20
Revista Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2 Artista Plástico restaura obra no CADECON/UFRR SERRA DO TEPEQUÉM | Alunos realizam atividades no município do Amajari RESENHAS TÉCNICAS UFRR CELEBRA DIA do Economista com palestras MBA DE GESTÃO DE COOPERATIVAS realiza visita técnica ao Rio Grande do Sul ISSN O artista plástico Hamilton Gondim Filho esteve em Boa Vista e restaurou o painel “Da Natureza aos Índios” que pintou há 21 anos. PATRUS ANANIAS palestra no Cadecon

Revista informativa do cadecon 2ª edição

  • Upload
    cadecon

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A Revista Informativa do CADECON tem o objetivo de estreitar os laços com os acadêmicos e professores com espaço para resenhas técnicas, programações dos cursos, além de proporcionar o fluxo de informação dentro e fora do Centro. Para isso contamos com a participação de cada um dos nossos leitores para contribuir com o conteúdo e sugestões.

Citation preview

Page 1: Revista informativa do cadecon 2ª edição

Revista

Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

Artista Plástico restaura obra no CADECON/UFRR

SERRA DO TEPEQUÉM | Alunos realizam atividades no município do Amajari

RESEnhAS TÉcnicAS

UFRR cElEbRA DiA do Economista com palestras

MbA DE GESTãO DE cOOPERATivAS realiza visita técnica ao Rio Grande do Sul

ISSN

O artista plástico Hamilton Gondim Filho esteve em Boa Vista e restaurou o painel “Da Natureza aos Índios” que pintou há 21 anos.

PAtRuS AnAniAS palestra no Cadecon

Page 2: Revista informativa do cadecon 2ª edição

Normas para publicaçãoA Revista Informativa do CADECON publicará, de início, resenhas técnicas de alunos e professores que realizam trabalhos no Centro.

Os trabalhos completos deverão ser encaminhados ao Conselho Editorial do Informativo do CADECON em CD e impresso (duas cópias) contendo no máximo quatro mil caracteres.

Os textos devem conter informações sobre a formação acadêmica, titulação e vinculação institucional do autor.

As citações bibliográficas no texto e a respectiva referência bibliográfica deverão estar de acordo com as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Conselho Editorial

ExpedienteJornalista Responsável: Siloany Lima NevesProjeto Gráfico e diagramação: Marcos Borges

CONSELHO EDITORIAL

MEMBROS:

Ana Zuleide Barroso da Silva

Fabrício Queiroz de Macedo

Francisco Raimundo Sousa

Sandro Bedin

Saturnino Moraes Ferreira

Editora da Universidade Federal de Roraima Campus do Paricarana - Av. Cap. Ene Garcez, 2413, Aeroporto CEP.: 69.310-000 Boa Vista - RR - Brasil Fone: + 55.95.3621-3111 e-mail: [email protected] / [email protected]

A Editora da UFRR é filiada à:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

ReitoraGioconda Santos e Souza Martinez

Vice-ReitorReginaldo Gomes de Oliveira

EDITORA DA UFRR Diretor da EDUFRR:Cezário Paulino B. de Queiroz

CONSELHO EDITORIALAlexander SibajevAna Lia Farias ValeAvery Milton V. de Carvalho Cássio Sanguini Sérgio Fábio Luíz WanklerFelipe Kern MoreiraGuido Nunes LopesGustavo Vargas CohenLuis Felipe Paes de Almeida Marisa Barbosa Araújo Luna Rileuda de Sena Rebouças Rodrigo schutz RodriguesTeresa Cristina E. dos Anjos

Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2P02

Page 3: Revista informativa do cadecon 2ª edição

Editorial

Chegamos na segunda edição da Revista Informativa do Cadecon. Alcançamos muitos leitores dentro e fora da comunidade Universitária e o nosso objetivo é agregar valor ao processo de comunicação entre o meio acadêmico e seu público alvo externo: empresários, comunidade acadêmica, população em geral.

Para este segundo número trouxemos três resenhas técnicas: Diagnóstico Institucional sobre a Educação Indígena na UFRR; Índice de Oportunidade Humana: uma análise dos estados do Norte e dos municípios roraimenses através dos microdados do censo 2010 e Um Breve Informativo Econômico 2010-2013.

Nesta edição realizamos uma entrevista com a magnífica Reitora da UFRR, Professora Dra. Gioconda Martinez e convidamos o presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Cláudio Barbosa de Oliveira para estrear a coluna Bate Papo. Você vai conferir ainda as colunas: Dica do Professor, Acontecendo, Ponto de Vista e Cliques do Cadecon.

Participe da nossa próxima edição enviando sua resenha técnica para o email [email protected].

Boa leitura,

Conselho Editorial

Fale com CADECONComentários, sugestões e informações: [email protected]

Endereço: UFRR Universidade Federal de Roraima

Bloco II, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto.

CEP: 69310-000 Boa Vista / RR.

Para Navegar: www.cadecon.ufrr.br ou facebook/cadecon

Serviço de atendimento ao aluno

Quartas Exclusivas

P03

sumário MATÉRIASPág 04 - Patrus Ananias visita CADECON Pág 04 - UFRR celebra dia do EconomistaPág 05 - UFRR - Artista Plástico restaura obra no CADECONPág 06 - Observatório Social – Melhorias na Gestão Pública

ACONTECENDOPág 07 – CADECON realiza Calourada para alunosPág 07 – Secretariado Executivo – Alunos são recebidos com eventoPág 07 – Olimpíadas de Contabilidade de 2013Pág 07 – NEaD promove Workshop de Tecnologia em Educação a Distância (WTEaD)Pág 08 – MBA de Gestão de Cooperativas realiza visita técnica ao Rio Grande do SulPág 08 - VII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de DefesaPág 09 – SERRA DO TEPEQUÉM – Alunos realizam atividades no município do AmajariPág 09 – Professores do CADECON/UFRR apresentam artigo em JornadaPág 10 – UFRR realiza Fórum Permanente de Administração

PONTO DE VISTAPág 10 – Educação à Distância no Brasil

DICA DO PROFESSORPág 11 Pesquisa, Livro e Filme

Pág 12 – Entrevista com a Reitora da UFRRRESENHAS TÉCNICASPág 13 – 1 - Diagnóstico Institucional sobre a Educação Indígena na UFRRPág 14 – 2 - Índice de Oportunidade Humana: uma análise dos estados do Norte e dos municípios roraimenses através dos microdados do censo 2010 Pág 15 – 3 - Um Breve Informativo Econômico 2010-2013

Pág 17 – Bate Papo com Cláudio Barbosa de Oliveira – CRC/RRPág 17 - COLUNA – CLIQUES NO CADECON Pág 18 – Diretores de Centros visitam CADECON

Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

Agendamento pelos telefones: (95) 3621-3147 e 8407-5900

E-mail: [email protected]

Para Anunciar

Ligue: (95) 3621-3147 ou 8407-5900

Publique com Conosco

Envie a sua resenha técnica para:

[email protected]

Page 4: Revista informativa do cadecon 2ª edição

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) por meio do Departamento de Administração do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON) realizou no dia 7 de junho a I Palestra Temática para acadêmicos, professores e sociedade em geral.

O evento contou com a presença do professor, advogado e ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2004 a 2010), Patrus Ananias, que proferiu a palestra com o tema “Gestão Pública democrática e participativa”. A programação aconteceu no auditório do CADECON, bloco II do Campus do Paricarana.

Para o chefe do Departamento de Administração, professor MSc. Emerson Clayton Arantes, o tema da palestra associa ao processo de gestão que a UFRR vem implantando. “Debatemos sobre gestão, pois o palestrante

O Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON) da Universidade Federal de Roraima (UFRR) promoveu, no dia 13 de agosto, um evento em alusão ao dia do economista. A programação foi realizada no Ideias Centro Empresarial, localizado no bairro São Francisco, com palestras ministradas pelo Dr. José Eustáquio, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A programação promoveu a discussão sobre a economia regional e também fortaleceu a importância das atividades do economista na sociedade. O evento teve a participação de profissionais da área e acadêmicos.

“Nesse dia, além da comemoração, refletimos sobre a evolução profissional diante do mercado de trabalho e também na sociedade. O economista é o profissional que compreende a forma que as sociedades usam seus recursos matérias e humanos, com vistas a produzir e distribuir bens e serviços” avaliou o coordenador do curso de Economia da UFRR, professor MSc. Yuri Silva.

