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PIB $ $ Publicação Bimestral da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores Dezembro 2012 Janeiro 2013 39

Revista Dealer - Ed39 - Português

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Flávio Meneghetti Presidente da Fenabrave

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Ano Novo, novos desafios!

ivemos um ano de 2012 acima das expectativas para automóveis e comerciais leves graças às medidas de incentivo adotadas a partir de maio, porém, com retração ainda mantida em segmentos como os de motocicletas e caminhões. Encerramos o ano de 2012 com redução, no setor como um todo, de 2,25%, queda de 15,62% nos emplacamentos de motocicletas e de 20,22% para caminhões e isso reforça que o “crédito e crescimento econômico” continuam sendo um binômio fundamental para a retomada do crescimento do nosso setor também em 2013.

A retomada gradativa do IPI, a partir de janeiro, retornando aos patamares originais a partir de julho deste ano, darão certo prazo para que possamos avaliar o comportamento do mercado e os reflexos da economia brasileira para o segmento de automóveis e comerciais leves. Também esperamos pela recuperação acentuada do segmento de caminhões, em torno de 19%, que nos últimos meses de 2012 já demonstrou recuperação e que assim deve perma-necer, fundamentalmente, em função das taxas negativas de juros oferecidas pelo PSI/FINAME, e pela expectativa de crescimento do PIB Nacional, projetado por nosso departamento econômico, para atingir 3% este ano.

Já o mercado de motocicletas deve enfrentar adversidades. O crédito ainda restritivo em função da inadimplência, fará com que a expansão desse segmento em 2013 atinja 1,3%, num movimento de crescimento quase lateral.

Sejam quais forem as projeções iniciais, como veremos na Matéria de Capa desta edição de Dealer, especialistas e empresários convergem para os desafios e obrigações inerentes a cada parte do processo de expansão do País e do mercado. Ao governo, caberá o foco da contenção de gastos públicos, retomada consistente de investimentos, controle da inflação e incentivo ao crédito. À indústria, que necessita retomar a competitividade, e agora estimulada pelo novo regime Inovar-Auto, a eficiência estará, agora mais do que nunca, em cheque. E, finalmente, a nós, Concessionários de veículos e empresários nacionais e responsáveis por 390 mil empregos, cabe a responsabilidade de uma gestão eficaz e voltada a resultados e à geração de caixa. Para isso, não bastará apenas priorizar o showroom mas, essencialmente, enxergar e investir na concessionária como um todo, considerando todos os seus potenciais de retorno. Assim, todas as áreas devem ser exce-lentes em gestão, e devemos focar, com mais atenção, em setores como seminovos, pós-vendas, F&I (principalmente seguros e garantia estendida), peças, serviços diferenciados, entre outras ferramentas e alternativas que serão, justa-mente, debatidas em nosso 23º. Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave 2013, que realizaremos entre os dias 7 a 9 de agosto, em São Paulo, e para os quais todos os Concessionários e suas equipes estão “convocados pelo espírito de crescimento e perpetuação de nossa categoria econômica”.

Precisamos reduzir nossa dependência dos resultados dos veículos novos, cujo mercado é muito sensível às oscilações da economia, reforçando as demais áreas já citadas como importantes geradoras de resultados.

Devemos olhar mais atentamente para os custos e investimentos; devemos ter clareza sobre a necessidade (e não apenas importância) de termos equipes bem treinadas e qualificadas para extrair, assim como ocorre no primeiro mundo, mais resultados de cada processo e de cada departamento de nossas empresas.

A Fenabrave está atenta a este caminho, e está estruturada para dar suporte continuado a essa evolução e aper-feiçoamento necessários para a manutenção e desenvolvimento dos negócios da distribuição automotiva.

Por isso estabelecemos diálogo e participação efetivas nas negociações governamentais que envolvem o setor automotivo. Por isso temos a Universidade Fenabrave e TV Fenabrave, que resultam em treinamento e capacitação. Por isso implementamos o Grupo dos 20, que significa extrair e assimilar as melhores práticas do mercado. Por isso realizamos o nosso Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave, para que possamos reciclar estratégias, fortalecer e renovar parcerias e contatos. Por isso realizamos viagens de benchmarking em eventos como os promovidos pela NADA, ATD e Dealer Day, para que possamos aprender mais com quem vive um passo adiante no mercado. Por isso temos um planejamento estratégico, político e empresarial, definido até 2014, e que tem, como mote, o comprometimento de todos em prol de objetivos comuns.

Assim, nesse início de ano, vamos repensar nosso compromisso, nosso comprometimento com os nossos ne-gócios e com o setor que representamos e no qual atuamos.

Lembre-se que além de Concessionários, devemos pensar como empresários. Vamos participar mais da Fena-brave. E lembremos que sempre haverá um ano novo e novos desafios, mas que, juntos, poderemos obter sempre bons resultados, com a merecida rentabilidade.

Pense nisso e tenha um ótimo 2013.E lembre-se: “Unidos, na mesma direção”.

editorial

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Radar Fenabrave 6Estão abertas as inscrições para o 23º Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave. TV Fenabrave realiza mesa redonda e oferece curso de correspondente bancário também pela internet. E mais: acompanhe a agenda do Grupo dos 20 e dos eventos em que a Fenabrave esteve presente.

Comportamento 14Renato Bernhoeft faz volta ao mundo para se reinventar. Para o consultor, conhecer novas culturas e países pode ser o caminho da reforma íntima e do redirecionamento pessoal e profissional.

Debate 16Mesmo com a queda na rentabilidade, Concessionários enfrentam pressão para fazer investimentos em instalações mais modernas. Como é possível resolver esta equação?

Conexão 40Redes Sociais e tecnologia móvel são estratégias para ampliar a imagem da concessionária.

F&I 42JM&A Brasil completa um ano de atuação no país. Empresa, que já confirmou seu patrocínio ao 23º. Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave, traz experiência norte-americana para o Brasil e pretende crescer por aqui.

Sustentabilidade 44A reciclagem de resíduos da oficina deve fazer parte da rotina nas Concessionárias.

Mercado 48A importância dos prêmios concedidos pela imprensa especializada na indústria automotiva.

Gestão 52Concessionárias de caminhões ampliam a rentabilidade no departamento de pós-venda.

Espaç o aberto 66KPMG prevê boas perspectivas para o mercado automotivo brasileiro, em 2013.

Publicação bimestral da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.Ano 5 – Edição 39 – Dezembro 2012/Janeiro 2013

Conselho DiretorPresidente dos Conselhos Deliberativo e Diretor Flávio Antonio Meneghetti Presidente Executivo Alarico Assumpção Jr. Vice-Presidentes Antonio Figueiredo Netto, Edson Luchini, Elias dos Santos Monteiro, José Alberto Gisondi, Mário Sérgio Moreira Franco, Mauricio de Souza Queiroz, Paulo de Tarso Costa Beber e Paulo MatiasVice-presidentes “Ad-hoc” Gláucio José Geara, José Carneiro de Carvalho Neto, Octávio Leite Vallejo e Ricardo de Oliveira LimaMembros Natos (Ex-presidentes): Alencar Burti, Sergio Antonio Reze e Waldemar Verdi Jr.Conselho EditorialFlávio Meneghetti, Alarico Assumpção Jr., Paulo Engler, Marcelo Ciardi, Valdner Papa, Rita Mazzuchini

Editoria e Redação MCE – Mazzuchini Comunicação e EventosR. Frei Rolim, 59 – CEP 04151-000 – São Paulo, SPTels.: (11) 2577-6533 / 5582-0049e-mail: [email protected]

Editora e Jornalista Responsável Rita Mazzuchini (Mtb 22128)

Editor Assistente Igor Francisco (Mtb 57082)

Colaboração Daniela Figueira

Projeto Gráfico e Edição de Arte Heraldo Galan e Patricia TagninFotos Marcos Alves, divulgação, iStockphoto

Comercial DNF Comunicação – Gutenberg SoledadeTels.: (11) 2281-8134 e (11) 9169-7485E-mail: [email protected]

Tiragem 10 mil exemplares Distribuição gratuita.

Endereço para correspondênciaAv. Indianópolis, 1967 – Planalto Paulista CEP 04063-003 – São Paulo/ SPTel.: (11) 5582-0000 / Fax: (11) 5582-0001 E-mail: [email protected]

Para contatos na redação E-mail: [email protected]

Autorização para reprodução de textosAs matérias assinadas nesta revista são de responsabilidade do autor não representando, necessariamente, a opinião da Fenabrave. Autorizada a reprodução total ou parcial das matérias sem assinatura, desde que mencionada a fonte. A reprodução de matérias e artigos assinados devem contemplar autorização prévia e por escrito do autor.

sustentabilidade

F&I

comportamento

mercado

GESTÃO

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Colaboraram nesta edição: Charles Kriek e Renato Bernhoeft

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Lançamentos 56Chinesa Rely chega ao Brasil e aposta no mercado de veículos comerciais. Veja, também, outros lançamentos da indústria.

lanç amentos

Entrevista 20Jaime Ardila, presidente da GM do Brasil e GM América do Sul, conta quais são os desafios para o mercado brasileiro e o futuro da marca no país.

entrevista

Matéria de Capa 28Depois de um ano de oscilações e medidas de incentivo em 2012, o mercado automotivo inicia 2013 já com diversos desafios. No primeiro ano de vigência do novo regime automotivo, INOVAR-AUTO, Governo, Indústria e Concessionárias terão papeis importantes para o crescimento do setor.

matéria de capa

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Agenda Fenabrave

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Debate no 1º SIMBRACS

O Centro de Convenções Brasil XXI reuniu, em Brasília, o ‘I Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços’ – SIMBRACS.

No encontro, realizado no final de novembro e que reuniu o setor público e o privado, foram discutidas informações relevantes e as principais questões para a competitividade e a produtividade das empresas que atuam nos segmentos de comércio e serviços no Brasil. 

O presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., participou do painel “Logística - Impactos da renovação de frota de caminhões na eficiência do transporte de cargas no Brasil”, apresentando informações atualizadas do setor de caminhões, além de suas perspectivas e pontos importantes sobre o mercado.

O evento foi coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Sincodiv/RJ realiza confraternização de Final de AnoO Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio de Janeiro - Sincodiv/RJ realizou, no dia 12 de dezembro de 2012, na churrascaria Rio/Brasa, um evento de confraternização de final de ano. O diretor setorial da Fenabrave, Marcelo Franciulli esteve presente no evento representando a Fenabrave Nacional.

SINCODIV/RS comemora 15 anos No dia 5 de dezembro, o Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado do Rio Grande do Sul – SINCODIV/RS e a Fenabrave/RS, reuniram seus parceiros e amigos em um coquetel para comemorar 15 anos de atuação. O vice-presidente da Fenabrave, Glaucio Geara, prestigiou o evento.

Fenabrave participa de segundo encontro automotivo no PeruNo dia 16 de janeiro, o presidente do Conselho Deliberativo e Diretor da Fenabrave, Flávio Meneghetti, participou do Foro International del Encuentro Automotor AAP 2013 (Segundo Encontro Automotivo no Peru), realizado no Peru. O evento foi organizado pela Asociación Automotriz del Perú AAP.

O evento reuniu executivos de vários países do setor automotivo e tratou sobre o desempenho da indústria automotiva. Meneghetti participou de uma mesa redonda com duração de 20 minutos, cujo tema era ‘Experiências sobre o mercado automotivo no Brasil e suas perspectivas para 2013’. “É muito importante nos reunirmos em eventos como este, realizado no Peru, com lideres do setor de outros países. Este fórum permitiu o intercâmbio de informações e, principalmente, nos deu a oportunidade de mostrarmos o mercado brasileiro e seus principais desafios para este ano”, comentou Meneghetti.

(MDIC), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o SEBRAE. O Simpósio contou com a participação de ministérios e agências do governo federal, secretarias estaduais e municipais, juntas comerciais, representantes do poder legislativo, de entidades do setor privado, de trabalhadores, empresários, acadêmicos e convidados internacionais. 

Brenno Alves, da Fenabrave/DF, Ricardo Lima, presidente da Autohonda, Paulo Engler, superintendente da Fenabrave e Alarico Assumpção Jr., presidente executivo da Fenabrave, participam do debate no 1º SIMBRACS.

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Agenda FenabraveA Associação dos Concessionários Kasinski – Abrakas elegeu, para o biênio 2012-2013, Richard John Seymour Burt como presidente e Célio Tabith Junior, vice-presidente, além de nova diretoria

Henrique Amado foi eleito presidente da ABRADA - Associação Brasileira dos Distribuidores Agrale, para o biênio 2013-2014.

A ABRAFORTE - Associação Brasileira dos Distribuidores New Holland, passa a contar com Renato Venturoli Pinese como seu novo presidente, eleito para comandar a entidade durante o biênio 2013-2014.

Substituindo Melchior Luiz Duarte de Abreu na presidência da Abrare - Associação Brasileira dos Concessionários Renault, o concessionário Victor Hara, que já fazia parte da antiga diretoria da entidade, assumiu, em 28 de janeiro, o mandato da associação para o biênio 2013-2015. Fernando José Azevedo de Figueiredo será o vice-presidente da entidade.

A ABRAV - Associação Brasileira dos Revendedores de Automóveis Volvo, também anunciou nova diretoria para o biênio 2013-2014. Na presidência da entidade estará Adeodato Arnaldo Volpi Jr, Concessionário de Curitiba, que terá como vice-presidente, Fabiano Portella Maia, da capital paulista.

A nova diretoria executiva, para o biênio 2013-2014, da Associação Brasileira dos Distribuidores Chery - ASSOCHERY também foi formada em janeiro. Como presidente foi eleito o Concessionário Renato Cintra Limongi e, como vice-presidente, Gastão Doring.

Foi constituída, em 2012, a Associação Brasileira dos Concessionários Harley-Davidson – ASSOHARLEY, que terá como presidente, no biênio 2012/2013, Luiz Antonio Bochio, que contará com o apoio de Maurício Celso Berringer Portella, o vice-presidente da entidade.

A nova diretoria para o biênio 2012-2014 da Associação Brasileira dos Distribuidores Kawasaki – ASSOKAWA, terá como presidente Carlos Alberto Vallone Jr e, como vice-presidente, Rodrigo Francesco Di Bisceglie.

A Assokia – Associação Brasileira dos Distribuidores Kia Motors, elegeu nova Diretoria da entidade, para o biênio 2013-2014. O novo presidente da entidade é Jefferson Pires Batista e o vice-presidente é Jefferson Furstenau.

Foi reeleito, para o biênio 2013-2014, como presidente da ASSOMAR - Associação Brasileira dos Concessionários Agritech, Odair Lopes da Silva, que contará com Juarez Batista Pereira como novo vice-presidente da entidade.

A posse da nova diretoria da ACAV (Associação Brasileira dos Concessionários MAN Latin America) foi realizada em dezembro, junto a uma confraternização de final de ano, com direito ao show do Skank. O novo presidente da ACAV, para o biênio 2013-2014, será Diego Comolatti e o vice-presidente da entidade será Rui Denardin. Paulo Engler, Superintendente da Fenabrave, esteve no jantar de posse representando a entidade.

Associações de Marca elegem novas diretoriasNo início de 2013, algumas Associações de Marcas, ligadas à Fenabrave, elegeram novos presidentes e diretoria para o Biênio 2013/2014. Confira as mudanças.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS DISTRIBUIDORES CHERY

ASSOHARLEY

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Peter K. Welch é o novo presidente da NADA

A National Automobile Dealers Association – NADA anunciou Peter K. Welch como novo presidente da entidade norte-americana. Welck tomou posse em 1º de fevereiro e ocupará o cargo até janeiro de 2014. “A NADA é uma organização bem administrada. Estou ansioso por seguir a tradição de liderança sólida da NADA. Estou pronto para arregaçar as mangas e começar”, disse Welch.

O novo presidente da NADA acumula a função de presidente e diretor executivo da California New Car Dealers Association (CNCDA), desde 2003 e administra a divisão de assuntos governamentais, incluindo assuntos legais, legislativos e regulatórios, desde 1990.

Dave Westcott, o vice-presidente do conselho de administração da NADA, disse que está ansioso para trabalhar com o novo presidente. “Peter Welch é uma ótima escolha”, disse Westcott, Concessionário do segmento de automóveis em Burlington, North Carolina. “Ele é a pessoa certa para ajudar a liderar a nossa organização à medida que nos defrontamos com os desafios à frente”.

Welch é natural de Detroit, capital do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, e é casado com Cheryl Welch há 32 anos. O casal têm três filhos. O executivo é formado pela Universidade de Michigan, possui mestrado pela Universidade de Durham, na Inglaterra, e diploma pela Universidade de Direito Loyola Marymount, em Los Angeles.

Aconteceu, nos dias 22 e 23 de novembro, em Florianópolis, o V Congresso Fenabrave/SC, que contou com o mesmo tema do XXII Congresso Fenabrave, “Transfor-mando conhecimento em valor”. No evento, foram discutidos diversos temas ligados à indústria automotiva, à distribuição e à economia global. O Congresso reuniu  alguns  dos  principais  representantes  e  colaboradores  do  setor, entre eles o presidente executivo da Fenabrave Nacional, Alarico Assumpção Jr.

Além dos conteúdos ministrados nas palestras, que contaram com profissionais de renome nacional e internacional, os mais de 200 congressistas puderam conhecer as principais novidades do setor na Feira de Negócios, que ocorreu durante todo o evento.

De acordo com Caio Megale, economista do Banco Itaú, Patrocinador Master do 23º Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave 2013, eventos que serão realizados em São Paulo, entre os dias 7 e 9 de agosto, é importante o banco entrar como parceiro em eventos realiza-dos pela Fenabrave Nacio-nal e também eventos de outros estados, como o da Fenabrave/SC. De acordo com o economista, o Ban-co Itaú possui estrutura montada para o setor de veículos, por isso, o relacio-namento com os distribui-dores é fundamental para o sucesso dos negócios realizados. “É um setor-cha-ve”, garante Megale, que falou sobre as perspectivas econômicas para 2013 em sua palestra.

