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FIM DE J OGO EDITORA VORAZ EDIÇÃO 1 - NOVEMBRO DE 2014 - R$ 11,90 POLÍTICA A dois anos das Olímpiadas, veja a preparação de alguns complexos esportivos + Brasileiros no Baseball + Reaproveitando Água + Entrevista ‘Mão Santa’ Nilson Garrido mantém academia sob viaduto e ajuda ex-usuários de drogas

Revista Fim de Jogo

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Revista de Esportes elaborada pelos alunos do 8° período de Jornalismo ~ sem fins lucrativos. Reportagem (assinada); Editor Chefe (revisão de textos); Arte e Diagramação: Wellinton Augusto Importante: O viés diferencial (Fictício) proposto na publicação são os eventos esportivos organizados pela revista, junto ao público alvo - "Maratona de Revezamento Fim de Jogo" -, além de uma interação com os leitores através das redes sociais, via #EunaFimdeJogo. Ideia original: Wellinton Augusto

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POLÍTICAA dois anos das Olímpiadas, veja a preparação de alguns complexos esportivos

+ Brasileiros no Baseball + Reaproveitando Água + Entrevista ‘Mão Santa’

Nilson Garrido mantém academia sob viaduto e ajuda ex-usuários de drogas

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FIMDE J OGOVocê por dentro do esporte

EXPEDIENTE

EDITOR CHEFEWellinton Augusto

EDITOR DE ARTESandra Seles

DIRETOR COMERCIALAnalu Victorio

REPÓRTERESAnalu Victorio, Lydiane Queiroz, Sandra Seles, WellintonAugusto e Yuri Domingues.

COLABORADORES Marcelo Agostinho

REVISÃOWellinton Augusto

IMPRESSÃOGráfica Tesouro Lazer (Rua 7 de abril, 75, São Paulo,SP)

TIRAGEM200 Mil exemplares

CIRCULAÇÃO Nacional

EDITORIAL

Wellinton AugustoEditor Chefe

04 | Fim de Jogo | Novembro

Caros leitores apaixonados por esportes, tenho enorme pra-zer em disponibilizar uma nova opção de publicação voltada para o gênero, mais completa e com diversidade de esportes, bem vindos a revista Fim de Jogo. A web atualmente é o meio mais rápido de informação e comunicação, a FJ inova e con-versa com seus leitores, experimente digitar em seu Facebook, Twitter ou Instagram a tag #EunaFimdeJogo, e você recebe-ra atualizações de nosso conteúdo online através de nossas redes sociais, ou acesse o site de nossa publicação, além disso, leitores vão aparecer na versão impressa. Fim de Jogo também promove eventos esportivos, tais como passeio ciclístico e maratona de revezamento, que é o nosso foco do mês de novembro – dia 22 no Parque do Ibirapuera. Nosso encontro com leitores e maratonistas urbanos é chama-do de ‘2° Maratona de Revezamento Fim de Jogo - Domingo Solidário’, que além de incentivar prática de exercícios, tam-bém recebe doações de alimentos e roupas para instituições beneficentes. Como estão os complexos esportivos em São Paulo que estão aptos a receber delegações em 2016; os preços médios para a prática do esporte popular até o restrito; brasileiros na MLB; Museu do futebol e Oscar Schmidt são algumas de nossas reportagens nessa edição um. Nilson Garrido estampa nossa capa, ele é responsável por manter uma academia sob o viaduto Alcântara Machado, mas, não é somente um local para se praticar atividades físicas, lá desde o princípio foi concebido um projeto social que ajuda pessoas em situação de rua e ex-usuários de drogas. Felipe dos Anjos é um dos personagens que mudou de vida através da prática de esportes na Garrido Boxe, ele relata que havia deixado a pouco tempo a FEBEM, e ao sair, pediu uma ajuda para o Garrido, pois queria reescrever uma nova história de vida e ser exemplo para outras pessoas. O que aconteceu com Felipe depois, o resto da história você acompanha na íntegra a seguir.

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>>> SUMÁRIO

06| Fim de Jogo | Novembro

16 (CAPA) CIDADES - Projeto Garrido sob viaduto

28 ENTREVISTA - OSCAR SCHMIDT

20 ESPORTE - Saúde em evidência

08 LEITORES

10 POLÍTICA - Ouro à vista

13 ECONOMIA - Esporte para todos os bolsos

23 MEIO AMBIENTE - Reutiliza-ção de água em arenas 34 /Números do esporte

23 INTERNACIONAL - Bolas, tacos e brasileiros

31 ARTE E CULTURA Uma visita ao museu do futebol

33 OPINIÃO YURI DOMINGUES - Clubes no negativo

35 OPINIÃO WELLINTON AUGUSTO Gool! Da Alemanha

38 /Volta ao mundo

37 /Painel Política

40 /Bravo

41 /Metrópole

42 /Imagens do mês

FIM DE JOGO

NOVEMBRO DE 2014

EDIÇÃO 1 39 OPINIÃO MARCELO AGOSTINHO Hábito para a vida

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/LEITORES NA FJ

>>Rafael Reis - Rio de Janeiro

Parabéns pela iniciativa de criar uma maratona de revezamento para doação de alimentos e roupas, dia 22 eu vou a São Paulo só para participar. Certamente, se várias publicações tomarem partido de ações sociais como essa, já ajudaria muito a quem precisa.

>>Julia Rabelo - São Paulo

Gostaria que fizessem uma reportagem especial sobre os recordes do Rogério Ceni. Sou são-paulina e uma edição falando desses nú-meros seria algo especial para nação tricolor. Parabéns pela publica-ção que gosto muito. Atenciosamente.

Resposta: Olá Julia, agradecemos a preferência e nessa edição falamos de um novo recorde do Rogério Ceni. Mas pretendemos fazer uma reportagem especial sobre, abraço.

>>Rafaela Bitencourt - Santo André

Dia 22 de novembro eu vou participar de um evento tão importante e saudável, esse revezamento é gratificante de participar, além de praticar uma atividade, nós podemos ajudar quem precisa. Para-béns para que teve a ideia aí na Fim de Jogo.

>>Leonardo Luís - Belo Horizonte

Fala pessoal da Fim de Jogo, eu gosto muito das reportagens de vocês. E um revezamento como esse que tem aí em São Paulo, não vai vir aqui para Belo Horizonte, seria muito legal, abç.

Resposta: Olá Leonardo, muito obrigado pelos elogios. Sobre um revezamento em Belo Horizonte, está nos nossos planos. Estamos fechando acordos com patrocinadores e parceiros para levarmos a iniciativa para Minas. Abraço Leonardo.

>>Silvia Regina - Porto AlegreA revista Fim de Jogo foi uma grata surpresa quando conheci, pelas reportagens aprofundadas e com várias fontes. Gostaria que fizes-sem uma reportagem sobre a maior tenista feminina brasileira de todos os tempos, Maria Ester Bueno.

Resposta: Olá Silvia, agradecemos a preferência e obrigado pela sugestão. Abraço.

Flavinha92

Pronta para começar #EunaFimdeJogo

Gi_AlcantaraOficial

3 KM em meia hora #EunaFimdeJogo

Alberto Barbosa

Mais uma corrida, logo, logo vou para as olímpiadas. #EunaFimdeJogo

#EunaFimdeJogo

08 | Fim de Jogo | Novembro

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POLÍTICA

OURO À VISTACentros esportivos no Brasil se preparam para as Olímpiadas de 2016 e Complexo Dell’Antonia em Santo André mostra projeto de adaptação e ampliação. por WELLINTON AUGUSTO

A dois anos das Olímpiadas Rio 2016, cerca de 172 com-plexos esportivos no Brasil

estão aptos a receber delegações internacionais, segundo inspeções do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Uma das instalações esportivas avaliadas e aprovadas é o Complexo Esporti-vo Pedro Dell’Antonia, situado na cidade de Santo André na Grande São Paulo. Pensando no maior evento es-portivo do planeta, o complexo esportivo já se prepara para receber delegações olímpicas para treina-mentos de 5 a 21 de agosto (período das Olímpiadas) de 2016. A prefei-tura de Santo André cadastrou no Ministério dos Esportes o projeto de reforma, ampliação e modernização do Dell’Antonia. “O projeto total de reforma está orçado em R$ 17 milhões (...), nesse momento ele se

encontra em análise no Ministério dos Esportes”, afirma Fábio Rubson, assistente do Diretor de Esportes de Santo André. A previsão é que obra seja inicia-da no primeiro trimestre de 2015, tendo duração de um ano segundo o cronograma previsto. A Secretaria de Esporte e Lazer do município administra o Dell’Antonia que tem um calendário com campeonatos escolares, jogos da Terceira Idade, provas de corrida de rua e passeios ciclísticos. O equipamento esportivo também sedia jogos paralímpicos como basquete sobre rodas e nata-ção adaptada. O complexo esportivo é composto por duas piscinas - uma olímpica (50 metros por 25 metros) e outra semi-olímpica (25 metros) -, três gi-násios multiuso para artes marciais, basquete, futsal, ginástica, hande-bol, tênis de mesa, voleibol e outras modalidades. Cerca de 50 funcio-

nários trabalham no Dell’Antonia, entre professores, administração, manutenção, limpeza e segurança, afirma Janisse Barilli, coordenadora de cursos esportivos. “O custo mensal [do Complexo es-portivo] com folha de pagamentos, manutenção do complexo e manu-tenção de piscinas é de aproximada-mente R$ 350 mil reais”, segundo Fábio Rubson. Todas as despesas ficam a cargo da prefeitura de Santo André. As contribuições do governo federal e estadual surgem em situa-ções de investimentos, como no caso da reforma. Cerca de 4 mil atletas são atendidos no equipamento es-portivo, sendo 500 de base e 180 de alto rendimento. Inaugurado em 17 de outubro de 1959, o Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia foi reformado em 2008. Sua estrutura é aberta dia-riamente a população. Nos finais de semana acontecem as competições FO

