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75 SAGRADOS ANOS: MUITAS MEMÓRIAS, MARCANDO VIDAS, FAZENDO HISTÓRIAS!

Revista Eletrônica

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Revista Eletrônica 2º Anos

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75 SAGRADOS ANOS: MUITAS MEMÓRIAS, MARCANDO VIDAS, FAZENDO HISTÓRIAS!

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Editorial

Olá,

Preparamos uma edição comemorativa em homenagem ao Jubileu de Diamante do Colégio Sagrado Coração de Jesus, que traz como tema gerador de todo segmento I: “75 Sagrados anos: muitas memórias, marcando vidas, fazendo história!”.

Refletindo sobre a importância deste tema e relacionando-o com os assuntos já abordados no ano letivo, elegemos como subtema dos 2os.anos: “Uma viagem da América à África... Dois continentes unidos por um sonho!”

Apresentamos aos leitores artigos mais do que especiais, que englobam a história da nossa Instituição e da missão das Apóstolas na África.

Voltando nosso olhar para quem e onde tudo começou visitamos o Centro de Memória de Madre Clélia. Realizamos também, uma entrevista com a Irmã Beatriz que nos contou um pouco sobre sua vida religiosa, o trabalho das Irmãs e o grande sonho concretizado de Madre Clélia, que determinada em suas escolhas e objetivos na resposta ao chamado de Deus, fundou uma Congregação dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Congregação esta, que se expandiu em várias partes do mundo, graças as suas Apóstolas que deram continuidade ao seu sonho.

Por esse motivo, escolhemos conhecer e refletir sobre uma das missões que as Apóstolas realizam com tanto amor na África. Essa missão teve início em Dombe, na Província de Manica, Diocese de Chimoio, no dia 19 de Setembro de 1994, com a chegada das Missionárias Apóstolas pioneiras: Ir. Valeriana Coelho e Ir. Iracelis Souza Dias. É sobre toda a história da Instituição e dessa missão tão importante, que discorrem os demais artigos desta publicação. Eles expressam, à sua maneira, a valorização e a socialização da memória pessoal, cultural e comunitária da história deste Instituto, que possui o grande desejo de Madre Clélia: que suas Apóstolas levassem a todos os povos, nas mais diversas realidades sociais, a palavra que ilumina o verdadeiro AMOR do Sagrado Coração de Jesus por todos nós.

Vocês encontrarão fotos bem interessantes que ilustram e retratam os fatos que

aconteceram e que marcaram toda essa história.

Esperamos que vocês gostem do resultado deste trabalho que foi feito com muito carinho.

Boa leitura! Um grande abraço dos alunos dos 2ºs anos!

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CENTRO DE MEMÓRIA

Como iniciar nosso projeto pesquisando sobre a história dos 75 anos do nosso colégio e também sobre como a devoção ao Sagrado Coração de Jesus é capaz de unir dois continentes, sem conhecer quem idealizou tudo isso? Regida por um sonho e um coração transbordado de amor e fé, Madre Clélia Merloni, fez a diferença em nossas vidas. Nossa

história estará ligada a ela para sempre.Para conhecermos como tudo isso começou, fomos visitar o “Centro

de Memórias Madre Clélia”. Um lugar maravilhoso que mantém Madre Clélia presente e participativa em tantas vidas.

Objetos que pertenceram à Madre Clélia preenchiam nossos olhos de curiosidade... o terço que ela usava, o lenço, o gorro, documentos... Tudo isso nos surpreendeu!

Entre medalhas e chaveiros comemorativos do centenário da fundação do instituto, objetos enviados dos países que receberam as irmãs missionárias, uma vela um pouco menor que as crianças dos segundos anos, confeccionada para a celebração da missa dos cem agraciados anos de chegada ao Brasil, surgiu um objeto que somente o olhar não saciava nossa imaginação: A miniatura do navio que chegou ao Brasil com as primeiras irmãs.Soubemos também, que as cartas enviadas nesta viagem continuam intactas. O interesse por esta viagem e pelas cartas foi muito grande e tocar na miniatura foi irresistível!!!!!

Observando uma das paredes, pudemos perceber o

caminhar dos anos através das fotos das irmãs superioras. Antes, roupas escuras e longas, afinal vieram da Itália, um país com o clima bem mais frio que o nosso, porém permanecer em um país tropical requer algumas mudanças não é mesmo?