Outra palestrante de destaque foi a especialista em Marketing Digital, Martha Gabriel, que explicou como aplicar as diversas mídias no setor da distribuição automotiva. “Na re-alidade, as concessionárias podem usar as mídias digitais como qualquer outra empresa. Concessionária grande, que tem mais verba, consegue usar mais e, quem é menor, tem de ser mais criativo e se virar com o que é possível”, afirma Martha, que apresentou cases de sucessos de grandes marcas automobilísticas e concessionárias. O evento também contou com presença do consultor de economia Ricardo Amorim, que falou sobre o momento econômico atual e o mercado automobilístico, e do consultor em comunicação, Dado Schneider, que comandou a palestra “Se o cliente muda, a palestra muda”.

Durante o evento, foi realizada a cerimônia de premiação do 1º Prêmio Fenabrave/SC de Jornalismo.  Danubia de Souza, da RIC TV de Blumenau, ganhou um Fiat Uno 0 km, e revelou que levou três dias para concluir a série de reportagens inscrita no concurso, ficando praticamente duas noites sem dormir.

Também como parte da premiação, uma moto Honda foi conquistada por Leopoldo José Barentin, do Jornal Razão, de Tijucas, e a bicicleta pela jornalista Rokelly Pierozan, da RIC TV de Joinville.

Todos os trabalhos jornalísticos inscritos foram avaliados por um juri convidado pela Fenabrave/SC, que selecionou os vencedores de acordo com a contribuição dos textos em prol da segurança no trânsito.

Fenabrave/SC realiza V Congresso e premia jornalistas

Leopoldo José Barentin, do Jornal Razão, de Tijucas, que ganhou a moto Honda. Danubia de Souza, da RIC TV, de Blumenau, que ganhou um Fiat Uno 0 km. Rokelly Pierozan, da RIC TV, de Joinville, jornalista premiada com a bicicleta. Ao lado, o Diretor Regional da Fenabrave/SC, Sr. Ademir Antônio Saorin, que entregou os prêmios.

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A Fenabrave realizou, no dia 4 de dezembro, seu tradicional jantar de confraternização, no Hotel Intercontinental em São Paulo/SP, onde reuniu lideranças do setor, lideres das regionais da entidade, parceiros e imprensa.

O superintendente da entidade, Paulo Engler, deu boas vindas aos convidados e agradeceu a presença de todos, reforçando a importância do bom relacionamento da entidade e seus parceiros para uma caminhada de sucesso. “Este evento de confraternização encera um ano importante para o setor automotivo, e carrega expectativas positivas para 2013 em quase todos os segmentos que representamos”, disse.

Flávio Meneghetti, presidente do Conselho Deliberativo e Diretor da Fenabrave, discursou e agradeceu a presença dos convi-dados lembrando que, há um ano, tomava posse como presidente da entidade, tendo pela frente inúmeros desafios, pois estava sucedendo um grande líder que desempenhou um trabalho im-portante para que a Fenabrave tivesse cada vez mais força política e associativa, em prol dos interesses dos Concessionários. “Recebi um legado sólido e competente do companheiro Sergio Reze, e

Confraternização da Fenabrave nacional reúne diretoria em São Paulo

tinha a consciência da responsabilidade que era inerente ao cargo e que, naquele momento, estava sendo delegada a mim”, comentou.

Meneghetti também comentou sobre acontecimentos do setor ao longo de 2012, e qual foi o papel da Fenabrave neste contexto. “Lembro-me bem que, ao assumir esta presidência, reforcei que um dos principais pilares desta gestão seria o nosso comprome-timento com os objetivos comuns de todo o setor automotivo. Este ano de 2012 nos trouxe muitas incertezas desde o início, mas comprovou que o setor unido pode promover transformações para o crescimento do País”.

O presidente executivo da entidade, Alarico Assumpção Jr., em seu pronunciamento, também fez questão de mencionar a importância dos parceiros para o sucesso da Fenabrave. “Contamos sempre com o apoio de todos vocês, que são parceiros importantes e que, a cada ano, conquistamos novos e importantes patamares na evolução de nossos eventos. Na verdade, nada podemos sozinhos. Por isso, não podemos deixar de contar com a presença de cada um de vocês em cada etapa, em cada projeto, em cada ação e em cada evento que realizamos”, finalizou.

Durante o jantar, que reuniu a diretoria da entidade, líderes regionais e do setor, além da imprensa e parceiros, Flávio Meneghetti comentou a importância da união no setor automotivo.

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1º grupo de contadores da Assodeere se reúne com o G20O Grupo dos 20 realizou, no dia 28 de janeiro, em São Paulo, uma reunião de treinamento com os contadores do 1º Grupo da Assodeere (Associação Brasileiras dos Distribuidores Jonh Deere). Este grupo foi criado em outubro de 2012 e, até o primeiro trimestre deste ano, mais dois da marca serão formados. “Para 2013, planejamos com o Grupo dos 20, aqui no Brasil, a formação de um total de 10 grupos, incluindo outras marcas, o que deverá envolver aproximadamente 120 Concessionários. Vamos nos empenhar para que isso aconteça”, explica Diego Alvarez, coordenador do programa na Fenabrave.

A TV e Universidade Fenabrave participaram, como exposito-ras, na Convenção realizada pela Abradit (Associação Brasileira de Distribuidores Toyota), em 7 de dezembro, no Hotel Hilton, em São Paulo/SP. Na oportunidade, foi possível apresentar aos visitantes todas as soluções de cursos voltados para o setor, além de mostrar a tecnologia de transmissão via satélite de aulas, mesas redondas e outras apresentações voltadas aos Concessionários.

A Convenção realizada pela ABRADIT contou com inúmeras palestras voltadas aos Concessionários Toyota, incluindo a minis-trada pelo ex-ministro da fazenda, Maílson da Nóbrega, que falou sobre as Perspectivas da Economia Brasileira.

O ex-ministro fez um panorama dos últimos anos da economia brasileira e comentou o longo período de da crise financeira inter-nacional, iniciada em 2007, nos Estados Unidos, com o alto índice de inadimplência no financiamento imobiliário. “Já estamos há seis anos vivendo essa crise. Em 2008, a crise se expandiu e colocou o ‘mundo em colapso’, ou seja, todos os setores começaram a sentir forte queda na economia”, explicou.

De acordo com Maílson da Nóbrega, o alto índice de endivida-mento do consumidor resultou na quebra de muitas empresas, que não conseguiam manter suas atividades. “Até hoje tem quem sofra com o reflexo desta crise econômica”, argumenta. O ex-ministro explicou que, mesmo com os graves problemas internacionais, os governantes brasileiros souberam controlar os reflexos na econo-mia nacional, diminuindo os efeitos que poderiam ser devastadores para o crescimento da nação. “Podemos dizer que o País não que-brou com a crise mundial, pois temos aqui um gestão macroeco-nômica muito competente. Temos reservas internacionais maiores que as dívidas que surgem, e isso é importante ao País, pois assim não sofremos diretamente com essa crise”, explicou.

Outro ponto destacado por Maílson da Nóbrega, como gran-de trunfo do Brasil na economia mundial, é a queda da dívida externa do País se comparada com outras economias. Segundo o ex-ministro, o Brasil tem uma dívida que representa 35% do PIB, enquanto os EUA devem o equivalente a 100% de seu PIB, e a

Presença na Convenção ABRADIT

Grécia, a economia europeia que mais sofreu com a crise, tem uma dívida externa equivalente a 135% de tudo o que o país produz. “Então podemos dizer que o Brasil não vai tão mal assim”, enfatizou.

Para o futuro, Mailson comentou sobre a necessidade de se trabalhar uma nova política econômica com queda de taxas de juros, para que o consumidor tenha mais acesso ao crédito. Além disso, o ex-ministro defendeu a fixação da taxa de câmbio, com o objetivo de congelar preços e, consequentemente, controlar a meta de inflação. “A chave do crescimento do País é a produtivida-de, investimento e mão de obra qualificada. Esses são três fatores importantes para deslanchar a economia”, explica.

Sobre o setor automotivo, Mailson destacou a importância do crédito para o consumo deste bem. “O crédito é o principal fator para o crescimento deste setor, porém é mais importante ainda os bancos saberem dar este crédito e condições de compra ao cliente para que, no futuro, não volte a ter esse alto índice de inadimplen-tes, como registrado nos últimos tempos”, argumenta, informando que espera crescimento de 6% a 8% para o setor este ano.

Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, em palestra na convenção da Abradit.

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No final de 2012, a TV Fenabrave realizou uma mesa redonda, transmitida ao vivo para todos os canais de recepção em todo o País, para debater as ações revisionais de financiamentos, assunto que entrou em pauta depois do grande número de ações em curso no poder judiciário. O objetivo da mesa redonda foi debater os efeitos que a grande quantidade de processos pode ter para o Concessionário, já que 75% das vendas de automóveis e comerciais leves, no Brasil, são efetuadas por meio de financiamento.

Mediada pelo ex-governador do Estado de São Paulo e advo-gado, Luiz Antonio Fleury Filho, a mesa redonda promovida pela TV Fenabrave contou com a presença de Paulo Engler, superinten-dente da Fenabrave, Ana Lúcia Vidigal Lopes da Silva, advogada da Fenabrave e Larissa Furlan, advogada da FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos.

No decorrer da transmissão foi apresentado um estudo apon-tando que muitas pessoas que fazem financiamentos de veículos, após alguns meses de vigência, entram com pedido de ação re-visional para rever algumas cláusulas do contrato. “A pessoa que faz o contrato com a intenção de revisionar não age de boa fé”, comenta Fleury Filho.

De acordo com Larissa Furlan, da FEBRABAN, já foram con-tabilizadas mais de 110 mil ações revisionais em curso no poder judiciário, sendo que boa parte se concentra nos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. “O prejuízo é alto, pois uma ação como esta custa, em média, R$ 4 mil”, informa Larissa.

Segundo Paulo Engler, superintendente da Fenabrave, o alto índice de ações revisionais de financiamento pode trazer insegu-rança jurídica aos agentes financeiros, resultando em aumento de taxas e queda na concessão de crédito. “Com isso, os Concessio-nários são prejudicados, pois dependem do financiamento para as vendas”, argumenta.

De acordo com Ana Lúcia, o STF tem levado em consideração que o consumidor estava ciente das taxas e das parcelas. Se não houve nada inesperado, como desemprego, por exemplo, não há motivos para realizar a revisão. “Hoje há uma verdadeira indústria

Mesa redonda debate ações revisionaisde ações revisionais. Em Botucatu, interior de São Paulo, por exem-plo, de 6 mil contratos de financiamentos, há mais de 4 mil ações em curso”, diz.

Segundo os especialistas que participaram do debate, a abor-dagem no cliente pode ocorrer, inclusive, no próprio ponto de venda. “O funcionário não sabe, mas pode ocorrer demissão por justa causa. Esta prática prejudica o próprio negócio do qual ele sobrevive, que é a venda”, explica Engler, pedindo aos empresários para que fiquem atentos a esta prática dentro de suas empresas.

Ana Lúcia Vidigal Lopes da Silva, Larissa Furlan, Paulo Engler e Luiz Antonio Fleury Filho.

Curso preparatório de correspondentes via internet

A partir da primeira quinzena de fevereiro, o curso de Formação de Correspondentes, oferecido pela TV Fenabrave, passará a ser disponibilizado, também, via internet. Ministrado apenas para quem possui pontos de recepção instalados em suas unidades, a TV Fenabrave inovou para atender as neces-sidades de mais pessoas que devem se capacitar para atuar como correspondente nas concessionárias. Confira a grade das aulas e estimule suas equipes a participar.

Módulo 1 – aulas ao vivo e online

Dia Aula Módulo25/02 1a I (ao vivo)04/03 2a I (ao vivo)05/03 até 19/03 I (liberação das aulas e exercícios online)

Módulo 2 – aulas ao vivo e online

11/03 3a II (ao vivo)18/03 4a II (ao vivo)19/03 até 02/04 II (liberação das aulas e exercícios online)

Módulo 3 – aulas ao vivo e online

25/03 5a III (ao vivo)01/04 6a III (ao vivo)02/04 até 23/04 III (liberação das aulas e exercícios online)16/04 até 23/04 liberação do simulado geral

2º  Curso Preparatório Correspondente Online

18/02 até 04/03 I (liberação das aulas e exercícios online)04/03 até 18/03 II (liberação das aulas e exercícios online)18/03 até 01/04 III (liberação das aulas e exercícios online)01/04 até 05/04 liberação do simulado geral

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radar fenabrave

O 23º Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave 2013, eventos simultâneos que acontecem entre os dias 7 e 9 de agosto, no pavilhão Azul do Expo Center Norte/SP, já estão com as inscrições abertas. Com o tema voltado ao resultado e à rentabilidade das concessionárias, os maiores eventos do setor da distribuição na América Latina devem reunir mais de 3 mil pessoas este ano. “O Congresso e a ExpoFenabrave são oportunidades de os Conces-sionários, de todos os segmentos, reciclarem conhecimentos e se relacionarem com parceiros e empresas especializadas no setor”, comenta o presidente executivo da Fenabrave e coordenador dos eventos, Alarico Assumpção Jr.

Além da programação, que terá menor volume de palestras simultâneas para facilitar o planejamento dos congressistas, os intervalos, ou coffee-break, serão maiores, permitindo que todos possam visitar a ExpoFenabrave com mais tranquilidade. “Também os temas serão divididos por assunto, em dias e horários específi-cos, possibilitando ao congressista que sua equipe não permaneça todos os dias do evento longe da concessionária. Com maior in-tervalo entre as apresentações, proporcionamos mais tempo para o concessionário visitar a ExpoFenabrave. Assim conseguirá fazer uma análise mais cuidadosa e profunda dos produtos e serviços mostrados na feira. Com relação aos temas, procuramos atender as necessidades de todas as equipes, em diversos níveis, para que todas as áreas da concessionária possam ser atendidas, em todos os segmentos”, complementa o coordenador temático do Congresso Fenabrave, Valdner Papa.

Inscrições abertas para o 23º Congresso e ExpoFenabrave 2013

A Fenabrave está oferecendo, aos Concessionários, condições especiais para inscrições antecipadas nos eventos. Além de escalonamento de desconto, de acordo com a data limite de efetivação, o congressista poderá obter mais abatimentos ao inscrever grupos de pessoas sob o mesmo CNPJ, o que inclui Associações de Marca.

De acordo com a entidade, o desconto no investimento, e a pos-sibilidade de pagamento parcelado, tanto em boleto bancário como em cartão de crédito, possibilita o planejamento antecipa-do do Concessionário para participar dos eventos, assim como poderá expandir as inscrições para mais pessoas, como gestores, gerentes e outros funcionários da concessionária.

Aproveite esta oportunidade e garanta já o seu desconto! Basta acessar www.congresso-fenabrave.com.br e acessar o menu Congresso>Investimento.

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Obs: no dia 9 haverá um brunch para os participantes do congresso, sem cobrança adicional.

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Obs.: A partir da quarta inscrição, é possível fazer inscrições para 1 dia de congresso ao valor de R$ 550 (sem almoço) ou R$ 635 (com almoço incluído).

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Mantendo o foco nas equipes de colaboradores, este ano o conteúdo do Congresso incluirá seminários de maior duração, como os ligados a RH e F&I, além de manter palestras magnas, de interesse geral, workshops nacionais e internacionais para todos os segmentos e temas técnicos voltados à área de pós-vendas.

Nova campanha – A nova campanha de comunicação para pro-mover o 23º Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave 2013, sob o tema “Mais Rentabilidade, Mais Caixa, Mais Fenabrave!”, foi criada sob o mote do planejamento empresarial, principal desafio para a conquista de maior rentabilidade e maior geração de caixa na Rede. Todos os materiais promocionais e de divulgação do evento foram criados neste conceito que a Fenabrave, por meio dos eventos, pretende difundir entre o Concessionário e suas equipes, oferecen-do ferramentas de capacitação e, principalmente, planejamento, para que o empresário consiga vencer os desafios de 2013. “O Concessionário tem, de um lado, altos volumes; de outro, margens

justas e altos custos. Esta fotografia nos obriga a uma gestão muito profissional e focada em resultado do caixa, evitando perdas de produtividade e, principalmente, gerindo corretamente o giro dos estoques”, afirma o Presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.

Os interessados em adquirir suas inscrições antecipadas devem acessar o site www.congresso-fenabrave.com.br. O processo de inscrição será facilitado, e permanecerão os critérios de inscrições individuais (para quem vai fazer apenas a própria inscrição)  e co-letivas (para grupos de profissionais de um mesmo CNPJ). Haverá descontos por antecipação de inscrição (quanto antes fizer, mais barato fica) e  por quantidade de profissionais de um mesmo  CNPJ.

O valor das inscrições pode ser parcelado no cartão de crédito, em 3 vezes, sem juros, e em até 5 vezes no boleto, dependendo da data da compra. Para mais informações, entre em contato com a central de atendimento pelo telefone: (11) 5582-0091, ou pelo e-mail: [email protected], ou acesse o site do evento: www.congresso-fenabrave.com.br

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“+ Resultado + Caixa + Fenabrave”. Este é o tema da nova campanha de comunicação para promover o

23º Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave 2013.

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comportamento

Renato Bernhoeft é fundador e presidente do conselho de sócios da Höft Consultoria. Autor de 16 livros. [email protected] ou www.hoft.com

Renato Bernhoeft

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Quando você estiver lendo este artigo já estarei em alto mar num sabático bem diferente do usual. Ele está sendo feito em uma volta ao mundo, com a duração de quatro meses, e visitando 5 continentes, 25 países e 37 cidades, no sentido da linha do equador.

