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Revista Domingo 07 de agosto

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Revista Domingo 07 de agosto

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2 Domingo, 7 de agosto de 2011 Jornal de Fato

• EdiçãoC&S Assessoria de Comunicação

• Editor-geralWilliam Robson

• EditorIzaíra Thalita

• DiagramaçãoRickWeakmann

• Projeto GráficoAugusto Paiva• ImpressãoGráfica De Fato• RevisãoGilcileno Amorim e Stella Sâmia• FotosMarcelo Bento, Carlos Costa e Marcos Garcia• InfográficosNeto Silva

Redação,publicidadee correspondência

Av. Rio Branco, 2203 –Mossoró (RN)Fones: (0xx84) 3315-2307/2308Site: www.defato.com/domingoE-mail: [email protected]

DOMINGO é uma publicação semanal do Jornal de Fato. Não pode ser vendida separadamente.

AO L E I TO R

Arte: Neto Silva

Não importa o que façamos, estamosconstantemente envolvidos no processo detransformaçãotecnológica.Oshábitosnãosãomaisos mesmos. Tudo se transformou através do usode dispositivos tecnológicos surgidos nos últimosanos, numavelocidade impressionante.A chamadaGeração Y foi inserida em um universo digital emque os pais não tinham noção do quanto seriatransformadora.DOMINGOfoi atrás de históriasque mostram a influência dessa revolução noprocesso de aprendizagem.Emalgumas escolas, assalas acompanharam a mudança e estão adaptadasa esses novos recursos,mas pesquisas apontamqueaformaçãodosprofessoresnãoacompanhaoritmo.Um desafio a ser vencido pelo sistema educacionalbrasileiro.

Na seção de entrevista, conversamos com aescritora mossoroense Fernanda Vidal, que moraem Brasília, onde trabalha no Conselho Nacionalde Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq), e que retorna à terra natal para lançar oromance "Maria doMato", durante a programaçãoda Feira do Livro 2011. Na reportagem, Fernandaconta detalhes de sua trajetória e iniciação literária,além de falar sobre a expectativa para participaçãona Feira do Livro de Mossoró.

Para dar mais sabor à leitura, vamos conheceros segredos para se fazer um bom pastel, uma dascomidasmaispopulares e listada entre aspreferidasdo brasileiro. Conversamos com um profissional emostramos que a procura pelo pastel está levandoalguns estabelecimentos a diversificar o sabor, comingredientes peculiares, em busca de conquistar efidelizaraclientela.Tudoissoemuitomaisparavocê,em sua edição da Domingo.

Boa Leitura

Esdras MarchezanChefe de Reportagem

3 CONTOJosé Nicodemos

4 ENTREVISTACom a escritoramossoroenseFernanda Vidal

6CULTURAProjeto Sanfônicas Potiguaresencerra sua segunda etapa

8EDUCAÇÃOArelaçãoentreprofessoreseastecnologias para a educação

11PALADARPasteleiroprofissionalcriareceitasdeliciosasepráticasde fazer

15 CULINÁRIAReceitas pra tornar seudomingo mais especial

AAddmmiirráávveell mmuunnddoo nnoovvoo

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Jor nal de Fa to Domingo, 7 de agosto de 201115

C U L I N Á R I A

INGREDIENTES

1/2 kg de peito de frango em cubos2 colheres de sopa de suco de limão2 cubos de caldo de galinha3 colheres de sopa de azeite de dendê2 colheres de sopa de azeite1 cebola picadinha2 dentes de alho amassados1 tomate bem maduro picado250 g de mandioca cozida1 xícara de chá de leite1 vidro de leite de coco pequenoQueijo parmesão ralado a gostoPimenta-do-reino a gosto

MODO DE PREPARO

1 - Temperar o frango com o suco de limão.2 - Dourar o frango, a cebola e o alho no azeite de dendê eno azeite comum.

3 - Acrescentar o tomate, 1/2 xícara de chá de água e deixeaté o frango ficar macio.4 - Bata a mandioca no liquidificador com o leite de coco e o leite.5 - Misturar ao frango e deixar apurar um pouquinho edesligar. / Passar para um travessa.7 - Polvilhar o queijo ralado e se quiser levar ao forno para gratinar.

Bobó de frango

Mil-folhas de cappuccino AlpinoINGREDIENTES

MMaassssaa:1 caixa de massa folhada laminadaCCrreemmee:1 lata de Leite MOÇA / 1 medida (lata) de leite / 2 gemas / 2 colheres(sopa) de maisena / 6 colheres (sopa) de NESCAFÉ® CappuccinoAlpino / Chantilly e raspas de Bombom ALPINO para decorar

MODO DE PREPARO

MMaassssaa:1 - Corte a massa folhada em retângulos (8x4cm) e asse emforno médio (180°C), preaquecido, por cerca de 15 minutosou até dourar.2 - Espere esfriar e delicadamente abra a massa ao meioobtendo folhas mais finas. / Reserve.CCrreemmee:1 - Em uma panela, coloque o Leite MOÇA com o leite, as gemas,a maisena e o NESCAFÉ Cappuccino e misture bem2 - Leve ao fogo baixo até ferver e cozinhe por mais 2 minutos3 - Deixe esfriar e monte camadas alternadas de creme e massafolhada.4 - Decore com o chantilly e as raspas de ALPINO. Sirva

Tortinhas folhadas de morangoINGREDIENTES

1 rolo de massa folhada1 pacote de pudim de baunilha1/2 litro de leiteChantilly de sua preferênciaMorangos

MODO DE PREPARO

1 - Leve para assar, se estufar fure com uma facaDesenforme-as e espere esfriarPrepare o pudim conforme embalagemColoque em uma tigela e coloque um papel filmeencostando no pudim, isso serve para não criar películaDeixe esfriar totalmente, mas não endurecer muitoColoque sobre as massas já friasColoque morangos picados, cubra com chantillyDecore com morangos e glitter comestível (opcional)Informações AdicionaisO rendimento depende do tamanho das forminhas.

FFOONN

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14 Domingo, 7 de agosto de 2011 Jornal de Fa to

Quan tas fa ces com por ta um poe ta?Drum mond em seu "Poe ma de se te fa ces"dei xou, en tre ver, pe lo sig no que no meia opró prio poe ma, que se riam se te. Fer nan doPes soa, en tre tan to, rom pe as con tas e se fez"em mais pe da ços do que ha via loi ça no va -so". Des sa per gun ta, ins ti tuo ou tra. Em quecon sis te a ar te poé ti ca? Jor ge Luis Bor gesem "Ar te poé ti ca" "enu me ra" al guns dos fa -ze res. Mu ri lo Men des põe to das as enu me -ra ções pos sí veis em três ver sos: "Os di ver -sos per so na gens que en cer rei/ Deslocam-se uns dos ou tros, fun dam uma co mu ni da -de/ Que eu pre si do ora tris te ora ale gre." EMia Cou to, nu ma de suas ava lan ches poé ti -cas, com ple ta: "e eu in ven to o que es cre vo/es cre ven do pa ra me in ven tar".

