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Norminha Desde 18/08/2009 Nesta edição: 12 páginas Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 30 de maio de 2019 - Nº 521 [email protected] - [email protected] – www.norminha.net.br NORMINHAS MINISTÉRIO TRABALHO MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA PORTAL NORMINHA FACEBOOK NORMINHA ARQUIVOS FUNDACENTRO INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO CBO NRs CA EPI GOOGLE OBSERVATÓRIO SST OBSERVATÓRIO VIÁRIO Revista Digital Semanal Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha Wilson Célio Maioli, Diretor de Norminha, estará nesta quinta-feira, 29 de maio, no Senac de Vitória (ES), apre- sentando Aula-Palestra sobre “Atitudes que evitam acidentes e doenças relacio- nadas ao trabalho e Responsabilidades profissionais” para os alunos dos cur- sos técnicos, profissionais e convida- dos. O evento é aberto ao público. O objetivo da aula-palestra é propor- cionar informações aos participantes, a serem responsáveis pela qualidade do seu trabalho e de sua vida profissional, buscando melhoria sempre, ao cumprir rigorosamente os padrões técnicos, éti- cos e morais; respeitar normas e tudo o que for estabelecido pela organização onde trabalha; pactuando com qualida- de onde todos assumem o compromis- Diretor de Norminha apresentará aula/palestra no Senac de Vitória (ES) nesta quinta Norminha Por Fundacentro/ACS - Débora Maria Santos De 04 a 06 de junho, o Centro Estadual do Rio Grande do Sul realizará o curso sobre “Análise Qualitativa de Riscos O- cupacionais”, na sede da instituição si- tuada na avenida Borges de Medeiros, nº 689 - 10º andar - Porto Alegre - Rio Grande do Sul – RS. O curso tem como intuito mostrar a utilização adequada das metodologias de análise qualitativa de riscos ambien- tais como ferramenta de apoio às ações preventivas. É oferecido aos profissio- nais, estudantes e demais interessados no assunto. Durante o ano a Fundacentro, em Porto Alegre, desenvolve várias ações e iniciativas relacionadas à saúde e segu- rança no trabalho. O curso “Análise Qualitativa de Riscos Ocupacionais” faz parte do projeto que visa orientar sobre a higiene ocupacional que tem como o- bjetivo proteger a saúde dos trabalha- dores através da antecipação, do reco- nhecimento, da avaliação, da prevenção e do controle de fatores de risco no lo- cal do trabalho. O curso será ministrado pelos servi- dores da Fundacentro/RS, Cristiane Paim da Cunha, Maria Muccillo, Au- gusto Portanova Barros e Luis Renato Andrade. No final do curso, os alunos Curso em Porto Alegre (RS) irá discutir Análise Qualitativa de Riscos Ocupacionais é tema de curso Norminha A exposição ocupacional continuada à vibração pode causar sérios prejuízos à saúde do trabalhador, como doenças vasculares, neurológicas e musculares, se não houver controle efetivo dos ris- cos e proteção adequada para as cha- madas vibrações localizadas (de mãos, braços ou extremidades) ou de corpo inteiro. Segundo a especialista e instrutora em vibração ocupacional Giulia Mezo- ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi- palmente com a publicação da Portaria Nº 1.297/2014, do Ministério do Tra- balho, que estabeleceu limites de tole- rância para a exposição à vibração. Como a portaria é praticamente re- cente, Mezoni observa que falta maior preparo dos profissionais de segurança para implementar a medida de forma e- fetiva nos ambientes de trabalho. Em entrevista ao SST em Áudio, da plataforma Sesi Viva Mais, Mezoni ex- plica que a exposição à vibração não é passiva, ou seja, é preciso que haja o contato do trabalhador com o equipa- mento. “Depende muito do tipo de má- quina a que o colaborador está exposto para saber qual parte do corpo será a- tingida e avaliar os efeitos na sua saú- de”, complementa. A especialista destaca a importância de realizar levantamentos eficientes dos so de manter as normas, prazos e acor- dos estabelecidos, a fim de se aperfei- çoar para prevenção de acidentes e a a- plicabilidade da SST. Maioli também esteve presente no 1º Fórum Capixaba da SST. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] Informações: 27 2104-3810 N receberão material didático em CD. São 25 vagas. Somente os alunos que obtiverem cem por cento de fre- quência das aulas, recebem o certifica- do. As inscrições podem ser feitas por e-mail: [email protected] Informações podem ser obtidas por e-mail ou pelo telefone: (51) 3225-6688 N Norminha O evento mais esperado no Espirito Santo, o 1º Fórum Capixaba de Saúde e Segurança do Trabalho, foi realizado com sucesso na manhã do último dia 28 de maio, em Vitória, Capital. Logo após o café com profissionais de várias regiões do estado capixaba, Dr. José Luiz Garcia Navarro, palestran- te central do evento, brindou os presen- tes com uma excelente palestra sobre Higiene Ocupacional, levando a todos a participarem com muito entusiasmo no Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 521 - 30/05/2019 - Fim da Página 01/12 debate que encerrou a programação do evento. O Fórum inédito, foi promovido pela Provider com apoio de várias outras empresas, que contou também com um “case” apresentado pela Coordenadora de SST, Sara Westphal. Teve muita dis- tribuição de brindes. Antes do evento, das 6 às 8 horas, Navarro participou ao vivo do “Bom dia ES” exibido pela TV Gazeta, filiada à re- de Globo. Navarro permanece em Vitória na a- presentação do Curso de Higiene Ocu- pacional que encerra nesta sexta. No link abaixo veja toda a entrevista. https://globoplay.globo.com/v/764821 4/ N Burnout continua não sendo reco- nhecida como doença Norminha A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o `burnout` é um "fenômeno ligado ao trabalho" e não uma doença, declarou nesta terça-feira um porta-voz, ao apresentar novas ex- plicações sobre o que foi anunciado na véspera pela agência especializada da ONU. "A inclusão neste capítulo significa precisamente que o `burnout` não é conceitualizado como uma condição médica, mas como um fenômeno ligado ao trabalho", escreveu o porta-voz em nota enviada à imprensa. O registro da OMS explica que o es- gotamento "se refere especificamente a fenômenos relativos ao contexto profis- sional e não deve ser utilizado para des- crever experiências em outros âmbitos da vida". N Roda de conversa reúne trabalhadoras domésticas Norminha A roda de conversa “Trabalho domés- tico e Previdência Social”, evento orga- nizado pela Fundacentro (Centro Regio- nal da Bahia), reuniu trabalhadoras do- mésticas das comunidades ao redor do Parque São Bartolomeu, em Salvador- BA. O evento que foi realizado no sába- do, 25, reuniu um total de 30 parti- cipantes, entre trabalhadoras domésti- cas, organizadores e convidados, e teve como objetivo informar as trabalhado- ras domésticas que possuem pouco, ou nenhum conhecimento sobre a Previ- dência Social. N Prevenção à vibração ocupacional ainda causa dúvidas, afirma especialista níveis de vibração das máquinas, com base nos parâmetros da legislação bra- sileira e das normas internacionais. Também chama a atenção para a manutenção e troca de componentes gastos ou defeituosos em veículos e e- quipamentos. “Esses são fatores impor- tantes quando se trata de vibração ocu- pacional, além de controle médico efi- ciente e outras medidas, a exemplo do rodízio de função, substituição de ferra- mentas, pausas regulares para reduzir o tempo de exposição e uso de EPIs apro- priados”. Outro aspecto abordado é a chama- da Síndrome de Raynaud, também co- nhecida como ‘síndrome dos dedos brancos’, que pode resultar na perda do controle e sensibilidade dos dedos. Pa- ra ouvir a entrevista completa, acesse o link SST em Áudio. N 1º Fórum Capixaba de SST foi realizado com sucesso Evento reuniu em Vitória, profissionais e estudantes de várias cidades do Espírito Santo

Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

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Norminha

Desde 18/08/2009

Nesta edição:

12 páginas

Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 30 de maio de 2019 - Nº 521

[email protected] - [email protected] – www.norminha.net.br

NORMINHAS

MINISTÉRIO TRABALHO

MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA

PORTAL NORMINHA

FACEBOOK NORMINHA

ARQUIVOS FUNDACENTRO

INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO

CBO NRs CA EPI GOOGLE

OBSERVATÓRIO SST OBSERVATÓRIO VIÁRIO

Revista Digital Semanal Toda quinta-feira grátis no seu e-mail

Norminha

Wilson Célio Maioli, Diretor de

Norminha, estará nesta quinta-feira, 29

de maio, no Senac de Vitória (ES), apre-

sentando Aula-Palestra sobre “Atitudes

que evitam acidentes e doenças relacio-

nadas ao trabalho e Responsabilidades

profissionais” para os alunos dos cur-

sos técnicos, profissionais e convida-

dos. O evento é aberto ao público.

O objetivo da aula-palestra é propor-

cionar informações aos participantes, a

serem responsáveis pela qualidade do

seu trabalho e de sua vida profissional,

buscando melhoria sempre, ao cumprir

rigorosamente os padrões técnicos, éti-

cos e morais; respeitar normas e tudo o

que for estabelecido pela organização

onde trabalha; pactuando com qualida-

de onde todos assumem o compromis-

Diretor de Norminha apresentará aula/palestra no Senac de Vitória (ES) nesta quinta

Norminha Por Fundacentro/ACS - Débora Maria Santos

De 04 a 06 de junho, o Centro Estadual

do Rio Grande do Sul realizará o curso

sobre “Análise Qualitativa de Riscos O-

cupacionais”, na sede da instituição si-

tuada na avenida Borges de Medeiros,

nº 689 - 10º andar - Porto Alegre - Rio

Grande do Sul – RS.

O curso tem como intuito mostrar a

utilização adequada das metodologias

de análise qualitativa de riscos ambien-

tais como ferramenta de apoio às ações

preventivas. É oferecido aos profissio-

nais, estudantes e demais interessados

no assunto.

Durante o ano a Fundacentro, em

Porto Alegre, desenvolve várias ações e

iniciativas relacionadas à saúde e segu-

rança no trabalho. O curso “Análise

Qualitativa de Riscos Ocupacionais” faz

parte do projeto que visa orientar sobre

a higiene ocupacional que tem como o-

bjetivo proteger a saúde dos trabalha-

dores através da antecipação, do reco-

nhecimento, da avaliação, da prevenção

e do controle de fatores de risco no lo-

cal do trabalho.

O curso será ministrado pelos servi-

dores da Fundacentro/RS, Cristiane

Paim da Cunha, Maria Muccillo, Au-

gusto Portanova Barros e Luis Renato

Andrade. No final do curso, os alunos

Curso em Porto Alegre (RS) irá discutir Análise Qualitativa de

Riscos Ocupacionais é tema de curso

Norminha

A exposição ocupacional continuada à

vibração pode causar sérios prejuízos à

saúde do trabalhador, como doenças

vasculares, neurológicas e musculares,

se não houver controle efetivo dos ris-

cos e proteção adequada para as cha-

madas vibrações localizadas (de mãos,

braços ou extremidades) ou de corpo

inteiro.

Segundo a especialista e instrutora

em vibração ocupacional Giulia Mezo-

ni, a prevenção a esse agente ainda é

negligenciada e gera dúvidas, princi-

palmente com a publicação da Portaria

Nº 1.297/2014, do Ministério do Tra-

balho, que estabeleceu limites de tole-

rância para a exposição à vibração.

Como a portaria é praticamente re-

cente, Mezoni observa que falta maior

preparo dos profissionais de segurança

para implementar a medida de forma e-

fetiva nos ambientes de trabalho.

Em entrevista ao SST em Áudio, da

plataforma Sesi Viva Mais, Mezoni ex-

plica que a exposição à vibração não é

passiva, ou seja, é preciso que haja o

contato do trabalhador com o equipa-

mento. “Depende muito do tipo de má-

quina a que o colaborador está exposto

para saber qual parte do corpo será a-

tingida e avaliar os efeitos na sua saú-

de”, complementa.

A especialista destaca a importância

de realizar levantamentos eficientes dos

so de manter as normas, prazos e acor-

dos estabelecidos, a fim de se aperfei-

çoar para prevenção de acidentes e a a-

plicabilidade da SST.

Maioli também esteve presente no 1º

Fórum Capixaba da SST.

As inscrições podem ser feitas pelo

e-mail [email protected]

Informações:

27 2104-3810 N

receberão material didático em CD.

São 25 vagas. Somente os alunos

que obtiverem cem por cento de fre-

quência das aulas, recebem o certifica-

do. As inscrições podem ser feitas por

e-mail:

[email protected]

Informações podem ser obtidas por

e-mail ou pelo telefone:

(51) 3225-6688 N

Norminha

O evento mais esperado no Espirito

Santo, o 1º Fórum Capixaba de Saúde e

Segurança do Trabalho, foi realizado

com sucesso na manhã do último dia

28 de maio, em Vitória, Capital.

Logo após o café com profissionais

de várias regiões do estado capixaba,

Dr. José Luiz Garcia Navarro, palestran-

te central do evento, brindou os presen-

tes com uma excelente palestra sobre

Higiene Ocupacional, levando a todos a

participarem com muito entusiasmo no

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 521 - 30/05/2019 - Fim da Página 01/12

debate que encerrou a programação do

evento.

O Fórum inédito, foi promovido pela

Provider com apoio de várias outras

empresas, que contou também com um

“case” apresentado pela Coordenadora

de SST, Sara Westphal. Teve muita dis-

tribuição de brindes.

Antes do evento, das 6 às 8 horas,

Navarro participou ao vivo do “Bom dia

ES” exibido pela TV Gazeta, filiada à re-

de Globo.

Navarro permanece em Vitória na a-

presentação do Curso de Higiene Ocu-

pacional que encerra nesta sexta. No

link abaixo veja toda a entrevista.

https://globoplay.globo.com/v/764821

4/ N

Burnout continua não sendo reco-nhecida como

doença Norminha

A Organização Mundial da Saúde

(OMS) considera que o `burnout` é um

"fenômeno ligado ao trabalho" e não

uma doença, declarou nesta terça-feira

um porta-voz, ao apresentar novas ex-

plicações sobre o que foi anunciado na

véspera pela agência especializada da

ONU.

"A inclusão neste capítulo significa

precisamente que o `burnout` não é

conceitualizado como uma condição

médica, mas como um fenômeno ligado

ao trabalho", escreveu o porta-voz em

nota enviada à imprensa.