Realização de um sonho de infância, ele se tornou realidade como parte de um processo constante de me reinventar ao longo da existência. E sempre envolvendo projetos, ou a busca do

equilíbrio, entre a vida pessoal e a profissional.Entendo que um dos primeiros desafios que todos nós

enfrentamos como ser humano, é o de nos apropriarmos da nossa história e nos tornarmos o autor da nossa biografia. E tudo isto, paralelamente, à busca de uma coerência entre o que dizemos e aquilo que praticamos.

Um segundo desafio é desenvolver a capacidade de nos reinventarmos, de forma constante, para as diferentes etapas e papéis que a vida nos exige, ou proporciona. Para tanto, é necessário manter o esforço constante para o exercício do desprendimento.

Vale ainda registrar que estes compromissos são indelegá-veis. Tanto a família, escola, religião, e até mesmo o mundo corporativo, não possuem a legitimidade, ou as condições, para assumirem estas responsabilidades.

No máximo, elas poderão educar, influir, ou até mesmo fornecer referências e provocações.

Mas, apesar de todo este entendimento por uma significa-tiva parcela da humanidade, ainda é assustador o número de pessoas que, passivamente, esperam soluções ou receitas dos pais, gurus, orientadores educacionais ou espirituais, e mais ainda, dos planos de carreira das empresas em que trabalham.

Embora tanto a expressão, como também os estímulos para se reinventar tenham aumentado muito nos últimos anos, para muitas pessoas esta prática ainda é considerada incompreensí-vel, dolorosa ou desnecessária.

Uma das maiores barreiras está no conforto, bem estar o sucesso obtido naquilo que se vem fazendo. Poucas são as pessoas que se permitem deixar algum “espaço” para que outros dêem continuidade a algo que vêm realizando com sucesso e competência.

Uma volta ao mundo para me reinventar

E isto só vai ser viável na medida em que o indivíduo tenha consciência de qual o seu “legado” – sentido, valor, missão – em relação a tudo aquilo que realizou, ou realiza, até aquele momento.

Segundo Walter Moreira Salles, um dos nossos brilhantes cineastas, “na estrada, à medida que você ganha distância do ponto de partida, é mais fácil entender de onde vem e quem você é.”

Para ao escritor João Paulo Cuenca, “o limite entre de-sistência e resistência é muito estreito.” Estas são algumas das inquietudes que me levaram a buscar uma nova experi-ência de reinvenção, depois de viver papéis tais como filho, marido, pai, funcionário, empresário, escritor, avô, cidadão, voluntário, etc.

A ideia é transitar pelo mundo, para refletir a partir das provocações e inquietudes que possam surgir do convívio com as mais diferentes culturas. Mas esta experiência também vai exigir uma revisão de conceitos e posturas frente à vida.

E retomando as razões que levaram Walter M. Salles, a filmar “Na estrada”, diz ele que “viajar, partir, é um reflexo do desejo de saber mais do que você já conhece sobre outra cultura. Hoje, com a multiplicação das imagens você pode ter a ilusão de que é possível viajar pelo computador ou através da TV. Mas nada substitui a experiência de sentir a aridez de um deserto ou a temperatura de uma geleira. Da mesma forma, nada pode substituir o encontro que você poderá ter com pessoas que vivem em culturas distantes da sua. Você acaba descobrindo que, na verdade, elas riem pelas mesmas razões que você ri e choram pelas mesmas razões que você chora. É para isso que servem as viagens, para aproximar um pouquinho mais as pessoas.”

É por estas, e tantas outras inquietudes, buscas e razões que inicio mais este percurso para me reinventar, tendo em vista novas etapas da vida. Mas sempre na busca de renovados sentidos para a existência.

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Em tempos de margens mais apertadas, in-vestir grandes cifras em uma nova estrutura pode soar como loucura para o empresário. Mesmo assim, a necessidade de padroniza-ção das concessionárias tem levado adiante

esta discussão que, pelo visto, terá ainda um longo caminho a percorrer.

Na edição de 2012 da convenção da NADA - National Automobile Dealers Association, entidade que representa os Concessionários norte-americanos, o então presidente Bill Un-derriner, criticou a pressão feita pelos fabricantes aos Concessionários estadunidenses para realizar

altos investimentos em infraestrutura. Mesmo com um mercado em recuperação, em que o lema do “menos é mais”, a relação entre fabricantes e distribuidores ficou conturbada.

Segundo Underriner, “quando a fábrica faz investimentos, ela tem um business plan, ou “plano de negócios”, que aponta os resultados que serão obtidos com tal investimento. No entanto, neste caso, não temos a menor noção dos resultados que teremos, pois os investimentos que estão sendo pedidos não estão atrelados a resultados”, critica o presidente da entidade norte-americana que brinca: “As montadoras querem que os concessionários

16 Revista Dealer

InvestImento X (queda de

debate

É uma equação difícil de ser resolvida: a necessidade de grandes investimentos em instalações versus a queda na rentabilidade da Rede. Como fechar esta conta, necessária para se diferenciar no mercado?

Page 17: Revista Dealer - Ed39 - Português

construam uma Garage-Mahal”, aludindo ao sun-tuoso Taj Mahal existente na Índia.

Este tipo de pressão tem se refletido no baixo índice de satisfação dos concessionários com as marcas norte-americanas. Na última pesquisa, rea-lizada pela NADA junto aos Concessionários a cada semestre (a Fenabrave realiza a mesma pesquisa no Brasil), entre os itens avaliados estão o “valor da franquia”, “como a política das montadoras afeta as concessionárias”, e “a relação entre os Concessioná-rios e os representantes das montadoras”, 54% dos 16.500 concessionários existentes responderam ao questionário e a pontuação das montadoras locais caiu, deixando clara a preferência pela postura adotada por marcas asiáticas como a Hyundai, que levou a melhor pontuação do TOP TEN entre os Concessionários pelo terceiro ano consecutivo, seguida pela Subaru, Lexus, Kia, Mercedes-Benz, Toyota e Volkswagen.

No Brasil – De acordo com Luciano Martinelli Imperatori, sócio diretor da Hochheimer Im-peratori Arquitetura (Hiarq), empresa que já construiu mais de 200 concessionárias em todo o Brasil, a tendência da padronização da arquitetura é um caminho sem volta. Segundo ele, os Concessionários terão de se adaptar se quiserem manter a concessão de determinada marca. “Hoje, todo prédio é padronizado, desde o fluxo interno de pessoas até a lógica de layout do edifício”, comenta Imperatori.

Algumas montadoras identificaram esta ne-cessidade de redução de custos de investimentos e passaram a adotar padrões mais modernos, porém, com método construtivo mais simples. “Com as revisões feitas, os padrões de construção ficaram mais simples, mas com impacto visual maior”, argumenta Imperatori. “Hoje eu posso dizer que é um galpão muito bem vestido”, completa.

A construção de grandes concessionárias exige altos investimentos e, nem sempre, o empresário obtém retorno. Esta é a crítica de Bill Underriner, que defende projetos mais simples, como os “galpões bem vestidos”.

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rentabIlIdade)² = dIálogo

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Grandes prédios são erguidos em terrenos cada vez mais caros. Boom imobiliário ajudou a ampliar custos.

18 Revista Dealer

debate

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De acordo com Imperatori, existem casos em que o projeto teve de ser totalmente adaptado para espaços menores. Com isso, está se iniciando uma nova tendência de construção, que é a “verticali-zação” das concessionárias. “As montadoras estão cientes desta necessidade e estão mais flexíveis com relação aos projetos. A identidade visual não pode se perder, mas temos de trazer soluções para adap-tação às dificuldades locais”, explica.

Ao mesmo tempo em que o custo de construção ficou mais em conta, o boom imobiliário brasileiro encareceu bastante o custo dos terrenos. Desta forma, a equação fechou no mesmo resultado dos padrões arquitetônicos praticados há 4 ou 5 anos. “O custo do terreno ainda é muito caro. Houve aumento de preços em todas as cidades”, diz o executivo.

O boom imobiliário ainda trouxe reflexos nos custos de mão de obra, que está cada vez mais escas-sa nas grandes cidades. Como exemplo, Imperatori informa que, na cidade de São Paulo, o custo da obra gira em torno de R$ 2,2 mil o m² e cerca de R$ 5 mil o preço do metro quadrado do terreno. Estes valores são cerca de 30% maiores do que os praticados há 3 anos. “Com esta busca muito gran-de por terrenos, soube que alguns Concessionários são procurados por construtoras querendo comprar a área em que ele está instalado”, alerta.

O diálogo é o caminho – Em um recente estudo rea-lizado pela NADA, com a Rede norte-americana, apontou que os altos investimentos feitos pelos Concessionários em construção de seus pontos de venda, não dão “pay-back”, ou o retorno do investimento aplicado. “A rentabilidade dos Con-cessionários diminuiu, o que não permite investi-mentos nesta modalidade”, comenta Valdner Papa, consultor especializado no setor automotivo.

Luciano Martinelli Imperatori (acima),

arquiteto especialista em concessionárias: projetos adaptados

sem perder a identidade visual.

Segundo Papa, a obrigação do Concessionário é de investir em capital de giro para operar seu negócio, graças à alta concorrência e a necessidade de se vender cada vez mais. Para ele, é complica-do o empresário realizar investimentos de baixo retorno ou nenhum, em alguns casos. “Isso tem limitações. Depois de algum tempo de operação, antes de ter o retorno sobre o investimento das instalações, o Concessionário é obrigado, por uma demanda de mercado, a reconstruir suas instalações”, diz.

Na opinião de Papa, com o mercado cada vez mais competitivo, as montadoras buscam dife-renciais para se sobressair frente às demais. E um deles é manter pontos de venda e atendimento atraentes para o público. “Este é o desafio para as montadoras, Rede e as empresas de arquitetura: compatibilizar o investimento, encontrando for-mas de ajustes de estrutura a custos mais baixos, sem sair do padrão visual. Esta flexibilidade deve ser conquistada com diálogo para limitar os in-vestimentos ao fôlego da Rede”, conclui.

19Revista Dealer

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GM investe no Brasil

entrevista

Jaime Ardila

Para o atual presidente da montadora no Brasil, Jaime Ardila, que também acumula a presidência da empresa na América do Sul, os maiores desafios para a indústria automotiva e Rede de Concessionárias instaladas no País são garantir a competitividade e trabalhar melhor o pós-vendas, respectivamente. Para o Brasil, continua a tarefa de crescer.

A General Motors, que atua há 88 anos no mercado brasileiro, passou recentemente por uma renovação, tanto na linha de produtos, como também em seu comando.

Há um ano e meio, a empresa surpreendeu ao apresentar como líder da subsidiária brasileira, Grace Lieblein, que comandou o lançamento de nove novos modelos para o mercado nacional. Sua despedida foi no último Salão de Detroit, no encontro realizado com a imprensa em janeiro, após ser promovida a vice-presidente global de compras e da cadeia de suprimentos, como foi anunciado em meados de dezembro passado.

Depois de pouco mais de 18 meses à frente da GM do Brasil, a executiva comentou com os jornalistas presentes em Detroit que o que mais a surpreendeu no mercado local é que “coisas mudam de um dia para o outro”, o que requer flexibilidade e agilidade. “É preciso ter plano A, B e C”, resumiu. Enquanto foi presidente da filial sul-americana, o setor de automóveis viveu situações como a alta do estoque de carros, o consequente desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), prorrogado quatro vezes, o anúncio de novas fábricas (Fiat, Hyundai, BMW, JAC Motors, Chery), a limitação de comércio com o México e a definição do novo regime automotivo.

Em seu lugar, temporariamente, assume Jaime Ardila, que também preside a GM América do Sul. Em entrevista exclusiva à Revista Dealer, o atual presidente da GM defendeu a ampliação da competitividade da indústria automotiva brasileira e a necessidade de a Rede de Concessionários trabalhar com mais intensidade o pós-venda. “O maior desafio é evoluir na área de pós-vendas. Não basta só vender. É preciso dar toda a atenção possível ao cliente durante o ciclo de uso do veículo”, comenta.

Além disso, Ardila comentou sobre papel do governo no setor, explicou a necessidade do grande volume de investimentos feitos no país e quais são suas perspectivas para o mercado brasileiro e para a companhia, que pretende lançar três novos modelos este ano.

20 Revista Dealer

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“Agradeço a oportunidade

de me dirigir aos Concessionários de todo o Brasil,

independentemente da marca. A GM tem

orgulho de participar, há 88 anos, da indústria

automobilística brasileira e acredita no potencial da economia

e no crescimento do mercado.”

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Revista Dealer – Depois de diversos lançamentos ao longo do ano de 2012, a Chevrolet renovou quase toda sua linha de veículos. Esta mudança surtiu resultados nas vendas? Explique.Jaime Ardila – Para nossa satisfação, todos os no-vos modelos lançados nos últimos 18 meses foram muito bem recebidos no mercado. Os resultados de vendas têm sido acima do esperado. Mas, como tivemos um número grande de lançamentos (nove novos modelos), nossas fábricas foram impactadas e tivemos perda de produção de mais de 40 mil uni-dades em 2012, o que impossibilitou atendermos a demanda. Agora a produção está se normalizando e teremos condições em 2013 de atender a demanda pelos novos modelos, o que significa que esperamos crescer nossa participação no mercado.

Revista Dealer – Quais foram os motivos de a empresa lançar tantos modelos no Brasil?Jaime Ardila – Nós identificamos a necessi-dade de modernizar o portfólio de nossa marca Chevrolet no Brasil, que estava desatualizado. Para isso, executamos um amplo programa de inves-timentos no Brasil, superior a R$ 5,3 bilhões no período de 2008 a 2012. Estes recursos foram para o desenvolvimento de novos modelos no Centro Tecnológico da GM do Brasil e também para a modernização e ampliação das nossas fábricas no país, além da construção de uma nova, de motores e cabeçotes, em Joinville (SC).

Revista Dealer – Qual a fatia de mercado que a Chevrolet espera conquistar no país? Se possí-vel, avalie a projeção de participação almejada, por ano.Jaime Ardila – Nosso foco é a plena satisfação dos clientes e a rentabilidade de nosso negócio. A conquista de participação de mercado é o resultado de um trabalho bem feito. Em 2012, nossa participação no mercado brasileiro foi de 16,9%, considerando o mercado total, in-cluindo caminhões e ônibus. É claro que com uma linha atualizada de produtos acreditamos que nossa participação poderá evoluir positi-vamente de forma sustentável, mas essa não é nossa prioridade.

Revista Dealer – A empresa captou dinheiro do Tesouro Americano e passou por uma profunda reestruturação. Como foi viver estes tempos? Pode-se dizer que a crise passou por completo?Jaime Ardila – A GM já pagou todos os emprés-timos levantados junto ao Tesouro Americano, em função do sucesso da reestruturação da compa-nhia. Eu diria que passamos por um processo mui-to desafiador, que exigiu muito de nossa liderança. Nossa decisão de focar na satisfação do cliente e na rentabilidade do negócio foi acertada e estamos colhendo os frutos disso. A prova são os resultados positivos que temos alcançado nos últimos dois anos, que nos permitiu anunciar recentemente a

“Nós identificamos a necessidade de modernizar o portfólio de nossa marca

Chevrolet no Brasil, que estava desatualizado. Para isso, executamos um amplo

programa de investimentos no Brasil, superior a R$ 5,3 bilhões

no período de 2008 a 2012.”

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compra de parte das ações em poder do governo dos Estados Unidos.

Revista Dealer – Qual é a previsão de vendas, metas e perspectivas para 2013? Quais serão os principais focos?Jaime Ardila – Acredito que o mercado brasileiro em 2013 será muito parecido com o do ano passa-do, com crescimento em torno de 50 mil unidades. Lembrando que, em 2012, a indústria registrou um recorde histórico de vendas, com 3,8 milhões de unidades. No caso da GM, prevemos um cresci-mento superior ao mercado, resultado da renovação de nosso portfólio e do fato de que nossa produção já estar estabilizada depois do grande número de lançamentos em tão curto período de tempo.

Revista Dealer – Em sua avaliação, qual a im-portância da Rede de distribuição para a marca no Brasil?Jaime Ardila – A Chevrolet tem uma das maio-res e mais capacitadas Redes de Concessionárias do País, com 600 pontos de vendas e serviços de assistência técnica. O tamanho e a distribuição de nossa Rede, cobrindo as principais regiões e cidades brasileiras, e a qualidade dos serviços, são diferen-ciais importantes para a marca.

Revista Dealer – Qual a importância do mercado brasileiro para a General Motors Company?

Jaime Ardila – O mercado brasileiro é o segundo maior para a Chevrolet e o terceiro da GM em todo o mundo.

Revista Dealer – Qual a previsão de investimen-tos da GMB nos próximos anos, no Brasil? Quanto será investido e em quais áreas?Jaime Ardila – Acabamos de realizar o maior programa de investimentos de nossa história de 88 anos no Brasil e já estamos trabalhando na definição de um novo plano, que será anun- ciado oportunamente.

Revista Dealer – Qual a sua avaliação e expecta-tiva em relação ao Inovar-Auto e suas implicações para os planos futuros da GMB?Jaime Ardila – Trata-se de um programa impor-tante para a indústria no Brasil, definindo regras claras para o setor nos próximos cinco anos.

Revista Dealer – Como avalia, hoje, a relação entre a GMB e sua Rede de Concessionários?Jaime Ardila – Nossa relação é excelente. Temos um diálogo muito positivo e profissional.

Revista Dealer – Como analisa a importância da Associação de Marca como interface entre a Rede e a GMB?Jaime Ardila – É fundamental para a GM. Te-mos um contato bastante estreito com a Abrac,

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que congrega os Concessionários Chevrolet e, em particular, com os diretores da entidade.