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profissionais, conforme afirma Janisse Barilli. Simone Inácio de Lima treina basquete a 15 anos (somando duas passagens) no complexo esportivo, ela conta que já jogou por outros clubes e que o Dell’Antonia oferece uma estrutura que atende as neces-sidades de treinamentos. “O Com-plexo Esportivo Dell’Antonia é um dos melhores que já passei, princi-palmente depois da reforma”, diz. A rotina de atividades de Simone é dividida em 2 treinos diários, um de manhã, das 08:00hs às 11:00hs, e outro à tarde, depois da academia, das 15:30hs às 17:00hs. O Complexo Esportivo foi sede da Liga Nacional de Basquetebol Feminino em 2011 e 2012; além da Superliga de Vôlei Masculino em 2010/11. As alas Jaqueline Silvestre e Mica-ela Jacinto, a pivô Nádia Colhado e a armadora Carina dos Santos Mar-tins que já defenderam a Seleção Brasileira de Basquete Feminino treinam no Dell’Antonia. Bianca Araújo da Silva, convocada para a Seleção Brasileira Sub-15 e Orlando Araújo Filho (segundo jogador a ultrapassar a barreira dos três mil pontos na história da Superliga) que é ponteiro do time de vôlei de Santo André também praticam treinamen-tos no complexo. Natural de Ribeirão Preto, a atleta Jaqueline de Paula Silvestre que de-fendeu a seleção brasileira de bas-quete no Sul-americano feminino

“O Complexo Esportivo Dell’An-tonia é um dos melhores que já passei, principalmente depois da reforma”Simone Inácio de Lima

Piscina olímpica de 50 metros por 25 metros

Simone Inácio de Lima treina basquete diariamente

Área para treinos e partidas de tênis de mesa

POLÍTICA

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em agosto no Equador, mora no alojamento de atletas na instalação esportiva. Ela revela as expectativas para 2016, “Eu treino, me empenho pra que eu possa ter uma oportuni-dade de estar lá né, e colocar Santo André na história do basquete!”, afirma Jaqueline.

FUNCIONAMENTO E LOCALIDADE O Complexo Esportivo Dell’An-tonia é aberto à população das 07:00hs às 22:00hs de segunda a sexta, nos finais de semana, os horários são diferenciados. O Clube Atlético Aramaçãn (com-plexo esportivo particular) que fica a cerca de 150 metros também foi selecionado como um Local de Trei-namento Pré-Jogos para as Olimpí-adas de 2016. A cidade de Santo André fica a 18km da capital paulista, e possui 678.486 habitantes segundo último Censo do IBGE em 2011. O PIB (Produto Interno Bruto) andreense foi de R$ 17,6 bilhões no ano do Censo, configurando o 12º maior entre as cidades do Estado de São Paulo. O orçamento municipal de 2014 é de R$ 3,2 bilhões

Troféus conquistados pela equipe de natação infantil

O PROJETO DE REFORMA E AMPLIAÇÃO DO DELL’ANTONIA CONSISTE EM:

• Adequação na questão de acessibilidade na estrutura física

• Construção de um prédio de cinco andares com uma nova academia de ginástica; centro de fisiote- rapia e parte médica; auditório para realização de simpósios esportivos; galeria de troféus e cerca de 50 apartamentos para hospedagem dos atletas.

“O projeto total de reforma está orçado em R$ 17 milhões’’Fábio Rudson

Time feminino adulto de Santo André durante treino

Vista de cima do Dell’Antonia

POLÍTICA

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ECONOMIA

ESPORTES PARA TODOS OS BOLSOS

por LYDIANE QUEIROZ

Diferenças de preços, futebol ou golfe, confira quanto custa em média os treinos do esporte popular até o mais restrito

Vinícius Martins, 23, estudan-te de engenharia mecânica do segundo ano da Facul-

dade de Guarulhos; Thiago Oliveira estudante de advocacia do último semestre; *Roberto, 52, treinador. O que essas pessoas têm em comum? A paixão pelo esporte! Porém cada um deles pratica uma categoria dife-rente e com variação de preços. Considerado um esporte de elite para muitas pessoas, a real origem do Golfe é bastante discutida, sendo que a mais aceita, é a sua criação pelos escoceses que já o praticavam por volta do ano de 1400. Já o Ru-gby nasceu de uma jogada irregular do futebol, na qual um jogador de um colégio na Inglaterra teria pego a bola do jogo com as mãos e segui-do com ela até a linha adversária, em 1823. Famoso e tradicional pelos brasileiros, o futebol foi criado na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar, em que se formavam duas equipes com oito jogadores, o objeti-vo era passar a bola de pé em pé sem deixa-la cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo que eram ligadas por um fio de cera. A revista “FIM DE JOGO” pesqui-sou o custo desses esportes em trei-nos com alguns praticantes e revela a alternância de preços para uma

modalidade popular, como o fute-bol, que é alvo de famílias de baixa renda, por ser barato. E o golfe e rugby, que tem um custo elevado. Thiago Oliveira é estudante de advocacia e está cursando o último período na faculdade São Judas, em São Paulo, seu sonho é ser juiz cri-minal. Ele explica que pratica o golfe como uma terapia, na qual ajuda a desestressar do cotidiano univesi-dade, trabalho e casa. Para Thiago, o valor que é pago, vale a pena o resultado: “O Golfe pra mim é uma terapia onde posso jogar longe toda

a minha tensão, o valor de R$ 200 reais que é válido por duas horas, compensa, por que foco a minha atenção no golfe, então meus pro-blemas particulares ficam do lado de fora do campo”. Já para *Roberto que é treinador de futebol, que possui sua própria escola para crianças de sete á dezes-seis anos, a situação é diferente, pois o esporte que mais é válido pelos brasileiros é o conhecido e tradicio-nal futebol: “Temos hoje 6 treinado-res e mais de 80 alunos e o valor da mensalidade que é cobrada de R$ 70

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13 | Fim de Jogo | Novembro* O NOME VERDADEIRO DE ROBERTO FOI ALTERADO Á PEDIDO DO ENTREVISTADO

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ECONOMIA

reais cabe no bolso de uma dona de casa, que prefere que o filho faça algum esporte do que ficar na rua”.Esportes diferentes, assim como os preços, que vão entre R$ 70,00 até R$ 2.000,00. Vinícius expli-ca que uma chuteira á cravo que ferro paga-se o valor de R$ 100,00 até R$ 150,00 no qual devem ser trocadas a cada três meses, fora a locação de um clube padronizado, com campo adequado que também gasta-se em média de R$ 500,00 até R$ 1.300,00 para um pacote com período de 30 dias em um clube da cidade de São Paulo, para Vinícius a recompensa não está nos valores em dinheiro e sim os valores que o Rugby proporciona, que para ele são respeito, integridade e dedicação á qualquer tipo de esporte, seja o Rugby ou Futebol. Embora o custo dos esportes citados - Golfe e Rugby -, percebe-se que são para pessoas de classe mé-dia alta, como é o caso do Thiago,

que é morador de um prédio no bairro Butantã, zona Oeste de São Paulo, onde fica localizado o Institu-to Butantã (Centro de Pesquisa Bio-médicas). Thiago afirma que pratica o golfe por diversão, além de não ter intenção de levar esse esporte como plano de carreira: “Pratico o golfe como esporte, distração, nada além disso. Estou me formando em advo-cacia, quero ser juiz criminal, é pra isso que estou estudando, não tenho intenção alguma de levar o golfe com algo que eu tenho que fazer pra me tornar o melhor do mundo”. Conquanto esses valores sejam considerados altos para o treinador Roberto, podem e devem existir ou-tros esportes, com outras colocações e categorias, porém a paixão dos brasileiros sempre será o bom e ve-lho futebol, justamente por que para uma criança treinar, o valor que é gasto não passa de R$ 70,00 ao mês, que para ele é um valor simbólico para uma pessoa que vive nas

classes B e C com pouco mais de um salário mínimo. Golfe, rugby, futebol, basquete, vôlei, natação, esgrima, atletismo, o custo de mensalidade, estrutura do local, perfil de jogadores pode ser o motivo da diferenciação de valores a ser pago, contudo pesa a escolha do mesmo, que pode ser um esporte elitizado ou não. A revista “FIM DE JOGO” todavia afirma os benefícios da prática de esportes, seja ele qual for, por que a atividade física além de ser algo divertido de se fazer, é também um bem para saúde física e mental

“Temos hoje 6 treinadores e mais de 80 alunos e o valor da mensalidade que é cobrada de R$ 70,00 cabe no bolso de uma dona de casa, que prefere que o filho faça algum esporte do que ficar na rua”Roberto (treinador)

Dia de campeonato na escola

14 | Fim de Jogo | Novembro

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2° MARATONA DE REVEZAMENTO FIM DE JOGO - DOMINGO SOLIDÁRIO

Participe do evento que promove a prática de exercícios e doe alimentos e roupas

Dia 22/11 às 08:00hs Parque do Ibirapuera Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral - Vila Mariana, São Paulo - SP

Mais informações: www.fimdejogo.com.br/maratona

Fim de Jogo na redes sociais:

#EunamaratonaFimdeJogo

PATROCINADORES:

APOIO:

FIMDE J OGOVocê por dentro do esporte

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CIDADES

FORA DENTRO

MOOCA É REVITALIZADA COM ACADEMIA SOB VIADUTO

por ANALU VICTORIO

Idealizada pelo ex-pugilista Nilson Garrido há 14 anos no bairro do Bixiga o projeto recebe cerca de 350 pessoas diariamente

A academia de Nilson Garri-do deu vida em uma região cercada de prédios antigos

na Mooca. O projeto iniciado no via-duto do Alcântara Machado sofreu grandes mudanças e deixou de ser um simples local frequentado por moradores de rua, passando a ser utilizado por diversas pessoas. Garrido deixou sua casa para man-ter muito mais que uma academia, sob o viaduto também é realizado um trabalho social com esporte e cultura. A academia chamou tanto a atenção das pessoas que por ali transitavam, que desde então recebe doações de equipamentos de ginás-tica, livros para uma biblioteca e até computadores. Há 14 anos ele vem trabalhando em prol do projeto, que além de valorizar a região - antes vista como um lugar perigoso -, Gar-rido busca tirar mais jovens das ruas e da marginalidade para a prática de esportes. Não só os frequentadores da academia saem ganhando, os mo-

radores do bairro tem percebido uma melhora constante e até agra-decem Garrido por tanta mudança A Garrido Boxe começou com sucatas e os equipamentos utilizados eram improvisados com peças de carros, geladeira velha, botijão de gás, latas de tintas cheias de con-creto, pneus de caminhão, além de outros aparelhos. Garrido comenta que a situação dos equipamentos era bastante precária.

“Os equipamentos eram amarrados com arames, cordas, alguns eram quebrados, no lugar de almofadas improvisávamos com panos, era totalmente deprimente”, completa. Situada sob o viaduto Alcântara Machado, a Garrido Boxe não cobra mensalidades, apenas uma ajuda de custo no valor de R$ 20,00 mensais para aqueles que têm condições em manter o projeto. Pessoas acima de 60 anos não pagam mensalidades.

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Nilson Garrido, idealizador do projeto

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CIDADES

“As pessoas não acreditavam que poderia dar certo, acharam que iria aumentar o número de usuários de drogas na região e furtos. Hoje elas têm visto a diferença e que debaixo do viaduto também é um caminho de transformação e revitalização, isso é importante”, afirma Nilson Garrido. Felipe dos Anjos é um dos exem-plos de mudança que através do projeto saiu do mundo do crime e das drogas. Hoje é voluntário e pugilista profissional, conheceu o projeto através de um programa de televisão. Envolvido com o com a marginalidade, teve sua vida com-pletamente renovada depois que conheceu o projeto de Garrido. “Fa-zia pouco tempo que sai da FEBEM e tinha treinado boxe lá. Pedi uma ajuda para o Garrido, porque queria uma nova história pra minha vida e ser exemplo pra outras pessoas.” A iniciativa de Nilson Garrido, não só deu certo como também trouxe um choque de ideologia para os frequentadores. Dentro da acade-mia, além da prática de exercícios físicos, o projeto age também como um fator de inclusão social, pois as pessoas que ali estão, pensam em grupo, e não na classe social que estão inseridas. Todos se ajudam e buscam cada vez mais conscientizar e resgatar pessoas que se encontram em situação de risco para uma reno-

“As pessoas não acreditavam que poderia dar certo, acharam que iria aumentar o número de usurários de drogas na região e furtos. Hoje elas têm visto a diferença e que debaixo do via-duto também é um caminho de transformação e revitalização, isso é importante”Nilson Garrido

Equipamentos antigos

Aparelhos novos

Felipe dos Anjos, professor de boxe e Lucas Gabriel

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CIDADES

vação de vida. Por outro lado, temos um exem-plo de quem procura uma vida mais saudável, como é o caso de Dércio Libanio, um aposentado de 61 anos que frequenta a academia a um mês e meio. Para Dércio, estar na academia é um momento que ele procura des-carregar toda a rotina estressante do dia a dia: “eu como vítima dessa sociedade paranóica e estressante, acumulo raiva e quando faço bas-tante exercício, acabo-me deses-tressando e colocando essa raiva sadiamente para fora”, diz. Nilson Garrido afirma que, “an-tigamente eu tinha 45 mil fixas de pessoas que transitaram aqui den-tro deste espaço e desses que pas-saram por aqui eu tive mais ou me-nos uma suposição de por semana uns 20 se reintegrando a cada 3 meses que aqui ficavam e voltando pra casa”. O organizador sente-se muito orgulhoso e não tem preço que se pague em ver pessoas se renovando e reintegrando na socie-dade. “Aqui entram pessoas e saem seres humanos reciclados”, conclui Nilson Garrido. Sem restrições de idade ou classe social, a academia é um espaço aberto para todos, Garrido realiza e já promoveu na vida de muitas pessoas uma grande solidarização e hoje elas procuram ocupar o tempo de forma íntegra e humana, ajudando voluntariamen-te o projeto a crescer cada vez mais

“Aqui entram pessoas e saem seres humanos reciclados.” ”Nilson Garrido

Ringue para treinamentos de boxe

Dércio Libanio, aposentado que passou a frequentar a academia todos os dias.

Biblioteca comunitária na Garrido Boxe

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ESPORTES

SAÚDE em evidência

por SANDRA SELES

A musculação ganha mais espaço nas academias em todo Brasil e os seus benefícios para uma vida saudável que exigem força de vontade e disciplina são fatores fundamen-tais para os praticantes

Trabalhar, cuidar dos filhos da casa, dos estudos entre outras responsabilidades di-

árias, sempre acaba tomando tempo de qualquer pessoa, mas apesar de toda correria do dia-a-dia, é possível encontrar um período para cuidar da saúde e deixar o sedentarismo de lado, prevenindo assim problemas futuros. Uma simples dor nas costas, nas articulações ou aquela falta de entu-siasmo para fazer qualquer ativida-de pode ser deixada de lado a partir do momento que a pessoa esteja interessada praticar uma modalida-de bem procurada nas academias: a musculação. Para o instrutor de academia e personal trainer Bruno de Assis Ne-ris, 31 anos, a musculação tem como finalidade: melhorar a capacidade

cardiorespiratória, a postura, aumento da massa muscular, melhorias significativas no psicoló-gico, além de elevar a auto estima, fazendo com que o praticante sinta prazer devido aos hormônios que são liberados como a endorfina entre outros benefícios. A musculação é uma aliada no combate a problemas emocionais, porque além da pessoa descarregar seu estresse durante o treino, o pra-ticante por ventura acaba conhecen-do novas pessoas e se esquecendo da rotina. A prática de exercícios faz com que os atletas urbanos não cuidem somente do corpo, mas da mente também. A prática da modalidade sem o acompanhamento de um profis-sional pode acarretar uma série de problemas como lesões musculares, ósseas, over training (fadiga genera

lizada devido ao excesso de sobre cargas e de estímulos) entre muitos outros fatores. “O interesse fez com que a prática ganhasse mais espaço dentro das academias, já que muitos médicos acabam orientando seus pacientes sobre os pontos positivos que a atividade causa na vida das pessoas”, acrescenta o instrutor. A musculação pode ser praticada por pessoas de diversas faixas etá-rias, mas é indicada principalmente para a 3° idade, é comum encontrar praticantes entre 30 a 40 anos, mas a grande procura acontece entre os jovens, principalmente para exibir um corpo sarado na temporada de verão. Mesmo assim, grande parte das pessoas da 3° idade com sobrepeso ou problemas nas articulações não tem interesse em praticar a modali-dade.

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AUTO ESTIMA EM ALTA

Para o vigilante bancário Edvan Amaral de Oliveira, 24 anos, que treina a três anos, o início da mus-culação só trouxe benefícios para a sua vida, começando pela auto estima por conta da perda excessiva de peso, já que o mesmo quando era mais jovem teve problemas com seu peso. Outros benefícios alcançados, foram a diminuição de estresse e a tensão da rotina diária, ganhos expressivos de força, disposição e melhoria na memória. Entrou na musculação por estética e futura-mente pretende competir no nível de fisiculturista. Quando iniciou na atividade, alterou seus hábi-tos alimentares, pois acredita que uma alimentação saudável só trará benefícios na qualidade de vida e no desempenho nos ganhos de massa, com a musculação. A assistente comercial Raquel Cristina Cordeiro, 28 anos, que pratica há 11 anos também entrou na musculação pela estética, pois na adolescência estava acima do peso e durante esse tempo foi aliando uma

“Antes me achava feia, era insegura. O exercício me fez mais feliz, com cabelo e pele sempre brilhante devido a musculação”Raquel Cristina Cordeiro

alimentação saudável visando sem-pre uma melhoria na qualidade de vida. Hoje ela não vê a musculação somente como estética, mas uma forma de prevenir várias doenças e de quebra ganhar um corpo bonito. Além dos 16 kg perdidos ao longo dos anos, a assistente afirma se ad-mirar, ao olhar no espelho, pelo cor-po conquistado. A autoconfiança, a autoestima e a saúde só tem aumen-tado. Raquel diz que puxar ferro é seu maior prazer, seu estilo de vida, e afirma que praticará musculação até ficar velhinha - brinca. Entretanto, a musculação é uma modalidade esportiva que todos podem fazer, pois tem a finalidade de trazer benefícios para a saúde em geral, mas sua prática em muitos casos é pela estética. “Já o fisiculturismo é uma modali-dade mais avançada da musculação, chegando ao nível profissional, em que os participantes estão envolvi-dos em competições, patrocinadores e dinheiro. E não tem nada a ver com saúde e nem todos estão aptos a fazer”, afirma Bruno de Assis Neris. Na cabeça de algumas pessoas

