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CHAPADÃO DO CÉU: destino correto a 95% dos resíduos sólidos urbanos Esta publicação é impressa em papel 100% reciclado Dezembro / 2009

REVISTA ECOLÓGICA

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Revista Ecológica.

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CHAPADÃO DO CÉU: destino correto a 95% dos resíduos sólidos urbanos

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Agora, após o COP15, sabemos que nossos líderes mundiais não estão mesmo interessados em criar metas realizáveis para a redução do impacto de nossas atividades sobre o planeta. Assim, nossa responsabilidade é ainda maior.

O Presidente Lula aproveitou bem a inoperância e indecisão dos outros repre-sentantes mundiais para capitalizar para si (e também para o Brasil) uma posição de liderança em relação às intenções do encontro de Copenhague.

Faço votos que as metas propostas pelo Governo Brasileiro na Dinamarca sejam realizadas. Nossa vida no planeta depende de atos concretos que reduzam não só os gases de efeito estufa, mas o impacto de nossas atividades.

Vimos que a grande maioria dos políticos mundiais não têm o poder que alardeiam. Estão sujeitos a pressões do capitalismo ganancioso destrutivo, como disse Alan Greenspan, ex-chefe do FRB (Federal Reserve Bank), o Banco Central dos norte americanos.

É preciso que assumamos atitudes de redução de consumo em nossas vidas. Temos que aprender a utilizar os recursos não renováveis à nossa disposição de forma racional e inteligente.

É primordial que manifestemos nosso descontentamento para que nossos repre-sentantes eleitos tomem atitudes reais de acordo com as autênticas necessidades de sobrevivência da humanidade.

Mais importante ainda é que saiamos de discursos vazios e partamos para ações

concretas.Nesta edição

temos exemplos de empresas que fazem mais do que só cumprir a lei: executam ações socioambientais que não possuem uma ligação direta com suas áreas de atuação. São excelentes exemplos que devem ser seguidos por outras instituições, sejam elas de iniciativa privada ou pública.

Nós, da Revista ecoLÓGICA e da QI-Empresarial, assumimos várias metas de neutralização de emissões a partir de 2010. Na próxima edição revelaremos detalhes.

Bosco Carvalho

Nós somos responsáveis

[ C A R T A P A R A O L E I T O R ]

Bosco Carvalho

Assine Já!Ligue 3622 8074 ou mande um e-mail

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[ I N I C I A T I V A ]FIEG premia boas práticas ambientais

[S E R I E D A D E ]Eternit e o respeito ao meio ambiente

[ C O M P R O M E T I M E N T O ]Belcar Caminhões, responsabilidade e consciênciae EBM, atitude a favor do planeta

[ S U S T E N T A B I L I D A D E ]Itambé vence com uma troca de sucesso

[ E F I C I Ê N C I A ]Chapadão do Céu dá fi m ao lixão

[ E C O N O M I A ]O ganho ambiental da Halex Istar e Gênix farmacéutica de olho na preservação

[ E X E M P L O ]Conheça melhor o trabalho da Equiplex

[ E N T R E V I S T A ]Um bate-papo com Ary Soares dos Santos, superintendente do Ibama

[ E M P E N H O ]O que alguns meios de comunicação estão fazendoem favor do meio ambiente

[ T R A B A L H O ]HP Transportes, além de fazer bonito ainda educa

[ I N V E S T I M E N T O ]Mabel põe em prática projeto audacioso e tem ótimos resultados

[ R E S U LT A D O ]Shopping Flamboyant: exemplo de sucesso e respeito ao meio ambiente

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EDITOR EXECUTIVOBosco Carvalho

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EDITORA EXECUTIVAIzabela Carvalho

MTB [email protected]

EDITOR FOTOGRÁFICOEdmar Wellington

MTB [email protected]

COMERCIALAna Maria Camargo

[email protected]

COLABORADORALetícia Macedo

Bióloga

PROJETO GRÁFICOCarlos Nascimento

DESIGN GRÁFICO/DIAGRAMAÇÃOJuliano Pimenta Fagundes

DIRETORA INTERNACIONALElke Seiwert

[email protected]

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EXPEDIENTE

Edição 4 - Ano IIDezembro de 2009

SUMÁRIOSUMÁRIO

6 REVISTA ecoLÓGICA Edição 4 Ano II dezembro/2009 www.revistaecologica.net

[ I N I C I A T I V A ]

FIEG premia boas práticas ambientaisO Prêmio FIEG de Gestão Ambiental 2009,

reconhece a importância das boas práticas ambientais das empresas goianas. A premiação