Revista Dealer – Há planos de ampliação da Rede? Se afirmativo, qual é a estimativa de cresci-mento da rede e em quanto tempo essa ampliação deve se concretizar?Jaime Ardila – Consideramos a Rede adequada para atender a demanda de mercado e também de serviços de pós-vendas. Tanto é que os 600 pontos da Rede têm se mantido nestes últimos anos. Mas estamos sempre estudando o mercado e avaliando eventuais necessidades de crescimento.

Revista Dealer – Qual é a importância do canal de Vendas Diretas dentro da estratégia comercial da montadora?Jaime Ardila – É um segmento muito importante para a indústria. Temos a nossa estratégia específica para esta área, mas nosso foco é sempre buscar um equilíbrio entre vendas diretas e varejo, dentro do objetivo de garantir a rentabilidade de nosso negó-cio, para a GM e nossa Rede.

Revista Dealer – Estão previstos novos produtos para 2013? Quais segmentos pretendem atingir? Jaime Ardila – Teremos três novos produtos este ano. Mas não podemos ainda entrar em detalhes.

Revista Dealer – Quais suas expectativas em re-lação ao Brasil para os próximos anos? Acredita na expansão da economia? Em sua avaliação, quais os desafios que o País terá pela frente?Jaime Ardila – Acreditamos no potencial da economia brasileira e isso é fundamental para a definição dos nossos investimentos. Um exemplo disso foi nosso programa de R$ 5,3 bilhões dos últimos cincos anos. O grande desafio do País é, sem dúvida alguma, melhorar a infraestrutura logística e reduzir o custo Brasil, de modo a permitir que o País continue a ser uma base de manufatura competitiva.

Revista Dealer – Em relação aos desafios, quais são, em sua opinião, os maiores da indústria e das Redes de distribuição automotivas no Brasil?Jaime Ardila – No caso da indústria o maior desafio é buscar competitividade. Quem não fizer isso terá dificuldades, principalmente, pelo fato de a competição no Brasil estar cada vez mais acirrada, não apenas pelas indústrias aqui instaladas como também pela chegada de novos competidores. Já quanto às Redes de Distribui-ção, o maior desafio é evoluir na área de pós--vendas. Não basta só vender. É preciso dar toda a atenção possível ao cliente durante o ciclo de uso do veículo.

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“No caso da GM, prevemos um crescimento superior ao mercado, resultado da renovação de nosso portfólio e do fato de que nossa produção

já estar estabilizada depois do grande número de lançamentos em tão curto período de tempo.”

Jaime Ardila assumiu a presidência da General Motors América do Sul no dia 22 de junho de 2010, quando a Geaneral Motors Company anunciou, em Detroit (Estados Unidos da América), a criação de uma nova organização regional para atender a crescente demanda dos clientes.

Com 27 anos de atividades na GM, ele reporta-se diretamente ao Chairman e CEO da GM e tornou-se o primeiro sul-americano a ocupar uma cadeira no Comitê Executivo da empresa, além de ser o responsável pelas operações industriais e comerciais no Brasil, Argentina, Colômbia, Equador e Venezuela, assim como as atividades de vendas naqueles países e na Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

Anteriormente, Jaime Ardila havia assumido, em 1º de novembro de 2007, a presidência da GM Mercosul, com responsabilidade pelas operações do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia e Peru. Ele ocupou este cargo após atuar como vice-presidente e Chief Financial Officer da GM LAAM (América Latina, Africa e Oriente Médio) desde março de 2003 e foi também integrante do comitê estratégico da então divisão GM LAAM.

Ardila nasceu em Pereira, Colômbia, no dia 24 de julho de 1955. Concluiu o bacharelado em Economia pela Universidade Jorge Tadeo Lozano, em Bogotá, Colômbia, em 1977, e o mestrado na London School of Economics, em 1981.

Foi chefe da Divisão de Integração Econômica do Departamento de Planejamento Nacional do Banco Central colombiano, em 1981. Mais tarde foi nomeado secretário-geral do Ministério da Habitação, Indústria e Comércio.

Em 1984, iniciou sua carreira na General Motors Colômbia como gerente de exportação e, em 1986, foi transferido

para a Tesouraria da Corporação, em Nova York. Em 1988, tornou-

se gerente de Finanças da GM Europa, na organização

de Pós-Vendas, sediada na Alemanha. Em 1990, foi nomeado

gerente Financeiro de Pós-Vendas da Vauxhall

Motors, na Inglaterra. Em 1991, transferiu-se para

o México, onde assumiu o cargo de Tesoureiro da GM do Mexico e, em 1993, foi transferido

para General Motors Chile como diretor Administrativo e Financeiro.

Em 1996, voltou à Bogotá, Colômbia, como presidente do Rothschild Bank of London. Em 1998, retornou à General Motors Equador como presidente e, em 1999, foi transferido para a Colômbia como presidente da General Motors Colmotores. Em 2001, Ardila foi nomeado presidente e diretor gerente da GM Argentina, Uruguai e Paraguai.

Jaime Ardila é casado com Martha Ardila, também colombiana, e não tem filhos. Ele fala espanhol, inglês, alemão e português. É fã de tênis e gosta de jogar sempre que possível, além de praticar corrida.

Perfil do executivo

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Job: 19895-057 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 19895-057-BRADESCO-INSTITUCIONAL-REV-DEALER-FENABRAVE-410X275_pag001.pdfRegistro: 102446 -- Data: 12:07:08 06/12/2012

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Job: 19895-057 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 19895-057-BRADESCO-INSTITUCIONAL-REV-DEALER-FENABRAVE-410X275_pag001.pdfRegistro: 102446 -- Data: 12:07:08 06/12/2012

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Depois de um 2012 tumultuado, quais são os principais desafios para o mercado automotivo em 2013? O que esperar da

economia e seus impactos no setor que inicia um período de desenvolvimento com a chegada do Inovar-Auto?A perspectiva do setor automotivo é crescer de acordo com a economia do País, cujo PIB está previsto para 3%. Entre os

desafios apontados pelos especialistas para o Brasil, o corte de gastos públicos, a retomada de investimentos e o crédito serão fundamentais para que bons

ventos soprem a favor de 2013. Para as Redes de Concessionárias, os desafios passam pelo foco na gestão eficiente de custos e investimentos, treinamento de pessoal e uma atenção especial às áreas de seminovos e pós-vendas que, ao que tudo indica, passarão a ser o divisor de águas para a rentabilidade.

Os desafiOs para crescer em 2013!

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Analistas, empresários e líde-res do setor são uníssonos ao afirmar que o ano de 2012 acabou com o saldo positivo no desenvolvimento do mer-cado automotivo, apesar das muitas oscilações. Para eles, as ações tomadas pelo governo

brasileiro, em maio, com a redução do IPI, foram essenciais para a manutenção de um setor que representa 5,7% do PIB nacional.

Alguns segmentos, como automóveis, comerciais leves, caminhões, tratores e motocicletas, necessitaram de interven-ções do governo ao longo do ano passado. Como resultado, a comercialização de automóveis e comerciais leves cresceu acima do esperado no resultado de 2012, ampliando em 6,11% no comparativo com 2011, totalizando 3.634.421 uni-dades vendidas. “A redução do IPI foi fundamental para o crescimento destes segmentos. Esperávamos ampliar 4,8% ante o ano de 2011,  e o resultado de 6,11% mostrou que o trabalho conjunto entre governo, Anfavea, Fenabrave e todas as lideranças do setor automotivo e finan-ceiro trouxeram benefícios ao mercado e à economia nacional”, comenta o presi-dente da Fenabrave - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Flávio Meneghetti.

De acordo com o presidente da enti-dade que representa mais de 7 mil Con-cessionários de veículos no Brasil, o go-verno brasileiro está disposto a continuar estimulando a economia. Prova disso foi o recente anúncio da volta gradual do IPI durante o primeiro semestre de 2013, período tradicionalmente mais fraco nas vendas de veículos. “Assim, os consumido-res podem ter mais tempo para comprar seus veículos, uma vez que, no início do ano, há uma queda natural nos empla-camentos em função dos compromissos financeiros assumidos pela população, como o reflexo das compras de Natal, a compra de materiais escolares, IPVA, além de feriados como o Carnaval, que impac-tam no menor número de dias úteis para a venda de veículos”, esclarece Meneghetti.

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Balanço 2012

Apesar do bom resultado registrado para automóveis e comerciais leves, a soma de todo o setor, que inclui caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários, máquinas agrícolas e outros veículos, como carretinha para transporte, registrou queda de 2,25% no comparativo entre 2011 e 2012.

Ao todo, foram emplacadas 5.586.586 unidades em 2012, contra 5.715.248 registradas em 2011. “Os setores de caminhões e motocicletas influenciaram no resultado geral, mas estamos confiantes que, em 2013, estes dois segmentos retornem à curva de crescimento”, diz o presidente da Fenabrave.

Mesmo com a queda no acumulado, o setor, no geral, cresceu 14,32% em dezembro, na comparação com o mês de novembro. Foram emplacadas 510.298 unidades em dezembro contra 446.380 em novembro. Nos segmentos de automóveis e comerciais leves, o crescimento foi de 15,75% entre os dois meses. Foram emplacadas 343.770 unidades em dezembro ante 297.003 em novembro. “Um dos motivos deste crescimento nas vendas em dezembro, cuja média de venda diária chegou a mais de 18 mil unidades/dia, deve-se ao IPI, cuja redução integral foi mantida até 31 de dezembro”, explica Meneghetti.

Apesar do bom resultado registrado para

automóveis e comerciais leves, o mercado de

veículos registrou queda de 2,25% no

comparativo entre 2012 e 2011.

Flávio Meneghetti.

O desconto no IPI, que auxiliou no crescimento das vendas de automóveis e comerciais leves, em 2012, terá seu encerramento gradativo este ano.

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Valdner Papa.

E o mês de janeiro já deu mostras de otimismo para o mercado, apontando para um crescimento de cerca de 18% para os emplacamentos de auto-móveis e comerciais leves em relação ao mesmo período de 2012. “Os estoques de carros com IPI reduzido favoreceu o aquecimento do mercado neste início de ano, levando muitos consumidores às concessionárias”, avalia Meneghetti.

Projeções 2013 – Mesmo com a comemoração dos resultados de 2012, o otimisto moderado com relação à economia nacional em 2013 e seus im-pactos no setor ainda acendem o sinal de alerta para os empresários, que se mantêm conservadores em suas previsões. Considerando o retorno gradual das alíquotas de IPI até junho de 2013, as previsões de crescimento do PIB em 3% e da retomada da eco-nomia, além da manutenção do nível de empregos e renda familiar, as previsões da Fenabrave para o mercado de veículos automotores apontam para um aumento global de 2,82%. Segundo a entidade, se-rão emplacadas 5.592.673 unidades este ano. Para automóveis e comerciais leves, espera-se aumento de 3% nos emplacamentos na comparação com 2012, totalizando 3.743.285 unidades.

Não há dúvidas de que, em 2013, o de-sempenho do setor automotivo estará atrelado diretamente ao crescimento da economia brasi-leira. Na opinião do consultor especializado no setor automotivo, Valdner Papa, a previsão de aumento em 3% no PIB nacional para este ano não é o ideal para um país com o potencial que o Brasil já demonstrou. “Todavia, é o possível com a estrutura ainda limitada e difícil de ser ajustada, como é o caso de nosso País. O ama-durecimento democrático é importante, mas a consciência das bases reais de desenvolvimento,

centradas em investimento, tecnologia, inovação e educação, se não forem priorizadas, nos fará permanecer crescendo sempre em percentuais modestos”, alerta.

Na opinião de José Roberto Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Associados, o retorno do IPI, mesmo que de forma escalonada (autos e comerciais leves) deve implicar em elevação de preços. “Isto, somado ao fato de que, em 2012, tivemos muita antecipação de compras, nos faz estimar um crescimento discreto para o segmento (até 3,5%). Já no caso dos caminhões, devemos ter um desempenho bastante favorável com a continuação do programa PSI a uma taxa de financiamento negativa em termos reais, de 3/3,5%. Com isto, esperamos uma expansão de vendas da ordem de 19%. As motos devem seguir sofrendo as limitações decorrentes da baixa oferta de crédito”, comenta.

De acordo com Papa, o modelo de estímulo, baseado unicamente em consumo, está exaurido. Segundo o consultor, o crédito é fundamental, e a concentração de fomento nos bancos estatais já demonstrou esgotamento. “Assim, as reformas estruturais, fiscal, trabalhista e política tornaram-se essenciais”, comenta.

Mendonça de Barros completa, defendendo a volta dos investimentos, uma vez que, nos dois últimos anos do crescimento do PIB acumu-lado, 87% deveu-se ao consumo e apenas 2% aos investimentos.

Para Stephan Keese, presidente da Roland Berger, o mercado brasileiro de veículos vive um pe-ríodo de dependência do governo para deslanchar. Para ele, o Brasil passa por uma situação econômica difícil e um período de saturação de mercado. Ou-tro agravante apontado pelo executivo é a limitação

José Roberto Mendonça de Barros. Cledorvino Belini.

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de crédito para a classe C. “A queda do IPI, no ano passado, resultou em um aumento de mais de 200 mil veículos vendidos. Para 2013, as previsões da Fenabrave se configuram como um possível cená-rio, porém, dependem muito do comportamento da economia e de medidas do governo, principal-mente com relação ao crédito”, estima. Segundo Keese, sem isso, com o mercado já saturado, os empresários terão um primeiro semestre mais fraco nas vendas e um segundo mais forte.

Papa conclui informando que o setor possui uma alta representatividade e um forte impacto na atividade econômica. “Assim será necessária uma atenção toda especial no acompanhamento das repercussões do retorno do IPI. O impacto pode ser maior do que o previsto no primeiro momento”, diz. Segundo a Roland Berger, 75% do crescimento de 2012 foi atribuído à redução de IPI.

Caminhões na rota do crescimento – Depois de um momento de euforia vivido com a antecipação de compras de caminhões, no início de 2012, estimulado pela troca da tecnologia de motores e que ampliaria em até 15% o preço dos veículos,

o mercado de caminhões fechou o ano passado com queda de 20,22% sobre 2011. Além disso, o segmento encerrou o período com retração de 15% na exportação e de 40% na produção. “Vínhamos de um bom 2011 (170 mil unidades comercializadas, recorde histórico). As natu-rais dificuldades de implantação da etapa 7 do Proconve (novo caminhão, novo diesel) a partir de 1° de janeiro de 2012, além de uma certa indefi-nição da economia, motivaram demanda menor de caminhões em 2012. Todavia, já notamos que no último trimestre houve início de retomada. Certamente, neste 2013, o mercado e a produção de caminhões devem retomar níveis consentâneos com as necessidades da economia brasileira e com a dinâmica histórica do setor”, explica Cledorvino Belini, presidente da Anfavea.

Na opinião de Alarico Assumpção Júnior, Presidente Executivo da Fenabrave, o encerramento deste período de transição, e os estímulos governa-mentais, com taxas de juros negativas para aquisi-ção de caminhões por meio do FINAME, devem auxiliar na retomada do segmento. “Este será um ano de recuperação importante, pois a ‘digestão’ do

Inovar-Auto, programa de estímulo à competitividade para a indústria automotiva nacional, anunciado pelo governo em 2012, exige uma série de mudanças em processos para melhorar desempenho e tecnologia em veículos fabricados no Brasil.

Stephan Keese.

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segundo especialistas. “O Inovar-Auto também trará grandes e profundas modificações ao nosso mercado”, comenta Papa.

O novo regime automotivo, que foi criado para estimular a competitividade da indústria brasileira e ampliar investimentos em tecnologia e inovação dos veículos fabricados no Brasil, não terá impacto efetivo para o consumidor no curto prazo. Segundo a Anfavea, o regime é uma política industrial de mé-dio e longo prazos, para o período 2013-2017. Para Belini, o consumidor será beneficiado mais à frente, com produtos de uma indústria mais tecnológica, mais inovadora e mais competitiva.

As empresas interessadas em fabricar no Bra-sil e aquelas que já fabricam, terão de entregar seus projetos ao governo para se habilitarem no programa. Por enquanto, todas as empresas filia-das à Anfavea e algumas importadoras, que têm planos de construir unidades fabris em território nacional, já se enquadraram no Inovar-Auto. Para isso, apresentaram investimentos e os projetos que resultarão em créditos de IPI ao longo dos próximos cinco anos.

Estima-se que, além dos R$ 44 bilhões de

Euro 5 acabou e a tendência é aproveitar o melhor crescimento econômico em 2013”, comenta.

Para a Roland Berger, este mercado voltará a ter demanda este ano, o que resultará em aumento de produção. “Esperamos crescimento de 10% na demanda e entre 20% e 25% na produção”, estima Keese.

Papel do governo – Segundo as lideranças do setor automotivo, nos últimos anos, o governo brasileiro tem desempenhado um papel fundamental para o mercado automotivo. “Sempre dispostos a ouvir e entender o que acontece com o mercado, realizando encontros frequentes com as lideranças do setor, os ministros da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, trabalharam no desenvolvi-mento de ações que estimularam as vendas”, avalia Flávio Meneghetti.

Em sua análise, as ações pontuais, que acabaram se tornando recorrentes em 2012, demonstraram que existe a necessidade de mudanças efetivas. O Inovar-Auto, novo regime automotivo, em vigor desde o primeiro dia de 2013, foi o primeiro passo de um caminho longo que deve ser percorrido,

O segmento de caminhões, um dos mais afetados em 2012, deve

crescer 19% este ano, segundo a Fenabrave.