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Despedimo-nos do local, em frente ao mapa que destaca todos os países que as Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus estão em missão. De repente um questionamento aproximou-se, sem pedir licença, de nosso pensamento: Será que Madre Clélia soube de sua importância em tantas histórias?

Hoje sabemos que sua história faz parte de nossas vidas, e que nossas memórias a mantém viva em nosso Instituto.

A aluna Jeniffer da turma 121 ficou tão encantada com tudo que viu nesta sala que interessou-se em descobrir qual era moeda utilizada no Brasil na época da vinda das Irmãs para cá. Pesquisou com a ajuda da professora e descobriu que era o “réis”. Levou essa informação para casa e com seus familiares encontrou moedas de réis. Com muito carinho ela trouxe para a escola, procurou a pastoral e fez a doação das moedas para o “Centro de Memória”.

Parabéns Jeniffer por esta linda inciativa!!Abaixo a foto da aluna e um depoimento escrito por ela.

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CONHECENDO UM POUCO SOBRE MADRE CLÉLIA E SUA SERVA

Os alunos dos 2os anos entrevistaram a Irmã Beatriz, que os contou um pouco sobre sua trajetória religiosa e sobre a vida de Madre Clélia.

A Irmã Beatriz tem hoje 78 anos e entrou no Colégio Sagrado,como aluna, com 12 anos. Ela morava na Rua Tucuna.

Como aluna já costumava assistir a missa todos os dias às 6:30 da manhã, pois já era muito religiosa.

Ela contou que a escola era muito diferente. Todas as professoras eram Irmãs, só existia o prédio do “coleginho”, o recreio era somente para lanchar e não existia a cantina e a pracinha.

No período em que a Irmã estudou o uniforme era saia comprida, camisa e sapato e só estudavam meninas no colégio.

Ela sempre estudou neste colégio e saiu somente para fazer curso de música. Formou-secomo professora de canto em dezembro de 1953. Em janeiro de 1954 entrou no convento. Trabalhou com crianças pobres e doentes.

As crianças se emocionaram quando ela disse que já completou 58 anos de vida religiosa.

Estavam muito interessadas em saber como tudo começou... Então a Irmã contou um pouquinho sobre a vida de Madre Clélia.

Relatou que Clélia era uma criança como todas que estavam no auditório, mas que perdeu sua mãe aos três anos. Seu pai casou-se novamente e sua segunda mãe falava muito sobre a vida de Jesus. Assim Clélia tornou-se uma criança muito religiosa. Ela tinha devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Infelizmente, perdeu sua segunda mãe também. Seu pai queria que ela seguisse seus passos na sua empresa, mas Clélia queria seguir a vida religiosa.

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Depois de insistir muito, Clélia conseguiu que seu pai aceitasse sua escolha e fundou um Instituto chamado APÓSTOLAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS. Muitas pessoas a seguiram e esse Instituto cresceu. O Bispo a procurou e disse que o Brasil precisava de Irmãs para difundir o catolicismo. Elas trabalharam como professoras e em hospitais.

A Congregação começou a aumentar e foi aprovada pelo Papa.As Irmãs não ficaram somente na Itália e no Brasil, elas se espalharam pelo mundo com a

missão de cuidar e ajudar os mais necessitados.Hoje as Irmãs estão em missão em quatro continentes, sendo 14 países.

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HISTÓRIAS QUE DEIXARAM MARCAS... Turmas da manhã

No dia 17/10/2012 os alunos dos 2° anos do período da manhã tiveram a oportunidade de entrevistar as ex-alunas Patricia Reis Petty Couto e sua mãe Iraci Reis Petty Couto e a ex-professora da 4ª série Neuza Chameletti.

Com muito empenho, capricho e dedicação elas conversaram, responderam perguntas e mostraram por meio de cartazes, fotos e documentos do período em que estudaram no Colégio Sagrado Coração de Jesus.

Foi um dia muito significativo para todos os alunos e professoras, pois ficaram encantados com a história de vida de cada uma delas. Perceberam que o Sagrado marcou a história de cada uma, assim como elas também marcaram a história do Sagrado.

Abaixo fotos que ilustram este maravilhoso momento e os depoimentos das entrevistadas.

“Relembrar bons momentos, as amigas, professores e poder estar contando um pouquinho dessas lembranças na sala de aula da minha filha e seus coleguinhas realmente foi um momento mágico. Principalmente porque fomos acolhidas com muito carinho. A escola cresceu muito, mas a dedicação, competência, organização e respeito permanecem inabaladas. Eu sempre digo “ Sejam bons amigos para os seus amigos” porque é muito gostoso você poder reencontrar com amizades de escola e não ter do que se envergonhar... Sejam eles amigos, professores ou funcionários.Aprendi que a escola é a continuidade de casa, onde devemos ter respeito pelo próximo e pelos ensinamentos.

