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GOIÁS INDUSTRIAL GANHANDO NESTE JOGO, TODOS SAEM INVESTIMENTOS EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA TRAZEM CUSTOS MAIS BAIXOS PARA A INDÚSTRIA, AMPLIANDO SUA COMPETITIVIDADE. E PODEM AJUDAR A EVITAR NOVO APAGÃO ENTREVIST A Ana Carla Abrão Costa aponta riscos e possibilidades para a economia em 2008 ANO 55 # 221 mar 2008 Revista do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Goiás

Revista do Sistema Federação das Indústrias do Estado de ... · Farmacêuticas no Estado de Goiás Presidente: Ivan da Glória Teixeira SIMEA Sindicato das Indústrias Metalúrgicas,

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GOIÁSINDUSTRIAL

GANHANDONESTE JOGO, TODOS SAEM

INVESTIMENTOS EM EFICIÊNCIAENERGÉTICA TRAZEM CUSTOS MAIS BAIXOS PARA A INDÚSTRIA, AMPLIANDO SUACOMPETITIVIDADE. E PODEM AJUDAR A EVITAR NOVO APAGÃO

ENTREVISTAAna Carla Abrão Costa aponta riscos epossibilidades para a economia em 2008

ANO 55

# 221mar 2008

Revista do Sistema Federação dasIndústrias do Estado de Goiás

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3GOIÁS INDUSTRIAL

indústrias." Esta foi ajustificativa de seu editorial deapresentação.

Decorrido mais demeio século, a GGooiiáássIInndduussttrriiaall está consagradacomo a mais antigapublicação na área deeconomia no Estado, decirculação ininterrupta, com informações eanálises de atividades não apenas daindústria mas também de outros setoresprodutivos. Sua distribuição alcança todo oSistema Confederação Nacional daIndústria, nas 27 unidades federativas,entidades empresariais diversas, empresasde Goiás e fora dele, embaixadas,universidades, bibliotecas, órgãos públicos,instituições financeiras e culturais e veículosde comunicação social.

Como na dinâmica da vida, arenovação é uma regra permanente, aGGooiiááss IInndduussttrriiaall nunca esteve pronta eacabada e, hoje, inicia nova fase,adaptando-se à evolução de umjornalismo cada vez mais exigente eminucioso.

A missão de renovar a revista,confiada a empresa especializada,resultou em um layoutcontemporâneo, que acompanha astendências verificadas nas principaispublicações empresariais do País epossibilita leitura fácil e dinâmica das

Paulo Afonso [email protected]

Quando a revista GGooiiááss IInndduussttrriiaallcirculou pela primeira vez,Getúlio Vargas era o presidente

da República, Pedro Ludovico Teixeira, ogovernador de Goiás, e o professorVenerando de Freitas Borges, o prefeito deGoiânia - todos eles, por coincidência, pelasegunda vez. Rudimentar, em todos ossentidos, era a indústria de Goiás, entãoconsiderado um Estado essencialmenteagropastoril.

Hoje, a difícil tarefa de escrever ahistória da industrialização goiana fica maisfácil consultando a coleção da GGooiiáássIInndduussttrriiaall, documento vivo dos últimos 54anos desse processo gerador deprosperidade e bem-estar social. Suaedição número 1 foi lançada em junho de1953, como "órgão oficial da Federação dasIndústrias do Estado de Goiás", exatamenteum mês após a instalação da entidade.

"Não seria cabível num Estado comoeste, onde o progresso desafia as maisavançadas previsões, estivessem osindustriais sem um veículo para levar aoutras paragens o noticiário do semprecontínuo desenvolvimento goiano.Especialmente na atual conjuntura, quandoGoiás é focalizado intensamente, sendoapontado como berço para acolher a futuracapital federal, mais ainda se evidencia aimperiosa necessidade de projetarmos láfora o nosso parque industrial e as nossaspossibilidades para receber novas

Renovar é preciso

palavra do presidente

notícias de conjunturaeconômica, em geralde apresentação árida,explicações

desinteressantes ecompreensão difícil.

Não se trata, noentanto, de amenizaros conteúdos, mas de

oferecê-los de forma a atrair sempre mais aatenção do leitor, neles encontrando assuntosque influenciam o dia-a-dia das indústrias, bemcomo relacionados às ações da Federação dasIndústrias do Estado de Goiás, dos sindicatosque o integram, do Sesi, do Senai, do IEL e doICQ Brasil, que constituem o Sistema Fieg.

Renovar é preciso, mas preservando osvalores tradicionais e essenciais de umapublicação que sempre cumpriu sua missão,convivendo com o sucesso.

GOIÁSINDUSTRIAL

METAMORFOSE

PARA MANTER O DINAMISMOO CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA EM GOIÁS

ACONTECE AO MESMO TEMPO EM QUE MELHORA

A DISTRIBUIÇÃO DA RENDA E CAI O TOTAL

DE PESSOAS ABAIXO DA LINHA DE POBREZA

ENTREVISTAMeirelles fala sobredesenvolvimento do setor

ANO 38# 219jan 2008

Revista do Sistema Federação dasIndústrias do Estado de Goiás

Layout embrião de estudos dasmudanças promovidas na GoiásIndustrial: evolução gráfica e editorial

A GGooiiááss IInndduussttrriiaall está consagrada como a maisantiga publicação na área de economia no Estado

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4 GOIÁS INDUSTRIAL

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E LUCROS12 Como o País (e a indústria) pode evitar um desperdício anual que consomeaté R$ 10 bilhões por ano

índice

INVESTIMENTOS À VISTA21 Sondagem da Fieg mostraque 88,5% dos empresáriospretendem continuar investindo

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5GOIÁS INDUSTRIAL

PARA EXECUTIVOS31 Capacitação abrenovos horizontes paraempresários e diretoresde indústrias

EM RITMOACELERADO24 Com a criação de maisde 11 mil empregos emjaneiro, Goiás anotasegundo melhordesempenho no País

COMEMORAÇÃO32 IEL completa 38 anos detrabalhos prestados àindústria com novos desafiose compromissos para ofuturo

ANTES DO EMBARGO25 Exportações mais quedobraram no começo doano, especialmente porcausa do avanço nas vendasde carnes ao exterior. Omilho (foto) foi outrodestaque.

ENTREVISTA10 A economista Ana Carla Abrão Costaanalisa a crise nos EUA e fala sobre oque esperar para a economia em 2008

TUBERCULOSE36 Sesi realiza campamhapara prevenir e controlar adoença entre trabalhadoresda indústria

INTEGRAÇÃO33 Sesi e Senai passam a desenvolverprojeto pedagógico que integra ensinomédio e educação profissional

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DDiirreeççããoo José Eduardo de Andrade Neto

CCoooorrddeennaaççããoo ddee jjoorrnnaalliissmmoo

Joelma Pinheiro

EEddiiççããooLauro Veiga Filho

SSuubbeeddiittoorrDehovan Lima

RReeppoorrttaaggeemmAndelaide Pereira, Célia Oliveira,

Geraldo Neto, Débora MariaOrsida, Divina Rosa, Jávier

Godinho, Dorothy Menezes,Fernanda Guirra, Heloísa Lima e

Naiara Gonçalves

CCooll aabboorraaççããooWelington da Silva Vieira

FFoottooggrraaffiiaa::

Sílvio Simões

PPrroojjee ttoo ggrrááff iiccooWesley Cesar

DDii aaggrraammaaççããoo ee pprroodduuççããooClarim Comunicação e Marketing

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Ludovico, 74823-190 - Goiânia-GO

(62) [email protected]

FFoottoollii ttoo

Oficina de Arte

IImmpprreessssããooGráfica Kelps (Asa Editora)

As opiniões contidas em artigos assinados são de

responsabilidade de seus autorese não refletem necessariamente a

opinião da revista

GOIASINDUSTRIALSistema FIEG Conselhos Temáticos

Federação das Indústrias do Estado de Goiás

PresidentePaulo Afonso Ferreira

Av. Araguaia, nº 1.544, Ed. AlbanoFranco, Casa da Indústria - Vila NovaCEP 74645-070 - Goiânia-GOFone (62) 3219-1300Fax (62) 3229-2975

Home page:www.sistemafieg.org.br

[email protected]

NÚCLEO REGIONAL DA FIEG EM ANÁPOLIS

Presidente: Waldyr O’Dwyer

Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A,Bairro Jundiaí, CEP 75113-630,Anápolis-GOFone/Fax (62) 3324-5768 / 3311-5565

E-mail:[email protected]

SESIServiço Social da Indústria

Diretor Regional:Paulo Afonso Ferreira

Superintendente:Paulo Vargas

IELInstituto Euvaldo LodiDiretor Regional: Daniel VianaSuperintendente: Paulo GalenoParanhos

SENAIServiço Nacional de AprendizagemIndustrialDiretor Regional: Paulo Vargas

ICQ BRASILInstituto de Certificação Qualidade BrasilDiretor Regional: Daniel VianaSuperintendente: Paulo GalenoParanhos

Diretoria da FIEG

PresidentePaulo Afonso Ferreira

1º vice-presidentePedro Alves de Oliveira

2º vice-presidenteWilson de Oliveira

3º vice-presidenteIvan da Glória Teixeira

1º secretárioHélio Naves

2º secretárioLuiz Gonzaga de Almeida

1º tesoureiroDomingos Sávio Gomes deOliveira

2º tesoureiroAntônio de Sousa Almeida

DiretoresCésar HelouSegundo Braoios Martinez Ubiratan da Silva Lopes Marley Antônio da Rocha Joviano Teixeira Jardim Frederico Martins Evangelista Jorge Luiz Biasuz Meister Aluísio Quintanilha de Barros João Essado Flávio Paiva Ferrari Eduardo Cunha Zuppani Laerte Simão Luiz Antônio Vessani José Vieira Gomide Júnior Carlos Alberto Vieira Soares Fábio Rassi Sávio Cruvinel Câmara Elton Teles de Campos José Luiz Martin Abuli Eurípedes Felizardo Nunes Aldrovando D. de Castro Júnior José Magno Pato Domingos Vilefort OrzilRoberto Guimarães Mendes Raimundo Viana Dutra Carlos Alberto Diniz Humberto Rodrigues de oliveira Mário Renato G. de Azeredo

Conselho FiscalDaniel VianaHeno Jácomo PerilloWaldyr O’Dwyer

Conselho de representantesjunto à CNIPaulo Afonso FerreiraSandro Antônio Scodro Mabel

Conselho de representantes junto à FiegAbílio Pereira Soares JúniorÁlvaro Otávio Dantas MaiaAnísio Queiroz de Carvalho Jr.Antônio Clóvis CarneiroCarlos Alberto DinizCarlos Alberto Vieira SoaresCarlos José de Moura JúniorCarlos Queiroz de Paula e SilvaCarlos Roberto de AraújoCarlos Roberto VianaCyro Miranda Gifford JúniorDaniel VianaDomingos Sávio G. de OliveiraEduardo Cunha ZuppaniElton de Teles CamposEmílio Carlos BittarEurípedes Felizardo NunesFábio RassiFlávio Paiva FerrariFrancisco Gonzaga PontesFrancisco de Paula e SilvaFrederico Martins EvangelistaHenrique Wilhem Morg de AndradeHélio NavesHeno Jácomo PerilloJaime CanedoJair RizziJerry de PaulaJoão EssadoJoaquim Cordeiro de LimaJorcelino José Nunes NetoJorge Luiz Biazuz MeisterJosé Antônio VittiJosé Divino ArrudaJosé Francisco de SouzaJosé Luiz Martin AbuliJosé Magno PatoJosé Romoaldo Maranhão NetoJosé Vieira Gomide JúniorLaerte SimãoLeonardo Jayme de ArimatéaLeopoldo Moreira NetoLuiz Antônio VessaniLuiz Gonzaga de AlmeidaLuiz RézioManoel Paulino BarbosaMário Drummond DinizMarley Antônio RochaMário Renato Guimarães AzeredoNelson Pereira dos ReisOnofre Andrade PereiraOrizomar Araújo de SiqueiraPaulo Afonso FerreiraPedro Alves de OliveiraPedro de Souza Cunha JúniorRoberto Elias de Lima FernandesSandro Antônio Scodro MabelSávio Cruvinel CâmaraSebastião Elias BarbosaSegundo Braoios MartinezUbiratan da Silva LopesValdenício Rodrigues de AndradeWalterci de MeloWellington Soares CarrijoWilson de Oliveira

DesenvolvimentoTecnológico e InovaçãoPresidenteIvan da Glória TeixeiraVice-PresidenteMelchíades da Cunha Neto

Conselho Temático de Meio AmbientePresidenteHenrique W. Morg de AndradeVice-PresidenteDomingos Sávio Gomes de Oliveira

Conselho Temático de Infra-EstruturaPresidenteJosé Rodrigues Peixoto NetoVice-PresidenteRoberto Elias de Lima Fernandes

Conselho Temático de PolíticaEconômicaPresidenteBeyle de Abreu Freitas

Conselho Temático de Relaçõesdo TrabalhoPresidenteHélio NavesVice-PresidenteOrizomar Araújo de Siqueira

Conselho Temático de Micro ePequena EmpresaPresidenteHumberto Rodrigues de OliveiraVice-PresidenteCarlos Alberto Vieira Soares

Conselho Temático deResponsabilidade SocialPresidenteAntônio de Souza AlmeidaVice-PresidenteMelchíades da Cunha Neto

Conselho Temático deAgronegócioPresidenteRodrigo Penna de SiqueiraVice-PresidenteSegundo Braoios Martinez

Conselho Temático de ComércioExterior e Negócios InternacionaisPresidenteRonaldo Jair SalesVice-PresidenteAlberto Borges

Conselho Temático Fieg JovemPresidenteAlexandre CostaVice-PresidenteMarduk Duarte

Rede Metrológica GoiásPresidenteHeribaldo Egídio

expediente

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SIAGOSindicato das Indústrias do Arroz noEstado de GoiásPresidente: Pedro Alves de OliveiraRua T-45, nº 60 - Setor Bueno -CEP 74210-160 - Goiânia - GOFone/Fax (62) [email protected]

SIFAÇÚCARSindicato da Indústria de Fabricaçãode Açúcarno Estado de GoiásPresidente: Segundo BraoiosMartinezPresidente-Executivo: André LuizBaptista Lins RochaRua C-236, nº 44 - Jardim América- CEP 74290-130 - Goiânia - GOFone (62) 3274-3133 / Fax (62)3251-1045

SIFAEGSindicato das Indústrias deFabricação de Álcool no Estado deGoiásPresidente: Segundo BraoiosMartinezPresidente-Executivo: André LuizBaptista Lins RochaRua C-236, nº 44 - Jardim América- CEP 74290-130 - Goiânia- GOFone (62) 3274-3133 e (62) 3251-1045 - [email protected]

SIMESGOSindicato da Indústria Metalúrgica,Mecânicae de Material Elétrico do SudoesteGoianoPresidente: Wellington SoaresCarrijoRua Costa Gomes, nº 143 - JardimMarconal - CEP 75901-550 - RioVerde - GOFone/Fax (64) 3613-4810