O registro da OMS explica que o es-

gotamento "se refere especificamente a

fenômenos relativos ao contexto profis-

sional e não deve ser utilizado para des-

crever experiências em outros âmbitos

da vida".

N

Roda de conversa reúne

trabalhadoras domésticas

Norminha

A roda de conversa “Trabalho domés-

tico e Previdência Social”, evento orga-

nizado pela Fundacentro (Centro Regio-

nal da Bahia), reuniu trabalhadoras do-

mésticas das comunidades ao redor do

Parque São Bartolomeu, em Salvador-

BA.

O evento que foi realizado no sába-

do, 25, reuniu um total de 30 parti-

cipantes, entre trabalhadoras domésti-

cas, organizadores e convidados, e teve

como objetivo informar as trabalhado-

ras domésticas que possuem pouco, ou

nenhum conhecimento sobre a Previ-

dência Social. N

Prevenção à vibração ocupacional ainda causa dúvidas, afirma especialista

níveis de vibração das máquinas, com

base nos parâmetros da legislação bra-

sileira e das normas internacionais.

Também chama a atenção para a

manutenção e troca de componentes

gastos ou defeituosos em veículos e e-

quipamentos. “Esses são fatores impor-

tantes quando se trata de vibração ocu-

pacional, além de controle médico efi-

ciente e outras medidas, a exemplo do

rodízio de função, substituição de ferra-

mentas, pausas regulares para reduzir o

tempo de exposição e uso de EPIs apro-

priados”.

Outro aspecto abordado é a chama-

da Síndrome de Raynaud, também co-

nhecida como ‘síndrome dos dedos

brancos’, que pode resultar na perda do

controle e sensibilidade dos dedos. Pa-

ra ouvir a entrevista completa, acesse o

link SST em Áudio. N

1º Fórum Capixaba de SST foi realizado com sucesso

Evento reuniu em Vitória, profissionais e estudantes de várias cidades do Espírito Santo

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Centro de Recrutamento e Seleção em São

Paulo abre 1400 vagas

Norminha

A Gocil Segurança e Multisserviços,

empresa que completa 34 anos no mer-

cado este mês, está com vagas abertas

em São Paulo. Ao todo são 1400 opor-

tunidades para atuação na zona leste da

cidade. Os cargos disponíveis são

bombeiro, controlador de acesso e vigi-

lante. Este último exige experiência e

certificação para atuar em grandes e-

ventos.

Todo o processo seletivo será reali-

zado no Centro de Recrutamento e Se-

leção da empresa, instalado no bairro

do Butantã.

“A Gocil vem crescendo e conquis-

tando novos clientes, essa é uma opor-

tunidade para gerar empregos e alavan-

car a economia do estado. Estamos an-

siosos para trazer novos integrantes pa-

ra o time de colaboradores e, assim,

continuar atendendo nossos clientes

com excelência”, comenta Luana Sou-

za, gerente de recursos humanos da

Gocil.

Os interessados em participar do

processo seletivo devem comparecer

com documentos pessoais e carteira de

trabalho no Centro de Recrutamento e

Seleção Gocil, localizado na Avenida

Professor Francisco Morato, 525, Me-

trô Butantã. O atendimento é de segun-

da a sexta-feira, das 7h às 16h.

Sobre a Gocil: A Gocil Segurança e

Multisserviços é uma empresa especia-

lizada em soluções para Segurança Em-

presarial, Segurança Pessoal, Seguran-

ça Eletrônica e Serviços. De forma úni-

ca no mercado, integra pessoas, pro-

cessos e tecnologia de ponta. Atua em

vários estados, N

Semana do Meio Ambiente da Fiesp debate resíduos

sólidos, reciclagem e logística reversa

Página 02/12 - Norminha - Nº 521 - 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 521 - 30/05/2019 - Fim da Página 02/12

secretarias estaduais e municipais que

irão debater questões como políticas

públicas de resíduos sólidos, modelos

de produção, consumo e descarte, reci-

clagem, logística reversa e geração de

energia.

25º PRÊMIO DE MÉRITO AMBIEN-

TAL – A entrega do 25º Prêmio Fiesp de

Mérito Ambiental será às 18h, no dia 4

de junho. Há quase três décadas, a pre-

miação reconhece as melhores iniciati-

vas do setor industrial quando o assun-

to é sustentabilidade. A jornalista da re-

vista Meio Ambiente Industrial e do ca-

nal Ecowords, Sofia Jucon, é uma das

integrantes da Comissão Julgadora do

prêmio ao lado de especialistas de enti-

dades, como ABNT, Cetesb e USP.

Ao todo, 365 empresas já participa-

ram do prêmio que contou com mais de

662 projetos inscritos. Todos eles jun-

tos possibilitaram que 10 milhões de

toneladas de resíduos sólidos deixas-

sem de ser geradas e 429 mil toneladas

de insumos e matérias-primas não fos-

sem consumidos. Somados, esses e

vários outros indicadores resultaram

em uma economia de mais de R$ 2,5

bilhões para as empresas. E, conse-

quentemente, em um meio ambiente

mais equilibrado.

Entre as empresas que já tiveram

suas iniciativas premiadas, Ford Brasil,

HP Brasil, Eaton, BASF, Eletropaulo en-

tre outras.

No terceiro e último dia da Semana

do Meio Ambiente, serão discutidas ge-

ração de energia e a política fiscal e tri-

butária dos materiais recicláveis.

A 21ª Semana do Meio Ambiente ce-

lebra também o Dia Mundial do Meio

Ambiente, comemorado em 5 de junho,

que é principal data das Nações Unidas

para sensibilizar e encorajar ações no

mundo todo em prol da proteção ambi-

ental.

O evento é aberto ao público. Os in-

teressados em conhecer a programação

completa e em realizar a inscrição de-

vem acessar o site:

hotsite.fiesp.com.br/meioambiente/201

9/index.html N

Exposição de ônibus BBF fará parte do calendário cultural da

cidade de São Paulo

Norminha

A “Comissão de Educação, Cultura e

Esportes”, da Câmara Municipal de São

Paulo, aprovou a inclusão do evento

BBF - BusBrasil Fest no calendário ofi-

cial de eventos da cidade.

O evento passará, de acordo com o

projeto do vereador José Police Neto, a

ser comemorado todo o último domin-

go de novembro de cada ano.

Segundo a justificativa da proposta,

a BBF “tornou-se a maior exposição de

ônibus da América Latina”.

Na mais recente edição, a BBF, reali-

zada na Praça Charles Miller, em frente

ao estádio do Pacaembu, reuniu 175 ô-

nibus de diferentes épocas e estilos.

Norminha

A Semana do Meio Ambiente da

Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo (Fiesp) e do Centro das In-

dústrias do Estado de São Paulo (Ci-

esp), chega a 21ª edição, com três dias

(4 a 6/6), com intensa programação so-

bre os mais variados temas e com a

presença de inúmeros especialistas e

autoridades.

O tema do evento é Resíduos Sóli-

dos: Responsabilidade com o Desen-

volvimento. No primeiro dia do event,

será inaugurada a exposição "Da Indo-

nésia à Amazônia – Expedições", de

Jean-Michel Cousteau, na galeria de

fotos do Centro Cultural Fiesp, às 11h.

Jean-Michel é filho de Jacques Cous-

teau, famoso documentarista, cineasta

e oceanógrafo. A exposição reúne foto-

grafias de diferentes partes do mundo,

captadas durante mais de 60 anos nas

viagens da família Cousteau no maior

trabalho de exploração do oceano de

toda a história. As fotos seguem dispo-

nível para a visitação até o dia 4 de a-

gosto.

Na quarta-feira (5/6), segundo dia

do evento, especialistas e autoridades

debaterão logística reversa, tema cada

vez mais na agenda das cidades e das

indústrias do país. A Fiesp é referência

no assunto, uma vez que criou um Sis-

tema e Logística Reversa de Embala-

gens que realiza periodicamente con-

corrências para comercializar notas fis-

cais de reciclagem.

De acordo com Nelson Pereira dos

Reis, diretor do Departamento de De-

senvolvimento Sustentável da Fiesp, o

Sistema de Logística Reversa de Emba-

lagens da Fiesp reúne cooperativas de

catadores, operadores logísticos, em-

presas clientes e uma startup certifica-

dora dos créditos de reciclagem. "Com

a concorrência de certificados de reci-

clagem as empresas encontram uma

forma mais segura de adquirir a com-

provação de que estão atingindo a meta

de Logística Reversa, que é de 22%",

informa.

Nas concorrências realizadas, já fo-

ram comercializadas 35.398 toneladas

de embalagens recicláveis certificadas.

O valor total da comercialização de cer-

tificados com as concorrências ultra-

passou o montante de R$ 2,2 milhões.

Na quinta-feira (6/6), o evento reuni-

rá especialistas do setor e autoridades

do Ministério do Meio Ambiente e de

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2018

/11/25/bbf-muito-mais-que-lugares-

os-transportes-unem-historias-e-

geracoes/

Admiradores dos transportes, profis-

sionais, empresários ou mesmo pes-

soas que querem entender como a mo-

bilidade evoluiu na cidade de São Paulo

e em todo o País têm uma oportunidade

de distração e obtenção de conhecimen-

to na exposição. N

Diario do Transporte

Adamo Bazani,

jornalista especializado em transportes

Colaborou:

Heitor Domingues

[email protected]

Page 3: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

Capuz Aluminizado Visor Ouro: Desvendando os EPIs de Alta

Temperatura

Tecnologista fala de Sesmt e Cipa aos servidores da Escola Judicial do TRT

Profissional falou sobre Propostas para um novo Sesmt

Página 03/12 - Norminha - Nº 521 – 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 521 - 30/05/2019 - Fim da Página 03/12

Norminha

A indústria é uma das principais

responsáveis pelo desenvolvimento

tecnológico e econômico de uma socie-

dade e é um ramo que exige atenção no

mesmo grau que cobra produtividade.

A saúde de um funcionário está direta-

mente ligada ao sucesso da empresa.

Hoje, siderurgia e metalurgia são ramos

cuja prioridade é a segurança no tra-

balho. Mesmo assim, todo cuidado é

pouco quando lidamos com a exposi-

ção ao alto-forno. Por isso EPIs para

Altas Temperaturas são os melhores

parceiros dos operários. E o Capuz Alu-

minizado Visor Ouro é dos um equi-

pamentos mais eficientes para essa

função.

Os riscos da exposição às altas tem-

peraturas e a importância da proteção

É preciso entender que, embora hoje

seja uma atividade segura devido às

inúmeras medidas de proteção que são

tomadas com o passar do tempo, as a-

tividades da indústria siderúrgica e me-

talúrgica ainda demandam um alto nível

de prevenção a acidentes de trabalho.

Por menores que sejam, os riscos não

devem ser subestimados, pois as con-

sequências de qualquer incidente po-

dem ser graves.

As queimaduras são os problemas

mais comuns, mas a exposição ao calor

e à radiação, além da possibilidade de

contrair doenças de pele, circulatórias

ou respiratórias aumentam a insalubri-

dade do trabalho. Felizmente, hoje te-

mos os equipamentos de proteção indi-

vidual, EPIs para Altas Temperaturas,

que garantem a saúde e integridade físi-

ca do trabalhador.

Capuz Aluminizado Visor Ouro: efi-

ciente na proteção ao trabalhador

Um dos dez maiores produtores de

aço do mundo, o Brasil investe alto tan-

to no desenvolvimento do setor quanto

nas condições de trabalho dos empre-

gados. O Capuz Aluminizado Visor Ou-

ro é resultado desse investimento cons-

tante e surge como um grande aliado da

indústria e do trabalhador.

EPI para Alta Temperatura de alta

confiabilidade, o Capuz Aluminizado é

confeccionado em tecido de Aramida

Carbono Aluminizado interno e forrado

em tecido de algodão antichama, prote-

gendo uma das áreas mais sensíveis do

trabalhador, a cabeça, cuja exposição

ao calor, a chamas e a respingos de me-

tais fundidos pode comprometer não só

a pele ou a estrutura óssea do crânio,

mas também a visão do operário. O vi-

sor interno incolor trata de protegê-la,

tornando o trabalho junto ao alto-forno

ainda mais seguro.

Mas, apesar de toda a sua eficiência,

a peça também requer cuidados para

que esteja sempre impecável na prote-

ção do usuário. É preciso que seja fre-

quentemente higienizada. Não pode ha-

ver qualquer dano ou avaria no tecido

que comprometa seu funcionamento a-

dequado. O capuz tem uma vida útil de

cinco anos contando a partir da data de

fabricação. Cabe ao fiscal de segurança

do trabalho verificar se as normas estão

sendo cumpridas, pelo bem do funcio-

nário e de toda a empresa.

Além do mais, ao adquirir a peça, o

comprador deve estar ciente de como

funciona e se atende à sua necessidade.

Cada equipamento tem seu uso correto

que deve ser obedecido. Assim, os EPIs

para Altas Temperaturas não devem ser

utilizados como forma de proteção em

outros setores ou formas distintas de

trabalho.

Portanto, é importante conhecer ou-

tros EPIs e suas funções. Porque, em

um setor tão diversificado, as medidas

de segurança devem estar sempre um

passo à frente dos perigos. E felizmente

elas sempre estão. Conheça melhor

outros produtos e saiba qual se encaixa

melhor na sua função. N SUPREMA

Norminha Por Fundacentro/ACS-Alexandra Rinaldi

Em curso realizado na sede da Escola

Judicial do Tribunal Regional do Traba-

lho-Ejud 2ª. Região, o engenheiro de

Minas e tecnologista sênior da Funda-

centro, Leonidas Ramos Pandaggis fa-

lou sobre a importância e necessidade

do Sesmt (NR 4) e da CIPA (NR 5) den-

tro das empresas.

Para um público de cerca de 20 par-

ticipantes, entre enfermeiros, pessoal

do Sesmt do TRT, técnicos e juízes do

trabalho, Leonidas fez uma explanação

histórica sobre as leis que criaram os

instrumentos para a SST no ambiente

de trabalho. Foi em julho de 1972 que

a publicação da Portaria 3.237 criava o

Sesmt, como forma de reduzir os então

alarmantes índices de acidentes do tra-

balho. O Sesmt também está estabele-

cido no artigo 162 da CLT (Consolida-

ção das Leis do Trabalho) e regulamen-

tado pela NR 4.

De acordo com Pandaggis, o profis-

sional de Sesmt deve aplicar os conhe-

cimentos de engenharia de segurança e

Curso foi solicitado pela própria Ejud e fez parte do Ciclo de Palestras Saúde e

Segurança no Trabalho

quena, estando associado ao tipo de a-

tividade que desenvolve e à maneira

que a produção está organizada.

