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Revista Inovação II Edição

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Encontro das FAP's no Maranhão

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tempor finalidade divulgar a produção científica e tecnológica doEstado para a sociedade.Areprodução do seu conteúdo é permitida, desde que citada a fonte.

O Professor Dr. Othon de Carvalho Bastos é o secretário de ciência e tecnologia doMaranhão que faz um balanço de seus três anos à frente daSECTEC/MA.

Novas Categorias do Prêmio: Inovação Tecnológica e Mérito Institucional.

Seleção de novos alunos para o mestrado em engenharia aeroespacial FAPEMA/ITA .

MCT e Universidade Federal do Maranhão homenageiam cem anos do primeiro vôo.

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Novos Talentos..........................................................09 Bioenergia....................................................10 Projetos......................................................................18 Pesquisa..... .. . . .. . .. . . .. . . .. . . .. . .. . . .. . . .. . . .. . .. . . .. . . ..22 Biologia Marinha.........................................23 Antropologia..................................................24 Mais Notícias.............................................................25 Explorando aWeb......................................................38

Convênios.........................................................04 Fórum do leitor.......................................................04 Curiosidades...........................................................05 Recortes.................................................................06 Entrevista...............................................................07

ArtigosCientíficos: Agrotóxicos em Áreas do Cerrado Maranhense ­ Riscos e Potencial de ContaminaçãoAmbiental...........................26 É PossivelAliarTrabalho Infantil com Educação...........29 Energia Solar e Eólica comoVetor deDesenvolvimento de Comunidades Isoladas no Maranhão: O Proejeto da Ilha dos Lençois....................................................................32 Gerenciamento Costeiro e Meio Ambiente: O Natural e o Cultural comoPrioridades..............................................35

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O Maranhão sediará pela primeira vez em São Luís o encontro das FAP’s de todo o Brasil.

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A FAPEMA vai oficializar em julho próximo um convênio de cooperação com a Universidade Superior Francesa de Paris ­ Dauphin. O objetivo é proporcionar o intercâmbio científico entre os pesquisadores franceses e os pesquisadores maranhenses, além de estudar a criação do diploma­duplo entre as entidades.

Foi assinado, no mês de maio de 2006, um termo de cooperação técnica entre a FAPEMAe a secretária extraordinária deminas e energia Drª.

, no sentido de dar apoio às ações desenvolvidas pelo Governo do Estado na área de bioenergia. A fundação dará consultoria técnica especializada à citada secretaria, visando a gestão de atividades para o crescimento e desenvolvimento sustentáveldo setor energético doMaranhão.

TelmaCosta Thomé Travincas

A FAPEMA firmou convênio com a Coordenação deAperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ­ CAPES, para a concessão de mais sessenta bolsas destinadas aos Programas de Pós­Graduação do Maranhão. Elas serão distribuídas mediante o sistema de cotas e têm previsão de implantaçãopara agosto.

[email protected]

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“A matéria sobre Albert Einstein poderia se estender por mais e mais páginas, tal é a clareza e o posicionamento coerente, de quem a escreveu, logo Einstein é, sem dúvida, um dos grandes nomes dahistória doBrasil e domundo”.

“Fiquei extasiada ao colocar as mãos na primeira edição da revista inovação. A matéria de capa I Prêmio FAPEMA levou­me a uma pergunta. Prêmio FAPEMA?Pesquisa e Produção Científica doMaranhão? Nunca ouvi falar. Fiquei triste em constatar que sou da área, acompanho tudo relacionado no nosso Estado e não soube de nada a esse nível. Peço por favor aos organizadores do Prêmio umamaior divulgação , onde todos interessados possam se inscrever. Apesar de desconhecer o Prêmio, parabenizo a equipe da revista, pois o Maranhão estava precisando desse canal”.

“Três pontos fortes na revista inovação, a Cooperação Internacional, o Pesquisador noExterior e amatériaBrasil e França. Importante demais o Maranhão está ligado a outros países por meio de convênios e estudantes. Parabenizo a FAPEMApormais essa vitória”.

“A Revista Inovação cumpre seu papel ao divulgar o pertinente trabalho que a FAPEMA desenvol ve jun to à comunidade científicamaranhense”.

É por isso que continuamos pedindo sua opinião, seu ponto de vista. Para que juntos possamos publicar uma revista com a cara do Maranhão, sério e comprometido. Divulgando o potencial da pesquisa, da ciência e tecnologia no nosso Estado. Como todo maranhense capaz de sempre renovar, buscando INOVAÇÃO.

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Aberta a designers de todo o mundo, o concurso internacional Next Generation Windows PC Design Competition, promovido pela Microsoft e pela Industrial Designers Society of America (ISDA) premiou dois pesquisadores brasileiros do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro, pela criação de um novo conceito de computador que funciona por meio de tecnologia de projeção.

O projeto nomeado de Glass Eyes, ou Olhos de Vidro, ficou entre os 32 finalistas no ranking geral e em segundo lugar na categoria Living Lifestyle. Portátil e de formato redondo, o projeto dos brasileiros Marcos Garamvolgyi e Rubem de Floriani tem dois olhos: um para projetar um teclado virtual e outro para projetar a tela do computador em qualquer superfície plana, caracterizado um monitor virtual. Com dimensões de um DVD, o aparelho possui um mouse óptico e sem fio com todas suas funções convencionais, sendo que é possível desenhar com ele emcima daprojeção e fazer aplicações deTVdigital.