Se fôs se mos bus car uma fa ce que de fi nis seLeon ti no Fi lho, di ría mos que to das as fa cespos sí veis co me çam e fin dam so men te nu ma: ade ser poe ta. E is so não o faz, em mo men to al -gum, in fe rior à or dem dos que se mul ti pli ca rampa ra ser-se. Sua uni da de o faz tão plu ral quan to.E me re fi ro a plu ral não quan to aos es tá giospoé ti cos que cons ti tuem qual quer poe ta, mere fi ro a plu ral na or dem da es cri tu ra e na or demdos pa peis so ciais. Traduzindo-me: mes mo sa -ben do que o poe ta Leon ti no Fi lho te nha in cur -sões por ter ri tó rios da pro sa, por exem plo, mes -mo sa ben do que o poe ta Leon ti no Fi lho de -sem pe nhe a pro fis são de pro fes sor uni ver si tá -rio... Leon ti no Fi lho é, so bre tu do, poe ta. E poe -ta não ape nas por que é da do a es cre ver poe sia,nem por que é da do a bru xo na al qui mia dossig nos lin guís ti cos, na reen gre na gem da or demda pa la vra, mas por que é da do a vi ver poe sia. Apoe sia não se fin da no fa zer. Di go is so por queaos que o co nhe cem de vis ta po de rão di zer, cu -rio sa per so na gem, es te Leon ti no; aliás, foi is somes mo o que eu dis se de mim pa ra mim mes -mo quan do o co nhe ci no pri mei ro dia de au laem Teo ria da Li te ra tu ra na mi nha Gra dua ção emLe tras. Mas, aos que o co nhe cem pes soal men -te, co mo eu pas sei a conhecê-lo, aliás úni co daes pé cie dos poe tas com o qual te nho mes mo pro -xi mi da de, en xer ga rão ne le, a ima gem que pas -sei a en xer gar: a de poe ta. Não por que an de asol tar pi pa ro tes de ver sos aos qua tro ven tos, nempor que an de en can ta do com a na tu re za, brin -can do de ser-se nou tro mun do. Não. Es sa ima -gem de poe ta além de ser cli chê e tos ca, não é ade Leon ti no Fi lho e nem a de ne nhum ver da -dei ro poe ta. É, sim, o fa to de ter uma opi nião for -

ma da so bre o mun do; é, sim, o fa to de ter ze lope lo seu lu gar no mun do, que o faz ser o poe tapa ra além de es cre ver poe sia. Aqui che gan do,res pon de ria já a per gun ta se gun da que fiz noco me ço des se tex to: Em que con sis te a ar tepoé ti ca? A ar te poé ti ca con sis te em vi ver.

Tem uma le va de es cri tos: ci tá veis sãoIma gens, de 1984, e Ci da de Ín ti ma, de 1988.Ci to es tes por que fo ram es tes os li vros seusque li e que não me ço pa la vras pa ra di zer seres tes li vros duas ar ma du ras ti tâ ni cas do gê -ne ro na li te ra tu ra po ti guar. Dois li vros quenão traem a poe sia, mas re-engendra a or demda pa la vra, es ta que pa re ce às vias de ex tin -ção, se to mar mos co mo no ta que o que te -mos no es ta do é "al gum" cor po de poe tas quean dam sal ti tan do pá gi nas e te las da mí dia comum fa zer poé ti co du vi do so.

Não tão re cen te, em 2008, eis que apa re -ce Leon ti no en saís ta. A geo me tria do frag -men to é o seu úl ti mo tí tu lo lan ça do. Sin gu -lar no no me. Sin gu lar na ideia. E mais sin gu -lar ain da no pro pó si to. Es te é um li vro emque Leon ti no se me te um pou co com to da agen te que com põe suas lei tu ras; gen te, namaio ria, des co nhe ci da dos róis apre sen ta dosde lés a lés por aí: Jor ge Tu fic, Ed son Gue -des de Mo rais, As cen di no Lei te, R. Roldan-Roldan, De mé trio Viei ra Di niz, Ta nus si Car -do so, Fran cis co Mi guel de Mou ra, Z. A. Fei -to sa, en tre ou tros. Cha man do es ses no mespa ra si, Leon ti no não pra ti ca a ar te de me dirpa la vras, mas ree la bo ra a pa la vra for ma tan -do uni ver sos no pa pel e não o faz se não comum pro pó si to - o de dar cor da a es ses uni -ver sos. O ze lo com que ele cui da da pa la vraao pon to de fa zer por em or dem tais uni ver -sos, faz da sua crí ti ca uma poé ti ca que con -tor na, aos mo dos da en saís ti ca, um apó lo goou tro do ser-poeta.

A geo me tria do frag men to re cu pe ra a or -dem da lei tu ra li te rá ria pe lo seu pró prio po dersem se dei xar guiar pe la or dem das teo rias quevão en fai xan do tex tos, mo de lan do opi niões, apon to de o es pí ri to crí ti co se es vair ou cair num

abis mo e não apa re cer se quer uma nes ga de si.Tam pou co é fa lar no va zio in sis tin do em ar -ran car dos ca no ni za dos a úl ti ma go ta de sen ti -do que ain da pos sa exis tir. Se o poe ta é aque leque fin ge, aqui o poe ta é aque le que, fin gin doou não, se mos tra - não tem re ceio do que diz enes ta de li ca tes se de vo zes que vão sen do or ques -tra das, o en saís ta do poe ta emer ge e não dei xamar gem pa ra dú vi das co mo quan do de fi ne apoé ti ca de um Rai mun do Her cu la no Mou ra,por exem plo, em "Sau da de: um rio que cor rena re ti na do tem po", ou quan do se põe a com -por uma car to gra fia da ce na li te rá ria de R. Rol-dan-Roldan a par tir de seu Ini den ti da de em"Abis mos de es pe lhos", pas san do por Ca mi -nho in só li to ca mi nho em "No ca mi nho, a me -tá fo ra do go zo", Boa via gem, She he ra za de oua ba la da dos mal di tos, em "Na fi ni tu de das mar -gens: a ful gu ran te epi fa nia de R. Roldan-Rol-dan", As lou cas gai vo tas mor rem na fron tei raou o trem do de lí rio, em "As di men sões oní ri -cas de um via jan te: o ofí cio do ima gi ná rio", eLi te ra ta ou o do ce sor ri so do ma cho sa tis fei toem "A ca li gra fia do êx ta se e os ar qué ti pos deuma via gem", e fin dan do por Ma trioch ka em"Ma trioch ka: o em be ve ci do mis té rio do pen -sa men to".