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A ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), divulgou dados recentes sobre o índice de inadimplência nos contratos de financiamento de veículos para pessoas físicas. Após período de estabilidade, os índices apresentaram retração durante o mês de novembro de 2012, último período apurado pela intidade. A queda de 0,3 pontos percentuais, passando de 5,9% para 5,6% do Saldo da Carteira de Veículos, reforça o otimismo do setor, que segue apostando em uma tendência de redução ainda maior nos atrasos de pagamento durante os próximos meses.

Para Décio Carbonari, presidente da ANEF, além do recuo da inadimplência, a nova queda na taxa de juros, que durante o mês de novembro passou de 1,27% para 1,26%, a.m., atrairá novos clientes, beneficiando ainda mais a carteira de financiamento de veículos. A taxa média de juros anual de veículos utilizada pelos associados da ANEF, em outubro, estava em 16,35% a.a e passou a ser de 16,21% em novembro. A taxa média no mesmo mês de 2011 era de 1,50% a.m e 19,56% a.a.

“A queda na taxa de juros, em conjunto com a manutenção da redução do IPI, que seguirá menor durante os primeiros meses de 2013, mantiveram as vendas aquecidas e proporcionaram o retorno ao mercado de um público com renda maior e com melhores garantias de pagamento, influenciando também nos números de inadimplência que devem apresentar uma nova retração nos próximos meses”.

investimentos já anunciados pelo setor até 2015 em ampliação de capacidade e novos produtos, outros cerca de R$ 14 bilhões deverão ser inves-tidos em programas de inovação, tecnologia e eficiência energética no período 2013-2017. Isso somente para atender o mínimo de investimento obrigatório estabelecido. “Além disso, os fabricantes devem aumentar suas aquisições locais de materiais para a produção, outro pilar do programa Inovar. Esses, portanto, são os desafios relevantes para a implementação do programa, neste e nos próximos anos”, explica Belini.

“As montadoras instaladas no Brasil têm capa-cidade de produção de 4,3 milhões de unidades por ano. Daqui a três anos, teremos um aumento de 2,5 milhões de unidades na capacidade instalada”, argumenta Keese, da Roland Berger.

Os especialistas ouvidos pela Revista Dealer argumentam que, além destes estímulos, a redução de gastos do governo e uma reforma vigorosa na tributação seriam importantíssimas para o desen-volvimento da economia e do setor automotivo. “Os gastos públicos representam um terço do PIB Brasileiro”, comenta Keese.

Na opinião de Mendonça de Barros, o desafio fundamental do Governo é conseguir elevar os in-vestimentos. Segundo o economista, neste início de ano, dois grupos de eventos aumentaram a insegu-rança dos empresários quanto ao futuro, razão bá-sica da baixa taxa de inversões do período recente. “Falo aqui do receio com relação ao fornecimento de energia elétrica e ao excesso da chamada ‘con-tabilidade criativa’, que acaba levando insegurança quanto ao real estado das contas públicas no país. Além disso, como o setor público não consegue deslanchar seus projetos de investimentos, é indis-pensável que as garantias ao investimento privado sejam maiores. Na prática, isso significa que os projetos de concessão na área de rodovias, portos, aeroportos e energia devem ser suficientemente claros para atrair o interesse privado”, comenta.

Valdner Papa também defende o aumento de investimentos no Brasil. Assim, o governo conse-guiria criar um ambiente de credibilidade, política e econômica, principalmente preservando direitos e contratos. “Além disso, é necessário reduzir, de forma corajosa, o gasto público e tornar o Brasil mais competitivo”.

Desafios para a Rede – Um recente estudo de mercado realizado pela Roland Berger, chamado “Excelência em vendas no Brasil”, apontou que a

Inadimplência cai no final de 2012

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Rede de Concessionários possui muitos desafios para seu desenvolvimento no mercado brasileiro. “A rentabilidade dos Concessionários está muito abaixo das expectativas e da que foi realizada no passado”, explica Keese.

Segundo o presidente da Roland Berger, os Concessionários estão focando esforços em regiões tradicionais de crescimento, sem cobertura suficiente para mercados com alto potencial. Além disso, a atuação está muito centrada na venda de veículos novos, deixando de lado outras fontes de receita: pós-vendas, usados e F&I. “Percebemos que há na Rede brasileira a ausência de experiência comparada às melhores práticas internacionais”, argumenta Keese.

Para ele, diversificar o mix de vendas, focar mais nos custos e profissionalizar a equipe seriam os caminhos para melhorar a performance da Rede. “Distribuir mais pontos de venda, com

concessionárias menores, sem a necessidade de grandes investimentos, ampliará a capilaridade da Rede e, como consequência, o volume de vendas”, explica Keese, argumentando que é possível manter uma concessionária plena em um ponto estratégico, que servirá de apoio no atendimento para serviços das demais em conceito “showroom” distribuídas em outras localidades.

A alta competitividade também é um fator determinante para a Rede. De acordo com esti-mativas da Roland Berger, é esperado um grande volume de lançamentos até 2014. “Em 2008, o mercado contava com 107 modelos diferentes, sem considerar versões do mesmo produto. Em 2014, estimamos que o mercado tenha 216 modelos, o que representa aumento de 102% no período”, diz o estudo comentado por Keese.

Valdner Papa alerta que a capacitação e o treina-mento serão essenciais para a Rede realizar vendas

Fonte: Roland Berger

Questões-chave para MontadorasComo preparar a Rede de concessionárias para o crescimento esperado?

Como melhorar o desempenho da Rede de concessionárias?

Como atender os requerimentos crescentes dos clientes?

Como se diferenciar dos competidores?

Como aumentar os negóocios de pós-vendas, carros usados e F&I?

Como melhorar a cooperação entre montadoras e concessionárias?

Questões-chave para ConcessionáriasQuais são as melhores práticas em vendas automotivas (nacional e globalmente)?

Como melhor estruturar os processo em vendas e pós-vendas?

Quais outros serviços e produtos podem ser oferecidos?

Como aumentar os negócios de pós-vendas, carros usados e F&I?

Onde estão as principais oportunidades de melhorias nas operações das concessionárias?

Questões-chave para o desempenho de vendas no Brasil

Carros novos

Carros usados Pós-vendas

60% a 65%

10% a 15%

5% a 10%

15% a 25%

25% a 35%

65% a 75%

Contribuição média no lucro

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Cooperaçãode M

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Ass

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es Concessionários

Montadoras

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com mais qualidade, frente à grande concorrência. “O Concessionário terá, em 2013, além do quadro de alta concorrência, margens comerciais e finan-ceiras justas. Com isso, terá obrigatoriamente de treinar intensamente sua equipe de vendas para comercializar produtos com melhor qualidade, incluir novos produtos financeiros em seu portfólio e buscar de forma consistente maior absorção de custos pelo pós-vendas”, explica o consultor, reco-mendando aos Concessionários acompanharem de perto as despesas e, principalmente, o resultado dos investimentos feitos. “Muito cuidado com a pres-são que existirá das Montadoras quanto a volume, market share, qualidade e outros. Tudo tem um limite!”, alerta Papa.

Em um comparativo com as práticas internacio-nais, apresentado pela Roland Berger, os Concessio-nários brasileiros ainda utilizam métodos de vendas antigos e ineficientes. Nas vendas de novos, por exemplo, a Rede brasileira ainda possui grande foco em vendas reativas (visitas de clientes na concessio-nária), pouca ou nenhuma inteligência de mercado e gerenciamento de grandes contas e vendedores inexperientes à procura de uma venda rápida. “Nos benchmarks internacionais, percebemos que o de-partamento de novos aumentou o foco em vendas ativas, com gerenciamento de grandes contas e rela-cionamento de longo prazo, onde os vendedores são experientes e bem treinados, capazes de promover vendas extras”, compara Stephan Keese.

As diferenças também são percebidas em outros departamentos, como a comercialização de usados e a área de pós-venda, que possuem estruturas bem desenvolvidas e que representam grande percen-tual na contribuição do lucro da concessionária. “Em outros países, estes departamentos possuem estruturas providenciadas pela montadora, com-partilhamento online de estoques pelos grupos e processos bem organizados, respeitados e utilizados por clientes”, argumenta o presidente da Roland Berger, acrescentando que os Concessionários bra-sileiros ainda não vêem estes departamentos como uma fonte de lucro relevante.

O papel e a sinergia entre montadoras, suas Redes e as Associações de Marca serão fundamen-tais para o desenvolvimento de mercado, segundo a Roland Berger. De acordo com a consultoria, as Associações têm um importante papel no Brasil, tanto político como profissional, e diversos tó-picos devem ser alinhados com a montadora por meio dos representantes dos Concessionários. “O desenvolvimento de treinamentos e eventos de ca-pacitação, o auxílio no planejamento de negócios, por meio de estudos de mercado, identificação de tendências e desenvolvimento de programas de qualidade são fundamentais no desenvolvimento da Rede e este também é o papel da Associação”, argumenta Keese. “Com o trabalho em conjunto, o mercado se desenvolverá de forma mais abrangente e mais profissional”, finaliza.

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Montadoras

Segundo a Roland Berger,

Concessionários brasileiros ainda

utilizam métodos de vendas antigos

e ineficientes.

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A venda de smartphones no Brasil cresceu 36% no terceiro trimestre de 2012 (estudo mais recente), em comparação ao mesmo período de 2011, conforme pesquisa da GfK divul-gada em dezembro. A pesquisa revelou que

houve um aumento de 58% na oferta de modelos de smartphones no Brasil no trimestre em relação ao mesmo período de 2011, embora a média de preço tenha ficado estável no período.

Com modelos disponíveis nas mais variadas faixas de preço, o maior incremento ficou nas fai-xas mais baixas (até R$ 500), com smartphones de entrada, segundo a pesquisa.

Segundo a consultoria IDC, especializada no mercado de tecnologia e telecomunicações, estima--se que, no ano passado, foram comercializados mais de 15 milhões de smartphones no Brasil. Os números puxaram o Brasil da 16ª para a 10ª posição entre os maiores mercados de smartphones

do mundo. Segundo estimativa da IDC, o Brasil poderá alcançar a 4ª posição em 2016. “Hoje, existem aparelhos com preços mais acessíveis, oferta de pacotes de dados até para celulares pré-pagos e uma demanda muito grande ligada às redes sociais e mobilidade. Isso impulsiona as vendas e a mi-gração de celulares convencionais para os modelos smartphones”, afirmou o analista da IDC Brasil, Bruno Freitas.

Com toda esta facilidade de acesso à internet, muitas pessoas estão aderindo às redes sociais. Este crescimento tem chamado cada vez mais a atenção das empresas para estabelecer um relacionamento digital com o consumidor. O estudo Latin America Social Media Check-up, produzido pela Burson--Marsteller, aponta que 88% das companhias nacionais utilizam ao menos uma das mídias sociais analisadas como plataforma de comunicação, o que representa um aumento de 25% desde 2010.

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A Rede nA Rede!

conexão

De que forma os Concessionários podem utilizar a mobilidade e as ferramentas dispostas na internet a seu favor?

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José Carneiro de Carvalho Neto, diretor da J. Carneiro, concessionária Renault na Paraíba e presidente da Comissão de Inovação Tecnológica da Fenabrave. Acima, reprodução da página de sua concessionária no Facebook.

A pesquisa examinou como as 25 maiores empre-sas do Brasil e de outros países da América Latina uti-lizam Twitter, Facebook, YouTube, blogs e Google+.

O índice de adesão às redes sociais no Brasil está acima da média quando comparado com América Latina, onde 65% das empresas estão presentes. Globalmente, o índice é de 87%. De acordo com o estudo, o Twitter se destacou como a plataforma que mais cresceu, sendo utilizado por 53% das empresas analisadas na América Latina, contra 50% do Facebook. Desde 2010, a média de seguidores por perfil corporativo analisado saltou de 19.023 mil para 66.958 mil.

Caso de sucesso no setor – Esta tendência também é observada em empresas do setor automotivo. Pra-ticamente todas as montadoras instaladas no país possuem perfis corporativos nas mídias sociais. Com isso, as empresas conseguem se relacionar mais de perto com seu consumidor e, assim, atender às suas necessidades. Esta tendência abriu a oportunidade de se trabalhar o core business da empresa na rede, mas isso exige uma equipe preparada e um planejamento detalhado do projeto. “As empresas podem e devem entrar nas mídias sociais com perfis corporativos. É um caminho sem volta, mas que exige cuidado e planejamento”, explica José Carneiro de Carvalho Neto, diretor da J. Carneiro, concessionária Renault na Paraíba e presidente da Comissão de Inovação Tecnológica da Fenabrave.

Carvalho Neto acredita que os Concessionários nas redes sociais podem aproximar e mudar a forma do cliente interagir com a concessionária. Para ele, quem for mais rápido e mais transparente nas rela-ções, sairá na frente na preferência do consumidor. “É necessário oferecer um conjunto de soluções. Um portal informativo e dinâmico, somado aos recursos de geolocalização do Foursquare, o SAC 2.0 no Facebook e no Twitter, além de anúncios e promoções no Instagram”, enumera.

Na J. Carneiro, no final de 2012, foi montada uma estrutura batizada de “Núcleo de Comunica-ção”, departamento composto por quatro funcio-nários especializados em internet, que gerencia e monitora a presença digital da concessionária. Por meio de um gerente, e funcionários encarregados na geração de conteúdo de texto e imagens, os re-sultados do projeto piloto começaram a aparecer. “Contratamos uma empresa de monitoramento que vasculha a internet em busca de clientes ou empresas falando da concessionária. Com isso, conseguimos realizar atendimento a diversos casos”, comenta.

De acordo com Carvalho Neto, o SAC 2.0 mostrou que a empresa está atenta às necessidades do consumidor e possibilita, no primeiro atendimento, encerrar o efeito cascata da disseminação da reclama-ção na internet. “Quando a comunidade percebe que há resposta, a empresa é tratada de outra maneira. Isso gera credibilidade, o que é positivo para a nossa imagem”, diz o executivo, informando que este departamento possibilitou o encerramento de crises.

A necessidade da presença digital da J. Carneiro surgiu na convenção da NADA em 2012, onde muitas das palestras apresentadas abordavam o tema internet como ferramenta para os Concessio-nários. Segundo Carvalho Neto, a partir daquele momento ele começou a se informar mais sobre o assunto e passou a implantar o projeto em sua em-presa. “É um investimento médio, pois é necessária a contratação de profissionais especializados e de um gestor dedicado especialmente para esta área. Além disso, mudamos algumas estruturas, como a banda de internet e a compra de equipamentos. Acredito que este investimento trará um bom re-torno para a empresa”, diz.

Depois de realizada a implantação, a segunda fase do projeto será a de iniciar as ações promocionais nas redes sociais. Carvalho Neto indica que, uma destas ações, será a de oferecer algum benefício ao cliente na oficina, caso ele faça o check-in na concessionária por meio do Foursquare. “Quando o cliente faz o check-in informando que está na concessionária, nós já conseguimos encontrá-lo e abordá-lo no próprio showroom. Utilizaremos esta tecnologia como ferra-menta de captação de clientes”, finaliza.

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Com as margens e a rentabilidade da co-mercialização de veículos novos cada vez menores, os Concessionários necessitam diversificar o mix de produtos e servi-ços oferecidos aos clientes para atingir patamares ideais de ganhos. O assunto ganhou peso nas revendas que, desde 2012, tornaram-se correspondentes

bancários, e também porque o cenário atual dos financiamentos (com taxas de juros em queda e maior rigor na aprovação de fichas) resultou em menor remuneração dos Concessionários pelos bancos. Ficou claro que o comprometimento total do Dealer tem de estar acima de qualquer outro esforço. Não basta acompanhar o volume diário de venda de carros, é preciso estar a par do faturamen-to dos outros setores.

Uma pesquisa realizada pelo Grupo dos 20, da Fenabrave, apontou que o F&I, se não for o departamento mais rentável de uma concessionária, é o segundo maior. A comercialização de seguros, acessórios, garantia estendida e outros produtos e serviços, requer profissionais altamente qualificados e deve estar bem integrada à primeira venda (a do próprio carro), formando um processo contínuo. Além disso, o parcelamento de acessórios é um desafio a levar para as instituições financeiras, até porque os bancos das montadoras já fazem isso.

Especialistas informam que o F&I se tornou muito mais do que uma breve estruturação de

departamento. Ele deve ser tratado como conjunto de receitas recorrentes, que requer um departamen-to composto por uma equipe competente, motiva-da e disposta a absorver o know-how de quem o tem, trabalhando com clientes novos e atuais.

Em novembro de 2011, a JM&A Brasil iniciou suas operações no mercado automotivo nacional, em franca expansão, para oferecer às concessio-nárias de automóveis a oportunidade de gerar e incrementar seus lucros com a venda de produtos de F&I. Os mais de 35 anos de sucesso da JM&A Group puderam ser aplicados no Brasil, auxiliando as concessionárias que desejam alcançar e estabe-lecer mais performance em vendas de produtos e processos de F&I.

A empresa encerrou o ano de 2012 com uma equipe de 40 colaboradores, sendo 37 deles brasi-leiros. Inicialmente, a empresa está nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal e tem planos de continuar expandindo suas operações em todas as regiões do país. Em comple-mento aos serviços de consultoria e treinamento oferecidos às concessionárias de automóveis, a JM&A representa um menu de produtos, tais como os dispositivos de rastreamento e manutenção pré--paga, além de treinamento e consultoria relacio-nados à garantia estendida e proteção financeira. O diferencial, segundo a companhia, é o de agregar valor ao Dealer, proporcionando consultoria e treinamento diretamente para concessionárias,

Ed Brown, presidente da JM&A Brasil e Travis Mazza, Vice-Presidente Comercial.