é um incentivo para o setor produtivo: uma forma de conscientizar que é preciso discutir o uso adequado dos recursos naturais para atender às necessidades do agora e garantir seu uso às gerações futuras. O prêmio, que está na 4ª edição, é uma parceria en-tre a FIEG (Federação das Indústrias do Estado de Goiás), o SEBRAE e a SEMARH (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás). Paulo Afonso, Presidente da FIEG, salienta que, o importante é estimular as empresas, para que sejam em maior número a cada premiação. Segundo ele, o objetivo é que em Goiás, dentro de cada ramo de atividade, os empresários tenham consciência da importância de participar. “É um processo de consciência e ação, com a transformação de multas, em ações a favor da conservação ambiental”, frisa. O presidente da FIEG reforça que, a mudança da mentalidade do empresariado tem se refl etido de forma positiva na economia do Estado, com geração de empregos e a certifi cação das empresas com o ISO 14001. Paulo Roberto Freire, presidente da SEMARH, explica que o número de participantes tem cres-cido. “A repercussão do Prêmio é muito positiva, tem estimulado a preservação ambiental, orienta o empresário e é importante para a abertura de mercado no exterior”. O presidente do SEBRAE Goiás, João Bosco Umbe-lino, lembra que as empresas têm a responsabilidade de produzir de maneira sustentável, pois os danos ambientais serão pagos pelas gerações futuras. “Nossas ações são construídas dentro da lógica da sustentabilidade”, salienta.

Izabela Carvalho

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www.revistaecologica.net dezembro/2009 Ano II Edição 4 REVISTA ecoLÓGICA 7www.revistaecologica.net dezembro/2009 Ano II Edição 4 REVISTA ecoLÓGICA 7

[ S E R I E D A D E ]

Respeito ao meio ambiente

A seriedade com que trata o meio ambiente valeu ao Grupo Eternit, o primeiro lugar no Prêmio de Gestão Ambiental da

FIEG/2009, na categoria Atividade Industrial de Grande Porte. A empresa é um exemplo a ser seguido. Este é o segundo ano em que a companhia participa da premiação e tem, mais uma vez, as ações sustentáveis reconhecidas pela Federação das Indústrias. A fórmula do sucesso é a busca contínua pela melhoria, pautada no controle ambiental ao evitar a poluição, o desperdício de recursos naturais e em ações de preservação do meio ambiente. Para tanto, a empresa implantou mecanismos para re-dução dos impactos ambientais da atividade. Além de atender à legislação, a indústria busca inovações tecnológicas para melhorar a qualidade ambiental. Além do reconhecimento em Goiás, desde 2006 a companhia é certifi cada pela ISO 14001 de Gestão Ambiental, por meio de auditoria pelo órgão certifi cador (DNV - Det Norske Veritas). E em 2007, aderiu ao Pacto Global da ONU. A empresa conta ainda com a garantia da OHSAS 18001, de Saúde e Segurança no Trabalho, ISO 9001, de qualidade e com o Programa Setorial de Qualidade Crisotila (PSQ). O foco em ações que levaram a companhia às certifi cações e prêmios faz parte da cultura da empresa, que teve suas ações sistematizadas em 2006, com a adoção do Programa de Excelência em Gestão (PEG). A iniciativa é liderada por um grupo de trabalho multidisciplinar, que orienta as ações. Dentro do PEG, foi criado o Reciclanit, e em todos os postos de trabalho há coletores de materiais recicláveis. O que é coletado é encaminhado para cooperativas ou para empresas licenciadas. Esta foi a maneira encontrada pela Eternit para assegurar a correta destinação dos resíduos.

Izabela Carvalho

Leonardo Arcuri, Gerente de Fábrica da Eternit Goiânia, explica que, todo o equipamento empregado pela indústria tem como objetivo o controle operacional e evitar o desperdício. O resíduo gerado no processo produtivo volta para o próprio processo, inclusive as embalagens de matérias-primas. Como a companhia utiliza celulose na elaboração de seus produtos, a fi m de minimizar os impactos, substitui o material por jornais velhos. O consumo varia de 12 a 14 toneladas diárias. Consciente da importância de economizar e reaproveitar a água, além do monitoramento do consumo, a empresa capta dos telhados a água da chuva.

No processamento das matérias-primas, controles operacionais e monitoramentos, evitam que o material particulado produzido seja disperso no ambiente. O procedi-mento é efi ciente pela utilização de sistemas de despoeiramento (fi ltros de manga), aspiradores de pó fi xos e portáteis e varredeiras. Como parte do investimen-to que a Eternit faz pelo meio ambiente, desde 2004, realiza a Semana de Educação Ambiental, com palestras. Além disso, desen-volve projetos socioambientais de refl orestamento de áreas sem vegetação e preservação da mata ciliar do Córrego Taquaral, nas imediações da empresa, instalada na região sudoeste da Capital.

Respeito ao meio Respeito ao meio ambienteRespeito ao meio

Sem desperdício

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[ C O M P R O M E T I M E N T O ]

Responsabilidade e consciência

A Belcar Caminhões, conquistou o 2º lugar na categoria Comércio e Prestação de Serviços, do Prêmio de Gestão Am-biental da FIEG 2009. A premiação é o reconhecimento da efi ciência das ações realizadas pela empresa, que há 12 anos, é consciente de sua responsabilidade socioambiental. Ana Paula Moreira, responsável pela área na empresa, explica que a Belcar Caminhões é pioneira na rede, de ações ambientais. Por esta razão, já foi objeto para estudo de caso de ações ambientais. A partir deste, foi elaborado o manual da Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen Caminhões e Ônibus, em 2007. O material está em reedição.