Propostas para um novo

Sesmt

Pandaggis, ao abordar durante pa-

lestra, a importância do Sesmt para o

combate ao acidente e à doença do tra-

balho, reforça que há que se pensar em

novas configurações para o Sesmt, au-

mentando a cobertura do Serviço.

A primeira configuração seria o Ses

mt próprio, modelo atual, onde os pro-

fissionais são empregados da empresa.

O Sesmt próprio, de acordo com Pan-

daggis, existiria em empresas de ativi-

dade com risco acentuado e modos

produtivos com demanda permanente

de segurança do trabalho.

Uma segunda proposta é o Sesmt

compartilhado. Nele, as semelhanças

vão de encontro ao que já está previsto

na NR 4, em especial o que preconiza

os itens 4.14; 4.14.1; 4.14.2; 4.14.3;

4.14.3.1; 4.14.3.2; 4.14.3.3 e 4.14.3.4.

Acesse a NR-4 na íntegra.

E uma terceira proposta sugerida

pelo engenheiro é o Sesmt terceirizado,

onde seria possível para empresas de

baixo grau de risco contratarem empre-

sas de assessoria, tendo a atenção de

uma empresa e, eventualmente, a pre-

sença parcial de um profissional de se-

gurança de uma empresa de consulto-

ria. Seria uma forma de aumentar a co-

bertura do sistema sem gerar grandes

ônus para as empresas. Pandaggis e-

xemplifica fazendo analogia com o fato

das micro e pequenas empresas terem

uma boa contabilidade sem, necessari-

amente, ter como empregado um pro-

fissional contador. Para que a ideia não

ficasse refém de interesses mercantis,

seria importante ter controle social, de

maneira que fosse considerada a capa-

cidade operacional das empresas de

consultoria ou assessoria envolvidas

no sistema. N

Norminha

O estudo Saúde Brasil 2018, do

Ministério da Saúde, revelou que as Le-

sões por Esforços Repetitivos (LER) e

os Distúrbios Osteomusculares Relaci-

onados ao Trabalho (Dort) são as doen-

ças que mais afetam os trabalhadores

brasileiros.

Esses danos são decorrentes da uti-

lização excessiva do sistema que movi-

menta o esqueleto humano e da falta de

tempo para recuperação. Caracterizam-

se pela ocorrência de vários sintomas,

de aparecimento quase sempre em es-

tágio avançado, que ocorrem geral-

mente nos membros superiores, tais

como dor, sensação de peso e fadiga.

Algumas das principais doenças que

acometem os trabalhadores são as le-

sões no ombro e as inflamações em ar-

ticulações e nos tecidos que cobrem os

tendões.

Entre 2007 e 2016, mais de 67,5 mil

casos de LER/Dort foram notificados

pelo Ministério da Saúde. O total de re-

gistros cresceu de 3.212 casos, em

2007, para 9.122, em 2016. Os casos

foram mais recorrentes em trabalha-

doras (51,7%).

A região que registrou o maior nú-

mero de ocorrências foi o Sudeste, com

58,4% do total de notificações do País

no período.

A ocorrência de LER/Dort foi maior

nos profissionais que atuam nos seto-

res da indústria, comércio, alimenta-

ção, transporte e serviços domésticos/

limpeza. Profissionais que atuam como

faxineiro, operador de máquinas fixas,

alimentador de linhas de produção e de

cozinheiro foram os mais atingidos

com alguns desses problemas de saúde

no trabalho.

Essas doenças são responsáveis pe-

la maior parte dos afastamentos do tra-

balho e representam custos com paga-

mentos de indenizações, tratamentos e

processos de reintegração à ocupação.

N (Fonte: Ministério da Saúde)

Aumentam casos de doenças relacionadas a esforços repetitivos

de medicina do trabalho ao ambiente de

trabalho e a todos os seus componen-

tes, inclusive máquinas e equipamen-

tos, de modo a reduzir e até eliminar os

riscos ali existentes à saúde do traba-

lhador.

Além dos dados históricos recupe-

rados pelo engenheiro sobre a criação

do Sesmt e Cipa, os participantes rece-

beram informações sobre a atuação da

Fundacentro que teve um papel funda-

mental para a criação de ambos.

Leonidas observa que com a prática

da terceirização, que passou a ser per-

mitida além das atividades meio das or-

ganizações, conforme teor da Reforma

Trabalhista, aprovada em 2017, às em-

presas abre-se a oportunidade de usar

novas estratégias na organização da

produção, como os condomínios in-

dustriais.

Em razão da forma pela qual se dá o

dimensionamento do Serviço Especia-

lizado, o engenheiro pontua que atual-

mente, cerca de 98% dos estabeleci-

mentos não são obrigados a constituir

o Sesmt, já que o Serviço está presente

somente em empresas a partir de de-

terminado número de funcionários para

cada grau de risco. Isso faz com que as

pequenas e micro empresas fiquem fora

do sistema. Entretanto, o risco não

deixa de existir porque a empresa é pe-

Page 4: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

Motorista será indenizado por jornada exaustiva

Fiat terá motor turbo só a etanol com consumo igual ou melhor que

motor a gasolina

Página 04/12 - Norminha - Nº 521 - 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

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Norminha

Por quase dois anos, o trabalhador

prestou serviços de motorista entrega-

dor para um grupo econômico do ramo

de transporte rodoviário. A relação de

emprego foi reconhecida na Justiça do

Trabalho pela juíza Andréa Buttler, em

sua atuação na 14ª Vara do Trabalho de

Belo Horizonte. Na decisão, a magistra-

da também determinou o pagamento de

indenização por danos morais no valor

de R$ 5 mil, por considerar exaustiva a

jornada exigida do empregado.

O motorista atuava nas regiões de

Itabirito e Ponte Nova e, conforme reco-

nhecido na decisão, trabalhava de se-

gunda-feira a sábado, das 6h30 às 21h,

sempre com 20 minutos de intervalo

intrajornada, inclusive em feriados. Pa-

ra a julgadora, trata-se de jornada desu-

mana e abusiva, inconcebível nos dias

atuais.

consumo do etanol em relação à gaso-

lina, que é de 30% atualmente", disse

Aldo Marangoni, diretor de Engenharia

de Motores da FCA. Segundo a empre-

sa, o uso exclusivo de um combustível

melhora a otimização do motor.

Em outras palavras, a expectativa é

de que o motor turbo a etanol da FCA

apresente números de consumo simila-

res ou até melhores que os da gasolina,

com o combustível vegetal custando

bem menos.

Atualmente o valor do litro do etanol

está 35% menor ao da gasolina, na

média. Por isso, boa parte dos donos

de carros flex busca abastecer apenas

com etanol. Ou seja, o novo motor seria

bastante viável para o mercado brasi-

leiro.

Um fonte ouvida pelo site Quatro

Rodas afirmou que se o projeto do E4

tiver sucesso garantirá a sobrevida dos

motores a combustão por mais 50

anos. N Fonte: Gazeta do Povo - Curitiba/PR

Norminha

Descansar ou aprender algo novo? Se

para muitos estudantes o recesso esco-

lar de julho representa trocar os livros

pelo lazer, para outros esse respiro vêm

com aquisição de novos conhecimen-

tos. O período de férias pode ser a-

proveitado para fazer um curso rápido e

aprimorar habilidades. É o que indica a

docente da área de gestão e negócios

do Senac Presidente Prudente, Nattacia

Rocha Duarte Ruani. “Esse pode ser o

momento ideal para o estudante apren-

der algo novo de uma forma mais leve.”

“Nesse período, os cursos de férias,

formatados em curta duração, são óti-

mas opções de aprimoramento do co-

nhecimento. O profissional que apro-

veita essas oportunidades obtém novos

conhecimentos podendo tornar-se

mais competitivo e posicionando-se

melhor no mundo do trabalho.”

Em julho, o Senac Presidente Pru-

dente oferta 19 cursos especialmente

desenvolvidos para as férias e nas áreas

de arquitetura e urbanismo, beleza e

estética, saúde e bem-estar, gestão e

negócios, comunicação e artes e tec-

nologia da informação.

“A programação é planejada para

que o aluno ou profissional possa apri-

morar seus conhecimentos, agregando

valor às suas atividades, seja com um

novo conhecimento, seja atualizando

técnicas”, destaca a gerente da unidade,

Rita de Cássia Holanda. Ela chama a

atenção para cursos como Introdução à

Administração Pessoal e Como Falar

em Público, “que colaboram para o de-

sempenho profissional em qualquer se-

tor”.

No total, são 550 vagas em cursos

rápidos, em média com 40 horas de du-

ração, que garantem certificados de re-

conhecimento nacional. Há ainda a

oferta de mais de 40 oportunidades de

bolsas de estudo.

Que tal aproveitar as férias escolares para aprender mais?

Recesso letivo pode servir para desenvolver novos conhecimentos e

incrementar o currículo

“A jornada de trabalho excessiva,

sem a devida concessão do intervalo,

ao privar o trabalhador do descanso in-

tervalar e do convívio familiar e social,

compromete o direito ao lazer e ao des-

canso e, por conseguinte, a saúde psi-

cofísica do trabalhador”, ponderou na

sentença.

No seu modo de entender, o caso

não se resolve apenas com o pagamen-

to de horas extras, uma vez que o traba-

lhador perdeu para sempre a oportuni-

dade de usufruir adequadamente dos

intervalos para refeição e descanso e de

conviver com sua família. Assim, as rés

foram condenadas a pagar indenização

por danos morais no valor de R$ 5 mil

pela jornada extenuante. Há recurso a-

guardando julgamento no TRT de Mi-

nas. N

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 3ª

Região Minas Gerais

Colaborou: Enrique Diez Parapar

Fisioterapeuta do Trabalho

[email protected]

Norminha

A Fiat Chrysler Automóveis (FCA)

resolveu ir na contramão do movimento

automotivo no Brasil e apostar no eta-

nol como alternativa ecologicamente

correta, em vez de motores híbridos ou

elétricos.

A empresa anunciou que desenvolve

um propulsor turbo movido somente

com o derivado da cana de açúcar. Ele

usará como base o 1.3 GSE turboflex

(T4), da família FireFly, que a Fiat pro-

duzirá na fábrica de Betim (MG) a partir

de 2020, juntamente com 1.0 GSE tur-

boflex (T3) - equiparão modelos da Fiat

e da Jeep.

Segundo a montadora, o novo motor

1.3 a etanol sobrealimentado, com qua-

tro cilindros e injeção direta, receberá

ajustes e tecnologia que serão capaz de

eliminar a diferença de 30% a mais no

consumo comparado à gasolina.

"O foco é na alta eficiência energé-

tica, com a proposta de reduzir o gap de

As inscrições para os cursos de fé-

rias já estão abertas e podem ser feitas

no Portal Senac:

www.senac.sp.br/presidenteprudente,

onde os candidatos também podem ob-

ter mais detalhes sobre as capacitações.

Serviço:

Decoração Prática

Data: de 1º a 25 de julho de 2019

Horário: de segunda a quinta-feira, das

13h30 às 17h30

Técnicas de Rejuvenescimento Facial e

Clareamento de Manchas

Data: de 1º a 12 de julho de 2019

Horário: de segunda a sexta-feira, das

19 às 22 horas

Introdução ao Paisagismo

Data: de 1º a 24 de julho de 2019

Horário: segundas, quartas-feiras e

sextas-feiras, das 8 às 12 horas

Podologia Esportiva

Data: de 1º a 4 de julho de 2019

Horário: de segunda a quinta-feira, das

8 às 12 horas

Plano de Negócios para Empreendedo-

res Inovadores

Data: de 1º a 17 de julho de 2019

Horário: segundas, quartas e sextas-

feiras, das 19 horas às 22h30

Massagem com Óleos

Data: de 1º a 12 de julho de 2019

Horário: de segunda a sexta-feira, das

19 horas às 22h30

Oficina de DJ

Data: de 1º a 23 de julho de 2019

Horário: de segunda a quinta-feira, das

19 horas às 22h30

Como Falar em Público

Data: de 1º a 5 de julho de 2019

Horário: de segunda a sexta-feira, das

19 horas às 22h30

Introdução à Administração Pessoal

Data: de 1º a 23 de julho de 2019

Horário: de segunda a quinta-feira, das

19 horas às 22h30.

E muito mais!

N

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Metade das mulheres grávidas são demitidas na volta da licença-maternidade

Página 05/12 - Norminha - Nº 521 - 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

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Pagamento do Seguro-Desemprego somente por crédito em conta

começará em janeiro

Norminha

A maternidade permanece polêmica

para empregadas e empregadores.

Quando uma trabalhadora engravida, o

foco das empresas continua sendo nas

“perdas” que terá nos próximos anos. O

tempo passa, mas os empecilhos são

os mesmos: receio de a mãe faltar ao

trabalho, caso o filho passe mal; de ela

pedir para chegar mais tarde para ir a

uma reunião escolar; ou de se atrasar,

devido à exaustão da rotina. Os bene-

fícios da maternidade para as empresas

e até para a economia do país, mesmo

comprovados por diversos estudos,

ainda são ignorados.

Na contramão do senso comum, es-

pecialistas apontam que as mães são

mais produtivas e flexíveis, porque as

atividades neurais, ligadas à criativida-

de, aumentam durante a gestação. Além

disso, o hábito de acumular duplas jor-

nadas as deixam com maior capacidade

de otimizar o tempo - tornam a vida das

mulheres mais fácil no mercado de tra-

balho. Ainda assim, persiste o pensa-

mento de que o empregador não supor-

tará o tempo de afastamento, sem pre-

encher aquela necessária vaga. Fora is-

so, há o temor de que o período em que

fica com a criança a deixará desatuali-

zada em relação à tecnologia, que avan-

ça rápido.

Esse pensamento leva, quase sem-

pre, a uma realidade cruel. Estudo da

Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta

que metade das mães que trabalham

são demitidas até dois anos depois que

acaba a licença, devido à mentalidade

de que os cuidados com os filhos são

praticamente uma exclusividade delas.

Grasiela Maria de Araújo, 36 anos, foi

demitida logo depois de ter o terceiro

filho, em 2013. “Tirei a licença e mais

um mês de férias. Ao voltar, fui desli-

gada”, conta.

Mas não esmoreceu. Fez bicos en-

quanto esperava emprego de carteira

assinada, que só veio dois anos depois.