Ao to do, de ze no ve po si ções acer ca, so -bre tu do, da Li te ra tu ra. Eu di ria que nes tes bre -ves en saios es cri tos por Leon ti no, ele con ti -nua fa zen do, o que o poe ta faz, tes tes so brea pa la vra - sig no de ordem-desordem e ex -pe riên cia do mun do co mo tal - re ven do, écla ro, a pa la vra nu ma dis tân cia que lhe per -mi ta es tru tu rar o cor po do en saio, mas semperder-se da for ma poé ti ca - que pe lo an dardas coi sas, tal vez o fa ça ir ain da mais lon geque na or dem do poe ma, nes se tre vel ling desig nos.

Pe dro Fer nan des de Oli vei ra Ne to é alu no do mes tra do em Le tras do pro gra -

ma de pós-graduação em Le tras da Uni ver si da -de do Es ta do do Rio Gran de do Nor te.

OS FRAGMENTOS DE UMA GEOMETRIA A LEONTINO FILHO

A R T I G O / P E D RO F E R N A N D E S D E O L I V E I R A N E T O

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Al ta, lou ra e bo ni ta, Jard na só pen sa -va ven cer na vi da, en ten den do por is so oca sa men to com um ho mem ri co, sem seim por tar coi sa ne nhu ma com os do tesfí si cos de le. Não po de ha ver coi sa maishu mi lhan te, de gra dan te, até, do que apo bre za, justificava-se.

Não era ou tra a ma ni fes ta ção de vi dada me lhor ami ga, Isau ra, que, sem os do -tes de be le za da ou tra, ape la va pa ra a de -vo ção com San to An tô nio, re co nhe ci doco mo o san to de maior pres tí gio na or -dem ce les tial, re la ti va men te a es sas coi -sas aqui da ter ra. De pois, um pou co pa -ra re for çar a in ter ven ção do San to Ca sa -men tei ro, não se des cui dou de re cor reraos po de res so bre na tu rais de pais de san -to e adi vi nhos.

Mas a ver da de é que ocul ta va da ami -ga Jard na suas con sul tas à me diu ni da de,ou dom pa ra le lo, se ria, de cer to mo do, darpro va de des con fian ça na ca pa ci da de pró -pria de se du ção fí si ca, fla gran te re ve la çãode um sen ti men to de in fe rio ri da de.

Co mo se ti ves sem fei to um pac to, epa re cia ser is so mes mo, Jard na e Isau -ra, que an da vam sem pre co la das, um parde col che te, co mo se diz, não da vamcon fian ça à ra pa zia da do lu gar, a maio -ria po bre, re me dia dos, um ou tro. Foi osu fi cien te, co mo não po de ria dei xar deser em ci da de pe que na, sem pre dis pos -ta a boa tos, pa ra o fa la tó rio jul gan domal das duas ami gas pre ten sio sas. Hou -ve até ca sos de quei xa na de le ga cia depo lí cia.

O tem po foi pas san do, a ida de che -gan do, e Jard na e Isau ra co me ça ram a sein cli nar pa ra o de ses pe ro de um ca sa men -to ri co, o me lhor par ti do que apa re ciaali na ci da de, e nos dias da fes ta da pa -droei ra, eram pro fis sio nais li be rais me -dío cres e fun cio ná rios pú bli cos de fun -ções de me nor pres tí gio. De for ma que,sem con di ções fi nan cei ras pa ra gran desvia gens, o sen ti do aqui de opor tu ni da des,o tem po já lhes pe sa va nos mo ti vos de es -pe ran ça.

Vai um dia a ci da de ama nhe ceu sob ano tí cia de que um gran de in dus trial de SãoPau lo, no ra mo de ci men to, che ga ra à ci -da de com o fim de cons truir uma fá bri -

ca, em ter re no já doa do pe la Pre fei tu raMu ni ci pal. Se gun do es tu dos ha via me -ses en co men da dos, por in for ma ção, eramabun dan tes as fo nes de matéria-prima,sem fa lar nas van ta gens da lo ca li za çãogeo grá fi ca do mu ni cí pio, en tre duas ca -pi tais. Pou co mais de uma se ma na, e omag na ta do ci men to che gou à ci da de pa -ra os úl ti mos acer tos com o pre fei to, es -sas coi sas.

Foi-lhe da do um jan tar na ca sa do pre -fei to, da qual eram ín ti mas Jard na e Isau -ra, na tu ral men te con vi da das pa ra aju dara se nho ra do go ver nan te mu ni ci pal nashon ras da ca sa. Mui to es pe ran ço sa daopor tu ni da de, pe la sua be le za im pres -sio nan te, e o bi lio ná rio pau lis ta era viú -vo, era to da con fian ça na sua be le za, quejá sou be ra elo gia da por ele ao ca sal an fi -trião. O ves ti do pre to, apli ques dou ra dos,na for ma apro xi ma da de bor bo le tas, re-cortava-lhe a sen sua li da de das cur vas co -mo ca pri cho de es cul tu ra.

Cu rio so lan ce do des ti no: - o in dus -trial apaixonou-se por Isau ra.

Jor nal de Fa to Domingo, 7 de agosto de 20113

C O N T O / J O S É N I C O D E M O S

UM LANCE DO DESTINO

!O tempo foi passando,a idade chegando, e Jardna e Isauracomeçaram a seinclinar para odesespero de umcasamento rico, omelhor partido queaparecia ali na cidade,e nos dias da festa da padroeira, eram profissionaisliberais medíocres e funcionáriospúblicos de funções de menor prestígio

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DO MIN GO - Vo cê cos tu ma vol -tar sem pre a Mos so ró? Co mo é a suare la ção com a ci da de?

FER NAN DA VI DAL - Eu nas ci emMos so ró e fui cria da en tre Mos so ró eBra sí lia e aca bei me fi xan do em Bra sí -lia. Sem pre que eu te nho pos si bi li da demi nha pre fe rên cia é pa ra vir a Mos so -ró, mes mo que não fi que ape nas na ci -da de, gos to mui to de ir a Ti bau e sem -pre que pos so pas so uns dias por lá.

QUAN DO foi que vo cê es cre veuseu pri mei ro ro man ce?

O PRI MEI RO es cre vi em 1997 e se

cha ma Cai ça ra do Rio de Es tre las, ins -pi ra do na ci da de Cai ça ra do Rio dosVen tos, que não co nhe ço, mas quesem pre me cha mou a aten ção o no mee ima gi nei co mo se ria uma ci da de. Con -ta a his tó ria de uma mo ça que mo raem Sal va dor (BA) e é na tu ral de Cai -ça ra do Rio de Es tre las, que tem a leido co ro ne lis mo, uma his tó ria tí pi cade um Nor des te mais an ti go, em bo raa his tó ria mais atual.