Na Belcar Caminhões, o assunto meio ambiente saiu do discurso e tornou-se uma prática constante em todos os setores da empresa. Os ambientes possuem coletores seletivos. Os resíduos gerados pela em-presa são resultado da comercialização de caminhões, ônibus, peças e serviços. O material é depositado em local apropriado até ser encaminhado para destinação fi nal adequada. Os resíduos recicláveis que podem ser doados, são encaminhados para instituições sociais parceiras, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), que recolhe madeira. O material é trans-formado em peças artesanais comercia-lizadas pela instituição. O papel e fi ltros de ar, são encaminhados à Cooperativa

de Catadores de Materiais Recicláveis de Goiânia (COOPREC) e transformados em telhas de alta qualidade, resistentes. Os colaboradores são orientados para o cuidado ambiental. As famílias são envolvidas e premiadas em dinheiro pela economia de recursos.

Izabela Carvalho

EBM:Atitude a favor do planeta A EBM Incorporação SA, conquistou o terceiro lugar na categoria Atividade Industrial de Médio Porte, no Prêmio de Gestão Ambiental da FIEG 2009. O foco da empresa na gestão foi o respon-sável pelo reconhecimento. Enquadrada no Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), as obras são certifi cadas pela ISO 9001. As ações realizadas pela EBM a favor do meio ambiente, são pontuadas pelo Instituto Ethos. Além de parceria com a WWF.

Com 28 anos de atuação no mercado, a EBM está um passo à frente no setor da construção. As ações vão além das exigências legais. A responsabilidade socioambiental já faz parte da história da EBM, enquadrada entre as seis empresas que estão voltadas à produção mais limpa. Os canteiros das obras possuem coleta seletiva, economia de água e energia. Para reduzir a poeira nos canteiros, os resíduos são umedecidos. O progra-ma Obra Amiga do Vizinho garante o bom relacionamento. “Se ocorre alguma

reclamação, em até 72 horas, o problema é solucionado. O trabalho de concretagem acontece somente até às 19 horas”, diz Francisco Carlos Soares, coordenador de Meio Ambiente. No orçamento é destinado recurso específi co para manutenção dos tapumes, do início ao fi m da obra. Até 2012, toda a madeira utilizada nos canteiros, deverá ter certifi cação. Os fornecedores (cimenteiro e caçamba) trafegam por rotas pré defi -nidas. A emissão dos gases dos veículos é inspecionada.

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Izabela Carvalho

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[ S U S T E N T A B I L I D A D E ]

Troca de sucessoInvestimentos de R$ 5,5 milhões em alternativa energética rendem à Itambé prêmio ambiental

Izabela Carvalho

A substituição de BPF (combustível fóssil) na geração de energia para as caldeiras da fábrica da Itambé

Laticínios, em Goiânia, por cavacos de madeira, valeu à empresa o segundo lugar no Prêmio de Gestão Ambiental 2009. A empresa investiu R$ 5,5 milhões na ade-quação dos equipamentos que aproveitam os resíduos vegetais. A troca do combustível utilizado nas caldeiras é apenas uma das ações da Itambé focada na sustentabilidade. O engenheiro Maurício Petenusso, responsável pela En-genharia de Meio Ambiente, explica que a empresa tem realizado, nos últimos anos, ações voltadas ao aspecto sustentável. Ele salienta que, além de atender às exigências da legislação ambiental. A Itambé abre espaço para que a comunidade conheça a indústria e veja de perto que a mesma investe na preservação ambiental. “O objetivo é manter o contato com a

comunidade, principalmente os vizinhos. É importante que saibam o que fazemos”, comenta. Maurício afirma que, antes, a vizinhança atribuía o odor à ETE da indústria. “Eles puderam ver que, na realidade, trata-se do Meia Ponte.” Outro ponto salientado é de que a empresa está sempre pronta a dar retorno aos comentários e reclamações da comunidade do entorno. Maurício explica que, o conceito de gestão ambiental teve a indústria como ponto de partida. Tem sido difundido entre colaboradores e visitantes, nos pontos de venda e junto ao produtor rural, que faz parte da Cooperativa Itambé.

Economia A Itambé trata o aspecto ambiental com seriedade. Ao reutilizar água, a empresa economiza 40%. O uso de energia elétrica é feito de forma racional. O objetivo é evitar o desperdício. A empresa investe em

informativos, palestras e coleta seletiva. As informações são repassadas para colabo-radores, fornecedores e clientes. Em todos os procedimentos da empresa, o aspecto ambiental é levado em consideração. A substituição do combustível fóssil por cavaco representa uma redução equivalente a 136 mil árvores da Mata Atlântica.

