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Ano XVIII – Mar/Abr 2013 - nº 101 – R$ 18,00 – www.revistalaticinios.com.br – ISSN 1678-7250 EMBALAGEM Missão: conquistar consumidores Queijos Setor busca caminhos para crescer Nordeste Oásis para o setor sorveteiro

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Ano XVIII – Mar/Abr 2013 - nº 101 – R$ 18,00 – www.revistalaticinios.com.br – ISSN 1678-7250

EmbalagEm missão : conqu i s ta r consumidores

Queijos Setor busca caminhos para crescer

Nordeste Oásis para o setor sorveteiro

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Prezado Leitor,em meio à complexa situação atual de estruturar e deixar fluir o

desenvolvimento do Brasil, a cadeia produtiva do leite se debate ainda com antigos problemas na produção rural, investimentos em tecnolo-gia no campo, na indústria e infraestrutura logística. A conjuntura do setor exige ações rápidas para tornar a produção mais eficiente e, as empresas, mais competitivas. Avisos da necessidade de intervenções urgentes chegam de todos os segmentos do leite e também de todos os elos da cadeia produtiva. As matérias desta edição sinalizam algumas áreas que requerem mudanças para expansão do setor no Brasil.

Como ponto de partida para leitura, trazemos entrevista com Almir Meireles, que acaba de lançar o livro “No Calor da Crise”. O autor, que diz ser importante saber como o setor leiteiro chegou até aqui e conhecer os fantasmas do passado que nos atormen-tam, afirma que o mais importante é trabalhar duro para superar o atraso. Esse é o fio condutor de seu livro, que apresenta ideias e propostas para a evolução do setor no Brasil.

Sinais de alerta de mudanças necessárias também vieram do 6º Simpósio Nacional da Abiq (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), que comemora 25 anos de atuação no segmento. Os pales-trantes selecionados, quase que em uníssono, mostraram a importân-cia do momento atual para investir em melhoria da qualidade do leite, novas tecnologias e inovação para conquistar consumidores e crescer.

O momento requer reflexão e atitude rápida porque, como diz a canção, o mundo não para, e, segundo informou Ariel Londinsky, ge-rente da Fepale (Federacion Panamericana de Lechería), no simpósio da Abiq, no período de 20 anos, a América Latina tem potencial para tornar-se grande provedora de leite. Por razões como essa, o Brasil precisa garantir seu lugar no mercado.

Alinhada também às mudanças necessárias, o leitor poderá confe-rir detalhes sobre Consulta Pública à Instrução Normativa que estabe-lece “Padrões de identidade e qualidade do soro do leite”.

Nesta edição, trazemos ainda os artigos técnicos: “Os fato-res de produtividade e competitividade na indústria brasileira de queijos”, da Chr.Hansen e “Produtos lácteos simbióticos”, de pesquisadoras do Ital/Tecnolat.

Que venham as mudanças e em bons ventos!Boa leitura!

Luiz SouzaDiretor e Editor

Ano XVIII – nº 101–março/abril 2013www.revistalaticinios.com.br

ISSN 1678-7250

Editorial

Diretor e Editor Luiz José de Souza

[email protected]

RedaçãoJuçara Pivaro

[email protected]

RevisãoJuliana Coelho

PublicidadeLuiz Souza

Carolina [email protected]

Daiane [email protected]

AtendimentoAna Carolina Senna de Souza

[email protected]

CapaImagem de arquivo

Diagramação Rafael Murad

[email protected]

Assinatura Assinatura anual - R$ 105,00 (6 edições)

Número avulso - R$ 18,00

Comitê EditorialAirton Vialta – DG/Ital

Ana Lidia C. Zanele Rodrigues – Allegis ConsultoriaAntônio Fernandes de Carvalho – UFV

Ariene Gimenes Van Dender – Tecnolat/ItalDarlila Aparecida Gallina – Tecnolat/Ital

Izildinha Moreno – Tecnolat/Ital José Alberto Bastos Portugal – Embrapa/CNPGL

Mucio Furtado – DuPont/Danisco Neila Richards – UFSM

Sebastião César Cardoso Brandão – UFV/Amazing Foods

SETEMBRO EDITORA

Ed. Green Office MorumbiRua Domingues Lopes da Silva 890, Cj. 402

Portal do MorumbiCEP 05641-030, São Paulo, SP, Brasil

Tels.: (11) 3739-4385 / 2307-5561 / 2307-5563 / 2307-5568 / 2307-5574

[email protected] opiniões e conceitos emitidos em artigos assinados não

representam necessariamente a posição da revista Indústria de Laticínios.

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SUMÁRIO

ANUNCIANTES

Entrevista u Mudanças necessárias e urgentes – Almir Meireles -------------------------------------------------------------------- 06

Empresas e Negóciosu Veja quem movimentou os negócios lácteos no último bimestre ------------------------------------------------- 10

Matéria de Capau Embalagens – Formas e tecnologias que conquistam ---------------------------------------------------------------- 18

Conjunturau LEITE/CEPEA - Preço sobe pelo 3º mês consecutivo e deve se manter firme ------------------------------------ 26

Mercadou Espaço para direcionar produtos e Região Nordeste – Novo oásis para sorvetes ------------------------------ 28

Legislaçãou Consulta Pública sobre soro de leite --------------------------------------------------------------------------------------- 31

Painelu Notícias e ações de empresas do setor ------------------------------------------------------------------------------------ 32

Eventou Simpósio Abiq – Comemoração e Trabalho ------------------------------------------------------------------------------ 42

Fazer Melhoru Produtos lácteos simbióticos – Pesquisadores/Ital SP ----------------------------------------------------------------- 52 u Os fatores de produtividade e competitividade na indústria brasileira de queijos ---------------------------- 54

ABEAÇO 21 FERMENTECH 07 MilAiNOx 25

ASKO 17 FORTiTECH 60 PZl 37

ANHEMBi BORRACHAS 27 GAil 39 QUiNABRA 10

CAP-lAB 11 GRANOlAB 35 RiCiFER 31

CAP-lAB 13 GUiA DO COMPRADOR 40 SiG COMBiBlOC 59

CAP-lAB 15 iNTERMARKETiNG 05 TATE & lYlE 50

DElGO 12 iTAl/TECNOlAT 34 TETRA PAK 02

DESNATADEiRA 30 M CASSAB 33 VERAlliA 19

FiBRAV 41 MíDiA KiT 46

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Almir Meireles atua no setor de leite há mais de 40 anos, é economista, conferencista e sócio-diretor da Brainstock – Consultoria Empresarial. Foi executivo de grandes empresas na área de laticínios no Brasil, além de diretor da ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida), de 1994 a 2005. É especialista em planejamento estratégico, gestão, organização, negociação de empresas e sustentabilidade na indústria de laticínios. Além de artigos em revistas especializadas é autor dos livros: Long Life Milk – A Revolution in Brazil; O Revolucionário Leite Longa Vida- Na era da economia de mercado; A Integração Inacabada – Ensaios sobre política e planejamento na empresa cooperativa; Planejamento, qualidade e globalização na indústria de lati-cínios – 1997-2000 – um olhar incompleto; A DesRazão Laticinista – A indústria de laticínios no último quartel do Século XX e Leite Paulista – História da formação de um sistema cooperativista no Brasil.

O autor do livro “No Calor da Crise – A ideologia do leite no Brasil, as insatisfações do presente e como criar um ambiente inovador e competitivo”, Almir Meireles, fala de sua mais recente obra, onde traz propostas que enfatizam a necessidade de transformações na cadeia produ-tiva do leite o mais breve possível. Para o autor, introduzir a gestão profissional nas proprieda-des leiteiras, que leve à prática do planejamento, visando à melhoria na produção de alimentos, da genética do gado e à preservação ambiental, algumas das frentes importantes, irá reque-rer um tempo razoável. Meireles sinaliza a premência do “ano zero”, que pode ser considerado marco inicial das mudanças necessárias no setor leiteiro, precisa acontecer urgentemente, principalmente porque a concorrência está em constante movimento e não espera.

entrevista

Revista Indústria de Laticínios Fale um pouco de seu livro “No Calor da Crise” e o que o motivou a abordar esse tema de forma polêmica? ■ Almir Meireles Não escrevo com o propósito de polemizar. Mas, se existe controvérsia, pode ser bom para um melhor entendimento das coisas. Como deixei claro na introdução, dos leito-res não espero que concordem com minhas ideias e proposições, mas que reflitam sobre elas. Quando eu era jovem, e já faz muito tempo, acredi-tava que existia uma verdade acessí-vel e que era possível assenhorar-se dela. Com o tempo, percebi que essa postura é que leva uma pessoa ao fa-natismo e à intolerância com o outro, o que explica a maioria dos males do mundo, especialmente as guerras por motivo religioso. Como bem observou o economista camaronês, Celéstin Mon-ga, a busca da verdade é uma viagem sem fim. É nisso que acredito e é nisso que pauto meu esforço intelectual. Sobre a motivação, como mencionei na introdução, veio de uma participação em um evento da indústria de lati-cínios em Goiás, que abordava como tornar a atividade primária sustentá-vel. Então me dei conta de que o tema merecia ser tratado num livro e não hesitei em escrevê-lo.

RIL Como a obra foi lançada há alguns meses, muitos profissionais do setor já devem tê-la lido. Você Já teve feedba-ck da repercussão do livro? Como ele foi recebido pelos leitores? ■ Almir Meireles O brasileiro não lê muito e no nosso setor não é diferente. Dos que leem, poucos são aqueles que se manifes-tam sobre o que leram. A despeito dessa timidez generalizada, recebi algumas ma-nifestações elogiosas de profissionais que tiveram contato com o livro, de maneira diversa. Uma delas, bem interessante, veio de uma engenheira agrônoma de Brasí-lia que, tendo encontrado um exemplar em uma fazenda em Goiás, revelou que o havia lido avidamente. E gostou tanto que me enviou um e-mail pedindo indicação de onde comprá-lo porque que queria lê-lo novamente. Outra veio de um universitário de Viçosa, que estava trabalhando em sua tese. Agradecia, porque o livro, empresta-do por um professor, havia lhe sido muito útil. Alguns amigos que não militam na área também o leram e observaram que muitas das ideias nele contidas poderiam se aplicar a outros setores da economia, com problemas semelhantes aos nossos. Mas, estou sempre aberto para receber observações críticas também. Escrevi so-bre aquilo em que acredito, mas isso não necessariamente é a única visão possível sobre o tema. Tampouco a verdadeira.

“É importante saber como chegamos até aqui, conhecer os fantasmas do passado que nos atormentam, mas o mais importante é trabalhar duro

para superar o atraso. Esse é o fio condutor do livro”.

Mudanças necessárias e urgentes

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RIL Na sua ótica, grande parte das empresas e cooperativas de laticínios ainda têm dificuldade em reconhecer os entraves do setor da forma como foi colocada no livro? ■ Almir Meireles Ao contrário, embora não diga grande parte, na minha ótica, muitas delas estão sim cientes dos entra-ves do setor e trabalhando para superá--los. O que coloquei no livro é que o principal entrave é o atraso na atividade primária em relação aos nossos competidores de outros países, ainda que haja exceções entre regiões e produtores de leite. E que a velocidade das mudanças precisa au-mentar. Talvez falte o sentido de urgência, necessário para se desencadear um pro-cesso que será obrigatoriamente longo e com inúmeros desafios. O crescimento horizontal da captação foi importante e criou bacias leiteiras que vieram se revelar altamente vocacionadas para a produção de leite, mas esse modelo está esgotado. É necessário agora buscar o crescimen-to vertical da produção via aumento da produtividade por área/vaca/homem. E isso não será feito sem um envolvimento maior das empresas e cooperativas com seus produtores. É importante saber como chegamos até aqui, conhecer os fantasmas do passado que nos atormen-tam, mas o mais importante é trabalhar duro para superar o atraso. Esse é o fio condutor do livro..

RIL No contexto atual do mercado brasi-leiro e mundial, caso sejam iniciadas as mudanças necessárias no campo e na in-dústria de laticínios, incorporando inovação e aumentando competitividade, quanto tempo o setor leiteiro levaria para colher os primeiros frutos? ■ Almir Meireles Introduzir a gestão pro-fissional nas propriedades leiteiras, que leve à prática do planejamento, visando à melhoria na produção de alimentos, da genética do gado e à preservação am-biental, para mencionar frentes impor-tantes, irá requerer um tempo razoável. Mas, sem gestão profissional os frutos nunca serão colhidos ou serão insuficien-

tes para melhorar o padrão de vida dos produtores de leite. Os produtores de al-gumas bacias leiteiras que se engajaram nesse processo há mais tempo já estão colhendo seus frutos e estão diante de novos desafios. A busca de maior produti-vidade, competitividade e melhor qualida-de é um processo e não uma meta. É o que mostram produtores de países como a Nova Zelândia, Austrália, Argentina e Uruguai, nossos principais competidores e referências na área. De toda forma, um desenvolvimento sustentável somente será alcançado num horizonte de tempo de 5 a 10 anos. Quanto mais se adiar o ano zero, mais difícil se tornarão as coi-sas porque nossos competidores, embora também tenham lá seus problemas, não ficarão parados.

RIL As mudanças necessárias passam pela mudança da legislação para o setor e um dos entraves é o novo RIISPOA, que cami-nha a passos lentos, ou melhor, desde que se anunciou mudanças, nada aconteceu. Até que ponto falta pressão dos players do setor junto ao Governo para exigir um novo documento? ■ Almir Meireles Vivencio os problemas do setor há mais de quarenta anos. Nesse longo período assisti inúmeras tentativas de mudanças do RIISPOA, inclusive estive envolvido em algumas delas. Pressão do setor nunca faltou, mas é preciso deixar claro que existe muita controvérsia sobre a direção das mudanças, ainda que nem sempre estejam explícitas. Na última tenta-tiva, a de 2011, que era para ter sido concluída em 2012, perguntei a um funcionário graduado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se não seria o caso de, antes de se preparar uma proposta, se discutir melhor que tipo de novo RIISPOA preci-saríamos para incentivar a inovação e melhorar a competitividade do setor. Seria um regulamento intervencionista e detalhista, uma normal legal de índo-le paternalista ou seria um regulamen-to liberal e sintético, com conceitos

voltados à segurança alimentar, mas também à inovação e à competividade. A ideia foi tida como boa e relevante, mas, pouco tempo depois, eis que sur-ge um texto anacrônico como o origi-nal. E tal como as propostas anterio-res, parece ter sido engavetado. De toda forma, o velho RIISPOA cria uma restrição aqui e ali, mas não chega a ser uma tragédia, pois a indústria de laticínios evoluiu bastante.

RIL Recentemente, a Comissão da Agricul-tura criou uma subcomissão permanente para propor ações de incentivo à produ-ção do leite. Qual sua visão do primeiro documento publicado pela subcomissão? Faltaram pontos importantes no documen-to que deveriam ser incluídos? ■ Almir Meireles Não li o primeiro docu-mento da subcomissão e nem outros que eventualmente ela tenha produzido. Mas, acompanhei os trabalhos pelos jornais e sites especializados do setor. Conside-rando o roteiro e propósitos anunciados, ficou claro para mim que esse movimento não passou de uma edição piorada da-quele iniciado em 2001 e concluído em 2003, então liderado pelo já falecido Deputado Moacir Micheletto. Produziu-se um exten-so relatório, a partir de conclusões obti-das através de Comissões Parlamentares de Inquérito instaladas nos principais estados produtores de leite. Este sim, li e anotei no meu livro a única conclusão que se revelou verdadeira: “A sociedade habi-tou-se a apresentar aos administradores públicos suas ‘listas de reivindicações’ que são esquecidas tão logo algum paliativo desmobilize o grupo social que esteja pressionando.” Já está passando da hora das lideranças do setor lácteo reverem sua posição porque, talvez, as “listas de reivindicações” estejam erradas. Enquan-to esperarem que a Câmara dos Deputa-dos, com ou sem subcomissão, faça aquilo que não têm condições de fazer, sempre haverá frustação e sempre haverá alguém atento para propor a criação de um novo movimento salvacionista.

entrevista

“A busca de maior produtividade, competitividade e melhor qualidade é um processo e não uma meta. É o que mostram produtores de países como a Nova Zelândia, Austrália, Argentina e Uruguai,

nossos principais competidores e referências na área”.

“Na última tentativa, a de 2011, que era para ter sido concluída em 2012, perguntei a um funcionário graduado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se não seria o caso de, antes de se preparar uma proposta, se discutir melhor que tipo de novo RIISPOA precisaríamos para incentivar a

inovação e melhorar a competitividade do setor”.

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“Os produtores de leite não conseguirão emergir do estágio em que se encontram sem ajuda profissional e planejada”.

“Na medida em que o Governo se limitou à publicação da IN 51 e nada mais, não é de se estranhar que os prazos não tenham sido cumpridos. E, provavelmente, se nada mais for feito, acontecerá novamente”.

RIL A qualidade do leite, apesar de ter melhorado em algumas regiões do Brasil, ainda deixa a desejar e alguns segmentos ainda sofrem por não ter leite com quali-dade satisfatória, a exemplo dos fabrican-tes de queijos. A IN 51 já foi adaptada em prazos porque produtores não conseguem atingir as metas propostas inicialmente. Em sua opinião, num país continental como o Brasil, o que poderia ser feito para melhorar a qualidade do leite de forma uniforme nas regiões? ■ Almir Meireles A Instrução Normativa 51 nasceu na esteira de uma iniciativa do Governo, de 1998, que criou uma comissão especial, composta predominantemente por representantes da iniciativa privada, para propor medidas visando a moderni-zação do setor lácteo, da qual fiz parte, quando então era presidente da Associa-ção Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida. Acontece que o documento produ-zido pela comissão propunha uma série de iniciativas modernizadoras e a fixação de padrões higiênico-sanitários para o leite cru, que virou a IN 51, era apenas uma delas. Controle sanitário do rebanho e qualificação e habilitação da mão de obra envolvida na produção primária e no transporte de leite cru resfriado, eram outras duas. Além de definir a missão do governo e da iniciativa privada, a proposta contemplava a criação de indicadores de desempenho para que a evolução das mu-danças fosse permanentemente avaliada. Na medida em que o Governo se limitou à publicação da IN 51 e nada mais, não é de se estranhar que os prazos não tenham sido cumpridos. E, provavelmente, se nada mais for feito, acontecerá novamente.