SUAS his tó rias são sem pre re gio -

nais, fa lam do Nor des te?POS SO di zer que tem uma li ga ção

mui to for te com o Nor des te, mas nãosão to das re gio na lis tas. Já es cre vi de -zoi to ro man ces, mas uma par te de les nãotem a ver com o re gio na lis mo; são his -tó rias de amor. Tam bém te nho his tó riasque se pas sam no Rio Gran de do Sul.Ou tras co mo Ma ria do Ma to, Co ma dreFlor zi nha e co mo o "Mais do que sepo de con tar", sim, es tão am bien ta dasno Nor des te.

‘Espero que gostem desse trabalho’

A mossoroense e servidora pública federal Fernanda Vidal há anos reside em Brasília (DF), onde trabalha noConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela conta que já escreveu dezoito romances,a maioria por prazer de escrever sem o compromisso de publicação. Mas, neste ano ela volta a Mossoró novamentepara lançar pela segunda vez seu mais recente romance, e será uma das autoras da terra a ter seu trabalho lançadona Feira do Livro de Mossoró. O romance "Maria do Mato", que está em dois vistosos volumes pela editora SevenSisters, será lançado no estande do Sr, Leitura na próxima quarta-feira, 10, às 18h. Sobre o livro, as histórias, suasinspirações e expectativa para a Feira do Livro, ela relata nesta conversa a DOMINGO. Confira:

EN TRE VIS TA/FERNANDA VIDAL

4 Domingo, 7 de agosto de 2011 Jornal de Fa to

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TI POS DE EN TRE VIS TA: Existem al -guns ti pos de en tre vis tas apli ca das, os maisusuais são: En tre vis ta fa ce a fa ce: É o ti pode en tre vis ta mais fre quen te, con sis te napre sen ça so men te de duas pes soas: en tre -vis ta dor e en tre vis ta do. En tre vis ta de pai -nel: O can di da to é en tre vis ta do por vá riaspes soas em con jun to. Nor mal men te é con -du zi da por um res pon sá vel su pe rior (ex:pre si den te) e duas ou mais pes soas com res -pon sa bi li da des em di fe ren tes áreas. En tre -vis tas em sé rie: Quan do o can di da to é en -tre vis ta do su ces si va men te por vá rias pes -soas. En tre vis ta em gru po: São en tre vis -tas on de exis tem vá rios can di da tos. O em -pre ga dor pro cu ra ava liar es sen cial men tea ca pa ci da de de li de ran ça, a fle xi bi li da de,a or ga ni za ção, etc.

An tes de ir à en tre vis ta o/a can di da to/ade ve preparar-se cui da do sa men te. Du ran -te a en tre vis ta de ve ter um com por ta men -to ade qua do. De pois da en tre vis ta de ve pro -ce der à ava lia ção da mes ma.

CO MO SE PRE PA RAR PA RA A EN -TRE VIS TA - Procure ob ter o má xi mo dein for ma ção so bre a em pre sa e a fun ção aque se can di da ta (ra mo de ati vi da de, di men -são, ti po de pro du tos ou ser vi ços que pres -ta, sua or ga ni za ção e fun cio na men to, ti pode qua li fi ca ções exis ten tes, ti po de pro du -tos); Prepare-se pa ra res pon der as ques tõesmais fre quen tes; Re leia o anún cio, a car tade can di da tu ra/apre sen ta ção e o cur rí cu -lo; Se ja pon tual (apresente-se com umaan te ce dên cia de cer ca de 10 mi nu tos);Apresente-se de for ma cui da do sa, ves tuá -rio, cal ça do, ca be lo, bar ba e unhas com umaapa rên cia fí si ca há bi tos de hi gie ne e cui -da dos pes soais.

CO MO SE COM POR TAR DU RAN TEA EN TRE VIS TA -Não se es que ça de des -li gar o te le fo ne; Pe ran te o en tre vis ta dor,cumprimente-o e apresente-se, sor rin -do;Aguar de que o con vi dem a sentar-se eman te nha uma pos tu ra cor re ta, mas des -

con traí da;Es cu te aten ta men te e olhe di re -ta men te pa ra o en tre vis ta dor - mostre-sein te res sa do;Res pon da cla ra men te e compre ci são às ques tões que lhe são pos -tas;Con cre ti ze as ideias, se ne ces sá rio comexem plos prá ti cos;De li ca da men te, pe ça ex -pli ca ções so bre o pos to de tra ba lho e con -di ções de em pre go;Te nha sen so de hu mor;En ca re a en tre vis ta co mo um de sa fio quevai ven cer; Real ce os seus pon tos for tes eevi te real çar os mais fra cos; Mostre-se em -pe nha do (a), com von ta de de apren der ein te res sa do/a pe lo pos to a que se can di -da ta;Mostre-se aten to e in te res sa do; Olheo en tre vis ta dor nos olhos; Res pon da comde ter mi na ção às per gun tas; Aguar de quese ja o en tre vis ta dor a dar por ter mi na da aen tre vis ta.

O QUE O EN TRE VIS TA DOR AVA LIA-O En tre vis ta dor ve ri fi ca seus es tu dos e asua for ma ção pro fis sio nal; Ex pe riên cia;Apre sen ta ção pes soal e pos tu ra; Ca pa ci da -de de co mu ni ca ção (fluên cia ver bal, es -tru tu ra ção do ra cio cí nio, etc.); So cia bi li -da de; Es ta bi li da de e ma tu ri da de emo cio -nal; Di na mis mo; Fle xi bi li da de; Sen so deRes pon sa bi li da de e Ca pa ci da de de Li de -ran ça

O QUE PER GUN TAR DU RAN TE AEN TRE VIS TA - Durante uma en tre vis ta deem pre go é na tu ral que se ja o pró prio en -tre vis ta dor a con tro lar to do o pro ces so,mas é im por tan te que se fa ça as per gun tascer tas, no mo men to cer to. De mons tre al -gum co nhe ci men to e in te res se so bre a ati -vi da de e po si cio na men to da em pre sa pa -ra im pres sio nar o en tre vis ta dor, e fa ça per -gun tas co mo: Quais os ob je ti vos a cur to elon go pra zo da em pre sa? Co mo é que a em -pre sa se dis tin gue das con cor ren tes? Quaissão os pla nos da em pre sa pa ra cres cer nofu tu ro? A em pre sa de sen vol ve pla nos decar rei ra? A em pre sa rea li za al gum ti po deati vi da de so cio cul tu ral ou de vo lun ta ria do?A em pre sa cos tu ma apos tar na for ma ção

dos co la bo ra do res?