Quando plantamos amor, fé e dignidade com certeza no futuro iremos colher coisas boas também. Como toda mãe quer o melhor para o seu filho, eu não tive dúvidas em proporcionar a mesma base sólida de educação para a minha pequena. Olhar para o passado e sentir orgulho do que se viveu, é consolidar um futuro melhor.”

Patricia Reis Petty Couto

“Com a alegria de perguntas dos alunos das turmas 121, 122 e 123, o Colégio Sagrado de 40 anos atrás, foi lembrado e mostrado com depoimentos, experiências vividas e muitos fatos da época. As crianças queriam saber desde o tamanho das salas de aula, modelo das carteiras, se já existiam as piscinas e quadras, até o uniforme escolar usado naquele tempo.Conforme as comparações iam surgindo, os alunos concluíam que em qualquer época, o que motiva o crescimento de uma pessoa é a sede de saber e que ela não termina nunca, pois a educação é um processo contínuo e inacabado.Com grande interesse, confirmaram que o caminho que eles trilham agora, precisa ser construído com amizade, colaboração, esforço, tendo como nossa marca, a verdade, para ao olhar para trás, sentirmos orgulho da sua atuação.”

Neuza Chameletti

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“Ah... Quantas lembranças, quantas emoções meu coração reviveu através de olhos brilhantes de crianças curiosas, alegres e cheias de amor...Falar do Sagrado é como uma viagem no tempo em que a família se estendia para dentro de uma Instituição respeitada, erguida solidamente por Irmãs que a tudorenunciaram em prol da Fé e do amor ao Sagrado Coração de Jesus.E falar da dignidade dos professores que com competência, esforço e dedicação consolidaram cada tijolo, cada caráter em formação, que hoje se destacam na nossa sociedade, como ser humano de qualidade. Ao ingressar no Sagrado, nos anos de 1961, nos anos dourados de uma feliz geração, não sabia eu que se perpetuaria em meu coração de forma indelével amigas maravilhosas, professores competentes que iriam fazer de mim, uma mãe, avó e cidadã exigente quanto a qualidade de vida, de escolhas e conduta diante dos embates da vida, com fé, realismo e otimismo. O Sagrado representa para o bairro, para as famílias e para a sociedade em si, como a garantia de que vale a pena acreditar na força de uma base consolidada no respeito ao mestre e na educação. Não pensei duas vezes ao escolher o Sagrado como continuidade na formação de minha filha, que reviveu iguais momentos, manteve a dignidade de atitudes, todas fundamentadas pela família e escola. Atualmente vivencio o crescimento desta Instituição pelo brilho dos olhinhos da minha netinha...”

Iraci Reis Petty Couto19/10/2012

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HISTÓRIAS QUE DEIXARAM MARCAS... Turmas da tarde

Entrevista com uma “ex” aluna

Tivemos o privilégio de conversar com uma “ex” aluna do Sagrado. Ela nos contou suas memórias, revivendo o seu passado conosco. Foi um momento muito especial e emocionante para todos nós, pois através do relato dessa “ex” aluna pudemos vivenciar um período histórico do nosso colégio.

- Qual é o seu nome e qual a sua idade?Eu me chamo Neide e tenho 72 anos.

- Quando iniciou a sua vida escolar

aqui no colégio? Em 1945, eu tinha 5 anos de idade, e estudei

- Por que a sua família escolheu esse colégio para você estudar?Por causa do ótimo ensino, eu morava perto do colégio e naquela época a religiosidade era muito

presente e importante.

- Como eram os uniformes naquela época?Era sapato fechado preto, meia 7/8, saia até a altura da meia, não podia aparecer as pernas. Tinha

também suspensórios largos, gravatinhas e boina. As meninas não podiam pintar as unhas ou usar maquiagens e também não podiam usar nenhum tipo de acessório.

- O que achou da formação que teve aqui no colégio? O ensino foi excelente, aprendi latim, sociologia, francês e inglês, tinha também aulas de balé.

- Como eram as aulas de educação física? As aulas eram bem diferentes, não tinha todos os recursos que vocês têm hoje, por exemplo, para treinar

o equilíbrio, usávamos sacos de areia. E também não tínhamos uniforme, nós usávamos shorts em baixo da saia.