A programação do evento se estendeu fora das salas de aula em parceria com o Conselho Regional de Economia de Roraima (Corecon-RR), que realizou o encontro

Patrus Ananias no Cadecon Ex-ministro visitou o CADECON/UFRR para realizar palestra temática

UFRR celebra dia do Economista com palestras

P04 Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

foi o percussor da implantação a gestão participativa, orçamento participativo e tivemos como base sua experiência enquanto prefeito no ano de 1993 da cidade de Belo Horizonte”, disse.

Os participantes que ainda não receberam seus certificados podem buscar na Escola do Legislativo de Roraima da Assembleia Legislativa de RR. Mais informações pelo telefone 3621-3147, ou na sala 243 do CADECON.

em comemoração ao dia do economista com o tema “A agricultura e o desenvolvimento econômico regional”.

CENÁRIO – Yuri Silva afirmou que o cenário econômico brasileiro é bom para quem quer exercer a profissão de economista, apesar dos desafios sociais e estruturais a serem superados não apenas em Roraima, como em todo o Brasil. “O setor econômico passou a ganhar mais destaque no novo cenário Pós-Tecnologia da Informação. Além disso, o capitalismo e o maior poder de compra das classes baixa contribuíram para que o setor econômico se transformasse, passando a ser visto como essencial no planejamento das estruturas econômicas, políticas e sócias, ocorrendo a necessidade de uma educação financeira da população”, explicou.

O coordenador destacou algumas transformações que a economia passou nos últimos anos. “Atuamos hoje como assessores realizando análise de viabilidade de projetos e até no campo do marketing. Além disso, o profissional passou a ser valorizado tanto no setor privado como público”. Sobre o cenário roraimense, o economista destacou o setor de serviços e agronegócios como setores em franca expansão e um novo nicho econômico.

Page 5: Revista informativa do cadecon 2ª edição

O artista plástico Hamilton Gondim Filho, autor do painel de entrada do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON) da Universidade Federal de Roraima UFRR, esteve em Boa Vista e restaurou o painel “Da Natureza aos Índios” que pintou há 21 anos.

Para a professora Dr.ª Ana Zuleide Barroso, diretora do CADECON, a Universidade recebe a restauração de uma obra de arte muito importante, pintada há 21 anos e admirada por gerações desde aquela época, e dias atuais. “A UFRR e CADECON vivem um momento ímpar, pois a obra tem um significado histórico para a comunidade acadêmica”, disse.

O artista plástico, Hamilton Gondim Filho, é formado em Economia pelo Centro Unificado de Brasília, Mestre em Administração e professor universitário de Artes Plásticas. É autor de importantes obras

literárias como “A infância na ponta do lápis”, “O rosto feminino na ponta do lápis” e está escrevendo o livro “A melhor idade na ponta do lápis” e já participou de várias exposições coletivas e individuais em diversos estados do Brasil e no exterior. Das Mostras coletivas, fez parte do XX Salão de Arte Jovem “Primeira Mão”- SP; da IV Bienal Nacional de Artes de Goiás MAC- Museu de Arte Contemporânea, em Goiânia; do VI Salão Latino Americano de Artes Plásticas de Santa Maria - Museu de Arte de Santa Maria (RS); da Coletiva de Artistas Participantes da Revista “Brazilian Art” no Museu de Viscaya - Miami-FL – USA, entre muitas outras. Realizou várias exposições individuais, entre as quais: na Galeria Rodolfo Amodo – FUNART, no Espaço Cultural do Instituto Nacional do Livro, Galeria Cavalier em Brasília-DF e Galeria Cândido Portinari - Embaixada do Brasil em Roma – Itália, além de exposição de obras em Milão, na Itália.

Quando você descobriu que tinha talento para as artes?

Eu era muito pequeno, mais ou menos com 10 anos de idade e notei que tinha facilidade de reproduzir imagens e pessoas, por isso me interessei pelas artes.

O que é mais importante, a técnica ou a inspiração?

Picasso dizia “1% é inspiração e 99% transpiração”, eu

Artista Plástico restaura obra no CADECON

PERFIL Hamilton Gondim Filho

P05Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

CAPA

trabalho 8h por dia independente de sempre estar inspirado, mas a técnica aliada à criação torna a arte perfeita.

A convite do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON)/UFRR, você se dispôs a restaurar o seu painel “Da Natureza aos Índios”, pintado há 21 anos. O que isso significa pra você após essas duas décadas?

Emocionante. Um encontro com uma obra que foi representativa e muito importante na UFRR, onde muitas pessoas já passaram por aqui, ver que a UFRR preservou a arte mesmo com as reformas realmente destaca que essa universidade respira cultura.

Qual é a sensação de fazer parte da história da Universidade Federal de Roraima, desde sua instalação?

Participar de um sonho do meu pai (Professor Dr. Hamilton Gondim, primeiro reitor da UFRR) que idealizou tudo isso e ver que valeu a pena é um presente. Não se pensa mais em Boa Vista sem a UFRR, estar aqui e viver este momento é muito importante na minha vida.

É por isso que você restaurou o seu painel naquela Instituição gratuitamente?

Sim, o artista participa e fica junto com a arte. Essa obra representa duas décadas de luta, uma forma de vir restaurar e rever já é gratificante. Vim a convite da reitora da UFRR, professora Dra. Gioconda Martinez com o intuito de continuar contribuindo da UFRR.

O Painel “Da Natureza aos Índios” nunca foi tão atual quanto agora. Como artista você já vislumbrava a atual

Page 6: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P06 Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

Observatório Social Melhorias na Gestão Pública

O Observatório Social é um espaço para o exercício da cidadania de forma democrática e apartidária e busca reunir o maior número possível de entidades representativas da sociedade civil com o objetivo de contribuir, mediante o controle social, para a melhoria da gestão pública. É integrado por cidadãos que transformam o seu direito de indignar-se em atitude: em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos. São empresários, profissionais, professores, estudantes, funcionários públicos e outros cidadãos que, voluntariamente, entregam-se à causa da justiça social.

O delegado adjunto da Receita Federal em Roraima, Roberto Paulo da Silva Santos afirma que o funcionamento do Observatório Social trará muitos benefícios para nossa sociedade. “Ressalto que a semente que é lançada por inciativa do Grupo de Educação Fiscal de Roraima, no momento propício, dará os seus frutos”, disse.

Para ele, o CADECON tem grande importância nesse projeto, uma vez que forma os administradores, economistas e contadores, que certamente assumirão a liderança de empresas e órgãos públicos em nosso Estado, e eles precisam ter a consciência de que o setor público deve prestar um melhor serviço para os cidadãos, e para

isso a aplicação dos recursos deve ser acompanhada, mediante o controle social.

“No que se refere a UFRR, creio que o sucesso dos grandes empreendimentos sociais depende do envolvimento de nossa Universidade, e isso por vários motivos, dentre eles, por ser uma entidade geradora e difusora do conhecimento, vale lembrar que nela estão representados todos os grupos sociais, assim suas ações tem um maior alcance”, ressaltou.

A academia assume um papel de grande importância para estimular a participação popular no controle da coisa pública, exigindo o respeito aos princípios que regem a Administração Pública, como o princípio da transparência, da economicidade e da moralidade, dentre outros, com vistas a buscar a consolidação da cidadania ativa e uma administração séria e eficaz.

situação há mais de 20 anos atrás?

Sim, a gente transita na arte e muitas vezes cai no ócio, o ócio é legal para o processo criativo, e na época olhei para um futuro que hoje vivemos, a arte nos permite isso.

Como você se sente fazendo sucesso com sua arte ainda jovem?

Obrigado pelo jovem! São 25 anos de trabalho, comecei atuando na época que os meus amigos eram 10, 15 anos mais velhos que eu, e hoje novas gerações me procuram e eu me vejo naquela época como eles, hoje.

Você teria disponibilidade de fazer outros trabalhos para instituições locais?

Sim, a convite e com planejamento, pois estarei em

Milão, na Itália no final de agosto e em setembro estarei nos Estados Unidos a serviço da arte;

Qual a sua opinião sobre a UFRR 20 anos depois?

Consolidada, com o ar acadêmico, valorizando a cultura. Estou revendo pessoas de 20 anos atrás, na época alunos e hoje exercem cargos e são professores, por exemplo, a professora Ana Zuleide Barroso. É bom saber que a UFRR caminha com os próprios pés.