O QUE PER GUN TAR DU RAN TE AEN TRE VIS TA SO BRE A FUN ÇÃO -Qualse rá a mi nha fun ção den tro da em pre sa? Queres pon sa bi li da des es tão ine ren tes a es ta fun -ção?Quais os pro ble mas e os de sa fios ine -ren tes à fun ção?Qual o grau de au to no miae de res pon sa bi li da de da fun ção? Com quemvou tra ba lhar? O tra ba lho se rá de sen vol vi -do mais em equi pe ou in di vi dual men te? Emque de par ta men to se rei in se ri do? E quais sãoos pla nos pa ra o fu tu ro des se de par ta men -to? Quais as pos si bi li da des de pro gres sãona car rei ra pro fis sio nal?

CUR SO - Temos pro gra ma do os se -guin tes cur sos: Po lí ti ca Co mer cial, Cré di -to e Co bran ça de 08 a 10 de agos to e Li ci -ta ções e Con tra tos de 22 a 25 de agos to.Não per ca mais tem po, li gue 3314-1024 ouman de um e-mail pa ra trei na men tos@te -nha me tas.com.br e fa ça já a sua ins cri ção.Va gas Li mi ta das.

Jor nal de Fa to Domingo, 7 de agosto de 201113

Entrevista de emprego: O que você precisa saberC O L U N A S UA C A R R E I R A / R A FA E L D E M E T R I U S

Ra fael De me trius Ad mi nis tra dor, con sul tor, e pro fes sor

uni ver si tá rio. si te: www.te nha me tas.com.bre-mail: ra fael@te nha me tas.com.br

A en tre vis ta de em pre go é o diá lo go en tre o em pre ga dor e o can di da to ao em pre go pre ci sa de mons trar que é o can di da to ideal.É uma co mu ni ca ção es sen cial men te de ca rá ter ver bal, tan to que os ges tos, as ex pres sões, a pró pria apa rên cia ex te rior dos in ter lo cu -to res, bem co mo o seu com por ta men to, cons ti tuem igual men te for mas de co mu ni ca ção que re for çam, al te ram ou acres cen tam al goao sig ni fi ca do das pa la vras. Du ran te a en tre vis ta trocam-se in for ma ções, ideias e opi niões, por is so é pre ci so es tar an te na do em al -guns pon tos que são cru ciais pa ra o de sen vol vi men to da se le ção. Es te ja aten to a nos sa co lu na de ho je, e prepare-se pa ra as pró xi masen tre vis tas de em pre go.

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12 Domingo, 7 de agosto de 2011 Jornal de Fa to

can te é no se tor de pas te la ria. Ele veio aMos so ró a pe di do de um bar que in ves tenos pe tis cos e ofe re ce uma va rie da de desal ga dos in cluin do aí os pas téis.

"Fiz al guns cur sos de pas te la ria, masos re sul ta dos mais in te res san tes criei so -zi nho na co zi nha. São al guns de ta lhes quefa zem mui ta di fe ren ça no sa bor", ex pli -ca o che fe.

Se ve ri no ex pli ca que o pas tel de car neagra da mais e por is so é o mais po pu lar. Masmes mo um pas tel sen do apa ren te men te al -go sim ples de fa zer po de re ce ber ele men tosca pa zes de trans for mar a ex pe riên cia de co -mer em al go ain da mais pra ze ro sa.

Por is so, os re cheios pou co co munsco mo de pal mi to e mes mo a ver são emmas sa crua co mo é o pas tel de for no, sein se ri dos co mo al ter na ti vas ten dem a serbem-sucedidas.

"Cos tu mo fa zer es sas duas re cei tasde uma for ma que fo gem da ma nei ra con -ven cio nal e pos suem um mo do de pre -pa ro que reú ne ou tros ele men tos no re -cheio", ex pli ca Se ve ri no.

MAS SA FI NI NHA E CRO CAN TEPas tel bom é pas tel se qui nho sem óleo

em ex ces so e sem mas sa em ex ces so. Es -se é um dos gran des se gre dos pa ra quempre ten de agra dar o pa la dar dos adep tosdos pas tei zi nhos.

O óleo de ve ser ape nas pa ra a fri tu rará pi da e a mas sa mais fi na dei xa o re cheioser res sal ta do quan do mor di do jun to coma mas sa.

O pas te lei ro que via ja pa ra en si narco mo fa zer os seus pas téis a to da a umare de de ba res no es ti lo bo te co ex pli caque sem pre é per gun ta do so bre o quefaz pa ra ter um pas tel de qua li da de e desa bor tão di fe ren te:

"Co mo to do co zi nhei ro, te mos nos -sos se gre dos que a gen te não re ve la dejei to ne nhum", com ple ta.

Se ve ri no não diz seus se gre dos, masre ve la a DO MIN GO que na ela bo ra çãoda mas sa de pas tel fri to adi cio na ca cha -ça, além dos in gre dien tes já co nhe ci dosco mo fa ri nha de tri go, sal e água.

No ca so do pas tel de pal mi to, se adi -cio na do de pi men tão, coen tro, ce bo li nha,pal mi to for co lo ca da uma por ção ge ne -ro sa de re quei ju me, um ti po di fe ren cia -do de re quei jão (mais pas to so), o sa bor saidi fe ren cia do.

Pa ra os adep tos dos pas téis, al gu maspis tas já fo ram da das.

Abai xo, a re cei ta pas sa da pe lo pró priomes tre pas te lei ro pa ra vo cê tes tar em ca sa.

O pernambucano SeverinoJosé, mestre pasteleiro, esteve na cidade para ensinaro que criou na sua cozinha

Editoria de arte: Neto Silva

Page 9: Revista Domingo 07 de agosto

SO BRE es se li vro que vo cê es tálan çan do em Mos so ró "Ma ria doMa to", co mo sur giu a ideia da his -tó ria e de que tra ta?

A MA RIA do Ma to é a his tó ria deuma mo ça cria da nu ma praia, uma mo -ça lin dís si ma de uma vi da sim ples quese apai xo na por um gaú cho e ele, jun ta -men te com um ami go, rou bam pa ra daraos po bres, achan do que is so era so cia -lis mo. A Ra fae la so fre uma vio lên cia ese trans for ma na Ma ria do Ma to pa rase vin gar e se jun ta com Dias e com An -tô nio e eles for mam um ban do. Ape sarde ser uma his tó ria mo der na, lem bra ocan ga ço e criam uma ci da de com suaspró prias leis. Nes sa ci da de, Dias, que foio gran de amor de Ma ria do Ma to, fi care fém des sas leis. As sim se de sen ro la ahis tó ria, se pas sam de zes se te anos e apa -re ce a his tó ria da Ma ria do Ma to em umou tro con tex to.

QUAL é o pú bli co que vo cê pre -ten de al can çar com es se ro man ce?