- Como era o lanche?Na minha época não tinha cantina como é hoje, tinha apenas um quiosque que abria somente na hora do

recreio, mas eu trazia lancheira de casa com suco ou leite com chocolate.

- Como era a relação das irmãs com os alunos? Elas eram muito rígidas em relação a moral e aos costumes.

- Como eram as salas de aula naquela época?As salas eram parecidas com as de vocês, mas as mesas eram fixas no chão.

aqui até os meus 18 anos.

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- A Pompéia sendo um bairro de muitos imigrantes italianos havia muitos alunos filhos de imigrantes?

Havia alguns, mas não percebia diferença cultural.

- Como era a disciplina na sua época de estudante?Como já disse as Irmãs eram muito rígidas e as

professoras eram mais sérias, existiam castigos, como por exemplo, ir para frente da sala e ficar olhando para a parede, sentar de costas e escrever a mesma frase diversas vezes no caderno.

- Nos conte uma saudade que sente daquele tempo. O que mais sinto saudade daquela época são as

amizades, gostava tanto do colégio e das pessoas que quis continuar até o ensino médio.

- O que foi mais significativo em sua vida escolar? Algo que me marcou bastante foi o curso de piano que fiz durante 8 anos de conservatório.

Entrevista com um “ex” professor

Para enriquecer ainda mais as nossas investigações e descobertas sobre as histórias que deixaram marcas no nosso colégio, convidamos um “ex” professor para uma entrevista, que nos contou com muito carinho momentos especiais que viveu aqui. Os alunos entusiasmados com os relatos fizeram perguntas interessantes que enriqueceram ainda mais esta vivência.

- Qual é o seu nome e quantos anos você tem?

Meu nome é Rui e tenho 58 anos.

- Quando começou a trabalhar no nosso colégio?Comecei a trabalhar no colégio em 1986. Há 26 anos, quando as turmas tinham apenas meninas.

- Que disciplina você lecionou na nossa escola?Lecionei desenho artístico, arquitetônico e geométrico. Alguns instrumentos faziam parte do meu dia a

dia com os alunos, como: a régua T, transferidor, compasso e esquadro.

- Por que escolheu esta profissão? Difícil de responder. Sabia o que não queria ser: médico, dentista, jogador... Sempre gostei muito de

desenhar e pintar. E tenho imenso prazer em ensinar o que sei fazer de melhor.

- Por que resolveu parar de trabalhar?Por que trabalhei durante 35 anos e quis fazer outras atividades, como: exercícios físicos e jardinagem em

minha chácara. Gosto também de pintar quadros e de trabalhos manuais.

- Você sente saudades da época que trabalhou aqui?Sim. Sinto muitas saudades dos jovens, adolescentes, da mente aberta dessa juventude.

- Quais mudanças ocorreram desde 1986 até os dias de hoje?A disciplina mudou muito. Os alunos eram mais respeitosos, aplicados, estudiosos e interessados. O

relacionamento professor-aluno era mais saudável.

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ESPAÇO DE MEMÓRIAS

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A missão

Madre Clélia nasceu em Forli na Itália em 10 de março de 1861, passou uma infância muito difícil, mas sua fé nunca foi abalada, pois desde pequena foi tocada pelo Sagrado Coração de Jesus, e nunca se sentiu desamparada por ele, colocando sua vida a serviço da fé. Sendo assim, em maio de 1894, já envolvida com a vida religiosa, fundou o Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, deixando sua marca carismática para que o Coração de Jesus fosse cada dia mais conhecido e amado.

Após 6 anos da fundação do Instituto, Madre Clélia desejosa de tornar conhecido e amado o Sagrado Coração de Jesus e socorrer os mais necessitados decidiu que sua missão deveria ser

expandida para outros continentes, sendo assim, em 1900 as primeiras Apóstolas chegaram ao Brasil. O tempo foi passando, as necessidades aumentando e o Instituto foi crescendo. Hoje as

Apóstolas estão presentes em quatro continentes, sendo 14 países: Itália, Brasil, Estados Unidos, Suíça, Albânia, Paraguai, Argentina, Chile, Moçambique, Benin, México, Filipinas, Haiti e Taiwan.