ESPORTES

Raquel Cordeiro pratica há 11 anos musculação Personal Bruno Neris

Praticante Edvan Oliveira

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Page 22: Revista Fim de Jogo

ESPORTES

a prática fará com que o corpo se transforme e, de uma hora para outra ela estará extremamente forte com um físico as vezes assustador, porém para se chegar naquele nível o praticante tem que treinar por muitos anos. A fisioterapeuta Maria Regina Rodrigues, 47 anos, afirma que a musculação é muito indicada para a 3° idade, no qual os pratican-tes precisam prevenir a fraqueza muscular que já é decorrente da falta de fixação do cálcio nos ossos, e com a atividade irá se prevenir a osteoporose que é uma caracterís-tica do envelhecimento. O exercício contínuo também é muito indicado para mulheres após o período da menopausa. Os aparelhos de ginástica para a 3° idade, que geralmente são colocados em praças públicas, vem sendo uma opção para que esses praticantes saiam do sedentarismo e se exer-citem, mas para a fisioterapeuta eles não resolvem, pois quem está praticando não está sendo orientado e isso pode ocasionar uma lesão fu-tura, contudo, o exercício por meio daquela opção para se exercitar, Maria Regina é a favor. “Não consegue frequentar nada, mas consegue ir pra uma academia de rua, então frequente. Já é uma iniciativa e já vai te dar um retorno pequeno? Depende muito e a forma de como vai fazer, mas é melhor fazer isso do que não fazer nada ”

USO DOS SUPLEMENTOS A utilização abusiva de suplementos na vida dos praticantes sempre acaba gerando dúvidas se pode vir a fazer mal para a saúde ,ou de alguma forma possa a vir a beneficiar quem usa. Para o instrutor Bruno, a finalidade do uso dos suple-mentos alimentares é suprir as necessidades nutricionais que o organismo precisa e que o praticante não consegue atingir com a alimentação convencional. Sendo assim um algo a mais na dieta.Para Raquel o uso do suplemento não é brincadeira e deve-se ser indicado por um nutricionista, mas seu uso auxilia e potencializa os resultados.Edvan conclui que o uso é importante, mas deve ser usado de forma correta e consciente por qualquer atleta.

“O interesse fez com que a práti-ca ganhasse mais espaço dentro das academias, já que muitos médicos acabam orientando seus pacientes sobre os pontos positivos que a atividade causa na vida das pessoas”Bruno de Assis Neris

Academia de rua no bairro de Santa Cecília em São Paulo

Fisioterapeuta Maria Regina Rodrigues

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MEIO AMBIENTE

REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA EM EVENTOS ESPORTIVOS

por YURI DOMINGUES

Projeto criado por um jovem engenheiro pode ajudar clubes e instituições a colaborarem com reutilização de água

O estado de São Paulo vem sofrendo com uma for-te crise hídrica, que tem

afetado diversos cidadãos, mas nem todos pensam que isso pode atra-palhar também ao esporte. Devido a isso, uma empresa localizada na zona oeste da Capital desenvolveu um projeto em que a reutilização de água pode auxiliar não somente residências, mas também estádios, complexos esportivos e ginásios. Segundo o engenheiro desenvolve-dor, Adriano Ribeiro Deus, de ape-nas 27 anos, o foco do purificador é criar uma rotatividade no circuito hidríco, assim o custo benefício é muito alto para os usuários e ge-renciadores do estabelecimento. “A ideia é ser um produto diferenciado, principalmente nas questões de manuseio, design e instalação”, diz. A máquina atualmente é utilizada apenas em um complexo esportivo,

localizado no SENAI de São Bernar-do do Campo, grande ABC. Cada unidade pode atender cerca de 1000 a 5000 pessoas/dia de acor-do com a natureza do local e pode ser instalado no topo da edificação, no subsolo e em ambientes exter-nos e internos. O arranjo compacto do purificador, assim é chamado a máquina, ocupa o espaço de apenas quinze metros quadrados, equiva-lente a duas ou três vagas de estacio-namento. O fornecimento é pronto para uso, bastando a interligação hidráulica e elétrica na rede existente para início da produção. A operação automa-tizada dispensa cuidados especiais, garantindo a segurança do processo.Segundo um dos administradores do SESI, Wagner Souza Dias, o maquinário vem surpreendendo não somente a parte administrativa, mas também os usuários. “Estamos vivendo uma forte seca no estado e

a reutilização deste bem que é tão importante para o ser humano, vem ajudando demais as nossas contas.” Segundo dados da USP, a cida-de não sofre uma seca desse porte há mais de 45 anos. A usuária do complexo esportivo, Vera Cruz de Almeida, de 60 anos, moradora da Mooca, relata sobre a diferença entre seu bairro e o complexo es-portivo, “eu fiquei diversos dias sem água, e a conta veio no mesmo valor, ou seja, alta”, afirmou a aposentada no último mês (setembro). O engenheiro aponta que muitos cidadãos deveriam possuir uma maior conscientização na utilização da água, principalmente no dia-a-dia. O engenheiro ainda afirma que o purificador pode baixar o consumo elétrico e reduz o consumo de água da edificação ao mesmo tempo em que trata os efluentes. No Brasil, somente o estádio Beira-Rio conta com um maquinário que utiliza o FO

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pus a partir de fevereiro de 2015. Na Alemanha, o estádio Allianz-A-rena, com capacidade para mais de 70 mil pessoas, há um reutilizador de água que fica nas partes subterrâ-neas do gramado e ajuda a abastecer e hidratar não somente o complexo, mas também o gramado. A visão de Wagner, aponta para o futuro visando a educação dos usuários. “Muitos jovens estão preo-cupados com a crise hídrica que vem afetando a cidade. Com isso, acho que este projeto visa que a reutili-zação é fundamental para o nosso país”, complementa o gestor.

MEIO AMBIENTE

“A ideia é ser um produto dife-renciado, principalmente nas questões de manuseio, design e instalação”, Adriano Ribeiro Deus

mesmo processo. O projeto no Rio Grande do Sul foi desenvolvido pela Organização Odebretch, enquanto em São Paulo, foi financiado pelo BNDES. Há também outro projeto da empresa, junto a USP, que será instalado na raia olímpica do cam-

Para a aposentada que possui uma visão diferente, “[Eu] acho que o governo deveria investir mais neste setor, que [a água] está acabando há muitos anos, creio que a educação e a conscientização são a base que devemos dar aos nossos futuros cidadãos”, diz. Segundo comitê da SABESP, há a chance de 25% de re-cuperação na Represa Cantareira, o que leva a repor o volume morto em 37%. Segundo dados da mesma ins-tituição, o segundo volume pode ser utilizado até março de 2015, sendo que a qualidade desta água deverá ser reavaliada para consumo

1. O esgoto é bombeado até a estação de reciclagem de água.

2. Um pré-filtro remove partículas e objetos com dimensões superiores a 3mm.

3. O esgoto entra no reator para degradação biológica.

4. Micro-organismos adaptados decompõem a matéria orgânica e os nutrientes do esgoto. O processo de degradação é acelerado pela injeção de ar e por um sistema de recirculação interna.

5. A filtração através de membranas separa as bactérias e sólidos da água tratada. As bactérias retornam concentradas ao reator biológico para acelerar o processo de degradação.

6. A água tratada recebe dosagem de cloro e é encaminhada ao tanque de água de reuso para distribuição.

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INTERNACIONAL

BOLA, TACO E BRASILEIROS

por YURI DOMINGUES

Conheça a história de apaixonados pelo baseball aqui do Brasil que realizaram o sonho de criança de atuar na MLB

A seleção brasileira perdeu nesse ano de 7 a 1 para o esquadrão alemão, durante o

maior evento de futebol do mundo. Muitos pessoas comentaram que a seleção germânica possuía uma forte base desde a Copa do Mundo de 2002, realizada nos países da Coréia do Sul e Japão. Vários empresários, times e especialistas apontam que o futuro do esporte está nas mãos dos meninos de hoje. Isso é válido para qualquer esporte. Em 2012, o Brasil teve seu primeiro jogador na maior liga de baseball do mundo, a Major League Baseball. A organiza-ção que administra o campeonato, foi fundada em 1869, e atualmente atrai diversos espectadores de todo o mundo, aliás, os brasileiros estão se interessando cada vez mais pelo baseball. Considerado ‘lento’ para alguns torcedores que estão acostu-mados a fortes emoções do futebol americano, vôlei, basquete, etc.“São os caras que eu cresci olhan-do”, foi assim que o jogador Yan Gomes, 27, definiu sua estreia pelo time Toronto Blue Jays (Canadá). Ele foi contratado pela bagatela de US$ 32 milhões de dólares, segundo a ESPN Magazine. Atualmente, ele joga no Cleveland Indians (USA), clube que é penta campeão da liga norte americana. O jovem paulista começou sua carreira assim como outros atletas, na Universidade de Teenesse, insti-tuição conhecida por revelar alguns jogadores como Magic Johnson (ex jogador do Los Angeles Lakers) e

Kobe Bryant (atual capitão do Lake-rs). Diferente do Brasil, a maioria dos estudantes que desejam atuar como atletas no EUA são obrigados a estudar e passar por um processo de ‘peneira’, quando estiverem no último período da Universidade, o chamado “Draft”, no qual vários atletas são avaliados psicologica-mente e mentalmente para engres-sarem em algum clube de qualquer modalidade esportiva. “Sempre tem isso de pensar como vai ser aquele dia. Você pode sonhar mil vezes, mas, quando o momento vem mesmo, o sentimento é muito louco. Foi muita choradeira de feli-cidade. Minha mulher estava aqui comigo. Eu estava em Las Vegas

com ela. Teve a ligação do meu pai, da minha mãe. Foi muita choradei-ra, escutei que eles estavam muito felizes por mim. Comecei a me dar conta. O pensamento de ser o pri-meiro brasileiro (na MLB) estava na minha cabeça, mas quando eu entrei em campo, foi aquela coisa louca”, afirma Gomes, que foi seleciona-do pelo Red Sox, tradicional clube da cidade de Boston no qual não assinou contrato. No final fechou contrato com 0 canadense Jays.

