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Edição Especial 1 Revista de Educação Especial Editora Chefe: Saionara Pussente Jornalista responsável: Izadora Souza Isaias Rosa Da Silva Destaque Autismo. Informes Sobre os próximos congressos de Educação Especial. Tudo sobre a nota técnica do MEC sobre o laudo. Dicas de filmes

Revista de Educação Especial - Edição Limitada

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Editora Chefe: Saionara Pussente Jornalista Responsável: Izadora Martins da S. de Souza Colaborador: Isaias Rosa da Silva

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Edição Especial

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Revista de Educação Especial

Editora Chefe: Saionara Pussente

Jornalista responsável: Izadora Souza

Isaias Rosa Da Silva

Destaque

Autismo.

Informes Sobre os próximos congressos de Educação Especial.

Tudo sobre a nota técnica do MEC sobre o laudo.

Dicas de filmes

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Edição Especial

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Revista Educação Especial. Edição Especial- Guia De Educação Especial- Tudo para suas

pesquisas na área da Educação Especial. Rio de Janeiro, Julho de 2014

Editora Chefe: Saionara Pussente

Graduanda de Pedagogia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro no Instituto

Multidisciplinar. Integrante do Grupo de pesquisa OBEDUC e Bolsista Do Programa

Incluir Coordenado pela Profª. Dra. Marcia Denise Pletsch com a Função de Monitorar e

acompanhar um aluno com Necessidades Especiais no 3º período do curso de Direito da

UFRRJ/IM no turno Matutino. Bolsista de IC no grupo de Pesquisa GESIED Gênero,

sexualidade, Infância e Educação coordenado pelo Profº. Dr. Jonas Alves.

Jornalista responsável: Izadora Souza

Graduanda de Pedagogia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro no Instituto

Multidisciplinar. Integrante do Grupo de pesquisa OBEDUC, Bolsista de apoio técnico e

voluntário de IC no Grupo de Pesquisa de Educação Especial coordenado pela Prof.ª Dra.

Marcia Denise Pletsch.

Jornalista responsável: Izadora Souza

Graduanda de Pedagogia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro no Instituto

Multidisciplinar. Integrante do Grupo de pesquisa OBEDUC, Bolsista de apoio técnico e

voluntário de IC no Grupo de pesquisa de Educação Especial coordenado pela Prof.ª Dra.

Marcia Denise Pletsch.

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Edição Especial

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Revista

Pesquisadores da Educação Especial

Editora- chefe: Saionara Pussente

Jornalista responsável: Izadora Souza

Guia De Educação Especial

Tudo Para suas pesquisas na área da Educação Especial

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Edição Especial

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Sumário

05 Editorial

06 Autismo

09 Informes Sobre os próximos Congressos

12 Nota técnica do MEC sobre o laudo

16 Curiosidades

16 Dicas de Filmes

18 Sugestões de atividades para professores do 1º

e 2º ano

19 Datas Importantes para Educação Especial

20 Declaração de Salamanca

21 Referências

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Edição Especial

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Editorial

Nesta edição especial da Revista De Educação Especial você vai encontrar uma série de dicas e pesquisas relacionadas à área da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, e também em especial a última Nota Técnica que se encontra no site do MEC que fala especificamente do Laudo das pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEE). A Educação Especial hoje é o debate mais presente na educação do país, é nesse sentido que buscamos assuntos atuais para atender ao nosso público e ainda selecionamos uma matéria em destaque sobre o Autismo. Desejo a você leitor que aproveite tudo que foi preparado aqui pra você e assim agradecemos aos nossos leitores pela preferência e bom gosto em apreciar a nossa revista.

Editora Chefe

Saionara Pussente

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Edição Especial

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AUTISMO

É uma desordem que apresenta comprometimentos em três importantes áreas do desenvolvimento humano: a comunicação, a sociabilização e a imaginação.

Comunicação Caracterizada pela dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal. Isto inclui gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e modulação na linguagem verbal. Portanto, dentro da grande variação possível quanto à severidade do autismo, podemos encontrar uma criança sem linguagem verbal e com dificuldades na comunicação por qualquer outra via – isto inclui ausência de uso de gestos ou uma precária utilização dos mesmos; ausência de expressão facial ou expressão facial incompreensível para os outros e assim por diante. Podemos, também, encontrar crianças que apresentam linguagem verbal, porém esta é repetitiva e não comunicativa. As crianças autistas apresentam os sintomas até os três primeiros anos de idade. O desenvolvimento da fala, nessas crianças, é lento e anormal, ou até ausente, caracterizando-se pela repetição daquilo que é dito por terceiros (ecolalia), ou pela substituição das palavras por sons mecânicos. São sintomas frequentes do autismo, a falta de reação aos sons e à dor, assim como a incapacidade de reconhecer situações de perigo, e a repetição

rítmica de certos movimentos como, por exemplo, balançar o tronco para frente e para trás, bater palmas, cantar etc.