SINROUPASSindicato das Indústrias deConfecçõesde Roupas em Geral de GoiâniaPresidente: Frederico MartinsEvangelistaRua 1.137, nº 87 - Setor Marista -CEP 74180-160 - Goiânia - GOFone/Fax (62) 3092-4477 [email protected]

SINDUSCON-GOSindicato da Indústria daConstrução no Estado de GoiásPresidente: Roberto Elias de LimaFernandesRua João de Abreu, nº 427 - SetorOeste - CEP 74120-110 - Goiânia-GOFone (62) 3095-5155/Fax 3095-5176/[email protected]

Outros endereços

SIAASindicato das Indústrias daAlimentação de AnápolisPresidente: Wilson de Oliveira

SICMASindicato das Indústrias daConstrução e do Mobiliáriode AnápolisPresidente: Ubiratan da Silva Lopes

SINDIFARGOSindicato das IndústriasFarmacêuticas no Estado de GoiásPresidente: Ivan da Glória Teixeira

SIMEASindicato das IndústriasMetalúrgicas, Mecânicase de Material Elétricode AnápolisPresidente: Elton de Teles Campos

SINDICERSindicato das Indústrias deCerâmica no Estado de GoiásPresidente: Laerte Simão

SIVASindicato das Indústrias do Vestuáriode AnápolisPresidente: José Vieira GomideJúnior

Anápolis

SIAEGSindicato das Indústrias deAlimentação no Estadode GoiásPresidente: Sandro Antônio ScodroMabelFone (62) 3224-4253 / Fax 3224-9226 - [email protected]

SIEEGSindicato das Indústrias Extrativas doEstado de Goiás e do DistritoFederalPresidente: Nelson Pereira dos ReisFone (62) 3212-6092/Fax [email protected]

SIGEGOSindicato das Indústrias Gráficas noEstado de GoiásPresidente: Antônio de SousaAlmeidaFone (62) 3223-6515/Fax [email protected]

SIMELGOSindicato das IndústriasMetalúrgicas, Mecânicas ede Material Elétrico do Estado deGoiásPresidente: Orizomar Araújo deSiqueiraFone/Fax (62) 3224-4462 [email protected]

SIMPLAGOSindicato das Indústrias de MaterialPlástico no Estado

de GoiásPresidente: Mário DrummondDinizFone (62) 3229-2427/Fax [email protected]

SIMAGRANSindicato das Indústrias de RochasOrnamentais do Estado de GoiásPresidente: Carlos Queiroz dePaula e SilvaFone/Fax (62) 3223-6667

SINCAFÉSindicato das Indústrias deTorrefação e Moagem deCafé no Estado de GoiásPresidente: Sávio Cruvinel CâmaraFone (62) 3212-7473/Fax [email protected]

SINDAGOSindicato dos Areeiros do Estado deGoiásPresidente: Carlos Alberto DinizFone/Fax (62) 3223-6667

SINDIALFSindicato das Indústrias de Alfaiatariae Confecçãode Roupas para Homens no Estadode GoiásPresidente: Daniel VianaFone (62) 3223-2050

SINDIBRITASindicato das Indústrias Extrativas dePedreiras

do Estado de GO, TO e DFPresidente: Fábio RassiFone/Fax (62) [email protected]

SINDICALCESindicato das Indústrias de Calçadosno Estado deGoiásPresidente: Flávio FerrariFone (62) 3225-6412/Fax [email protected]

SINDICARNESindicato das Indústrias de Carnes eDerivados noEstado de Goiás e Distrito FederalPresidente: José Magno PatoFone/Fax (62) 3229-1187 e [email protected]

SINDICURTUMESindicato das Indústrias deCurtumese Correlatos do Estado de GoiásPresidente: João EssadoFone (62) 3213-4900/Fax [email protected]

SINDIGESSOSindicato das Indústrias de Gesso,Decorações, Estuques e Ornatosdo Estado de GoiásPresidente: José Luiz Martin AbuliFone (62) [email protected]

SINDILEITESindicato das Indústrias de Laticíniosno Estado de GoiásPresidente: César HelouFone (62) 3212-1135/Fax [email protected]

SINDIPÃOSindicato das Indústrias dePanificação e Confeitariano Estado de GoiásPresidente: Luiz Gonzaga deAlmeidaTelefax (62) [email protected]

SINDIREPASindicato da Indústria de Reparaçãode Veículos eAcessórios no Estado de GoiásPresidente: José Francisco de SouzaFone (62) 3224-0121 [email protected]

SINDMÓVEISSindicato das Indústrias de Móveis eArtefatos deMadeira no Estado de GoiásPresidente: Manoel Paulino BarbosaFone/Fax (62) [email protected]

SINDTRIGOSindicato dos Moinhos de Trigo daRegião Centro-OestePresidente: André Lavor PagelsBarbosaFone (62) 3223-9703 [email protected]

SININCEGSindicato das Indústrias de Calcário,Cal e Derivados no Estado deGoiásPresidente: José Antônio VittiFone/Fax (62) [email protected]

SINPROCIMSindicato da Indústria de Produtosde Cimentodo Estado de GoiásPresidente: Marley Antônio daRochaFone (62) 3224-0456/Fax [email protected]

SINDQUÍMICASindicato das Indústrias Químicas eFarmacêuticasno Estado de GoiásPresidente: Eduardo CunhaZuppaniFone (62) 3212-3794/Fax [email protected]

SINVESTSindicato das Indústrias do Vestuáriono Estado de GoiásPresidente: José Divino ArrudaFone/Fax (62) [email protected]

Sindicatos com sede na Federação das Indústrias do Estado de Goiás - FIEG

sindicatos

Av. Anhanguera, nº 5.440, Edifício José Aquino Porto, Palácio da Indústria, Centro, Goânia-GO, CEP 74043-010

Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A, Jundiaí, Anápolis/GOCEP 75113-630 Fone/Fax: (62) 3324-5768 e [email protected]

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8 GOIÁS INDUSTRIAL

concessão de crédito mais leniente.

Qual o segundo movimento?Ana Carla - De outro lado, a

sofisticação do mercado norte-americano permitiu que essescréditos, que na sua origem eramcréditos mais arriscados,pudessem ser fatiados em oper-ações derivativas que não refletiamesse risco. Na verdade, em funçãode garantias externas e de umasérie de especificidades, tínhamospapéis lastreados em operaçõesruins, mas com uma classificaçãode risco triplo A (nível mais eleva-do adotado pelas agências de clas-sificação, ratificando a boa quali-dade dos papéis), por exemplo.Com isso, bancos assumiramriscos muito superiores aos riscosreais, tanto pelo lado da origi-nação, quanto pelo lado dos ativosfinanceiros que eles passaram acarregar e a vender, não só nosEstados Unidos, mas na Europa eno Japão também, ativos finan-

n Lauro Veiga Filho

Até o momento, todos os indicadores disponíveis sugerem que a economia global caminha parauma fase de desaceleração, mas com manutenção de algum crescimento, num ritmo quepermitirá à economia brasileira - e a goiana, por extensão - preservar taxas ainda robustas dedesempenho, embora mais modestas do que em 2007. Essas e outras análises você confere naentrevista da economista-chefe da Tendências Consultoria, Ana Carla Abrão Costa.

Como se explica o estouro dacrise envolvendo títulos dehipoteca de alto risco nosEstados Unidos e quais seus pos-síveis desdobramentos para aeconomia brasileira?

Ana Carla Abrão Costa - Aquestão da crise americanacomeçou com o problema da"bolha" no mercado imobiliário.Os preços nesse mercadocomeçaram a seguir uma trajetóriacrescente muito forte, durante umperíodo relativamente longo.Ocorreram, na verdade, dois movi-mentos que explicam o problemada crise atual. Primeiro, os bancosacabaram se mostrando menos rigorosos na concessão de crédito,basicamente porque havia a crençade que os preços dos imóveis con-tinuariam crescendo em funçãodos colaterais (garantias) queestavam vinculados às operaçõesde crédito serem muito fortes,muito valorizados. Portanto, osbancos entraram num processo de

Para além daturbulência externa

“A economiaamericana entrou

num processorecessivo em

função de umacontração grande do

crédito, que naverdade está só no

início”

entrevista com ana carla abrão costaeconomista-chefe da Tendências Consultoria

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9GOIÁS INDUSTRIAL

ceiros que eram mais arriscados doque a sua classificação pareciarefletir.

Quais as primeiras conse-qüências dessa estratégia?

Ana Carla - Em determina-do momento, houve a reversãodesse processo em função doestouro da bolha. Houve umacorreção no mercado imobi-liário, os preços dos imóveiscomeçaram a cair e isso detonouum processo inverso, comaumento da inadimplência, decorreção novamente dos ativosfinanceiros, e com isso o merca-do financeiro se mostrou descapitalizado. Esse é o grandeproblema, porque sobreveiouma crise, que era restrita aomercado imobiliário, especifica-mente ao mercado de créditoimobiliário americano, e que sealastrou para o mercado decrédito de uma maneira geral.Os bancos se retraíram, enco-lhendo os empréstimos, e aeconomia americana é movida aconsumo que, por sua vez, émovido a crédito. Surgiram aí osprimeiros sinais claros de que aeconomia americana haviaentrado num processo recessivoem função de uma contraçãogrande do crédito, que na ver-dade está só no início.

Ainda não se tem uma infor-mação precisa a respeito dotamanho desse rombo.

Ana Carla - O ponto é esse.A incerteza hoje é muito grande.Não se sabe na verdade quãomais intensa e quão maisduradoura essa crise vai ser.Temos a percepção de que, de

toda forma, é um processo queainda exigirá muitas correções.Como os preços dos imóveis,principalmente, se elevarammuito ainda há espaço paramuita queda para que ocorrauma correção total nesse proces-so. E não só isso. Como ainda háperdas a serem reconhecidas, apercepção não só nossa, aqui naTendências, mas geral, é de quehaja ainda um espaço, um perío-do de tempo em que veremosainda muita volatilidade, muitasbaixas contábeis nas instituiçõesfinanceiras. Então, é bem pos-sível que passemos pelos menosseis meses ouvindo más notíciasem relação ao desenrolar dessacrise financeira.

Esta não é a primeira vez e ahistória econômica registra, emanos mais recentes, pelo menosdois momentos em que proble-mas no mercado financeiro deter-minaram problemas que se irradi-aram para a economia real. Essefenômeno tem a ver com essaonda de desregulamentação prin-cipalmente nos mercados finan-ceiro e de capitais? Faltou regu-lação?

Ana Carla - Certamente, foium grande cochilo regulatório. Averdade é essa. Isso, como vocêmesmo disse, já aconteceu em outros episódios de crise em queum processo de desregulamen-tação acaba aumentando a fragili-dade do sistema. Nesse casoespecífico, o que houve é que aregulação não acompanhou asofisticação do mercado. E o pontoé que todo livro de finanças dizque quando você diversifica(investimentos e aplicações, por

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10 GOIÁS INDUSTRIAL

exemplo) você reduz riscos. Esse eraprincípio por trás dos novos veículosfinanceiros que foram criados com baseem hipotecas, principalmente aquelasmais arriscadas, as "subprimes". Adiversificação, nesse caso, permitiu umexcesso de alavancagem (endividamen-to) e acabou gerando mais risco.Embora, claro, a diversificação permitadiluir esses riscos entre um númeromaior de investidores, o que aconteceué que havia, junto com esses papéis,uma probabilidade diferente de zero deisso tudo dar errado, ainda que peque-na, e foi o que acabou acontecendo.

Em relação à economia real, nocaso brasileiro, observa-se uma econo-mia ainda bastante aquecida emjaneiro e fevereiro. O País conseguiráresistir, ao longo de 2008, a esseimpacto externo?

Ana Carla - Acho que sim. Acreditoque 2008 está relativamente tranqüilo.O canal de transmissão da crise finan-ceira global para o Brasil é muito claro.Não temos o canal financeiro. Os ban-cos e fundos brasileiros não carregamativos ligados ao mercado imobiliárioamericano. Essa já é uma boa notícia.Por outro lado, uma recessão globalimpacta o Brasil por meio do canal dabalança comercial. A economiabrasileira pode sim sofrer impactos deuma economia mundial crescendomenos em função de saldo comercial, depreços de commodities não crescendotanto ou mesmo sofrendo alguma rever-são na trajetória de evolução e com issotermos uma balança comercial maisfraca. Esse é um cenário possível. Não éo mais provável. Nas nossas estimativas,mesmo diante de uma desaceleraçãorazoável da economia americana, seconseguirmos manter a China crescen-do – não os 11% que ela vem crescendoultimamente, mas em torno de 8% –,será possível assegurar um crescimento

“Foi um grande cochiloregulatório. Em outros

episódios de crise, adesregulamentação

aumentou a fragilidadedo sistema”

global na faixa dos 3,5%, o que nos dáfolga em termos de balança comercial.Ou seja, os preços das commodities con-tinuam numa trajetória positiva e con-tinuamos tendo demanda para nossosbens de forma a manter um saldo co-mercial na casa dos US$ 30 bilhões. Issodá alívio no câmbio, na inflação, nosjuros. Devemos manter esse círculo vir-tuoso na economia brasileira.

Pode ocorrer o contrário?Ana Carla - É claro que se a econo-

mia americana sofrer um processo maisforte de correção e isso levar junto aseconomias asiáticas, que hoje respon-dem pelo crescimento global de formamais importante, aí podemos ter umareversão de todo esse processo. Mas, na

nossa avaliação, não é o cenário maisprovável, embora não atribuamos a eleprobabilidade zero. De toda forma, eleestá presente. Para nós, o cenário maisprovável é o de uma economia globalainda em crescimento em torno de 3% a3,5%, o que nos garante um 2008 comeconomia interna crescendo bem, cominflação sob controle. Os motoresdomésticos de crescimento para o Brasilhoje são muito mais importantes do queos motores externos. É o consumo, é ocrédito que, justamente por não termosesse canal financeiro aberto em relaçãoao restante do mundo, não tem porquereagir à crise financeira de forma direta.Até costumo dizer que não há comoimaginar que uma economia como aamericana, que é uma "baleia" de US$

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11GOIÁS INDUSTRIAL

“Temos todos osindicadores

apontando para umano muito favorável

para a economiagoiana”

14 trilhões, se ela encalhar não vá fazermarola na Baía de Guanabara. Não temjeito. Não será uma "tsunami" porque aeconomia brasileira hoje está mais forte,está muito mais resistente a crises exter-nas, principalmente se compararmos aoutros eventos de crise em que a econo-mia estava mais vulnerável.

Essa mudança estrutural na situaçãoexterna do País pode assegurar ascondições para que a economia manten-ha um nível razoável de crescimento?