42 Revista Dealer

F&I

Com a queda na rentabilidade e a necessidade de diversificação na operação, ampliar a atuação com F&I é o caminho ideal para a manutenção da Rede. Esta é a aposta da JM&A Brasil, que está no país desde o ano passado, e prevê grandes expectativas para o futuro. Subsidiária de uma das várias empresas da matriz norte-americana, JM Family Enterprises, Inc., possui 3.800 associados que atuam na diversificação de negócios do grupo, relacionados ao ramo automotivo: distribuição de veículos, vendas, serviços financeiros, seguros e terceirização de serviços.

JM&A BrAsil coMpletA uM Ano no pAís

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A JM&A Brasil está montando um time de colaboradores, em sua maioria brasileiros, para ampliar seus negócios com os Concessionários do Brasil.

além do acompanhamento permanente da sua equipe de vendas.

“A JM Family fez e continuará fazendo inves-timentos significativos no mercado brasileiro,” declara Ed Brown, presidente da JM&A Brasil. “Estamos muito empolgados com o progresso que tivemos até agora, por meio de um time altamente qualificado que contratamos. Nós admiramos a capacidade comercial das conces-sionárias e das empresas que são nossas parceiras em produtos”.

Travis Mazza, Vice-Presidente Comercial da JM&A Brasil, disse que “a entrada da empresa no Brasil é muito oportuna, considerando os desafios para a ampliação da rentabilidade enfrentados pelos Concessionários de automóveis, que têm margens cada vez menores nas vendas de carros novos, assim como as receitas de financiamentos. Oferecemos às concessionárias de automóveis a oportunidade de substituir as receitas perdidas por novas receitas geradas com a venda de produtos de financiamen-tos e seguros”.

De acordo com Brown, contudo, algumas concessionárias ainda se mostram resistentes em investir na infraestrutura de F&I para implemen-tar novos processos, até que vejam os resultados potenciais. “Nós começamos a demonstrar re-sultados positivos com as nossas atuais conces-sionárias parceiras e esperamos prover aos nossos

futuros clientes toda a segurança necessária que o faça optar por investir e implementar essas mu-danças,” diz Brown.

Em novembro de 2011, a JM&A Brasil, recém--chegada ao país, participou como patrocinadora na Exposição e Congresso promovidos pela Fenabrave, entidade que reúne mais de sete mil concessioná-rias em todo país. Em 2012, a companhia repetiu o feito, com uma participação mais significativa e um stand maior. Para 2013, a JM&A Brasil já garantiu seu espaço como Patrocinador Gold no 23º Congresso Fenabrave e ExpoFenabrave, que será realizado novamente em São Paulo.

A JM&A Brasil também apoia seus atuais e po-tenciais parceiros Concessionários, proporcionando oportunidades para visitar e conhecer suas operações e concessionárias nos Estados Unidos. Esse ano, a JM&A Brasil irá recepcionar concessionárias Brasi-leiras na convenção NADA, em Orlando, Florida, e também realizará um tour no Sul da Florida. O even-to será em fevereiro e vai abranger a convenção da NADA – National Automobile Dealers Association, evento em que a JM&A Group é uma das maiores patrocinadoras. A programação terá continuidade em Deerfield Beach e Miami, com visitas agendadas em concessionárias como a JM Lexus (maior loja da Lexus no mundo) e apresentará um seminário sobre as melhores praticas das concessionárias, ministrado pela Northwood University.

43Revista Dealer

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44 Revista Dealer

sustentabilidade

A ondA é reci clAr

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A consciência de preservação do meio ambiente já faz parte da mentalidade de muitos empresários do setor automoti-vo. Estimulados, tanto pela sociedade, como também pelas Montadoras, que possuem programas de preservação bem desenvolvidos, a Rede também se tornou um importante elo nos cuidados com os

resíduos gerados em suas instalações. A destinação correta e a reciclagem de pneus, metais, peças e até a água utilizada nos processos de lavagem, já são tratadas e encaminhadas a empresas especializadas para darem a destinação correta, não poluente, a estes itens. “O retorno financeiro com a reciclagem automotiva ainda é pequeno, mas o resultado e a conscientização é sempre positivo”, enfatiza Luiz Henrique Lopes Vilas, CEO da Ouro Verde Meio Ambiente e Negócios Sustentáveis.

Na opinião de Lopes Vilas, o Concessionário precisa desmistificar o licenciamento ambiental. Para isso é necessário criar na empresa um sistema de gestão para que ele consiga se enquadrar na legislação. “Este é um caminho sem volta, pois existe uma legislação que deve ser atendida. Todos os Concessionários terão de se adaptar”, diz.

45Revista Dealer

Dar a destinação correta aos resíduos da oficina é parte importante no dia a dia do Concessionário. Além de se

enquadrar na legislação, que exige o descarte correto de alguns itens, como pneus, óleo usado e o gás do ar-

condicionado, o empresário da distribuição contribui

com o meio ambiente.

A ondA é reci clAr

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De acordo com o especialista, são necessárias algumas medidas para atendimento à norma, como o descarte correto de resíduos sólidos, a correta destinação de pneus e, principalmente, a separação do óleo, da água e do gás de ar-condicionado prove-niente das oficinas. “Porém, antes de tudo, é preciso criar a conscientização dos Concessionários e dos funcionários”, complementa Lopes Vilas.

Além de contribuir com a preservação do meio ambiente, as ações sustentáveis na Rede adéqua o Concessionário à legislação vigente que, muitas vezes, não é de conhecimento do empresário. “A legislação determina que todo óleo lubrificante usado deve ser refinado novamente. A destinação ambientalmente adequada desses resíduos perigo-so é regida pelas Leis do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e Portarias da ANP (Agência Nacional do Petróleo). O óleo lubrificante usado deve ser acondicionado em tanques apro-priados para ser direcionado para coleta e refino”, explica Lopes Vilas

 Depois do processo de reciclagem, óleo lu-brificante usado ou contaminado se transforma em óleo mineral básico. Este processo resgata as propriedades originais do produto e, desta forma, cumpre o princípio para a sustentabilidade quando retorna ao mercado, garantindo o reabastecimento do produto.

Assim como o óleo usado, o gás do ar-condi-cionado também deve ter a destinação correta, não poluente, após sua retirada do veículo. “É neces-sário o uso de equipamento reciclador adequado que recolhe o gás e devolve uma parte dele para ser reaproveitado novamente”, explica Lopes Vilas,

46 Revista Dealer

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em alguns ramos de atividade que, comprovada-mente, são potenciais poluidoras, devem realizar o cadastro no IBAMA, o órgão responsável pelo gerenciamento do CTF.

De acordo com Vilas, as concessionárias de veículos são obrigadas a fazerem o registro no órgão federal, que também é o responsável pela fiscalização. “O IBAMA obriga o registro de todas as pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a ati-vidades potencialmente poluidoras e/ou extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos. As concessionárias que prestam serviços relacionados à troca de gás do ar--condicionado e troca de óleo lubrificante devem se cadastrar”, reforça Vilas, recomendando a con-tratação de empresa especializada para a realização do processo.

 O especialista alerta que o registro no Cadas-tro Técnico Federal é a única forma de a empresa estar em dia com as obrigações legais exigidas pelo governo brasileiro. “Atenção! O IBAMA está de olho. Sem o registro no CTF, você poderá sofrer fiscalização do IBAMA e multa conforme a lei de crimes ambientais (9.605/98)”, orienta.

Resíduo

Componentes plásticos

Componentemetálicos

Vidros

Pneus

Filtros de óleo

Baterias

Embalagens de óleo lubrificante

Óleo lubrificante usado

Risco ao meio ambiente

• Tempo de decomposição de 450 anos ou mais.• Poluição do solo e lençol freático.• Diminuição da vida útil dos aterros sanitários.

• Tempo de decomposição de 450 anos ou mais.• Poluição do solo e lençol freático.• Diminuição da vida útil dos aterros sanitários.

• Tempo de decomposição indeterminado.• Poluição do solo e lençol freático.• Diminuição da vida útil dos aterros sanitários.

• Tempo de decomposição indeterminado.• Poluição do solo e lençol freático.• Diminuição da vida útil dos aterros sanitários.

• Tempo de decomposição indeterminado.• Poluição do solo e lençol freático.• Diminuição da vida útil dos aterros sanitários.

• Tempo de decomposição indeterminado.• Poluição do solo e lençol freático.• Diminuição da vida útil dos aterros sanitários.

• Tempo de decomposição acima de 100 anos.• Poluição do solo e lençol freático.• Diminuição da vida útil dos aterros sanitários.

• Contaminação do solo, ar e água.

Destinação final adequada

Reciclagem por meio de empresa licenciada para este fim.

Reciclagem por meio de empresa licenciada para este fim.

Reciclagem por meio de empresa licenciada para este fim.

Logística reversa.Verificar Lei 12 305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Logística reversa.Verificar Lei 12 305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Logística reversa.Verificar Lei 12 305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Logística reversa.Verificar Lei 12 305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Resolução Conama 362/05.Logística reversa.Verificar Lei 12 305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos.

alertando que existem empresas especializadas, que recolhem todos os resíduos poluentes das conces-sionárias e encaminham para a reciclagem.

Qualquer que seja o descarte de componentes automotivos, esses devem ser feitos corretamente e nunca devem ser jogados em esgotos, rios ou no sistema de coleta de esgoto tradicional. “Este é um crime ambiental grave e a legislação prevê multas altas às empresas poluentes”, alerta o especialista. Segundo Lopes Vilas, nem sempre a reciclagem traz um retorno financeiro, porém, mais importante que o dinheiro é a boa ação. “Com a reciclagem é difícil estimar um retorno financeiro. Quando existe este retorno, ainda é muito pequeno. A maior recompensa é a conscientização da empresa, pois se todos reciclarem, se a empresa orientar e influenciar seus funcionários o retorno é positivo”, enfatiza.

Importância do CTF – O CTF - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Naturais é um dos ins-trumentos da Política Nacional de Meio Ambiente, conforme a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. De acordo com a norma, empresas enquadradas

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48 Revista Dealer

And the winner is...

O reconhecimento da imprensa especializada aos principais lançamentos automotivos se tornou uma tradição no mercado e auxilia,

Indústria e Rede, a ampliar vendas. Quase um OSCAR do setor, marcas e modelos competem pela estatueta mais desejada ano após ano.

mercado

Não há dúvidas de que o carro é uma das paixões dos brasileiros. Carro premiado, então, pode dar ao proprietário um gosto maior por tê-lo em sua garagem. Além do status do reconhecimento feito por quem entende de carro, este é um bom argumento para a valorização na hora da revenda e um facilitador para

as montadoras e as concessionárias comercializarem seus produtos.

Realizadas já com tradição no mercado auto-motivo, as premiações concedidas pela imprensa especializada fortalecem as marcas e conferem, aos modelos vencedores, a garantia da confiança de que o consumidor está adquirindo um produto com atributos superiores a qualquer outro concorrente.

A Revista AutoEsporte, editada pela Globo, foi pioneira nas premiações. Em 1966, a publicação

realizou a primeira edição prêmio ‘Carro do Ano” que, na época, contemplou a picape Willys como a grande vencedora. A última eleição, que foi a 46ª edição, realizada no final de 2012, premiou o Hyundai HB20, que concorreu com mais quatro modelos, eleitos por uma equipe de especialistas que avaliam diversos atributos, desde a parte me-cânica, até o design e a manutenção. “Esse prêmio de tanto prestígio, conferido a nosso modelo exclusivo para o Brasil - o HB20, é resultado do trabalho de um time dedicado de designers, que estudaram as características do mercado brasileiro, e dos competentes colaboradores de nossa fábri-ca, que montam o HB20 dentro dos mais altos padrões de qualidade. Trata-se de um estímulo para melhorarmos ainda mais”, afirmou, durante a premiação, o presidente da Hyundai Motor Brasil, Chang Kyun Han.

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HB20, o Carro do Ano 2013, eleito pela AutoEsporte. O prêmio foi recebido por Chang Kyun Han, presidente da Hyundai Motor Brasil.

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Consumidores elegem o melhor carroCriado em 1996, Best Cars, premiação da Revista Carro, editada pela Motor Press Brasil, conta com a participação direta dos leitores da publicação, que elegem os desta-ques do ano em sua opinião - entre modelos e marcas -, por meio dos cupons encartados nas edições. Os eleitores par-ticipam da votação e, todos os anos, concorrem ao sorteio de um automóvel 0 km.

Os produtos são avaliados em 17 categorias, que partem des-de aquele que oferece maior emoção, o melhor negócio, até a marca que possui os clientes mais satisfeitos. Desde 2007, o concurso Best Cars faz parte da premiação promovida pelo Grupo Motorpress International em diversos países europeus, por meio de publicações como Auto Motor Und Sport (Alemanha), Auto Hoje (Portugal), Automovil (Es-panha), L’Automobile (França) e Autocar (Inglaterra).

A premiação foi inspirada no “Car of the Year”, realizado na Europa e EUA nos mesmos moldes que a publicação brasileira. “A essência em ter como jurados jornalistas especializados na área ainda permanece. Ao longo dos anos, fomos ajustando a quantidade de jurados e a quantidade de carros para eleição”, explica Marcus Vinicius Gasques, Diretor de Redação Revista Auto Esporte.

Para operacionalizar uma premiação de gran-de porte como a do ‘Carro do Ano’, uma série de fatores são considerados pelo júri. Só participam modelos que foram lançados entre a última edi-ção do prêmio e a atual. Os veículos concorrentes são testados pela comissão de jurados, em uma bateria de provas realizada em pista de testes. “Pedimos para os avaliadores prestarem atenção em todos os itens. É importante eles levarem em conta a cabeça do consumidor na hora da com-pra”, argumenta Gasques.

Assim como ocorre no mercado de automóveis e comerciais leves, o setor de motocicletas também possui premiações concedidas por veículos espe-cializados. Elaborado pela Revista Duas Rodas, o prêmio ‘Moto do Ano’ é considerado um dos mais tradicionais do setor. Na segunda metade dos anos 90, a revista deu início a este prêmio que, em 2012,

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Issao Mizugushi, presidente da Honda Motos, ao receber o prêmio Moto do Ano 2013, concedido pela revista Duas Rodas. Em 2012, mais de 50 motos foram avaliadas pelo júri e concorreram ao Moto do Ano 2013.

completou sua 15º edição. “Nesta época, o merca-do de motos começou a crescer vertiginosamente ano a ano. O número de opções de compra crescia e não havia um prêmio com representatividade para balizar a escolha dos consumidores, por este motivo foi criado o prêmio ‘Moto do Ano’”, explica Marce-lo Assumpção, Editor-chefe da Revista Duas Rodas.

O Prêmio ‘Moto do Ano’ também tem, como critérios de avaliação, um júri formado pelos principais jornalistas especializados no segmento, de diferentes publicações de todo o Brasil, que se reúnem por dois dias, e avaliam os lançamentos do ano em uma pista de testes. Eles conferem notas para as cerca de 50 motos, que concorrem em 12 categorias. São avaliados motor, suspensões, freios, conforto, manobrabilidade, design e custo--benefício de cada modelo. “Com os votos de todos os jornalistas chegamos às notas médias de cada quesito e à média final da moto, assim eles elegem a Moto do Ano”, comenta Assumpção.

Para o editor chefe da Revista Duas Rodas, este “é um prêmio que representa a opinião da imprensa especializada em motos do Brasil. É uma oportunidade única no País para comparação de

motos concorrentes sob as mesmas condições”, diz Assumpção, comentando que representantes das engenharias das Montadoras têm acesso aos testes. Com isso, conseguem responder as dúvidas da imprensa durante a avaliação. “Mais importante que isso, o ‘Moto do Ano’ gera um grande serviço ao público em geral, que passa a contar com uma avaliação que representa o consenso da imprensa especializada sobre cada lançamento”, argumenta.       

Independente do segmento premiado é sempre importante para as montadoras e ao setor automo-tivo ser bem reconhecido por seus modelos. Para Gasques o prêmio ‘Carro do Ano’ é muito impor-tante tanto para o setor como para as marcas. “O peso do eleitorado é grande. Apenas profissionais especializados fazem parte deste júri, onde todos analisam cada item e julgam de acordo com sua opinião, isso também tem um peso importante às montadoras e automaticamente ao setor, pois o prêmio é muito cobiçado e as marcas ficam todas na expectativa de ganhar”, explica.

Para a Fiat, que já conquistou o prêmio de ‘Carro do Ano’, com o Novo Uno em 2011 e o Novo Palio em 2012, é muito importante

mercado

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participar e ganhar prêmios como esses concedi-dos pela imprensa especializada. De acordo com Maria Lúcia Antonio, gerente de publicidade da Fiat, “as premiações são muito importantes para a marca, pois mostram que estamos no caminho certo, reforçam nossa eficiência na comunicação, no relacionamento e nas interações com o nosso consumidor”, comenta.

Nos últimos dois anos, a Fiat recebeu 30 prê-mios e, sempre que são contempladas, alertam o consumidor com a conquista. De acordo com Maria Lúcia, esta comunicação leva mais confiança aos clientes da marca, pois têm a certeza de que foi atestada a qualidade de seu veículos por pessoas especializadas no assunto. “Sempre informamos aos consumidores sobre essas conquistas. Quando rece-bemos um prêmio de ‘Carro do Ano’, por exemplo, colocamos um adesivo no carro que destaca esse feito”, comenta a executiva.

Convergência de mídias – O ‘Prêmio Imprensa Automotiva’, realizado pela ABIAUTO - Associa-ção Brasileira da Imprensa Automotiva, entidade que representa a imprensa especializada no setor, se tornou um dos prêmios mais importantes e desejados da indústria automobilística nos últi-mos anos. Isso se deve, segundo a entidade, por conter uma bancada com 75 jurados. “Diferente de outros prêmios realizados no setor, como os de revistas especializadas, os carros e motocicletas, na Abiauto são eleitos por cerca de 75 jornalistas de quase todos os estados brasileiros e de todas as mí-dias como internet, jornais, TVs, revistas e rádios. Por isso é um prêmio muito esperado e desejado pelos fabricantes”, argumenta Célia Murgel, pre-sidente da Abiauto.