Sociabilização

Este é o ponto essencial no autismo! Há uma dificuldade em relacionar-se com os outros, em compartilhar sentimentos, gostos e emoções e a redução da capacidade de discriminação entre diferentes pessoas. Muitas vezes a criança que tem autismo aparenta ser muito afetiva, por aproximar-se das pessoas abraçando-as e mexendo, por exemplo, em seu cabelo ou mesmo beijando-as quando na verdade ela adota indiscriminadamente esta postura, sem diferenciar pessoas, lugares ou momentos. Esta aproximação usualmente segue um padrão repetitivo sem nenhum tipo de troca ou compartilhamento. A dificuldade de sociabilização, em muitos casos é responsável pela falta ou diminuição da capacidade de imitar, um dos pré-requisitos fundamentais para o aprendizado. Estudos têm mostrado que, mesmo nos primeiros dias de vida, um bebê típico prefere olhar para rostos a objetos. Através das informações obtidas pela observação do rosto dos pais, o bebê aprende e encontra motivação para aprender. Já o bebê com autismo dirige sua atenção indistintamente para pessoas e para objetos, e sua falha em perceber pessoas faz com que perca oportunidades de aprendizado,

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refletindo em um atraso do desenvolvimento. Desvios qualitativos na imaginação

Isto pode ser exemplificado por comportamentos obsessivos e ritualísticos, compreensão literal da linguagem, falta de aceitação das mudanças e dificuldades em processos criativos. Esta dificuldade pode ser percebida por uma forma de brincar desprovida de criatividade e pela exploração peculiar de objetos e brinquedos. Uma criança com o espectro do autismo pode passar horas explorando alguma parte de um brinquedo, sem muitas vezes fazer esta brincadeira ser funcional. Em crianças que têm autismo e com inteligência preservada, pode-se perceber a fixação em determinados assuntos, na maioria dos casos incomuns em crianças da mesma idade, o que muitas vezes é confundido com nível de inteligência superior. As mudanças de rotina, como de casa, dos móveis, ou até mesmo de percurso, costumam perturbar bastante algumas dessas crianças. Existe uma grande associação entre autismo e retardo mental, desde o leve até o severo, sendo que considera-se que a gravidade do retardo mental não está necessariamente associada à gravidade do autismo. Atualmente a palavra autismo tem sido utilizada para se referir às diversas síndromes. Os sintomas variam amplamente, o que explica por que atualmente referimos ao autismo como um espectro de transtornos. Dentro deste espectro encontramos sempre a tríade de comprometimentos que confere uma característica comum a todos eles (dificuldade na comunicação, sociabilização e imaginação). Embora a estimulação da criança em casa e com seus familiares seja de suma importância, como o autista tem grave alteração de comunicação, mais especificamente no desenvolvimento de linguagem, a figura do

fonoaudiólogo é imprescindível para o tratamento precoce da criança. Desta forma, a terapia fonoaudiológica deve contar com o envolvimento da família, especialmente da mãe, para a melhora da criança.

Como estimular crianças autistas

Brincar na frente do espelho – se puder, tenha um espelho que a criança possa se ver inteiro. Sente-se atrás dela e brinque de mostrar as parte de seu corpo (cabelo, boca, olhos, nariz etc.). Algumas crianças precisam que se segure na mão dela para ajudá-la por nas partes do corpo. Faça comentários tipo, olha o (cite o nome dele (a) e a mamãe). Olha a mamãe e o (nome da criança) abraçados etc. Este exercício ajuda criar consciência do Eu e dos outros. Rasgar jornal. No início é comum o adulto ficar atrás da criança e segurar suas mãozinhas para pegar e rasgar jornal. Comece com pedaços grandes e vá diminuindo aos poucos. Este exercício ajuda na coordenação motora. Invente uma brincadeira como juntar os papeizinhos e jogar do alto (chuvinha de papel!!). Brincar de massinha. Esta brincadeira auxilia a coordenação, mas normalmente os autistas estranham muito a massinha. Não desista, é preciso insistir!!! Pintura a dedo – ótimo para estimular, você deve ir falando as cores e deixe a criança se lambuzar um pouco, dá aflição no início, mas aos poucos ela vai se adaptando. Não jogue as artes fora. De vez em quando mostre para ele as obras que já fez!! Pegue três latas de tamanhos diferentes (pequena, média e grande) e faça um furo na tampa de maneira a passar uma bolinha. Brinque com seu filho de por as bolinhas nas latas, reforce sempre as palavras Graaaande, mééédia pequeeena. Depois empilhe também as latas. Recomenda-se que as bolinhas sejam de pingue e pong. Dance – Dançar auxilia muito as crianças, brinque de dançar com seu filho, invente passos, mesmo que ele pareça não se interessar, continue.