O NOVATO O curitibano Leonardo Reginatto, 24, atualmente joga no Tampa Bay Rays, da Flórida. Ele começou a jogar as primeiras bolas com 6 anos

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O projeto em Pirituba existe e há mais de 15 anos e conta com mais de 50 alunos atualmente

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INTERNACIONAL

de idade. Acabou enfrentando várias dificuldades, entre elas, as viagens e os custos de um esporte que é pouco beneficiado. “Eu comecei em Curitiba com 6 anos, jogava o baseball por que gos-tava e agora tenho a oportunidade de estar jogando profissionalmente. As dificuldades aqui sempre foram os gastos, afinal, material e viagem sempre saem um pouco mais caro se compararmos com o futebol.” Reginatto começou a atuar no ano passado (2013) como reserva, e tem a probabilidade de começar no time titular a partir do ano que vem. Ele relata como é estar entre uma das principais ligas que possui maior au-diência no mundo. “O sentimento é muito bom, foi meio de repente que tudo aconteceu, mas estou aprovei-tando o máximo que posso. Não tive um momento assim mais marcante, eu diria, cada ano tem sido dife-rente, e sempre estou aprendendo coisas novas com cada nível diferen-te que joguei.” Segundo o “coach” (técnico) de Leonardo, Derek Shelton, os estran-geiros estão entrando em maior nú-mero no esporte. “Muitos agarram a oportunidade e não largam mais e a qualidade de cada um é surpreen-dente, principalmente os latinos que encaram isso como vida ou morte”, afirma Shelton.

O COMEÇO NA SIMPLICIDADE Muitos clubes estão adotando o baseball para atrair jovens, princpal-mente em comunidades carentes.

Em Pirituba, zona oeste da CapitalPaulista, o time Pirituba Warriors, atua há 15 anos na região e já teve mais de 150 alunos. O projeto come-çou em um campinho de futebol e hoje conta com um pequeno estádio com capacidade de 300 pessoas. O fundador e técnico Paulo Fontes afirma que os jovens estão cansados das mesmas modalidades esporti-vas, “o garoto que muitas vezes não se dá bem no futebol, sempre procu-ra uma outra prática esportiva. E é o que está acontecendo com o base-

“Eu comecei em Curitiba com 6 anos, jogava o baseball por que gostava e agora tenho a oportu-nidade de estar jogando profis-sionalmente”. Leonardo Reginatto

ball. Muitos deles tem acesso a in-ternet e acabam descobrindo novas modalidades, assim como o futebol americano, que está atraindo muitos espectadores e claro, o baseball”. Em Marília, o time Tampa Bay Rays, fundou neste ano a primeira escolinha destinada aos jovens no Brasil. A MLB conta com outros três brasi-leiros, André Rienzo (Chicago White Sox), Paulo Orlando ( Kansas City Royals) e Murilo Gouveia (Houston Astros)

Reginatto durante treino no clube do oeste americano

O primeiro brasileiro na liga MLB

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PERSONAGEM DO MÊS

UMA MÃO NA HISTÓRIApor WELLINTON AUGUSTO

O sol se punha preguiçoso ao entardecer daquele sábado 11 de dezembro, o típico calor fluminense do

verão abraçava as silhuetas dos que por ali passavam. As camisas e ade-reços rublo negros que estavam aos milhares entre as pessoas rutilavam aos olhos dos que estavam na fila. A minha frente se encontrava o me-nino que tinha por volta de 4 anos, ele estava arqueado aos ombros do adulto, que, por ventura, fui desco-brir depois, era seu pai. Logo pequeno, e já uniformiza-do com as cores do Flamengo, ele bradava o hino do clube com um en-tusiasmo de invejar qualquer adulto. Não pude ver o número da camisa do torcedor mirim, pois o mesmo como se fosse um super-herói, usava sua capa, a bandeira do Brasil. A fila era imensa, mas valia a pena. Os carros passavam pela Avenida Mara-canã e olhos atentos dos veículos nos alcançavam com certa curiosi-dade e pelo rosto deles já dava para imaginar o que pensavam, “Mas tem jogo do Mengão hoje!?” As 20 mil pessoas que tiraram aquela tarde de sábado, foram as-sistir o Clube de Regatas Flamengo, mas não o de futebol como aqueles taciturnos passageiros e motoristas imaginavam. “O Oscar joga hoje pai? O Oscar joga hoje pai?”, o menino já no chão havia parado de entoar o hino flamenguista e perguntava para seu pai. “Sim, ele joga sim!” Aquele som era agradável aos ouvidos do pequeno, que demonstrava sua feli-cidade com o brilho dos olhos e um leve sorriso. A porta se aproximava e som alto

veio lá de dentro, “A Suderj infor-ma, são dezessete horas e cinquen-ta minutos, o jogo começara em dez minutos”. Os torcedores já se agrupavam para assistir Botafogo e Flamengo no primeiro jogo das finais do Campeonato Carioca de Basquete. Sem dúvida nenhuma, além da campanha rublo negra, um dos responsáveis pela minha vinda aquele jogo e já entregue pelo torce-dor mirim, se chamava Oscar Daniel Bezerra Schmidt. Era o primeiro ano de Flamen-go do “Mão Santa”, que já era um jogador consagrado e mundialmen-te conhecido. Com passagens por Palmeiras, Sírio, Caserna (Itália), Pavia (Itália), Valladolid (Espa-nha), Corinthians, Bandeirantes e Mackenzie. O jogo entre Botafogo e Flamengo foi uma final disputada e emocionante para mim, o torcedor

mirim e os vinte mil rublos negros no Maracanãzinho, Oscar se consa-grou campeão do Carioca 1999. Depois de quinze anos daquela final, o “Mão Santa” atuou por 219 opor-tunidades com o manto rublo negro, marcando 7.241 pontos. Hoje Oscar recebe o jornalista que assistiu aquele jogo, e concede uma entrevis-ta descontraída para os leitores da Fim de Jogo.

“MÃO SANTA”

Fim de Jogo: Você acredita que a medalha de ouro no Pan America-no de 87 foi seu auge como atleta e aquela seleção foi o melhor conjunto de jogadores que você atuou?Oscar: Sim! foi a melhor seleção que joguei, conseguimos quase tudo em 5 anos.

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Oscar schmidt contra a seleção americana em 1992

Oscar Schmidt 49.737 pontos depois conta um pouco da carreira, dificuldades e motivação

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Fim de Jogo: De todos os seus recordes como ala, que são muito es-peciais, qual é o que você tem mais orgulho de falar?Oscar: O de quase nunca faltar um jogo.

Fim de Jogo: Você acredita que os ex-atletas brasileiros e ídolos (menos futebol), são valorizados, lembrados e respeitados aqui no Brasil?Oscar: Comigo aconteceu algo diferente, e muito difícil acontecer o que aconteceu.

Fim de Jogo: Equipes da NBA já te fizeram vários convites quando atleta, a sua decisão de ir não a NBA se deve aquela antiga regra da liga de basquete americana que até 89 proibia os jogadores das franquias de atuar pelas suas seleções (fora dos EUA)?Oscar: Até 92 foi assim, e não me arrependo, jogar pela seleção é o mais importante.

Fim de Jogo: O reconhecimento e a entrada no Basketball Hall of Fame em 2013 foi uma surpresa?Oscar: Foi! Pensei que não iria acontecer.

Fim de Jogo: A preparação e o mapeamento dos novos talentos do basquete brasileiro são feitos da maneira correta por clubes e a CBB, ou precisa melhorar algo?Oscar: Os clubes fazem e revelam, a CBB, que eu saiba, não faz nada, apenas convoca e você atende.

Fim de Jogo: A liga de basquete (NBB- Novo Basquete Brasil) conse-gue ou conseguiu de alguma manei-ra elevar o nível técnico dos atletas aqui, além de um estilo de jogo mais sofisticado como é na Espanha e EUA?Oscar: Sim! E vai melhorar mais.

TÍTULOS- Palmeiras: 1 Brasileiro, 2 Paulista-nos, 2 Vice Paulista, 1 Vice Paulista-no, 1 Vice Sul Americano, 1 Vice das Filipinas;

- Sírio: 1 Paulista, 1 Brasileiro, 1 Sul Americano, 1 Mundial, 1 Vice Paulista, 1 Vice Brasileiro, 1 Vice Sul Americano, 1 Vice Mundial;

- Corinthians com 1 Brasileiro, 2 Vice Sul Americano;

- Barueri: 1 Paulista;

- Itália: 2 Promoções, 1 Copa Itália, 1 Vice Copa korac, 1 Vice Copa Coppe, 2 Vice Copa Itália, 2 Vice Italiano;

- Seleção Paulista, 2 Brasileiros;

- Seleção Brasileira: 3 Sul Americano, 2 Copa América, 1 Pan Americano, 2 Vice Sul Americano;

- Flamengo: 2 Carioca, 1 Vice Carioca e 1 Vice Brasileiro.