Ana Carla - Trabalhamos comuma taxa de crescimento, em nossocenário básico, de 4,4% para este anoe em torno de 4,4%, 4,5% a 4,6% aolongo dos próximos 10 anos. Não teremos um crescimento chinês, mas,

por outro lado, é um crescimentomuito superior à média de 2,5% dosúltimos 10 anos. De fato, a economiabrasileira tem condições de crescer deforma mais acelerada do que cresceuno passado em função da estabilidademacroeconômica e de avanços micro-econômicos. Se não tivermos umcenário de ruptura externa, o quedeve ser observado é um crescimentode 4,5% nos próximos 10 anos, frutodesses motores domésticos mesmo ede uma economia mais robusta.

O que você destacaria como pontosmais importantes nessa mudança nascondições operacionais da economiabrasileira, mais recentemente?

Ana Carla - A mudança mais impor-

tante e estrutural diz respeito à trajetóriamacroeconômica, ou seja, à estabilidademacroeconômica, com baixa volatilidadede juros, do produto, juros reais historica-mente baixos, inflação em patamares his-toricamente reduzidos. Sem dúvida, essassão as mudanças estruturais mais impor-tantes. A condição macroeconômica hojeé completamente diferente do que foi nopassado. Isso faz toda a diferença em ter-mos de produtividade, em termos de per-cepção para investimentos e para aexpansão do crédito, que é um motorimportante de crescimento e que nuncaesteve ativo no Brasil, a não ser agora,fruto também dessa estabilidade macro.Esta é a base de toda essa mudança decomportamento da economia brasileira.Mas, além disso, temos um conjunto defatores institucionais que foram evoluin-do ao longo dos últimos 15 a 20 anos.Voltando à década de 90, desde as privati-zações, a própria Lei de ResponsabilidadeFiscal e a nova Lei de Falências, temosuma lista muito grande de mudanças eavanços institucionais que representaramganhos que estamos colhendo agora.

Qual a perspectiva para a indústriagoiana em 2008?

Ana Carla - De maneira geral,como 2008 vai ser de novo um bomano para a indústria nacional, tenhocerteza de que a indústria goiana deverá seguir a mesma tendência. Nãoteremos um ano tão exuberante como2007, mas certamente para a indústriacontinuaremos observando taxas decrescimento elevadas em termos deprodução. Os investimentos realizadosem 2007 começam a maturar e atendência é de um ano de investimen-tos crescentes. As perspectivas para aeconomia goiana devem ser positivas,além do agronegócio, que deverá ter um ano melhor em relaçãoao ano passado. Todos os indicadoresapontam para um ano muito favorável.

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matéria de capa

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n Lauro Veiga Filho

País joga fora um valor equivalente a quase uma usina de Belo Monte, prevista para o Rio Xingu, a cada dois anos,na ausência de políticas efetivas de combate ao desperdício de energia. A co-geração de energia pode suprir asnecessidades de contratação de energia pelo sistema, dispensando o recurso a fontes "sujas" de suprimento

Como lucrar com aeficiência energética

Laércio

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Os dados são, algumas vezes, conflitantes.Noutras, sequer há estatísticas consolidadas,muito menos diagnósticos precisos. Mas há umagrande certeza entre todos os que acompanhamde perto o setor elétrico brasileiro: o espaço paraganhos com a aplicação de políticas de conser-vação e de eficiência energética em toda a econo-mia é igualmente gigantesco, diante do elevadograu de desperdício verificado em todas as áreas.

Um cálculo aproximado acaba de ser elabo-rado pelo Banco Mundial, no livro Financiando aEficiência Energética: Lições do Brasil, China,Índia e Além. A equipe de especialistas do banco,comandada pelo economista Robert P. Taylor,deu números ao desperdício de energia no País,indicando que permanece inexplorado um mer-cado potencial para a eficiência energética deestimados US$ 2,5 bilhões por ano. Isso significaque, a cada dois anos, o Brasil joga no lixo umvalor correspondente a quase todo o investimen-to previsto para a hidrelétrica de Belo Monte. Aser construída no Rio Xingu, no Pará, a usinaestá projetada para gerar 11 mil MW a um custototal de R$ 9,5 bilhões (US$ 5,7 bilhões).

Estudo do professor Roberto Schaeffer, daCoordenação dos Programas de Pós-Graduaçãode Engenharia da Universidade Federal do Riode Janeiro (Coppe/UFRJ), estima a necessidadede investimentos no setor elétrico, entre 2005 e2025, desconsiderando a conservação de ener-gia, em US$ 142,5 bilhões. Com forte investi-mento em eficiência energética e uso de fontesalternativas, a necessidade de recursos cai paraUS$ 115,0 bilhões, ou seja, US$ 27,5 bilhões amenos - praticamente 80% mais do que os US$15,4 bilhões estimados para as usinas de SantoAntônio e Jirau, no Rio Madeira.

Ganho para todos

Cenários para a conservaçãoNo ano passado, o País gastou com energia

– eletricidade, petróleo, gás, biomassa e de fontesnão convencionais – alguma coisa em torno deR$ 220 bilhões, de acordo com José Starosta,presidente do conselho consultivo da AssociaçãoBrasileira das Empresas de Conservação deEnergia (Abesco). Num cálculo conservador,prossegue Starosta, "poderíamos assumir quenosso potencial de economia de energia, advin-do da eficientização, seja de aproximadamenteR$ 10 bilhões ou 5% dos gastos realizados em2007". No setor industrial, que representa quasemetade do consumo de energia elétrica no País,o potencial estimado pela Abesco estaria situadoentre 8% a 12%. Para o analista de políticas eindústria da Gerência de Competitividade

Industrial da Confederação Nacional daIndústria (CNI), Rodrigo Sarmento Garcia,citando dados oficiais do Ministério de Minas eEnergia e da Eletrobrás, essa economia poderiaser um pouco maior, em torno de 20% a 30% .

Não fosse por motivos ambientais evidentes,um megawatt economizado, em númerosaproximados, afirma Garcia, tem um custoequivalente a 30% do gasto necessário para geraro mesmo megawatt a partir de um novoempreendimento elétrico. Os ganhos, no setorindustrial, surgem invariavelmente associados aavanços na produtividade e, portanto, na capaci-dade de concorrer por espaços no mercado,reduzindo custos de forma mais ampla em todaa linha de produção.

A tarifa média de energia para a indústria foi multiplicada por três na década.Mas há formas (baratas) para reduzir essa conta, sem sacrificar o crescimento

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foram pré-identificados e cinco deverão serselecionados de acordo com seu potencialpara a eficiência energética.

Ainda no âmbito do programa, três con-vênios já foram firmados com a Eletrobrás,abrindo um leque de ações que inclui a cri-ação e desenvolvimento de material paratreinamento do pessoal no chão de fábrica; omapeamento das experiências e políticas deeficiência realizados no País e no restante domundo; e a definição, já em fase final, de umprojeto para tornar mais eficientes transfor-madores de distribuição.

Adotando como marco jurídico a Lei10.295, de 17 de outubro de 2001, mais co-nhecida como a Lei de Eficiência Energética,que estabeleceu índices máximos de consumode energia para equipamentos e utilidadesdomésticas, a proposta é criar um selo de efi-ciência para os transformadores. "O uso dessesequipamentos será voluntário no início, tornan-do-se obrigatório em dois ou três anos", afirmaRodrigo Sarmento Garcia, analista da CNI.

O mercado já dispõe de transformadorescom capacidade para reduzir o uso de energiaem 30%, de acordo com a indústria do setor,mas seu preço é mais elevado e as conces-sionárias preferem lançar o custo do desperdí-cio na tarifa de energia, socializando as perdasocorridas na distribuição. O projeto envolve,além da CNI e Eletrobrás, os grupos ABB,Toshiba e outros fabricantes de grande porte.

A confederação identificou, ainda, a necessi-dade de desenvolver plataformas de negócios nasfederações estaduais de forma a dar suporte àsindústrias em projetos de eficientização, aproxi-mando-as de empresas de serviços de conser-vação de energia (Esco's). Esses núcleos de efi-ciência deverão contribuir para desenvolver omercado de serviços de conservação e, adicional-mente, apoiar as indústrias no momento de fecharnegócio com uma Esco. "Ninguém sai perdendonesse processo. Todos só têm a ganhar", declaraGarcia. Os resultados desses estudos e das açõesdesenvolvidas pela CNI e seus parceiros serãodivulgados num grande seminário sobre eficiên-cia e sustentabilidade energética previsto, emprincípio, para outubro deste ano.

Responsável por 47% do consumo daeletricidade gerada no País e por 39% de todaa energia consumida, incluindo com-bustíveis, a indústria viu a tarifa elétrica saltarde R$ 62 o MWh em 1999 para R$ 210 atual-mente, num avanço de praticamente 240%, eteme o risco de desabastecimento no setor.Além disso, o preço do barril do petróleo vembatendo recorde sobre recorde no mercadoglobal. A soma de fatores tornou ainda mais

oportuno o Programa de EficiênciaEnergética na Indústria, montado pela CNI,numa consolidação das iniciativas que o sis-tema já vinha desenvolvendo nessa área.

Um protocolo de cooperação técnica fir-mado entre CNI, Instituto Euvaldo Lodi eEletrobrás pretende definir setores estratégi-cos da indústria que serão trabalhados maisintensamente com base em projetos de eficientização do consumo. Nove setores

Programa de eficiência na indústria

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"No Brasil, políticas de eficiênciaenergética são lembradas apenas quan-do a situação (o balanço entre oferta edemanda) fica mais complicada", sen-tencia o professor Roberto Schaeffer, daCoppe/UFRJ. Segundo ele, há umpotencial enorme a ser explorado nessaárea, até porque osinvestimentos feitosem conservação deenergia e na ampliaçãoda eficiência no setorforam tímidos ao exagero.

Desde 1998, as dis-tribuidoras de energia,agora obrigadas a desti-nar 0,5% de sua receitaoperacional líquida apesquisa energética pro-jetos de eficientização,investiram R$ 1,919 bilhão em conservação,evitando uma demandade 1.674 MW e econo-mizando um volume deenergia correspondente a5.559 GWh/ano. Aparcela mais gorda dessesrecursos, de acordo como Banco Mundial, foireservada para o setor deiluminação pública, que represen-ta 3% do consumo de energia.

A "gordura" é tão grande, disseminadano mau uso do insumo em todos os setoresda vida nacional, que Schaeffer recomenda aracionalização do consumo, embora estanão seja uma tarefa nada trivial diante dos interesses envolvidos, como uma alternativapara evitar um racionamento futuro. "A efi-ciência energética, no entanto, não é priori-dade para o País", acrescenta. Mais grave,emenda o especialista: o Brasil sequer dispõe

de ferramentas confiáveis para aferir opotencial de ganhos que poderiam ser

alcançados com medidas de eficiênciaenergética no setor industrial.

Desenvolvido no âmbito do Programa deEficiência Energética (PEE), então sob o coman-do de Schaeffer e financiado por doações doGlobal Environment Facility (GEF), com apoiodo Banco Mundial e do Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento(Pnud), o trabalho de camporecentemente entregue à

Eletrobrás não conseguiu reuniruma amostra de indústrias estatisti-camente representativa. Seupropósito era precisamente mapearas possibilidades da conservação deenergia na área industrial, assimcomo já se havia alcançado para osetor residencial.

Numa leitura qualitativa,Schaeffer disse que foi possívelidentificar gargalos nos motores,mal dimensionados para os usosa que se destinam, e no uso decargas de demanda inapropriadasem grande parte das indústriasavaliadas. "A co-geração ainda émuito má explorada nas indús-trias química, de papel e celulose,alimentos e bebidas, na construção civil e no setor de

serviços, incluindo hotéis, hospitaise shopping centers", declara.Quase toda a arquitetura brasileira,

como demonstram os edifícios espelhados esem janelas, presentes nas maiores capitaisdo País, "não foi pensada para usar a energiade forma eficiente". Por isso, o setor construtivo surge como um dos que apre-sentam grande potencial de economia,desde que os projetos passem a contemplarsistemas de refrigeração natural e de aqueci-mento solar, aproveitando-se dos índices deinsolação verificados no País.

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Alternativa aoracionamento

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No mercado há seis anos, a RMPConsultoria e Engenharia Ltda, espe-cializada em gestão e eficiência energéti-ca, identifica índices de desperdício deenergia entre 20% a 30% no setor indus-trial. Sob um ângulo mais otimista, issosignifica "grandes perspectivas deeconomia no processo produtivo, envol-vendo utilidades básicas, como motores,caldeiras (que geram vapor e podemproduzir energia), sistemas de refrigeração e iluminação. E a energiaeconomizada é a melhor fonte doinsumo", afirma Sérgio Luiz LechugaGarcia, consultor da RMP.

Contratos de performance tornampossível concretizar as economias pre-tendidas, sem que a empresa tenha quedesembolsar recursos para isso.Empresas especializadas em conser-vação de energia, conhecidas comoEsco's, no jargão do mercado, fazem odiagnóstico energético da empresa,desenham o projeto e a indústria pagaum percentual sobre o valor a ser economizado na conta de energiadurante determinado período.

A RMP desenvolveu um projetonesses moldes para o Corporate Centerda Funcef, prédio que abriga a principalunidade da Caixa Econômica Federalem Goiânia. "Em um edifício comercial,a refrigeração responde por 60% do con-sumo de energia. O retrofit (troca deequipamentos e máquinas) deverá per-mitir uma economia de 15%", estimaLechuga.

A alta dos preços da energia no mer-cado livre, observada entre o final de2007 e o começo desde ano (e já rever-tida com a normalização dos reser-

vatórios das hidrelétricas no Centro-Sul), fez a carteira de projetos da RMPcrescer 35% desde novembro.

EFICIÊNCIA E COMPETITIVIDADEA Teknergia, dedicada desde 1985

ao mercado de prestação de serviços e dedesenvolvimento de projetos de gestãoenergética, energia renováveis e eficiên-cia energética, também vem experimen-tando, nos últimos meses, maior procu-ra, reforçada por empresas temerosas deum racionamento e pelo Proesco. Suacarteira abriga em torno de 280 clientese tem crescido, ano a ano, entre 12% a15%, segundo Gerson Sampaio Filho,diretor da empresa.

Indústrias de alimentos, produtosde limpeza e embalagens representamao redor de 60% do mercado daTeknergia. "Os setores mais competi-tivos são também aqueles que demonstram maior interesse em investir em eficiência energética",comenta Sampaio Filho. O lançamen-to do Programa de Apoio a Projetos deEficiência Energética (Proesco) peloBanco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES), emjulho de 2006, linha de crédito criadapara o financiamento de projetos de

conservação, também deverá con-tribuir para alavancar os negócios dasEsco's, acredita o empresário. ATeknergia projeta crescimento emtorno de 20% em 2008, num mercadoque movimenta por ano perto de R$250 milhões, na estimativa deSampaio Filho. "Na média, con-seguimos reduções entre 12% e 20%nas empresas atendidas”.