Grasiela entrou para o mercado de tra-

balho aos 18 anos, como atendente em

uma lanchonete. Hoje, tem um filho de

18 anos e outros dois, de 15 e seis, de

uma união estável que já dura 17 anos.

“A gente ouve o tempo todo que mãe

não trabalha, faz corpo mole. É difícil.

Já perdi emprego porque de cara disse-

ram que eu não estaria disponível para

viajar”, assinala.

Pesquisa dos profissionais da Catho

de 2018, com mais de 2,3 mil mães, a-

firma que 30% das mulheres deixam o

trabalho para cuidar dos filhos. Entre os

homens, esse número é quatro vezes

menor: 7%. Claudia Santos, 38, prefe-

riu pedir as contas antes de ser demiti-

da. Nascida em Belém, ela começou a

trabalhar aos 14 anos, vendendo salga-

dos nas ruas, e, aos 17, foi contratada

por um restaurante. Engravidou em se-

guida e não aguentou o calor do fogão.

“Deixei o emprego antes de ser demi-

tida. Ouvia o chefe dizendo que mulher

grávida é problema porque falta ao ser-

viço e aumenta o custo por causa do sa-

lário-família”, lembra. Ela só conseguiu

voltar a trabalhar fora depois de dois a-

nos.

De volta à ativa

Dani Junco, fundadora e diretora e-

xecutiva (CEO) da B2Mamy, aponta

que, a cada 10 mulheres, quatro não

conseguem retornar ao mercado após a

licença-maternidade, de acordo com a

consultoria Robert Half. “Percebo que é

uma questão cultural. Em minha experi-

ência, senti que as pessoas achavam

estranho quando eu deixava meus fi-

lhos na escola o dia inteiro”, relata

Claudia Consalter, mãe de gêmeos e

fundadora da Orthodontic, rede de clí-

nicas de ortodontia.

A tributarista Rhuana Rodrigues, 38,

sócia do Chenut, Oliveira, Santiago Ad-

vogados, acredita que o peso maior da

responsabilidade com os filhos sempre

recai sobre a mãe. “Mas costumo dizer

que meu marido me ajuda, ele compar-

tilha o cuidado com as crianças, que

também cabe a ele”, argumenta. Casada

desde 2006, ela teve o primeiro filho, de

quatro anos, aos 33 anos. O segundo é

recente: está com apenas três meses.

“Especialmente comigo, não houve

discriminação, porque sou dona do

meu negócio e diretora de Recursos

Humanos do escritório. Mas ouço his-

tórias terríveis”, conta.

Durante o tempo da licença-mater-

nidade, Rhuana aproveitou que o “bebê

dormia o dia inteiro”, para concluir a

monografia de pós-graduação em direi-

to digital.

Efeitos positivos

Desconsiderar os efeitos positivos

da maternidade no mercado de trabalho

é um erro não apenas do ponto de vista

da vida das mulheres, mas das finanças

do país. É o que aponta a empresária

Dani Junco, fundadora e diretora execu-

tiva (CEO) da B2Mamy, empresa dedi-

cada a selecionar mães empreendedo-

ras para negócios. Ela propõe uma si-

mulação, que chama de “distopia Hand-

maid’s Tale”: “Acabamos de acordar

com o mundo completamente estéril,

assim como você já deve ter desejado

ao saber que a moça da sua equipe está

grávida. E agora?”, questiona.

Os resultados seriam desastrosos.

Primeiro, diz, o faturamento de R$ 50

bilhões que representa o segmento in-

fantil, de acordo com a Consultoria Ni-

elsen, deixaria de ser injetado na eco-

nomia. “Não estão somados aqui turis-

mo, entretenimento e outras áreas cor-

relatas que atendem a esses 20% da

população”. Em segundo lugar, com a

população envelhecendo, não teria mão

de obra para manter alguns serviços.

“Sem falar das novas cabeças que não

nasceriam. Portanto, pesquisa, inova-

ção e desenvolvimento seriam escas-

sos”, diz.

A influência das mulheres no merca-

do de trabalho é evidente. Entre 2005 e

2015, o número de famílias compostas

por mães solo subiu de 10,5 milhões

para 11,6 milhões, segundo o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IB

GE). O número de lares brasileiros che-

fiados por mulheres cresceu de 23%

para 40% entre 1995 e 2015, de acordo

com a pesquisa Retrato das Desigual-

dades de Gênero e Raça, de 2017, do

Instituto de Pesquisa Econômica Apli-

cada (Ipea).

A lei e a vida real

Assegurada por lei desde 1943, a li-

cença-maternidade atendeu mais de 53

mil brasileiras em 2018, pelos dados da

Secretaria Especial de Previdência e

Trabalho do Ministério da Economia.

“Atualmente, o empregador é obrigado

a conceder 120 dias, mas é possível es-

tender até 180 para os que aderirem ao

programa Empresa Cidadã, que gera

benefícios fiscais para os contratantes”,

conta o advogado João Badari, especia-

lista em direito previdenciário do escri-

tório Aith, Badari e Luchin Advogados.

Mesmo com o direito garantido no

papel, a lei, às vezes, é ignorada. Rara-

mente as mães contam com a ajuda de

que precisam depois da gravidez. Mes-

mo assim, muitas narram histórias de

sucesso. Maire Laide Albernaz Neiva,

62, administra um restaurante com 20

funcionários, depois de criar três filhas

(43, 41 e 38 anos). “Comecei cedo, aos

14 anos, em uma agência de automó-

veis. Aos 15, fui transferida para a área

de cobrança. Cheguei a chefe do setor

financeiro, aos 25”, relata.

Cursos Instrutor NR35 em Araçatuba e Presidente Prudente (SP). Pague

em até 12X As três filhas foram criadas, pratica-

mente, dentro da concessionária. Os

patrões montaram berço e a infraes-

trutura para as crianças. “Mas nunca ti-

rei licença-maternidade. Voltava a tra-

balhar 15 dias após ter neném. Preci-

sava do dinheiro e tinha a opção de ga-

nhar dobrado”, afirma. Depois que os

filhos cresceram, Maire entrou para a

Faculdade de Moda e conseguiu o di-

ploma, aos 50 anos. Uma vitória para

quem tem uma mãe de 85 anos “que

não sabe ler nem escrever”. “Hoje, mi-

nhas filhas têm vidas próprias. Mas

ainda cuido de minha mãe e de uma

sobrinha especial, de 45 anos”, desta-

ca.

Não deixar de ter ambições próprias

é uma das dicas que Luzia Costa, CEO

do Grupo Cetro, dá para quem é mãe e

quer iniciar a vida de empreendedora.

Mãe de dois filhos, ela ressalta a im-

portância de enfrentar julgamentos e a-

ceitar ajuda.“Sem dúvidas, muitas pes-

soas irão lhe criticar por dedicar um

tempo do seu dia para trabalho e vida

profissional, deixando filhos com avós,

babás, em escolinhas, entre outros.

Mas precisamos realizar nossos so-

nhos, até mesmo para dar condições

melhores para nossos filhos”, ensina.

N (Fonte: Correio Braziliense)

Norminha

O Conselho Deliberativo do Fundo de

Amparo ao Trabalhador (Codefat) adiou

para 1º de janeiro de 2020 a exigência

de que o pagamento do Seguro-Desem-

prego seja realizado apenas por meio de

depósito em conta corrente simplificada

ou conta poupança da Caixa Econômica

Federal, sem ônus para o trabalhador. O

prazo originalmente estabelecido era 1º

de julho de 2019. A nova data foi esta-

belecida na 153ª Reunião do Conselho

Deliberativo do Fundo de Amparo ao

Trabalhador (Codefat), realizada na últi-

ma terça-feira (21), em Brasília. A deci-

são, publicada no Diário Oficial da U-

nião, visa a aplicação das melhores prá-

ticas aos procedimentos operacionais.

O depósito em conta poupança ou

simplificada afasta risco de fraude no re

cebimento do benefício, principalmente

nos casos em que o requerimento do

Seguro-Desemprego é realizado total-

mente pela internet, ou seja, sem aten-

dimento presencial. Desde já está asse-

gurado que o trabalhador poderá trans-

ferir o seu recurso para contas particu-

lares em outros bancos, sem custos.

A Secretaria Especial de Previdência

e Trabalho do Ministério da Economia

vai trabalhar em conjunto com a Caixa

para criar mecanismos eficazes na ori-

entação ao trabalhador em relação aos

novos procedimentos a serem adota-

dos.

Atualmente, os pagamentos do se-

guro-desemprego são realizados em

três modalidades: Cartão Cidadão, que

permite saques até mesmo em caixas

eletrônicas e lotéricas; na própria agên-

cia, em espécie; e em crédito em conta.

Parcela de 55% dos beneficiários já

recebe por meio de depósitos em conta

poupança ou simplificada. N

Ministério da Economia

Secretaria Especial de Previdência e Trabalho

Page 6: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

Trabalhadora impedida de retornar ao trabalho após auxílio-doença será reintegrada e indenizada

eSocial: em qual etapa do processo estamos e quais são os

próximos passos?

Página 06/12 - Norminha - Nº 521 - 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 510 - 30/05/2019 - Fim da Página 06/12

Norminha

Uma empresa do ramo de segurança,

limpeza e manutenção predial terá que

pagar indenização por danos morais a

uma trabalhadora que foi proibida de

retornar ao trabalho após o término do

auxílio-doença do INSS. A empresa a-

legou que a profissional ainda estava

inapta para exercer a função de auxiliar

de serviços gerais. Mas o juízo da 40ª

Vara do Trabalho de Belo Horizonte não

acolheu a argumentação e condenou a

empregadora a reintegrar a trabalhado-

ra no mesmo cargo, lotação e remune-

ração, além de pagar os meses de salá-

rio suspenso.

A empregada foi admitida em 2013.

Em maio 2016, sofreu um AVC (aciden-

te vascular cerebral), ficando afastada

pelo INSS por quase três meses. Se-

gundo a profissional, após o fim do be-

nefício previdenciário, ela foi impedida

de voltar às suas atividades, já que a

empresa recusou o parecer da Previ-

dência.

Segundo a juíza Luciana Jacob

Monteiro de Castro, cabia à empresa,

diante a decisão do INSS, reintegrar ou

readaptar a trabalhadora. “Mas, se isso

fosse inviável, outra opção seria manter

o pagamento do salário até conseguir a

prorrogação do benefício. Isso porque,

concedida a alta médica previdenciária,

o contrato de trabalho volta a vigorar,

não havendo que se falar em suspen-

são”, explicou.

No entendimento da magistrada, não

há no caso elementos que possam de-

sobrigar a empresa de arcar com sua o-

brigação de pagar os salários pelo pe-

ríodo em que o contrato ficou suspenso.

Conforme esclareceu, a empresa não

pode transferir à empregada os riscos

do empreendimento.

Assim, considerando que o INSS a-

testou a aptidão da trabalhadora para o

exercício de sua atividade profissional,

a juíza determinou a sua reintegração ao

emprego, com pagamento de verbas

correspondentes, além de indenização

de danos morais no valor de R$ 3 mil.

“Isso porque a empresa deixou a profis-

sional desamparada, gerando ofensa à

sua personalidade, intimidade, digni-

dade, honra e integridade psíquica”, fi-

nalizou a magistrada.

Não houve recurso e a sentença já se

encontra em execução.

N

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 3ª

Região Minas Gerais

Colaborou: Enrique Diez Parapar

Fisioterapeuta do Trabalho

[email protected]

Norminha

Desde janeiro de 2019, o eSocial está

valendo para o Grupo 3 de empresas e

instituições, e sua implantação terá

continuidade até 2020. No post falare-

mos um pouco mais sobre o cronogra-

ma, fases, prazos e importância, espe-

cialmente do Grupo 3, que é o que

inclui os condomínios. Confira a se-

guir.

O Grupo 3 do eSocial é composto

por Empresas do Simples nacional,

Empregadores PF, Produtores Rurais

PF, MEI, Sindicatos, Condomínios, As-

sociações e Entidades sem fins lucra-

tivos, e tem seu próprio calendário de

implantação.

Para o Grupo 3, o cronograma co-

meçou em janeiro de 2019, mas ainda

há um longo caminho a seguir. As fases

e seus prazos são os seguintes:

Fase 1 – Cadastros do empregador

e tabelas: a partir de 10 de janeiro de

2019

Fase 2 – Dados dos trabalhadores e

seus vínculos com as empresas: a partir

de 10 de abril de 2019

Fase 3 – Envio da folha de paga-

mento: a partir de 10 de julho de 2019

Fase 4 – Substituição da GFIP para

o recolhimento de contribuições previ-

denciárias: a partir de outubro de 2019

Fase 5 – Substituição da GFIP para

o recolhimento do FGTS: a partir de

outubro de 2019

Fase 6 – Envio dos dados de segu-

rança e saúde do trabalhador: a partir de

julho de 2020

Os eventos a serem enviados são os

seguintes:

Eventos de Tabela (fase 1): Estes

identificam o empregador/contribuinte/

órgão público, com dados básicos de

sua classificação fiscal e estrutura ad-

ministrativa que validam os eventos

não periódicos e periódicos.

Eventos Não Periódicos (fase 2): Os

eventos não periódicos dependem de

acontecimentos na relação entre o em-

pregador e o trabalhador que influen-

ciam no reconhecimento de direitos e

no cumprimento de deveres trabalhis-

tas.

Eventos Periódicos (fase 3): Como o

próprio nome sugere, estes têm perio-

dicidade definida, e são compostos por

informações de folha de pagamento e

apuração de outros fatos geradores de

contribuições previdenciárias.

Atualmente, estamos prestes a dar

início à terceira fase do processo de im-

plantação do eSocial para condomínios.

Por isso, é essencial que se preste uma

grande atenção às exigências e trâmi-

tes, evitando, assim, maiores proble-

mas com o sistema.

http://radiosesmt1.agoranoar.com.br/

DICA: Se prepare e se especialize em

Departamento Pessoal e eSocial

Como já sabemos, o eSocial traz

muitas informações importantes e é

preciso ter atenção redobrada para estar

preparado, ainda mais agora com os

prazos de entrega.

Sendo assim gostaríamos que co-

nhecessem nosso treinamento comple-

to e totalmente na prática de departa-

mento pessoal e eSocial para conta-

dores. Aprenda todos os detalhes do

departamento pessoal de forma simples

e descomplicada. Saiba tudo sobre re-

gras, documentos, procedimentos, leis

e tudo que envolve o setor, além de

dominar o eSocial por completa.