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Ponha músicas de criança, chame os irmãos ou o pai para fazer uma roda.

Tente jogar bola, pode ser uma bexiga, se puder chame alguém para ajudar. Se seu filho não participa, peça para alguém ficar atrás dele e ajuda a pegar e jogar a bexiga para você.

Programas infantis como Castelo Ra Tim Bum, Mundo de Beakmann, além de educativos são ricos em estímulos. Massageie seu filho. Comece pela parte de trás, dos pés a cabeça. Na parte da frente do corpo, sentido inverso, da cabeça aos pés. Use um óleo ou creme antialérgico, de odor suave. Fale com seu filho enquanto o massageia. Diga como seus braços, suas pernas seu corpo é forte.Diga-lhe o quanto é amado.Se quiser, ponha uma música suave de fundo.Procure fazer da massagem um ritual diário.Não precisa técnica especial, precisa ter um toque suave e firme, é quase como um carinho.Os resultados são ótimos.

Insista sempre, é normal seu filho não se interessar no início, talvez até ficar arredio, não se incomode e continue, deixe as brincadeiras que ele mais gosta por último, faça uma sequência e siga-a, aí ele entenderá que logo virá à parte que ele gosta. Dedique uma hora diariamente para executar atividades de estimulação com a criança. Ana Carolina Borges: Fonoaudióloga graduada pela PUC-SP. Especialização em Psicopedagogia e Educação Especial pela UNESP-Marília. Experiência no atendimento aos problemas de linguagem decorrentes dos transtornos do espectro do autismo (autismo/psicose, transtornos globais do desenvolvimento, síndrome de Asperger), transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dislexia e processamento auditivo.

fonte: http://www.espacointegracao.com.br/artigos/autismo/

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Eventos

Congresso a vista...

01 a 04 de novembro de 2014

04 de agosto de 2014

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10 a 13 de setembro de 2014

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA

I Seminário Internacional Inclusão Escolar: práticas em diálogo

UERJ – CAp-UERJ – de 21 a 23 de outubro de 2014

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Edição Especial

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Edição Especial

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Nota Técnica MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Secretaria de Educação Continuada,

Alfabetização, Diversidade e Inclusão

Diretoria de Políticas de Educação

Especial

Esplanada dos Ministérios, Bloco L,

Anexo I, 4º andar, sala 412

CEP: 70047-900 – Brasília, Distrito

Federal, Brasil

Fone: (61) 2022-7661/9081/9177 – Fax:

(61) 2022-9297

NOTA TÉCNICA Nº 04 / 2014 / MEC /

SECADI / DPEE

Data: 23 de janeiro de 2014.

Assunto: Orientação quanto a

documentos comprobatórios de alunos

com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação no Censo

Escolar.