Que mensagem você deixa a população de Roraima?

Que busquem o conhecimento, pois a informação sozinha não serve pra nada. A biblioteca só tem informação, precisamos digerir e transformar o conteúdo em conhecimento.

Roberto Paulo - Auditor da Receita Federal do Brasil

Page 7: Revista informativa do cadecon 2ª edição

O semestre 2013.1 iniciou no dia 6 de maio para os alunos da Universidade Federal de Roraima. O Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON) da UFRR realizou durante toda a semana programação para os calouros e os demais acadêmicos dos cursos de Economia, Contabilidade, Administração e Secretariado Executivo.

A programação iniciou com a chegada dos alunos identificando as salas e estrutura do CADECON. Os acadêmicos vão poder acessar o site www.ufrr.br/cadecon, que será atualizado com informações e eventos dos cursos, além de receber o Manual do Aluno, conferir as notícias

No dia 15 de maio aconteceu a famosa “calourada”, recepção que professores e alunos veteranos realizam para receberem o novos colegas que ingressaram no curso de Secretariado Executivo Bilíngue da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

O evento foi realizado no auditório do CADECON com a presença da Diretora do Centro, professora Dr.ª Ana Zuleide Barroso, da chefe do Departamento a professora MSc. Marta Margareth Braid de Melo e do coordenador do curso de Secretariado Executivo Bilíngue o professor MSc. Francisco Raimundo Sousa.

“As recepções são sempre um cartão de visita do curso, uma forma de integrar os acadêmicos e mostrar a dinâmica dos professores, desejamos uma jornada maravilhosa aos nossos calouros”, disse a diretora do CADECON.

O Departamento de Contabilidade do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas promoveu a II Olimpíada de Contabilidade. O evento aconteceu nos dias 21 a 23 de outubro do corrente ano. Participaram da olimpíada os alunos do Curso de Ciências Contábeis desta instituição de ensino. O evento faz parte do calendário acadêmico e visa fomentar o conhecimento dos discentes a fim de prepará-los para o Exame de Suficiência realizado no Conselho Federal de Contabilidade.

O Workshop de Tecnologia em Educação a Distância (WTEaD), do Núcleo de Educação a Distância (NEaD), da Universidade Federal de Roraima (UFRR), teve a sua primeira edição no período de 05 a 07 de dezembro de 2011, realizada na cidade de Boa Vista, em Roraima.

Em sua segunda edição, portanto, de caráter bienal, o WTEaD se realizou no período de 16 a 18 de outubro de 2013. Evento promovido pelo NEaD/UFRR, do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). Acesse o portal do II WTEaD pelo o endereço eletrônico www.ufrr.br/wtead.

Secretariado Executivo Alunos são recebidos com evento

Olimpíadas de Contabilidade de 2013

NEaD promoveu Workshop de Tecnologia em Educação a Distância (WTEaD)

CADECONrealiza Calourada para alunos

P07Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

ACONTECENDO

e atualidades no Mural Informativo que fica no corredor das salas de aula.

Para a diretora do CADECON, professora Dr.ª Ana Zuleide Barroso, o Manual do aluno foi elaborado com o objetivo de integrar os acadêmicos e os órgãos administrativos da UFRR. “As regras reunidas no Manual do Aluno devem ser conhecidas, entendidas e cumpridas por todos, do começo ao fim do curso, além de instruir e orientar o nosso corpo discente”, ressaltou.

Outra ferramenta que pode ser explorada pelos acadêmicos será a página do CADECON no site da UFRR (www.ufrr.br/cadecon)

que contém dicas, entrevistas com alunos egressos e atualidades para que o aluno se mantenha informado quanto às programações.

“Todos os profissionais formados pelo CADECON sejam de administradores, contadores, economistas e secretários executivos, têm conquistado ótimas colocações no competitivo mercado de trabalho”, disse a diretora.

Uma das ações realizadas no Centro é o atendimento exclusivo aos alunos que funciona todas as quartas-feiras, das 8h às 12 e das 14h às 18h. O acesso é livre e poderá ser agendado na direção do Centro.

Page 8: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P08 Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

Os acadêmicos do curso de MBA em Gestão de Cooperativas, vinculado ao Departamento de Administração/CADECON, referente ao convênio entre o SESCOOP-RR e a Universidade Federal de Roraima (UFRR), realizaram visitas técnicas extracurriculares nas cidades de Porto Alegre e Nova Petrópolis, no estado do Rio Grande do Sul, acompanhados dos professores do curso de Administração MSc. Carlos Augusto Matos de Carvalho e o Dr. Edgar Reyes (coordenador do curso), além do presidente do SESCOOP-RR, o Administrador Silvio Silvestre de Carvalho.

Para o professor MSc. Carlos Augusto, a participação dos alunos foi de extrema importância, pois o Rio Grande do Sul é berço e tem o maior número de cooperativas no Brasil. “A cidade de Nova Petrópolis – RS, por exemplo, sedia a primeira cooperativa do Brasil, a SICRED PIONEIRA RS, fundada em 1902, portanto há 111 anos”.

O professor também é Conselheiro Representante da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB Nacional) no Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – Sistema S (SESCOOP-RR).

A diretora do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON) da Universidade Federal de Roraima (UFRR) professora Dra. Ana Zuleide Barroso participou do VII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ENABED VII) - “DEFESA DA AMAZÔNIA, realizado na cidade de Belém do Pará.

A mesa redonda “Políticas públicas

MBA de Gestão de Cooperativas Realiza Visita Técnica ao Rio Grande do Sul

VII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ENABED VII) - DEFESA DA AMAZÔNIA

Prof. Dr. Jadson Luís Rebelo Porto (UNIFAP), Profa. Dra. Ana Zuleide

Barroso da Silva (UFRR), Profa. Dra. Eliane Superti (UNIFAP) e Prof.ª Dr.ª

Iraê Lundim (CEEI-ISRI), conferencista moçambicana no VII ENABED

e transfronteirização no Platô das Guianas debateu a mudança da condição do Platô das Guianas a partir de fronteira periférica para estratégica bem como das novas implicações geopolíticas e novos conflitos decorrentes de reconstruções territoriais. “Essa configuração tem estimulado debates sobre as dinâmicas econômica, política e social da fronteira da Amazônia brasileira, notadamente para o caso do Brasil/França, entre o Estado do Amapá e a Guiana Francesa”, analisou a professora.

Para ela, as mudanças de focos e estímulos direcionados à fronteira amazônica foram modificadas a partir de 1940, sendo que após a década de 1990, a ação do Estado foi determinante para promoção de novos processos de ordenamento territorial, reestruturação produtiva, novos usos do território fronteiriço e novas relações transfronteiriças, principalmente quando a fronteira

foi acessada por rodovias.

No evento foi discutido que gradativamente esta fronteira tem se tornado mais articulada e dinâmica, embora não tenha perdido a condição de periferia. Ao ser inserido as políticas públicas de defesa e segurança no espaço amazônico no final do século XX e na primeira década do século XXI, o contexto definidor se transforma radicalmente, provocando revisão da postura geopolítica em relação à fronteira amazônica, outrora entendida como espaço de contenção e limites de estados soberanos, para assumir um o papel estratégico de áreas de interação política e buscando a integração econômica. “Essa mudança tem sido perceptível na fronteira, notadamente no Estado do Amapá”. Embora haja relatos de relações e conflitos fronteiriços com o Brasil desde o século XVIII, a construção de uma interação transfronteiriça no Platô das Guianas é recente.

Page 9: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P09Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

No dia 27 de julho os acadêmicos do curso de Administração do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON) da Universidade Federal de Roraima realizaram uma visita técnica na Serra do Tepequém, município do Amajari, sob a orientação das professoras Dr.ª Jussara Rocha de Sonis e Dr.ª Geórgia Patrícia da Silva.

O objetivo da atividade foi incentivar os alunos à prática da análise do ambiente externo, possibilitando a aplicação dos temas abordados no ano letivo em observações e análises dos fenômenos do espaço geográfico escolhido. Participaram da atividade 28 alunos.

A visita técnica faz parte do plano de ensino das disciplinas de Responsabilidade Social, Gestão Ambiental, Gestão de Produção e Gestão e Planejamento do Turismo, na perspectiva de que os alunos desenvolvam a observação de situações que facilitem a aprendizagem e que esta percepção possa se expandir nas questões macro.