Essa é a sua grande oportunidade de

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prática com profissionais experientes e

atuantes no segmento, clique aqui

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N

Page 7: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

http://bit.ly/Inscriçõesesocial

Inspeção e fiscalização de alimentos dão a vendedor direito a adicional

Atualização sobre o modelo Consecana será tema de

workshop em Araçatuba (SP)

Página 07/12 - Norminha - Nº 521 - 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 521 - 30/05/2019 - Fim da Página 07/12

Norminha

O vendedor de uma empresa multina-

cional de produção de alimentos, lan-

ches e bebidas teve reconhecido na

Justiça o direito ao adicional de inspe-

ção e fiscalização, de 10% sobre a sua

remuneração. A decisão foi da 11ª Tur-

ma do TRT-MG, que manteve a senten-

ça oriunda da 3ª Vara do Trabalho de

Pouso Alegre.

Ele realizava cerca de 20 visitas a

clientes por dia, seguindo roteiro deter-

minado pela empresa em cidades do

sul e do sudoeste de Minas Gerais.

Mas, além de realizar as vendas dos

produtos em estabelecimentos, como

padarias, açougues e mercearias, ins-

pecionava e fiscalizava a validade das

mercadorias nos pontos comercializa-

dos. O vendedor de uma empresa mul-

tinacional de produção de alimentos,

lanches e bebidas teve reconhecido na

Justiça o direito ao adicional de inspe-

ção e fiscalização, de 10% sobre a sua

remuneração. A decisão foi da 11ª Tur-

ma do TRT-MG, que manteve a sen-

tença oriunda da 3ª Vara do Trabalho de

Pouso Alegre.

Como a empresa trabalha com gê-

neros alimentícios, era sua obrigação

também retirar das prateleiras os pro-

dutos com prazos de validade vencidos.

A tese defendida pela indústria foi a de

que as atividades de inspeção e fisca-

lização estão incluídas nas funções dos

vendedores.

De acordo com o juiz convocado

Hélder Vasconcelos Guimarães, relator

no processo, o adicional de inspeção e

fiscalização está previsto no artigo 8º da

Lei nº 3.207/57. O magistrado explicou

que não é todo acúmulo de tarefas que

gera direito a um adicional na remune-

ração. “Apenas aquele que, efetivamen-

te, extrapola as funções para as quais

foi contratado, acarretando, assim, um

desequilíbrio no contrato de trabalho”,

destacou. Assim, nada impede que o

empregador, dentro de seu poder de

direção, atribua mais uma ou outra tare-

fa ao empregado, desde que compatí-

veis com a função para a qual ele foi

contratado. “É o chamado jus variandi,

que não gera o direito a diferenças sala-

riais”, pontuou. É esse o raciocínio con

tido no parágrafo único do artigo 456 da

CLT: “à falta de prova ou inexistindo

cláusula expressa a tal respeito, enten-

der-se-á que o empregado se obrigou a

todo e qualquer serviço compatível com

a sua condição pessoal”. Mas não foi

essa a hipótese verificada no caso em

julgamento.

Na visão do relator, ficou demons-

trado que o profissional exercia também

as atividades referentes à inspeção e à

fiscalização de mercadorias. Nesse ca-

so, esclareceu, a contraprestação por

esse trabalho é justa, já que, enquanto

Norminha

No próximo dia 13 de junho acontecerá

em Araçatuba/SP o evento "Atualização

sobre o modelo Consecana", realizado

pela UDOP, Unica e Orplana, com apoio

oficial da Unip Araçatuba. O encontro

será gratuito e as inscrições estão aber-

tas até dia 10 de junho.

O evento é destinado a diretores, ge-

rentes e supervisores das áreas Agrí-

cola, Industrial, Administrativo/Finan-

ceiro e Jurídico de usinas e destilarias;

Associações e fornecedores de cana-

de-açúcar.

Os temas abordados serão: "Históri-

co do Consecana-SP e a importância

do fortalecimento das associações";

"Normas operacionais e procedimentos

para a determinação da qualidade";

"Lógica econômica e formação de pre-

ços" e "Atualizações recentes e novas

tecnologias".

Os participantes terão ainda a opor-

tunidade de tirarem suas dúvidas sobre

o Consecana no último painel de Per-

guntas e Respostas.

Veja a programação completa cli-

cando aqui.

Os temas a serem apresentados e

discutidos em 6 painéis serão:

Histórico do Consecana-SP e a im-

portância do fortalecimento das Asso-

ciações;

Normas operacionais e procedimen-

to para a determinação da qualidade;

Lógica econômica e formação de

preços;

Atualizações recentes e novas tec-

nologias.

Inscrições gratuitas

As inscrições para o evento estão

abertas e podem ser realizadas no site

da UDOP até dia 10 de junho. Para se

inscrever, CLIQUE AQUI.

Serviço

Workshop: Atualização sobre o modelo

Consecana

Data: 13 de junho de 2019

Horário: 8h30 às 12h30

Local: Anfiteatro da Unip Araçatuba -

Rua Baguaçu, 1939 - Araçatuba/SP

Inscrições aqui

Curso Instrutor NR35 em Araçatuba e Presidente

Prudente. Vagas limitadas.

Whats

18 99765-2705

[email protected]

fazia a inspeção e fiscalização, o prof-

issional ficava impossibilitado de ven-

der e, por conseguinte, de angariar as

comissões.

Por esse fundamento, foi mantida a

sentença que deferiu ao vendedor o adi-

cional de inspeção e fiscalização, pre-

visto no artigo 8º da Lei nº 3.207/57. Há,

nesse caso, recurso de revista interpôs-

to ao TST. N

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 3ª

Região Minas Gerais

Colaborou: Enrique Diez Parapar

Fisioterapeuta do Trabalho

[email protected]

Page 8: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

Congresso Portuário e

Aquaviário reúne especialistas de 16 estados do

Brasil

Nomes e temas de autores com

trabalhos aprovados são

divulgados em versão

atualizada da programação

Norminha Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg

A programação do V Congresso

Nacional de Segurança e Saúde no Tra-

balho Portuário e Aquaviário traz novi-

dades esta semana, com a divulgação

dos autores que tiveram trabalhos apro-

vados. Haverá 49 diferentes temas ex-

postos e discutidos em plenário por

quase 100 expositores, debatedores e

autores de trabalhos orais. Ao todo, 16

estados de todas as regiões do país se-

rão representados nas discussões.

O evento será realizado entre 11 e 13

de junho, no Mar Hotel Conventions,

localizado na Rua Barão de Souza Leão,

451 - Boa Viagem - Recife/PE. Para

participar, é possível se inscrever pelo

site da Fundacentro ou por e-mail

([email protected]).

Basta enviar nome completo, empresa,

função, cidade/estado, telefone, e-mail.

O tema central do congresso é “O

trabalho seguro e saudável num cenário

de profundas transformações sociais e

econômicas”. Consulte a programação

completa, com os nomes e temas de

trabalhos orais aprovados para a apre-

sentação.

Se você quiser saber mais detalhes

sobre o evento, como objetivos, organi-

zação, hospedagem, entre outras ques-

tões, acesse ao site do V Congresso

Nacional de Segurança e Saúde no Tra-

balho Portuário e Aquaviário. N

Cursos Instrutor NR35 em Araçatuba e

Presidente Prudente (SP). Faça sua inscrição agora

Pague em até 12X

Trabalhadora que desenvolveu depressão após sofrer constantes humilhações deve ser indenizada

Analistas da Fundacentro discorrem

sobre processos trabalhistas na

cidade de São Paulo

Por Fundacentro/ACS - Débora Maria

Santos

Norminha

A praticidade em comprar e solicitar

serviços por meio de plataformas digi-

tais se tornou a maneira mais rápida de

conexão entre produtores e consumido-

res. Os analistas da Fundacentro, Dal-

ton Tria Cusciano e Mauro Maia Laruc-

cia apresentaram o estudo “Plataformas

digitais e trabalho informal: análise de

processos trabalhistas na cidade de

São Paulo relacionados à Uber” em

uma roda de conversa no Centro Técni-

co Nacional, sede da Fundacentro em

São Paulo/SP. O estudo também teve a

participação do analista Luis Fernando

Salles Moraes.

Como forma de obter alguma renda,

as pessoas estão ingressando no mer-

cado informal. Em 2017, de acordo com

o Instituto Brasileiro de Geografia e Es-

tatísticas (IBGE), 37,3 milhões de pes-

soas que trabalhavam sem carteira as-

sinada.

De acordo com dados oficiais, no

Brasil, são cadastrados 500 mil moto-

ristas de Uber, atualmente a Uber está

em mais de 100 cidades no país. So-

mente no estado de São Paulo são 150

mil motoristas, os quais a sua maior

parte se concentra na região metropo-

litana da Grande São Paulo.

Nesse estudo, os servidores desta-

cam que a partir do século 21, o avanço

das tecnologias e plataformas digitais

no trabalho conquistam cada vez “mais

espaços significativos de discussão

nas ciências humanas e sociais, os

quais revelam vínculos essenciais nos

processos culturais, comunicacionais,

tecnológicos e midiáticos”.

Dalton Cusciano e Mauro Laruccia

comentam que a tecnologia inclui uma

diversidade de termos, aplicações e á-

reas de estudo estabelecidas em uma

organização, e a sua forma de gerencia-

mento de tecnologia. Para eles, é funda-

mental que os gestores compreendam a

gestão de tecnologia a qual englobam

as plataformas digitais.

Com a crescente disseminação dos

aplicativos de transporte como Uber,

Cabify e 99, as discussões a respeito da

Trabalho informal em plataformas digitais é tema de estudo

Página 08/12 - Norminha - Nº 521 - 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 521 - 30/05/2019 - Fim da Página 08/12

Norminha

A 6ª Turma do Tribunal Regional do

Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) conde-

nou uma metalúrgica a indenizar em R$

20 mil, por danos morais, uma auxiliar

de limpeza que desenvolveu quadro de-

pressivo após sofrer constantes humi-

lhações de uma colega, sem que a em-

presa tivesse tomado providências. Na

primeira instância, a indenização havia

sido fixada em R$ 10 mil, pelo juízo da

30ª Vara do Trabalho de Porto Alegre.

Cabe recurso ao Tribunal Superior do

Trabalho (TST).

Conforme informações do processo,

o perito médico confirmou o quadro de

depressão da autora e indicou que a do-

ença poderia ter sido, sim, causada por

alguma situação vivenciada no ambien-

te de trabalho. Assim, os magistrados

analisaram as provas para saber se o

assédio de fato ocorreu.

Cursos Instrutor NR35 em Araçatuba e Presidente Prudente (SP). Faça sua

inscrição agora Pague em até 12X

De acordo com uma das testemu-

nhas, a auxiliar administrativa normal-

mente era grosseira com todos, porém

mais com a autora porque ela “se con-

siderava chefe” da auxiliar de limpeza.

As cobranças eram excessivas, com

gritos. Segundo a depoente, a auxiliar

administrativa era rude com a autora

quando achava que algo não tinha sido

bem feito, ou porque o café estava ruim.

Conforme a testemunha, a auxiliar ad-

ministrativa chegava a dizer “ai, que

cheiro ruim” quando a autora se aproxi-

mava, o que, segundo a depoente, in-

clusive era mentira, pois a reclamante

estava sempre perfumada. Também foi

citada uma ocasião em que a autora foi

obrigada pela auxiliar administrativa a

desmontar e limpar um aparelho de ar-

condicionado, sem ter conhecimento

técnico para a tarefa.

Ainda conforme o depoimento, a au-

xiliar de limpeza e alguns colegas leva-

ram a situação ao conhecimento de um

coordenador da empresa, mas nada foi

feito. As próprias testemunhas convida-

das pela metalúrgica para depor no pro-

cesso confirmaram que sabiam do des-

contentamento da autora com a auxiliar

administrativa.

Para o relator do acórdão na 6ª Tur-

ma, desembargador Luiz Fernando de

Moura Cassal, ficou evidenciado o tra-

tamento desrespeitoso sofrido pela re-

clamante, que extrapolou a normalidade

de um ambiente laboral. O magistrado

reconheceu, assim, o nexo causal entre

a doença diagnosticada (depressão) e o

trabalho. “Da mesma forma, resta confi-

gurada a culpa da empregadora, na me-

dida em que foi negligente no seu dever

de adotar medidas de saúde e segu-

rança do ambiente laboral a fim de evi-

tar riscos à integridade física de seus

empregados. Veja-se que a autora noti-

ciava os fatos e nenhuma providência

foi adotada pela empresa a fazer cessar

a agressão moral”, observou o relator.

O desembargador ressaltou ser de-

ver do empregador atenuar os riscos

inerentes à atividade laboral, por meio

de adoção de medidas que primem pela

saúde e segurança dos empregados,

conforme preceitua o artigo 7º, inciso

XXII, da Constituição Federal.

O colegiado também deferiu à autora

uma pensão mensal equivalente a 50%

da sua última remuneração enquanto

perdurar sua incapacidade para o tra-

balho, o que deverá ser apurado por

meio de exames a cada seis meses, por

conta da empregadora e de acordo com

critérios a serem definidos na fase de

execução do processo.

À empresa ainda foi determinada a

emissão de CAT (Comunicação de Aci-

dente de Trabalho) referente à doença

da autora, retroativa à data da despedida

da empregada. A 6ª Turma definiu que a

pensão mensal por danos materiais seja

paga a partir da data de emissão da

CAT. N

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 4ª

Região Rio Grande do Sul

Colaborou: Enrique Diez Parapar

Fisioterapeuta do Trabalho

[email protected]

regulamentação dos seviços oferecidos

por essas plataformas e relações de tra-

balho estão em pauta. Diante disso, Dal-

ton salienta que a mão de obra informal

não possui vínculo empregatício, esses

profissionais não contam com benefí-

cios trabalhistas como férias, licença

para cuidar da saúde, licença materni-

dade, aposentadoria, seguro desempre-

go, décimo terceiro e outros.

Os especialistas analisaram 343 pro-

cessos trabalhistas que estão no Tribu-

nal Regional do Trabalho de São Paulo

(TRT/SP) relacionados à Uber. Desse

montante foram selecionados 108 pro-

cessos como amostra de análise, du-

rante esse trabalho, os servidores ob-

servaram que apenas 25 tratavam de

reclamação trabalhista contra a Uber.

Laruccia explica que as outras ações

judiciais referiam-se ao uso de Uber nas

declarações de testemunhas e recla-

mantes, por isso esses processos foram

removidos durante a análise. Já Dalton

ressalta que a Uber chega ao Brasil em

2014, primeiramente no Rio de Janeiro,

em seguida São Paulo e se instala tam-

bém em Belo Horizonte e Brasília. Po-

rém, as reclamações trabalhistas na ci-

dade de São Paulo tiveram crescimento

em 2015. Em 2016 existem 163 pro-

cessos.