Em resposta ao Ofício nº

000139/CGCEB/DEED/INEP/MEC de

16 de janeiro de 2014, que solicita

orientação técnica em relação aos

documentos que podem ser

encontrados na escola para que sirvam

de declaração dos alunos com

deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento, altas

habilidades/superdotação no Censo

Escolar, a Diretoria de Políticas de

Educação Especial da Secretaria de

Educação Continuada, Alfabetização,

Diversidade e Inclusão do Ministério da

Educação apresenta as seguintes

considerações: A inclusão de pessoas

com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação em escolas

comuns de ensino regular ampara-se na

Constituição Federal/88 que define em

seu artigo 205 “a educação como

direito de todos, dever do Estado e da

família, com a colaboração da

sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo

para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho”,

garantindo, no art. 208, o direito ao

“atendimento educacional especializado

aos portadores de deficiência”. Ainda

em seu artigo 209, a Constituição

Federal estabelece que: “O ensino é

livre à iniciativa privada, atendidas as

seguintes condições: I - cumprimento

das normas gerais da educação

nacional; II - autorização e avaliação

de qualidade pelo Poder Público”. A

Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência (ONU 2006),

promulgada no Brasil com status de

Emenda Constitucional por meio do

Decreto Legislativo nº. 186/2008 e

Decreto Executivo n°6.949/2009,

estabelece o compromisso dos Estados-

Parte de assegurar às pessoas com

deficiência um sistema educacional

inclusivo em todos os níveis de ensino,

em ambientes que maximizem o

desenvolvimento acadêmico e social,

compatível com a meta de inclusão

plena, com a adoção de medidas para

garantir que as pessoas com deficiência

não sejam excluídas do sistema

educacional geral sob alegação de

deficiência e possam ter acesso ao

ensino de qualidade em igualdade de

condições com as demais pessoas na

comunidade em que vivem. Para

efetivar o direito da pessoa com

deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação, conforme

marcos legais supracitados, faz-se

necessária a definição, formulação e

implementação de políticas públicas

educacionais em atendimento às

especificidades de tais estudantes. Por

esta razão, o Educa Censo coleta

informações sobre a condição física,

sensorial e intelectual dos estudantes e

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professores, fundamentado no artigo 1

da Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência – ONU/2006 e

no artigo 5° do Decreto n°5296/2004.

Com base nesta declaração, identifica-

se o número de estudantes que

necessitam de material didático em

diversos formatos de acessibilidade,

assim como, demais recursos de

tecnologia assistiva, tais como: scanner

com voz, impressora e máquina Braille,

software de comunicação alternativa,

sistema de frequência modulada, além

de serviços de tradução e interpretação

da Língua Brasileira de Sinais e do

atendimento educacional especializado.

Segundo a Política Nacional de

Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva (MEC/2008), a

Educação Especial constitui-se em

modalidade transversal a todos os

níveis, etapas e modalidades,

responsável pela organização e oferta

dos recursos e serviços que promovam a

acessibilidade, eliminando, assim, as

barreiras que possam dificultar ou

obstar o acesso, a participação e a

aprendizagem.

Conforme disposto no Decreto N° 7.

611/2011:

“Art. 1º - O dever do Estado com a

educação das pessoas público- alvo da

educação especial será efetivado de

acordo com as seguintes diretrizes:

I - garantia de um sistema educacional

inclusivo em todos os níveis, sem

discriminação e com base na igualdade

de oportunidades;

II - aprendizado ao longo de toda a vida;

III - não exclusão do sistema

educacional geral sob alegação de

deficiência;

IV - garantia de ensino fundamental

gratuito e compulsório, asseguradas

adaptações razoáveis de acordo com as

necessidades individuais;

V - oferta de apoio necessário, no

âmbito do sistema educacional geral,

com vistas a facilitar sua efetiva

educação;

VI - adoção de medidas de apoio

individualizadas e efetivas, em

ambientes que maximizem o

desenvolvimento acadêmico e social,

de acordo com a meta de inclusão

plena;

VII - oferta de educação especial

preferencialmente na rede regular de

ensino.

§ 1º - Para fins deste Decreto,

considera-se público-alvo da educação

especial as pessoas com deficiência,

com transtornos globais do

desenvolvimento e com altas

habilidades ou superdotação.

§ 2º - No caso dos estudantes surdos e

com deficiência auditiva serão

observadas as diretrizes e princípios

dispostos no Decreto nº 5.626, de 22 de

dezembro de 2005.

Art. 2º - A educação especial deve

garantir os serviços de apoio

especializado voltado a eliminar as

barreiras que possam obstruir o

processo de escolarização de estudantes

com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação.

§ 1º - Para fins deste Decreto, os

serviços de que trata o caput serão

denominados atendimento educacional

especializado, compreendido como o

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Edição Especial

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conjunto de atividades, recursos de

acessibilidade e pedagógicos

organizados institucional e

continuamente, prestado das seguintes

formas:

I - complementar à formação dos

estudantes com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento, como

apoio permanente e limitado no tempo e

na frequência dos estudantes às salas de

recursos multifuncionais; ou

II - suplementar à formação de

estudantes com altas

habilidades/superdotação.