Célia explica que são avaliados, entre automóveis e motocicletas, itens como design, o custo-benefício, motorização, desempenho, tecnologia e mercado. Por isso, segundo a presidente da Abiauto, “é possível avaliar tanto um modelo que custa, por exemplo, R$ 30 mil, como outro que custa R$ 100 mil”, explica,

Excelência e inovação premiadasNão são apenas os modelos lançados que são premiados pela imprensa. A Automotive Business, portal de notícias especializado no setor automotivo, promove o ‘Prêmio REI’(Reconhecimento à Excelência e Inovação). Este ano será a 3º edição do prêmio, que foi criado para distinguir e incentivar as boas realizações do setor.  “O Prêmio REI é um reconheci-mento à excelência e inovação de iniciativas de executivos e empresas relacionados à indústria automobilística. Trata-se, também, de um incentivo às melhores práticas na área corpo-rativa, na gestão de negócios e atividades de desenvolvimento, produção e comercialização, daí sua importância para o setor”, enfatiza Paulo Ricardo Braga, diretor, Automotive Business.

Segundo Braga, essa terceira edição foi simplificada para va-lorizar os vencedores. No lugar das 16 categorias, adotadas em 2011 e 2012, este ano serão apenas sete, para terem maior destaque. De acordo com as regras da premiação, o júri de 20 especialistas, apontados por Automotive Business, escolhe-rá as cinco melhores sugestões de cada categoria, que serão depois submetidas à votação dos leitores para a escolha do REI. Para facilitar a seleção, os jurados receberão sugestões de empresas do setor automotivo, por meio do hotsite do Prêmio, e da equipe de jornalistas de Automotive Business, com base no material publicado na Revista e no Portal. “A ideia é revelar os cases que realmente demonstram diferenciais no setor”, diz.

Paula Prado, Paulo Ricardo Braga (diretores de Automotive Business), Roberto Cortes (presidente da MAN América Latina) e Galeno Galrão (Diretor da Mobil). Roberto Cortes foi eleito Profissional de 2012.

Maria Lúcia Antonio, gerente de publicidade da Fiat.

dizendo que ao final das avaliações, são contem-plados com o prêmio, o Melhor Carro Nacional, Melhor Carro Importado, Melhor Minivan, Melhor Picape, Melhor Compacto e o destaque do ano que recebe o ‘Prêmio Imprensa Automotiva’. Na catego-ria Motos os profissionais escolhem a Melhor Moto Esportiva, Melhor Moto Custom e Melhor Moto Street/Urbana, e ainda a melhor entre as melhores, que recebe o ‘Prêmio Imprensa Automotiva’. “Os jornalistas elegem, ainda, os Melhores Motores e o Carro Verde”, explica Célia.

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Depois da euforia de vendas dos estoques de cami-nhões Euro 3, realizadas no final de 2011 e início de 2012, devido à mudança de tecnologia que ampliou em cerca de 15% o preço dos veículos, os Concessionários de caminhões passaram por maus momentos nas vendas, encerrando o ano

com queda de 22% no comparativo com o ano anterior, segundo a Fenabrave.

Mesmo com a expectativa de retomada do desempenho em 2013, prevista para crescer 16%, a Rede teve que diver-sificar o seu foco de atuação para não perder rentabilidade. Muitos Concessionários voltaram sua atenção para o pós--vendas, ampliando a excelência na comercialização de peças e na prestação de serviços da oficina.

A Rodobens Caminhões, maior distribuidora de cami-nhões Mercedes-Benz, no Brasil, diversificou seu foco de trabalho nos últimos meses de 2012 e registrou bons resul-tados na área de pós-vendas. “O pós-venda passou a ser um dos focos para o crescimento da Rodobens Caminhões. Esta tendência já é comum em mercados mais maduros e esta-mos trabalhando com muita eficiência em nossas concessio-nárias. Quando as vendas voltarem a crescer, manteremos esta estratégia para ampliarmos ainda mais a nossa atuação,

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Pós-venda é estratégia de rentabilidade Para caminhões

GESTÃO

Focar os esforços nas áreas de peças, serviços e oficina traz bons resultados aos Concessionários de caminhões e ameniza a queda da rentabilidade.

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Oficina da Battistella, rede de concessionárias Scania no Sul do Brasil.

53Revista Dealer

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assim como já ocorre no exterior”, explica Ademir Odoricio, diretor geral da Rodobens Caminhões, que possui 31 concessionárias distribuídas em 12 estados brasileiros.

Segundo Ademir Odoricio, após a queda nas vendas de caminhões, a Rodobens realizou uma análise criteriosa do trabalho já desenvolvido na Rede. Com isso, a equipe de pós-venda, composta por mais de 1 mil pessoas, focou seus esforços na co-mercialização de produtos e serviços que fidelizam clientes e registram melhor retorno operacional ao negócio. “A rede Rodobens Caminhões é a maior distribuidora de pneus Michelin no Brasil. Hoje, comercializamos cerca de 13 mil pneus por mês”, detalha Odoricio.

De acordo com o gerente nacional de pós--vendas da Rodobens Caminhões, Sérgio Vechiatto, a estratégia gerou mais de R$ 45 milhões em receita com o pós-venda apenas mês de outubro do ano passado. Este resultado foi recorde absoluto na unidade de negócio, desde a criação da Rodobens Negócios e Soluções, que reuniu, há dois anos, as oito unidades de negócios dos setores automotivo e financeiro das Empresas Rodobens. “Este resul-tado é reflexo de uma gestão focada, direcionada

Na Battistella, pós-venda representa 50% da rentabilidade das concessionárias. Investimento em estrutura, contratação de pessoal e treinamento.

A Rodobens Caminhões inovou seu atendimento ao criar oficina volante para a realização de reparos.

54 Revista Dealer

GESTÃO

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corporativamente e complementada pela eficiência e comprometimento dos profissionais da Rede. Além disso, contamos com a expertise de mais de 60 anos no mercado automotivo das demais áreas de negócio da Rodobens Negócios e Soluções, que atuam de forma sinérgica e garantem aos consumi-dores as melhores soluções de produtos, serviços e financiamentos”, comenta Vechiatto.

A dedicação da equipe em atender com exce-lência os clientes também foi uma das estratégias de crescimento das concessionárias. A prestação de serviços na oficina, realizada de forma rápida e eficaz, tanto na parte mecânica, como na funilaria (evitando o retrabalho), ampliou o número de pas-sagens de clientes na rede. “O aumento do fluxo de clientes nas concessionárias aumentou nos últimos meses. Com isso, percebemos um crescimento considerável nas vendas de peças e também nos índices de satisfação”, comenta o diretor geral da Rodobens Caminhões.

Segundo levantamento realizado pela empresa, o volume atingido naquele mês representa R$ 1 milhão a mais que o valor orçado para o período, índice que representa aumento de 14,5% no comparativo com outubro de 2011. O sucesso da iniciativa deve se re-petir em outra unidade da Rodobens Negócios e So-luções, a Rodobens Automóveis, que segue o mesmo foco estratégico de crescimento do pós-venda para melhorar os resultados de suas 20 concessionárias.

Outro grupo que também focou seu trabalho no pós-venda foi o Battistella, representante Scania

composto por 13 concessionárias em dois estados da região Sul do Brasil.

De acordo com Rafael Battistella, conselheiro do grupo, foi percebido um aumento da demanda nas oficinas das concessionárias nos últimos anos. Segundo Battistella, os produtos com mais tecnolo-gia embarcada exigem mão de obra mais qualificada para reparação e manutenção, serviço encontrado, em sua grande maioria, na Rede. “Esta é uma área importante na nossa Rede, onde estamos fazendo investimentos constantes em estrutura, contratação de pessoal e treinamento especializado”, comenta.

Para investir no departamento de pós-venda, o grupo trouxe do mercado um diretor para esta área e criou um centro de treinamento para capacitar mecânicos e vendedores. “Neste centro, é possível montar e desmontar um caminhão inteiro na ban-cada de testes. Com esta expertise, conseguimos gerar mais receita e ampliar a retenção de clientes por meio da prestação de serviços com qualidade”, argumenta, informando que sua equipe já realizava treinamento de manutenção com veículos Euro 5 em 2011.

Segundo Battistella, depois das mudanças, o pós-venda das concessionárias passou a desem-penhar um papel importante na rentabilidade do grupo. Hoje, esta área já representa 50% da renta-bilidade nas concessionárias de caminhões. “Este é um caminho sem volta. É uma tendência que veio de outros países e que os Concessionários brasileiros deveriam investir”, finaliza.

Ademir Odorício, diretor geral

da Rodobens Caminhões: R$ 45

milhões em receita com pós-venda em

apenas um mês.

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O ano de 2013 começou com muitas novidades no mercado automotivo brasileiro. São séries especiais, face-lifts em modelos já consagrados e lançamentos que prometem aquecer o mercado este ano. A Honda motos apresentou quatro modelos, incluindo motocicletas que adotaram o sistema flex em sua motorização. Além disso, é destaque a chegada de mais uma marca chinesa no segmento de automóveis e comerciais leves, a Rely. Por meio da importadora Venko Motors, a marca vai comercializar no Brasil uma linha composta por cinco modelos: a estreia será com o utilitário Pick-Up, à venda a partir de janeiro. Carroceria simples, com motor 1.0 que entrega 64 cavalos de potência, o modelo tem capacidade para 800 quilos e preço sugerido de R$ 29,9 mil.Conheça, a seguir, quais são as principais novidades do mercado automotivo.

JAC MotorsApostando em um modelo completo, que custará R$

30.990, e terá como concorrentes o Hyundai HB20 e o Chevrolet Onix, a JAC Motors apresentou, em novembro, na Bahia, o novo J2, e lançou a pedra fundamental para a construção da fábrica na cidade de Camaçari.

O modelo, que chegou às lojas em dezembro, traz ar-condicionado, direção assistida eletricamente, vidros, trava central e retrovisores com acionamento elétrico, freios com ABS, airbag duplo, CD player com MP3, rodas de liga leve aro 14, faróis de neblina e sensor de estacionamento traseiro. “Nossa maior participação de mercado é o Nordeste”, destaca o presidente da JAC do Brasil, Sergio Habib.

O presidente da importadora estima, para 2013, a importação de 25 mil unidades, exatamente a cota que a empresa pode importar dentro das novas regras do novo Regime Inovar Auto, anunciado pelo governo em 2012. Desse total, de 8 mil a 10 mil unidades serão de J2, segundo Habib.

O J2 tem proposta semelhante à de compactos diferentes, como o Fiat 500 – seu desenho foi criado, inclusive, por um estúdio italiano. A própria montadora aponta o 500 como também um concorrente, mas para ter seu diferencial nesse nicho, a chinesa aposta em preço mais atrativo e um visual também descolado.

A JAC Motors do Brasil lançou, em Camaçari, na Bahia, a pedra fundamental da fábrica prevista para o fim de 2014. O investimento foi de US$ 600 milhões e, na primeira etapa do projeto, a meta é produzir 100 mil unidades por ano.

O modelo que será produzido no País ainda está em desenvolvimento e substituirá o J3 e o J2, que começou a ser vendido em dezembro. Depois, mais dois modelos sobre a mesma plataforma (J3) serão fabricados nesta planta, um sedã compacto e uma versão cross do hatch. Os motores serão 1.0, 1.4 e 1.5.

Para Habib, a escolha de Camaçari é totalmente mercadológica, pois a intenção é aproveitar o mercado do Nordeste, com forte crescimento previsto para os próximos dez anos. “O mercado nordestino tem o tamanho da Holanda mais Bélgica. Só Salvador, que é a terceira maior cidade do Brasil, vende 7 mil carros por mês, mas deveria ser de 14 mil por mês. Esse ‘atraso’ será superado em 10 anos”, afirma Habib.

Maior do que a cerimônia da pedra fundamental foi a da cápsula do tempo ‘criada’ por Sergio Habib. Ela é um J3 que foi enterrado no “quintal da fábrica” com 2 mil mensagens recebidas pela internet, mais objetos como iPhone, vidro de geleia, lata de Coca-Cola, etc. Ele só será desenterrado em 26 de novembro de 2032. “Esse foi o primeiro carro da Jac que chegou ao Brasil e foi usado nos testes de durabilidade. Ele tem 243 mil quilômetros rodados”, enfatizou Habib.

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Novidades em diversos segmentos

lanç amentos

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M6

J2

JAC Motors lança a pedra fundamental de sua fábrica, em Camaçari/BA, com direito a cápsula do tempo e apresentação do J2, em evento que contou com a presença de autoridades, como o Governador da Bahia, Jaques Wagner.

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IveCo

lanç amentos

A Iveco iniciou 2013 complementando sua linha de caminhões Ecoline com tecnologia Euro 5 . Já disponível na Rede composta por 109 concessionárias, o novo Vertis HD (High Duty) foi apresentado em duas versões: o leve com PBT de 9 toneladas e o médio de 13 toneladas e cabine dupla. O caminhão chega para completar a lacuna que ficou de 2012, quando, ao lançar os demais 4 modelos da Linha Ecoline (Daily, Trakker, Tector e Stralis) a Iveco ficou de fora do mercado que compreende veículos entre 8 e 15 toneladas.

Com o foco voltado para o mercado de varejo, setor que consumiu 38,5 mil unidades em 2012 e obteve participação de 22% das vendas totais de caminhões. De acordo com Alcides Cavalcanti, diretor comercial da Iveco, a expectativa, para este mercado, é a comercialização de 45 mil unidades, alta de 8% sobre o ano passado. “Esperamos crescer cinco pontos porcentuais, ou seja, entregar 3,5 mil unidades do novo Vertis HD este ano, o que nos confere participação de 8% no segmento”, projetou.

Do total estimado, 2,5 mil unidades devem ser da versão de 9 toneladas. Segundo Cavalcanti, 52% do volume de caminhões do segmento de 8 a 15 toneladas (leves e médios) está presente em centros urbanos, sendo que a maior

parte circula em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. O executivo aponta que o setor de varejo terá crescimento de aproximadamente 7% este ano, resultado do aumento do poder de compra do consumidor, além de incentivos como a desoneração da folha de pagamento e redução de alíquotas para linha branca que vão alavancar os negócios este ano. O setor estima criar 450 mil novos postos de trabalho. “É neste cenário promissor que lançamos o Vertis HD, que se tornará assíduo deste panorama urbano, inclusive em outras cidades”.

O novo Vertis HD chega ao mercado com preço sugerido de R$ 115 mil a versão 9 toneladas, e a partir de R$ 135 mil a de 13 toneladas. “Além do preço competitivo e vários itens de série, o novo Vertis HD vem com dois anos de garantia: 1 ano total e mais 1 ano para motor, caixa de câmbio e diferencial”, acrescenta o diretor comercial, Acidades Cavalcanti. Ele informa que o custo de manutenção se mostrou entre 5% a 6% menor que a dos concorrentes.

Para alavancar as vendas e mostrar que voltou à categoria, a Iveco oferecerá gratuitamente aos clientes todas as trocas de filtros e óleos do motor pelo período de 1 ano ou 90 mil quilômetros, com mão de obra inclusa, válido até 31 de março de 2013.

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A Rely, divisão de comerciais leves da Chery Automobile, por meio da importadora Venko Motors do Brasil, estreou no mercado brasileiro, em janeiro, com 30 concessionárias nomeadas nas principais capitais e cidades do País. A Venko Motors traz a Rely ao mercado brasileiro com o know-how de já ter estruturado, de 2009 a 2011, uma Rede Autorizada de 106 concessionárias da Chery Brasil e ter comercializado mais de 44 mil unidades.

A Rely inicia suas operações com o modelo Pick-Up, com carroceria de 2,5 m e capacidade de carga para 800 kg [excluindo motorista e passageiro]. No mês de março, a importadora lança o modelo Van, de 7 lugares. Ambos com motor de 4 cilindros, DOHC, 16 válvulas, que entrega 64 cavalos de potência, com ar condicionado e direção hidráulica de série.

Em abril, a Rely traz o modelo Link, van para 7 passageiros, com motor de 1.3 litro, que gera 84 cavalos de potência. E, para o segundo semestre de 2013, serão lançados os modelos Pick-Up CD [cabine dupla], Pick-Up EX [caçamba estendida com 3 metros no comprimento] e a van H13, com motor de 2.0 litros, 170 cv, gasolina, para 14 passageiros. “O Brasil conhece os veículos miniutilitários desde 1992, os primeiros de origem sul-coreana e japonesa e, a partir de 2007, os chineses. Tivemos a oportunidade de acompanhar o comportamento do mercado e as demandas dos usuários. Por isso, com os produtos Rely, pretendemos nos posicionar no mercado brasileiro com diferenciais muito perceptíveis. Pretendemos nos diferenciar com a motorização mais forte da categoria, ar e direção de série e design atualizado. E com a Rede e nos serviços de pós-vendas, diferenciar-se com a filosofia de profissionalização e de atendimento full service a frotistas e a autônomos”, explica Valdir Romero, diretor de operações da Rely.

relyO preço de lançamento do Rely Pick-Up é de R$ 29,9 mil.

A garantia é de um ano ou 30 mil km. A empresa inicia suas operações com estoque de peças e componentes com o objetivo de cobrir 90% dos atendimentos.

“Quatro marcas importadas atuam hoje no mercado brasileiro neste nicho de miniutilitários, todas de origem chinesa. A Rely vai se posicionar no topo desse segmento, ao oferecer a melhor relação custo/benefício do mercado, com produtos de qualidade superior”, avalia Valdir Romero, diretor de operações da empresa.