Os alunos e professores tiveram contato com a região verificando a

atividade do garimpo e do turismo que contribuíram para a constituição dos marcos determinantes da trajetória socioeconômica do Tepequém e suas influências.

Para a professora Dr.ª Jussara Sonis, o estudo é fruto de observações, visitas e impressões pessoais que, apesar de denotarem uma subjetividade, não minimizam a importância científica, enquanto uma atividade curricular acadêmica, dentro desta formação profissional.

A serra do Tepequém está localizada no município de Amajari, uma elevação em forma de Tepuí, ou seja, com paredes retas, de até 1000 metros, e topo achatado.

A paisagem regional que compõe as áreas de entorno da serra do Tepequém é caracterizada por uma diversificação de formas de relevo, ficou conhecida na década de 1930, por ter sido um local de grande exploração mineral, em especial, do diamante.

Durante anos, essa foi a atividade principal praticada na região, que gradativamente foi sendo substituída pela pecuária bovina. Hoje, essa

atividade de garimpo figura apenas em relatos de antigos moradores, ou ainda quando aparece um garimpeiro remanescente na esperança de encontrar alguma riqueza.

A viagem contou com a colaboração do geógrafo Marcelo Almeida, além do Chefe de Departamento de Administração, MSc. Emerson Clayton Arantes e da Diretora do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas, Dr.ª Ana Zuleide Barroso da Silva e também da professora Dr.ª Jaqueline Silva da Rosa.

Para a diretora do CADECON, professora Dr.ª Ana Zuleide, a atividade de campo possibilitou compreender certos traços da trajetória de Tepequém e sua atual configuração enquanto espaço urbano. Além disso, foi possível estabelecer relações da influência do garimpo e hoje do turismo na região. “É possível chegar a algumas considerações, onde se nota que a determinação das múltiplas relações, econômicas, sociais, políticas e culturais foram importantes na formação da região”, disse.

SERRA DO TEPEQUÉM Alunos realizam atividade no município do Amajari

Os professores do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON) da Universidade Federal de Roraima (UFRR) por meio do Departamento de Administração tiveram seus artigos científicos aprovados na VI Jornada Internacional de Políticas Públicas.

Os contemplados foram os professores MSc. Emerson Clayton Arantes, chefe do Departamento de Administração do CADECON da UFRR, com o artigo “Educação: o caminho para emancipação no movimento de Economia Solidária em Roraima”; Dr.ª Georgia Patrícia da Silva com o artigo “Título de Patrimônio

Cultural da Humanidade: um selo de garantia ou uma promessa fantasiosa?”; Dr.ª Jaqueline Silva da Rosa com o artigo “Entraves para o Etnodesenvolvimento na Região Indígena Ingarikó-RR” e a MSc. Meire Joisy Almeida Pereira “Desenvolvimento na Amazônia: Políticas e as Instituições de Roraima”.

Com o tema: O desenvolvimento da crise capitalista e a atualização das lutas contra a exploração, a dominação e a humilhação, a VI Jornada aconteceu no período de 20 a 23 de agosto de 2013 e São Luis-MA na cidade universitária da UFMA.

Professores do CADECON/UFRR apresentam artigo na Jornada

Page 10: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P10 Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

Com o tema “Responsabilidade Social e Espiritualidade nas Organizações”, a Universidade Federal de Roraima (UFRR), por meio do Departamento de Administração e com o apoio do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON), do Núcleo de Estudos em Administração e Negócios - NEAN e do Departamento de Secretariado Executivo, realizou o II Fórum Permanente de Administração.

A temática abordada foi a “Responsabilidade Social e Espiritualidade nas Organizações”. O evento teve a participação de toda a comunidade acadêmica e foi realizado no dia 01 de agosto, às 18h no auditório do Alexandre Borges, no Campus Paricarana da Universidade Federal de Roraima.

O evento realizado pelos discentes do curso de Administração tratou das novas perspectivas que vem se modelando no campo da Administração nas disciplinas de Responsabilidade Social, Gestão Ambiental, Psicologia Aplicada à Administração e Gestão de Turismo ministradas pelas professoras Dr.ª Jussara Sonis, Dr.ª Jaqueline S da Rosa e Dr.ª Georgia P. Silva, respectivamente. Todo o evento teve a participação dos alunos do curso de Agronomia e Secretariado Executivo.

De acordo com a professora Dr.ª Jussara Sonis, as atividades relacionaram os conceitos da sustentabilidade, da responsabilidade social corporativa até à espiritualidade

nas organizações. “Compreender essas questões torna-se necessário aos futuros administradores, para que possam avaliá-las e introduzi-la no ambiente de trabalho, como uma condição maximizadora dos seus efeitos”, disse.

Para a professora Dr.ª Ana Zuleide Barroso, diretora do CADECON, esta atividade acadêmica faz parte do Fórum Permanente de Administração, o qual tem como objetivo promover e estimular o debate e a difusão do pensamento Administrativo. “Espera-se que os alunos conheçam os trabalhos de seus colegas e professores, fornecendo-lhes experiência para apresentação de seus estudos em eventos científicos”, finalizou.

A Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de infor-mação e comunicação, com estudantes e professores de-senvolvendo atividades edu-cativas em lugares ou tem-pos diversos. Essa definição está presente no Decreto 5.622, de 19.12.2005 (que revoga o Decreto 2.494/98), que regulamenta o Art. 80 da Lei 9394/96 (LDB).

No Brasil, as bases legais para a modalidade de edu-cação a distância foram es-tabelecidas pela Lei de Dire-trizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que foi regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no D.O.U. de 20/12/05 (que

revogou o Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998) com nor-matização definida na Por-taria Ministerial n.º 4.361, de 2004 (que revogou a Por-taria Ministerial n.º 301, de 07 de abril de 1998).

Em 3 de abril de 2001, a Resolução n.º 1, do Con-selho Nacional de Educação estabeleceu as normas para a pós graduação lato e stric-to sensu.

O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), pro-grama do Ministério da Ed-ucação, tem como objetivo estimular a articulação e in-tegração de um sistema na-cional de educação superior por meio do aprimoramento da educação a distância. Para isso, o sistema tem como base, fortes parcerias entre as esferas federais,

estaduais e municipais do governo.

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) em parce-ria com a Universidade Virtual de Roraima (UNI-VIRR) está trabalhando para expandir e interiorizar a oferta de cursos e progra-mas de educação superior, atendendo aos anseios da comunidade e agindo como instrumento de promoção da educação e da cidadania.

Com o alcance nos 15 mu-nicipios do Estado, a maior parcela de alunos do NEaD é formada por profission-ais de educação das redes públicas de ensino. Além de professores e funcionários da UFRR.

É importante saber que proposta de ensino a dis-tância alcança sociedade em geral, cuja participação

é assegurada através de um número de vagas determi-nado em cada edital. As novas tecnologias se desen-volvem a cada dia e auxiliam na apredizagem.

O professor que trabalha com NEaD conta com ma-terial pedagógico diferenci-ado. Voltado para as carac-terísticas da metodologia a distância. Com aulas pres-enciais para fortalecer o aprendizado e tirar dúvi-das, os cursos acontecem no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Através da sua senha, o alu-no interage com professores, tutores e colegas de cursos. As ferramentas de objetos educacionais são compostos por textos, artigos, foruns e chats. O professor dispõe ainda de livros-texto, roteiro de atividades e videoaulas.

UFRR realiza Fórum Permanente de Administração

Educação à Distância no BrasilOton de Lira Carneiro

Mestre em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Federal do Amazonas com área de conhecimento e, Gestão do Desenvolvimento Sócio-Ambiental (2009), graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Paraíba (1991) e graduação em Administração pela Universidade Federal.

Page 11: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P11Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

O professor MSc. Yuri Cesar de Lima e Silva, do departamento de Economia, do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas (CADECON) da UFRR, participou em Portugal do Congresso da APDR (Associação Portuguesa para Desenvolvimento Regional) em que teve seus artigos aprovados. Desse evento trouxemos para a segunda edição do nosso informativo a importância da produção científica e a participação de nossos docentes em eventos acadêmicos.

Professor de Economia fala sobre a importância da produção científica

Os professores Francisco Sousa (Secretariado Executivo) e Ingrid Caldas (Economia) sugerem dicas para os leitores desta edição.