Totalizando 43 Finais Jogadas e 22 Finais Ganhas.

Fim de Jogo: Quais são os pontos mais importantes que um jogador e até pessoa, devem priorizar para vencer no esporte e na vida?Oscar: Treinamento, confiança e motivação. Fim de Jogo: A motivação que você sempre teve até hoje, te faz lutar com otimismo contra o câncer?Oscar: Claro que sim, acredito que esteja curado.

Fim de Jogo: Você tem algo a dizer as pessoas que seguem fazendo um tratamento médico similar ao seu?Oscar: Que façam o tratamento e vivam melhor, a vida e muito curta

Fim de Jogo: Algum clube pelo qual atuou, te deixou saudades?Oscar: Quase todos, Palmeiras, Sírio, Corinthians, Flamengo, e sobretudo a seleção brasileira de 85 a 88.

Fim de Jogo: Na sua carreira como atleta, tem algo que você se ar-rependeu ou não conseguiu realizar?Oscar: Ganhar uma medalha olím-pica, batemos na trave em 88, e eu errei o último arremesso.

Fim de Jogo: Para um atleta que está começando, tem alguma dica?Oscar: Treinar, treinar e treinar, e quando estiver bem cansado…trei-nar mais um pouquinho.

Defendendo o Flamengo em 2002

Durante palestra em 2013

Ao lado do filho Felipe Schmidt em março de 2014

PERSONAGEM DO MÊS“Treinamento, confiança e motivação [para vencer no esporte]”

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Defendendo o Flamengo em 2002

ARTE E CULTURA

MUSEU DO FUTEBOL SE MANTÉM COMO PONTO CULTURAL PAULISTANOpor ANALU VICTORIO

Uma mistura de emoção, história e diversão traduzem o museu que além de trazer cultu-ra, consegue encantar o público com fatos que marcaram história no futebol brasileiro.

Inaugurado no dia 29 de setembro de 2008, o Museu do Futebol que ocupa uma área de 6,9 mil me-

tros quadrados embaixo das arqui-bancadas do estádio do Pacaembu, ainda encanta o público apaixonado pela história do futebol e é também considerado uma das melhores ini-ciativas culturais do estado de São Paulo. Quem visitou recomenda, pois é encantador o que o museu propor-ciona aos visitantes. Bem planejado, ele fica projetado sob as arquibanca-das, algo que já chama atenção logo de início. Todas as atrações são em multimídia e interativas do começo ao fim, projetores exibem gigantes fotografias de ídolos que marca-ram história no futebol, como Pelé, Garrincha, Ronaldo, Bebeto, Falcão, Zico entre outros nomes. Há também uma sala muito interes-sante, a ‘sala dos gols’, onde os vi-sitantes podem ouvir narrações dos gols preferidos de Zagallo, Armando Nogueira, Galvão Bueno, Marcelo Tas, Juca Kfouri, Arnaldo César

Coelho, Daniel Piza, Ruy Castro e João Gordo. Na sala de rádio, estão disponíveis narrações originais que marcaram história de Ary Barroso, Waldir Amaral, Oduvaldo Cozzi entre outras. Durante visita ao museu, os alunos da escola Francisco Graziano do município de Araras, interior de São Paulo, ficaram impressionados e usaram da imaginação para retro-ceder no tempo. Agenilson Ferrei-ra, 18 anos, ficou admirado com a sala de torcida, “foi à sala que mais me chamou atenção, pude sentir a emoção e energia da torcida naquela época”, diz. João Vitor, 16 anos, con-corda com o amigo Agenilson, para ele, a sala de torcida foi marcante. “Conseguiu trazer a realidade pra gente, poder sentir aquela euforia da torcida foi bem legal.” Havia uma sala onde expunha bolas e chuteiras de décadas passa-das, que despertou muito a atenção de Guilherme dos Santos, 18. “Achei muito interessante, nunca pensei que elas pudessem mudar tanto ao longo do tempo, mas prefiro as de

hoje (risos).” O jovem estudante conclui visi-velmente satisfeito, “me senti como se tivesse vivido naquela época, me emocionei com as histórias do fu-tebol. Visitar o museu foi umas das melhores sensações que já senti”. Bem frequentado, o museu recebe um público de mil pessoas por dia, sendo que a maior parte deste público é escolar. Mariana Chaves, é responsável por exposições no museu informa que, no período da manhã eles recebem visitas de mui-tas escolas, o restante é mais público espontâneo, segundo ela nos finais de semana chegam a receber quatro mil pessoas. Mesmo com a recente inauguração do museu do Santos FC, o museu do Futebol não perdeu seu público, Mariana diz que foi algo imperceptível, não mudou nada. A maioria dos frequentadores buscam conhecer história do seu time e mes-mo aqueles que já conhecem, vão interagir e participar das brincadei-ras que o museu proporciona. Jogadores como Cafu, Juninho Pau-lista, Goleiro Marcos, além de vários FO

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Page 32: Revista Fim de Jogo

ARTE E CULTURA

“Me senti como se tivesse vivido naquela época, me emocionei com as histórias do futebol. Visitar o museu foi umas das melhores sen-sações que já senti”. estudante Guilherme dos Santos

jornalistas já passaram pelo museu. Após seis anos de inauguração, o museu sofre constante atualiza-ção em função de jogos, times que ganham algum campeonato, ou por caírem para segunda divisão. Mariana Chaves diz: “a gente busca sempre atualizar o que diz respeito à área de conteúdo aqui no museu, inclusive tem um totem da sala das copas que a gente esta definindo as imagens sobre a copa de 2014, então isso até o final do ano a gente já vai ter aqui no espaço”. O museu é uma entidade privada sem fins lucrativos que presta servi-ço público. Parte dos recursos dispo-nibilizados para a administração do museu provém do Estado e de recur-sos captados pela própria entidade, como: ingressos, patrocínios entre outros. Os valores dos ingressos são acessíveis, professores da rede pública aposentados, estudantes, maiores de 60 anos e aposentados pagam meia- entrada no valor de R$ 3,00. Crianças de até 7 anos, pro-fessores da rede pública (Estadual, Municipal ou Federal), pessoas com deficiência tem a isenção no valor do ingresso e aos sábados o ingresso é gratuito para todos os visitantes. Em dias de jogo no estádio, a bilheteria do museu é fechada obrigatoriamen-te duas horas antes de começar a partida

Sala das Origens, narra uma história que começa com Charles Miller, no final do século XIX, e vai até os primórdios da profissionalização do futebol e da aceitação de atletas negros em nos anos 1920

Anjos Barrocos, a terceira sala de longa duração apresenta projeções de 25 jogadores que fizeram história no futebol brasileiro, em 11 telas suspensas ao ar

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Page 33: Revista Fim de Jogo

CLUBES NO NEGATIVOOs times de futebol vem

sofrendo cada vez mais com o famoso déficit,

com isso alguns clubes adotaram algumas coisas, que foram insta-ladas há muitos anos nos clubes europeus, como por exemplo, o sócio torcedor, que prevê a fide-lização de uma pessoa ao time, obtendo diversos benefícios. Segundo dados da empresa de consultoria BDO, nos últimos 5 anos, os clubes apresentaram um crescimento de R$ 2,8 bilhões de endividamento ou 98%. Em primeiro lugar, está o time com mais torcedores no Brasil, o Flamengo com um endividamen-to de R$759 milhões, somen-te em 2013. Em segundo está outro time carioca, o Botafogo, a “Estrela Solidária” está devendo nada menos que R$698 milhões. E para a surpresa de muitos, ou não em terceiro está o clube de São Januário, o Vasco da Gama, com R$518 milhões. O clube paulista, que está entre os mais “bem posicionados” é o centenário Palmeiras. De acor-do com o balancete de agosto, o mais recente publicado no site

do Palmeiras, nos oito primeiros meses do ano o alviverde regis-trou déficit de R$ 14,6 milhões. Com esportes profissionais e amadores foram arrecadados R$ 109.078.945,01 e gastos R$ 122.503.461,11. Ou seja, na contramão do discurso do car-tola, o clube ainda gasta mais desembolsa mais do que recebe, apesar de a área social registrar superávit de aproximadamente R$ 440,9 mil até agosto. O clube paulista vem conquis-tados diversos investimentos nos últimos anos, principalmente com a modernização de alguns estádios, no caso do Corinthians e Palmeiras. Com isso os clu-bes possuem uma arrecadação maior, porém o problema desses clubes são os velhos conhecidos, dirigentes, diretores e presiden-tes. Porém, a Multiplus, rede de fidelização controlada pela TAM e que tem 470 empresas partici-pantes, acaba de fechar contratos com Flamengo e Corinthians. Com isso, a empresa passa a ter nove clubes na sua lista de par-ceiros. Já a Ambev criou no ano

passado uma rede de fidelização ancorada pelos sócios-torcedores dos times, que oferece descontos em cerca de 600 produtos de 14 empresas, como Unilever, Shell e Netshoes. A adição dos times de futebol na sua base de parceiros faz par-te de uma estratégia da Multiplus de ampliar a oferta de resgate de prêmios para os seus 13 milhões de usuários cadastrados. Hoje, cerca de 90% dos clientes da Multiplus trocam seus pontos por passagens aéreas da TAM ou das companhias aéreas estran-geiras parceiras do Multiplus. Pode ser até alguma “saída” para alguns clubes, porém os principais clubes do futebol bra-sileiro buscam alternativas para sanar uma dívida que, somada, chega à impressionante marca de R$ 4 bilhões. Desse montante, mais da metade, R$ 2,4 bilhões são relacionados a débitos tribu-tários. Mas vem aí a velha pergunta, será que este é um problema que o presidente deve resolver ou deve ser reformulada a estrutura do time?