Desenvolvimento Limpo Maurício explica que, o projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), já está em fase final de avaliação junto ao Ministério da Ciência e Tecno-logia, com 80% do mesmo concluído.

Capacitação Em 2008, a Itambé aplicou um ques-tionário junto aos 8.500 produtores de leite cooperados. 60% das perguntas eram referentes ao tema ambiental. A indústria planeja realizar eventos sobre sustentabilidade no campo.

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Adeus lixão[ E F I C I Ê N C I A ]

Chapadão do Céu dá destino correto a 95% dos resíduos sólidos urbanos

Izabela Carvalho

O reconhecimento da importância da preservação ambiental levou o município de Chapadão do Céu

a conquistar o primeiro lugar no Prêmio de Gestão Ambiental da FIEG 2009, na Categoria Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos. A administração municipal, ao implantar o Programa de Reciclagem e Compostagem do Lixo Urbano, em 2003, é recompensada pela premiação. Com a usina de triagem e compos-tagem que foi instalada no local, apenas 5% do que é coletado na cidade, é enviado para o aterro controlado. O município é localizado no Sudoeste goiano, e abriga o Parque Nacional das Emas. Em 2011, Chapadão do Céu irá concorrer à premiação com a implantação de tratamento de esgoto com plantas, a partir de um modelo francês. A informação é do secretário de Saneamento e Meio Ambiente, Josenildo Antônio da Silva, que visitou Paris recentemente com este objetivo.

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[ E F I C I Ê N C I A ]

Os 24 funcionários da usina enfardam papel, plástico, papelão, ferro e alumínio, principalmente. O material é comercializado. O resíduo orgânico vai para compostagem. Transformado em adubo, é utilizado nos canteiros da cidade. O chorume, que re-sulta do processo é estocado em tanques revestidos para que não haja contaminação do solo e lençol freático. Os resíduos do serviço de saúde, são incinerados por uma empresa terceirizada. Além do material vendido ainda é repassada parte do ma-terial gratuitamente, às escolas, à Casa do Artesão e a empresários locais, para confecção de artesanato e reaproveitamento de produtos. Para facilitar a coleta dos resíduos, foi distribuído para cada residência, um galão.

Josenildo explica que, para implantar a coleta seletiva, serão distribuídos dois. Com a usina, dos resíduos gerados pelos cerca de 8 mil habitantes de Chapadão do Céu, apenas 250 quilos são depositados no aterro. O município tem alcançado os objetivos do projeto graças à adesão da população. Josenildo afi rma que, o retorno fi nanceiro para os cofres do município é pequeno, mas que o investimento a favor do meio ambiente, cerca de R$ 800 mil, até 2009, “vale a pena”, completa. Josenildo comemora a premiação deste ano. Em 2003, o Programa de Reciclagem foi inscrito no concurso e fi cou em 3º lugar, o que já era motivo de orgulho. “Sempre tivemos a preocupação de cuidar do

meio ambiente e orientar a comunidade e os produtores rurais do município a fazerem o mesmo. O que gratifi ca é um reconhecimento como este”, frisa. Ele salienta que a economia de Chapadão do Céu está focada na agricultura “e agradece aos produtores por entender a importância de preservar o ambiente. Tentamos fazer o melhor possível pelo meio ambiente. Nosso objetivo é ter uma cidade bonita e exemplo de preservação“, reitera. O projeto conseguiu transformar a destinação do lixo urbano, de uma situação de prejuízo e dano material, em geração de renda, além de diminuir de signifi cativamente os riscos de contaminação. Ganhou o meio ambiente e a população. Com o trabalho focado na conscienti-zação da comunidade, Chapadão do Céu tem alcançado seus objetivos em relação à preservação ambiental. A administração municipal tem implementado campanhas e produção de materiais voltados à orienta-ção da comunidade sobre o Uso da Água, Saneamento e Tratamento do Lixo, com o tema: “Nem todo Lixo é Lixo”. Tudo em parceria com Agentes Comunitários de Saúde, Secretaria de Educação, PESMS e outros. Como no município ainda não foi implantada a coleta seletiva, na usina de triagem, instalada no aterro da cidade, ocorre a separação dos resíduos.

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[ E C O N O M I A ]

Ganho ambiental O ajuste de uma máquina para reduzir a rebarba das bolsas de polietileno fabricadas pela Halex Istar Indústria Farmacêutica, valeu à companhia o 2º lugar no Prêmio de Gestão Ambiental da FIEG 2009, na categoria Atividade Industrial de Grande Porte. Os investimentos com a regulagem do equipamento foram recuperados em cerca de sete semanas. A informação é de Cláudio Henrique Simão Silva, supervisor ambiental da empresa. “Por meio de parcerias com o Sebrae de São Paulo e de Goiás, foi realizado um treinamento na indústria”, explica Cláudio. A partir daí, encontraram a solução em um dos equipamentos e o resultado foi satisfatório. A empresa está sempre em busca de novidades e tecnologias que melhorem os resultados ambientais. Desde 2005, está focada em métodos de produção mais limpa. A indústria conseguiu ser a primeira farmoquímica de Goiás a atender os requisitos da ISO 14001. Esta é a 4ª edição do Prêmio de Gestão Ambiental da qual a empresa participa. Em 2007, conquistou o primeiro lugar.