§ 2º - O atendimento educacional

especializado deve integrar a proposta

pedagógica da escola, envolver a

participação da família para garantir

pleno acesso e participação dos

estudantes, atender às necessidades

específicas das pessoas público-alvo da

educação especial, e ser realizado em

articulação com as demais políticas

públicas”. Dessa forma, o atendimento

educacional especializado - AEE visa

promover acessibilidade, atendendo as

necessidades educacionais específicas

dos estudantes público alvo da educação

especial, devendo a sua oferta constar

no projeto Político pedagógico da

escola, em todas as etapas e

modalidades da educação básica, afim

de que possa se efetivar o direito destes

estudantes à educação. Para realizar o

AEE, cabe ao professor que atua nesta

área, elaborar o Plano de Atendimento

Educacional Especializado – Plano de

AEE, documento comprobatório de que

a escola, institucionalmente, reconhece

a matricula do estudante público alvo da

educação especial e assegura o

atendimento de suas especificidades

educacionais. Neste liame não se pode

considerar imprescindível a

apresentação de laudo médico

(diagnóstico clínico) por parte do aluno

com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento ou altas

habilidades/superdotação, uma vez que

o AEE caracteriza-se por atendimento

pedagógico e não clínico. Durante o

estudo de caso, primeira etapa da

elaboração do Plano de AEE, se for

necessário, o professor do AEE, poderá

articular-se com profissionais da área da

saúde, tornando-se o laudo médico,

neste caso, um documento anexo ao

Plano de AEE. Por isso, não se trata de

documento obrigatório, mas,

complementar, quando a escola julgar

necessário. O importante é que o direito

das pessoas com deficiência à educação

não poderá ser cerceado pela exigência

de laudo médico. A exigência de

diagnóstico clínico dos estudantes com

deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento, altas

habilidades/superdotação, para declará-

lo, no Censo Escolar, público alvo da

educação especial e, por conseguinte,

garantir-lhes o atendimento de suas

especificidades educacionais, denotaria

imposição de barreiras ao seu acesso

aos sistemas de ensino, configurando-se

em discriminação e cerceamento de

direito. Dessa forma, a declaração dos

estudantes público alvo da educação

especial, no âmbito do Censo Escolar,

deve alicerçar-se nas orientações

contidas na Resolução CNE/CEB, nº

4/2009, que no seu artigo 4º, considera

público-alvo do AEE:

I – Alunos com deficiência: aqueles que

têm impedimentos de longo prazo de

natureza física, intelectual, mental ou

sensorial.

II – Alunos com transtornos globais do

desenvolvimento: aqueles que

apresentam um quadro de alterações no

desenvolvimento neuropsicomotor,

comprometimento nas relações sociais,

na comunicação ou estereotipias

motoras. Incluem-se nessa definição

alunos com autismo clássico, síndrome

de Asperger, síndrome de Rett,

transtorno desintegrativo da infância

Page 15: Revista de Educação Especial - Edição Limitada

Edição Especial

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(psicoses) e transtornos invasivos sem

outra especificação.

III – Alunos com altas

habilidades/superdotação: aqueles que

apresentam um potencial elevado e

grande envolvimento com as áreas do

conhecimento humano, isoladas ou

combinadas: intelectual, liderança,

psicomotora, artes e criatividade.

Já o art. 9º dessa Resolução prescreve a

elaboração e execução do plano de

AEE, atribuindo-o aos professores que

atuam na sala de recursos

multifuncionais ou centros de AEE, em

articulação com os demais professores

do ensino regular, com a participação

das famílias e em interface com os

demais serviços setoriais da saúde, da

assistência social, entre outros, quando

necessários.

Além disso, cabe à escola, fazer constar

no Projeto Político Pedagógico,

detalhamento sobre: “II - a matrícula

de alunos no AEE; III – cronograma de

atendimento aos alunos; VI – outros

profissionais da educação e outros que

atuem no apoio”, conforme art. 10.

Aliado a isso cabe ao professor do AEE

“organizar o tipo e o número de

atendimentos aos alunos na sala de

recursos multifuncionais” (art. 13, inc.

III).

Tal detalhamento deverá ser

individualizado, por meio do Plano de

AEE, feito com base no estudo de caso.

Ressalte-se, por imperioso, que a

elaboração desse estudo de caso, não

está condicionada a existência de laudo

médico do aluno, pois, é de cunho

estritamente, educacional, a fim de que

as estratégias pedagógicas e de

acessibilidade possam será dotadas pela

escola, favorecendo as condições de

participação e de aprendizagem. Pelo

exposto, a fim de assegurar o direito

incondicional e inalienável das pessoas

com deficiência à educação essa área

técnica fica à disposição, para

informações complementares que se

fizerem necessárias.