Omodelo possui também um alto­falante na frente do aparelho e tem uma entrada para TV a cabo, que pode ser ligado a um home theater para assim projetar filmes e imagens tridimensionais através dos dois olhos. Em uma das faces do computador, ficam portas para conexões como firewire e USB e na outra é possível acoplar um drive de DVD ou de CD. O objetivo dos designers é construir um protótipo comercial emparceria, que deve estar pronto emmenos de umano.

O Ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, defende um plano nuclear para o Brasil que prevê a construção de sete usinas nucleares. O ministro afirma que quer ver o projeto, que inclui duas instalações no Nordeste, aprovado até o fim do 1º semestre deste ano.

Na proposta, está a construção de duas usinas nucleares à margem do Rio São Francisco, cujas águas passam por hidrelétricas que abastecem a região Nordeste de energia. Para que inicie de forma efetiva, a proposta nuclear precisa passar pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), pelo presidente da República e peloCongresso.

Dispondo da tecnologia de extraçãomais desenvolvida, a soja é apontada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) como a principal cultura agrícola que deverá abastecer o setor de biodiesel nos próximos anos, tendo vantagem comparativa em relação ao dendê e a mamona. Os produtores terão de investir muito mais na produção do combustível para atender a ANP, que estima que sejamcomercializados800milhões de litros de biodiesel até dezembro de 2007.

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Foi revelada, pela primeira vez, a estrutura tridimensional do vírus HIV, o causador da AIDS. Ele foi apresentado por uma equipe de cientistas britânicos e alemães das Universidades de Oxford, Heidelberg e Munique. Usando um programa de computador para combinar as centenas de imagens feitas do vírus, que é 60 vezes menor que os glóbulos vermelhos, os cientistas afirmam que omapa tridimensional irá ajudar na compreensão de como o HIV se multiplica. Como todo vírus, o HIV não é uma célula, mas filamentos de material genético (DNAe RNA) embrulhados em uma camada de proteína. Enquanto na maioria dos vírus são as estruturas internas que definem seu tamanho, no caso doHIV, quem odefine é amembrana.

Descobrindo como o vírus cresce, há mais chances de desenvolver tratamentos efetivos. Conhecendo suas variações, é possível até, um dia, encontrar a cura para aAIDS.

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Para reforçar os vínculos nas áreas de Tecnologia, Ciência e Inovação, o Brasil assinou um acordo bilateral com a Grã­Bretanha que vai favorecer um maior desenvolvimento entre os dois países em áreas de interesse comum, como saúde e agricultura. O acordo inclui um evento que contará com a presença de cientistas dos dois países e aconteceu no mês de maio, como título “Dia doBrasil”.

Depois da febre dos arquivos demúsica em formato mp3, são os downloads de livros que estão fazendo a cabeça dos internautas brasileiros. Pensando nas duas coisas, o Ministério da Educação (MEC) disponibilizou o site www.dominiopublico.gov.br. O portal foi lançado em novembro de 2004 e tem como principal objetivo promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituemopatrimônio brasileiro e universal. Muito mais que uma biblioteca virtual, através dele você pode ter acesso a todas as obras deMachado deAssis e outros clássicos da literatura nacional e estrangeira, passando por contos infantis até as pinturas do grande cientista Leonardo da Vinci. A sessão de arquivos de som também traz músicas em formatomp3, emdiversas categorias. Os títulos são vastos e em todas as áreas do conhecimento, só de literatura em língua portuguesa, hámais de 700obras.

Omodelo público de saúdedoBrasil continua sendo exemplar no mundo. Durante o “Fórum Saúde e Democracia: uma visão de futuro para o Brasil”, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde CONASS, Jornal O Globo e apoiado pelo Ministério da Saúde, usuários da saúde pública e dirigentes avaliaram oSistema Único de Saúde SUS, como umdos principais patrimônios do país. O fórum teve como objetivo avaliar as ações em desenvolvimento, reunindo propostas e experiências nos Estados e Municípios para o aperfeiçoamento do sistema em todo o território nacional, e abordou temas da área de saúde pública, como: incorporação tecnológica, financiamento e controle social, pacto federativo, universalidade e integralidade, entre outros. O SUS é destinado a todos os cidadãos, e é encontrado nos centros, postos de saúde, hospitais, laboratórios e hemocentros, além de fundações e institutos de pesquisa. A programação completa do fórum pode ser obtida no endereçowww.conass.org.br/forum.

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ASECTEC trabalha com educação, ciência e tecnologia, então, os melhores parceiros a nível nacional são o Ministério da Educação e o Ministério da Ciência e Tecnologia, no modelo que temos de governo. No governo, evidentemente que todas essas ações precisam de agências de fomento como a CNPq, CAPES, FINEP que, no Estado, estão vinculadas à FAPEMA e são parceiros fomentadores de todas as ações da C&T e educação, tornando­se inclusive os parceirosmais importantes. Entre essas instituições, em nível federal, o parceiro mais efetivo até hoje foi o Ministério da Ciência e Tecnologia, principalmente no trabalho de implantação dos Centros Tecnológicos (CETECMA’s) e na estrutura da plataforma de comunicação da UNIVIMA. O Ministério da Educação tem auxiliado na área da formação de técnicos de EnsinoMédio e na capacitação tecnológica, portanto, tem sido parceiro de importância. Aomeu ver, até o presentemomento, oMCT tem sido omais

importante pois tem colocado recursos de notável importância e de resultados imediatos. Temos em um ano e meio a UNIVIMAem pleno funcionamento, o que se deve a recursosmuitomaiores doministério doque do Estado. Nos convênios, ainda o que tem ressaltado na forma que os recursos têm sido repassados, a parte de infra­estrutura em equipamentos tem sido maior do que formação de recursos humanos. Por isso, oMCTdá muito mais suporte na parte de capital, equipamentos, obras e instalação, do que na formação de recursos humanos, então, em termos de balanços desses convênios, nós temosmelhoradomuitomais a nossa estrutura técnica de capitalmaterial do que realmente a formaçãode recursos humanos.