Izabela Carvalho

Genix: Preservação A Genix Indústria Farmacêutica conquistou o 1º lugar no Prêmio de Gestão Ambiental FIEG 2009. É uma recompensa pelo empenho da empresa em preservar o meio ambiente. A implan-tação da gestão ambiental foi essencial para o reconhecimento. Há três anos, a empresa distribui mudas de árvores do Cerrado, no Dia da Árvore. A responsável pela gestão ambiental da empresa, Kelly do Prado, explica que, inicialmente, para atender à legislação,

garantir a saúde dos funcionários e preservar o meio ambiente, a Genix implantou o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS). O objetivo é gerir os resíduos de forma adequada desde o acondicionamento até a disposição fi nal. Em seguida foi implantado o Progra-ma de Coleta Seletiva, que consolidou o PGRSS. “Os resíduos separados são armazenados no Abrigo de Resíduos. Lá, são separados, pesados, acondicionados e vendidos às empresas de reciclagem”,

salienta. O dinheiro arrecadado é gerido pela associação de colaboradores e apli-cado em eventos relacionados à temática ambiental. A empresa realiza campanhas para redução de consumo de papel, energia e água. Focada na Educação Ambiental, a Genix criou o Geninho Verde. Conhecido entre os colaboradores quando o assunto é preservação ambiental. Uma cartilha explicativa é distribuída aos novos cola-boradores e aos clientes, para que estes conheçam o programa.

Izabela Carvalho

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Wladisleny Duarte, gestora em responsabilidade social, explica que, a indústria já

nasceu consciente de sua responsabilidade socioambiental, com uma concepção sólida e conseqüente em relação à questão. A APP na área da Equiplex, possui 2.500 m² e está totalmente recuperada. Ela conta que, há 25 anos, quando a empresa instalou-se, o local estava degradado. “Hoje, como já realizamos a recuperação da área pertencente à empresa, buscamos outros projetos como o da Serra da Areia para colaborarmos com a natureza”, comemo-ra. Além da recomposição da vegetação da APP, a Equiplex também cuida das nascentes que existem no local. Durante os projetos de Educação Ambiental rea-lizados pela empresa, alunos das escolas participantes, têm oportunidade de visitar a propriedade e ver de perto o trabalho a favor do meio ambiente. Aprendem na prática que é possível recuperar as áreas degradadas. A recuperação da vegetação local, o transformou em um espaço de descanso do qual os colaboradores po-dem desfrutar. Afim de consolidar a educação ambiental a indústria tem como aliada, uma cartilha. O material aborda o tema, focado na conscientização e é distribuída

nas escolas. Determinada em fazer sua parte na preservação do meio ambiente e na utilização racional dos recursos naturais, a Equiplex além de promover a educação ambiental, incentiva e apóia a reciclagem. “Temos a preocupação de dar a destinação correta a todos os ma-teriais. O exemplo que é dado aqui, os colaboradores levam para casa. Aprendem a importância da separação de materiais”,

salienta Wladisleny. Embalagens de papelão, são separadas. Papéis chamex utilizado na empresa, são doados à Associação de Combate ao Câncer. Os materiais que não podem ser reutilizados, são incinerados e os que podem ser reaproveitados com fi nalidades diversas, são comercializados. O valor apurado é revertido em benefício dos colaboradores da Equiplex.

[ E X E M P L O ]

Preservação na práticaA preocupação de conciliar produtividade e preservar o meio ambiente, tornou possível à Equiplex Indústria Farmacêutica, conquistar o 1º lugar do Prêmio de Gestão Ambiental da Fieg 2009, na categoria Atividade Industrial de Médio Porte. Em 2010, a empresa completa 25 anos e as ações já extrapolam os limites da área da empresa. Para o próximo ano, será lançado o projeto de recuperação da vegetação da Serra da Areia, em Aparecida de Goiânia,onde está instalada a indústria.