RIL A indústria tem seu papel na melhoria do leite e existem casos de algumas que já fazem sua parte, como a Piracanjuba. Parece óbvia a necessidade das ações como as promovidas pela empresa. Quais as principais iniciativas da Piracanjuba servem de modelo para outras?■ Almir Meireles Como disse anterior-mente, a indústria de laticínios tem que ser protagonista do processo de mu-danças na atividade primária. Os produ-tores de leite não conseguirão emergir do estágio em que se encontram sem ajuda profissional e planejada. Coloquei na Parte II do livro, a experiência de uma empresa como a Laticínios Bela Vista, com seu Piracanjuba Pró-Campo, porque a conheço mais profundamente, mas existem inúmeras empresas e co-operativas com iniciativas semelhantes, com maior ou menor escopo. Quem tiver a oportunidade e a paciência para ler essa parte do livro poderá se inspirar conhecendo os instrumentos que estão sendo utilizados no Piracanjuba Pró--Campo. O que a indústria tem que fa-zer em conjunto é pressionar o Governo para criar linhas de crédito realmente acessíveis e não apenas no papel, para financiar essas mudanças, com pra-zos compatíveis com a maturação dos investimentos nesse tipo de negócio. É preciso tornar a atividade leiteira economica, social e ambientalmente sustentável. Com a transferência de tecnologia para os produtores de leite pequenos e médios, isso pode ser feito e certamente eles terão sucesso. O programa Balde Cheio está repleto de exemplos vitoriosos.

RIL No atual momento, quais são os primeiros desafios a serem enfrenta-dos pela cadeia produtiva do leite para criar estrutura eficiente para o crescimento e aumento de competiti-vidade do setor? ■ Almir Meireles O principal desafio é estabelecer uma nova agenda, como proponho no livro, começando pela conscientização que o Governo não tem condições de que resolver pro-blemas típicos de mercado. Especial-mente esqueçam o protecionismo e incluam os consumidores dentre suas preocupações. Protecionismo leva invariavelmente à ineficiência. É legítima a luta contra a concorrência desleal, mas não contra a competiti-vidade. Nem todos os produtores de leite poderão (ou desejarão) tornar-se competitivos. Alguns se retirarão da atividade ou permanecerão no nível de subsistência, por opção. Isso não im-pede a implantação de mudanças por parte daqueles que querem se pro-fissionalizar e evoluir. As novas biotec-nologias transformarão a atividade leiteira de uma maneira até então im-pensável. Aproveitem-se delas. A ideia de que o leite é um alimento perfeito já não tem a aceitação generalizada que tinha no passado. Movimentos contrários ao produto se multiplicam no mundo inteiro, especialmente em websites e publicações especializadas. É necessário defendê-lo e promovê-lo. Para finalizar, voltando ao tema da en-trevista, No Calor da Noite, pode ser um livro de crítica, mas, acima de tudo, é um grito de esperança.

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Elegêlança linha exclusiva

para o Nordeste

A Elegê, marca de grande vo-lume e abrangência nacional da BRF, lança com exclusividade para a região Nordeste a bebida láctea versão garrafinha 180g, nos sabo-res morango e salada de frutas. O produto chega para complementar a linha, que já oferece os mesmos sabores na versão garrafa de 900g, ideal para toda a família.

“A novidade demonstra a impor-tância do Nordeste para a marca e atende à crescente demanda deste mercado por produtos saborosos, práticos e em tamanhos individu-ais”, explica Luciane Matiello, dire-tora de marketing de lácteos da BRF.

O mercado de iogurte/bebida láctea líquida no Nordeste é o maior do Brasil e, portanto, re-presenta oportunidade para cres-cimento e expansão destes pro-dutos. “A proposta é completar cada vez mais nossa linha e estar presente em todos os momentos do dia do consumidor”, completa a executiva.

Para o lançamento, estão pre-vistas ações promocionais em pon-tos de venda no formato “compre e ganhe”, além de divulgação da promoção por meio de propaganda nas lojas participantes.

A bebida láctea Elegê é elabora-da com matéria-prima selecionada e polpa de frutas. As bebidas são leves e nutritivas. “A BRF mantém no Brasil 14 unidades que proces-sam itens lácteos. Entre as maiores estão Carambeí (PR) e Bom Conse-lho (PE)”, lembra Luciane Matiello.

empresas & negócios

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JuniorAchocolatado em pó Junior

muda de embalagem

A Chocoleite Indústria de Ali-mentos, empresa do Sul do Brasil, apresenta nova estratégia para as embalagens do Achocolatado em Pó Júnior e do Achocolatado em Pó Júnior Refil. A Design Inverso, escritório especializado em design de marcas, produtos e embalagens, participou da mudança.

O novo achocolatado já está no mercado e oferece diferencial competitivo em relação às outras marcas, instigando a curiosidade e o imaginário das crianças atra-vés de personagens próprios. Os personagens Chocoloco, Milky e Vito, criados pela Design Inverso, assim como as novas embalagens, ensinam as crianças a cuidarem do meio ambiente.

Os famosos personagens têm um hot site próprio onde o cão Cho-coloco, a gata Milky e o tigre Vito dão dicas para economizar energia elétrica, para não desperdiçar água e falam da importância da recicla-gem. Um alerta sobre a emissão de gás carbônico na atmosfera tam-bém é feito. O tigre Vito explica às crianças que, quanto mais pessoas utilizarem o mesmo veículo para ir à escola ou ao trabalho, mais sau-dável fica a vida do nosso planeta.

Além da educação ambiental promovida, o hot site oferece jogos, apresenta histórias dos persona-gens e dispõe de downloads para divertir a criançada. A estratégia faz sucesso entre as crianças e ren-de bons frutos para a Chocoleite, que também traz os personagens nas caixinhas de 200ml do acho-colatado, lançadas no ano passado.

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Tirolamplia sua linha

de sucosA empresa promove a amplia-

ção de sua linha de sucos Frutein, com o lançamento da bebida em versão individual de 250 ml.

Desenvolvido para oferecer mais energia ao longo do dia, a li-nha de sucos Frutein marcou a en-trada da Tirol no segmento de be-bidas funcionais a base de soro de leite e agora pode ser saboreada de forma prática, em embalagem ide-al para as mais diversas ocasiões do dia a dia.

A principal diferença entre um suco normal e o Frutein são as valio-sas proteínas existentes no soro do leite, muito benéficas à saúde, pois são facilmente absorvidas pelo organismo.

Com opções nos sabores ma-racujá e laranja, o Frutein é uma bebida que reúne os atributos sau-dáveis do soro do leite com o suco de frutas natural, oferecendo uma alternativa interessante aos sucos a base de soja.

O valor nutricional do soro é co-nhecido desde a Grécia Antiga, quan-do o médico Hipocrates recomenda-va o consumo de soro para efeitos medicinais no combate a doenças como artrite e problemas de fígado.

Subproduto da fabricação de queijo, o soro voltou a se popula-rizar nos últimos anos em função de muitos atributos de saúde e bem-estar de sua composição, que

guarda aproximadamente 50 % dos nutrientes do leite, com proteínas de alta qualidade.

O soro do leite oferece um apor-te adequado de aminoácidos es-senciais, vitaminas e uma exten-sa variedade de minerais, além de lactose e lipídeos – com organis-mos vivos que, em dosagem corre-ta, auxiliam a digestão.

Além disso, cada porção de 250 ml de Frutein oferece um valor energético de 143 kcal, com aporte significativo de cálcio para enfren-tar cada dia com muita disposição.

empresas & negócios

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Vigorapresenta Iogurte Grego Zero

Gordura e Açúcar

Depois de inaugurar a categoria de Grego no Brasil, a Vigor lança agora a versão Zero de seu iogurte grego, produto ultracremoso, com sabor intenso, sem adição de açú-cares e gorduras, com as mesmas características de textura e indul-gência que fizeram o produto con-quistar o consumidor em pouco mais de seis meses.

Vigor Grego Zero chega às gôn-dolas nos sabores Tradicional e Morango para completar a linha que já tem quatro versões (Tradi-cional, Baunilha, Frutas Vermelhas e Frutas Amarelas). “O brasileiro está cada vez mais preocupado com questões relacionadas à saú-de e bem-estar, mas não abre mão de sabor. Vigor Grego chega justa-

mente para atender a essa demanda”, afir-ma Anne Napoli, di-retora de marketing da Vigor .

Além de não con-ter gordura e adição de açúcares, o iogur-te tem alta concen-tração de proteínas e cálcio e baixo teor

de sódio, por isso é uma opção saborosa e saudável.

A novidade reforça o posiciona-mento estratégico da Vigor de se tornar ainda mais competitiva, por meio de inovações de grande im-pacto, sempre expondo seus pilares principais: a tradição e a qualidade. Tudo “bem feito como deve ser”.

Sucesso absoluto na Europa e nos Estados Unidos, a Vigor apre-sentou o iogurte Grego ao mercado brasileiro em julho de 2012. Como resultado, milhões de pessoas ex-perimentaram Vigor Grego e, desde então, as vendas do produto não param de crescer.

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Turma da Mônica e Danone anunciam nova linha de produtos

A Mauricio de Sousa Produções (MSP), empresa líder de licencia-mento nacional, e a Danone, líder nacional em produtos lácteos fres-cos, unem-se em parceria para o lançamento de uma linha completa de produtos lácteos com a marca Turma da Mônica. O primeiro iogur-te a chegar ao Brasil na década de 70 e a personagem que completa 50 anos em 2013 desenvolveram ini-cialmente nove opções.

Dentre as novidades, vale des-tacar a versão de O Verdadeiro Da-none Monta Turma, que terá sua embalagem reaproveitada para montar bonecos da turminha, se-guindo a tendência de educar as crianças para um mundo ecologi-camente sustentável. Os potinhos podem ser reutilizados pelas crian-ças de maneira divertida para criar personagens da Turma da Mônica. Cada embalagem com 8 unidades vem acompanhada de uma cartela que permite montar e customizar até quatro bonequinhos da tur-minha - dois da Mônica e dois do

Cebolinha. O corpo será formado por dois potes e, na cartela, haverá complementos para recortar e co-lar olhos, cabelos, braços e sapatos para a criação dos personagens.

A “embalagem que vira brinque-do” é uma iniciativa inovadora que a MSP está levando para diversos licenciados, sempre com o intuito de reaproveitar materiais e incen-tivar a criatividade das crianças. O Verdadeiro Danone Monta Turma está disponível na bandeja de 760g com 08 unidades.

A MSP e a Danone acreditam no sucesso da parceria pelo his-tórico e também pelas ações que pretendem desenvolver nesse ano de 2013. A nova linha de produtos O Verdadeiro Danone Turma da Mônica resgata uma parceria da Danone com a Maurício de Sousa nos anos 80 no licenciamento dos personagens da Turma da Mônica para a linha de iogurtes. “O sucesso daquela época merecia voltar ago-ra, quando a personagem Mônica

completa 50 anos de sua criação. Vem ao encontro da nossa filosofia de estar-mos juntos às marcas que são líderes em qualidade como a Danone”, afirma a diretora comercial da Mau-ricio de Sousa Produções, Mônica Spada e Sousa.

“Estamos unindo a marca que é sinônimo de categoria a um persona-gem que é ícone de várias gerações, em um momento muito especial para a Da-

none, que relançou todo seu por-tfólio com produtos ainda mais saborosos e cremosos, a partir de toda sua expertise em produzir io-gurtes”, ressalta Caroline Santis, gerente de produtos da Danone.

A linha completa de produtos O Verdadeiro Danone Turma da Mô-nica conta ainda com: A versão em copinho, no sabor morango, traz um overcap com confeitos para ser adi-cionado no momento do consumo ao produto. A embalagem tem 130g e os confeitos estão disponíveis nos sabores chocolate e flocos coloridos.

Entre os novos produtos es-tão: embalagem de 450g com seis garrafinhas de leite fermentado; garrafinha de 170g, que pode ser encontrada nos sabores Frambo-esa Freeze e Frutmix; iogurte pol-pa disponível em bandeja de 570g com seis unidades (duas no sabor banana com maça e quatro de mo-rango) e, em bandeja de 760g com 8 unidades, (quatro no sabor bana-na com maça e quatro de moran-go); embalagem tipo stick, no sabor morango, de 56g e bebida láctea sabor chocolate disponível em em-balagem UHT de 200 ml.

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Edição EspecialDanoninho traz diversão e educação

ambiental às crianças Danoninho, marca petit suisse

da Danone, anuncia a edição espe-cial Danoninho Mini Dinos – Poderes da Natureza. Além de trazer o novo sabor amora, a iniciativa explora o personagem da marca, Dino, e chega ao mercado com Mini Dinos que vêm acoplados à embalagem do produto. O objetivo é estimular a criatividade da criança através da brincadeira.

“A intenção da nova edição é di-vertir as crianças de forma que elas possam aprender algo também. Os Mini Dinos vão estimular as crianças a brincarem não apenas sozinhas, mas também em grupo enquanto aprendem sobre a natureza no por-tal interativo”, afirma Mariana Rodri-gues, gerente de Danoninho no Bra-sil. “Outro diferencial do produto é o novo sabor amora, novidade na linha de produtos de Danoninho”, conclui.

A edição terá no total cinco mo-delos de Mini Dinos, quatro deles representando um elemento da na-tureza - ar, fogo, água e terra - e o quinto é o SuperDino. Cada bandeja de Danoninho terá um Mini Dino que tem o tamanho de 2,5 x 4,0 cm e são testados e aprovados pelo INMETRO.

O produto procura combinar a

diversão, que traz o brinquedo com a interação vinda da plataforma di-gital disponível no www.danoninho.com.br/mini-dinos. O portal terá um

acampamento com quatro cabanas, uma para cada elemento da natu-reza, e, dentro delas, a criança tem acesso a um jogo relacionado ao ele-mento. Para acessar o jogo, basta a criança clicar em uma das cabanas e inserir o código que vem na parte in-terna da embalagem de Danoninho. Cada código libera o acesso em uma das cabanas, dando acesso a um dos quatro novos jogos.

Antes de cada jogo começar as crianças são expostas a uma série de curiosidades validadas pelo Instituto IPÊ relativas ao elemento da nature-za. O objetivo do jogo é mostrar a im-portância do elemento da natureza para o meio ambiente e estimular a preservação da biodiversidade.

Além disso, o acampamento conta com uma floresta digital que cresce à medida que os códigos são inseridos no site. Para cada código inserido, a Danone irá reflorestar um metro quadrado de árvore. A inicia-tiva, em parceria com o IPÊ, organi-zação não governamental voltada à educação ambiental, mantém o es-forço da Danone nos últimos anos de reflorestar a Mata Atlântica. Com a parceria, iniciada desde 2009, já fo-ram reflorestados mais de 200 mil m² de Mata Atlântica na região de Naza-ré Paulista, dando um total de mais de 30 mil mudas.

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No verão a demanda por sabo-res cítricos, refrescantes e, princi-palmente, pouco calóricos aumenta consideravelmente. Atenta a este fato, a Batavo, marca de maior valor agregado do segmento de lácteos da BRF, incorpora à linha Pense Zero o sabor maracujá. “Sabor esperado pelo consumidor e com a segunda maior intenção de compra, segundo pesqui-sa Qualibest, este é um produto iné-dito na categoria de baixa caloria”, ressalta Luciane Matiello, diretora de marketing lácteos da companhia.

O lançamento segue o conceito da Batavo de incluir pedaços de fru-ta na composição dos iogurtes, neste caso, as sementes do próprio mara-cujá. É mais uma opção para os con-sumidores que buscam um produto saudável e saboroso. “Os consumido-res buscam alimentos nutritivos que preservem o gosto natural da fruta e o nosso lançamento entrega exata-mente isso”, explica Matiello.

Nas gôndolas, a partir de janeiro, a edição limitada será comercializa-da em embalagens de 400g. “Além desse tamanho, incorporamos tam-bém as tradicionais garrafinhas de 170g e as maiores de 850g”, comple-ta a executiva. A linha Pense Zero oferece também opções nos sabores morango, mamão, ameixa, graviola e vitamina – com polpas de maçã, mamão e banana.

A Batavo encontrou na biomi-mética, ciência que procura apli-car soluções da natureza ao coti-diano do homem, o norte para a sua crença atual. “As pessoas es-tão com déficit ‘de’ e ‘com’ a natu-reza”, revela Matiello. “E a Batavo entende que a alimentação é uma forma de estabelecer esta cone-xão”, completa a executiva.

Com o apoio de uma equipe mul-tidisciplinar, a Batavo estudou a fun-do a natureza do homem. Procurou entender as reais necessidades do mesmo e percebeu que na natureza poderia encontrar inspiração para criar e adaptar o seu portfólio. “A Ba-tavo vai reconectar as pessoas à na-tureza”, afirma Matiello.

Para materializar este conceito, a marca aposta no desenvolvimento de novos produtos e na adaptação dos já existentes. “Queremos ser re-conhecidos como uma marca ino-vadora e curiosa”, afirma Matiello. “A adaptação do nosso portfólio, único no mercado a abranger todas as categorias lácteas, demonstra o nosso interesse em acompanhar a evolução dos hábitos alimentares do brasileiro”, finaliza.

Pensando em diversificar seu portfólio de produtos e re-forçar a qualidade já reconhe-cida no mercado lácteo, a Tiro-lez Queijos lança a Fondue de Queijo em nova embalagem e tamanho diferenciado, disponí-vel nas principais redes super-mercadistas a partir da primei-ra quinzena do mês de Maio.

O produto vem acondicio-nado em embalagem stand up pouch aluminizada, com siste-ma de abertura “abre fácil”. A Tirolez inova mais uma vez e é a primeira marca a oferecer no mercado nacional Fondue neste formato e peso.