ASECTEC, na realidade, é o instrumento do Estado como atividade­meio, e não uma atividade­fim. São as instituições de ensino de extensão e tecnologia que desenvolvem atividades­fim. Para nós chegarmos até elas, nós temos que nos aproximar financiando e apoiando esses trabalhos, servindo de suporte a atividade dessas instituições. Nós temos conseguido chegar lá com apoio nas ações que elas planejaram fazer e isso temacontecido através da FAPEMA.

Isso porque, como nós não geramos conhecimento, nós só podemos prestar apoio, investir e aplicar os conhecimentos que eles têm gerado dentro de nossa estrutura, desde que seja conveniente. O próprio governo, fora da SECTEC, tem absorvido conhecimentos dessas instituições em outras secretarias. A de meio ambiente, por exemplo, tem utilizado muito conhecimento da UFMA, do curso de Biologia.AUEMA, com o geoprocessamento, tem uma forma de colaborar diretamente com o governo, independente de passar pela secretaria. O governo contrata as equipes de professores para que eles executem um trabalho para opróprio Estado.

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Nesse ano e meio de trabalho, já passaram pela UNIVIMA mais de 17 mil pessoas. E pelo apoio que a FAPEMAdeu, observamos pelas estatísticas que ela fez muito, mediante os recursos que disponibiliza. Por lei, os recursos da FAPEMA seriam 0,2% do orçamento do Estado, e isso é um volumefinanceiromuito grande,mas nenhum Estado passa para as fundações os percentuais que eles estabelecem. Mediante a disponibilidade financeira que foi dada para a secretaria, para a UEMA, FAPEMA, Centros Tecnológicos e todas as vinculadas à C&T do Estado, o que foi feito foi uma demonstração de como otimizar o recurso público, visto que os números são altamente significativos para uma análise custo­benefício. É perceptível que foram bem empregados. Houve, na realidade, um salto de qualidade significativo na formação de pessoas e no fomento às atividades científicas doEstado. Minha avaliação é de que foi altamente positiva a retomada do governopelaC&T, retomando aSECTECe a FAPEMA. Quero que até o final de 2006 os projetos continuem crescendo demodoa chegarmos a umgraude importância que não permita que os próximos governos tomem atitudes de reverter novamente esses trabalhos, por serem danosos ao desenvolvimento do Estado. Todos estão sendo beneficiados: os municípios, as prefeituras, os prefeitos, os deputados, todas as autoridades judiciais e executivas hoje sentem a importância da Secretaria de Ciência e Tecnologia com todas as suas vinculadas e com absoluta segurança eles serão as pessoas que resistirão a qualquer idéia, pensamento ou plano de governo de retirar das ações do Estado uma ferramenta dessa importância. Vamos buscar o que queremos em nossa administração através do conhecimento e da aplicação.

A revista Inovação abre espaço tanto para os pesquisadores quanto para os administradores, trazendo em teses, seus resultados para toda uma comunidade que hoje, apesar do governo eletrônico digital, ainda lê textos impressos, porque o texto impresso serve não só como veículo de informação, mas também como arquivo desses instrumentos, que podem ser consultados pela população. Você vê que ainda hoje se lê papiros de mais de 200 mil anos, trazendo em si a informação. Ao contrário do que muitos pensam, a informação por meio digital não é tão perene assim. Ela acaba quando você tem que reciclar seus Cds, deve­se ter muito cuidado com os HDs, para que picos de corrente não os queimem e o cuidado para não haver distorção na imagem eletrônica, devido a interferências de outros equipamentos e veículos eletrônicos.

grande mobilizadora. É mobilizadora porque essa comunidade de pesquisadores não tinha um centro de referência dentro do Estado, e hoje tem. A secretaria trabalha como grande articuladora e a FAPEMA como agência de fomento. Nos governos anteriores, onde essas funções haviam sido extintas, os pesquisadores ficaram desorientados e buscando apoio, dentro de uma logística de financiamento, diretamente de Brasília ou então do Sudeste. Hoje, não. A SECTEC e suas vinculadas desenvolvem um trabalho de articulação entre as instituições de pesquisa. Toda uma comunicação com a CAPES, CNPq, FINEP, pode ser feita através da secretaria, visto que essas entidades mesmas não permitem, já que existe uma secretaria de estado, um relacionamento direto. Essa articulação aproxima mais entre si a comunidade científica e as instituiçõesde ensino.

ASECTEC tem três anos de existência, mas eu poderia considerar dois anos de atividades reais, porque um ano foi de implantação no Estado, obtenção do ambiente de trabalho e estruturação. Levamos um ano para compor a equipe e retomar o Estado numa secretaria. Então, temos dois anos de trabalho, e dentro desse tempo, nós fizemos bastante. Fizemos muito mais do que o esperado de uma secretaria nova. Isso se deve graças ao apoio que o governo nos deu, porque ele acreditou e acredita muito na SECTEC como grande órgão alavancador dodesenvolvimento. Ele acreditou, investiu, e por isso estão aí os nossos resultados.