OLHE, não ima gi nei um pú bli coes pe cí fi co, mas me sur preen deu mui toque os jo vens gos ta ram. Cria mos umblog pa ra o li vro Ma ria do Ma to e umaboa par te do pes soal que pos ta são jo -vens e de les te nho re ce bi do elo gios. Al -guns fa lam que a Ma ria do Ma to de ve -ria vi rar fil me, aque las ideias dos jo -vens; não es pe ra va is so des se pú bli co.Eles têm se mos tra do mais en tu sias ma -dos do que os adul tos. Acre di to que por

ter es sa coi sa de aven tu ra, ao mes motem po de ro man ce, len das, mi tos - já quea his tó ria tam bém tem se reias e ou trosse res -, lu tas, so nhos, vin gan ças, per dão.Es pe ro que as pes soas gos tem des se tra -ba lho.

NES SA his tó ria que vo cê cria, vo -cê bus ca a ins pi ra ção na sua pró priavi vên cia, na sua in fân cia?

EM BO RA eu se ja a au to ra, eu nãote nho do mí nio so bre es ses per so na gens.A Ma ria do Ma to eu co me cei a es cre verem 2009 e de pois de um tem po fui per -den do o con tro le dos per so na gens por -que ti nha pla ne ja do uma coi sa e a his -tó ria foi to man do ou tro ru mo, co mose os per so na gens co me ças sem a pe dirde mim ou tras coi sas. Eu me abor re ci,pas sei um ano sem es cre ver a Ma ria doMa to, de pois re to mei, mas ren di da aosper so na gens. As his tó rias não são ins -pi ra das em mim, mas em in for ma ções,o que já li, vi, ou vi, aca bo pas san do a his -tó ria. Ge ral men te eu pla ne jo a his tó ria,mas na ro ti na os per so na gens co me -çam a ga nhar mais vi da, e aca bo me ren -den do a eles.

ES TA se rá a sua pri mei ra ex pe -riên cia na Fei ra do Li vro de Mos so -

ró. Co mo sur giu a von ta de de vir?EU JÁ fiz um lan ça men to des se li -

vro em mar ço des te ano aqui em Mos -so ró, na Si ci lia no, e a mi nha tia MaryEs ter me li gou, avi san do da Fei ra do Li -vro. Eu me in te res sei em tra zer de no -vo, pois con si de ro um mo men to im -por tan te pa ra mos trar es se tra ba lho.Tam bém é im por tan te res sal tar que sem -pre es cre vi sem a pre ten são de pu bli car,es cre vi sem pre por pra zer, pa ra re la xar,e a Ma ria do Ma to foi o pri mei ro tra ba -lho que a edi to ra Se ven Sis ter quis pu -bli car. Con si de ran do que eu não mepreo cu pa va com es pa ço, e sim com ocon teú do, ele fi cou com mais de 500 pá -gi nas e na ho ra de dia gra mar a edi to raachou por bem di vi dir a his tó ria em doisvo lu mes. Na fei ra ven de re mos os doisvo lu mes.

CO MO as pes soas têm aces so àhis tó ria e ou tros de ta lhes so bre seuli vro e so bre vo cê?

CRIEI um blog pa ra a "Ma ria do Ma -to", que é owww.mariadomato24x7.blogs pot.com,e quem qui ser en trar em con ta to po dese co mu ni car atra vés do meu e-mail: fvi [email protected].

Jor nal de Fa to Domingo, 7 de agosto de 20115

Canindé Soares

Page 10: Revista Domingo 07 de agosto

Fim de mais uma etapa

C U L T U R A

6 Domingo, 7 de agosto de 2011 Jornal de Fa to

O projeto Sanfônicas Potiguares encerra maisuma etapa de atividadese consolida a formaçãode novas orquestras sanfônicas em maisduas cidades potiguares

Orquestra e alunos se apresentaramno Cidade Junina em junho

Orquestra e alunos se apresentaramno Cidade Junina em junho

Page 11: Revista Domingo 07 de agosto

Jor nal de Fa to Domingo, 7 de agosto de 201111

Bas ta ob ser var em pa da rias e pe las ruasmais mo vi men ta das da ci da de e mer ca -dos pú bli cos: há sem pre pon tos que ven -dem o tí pi co pas tel zi nho de car ne, de quei -jo e de ou tros re cheios. Seu sa bor e pre -ço são po pu la res e per mi tem o acom pa -nha men to a mo lhos que va riam do pi can -te, tár ta ro ao ro sê e as be bi das do ca féquen te à cer ve ja ge la da.

O su ces so do pas tel po de ser ates ta -do em al guns res tau ran tes da ci da de queofer tam ta ma nhos exa ge ra dos de pas teison de co mem mais de qua tro pes soas ouem ba res que ser vem o pas tel fri to na ho -ra, se qui nho em for ma to me nor.

O que pou cos sa bem é que de vi do aes se su ces so há até quem se es pe cia li zena ati vi da de de fa zer pas téis e criar sa bo -res di fe ren cia dos de re cheios.

O mes tre pas te lei ro Se ve ri no Jo sé é na -tu ral de Gra va tá, in te rior de Per nam bu -co, e atua há 16 anos no ra mo de gas tro -no mia, com ha bi li da de pa ra do ces e sal -ga dos, mas sua ex pe riên cia mais gra ti fi -

Lanche, petisco, aperitivo. É difícil resistir ao pastel e há até especialista criando e elaborando recheios para tornar o alimento ainda mais irresistível.

Pastelde boteco

P A L A D A R

Pastel frito, crocante, recheiogeneroso e pastel de forno: Também há técnica e alguns segredinhos para um bom pastel

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10 Domingo, 7 de agosto de 2011 Jornal de Fa to

‘É necessário que os professores conheçam os caminhos que a tecnologia indica para demonstrar alguns conteúdos práticos em forma de multimídia’,afirma Araceli Sobreira Benevides, professora doutora em Educação pela UFRN

li vro di dá ti co. É o pró xi mo pas so donos so pro je to", dis se Mer ca dan te namí dia. O mi nis tro es te ve no Uru guaion de to dos os alu nos da re de pú bli catêm um micro-computador por tá til eto das as es co las têm aces so à in ter net.

Com a que da no pre ço des sa tec no -lo gia e ten do em vis ta o al to cus to da com -pra de li vros, o pro je to do go ver no po -de vi rar rea li da de até por que em São Pau -lo a ex pe riên cia já es tá sen do fei ta.

O Rio Gran de do Nor te tam bémcon tri buiu com a ideia quan do ain dano ano pas sa do dis tri bui cen te nas decom pu ta do res no te books pa ra pro fes -so res com o ob je ti vo de per mi tir es seuso mais fre quen te no tra ba lho do en-sino-aprendizagem. De pois vie ram in -for ma ções de pro fes so res que ven de -ram os com pu ta do res, de ram aos fi lhosou sim ples men te des pre za ram o equi -pa men to por não sa ber co mo usá-lo.