Lançado peloBNDES em julhode 2006, o Proescoofecere recursos acustos mais baixospara projetos deconservação deenergia

Mercado explorado por empresas de conservaçãode energia movimenta em torno de R$ 250 milhões

Carteira declientes cresce 35%

Hidrelétrica de São Simão: concluída em 1978, usina tem potência instalada de 1.710 MW

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Em Goiás, a co-geração de energia tem potencial para3.050 MW, praticamente três vezes mais do que todaa capacidade da hidrelétrica de Cachoeira Dourada

RRoobbeerrttoo SShhaaeeffffee rr,da Coordenação dosProgramas de Pós-Graduação de Engenhariada Universidade Federaldo Rio de Janeiro(Coppe/UFRJ)

Desconsiderandoinvestimentos emconservação, País teria que investir US$ 142,5 bilhões no setor de energia até 2025.

Co-geração, aaposta correta

A oferta de energia pelas usinas de álcool pode-ria solucionar os problemas de escassez localizadado insumo em regiões importantes do Estado,segundo o presidente executivo do Sindicato dasIndústrias de Fabricação de Álcool no Estado deGoiás (Sifaeg), André Luiz Baptista Lins Rocha. "Aco-geração pode oferecer energia no período de seca,otimizando o sistema, poupando os reservatórios deágua e favorecendo melhorias na malha do setorelétrico como um todo, ao descentralizar a geração",avalia.

De acordo com Baptista, as regiões de Mineiros,onde a Perdigão instalou seu segundo complexoagroindustrial no Estado, Jataí, Paraúna e Cristalina,maior concentração de pivôs centrais do Centro-Oeste, com elevada demanda de água e eletricidade,têm enfrentado problemas de suprimento elétricomais recentemente. A entrada em operação de novasusinas, já adaptadas ao processo de co-geração,resolveria o problema, reforça Baptista.

Na verdade, as perspectivas desenhadas pelopresidente do Sifaeg sugerem um cenário otimistapara o Estado, até mesmo com certa folga na ofertade energia. Nas previsões de Baptista, 39 usinas deálcool deverão ser instaladas no Estado entre 2008 e2014, num investimento total de R$ 8 bilhões, e boaparte entraria em operação entre 2010 e 2012 – ape-nas uma tem conclusão prevista para 2013. Até lá,estima-se a instalação de uma potência equivalente a3.050 MW, dos quais 2.065 MW deverão estar

disponíveis para venda ao setor elétrico, consideran-do-se apenas a oferta das novas unidades.

Apenas para comparação, lembra Baptista, as ven-das previstas seriam três vezes maiores do que acapacidade instalada da usina de Cachoeira Dourada(658 MW). Essa oferta poderá ser ampliada na medi-da em que se consolidar o mercado para a energiaproveniente de co-geração. Baptista antecipa quealgumas usinas em operação estudam ou já se movi-mentam para instalar projetos de retrofit (troca dascaldeiras atuais por outras com alta pressão e mais efi-cientes). Como comparação, caldeiras mais antigas,que operam a 21 bars (unidade de pressão), con-somem 12 quilos de vapor para a produção de umquilowatt-hora. Equipamentos com pressão acima de90 bars precisam de apenas 4,6 quilos de vapor (62%a menos) para gerar o mesmo volume de energia.

Os dois principais gargalos no setor, no entanto,continuam sendo como levar a energia a ser pro-duzida pelas usinas até à rede interligada e a quepreços os fabricantes de álcool serão remuneradospelo fornecimento de eletricidade ao sistema.Baptista estima que seria necessários investimentosde R$ 450 milhões, apenas em Goiás, para fazer aconexão com a rede geral.

Neste ano, além dos 67 MW que já são coloca-dos no sistema, as usinas passarão a ofertar mais92 MW, somando, portanto, 159 MW (além dos220 MW destinados ao suprimento próprio). Noano seguinte, a oferta de energia "nova" subiriapara 502 MW, que se somariam aos mesmos 67MW já instalados, diante de uma capacidade insta-lada prevista em 830 MW. Esses 569 MW repre-sentariam praticamente um terço de todo o merca-do atendido pela Companhia Energética de Goiás(Celg), nas contas de Baptista.

Com investimentosem conservação e emfontes alternativas, ogasto poderia serreduzido para US$ 115,0bilhões, numaeconomia de US$27,5 bilhões.

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a custos equivalentes à Taxa de Jurosde Longo Prazo (TJLP), mais 1% deremuneração à instituição ou aoagente financeiro e taxa de risco deaté 4%. O financiamento poderácobrir até 90% do investimento, aprazos de seis anos, incluindo doisde carência.

n A remuneração da Esco serábancada por uma parcela daeconomia alcançada na conta deenergia a cada mês. Esse acertoserá detalhado no momento damontagem do contrato, lá atrás.As economias alcançadasdependem de empresa paraempresa. Mas há casos concretosem que se alcançou uma reduçãode 43% na despesa com energia -terceiro item na estrutura decustos do setor industrial, segundoa Teknergia.

n A empresa, que atua nessa áreadesde 1985, cita o exemplo deum cliente do setor de plásticos,uma indústria de brinquedos, quedecidiu implantar um sistema degerenciamento de energia, commonitoração de 28 máquinas nochão de fábrica e racionalização douso da eletricidade. O custo porMWh, ao final do processo,baixou de R$ 278 para R$ 158(43,2% a menos), gerando umaeconomia anual de R$ 150 mil.

n Como os donos de indústriasreagiriam se soubessem quepodem reduzir a conta de energiaem quase um quinto sem gastarquase nada? A possibilidade existe,ganha adeptos de forma crescenteao redor do mundo e começa aavançar também no Brasil.

n Trata-se de uma modalidadeconhecida como "contrato deperformance", onde uma empresade serviços de conservação deenergia (Esco) analisa o consumode energia em todo o processoindustrial e nas demais áreas daempresa, identifica gargalos epontos de desperdício e propõeuma política de eficientização, quepoderá (ou não) envolver a trocade equipamentos, máquinas,motores, caldeiras, sistemas derefrigeração e outras instalaçõespor outras mais modernas, queconsomem menos.

n Feito o diagnóstico e definido ocontrato, a Esco trata de levantar ofinanciamento necessário àimplantação do projeto. Desde dejulho de 2006, o Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico eSocial (BNDES) colocou àdisposição do setor uma linha decrédito específica para projetos deeficiência energética, com recursosiniciais superiores a R$ 100 milhões,

QUASE DE GRAÇA

Contratada pela Cogen, associaçãoque reúne as empresas de cogeração noPaís, a PSR, que faz consultoria e projetosnesta área, apresentou aos sindicatos defabricantes de álcool de Goiás, MatoGrosso do Sul, Minas Gerais e São Pauloproposta de instalação de estações cole-toras de energia interligadas à rede básica.O projeto, já entregue à Empresa dePesquisa Energética (EPE), prevê a apli-cação de parte dos recursos arrecadadospelo Operador Nacional do Sistema(ONS) para financiar a construção de lin-has de conexão entre as usinas e o sistemainterligado. Os recursos seriam destina-dos às distribuidoras, segundo a partici-pação de cada uma no mercado, e seriamremunerados com o "aluguel" das linhas.

No final de abril, lembra Baptista, ogoverno realiza o primeiro leilão de energiade reserva, regulamentado pelo decreto6.353, de janeiro deste ano. Estão cadastra-dos pela EPE 118 empreendimentos quegeram energia térmica a partir de biomassa(bagaço e palha de cana e outros resíduosvegetais), responsável pela oferta de 6.711MW para entrega a partir de 2010 e de1.869 MW a partir de 2009. São Paulo con-centra 64 unidades, com geração de 4.182MW. Em Goiás, foram cadastrados 20 esta-belecimentos, correspondendo a uma ofer-ta de 1.665 MW. "Será preciso, agora,fechar a modelagem do leilão, definindo asregras para a fixação de preços e para atransmissão da energia", aponta Baptista.

QUASE TODA A ARQUITETURA DESENVOLVIDA NO PAÍS NÃOFOI PENSADA PARA O CONSUMO EFICIENTE DE ENERGIA

Modelo paratransmissão

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O Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa (Compem) da Confederação Nacional da Indústria (CNI),que se reuniu pela primeira vez em Goiânia, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), nocomeço deste ano, pretende apresentar neste mês a primeira versão da Agenda Legislativa específica para o segmen-to. "Estamos em fase de conclusão dos estudos dos projetos de interesse do setor, em tramitação na Câmara e noSenado, para estabelecer quais vamos apoiar", antecipa o presidente do Compem, Lucas Izoton Vieira.

O plano de trabalho do conselho para este ano está praticamentefechado e inclui questões chaves para o futuro das micro e pequenasindústrias, a começar pela definição de um fórum mais adequado paradiscussões e decisões que dizem respeito diretamente a esse segmen-to do setor industrial. "Entre os projetos que estão no Congresso,destacamos o que propõe a criação da Secretaria Nacional da Micro ePequena Empresa, no âmbito do ministério de Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (Mdic)."

Estão na pauta questões relacionadas ao acesso ao sistema con-vencional de crédito, que ainda impõe limites e restrições ao financia-mento a indústrias de pequeno porte, mecanismos de estímulo a umamaior inserção internacional do setor, inovação, tecnologia e capaci-tação. "Nosso plano pretende facilitar a vida de 600 mil micro e peque-

nas indústrias em todo o País. Apenas em Goiás, das 12 mil indústrias instaladas, perto de 95% são micro e peque-nas", lembra Vieira.

O presidente do Compem mostra que, a despeito do avanço acelerado registrado pelo crédito no País a partir doinício da década, a participação do total de empréstimos no Produto Interno Bruto (PIB) mantém-se pouco acimade 34%, um porcentual ainda baixo mesmo para uma economia emergente como a brasileira. "O custo real do crédi-to continua muito elevado. Na média, para pessoas jurídicas, os juros rondam os 26% ao ano. Mas, para micro epequenas empresas, a taxa chega a mais de 40%, porque o empresário, nesses casos, utiliza muito o cheque especial,a juros de 140% ao ano, como alternativa de financiamento", afirma.

INDÚSTRIAS DE MENOR PORTEDEFENDEM CRIA˙ˆO DESECRETARIA, BUSCAM MAIORACESSO A CRÉDITO EINSER˙ˆO NO MERCADO

mobilização

Agenda para micro e pequenas

Lucas IzotonVieira: estimularmedidas parafacilitar a vida de 600 mil micro e pequenasindústrias no País

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O mercado formal de trabalho continuouaquecido no começo de 2008, ignorando, atéentão, os sinais de crise na economia norte-americana. Em janeiro, Goiás realizou osegundo melhor desempenho entre todas asunidades da federação ao registrar um saldo de11.157 contratações de empregados com carteiraassinada, numa elevação de 8,4% frente às 10.292vagas preenchidas em igual mês do ano passado.Na comparação com dezembro, houve avanço de1,47%. Segundo dados do Cadastro Geral deEmpregados e Desempregados (Caged), doMinistério do Trabalho e Emprego (MTE), oresultado foi recorde para o mês de janeiro desdeque a série de dados foi iniciada, em 1996.

Pouco mais de 46% daquelas contrataçõesforam realizadas pela indústria de transformação,que abriu 5.177 vagas em janeiro deste ano, liderando o processo de recuperação do mercadode trabalho no Estado. Como novidade, a agri-cultura incrementou as contrações no mês,abrindo 3.093 vagas (27,7% do total), graças aobom comportamento das lavouras temporárias,com destaque para a cana e a produção de açúcare álcool.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, foramcriadas 42.018 vagas no Estado, numa variaçãoacumulada de 5,78% no total de trabalhadoresceletistas. Em termos absolutos, foi o melhorresultado entre os Estados da região Centro-Oeste. Daquele total, 29,37% foram contratadospela indústria (12.341 novos empregados) e25,43% pelo setor de serviços (10.684).

Os dados do Caged indicam claramente aconsolidação de sete pólos de atração de empre-

gos no Estado – Goiânia, com participação de27,59% no saldo total de novas contratações;Aparecida de Goiânia (9,58%); Mineiros(8,86%), diante dos investimentos da Perdigãono município; Catalão (7,44%); Anápolis(6,54%); Rio Verde (5,62%); e Itumbiara(4,89%). Somadas, as sete regiões tiveram participação de 70,52% no saldo de empregosnos 12 meses terminados em janeiro deste ano.As 32 cidades com mais de 30 mil habitantes emGoiás, representando 13% dos municípios,responderam por 91,08% do saldo.

Entre 2000 e 2007, o estoque de empregosformais indicou variação acumulada de 34,8%em Goiás, saindo de 553.836 para 746.398 tra-

balhadores. Isso correspondeu à criação de192.562 vagas, das quais 31,35% foram para osetor de serviços (60.375), 29,57% para o comér-cio (56.951) e 28,09% para a indústria de trans-formação (54.094).

Na comparação com 2006, o total deempregados formais aumentou 5,84%, com aabertura de 41.153 vagas – o melhor resultadopara Goiás em toda a série do Caged até aqueleano, assegurando ao Estado o desempenhomais elevado no Centro-Oeste.

21GOIÁS INDUSTRIAL

mercado de trabalho

Emprego formal bate recorde

Mercado formalabriu 41.153vagas no ano

passado Confirmando tendência de aquecimento da economia no início do ano, Goiás registra segundo melhor desempenho entre todos os Estados

Criação de empregos por setor

Fonte: MTE/Caged

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indicadores da indústria

22 GOIÁS INDUSTRIAL

n Lauro Veiga Filho

A turbulência no mercado interna-cional e os indicadores mais recentes,confirmando um desaquecimento para aeconomia norte-americana e tornandomais próxima uma recessão de alcanceaté aqui não dimensionado naquelepaís, ainda não conseguiram roubar ofôlego do empresariado goiano. Apesquisa de investimentos realizada pelaFederação das Indústrias do Estado deGoiás (Fieg) mostra que, embora amaioria das empresas considere suacapacidade de produção adequada àdemanda, nada menos do que 88,5%dos empresários entrevistados preten-dem investir no aumento da produção,na melhoria de qualidade e no lança-mento de novos produtos neste ano.

O levantamento confirmou, de acor-do com o economista da Fieg, CláudioHenrique de Oliveira, que 51,9% dosempresários cumpriram os investimen-tos programados para 2007 e 29,9%realizaram parcialmente o desembolsoprevisto. Entre os que decidiram repro-gramar investimentos no ano passado,45,8% apontaram custos financeirosincompatíveis com as possibilidades deretorno do investimento previsto e29,2% reviram as previsões de demanda,"comportamento predominante entre aspequenas e médias empresas", anota aedição mais recente da pesquisaIndicadores Industriais.

Os números do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social(BNDES) para Goiás reafirmam o que

os levantamentos da Fieg já haviamidentificado. No ano passado, osdesembolsos do banco em favor deempresas goianas ou com operações noEstado mais do que dobraram na com-paração com 2006, sugerindo umímpeto renovado para os investimentosem geral. Nos 12 meses de 2007, obanco liberou um total de R$ 2,384 bilhões a Goiás, volume recorde. Umano antes, as liberações haviam soma-do R$ 1,137 bilhão. Na ponta do lápis, registrou-se variação de 109,7% entreum ano e outro.