Foi. A SECTEC, hoje, é a grande articuladora,

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A estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Dom Bosco de Imperatriz,Camila Serra Sousa, teve o projeto de sua autoria, “Fabricação de sabão a partir de óleos vegetais nativos da região e óleo de fritura”, ficou entre os nove trabalhos selecionados pela Feira Brasileira de Ciências e Engenh ar ia , FEBRACE, pa ra representar o Brasil na Intel IESF, Feira I n t e r n ac io na l d e C i ên c i a s e Engenharia, que aconteceu no mês de maio, em Indianápolis, Estados Unidos.

A Intel IESF é realizada anualmente desde 1950, e é a maior feira do mundo voltada para estudantes

do Ensino Médio. Projetos de 40 nações diferentes em todo o mundo participamdoevento.

O projeto da aluna Camila teve a orientação do professor Alexandre Passos e a co­orientação do professor Glauco Hebert Melo. Dos nove trabalhos selecionados, três foram das regiões Norte, Nordeste e Centro­ Oeste, três foram de São Paulo e três da região Sul e Sudeste, com exceção de São Paulo.

Camila e outros três alunos tiveram o apoio da FAPEMA para participar da FEBRACE, evento promovido pela Universidade de São Paulo. Por este motivo, a direção da escola agradeceu à fundação através de uma carta escrita pela diretora do colégio,MariaCarmenColombi.

“É grandiosa a nossa alegria e estima por toda a FAPEMA, uma vez

que todo o amparo que foi ofertado a nossos alunos nessa realização foi de extrema necessidade e importância, pois através deste apoio pudemos perceber e libertar toda a persistência de nossos pequenos cientistas”, diz um trecho.

Para opresidente da FAPEMA, Dr. SofianeLabidi, despertar o gosto e a curiosidade pela pesquisa nos alunos do Ensino Médio é extremamente importante. “Investir na juventude é muito benéfico para que haja o progresso da ciência no Maranhão”, observou. “O governo estadual, através da FAPEMA e do CNPq, estão de p a r ab én s , p e l o comp romi s so d e m o n s t r a d o f r e n t e a o desenvo lvimen to da inic i ação científica júnior no Maranhão”, finalizou.

O estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Dom Garelli no município de Pinheiro, Maycon Rangel Abreu Ferreira, é autor da redação premiada no I Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvo lv imento Cient í f ico e Tecnológico (CNPq) em todo o país, e receberá da FAPEMA uma bolsa de iniciação científica júnior (PIBIC­ Júnior).

A bol sa cor re sponde à premiação na categoria Estudante do Ensino Médio dos Estados e tem validade de um ano. Paralelo a isso, Maycon vai desenvolver um projeto de pesquisa na mesma temática de sua redação. A redação do estudante maranhense foi escolhida entre 1.587 inscritos, sendo 1.270 estudantes de Ensino Médio, 141 estudantes do Ensino Superior e 176

pós­graduandos. Do total, 71% dos trabalhos foram realizados por mulheres e 29% por homens. A região com mais inscritos foi a Sudeste, com 654 trabalhos apresentados, seguida da Nordeste, que contou com 433 inscrições. Maycon, conta que procurou resgatar, em sua redação, a mulher ao longo da história brasileira e os fatores histórico­ socia is que inf luenci aram na desigualdade de gêneros observada até hoje no país e no mundo. “Eu também fiz sugestões sobre o que os cidadãos podem fazer para reverter essequadro”, explicou o adolescente.

Com apenas 16 anos de idade, o estudante pinheirense tem planos de exercitar o seu apreço pela escrita e leitura na profissão de jornalista. “Gosto muito de escrever, é algo que me dá prazer; também gosto muito de ler para me manter atualizado”, afirma,

declarando que se considera uma pessoa crítica. “Quando eu leio algo, não apenas assimilo, mas também procuro analisar a partir dos meus próprios pontos de vista”, justifica.

A vitória em um concurso nacional de redação foi uma surpresa, afirma. “Eu sabia que tinha capacidade de ganhar, mas não estava tão confiante por causa da concorrência”. O estudante revela ainda que não fez nenhuma pesquisa para escrever a redação, tendo sido guiado apenas por suas observações comportamentais sobre a sociedade. “Até as músicas que grande parte da população gosta são aquelas que expõem amulher como um meroobjeto sexual”, critica.

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Obiodiesel já é uma realidade em todo oBrasil e todos os Estados já estão investindo empesquisas e na produção desse biocombustível com qualidade e em grande escala, visando a sua comercialização no mercado interno e externo.

No Maranhão, não é diferente. O governo estadual, através da Secretaria Extraordinária deMinas e Energia, com o apoio da FAPEMA, está planejando o início das atividades do

para o segundo semestre deste ano.De acordo com o secretário adjunto deminas e energia, Aírton Egídio Petinelli, o grande desafio da secretaria é inserir o biodiesel na matriz energética do Maranhão, dando condições para que ele possa competir de igual para igual com o diesel de origem mineral e outros combustíveis. A secretaria também já estuda o uso do combustível alternativo em programas do governo estadual, comoo .