Resultado das ações

Os dados de 2007 e 2013 não estão

relacionados às reclamações sobre a

formalização do trabalho. Os analistas

observam que em 2017, o número de

reclamações sofre uma queda, possível-

mente devido à Reforma Trabalhista o-

corrida no país.

Além disso, apenas 8% das ações ti-

veram, de certa forma, acordo entre as

partes. 92% das ações não obtiveram

tanto êxito. Os analistas salientam ainda

que 44% dos casos foram negados, 8%

resultaram em demissões e 4% foram

arquivados e extintos pela Justiça do

Trabalho.

A contemporaneidade do tema fez

com que os especialistas participassem

do XXII World Congress of the Interna-

tional Society for Labour and Social Se-

curity Law, o qual foi promovido pela

Organização Internacional do Trabalho

(OIT) e realizado no Centro de Treina-

mento da OIT em Turim, Itália, em 2018.

N

Page 9: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

Aulas abordam aspectos gerais da segurança e saúde no trabalho, agentes

físicos e gestão de riscos de acidentes

Fundacentro dá formação em SST para cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras

Cidades de SP terão inédito fornecimento de gás de bagaço

de cana-de-açúcar

Página 09/12 - Norminha - Nº 521 - 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 521 - 30/05/2019 - Fim da Página 09/12

dente da Cocal, Paulo Zanetti, "a de-

manda por biogás tem aumentado sig-

nificativamente".

"Identificamos uma tecnologia capaz

de garantir a produção por 12 meses.

Não apenas no período da safra", afirma

o executivo.

Segundo ele, a usina de Narandiba

terá capacidade de oferecer até 67 mil

metros cúbicos de biometano por dia.

A demanda desses dois municípios,

por enquanto, é de 12,5 mil metros cú-

bicos, segundo estimativas da GasBra-

siliano.

O governo paulista já regulamentou,

por meio da Secretaria de Estado de

Meio Ambiente, a distribuição de bio-

metano na rede de gás canalizado nos

municípios paulistas, de acordo com o

secretário de Infraestrutura e Meio Am-

biente, Marcos Penido.

"A Arsesp [agência reguladora de

saneamento e energia do estado de São

Paulo] elaborou em 2017 a deliberação

nº 744 para a distribuição de biometano

na rede de gás canalizado", disse o di-

retor-presidente da agência, Hélio Cas-

tro.

A ANP (Agência Nacional de Petró-

leo, Gás Natural e Biocombustíveis) já

hávia regulamentado o uso do biome-

tano em janeiro de 2015.

A queima do poluente metano, que

minimizaria as emissões de gases es-

tufa na atmosfera, é considerada por

pesquisadores e o mercado uma alter-

nativa econômica e ecologicamente

correta para incrementar e diversificar a

matriz energética nacional. N

Fonte: Folha de São Paulo

Texto extraído do boletim SCA

Cleiton Faria Lima

Norminha Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg

Os servidores da Fundacentro - Cleiton

Faria Lima, Irlon de Ângelo da Cunha e

Rogério Galvão – deram aulas de Segu-

rança e Saúde no Trabalho – SST para

os cadetes do bacharelado em Ciências

Militares, no curso de Material Bélico,

no dia 15 de maio. As aulas foram mi-

nistradas na Academia Militar das Agu-

lhas Negras – Aman, em Resende/RJ.

Os futuros oficiais serão responsá-

veis pelo comando de materiais béli-

cos, fazendo armazenamento e manu-

tenção de armamentos, equipamentos e

veículos. Para realizar as atividades de

rotina, é importante que possuam co-

nhecimentos em SST para prevenir a-

cidentes e doenças relacionadas ao tra-

balho.

O educador e técnico da Fundacen-

tro, Cleiton Faria Lima, realizou a aula

“Introdução a Segurança e Saúde Ocu-

pacional”, em que mostrou como deve

Irlon de Ângelo da Cunha

ser a avaliação de riscos, a partir de um

olhar voltado para a realidade do tra-

balho militar. Foram discutidos aciden-

tes com choque elétricos, trabalho em

altura, queda de materiais, movimenta-

ção manual de carga, segurança com

máquinas e equipamentos, proteção

coletiva e produtos químicos.

O engenheiro e tecnologista da insti-

tuição, Irlon de Ângelo da Cunha, abor-

dou o tema “Agentes Físicos: Ruído,

Calor e Vibração”. Assim fez uma intro-

dução sobre Higiene Ocupacional, a-

bordando aspectos para reconhecimen-

to, avaliação e controle desses agentes.

Um dos aspectos citado foi a expo-

sição ao ruído de impacto e impulsivo,

presente na utilização de armamentos

militares. Irlon mostrou as limitações e

cuidados no uso de protetores auditivos

a fim de evitar prejuízos à audição.

Já a aula “Gestão de Riscos de Aci-

dentes” foi ministrada por Rogério Gal-

vão, que também é engenheiro e tecno-

Rogério Galvão

tlogista da Fundacentro. O professor

destacou as peculiaridades do proces-

so de gestão, especialmente a identifi-

cação, análise, avaliação e o tratamento

de riscos, conforme preconizado pela

NBR ISO 31000:2018.

“Foram também mencionadas as

técnicas para o processo de avaliação

de riscos constantes na NBR ISO/IEC

31010, sendo realizado um exercício

prático na oficina de material bélico

com a aplicação de um modelo simpli-

ficado de Análise Preliminar de Perigos

– APP pelos alunos para fixação dos

conteúdos apresentados”, explica Gal-

vão.

N

Norminha

Pela primeira vez no Brasil, cidades

serão abastecidas por biometano gera-

do a partir de sobra da cana-de-açúcar

que produz açúcar e etanol.

Presidente Prudente (560 km a oeste

da capital paulista) e a vizinha Pirapo-

zinho, com seus 230 mil habitantes, de-

vem contar até o segundo semestre do

ano que vem com o biocombustível ho-

je 45% mais barato do que o que se

abastece por lá carros e caminhões.

Distantes a quase 200 km do gaso-

duto que traz gás natural da Bolívia e

corta o estado de São Paulo, a região,

já próxima ao Pontal do Paranapanema,

receberá um investimento na casa dos

R$ 160 milhões.

O combustível será produzido na

unidade de Narandiba (60 km ao sul de

Presidente Prudente) da usina Cocal,

que promete investir R$ 130 milhões no

projeto.

Os R$ 30 milhões restantes ficarão

com a GasBrasiliano, subsidiária para o

governo paulista na distribuição de gás

em diversas cidades do estado.

O biometano será produzido por

meio da biodigestão do bagaço, da vi-

nhaça e da palha da cana.

Após o processo, o gás chegará por

tubulações, que serão viabilizadas de

acordo com a demanda dos consumi-

dores das cidades.

A GasBrasiliano deve construir cer-

ca de 65 km de rede de distribuição.

"O projeto viabiliza a chegada do gás

a novos municípios a partir de uma no-

va fonte de suprimento", afirma o dire-

tor-presidente da empresa, Walter Fer-

nando Piazza Júnior.

De acordo com o diretor-superinten

Page 10: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

O teletrabalho e a responsabilidade do empregador em casos de acidente de trabalho

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Norminha (Paginas 10/12; 11/12 e 12/12)

O objetivo deste estudo é ampliar

as discussões existentes sobre a temá-

tica do teletrabalho no Brasil, abordan-

do algumas de suas particularidades e

tratando especialmente do ônus da pro-

va em casos de acidente de trabalho

nessa modalidade de contratação de

mão-de-obra. Regulamentado por meio

da inserção do Capítulo II-A à CLT, o

teletrabalho possui uma sistemática di-

ferenciada, que requer atenção ante às

suas especificidades e exige uma maior

regulamentação por parte do legislador,

especialmente no tocante ao instituto

do acidente de trabalho. O sistema de

home office não isenta o contratante da

responsabilidade indenizatória em ca-

sos de acidente de trabalho ou até mes-

mo nas situações em que restar confi-

gurada a doença ocupacional do con-

tratado, mas ainda assim há possibili-

dade de se questionar judicialmente a

responsabilidade atribuída ao contra-

tante ante à ausência de regulamenta-

ção expressa sobre o assunto. Nesse

sentido, aborda-se aqui a necessidade

de regulamentação deste sistema con-

tratual de trabalho, de modo a propor-

cionar maiores esclarecimentos para a

categoria econômica e empregada, tra-

zendo segurança jurídica às relações e

atendendo aos interesses de ambas as

partes integrantes da relação emprega-

tícia.

INTRODUÇÃO

O presente estudo busca ampliar as

discussões acerca da temática do tele-

trabalho, expondo as consequências

decorrentes da sua implementação às

atividades mercantis pela Lei nº 13.

467/17, especialmente no tocante à

possibilidade de atribuição de respon-

sabilidade ao empregador nos casos de

acidente de trabalho.

O primeiro tópico, intitulado “O Te-

letrabalho”, apresenta uma breve evolu-

ção do teletrabalho no Brasil, esclare-

cendo as particularidades dessa moda-

lidade de contratação de mão-de-obra.

Também são tecidos comentários à

mudança provocada pela Lei nº 13.

467/17 à Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT).

O segundo tópico, denominado “O

Teletrabalho e o Acidente de Trabalho”,

trata do instituto do acidente do traba-

lho e das suas implicações no contrato

de trabalho. Mostra, principalmente, as

dúvidas decorrentes do vácuo legisla-

tivo relativo à regulamentação da res-

ponsabilidade civil do empregador em

casos de acidente de trabalho no traba-

lho remoto.

A pesquisa realizada tenta identificar

os multifacetados aspectos que envol-

vem o teletrabalho e analisar as conse-

quências e questionamentos advindos

da sua expressa formalização pela CLT.

Para o seu desenvolvimento, foi uti-

lizada a vertente metodológica jurídico-

sociológica, pois o exame da matéria e

de todos os seus efeitos práticos na vi-

da do trabalhador envolveu análises

doutrinárias, principiológicas e princi-

palmente jurídicas.

As explanações aqui feitas visam

mostrar que o teletrabalho possui uma

sistemática diferenciada, que requer a-

tenção ante às suas especificidades e

uma maior regulamentação por parte do

legislador, especialmente no tocante à

figura do acidente de trabalho, de modo

a trazer uma maior segurança jurídica

aos envolvidos no momento da celebra-

ção deste tipo de contrato.

1 O TELETRABALHO

1.1 Conceito e legislação aplicável

O teletrabalho, também conhecido

como trabalho remoto ou home office,

advém da globalização, do avanço das

tecnologias de informação e da conse-

quente necessidade de adaptação, tanto

do empregado quanto do empregador,

às novas formas de organização da ca-

deira produtiva mercantil. Neste contex-

to, o teletrabalho pode ser definido co-

mo uma espécie do gênero trabalho à

distância, no qual a prestação de servi-

ços pelo empregado se dá preponde-

rantemente fora da sede da empresa,

por meio da utilização de computadores

e outros meios eletrônicos de comuni-

cação.

Manuel Martín Pino Estrada, um dos

coordenadores do livro “Teletrabalho”,

define o conceito do trabalho à distân-

cia como:

Segundo o autor do presente traba-

lho, o teletrabalho é aquele realizado

com ou sem subordinação por meio do

uso de antigas e novas formas de tele-

comunicação em virtude de uma rela-

ção de trabalho, permitindo a sua exe-

cução à distância, prescindindo a pre-

sença física do trabalhador em lugar es-

pecífico de trabalho. (2017, p. 11)

Carlos Henrique Bezerra Leite, em

sua obra intitulada “Curso de Direito do

Trabalho”, delineia o teletrabalho da se-

guinte maneira:

O teletrabalho é uma espécie de tra-

balho a distância, e não de trabalho em

domicílio. A razão é simples: o teletra-

balho não se limita ao domicílio, po-

dendo ser prestado em qualquer lugar.

Na verdade, o teletrabalho ocorre em

ambiente virtual e, como tal, é situado

no espaço, não se alterando, portanto, a

definição de localidade que, no Direito

do Trabalho, é estabelecida segundo a

eficácia da lei trabalhista no espaço.

(2018, p. 198)

Em linhas gerais, é possível dizer

que o teletrabalho é uma modalidade

empregatícia na qual o empregado

presta seus serviços em local diverso

de onde a empresa está situada, sendo

elemento essencial deste tipo de labor o

uso de instrumentos telemáticos e in-

formatizados. Fruto da revolução tecno-

lógica, o trabalho remoto flexibiliza o

conceito de subordinação jurídica das

relações de emprego na medida em que

promove uma maior autonomia para o

empregado prestar o seu serviço, dis-

pensando a sua presença física diária

no espaço empresarial.

O amparo legal do teletrabalho, an-

tes da publicação da Lei nº 13.467/17,

estava no artigo 6º da Consolidação das

Leis do Trabalho (CLT), que foi alterado

em 2011 pela Lei nº 12.551 para equi-

parar o trabalho realizado no estabeleci-

mento do empregador ao trabalho rea-

lizado no domicílio do empregado. Com

a publicação da referida lei, que pro-

moveu a chamada “Reforma Trabalhis-

ta”, o ordenamento trabalhista brasilei-

ro passou a prever, de maneira expres-

sa, alguns regramentos e implicações

decorrentes da adoção do trabalho re-

moto pelas empresas brasileiras:

CAPÍTULO II-A

DO TELETRABALHO

Art. 75-A. A prestação de serviços

pelo empregado em regime de teletra-

balho observará o disposto neste Capí-

tulo.

Art. 75-B. Considera-se teletrabalho

a prestação de serviços preponderante-

mente fora das dependências do em-

pregador, com a utilização de tecnolo-

gias de informação e de comunicação

que, por sua natureza, não se consti-

tuam como trabalho externo. Parágrafo

único. O comparecimento às depen-

dências do empregador para a realiza-

ção de atividades específicas que exi-

jam a presença do empregado no esta-

belecimento não descaracteriza o regi-

me de teletrabalho.

Art. 75-C. A prestação de serviços

na modalidade de teletrabalho deverá

constar expressamente do contrato in-

dividual de trabalho, que especificará

as atividades que serão realizadas pelo

empregado.

§ 1o Poderá ser realizada a alteração

entre regime presencial e de teletraba-

lho desde que haja mútuo acordo entre

as partes, registrado em aditivo contra-

tual.

