

básicas e secundárias e a diminuição da população

estudantil, a ESDD cingiu-se, quase exclusivamente, a

alunos da sua área geográfica.

Tendo, inevitavelmente, como pano de fundo os

750 anos do nascimento do 6º rei de Portugal, e os 40

anos de Escola, realizaram-se várias iniciativas de

relevo.

Os diferentes grupos disciplinares integraram o

tema das comemorações nos seus programas

curriculares e desenvolveram múltiplas ativi-

dades quer em sala de aula quer abertas à

comunidade educativa. Muitas destas atividades

foram notícia mensal na Newsletter da Escola,

outras passaram mais despercebidas, não tendo

sido no entanto menos importantes.

O CREAM e o Auditório foram palco de exposições, palestras, jogos didáticos, repre-sentações de teatro e até de um “ scriptorium”, espaço reservado à escrita e estudo medieval, dando a conhecer em várias ocasiões, a vida do rei e o período histórico do seu reinado. Não faltaram, por isso, nestes espaços a leituras de contos, poesia, pintura e o acolhimento de

escritores e historiadores que deram vida ao mote “ D. Dinis Intemporal”. No dia da entrega dos diplomas contámos com a presença de suas majestades: o Rei D. Dinis e a Rainha Santa Isabel, representados por dois dos nossos alunos. Foi construído um painel alusivo ao rei e até surgiu a figura do rei-papel, fruto da colaboração do Grupo de Expressões. Sua majestade passou a fazer “as honras da casa” no átrio da entrada, dando as boas vindas a quem quer que nos visite. Um dos pontos altos das nossas celebrações foi

a ceia medieval que se realizou no dia 25 de

Maio, onde, o nosso cenógrafo (aluno EFA)

mostrou mais uma vez os seus dotes artísticos,

recriando um ambiente de castelo medieval que

acolheu cerca de cento e cinquenta convidados,

entre os quais se viam: damas da época, nobres,

homens do clero e várias figuras da corte que

reunidos à volta das longas mesas, puderam

saborear o porco no espeto, o arroz de feijão, os

doces conventuais e outras tantas iguarias-

Os 750 anos do nascimento de D. Dinis

e os 40 anos da ESDD

Volume 1, Edição 3 Página 29

O grupo de teatro “ Contra-Senso”, dirigido pelo ex - aluno, Miguel Mestre, protagonizou excelentes momentos de representação. Em ambiente tão animado, cantou-se e dançou-se como manda a tradição.

As equipas de projetos trabalharam nos seus inúmeros desígnios dos quais destaco dois que permitiram aos alunos a saída do país, alargando os seus horizontes e contactando com outras culturas. Refiro-me ao intercâmbio com uma escola da Turquia, inserido no projeto Comenius e a viagem ao Parlamento Europeu dos alunos quadro de excelência, a convite da Eurodeputada Graça Carvalho, no âmbito do Clube Europeu. Ou não fosse o nosso patrono um rei de visão, projetado no futuro, capaz de apoiar quaisquer destas iniciativas e até de se regozijar com a excelente classificação obtida no Festival Nacional de Robótica 2012 e o honroso primeiro lugar alcançado no Concurso de Robótica, organizado pelo Liceu Camões.

Alguns encarregados de educação trouxeram à Escola a sua experiência profissional, o conhecimento das suas áreas de formação, descreveram os sucessos e as dificuldades sentidas no prosseguimento das suas careiras e transmitiram aos alunos, nas palestras organizadas mensalmente, palavras de incentivo à continuidade do estudo como forma de realização pessoal e profissional de cada um.

A relação com a comunidade também saiu reforçada, quer nas atividades desportivas e culturais em colaboração com a Junta de Freguesia, quer no dia da “Escola Aberta” que visa anualmente a divulgação da oferta de Escola para o ano letivo seguinte e que recebeu este ano várias Escolas das freguesias de Marvila e Olivais, exibindo o contributo dos alunos em diferentes disciplinas. Sob o tema das comemorações, pôde ver-se a magia da Física, da Química e da Botânica demonstrada pelos alquimistas, perfumistas e curandeiros da época medieval, em paralelo com a atividade dos matemáticos, economistas, letrados e informáticos do século XXI.

Para terminar o ano letivo não faltou a já habitual sardinhada, com um convite bem humorado em forma de quadra rimada, dedicada nosso rei.

O trabalho desenvolvido pela comunidade educativa tem enchido de orgulho a nossa Escola em muitos momentos. Continuamos a caminhada da aprendizagem e da melhoria, certos que, desta forma, cresceremos como instituição e prestaremos a melhor homenagem ao nosso patrono.

Esperamos poder continuar a contar com a equipa de comunicação para dar a conhecer o que de melhor por cá se faz.

Isabel Nunes

Presidente do Conselho Geral de Escola

* Recomenda-se o programa Musica Aeterna (Antena 2) de 8/10/2011, cujo link se encontra aqui, para conhecer melhor “este grande Chefe de Estado que soube compreender o País que tinha em mãos e O soube guiar pelo bom caminho”.

CREAM - Centro de Recursos Educativos Ana Marques

Sptember comes….

Ao longo do ano o CREAM presenteou-nos com várias iniciativas que fizeram as delícias dos nossos alunos.

Desde encontros com escritores, oficinas de escrita, jogos como “Caça às palavras”, passando por

exposições, leitura criativa e teatro, o CREAM não parou!

Agora, que setembro chegou, abrace o mundo e deixe-se envolver por personagens absorventes e intensas

que nos levam a bom porto. A biblioteca da ESDD (CREAM) continua a oferecer boas leituras. Vai ver que lá

encontrará o tal livro à sua espera. Afinal, a ler entendemo-nos melhor!

Equipa de Comunicação

Ficha técnica:

Dinisina, setembro de 2012 – Nº 3

Direção: José António de Sousa

Design e paginação: Elsa Figueiredo

Coordenação: Mª da Luz Encarnação

Escola Secundária D. Dinis Rua Manuel Teixeira Gomes, 1950-186 Lisboa.

Tel: 218 310 190 Fax: 218 590 769

E-mail: [email protected]

Site: http://esecddinis.pt

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ESDDinis

Livros para a “rentrée”