A FAPEMA apóia financeiramente os estudos sobre biodiesel no Estado desde o início. A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), através do Núcleo de Biodiesel já desenvolveu os processos de produção do biodiesel em escala de bancada, tendo comomatéria­prima os óleos de soja, babaçu,mamona, algodão, junça e com a gordura extraída de bovinos (otimizando esses processos em escala piloto). A Universidade Estadual doMaranhão (UEMA), por sua vez, estuda as variedades de mamona como uma alternativa barata e rentável para a produção do combustível.

De acordo com o Prof. Dr. Fernando Carvalho Silva, representante do Maranhão no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, do

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o Maranhão tem potencial para produzir o combustível de diversas fontes; entretanto, cadaumadelas deve ser estudadaa contento.

Ele explicou também que o grupo de pesquisa em biodiesel da Universidade Federal do Maranhão já está executando testes preliminares de produção de biodiesel em uma pequena usina construída com tecnologia própria. Os pesquisadores estão dando ênfase às pequenas usinas do combustível, visando o seu emprego em agronegócios para famílias da zona rural.

Devido à demora no repasse de verbas por parte dos órgãos federais de financiamento, a produção de biodiesel no Estado ainda resume­se a poucos litros. No entanto, pesquisadores do Núcleo de Biodiesel da UFMA prevêem um grande ano para o Programa Maranhão Biodiesel. “Nosso desafio é aumentar a produção. Queremos chegar a um nível semi­industrial”, concluiu o Prof.Dr. FernandoCarvalho Silva.

A FAPEMA assinou, em maio deste ano, um termo de cooperação técnica com a Secretaria Extraordinária de Minas e Energia, no sentido de apoiar as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado na área de bioenergia. A parceria foi oficializada em reunião entre o presidente da FAPEMA,Sofiane Labidi, a secretária de minas e energia, Telma Costa Thomé Travincas, e o presidente do Instituto de Agronegócios do Maranhão (INAGRO), JoséAtaíde.

O apoio acontecerá por meio de consultoria técnica especializada por parte da FAPEMA, visando gestão de atividades para o crescimento e desenvolvimento sustentável do setor energético do Maranhão, em parceria com o meio acadêmico e privado, incluindo também a formação de

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profissionais com base humanística, científica e tecnológica.

A Secretaria de Minas e Energia será a gestora e executora do termo de cooperação. De sua parte, a FAPEMA vai alocar recursos humanos e materiais para a execução das atividades previstas nas cláusulas do contrato, bem como realizar o desenvolvimento de processos, métodos e sistemas adicionais que beneficiem a política energética estadual.

“Estamosmuito satisfeitos comesta parceria. Sem dúvida alguma, para que o Maranhão cresça e se desenvolva a existência de uma política energética forte e organizada é fundamental”, afirmou, na ocasião, o presidente da FAPEMADr. SofianeLabidi.

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Em dezembro de 2003, um decreto do Governo Federal instituiu a Comissão Executiva Interministerial e o Grupo Gestor, encarregados da implantação das ações para produção e uso de biodiesel. Um ano depois, em 2004, foi lançado o Programa de Produção e Uso do Biodiesel: Marco Regulatório e Metas Fiscais. O quadro abaixo mostra o atual quadro de produção de biodiesel emsolo brasileiro, três anosdepois dasprimeiras ações.

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Após o sucesso da seleção para a primeira turma do curso de m e s t r a d o em En g e n h a r i a Aeroespacial, em 2005, que contou com uma grande procura em nível nacional, a FAPEMA e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica estão definindo o cronograma de atividades para o lançamento do edital que vai selecionar a segunda turma.

A grande novidade é a possibilidade de ampliação do número de vagas. Enquanto a primeira tem 12 mestrandos, a segunda terá uma média de 15 a 20 alunos. “Estamos em permanente contato com a Agência Espacial Brasileira, realizando um trabalho contínuo em busca de recursos para que possamos dar continuidade ao curso”, afirmou o Prof. Dr. Sérgio Frascino Muller de Almeida,

coordenadordomestrado pelo ITA.

Ele se reuniu com o presidente da FAPEMA, Dr. Sofiane Labidi, para discutir o andamento das atividades com a primeira turma e o planejamento da segunda. A primeira turma encontra­se concluindo a fase de integralização de créditos, e a partir de agora começarão os trabalhos de pesquisa de final de curso. “Esperamos que a partir de agosto já comecem a se formar”, disse Frascino.

A t e c n o l o g i a d i s ­ ponibilizada pela Universidade Virtual do Maranhão, UNIVIMA, será uma grande aliada para facilitar a comunicação entre alunos e orientadores, que estão separados pela distância geográfica (o corpo docente está no ITA, em

São José dos Campos, e os alunos estão em São Luís). Será instalado, em breve, umponto da universidade no instituto.

Uma d a s p r i n c i p a i s preocupações da FAPEMAe do ITA no momento, segundo o Prof. Dr. Frascino, é a fixação dos alunos no campo de trabalho. Os mestres serão absorvidos no Programa Es pa c i a l B r a s i l e i r o , m a i s especificamente em um instituto que será criado, no Maranhão, voltado para o desenvolvimento de pesquisas na área. Ele deverá funcionar dentro do Centro de Lançamentos deAlcântara ­CLA.

Para o presidente da FAPEMA, Dr. Sofiane Labidi, tudo o que foi realizado agora é um

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reflexo do trabalho sério e do sucesso da parceria entre a FAPmaranhense e o ITA. “Nossa cooperação com o instituto é exemplar. O projeto que estamos realizando é considerado inédito emnível nacional”, observou.