§ 2o Poderá ser realizada a alteração

do regime de teletrabalho para o pre-

sencial por determinação do emprega-

dor, garantido prazo de transição míni-

mo de quinze dias, com correspondente

registro em aditivo contratual.

Art. 75-D. As disposições relativas à

responsabilidade pela aquisição, ma-

nutenção ou fornecimento dos equipa-

mentos tecnológicos e da infraestrutura

necessária e adequada à prestação do

trabalho remoto, bem como ao reem-

bolso de despesas arcadas pelo empre-

gado, serão previstas em contrato es-

crito.

Parágrafo único. As utilidades men-

cionadas no caput deste artigo não in-

tegram a remuneração do empregado.

Art. 75-E. O empregador deverá instruir

os empregados, de maneira expressa e

ostensiva, quanto às precauções a to-

mar a fim de evitar doenças e acidentes

de trabalho.

Parágrafo único. O empregado de-

verá assinar termo de responsabilidade

comprometendo-se a seguir as instru-

ções fornecidas pelo empregador.

(BRASIL, 1943)

Como se vê, o artigo 75-B estabele-

ceu que a atividade prestada pelo tele-

trabalhador deve ser preponderante-

mente fora das dependências do em-

pregador, não havendo impedimento pa

ra que o labor se dê, eventualmente,

dentro do estabelecimento empresarial.

Ficou prevista também, nos termos do

artigo 75-C, a obrigatoriedade de for-

malização do contrato de trabalho, bem

como a necessária especificação das a-

tividades exercidas pelo teletrabalha-

dor.

Os artigos 75-D e 75-E, por conse-

guinte, regularam as responsabilidades

do empregador nessa modalidade de

contratação. Segundo as redações su-

pratranscritas, cabe ao contratante for-

necer e arcar com os custos dos equi-

pamentos necessários à prestação de

serviços, além de instruir o empregado

sobre todas as precauções a serem to-

madas a fim de evitar doenças e aciden-

tes de trabalho.

A Lei nº 13.467/17 também inseriu o

inciso III ao artigo 62 da CLT, prevendo

que ao regime de teletrabalho não se

aplicam as regras referentes à duração

de trabalho. Desse modo, os teletraba-

lhadores não estão sujeitos a controle

de jornada e, por conseguinte, difícil-

mente são remunerados pela prestação

de labor extraordinário ou supressão de

intervalos inter ou intrajornada.

A Reforma Trabalhista também trou-

xe a possibilidade de relativização das

normas trabalhistas por meio de Acordo

ou Convenção Coletiva de Trabalho.

Assim, a inserção do art. 611-A, com

destaque para os incisos VIII e IX, que

se aplicam ao teletrabalho, tornou viá-

vel a estipulação de regramento dife-

rente ao disposto na CLT, desde que

seja mediante ajuste coletivo.

1.2 Diferenças entre o teletrabalha-

dor e o trabalhador autônomo

Apesar de serem modalidades de

contratação bem diferentes, ainda pai-

ram dúvidas sobre a diferenciação entre

as figuras do teletrabalhador e do tra-

balhador autônomo.

O teletrabalho, como já foi dito, é

uma espécie do gênero trabalho à dis-

tância e, por ser uma relação de em-

prego, exige o cumprimento dos requi-

sitos fático-jurídicos previstos no artigo

3º da CLT, que são a pessoalidade, a o-

nerosidade, a subordinação e a habitua-

lidade na prestação de serviços.

Já o trabalhador autônomo é aquele

que não possui vínculo empregatício

diretamente com o patrão, haja vista o

labor de forma não subordinada. Isso

quer dizer que ainda que os serviços

sejam prestados de forma pessoal, one-

rosa e habitual, a relação havida entre

as partes não será tutelada pelo Direito

do Trabalho ante à ausência do pressu-

posto da subordinação, previsto no art.

3º da CLT.

A jurisprudência do Tribunal Regio-

nal do Trabalho da 3º Região também é

clara ao diferenciar os institutos do tra-

balho remoto e do trabalho autônomo.

Veja-se:

EMENTA: RELAÇÃO DE EMPREGO.

TRABALHO EM DOMICÍLIO. ART. 6º

DA CLT. O trabalho realizado em domi-

cílio, por si só, não compromete os re-

quisitos da pessoalidade, habitualida-

de, subordinação e não caracteriza a as-

sunção dos riscos da atividade.

(RO 0010933-06.2016.5.03.0182,

Relator Desembargador Manoel Barbo-

sa da Silva, Órgão Julgador: Quinta

Turma, DEJT: 08/11/2017)

EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO.

VÍNCULO EMPREGATÍCIO X REPRE-

SENTAÇÃO COMERCIAL. A linha divi-

sória entre o contrato de emprego e o

da representação comercial é bastante

tênue. Entretanto, verificado que o tra-

balhador está inserido no contexto da

dinâmica da empregadora, bem como

comprovada a existência de subordina-

ção jurídica entre as partes, traço mar-

cante e distintivo da relação de empre-

go, deve esta ser confirmada.

(RO 0010543-19.2017.5.03.0047,

Relator Desembargadora Rosemary de

O.Pires, Órgão Julgador: Décima Tur-

ma, DEJT: 31/08/2018)

A inserção de novos artigos na CLT

trouxe inúmeras reflexões e questiona-

mentos sobre o trabalho remoto. A se-

guir, será abordada a lacuna legislativa

referente à responsabilidade do empre-

gador em casos de acidente de trabalho

nessa sistemática de contratação.

2 O TELETRABALHO E O ACIDENTE

DE TRABALHO

2.1 O acidente de trabalho e a res-

ponsabilidade do empregador

A Constituição Federal, em seu arti-

go 7º, incisos XXII e XXVIII, bem como

a CLT, em seu artigo 157, dispõem so-

bre a proteção ao meio ambiente de tra-

balho como forma de evitar a ocor-

rência de acidentes na esfera trabalhis-

ta. O art. 19 da Lei nº 8.213/91 também

regula o assunto:

Art. 19 Acidente de trabalho é o que

ocorre pelo exercício do trabalho a ser-

viço da empresa ou pelo exercício do

trabalho dos segurados referidos no

inciso VII do art. 11 desta lei, provo-

cando lesão corporal ou perturbação

funcional que cause a morte ou a perda

Continua na Página 11/12

Page 11: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

do que executa seus serviços preferen-

cialmente à distância com instrumentos

de informática e da telemática. Foi exi-

gida a bilateralidade para transformar o

empregado interno em teletrabalhador,

mas pode ser unilateral a reversão do

trabalho a distância (teletrabalho) para

o trabalho interno, desde que feito com

antecedência de 15 dias. O art. 75-E da

CLT transferiu para o trabalhador a res-

ponsabilidade subjetiva por alguma do-

ença profissional ou acidente de traba-

lho em decorrência do teletrabalho,

desde que o empregado assine termo

de responsabilidade se comprometen-

do a seguir as instruções fornecidas pe-

lo patrão na execução do trabalho. (...)

(2018, p. 62)

Apesar de não haver disposição ex-

pressa no ordenamento jurídico acerca

da responsabilidade civil do emprega-

dor no teletrabalho, o sistema de home

office não isenta o contratante da res-

ponsabilidade indenizatória em casos

de acidente de trabalho ou até mesmo

nas situações em que restar configu-

rada uma doença ocupacional do con-

tratado. Além disso, as redações dos

artigos 154 e 157 da CLT regulam, de

modo claro, a proteção de todos os am-

bientes de trabalho, abrangendo, desse

modo, o labor prestado fora das depen-

dências empresariais, veja-se:

Art. 154 - A observância, em todos

os locais de trabalho, do disposto neste

Capitulo, não desobriga as empresas

do cumprimento de outras disposições

que, com relação à matéria, sejam in-

cluídas em códigos de obras ou regu-

lamentos sanitários dos Estados ou

Municípios em que se situem os res-

pectivos estabelecimentos, bem como

daquelas oriundas de convenções cole-

tivas de trabalho.

Art. 157 - Cabe às empresas: (Reda-

ção dada pela Lei nº 6.514, de 22.

12.1977)

I - cumprir e fazer cumprir as nor-

mas de segurança e medicina do traba-

lho; (Incluído pela Lei nº 6.514, de

22.12.1977)

II - instruir os empregados, através

de ordens de serviço, quanto às precau-

ções a tomar no sentido de evitar aci-

dentes do trabalho ou doenças ocupa-

cionais; (Incluído pela Lei nº 6.514, de

22.12.1977)

III - adotar as medidas que lhes se-

jam determinadas pelo órgão regional

competente; (Incluído pela Lei nº 6.514,

de 22.12.1977)

Continuação da Página 10/12

ou redução, permanente ou temporária,

da capacidade para o trabalho. (BRA-

SIL, 1991)

Uma vez configurado o acidente de

trabalho, o empregado receberá o auxí-

lio-acidentário do Instituto Nacional da

Segurança Social (INSS), independen-

temente de ter concorrido com culpa ou

dolo para a ocorrência do aconteci-

mento danoso. A responsabilidade in-

denizatória do empregador, contudo,

não será automática, sendo aplicável a

estes casos o disposto nos artigos 186

e 927 do Código Civil.

As jurisprudências do TRT da 3ª Re-

gião e do Tribunal Superior do Trabalho

são claras neste sentido:

EMENTA: ACIDENTE DO TRABA-

LHO. DANOS MORAIS E MATERIAIS.

Ao celebrar um contrato de trabalho, o

empregador obriga-se a dar a seu em-

pregado condições plenas de exercer

bem as suas atividades, especialmente

no que toca à segurança na prestação

de suas atividades laborais, sob pena

de se responsabilizar pelas lesões e

prejuízos causados, ex vi do disposto

nos artigos 186 e 927 do Código Civil.

(RO 0010998-91.2016.5.03.0055, Re-

lator Desembargador Jose Eduardo Re-

sende Chaves Jr., Órgão Julgador: Pri-

meira Turma, DEJT: 27/09/2018)

EMENTA: ACIDENTE DO TRABA-

LHO. INDENIZAÇÃO POR DANO MO-

RAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO

EMPREGADOR. CULPA EXCLUSIVA

DA VÍTIMA. EXCLUDENTE DE RES-

PONSABILIDADE. A responsabilidade

do empregador por danos decorrentes

de acidente do trabalho vem tratada no

art. 7º, XXVIII, da Carta Magna, exigin-

do, em regra, a caracterização de dolo

ou culpa. Também o Código Civil, nos

seus artigos 186 e 187, consagra a sub-

jetividade como regra geral, no tocante

à reparação por danos, lastreando-se

na hipótese da ocorrência de culpa. As-

sim, a teoria do risco da atividade eco-

nômica, que implica em responsabili-

dade objetiva, restringe-se a situações

excepcionais, estabelecidas no pará-

grafo único do art. 927 do CCB. Não se

afasta, de plano, a aplicação da hipóte-

se excepcional à situação envolvendo

acidente do trabalho, sendo necessário

entender, especificamente, como seria

essa atividade econômica a atrair, ins-

tantaneamente, a teoria do risco de seu

desenvolvimento. Ocorre que, ainda

que se divise responsabilidade objetiva

em razão de acidente do trabalho, uma

vez constatada a culpa exclusiva da víti-

ma, impossível o reconhecimento da

responsabilidade civil do empregador.

Isso porque a configuração de uma das

hipóteses de excludente da responsabi-

lidade civil tem o condão de afastar o

nexo de causalidade. Recurso de revista

não conhecido.

(RR 1263-04-2011.5.05.0039. Re-

lator Alberto Luiz Bresciani de Fontan

Pereira. Órgão julgador: 3ª Turma. Pu-

blicação DEJT 08/05/2015)

Pelo conteúdo transcrito, é possível

observar que o legislador trabalhista

determinou a necessidade de estabele-

cimento de nexo causal entre o acidente

e a relação empregatícia. Assim, é im-

prescindível que o empregado, no mo-

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mento da ocorrência do fato danoso,

esteja a serviço do empregador ou à sua

disposição, de modo a permitir a vincu-

lação entre o acidente e o labor pres-

tado, sob pena de ficar caracterizada a

culpa exclusiva da vítima, não gerando

qualquer direito à indenização.

Ao explicar a aplicação do disposto

no Código Civil para a determinação da

responsabilidade do empregador, Tei-

xeira Junior esclarece em sua obra que:

Em outras palavras, provocada a

culpa (proveniente de negligência, im-

prudência ou imperícia) ou o dolo (in-

tenção consciente), que ocasione dano

a outra parte, haverá responsabilidade

do agente. Ao contrário, não havendo

ato ilícito (baseado no dolo ou culpa),

inexiste responsabilidade de indenizar

ou reparar o dano. (2011, p. 85)

Nesta perspectiva, a Lei nº 13.

467/17, ao introduzir o regramento re-

lativo ao trabalho remoto, estabeleceu a

responsabilidade do empregador pela

segurança e fiscalização do meio am-

biente utilizado pelo teletrabalhador pa-

ra a prestação de serviços. É certo que

a fiscalização diária é inviável em razão

das características próprias dessa mo-

dalidade de contratação, contudo o fato

de o empregado trabalhar em local di-

verso da sede empresarial não constitui

motivo suficiente para a inobservância

das normas de medicina e segurança do

trabalho. Por isso, o art. 75-E da CLT

estabelece o dever do empregado de as-

sinar um “termo de responsabilidade”,

se comprometendo a cumprir todas as

instruções fornecidas pelo empregador

relativas ao labor e à prevenção de aci-

dentes.

Ocorre que as disposições acerca do

acidente de trabalho no capítulo celetis-

ta referente ao teletrabalho são abstra-

tas, não especificando a real responsa-

bilidade do empregador em casos de e-

ventos danosos. Assim, a ausência de

regulamentação expressa acerca dos

desdobramentos do acidente de traba-

lho faz com que pairem diversos ques-

tionamentos sobre responsabilidade ci-

vil do empregador nessa modalidade de

contratação.

2.2 A responsabilidade do emprega-

dor no acidente de trabalho

Atualmente, muitos empregadores

defendem a ideia de que a redação do

artigo 75-E da CLT os exime de qual-

quer responsabilidade contra eventos

danosos em desfavor do empregado, na

medida em que estabelece unicamente

a obrigação de o contratante instruir e

alertar ostensivamente o contratado das

normas relativas à segurança e medici-

na do trabalho.