DICA DO PROFESSOR

O professor Yuri Cesar é graduado em Ciências Econômicas pela UFRN e mestrado em Economia também pela UFRN, ministra as disciplinas Microeconomia, macroeconomia, estatística econômica, economia matemática, economia regional e urbana, economia monetária, economia industrial e introdução à economia.

Para ele, a participação em eventos de cunho cientifica sempre amplia a visão de um pesquisador. Esteve no Congresso da APDR (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional), com a presença de pesquisadores da Europa e América Latina. “O acúmulo de conhecimentos servirá para os próximos debates de disciplinas relacionadas à economia

Neste livro, Daron Acemoglu e James Robinson tratam das diferenças abissais de receita e padrão de vida que separam os países ricos do mundo dos pobres. Os autores fazem uma demonstração cabal de que são as instituições políticas e econômicas que estão por trás do êxito econômico ou da falta dele. De maneira convincente, os autores afirmam que os países só escapam à pobreza quando dispõem de instituições econômicas adequadas, sobretudo a propriedade privada e a concorrência. Eles defendem, ainda, a tese original de que a probabilidade de os países desenvolverem instituições de forma acertada é maior quando eles contam com um sistema político pluralista e aberto, com disputa de cargos políticos, eleitorado amplo e espaço para a emergência de novos líderes políticos. Trata-se de uma leitura que oferece um vastíssimo leque de exemplos históricos para demonstrar como mudanças podem contribuir para o êxito econômico ou ao contrário, para decadência ou estagnação.

regional e urbana”, disse.

“Participar de um evento científico de grande porte sempre foi meu objetivo acadêmico. Inicialmente, me portava apenas como um observador entusiasmado. Posteriormente, meu nome passou a constar nos anais de alguns congressos locais e regionais. Hoje, muito me orgulha estar presente em congressos nacionais e internacionais, discutindo meus artigos e evoluindo cada vez mais na compreensão desta tão fascinante ciência, tal fato possibilita atualizar os conhecimentos e discuti-los com o corpo docente e discente da UFRR, gerando um ambiente acadêmico estimulante para todos.”, afirmou.

Quem já leu ou assistiu, vai retomar a tarefa com uma leitura diferente, confira:

Livro: Por que as nações fracassam: As origens do poder, da prosperidade e da pobreza / Autores: ROBINSON, JAMES; ACEMOGLU, DARON

Page 12: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P12 Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

O filme nos leva a uma imersão na Idade Média, fazendo-nos transitar por diversos temas e fases da história, tornando-se uma grande aula de história e também de filosofia. Assistimos sempre na disciplina de Introdução ao Secretariado, fazemos um paralelo ao roteiro do filme, observando como os escribas e os monges assumiam a tarefa de registrar e transmitir o conhecimento.

A atmosfera sombria, a aparência doentia dos monges / frades, a rejeição a conceitos tidos como avançados pelos monges frequentadores do mosteiro e a abordagem à Santa Inquisição que passa a ser feita a partir da segunda metade do filme nos permite compreender um pouco do poder que o conhecimento proporcionava no âmbito das relações sócias, politicas e religiosa na Idade Média.

Em resumo, o filme aborda a história da investigação de uma série de assassinatos ocorridos em um monastério da Itália Medieval.

Quantos anos a UFRR têm e qual o melhor presente para a nossa universidade?

A UFRR completa 24 anos de existência no mês de setembro deste ano e o melhor presente é o comprometimento incondicional de todos os servidores técnicos administrativos e docentes. A maior riqueza de uma instituição é seu capital humano, a sua força de trabalho.

Conte-nos qual a sua experiência como reitora e o que você almeja para esta gestão?

Minha experiência como reitora tem sido muito enriquecedora, é muito gratificante perceber que com trabalho, você, junto à instituição, pode fazer tanto por um estado.

Quanto à contratação de novos professores efetivos, qual a expectativa para o concurso e quantas vagas vai contemplar?

Atualmente temos dois editais abertos, será o maior ingresso de docentes desde a criação da UFRR. A distribuição das vagas ocorreu baseada em critérios técnicos, a partir de um estudo conjunto da PROEG e PROGESP. Neste contexto, a expectativa é que esses novos professores venham com o mesmo espírito comprometido de tantos docentes que construíram nossa UFRR.

O Centro Amazônico de Fronteiras (CAF) foi inaugurado recente com uma brilhante formatura, o que representa este

espaço para a comunidade acadêmica?

Representa primeiro o empenho de uma gestão da qual tive o prazer de ser corresponsável junto ao professor Dr. Roberto Ramos. Representa também a competência de um grupo de engenheiros e técnicos da PROINFRA que superaram todos os percalços comuns na realização de obras públicas. Por último, dota a UFRR de um espaço adequado ao desenvolvimento, estudo e divulgação da cultura dessa região fronteiriça, além da comunicação da produção acadêmica, científica e tecnológica. É o maior auditório do estado de Roraima, contando com equipamentos modernos e adaptados às necessidades

de grandes eventos de música, teatro e demais manifestações de arte.

Temos visto que muitos egressos da UFRR atuam o mercado de trabalho com destaque, deixe uma mensagem aos nossos acadêmicos do CADECON.

É sempre um motivo de orgulho vermos nossos ex-alunos obtendo destaque e até mesmo voltando à UFRR para atuarem como docentes. Desejo que a cada dia aprendam a superar os percalços comuns da caminhada de aluno e solicitem cada vez mais suas unidades de apoio como coordenações de curso, ouvidoria e mesmo a reitoria.

Filme: O Nome da Rosa

ENTREVISTA

Reitora da UFRRProfessora Dra. Gioconda Martinez

Nossa entrevistada especial desta edição é a Reitora da Universidade Federal de Roraima – UFRR, professora Dra. Gioconda Martinez.

Page 13: Revista informativa do cadecon 2ª edição

R E S E N H A S TÉCNICAS

DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL SOBRE A EDUCAÇÃO INDÍGENA NA UFRR

Ana Zuleide Barroso¹ Serguei Aily Franco de Camargo²

O Estado de Roraima localiza-se na região amazônica, que possui uma realidade peculiar. Enquanto no Estado do Amazonas as principais vias de transportes são os rios, sendo baixo o número de cidades acessíveis por estrada, em Roraima as principais vias de acesso entre os municípios são terrestres. Nos dois casos, o transporte aéreo é caro e escasso. Alguns vôos só são oferecidos sob demanda (taxi aéreo) e até os barcos não oferecem serviços contínuos.

Essas peculiaridades da geografia local geram o isolamento de determinados municípios e impõem barreiras ao desenvolvimento socioeconômico que são proporcionais à dificuldade de acesso. Há anos, tenta-se interiorizar o ensino na Amazônia, principalmente o superior, mas o deslocamento dos professores da capital sempre foi um problema.

A população de Roraima, de acordo com o Censo Demográfico 2010 (IBGE, 2013), apresenta distribuição desigual entre as áreas urbana e rural, com respectivamente 345.893 e 104.588 habitantes, dos quais, 284.313 residem na capital Boa Vista. De qualquer forma, os poucos serviços públicos disponíveis encontram-se nas sedes municipais, sendo tudo infinitamente mais escasso e difícil nas áreas rurais.

Ainda segundo o último Censo Demográfico do IBGE, Roraima conta com uma população indígena estimada de 6,6%, muito mais elevada que a média nacional, a representar menos de 0,3% da população brasileira. De acordo com Silveira (2013)3 , essa metodologia de pesquisa censitária é contestada por cientistas sociais roraimenses, que divulgaram que somente no Município de Boa Vista, em 2008, restaram contabilizados algo próximo a 11% dos habitantes que se declararam indígenas (após levantamento e assistência psicossocial continuada realizados de modo sistematizado por equipe multidisciplinar da UFRR).

Segundo Silveira (2013)4:

[...] a grande maioria dos representantes dos povos indígenas de Roraima, quer por conta do forte viés de discriminação que ainda predomina no estado, quer por conta da vergonha de ser índio num território marcado pela violência contra os povos originários, acabam omitindo a sua procedência ou mesmo negando a sua própria identidade.

Nesse contexto de grande fricção do espaço geográfico, poucas oportunidades acadêmicas e grande contingente populacional indígena, destaca-se o papel da Universidade Federal de Roraima, que criou diversos espaços institucionais e programas para assimilar os interesses e as necessidades de educação superior indígena, conforme se verá em item apropriado.