Em 19 de setembro de 1994, as Apóstolas chegaram ao continente africano. Oficialmente, a missão em Moçambique, começou no dia 25 de Março de 1995. Com muita garra e grande entusiasmo, deram início a Educação Escolar, com apenas 40 crianças. Em 1998 em Maputo – capital de Moçambique, assumiram a direção da Escola Secundária Força do Povo, que em 2007 foi desmembrada em duas: a Escola Primária Completa da

Imaculada e a Escola Secundária Força do Povo, e após 17 anos de trabalho, são responsáveis pela educação de mais de 1400 crianças.

Madre Clélia faleceu em Roma, no dia 21 de novembro de 1930, mas o seu sonho continua vivo e presente até hoje nos corações das Apóstolas do Instituto e de todos que fazem parte desta “família”.

Vamos embarcar em uma viagem por Moçambique - África, e conhecer um pouco mais sobre o sonho da Madre Clélia?

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UMA VIAGEM PELO SKYPE Nos dias 22 e 23 de outubro, os alunos vivenciaram uma atividade inédita. Realizaram uma entrevista, com os alunos e com a diretora Irmã Maria de Lourdes Costa da Escola Primária Completa da Imaculada que está situada na periferia da cidade de Maputo, capital de Moçambique. Já haviam assistido a um Power Point com imagens e um pouco da história desta escola, que é pública e segue as regras e normas vigentes do país. A Irmã Lourdinha, agora diretora da escola, já trabalhou no Colégio Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo. Com seu total apoio e auxílio, os alunos conseguiram conversar, via Skype, com alguns dos 1412 alunos africanos. Tanto os nossos alunos como os da África demonstraram muito interesse pela rotina escolar, o modo de vida, hábitos e costumes uns dos outros.

Foi uma ótima oportunidade para retomarem alguns conteúdos trabalhados em História e Geografia, que destacam as semelhanças e diferenças entre as crianças ao redor do mundo, e perceberem que os novos recursos tecnológicos podem aproximar mundos distantes e diminuir as distâncias. Toda essa comunicação se deu de maneira muito educada, carinhosa e acolhedora. Foi um momento mágico e encantador!!! Eles conversaram sobre a rotina escolar, as brincadeiras e brinquedos preferidos, comida típica, a moeda local, entre outros assuntos. A curiosidade só aumentava e a cada pergunta respondida era possível observar os alunos com os olhos brilhando de empolgação, admirados com as diferenças culturais e felizes com essa oportunidade incrível.

Esse contato foi muito significativo para os alunos dos 2os. anos perceberem que, mesmo em continentes diferentes, é possível encontrar crianças como eles, felizes, animadas e com muitos desejos em comum. Assim como, foi muito importante observar o trabalho das Apóstolas que, com muito amor e dedicação, colocam-se à disposição do trabalho missionário, levando a todos o amor de Madre Clélia.

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Criança Criança és uma flor que nunca murcha,

uma estrela que não perde o brilho.

O teu sorriso é mais brilhante que um diamante.

Um sorriso teu vale mil moedas de ouro.

Quando tu sorris de noite pareces a lua, tão brilhante.

Criança tu és a salvação da nossa nação.

Um dia as tuas mãos serão o sustento da nossa nação.

Poema enviado pelo aluno Carlos Yazaldo Zevo - 5 ª classe B - Moçambique – Maputo

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CONTOS AFRICANOS

Os alunos dos 2os anos receberam a visita de uma contadora de história que, com a participação das crianças, dramatizou o conto africano abaixo:

Conto Africano - POR QUE A GIRAFA NÃO TEM VOZ

Houve uma época em que os animais da floresta falavam todos a mesma língua. A girafa gostava de se vangloriar dizendo que era a rainha dos bichos porque tinha o pescoço mais comprido. Como era mais alta que os outros, costumava ficar olhando para o céu e conversando sozinha consigo mesma. Os outros bichos logo começaram a se irritar com essa mania da girafa, especialmente na hora em que tentavam tirar uma soneca depois do almoço. Irritados, começaram a traçar um plano para silenciar a chata da girafa. O leopardo foi até a grandalhona e provocou: ___ Você fica aí contando vantagem o dia inteiro, mas tem coisas que não sabe fazer. A girafa, que era muito atrevida, gritou: ___ O que por exemplo? ___ Correr mais rápido do que eu _ desafiou o veloz leopardo. ___ Aceito _ respondeu a girafa, sem pestanejar. ___ Me avise a hora e o lugar. O dia da corrida foi logo marcado. O leopardo, certo que ia vencer, convocou todos os animais da floresta para vê-lo derrotar a grandona. Os bichos correram para se divertir e torcer pela derrota da girafa. Assim que foi dada a largada, os dois saíram em disparada lado a lado, mas logo o leopardo tomou a dianteira. Corria tanto que acabou chocando-se contra uma árvore e teve de abandonar a competição. A bicharada ficou muito decepcionada ao ver a girafa se tornar campeã. Depois da vitória, ela ficou mais faladora ainda. Ninguém tinha mais paciência para aguentar aquele blá-blá-blá infindável. Até que o macaco, esperto como ele só, resolveu dar um jeito na questão. Ele tirou um bocado de resina de uma árvore e misturou-a na ramaria que a girafa costumava mastigar. Depois, escondeu-se, esperando a falastrona chegar para comer. As folhas prenderam-se no comprido pescoço da girafa e, por mais que ela tossisse e cuspisse, ficaram grudadas em sua garganta, calando-a para sempre. Daí em diante seus descendentes passaram a nascer sem voz.