Segundo o executivo, os diferenciais da linha Rely – design atualizado, itens de conforto de série e motorização de 64 cavalos, aliados à tendência de as cidades brasileiras restringirem cada vez mais o acesso de caminhões nos centros urbanos e ao crescente número de aplicações dos miniutilitários, vão assegurar a rápida ascensão da marca no Brasil.

Em relação às medidas restritivas do programa Inovar-Auto aos veículos importados, Romero explica que a Venko Motors, por ter comercializado veículos Chery nos últimos três anos, já tem assegurado uma cota de 4.800 unidades/ano, o que facilitará o início de operações da marca no País. “Em complemento ao benefício da cota, a Venko Motors já estuda a possibilidade de montar parte da linha Rely no Uruguai, onde são fabricados o Face e o Tiggo”, argumenta Romero.

A Rede de Concessionárias Rely, composta inicialmente por 30 pontos de atendimento pleno [showroom, oficina e peças/componentes], começou a operar na última semana de janeiro. “A próxima e prioritária fase de nomeação de novas concessionárias, ainda neste primeiro semestre, será a região Sudeste e ampliação na região Sul. No segundo semestre vamos avançar para as regiões Norte e Nordeste e ampliar na região Centro-Oeste”, enfatiza Valdir Romero.

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sCANIAA Scania inovou ao apresentar o pioneiro caminhão

de especificação 6x2/4, que reduz os custos operacionais do cliente. O modelo é oferecido nas opções de cabines P, G, R e Highline, e potências de 360, 400, 440 e 480cv, respectivamente. Uma das versões do novo veículo, o P 360, destinado ao segmento de transporte de automóveis (cegonha) foi exibido na estreia na 15ª Exposição de Transportes, que foi realizada em novembro de 2012, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo (SP).

“A Scania tem por filosofia mundial a evolução constante dos produtos, serviços e tecnologias que disponibiliza. Estamos lançando mais uma gama de caminhões que elevam a rentabilidade da operação”, afirma Victor Carvalho, gerente de Vendas de Veículos da Scania do Brasil. “Seguimos nossa tradição de ouvir as necessidades do mercado e, com a pioneira configuração 6x2/4, a Scania oferece um novo patamar de eficiência aos clientes que atuam no transporte rodoviário”.

Para reduzir os custos operacionais, o Scania 6x2/4 inclui uma série de benefícios para o comprador. Ele aumenta a capacidade de carga para serviços que necessitam de maior volume (baú, sider, carga seca e tanque), permite que o veículo tracione implementos mais longos dentro das limitações da legislação, além de

trafegar em menor raio de giro e com menos pneus no solo (dois a menos que o 6x2 tradicional). O raio de giro com apenas dois pneus torna melhor a dirigibilidade na retirada/entrega em grandes cidades.

“Em muitos serviços, a tração 4x2 não atende à demanda do cliente, e a 6x2 fica acima do necessário. Por isso, pensamos na 6x2/4, que proporciona ao cavalo-mecânico seis pontos de apoio, dois de tração e quatro direcionais”, explica Celso Mendonça, gerente de Pré-Venda da Scania do Brasil. “Nela, o eixo de rodado simples direcional fica na frente do eixo de tração. No 6x2 convencional o eixo de apoio de rodado duplo fica atrás do eixo de tração, enquanto o 6x2/4 permanece sem o eixo de apoio”.

No completo pacote de opcionais estão disponíveis rádio, ar-condicionado, Scania Driver Support (computador de bordo que auxilia o motorista de forma constante com dicas no painel para melhorar a condução, aumentar a segurança e diminuir o consumo de combustível), além da caixa automatizada Scania Opticruise. Em sua terceira geração, o novo câmbio recebeu um software ainda mais inteligente. O sistema escolhe a melhor marcha a ser utilizada em cada situação e faz a leitura da topografia e do comportamento do motorista. O resultado é mais eficiência, produtividade e ergonomia.

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FIAtA Fiat patrocinou três importantes eventos em

dezembro, promovidos pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), em Minas Gerais e, em uma parceria inédita, também fez a pré-apresentação da Série Especial Mangalarga Marchador,  que será disponível em duas versões da picape Strada - a Trekking 1.6 16V Cabine Estendida e a Adventure 1.8 16V Cabine Dupla. Prevista para o primeiro trimestre de 2013,

a série Mangalarga Marchador terá diferenciais em sua lista de equipamentos que deixarão os modelos ainda mais atraentes, tendo como público-alvo os associados à ABCCMM, criadores, cavaleiros, apreciadores da raça e o público rural. A série será identificada por um adesivo da Associação no para-lama traseiro, além de rodas de liga leve com pintura exclusiva e bancos bordados com o logotipo Mangalarga Marchador.

Fordtúnel de vento”, resume o engenheiro brasileiro Alexandre Henriques, que participou do projeto nos Estados Unidos, referindo-se ao local onde as montadoras simulam as condições em que um carro roda sem que ele saia do lugar. O Fusion passou 450 horas ali, diz a Ford.

Titulado ‘carro global’, a Ford pretende lançá-lo praticamente igual nos mais de cem mercados. Para o Brasil, a única diferença para as unidades à venda nos EUA é que elas possuem um opcional de roda aro 19”.

O modelo terá a opção de motor flex, o Duratec 2.5, e chega em março deste ano ao mercado. O veículo terá como rivais de mercado o VW Passat e o Hyundai Azera, e também modelos mais caros como Toyota Camry e Volvo S60.

O novo Fusion é o resultado de um projeto de quatro anos, que uniu as plataformas do já conhecido sedã que leva esse nome e do Mondeo europeu, com a missão de agradar os consumidores de 160 países onde o novo Fusion/Mondeo será vendido. A proposta é a construção de um veículo ecologicamente correto, com menor consumo de combustível e de emissões de poluentes.

Com a intenção de criar um carro seguro sem ser pesado, silencioso para os ocupantes acostumados a carros “top”, e com solução aerodinâmica que também o fizesse “beber” menos, a marca ainda teve de se preocupar em criar um design moderno e marcante, além de prezar o conforto típico do segmento. “É um carro praticamente esculpido em

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MerCedes-beNz

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que contempla a necessidade de clientes que necessitam carregar menor volume de carga e mais passageiros, sem abrir mão do conforto. Os principais mercados para esse produto são veículos de equipes de promoção, organização de eventos, foto e filmagem, publicidade, catering , entre outros.

A montadora alemã também dá início às vendas do furgão Sprinter envidraçado, concebido para trazer mais qualidade nas soluções demandadas pelo mercado em que os vidros são necessários, o que é um ponto crítico para a transformação de furgões. Existem segmentos crescentes, tais como escritórios móveis e vans do tipo limousine que demandam essa configuração. “Valorizando ainda mais essa linha de produtos de reconhecido sucesso, estamos ampliando as opções de escolha para os clientes, passando a comercializar novos modelos”, afirma Dimitris Psillakis, diretor de Vendas e Marketing de Automóveis e Vans e de Desenvolvimento de Rede Brasil da Mercedes-Benz do Brasil.

A linha Sprinter da Mercedes-Benz, formada por diversos modelos de vans para transporte de passageiros, bem como por furgões e chassis para transporte de cargas, foi apresentada em novas versões disponíveis para o mercado brasileiro no final de 2012.

Além da tradicional Sprinter 15+1 luxo e standard (15 assentos para passageiros e mais o assento do motorista), as inéditas e exclusivas opções 17+1 e 20+1 – maior van de transporte de passageiros do mercado - aumentam as possibilidades para os clientes transportarem mais pessoas por viagem, otimizando a rentabilidade dos negócios. Essas configurações já saem montadas de fábrica, o que assegura maior qualidade, conforto, robustez e segurança no transporte de passageiros.

A Mercedes-Benz inova no segmento e traz a primeira van de uso misto do Brasil, com capacidade para seis ocupantes e 7,8m³ de compartimento de carga. Atenta ao mercado, a empresa apresenta uma solução de fábrica

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HoNdAOs apaixonados por motocicletas puderam apreciar os

novos modelos apresentados pela Honda em novembro, na Praia do Forte, na Bahia. As novas CB 300R e XRE 300, são equipadas com motores flex, que rodam com gasolina e álcool.

Os modelos chegaram ao mercado após a Yamaha fazer a estreia deste tipo de tecnologia no segmento de 250/300 cilindradas, com a Fazer 250 Blue Flex, que será concorrente direta dos modelos apresentados pela Honda. Além das duas motos, a empresa também apresentou a CRF 250L, o scooter PCX 150, a CRF 110F, além de relançar a Bros 125. A marca também fez um pequeno face-lift na Pop.

A CB 300R e a XRE 300 flex chegaram às lojas em janeiro. As motos também passaram por sutis renovações no visual. No caso da CB 300R, os defletores laterais do tanque foram remodelados, lembrando os da CB 1000R. A XRE também teve novidades em suas carenagens laterais e ganhou um litro no tanque.

A CRF 250L chegará ao mercado no primeiro trimestre, ainda sem preço definido. A motocicleta possui motor de 1 cilindro e é capaz de gerar 23 cavalos de potência a 8.500 rpm.

O scooter PCX 150 possui motor monocilíndrico de 153 cm³, integrante de uma nova geração de propulsores

chamados pela Honda de eSP (enhanced Smart Power). Este motor é capaz de gerar 13,6 cv de potência a 8.500 rpm e 1,42 mkgf a 5.250 rpm - dados do modelo vendido na Europa. A transmissão é automática do tipo CVT.

Um diferencial para o segmento é o sistema de “start and stop”, que desliga automaticamente o motor quando se para o PCX. Ao girar novamente o acelerador, o propulsor volta a funcionar. A Honda iniciará a produção do modelo, no Brasil, em abril de 2013, em Manaus, com preço ainda sem definição. Segundo a marca, o Lead 110 continuará sendo vendido.

A Honda também relançou a Bros 125, com carburador, e mantém em linha a Bros 150, que tem injeção eletrônica. A Bros 125 chegaou ao mercado em dezembro, por R$ 7.190 (KS) e R$ 7.690 (ES). Já a Pop 100 teve pequenas mudanças em seu visual e começou a ser vendida em dezembro, mantendo o preço de R$ 4.190.

Já para o lazer off-road, a empresa apresentou a CRF 110F, que é destinada a crianças de 8 a 11 anos.

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HyuNdAItecido e pedaleiras esportivas prateadas, na versão Style, ou em alumínio, na versão Premium, esta última ainda leva revestimento do volante e da manopla de câmbio em couro.

A motorização é mesma 1.6 do HB20, o 16V DOCH CVVT flex de 128 cv de potência (etanol) a 6.000 rpm e 16,5 kgfm de torque máximo a 5.000 rpm. Há ainda a opção de câmbio manual (5 marchas) ou automático (4 marchas) tanto para a versão Style quanta para a Premium.

De acordo com a Hyundai, o modelo ganhou a etiquetagem B do Inmetro, no programa que avalia o consumo de combustível de carros à venda no Brasil, por oferecer autonomia de 565 km com o tanque de 50 litros abastecido com gasolina e em percurso urbano. As notas do instituto vão de A, para os mais eficientes, a E.

Para justificar também a diferença de preço para o HB20 sem os apliques “cross”, que sai por R$ 42.995 na versão 1.6 Comfort Style, o HB20X oferece ainda áudio Hyundai BTH com Bluetooth e comandos no volante. A versão Premium oferece também chave com comando de abertura e fechamento dos vidros, acendimento automático dos faróis e alarme com sensor de presença e inclinação.

Do HB20, a versão X herda ar-condicionado, direção hidráulica, airbag duplo e contornos das saídas de ar, da manopla e dos botões de áudio no volante na cor preta. Como em todos os HB20 1.6, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem) são itens de série. Os pneus são os mesmos, já que a Hyundai optou por não adotar pneus mistos na versão aventureira.

Apresentado pela primeira vez no 27º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, o HB20 da coreana Hyundai chegou ao mercado cheio de estilo e vem sendo um dos modelos mais cobiçados pelo consumidor.

Em janeiro a marca apresentou mais um modelo da linha, a versão aventureira do hatch, o HB20X, chegou ao mercado a preços sugeridos entre R$ 48.755 (Style manual) e R$ 54.455 (Premium automático).

A Hyundai apostou no modelo como imagem em um nicho que cresce no Brasil, especialmente entre o público feminino. De acordo com o gerente de produto da Hyundai do Brasil, Rodolfo Stopa, o segmento de modelos com estética “aventureira” cresceu 9% em 2012 sobre 2011, para 91 mil carros.

Segundo a montadora sul-coreana, o objetivo é vender 10 mil unidades do HB20X anualmente. “Entre HB20, HB20X e o sedã queremos vender 150 mil unidades no ano”, afirma Stopa, referindo-se à capacidade da fábrica de Piracicaba, no interior de São Paulo.

O modelo é um hatch com aplicações de crossover e estilo aventureiro o que se traduz por mudanças estéticas como para-choques dianteiros e traseiros redesenhados na cor preta, vincos mais marcados para dar um ar esportivo, grade em formato hexagonal, novo desenhos dos faróis de neblina e faróis com máscara negra misturada a detalhes cromados.

Internamente, o modelo tem poucas diferenças do HB20 ‘tradicional’ pelos bancos com costura dupla no

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Charles Krieck

espaç o aberto

Charles Krieck é sócio-líder da prática de Indústria Automotiva da KPMG no Brasil.

O ano de 2012 foi marcante para a indústria automotiva brasileira. Mais uma vez, registramos um recorde de vendas, com 3,8 milhões de unidades emplacadas, de acordo com a Fenabrave. E a estimativa para este ano segue com boas notícias.

Esse resultado foi possível devido a um acordo firmado entre o Governo Federal e montadoras, que redundou na queda de preços de veículos novos, em razão de uma conjugação de redução de imposto, com baixa

nas tabelas de venda das fábricas. A indústria foi especialmente ativa no período, lançando inúmeros novos modelos de automóveis e inaugurando fábricas. Assim, um ano que parecia perdido – em especial pelos reflexos da crise internacional e de uma desacelera-ção no crescimento da economia interna – acabou registrando um saldo amplamente positivo, que reflete a força de nosso mercado consumidor e abre boas perspectivas.

Agora em 2013, sabemos de antemão que os benefícios con-cedidos pelo governo no ano passado serão retirados ou modifi-cados, já que os patamares de tributação anteriores serão recom-postos gradualmente até o início do segundo semestre. Também as montadoras têm anunciado alguns reajustes de preços, para recompor seu equilíbrio ante as altas nos custos, especialmente com a renovação e atualização das linhas de produtos. Mesmo diante desses fatores, que podem significar algum desestímulo em razão da elevação de preços finais ao consumidor, o mercado segue confiante, com a expectativa de crescimento de 3% nos emplacamentos em todo o País, patamar similar às estimativas de avanço do PIB para este ano.

Tal estimativa de crescimento é alimentada por notícias alta-mente positivas, que revelam investimentos vultosos de montadoras já instaladas no País – e que agora buscam ampliar plantas, instalar novas fábricas e aumentar linhas de produção –, e também de in-dústrias internacionais que planejam começar a produzir no Brasil já a partir de 2013, em alguns casos. O interesse dos investidores em fabricar veículos por aqui vem de países como China, Coreia do Sul e Alemanha, por exemplo.

Nos últimos anos, presenciamos uma significativa mudança no perfil do mercado consumidor brasileiro em decorrência do au-mento e da melhor distribuição de renda para a população. Milhões de pessoas ascenderam socialmente e passaram a dispor de maior poder de compra, inclusive para a aquisição de bens duráveis, como é o caso dos automóveis.

Se tomarmos como referência esse cenário interno positivo, podemos compreender os resultados da 14ª Pesquisa Global da

Perspectivas positivas para o mercado automotivo

Indústria Automotiva, realizada pela KPMG. De acordo com o levantamento, a expectativa de crescimento expressivo nos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) – e também em outros países emer-gentes – levou seis de cada dez executivos do setor entrevistados a afirmar que suas empresas ampliarão investimentos no bloco. Além disso, quase metade dos entrevistados estimou que até 2018 os BRICs serão responsáveis pelas vendas globais de 41% a 50% dos veículos novos.

A China é a escolha prioritária para investimentos das monta-doras, seguida pela Índia. Devemos lembrar que ambos os países possuem populações na casa do bilhão de habitantes (mais de 1,34 bilhão, no caso chinês, e de 1,21 bilhão, no indiano), significativo crescimento econômico e proporcional perspectiva de crescimento do mercado automotivo, o que os torna, logicamente, destinos especiais para investimentos. Um pouco mais atrás nas intenções dos investidores, figuram a Rússia, em terceiro lugar, e o Brasil, na quarta posição entre os BRICs. A primazia russa em relação ao nos-so País pode ser explicada por sua proximidade e similaridades com alguns dos mercados produtores de veículos, casos da Europa e Ásia. Percebemos, ainda, outros países que surgem como fortes concor-rentes do Brasil na atratividade dos investimentos internacionais, como o México, que tem se demonstrando um importante hub para a produção de veículos destinados ao mercado internacional.

No Brasil, algumas importantes deficiências infraestruturais e problemas que dão origem ao que conhecemos como “custo Brasil” – a exemplo de nossa elevada carga e complexa estrutura tributária –, acabam desestimulando o impulso investidor de muitos empreendedores internacionais. Mesmo assim, as potencialidades do mercado interno mantêm o País como destino de vultosos re-cursos estrangeiros dispostos a se beneficiar da nossa significativa capacidade de consumo.

Diante de uma possível tendência de consolidação entre grandes players do setor automotivo – apurada na pesquisa e também percebida por recentes movimentos no mercado in-ternacional –, podemos assistir a interessantes mudanças que tendem a fortalecer a indústria. E, assim, apesar de todas as incertezas que afetaram o mercado automotivo mundial nos últimos anos, o Brasil continua e continuará mostrando força e se desenvolvendo nesta área.

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