Além das mencionadas construções institucionais presentes na UFRR em favor da comunidade indígena, destaca-se o importante papel do direito fundamental à educação, como mandamento constitucional a ser implementado por nossas universidades.

Segundo Camargo e Camargo (2011), a Constituição de 1988 (CF/88) estabeleceu a educação como um dos direitos sociais protegidos, assim como o trabalho, a saúde, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados (art. 6° CF/88). Nos artigos 205 a 214, a CF/88 trata sobre a educação, prevendo os princípios bases do ensino; a autonomia universitária; os deveres do Estado; a fixação de conteúdos mínimos; a livre iniciativa privada; a organização dos sistemas de ensino através colaboração entre os entes federativos; a aplicação da receita em Educação e a distribuição dos recursos públicos. No que tange às atribuições de cada ente federativo, as previsões encontram-se ao

longo de seu texto (ver artigos 22 XXIV, 23 V, 24 IX, 30 VI e 214).

Dessa forma, tem-se que a Constituição faz as previsões básicas necessárias ao funcionamento e organização da educação, deixando os demais assuntos a cargo de leis específicas, no plano infraconstitucional. No caso das referidas iniciativas da UFRR, o levantamento do arcabouço legislativo completo será um dos objetivos do projeto de pesquisa intitulada “Educação Escolar Indígena: um Panorama das Ações Afirmativas Desenvolvidas por Instituições de Ensino Superior no Extremo Norte do Brasil”

Do ponto de vista da literatura, a doutrina sobre o direito fundamental à educação é vasta. Utilizando-se a expressão de busca: “direito fundamental à educação” E indígena, no Google Acadêmico, obtêm-se 123 resultados (em 02/05/2013). Dentre a totalidade dos resultados, apenas os cinco primeiros artigos ou trabalhos acadêmicos (SANTOS et al., 2008; SANTIAGO et al., 2010; CELEDÓN, 2010; GARLET, GUIMARÃES, BELLINI, 2010 e; DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS, S.D.) apresentam citações por outros autores (no máximo 5), os demais permanecem, aparentemente, não acessados.

Curiosamente, a obra de Silveira e Silveira (2012), de acordo com a mesma base, apesar de ser a única encontrada especificamente sobre o assunto e região, permanece sem nenhuma citação expressa na literatura.

Em busca semelhante realizada também aos 02/05/2013, no Portal de Periódicos CAPES5, a utilização da mesma expressão de busca acima resultou em 52 artigos, dos quais, apenas dois se reportam diretamente ao assunto em tela: Almeida Silva (2011) e Yokoya Simoni (2009).

Diante do exposto, verifica-se uma lacuna existente na literatura sobre o assunto. Dados empíricos sobre o acesso da comunidade indígena à UFRR também não estão disponíveis. Neste ponto, o presente projeto de pesquisa visa contribuir para a produção de um diagnóstico institucional, além de possibilitar o incremento das discussões sobre este importante aspecto da educação superior, tão pouco conhecido nos meios acadêmicos do Brasil e do exterior.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA SILVA, A. Representações indígenas: territorialidades e identidade - uma aproximação teórica. Ra’e Ga: 23, p. 238, 2011.

CAMARGO, S. A. F.; CAMARGO, T. R. L. Aspectos Jurídicos da Educação à Distância: um estudo do ensino presencial mediado na Universidade do Estado do Amazonas. Âmbito Jurídico, v. 90, p. 1-10, 2011.

CELEDÓN, Esteban Reyes. Inclusão escolar: um desafio. 2009.

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Educação, v. 700, [S.D.]

GARLET, Marinez; GUIMARÃES, Gleny; BELLINI, Maria Isabel Barros. Cotas para estudantes indígenas: inclusão universitária ou exclusão escolar?. Educação, v. 33, n. 1, 2010.

IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=rr# Acesso em: 02/05/2013.

SANTIAGO, Nestor Eduardo Araruna; NORBERTO, Aurilena Pereira; RODRZZGUES, Sandra Maria Coelho. O direito à inclusão: implantação de políticas de ações afirmativas nas IES públicas brasileiras-experiência na UFC. Pensar-Revista de Ciências Jurídicas, v. 13, n. 1, p. 136-147, 2010.

SANTOS, Sales Augusto et al. Ações afirmativas: polêmicas e possibilidades sobre igualdade racial e o papel do estado. Revista Estudos Feministas, v. 16, n. 3, p. 913-929, 2008.

SILVEIRA, Edson Damas da; SILVEIRA, Stela Aparecida Damas da. Direito fundamental à educação indígena. Curitiba: Juruá, 2012.

YOKOYA SIMONI, M. O reconhecimento dos direitos dos povos indígenas sob a perspectiva internacional e a brasileira. Meridiano 47 (105): April. p. 37, 2009.

P13Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

1. Professora do Departamento de Economia2. Professor Visitante da UFRR3. Fide Edson Damas da Silveira, Procurador de Justiça do Ministério Público

do Estado de Roraima e Professor/Pesquisador Associado ao NECAR/UFRR.4. Fide Edson Damas da Silveira, Procurador de Justiça do Ministério Público

do Estado de Roraima e Professor/Pesquisador Associado ao NECAR/UFRR.5. Disponível em WWW.capes.gov.br

Page 14: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P14 Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

R E S E N H A S TÉCNICAS

ÍNDICE DE OPORTUNIDADE HUMANA: uma análise dos estados do Norte e dos municípios roraimenses através dos microdados do censo 2010.

Yuri Cesar de Lima e Silva (UFRR)1 Andrei de Lima e Silva (UFRR) 2

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, um grupo de complexas políticas sociais postas em prática não só no Brasil, mas em toda a América Latina vem fazendo com que a pobreza nesta região diminua cada vez mais. Mesmo que possa parecer um processo lento e insuficiente, é a primeira vez em décadas que a proporção de pessoas consideradas miseráveis e pobres sofre uma inflexão considerável (BARROS et al., 2008).

Este fato fez com que a discussão de políticas públicas migrasse do problema da pobreza para o da desigualdade. Isto ocorre graças ao fato de mesmo após realizarem grandes avanços sobre a questão da pobreza, a América Latina continua tendo um dos piores processos distributivos do mundo. Desta forma, reduzir a desigualdade passa a ser o próximo desafio para os gestores de política econômica e social na região.

Entretanto, grande parte do processo de discussão sobre a desigualdade passou a considerar que indicadores de desigualdade de resultado (como PIB, PIB per capita, IDH, notas do IDEB, etc...) seriam suficientes para medir a JUSTIÇA DISTRIBUTIVA de uma sociedade. Contudo, uma gama de pesquisas (BARROS et al., 2008; FIGUEIREDO E ZIEGELMANN, 2010; FIGUEIREDO e SILVA, 2012) passaram a contestar essa lógica, demonstrando que a desigualdade pode ser decomposta em duas partes: 1) a primeira é fruto de esforços individuais, tais como, anos de estudo, horas de trabalho, etc.; 2) a segunda resulta de variáveis que fogem do controle dos indivíduos, como, educação dos pais, região de nascimento, raça, gênero, etc. Esse segundo conjunto pode ser denominado de circunstâncias. Neste sentido, a única desigualdade que deve ser perseguida é a segunda.

Essa nova perspectiva tenta chamar a atenção para o fato de que uma sociedade justa não é necessariamente aquela em que a igualdade de resultado existe, mas aquela em que existam oportunidades de acesso a bens e serviços básicos necessários para o desenvolvimento de cada indivíduo. O problema se dá quando existe um desequilíbrio desde o início do jogo.

Com o intuito de contribuir para essa discussão, Barros et al. (2008) propôs um indicador estatístico capaz de demonstrar como as circunstâncias pessoais, que não são controladas pelo indivíduo, impactam na probabilidade de que uma criança acesse os bens e serviços básicos necessários para obter sucesso em sua vida.

O Índice de Oportunidade Humana (IOH) teve sua primeira aplicação sobre os países da América Latina e Caribe, realizado pelo próprio Barros et al. (2008) e os resultados demonstraram que por trás da desigualdade, que sempre caracterizou a região, existe uma desigualdade ainda mais preocupante, referente à desigualdade de oportunidade que as crianças tem para se desenvolver. No caso brasileiro, duas aplicações se destacam: a realizada por Dill e Gonçalves (2011) que geraram índices entre os anos de 1999 e 2009 utilizando-se de dados da PNAD; e a realizada por Ferreira, Oliveira e Gonçalves (2012) que calcularam IOHs para todos os municípios do Brasil. Os resultados deste segundo estudo demonstram que os dez municípios que apresentam os maiores IOHs são todos do estado do Rio Grande do Sul, enquanto que o ranking dos dez piores é composto por sete municípios do Nordeste, dois do Norte, entre eles o município roraimense Uiramutã (3º pior), e um município de Minas Gerais.