De acordo com Natália Esgrinholi, coordenadora de produtos especiais da Tirolez, o novo produto atende ao apelo dos consumidores pela facili-dade de consumo, “a expectativa é oferecer ao consumidor um produ-to que atenda o momento certo de consumo, oferecer diferenciação na medida certa que evita desperdício, além da praticidade de um produto que já vem pronto para o uso”, afir-ma a coordenadora.

O produto também pode ser utili-zado em receitas culinárias, a Tirolez oferece diversas dicas de uso. A Fon-due de Queijo 250g da Tirolez possui a mesma formulação e pode ser con-sumida individualmente ou a dois.

Batavo

Fondue de Queijo

lança iogurte inédito em categoria de baixa caloria

Em nova embalagem e tamanho diferenciado

empresas & negócios

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Quem é fã da sobremesa tipi-camente americana vai deliciar--se ainda mais com a novidade. Com recheio de massa de sorvete no sabor creme suíço, o Max Bro-wnie oferece pedacinhos de bolo tipo brownie, tanto no recheio quanto na cobertura. Com apenas 153 kcal, o picolé reinventa o doce de uma forma sofisticada e deli-ciosamente gelada, dispensando qualquer acompanhamento.

Além do Max Brownie, a Li-nha Max conta com outras quatro opções de picolés premium: Max Chocolate com Avelã, Max Choco-late Branco, Max Cappuccino e o Max Torta de Limão.

A Cooperativa Piá amplia a linha de iogurtes Essence Pedaços e apresenta um novo sabor: abacaxi. A novidade será lançada em embalagens com dois copos de 150 gramas, e completa a li-nha já existente nos sabores mirtilo, kiwi, mix de frutas, morango e pêssego.

De acordo com a pesquisa Nielsen, a Piá tem 38,7% do seg-mento de iogurtes na região Sul. Na categoria premium, o Essence Pedaços já é líder no Rio Grande do Sul, com 21%.

Brownie

Piá

inspira novo sorvete da Jundiá

apresenta novo sabor em iogurte

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Forma e tecnologia que conquistam

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No mercado de consumo atual, não basta ter um produto de qualidade, pois a forma como ele é apresentado pode deter-minar sucesso no momento da

escolha do consumidor. “A embalagem é a principal mídia das marcas nos pontos de vendas. Ela interessa, emociona e impulsio-na a compra. Este fato já foi digerido e tra-balhado pela cadeia produtiva dos lácteos. Hoje, o desafio está em sair da “mesmice” para não entrar exclusivamente no processo da briga de preço. Diferenciar-se é, e sempre será, a bola da vez e ainda existe muito es-paço para isto”, enfatiza Chiristian Klein, di-retor do Projeto Integrado, agência especiali-zada em design e comunicação estratégica.

Nesse cenário, a embalagem é um fator fundamental e contribui em vários pontos, como no formato, nos sistemas de abertu-ras e fechamentos, no processo de decora-ção e grafismo, no descarte e até mesmo em propiciar maior conveniência a seus consumidores através de um segundo uso. Existem bons exemplos desses aspectos, como a introdução de tampas nos leite Longa Vida para melhor servir e conservar, além da chegada das embalagens plásticas para o segmento de lácteos com soluções ergonômicas importantes para o manuseio e utilização do produto. Trabalhadas grafi-camente, as embalagens secundárias e dis-plays também estão se destacando no PDV e, cada vez mais, são elementos interativos junto aos consumidores.

Tornar o produto único, personalizado e evidente para um determinado público é imprescindível. Klein acrescenta: “preci-samos assumir que os consumidores vêm mudando mais rapidamente que os produ-tos e, consequentemente, a velha estratégia de vender a mesma coisa para os mais di-ferentes consumidores não ‘cola’ mais. Mu-lheres, terceira idade, adolescentes nas suas mais diversas manifestações, classes A, C e E, estilos saudáveis, produtos funcionais ou repositores, regionalidades, formam um universo de matrizes a serem consideradas para que o produto possa tranquilamente dizer que foi desenvolvimento para aquele perfil de consumidor. A consideração e in-tegração de todos estes fatores com certeza irá formatar um projeto vencedor”.

O Brasil Pack Trends 2020, documento publicado pelo Ital (Instituto de Tecnologia de Alimento), reforça e complementa a ideia exposta por Klein. Segundo o documento, os fatores que influenciam o mercado de

embalagens provocam mudanças de com-portamentos habituais de consumo. Essas mudanças trazem desafios e oportunidades para as empresas em toda cadeia produtiva, uma vez que propiciam lançamentos de no-vas soluções para atender à nova demanda e até podem provocar a substituição de ca-tegorias de produtos. O documento destaca que, nesse cenário, a diferenciação torna--se estratégia competitiva essencial, seja para o crescimento, seja para sobrevivência a longo prazo. Por essa razão, a análise das tendências é etapa fundamental para o pro-cesso de inovação, pois oferece alternativas para investimento, conforme perspectivas de atratividade, visibilidade, risco e retorno.

O antigo vira novoUm exemplo de inovação no segmento

de leite vem de um setor tradicional em em-balagens, o PET. Paulo de Andrade, da Mul-tipet Sopradoras, explica que: “com a evo-lução das resinas e aditivos voltados para a indústria láctea, o PET em suas caracte-rísticas intrínsecas de alta resistência me-cânica e leveza permite uma reconfiguração do processo produtivo das bebidas lácteas em embalagens prontas para consumo in-dividual. Nossa empresa fabrica máquinas sopradoras para PET, que permitem soprar pré-formas com aditivos que proporcionam barreiras para produtos especiais, como lei-te, iogurtes, entre outros”.

“A melhor vantagem desse tipo de embalagem é sua apresentação, ela se dife-rencia das demais opções de leites UHT na prateleira, hoje, em sua maioria absoluta, disponibilizada em cartonado. Esta é mais amigável, oferece sensação muito boa ao se manusear e o aspecto principal é que há necessidade de tesoura ou qualquer outro equipamento cortante para abertura da

embalagem por usar um selo de alumínio, que é muito mais prático e seguro, além de garantir a total integridade do produto. Os custos da embalagem em si são melho-res quando comparados, mas a melhor situação está nos custos operacionais, este é mais competitivo”, esclarece Paulo Vitor Mendonça, que foi gestor de projetos para a linha PET UHT na Shefa e atua como consultor técnico e empresarial para novos negócios e produtos.

Mendonça conta que o projeto para im-plantação do PET em leite UHT iniciou em 2009, quando foram realizadas diversas aná-lises de mercado, opções de uso de garrafas, que incluíram formatos, materiais, tampas, tipos de rótulos, entre outros pontos. “For-necedores de máquinas e equipamentos, além de serviços em todo o Brasil também foram pesquisados e o início da produção comercial aconteceu em março de 2012. Já partimos com excelente reconhecimento do mercado consumidor”, aponta o consultor .

O produto está posicionado como premium, porém o posicionamento em gôndola está em conjunto com os demais UHTs. Mendonça afirma que: “a empresa tem a intenção de levar ao consumidor um produto de qualidade acessível para todo o mercado consumidor, não criando, assim, um nicho de consumo e sim uma tendência de mercado. Os consumidores receberam muito bem a embalagem em garrafa PET,

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A embalagem pode ser a inovação que faltava para atrair o consumidor e até trazer a possibilidade de criação de novas categorias de produtos.

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gostaram da experiência e sempre recebe-mos em nosso SAC elogios ao empreende-dorismo e à inovação. Atualmente, a linha PET representa 50% do volume movimen-tado pela empresa, mas já temos projeto iniciado para ampliação desse volume e instalação de segunda linha”.

A instalação da linha PET na Shefa também foi alinhada com a reciclagem da embalagem. Atualmente, o PET tem eleva-do seu índice de reciclabilidade e o material já é largamente utilizado nas indústrias têxteis, automotiva,entre outras, inclusive na fabricação e quadro, de bicicletas conhe-cidas como Ecobikes.

A inovação vinda com o desenvolvi-mento da tecnologia PET para lácteos deve surgir em outras marcas para as gôndolas, a exemplo da Paulista, uma das mais tra-dicionais em São Paulo, que, recentemente, também aderiu ao PET. O processo é o mesmo pelo qual passam to-dos os leites Longa Vida, o UHT e as garrafas são “sopradas” no mesmo local do envase.

A empresa já comemora o sucesso da nova embalagem. Segundo a Danone, a receptividade tem sido excelente e todos os produtos colocados no mercado são vendidos.

CartonadasDe olho no encanto que o formato de

garrafa desperta no consumidor, a Tetra Pak desenvolveu a Tetra EveroR Aseptic. Com a opção de abertura de uma só vez – One Step Opening (OSO), a embalagem oferece duas vezes mais segurança, por conta do anel anti--violação, localizado na parte externa, e de uma membrana na parte interna do gargalo, que é removida no momento da torção da tampa. Além dessas características de segu-rança, a embalagem permite que a indústria ofereça aos consumidores uma embalagem cartonada fácil de abrir, manusear e servir.

Tetra Evero Aseptic traz conveniência e maior confiabilidade para os consumidores com a primeira abertura em um passo do mundo que possui um recurso de seguran-

ça em duas etapas. O formato cilíndrico er-gonômico e as laterais planas resultam na facilidade de manuseio para mãos grandes e pequenas. De acordo com pesquisas inde-pendentes realizadas em vários mercados europeus, o formato da nova embalagem também proporciona o ângulo ideal para servir melhor o leite, quando comparada a outras embalagens. A Tetra Evero Aseptic permite a impressão em toda a superfície da embalagem, proporcionando maior impacto para a marca.

O equipamento para produção da nova embalagem possui capacidade de até 10 mil embalagens por hora, ocupa cerca de 50% menos espaço e requer 30% menos investimentos do que outras linhas de gar-rafas assépticas. Segundo Eduardo Eisler, vice-presidente de Estratégia de Negócios da Tetra Pak, o equipamento tem custo operacional 25% menor, utilizando metade do consumo de eletricidade que outras linhas de garrafas assépticas.

Outra empresa da área de cartonados assépticas que investiu em nova tecnolo-gia que contempla o setor de lácteos foi a Sig Combibloc, com o drinksplus. Com a solução é possível envasar pedaços de frutas, vegetais e cereais em grãos em bebidas, abrindo extenso leque de oportunidades para lançar produtos com diversos posicionamentos.

O drinksplus possibilita envase de produtos com até 10% de partículas, utilizando um sistema padrão da SIG para produtos lácteos e bebidas não carbona-tadas. Os pedaços podem ter até 6 milí-metros de comprimento e diâmetro. Ou-tra vantagem é o canudo compatível com o tamanho das partículas, que permite o consumo da bebida de forma bastante conveniente e até em movimento.

A Sig Combibloc lançou recentemente a combiblocXSlim, um formato supercom-pacto disponibilizado em sete volumes, que vão de 80 ml a 180 ml, todos podem ser en-vasados na mesma máquina de envase da SIG Combibloc. Trata-se de uma “pequena sensação”, no melhor sentido da expressão, uma vez que as embalagens de 80 e 90 ml são uma novidade mundial. A Friesland-Campina Thailand foi a primeira empresa a oferecer seus produtos em porções de 90 ml na nova combiblocXSlim, na Tailândia.

Luciana Galvão, gerente de marketing da Sig Combibloc para América do Sul, ex-plica que: “como uma companhia que vem crescendo globalmente, trabalhamos para

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identificar tendências de mercado logo em seus estágios iniciais. Isso se aplica espe-cialmente a regiões que estão em ritmo acelerado de crescimento, como a Ásia, o Oriente Médio e o Brasil”.

Com embalagens pequenas como essas, os produtores de alimentos podem adequar seus produtos ao poder de compra dos con-sumidores locais e responder com muita flexibilidade às exigências do mercado. Ter uma linha de embalagens pequenas possi-bilita aos fabricantes oferecer produtos de menor desembolso unitário.

A empresa anunciou que na Fispal Tecnologia 2013 trará mais um lançamento para o Brasil. Luciana Galvão adianta que se trata de um formato inovador em emba-lagem e com solução de abertura inédita. “A embalagem será uma verdadeira revo-lução, pois associa benefícios ecológicos e funcionais com uma tampa ainda mais fácil de servir”, ressalta a gerente.

Nostalgia e sustentabilidadeAlgumas embalagens que foram subs-

tituídas por plástico há alguns anos, agora voltam agregando valor a determinados pro-dutos. “Percebemos crescente interesse em utilização de copos de vidro para requeijões e doces de leite, além de sondagens para a utilização com iogurtes. Entendemos que devido ao momento sócioeconômico, que o país está vivendo, com as migrações das classes sociais, o maior poder aquisitivo da população e a busca incessante por melho-res produtos alimentícios, há brasileiros que pagam mais por produtos que estejam em embalagens diferenciadas e que proporcio-nem valor”, destaca André G. Melchiades, coordenador de área da Nadir Figueiredo.

Produtos premium são excelentes oportunidades para a indústria vidreira e vão ao encontro de tendências de mercado, especialmente como os requeijões para o mercado single. No segmento de lácteos, a Nadir Figueiredo lançou um pote exclusivo para doce de leite para a Laticínios Aviação, vencedor do prêmio “Grandes Cases em Embalagem”, da Revista Embalagem Marca, além do lançamento em 2012, do copo de requeijão single para a Danúbio. “Outros copos para requeijão exclusivos são sem-pre elogiados pelos consumidores, casos específicos dos requeijões da Danúbio e da Aviação”, informa Melchiades.

A Nadir Figueiredo tem diversos cases de sucesso em embalagens especiais, dife-renciadas e com a identidade do cliente em outros segmentos da alimentação. Entre os casos recentes estão: copo para o creme de avelã da Ferrero (Nutella), potes para geleias premium da Ritter, da Predilecta e Homemade, que são bons exemplos de desenvolvimentos diferenciados. O pote para geleia da Homemade, foi o vencedor do prêmio ouro na categoria de alimentos doces da ABRE em 2012.

“No Brasil ainda percebemos uma grande importância dada ao custo pelos fabricantes de alimentos, porém vemos a Europa muito engajada na sustentabilidade e preocupação ambiental e esperamos nos deparar, em bre-ve, também com tamanha consciência em nosso país” ressalta Melchiades.

A colocação é compartilhada por Cata-rina Peres, coordenadora de marketing da Verallia, que complementa: “na Europa, os produtos lácteos envasados em embalagens de vidro são muito comuns. Já no Brasil, esta mudança vem acontecendo em passos lentos, mas, apesar disso, acreditamos que, com a volta das garrafas de vidro para leite, estamos prestes a chegar ao patamar da Europa em relação a este segmento, primeiramente com as garrafas de 1000 ml e agora com as de 500 ml”.

A coordenadora de marketing aponta que o interesse pelo uso do vidro para leite e iogurte é grande e as empresas têm

pesquisado bastante essa matéria-prima, mas o projeto para entrada de embalagens de vidro no mercado de lácteos demora a engrenar, pois muitas vezes, demanda alto investimento na linha de envase das indústrias fabricantes.

Sobre o movimento de volta ao vidro, Catarina entende que: “o retorno gradual pode ser atribuído também ao fato dos consumidores procurarem alimentos mais saudáveis e o vidro ajuda muito a transmi-tir essa sensação. Isso ocorre não apenas por ser inerte e não modificar as caracterís-ticas do produto envasado, que é o princi-pal argumento de utilização do vidro, mas também pela busca dos consumidores por produtos “premium”, no qual normalmente são utilizadas embalagens de vidro”.

Na área da alimentação, o setor de lác-teos é o que menos utiliza vidro. Atualmen-te, seu uso ocorre em produtos premium. “Acreditamos que as pessoas adaptem seus hábitos e essa ideia pode mudar. Quanto mais consumidos os produtos envasados em embalagens de vidro, melhor será, pois as empresas que atualmente utilizam outros tipos de embalagens podem migrar para o vidro, aumentando a concorrência e, consequentemente, diminuindo o preço”, deduz a gerente de marketing da Verallia.

Aos poucos, a população brasileira vem dando cada vez mais valor ao reciclável. Catarina afirma que: “como o governo também está cuidando disso, por meio da

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Política Nacional de Resíduos Sólidos, a cada dia a ideia de embalagens recicláveis se dissemina entre a população”.

Baseada no formato do antigo litro de leite de vidro, a Verallia produziu a emba-lagem, que já é encontrada na zona sul, da cidade do Rio de Janeiro e em pequenas cidades do interior. A coordenadora de marketing informa que alguns dos peque-nos laticínios nas cidades do interior che-gam a vender leite em vidro até mesmo de porta em porta, como era feito antigamen-te. Um dos clientes da empresa tem planos de trazer o leite em vidro para São Paulo e isso poderá contribuir para aumentar a visibilidade das garrafas.

Reciclagem totalA diversidade de produtos do setor

de leite abre possibilidades para inú-meros tipos de matérias-primas usadas nas embalagens. O leite em pó ainda é o grande usuário de latas, seguido de leite condensado e creme de leite, porém com a introdução das cartonadas, nestas duas úl-timas categorias, houve queda de cerca de 30% no total de embalagens para creme de leite. Thais Fagury, gerente de marketing da Abeaço (Associação Brasileira da Emba-lagem de Aço), ressalta que: “é importante salientar que o mercado consumidor não percebeu que a volumetria das caixas assépticas é inferior, justificando o preço mais baixo e o tempo de vida de pratelei-

ra é menor, sendo em média seis meses, quanto nas latas é de doze meses”.

Atualmente, a maior dificuldade que os fornecedores de latas enfrentam no mer-cado é o valor da embalagem em relação aos concorrentes cartonados e flexíveis, que é o principal argumento dos envasa-dores na escolha da embalagem, prejudi-cando o avanço das metálicas. A gerente de marketing da Abeaço informa que ainda há possibilidade de novas aplicações, como latas para leite evaporado e leite UHT.