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/Opinião/ Yuri Domingues

[email protected]

Page 34: Revista Fim de Jogo

/Números do Esporte

ROGÉRIO CENIGoleiro são-paulino vence seu 590° jogo e se torna o atleta com mais vitórias por um só clube. Em jogo válido pela 31° rodada do Campeonato Brasileiro, na vitória de 3 a 0 sobre o Goiás, Ceni ultrapassa o recordista e ex-jogador Ryan Giggs do Manchester United. O capitão tricolor tem 1.174 jogos pelo clube paulista, sendo 614 vitórias, 264 empates e 296 derrotas. Ceni também é dono de três recordes mundiais pelo Guinness: jogador que mais vezes atuou pelo mesmo time (1.117), joga-dor que mais vezes foi capitão de seu time (866) e goleiro com maior número de gols (113).

NBADepois de Thiago Splitter se tornar o primeiro brasileiro a conquista a NBA com o San Antonio Spurs na última temporada, o melhor torneio de basque-te do mundo começa a temporada 2014/15 com um recorde de brasileiros, ao todo são 7 brasileiros. Nunca a NBA teve tantos atletas do Brasil de-fendendo algumas franquias, são eles: Vítor Faverani (Boston Celtics), Nenê Hilário (Washington Wizards), Tiago Splitter (San Antonio Spurs), Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers), Leandrinho Barbosa (Golden State Warriors), Bruno Caboclo (Toronto Raptors) e Lucas ‘Bebê’ Nogueira (Toronto Raptors).

FEDERERO tenista suíço Roger Federer conquista seu 6° título em casa. O número 2 do mundo em sua terra natal segue imbatível, no domingo (26/10) Federer vendeu David Goffin por 2 sets a zero, em um duplo 6 x 2. Desde 2006, o suíço chegou em todas finais, sendo campeão em 2006, 2007, 2008, 2010, 2011 e 2014.

BARCELONAClaudio Bravo se tornou o goleiro do Barcelona que ficou mais tempo sem sofrer o primeiro gol na Liga Espanhola, ao todo foram 758 minutos sem ter a defesa vazada. Até o clássico contra o Real Madrid no qual o Barcelona perdeu de 3 a 1, o clube catalão não havia sofrido gol nas primeiras oitos rodadas, e somente teve sua defesa vazada aos 35 minutos do primeiro tempo, quando Cristiano Ronaldo marcou o gol de empate madrilenho.

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VOLEI FEMININOTime do Rio de Janeiro (Rexona/ Ades) é campeão estadual pela 11° vez consecutiva, a equipe feminina treinada por Bernardinho, no último dia 27 de outubro venceu o Canto do Rio por 3 sets a zero (25/15, 25/17 e 25/16). Com o décimo pri-meiro título seguido, o Rio de Janeiro bateu um antigo recorde do Fluminense. A equipe carioca estreia pela Superliga em novembro.

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GOOL! DA ALEMANHAfederação Brasileira de Futebol) e DFB (Federação Alemã de Fu-tebol) são similares, como: CBF e DFB Organizam os Campeona-tos Nacionais séries A, B, C e D; ambas são responsáveis pela Or-ganização das Copas Nacionais masculinas e femininas adultas e sub-20; elas administram as Seleções nacionais de Futebol masculina e feminina; gerenciam as comissões nacionais de arbi-tragem; além é claro de serem responsáveis pelos Tribunais de Justiça Desportiva em seus res-pectivos países. Até então esta-

A Copa do Mundo de Fu-tebol 2014 acabou e já se passaram mais de cem

dias do famigerado “7 a 1” ou “Mineirazo”, como é lembrado pela mídia em geral. Especia-listas, ex-jogadores, estudiosos, comentaristas de TV falaram aos “borbotões” suas teses em rela-ção ao fato, além de uma pros-pecção sobre a CBF e o futebol brasileiro. Como se não bastasse, a seleção mais vitoriosa de todos os tempos, virou motivo de piada em todos os cantos do planeta. Em relação ao legado esportivo, o que se pode fazer para melho-rar a qualidade do futebol jogado em terras tupiniquins, além do principal, que é, a estrutura, eu fiz uma pesquisa sobre o que foi feito na Alemanha nos últimos doze anos a partir daquela final da Copa do Mundo em 2002, vencida pelo Brasil. Os dados são comparativos entre o que foi fei-to pela CBF (Confederação Bra-sileira de Futebol) e DFB (Deuts-cher Fußball-Bund -Federação Alemã de Futebol). Atenção! Caro leitor não caia da cadeira e não se assuste com o conteúdo a seguir, ele pode ser ofensivo para algumas pessoas (risos). As competências da CBF (Con-

mos empatados. Mas...Gol da Alemanha! A DFB administra centros de formação de atletas de futebol e a CBF nem sequer tem algo similar no papel. O Brasil se distrai e gol da Ale-manha de novo! A DFB é respon-sável pelas Fundações: Cultural DFB; Egidius Braun Fundação DFB; Sepp Herberger Bergerão DFB. Aqui no Brasil os acervos culturais, atividades sócio edu-cativas e museus de futebol são mantidos por ONGs, pela inicia-tiva privada e pública, e a CBF não atua em nenhuma delas.

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Eu perdi as contas de quantos gols a seleção alemã fez agora. Como diz um amigo nosso, “Pô! Me ajuda aí!” De todas essas atitudes toma-das pela Federação Alemã, aqui no Brasil somente modernizaram os estádios (se for falar do quan-to se gastou, além do “faz-me rir” que rolou por fora, ai, ai, ai!) para a Copa. “O gigante acordou”, a Con-federação Brasileira de Fute-bol teve atitudes pensando no futebol brasileiro, para quem pensa que só critico, veja: A CBF inaugurou em 04 de Junho de 2014 uma nova sede na Barra da Tijuca (RJ) ao custo de R$ 100

ÚLTIMOS 12 ANOS NA ALEMANHA

Depois de sofrer uma derrota na Copa da Coréia e Japão, a DFB:

• Investiu 1 bilhão de dólares na construção de CTs e academias para menores de 14 anos• Criou uma parceria com escolas, e construiu 366 academias para menores de 14 anos, sem qualquer vínculo com agentes ou clubes.• Formou, capacitou e contratou mil treinadores.• Atualmente cerca de 25 mil jovens treinam nessas academias por ano.• Clubes das 1ª e 2ª divisão da Bundesliga foram obrigados a construírem academias formadoras de jovens.• Somente depois dos 14 anos, os atletas podem atuar nas academias de clubes.• Federação auxiliou os clubes na formação dessas academias.• Os gastos dos times passaram a ser monitorados e controlados.• Clubes são obrigados a prestar contas três vezes por ano com atestados de orçamentos positivos.• Folha de pagamento não pode ultrapassar 50% da arrecadação.• Os times endividados serão punidos com rebaixamento.• Proibição de venda de clubes a empresas ou pessoas físicas.• Programa de intercâmbio, no qual os técnicos foram enviados alguns países para aprender outras culturas futebolísticas. • Criação de uma Federação Nacional de Técnicos.• Parceria entre Federação e universidades para formação de técnicos.• A DFB patrocina viagens de treinadores e gestores para congressos em todo mundo.• Modernização dos estádios após a Copa de 2006• Controle de preços dos ingressos na Bundesliga, no qual todos clubes precisam ter setores populares. O ingresso de €10 (R$ 30) sentado é o mais barato da europa.

milhões (R$ 70 milhões na compra do prédio e terreno; R$ 30 milhões para reforma no ano seguinte), com o nome do presi-dente José Maria Marin. Uma reportagem da Folha de SP, mostrou um superfatura-mento na compra do prédio, pois foi anunciado a compra em 27 de Junho de 2013, porém a aquisi-ção do imóvel se deu em 31 de agosto. Nesse um mês, oito salas foram vendidas a intermediários por 12 milhões e depois compra-das pela CBF por R$ 43 milhões. Outras 3 salas foram vendidas diretamente a CBF por R$ 27 milhões. A Federação Alemã investiu na

construção de 1387 campos de futebol para formação de atletas, com um custo aproximado de €25 milhões (R$ 75 milhões). A CBF somente reformou os 3 cam-pos da Granja Comary. A receita da CBF em com publicidade, venda de direitos de TV e parti-das amistosas em 2013 foi de R$ 436 milhões. O lucro do período foi de R$ 55 milhões. Vou deixar você leitor se recuperar depois dessa nova goleada, “a vida não tá fácil para ninguém”, principalmente para quem não se prepara. “E para não dizer que não falei das flo-res” ...gol da Alemanha

/Opinião/ Wellinton Augusto

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/Painel Política

PERSONAGENS DO ESPORTE NA POLÍTICAConfira quem conquistou um cargo público e quem não foi eleito nas eleições de 2014

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Romário foi eleito senador pelo Rio de Janeiro com quase 4,7 milhões de votos, que corresponde a 63,43% do eleitorado carioca.

Ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi eleito depu-tado federal por São Paulo com mais de 168 mil votos.

✓Ex-judoca João Derly foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul, ele teve 106 mil votos.

Ex-goleiro Danrlei e ídolo grêmista teve 160 mil votos no Rio Grande do Sul. Foi o segundo candidato mais votado para deputado federal no estado.

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x O ex-jogador Marcelinho Ca-rioca teve aproximadamente 43 mil votos, mas não foi eleito deputado em São Paulo.

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite recebeu 9.452 votos, porém não se elegeu deputado esta-dual no Rio de Janeiro

Acelino de Freitas Popó foi votado por 23.017 eleitores na Bahia, mas não foi reeleito deputado federal.

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/Volta ao Mundo

GERRAD ESTÁ NA MIRA DO MANCHESTER CITY Depois de contratar Lampard, por empréstimo do New York City, o Manchester City agora está de olho em Gerrard do Liverpool. Ídolo do clube que defende desde os seus nove anos, o volante hoje com 34 está perto de encerrar o seu contrato com os Reds. Mesmo com a idade de Gerrard, o técnico do City confirma interesse.

JULGAMENTO DE BRANDÃO É ADIADO PARA O FIM DO MÊSO julgamento do atacante brasileiro Brandão na justiça comum pela cabeçada no compatriota Thiago Motta estada previsto para o dia 04 de novembro, mas foi adiado para o dia 27 pelo tribunal correcional de Paris.Na esfera esportiva o atacante de 34 anos foi suspenso por seis meses pela Liga de Futebol Profissional (LFP), mas apresentou um recurso, que será avaliado pela Federação Francesa de Futebol (FFF).

VOLTA DE ANDERSON SILVA AO UFC 183A 183ª edição do UFC em janeiro no Mandalay Bay Events Center em Las Vegas marca a volta de Ander-son Silva contra o americano Nick Diaz como luta principal. O brasileiro não luta desde dezembro do ano passado, quando fraturou a perna e perdeu a luta contra Chris Weidman, no UFC 168. O processo de recuperação para retornar ao octógono foi classificado pelo ‘Spider’ como complicado.

CAN É MANTIDA PARA JANEIRO, APESAR DO EBOLAA Copa Africana das Nações (CAN) foi mantida para ao mês de janeiro apesar do pedido de adiamento do país-sede, o Mar-rocos, por causa da epidemia de ebola. O governo marroquino havia explicado no início do mês passado que o pedido de adiamento tinha sido realizado devido à decisão do Ministério da Saúde de evitar aglomerações de pessoas vindas de países atingidos pelo vírus ebola. A CAF já começou a buscar um plano B caso Marrocos desista de receber a competição.

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/Opinião/ Marcelo Agostinho

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HÁBITO PARA A VIDA

Conseguir manter uma vida saudável, na cida-de de São Paulo (onde

moro) ou em qualquer outra cidade grande, hoje em dia, não é fácil. Ainda mais para jovens, que assim como eu, sempre tem uma vida agitada. Há quatros anos atrás eu era um técnico de redes de computadores. Trabalhava fazendo instalações de redes e manutenção, trabalhando de dia e estudando a noite. Não tinha tempo para fazer exercícios e me sentia cansado sempre no fim do dia. Até que chegou uma hora que resolvi ocupar meu tempo livre com alguma coisa. Foi aí que co-mecei a andar de bicicleta nos fins de semana de folga. Essa prática melhorou muito meu desempenho físico. Ganhei mais fôlego para trabalhar, sair e aproveitar melhor meus dias (e também as noites). Nessa época eu tive um pro-blemão que me afetou bem: sofri um acidente onde meu ombro se deslocou, ficou luxa-

do (o ligamento se rompeu). E para não fazer cirurgia co-mecei a praticar musculação. Mudei de emprego e ganhei mais tempo para tanto. No co-meço eu não gostava, achava chato, quase uma obrigação. Mas com o passar do tempo fui pegando gosto pelos exer-cícios, torno-se um hábito muito bom na minha vida.Me sentia mais animado, mais vivo. Hoje, ir para a academia é meu esporte preferido.Os benefícios da musculação vão além da melhora física. Para mim, é uma terapia de relaxamento. Nos meus dias de muito estresse, meu desempenho no treino é até melhor, porque toda a carga estressante se converte em força e resistência, é quando saio mais relaxado. Se por al-gum motivo eu não consigo ir durante a semana, fico chatea-do! Tamanha vontade de estar lá, pegando peso. É um vício bom, que carregarei pelo resto da minha vida

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/Bravo - DVDs - Filmes - Livros

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Obra conta trajetória de Kuerten rumo ao topo do ranking, quando ainda era criança em Florianópolis, onde seria pre-parado pela família, pelas tragédias e por um treinador que esteve ao seu lado em todos os grandes momentos.

R$ 29,90 na Fnac

Documentário conta a história do ex-pugilista norte-ame-ricano Muhammad Ali, considerado um dos maiores da história do esporte. A vida do lendário boxeador é con-tada através de áudios pessoais de Ali, com entrevistas e depoimentos do círculo de familiares e amigos dele.

R$ 29,90 na Saraiva

Filme: “Die Mannschaft (A equipe) Seleção da Alemanha lança filme/ documen-tário chamado “Die Mannschaft (A equipe) com exibição à partir de 13 de novembro. O fime mostra os bastidores das concentra-ções e imagens inusitadas dos jogadores, como a do atleta Müller vestido de mulher acima. O trailer mostra a chamada “O Brasil teve Neymar, a Argentina tinha Messi, Por-tugal teve Ronaldo. A Alemanha tinha uma equipe”.

Ainda não tem previsão de exibição no Brasil

Livro: “1955 – O começoEscrito pelo historiador do Santos FC, Guilherme Gomes Guarche, a obra relata a história completa do título Paulista de 1955, ganho depois de 20 anos de espera. O livro mostra fotos, fichas técnicas e entrevistas com personagens da época.

Venda no no site e Memorial do Santos FC

Livro: Resolva!Do ex-medalhista olímpico Marcus Vinícius Freire, que atualmente é dirigente do COB, economista com MBA em marketing. A obra ajuda gestores e empreendedores a encararem seus problemas e des-cobrirem caminhos eficazes para resolvê-los.

R$29,90 na Cultura

Livro:

Guga, Um Brasileiro

Biografia de Gustavo Kuerten

DVD:

Eu Sou Ali – A História de Muhammad Ali

Biografia de Muhammad Ali

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/Metrópole

EVENTOS

CORRIDA SOLIDÁRIA 2014

Primeira Corrida e Caminhada ACISBEC 70 anos

A primeira corrida será realizada no dia 30/11 às 8h em São Bernar-do do Campo (SP). Serão 5km percorridos, na AV. Kennedy 1155 – Bairro Anchieta. As inscrições terão encerramento no dia 23/11, para a retirada de kits os interessados deverão comparecer na loja Centauro do Golden Square Shopping, que fica localizado na Aveni-da Kennedy, nº 700. Loja 41 Piso 3, no dia 29/11 da 12h às 20hs.O evento será promovido pela Associação Comercial e Industrial da Cidade de São Bernardo para promover seu aniversário de 70 anos estimulando a importância do esporte e seus benefícios.

Corrida Solidária e Caminhada da Paz

A corrida solidária é um evento anual, realizada pela fundação Mokiti Okada. A corrida tem por objetivo não só promover a prá-tica esportiva, mas também levar satisfação e alegria aos partici-pantes. Este ano terá como cidade sede o Rio de Janeiro, a acon-tecer no dia 30/11 às 8h. A corrida será de 6km, já a caminhada 3km que serão percorridos na Praia do Recreio dos Bandeirantes. O encerramento das inscrições será no dia 17/11. O prazo para retirada do kit é até o dia 29/11 das 9h às 18hs e só será permiti-da mediante a apresentação de comprovante de inscrição e cópia de identidade do atleta inscrito.

Travessias Etapa – IndaiáO evento será realizado no dia 7/12 às 9h na cidade de Bertioga (SP), local Canto do Indaiá. Serão disputados pelas categorias infantil, melhor idade e duplas. Os percursos são: • 3.000 mts (2 voltas de 1,5km cada) – revezamento duplas• 800 mts Prova Curta – individual Masc/Fem• 3.000 mts (2 voltas de 1,5 km cada) Prova Longa – individual Masc/Fem. As inscrições encerram no dia 01/12. Entregas de kits e confirmação de presença às 7h no local. Como premiação os candidatos ganharão:• Geral: Troféus aos 3 primeiros do Geral de todas as largadas• Faixa Etária: Troféus aos 3 primeiros na categoria das largadas

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IMAGENS DO MÊS

<<< O francês Jules Bianchi, da Marussia, recebe atendi-mento após acidente no GP do Japão em 05 de outubro (Foto: Clive Mason/Getty Images)

NBA Global Games no Rio de Janeiro: Cleve-land Cavaliers x Miami Heat em 11 de Outu-bro (Foto: Buda Mendes / Getty Images)

Jogadoras da seleção brasileira comemoram conquista da medalha de bronze no Mundial de Vôlei em 12 de outu-bro após vencerem a Itália, donas da casa, em um jogo disputado em cinco sets (Foto: FE/EPA/Daniel Dal Zennaro)

Pepe comemora seu gol no clássico Real Madrid 3 Barcelona 1 em 25 de outubro. (Foto: Getty Images)

Atlético-MG goleia o Flamengo por 4 a 1 em 5 de novembro e se classifica para as finais da Copa do Brasil (Foto: Agência Estado)

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