Fonte: Histórias Africanas para Contar e Recontar - Rogério Andrade Barbosa

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Abaixo um conto moçambicano enviado pela Irmã Lourdinha, diretora da Escola Primária Completa da Imaculada – Moçambique - Maputo

Conto Moçambicano – O CÁGADO E O ELEFANTE

Certa vez, o Cágado e o elefante tiveram uma forte discussão. Depois, o Elefante gozou. - Oh, Cágado, que pernas curtas tens tu! O Cágado respondeu: - Eu tenho pernas curtas, mas posso saltar por cima de ti enquanto estiveres de pé! O Elefante, não acreditando , disse: - Hei, com essas pernas tão curtas , como podes saltar por cima de mim ? - Juro-te que posso - insistiu o Cágado. - Mentes! Tu não podes fazer isso! - O que me vais dar se eu o fizer? Questionou o cágado. O elefante pensou e depois respondeu: - Se conseguires , arrancarei um dos meus dentes para ti. O Cágado foi ter com um outro cágado seu amigo, a quem disse: - Tive uma grande discussão com o Elefante. Ele disse-me que me daria um dos dentes se eu conseguisse saltar por cima dele. Agora vamos trabalhar nisso... - Explica- se bem isso- pediu o amigo. É simples. Tu vais ficar no lugar onde eu iria cair se saltasse. Eu, do meu lado, vou gritar a informar que vou saltar e tu, do teu esconderijo , vais dar um pequeno salto para cima, voltando de novo para o chão. Depois de conseguirmos o dente, vamos vendê-lo e dividir o dinheiro - explicou o Cágado. O outro ficou muito satisfeito com a ideia e disse: - Agora entendi. Vamos a isso. Assim começaram a trabalhar. O segundo cágado foi esconder-se. O primeiro foi ver onde o Elefante encontrava. Então o Cágado ficou de pé, isto na posição de saltar. - Vou saltar! Avisou enquanto corria para se esconder. Do outro lado do Elefante, o segundo cágado saiu do seu esconderijo e gritou: - Ah! Ooh! – o mesmo barulho de quem cai. E perguntou: - Saltei? - Não pude ver muito bem – disse e Elefante . Salta de novo. Os cágados repetiram a esperteza e um deles perguntou: - Agora, saltei ou não? - Não tenho a certeza , confessou o Elefante. Os cágados repetiram uma vez mais a operação. Um deles disse. - Vou saltar, o outro gritou – Ah! Ooh! , como se estivesse a cair. O Elefante acabou aceitando, dizendo: - A discussão acabou. Arrancou um dente e deu- se ao Cágado. Agora , caro leitor, se um dia encontrar um elefante sem um dente, fique sabendo que é o desta história.

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OLIMPÍADAS 2012

Um evento muito importante que também aconteceu no ano de 2012 no Colégio Sagrado Coração de Jesus foi a “famosa” Olimpíada Esportiva, que teve como tema “Olimpíada da Amizade”, o evento mais esperado de todo o ano letivo. A Olimpíada é uma atividade planejada pelos professores de Educação Física do Segmento, com apoio da Direção e Coordenação. Os alunos, organizados em equipes, foram convidados a participar de diversas modalidades esportivas. Em 2012, além dos tradicionais futsal, queimada, câmbio e basquete, as crianças participaram também de competições de cabo de guerra, revezamento, pinobol, bola do meio, etc. Foram desafiados também a criar a Mascote da Olimpíada 2012 através de um desenho. Lindos desenhos participaram deste concurso, mas um se destacou. Os alunos adoraram o “super-herói”: o Capitão Amizade, mascote idealizada pelo aluno Rafael Franquini Migliore, da turma 123, e o elegeram como a mascote do ano de 2012