A área de fabricantes de latas evo-lui em tecnologia e desenvolveu muitas inovações nos últimos anos. Thais destaca: “podemos citar: latas com formatos dife-renciados (com cinturinha para pega, for-mato de balde de leite antigo, no caso de lácteos); a redução da espessura da folha de aço em mais de 20% reduzindo assim o consumo de material e peso no transpor-te; a aplicação de vernizes elásticos, que não comprometem o produto envasado no caso de latas amassadas; a criação de necking para empilhamento das emba-lagens; novos sistemas de abertura para produtos em pó ou secos; entre outros”.

Entre as empresas de leite que usam latas com formatos diferenciados estão a Itambé, que introduziu formato de balde de leite para seus produtos e a Nestlé, que também usou a forma de balde para edições limitadas e a famosa lata com cinturinha no Leite Moça.

Com a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, o pós-consumo e a destinação adequada das embalagens farão parte do investimento das indústrias e, no caso das latas de aço, 100% das embalagens voltam para a cadeia de reciclagem para fabricação de novo aço e esse aspecto favorece o setor.

PlásticoFornecedores de embalagens plásticas

estão presentes em vários segmentos de laticínios, a exemplo da Dixie Toga, que desenvolve embalagens rígidas e flexíveis. Para o mercado rígido, os produtos da empresa atendem fabricantes de iogur-te, queijo fresco e derivados de leite. Em flexíveis, atua em selos para fechamento de embalagens de iogurte em bandejas, garrafas e potes, além da produção das fa-mosas banderolas das embalagens de ban-dejas das mais diversas marcas de iogurte do mercado. Em flexíveis, está presente ainda com diversos produtos para queijos em peças e fatiados, embalagens flexíveis (tampa e fundo) para queijos fatiados e encolhíveis para os queijos em peças.

“Sabemos que cada cliente possui ne-cessidades específicas e, em geral, buscam embalagens que sejam bem aproveitadas logisticamente, que sejam resistentes às intempéries a que os produtos sejam sub-metidos, além de alta resistência mecânica às linhas de envase de grande produtivi-dade. Percebemos também as mudanças de perfil de consumidores e, cada vez

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mais, buscamos novos desenvolvimentos e soluções para suprir, de forma ágil, a estas necessidades que o mercado e clientes nos sinalizam”, explica Marcus Vinicius Rio Cor-rêa, do marketing & pricing da empresa.

Ele também ressalta inúmeros benefí-cios na utilização da matéria-prima plás-tico para a indústria, como a sustentabili-dade, já que as embalagens plásticas são mais leves e acabam gerando impactos positivos na logística de transporte dos produtos com menores emissões de CO2, além dos benefícios produtivos agregados com menores estoques e linhas de enva-se menos onerosas.

Equipamentos e tecnologiasO segmento de queijos, principalmente,

tem passado por transformações na forma da apresentação de seus produtos ao mercado de consumo. Nesse caso, equipa-mentos que incorporam novas tecnologias contribuem para praticidade e segurança alimentar. As máquinas para embalar a

vácuo são alternativas que contemplam necessidades de laticínios nesses quesitos.

A Selovac está entre os fornecedores que disponibilizam esses equipamentos e, segundo Willy Borst, diretor comercial da empresa, as indústrias de lácteos procuram as máquinas de bancadas e os equipamen-tos de dupla chamada de Duplevac, que se destacam pela facilidade de limpeza por não haver cantos retos, não gerando acú-mulo de resíduos alimentícios e bactérias.

Borst enfatiza a importância das novas tecnologias: “estamos cruzando um momento especial na economia brasileira com consumo em alta e economia estabilizada. As empresas estão em busca de novas tecnologias, entre elas destacam-se nossos equipamentos contínuos para filmes termoformados. São equipamentos que proporcionam economia, flexibilidade, ritmo de produção e diferenciação na embala-gem. Além de aumento da vida útil do produto e da qualidade. Porcionados de queijo ou fatia-dos de uma maneira geral são produtos que estão recebendo esta nova tecnologia”.

Novos conceitosCom o aumento do mercado de consu-

mo no Brasil, o país já convive com falta de mão de obra e necessita imprimir cada vez mais segurança em suas linhas de produção de alimentos, além de incorpo-rar tecnologias que aumentem produtivi-dade. Novos conceitos de processamento de alimentos, como automação, são bem--vindos neste momento.

As embalagens termoformadas são tendência mundial no segmento de queijo por possibilitarem melhor apresentação na prateleira e reforçar a marca dos fabrican-tes, além de abrir novas possibilidades para os laticínios. Esse tipo de embalagem pode acondicionar queijos em bloco ou fatiados.

Com a mudança de hábito de consu-midores, entre elas a necessidade de mais praticidade, o fatiado é solução em alta no mercado e as termoformadas atendem a essa demanda. Uma linha automática para fatiar nas indústrias com média ou grande produção possibilita entregar

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aos supermercados o produto em várias pesagens, de acordo com a necessidade das lojas, e o laticínio terá sua marca em embalagem que não passa por outras ma-nipulações antes de chegar ao consumidor final. O resultado final é maior shelf life e mais segurança alimentar.

As máquinas da Multivac do Brasil per-mitem embalar a vácuo ou em atmosfera modificada, seja em blocos ou fatias. Entre as empresas produtoras de queijos que já aderiram à tecnologia está o La-ticínios Scala e Marcio Parreira, gerente de operações da empresa, que afirma: “as máquinas da Multivac trouxeram maior produtividade e menor neces-sidade de mão de obra alocada, além de proporcionar melhor padronização de umidade em um produto específico, reduzindo perdas para seu principal cliente, o setor de food service.

A Schreiber Foods Brasil é outra par-ceira da Multivac desde 2011 e o processo de transição das embalagens antigas para

as termoformadas possibilitou ao laticínio ampliar presença no mercado, oferecendo aos clientes varejistas embalagem ino-vadora na categoria de queijos fundidos e fatiados naturais, pela qual já existia demanda. Segundo a empresa, a reação dos consumidores aos fatiados foi positiva e percebida como grande evolução em relação às embalagens de isopor.

Michael Teschner,diretor geral da Mul-tivac do Brasil, enfatiza que 50% dos ali-mentos no Brasil se perdem entre o campo e o garfo e as embalagens inadequadas são uma das causas do desperdício.

Segundo Terschener, as termoformadas são realidade na Europa e nos Estados Uni-dos, mas ainda há entraves para expansão de sua utilização no Brasil. Os supermer-cados ganham com esse novo conceito, mas há necessidade de investimentos por parte da indústria para levar a tecnologia às grandes e médias redes. Os dois lados ganhariam caso houvesse parceria na implantação do novo conceito.

Como afirma Christian Klein, os consu-midores brasileiros já atingiram um grau de referência importante, independente da classe social, para poderem avaliar a qua-lidade e benéficos intrínsecos de cada pro-duto. Valorizam e se sentem valorizados a cada inovação ou facilidade de consumo que a tecnologia lhes proporciona. O fato relevante vem da cadeia produtiva que encara a inovação como um custo e de rentabilidade em curto prazo. Esta visão micro distancia a chegada de tecnologias já disponíveis ou até mesmo estudos para que as expectativas de consumo possam ser atingidas em espaço de tempo menor. Inovar é necessário e um ato constante para que as marcas e produtos possam obter um relacionamento emocional recí-proco com seu público-alvo.

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O preço do leite pago ao produtor aumentou pelo terceiro mês consecutivo, atingindo R$ 0,8766/litro (preço líquido, “média Brasil”) em abril, au-mento de 3,4 centavos/litro em relação a mar-ço. Essa média calculada pelo Cepea (Centro

de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, é ponderada pelo volume captado nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA em março. Contabilizando-se o frete e impostos, o preço bruto teve média de R$ 0,9526/litro, valor 3,7% superior ao de abril/12 e o maior desde outubro/11, em termos reais – considerando-se a inflação (IPCA) do período.

Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento esteve atrela-do à queda na produção em março, como normalmente ocor-re nesse período, por conta do início da entressafra. Com essa restrição na captação de leite, agentes consultados pelo Cepea relataram disputa acirrada entre os laticínios.

O volume adquirido pelas indústrias em março diminuiu em todos os estados da pesquisa. Assim, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) caiu 4,62% de fevereiro para mar-ço. No Nordeste, a queda na produção de leite ocasionada pela forte seca é tão crítica que o Ministério da Agricultura auto-rizou a reconstituição de leite em pó (em 35% da capacidade produtiva de cada fábrica) por três anos. Em março, para se ter uma ideia, a captação nos estados do Ceará e Bahia recuaram 12,7% e 11,4%, respectivamente.

Para maio, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda impulsionados pela oferta restrita de matéria-prima. No Sul do País, por outro lado, a utilização das pastagens de inver-no inicia-se em algumas praças e deve ser intensificada em maio, o que deve elevar a produção da região. Ainda assim, 85,7% dos agentes entrevistados pelo Cepea (que representam 91,9% do vo-lume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite em maio, enquanto o restante (14,3% que representam 8,1% do volu-me) acredita em estabilidade nas cotações. Nenhum dos colabo-radores consultados estima queda de preços para o próximo mês.

Concomitantemente, os preços dos derivados também su-biram em abril (cotação até o dia 25). No atacado do estado de São Paulo, o leite UHT e o queijo muçarela se valorizaram 5,4% e 1,8%, respectivamente. O UHT teve média de R$ 2,07/litro em abril, a maior da série do Cepea, iniciada em março/10, em ter-mos nominais. O queijo muçarela teve média de R$ 11,79/kg.

Segundo relatos de atacadistas, o consumo segue firme mesmo com os valores mais elevados. Esses agentes alegam, no entanto, que não há mais espaço para grandes aumentos nos preços, visto que isso limitaria a demanda do consumidor final. Essa pesquisa do Cepea é realizada diariamente com la-ticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

AO PRODUTOR – Em abril, dentre os estados que compõem a “média Brasil”, Goiás apresentou a maior alta no preço bruto pago aos produtores, de 5,3% ou de 5,1 centavos/litro, fechando a R$ 1,0201/litro. Em seguida, o preço do leite em Minas Gerais

subiu 4,5% ou 4,2 centavos/litro, com a média a R$ 0,9716/litro. Em São Paulo, o valor pago ao produtor alcançou R$ 0,9574/li-tro, alta de 3% frente à de março (ou 2,7 centavos/litro). O preço bruto no Paraná aumentou 3,6% (3,2 centavos/litro), de modo que o litro foi comercializado a R$ 0,9247. Mesmo com a que-da na produção na Bahia, o preço aumentou somente 1,6%, a R$ 0,9210/litro. Por fim, os estados de Santa Catarina e de Rio Grande do Sul tiveram aumentos de 3,5% e 3,1%, respectiva-mente, com o preço bruto a R$ 0,9137 e a R$ 0,8738/litro.

Quanto aos estados que não compõem a “média nacional Cepea”, Mato Grosso do Sul teve disparado o maior aumento, de expressivos 8,5% (ou 6,8 centavos), alcançando R$ 0,8722/litro. O maior preço foi registrado no Rio de Janeiro, de R$ 1,0111/litro, onde houve elevação de 5,3% (ou 5,1 centavos). No Ceará, esta-do em que a redução da captação foi grande, o preço chegou a R$ 0,9962/litro. No Espírito Santo, o preço do litro teve média de R$ 0,9153 em abril.

LEITE/CEPEAPreço sobe pelo 3º mês consecutivo

e deve se manter firme

Gráfico 1: ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - MARÇO/13. (Base 100=Junho/2004)

Gráfico 2: Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA

(média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA)

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conjuntura

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Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em ABRIL referentes ao leite entregue em MARÇO.

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na “média nacional” – RJ, MS, ES e CE

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Outras informações sobre o mercado lácteo: www.cepea.esalq.usp.br/leite e por meio do Laboratório de Informação do Cepea, com o pesquisador Paulo Moraes Ozaki e prof. Sergio De Zen: 19-3429-8836 / 8837 e [email protected]

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Os produtores de leite têm espaço para direcionar produtos

Um estudo de 10 países-chave mostra que a segmentação necessidades / idade é vital em laticínios

* Os dados de consumo e de tendência são baseados na análise Canadean de um inquérito aos consumidores nacionalmente representativos, que reuniu mais de 70.000 respostas em 82 categorias de produtos alimentícios no Brasil, Rússia, China, Índia, França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e os EUA, em 2011. Os resultados deste estudo foram integrados com a pesquisa da indústria para quantificar o consumo total por grupos de consumidores-chave e determi-nar o valor de mercado e volume influenciado por 20 tendên-cias de consumo.

Sobre CanadeanCanadean tem uma reputação de longa data para a

prestação de pesquisa de mercado valioso e em profundidade inicialmente construída em bebidas, e agora opera em todo o mercado de grande consumo e das indústrias conexas, incluindo a embalagem, ingredientes, refrigerantes, cerveja, varejo, serviços de alimentação, vinhos e bebidas espirituosas, saúde, beleza e de alimentos. É especializada na realização de painéis de pesquisa on-line, a produção de ideias em profun-didade relatórios de mercado através de análise qualitativa e quantitativa no país, bem como oferecer aos clientes um serviço de consultoria sob medida adaptado para atender às necessidades de cada cliente de negócios específicos.

mercado

Seja para o desenvolvimento ósseo saudável das crianças ou colesterol baixo para adultos mais velhos, os dados da Canadean sobre o consumidor nas dez principais economias ao redor do mundo* mostram que os produtos lácteos foram escolhi-

dos por atender necessidades relacionadas à idade. Como preocupações relacionadas à idade são a principal motiva-ção de consumo, além da necessidade básica de alimentos, profissionais de marketing precisam direcionar de forma mais eficaz produtos lácteos para faixas etárias específicas e tratar da saudabilidade e necessidades únicas de estilo de vida para maximizar seu potencial de vendas.

Mais da metade dos produtos lácteos para crianças foram escolhidos por fornecerem benefícios por idade específica.

A importância desses no desenvolvimento de crianças e adolescentes saudáveis é bem conhecida. Portanto, a capacidade de atender às necessidades das crianças em crescimento é um drive chave de consumo. Na verdade, 54% do volume de produtos lácteos consumidos por crianças e bebês (aqueles com idade de 0-9 anos), pré-adolescentes e/ou adolescentes precoces (aqueles com idade de 10-15 anos) foram selecionados, em grande parte, por seus pais conhecerem as necessidades específicas por idade.

Os fabricantes também precisam enfatizar que os pro-dutos lácteos oferecem benefícios aos adultos. No entanto,

as necessidades específicas por idade desenvolvidas mais tarde na vida não devem ser esquecidas. É importante olhar os produtos lácteos e verificar que podem preve-nir obesidade, diabetes tipo 2 e doença vascular, além de promover saúde óssea em idade mais avançada. No total, os adultos (com 16 anos ou mais em todos os países em es-tudo) representam mais que o dobro do setor dos produtos lácteos, como no caso de crianças, bebês, pré-adolescentes e adolescentes, 27% do volume desse consumo foi motiva-do pelo desejo de satisfazer as necessidades relacionadas com à idade. Nesse quadro, as categorias leite e iogurtes são aquelas que mais se adequam para entregar produtos para consumidores de todas as faixas etárias.

Dentro do setor de laticínios, os dados da Canadean de consumo seguiram a influência de 20 motivações de consu-mo essenciais. Idade e necessidades específicas foram clas-sificadas como a motivação mais importante no consumo de leite e iogurtes. Os profissionais de marketing, portanto, têm espaço para direcionar produtos para faixas etárias específicas nessas categorias, tais como leite com cálcio extra para crianças e iogurtes com prebióticos e probióticos que os consumidores associam com a saúde do intestino. No entanto, na segmentação, os fabricantes de produtos saudáveis devem garantir todos os benefícios, mostrar que trabalham dentro das normas regulamentares e oferecem apenas produtos com eficácia e credibilidade.

Enquanto os consumidores são mais propensos a olhar para os produtos indulgentes em categorias como queijo e pudins /sobremesas, os grandes valores do leite e iogurtes ao garantir necessidades específicas por idade é a tendência

mais importante em todo o setor leiteiro. Isto também des-taca a necessidade de direcionar com precisão as tendências por categoria.

Categoria Tendência mais importante Categoria Valor (EUA $ Milhões)

Queijo Indulgência 72,133

Leite Idade / Necessidades específicas 123,865

Pudins / Sobremesas Indulgência 16,711

Iogurtes Idade / Necessidades específicas 42,674

Tabela 1: Tendências líderes no setor global de produtos lácteos

Fonte: © Canadean Canadean

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A região nordeste é o novo oásis do mercado de sorvetes premium

Enquanto os fabricantes de sorvetes previamen-te investiam em versões mais sofisticadas no Sudeste do Brasil, pesquisa da Mintel revela que a demanda está mudando. De fato, o Relatório de Sorvetes mostra que os habitantes da região Nor-

deste estão se tornando os principais consumidores de sor-vetes premium: 12% dos entrevistados na área afirmam que compram variedades premium, contra 9% no Centro Oeste, 5% no Sudeste e 5% no Sul. O futuro também parece promis-sor na região já que 70% dos consumidores dizem estar pre-parados para pagar mais por sorvetes premium, comparado com 64% no Sudeste, 61% no Sul e 55% no Centro-Oeste.

“As empresas de sorvetes precisam conhecer as diferen-ças regionais e como o comportamento do consumidor tem mudado rapidamente entre elas. O Nordeste tem crescido economicamente juntamente com as outras regiões do país e já representa um dos principais mercados de produtos de luxo no país. Entretanto, a área ainda é pouco explorada. En-quanto as marcas sofisticadas tendem a investir no Sudeste, principalmente em São Paulo, o Nordeste está crescendo rapidamente, oferecendo oportunidades de mercado para o desenvolvimento de variedades premium”, afirma Naira Sato, analista sênior de Alimentação da Mintel no Brasil.

“As categorias premium têm oportunidades nesse mer-cado, que ainda consome pouco sorvete, através do trabalho com nomes estabelecidos, como marcas mães e marcas próprias. Isso pode permitir que elas estimulem consumido-res atuais a mudar para uma variedade melhor dentro das opções disponíveis da marca mãe, enquanto que também podem atrair novos consumidores para a categoria por causa de sua qualidade. Além da associação com nomes conhecidos para passar segurança, é importante também estimular a experimentação de produtos premium por meio de tamanhos menores, como os mini potes de 100 ml, que são utilizados em grande escala em outros países”, continua Naira Sato.