O programa de Mestrado em Engenharia Aeroespacial FAPEMA/FINEP/ITA já é considerado um modelo a ser seguido. Estas ações fazem parte da política do Governo do Estado, no sentido de preparar competências nesta importante e promissora área da tecnologia, onde irão atuar de maneira a fortalecer a soberania nacional e, ainda, promover a imagem do Maranhão como um Estado com enorme potencial na área daCiência,Tecnologia e Inovação.

O curso foi posto em prática na forma de módulos teóricos e experimentais, ministrados em São Luís e São José dos Campos, respectivamente. Na avaliação do engenheiro e aluno Luis Fernando Lobato, a experiência de estudo no ITA foi bastante válida. “Nos deram toda a estrutura, foram muito

solícitos conosco, disponibilizaram computadores, trocaram informações... abriram o caminho para nós”, elogiou.

LuanaGonçalves, também engenheira e aluna, reforçou o coro de aprovação: “Com relação ao ensino e à instituição, não temos o que reclamar. Tudo foi explicado, as aulas foram dadas no horário marcado, comcarga horária certa, e passávamos a noite em claro estudando. Todos os doze alunos tiveram que realmente vestir a camisa, para poder fazer a nossa parte”, afirmou. E revela: “As médias dos alunos do Maranhão estão iguais e atémelhores do que as turmas das empresas paulistas”.

O mestrado foi viabilizado com recursos provenientes do fundo setorial CT­AEREO, da ordem de R$ 405.396 mil, repassados pela FINEP à FAPEMA. Por sua vez, a FAPEMA deu uma contrapartida de R$ 180 mil em bens materiais e serviços, assim como o ITA, que também disponibilizou mais R$ 180 mil sob a forma de recursos não financeiros.

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que podia usar aquele tipo de motor em um balão. De volta ao Brasil, seu pai Henrique o emancipou e deu­ lhe parte da herança para que fosse estudar física, química,mecânica e eletricidade na capital francesa.

Depois de descobrir pequenos detalhes que iriam direcionar tudo o que se construiu sobre dirigíveis e aviões na sua época, o brasileiro construiu o único balão a ter um nome: “Brasil”, que tinha 113m, era fácil demanobrar e prático para guardar.

Santos Dumont, por seus feitos, recebeu muitos prêmios e honrarias. O seu primeiro prêmio foi o “Deutsch de la Meurthe”, seguido do “Prêmio Archdeacon” e do “PrêmioAeroclube daFrança”.

Reconhecendo a importância da vida e obra do nosso gênio Dumont, Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, o governo brasileiro está realizando a campanha de comemoração ao centenário do 14 Bis. Criou a Comissão Interministerial, especialmente para cuidar da seleção dos projetos e organizar os eventos comemorativos, pretendendo também incentivar a produção de livros, DVDs, revistas, exposições tecnológicas e artísticas, filmes e documentários, dentre outros, que poderão ser desenvolvidos no exterior, para uma ampla difusão internacional da obra deSantosDumont.

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Em 23 de outubro de 1906, no campo de Bagatelle, na França, aconteceu o 1º vôo publicamente registrado de um avião, o 14 Bis. Experiência bem sucedida do filho de Francisca Paula Santos e Henrique Dumont, o grande aviador Alberto Santos Dumont. Nasceu em 20 de julho de 1873, na fazenda Cabangu, cidade de Palmira ­ MG (hoje chamada Santos Dumont). Ainda na infância, Santos Dumont já se interessava pelas máquinas (locomotivas), que dirigia aos 12anos de idade.

Entre as grandes paixões do aviador, destacavam­se as “criaturas aladas”. Aves no céu, que ele passava horas admirando, e dúzias de balões de papel que ele enchia a cada 24 de julho e que contemplava enquanto subiam.

Santos Dumont decidiu tornar­se um construtor de balões após avistar o

objeto numa viagem a São Paulo com a família. Com o pai hemiplégico por um acidente de charrete, ele o acompanhou à França em busca de tratamento médico. Na França, visitou o Palácio da Indústria, onde viu pela primeira vez um motor a petróleo, com apenas um cavalo de força. Alberto,

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Dumont será também homenageado pela III Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que é organizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O evento promoverá uma atividade integradora nacional, realizando atividades nos Estados e Municípios e integrando empresas, escolas e instituições, tendo Santos Dumont como símbolo principal e incentivador.

Com um projeto de divulgação científica intitulado “Ilha da Ciência”, vinculado ao Departamento de Física da UFMA, a comunidade científica maranhense também fará parte das comemorações nacionais do vôodo14Bis.

O projeto tem o objetivo de popularizar a ciência commostras em escolas e comunidades.

Um exemplo aconteceu no carnaval maranhense. Com o tema “No Sonho de Dumont Marambaia Vai Voar”, a escola de samba “Marambaia”, aliou a figura histórica a uma das festas mais populares do mundo, conseguindo assim, além da homenagem, vivenciar com toda a comunidade a obra e historia do .

Alberto Santos Dumont não só revolucionou a história da aeronáutica e da aviação mundial, como promoveu oBrasilmundialmente.