Martinha Clarete Dutra dos Santos

Diretora de Políticas da Educação

Especial

DPEE/SECADI/MEC

Fonte:

file:///C:/Users/saionara%20pussente/Downloads/nott04_secadi_dpee_23012014.pdf

Page 16: Revista de Educação Especial - Edição Limitada

Edição Especial

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Curiosidades...

Aplicativo ABC Autismo: tarefas baseadas na metodologia TEACCH

Dicas de filme

Este é um dos mais bonitos e

emocionantes filmes dos últimos tempos.

Uma produção iraniana que recebeu

muitos prêmios mundo afora. A Cor do

Paraíso narra a comovente história de

Mohammad, um menino cego que mora

numa escola para deficientes visuais e

que, nas férias, volta para seu vilarejo nas

montanhas, onde convive com as irmãs e

sua adorada avó. O pai, que é viúvo, se

prepara para casar novamente. Mohammad

é um garoto muito vivo que tem uma

enorme sensibilidade. Seu jeito simples de

"ver o mundo" é uma lição de vida.

Dirigido por Majid Majidi

O “Óleo de Lorenzo” é uma estória

verdadeira, de um menino, Lorenzo

Odone, que aos oito anos começou a

demonstrar os sintomas de uma

rara doença genética e incurável, a

adrenoleucodistrofia (ADL). Ao invés de

simplesmente ficarem sentados

aguardando os resultados dos estudos

médicos, eles decidiram estudar

noslivros de medicina e nos poucos artigos

Page 17: Revista de Educação Especial - Edição Limitada

Edição Especial

17

científicos da época, tudo que pudesse

ajudar na compreensão do mecanismo de

ação desta doença e assim poder discutir

com os médicos a melhor forma de

tratamento para amenizar os sintomas de

Lorenzo.

Dirigido por George Miller

Este filme a história de Charlie Babbitt,

um jovem que viaja a um hospital

psiquiátrico para tentar descobrir quem é

o beneficiário da fortuna que seu pai

deixara ao falecer, já que para Charlie ele

deixara apenas rosas premiadas e um

carro. Ao chegar ao hospital, Charlie

descobre que o beneficiário é Raymond,

um irmão mais velho autista de quem

nunca ouvira falar. Para garantir o

dinheiro da herança, Charles se aproxima

de Raymond, disposto a brigar

judicialmente pela guarda legal do irmão.

Os dois então viajam pelo país,

conhecendo-se e aprendendo a conviver, e

passando por inúmeras dificuldades. Aos

poucos, o laço entre os dois irmãos ganha

força e o dinheiro deixa de ser importante.

Dirigido por: Barry Levinson

Page 18: Revista de Educação Especial - Edição Limitada

Edição Especial

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Sugestões de atividades para

Professores do 1º e 2º ano

Atividade temática FESTAS JUNINAS

Glossário alfabetizador e diversas atividades. Material de excelente qualidade e

lindamente ilustrado.

Assuntos: Sílaba, letra inicial, produção textual, associação palavra X figura, letras

do alfabeto, vogais, consoantes, número de letras, formação de frases, ditado de

palavras.

Níveis de ensino: Alfabetização (1° e 2° ano)

Tipos de recursos: Glossário de palavras e figuras ( cursivo e bastão)

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Datas Importante para a Educação Especial

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No mês de julho do ano de 2014 a Declaração de

Salamanca completa 20 anos

Destacamos aqui um trecho do documento que foi

fundamental na Educação Especial...

O princípio norteador da Declaração de Salamanca diz que:

Todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independ

entemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emoc

ionais, lingüísticas ou outras. Devem incluir crianças deficiente

s ou superdotadas, crianças de rua e que trabalham crianças de

origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes

a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros

grupos em desvantagem ou marginalizadas... (BRASIL, 1996).

Page 21: Revista de Educação Especial - Edição Limitada

Edição Especial

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Fontes Pesquisadas

http://www.simposioestadopoliticas.ufu.br/imagens/anais/pdf/BP05.pdf

acessado em julho de 2014

BRASIL. Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre necessidades Educati

vas Especiais. Brasília: CORDE, 1996.

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16761&Itemid=1123 Acessado em julho de 2014 http://inclusaoguarulhos.blogspot.com.br/2010/02/cinco-filmes-relacionados-educacao.html Acessado em julho de 2014