Izabela Carvalho

Recuperação da Serra da Areia: próximo projeto da indústria

Ganho ambiental

Genix: Preservação

14 REVISTA ecoLÓGICA Edição 4 Ano II dezembro/2009 www.revistaecologica.net14 REVISTA ecoLÓGICA Edição 4 Ano II dezembro/2009 www.revistaecologica.net

[ E N T R E V I S T A ]

Lula estadista

Ary salienta que, “Lula está tendo uma visão de Estado. Percebeu o potencial que o Brasil tem de se

impor num momento como este. Ele, por vias diversas, colocou o País nas questões globais, para tratar de economia, numa situação em que nunca fomos respeitados. Teve visão de colocar para o mundo, que tem uma carta forte e quer jogar. O está fazendo muito bem”, elogia. O superintendente do IBAMA-GO, afi rma ainda que, o Brasil estabeleceu metas muito arrojadas em relação às questões ambientais. Comenta que, em um período em que o País se alavanca, estabeleceu regras onde não é obrigado e vai transformá-las em lei. Na opinião

de Ary, Lula é um verdadeiro estadista que quer entrar para a história como alguém que fez algo de concreto. Em relação a Copenhague, comenta que a conferência deu um bom caminho para o que deverá ser feito nos próximos meses. “O mais importante é que saímos daquela história de que sustentabilidade é uma coisa para o futuro. Não é, não. O debate sobre sustentabilidade é um debate do momento. Importante para o desenvolvimento”, frisa. Na estada na França, o papel de Ary

foi como avalista, por parte do governo brasileiro, do trabalho que é proposto por Maria Teresa Umbelino, do Mo-vimento Brasil Mata Viva, na busca de fi nanciamentos para os produtores rurais melhorarem a cadeia produtiva. Ele salienta que, existe interesse do AFD em investir no programa e a participação do IBAMA-GO, fortalece a proposta de parceria. “Temos condições de emitir as certidões que comprovem todos os dados referentes às áreas preservadas. É um mecanismo de controle confi ável”, explica.

Ary Soares dos Santos

O superintendente do IBAMA-GO, Ary Soares dos Santos, em entrevista à Revista ecoLÓGICA, avalia posição do presidente Lula de forma positiva em relação à redução das emissões de gases do efeito estufa. Ary esteve em Copenhague, Dinamarca e comenta o COP15. Também visitou a França, onde tratou do PROLEGAL com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD - Agence Française de Développement). O objetivo foi o de consolidar e ampliar o programa dentro da parceria com o Movimento Brasil Mata Viva.

Sonia Braga (Cifarma) recebe de Ary Soares dos Santos (Ibama) o certifi cado do Prêmio FIEG 2009 de Gestão Ambiental

www.revistaecologica.net dezembro/2009 Ano II Edição 4 REVISTA ecoLÓGICA 15www.revistaecologica.net dezembro/2009 Ano II Edição 4 REVISTA ecoLÓGICA 15

[ E N T R E V I S T A ]

Campomanesia sp. Gabiroba, Myrtacea, uma dos vários frutos do Cerrado estudados pelo Programa Prolegal

Quanto aos investimentos para a redução de emissões, acredita que o ideal é que os recursos sejam canaliza-dos principalmente para mitigação dos danos ambientais. Pois acredita ser este o caminho para incentivar o fazendeiro que tem área preservada no Pantanal, Cerrado e Amazônia. “É com investi-mentos na mitigação que poderemos chegar no fazendeiro da Amazônia e fazê-lo ver que preservar compensa”, diz. Ary explica que esta é a proposta do PROLEGAL, que trabalha com o ativo ambiental, para que o Cerrado seja preservado, por exemplo. Esta é a razão pela qual o Instituto entrou em parceria com o Brasil Mata Viva. “O interesse do governo é certifi car as áreas preservadas como acontece na Europa e em outros países”, salienta. Na visão dele, está na hora de mudar a opinião de que o proprietário rural é o

vilão. Ary defende que, se a questão for vista desta forma, não haverá evolução. “Não pretendemos cobrar do proprietário em que época ocorreu a degradação. O importante é mostrar que, preservar é negócio”, completa.

PROLEGAL O Prolegal visa benefi ciar os produto-res rurais nas áreas de abrangência deste programa, por meio da estruturação de matrizes produtivas, incentivo a conser-vação de vegetação nativa e recuperação de áreas degradas. Outro ponto importante que despertou interesse da AFD, é o fortalecimento da gestão pública municipal. “Aqui, temos um programa muito bom do Ministério do Meio Ambiente de capacitação de gestores públicos municipais”, afi rma.

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[ E M P E N H O ]

Nas ondas do rádio O programa Conexão Ambiental, conquistou o segundo lugar no Prêmio de Gestão Ambiental da FIEG 2009, na categoria Educação Ambiental. Agraciado também pelo Prêmio CREA de Meio Ambiente, em 2008. “Abordamos os temas ambientais de uma forma simples. O resultado é que se consegue alcançar vários segmentos da população. São os exemplos simples mostrados no programa que permitem atingir o público de forma abrangente”, afi rma o jornalista Emmerson

Kran, um dos responsáveis. Com dois anos no ar, o Conexão Am-biental vai ao ar todos os sábados, das 8 às 9 horas, na Rádio Difusora. Na equipe do programa, além de Emerson, Rodrigo Nunes Leles e Dias Mendes começaram a despertar para a problemática ambiental nos tempos em que estudavam na UFG. Graças à disciplina Comunicação Comu-nitária, puderam viajar, conhecer outras localidades e compreender a necessidade de trabalharem pela Educação Ambiental. Daí surgiram os projetos voltados ao meio

ambiente, até chegar à rádio. Ao terminarem o curso, criaram uma ONG. Em seguida, receberam a proposta de parceria da Rádio Difusora para cria-rem o programa. Dia 10 de novembro, o Conexão Ambiental completou dois anos. São mais de 100 veiculações semanais, que apresentam reportagens elaboradas no decorrer da semana. Conta com a participação de entrevistados bem infor-mados na área ambiental. Isto tem dado ao Conexão Ambiental, a participação maciça dos ouvintes.