A justificativa deste trabalho encontra-se em dois fatos: o primeiro é a tentativa de contribuir com a discussão apresentada acima; e o segundo é o intuito de gerar mais informações sobre a atual situação

do estado de Roraima, em comparação com os demais estados do Norte, e dos municípios deste estado. Para tal, além desta introdução, no segundo tópico, será demonstrada a metodologia do HOI; enquanto que no terceiro será realizada a análise dos resultados.

2. ASPECTOS METODOLÓGICOS

De forma resumida, podemos considerar que o IOH combina uma medida de acesso p, penalizada por uma medida de dissimilaridade no acesso D, como demonstrado a seguir:

O índice de dissimilaridade é calculado através de uma regressão logística que pode ser melhor entendida no trabalho de Barros et al. (2008). A medida de acesso nada mais é do que uma taxa de cobertura do acesso a determinado bem ou serviço. A combinação dos dois fatores gera um índice que pode variar entre zero e cem, em que quanto mais próximo de cem maiores são as oportunidades disponíveis para as crianças da região.

A base de dados utilizada para a mensuração do IOH é a dos microdados do censo demográfico de 2010 do IBGE. Para tal, utilizou-se dos seguintes acessos: rede geral de abastecimento de água; rede geral de coleta de esgoto ou fossa séptica; coleta de lixo por empresa coletora; conclusão do ensino fundamental em idade correta; e alfabetização. No caso de serviços básicos, restringiu-se a atenção às crianças de até 14 anos. Para alfabetização, consideraram-se as crianças de 6 a 14 anos. Enquanto que para a completude do ensino fundamental em idade correta, restringiu-se atenção aos jovens de 15 a 18 anos. Como circunstâncias, foram considerados em todos os casos a situação do domicílio (urbano ou rural), gênero, raça (branco ou não branco), rendimento domiciliar per capita, e três variáveis que procuram captar a base familiar: gênero do chefe da família, presença da mãe e conclusão do ensino médio pelo chefe da família.

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

No que diz respeito ao IOH médio, que engloba as cinco oportunidades em estudo, o estado que se destaca positivamente no ranking é Tocantins (57,88) e negativamente, Pará (39,78).

Os IOHs de acesso à rede de abastecimento de água e coleta de lixo apresentaram elevadas disparidades entre os estados, em que a população de Tocantins tem melhores oportunidades na rede de abastecimento de água (71,46) e a do Amapá na rede de coleta de lixo (72,01).

A oportunidade de acesso com a maior deficiência é a de esgotamento sanitário, em que todos os estados obtiveram IOHs muito baixos. Esta situação sugere que o esforço para elaboração de bons projetos e a busca pela captação de recursos federais para empreendimentos neste setor podem melhorar significativamente os IOHs da região.

Os IOHs de educação refletem que a alfabetização é a oportunidade mais próxima da universalização, porém ainda há uma precariedade no que diz respeito à conclusão do ensino fundamental em idade correta.

Quadro 1 – IOH dos estados do Norte do Brasil, 2010.

Fonte: elaborado pelos autores.

O estado de Roraima apresenta o segundo melhor IOH médio da região Norte. No ranking dos IOHs por oportunidades, figura em segundo no acesso à rede geral de abastecimento de água (64,51) e conclusão do ensino fundamental em idade correta (57,76); e em terceiro nas demais

Page 15: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P15Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

R E S E N H A S TÉCNICAS

UM BREVE INFORMATIVO ECONÔMICO 2010-2013

Prof. Dr. Rodrigo Rodrigues Silva (UFRR)

Este conjuntural analisa o período de janeiro de 2010 a agosto de 2013, que compreende o ultimo ano do governo Luís Inácio Lula da Silva e os dois anos e meio da administração Dilma Rousseff, ambos pertencentes ao Partido dos Trabalhadores PT. No ano de 2010 ocorreu uma aceleração dos gastos públicos chegando a um montante recorde de R$ 49, 5 bilhões, o que significa 2,3% do PIB do Brasil, o maior nível de gasto público que já ocorreu em ano eleitoral na história desse país segundo o IPEA. Após a sucessão em 2011 a então presidente Dilma Rousseff, através da ministra do planejamento Miriam Belchior, anuncia um corte no orçamento federal de 50 bilhões de reais, para conter o efeito inflacionário do ano anterior e manter o país nos limites estabelecidos pela meta de inflação do Banco Central.

No ano de 2010 frente aos impulsos de um ano eleitoral, o PIB do país fecha o ano em 7,5%, o que foi um ótimo resultado em relação ao ano de 2011 no qual o PIB caiu para 2,7%, seguido de uma queda ainda maior em 2012 para 0,3%. A previsão para o ano de 2013 está atualmente em torno de 2,3%, de forma bastante otimista, e 2,1% para 2014. Este cenário de queda acentuada do PIB e talvez uma possível recuperação esta bastante nítido no gráfico abaixo que contém o PIB trimestral em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: Ipeadata.

De janeiro de 2010 a agosto de 2013 o comitê de politica monetária (Copom), se reuniu num total de 30 encontros, tendo como grande desafio encontrar um caminho viável frente às pressões inflacionárias que estavam ocorrendo paralelamente com a desaceleração econômica. No inicio de 2010, a taxa de juros mantinha certa estabilidade no patamar de 8,75% que durou praticamente desde metade do ano de 2009. Contudo, até meados de 2011 existe uma forte tendência de crescimento nas taxas para impedir os efeitos inflacionários dos gastos do governo. A partir de então, a desaceleração do PIB começa a preocupar o governo e os economistas desenvolvimentistas, representados principalmente pelo ministro da fazenda Guido Mantega, que lançam um longo período de arrefecimento das taxas de juros Selic chegando num patamar recorde de 7,25% em outubro de 2012 e se mantendo estável nesse nível até abril de 2013.

1. Professor do Departamento de Economia2. Professor do Departamento de Economia

oportunidades de acesso, a saber: rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica (6,70), coleta de lixo (51,82) e Alfabetização (87,34).

O Quadro 2 apresenta os IOHs dos municípios de Roraima. Apenas a capital, Boa Vista, e Mucajaí apresenta IOH médio superior ao estadual, com respectivamente, 69,12 e 59,20. Amajari apresenta o pior IOH médio do estado, com 26,06. A comparação entre o primeiro e o último município do ranking retrata a extrema desigualdade de oportunidades entre a população de Roraima.

Quadro 2 – IOH dos municípios de Roraima, 2010.

Fonte: elaborado pelos autores.

Ainda que o IOH estadual seja mais próximo da capital, onde vive a parte mais expressiva da população, cabe ressaltar que em diversos municípios as oportunidades são extremamente precárias ou nulas nos acessos às redes gerais de água, esgoto e coleta de lixo, assim como na conclusão do ensino fundamental e alfabetização. Estes resultados retratam a elevada desigualdade de oportunidades dentro do estado, ampliando a força dos argumentos que as pessoas partem de situações completamente distintas.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA SILVA, A. Representações indígenas: territorialidades e identidade - uma aproximação teórica. Ra’e Ga: 23, p. 238, 2011.

CAMARGO, S. A. F.; CAMARGO, T. R. L. Aspectos Jurídicos da Educação à Distância: um estudo do ensino presencial mediado na Universidade do Estado do Amazonas. Âmbito Jurídico, v. 90, p. 1-10, 2011.

CELEDÓN, Esteban Reyes. Inclusão escolar: um desafio. 2009.

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Educação, v. 700, [S.D.]

GARLET, Marinez; GUIMARÃES, Gleny; BELLINI, Maria Isabel Barros. Cotas para estudantes indígenas: inclusão universitária ou exclusão escolar?. Educação, v. 33, n. 1, 2010.

IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=rr# Acesso em: 02/05/2013.

SANTIAGO, Nestor Eduardo Araruna; NORBERTO, Aurilena Pereira; RODRZZGUES, Sandra Maria Coelho. O direito à inclusão: implantação de políticas de ações afirmativas nas IES públicas brasileiras-experiência na UFC. Pensar-Revista de Ciências Jurídicas, v. 13, n. 1, p. 136-147, 2010.