"Os pro fes so res pre ci sam de umafor ma ção que in di que co mo tra ba lharcom as no vas mí dias, com a tec no lo gianão co mo o úni co meio de di na mi zar asau las, mas co mo uma no va pos si bi li -da de de in te ra ção com os sa be res con -tem po râ neos. É ne ces sá rio que os pro -fes so res co nhe çam os ca mi nhos que atec no lo gia in di ca pa ra de mons trar al -guns con teú dos prá ti cos em for ma demul ti mí dia", afir ma Ara ce li So brei raBe ne vi des, pro fes so ra dou to ra em Edu -ca ção pe la UFRN, de "Pro du ção Tex -tual", "Lei tu ra e Le tra men to" e da equi -pe de do cen tes do mes tra do em Edu -ca ção da Uern que ini cia rá suas au lasem 29 des te mês.

Pa ra Ara ce li, a en tra da do mun do datec no lo gia em sa la de au la é bem vis tapor ela, des de que os pro fes so res re ce -bam orien ta ção tan to na for ma ção aca -dê mi ca co mo na prá ti ca.

"Li da mos dia ria men te com sa be res devá rias or dens, por is so, os fu tu ros/as pro -fes so res/as ne ces si tam en ten der que es sastec no lo gias são re cur sos pa ra ge ra ção desa be res e não so men te re cur so di dá ti co co -mo um ti po de au la mo der na, ou avan ça da.Há de se ter cria ti vi da de e cri ti ci da de notra ta men to da do a es sas tec no lo gias que nosche gam ins tan ta nea men te no mun do e nãoes ta mos alheios a elas, por que as in cor po -ra mos no dia a dia", res sal ta.

FOR MA ÇÃO E FA MI LIA RI DA DEMas a pro fes so ra Ara ce li ga ran te

que no que com pe te à Uni ver si da de Es -ta dual, es tas ques tões já são dis cu ti dasain da na for ma ção dos fu tu ros pe da go -gos com dis ci pli nas que tra ba lham a re -la ção do pro fes sor com as tec no lo giasden tro da gra de cur ri cu lar. A pró priaUern, co mo uma ins ti tui ção de en si -no, es ti mu la que os alu nos aces sem o

con teú do de sua bi blio te ca vir tual on -de pe rió di cos po dem ser li dos e bai xa -dos gra tui ta men te, além de um re la -cio na men to en tre alu no e pro fes sor quecon ti nua de pois da au la, atra vés da In -ter net no por tal do alu no ou do cen te.

"Os alu nos têm aces so a sua vi daaca dê mi ca atra vés do por tal, suas no -tas, dis ci pli nas a pa gar, o que o fa mi -lia ri za com es sas op ções per mi ti das pe -la tec no lo gia", res sal ta. EX PE RIÊN CIASNu ma es co la par ti cu lar de Mos so -

ró, as au las de in for má ti ca já acon te cemcom as crian ças a par tir dos qua tro anosde ida de. A coor de na do ra pe da gó gi cain fan til Joa na D'arc ex pli ca que as au -las rea li za das uma vez por se ma na nasa la de in for má ti ca e ao me nos uma vezpor se ma na na sa la de mul ti mí dia sãofer ra men tas pa ra fa ci li tar o apren di za -do das crian ças.

"A uti li za ção de re cur sos mul ti mí -dia en ri que ce bas tan te as au las e quan -do se faz o pla ne ja men to de au las já sepen sa no uso des ses re cur sos", ex pli caa coor de na do ra.

Den tro da sa la, os alu nos são acom -pa nha dos pe la pro fes so ra de sa la queem con jun to com a pro fes so ra de in -for má ti ca pre pa ram jo gos e si tes comba se no con teú do de sa la de au la:

"Eles apren dem de ma nei ra lú di ca e mui -tos con ti nuam es se apren di za do com oscom pu ta do res em ca sa", ex pli ca a pro fes -so ra in fan til Lua na Cris ti na.CO MO FA ZERA pro fes so ra dou to ra Ara ce li Be ne -

vi des dá di cas im por tan tes pa ra se tra -ba lhar con teú dos e lei tu ras com ba seem fer ra men tas tec no ló gi cas.

Os pro fes so res po dem mos trar aoses tu dan tes a va rie da de de gê ne ros dis -cur si vos e de di fe ren tes lin gua gens quecir cu lam na re de mun dial: há o tra ba -lho com a ima gem, com as mú si cas, coma Ar te.

"Ve ja a quan ti da de de mu seus quedis po ni bi li zam o aces so a obras de ar -tis tas fa mo sos. En tão, os re cur sos datec no lo gia, nes se sen ti do, só con tri -buem pa ra a for ma ção hu ma na e cien -tí fi ca dos apren di zes", res sal ta a pro -fes so ra Ara ce li.

Por par te do alu no, a pro fes so ra re -fle te ain da que é pre ci so sa ber o quefa zer com os co nhe ci men tos ge ra dosa par tir das in te ra ções com a tec no lo -gia. "Os alu nos pre ci sam es tar pre pa -ra dos pa ra en ten der es ses co nhe ci men -tos e tam bém pre ci sam ge rar co nhe ci -men tos, pa ra não se rem me ros 'trans-missores' ou me ros 'receptores'", com -ple men ta.

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Jor nal de Fa to Domingo, 7 de agosto de 20117

da necessidade de se difundir a músi-ca juntando todos os caracteres re-gionais. É uma fusão dos ritmos toca-dos em todo o Brasil, desde a toada ser-taneja até o frevo. Cláudio Araújo jáministrava aulas de acordeom quan-do resolveu, em 1999, formar um gru-po, no que resultou na orquestra.

O grupo é composto atualmente por22 pessoas com 12 sanfoneiros, quatro per-cussionistas, um regente e outros. São eles:Cláudio (27); Muriçoca (58), Zé Pequeno(59); Neném (12); Gianinni Marques (19);Diego (21); Josivan (28); Hulda Nunes (58);Marcondes (23); Jéssica (16); Aldivan (30);Jéferson (20) e Wilson (12).

A alegria, a satisfação e o esforço reco-nhecido através das notas tocadas em con-junto e de forma harmônica abrem umlargo sorriso no rosto do músico CláudioHenrique Araújo. Em busca de novos "san-foneiros", ele e os monitores músicos in-tegrantes do projeto Sanfônicas Potigua-res deram início à segunda etapa do proje-to no ano passado. Agora, após sete me-ses de aulas nas cidades de Areia Branca eAngicos, o trabalho se encerra com bonsresultados.

O projeto Sanfônicas Potiguares, quecontou com o patrocínio da Petrobras eapoio do Governo do Estado do Rio Gran-de do Norte, através da Lei Câmara Cas-cudo de Incentivo à Cultura, realizou au-las gratuitas de sanfona para pessoas detodas as idades que se mostraram interes-sadas em aprender a tocar o instrumento.Ao final, as cidades contempladas com osprojetos formam orquestras sanfônicas,objetivo maior da existência desse projetocultural.