Fonte:MinistériodaCiência eTecnologia

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Dentro de poucos dias, São Luis será o centro das discussões em pesquisa científica no Brasil. Pela primeira vez, a cidade receberá uma reunião do ConselhoNacional de Fundações de Amparo à Pesquisa (CONFAP), o IV Seminário Técnico das FAPs, que vai reunir representantes de vários Estados brasileiros com o intuito de discutir a política de ciência e tecnologia dopaís.

O evento acontecerá no Pestana São Luis Resort Hotel, no Calhau, nos dias 29 e 30 de junho, e contará com a presença do governador José Reinaldo Tavares e do secretário estadual de ciência e tecnologia, Othon de Carvalho Bastos, além de representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O CONFAP foi criado no mês de março deste ano, pelas fundações de amparo à pesquisa (FAPs) que participam do Fórum das FAPs. O conselho tem como principal objetivo dar maior representatividade na busca pelo incentivo à pesquisa e à ciência e tecnologia no Brasil, bandeira defendida não só pelas fundações, bem como pelas secretarias estaduais deC&T.

A atual diretoria é composta pelo presidente Jorge Bounassar Filho, da Fundação Araucária, do Paraná, pelo vice­presidente, Alexandre Paupério, da Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), e pelo ConselhoFiscal da entidade.

O presidente da FAPEMA, Dr. Sofiane Labidi, considera a realização do evento na capital maranhense um marco, e uma oportunidade sem igual para discutir as políticas estaduais de pesquisa, trocar experiências e promover parcerias frutíferas entre asFAP’s.

Além disso, segundo ele, o encontro vai oportunizar a divulgação das pesquisas já realizadas pelosmaranhenses e os progressos alcançados. “Nosso Estado possui muitos trabalhos de qualidade, e o nível de conhecimento de alguns pesquisadores não deixa nada a dever para os pesquisadores de fora”, afirma.

Durante o evento, a FAPEMA vai oficializar um convênio com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que vai possibilitar a concessãodemais sessenta bolsas para os Programas dePós­ Graduaçãodas universidadesmaranhenses.

A CAPES fará a concessão de quarenta bolsas, e a FAPEMA se encarregará de mais vinte. As bolsas serão distribuídas em cotas para todos os 16 Programas de Pós­

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Graduação em nível de Mestrado e Doutorado do Maranhão. A implantação das mesmas está prevista para o mêsde agosto.

Na ocasião do encontro, que possibilitou tal convênio, entre o diretor de programas da CAPES, José Fernandes de Lima, e o Dr. Sofiane Labidi, o primeiro destacou que o Maranhão é um dos únicos Estados brasileiros onde sua FAPparticipa com a concessão demais de 50% do total de bolsas dos cursos de Pós­Graduação, superando atémesmoas bolsasdoCNPq.

A FAPEMA hoje fomenta a pesquisa de mais de 700 pesquisadores maranhenses, através da concessão de bolsas de mestrado, doutorado, pós­doutorado, iniciação científica e iniciação científica júnior. É a primeira vez que esta fundação atinge este número, emtoda a sua história.

A última reunião do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa, ocorreu em Belo Horizonte, capital mineira, no último mês de abril, paralelo à reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico (CONSECTI).

Na oportunidade, os dois conselhos decidiram realizar, ainda este ano, um seminário sobre Política de Estado de CT&I, com destaque na articulação sistêmica entre o Governo Federal e unidades federativas como visão estratégica.

O objetivo dos conselhos é, também, a ampliação da interação com oCongressoNacional, emespecial comas Comissões Mista de Orçamento e a de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática.

Além disso, o CONSECTI e a CONFAP reivindicaram a sua inclusão noConselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) emseu processo de regulamentação.

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Nos últimos dois anos, a Fundação deAmparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, vem intensificando sua atuação por meio da viabilização de projetos estratégicos baseados em estudos sobre o mapeamento das atividades produtivas no Maranhão, visando a consecução de objetivos específicos ditados pelas políticas sociais, econômicas e ambientais do Estado.

Com a finalidade de difundir as ações institucionais e promover o intercâmbio de informações e experiências que contribuam para o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado, a Fundação desenvolveu o Projeto FAPEMA COMUNIDADE. Este projeto contemplará ações de divulgação que promovam parcerias e eventos de interação desta instituição do governo estadual e a sociedade maranhense, gerando conhecimento e interesse sobre suas ações de fomento à pesquisa científica e tecnológica.

Diante deste cenário, é importante que seja divulgado junto à comunidade o que está sendo realizado pela FAPEMA, demonstrando a dimensão das suas ações e ao mesmo tempo despertando o interesse de estudantes, pesquisadores, membros de associação e outras pessoas interessadas no desenvolvimento do Estado. Para a viabilização do referido projeto serão realizadas as seguintes ações: Instalar guichês de exposição com material de divulgação institucional, elaborar formulário de pesquisa de opinião para avaliar o grau de conhecimento da comunidade sobre a FAPEMA, realização devisitas junto à instituições e comunidades para a apresentaçãodo projeto.

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todo o mundo como uma solução eficiente para a transferência de tecnologia e para a cooperação institucional entre universidades e pequenas e micro empresas.Assim, aliando os princípios da cooperação e inovação, os programas de incubadoras têm cumprido com êxito o papel de propiciar às emergentes micro e pequenas empresas de base, condições favoráveis de

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acesso ao cenár io econômico global de competitividade.

De acordo com estatísticas americanas e européias, a taxa de mortalidade de empresas que passam pelo processo de incubação é reduzida de 70% para 20%, detectado entre empresas nascidas

. No Brasil, estimativas obtidas pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – ANPROTEC – indicam que a taxa de mortalidade das empresas que passam pelas incubadoras também fica reduzida a níveis comparáveis aos europeus.