Comunicação e meio ambiente “Receber um prêmio como este é o reconhecimento pelo trabalho que temos realizado.” A afi rmação é de Rosângela Aguiar, uma das responsáveis pelo pro-grama Trilhas do Brasil. Agraciado com o 1º lugar na categoria, Comunicação Ambiental, pelo Prêmio de Gestão Ambiental da FIEG 2009. Esta foi a terceira conquista junto à instituição. Rosângela salienta que, o principal foco do programa, que levou à pre-miação, é a campanha Bioma Cerrado Patrimônio Nacional, Abrace Esta Idéia. Com o trabalho que realiza, voltado à preservação do Cerrado, acabou por se especializar e dominar o assunto. Há 8 anos no ar, o Trilhas do Brasil tem credibilidade junto ao telespecta-dor. É um exemplo da função social do

jornalismo. Desde quando foi lançado, recebe o apoio da TV Serra Dourada, graças à seriedade e competência com a as quais é dirigido. “É um programa sério e cada vez mais consistente”, observa Rosângela. “Temos um feedback fantástico da população. Colocamos em prática a Educação Ambiental em relação ao Cerrado. Mostramos na prática que é possível”, diz. O Trilhas do Brasil alcança vários segmentos da população. Os pequenos produtores rurais são exemplo. “Eles entendem da importância de cuidar do meio ambiente. Sentem na pele que devem preservar, recompor as matas ciliares, para garantir o abastecimento de água. Um faz, o outro vê e copia”, comemora.

Izabela Carvalho

Izabela Carvalho

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[ T R A B A L H O ]

Dupla premiaçãoHP impressiona e leva 2 prêmios da FIEG, mostrando a maturidade da empresa de transportes na área ambiental. Abaixo, o mascote da HP, na popularização de uma imagem ecologicamente correta

Izabela Carvalho

A HP Transportes foi agraciada com duas premiações do Prêmio de Gestão Ambiental da FIEG, 2009.

O primeiro lugar na categoria, Comércio e Prestação de Serviços e segundo lugar com Educação Ambiental Corporativa. O primeiro passo para conquistar tal reconhecimento foi em 1999, com a im-plantação do programa 5S. “Ele serviu de sustentação para a empresa chegar onde chegou, no quesito socioambiental”, salienta Tânia Leão, representante da Direção. Em 2008, a empresa implantou o reciclador de água. Com consumo de 190 mil litros diários, a economia chega a 80%. Na HP a premiação é uma conquista de todos. Certificada pelas ISO 14001 e 9001, a empresa mantém sempre presente o componente ambiental. Tudo passa por tratamento e as caixas separadoras são limpas frequentemente. Os veículos possuem uma rotina diária para atender à gestão eficiente. Quando os mesmos chegam à garagem para abastecimento, tem início a coleta de resíduos. Mensal-mente, são retiradas cerca de 1 tonelada de resíduos, dos 392 ônibus. A primeira etapa acontece com a varrição. Além do reaproveitamento da água, a HP possui uma central de resíduos. Com coletores instalados em toda a área da empresa, o material coletado é enca-minhado para a mesma. Após a troca, o óleo de motor é encaminhado a empresas que reciclam o produto. Lâmpadas, bate-rias e componentes eletrônicos, também possuem destino certo.

Nas ondas do rádio A conscientização já tem início no treinamento introdutório dos

novos profissionais. A empresa desenvolve ainda atividades focadas na educação ambiental como a Semana do Meio Ambiente, que ocorre anualmente. O concurso de boas idéias com sucatas da empresa já está na 2ª edição. A HP também implantou o Programa Qualidade de Vida,

que envolve familiares dos colaboradores. “Sabemos que deu certo quando as esposas e filhos vêm aqui. Eles comentam a mudança de

hábitos em casa, voltados ao meio ambiente”, salienta Tânia. Um importante aliado no trabalho de conscientização dos colaboradores é o Jornal Interno da HP Transportes. O veículo de comunicação sempre

traz material focado na educação ambiental e nas ações promovidas pela empresa empenhadas na responsabilidade socioambiental.