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Durante o período da Olimpíada a Mascote passeou pelo colégio, deu autógrafos, tirou fotos com as crianças, adultos, pais e funcionários. Com certeza essa mascote ficará marcada na história do nosso colégio e na vida dessas crianças No dia da abertura da Olimpíada os alunos da manhã receberam a presença ilustre do medalhista brasileiro Aurélio Miguel que conversou com as crianças e incentivou o esporte e o espírito de amizade. Em conversa com as crianças africanas descobrimos que eles também participam de Olimpíadas. Iniciam com uma olimpíada interna entre turmas e depois participam de uma olimpíada entre escolas.

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II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO

O Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, Província de São Paulo, realizou o II Congresso Internacional de Educação, nos dias 24 e 25 de agosto de 2012, na Universidade Sagrado Coração, em Bauru. Participaram mais de 700 educadores das unidades educacionais do IASCJ, e teve por objetivo aprimorar o conhecimento sobre a identidade do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus e da Pedagogia Cleliana dos educadores, garantindo a identidade e missão da Rede Sagrado que é oferecer uma educação acadêmica e cristã, que assegure a formação dos cidadãos reflexivos, autônomos, éticos, criativos e solidários.

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HOMENAGENS

Fernanda Laghetto Sua história no Colégio começa como aluna.

Estudou de 1970 a 1983, cursando a educação infantil, primário, ginásio e o magistério. De 1985 a 1998, trabalhou como professora. Sua primeira turma foi a 1ª série (hoje, equivalente ao 2º ano). Em 1999, assumiu o cargo de orientadora educacional. Função esta, que exerce até os dias de hoje.

Maria Cecília Carvalho de Jesus Em 1986, Maria Cecília começou a trabalhar no Colégio. Neste ano, trabalhou como auxiliar de classe em uma turma de Pré II (hoje, infantil IV). Essa turma era composta por 40 meninas!!! Em 1987, já como professora, assumiu sua primeira turma de Pré I (hoje, infantil III). Com 26 anos de casa, recebeu uma belíssima homenagem como a professora mais antiga, na cerimônia em comemoração ao Jubileu de diamante do colégio. Atualmente, é professora do 1º ano.

VOCÊS FAZEM PARTE DA HISTÓRIA DO SAGRADO!!!!!!

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COM A PALAVRA Ir. Maria Conceição da Costa - Diretora

Com muita satisfação escrevo uma matéria sobre o nosso querido

Colégio Sagrado Coração de Jesus, para contemplar o Projeto dos 75 anos, por solicitação das professoras dos segundos anos, Priscila Lopes de Aguiar, Ana Paula Sandrini e Camila Margiota Semedo.

Celebrar o Jubileu de diamante desta Instituição de Ensino significa dar graças a Deus por todas as bênçãos recebidas e pelo trabalho de todas as Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus e leigos, que desde 1937, idealizaram, vivenciaram e vivenciam este projeto de Educação.

“Educar é obra de amor”, assim definiu Clélia Merloni, Fundadora do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus.

Com este lema, as Apóstolas receberam de sua Fundadora a missão de realizar o apostolado do amor e da ternura que nasce do Coração de Jesus. Assim sendo, o Sagrado tem como Missão proporcionar uma educação de qualidade, pautada na formação integral, com uma forte base acadêmica, humana e espiritual.

Os alunos são a meta maior, o nosso bem mais precioso, a riqueza mais pujante que temos. Eles são o incentivo para que continuemos firmes na nossa tarefa educativa.

Nosso objetivo é oferecer uma escola completa, sintonizada com as exigências do mundo atual, focada na formação dos nossos discentes para que sejam mais críticos, mais solidários e mais competentes diante dos desafios inerentes à vida competitiva de hoje.

O Sagrado é também um espaço de convívio democrático, respeitoso e solidário, lugar da vivência e do diálogo, enfim, lugar onde se cultiva o valor da dignidade do ser humano.

Agradecemos a Deus que acolheu na cidade de São Paulo as Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus no passado e ainda hoje continua abençoando seu trabalho educativo.

Por tudo demos graças ao nosso Criador e Senhor de nossas vidas!

Imploro ao Coração de Jesus que continue abençoando e protegendo a “Família Sagrado”: alunos, pais, professores, funcionários e Irmãs.