O relatório Mintel revela que o mercado de sorvetes no Bra-sil tem registrado crescimento constante de 33% nos últimos cinco anos, alcançando um volume de 398 milhões de litros e valor de R$ 3,5 bi. O incremento em valor de vendas foi de 47% entre 2007 e 2011, notoriamente à frente do crescimento de volume, devido ao aumento dos impostos da categoria.

Apesar de 77% dos consumidores brasileiros dizerem que consomem sorvetes, a frequência de compra no país ainda é baixa. Somente 25% dos entrevistados dizem consumir sorvetes pelo menos uma vez por semana, quase a mesma porcentagem de pessoas que nunca tomam sorvete (23%). Nas classes C2DE, o número é de 34%. Destacando o potencial que há no setor, o consumo médio no país foi estimado em aproximadamente 2kg por ano por pessoa em 2012, compa-rado a 17kg per capita nos Estados Unidos no mesmo período de tempo e 5,5 kg per capita no Reino Unido. Ao mesmo tempo, verifica-se 12 kg per capita na Nova Zelândia, 10 kg na Noruega e Austrália, e 8kg na Suécia.

“Devido às melhores condições econômicas dos grupos C2DE, espera-se que mais pessoas comecem a consumir produtos considerados supérfluos, como sorvetes. Por isso, há uma grande oportunidade para a indústria disponibilizar pro-dutos que atendam a essa nova demanda do consumidor, por exemplo, oferecendo sabores indulgentes, unidades menores que caibam em seus orçamentos e acessibilidade do produto em termos de canais de distribuição”, continua Naira Sato.

No Brasil, 66% dos consumidores demonstram interesse em sorvetes naturais. Considerando aspectos demográficos, sorvetes naturais têm grande apelo para as pessoas que vivem em São Paulo, onde 81% dos consumidores dizem estar interessados na categoria, contra 50% no Rio de Janeiro, por exemplo, e entre as classes ABC1 (69% ABC1 contra 62% dos grupos C2DE). Entretanto, no Brasil há poucos lançamentos com posicionamento “natural”, “minus”, “plus” e “funcional”. Análise do Banco de Dados de Novos Produtos (Global New Product Database-GNPD) mostra que entre 2009 e 2012, somente 5% dos sorvetes lançados no Brasil vieram com o posicionamento de “natural”.

“Uma das oportunidades chave no Brasil está nos pro-dutos que se posicionam como saudáveis, considerando que a adição de vitaminas e fibras podem tornar o sorvete mais nutritivo para os consumidores, aumentando o consumo. É necessário colocar sabor e credenciais naturais juntos, o que pode ser atingido através do posicionamento tanto dos ingredientes como da imagem do produto e embalagens. Inovações que trazem esses benefícios estão bem posicio-nadas para se destacarem entre os consumidores. Contu-do, para atributos “saudáveis” e “naturais” ganharem mais importância na hora da compra de um sorvete, as marcas devem fornecer informações para os consumidores sobre os benefícios saudáveis dos ingredientes, criando relevância para eles”, explica Naira Sato.

Apesar do baixo consumo de sorvetes entre o grupo de 25 a 34 anos (29% deles contra 36% entre 16 e 24 anos), essa fai-xa de idade representa uma demanda reprimida que poderia ser melhor aproveitada. A tendência “Inspire”, da Mintel, Play Ethic (Jogo Ético) destaca que os jovens adultos também são conhecidos por Generation Next (Próxima Geração), argumen-tando que a maioria dos brasileiros entre 18 e 29 anos ainda vivem com os pais e representam um potencial de consumo.

“Essa geração de jovens que fica até quase os 30 anos na casa dos pais representa um grande potencial para produtos premium e indulgentes. Alimentos para adultos geralmente são trabalhados seriamente, com destaque, por exemplo, para benefícios funcionais como produtos com fibras e para cuidados da saúde do coração. Ao mesmo tempo que sorvetes possam vir com esses atributos, há também espaço para as marcas trazerem uma abordagem mais lúdica. A pesquisa de tendências “Inspire” da Mintel detectou oportunidade para as empresas investirem em marcas da infância, e produtos como sorvetes podem ser trabalhados através da ideia de se fazer uma pausa de ser adulto para aproveitar a criança interior. Ao mesmo tempo, eles também podem ser posicionados como uma indugência que pode ser consumida rapidamente e serem usados em campanha de mídia social para se dirigir ao jovem consumidor moderno”, explica Richard Cope, diretor de Insight e Tendências da Mintel.

Sobre MintelA Mintel é uma fornecedora global de inteligência de mí-

dia, consumidor e produto. Por mais de 40 anos, a Mintel tem providenciado compreensão em tendências chaves, oferecen-do dados exclusivos e análises que impactam diretamente no êxito de seus clientes. Com escritórios em Chicago, Nova York, Londres, Sydney, Xangai, Tóquio e também na Índia, Malásia e Singapura, a Mintel moldou uma reputação de uma marca mundial renomada. Para mais informações sobre a Mintel, por favor visitewww.mintel.com

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Consulta Pública sobre soro de leite

LegisLação

Foi publicada em 10/04/2013, a Portaria 53 do Mapa (Ministério da Agricultura e Agropecuária), que insti-tuiu a Consulta Pública à

Instrução Normativa que estabelece “Padrões de Identidade e Qualidade do Soro de Leite”, destinado ao comércio nacional e internacional.

Como o RIISPOA previa apenas o emprego do soro na alimentação animal, existia apenas uma norma de 1985, basi-camente sobre as condições de trans-porte e refrigeração do soro, tendo em vista que nesta época o soro era pouco aproveitado no país e, em sua maior par-te, descartado com resíduo poluidor.

A modernização do parque indus-trial brasileiro trouxe à tona a impor-tância do produto e a multiplicação de seu emprego, tornando necessária a publicação de critérios e regras impor-tantes para o produto.

A proposta publicada pelo MAPA é extremamente moderna e acompanha os requisitos e padrões estipulados para o soro dos principais países pro-dutores e exportadores.

Um ponto importante é a permissão para que um estabelecimento possa re-ceber soro de outro estabelecimento, o que antes era impossível. Isto facilitará muito novos investimentos, tendo em vista que a pulverização de fábricas, principalmente no estado de Minas Gerais, tornava impossível o aproveita-mento do soro haja vista a necessidade de investimento em equipamentos com volumes ínfimos de soro.

A proposta de regulamento, que consta da consulta pública, normatiza também os diferentes tipos de soro e tra-tamentos dispensados, bem como define suas características físico-quimicas, mi-crobiológicas, além de prever os aditivos, coadjuvantes de tecnologia, contaminan-tes e critérios microbiológicos.

A consulta pública possibilita a participação da sociedade, tornando o processo democrático e transparen-te. As contribuições serão analisadas posteriormente, e, se consideradas pertinentes, acatadas na versão final.

A ABIQ (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), que já avaliou o documento, considerou-o bastante abrangente e moderno, verificando que nenhum artigo necessita ser alterado.

A ABIQ teve a oportunidade de participar da elaboração do documento junto ao MAPA, de forma que a versão do documento apresentada na consulta pública é bastante abrangente e além de moderna atende plenamente ao setor.

*Maria Cristina Mosquim

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Minas Láctea

Akso

é novo nome de evento tradicional de Juiz de Fora

inaugura a sua nova sede

painel

A Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) definiu importantes mudanças no principal evento de difusão de tecnologias no setor laticinista da América Latina, realizado anu-almente em Juiz de Fora. O Minas Láctea 2013 vai reunir os tradicionais eventos: Expomaq - Expo-sição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista; Expolac – Ex-posição de Produtos Lácteos e Concurso Nacional de Produtos Lácteos.

O Minas Láctea 2013 será realizado de 16 a 18 de julho, no Expominas, em Juiz de Fora. A expec-tativa é de que cerca de 130 empresas nacionais e estrangeiras participem da 41ª Expomaq, apresen-tando novidades em maquinários, embalagens e insumos para a indústria de laticínios. Na Expolac, o público poderá conferir a tecnologia empregada pela indústria durante o processo produtivo. Nesse espaço, destinado à degustação tecnológica, serão apresentados produtos lácteos já conhecidos do consumidor. O 40º Concurso Nacional de Produtos Lácteos conta com participação de indústrias de diversos estados do Brasil, que apresentam produ-tos para concorrerem nas categorias: Queijo Prato, Gouda, Provolone, Parmesão, Reino, Minas padrão, Requeijão Cremoso, Doce de Leite Pastoso, Gorgon-zola, Manteiga de primeira qualidade e Destaque Especial (qualquer produto lácteo – queijos, doce de que tenha pelo menos uma característica ino-vadora ou funcionalidade). A avaliação é feita por profissionais de universidades, serviços de inspe-ção federal, estadual e municipal, além de técni-cos das indústrias.

Novidades O circuito de palestras Lac’Idea será uma das

novidades do Minas Láctea 2013. O novo canal para a difusão de tecnologias sobre insumos, equi-pamentos e técnicas para a produção de lácteos será realizado de forma bienal e alternada com as palestras científicas promovidas pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), que foram reali-zadas em 2012 e retornam à programação em 2014.

Outra novidade do Minas Láctea 2013 será a presença da miniusina de laticínios da Epamig, a Via Láctea, que integrará pela primeira vez a programação do evento. Na miniusina, o público tem acesso à tecnologia de fabricação de produ-tos lácteos desenvolvida pela Epamig. A Via Láctea reproduz para o público o funcionamento de uma indústria de lácteos, desde a análise da matéria--prima até a distribuição do produto. Ao final, os visitantes degustam os produtos e recebem infor-mações sobre como produzir, quais os equipamen-tos necessários, a importância da higiene na pro-dução e na qualidade dos alimentos.

Implantado em 2012, o projeto “Fino Paladar”, estará presente nesta edição do Minas Láctea. Nes-te espaço o público pode experimentar produtos que utilizam tecnologias em implementos, emba-lagens e insumos, desenvolvidas pelas empresas expositoras e esclarecer dúvidas sobre as caracte-rísticas dos produtos expostos.

Cursos de Formação Básica ProfissionalO Instituto de Laticínios Cândido Tostes reali-

zará, no mesmo período do Minas Láctea, cursos de formação em Leite e Derivados. Os nove cursos serão realizados, na sede do ILCT, entre os dias 16 e 18 de julho. A programação completa e mais infor-mações sobre os cursos podem ser obtidas no site http://www.candidotostes.com.br/cursos

A Akso Produtos Eletrônicos inaugurou sua nova sede no dia 24 de Abril, quando reuniu co-laboradores, clientes, parceiros e familiares. No evento, a diretora comercial e fundadora da em-presa, Tatiane Seibel, e o Diretor Técnico, Marcelo Carraro, falaram sobre a realização deste projeto e sobre a história da empresa e do empenho dos colaboradores, não só na construção da nova sede, mas também para o sucesso e crescimento da em-presa ao longo dos seus 10 anos de existência.

O novo prédio, que conta com uma área to-tal de 800 m², propiciará à empresa um aumento no seu nível organizacional, permitindo que ela continue crescendo com solidez e segurança, que reflitirá no aumento da qualidade dos serviços prestados aos seus clientes.

A Akso atende todo o Brasil, fornecendo instru-mentos de medição para variados segmentos,

além de prestar serviços de calibração.

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painel

PETtalkabordará soluções e estudos para envase de leite e lácteos

A segunda edição do PETtalk – Conferência Internacional da Indústria do PET, evento do setor de embalagens PET, será reali-zada nos dias 26 e 27 de junho, no Holiday Inn Anhembi, em São Paulo. O local foi escolhido visando a comodidade dos partici-pantes, pois estará ao lado da Fispal Tecnologia –, que acontece na mesma semana.

Durante dois dias, serão apresentados temas e palestras iné-ditos que, a exemplo da edição anterior, prezam pelo conteúdo técnico e informativo de nível internacional. “O PETtalk é pre-parado como o grande encontro do setor, com locais planejados para o bate-papo, a renovação de contatos e para a realização de negócios”, afirma Auri Marçon, presidente da Abipet.

O PETtalk reunirá novamente os principais players mundiais do setor, com vários nomes importantes já confirmados. “Um exemplo é o bloco temático – que tratou de cervejas na edição anterior – e que neste ano abordará as soluções do setor para o mercado de leite e lácteos. Embalagens PET são tecnicamente perfeitas para esses produtos, além de agregar aquelas carac-terísticas que tanto agradam aos consumidores e favorecem o meio ambiente. Por isso, já fazem grande sucesso nas pratelei-ras”, comenta Marçon.

Em 2012, a conferência reuniu aproximadamente 300 pes-soas, de 21 países. Uma pesquisa realizada com este público, após o evento, mostrou que o nível de satisfação ficou em pra-ticamente 100%. Os palestrantes foram aprovados como bons e excelentes por 98% dos presentes e mais de 90% deles consi-deraram o conteúdo das palestras de alta relevância. Todos os entrevistados disseram que recomendariam o evento.

Impactos da Política de Resíduos SólidosDurante o PETtalk será abordada também a questão do im-

pacto da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) sobre o negócio da embalagem e daqueles que a usam para proteger e distribuir seus produtos.

Desde a regulamentação da lei, detentores de marcas, distri-buidores, atacadistas e a indústria de embalagem passaram a ter envolvimento direto na responsabilidade sobre o destino final dessas embalagens após o uso. Apesar disso, e das implicações sobre cada empresa, nem todos os participantes desta impor-tante cadeia estão adequadamente informados e/ou preparados sobre essas consequências. Por essa razão, o tema será um dos tópicos abordados durante o PETtalk.

A Abipet já vinha desenvolvendo sua atuação de forma a preparar toda a indústria do PET para atender à nova Lei. Mais do que isso, transformou essa tarefa em uma vantagem com-petitiva para enfrentar a concorrência de outras embalagens. Isso poderá ser verificado durante a apresentação da nova edi-ção do Censo da Reciclagem do PET no Brasil. A expectativa é de que o índice de reciclagem das embalagens PET no País se mantenha a frente de várias nações desenvolvidas, pois em 2011 esse índice alcançou 57,1% .

Em complementação às informações legais e mercadológicas, serão compartilhadas experiências e divulgadas as tecnologias mais atuais do planeta, adotadas por recicladores, transformadores e brand owners tanto no Brasil como em outras partes do mundo.

As inscrições para o o PETtalk – II Conferência Internacio-nal do PET, podem ser feitas pelo endereço www.pettalk.org.br. O site ainda contém a programação completa do evento e demais informações.

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painel

A Tetra Pak®, líder mundial em soluções para pro-cessamento e envase de alimentos, acaba de anunciar € 11,16 bilhões em vendas líquidas em 2012, registrando um crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior.

O negócio de embalagens atingiu vendas líquidas de € 9,87 bilhões no ano com um crescimento de 4,2%, se comparado a 2011. Com uma sólida participação do Sul e Sudeste da Ásia, América Central, do Sul e do Norte, Europa Oriental e Ásia Central, a Tetra Pak atingiu um crescimento de dois digítos nas vendas de embalagens do Oriente Médio e África Sub-Sahariana.

Já as vendas de soluções de processamento foram res-ponsáveis por € 1,29 bilhão, com um incremento de 5,2% em comparação ao ano anterior, registrando aumento de dois dígitos no Norte da Europa, Ásia do Sul e Sudeste, América Central e do Sul e África Sub-Sahariana.

“A situação econômica ainda é um desafio, com um crescimento mais lento do que antes em algumas regi-ões. Nós tivemos que tomar algumas decisões difíceis ao longo do ano passado para continuar a investir no de-senvolvimento de novos produtos e serviços que permi-tirão aos nossos clientes, varejo e fornecedores prosperar nos próximos anos”, disse Dennis Jönsson, Presidente e CEO da Tetra Pak, enfatizando que a companhia conti-nua com foco em fornecer os produtos certos a um preço competitivo para atender às necessidades do mercado em constante mudança.

Alguns fatos importantes contribuiram para que a Tetra Pak alcançasse o crescimento de 4,3% em suas vendas líquidas durante o ano de 2012. Entre eles estão o lançamento do Tetra Pak iLine XT™, uma linha de equi-pamentos para paletização totalmente integrada à linha de envase, além do portfólio de serviços para envase e processo,Tetra NavigatoTM.

Também foram apresentadas ao mercado quatro no-vos tipos de embalagens: Tetra Brik® Aseptic 200 e 250 ml Edge, ideal para o consumo on-the-go (em movimento); Tetra Top® Carton Shot with Lokka™ de 100ml, conve-niente com abertura destacável, projetada para bebidas saudáveis, energéticas e outras que devem ser consumi-das em dose; Tetra Brik® Aseptic 1000 Mid LightCap™ 24, com tampa de rosca, que oferece aos consumidores uma maior funcionalidade e uma utilização eficiente dos pa-letes, aumentando o espaço para a marca e a promoção de produtos. Todas já lançadas no mercado brasileiro. A empresa lançou ainda a Tetra Gemina® Aseptic Leaf and Crystal com abertura HeliCapTM 27, que permite uma aparência única e, ao mesmo tempo, ótima performance para os consumidores no ato de pegar e servir.

No ano de 2012, a Tetra Pak forneceu mais de 173 bi-lhões de embalagens, que foram utilizadas pelas princi-pais empresas de alimentos e bebidas em todo o mundo para envasar mais de 77 bilhões de litros de leite, sucos, néctares e outros produtos aos consumidores. Durante o mesmo período, a empresa entregou 505 novas máqui-nas de embalagem, 1971 unidades de processamento e 1721 equipamentos de distribuição.

Atualmente, a Tetra Pak opera 42 fábricas de emba-lagem e tampas, 16 centros de formação técnica, oito fábricas de máquinas para envase e 11 instalações de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo, para ga-rantir a inovação contínua de produtos e excelência no atendimento ao cliente.