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Mabel mais verde[ I N V E S T I M E N T O ]

Embalagem ecológica da Mabel consolida visão do negócio sustentável, mostra alternativas práticas para as indústrias e ganha prêmio

Izabela Carvalho

A utilização da embalagem ecológica na nova linha de biscoitos cream cracker com fibras, garantiu à Mabel,

o 1º lugar no Prêmio de Gestão Ambiental da FIEG 2009, na categoria Atividade Alimentícia. Mas esta é apenas uma das ações da companhia pela sustentabilidade, que faz parte do DNA da empresa. Os profissionais da área ambiental estão sem-pre em busca de inovações e soluções para alcançar melhores resultados no que diz respeito à preservação e ao bem estar dos colaboradores. Para chegar aos resultados positivos, a participação da alta direção tem sido essencial. A mesma sempre apóia as ações sustentáveis A afirmação é de Desiree Carneiro de Oliveira, supervisora de meio ambiente. Este trabalho focado no desenvolvimento sustentável, é responsável por premiações e pela certificação 9001 e 14001. Em ja-neiro de 2010, a empresa passará pela 2ª auditoria de manutenção dos certificados. Está prevista para 2011 auditoria de recertificação. Quando pleiteou o certificado, conseguiu alcançar as metas 8 meses antes do previsto. Isto, devido ao empenho da companhia para fazer sempre o máximo quando o assunto é sustentabilidade. O setor de gestão ambiental da empresa tem sempre estado um passo à frente, inclusive das exigências da legislação. Por isto, quando foi feita a proposta de substituição das embalagens, “apesar do custo do produto, a presidência apoiou a troca, por entender a importância de investir na melhoria ambiental”, reitera Desiree.

“A experiência mostra que a coleta sele-tiva não é só uma questão de educação, precisa de gestão eficiente”, considera a supervisora. Ela salienta a importância do acompanhamento desde a separação

até a disposição final dos resíduos no aterro de Aparecida. “Um

colaborador acompanha o caminhão até o local.

Desta forma, consegui-mos evitar que materiais que ainda poderiam ser reaproveitados, sejam depositados de forma

incorreta. Com a gestão eficaz, desde a implantação

da coleta, houve uma redução de 9 quilos por tonelada para 1,5

quilos, de materiais. Além disso, a empresa instalou hidrômetros nos poços artesianos para monitorar o uso da água. Na produção são observados indicadores de rendimento e eficiência.

Desta forma, evita-se desperdício de matéria-prima e de embalagens. Mensalmente, todos os indicadores são avaliados. Marcos Aurélio Pimentel Cândido, especialista em Engenharia Ambiental, afirma que na área ambiental não é possível ficar na mesmice. “Nós estamos sempre incomodados e preocupados para conseguimos fazer o melhor”, comenta. Foi com este interesse e observação por parte de Desireé, que a ETE instalada na indústria, chegou à média de 92% de eficiência. A solução para alcançar este resultado positivo, foi colocar o sistema anaeróbio, que rodava durante 8 horas diárias, para operar du-rante 24 horas. “Antes disso, mesmo com os investimentos, os resultados ainda não eram satisfatórios”, salienta. Desiree e Marcos Aurélio concordam que a visão do presidente do grupo, Vi-cente Barros, tem sido importante aliada para os resultados positivos das ações da Mabel. Recursos para a área ambiental e gestão fazem parte do planejamento da empresa.

20% do lucro com

a comercialização do novo produto

é destinado às ações socioambientais realizadas pela

Mabel.

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[ R E S U L T A D O ]

Sustentabilidade empresarial

Izabela Carvalho

O Flamboyant Shopping Center conquistou o 3º lugar, no Prêmio de Gestão Ambiental da FIEG

2009, na categoria prestação de serviços. Este é mais um reconhecimento pelo trabalho que a empresa tem realizado com foco na sustentabilidade. O objeto do prêmio são as várias ações realizadas no Shopping Flamboyant e pelo Instituto Flamboyant. “O Shopping Flamboyant é exemplo de sustentabilidade empresarial”, salienta Rommel Sena, gestor do Instituto Flam-boyant. Esta é uma demonstração clara e

prática de que é possível ser sustentável, com vantagens para clientes, colabora-dores, comunidade e meio ambiente. Os cuidados vão desde a implantação de uma mini estação de tratamento de esgotos, à preocupação com a qualidade do ar dentro do shopping, com coleta seletiva de materiais. O trabalho se extende à comunidade, com os cursos oferecidos pelo instituto, entre eles, o Projeto Tecelagem, que reuti-liza materiais recicláveis para a confecção de bolsas e outros acessórios ecológicos. Além de evitar o desperdício de “matérias-primas”, ainda tem como objetivo o resgate

cultural. Os colaboradores são beneficia-dos com projetos como o que tem como benefício construção de casas com mão de obra voluntária dos mesmos. Rommel explica que, os projetos socio-ambientais são totalmente financiados pela empresa, sem qualquer incentivo fiscal. O sucesso alcançado foi possível graças à cultura sustentável do Flamboyant e às ações consistentes e integradas. O resul-tado é reconhecido nacionalmente, tanto que serve de base para a implantação de modelos semelhantes em outros shoppings no País. “No quesito Gestão Ambiental, estamos à frente dos outros”, comemora.

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