Que Madre Clélia ilumine os educadores para que a seu exemplo possam anunciar a todos o amor e a ternura do Sagrado Coração de Jesus.

Ir. Maria Conceição da Costa. Diretora.

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Heloísa Rodrigues Silvestroni - Coordenadora Segmento I Queridos Alunos e Professoras do 2º ano,

É com imensa alegria que dedico, hoje, um pouquinho do meu tempo para escrever sobre parte de uma história da minha vida e da história de uma Escola, ou melhor, a Escola, que continua fazendo a diferença na minha história.

Assim como vocês, um dia também fui aluna do 2º ano de uma turma no Sagrado. Na época, essa etapa era chamada de 1ª série. Isso aconteceu já faz um tempinho, em 1977. De lá para cá, grande parte do meu dia é dedicado ao Sagrado. Querem saber por quê?

De 1977 a 1988, fui aluna do nosso Colégio. Nesse tempo, a escola oferecia um curso chamado Magistério, que formava professoras para trabalhar na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, de 1º ao 5º ano. Essa foi a minha opção. Ao finalizar a antiga 8ª série (hoje 9º ano), ingressei no Magistério, cursando-o no período de 1985 a 1988, para iniciar a concretização de um sonho: ser uma Professora! Tenho excelentes lembranças dessa época. O curso era muito reconhecido na região por formar excelentes profissionais. Vários professores marcaram a minha história nessa fase. Porém, escolho uma em especial para

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homenagear por meio desse texto: Suraia, professora de Didática e Metodologias, que, com seu exemplo e postura durante as aulas, ensinou-me coisas preciosas sobre como planejar uma aula de verdade. Essa influência intensificou ainda mais o meu desejo de ser uma educadora, comprometida com uma formação integral e de qualidade.

Após muita dedicação nos estudos, o sonho se concretizou. Em 1990, fui convidada a assumir uma turma de 2ª série (atual 3º ano) no nosso Colégio, turma formada apenas por meninas. Esse foi o início de uma carreira profissional de muitos desafios e aprendizagens. Desde então, tive a oportunidade de trabalhar em diversas séries, com crianças de várias faixas etárias. Acompanhar o desenvolvimento de cada aluno (a) que passou pela minha vida ensinou-me o quanto as crianças são capazes e importantes na construção de uma sociedade comprometida com o bem-estar de todos! Ainda me recordo de muitos rostinhos e expressões em cada desafio, conquista, durante as aulas, nas conversas com a professora, nas brincadeiras com os amigos, nos ensaios para as festas...

Porém, o desafio não parou por aí. Em 1998, a minha carreira como professora de crianças foi ampliada. Passei a fazer parte da Equipe de Coordenação do Seg. I do nosso Colégio. Com esse trabalho também aprendi muitas coisas. Além das crianças, passei a acompanhar o desenvolvimento dos professores e das famílias da nossa escola, processo que me ensinou a respeitar o jeito de ser de cada um e aprender com o diferente.

Hoje, continuo fazendo parte da Equipe de Coordenação do Seg. I, como Coordenadora do Segmento, além de colaborar com a formação continuada de educadores de várias escolas que fazem parte da Sagrado Rede de Educação.

Quando as crianças me perguntam qual é o meu trabalho no Colégio, costumo dizer que sou a Professora dos Professores, expressão utilizada não para destacar o cargo que ocupo atualmente. Pelo contrário, utilizo a expressão para ressaltar que o sonho que persegui continua vivo em minha vida. Sou Professora com muito orgulho! A sala de aula e o trabalho de formação com os professores fazem os meus olhos brilharem!

Queridos, acompanhei o lindo trabalho que desenvolveram, por meio do projeto: Uma viagem da América à África: dois continentes unidos por um sonho.

Assim como Madre Clélia, fundadora do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, sonhei com a possibilidade de colaborar com a educação de crianças, jovens e adultos. E, hoje, estou aqui! Continuando o projeto da Madre e um sonho idealizado para minha vida!

O Sagrado faz parte da minha história e eu faço parte da história do Sagrado! E vocês, meus queridos? Também fazem parte dessas duas histórias!

Agradeço todas as Irmãs, Famílias e, em especial, aos Professores e Alunos que têm mudado a minha história para melhor! Vale a pena acreditar nos nossos sonhos! Além de muitas outras coisas importantes, foi

isso que aprendi no Sagrado!

Heloísa Silvestroni – Coordenadora do Seg. I – 27 de outubro de 2012

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