Vólia Bomfim Cassar, desembarga-

dora aposentada do Tribunal Regional

do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janei-

ro), compartilha desta corrente, veja-se:

O teletrabalho foi finalmente regula-

mentado e excluído do Capítulo ‘Da Du-

ração do Trabalho’. O legislador enten-

deu que o teletrabalhador é o emprega-

dispositivos necessários para o teletra-

balho: a segurança. Por se tratar de e-

quipamentos que, pela natureza do ser-

viço a ser realizado, utilizarão de cone-

xão via rede mundial de computadores,

a segurança dever ser entendida não

somente como sendo física – risco de

choque elétrico, risco de doenças físi-

cas ou psíquicas – mas também no que

concerne ao ambiente virtual, seja para

a proteção de outros equipamentos do

empregado conectados à rede domésti-

ca e suas conexões particulares, seja

para a segurança da própria rede cor-

porativa e dos demais empregados. Por

tudo que foi exposto, nota-se que mais

uma vez a lei que vem para reformar a

CLT caminhou contra a maré em rela-

ção ao que vem sendo praticado ao re-

dor do mundo. A hipossuficiência do

trabalhador e o poder diretivo do em-

presário acabam por aumentar o dese-

quilíbrio no embate de forças entre em-

pregado e empregador diante da possi-

bilidade de deixar que a questão con-

cernente à responsabilização pelos e-

quipamentos deva ser tratada por meio

de acordo entre as partes. (2017, p.11)

Existem escassas jurisprudências

brasileiras relacionadas ao assunto do

acidente de trabalho no home office.

Transcreve-se, abaixo, uma das poucas

encontradas, na qual a reclamante, que

trabalhava remotamente em sua casa e

realizava eventuais visitas a clientes, re-

quereu a concessão de pensão vitalícia

pela aquisição de LER (Lesão por Esfor-

ço Repetitivo) em serviço. O magistrado

de primeiro grau indeferiu o pedido e

essa decisão foi mantida pelo Tribunal

Regional do Trabalho da 1ª Região, ten-

do-se em vista a ausência de prova de

nexo de causalidade entre a doença ad-

quirida e o labor prestado para a recla-

mada. Veja-se:

RESPONSABILIDADE CIVIL. PEN-

SÃO MENSAL. A pensão mensal vitalí-

cia, de acordo com o art. 950 do Código

Civil, só é devida quando da lesão re-

sultar deficiência capaz de impedir o

trabalhador de exercer o seu oficio, pro-

fissão ou outra equivalente e correlata,

o que não ocorreu nos presentes autos,

haja vista que não foi comprovada a in-

capacidade laboral da reclamante.

(TRT-1 - RO: 001138504201350100

44 RJ, Relator: Alvaro Luiz Carvalho

Moreira, Órgão Julgador: Quarta Tur-

ma, Data de Publicação: 27/02/2017)

Uma vez ocorrido o acidente do te-

letrabalhador, muito se questiona sobre

o ônus de comprovar se o evento da-

noso aconteceu no momento da pres-

tação do labor. Pelas particularidades

dessa espécie contratual, é mais viável

que a prova do fato constitutivo e do ne-

xo causal sejam feitas bem mais facil-

mente pelo obreiro, já que o controle

empresarial acerca da prestação de ser-

viços se faz remotamente, não havendo

como precisar se no momento do aci-

dente, o empregado estava em horário

de trabalho e se estava cumprindo as

regras pré-determinadas pelo contrato.

De todo modo, se ficar comprovado

o descumprimento, pelo empregador,

das suas obrigações primordiais em re-

lação ao contrato de trabalho, bem co-

mo a sua omissão e negligência quanto

Continua na página 12/12

IV - facilitar o exercício da fiscaliza-

ção pela autoridade competente. (In-

cluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

(BRASIL, 1943)

Neste sentido, ainda que a fiscaliza-

ção do ambiente de trabalho no teletra-

balho seja mais dificultosa, ela é neces-

sária na medida em que os trabalha-

dores sujeitos a essa modalidade con-

tratual estão mais propensos a adquirir

lesões decorrentes de movimentos re-

petitivos (LER – Lesão por Esforço Re-

petitivo, DORT – Doença Ortomolecular

Relacionada ao Trabalho), inflamações

na coluna cervical, pescoço, ombro,

braço, mãos e até mesmo a desenvolver

problemas oculares, por exemplo. Isso

porque a prática demonstra que os tra-

balhadores que utilizam de computado-

res e meios de comunicação telemáti-

cos como meio único de trabalho mui-

tas vezes ultrapassam a jornada diária

permitida a fim de atingir a meta empre-

sarial proposta. E, por não haver con-

trole de ponto, os empregados acabam

não usufruindo também do intervalo re-

gular para descanso e alimentação,

causando, consequentemente, gradati-

vas lesões à sua saúde física e psíquica.

Seguindo esta mesma linha de ra-

ciocínio, Maurício Godinho Delgado

explica:

De fato, em várias situações de tele-

trabalho mostra-se difícil enxergar con-

trole estrito da duração do trabalho, em

face da ampla liberdade que o empre-

gado ostenta, longe das vistas de seu

empregador, quanto à escolha dos me-

lhores horários para cumprir os seus

misteres provenientes do contrato em-

pregatício. (2017, p. 168)

É importante frisar que, em se tra-

tando de trabalho à distância, é também

maior a probabilidade da exposição do

trabalhador a temperaturas inadequa-

das, ruídos, padrões ergonômicos ina-

dequados, além de haver também um

risco maior de ocorrência de choques

elétricos pela utilização errônea dos e-

quipamentos eletrônicos e digitais. Por

isso, a realização de vistorias pré-de-

terminadas ao local de trabalho do

contratado, bem como a exigência de

exames periódicos pelas empresas são

uma boa forma de se evitar danos fu-

turos.

Ricardo Betiatto, em seu artigo “Te-

letrabalho: A Reforma Trabalhista em

contraponto com as perspectivas Euro-

peia e Italiana” tece importante observa-

ção sobre o assunto:

Três importantes situações podem

ser identificadas na legislação italiana e

que não estão previstas no capítulo da

reforma trabalhista que trata do teletra-

balho. (...) O terceiro ponto é uma

consequência do ônus do empregador

em garantir o bom funcionamento dos

Page 12: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO Norminha · 2019-05-29 · em vibração ocupacional Giulia Mezo-ni, a prevenção a esse agente ainda é negligenciada e gera dúvidas, princi-palmente

dobramentos, especialmente no tocante

à redação do art. 75-E do texto celetista

e à possibilidade de imputação de res-

ponsabilidade ao empregador em casos

de acidente de trabalho. Como foi rela-

tado, a redação do art. 75-E abriu mar-

gem para diversas interpretações e,

com isso, muitos questionamentos sur-

giram.

Nesta perspectiva, ainda existem

muitos receios quanto a adoção do te-

letrabalho no mercado empresarial, e

parte dessas dúvidas pairam sobre a

ausência de uma regulamentação espe-

cífica acerca do acidente de trabalho no

teletrabalho. Além disso, por haver

pouca jurisprudência sobre o assunto,

muito se questiona sobre o ônus do

empregador em arcar com eventuais

danos morais, materiais ou estéticos

sofridos pelo empregado no momento

do seu labor remoto.

Nesse sentido, há urgente necessi-

dade de regulamentação deste sistema

contratual de trabalho, tendo-se em vis-

ta o avanço das tecnologias e a neces-

sidade de as empresas se adaptarem ao

novo contexto de mercado. Uma maior

disposição sobre a sistemática do tele-

trabalho em regulamentos internos e a-

justes coletivos também proporcionará

maiores esclarecimentos para a catego-

ria econômica e empregada e facilitará,

por consequência, a adoção dessa mo-

dalidade contratual. Dessa forma, uma

vez conquistada a segurança jurídica

em relação ao teletrabalho, a sua ex-

pansão caminhará juntamente com a

modernização e atenderá aos interesses

de ambas as partes integrantes da rela-

ção empregatícia. N

Camila Duarte, Advogada

Continuação da Página 11/12

aos cuidados com o meio ambiente la-

boral e a saúde de seu empregado, é in-

discutível a sua culpa e a sua contribui-

ção para o evento danoso, respondendo

objetivamente pelo dano apurado. Nes-

tes casos, é plenamente cabível a sua

responsabilização pela indenização por

danos morais, materiais e/ou estéticos,

a depender da gravidade e das conse-

quências do evento danoso.

Como se vê, a ausência de uma re-

gulamentação ampla quanto ao teletra-

balho e as suas especificidades gera

muitas dúvidas, questionamentos, po-

lêmicas e incertezas quanto à aplicação

prática dessa modalidade de contrata-

ção. Apesar de ser a tendência mundial,

ante as grandes vantagens que traz para

o trabalhador, que não perde tanto

tempo no trânsito e tem a oportunidade

de ter mais contato com a família, e para

o empregador, que reduz custos ope-

racionais e aumenta sua receita a curto

prazo, o teletrabalho ainda precisa de

uma tutela jurídica mais abrangente e

específica para se expandir e consolidar

no mercado brasileiro.

Neste sentido, a criação de regras

mais abrangentes, que tratem das espe-

cificidades relacionadas ao teletraba-

lho, dos seus desdobramentos e das

posturas contratuais e extracontratuais

a serem adotadas pelas partes se faz ne-

cessária, principalmente por ainda não

haver jurisprudência dominante sobre o

tema. Isso porque a harmonia na rela-

ção entre as partes advirá da criação de

normas esclarecedoras, de regulamen-

tos internos e de ajustes coletivos que

regulem os direitos e deveres do em-

pregador e do teletrabalhador, as suas

Empregados das empresas Arenales e Clinica Med-Rad são treinados

para atendimento de emergência

As empresas são de Presidente Prudente (SP) e os treinamentos foram

aplicados pelo TST Nilson Flausino Dias da TacSeg

responsabilidades – objetivas e subje-

tivas - perante o contrato firmado, e evi-

tará, por consequência, o surgimento

de situações conflitantes que precisa-

rão ser resolvidas mediante o ajuiza-

mento de ação na Justiça do Trabalho.

CONCLUSÃO

A presente pesquisa se propôs a a-

presentar as nuances que envolvem o

teletrabalho, os questionamentos de-

correntes da sua regulamentação frente

à CLT, além de iniciar um debate sobre

a responsabilidade do empregador em

casos de acidente de trabalho nesta mo-

dalidade contratual.

Como foi amplamente demonstrado,

o trabalho remoto, fruto da globalização

e da modernização dos meios de comu-

nicação, é um sistema de contratação

que tende a se expandir no mercado

produtivo por gerar benefícios e muita

praticidade tanto ao empregado, quanto

para o empregador. Em relação ao em-

pregado, ele possibilita uma otimização

do tempo, não havendo mais a neces-

sidade de se perder horas no trânsito no

deslocamento até a empresa, além de

permitir que o labor seja prestado quan-

do melhor convir para o obreiro, desde

que a meta seja cumprida no prazo esta-

belecido pelo contratante. Para o em-

pregador, a adoção do teletrabalho re-

duzirá os custos operacionais e com in-

fraestrutura e, com isso, será possível

utilizar-se da economia gerada para in-

vestir ainda mais no planejamento e no

desenvolvimento empresarial frente ao

mercado atual.

Entretanto, as alterações trazidas pe-

la Lei nº 13.467/17 à CLT em relação ao

trabalho remoto levantam dúvidas

quanto às suas particularidades e des-

Página 12/12 - Norminha - Nº 521 - 30/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 521 - 30/05/2019 - Fim da Página 12/12

Norminha

Empregados das empresas Arenales e

da Clinica Médica “Med-Rad” de Presi-

dente Prudente (SP) passaram por trei-

namentos específicos para atuarem co-

mo brigadistas de emergência.

No treinamento foram aplicadas au-

las teóricas e praticas na prevenção e

combate a incêndio e atendimento de

emergência às vítimas.

Foram usados recursos das próprias

empresas, como rede de hidrantes, ex-

tintores e outros materiais que estão

disponíveis para o atendimento de e-

mergência.

Todas as atividades e simulações

que foram aplicadas nos treinamentos

foram desenvolvidas pelo Bombeiro da

reserva e Técnico de Segurança do Tr-

abalho da TacSeg, Nilson Flausino

Dias, a qual prestas serviços a várias

empresas daquela região do interior

palista.

Norminha Por Fundacentro/ACS-Alexandra Rinaldi

Os alunos do Instituto Federal de Goiás

estiveram na sede da Fundacentro

(Centro Regional do Distrito Federal),

em 13 de maio, data em que participa-

ram de diversas atividades sobre pre-

venção de acidentes e cultura de pre-

venção.

A ida dos 14 estudantes, acompa-

nhados do professor do curso de Enge-

nharia Civil do Instituto Federal de Goi-

ás - Campus Goiânia, Humberto Rodri-

gues Mariano, faz parte do “Projeto SST

na Educação Básica, Profissional e Edu

cação de Jovens e Adolescentes”, coor-

denado pelo tecnologista e servidor da

Fundacentro, Luiz Augusto Damasceno

Brasil.

As atividades que foram conduzidas

nos períodos matutino e vespertino

contaram com aulas, painel de debates,

exibição de filmes, mostra de aplicati-

vos de SST e equipamentos de avalia-

ção ambiental.

De acordo com o coordenador Luiz

Brasil, estudantes e professor avaliaram

os conteúdos, a didática utilizada e cla-

reza das exposições como ótimos.

Também parabenizaram a iniciativa da

Fundacentro e o acolhimento do chefe

do Centro Regional do Distrito Federal,

Dionisio Leone Lamera, do coordena-

dor da atividade, Luiz Augusto Damas-

ceno Brasil e dos servidores, Marcos

Fraga e Itamar de Almeida Leandro.

A parceria entre a Fundacentro e o

Instituto Federal de Goiás, Campus

Goiânia foi firmada em 2011, com o iní-

cio do projeto SST na Educação Básica,

Profissional e EJA (Educação de Jovens

e Adultos), que vem sendo executado

com a metodologia de atividades extra-

classes, onde os alunos, professores e

coordenadores participam das ativida-

des fora da escola, no ambiente de en-

sino da Fundacentro, com o menor ní-

vel possível de dispersão.

As atividades extraclasses do proje-

to SST na Educação Básica, Profissio-

nal e EJA são inovadoras e indutoras

para difusão de dados, informações e

conhecimentos voltados à semeadura e

consolidação de uma cultura de pre-

venção de acidentes e doenças ocupa-

cionais no Brasil. N

Alunos do Instituto Federal de Goiás participam de atividades na Fundacentro

Parceria entre Fundacentro e Instituto Federal de Goiás, Campus

Goiânia teve início em 2011