A expectativa de um ano maiscomplicado para a economia do que em 2007 não parece tirar oânimo do setor emGoiás, que esperacrescer 7%

Disposiçãopara investir

Desempenho da indústria em 2007

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23GOIÁS INDUSTRIAL

Desembolsos paraindústria saltam 149%

“Setor industrial deverá experimentarcrescimento real em torno de 7% neste ano”

Paulo Afonso Ferreira, presidente da Fieg

A indústria, com destaque para química e petroquímica e metalurgia eseus produtos, e o setor de infra-estrutura comandaram os desembolsos doBNDES, recebendo, cada um, R$ 948,5 milhões (41,3% do desembolso total)e R$ 1,035 bilhão (43,4% do total). Na comparação com 2006, o volumeemprestado à indústria saltou 149%, enquanto a infra-estrutura registrouaumento de 159,8%. A indústria de produtos químicos, que inclui adubos, fer-tilizantes e medicamentos, recebeu uma injeção de R$ 524,5 milhões no anopassado, representando avanço de 426,8%. Já a metalurgia teve à sua dis-posição R$ 218,6 milhões, nada menos do que 1.419% a mais.

Na área de infra-estrutura, destacaram-se os setores de energia elétrica(transmissão e distribuição), com R$ 736,7 milhões e crescimento de 313%, ede transportes terrestres, que recebeu R$ 271,2 milhões, avançando 52,9%. Osetor de construção, provavelmente refletindo dados do início de 2007, quan-do a reação da indústria do setor ainda não havia se estabelecido, viu osdesembolsos encolherem 66,6%, para R$ 8,5 milhões apenas.

PREVISÕES PARA 2008Depois do salto de 14,06% em 2007, surpreendendo algumas previsões,

as vendas da indústria tendem a apresentar variação um pouco mais modes-ta neste ano, segundo estimativa do presidente da Fieg, Paulo AfonsoFerreira. Ele espera um avanço real em torno de 7% no Estado, frente a umaexpectativa de incremento de 5% para a indústria brasileira como um todo.O comportamento da demanda doméstica tende a continuar puxando oritmo da atividade industrial, já que o setor deverá enfrentar dificuldadesrenovadas para continuar ampliando suas vendas ao exterior. Em primeirolugar, segundo o economista Cláudio Oliveira, porque a conjuntura mundial parece menos amigável neste ano, diante da crise norte-americana. Em segundo, diante da renovada tendência de depreciaçãodo dólar frente ao real. A perda de valor da moeda norte-americana obrigaas indústrias exportadoras a uma ginástica para preservar mercados lá fora,achatando margens, causando perdas de rentabilidade e reduzindo a capaci-dade de competir por mercados. Mas também penaliza indústrias no merca-do doméstico, especialmente pequenas e médias, que têm menor fôlego paracompetir com produtos importados, que chegam a preços mais baixos noPaís, favorecidos pelo câmbio barato. Apenas em janeiro, as importaçõesgoianas aumentaram praticamente 126%.

"A manutenção do crescimento em 2008 se apresenta como um desafio paraa economia, pois se vislumbram fatores que poderão ameaçar a continuidade doque se viu em 2007", afirma Oliveira. O economista aponta, além da questãocambial, a tributação excessiva e as deficiências de logística.

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24 GOIÁS INDUSTRIAL

centual na comparação entre as médias de2006 e 2007. O grau de utilização médio noano passado estacionou em 83,2%, comdezembro recuando 2,41 pontos na com-paração com o último mês de 2006. Comoas horas trabalhadas cresceram, demonstrando elevação na produção,supõe-se que já estariam surtindo efeitos osinvestimentos realizados em ampliação dacapacidade e modernização do parque, comintrodução de novas tecnologias.

VENDASCom exceção do setor alcooleiro, todos os

demais segmentos pesquisados conseguiramampliar suas vendas ao longo do ano passado.Os maiores destaques ficaram por conta daindústria metalúrgica, com salto de nadamenos do que 46,55% em termos reais (ouseja, depois de descontada a variação doÍndice de Preço no Atacado da FundaçãoGetúlio Vargas), e do setor de extração mineral (mais 34,49%).

As usinas de álcool, ao que parece, forampressionadas pelo aumento da produção

doméstica e pela frustração em relação àsexportações, que terminaram ocorrendo emvolumes muito inferiores ao esperado. Oavanço da produção e a queda nas expor-tações contribuíram para achatar os preços.Segundo a ANP, enquanto as vendas de álcoolhidratado cresceram 50,9% em todo o País,para o recorde de 9,335 bilhões de litros noano passado, o mercado goiano entrou emdisparada literal, com aumento de 81,8% nacomparação com 2006. As vendas do hidrata-do no Estado saíram de 238,58 milhões paraquase 433,78 milhões de litros. Como a quedanos preços não foi tão expressiva assim, pres-supõe-se que as usinas locais teriam perdidoterreno para concorrentes de outros Estadosem 2007, agravando a tendência de baixa nasvendas identificada pela pesquisa da Fieg.

EMPREGO E MASSA SALARIALApenas dois setores realizaram demissões

em número superior ao de admissões no anopassado. Houve queda no emprego na indús-tria de extração mineral (-0,78%) e no setoralcooleiro (-1,74%), explicada, aqui, em

A economia,aindaaquecida

Até aqui, os indicadores ainda parecemsustentar ímpeto substancial. Um dadoserve como exemplo. Em janeiro, as vendasde combustíveis em Goiás, segundo aAgência Nacional de Petróleo, Gás Naturale Biocombustíveis (ANP), cresceram 14,8%em relação ao mesmo mês do ano passado,chegando a 324,63 milhões de litros – omais elevado em toda a série histórica dedados da agência. No ano passado, o con-sumo havia crescido 10,2%, atingindo3,877 bilhões de litros.

OS RESULTADOS EM 2007Impulsionadas pela conjuntura favorável,

interna e externamente, pela baixa inflação,com preços sob controle, pela ampliação doemprego e da renda e pelo crescimento docrédito, as vendas da indústria anotaram, noano passado, o melhor desempenho desde1993, segundo o economista da Fieg. CláudioHenrique de Oliveira aponta ainda a reduçãoda dívida externa como um dos fatores quederam sustentação à conjuntura econômicano ano passado, favorecendo o bom resultadodo setor industrial.

A atividade industrial, por isso mesmo,apresentou "ganhos expressivos" em 2007,com avanço em todos os indicadorespesquisados, sem exceções. Além das ven-das, o emprego e as horas trabalhadas naprodução experimentaram avanços de8,77% e 8,94% em relação a 2006, comincremento real (já descontada a inflação) de11,69% para os salários.

Outra boa notícia veio do indicador deutilização da capacidade instalada, que apre-sentou variação de apenas 0,2 ponto por-

Perspectivas: crise nos Estados Unidos e o câmbio trazem incertezaspara o cenário econômico, mas indústria goiana espera crescer

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função do avanço da colheita mecanizada.Com aumento de 8,77% na média geral, oemprego apresentou crescimento maisexpressivo nas indústrias de alimentos(12,42%) e de minerais não-metálicos(9,81%), favorecidos, como de resto quasetodo o setor industrial, pelo aumento darenda e do emprego.

De acordo com a Fieg, foi o melhor resul-tado desde 2004, quando o emprego haviacrescido 12,19%. "Nos últimos anos", anota apesquisa da federação, "o nível de emprego semostrou ascendente, inclusive superior aodas vendas industriais".

A massa de salários pagos pela indús-tria aumentou em velocidade superior aodo emprego, demonstrando que o setortem praticado uma política de valorização

dos recursos humanos e ampliado con-trações de mão-de-obra mais qualificada(supostamente, portanto, com remune-ração mais elevada). A inflação reduzida esob controle, assim como os acordos sala-riais realizados, na sua maioria embutindoganhos reais para os trabalhadores, favore-ceram a expansão da massa salarial, naavaliação da Fieg.

O segmento "outros", que agrega micro epequenas indústrias, apresentou a maior variação para os salários reais, com aumentode 19,71%. Na leitura da Fieg, o número evi-dencia que "as empresas de pequeno portecontrataram em razão da melhor situaçãoeconômica nacional e, por conseguinte,expandiram seus negócios e melhoram aremuneração de seus funcionários".

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Sob liderança das carnes e dos grãos, asexportações goianas já haviam quebradotodos os recordes ao longo de 2007, confir-mando uma tendência cada vez mais acentu-ada de dependência em relação a produtos debaixo conteúdo tecnológico. No começo de2008, enquanto não se fizeram sentir osefeitos do embargo europeu aos embarquesda carne bovina brasileira, os números docomércio exterior em Goiás voltaram a ser osmaiores em toda a história do setor, com ven-das externas quase dobrando na comparaçãocom o mesmo período do ano passado.

As previsões para o restante de 2008 sugerem que esse desempenho dificilmentese confirmará, seja porque o câmbio continualadeira abaixo, pressionando as margens praticadas pelos exportadores, seja porque aUnião Européia demonstra baixíssima dis-posição para retomar as compras de carnebovina – ao menos não nos volumes observa-

dos num período mais recente. "A expectati-va dos economistas, dentro e fora do governo,é de que o comércio internacional contribuamenos para o conjunto das transações doBrasil com exterior, que poderá fechar 2008negativo, depois de cinco anos

superavitário", comenta Plínio César LucasViana, gerente do Centro Internacional deNegócios de Goiás (CIN), órgão integrado àestrutura da Federação das Indústrias doEstado de Goiás (Fieg).

Em janeiro, o Estado realizou expor-tações no valor de US$ 233,096 milhões – o mais alto em toda a série históri-ca de dados do setor, com salto de 98,5% emrelação ao mesmo mês do ano passado, quan-do haviam sido exportados US$ 117,449 milhões. As importações cresceram de formaainda mais acelerada, pulando de US$ 89,467milhões para US$ 201,952 milhões (125,7% amais), puxadas pelas compras de veículosautomotores, tratores, partes e acessórios,adubos e fertilizantes, bens mecânicos, pro-dutos químicos e outros insumos.

Por isso mesmo, o saldo comercial, adiferença entre exportações e importações,alcançou variação de apenas 11,3%, atingin-

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balança comercial

RECORDES E CONCENTRA˙ˆO

Depois de anotar no ano passado o melhor resultado em toda a sua história, exportações realizadas a partir de Goiás voltam a disparar no começo de 2008

CARNES E SOJAEXPLICAM QUASE 80% DOCRESCIMENTODAS VENDASEXTERNAS NOCOMEÇO DO ANO

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Desempenho da balança comercial em Goiás

do US$ 31,144 milhões. De qualquer modo,o desempenho foi bastante superior ao verificado para a balança comercial brasileiracomo um todo, que anotou crescimento de20,9% para as exportações e avanço de45,6% no caso das importações, o que deter-minou queda de 62,5% no superávit comer-cial, para US$ 944,016 milhões.

Em Goiás, apenas duas categorias deprodutos justificaram quase 80% do cresci-mento das exportações no primeiro mês do

ano: carnes e soja. A indústria de carnesexportou US$ 130,532 milhões em janeiro,crescendo 134% sempre em relação aoprimeiro mês do ano passado. Praticamente81% dos embarques do setor concentraram-se no segmento de carne bovina, já que,aparentemente, frigoríficos exportadoresdecidiram antecipar embarques, prevenin-do-se contra possível bloqueio das expor-tações pela União Européia – o que acabariase confirmando em fevereiro.

No ano passado, analisa Plínio Viana, gerentedo CIN, os números da balança comercialdemonstraram uma nova tendência para oagronegócio goiano. O chamado "complexocarne", que inclui os embarques de carnes bovina,de aves e de suínos, prossegue ele, superou as ven-das externas do "complexo soja" (grão, farelo eóleo), "tradicionalmente o carro-chefe das expor-tações goianas". O embargo imposto às expor-tações de carne bovina de São Paulo, do Paraná ede Mato Grosso Sul favoreceu a balança comercialgoiana, ao abrir espaço para o crescimento acelerado das vendas goianas do produto.

Sob liderança da agroindústria, conformeanota Viana, as exportações totais cresceram52,16% entre 2006 e 2007, para US$ 3,185 bilhões(perto de US$ 1,092 bilhão a mais), maior valorem toda a série histórica da balança comercialgoiana, o que elevou a participação do Estado nasexportações brasileiras de 1,52% para 1,98% entre2006 e 2007. Quase 88% do crescimento observa-do foi devido às vendas de produtos básicos, quesaltaram de US$ 1,696 bilhão em 2006 para US$2,653 bilhões (ou seja, uma variação correspon-dente a 56,4% ou US$ 956,771 milhões a mais). Afatia dos produtos básicos na pauta de exportaçãoestadual aumentou de 81% para 87,6%.

Apenas quatro grupos de produtos – carnes,complexo soja, milho e derivados, minérios eligas metálicas – responderam por quase 94% davariação registrada pelas vendas externas totaisdo Estado no ano passado. Uma concentraçãobastante elevada, que coloca o desempenho dasexportações na dependência quase exclusiva deprodutos que vêm enfrentando alta volatilidadeno mercado internacional. O peso desses produ-tos na pauta também aumentou, saindo de86,56% para 89,02% entre 2006 e 2007,refletindo principalmente o aumento de 277%nas exportações da indústria extrativa mineral eo salto de 11 vezes nos embarques de milho eseus derivados (de US$ 16,790 milhões para US$183,298 milhões).

O desempenhoem 2007

(Valores em US$ milhões)

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Pólos deimportação

No prato das importações, vêm se consoli-dando alguns verdadeiros pólos de importaçãono Estado, com destaque para as regiões deCatalão e Anápolis – não por coincidência, ondese localizam montadoras de veículos e colheitadeiras, fabricantes de fertilizantes e adu-bos e indústrias de medicamentos. Os númerosanunciados pelo governo estadual, com base emestatísticas da Secretaria de Comércio Exterior(Secex) do Ministério de Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior (Mdic), permitemvisualizar o cenário mais claramente.

Três setores (material de transporte, incluin-do veículos, partes, peças e acessórios; medica-mentos e suas matérias-primas; adubos, fertilizantes e suas matérias-primas) foramresponsáveis por 72,41% das importações realizadas pelo Estado no ano passado, diante deuma participação de 58,17% em 2006. Em anosanteriores, as importações ocorriam de formamais pulverizada, distribuídas entre um númeromaior de setores e empresas.

O maior avanço foi registrado pelo setorde transportes, que comprou lá fora o correspondente a US$ 638,679 milhões noano passado, crescendo 146,6% em relaçãoaos US$ 259,021 milhões importados em

2006, numa impulsão explicada pela consoli-dação de duas montadoras (veículos e colheitadeiras) em Catalão e pela instalaçãode uma segunda em Anápolis. Diante da recu-peração da renda no campo e do aumentomédio dos preços daqueles produtos, asimportações de fertilizantes aumentaram126,9%, para US$ 287,721 milhões, enquantoas compras de medicamentos experimenta-ram variação de 59,7%, alcançando US$305,731 milhões.