SANTOS, Sales Augusto et al. Ações afirmativas: polêmicas e possibilidades sobre igualdade racial e o papel do estado. Revista Estudos Feministas, v. 16, n. 3, p. 913-929, 2008.

SILVEIRA, Edson Damas da; SILVEIRA, Stela Aparecida Damas da. Direito fundamental à educação indígena. Curitiba: Juruá, 2012.

YOKOYA SIMONI, M. O reconhecimento dos direitos dos povos indígenas sob a perspectiva internacional e a brasileira. Meridiano 47 (105): April. p. 37, 2009.

Page 16: Revista informativa do cadecon 2ª edição

P16 Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

Fonte: Banco Central do Brasil.

Em 24 de novembro de 2010 é escolhido o novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que assume no dia 03 de janeiro de 2011, tornando mais acessível os interesses governamentais sobre o Bacen. Em 2010 o IPCA, índice oficial de inflação do governo, apontou um acumulo de 5,91, próximo ao teto das metas de inflação. No ano de 2011, após uma forte pressão do governo, o IPCA fecha exatamente no valor do teto da meta de 6,5%. Se analisarmos o gráfico abaixo, podemos notar que após 2010 o índice de inflação acumulado anual, medidos a cada mês do INPC (que considera os produtos consumidos pelas famílias de 1 a 6 salários mínimos), se apresentou bastante acima do centro da meta de 4,5%.

Fonte: IBGE.

Desde o início de 2011 a inflação se encontra variando sazonalmente em torno do teto de 6,5% a.a. O que evidencia, durante a administração Dilma Rousseff, mais preocupação com os baixos resultados do PIB em detrimento de uma maior atenção com a aceleração inflacionária. A tendência, como pode ser vista no gráfico (a reta crescente tracejada), é que a trajetória da inflação poderá superar o valor máximo da meta até o final do mandato da presidente, caso a equipe econômica continue com esse desprezo sobre a estabilização monetária em prol de uma suposta retomada do crescimento econômico. Além disso, o ano de 2014 sofrerá um aumento dos gastos públicos por conta do ciclo eleitoral, o que certamente contribuirá para o aumento dos preços.

A taxa de desemprego neste período se manteve relativamente estável. Contudo, como as taxas do crescimento do PIB apresentaram resultados baixos isto agravará ainda mais os índices de produto per capta do país, que já está entre os mais baixos em comparação com nossos vizinhos da América do Sul, como demonstra um recente trabalho publicado pelo Instituto Millenium. Neste estudo o Brasil obteve um resultado de crescimento anual de apenas 2,24% a.a., melhor somente que a Venezuela e Argentina, sendo esta última 2,15 a.a.

Fonte: The Conference Board Total Economy Database™. Valores em US$ (2011) per capita, corrigidos pela paridade do poder de compra, apud Instituto Millenium.

Uma das maiores críticas feitas ao atual governo Dilma Rousseff, e, como de forma continua aos dois mandatos do governo Lula, esta centrada na falta de investimentos em infla estrutura produtiva, no sentido de melhorar a eficiência e a produtividade do país. Um exemplo recente que evidenciou essa falha de planejamento é a deficiência no atendimento para estocar grãos, justamente num ano de supersafra como 2013, tornando clara a falta de silos para armazenar a produção. Principalmente, no caso do milho em Mato Grosso que não encontrou silos disponíveis pela CONAB e a impossibilidade de armazenamento nos portos, o que culminou no engarrafamento de caminhões carregados de produtos agrícolas sem poder descarregar. Esta situação esta criando um entrave no setor agrícola.

Essa falta de politica e planejamento que visem melhorar aspectos microeconômicos tendo como resultado gargalos produtivos, somados a um possível descompasso da politica macroeconômica que poderá ter como efeito uma elevação da inflação, têm em comum um retrato da má gestão da política econômica no período analisado. Se esses aspectos não forem amplamente debatidos e divulgados para a população, não haverá perspectiva de uma futura mudança na política e na economia do país, no sentido de alterar essa situação num médio ou longo prazo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MILLENIUM, Instituto. Desempenho econômico do Brasil, qualidade institucional e liberdade econômica. 2013.

IPEADATA: http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?serid=38414

IBGE: http://portaldefinancas.com/inpc_ibge.htm

Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS

IBGE apud Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_desemprego_no_Brasil

Fonte: IBGE.

Page 17: Revista informativa do cadecon 2ª edição

CLIQUES no

CADECON

P17Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

Convidamos o empresário, contador, auditor, professor e atualmente Presidente do Conselho Regional de Contabilidade - CRC/RR de Roraima, MSc. Cláudio Barbosa de Oliveira para um bate papo especialmente aos acadêmicos do curso de Contabilidade da UFRR.

Qual a função do Conselho de Contabilidade de Roraima?O objetivo principal do CRC é de registro e fiscalização do exercício da profissão contábil em nosso estado, mais atua também promovendo a Educação Continuada, incentivando e permitindo que os profissionais que atuam no ramo de contabilidade aperfeiçoem seus conhecimentos técnicos e práticos.

Quem pode se inscrever no CRC? Os Bacharéis e Técnicos em Contabilidade que após estarem devidamente diplomados consigam êxito no exame de suficiência instituído por lei como requisito para obtenção do registro profissional.

Qual a importância de fazer parte de um conselho de classe?Primeiramente cabe salientar que o registro no conselho de classe é requisito indispensável para ter o direito de atuar como Contador ou Técnico de Contabilidade de forma regular e correta, no demais poder contribuir para que a sua profissão seja valorizada e reconhecida pela sociedade é algo que não tem preço.

Deixe uma mensagem aos acadêmicos de Ciências ContábeisA Contabilidade tem evoluído ao longo dos anos e cabe aos atuais e aos futuros profissionais de contabilidade acompanhar essas mudanças aprimorando seus conhecimentos e usando a sabedoria no sentido de usufruir beneficamente deste contexto. Quanto maior as exigências e a importância que o mercado impõe maior a responsabilidade do profissional de contabilidade. Portanto temos que está a frente e não de lado ou atrás, temos que fazer acontecer e não apenas esperarmos a vida ditar as regras do jogo, somos e seremos no futuro bem próximo a profissão mais valorizada e reconhecida do Brasil. Desejo sucesso a todos e que venham os anos, estaremos sempre preparados e capacitados para enfrentar os grandes desafios.

BATEPAPO

Aniversariantes do mês de julho Aniversariantes do mês de agosto

Arraial do CADECONO arraial do CADECON foi um evento realizado pelas turmas A e B das disciplinas de Elaboração e Análise de Projetos do curso de Economia. Apresentação das quadrilhas Zé Monteirão e Arrastão Caipira, parceria das empresas locais Auto Posto Capital, Postos Abel Galinha, Postos Roraipetro, Medtec, R & R - soluções imobiliárias, O Boticário e Magnata Construções.

Page 18: Revista informativa do cadecon 2ª edição

Aluno cidadão não joga lixo no chão!O Cadecon tem observado que os alunos do Centro ajudam na manutenção e limpeza dos corredores, salas de aula e cadeiras, por isso lançamos a campanha “Aluno Cidadão não joga lixo no chão” para conscientizar os demais colegas e visitantes que frequentam nosso Centro. Vamos manter a UFRR sempre limpa, começando do nosso espaço!

Contribua e passe adiante!

P18 Revista Informativa trimestral do Centro de Ciências Administrativas e Econômicas da UFRR | Ano 1 - nº 2

O CADECON recebeu a visita dos diretores dos centros: Centro de Comunicação, Letras e Artes Visuais (CCLA) professora Dr.ª Sônia Costa Padilha; Centro de Educação (CEDUC) professora Dr.ª Nilza Pereira de Araújo, Centro de Ciências e Tecnologia – (CCT) professor Dr. Luciano Ferreira Silva. Sejam sempre bem vindos! Voltem sempre!

Diretores de Centros visitam CADECON

Boas Notícias - A primeira edição da revista informativa do CADECON recebeu vários elogios. Nós que agradecemos o prestígio dos nossos leitores.

Page 19: Revista informativa do cadecon 2ª edição
Page 20: Revista informativa do cadecon 2ª edição

Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413 - Boa Vista | Roraima