Segundo o coordenador do projeto,Cláudio Henrique Araújo, o projeto en-controu verdadeiros amantes da sanfonanas duas cidades dessa segunda etapa e en-controu o apoio necessário para que o tra-balho evoluísse.

"Os alunos em Areia Branca e Angi-cos mostram-se dedicados às aulas. Isso,certamente, refletiu para que apresentas-sem um trabalho melhor ao final do pro-jeto", ressalta Cláudio.

As aulas eram realizadas sempre aossábados em prédios cedidos pelas Prefei-turas das cidades. "Os Municípios entramcom apoio mínimo de infraestrutura, co-mo os locais para a realização das aulas elanche, quando há necessidade. No mais,todo o custo é do projeto", ressalta Cláu-dio Araújo.

O projeto também deve muito dessesresultados à dedicação de monitores, mú-sicos experientes como Hermenegildo Fe-lix, conhecido em Mossoró como "Muri-çoca", um dos integrantes mais antigos daOrquestra Sanfônica de Mossoró. "Her-menegildo é um dos instrutores que re-passam a arte de tocar a sanfona dentrodo projeto", reforça Cláudio.

Agora, as cidades de Areia Branca e An-gicos têm a missão de continuar dando su-porte aos sanfoneiros e suas orquestras, aexemplo do que já acontece nas cidades queforam contempladas com o projeto na pri-meira etapa, realizada em 2009. O projetovisitou as cidades de Mossoró, Assú e San-to Antônio do Salto da Onça (região Agres-te do RN). As cidades mantêm suas or-questras sanfônicas atuantes.

A ORQUESTRACom onze anos de existência, a or-

questra sanfônica de Mossoró nasceu

Aula com alunos em Areia Branca: empenho e interesse

Maestro Cláudio Henrique: ‘Estamos felizes com os resultados nas cidades’

Page 14: Revista Domingo 07 de agosto

A tecnologia está mais cedo ao alcance das crianças e nas escolas o conhecimento pode ser aliado ao uso mais frequentedessas ferramentas cabendo à instituição e ao professor seremmediadores desse conhecimento

A tecnologia está mais cedo ao alcance das crianças e nas escolas o conhecimento pode ser aliado ao uso mais frequentedessas ferramentas cabendo à instituição e ao professor seremmediadores desse conhecimento

C A P A

8 Domingo, 7 de agosto de 2011 Jornal de Fa to

Educaçãocom tecnologiaEducaçãocom tecnologia

Page 15: Revista Domingo 07 de agosto

Jor nal de Fa to Domingo, 7 de agosto de 20119

Desde um ano e meio de idade Gabriel se diverte com o tablet

Ga briel Mo rais tem ape nas dois ani -nhos, fa la "ma mãe", "pa pai", "gol", pro -nun cia pou cas pa la vras, é co mo to dacrian ça de sua ida de: Gos ta de brin care cor re pa ra o co lo da mãe quan do te -me al go ou al guém. Mas, dian te do ta -blet seus de di nhos cor rem ágeis de umcan to a ou tro da te la: apon ta, ar ras ta,abre pá gi na, vol ta e avan ça ima gens dosseus ví deos pre di le tos e jo gos, mes mosem sa ber ler.

Des de um ano e meio de ida de Ga -briel se di ver te com o ta blet. Os paisde Ga briel, Bru no Mo rais e Sa man da,lem bram que só vie ram a ter con ta tocom com pu ta do res na ado les cên cia eque não es pe ra vam que o fi lho pu des -se de mons trar tan ta ha bi li da de com ota blet que foi com pra do pa ra o uso dopai, mas es tá sem pre re ple to de coi sasque o Ga briel gos ta.

"Nós fi ca mos mui to sur pre sos. Bas -ta fa zer al go no ta blet que ele apren dee re pe te sem er ros. Ele mes mo abre,es co lhe o jo go ou ví deo que quer ver.Ele con tro la o equi pa men to", ex pli caBru no.

Ape nas fa ci li ta do pe la pla ta for masim ples e de co man dos ao to ques dosde dos, a ha bi li da de de Ga briel com oequi pa men to já cha ma a aten ção de pes -qui sa do res que ain da não en ten dem co -mo se pro ces sa o de sen vol vi men to e ode sem pe nho de crian ças que es tão es -ti mu la das com as no vi da des tec no ló -gi cas co mo a tec no lo gia "touchs cream",ou se ja, de co man dos que fun cio namcom o to que na te la do equi pa men to.

Não há na da de re sul ta dos, mas oque é cer to é que Ga briel com seus doisanos de ida de faz par te de uma ge ra -ção de crian ças que são es ti mu la das etêm aces so mais ce do a dis po si ti vos tec -no ló gi cos que al te ram o aces so a co nhe -ci men tos e, mais adian te, vão exi girmais do que qua dro e giz/pin cel pa rase in te res sa rem pe los co nhe ci men tosna sa la de au la de uma es co la.

As es co las sem pre as si mi la ram bemo uso de fer ra men tas tec no ló gi cas quepos sam aju dar no en si no. Mas des de omi meó gra fo e do re tro pro je tor, mui tatec no lo gia já che gou às es co las pú bli -cas e par ti cu la res sen do o uso de com -pu ta do res a mais fre quen te de las.

A maior ques tão é: se rá que os pro -fes so res e as ins ti tui ções es tão li dan dobem com es sa tec no lo gia pa ra ex plo -rar a fa ci li da de de apren di za gem des sascrian ças fren te a es sas fer ra men tas?

Uma pes qui sa fei ta pe lo Ibo pe emtre ze ca pi tais bra si lei ras no iní cio des -te ano de 2011 apon tou que, ape sar deter cres ci do a in fraes tru tu ra tec no ló -gi ca nas es co las pú bli cas, ain da há uma

gran de di fi cul da de de for ma ção de pro -fes so res e ges to res pa ra pen sar o en si -no de uma ma nei ra mais mul ti mí dia, ouse ja, adap tan do o co nhe ci men to e oscon teú dos a di fe ren tes for mas de ex -pla na ção e ex plo ra ção em for ma de ví -deos, áu dios, jo gos, tex tos que re me -tem a ou tros com po nen tes na pró priain ter net.

Pa ra com ple tar es se qua dro e umapreo cu pa ção ain da maior com es sa

ques tão, no úl ti mo dia 28 de ju lho, o mi -nis tro de Ciên cia e Tec no lo gia, Aloi -zio Mer ca dan te, anun ciou que o Go ver -no Fe de ral quer le var o ta blet pa ra aes co la pú bli ca e fa zer co mo ou tros paí -ses já es tão fa zen do:

"Tai wan já aca bou com o li vro di -dá ti co, só tem li vro na bi blio te ca. O alu -no lê to da a bi blio gra fia por meio do ta -blet que tam bém é um ca der no ele trô -ni co. A Co reia, em dois anos, não te rá