Metas ambientais de 2020A Tetra Pak anunciou que vem progredindo no sen-

tido de alcançar seus objetivos ambientais para 2020. A companhia tem o compromisso de oferecer embala-gens totalmente sustentáveis, utilizando apenas mate-riais renováveis, com baixíssima emissão de carbono e desperdício zero.

Para atingir o objetivo traçado, a empresa trabalha com foco em três vertentes: pegada ambiental, produtos sustentáveis e reciclagem. De acordo com o Presidente e CEO da Tetra Pak, Dennis Jönsson, o progresso mostra que a companhia está no caminho certo. “Demos impor-tantes passos em direção a nossa meta, porém temos que continuar trabalhando arduamente junto a nosso público interno, clientes e parceiros”, explica o executivo, ressaltando que o desempenho ambiental é parte funda-mental da estratégia da empresa. Alguns fatos ocorridos em 2012 nas áreas de reciclagem, produtos sustentáveis e emissões de carbono garantiram à companhia condi-ções de alcançar objetivos traçados em longo prazo.

Globalmente, houve um aumento de 10% na recicla-gem de embalagens longa vida, passando de 528 tone-ladas para 581. Cerca de 3,6 bilhões de embalagens fo-ram recicladas o ano passado em relação a 2011. O Brasil acompanhou este crescimento e alcançou um volume de 65 mil toneladas recicladas, o que correspondeu a 29% do total produzido. A companhia investe dezenas de mi-lhões de euros para promover a conscientização do con-sumidor, bem como o trabalho com os municípios locais para aumentar a taxa de reciclagem em todo o mundo.

No âmbito dos produtos sustentáveis, 610 milhões de embalagens, com tampa de biopolímero, derivado de ca-na-de-açúcar, foram comercializadas em 2012. Em 2011 a utilização ficou em torno de 80 milhões. A Nestlé e a Coca-Cola foram as primeiras a introduzir estas embala-gens na América do Sul. Além disso, 26,4 bilhões de em-balagens da Tetra Pak levaram o selo Forest Stewardship CouncilTM (FSCTM) em 39 países, no ano passado, repre-sentando um incremento de 40% em relação a 2011.

No Brasil, desde junho de 2008 todas as embala-gens produzidas pela Tetra Pak são certificadas pelo FSCTM, atestando que 100% do papel utilizado provêm de florestas plantadas de acordo com normas interna-cionais. No ano passado, 7,8 bilhões de embalagens es-tamparam o selo.

Sob o ponto de vista da pegada ambiental, números iniciais indicam que as emissões de carbono, em opera-ções próprias da Tetra Pak, foram reduzidas em duas to-neladas em 2012, mesmo com um aumento de 9,5% no volume de produção. Até o ano passado, a companhia trabalhou com base nas consultorias do World Resource Institute, WWF, fornecedores e clientes para estabelecer uma linha de base e métricas. Em média, as auditorias realizadas em 2010 e 2011 encontraram potencial para reduzir o consumo de energia em 12%, cortando em até 11% o impacto no clima.

Os resultados detalhados serão incluídos no Rela-tório de Sustentabilidade, que será lançado este ano. Para informações sobre a política ambiental, social, bem como ações realizadas pela companhia global-mente e cópia da última edição do Relatório está dis-ponível no site da empresa

Tetra Pak® anuncia ¤ 11,16 bilhões em venda líquida em 2012

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Caso reflete alguns dos problemas no controle da qualidade do leite e leva o consumidor ao questio-namento sobre a aplicação eficiente de testes ade-quados antes do processamento do produto

Durante o fechamento desta edição, foi detectada mais uma grave fraude na composição do leite. O caso ocorreu no Rio Grande do Sul e foi investigado pelo Mi-nistério Público daquele estado, que constatou a ação de intermediários responsáveis pelo transporte do lei-te até as indústrias, que, antes da entrega do produto, adicionavam água sem tratamento seguro retirada de poço e, para disfarçar a adição, utilizavam ureia, fertili-zante que possui formol em sua composição, substân-cia considerada cancerígena.

As indústrias que receberam o leite, Italac, Latvida, Líder e Mu-Mu, seguindo determinação do Ministério da Agricultura, foram obrigadas a recolher seus lotes já distribuídos ao mercado. Notas de esclarecimentos ao público das empresas destacam que a fiscalização realizada estão de acordo com as exigências do MAPA.

A ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida) comunicou ao mercado a posição da enti-dade diante da ocorrência. Confira abaixo.

Nota ABLV A respeito das notícias veiculadas hoje pela impren-

sa no Rio Grande do Sul sobre a ação investigada pelo Ministério da Agricultura e Ministério Público, que cul-minou na prisão de transportadores de leite da região, a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) informa que:

• Todo o Leite Longa Vida disponível hoje no mer-cado encontra-se em perfeitas condições de consumo. Os lotes identificados com problema foram retirados do mercado e não se encontram mais à disposição do consumidor.

• A ABLV, cujas indústrias associadas foram preju-dicadas pela adulteração, acompanha desde o início o trabalho realizado há meses pelo Ministério da Agri-cultura e Ministério Público, mantido sob sigilo pelas autoridades em razão da natureza da investigação.

• O problema foi pontual e ocorreu com a matéria--prima (leite cru) durante seu transporte.

• As indústrias de Leite Longa Vida reafirmam seu empenho na realização de análises que garantam a qualidade da matéria-prima recebida e total segurança aos seus consumidores.

• Segundo a Nota Técnica 003/2012-DDA/SFA-RS do Ministério da Agricultura, as investigações realizadas pelas Promotorias de Justiça Especializada Criminal e de Defesa do Consumidor, em conjunto com o MAPA, cinco transportadoras adulteraram o leite cru.

• A Associação Brasileira da Indústria de Leite Lon-ga Vida (ABLV) condena veementemente qualquer ação que comprometa os padrões de qualidade do leite e a segurança do consumidor e confia na apuração dos fa-tos e na responsabilização dos culpados.

São Paulo, 08 de Maio de 2013.Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida

Fraudeno leite gaúcho

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Voglerdistribui gelatinas da PB Leiner

Com oito fábricas no mundo, uma delas no Bra-sil, a PB Leiner é a 3ª maior fabricante de gelatinas do mundo. Como distribuidor de seus produtos no Brasil, a empresa elegeu a Vogler Ingredients, ofe-recendo ao mercado gama completa de gelatinas (de alto e baixo Bloom em diferentes granulome-trias) e colágeno.

A gelatina, devido à sua multifuncionalidade, é um ingrediente muito utilizado na indústria ali-mentícia (lácteos, cárneos, de doces e confeitos), farmacêutica, de saúde e nutrição (alimentos fun-cionais), em produtos para a pele e cabelo, além das suas aplicações técnicas.

O ingrediente tem como característica em pro-cessamento, a etapa que requer aquecimento. Com

a evolução do mercado alimentício que anseia por inovações, a PB Leiner disponibiliza, por meio da Vo-gler, uma gelatina solúvel a frio, CRYOGEL®, ideal para aplicações em sobremesas instantâneas, em pós para preparações ou qualquer aplicação em que o processo a frio seja vantajoso. Também pode ser utilizado em estabilizadores de cremes.

Já, a gelatina hidrolisada ou colágeno, como é conhecido no Brasil, é um produto funcional, e aprovado pelo FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) outorgado à categoria de GRAS (Geralmente Reconhecidos como Seguros) em 1975, que poder agregar inúme-ros benefícios ao seu produto, conferindo-lhe sau-dabilidade e funcionalidade.

painel

Mercado aquecido em Santa Catarina A produção de leite tornou-se uma das ativi-dades agropecuárias mais rentáveis para as famí-lias rurais de Santa Catarina, que detêm a segunda maior bacia leiteira do país. Os preços pagos, atual-mente, aos produtores rurais tornaram-se altamen-te compensatórios em razão de fatores climáticos e mercadológicos, como as secas em algumas regiões, o excesso de chuvas em outras e o aumento do pre-ço no mercado internacional.

O presidente da Organização das Coopera-tivas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, realça que o mercado mudou nos últimos 30 dias.

A produção de leite continuará crescendo em Santa Catarina, prevê Zordan, porque proporciona muitas vantagens aos produtores de médio e pe-queno porte: garante renda mensal, permite bons volumes de produção em pequenas áreas, o risco da atividade é mínimo, os custos de produção estão caindo e a produtividade aumentando.

Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,2 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os 190 mil estabelecimentos agropecuários produzem leite, gerando renda mensal às famílias rurais e contribuindo para o controle do êxodo ru-ral. O oeste catarinense responde por 60% da pro-dução com cerca de 50 mil estabelecimentos rurais.Em consequência de intenso treinamento ofertado por algumas agroindústrias e custeado pelas agên-cias de formação profissional – Senar, Sebrae e Ses-coop – o produtor foi qualificado para a atividade leiteira tecnificada edeixou de ser um “tirador de

leite” para transformar-se em empresário da pecu-ária leiteira.

O Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite) fixou em R$ 0,7399 o valor de referência para o litro de leite de qualidade padrão, no mês de março. Os preços de referência calcula-dos pelo Conseleite para este mês, considerado o produto apanhado nas propriedades rurais e com Funrural incluso, são os seguintes: leite acima do padrão R$ 0,8509; no padrão R$ 0,7399 e abaixo do padrão R$ 0,6726 por litro.

O mercado, entretanto, está pagando acima des-ses valores de referência. Na compra do leite cru, os laticínios estão praticando R$ 0,96/litro em média, dependendo do volume entregue pelo produtor.Prova de que o mercado está aquecido é que os preços se mantêm estáveis e na linha ascendente. Sazonalmente, de outubro a fevereiro os preços en-colhem, mas, isso não aconteceu neste ano.

Fator Uruguai Apesar do otimismo do mercado, o presidente

da Ocesc alerta para as “excessivas, maciças e des-necessárias importações de leite do Uruguai” que prejudicaram a cadeia produtiva brasileira de lác-teos no ano passado.

Zordan assinala que as importações abusivas trazem, como consequência, o recuo da produção leiteira e o sucateamento dos laticínios e proprie-dades rurais, pois os produtores, muitas vezes, são forçados a comercializar o leite abaixo dos custos de produção.

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Setor leiteiro foi destaque no 1º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos

Durante o 1º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos, realizado em abril em Goiania (GO), organizado pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr, o presidente da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), Edmundo Klotz, destacou a importância do Bra-sil no cenário do mercado mundial de alimentos, afirmando que país é uma potência no ranking de alimentos e a econo-mia dá sinais de otimismo, mas ressaltou que ainda falta uma política agrícola e de abastecimento de longo prazo para que os planos de crescimento sejam sustentáveis.

“O objetivo é crescer em todas as esferas do setor. Quere-mos exportar desenvolvimento, pesquisa e aliados à vocação natural do País, que é a agricultura e a produção de alimen-tos”, disse Klotz, que fez uma avaliação do setor e destacou o crescimento do mercado em 2012, cujo faturamento alcançou R$ 461 milhões, um crescimento de 4% em relação a 2011.

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, presidente do LIDE Agronegócios e embaixador da FAO, presente no even-to, destacou que: “discutir como o país se insere num projeto mundial é o nosso desafio e precisamos como abastecimen-to do mercado interno, câmbio, crédito, aspectos regulatórios, gargalos e burocracias, que impedem um crescimento maior e deixam uma dúvida do que será esse mercado”.

Falta qualidade no leite brasileiro e indústria vive momento difícil O leite tem o maior alcance social do Brasil, com mais de

1,3 milhões de produtores no país. Sobre o cenário do setor Nilson Muniz, presidente da ABVL (Associação Brasileira da In-dústria de Leite Longa Vida), destacou que falta qualidade no leite que é produzido nacionalmente.

Muniz lembra que Goiás está em quarto lugar no ranking da produção nacional de leite, mas lamenta que não exista um crescimento no setor há mais de dois anos. “O brasileiro consome muito pouco de lácteos e as médias são bem abai-xo do cenário mundial, o que é muito preocupante para nós. Há dois anos não registramos crescimento nesse mercado. Além disso, a indústria não tem margem de lucro no negócio e vive um momento difícil. Não há manobra de inovação e precisamos olhar urgentemente para esse setor”, concluiu o presidente da ABLV.

Outro do participante do fórum, Wilson Mello, vice-presi-dente de assuntos corporativos da BRF, alertou para a queda no consumo do leite e diz que o cenário é preocupante. “É im-portante um envolvimento de toda cadeia e de todos os gover-nos, tanto federal quanto estadual. Fazer investimento neste mercado é algo desafiador nos dias atuais, mas que precisa para dar novo fôlego”, diz o executivo.

O maior desafio da pecuária leiteira nos dias atuais é ter no mundo globalizado uma presença agressiva e permanen-te e não escondida como tem sido até agora. “O leite é um problema sério no Brasil. Nosso ponto fraco é a qualidade da matéria-prima e a falta da cultura da exportação entre as em-presas de laticínios, mas são questões facilmente removíveis. O grande obstáculo é o protecionismo agrícola dos países ri-cos e pobres também, mas a esse fator limitante todos nossos concorrentes estão sujeitos”, concluiu Alysson Paolinelli, ex--ministro da Agricultura do governo Geisel (1974 a 1979), se-cretário de Agricultura de Minas Gerais por três vezes e atual presidente da Abramilho Mello.

painel

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Comemoração e trabalho

EvEnto

Entre as palestras do evento, Silmara A.Figueiredo, dire-tora de marketing da Abiq, trouxe um panorama da Evolução da Indústria de

Queijos no Brasil e ressaltou as ações da associação desde sua criação para alavancar o mercado do produto. Em 1988, ano da fundação da entidade, a produção era de 190 mil toneladas de queijos por ano no Brasil, hoje, são 874 mil toneladas de queijos/ano.

Entre as primeiras ações da entida-de, em 1989, está a arrecadação de US $ 1 milhão para veicular campanha em TV e revistas com o objetivo de estimu-lar o consumo de queijos e a realização da 1ª Fenaqueijo para supermercadis-tas e hoteleiros. Em busca da conquista de novos consumidores, em 1990, o setor de queijos passou por uma fase de dificuldades, principalmente pela concorrência dos importados em fun-ção da liberação da importação.

Com o início da estabilização da economia brasileira em, 1994, a entidade voltou a investir na divul-gação do produto brasileiro e colocou sua campanha em outdoors, além de promover mostras e degustações em restaurantes, shoppings e buffets.

A associação passou a atuar for-temente em discussões de assuntos regulatórios, partilhou e conduziu defesas de temas junto ao Mapa, Anvi-sa, Inmetro, Mercosul, Codex Alimen-tarius, FIL, interferindo diretamente nas proposições. No Mapa, em 1996, liderou debates do RTIQ e Rotulagem, impondo interesses do setor.

De 1998 a 2002, o crescimento mais lento reflete a crise mundial e, com o baixo PIB brasileiro, o setor cresceu apenas 85.267 toneladas (22,9%). Nessa etapa da evolução do mercado, Abiq e G-100 conseguem alíquota Zero de PIS e COFINS para queijos em todo territó-rio nacional, iniciando por Mussarela, queijos Prato, Minas e Coalho, Requeijão,

Ricota e, posteriormente, com exten-são para Provolone, Queijo Fresco não maturado e soro de leite fluido para uso destinado ao consumo humano.

Em fase mais recente, com con-sumidores buscando alimentos mais saudáveis, o setor sofreu maior pressão contra o teor de gordura. Para enfrentar os novos tempos, a Abiq contratou pes-quisa nutricional de queijos e também ganhou duas batalhas significativas no Conar (Conselho Nacional de Autor-regulamentação Publicitária) contra Unilever e Schincariol que, através de comerciais fizeram ataques explícitos ao tradicional alimento. Paralelamente, por meio de assessoria de imprensa, a associação passou a veicular pautas que ressaltavam a valorização dos be-nefícios nutricionais dos queijos.

Para profissionais da área da saúde, especificamente médicos e nutricionis-tas, a Abiq também promoveu esclareci-mentos sobre os benefícios do produto em congressos e em revistas médicas.

Neste ano, o 6º Simpósio Nacional da Abiq (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), realizado em Atibaia (SP), teve um sabor especial – a entidade comemora 25 anos de

significativa atuação no mercado. Nesse período, a associação utilizou várias estratégias com o objetivo de divulgar e expandir o consumo de queijos no Brasil. O conteúdo do simpósio deste

ano mostrou os vários caminhos que o setor deve percorrer para crescer de forma sólida.

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EvEnto

Em 2008, conseguiu excluir queijos da IN 71/2006 – ANVISA e extrair dos rótulos “Seu consumo excessivo pode causar diabetes e doenças do coração.

Com o mercado em crescimento, a Abiq reforçou sua atuação em benefí-cio da evolução da produção do setor, realizando simpósios e seminários regionais para a divulgação de novas tecnologias e informação.

Ultrapassados os obstáculos ine-rentes aos vários estágios da econo-mia brasileira e dificuldades advindas do setor da produção de leite, a Abiq comemora seus 25 anos com a marca atual de 874 mil toneladas de queijo/ano, comprando cerca de 8 bilhões de litros de leite/ano e processando mais de 23 milhões de litros por dia.

Desafios e soluçõesO conteúdo do 6º Simpósio Nacio-

nal refletiu a preocupação em levar aos participantes o atual desenho das tendências em queijos no Brasil e no mundo, trazendo palestras técnicas de mercado de consumo.

O setor queijeiro busca alternati-vas para enfrentar os desafios que se apresentam, como: custos e preços crescendo; a necessidade de genéti-ca do gado voltada para a produção de leite, já que o Brasil tem tradição em animais para corte; o leite, que continua precisando ter melhoria de qualidade; atual perfil heterogêneo, quando é necessário, padronização de produção; enfraquecimento das cooperativas; baixa qualidade de mão de obra, baixo investimento em assistência técnica; mão de obra que deverá ficar mais cara e as fábricas ainda com pouca tecnologia.

Durante o simpósio, foi ressaltado ao público que o mercado está em franco crescimento, com o aumento da população, o PIB deverá crescer. Por essa razão, é fundamental o setor preparar-se para as oportunidades que virão em futuro próximo.