Somados, os três segmentos compraram oequivalente a US$ 1,232 bilhão (113,4% maisdo que os US$ 577,336 milhões importadosem 2006). Como exportaram apenas US$44,585 milhões em 2007, aquelas indústriasdeixaram um rombo comercial de US$ 1,187

Aos saltos: vendas externas de milho aumentaram 11 vezes no ano passado, atingindo US$ 183,298 milhões

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Concentração

bilhão no ano passado, mais de 115% acimado déficit anotado em 2006 (US$ 551,153milhões). As montadoras de veículos produzi-ram déficit de US$ 617,046 milhões (151% amais), seguidas pelo setor de medicamentos,com rombo de US$ 304,419 milhões (mais61,5%), e pela indústria de mineração (US$266,079 milhões, com crescimento de127,6%).

Três empresas foram responsáveis por61,75% do crescimento das importações, ele-vando sua participação nas compras externasde 51,11% em 2006 para 55,55% no ano pas-sado. Entre elas, duas montadoras. A CaoaMontadora de Veículos teve o maior incre-mento, com suas importações passando deUS$ 69,590 milhões para US$ 276,663

milhões (mais 297,6%). A MMC Automotoresdo Brasil, instalada em Catalão, assumiu a liderança na pauta importadora, com comprasde US$ 340,559 milhões (mais 52,9%), repre-sentando um quinto das importações goianas.A segunda colocada no ranking de impor-tações foi a Produtos Roche Químicos eFarmacêuticos, multinacional que instalou noEstado, com incentivos do Produzir, uma cen-tral de distribuição, passando a concentrarsuas importações a partir de sua unidadegoiana. Apenas no ano passado, importouUS$ 327,984 milhões (19,3% das comprasexternas totais), num avanço de 52,53%.

MANUFATURADOS E DÉFICITA indústria de manufaturados exportou a

partir de Goiás, no ano passado, um total de US$198,496 milhões, num salto de 88,4% em com-paração com os US$ 105,357 milhões exportadospelo setor nos 12 meses de 2006. As importaçõesde manufaturados, no entanto, cresceram de US$884,835 milhões para praticamente US$ 1,550bilhão, representando 91,1% de todas as comprasrealizadas pelo Estado no mercado mundial. Abalança comercial do setor fechou o ano com umrombo de US$ 1,351 bilhão, num avanço de nadamenos do que 73,3% em relação a 2006, quandoo déficit havia sido de US$ 779,478 milhões.

Nos últimos 10 anos, o déficit comercial daindústria de manufaturados experimentou incre-mento de 669,5%, resultado de um avanço de650% nas importações, diante de crescimento de540,6% nas exportações desde 1997.

Fonte: Seplan-GO

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30 GOIÁS INDUSTRIAL

artesanato

Artesãs:proposta éconsolidaravançosrealizadosdurante aprimeira fasedo programa

n Divina Rosa

Depois da realização da primeira etapa doprograma de Arranjo Produtivo Local (APL)de Artesanato, encerrada em dezembro, apopulação de Cidade Ocidental, no Entornodo Distrito Federal, se mobiliza para asegunda fase, prevista para começar emfevereiro, com recursos de R$203,7 mil provenientes dogoverno federal econtrapartida do Senai,executor das atividades. Aliberação dos recursos foianunciada pelo coordenadorda Região Integrada deDesenvolvimento do Distrito Federal eEntorno (Ride), Carlos Henrique Sobral, aoparticipar, em dezembro, da entrega decertificados dos cursos realizados no APL.

O novo projeto foi viabilizado por meiode convênio entre Ministério da IntegraçãoNacional, via Secretaria de Desenvolvimentodo Centro-Oeste (SCO), Ride e SistemaFieg/Senai.

Segundo Carlos Henrique Sobral, essasegunda etapa visa consolidar as ações do

primeiro projeto. "O Ministério da IntegraçãoNacional/SCO e a Ride perceberam a importân-cia de promover a continuidade do trabalhodesenvolvido no APL e da organização já con-quistada pelo mesmo. Precisamos agora darseqüência e consolidar a atividade econômicado artesanato em Cidade Ocidental."

Em reunião recente com a presidente daCooperativa de Produção Artesanal MãosCriativas (Cooperarte), Myrtes Roldão, ocoordenador de Projetos Especiais do Senai,Walmir Telles, explicou que o foco dessa vezserá o fortalecimento do trabalho cooperati-vo, com melhoria da qualidade, divulgação ecomercialização dos produtos. A expectativada população é grande com relação à segun-da etapa do programa APL. Mesmo sem

divulgação, já existe uma demanda para cur-sos, com cerca de 350 pré-inscrições feitaspela Cooperarte e pelo Clube de Mães.

O projeto prevê a realização de mais 930horas de cursos técnicos em artesanato e decapacitação gerencial, além de palestras temáti-cas (workshops), para desenvolver conhecimen-tos básicos de gestão, design e comercialização,visando estimular nos atores locais a culturaempreendedora, motivação e a auto-estima.Serão prestadas também 240 horas de assistênciatécnica em gestão cooperativa e comercial comobjetivo de orientar e acompanhar as rotinas detrabalho e de execução do planejamentoestratégico da Cooperarte, de acordo com suasdemandas e necessidades pontuais.

Nesta nova etapa, o Senai pretende pro-mover maior envolvimento e participação daprefeitura municipal e suas secretarias. Paratanto, já está programada reunião entre oprefeito Plínio Araújo, o coordenador daRide, Carlos Henrique Sobral, o coordenadore técnicos do Senai Goiás e representantes daCooperarte e do Clube de Mães.

Mão na massa,de novo Bordado e costura: no total,

407 artesãos receberamtreinamento até aqui

AARRRRAANNJJOO PPRROODDUUTTIIVVOO DDEE CCIIDDAADDEEOOCCIIDDEENNTTAALL EENNTTRRAA NNAA SSEEGGUUNNDDAAEETTAAPPAA,, CCOOMM RREECCUURRSSOOSS DDOO GGOOVVEERRNNOOFFEEDDEERRAALL EE EEXXEECCUUTTAADDOO PPEELLOO SSEENNAAII

Capacitação: maiorapuro e qualidade nostrabalhos desenvolvidosem Cidade Ocidental

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31GOIÁS INDUSTRIAL

Primeira etapacapacitou 407artesãos

Na primeira etapa do programaAPL, a Faculdade de TecnologiaSenai Roberto Mange, de Anápolis,responsável pela execução, reali-zou oficinas nas áreas de design,biscuit, pintura em tecidos, floresde meias, bordado em pedraria,bijuteria e cooperativismo, aper-feiçoando mais de 407 artesãos,com carga horária total de 1.032horas. Os investimentos foram daordem de R$ 117,4 mil, comrepasses do Ministério daIntegração e contrapartida doInstituto Euvaldo Lodi (IEL), inte-grante do Sistema Fieg.

Para a presidente daCooperativa de Produção ArtesanalMãos Criativas (Cooperarte),Myrtes Roldão, um dos avançosalcançados por meio das ações doprograma APL foi a organização daprópria cooperativa, que hojeconta com 59 cooperados.Segundo ela, ainda não se tem umcontrole das vendas e da produção,mas houve grandes avanços nessesentido. "Não dá para falar emnúmeros, mas dá para falar quemelhorou e muito."

Presidente do Clube de Mães,uma das entidades parceiras doprograma com 350 associadas,Marli Paulino da Silva ressalta aqualificação como um dos princi-pais benefícios promovidos. "Hoje,os nossos produtos têm mais qualidade no acabamento, aper-feiçoamos o design. As ex-alunasdos cursos promovidos pelo APLdão aula para crianças carentes domunicípio. Estamos multiplicandoo que aprendemos."

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32 GOIÁS INDUSTRIAL

qualificação empresarial

BÊ-Á-BÁEmpresários buscam capacitação executiva para ampliar conhecimentos,habilidades gerenciais e incrementar a competitividade de seus negócios

n Célia Oliveira

O singelo conhecimento dos cálculos decontabilidade permitiu ao diretor regional daViasoft, empresa de desenvolvimento de softwares, conversar de igual para igual com ocontador. "Isso me deu uma visão abrangentedos negócios", diz Marcelo de Azevedo. O bê-á-bá das finanças foi um dos benefícios queele teve no curso de Capacitação Empresarialna Área de Gerenciamento Financeiro, ofereci-do pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás), emparceria com o Sebrae e IEL Nacional.

Por trabalhar em área dinâmica, que exigeconstantes atualizações, Marcelo Azevedoprocurou o curso por entender que novasexperiências e informações fazem parte da roti-na de qualquer empresário. Ele conta que con-

seguiu, com facilidade, absorver o aprendizadorepassado em 90 horas-aula, considerando significativo o conteúdo relativo ao planeja-mento tributário da empresa. "Senti na práticao resultado do curso quando tomei conheci-mento dos cálculos de contabilidade", atesta.

O desenvolvimento de capacidade técnica,aliado a habilidades adequadas ao gerenciamentode empreendimentos, proporcionou a Azevedo oaperfeiçoamento da autoconfiança, "o que mepermitiu trabalhar um pensamento estratégicopara agir com firmeza nas tomadas de decisões".

CONHECIMENTO E AÇÃOEm cursos como esse, empresários e

profissionais buscam no IEL Goiás a oportu-nidade de melhorar níveis de conhecimentosespecíficos tanto para a gestão quanto para a

formação e capacitação, no sentido de respon-der com presteza às questões mercadológicasatuais que, de uma maneira ou de outra, afe-tam os negócios.

Ao apresentar ferramentas especiais quepodem ser aplicadas em diversas áreas de interesse do profissional e da empresa, ostreinamentos do IEL são alinhados com astendências atuais, promovem mudanças noperfil da pessoa e influem no comportamento eposicionamento das empresas.

Outro exemplo é o do consultor AlexandreBarros, que participou do curso de interpretação daNBR ISO 9001:2000 e, em sua avaliação, teve todassuas expectativas profissionais atendidas. "Esperavaum curso que fosse além da teoria. Os exemplospráticos para implementação da norma na empresa,hoje, fazem a diferença no meu trabalho."

Programaçãode cursos 2008

Data

Capacitação de Representantes da Direção 19/03Uso das Ferramentas da Qualidade para Melhoria Contínua 26/03Interpretação da Norma ISO/IEC 17025:2005 02 e 03/04Formação de Auditores Líderes da Qualidade - ISO 9001:2000 07 a 11/04Interpretação da Norma ISO 900:2000 09 e 10/04Formação de Auditores Internos da Qualidade - ISO 9001:2000 16 e 17/04Validação de Ensaios Químicos 24 e 25/04Formação de Auditores Líderes de Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001:2004 12 a 16/05Documentação de Sistemas de Gestão 28/05Contatos IEL Goiás (62) 3219-1444 / 1448

Curso decapacitação:executivos e donosde empresasrecebemtreinamentoespecializado

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Bons frutos, novoscompromissos

“Nossa missão écontribuir para odesenvolvimento daspessoas e das empresas”

Paulo Galeno Paranhos,superintendente do IEL Goiás

Braço da Confederação Nacional daIndústria (CNI), em âmbito nacional, e doSistema Fieg, em Goiás, o Instituto EuvaldoLodi (IEL) completou no dia 10 de março 38anos, com atuação intensa e revigorada comoagente promotor do desenvolvimento tec-nológico, social e econômico das organizaçõese do jovem estudante. "Comemoramos oaniversário com entusiasmo pelos passos fir-mados e euforia, por vislumbrar um futuroestimulante e promissor para a atuação do IELGoiás", afirma o superintendente PauloGaleno Paranhos.

Em sua trajetória, marcada pelo acompan-hamento das transformações do cenário produtivo e político, notadamente no setor empre-sarial, oferecendo inicialmente o programa de integração universidade-indústria, o IELassume regularmente novos desafios e responsabilidades. "Nossa missão é sempre con-tribuir para o desenvolvimento das pessoas e da competitividade empresarial." De acordocom Paranhos, todas as áreas do instituto oferecem produtos e serviços compatíveis com avelocidade das mudanças e em sintonia com as demandas das organizações.

Com meta de crescer continuamente em Goiás, o IEL vem ao longo de sua existên-cia colhendo bons frutos. Exemplos estão na abertura de novas unidades no interior.Além de Goiânia, o instituto está presente em Anápolis, Catalão, Itumbiara, Luziânia eRio Verde. "A descentralização da oferta de soluções empresariais torna o trabalho doIEL mais ágil e eficaz para os clientes", enfatiza Paranhos. Bons resultados também sãocontabilizados no volume de atendimentos, no lançamento de serviços e na própriaestrutura interna, flexível e conectada às demandas das organizações que atende noEstado e em outras regiões.

O AMANHÃA celebração dos 38 anos leva o IEL Goiás a refletir sobre novos caminhos a per-

correr, novos compromissos. "Para se manter como instituição estratégica, não vamosparar por aqui", reforça o superintendente, lembrando que, do programa mais tradi-cional – o estágio –, aos dias de hoje o IEL nunca estacionou e sempre buscou inovar,estabelecendo parcerias e implementando ações que resultam no fortalecimento das organizações e no bem comum de seus públicos-alvos.

Essa preocupação é demonstrada com o lançamento, em 2007, do site www.sitedoestagio.com.br, ao possibilitar expansão de vagas de estágio e colocação deestudantes em contato com o mercado de trabalho. A oferta de novos cursos, a expan-são de programas como o IEL Talentos, de Qualificação de Fornecedores (PQF),Benchmarking Industrial, Pesquisas e Consultoria são o arcabouço de inteligênciaempresarial e das soluções à disposição das organizações goianas.

Instituto EuvaldoLodi comemoraseu 38ºaniversário eassume novosdesafios eresponsabilidades

33GOIÁS INDUSTRIAL

iel 38 anos

Estágio 35.085 alunos cadastrados

14.252 alunos contratados

Consultoria 49 empresas atendidas

90 novos contratos

Pesquisas 32 concretizadas

Cursos 33 abertos

12 in company

Programas/áreas Resultados

Atendimentos em 2007

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34 GOIÁS INDUSTRIAL

Dois diplomasao mesmo tempo

DE OLHO NAS DEMANDAS DO MERCADO,PROJETO PEDAGÓGICO DESENVOLVIDOPELO SESI E SENAI UNE ENSINO MÉDIO EEDUCAÇÃO PROFISSIONAL

n Andelaide Pereira

Em meio à disputa por emprego em mercadode trabalho altamente competitivo, a baixa qualifi-cação profissional é cada vez mais obstáculo aoscandidatos a uma vaga – em Goiás, mais de 57 milpostos de trabalho não foram ocupados em 2007devido à falta de mão-de-obra capacitada, segundodados do Sistema Nacional do Emprego (Sine-GO).

Em mais uma ação para ajudar a combater esseantigo problema, Sesi e Senai passam a oferecer noEstado um novo produto, referendado pela experiência de ambos de mais de meio século deatuação na área de educação. Em fevereiro, as insti-tuições colocaram em prática um projeto pedagógi-co integrado, compreendendo o ensino médio e aeducação profissional.