Com o tema “Um futuro de novos desafios”, o público do 6º Simpósio Abiq conheceu as novas oportuni-dades que o setor tem a sua frente,

inclusive, técnicas modernas para bus-car maior rentabilidade sobre fatores que estão sob o controle das indús-trias; para aprimorar procedimentos e boas práticas de produção; a busca da mecanização, automação, termiza-ção, sanitização, uso de concentrados proteicos; busca de ganhos de escala; especialização; concentração de plan-tas; dar apoio e aval para programas de formação de mão de obra técnica; entrosamento indústrias e escolas; aumentar o treinamento in loco e preparar-se para atender às novas de-mandas de consumidores com novos hábitos de vida e consumo, mercados de food service e refeições fora do lar.

Silmara A. Figueiredo ressaltou que a indústria de queijo deve atuar mais proativamente para liderar processos de mudanças, a exemplo de desenvol-ver pautas propositivas para o Gover-no, com maior apoio aos programas de treinamento de produtores e técnicos, melhoria da qualidade do leite e da infraestrutura e inovação, além de assumir que a melhoria de sua renta-bilidade passará pelo seu empenho em melhorar as práticas de valorização do leite de qualidade aprimorada para produzir queijos e de assumir que seu futuro é crescer e seu foco deve estar na cadeia.

Baixa lactoseEntre as palestras que contribu-

íram para o público ter visão mais ampla da possibilidade de desenvolvi-mento com foco em novos consumi-dores, a Prozyn abordou o tema “Baixa Lactose – Uma nova tendência de mer-

cado”. Estudos apontam que cerca de 75% da população mundial apresenta algum grau de intolerância à lacto-se e populações que só consumiram leite materno estão entre aquelas que tendem a desenvolver intolerância a essa substância do leite. Nesse quadro, índios e japoneses estão mais sujeitos a desenvolver e, no Brasil, existe maior risco de ocorrer esse tipo de problema ao ingerir leite.

Nesse cenário, produtos de baixa lactose constituem uma forma de res-gatar consumidores que abandonaram o hábito de incluir lácteos em suas dietas e, com isso, deixaram de usu-fruir os benefícios do leite. No queijo, a lactose é reduzida naturalmente, mas alguns tipos tendem a preservar essa substância mais do que outros.

A produção de queijo sem lactose já cresce no exterior e os países onde são mais encontrados esses produtos são Alemanha e Espanha. No Brasil, as autoridades em saúde consideram doentes os intolerantes, já no exte-rior, as indústrias exploram o produto como fonte de fácil digestão, com esse aspecto ganham maior fatia de mer-cado, que inclui também aplicação em pizzas, lasanhas e outros produtos que contém queijos.

InovaçãoNovas possibilidades de mercado

também foram mostradas em pales-tra de DSM, que falou de “Tendências globais e desenvolvimento de queijos”. Segundo Ingrid Damen, gerente de marketing da DSM Food Specialties, o

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setor de queijos vem apresentando 1,5 % ao ano, abaixo do crescimento de outros alimentos. Com maior con-sumo na Europa e países ocidentais, o produto tem grande potencial no Brasil, Argentina, Russia e México.

Conforme exposto na palestra, o Brasil está entre os países onde há maior potencial de consumo per ca-pita, por ser o maior produtor de leite, seguido de Argentina e Chile. Na Euro-pa, 50% do leite é utilizado na produ-ção de queijos e, no Brasil, apenas 16% tem esse destino na indústria. Nesse cenário, é possível verificar que há muito espaço para inovar e aumentar o valor do queijo no país.

Para melhorar o poder de inova-ção, é necessário saber como fazê-lo e, para isso, há algumas tendências que apontam o caminho, tais como saúde e bem-estar, sensorialidade, produtos naturais, individualização, facilidade e acessibilidade, sustenta-bilidade, entre outras.

Algumas soluções já desenvolvidas em outros países e também de inicia-tivas de indústrias brasileiras trazem ideias para inovação, como no México, que possui queijo cremoso aperitivo com azeitonas e tomate seco; no Bra-sil, a Polenghi traz o queijo cremoso com azeitonas, que atrai pelo aspecto sensorial e indulgência. Na área de saúde e bem-estar, os consumido-res tendem a buscar prevenção de doenças, portanto menos sal e menos gordura são quesitos valorizados. Na Argentina, há um bom exemplo da

Serenissima, que possui queijo ralado com 8% de proteína e 18% do consu-mo de cálcio diário recomendado. Na Colômbia, a marca Alpina, vem com alto teor de cálcio e baixos teores de sal e gordura.

Para situações particulares de alguns consumidores, o exemplo que vem da Verde Campo, que desenvolveu o cottage com zero lactose. Na Espa-nha, La Segarra criou o Cheese with Oat Bran, um queijo ideal pra atletas com alto teor de proteína.

Outro destaque em tendências está na atenção à facilidade e aces-sibilidade em custo dos produtos e, para isso, é fundamental analisar as perdas na cadeia produtiva, pois se não houver controle de processos, ha-verá perda de investimento e aumen-to de preço no final.

É importante também lembrar de que os consumidores estão mudando e as novas gerações tendem a valorizar sustentabilidade e ética das empresas, abrindo caminho para produtos orgâ-nicos e naturais e embalagens que não causam impacto ao meio ambiente.

GlobalizaçãoO tema pela Foss levado para o

evento foi “Avaliação de adultera-ção de leite e sua padronização para queijos”. Durante a palestra, Dorthe Bisgaard Oldrup, abordou o impac-to da globalização e como isso afeta todas as empresas lácteas domésticas, mostrando como, no futuro, o Brasil sentirá seus efeitos.

Para crescer e se manter no mercado, as empresas tendem a ter plantas especializadas com um ou dois produtos e o foco da empresa precisa ser definido para isso. Na Europa, não existem mais pequenas plantas, pois aquelas que haviam foram incorporadas por grandes empresas. O palestrante também enfatizou que é fundamental a qua-lidade do leite que entra na fábrica e o produto precisa ter sempre o mes-mo padrão e a indústria que conse-guir padronizar terá um queijo de sucesso. Tecnologia certa e inovação foram colocados como pontos es-senciais para laticínios. Equipamen-tos modernos otimizam a produção e trazem segurança alimentar.

Além de outras palestras téc-nicas e de mercado, que levaram informações com indicadores e tendências importantes para o setor de queijos, Ariel Londinsky, gerente da Fepale (Federacion Panamerica-na de Lechería), proporcionou aos participantes do simpósio uma visão mundial dos lácteos.

Londinsky apresentou números atualizados da produção mundial de lácteos e apontou que até 2018, o aumento de consumo estará na faixa de 23%. Vários fatores impulsionam a demanda por lácteos, entre eles, aumento demográfico - em 2050, estima-se aumento de 50% da popu-lação do planeta; maior expectativa de vida para a população; urbaniza-ção e entrada de novos consumidores com maior renda, já que a classe média cresce mundialmente, entre outros aspectos.

No cenário do futuro na área de lácteos, Londinsky colocou que, no período de 20 anos, a América Lati-na cresceu mais rápido que a média mundial e pode se tornar uma grande provedora de leite. Terras disponíveis para criação de gado leiteiro, fartura de água, população jovem e aumento de renda na região são aspectos que contribuem para a evolução do setor de lácteos nas Américas.

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fazer melhor

CADERNO DE TECNOLOGIA DE LATICÍNIOS

n Os fatores de produtividade e competitividade na indústria brasileira de queijos 52

n Produtos lácteos simbióticos 54

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Os fatores de produtividade e competitividade na indústria

brasileira de queijosMichael Mitsuo Saito

Gerente de Projetos e Aplicação da Chr. Hansen

Há algum tempo que o futuro da indústria de queijos no Brasil vem sendo discutido de maneira preocupante. Isto por-que a indústria local já tem percebido a entrada de produtos de países vizinhos e, até mesmo, dos vindos da Europa ao nosso mercado de forma competitiva em termos de preço e qualidade. Nossa atual conjuntura só não é mais preocupante porque temos um mercado interno crescente e o foco para exportação ainda está em um futuro mais distante para a maioria das indústrias de queijo no Brasil.

O fato é que ainda estamos despreparados para enfrentar a concorrência externa, falando, inclusive, de países vizinhos como a Argentina, por exemplo, pois ainda temos um grande número de empresas que sequer conhecem seus custos de pro-dução e o que cada item impacta em sua composição.

O gráfico a seguir ilustra a composição média de um quei-jo produzido no Brasil:

Através do gráfico é possível compreender que a matéria-prima tem um impacto muito forte dentro da com-posição de custo de um queijo. Mesmo nos países Europeus,

onde o preço do leite é mais baixo e com uma qualidade muito superior, este impacto, em um queijo similar ao nosso pode chegar a 80% do custo total do produto.

Atualmente, tornou-se muito comum falar sobre redu-ção de custo, porém a indústria, muitas vezes, foca muito pouco onde o impacto realmente faz toda a diferença. Um exemplo disso é a falta de controle de parâmetros do leite, que são indispensáveis a uma indústria de queijo, tal como a caseína. Esta importante fração proteica é, de fato, o componente do leite mais importante quando se discute sobre rendimento de queijos. Para se ter uma ideia desta importância, cada 1 kg a mais de caseína no leite pode ge-rar cerca de 2,7 kg de queijo. Por isso, deixar de monitorar este parâmetro é quase que negligenciar a compra de leite e a viabilidade financeira da empresa.

O gráfico a seguir mostra de forma comparativa, a variação média do conteúdo de caseína entre leite para indústria de queijo no Brasil, Argentina e países da Europa:

fazer melhor

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A média brasileira de caseína fica na casa de 2,20%, enquanto que na Argentina este valor pode alcançar 2,60%. Pode até parecer pouco, mas, em se tratando de caseína, esta diferença é capaz de melhorar um rendimento de 10 L/ kg para 9,02. Por conta desta discrepância, o custo apenas com leite para se produzir um quilo de queijo aqui no Brasil chega a ser mais de 30% superior ao da Argentina, o que nos coloca em uma situação competitiva muito desfavorável.

A explicação para a grande diferença na composição de caseína do nosso leite pode gerar uma grande lista de itens, porém aquele que exerce maior impacto, sem dúvidas, é o alto conteúdo de Células Somáticas. Quanto maior o nível destas células no leite, menor o conteúdo de caseína do mes-mo. Um estudo feito na Itália mostrou que a cada redução de 100.000 Células Somáticas por mL de leite, é possível aumen-tar em 1,3% o rendimento da fabricação dos queijos.

Temos ainda outros importantes itens que afetam a produtividade da nossa indústria queijeira, um deles é a in-consistência de umidade entre os lotes de queijo produzidos em um mesmo dia. Existem muitos trabalhos sendo feitos para diminuir a variabilidade de umidade de um lote para o outro, uma vez que isto permite trabalhar com médias mais próximas ao limite superior de especificação de cada empre-sa, como ilustrado no diagrama a seguir:

Aumentar a média de umidade com o mesmo nível de va-riação de hoje pode ser muito arriscado, já que muitas vezes o limite superior é extrapolado e, consequentemente, aumen-tam-se as chances de devolução. Por isso, para que este nível de umidade seja elevado sem correr este risco é necessário que seja trabalhado fatores que possam diminuir a variabili-dade de umidade entre os lotes de queijo, tais como: cultivo adequado, monitoramento da variabilidade entre queijeiros, padronização da relação caseína e gordura.

Por último, vale a pena ressaltar a importância do contro-le das bactérias NSLAB (bactérias produtoras de ácido lático não provenientes do fermento), uma vez que este grupo é o grande responsável pelo alto nível de proteólise e off-flavors nos queijos, o que acaba forçando a indústria a trabalhar com limiares de umidade excessivamente baixos. Para este con-trole faz-se necessário trabalhar com um tempo adequado de funcionamento das linhas de pasteurização, respeitando os intervalos recomendados para a limpeza CIP.

Resumidamente, temos grandes desafios pela frente que, às vezes, nos coloca em um cenário de 30 anos atrás, quando comparamos com alguns tradicionais países queijeiros e nos mostra que precisamos de programas de maior incentivo na cadeia de produção do leite. Infelizmente, grande parte das indústrias ainda paga o leite somente pelo volume, algo perigoso tanto para o produtor quanto para a indústria, uma vez que um mesmo volume de diferentes leites podem gerar rendimentos de queijo totalmente distintos.

Neste cenário, favorece aquele que contribui positivamen-te para manter sob controle todos os interferentes descritos anteriormente. Esse conceito certamente é uma tendência que ocorrerá no médio prazo no Brasil, uma vez que a entra-da de queijos de outros países impulsionará tanto a indústria, como o produtor de leite a agirem juntos para fortalecer e sustentar esta importante atividade em nosso país.

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Produtos lácteos simbióticos

Zacarchenco, P.B.1; Gallina, D.A.; Van Dender, A.G.F.

*Pesquisadoras Científicas TECNOLAT – ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos)

ResumoOs alimentos funcionais são semelhantes aos convencionais

na aparência, mas apresentam benefícios adicionais às suas propriedades nutricionais. Os produtos lácteos simbióticos são alimentos funcionais que contêm probióticos e prebióticos. Os probióticos são microorganismos vivos que, administrados nas quantidades adequadas, conferem benefícios ao hospedeiro. Um prebiótico é um componente alimentar não viável que confere um benefício à saúde do hospedeiro associado à modulação da microbiota. Os simbióticos devem estar presentes nos alimen-tos e ser consumidos em quantidades suficientes para conferir benefícios à saúde. Neste artigo, foram revisados resultados de pesquisas recentes sobre os benefícios à saúde de produtos simbióticos e algumas aplicações em produtos lácteos.

Palavras chave: simbiótico, probiótico, prebiótico, alimen-to funcional, produtos lácteos simbióticos

AbstractFunctional foods are similar to conventional foods in

appearance, but they have benefits that extend beyond their basic nutritional properties. The symbiotic dairy products are functional foods containing probiotic and prebiotic. Probiotics are live microorganisms which confer a health benefit on the host when administered in adequate amounts. A prebiotic is a nonviable food component that confers a health benefit on the host associated with modulation of the microbiota. The symbiotics must be present and be consu-med in adequate amounts to confer a health benefit to the host. This article is a review of recent literature published about the health benefits related to the symbiotics and their application in dairy products.

Key words: symbiotic, probiotic, prebiotic, functional food, symbioitc dairy products

IntroduçãoOs simbióticos são produtos que contêm prebióticos (ingre-

dientes benéficos não digeríveis) e probióticos (microorganismos vivos) que sinergicamente conferem benefícios à saúde do hospedeiro quando consumido em quantidades suficientes. Há mais de dez anos a FAO/ONU (Food and Agriculture Organization/ Organização das Nações Unidas) e a WHO ou OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentaram a definição padrão de probióti-cos, isto é, microorganismos vivos que, administrados nas quan-tidades adequadas, conferem benefícios ao hospedeiro (Joint FAO/WHO Working Group, 2002). O conceito de prebióticos é mais recente que o de probióticos e foi introduzido em 1995 por Gibson e Roberfroid como uma alternativa para superar os pro-blemas de sobrevivência dos probióticos durante a estocagem, distribuição e passagem pelo trato gastrintestinal. O conceito de prebiotico passou por alterações e, desde 2008, a definição ficou estabelecida como “um prebiótico é um componente alimentar não viável que confere um benefício à saúde do hospedeiro associado à modulação da microbiota” (Kolida, Gibson, 2011).

Os simbióticos podem agir melhorando a sobrevivência e atividade dos probióticos, bem como estimulando as bactérias endógenas. Por exemplo, uma mistura simbiótica de inulina e bifidobactérias aumentou os números de bifidobactérias em voluntários saudáveis (Onwulata 2012). Para desenvolver uma formulação simbiótica contendo uma linhagem única ou várias linhagens de probióticos e uma mistura de prebióticos, é essen-cial selecionar linhagens de probióticos em função de seu índice prebiótico e de sua especificidade (prebiotic score). Índice prebióti-co é a habilidade das linhagens em degradar vários prebióticos, enquanto a especificidade é a habilidade de cada linhagem de degradar prebióticos específicos e aumentar o redimento celular em um meio definido. Alguns estudos in vitro mostraram que vários oligossacarídeos não digeríveis estimularam a multiplica-ção de lactobacilos e bifidobactérias (Kondepudi et al, 2012).

Neste artigo foram revisados resultados de pesquisas sobre os benefícios à saúde de produtos simbióticos e aplicações em produtos lácteos.

Benefícios à saúdeNa Tabela 1, a seguir, foram compilados as caracterís-

ticas e os resultados de alguns estudos sobre aplicação de simbióticos nas doenças.

Além dos estudos apresentados na Tabela 1, se entendeu importante citar outros que avaliaram alimentos ou suple-mentos simbióticos. De Paula et al (2008) avaliaram o efeito do consumo de 2 unidades de iogurte comercial contendo Bifido-bacterium animalis (DN-173 010) e frutooligossacarídeo (FOS, prebiótico) por dia, por 14 dias, em 266 mulheres com constipa-ção funcional com idades entre 18 e 55 anos. O grupo controle recebeu uma sobremesa láctea sem probiótico ou prebiótico. O consumo do iogurte simbiótico por mulheres com constipação funcional mostrou melhora nos parâmetros relacionados à eva-cuação (qualidade das fezes, redução da percepção de esforço e de dores relacionadas à evacuação). Segundo os autores, o uso deste alimento simbiótico pode resultar em uma ferramenta útil e segura para gerenciamento da constipação.

Constipação intestinal é uma condição frequente, acome-tendo elevado número de indivíduos, num percentual que varia, de acordo com os locais e tipos de inquéritos, entre 2% a 27% da população. Embora usualmente não represente risco à vida, a constipação funcional pode provocar grande desconforto nos portadores e repercutir negativamente na sua qualidade de vida e no seu desempenho pessoal (MACHADO, CAPELARI, 2010).