A iniciativa, baseada no indicativo de que teoriae prática devem estar associadas na aprendizagemdo aluno, busca resultados significativos em relaçãoao ensino convencional e inserção mais fácil nomundo do trabalho. Desde 2005, o Senai já desen-volve em Catalão, no Sudeste do Estado, experiên-cia semelhante em parceria com a SecretariaEstadual de Educação. A Escola Senai local ministrao curso técnico em eletromecânica de forma articu-lada com o ensino médio do Colégio Estadual JoãoNetto de Campos, para turma de 32 alunos.

Aprovado pelo Conselho Estadual deEducação, o novo projeto de ensino articuladoserá desenvolvido, inicialmente, em Goiânia eAnápolis, pelas escolas Senai e Sesi Vila Canaã eFaculdade de Tecnologia Senai Roberto Mange eSesi Jundiaí, respectivamente, que oferecerão 240vagas. Em três anos de duração, mais estágio cur-ricular, os concluintes sairão com o ensino médioe curso profissionalizante completos, com habili-tação nas áreas de automobilística, alimentos, artesgráficas, eletrotécnica, eletromecânica e química.

Para o gerente de Educação Profissional do Senai Goiás,Manoel Pereira da Costa, essa alternativa de formação propõenão apenas a educação para o trabalho, mas também apreparação para outros papéis sociais e o exercício da cidada-nia. "O objetivo é fortalecer e potencializar esforços e recur-sos, buscando ampliar e melhorar cada vez mais a qualidadedos serviços oferecidos pelas instituições para habilitar umprofissional com competências diversificadas e, assim, aten-der às demandas do setor produtivo".

Aula inaugural: alunos do cursotécnico de artes gráficas visitamoficinas do Senai

ensino integrado

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"Formação voltada paraa realidade do mercado"Cristiana Starling, coordenadora docurso técnico em alimentos

“Preparação para omercado de trabalho e para a cidadania”Manoel Pereira da Costa, gerente deEducação Profissional do Senai Goiás

"Formação maiscompleta valoriza passe no mercado"Ricardo Morais, professor de Biologia do Sesi Vila Canaã

35GOIÁS INDUSTRIAL

NOVO MERCADO, NOVO TÉCNICOO surgimento de novas tecnologias tem provocado

rápidas transformações nos processos de produção eexigido profissionais preparados para enfrentar ummercado de trabalho cada dia mais competitivo.Segundo Ricardo Morais, professor de Biologia do SesiVila Canaã, os cursos articulados foram estruturados apartir desse cenário. "Criamos um modelo com novosconteúdos, que aliam teoria e prática em um mesmoprojeto pedagógico, noções de empreendedorismo,além de conhecimentos técnicos e tecnológicos. Essaformação mais completa irá valorizar o passe do nossoaluno no mercado", acredita.

É o que pensa também a coordenadora do curso téc-nico em alimentos do Senai Vila Canaã, Cristiane Starling.Para ela, a articulação entre o ensino médio e a educaçãoprofissional é um diferencial importante. "Os concluintesterão maior empregabilidade porque vão aprender a trabal-har com recursos e equipamentos disponíveis nas empre-sas, com formação voltada para a realidade do mercado".

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saúde pública

Campanha de prevenção e controle pretende também informartrabalhadores da indústria sobre a doença e meios de tratamento

Tuberculose,o alvo

n Débora Orsida

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37GOIÁS INDUSTRIAL

Em meio à luta travada em todo o País con-tra a dengue e a febre amarela, outra doença –a tuberculose – é também alvo das atenções doSesi, tanto por se tratar de uma questão desaúde pública quanto por representar umaimportante causa de afastamento do trabalho.

Dados da Organização Mundial de Saúde(OMS) mostram que o Brasil ocupa o 15º lugarentre os países responsáveis por 80% do totalde casos de tuberculose. Em todo o mundo, adoença causa 2 milhões de mortes por ano. NoEstado de Goiás, em 2005, foram notificados839 casos, dos quais 221 em Goiânia. OSistema de Informações Hospitalares, da redehospitalar estadual, registrou, em cinco anos,

1.562 internações por tuberculose.Preocupados com essa realidade, o

Sesi e o Ministério da Saúdelançaram no final de março

a Campanha dePrevenção e

Controle da

Tuberculose no Ambiente do Trabalho.Em Goiás, a campanha conta com a parce-

ria da Secretaria Estadual de Saúde, dasSecretarias Municipais de Saúde de Goiânia eAparecida de Goiânia, do Centro Estadual deReferência da Saúde do Trabalhador e daAssociação Damien do Brasil. "Essas instituições se uniram para combater a tubercu-lose e principalmente informar os trabalhadores das indústrias sobre o que é adoença, como identificá-la e os tratamentosdisponíveis, gratuitamente, nos postos desaúde", frisa Marco Antônio Naves, gerente deSaúde do Sesi Goiás.

Chefe da Divisão de DoençasTransmissíveis da Secretaria Municipal deSaúde de Goiânia, Gilma Moreira explicaque para diminuir o número de casos é pre-ciso que o paciente faça o tratamento até ofim. "A tuberculose tem cura, mas é precisoque o doente tome a medicação durante seismeses. Todo o tratamento é gratuito e

disponível nas unidades de saúde. O únicotrabalho do paciente é o de tomar, correta-mente, os remédios."

Magaly de Carvalho, coordenadora deTuberculose da Secretaria Municipal de Saúdede Aparecida de Goiânia, acrescenta que émuito importante identificar rapidamente opaciente com tuberculose para tratá-lo logo,reduzindo a chance de contaminação no ar. "Seo ar não fica contaminado, evita-se a transmis-são do bacilo para outras pessoas."

Para diminuir a chance do contágio éimportante também melhorar as condições dehabitação. Se há muitas pessoas dormindo nomesmo quarto, em casas mal ventiladas e ondenão bate sol, o risco da contaminação é muitomaior. Há ainda medidas de proteção individual, como a vacina BCG e a prevençãocom remédio, que se chama quimioprofilaxia.A vacina é aplicada no primeiro mês de vida eé capaz de prevenir as formas mais graves dadoença nas crianças.

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38 GOIÁS INDUSTRIAL

FALTA PARTICIPAÇÃOO Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte é o único que funcionaem Goiás, mas peca pela falta de mobilização de seus representantes

meio ambiente

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39GOIÁS INDUSTRIAL

Resultadosdiscretos atéo momento

O resgate do meio ambiente e a sua preser-vação jamais dependeram da ação isolada deorganismos sociais, sejam eles de natureza públi-ca ou privada. Esse axioma se torna cada vezmais evidente quando o tema é a formação e ofortalecimento dos comitês de bacias hidrográfi-cas no território goiano, os chamados "parla-mentos das águas". Mas, segundo análise dosdirigentes dos próprios comitês, há nítido desin-teresse dos membros que os compõem em sededicar ao assunto, residindo aí um gargalo a sersuperado. Esses organismos devem estabeleceras políticas de gestão dos recursos hídricos,fixando, inclusive, tarifas sobre o uso das águas.

Ao contrário de Estados como Minas Geraise São Paulo, que possuem vários comitês funcio-nando plenamente, em Goiás apenas uma baciahidrográfica está organizada, a do Rio MeiaPonte (Cobamp). Em Minas, por exemplo, todaa extensão do afluente do Rio Paranaíba chega areunir 28 comitês, onde vários segmentos dasociedade civil participam das decisões. No casode São Paulo, há 22 comitês que abrangemvárias regiões, especialmente a dos Rios Tietê,Moji-Guaçu e Paraíba do Sul. Já em relação àBacia Hidrográfica do Meia Ponte, muito poucose fez até agora e os resultados são, na melhordas hipóteses, discretos.

A Bacia do Rio Meia Ponte vai completarcinco anos em abril sem muito que comemorar."Existem vários problemas operacionais e desustentabilidade que estão dificultando ocumprimento das suas atribuições e adminis-tração, como a falta de apoio do órgão gestor derecursos hídricos, pouca participação dosprefeitos, número pequeno de reuniões decâmaras técnicas e baixa capacitação de seusmembros", afirma o presidente do Comitê daBacia do Meia Ponte, Marcos Correntino,

engenheiro eletricista e especialista em hidrolo-gia e recursos hídricos.

Apesar das dificuldades, esse comitê aindatem uma longa trajetória pela frente. Correntinoacredita no seu sucesso dentro de 10 ou 12 anos.Entre 2003 e 2008, o Cobamp produziu 11deliberações e três moções. Correntino destaca adeliberação mais importante (nº 10/2007, de 24de agosto), que aprova o Plano de Metas deAbatimento de Cargas Poluidoras e de Volumede Esgoto para o Ribeirão Santo Antônio, emAparecida de Goiânia, apresentado pela Saneagoà Agência Nacional de Águas (ANA). Esse planoé contemplado pelo Programa de Despoluiçãode Bacias Hidrográficas e está em andamento.

Outras deliberações merecem destaque.Uma delas, a de nº 11/2007, aprovada em 10de outubro, anuncia a elaboração de um planode recreação e lazer ecológico desenvolvidopara o reservatório a ser formado pela bar-ragem do Ribeirão João Leite. E a outra, adeliberação nº 6/2005 (15 de dezembro), tratada perfuração, fiscalização e outorga de poços

tubulares em Goiânia.O comitê aprovou ainda três moções, duas

delas em 2007 e uma em 2005. Em linhas gerais,segundo Marcos Correntino, essas propostasvisam combater e prevenir as causas e os efeitosadversos da poluição nos corpos d'água. "Oprincipal objetivo das moções é estimular medi-das de proteção das águas contra ações que pos-sam comprometer o uso atual e futuro da BaciaHidrográfica do Meia Ponte", esclarece.

O engenheiro afirma que o comitê podevencer seus próprios desafios, caso o órgãogestor, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente eRecursos Hídricos (Semarh), abrace definitiva-mente a causa do Meia Ponte. E dispara: "Asdeliberações do Cobamp não são cumpridaspela Semarh. Isso acontece devido a questões daburocracia do órgão." Além disso, Correntinoreitera o desinteresse das prefeituras. "Dos 39municípios que compõem a bacia, noveprefeitos titulares e nove suplentes têm direito àvoz e voto, porém, poucos comparecem àsreuniões plenárias", afirma.

Metas para reduzir a poluição nos mananciais: plano visa reduzir geração de lixo e esgotos

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40 GOIÁS INDUSTRIAL

O QUE DIZ O ESPECIALISTA / Marcos Correntino

Um comitê para o ParanaíbaNo dia 4 de março, o município de Itumbiara fechou o ciclo de

encontros regionais que visam à formação do Comitê da BaciaHidrográfica do Rio Paranaíba. Foram realizadas reuniões em CaldasNovas, Rio Verde, Jataí e Goiânia. A instalação desse comitê está pre-vista para o final de maio. Vários debates pontuaram esses encontros,entre os quais a cobrança pelo uso da água e o papel de cada câmaratécnica no tocante a garantir a funcionalidade do próprio comitê.

A Bacia do Rio Paranaíba, importante afluente da Bacia do RioParaná, abrange parte dos territórios de Goiás, Minas Gerais, MatoGrosso do Sul e Distrito Federal. Detalhe: 65% da bacia está em terrasgoianas, sendo a principal do Estado e que representa 45% do territórioe 75% da sua população. Nela estão instalados os principais pólosagroindustriais e agropecuários e também as principais bacias hidrográ-ficas estaduais, como a do Rio Meia Ponte e a do Rio dos Bois. O engenheiro Marcos Correntino atesta que o Comitê da Bacia do RioParanaíba será um dos mais importantes do País, "ao englobar váriasáreas produtivas e reunir usinas hidrelétricas ao longo de seu percurso".

Além do Rio Paranaíba, Correntino avisa que há uma diretoriaprovisória do Comitê da Bacia do Rio dos Bois e Turvo. Ele tambémalimenta a expectativa de criação futura da Bacia do Rio Corumbádevido à instalação das hidrelétricas de Corumbá 3 e 4. "Este manancial sofre com a poluição do seu afluente, o Rio Descoberto,cujas águas estão poluídas com material hospitalar. O caso é grave",denuncia. Segundo Correntino, há também a possibilidade de secriar comitês na região Sudoeste, como, por exemplo, no RioCorrente. "A chegada de usinas e a cultura da cana justificam a cri-ação de comitês de bacias", justifica.

Quem polui pagaO vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte e dire-

tor da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Fábio Rassi, tem umaposição crítica em relação a um aspecto muito peculiar e inerente aos comitês: acobrança pelo uso da água. Segundo ele, essas comissões criadas para validar essetipo de cobrança são artificiais e não evoluem porque falta a participação dasociedade organizada. "Se representantes das organizações não-governamentais edas entidades de classe, por exemplo, não estão articulados, a formação doscomitês é forçada", opina.

Rassi defende que as tarifas sobre o uso da água recaiam sobre as companhiasde saneamento que lançam efluentes nos rios sob pena de haver comprometimen-to irreversível dos recursos hídricos. Nessa linha de raciocínio, o diretor da Fiegpoupa quem faz a captação, como é o caso dos proprietários rurais e das hidrelétri-cas: "Os agricultores utilizam o potencial hídrico para incrementar a produção. Eas usinas já pagam uma contrapartida financeira em razão da natureza de sua ativi-dade. Não vejo o porquê de impor essa cobrança àqueles que promovem o desen-volvimento econômico", pondera.

Ele condena o lançamento indiscriminado de esgoto sem o devido tratamen-to. "É um crime", diz. A imposição de tarifas aos que dilapidam o meio ambientepode, ao menos, minimizar os impactos causados pela contaminação dos rios, cór-regos e nascentes. Rassi também critica a Saneago por ser um agente poluidor, poistrata a água de forma inadequada. Na sua opinião, falta à estatal um plano de inves-timentos para o setor. O diretor da Faeg aponta o perigo do lançamento de detri-tos e lixo de toda espécie e sem controle. "É preciso tratar os efluentes líquidosantes de despejá-los nos rios", preconiza. Fábio Rassi pondera que as águas super-ficiais e subterrâneas devem ser a preocupação dos comitês ante a iminência de umdesastre natural de proporções incalculáveis. E faz questão de reiterar: "A cobrançado uso da água deve seguir um critério lógico e não onerar o setor produtivo".

FUNCIONAMENTO

Problemas operacionais

dificultam trabalho do

comitê

MOÇÕES

Estímulo à adoção de medidas

de proteção das águas

QUALIFICAÇÃO

Pequeno número de reuniões

das câmaras técnicas e baixa

capacitação de seus

membros preocupam

BUROCRACIA

Deliberações do comitê não

são cumpridas pela Semarh

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A Bacia Hidrográfica do Rio Meia Pontepossui área de drenagem de 12.189 quilôme-tros quadrados, considerada a mais densa-mente povoada do Estado de Goiás, abrigan-do uma população ligeiramente superior a2,374 milhões de habitantes, distribuída em29 municípios. Para o presidente dessecomitê, Marcos Correntino, o lançamento deesgotos domésticos e industriais, o desmata-mento, a irrigação, lavoura com uso deagrotóxicos, ocupação do solo sem um plane-jamento adequado e o extrativismo mineralsão os principais fatores que contribuem para

a qualidade das águas da bacia.O Cobamp foi instituído pela Lei

Estadual nº 13.123, composto por repre-sentantes de órgãos públicos do Estado edo município, representando 40% dosmembros no plenário. Os usuários daságuas (40%) e segmentos da sociedadecivil (20%) completam o colegiado. Nototal, 45 representantes e seus respectivossuplentes possuem direito a voto. Além doplenário, o comitê é constituído por umasecretaria executiva e uma diretoria, cujomandato é de dois anos, permitida a recon-

dução, formada por um presidente, vice esecretário executivo.

Três câmaras técnicas fazem parte doComitê da Bacia do Meia Ponte. A primeiradelas é a de Assuntos Legais e Institucionais(CT-LAI) que se responsabiliza pelasseguintes tarefas: elaboração de normasadministrativas e de assuntos de naturezainstitucional, observação e análise de leis ati-nentes aos recursos hídricos e outros temasrelacionados com a interferência nos usos daságuas de bacia, além da elaboração e modifi-cação do regimento interno do comitê.

Em defesa do Meia Ponte

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42 GOIÁS INDUSTRIAL

responsabilidade social

CASA NOVA,VIDA NOVAPrograma possibilita mudança defamílias da Favela dos Trilhos paraResidencial Albino Boaventura

Lançado em fevereiro de 2007 e apresentado à sociedade emmaio do mesmo ano, o Fórum Permanente de Coleta Seletiva deMaterial Reciclável e Inclusão Social debate problemas e soluçõespara a questão da coleta seletiva de materiais recicláveis, buscandoa inclusão social dos trabalhadores do setor. A finalidade do progra-ma é encontrar instrumentos que viabilizem a organização da cole-ta seletiva em Goiânia e a formação de um mercado para essa pro-dução, com a intenção de valorizar o material reciclável e possibili-tar o aumento da renda dos trabalhadores, melhorando qualidadede vida, saúde e bem-estar.

Uma parceria entre o Conselho Temático de ResponsabilidadeSocial (Cores) da Fieg, a Superintendência Regional do Trabalho eEmprego, Instituto Ethos de Responsabilidade Social e oMovimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável(MNCR/GO), com apoio da Prefeitura de Goiânia, bancos, univer-sidades, consultores, empresas e ONG´s, o Fórum vem colhendofrutos, semeados no decorrer de 2007.

No dia 18 de janeiro, foi realizada a mudança da comunidadeda Favela dos Trilhos, onde se instalavam os integrantes doMNCR/GO, para o Residencial Albino Boaventura. "Esse é o resul-tado do esforço conjunto de sensibilização dos gestores municipaispara a questão da moradia daquela gente, cuja maioria é formadapor catadores de material reciclado", afirma a coordenadora doFórum e do Núcleo de Apoio a Programas Especiais daSuperintendência Regional do Trabalho e Emprego, Katleem MarlaPires de Lima. Na antiga comunidade, mais de 20 famílias viviamem situação de miséria, morando em barracos, sem saneamentobásico ou qualquer medida de prevenção a doenças, com riscosainda graves para as crianças. O esgoto corria a céu aberto e as casasnão possuíam banheiro e vaso sanitário, com exceção de duas delas

Favela dos Trilhos: miséria ebaixa qualidade de vida

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43GOIÁS INDUSTRIAL

O Dó-Ré-Mi-Fa-lando a mesma lín-gua deu origem ao grupo musical queleva o mesmo nome, composto por crianças e adolescentes que estãoaprendendo canto e flauta, tendo seapresentado em diversas ocasiões. Oprograma desenvolve, ainda, aulas deiniciação musical em flauta doce, ofici-na de bem-estar para o despertar daconsciência do ser humano integral eresponsável pela construção de seupróprio crescimento, incluindo sessõesde reflexão e de estudos sobre os val-ores da ética do caráter, oficina de leitu-ra, oficina de alfabetização, oficina dematemática, aula de capoeira e outrasatividades. De acordo com Rose, sãoatendidas 40 crianças, três vezes porsemana. "Este é um projeto de inclusãosocial que funciona atualmente comparticipação de voluntários, aberto parareceber doações e participação volun-tária", ressalta Rose.

Ela conta que no início do pro-grama, em janeiro de 2007, as aulasde canto e flauta eram realizadas nacozinha de uma das moradoras, umespaço pequeno para a quantidade decrianças assistidas. Mas, em seguida,as aulas passaram a ser ministradasno espaço da Associação deCatadores de Materiais RecicláveisOrdem e Progresso (ACOP). Com amudança da comunidade para oResidencial Albino Boaventura, oprojeto está se reestruturando, poisainda não foi definido um novoespaço apropriado para as atividades.Mas novas parcerias estão sendo bus-cadas para solucionar o problema eassim serem retomados os trabalhoscom as crianças.

Dó-Ré-Mi-Fa-lando Em busca denovas parceriaspara o projeto

A reivindicação por melhores condições demoradia já era uma bandeira do MNCR/GO,anteriormente à criação do Fórum, cujo papel foio de ampliar o apoio para que se concretizasse amudança. "A saída das famílias da Favela dosTrilhos para o residencial atendeu a uma necessi-dade premente de se promover moradia decentepara aqueles trabalhadores, tendo alcançado 22famílias que lá habitavam", diz Katleem.

Paralelamente a este esforço, o Fórum tam-bém apóia o projeto Dó-Ré-Mi-Fa-lando amesma língua, originalmente destinado às crianças da comunidade da Favela dos Trilhos,em sua grande maioria filhos e filhas de cata-

dores, que visa, por meio da educação musical,religiosa e de cidadania, resgatar a infânciaplena dos envolvidos. O projeto é coordenadopela professora Rose Marie Mendes Moreira,que idealizou os principais pontos do progra-ma com objetivo de promover a inclusão socialde filhos de catadores de material reciclável."Visamos também estimular o desenvolvimen-to da conscientização, da auto-disciplina, daafetividade e da sociabilização das crianças.Aprender e construir normas de conduta queregem a interação social, formar bons hábitose atitudes é o que elas vivenciam nas ativi-dades", diz Rose.

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giro pelos sindicatosguia

Sindfargo

NEO QUÍMICA INVESTE

Terceira maior empresa do ramo em vendas unitárias e nonaem faturamento no País, o laboratório Neo Química (foto)acelera investimentos, segundo Ivan da GlóriaTeixeira,presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estadode Goiás (Sindfargo). No ano passado, com a produção de 205milhões de caixas de dietéticos, houve crescimento de 23%. Aindústria adquiriu, ainda, os laboratórios Avante Pharma, deMinas Gerais, e o paulista Línea, de produtos dietéticos, eincorporou, desde janeiro, o Laboratório Ducto. A meta échegar aos 300 milhões de caixas produzidas e lançar 50produtos, num crescimento de 40% até o final de 2008. Aempresa investe ainda na construção de nova unidade paramedicamentos de uso oral e em outra para produtos injetáveis,num investimento total de R$ 60 milhões.

SimagranManual de rochasAté o final do semestre deveráestar pronto e será distribuído emtodos os sindicatos brasileiros onovo manual de rochasornamentais, mostrando ondecomprar e como utilizar, comdicas para aplicação em áreasexternas e internas. Há quase doisanos, informou o presidente doSindicato das Indústrias de RochasOrnamentais , Carlos Queiroz dePaula e Silva, o manual vem sendoplanejado para combater a máação dos especificadores eorientadores.

Simplago I Reciclagem plásticaDefender o uso responsável dosplásticos, que são materiais úteis,nobres, resistentes e de grandevalor energético. Degradá-los é omesmo que desperdiçar e poluiro ambiente com uma importantefonte de energia, afirma oengenheiro Rogério Aquino (foto),diretor do Sindicato das Indústriasde Material Plástico no Estado deGoiás sobre a polêmica do usodas sacolas plásticas emestabelecimentos comerciais. Areciclagem pode poupar energiae gerar empregos .

SigegoPanfletosCom a proibição da panfletagemnos locais de grandemovimento,aliada à notafiscal eletrônica,deverá deixar omercado amaioria das micros epequenas empresas, que somam80% das gráficas, disse AntônioAlmeida, presidente do Sindicatodas Indústrias Gráficas. Existemquase 600 indústrias em Goiás, amaioria na região metropolitanada capital, com 3.500trabalhadores diretos e 2 milindiretos. A diretoria do sindicatotem tentado junto à Prefeitura deGoiânia pelo menos paliativos quenão sejam tão nocivos ao setor."Não existem registros de assaltosnem de acidentesautomobilísticos nesses locaisonde se entregavam panfletos",opina Almeida.

44 GOIÁS INDUSTRIAL

NÃO

Simplago IIColeta seletivaA reciclagem mecânica gera novamente produtos quepodem ser utilizados nos mais diversos tipos de indústriase na reciclagem energética capaz de produzir energiaelétrica, como é o caso de vários países que operamusinas térmicas a partir de plásticos descartados, entreeles o Japão, que possui 190 delas. Para que isso aconteçade forma expressiva no Brasil são necessárias políticaspúblicas que incentivem a coleta seletiva e a reciclagem,defende Rogério Aquino.

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TRIGO NO CERRADOSINDTRIGO

A qualidade do trigo produzido no Cerrado tem superado asexpectativas do setor, concorrendo com a da tradicionalprodução paranaense ou com a do importado da Argentina.Agora, os produtores defendem medidas para garantir preçomínimo, capacidade armazenadora e investimentos nadisseminação da cultura. Quase 300 plantadores, indústrias demoagem e representação dos panificadores participam do 1ºEncontro do Trigo no Cerrado, no dia 28 de março, no hotelEstância Parque, em Anápolis, informa André Lavor, presidentedo Sindicato dos Moinhos de Trigo da Região Centro-Oeste. Oevento costou de apresentação de estudos, palestras de técnicosrespeitados, além de oferecer oportunidades de negócios.

Sinvest IMarca goianaFomentar a venda local por meiodos lojistas e assessores de moda.Com esse objetivo, José DivinoArruda, presidente do Sindicatodas Indústrias do Vestuáriopromoveu de 5 a 7 de março, noPapillon Hotel, o primeiroencontro de empresas de roupa dointerior goiano. Jandaia, Jaraguá,Taquaral, Pontalina, Catalão,Aparecida de Goiânia e Trindade,dentre outras, estiveram presentesà exposição, que permitiu contatoscom futuros compradores porintermédio de assessores de moda.

Sinvest IIIPotencialSurpreso com o potencial goianono setor de confecções, LucasIzoton Vieira, presidente daFederação das Indústrias doEspírito Santo, que esteve emGoiânia para participar de umareunião do Conselho da Micro ePequena Empresa da CNI, tirouum dia para conhecer a produçãolocal, acompanhado por JoséDivino Arruda. Empresário bem-sucedido, dono da marca CobraD’água, Izoton possui pontos devendas em todo o País e umrepresentante em Goiás.

Sinvest IIMostra modaA edição deste ano da feiraGoiás Mostra Moda serárealizada entre 27 e 31 de maio,no Flamboyant Shopping Center,numa promoção do Fórum deEntidades de Apoio à Moda,formado por entidades do setorexclusivamente para a realizaçãodo evento. O fórum tambémpromoveu, no Mercado Popular,uma "avant première" da mostra,em apresentação para aimprensa, empresários eparceiros do projeto.

A PRODUÇÃO DE TRIGOEM GOIÁS DEVERÁENCOLHER PARA 42,3 MILTONELADAS NA SAFRA2007/2008 (8,4% A MENOS)

45GOIÁS INDUSTRIAL

Diego Medrano

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mesmos agentes, o governo federal acaboucompreendendo que os juros praticados peloFCO estavam realmente elevados,principalmente por causa das sucessivas quedasda taxa básica de juros (a Selic), o que tornavaos encargos financeiros do Fundo onerosos,especialmente nas categorias de pequenos egrandes produtores rurais, bem como demicroempresas, empresas de médio porte ede grande porte nos segmentos da indústria,agroindústria, turismo, comércio e serviços.

Não há dúvida, portanto, que a reduçãodas taxas de juros é uma conquista e grandeavanço no aperfeiçoamento relativo à aplicaçãodos recursos do FCO, cuja premissa básica épromover o desenvolvimento econômico eminimizar os desequilíbrios entre as regiõesbrasileiras, contribuindo para ampliar a geraçãode empregos, aumentar a renda das pessoas eestimular o crescimento da economia.

O Conselho de Desenvolvimento doEstado de Goiás (CDE), que tenho ahonra de presidir e que é integradopelos mais legítimosrepresentantesdos segmentosorganizados dasociedadegoiana, estácom suaatenção voltadapara essa nova

José Carlos Siqueiraex-secretário de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás

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“A partir de agora, é preciso ser ainda maisseletivo na apreciação das propostas”

Uma das iniciativas mais alvissareiraspara a aceleração do processo dedesenvolvimento do Centro-Oeste

e mais especificamente do Estado de Goiás é,sem dúvida, a redução das taxas de juros nosfinanciamentos do Fundo Constitucional doCentro-Oeste (FCO). A boa notícia estácontida no Decreto nº 6.367, da Presidênciada República, publicado no Diário Oficial daUnião do dia 30 de janeiro, com efeitoretroativo a 1º de janeiro deste ano.

A medida, contudo, não vem de formagratuita. É resultado de continuados debates,seguidas reivindicações e até mesmo pressõespor parte de todos os agentes que trabalhampelo crescimento econômico e social doCentro-Oeste e defendem o fortalecimentode políticas de desenvolvimento regional.Incluem-se neste grupo os representantes dopoder público nos Estados, assim como aslideranças empresariais, em especial aquelasque têm assento nos Conselhos Estaduais deDesenvolvimento e no Conselho Deliberativodo Fundo Constitucional de Desenvolvimentodo Centro-Oeste (Condel/FCO). Valeressaltar que a redução das taxas de juros doFCO tornou-se, nos últimos anos, temaprioritário em todos as reuniões técnicas eencontros realizados nos Estados e noCondel, sob coordenação do Ministério daIntegração Nacional.

Com base nas argumentações desses

FCO: juro menor estimulanovos empreendimentos

artigo

realidade, consciente de que taxas de juros maisbaixas vão refletir, de imediato, na maiordemanda por recursos do Fundo. Isso porqueempreendedores interessados em ampliar seusnegócios ou promover novos investimentosterão maior motivação para fazê-lo. Taxas dejuros menores contribuem para ampliar aviabilidade econômica dos negócios, já quereduzem os desembolsos da empresa nopagamento das parcelas do financiamento.

Portanto, a partir de agora, é preciso serainda mais seletivo na apreciação das propostasde financiamento, vinculando-as fortemente aodesenvolvimento do Estado, de modo que aaplicação dos recursos ocorra de formaharmônica, equilibrada e sustentável. Mais ainda:o CDE deverá estar empenhado em fazer comque os recursos do FCO atendam ao maiornúmero possível de empreendedores,otimizando a aplicação do dinheiro de modo acontemplar todo o Estado, principalmenteaquelas regiões que ainda precisam de atençãoespecial para acelerar seu desenvolvimento.

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