Raizel et al (2011) realizaram uma revisão sobre os efeitos dos simbióticos para o organismo humano. Estes autores elencaram que as possíveis indicações dos simbióticos em situações clínicas, nas quais existem indícios de sua eficácia são: diarreia viral aguda, diarreia dos viajantes, infecções e complicações gástricas pelo Helicobacter pylori, encefalopatia hepática, diarreia em pacientes portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida, síndrome do intestino irritável, diarreia em pacientes em nutrição enteral por sonda nasogás-trica, radioterapia envolvendo a pelves, doença inflamatória intestinal, carcinogênese, alergia, síndrome da resposta infla-matória sistêmica, constipação, melhoria da saúde urogenital

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de mulheres, redução do colesterol e triacilglicerol plasmáti-co, efeitos benéficos no metabolismo mineral, particularmen-te densidade e estabilidade óssea.

Os pesquisadores brasileiros Oliveira, Aarestrup (2012) concluíram em seu estudo que houve benefícios no tratamento dietoterápico de pacientes oncológicos com o uso da mistura simbiótica (suplemento simbiótico composto por quatro cepas probióticas e 6 g de FOS em sachê). As cepas probióticas eram Lactobacillus paracasei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium lactis, Lactobacillus paracasei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus, Bifidobacte-rium lactis. Estes autores destacaram que a depleção nutricional é observada em pacientes com câncer colorretal em estado avançado, mesmo com medidas de peso adequadas. Esta perda pode estar associada a fatores de co-morbidades como: redução da imunidade, aumento de infecções, cicatrização prejudicada e fraqueza muscular. Atualmente, dietas imunomoduladoras estão sendo utilizadas na abordagem nutricional de pacientes com câncer. O uso de prebióticos e probióticos ou a mistura dos dois, os simbióticos, estão entre os estudados. Oliveira, Aarestrup (2012) coletaram dados antropométricos e exames de sangue para avaliação da proteína C-reativa (PCR), antígeno carcionoembrionário (CEA) e albumina. Os índices médios da proteína C-reativa eram de 11 mg/dL no início do estudo, antes da administração do simbiótico, e reduziram-se para valores menores que 6 mg/dL no final do estudo. A suplementação com o simbiótico foi benéfica, pois, embora os níveis de albumina e CEA tenham se mantido estáveis, os índices de PCR diminu-íram ao longo do estudo. Novos estudos devem ser realizados com número maior de participantes, pois evidências sinalisam

a necessidade de uso de suplementos imunomoduladores no tratamento dietoterápico de pacientes oncológicos.

Em 2010 Steed et al apresentaram resultados de seu estudo usando um simbiótico (Bif. longum e Synergy1- inulina, prebió-tico) randomizado duplo cego placebo controlado, envolvendo 35 pacientes portadores da doença de Crohn, por 6 meses. Esta investigação de longo termo, placebo controlada, segundo os au-tores, propiciou evidências de que os simbióticos têm potencial de uso em terapias para situações agudas da doença de Crohn. A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal. Estas doenças são um problema de saúde pública em muitos países. Segundo Souza et al (2011) a doença de Crohn caracteriza-se por um envolvimento transmural e descontínuo dos intesti-nos, podendo atingir todo o tubo digestivo. Sua incidência nas últimas décadas vem aumentando, sendo mais comum na raça branca. Inicia-se mais frequentemente entre os 20 e os 30 anos e apresenta um componente genético hereditário importante. A etiologia é desconhecida, conquanto se estudem, além das causas imunes, possíveis causas infecciosas.

Lobão (2008) avaliou o uso de simbiótico em pó contendo FOS (prebiótico) e 4 probióticos (Lactobacillus casei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium bifidum) em atletas. Vinte e quatro atletas foram divididos em 2 grupos de 12. Um grupo recebeu simbiótico e o outro recebeu placebo. Aos dois grupos foi informado que estavam consumindo o composto simbiótico. Ao final de um mês em que cada atleta do grupo de pesquisa consumiu diariamente um sachê de 6g do composto simbiótico, constatou-se que estes obtiveram, em média, maior redução da gordura corporal e maior aumento da massa magra.

Grupo probiótico – duas a quatro semanas an-tes do nascimento uma cápsula diária de LGG (Lactobacillus rhamnosus GG) (5x109ufc), LC (Lactobacillus rhamnosus) 705 (5x109ufc), Bif.breve Bb99 (2x108ufc), Propionibacterium freudenreichii sp. shermanii JS (2x109ufc) com GOS ou com placebo por 6 meses

1.223 gestantes com risco de atopia. Estudo duplo-cego randômico controlado por placebo

6 meses Redução na incidência de DA (doença alérgica) até a idade de dois anos. Houve correlação inversa entre a colonização intestinal e desen-volvimento de DA.

LGG – 1,2x109 ufc/g, GOS/FOS (9:1) por 3 meses

39 crianças com DA moderada e grave acima de 2 anos usaram simbiótico ou prebiótico (controle) por três meses. Estudo duplo-cego randômico controlado por placebo

3 meses Tanto os simbióticos como os prebióticos utili-zados separadamente melhoraram os sintomas de DA nas crianças acima de 2 anos

3 vezes ao dia: 109 Bifidobacterium breve Yakult + Lactobacillus casei Shirota + 1 g galac-tooligossacarídeo (GOS)-oligomate (Yakult)

7 pacientes (de 2 a 24 anos) com “intestino curto” e 1 com enterocolite

15 – 55 meses Melhora na composição da microbiota intesti-nal, aumento da produção de ácidos graxos de cadeia curta e aumento do ganho de peso

Terapia tripla com antibióticos, 109 Lactoba-cillus acidophilus LB (lacteol forte), 250g de Saccharomyces boulardii (Perenteryl, Merck) liofilizado e 5g de inulina (Orafti)

254 crianças portadoras de H. pylori distribuí-das em 3 grupos de tratamento. Estudo aberto randomizado. Eliminação espontânea verifica-da em 81 crianças portadoras não tratadas

Grupo 1: 8 diasGrupo 2 e 3: 8 semanas

A taxa de erradicação com o simbiótico foi maior do que com L. acidophilus LB (12%), mas foi menor que com antibiótico (66% erra-dicação) baseado no teste “C-Urea Breath”

3g de GOS (oligomate) 3g de L. casei Shirota e 120mg de vancomicina suplementada com 3g de B. breve (BBG-1)

Estudo de caso; menino de 3 meses portador da Síndrome de Down com enterite por Staph.aureus resistente à meticilina

B. breve introduzido após 42 dias do início do tratamento

A microbiota com S.aureus resistente à meticili-na foi erradicada com a vancomicina. A micro-biota anaeróbia, os níveis de ácidos graxos de cadeia curta e as fezes foram normalizadas pelo tratamento sucessivo com simbiótico

Intervenção (tratamentos por dia) Planejamento do estudo Duração Evidência da eficácia

Tabela 1. Estudos sobre aplicação de simbióticos nas doenças (Kanamori et al. 2004; Gotteland et al. 2005; Raizel et al 2011; Souza et al, 2010; Kolida, Gibson, 2011)

1. Intestino curto (short bowel) é uma má formação causada por remoção cirúrgica do intestino delgado ou, mais raramente, devido à disfunção de uma grande porção do intestino. A maior parte dos casos são adquiridos, embora algumas crianças possam nascer com intestino curto congênito.

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Produtos lácteos simbióticos

Zacarchenco, P.B.1; Gallina, D.A.; Van Dender, A.G.F.

*Pesquisadoras Científicas TECNOLAT – ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos)

Produtos lácteos simbióticosA seguir, são apresentados resultados de algumas

pesquisas envolvendo o desenvolvimento de produtos lácteos simbióticos.

Azambuja et al (2013) avaliaram as características micro-biológicas e sensoriais de queijos frescais com Bif.animalis subps. lactis e polidextrose, queijos contendo apenas o probi-ótico e queijos controle (sem probiótico e prebiótico). Foram realizadas, entre outras análises microbiológicas e fisico--químicas, a enumeração seletiva do probiótico e avaliações sensoriais (teste afetivo). Nos processamentos estudou-se a adição de Bifidobacterium animalis subps. lactis de duas for-mas, liofilizada, adicionada diretamente na massa do queijo e por coagulação da massa usando leite previamente fermenta-do com o microorganismo probiótico. O queijo elaborado com leite fermentado pelo probiótico manteve contagens de 107 a 108 ufc/g após 28 dias de estocagem. Sobre a classificação da polidextrose como prebiótico o trabalho de Santos (2011) apresentou uma revisão recente e importante.

Drunkler (2009) desenvolveu uma formulação de requei-jão cremoso simbiótico. Procurando avaliar a melhor forma de adição do probiótico Bif.animalis subsp. lactis Bb-12 (liofili-zada ou ‘pré-ativada’) em relação à concentração (0,1 a 0,3 g/ 100 g) e a temperatura de adição (50 a 70ºC) no final do pro-cesso de fusão da massa, realizando sempre a contagem de células viáveis do probiótico. Foram elaboradas 7 formulações de requeijão cremoso simbiótico com teores de inulina e de oligofrutose (prebióticos) variando de 0 a 7 g/ 100 g de requei-jão e uma formulação controle. Quanto à forma de adição do probiótico, a ‘pré-ativação’ apresentou melhores resultados na concentração de 0,1g de probiótico/100g de requeijão sendo possível a adição à temperatura de 70ºC no produto. Os teores de inulina e de oligofrutose diminuíram ao longo do armazenamento para algumas formulações. As contagens de células viáveis do probiótico mantiveram-se superiores a 6 log10 ufc/g durante os 60 dias de vida útil de todas as formu-lações estudadas. A autora avaliou que foi possível elaborar requeijão cremoso simbiótico, atendendo aos parâmetros de identidade e qualidade preconizados pela legislação vigente, bem como com qualidade sensorial.

A sobrevivência dos probióticos pode ser aumentada com o uso da técnica de microencapsulação. Homayouni et al. (2008) avaliaram a sobrevivência, em sorvete contendo amido resistente, de L. casei Lc-01 e B. lactis Bb-12 encapsulados em alginato e Hi-maizeTM. Vários estudos apontam alguns tipos de amidos resistentes como prebióticos (Fuentes-Zaragoza et al, 2011). Embora o produto tenha sido caracterizado como simbiótico, não se verificou efeito sobre a viabilidade dos probióticos devido à presença do prebiótico. Contudo, ficou demonstrada a superioridade da forma encapsulada em proteger o probiótico.

Também o objetivo do estudo de Frighetto (2012) foi de-senvolver sorvetes simbióticos e investigar a sobrevivência de Lactobacillus paracasei Lpc-37 às condições gastrointestinais

simuladas. Foram desenvolvidos quatro sorvetes, sendo um probiótico e três simbióticos (estes, incluindo Lactobacillus paracasei Lpc-37 e inulina, oligofrutose ou polidextrose). A análise microbiológica compreendeu as contagens de micro-organismos probióticos viáveis em sorvete e sobreviventes às condições gastrointestinais simuladas, realizadas mensal-mente durante o período de 90 dias. L. paracasei Lpc-37 apre-sentou resistência aos processos tecnológicos para obtenção de sorvete, estabilidade durante o período de armazenamento do produto e habilidade de resistência in vitro ao estresse gastrointestinal. Inulina e polidextrose desempenharam ativi-dade protetora ao microorganismo probiótico, elevando seus índices finais de sobrevivência in vitro às condições gastroin-testinais simuladas. As fibras solúveis estudadas contribuí-ram para uma redução proporcional de gorduras nos sorvetes a que foram adicionados e consequente redução calórica. Efeitos aos atributos sensoriais, quando ocorreram, garanti-ram o destaque dos sorvetes adicionados de inulina, seguido daqueles adicionados de polidextrose. Portanto, a inclusão de L. paracasei Lpc-37 em sorvete apresentou viabilidade tecnológica e condições para cumprir seu papel funcional no colón, estimada em ensaio in vitro. Adicionalmente, inulina e polidextrose conferiram melhorias nas características funcio-nais, nutricionais e sensoriais de sorvete simbiótico.

Luís (2011) estudou leites fermentados com leite de cabra, ovelha e vaca (padrão) com inulina (prebiótico) e com as ce-pas probióticas Lactobacillus casei-01, Lactobacillus paracasei LAFTI® L26 e Bifidobacterium animalis Bb-12. Os leites fer-mentados produzidos foram processados de modo a obter-se frações com pesos moleculares abaixo dos 3 kg das que foram avaliadas para determinar as atividades anti-hipertensiva e antioxidante dos diferentes leites fermentados. As frações com atividade biológica foram posteriormente analisadas por espectrometria de massa para identificar os peptídeos responsáveis pela atividade registrada. Os leites fermentados preparados neste trabalho não apresentaram atividade anti--hipertensiva, mas sim atividade antioxidante com especial destaque para os leites fermentados com os lactobacilos. Da análise por espectrometria de massa não foi possível identi-ficar nenhum peptídeo responsável pela atividade biológica das amostras.

Na pesquisa de Rodrigues (2009), os prebióticos inulina e frutooligossacarídeo (FOS) foram estudados de forma a analisar o seu potencial efeito sobre o crescimento/sobre-vivência de bactérias probióticas (Lactobacillus casei-01 e Bifidobacterium lactis B94) em queijo, avaliando-se, simul-taneamente, o seu potencial tecnológico através da carac-terização da glicólise, proteólise e da lipólise em queijos probióticos, queijos simbióticos com adição de FOS e queijos simbióticos com adição de FOS/Inulina (50:50), ao longo de 60 dias de maturação. Os compostos prebióticos não afetaram significativamente o crescimento/viabilidade dos probióticos. Foi observado um crescimento exponencial de ambas as cepas estudadas até os 15 dias de incubação atin-gido valores na ordem de 1010 ufc/g de queijo. Os índices de proteólise revelaram uma elevada degradação da caseína

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em queijos probióticos e simbióticos inoculados com B. lactis B94 ou com L. casei-01, tendo-se observado um aumento da concentração de aminoácidos em especial após 30 dias de maturação. A lipólise, por sua vez, caracterizou-se pelo aumento gradual de ácidos graxos livres ao longo do tempo de maturação, tendo-se observado um maior incremento nos queijos simbióticos e em especial nos inoculados com B.lactis B94. Rodrigues (2009) entendeu que foi demonstrado o potencial benéfico dos vários tipos de queijo estudados.

Gallina et al (2012) desenvolveram uma bebida obtida a partir de leite fermentado com cultura de iogurte, cultura mista de bifidobactérias, inulina, adicionada de polpa de goiaba pasteurizada. Nos resultados sensoriais do teste de aceitação com 50 consumidores, a bebida obteve médias pró-ximas de “gostei” para o produto de modo geral e consistên-cia; “gostei” e “gostei muito” para a aparência e cor; e “gostei pouco” e “gostei” para o sabor.

Buriti et al (2008) analisaram o efeito da adição do pro-biótico Lactobacillus paracasei e da fibra prebiótica inulina no perfil de textura e as características sensoriais de queijo fresco cremoso. Três tratamentos de queijo fresco cremoso foram preparados suplementados com Streptococcus thermophi-lus (T1, T2 e T3). L. paracasei subsp. paracasei foi adicionado em T1 e T2. Inulina foi adicionada em T2. A análise sensorial foi conduzida aos 7 dias de armazenamento dos queijos. Os queijos T1 apresentaram a menor preferência na análise sensorial e diferiram significativamente de T2 e T3 (p<0,05), fato este atribuído ao sabor ácido, por parte dos provadores. Por outro lado, T2 foi o preferido, porém, não diferindo sig-nificativamente de T3 (p>0,05). A adição de inulina ao queijo fresco cremoso produzido com a suplementação de uma cepa potencialmente probiótica de Lactobacillus paracasei resul-tou em um produto com características adequadas e com propriedades funcionais agregadas. A adição de Lactobacillus paracasei e inulina em queijo fresco cremoso resultou em um perfil de textura comparável ao do queijo controle (sem probiótico e prebiótico). No entanto, o probiótico empregado sozinho modificou o sabor em relação ao queijo controle, refletindo na menor preferência dos provadores por esse queijo. Com a adição complementar de inulina, a alteração sensorial decorrente da adição do probiótico não foi perce-bida. Portanto, a adição de inulina ao queijo fresco cremoso produzido com a adição de uma cepa potencialmente probió-tica de Lactobacillus paracasei resultou em um produto com características agradáveis ao consumidor, além de agregar propriedades funcionais.

Na pesquisa de Buriti et al (2007), 5 formulações diferen-tes de musses (sobremesa láctea aerada) foram produzidas em escala piloto e suplementadas com a cultura probiótica de Lactobacillus acidophilus La–5: M1 – com suco concentra-do de maracujá (SM); M2 – com SM e fibra prebiótica inulina; M3 – com polpa congelada de maracujá (PM); M4 – com polpa congelada de goiaba (PG); M5 – com PG e ácido lático. Os produtos foram armazenados refrigerados (4ºC) e M2 e M5 também congelados (–18ºC). A viabilidade de Lactobacillus

acidophilus diminuiu em até 4,7 log ufc.g–1 ao 21º dia nas musses contendo maracujá (M1, M3 e M2), enquanto a popu-lação do probiótico permaneceu acima de 6 log ufc.g–1 na-quelas contendo goiaba (M4 e M5). A inibição devido à acidez foi descartada. A adição de frutas aos produtos probióticos deve ser cuidadosamente planejada, uma vez que pode haver inibição das cepas probióticas

ConclusõesOs produtos lácteos são excelentes meios para multi-

plicação, sobrevivência e proteção dos probióticos. Adicio-nalmente, os conhecimentos tecnológicos para substituição de gordura e açúcares nos produtos lácteos estão bastante avançados e as várias substâncias prebióticas disponíveis se encaixam no perfil para uso como substitutos destes consti-tuintes. Por estas e outras razões, sem citar as nutricionais, os produtos lácteos são excelentes integrantes das classes de produtos funcionais, em especial, dos simbióticos. Embora se deva aguardar a evolução das legislações para aprovação das alegações possíveis de uso nos produtos simbióticos, os produtos lácteos representam grandes oportunidades para inovação nesta categoria de produtos.

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