Aregião sul doMaranhão, inserida no corredor de exportação Norte e com centro técnico­econômico no município de Balsas, consolidou­se como um dos principais pólos de produção de grãos do Brasil, com notável progresso na pesquisa agrícola, despertando para a produção de sementes e de novas tecnologias de fabricação. Portanto, o FAPEMAINCUBADORAterá o papel de promover e estimular a criação de micro e pequenas empresas de base tecnológica e de agronegócios, de forma a colaborar na redução dos índices de mortalidade destes empreendimentos, principalmente nos primeiros anos de existência.

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Page 19: Revista Inovação II Edição

Em meados do século XIX, São Luís estava entre as quatro cidades mais importantes do Brasil. Ela era reconhecida não apenas por seu comércio, mas também por possuir uma elite intelectual, científica e literária que rivalizava com as de São Paulo e Rio de Janeiro. Gente comoGonçalves Dias e Sousândrade, por exemplo. Graças à quantidade e qualidade de matemáticos, poetas, juristas e outros. que aqui viviam e produziam, São Luís tornou­se muito conhecida, com toda justiça, pelo nome de “AtenasBrasileira”.

E já que São Luís está voltando a ser um celeiro de pesquisadores e cientistas, está na hora de ser novamente reconhecida por sua produção intelectual. Foi por esse motivo que a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA tomou a iniciativa de desenvolver o projeto “Academia Maranhense de Ciências – AMC” para honrar e reviver essa tradição, e devolver à nossa cidade o brilho e o reconhecimento acadêmico que lhe são merecidos.

No momento em que se multiplicam as instituições de ensino superior, os cursos de pós­ graduação e as iniciativas pioneiras de pesquisa, a AMC se apresenta como o espaço interinstitucional mais adequado para reunir e congregar a elite de seus intelectuais, cientistas e filósofos. O lugar ideal para divulgar e valorizar nacional e internacionalmente o trabalho de seusmembros.

O maior desafio para os novos acadêmicos será o de articular e liderar os diferentes grupos de pesquisa, as diversas instituições de ensino superior e, por extensão, todos os segmentos da comunidade educacional maranhense, a partir de sua liderança intelectual. Selecionados entre os melhores do Maranhão, eles encontrarão ali o ambiente adequado para: estimulá­los no desenvolvimento de seus projetos individuais; fazerem convênios; realizarem eventos e palestras; publicarem trabalhos científicos; e, principalmente, prestarem consultorias do mais alto nível, o que é a marca registrada das Academias deCiências nomundo todo.

Ainda que se configure como sociedade dos cientistas maranhenses de mais alto nível, a AMC não pretende incorrer no já anacrônico modelo setecentista, excludente e fechado sobre si mesmo. Esse modelo foi superado pela dinâmica da própria produção do conhecimento hoje: em redes digitalizadas, em equipes de trabalho transoceânicas e voltadas eminentemente para a solução de problemaspráticos e humanos.

Nesse sentido, ela não poderia ficar restrita à pura e simples atividade de pesquisa de seus membros, por mais que isso seja prestigioso e meritório. Ela pretende, sim, tornar­se instituição articuladora e disseminadora de conhecimento científico e tecnológico, prestando serviços a toda a comunidade científica, educacional, empresarial e comercial doEstadodoMaranhão.

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OMaranhão possui um enorme potencial que está sendo desenvolvido na área de Ciência, Tecnologia e Inovação. Cada vez mais os maranhenses estão participando de programas de mestrado e doutorado, dentro e fora do Estado, qualificando­se e lançando­se no universo da pesquisa. O Governo do Estado, com o intuito de elevar o Índice de Desenvolvimento Humano­IDH, tem reconhecido e valorizado os trabalhos e projetos desenvolvidos por sua comunidade científica,muitos dos quais apoiados pela FAPEMA, através de programas debolsas de iniciação científica,mestrado e doutorado, em âmbito local, nacional e internacional.

Em 2005, a FAPEMAcontinuou progredindo como agência de fomento à pesquisa, lançando o

nas categorias: Jovem Cientista Maranhense, Pesquisa e Produção Científica do Maranhão e Jornalismo Científico do Maranhão. O impacto e a grande expectativa gerados no meio científico consagraram o sucesso da primeira edição deste evento. A festa de entrega dos prêmios aconteceu em 24 de novembro e contou com a presença de autoridades, representantes de Instituições de Ensino Superior e significativo número de membros da comunidade científica do Estado.

Emdecorrência do sucesso alcançado com o I Prêmio, a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão está lançando o II Prêmio FAPEMA, que além das três categorias já existentes, contemplará mais duas: InovaçãoTecnológica doMaranhão, a fim de premiar inventores e Mérito Institucional do

Maranhão, destinado a premiar Instituições de Ensino Superior, nas modalidades Graduação e Pós­ Graduação. Para a premiação das categorias do II Prêmio FAPEMA serão levados em consideração critérios estabelecidos por editais.

Categoria Jovem Cientista Maranhense: destinado a estimular e incentivar o maior número possível de jovens pesquisadores que procuram alternativas para o desenvolvimento do Estado, despertando­os para a importância da formação de recursos humanos para a pesquisa e para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão.

Categoria Jornalismo Científico do Maranhão: voltado para o profissional do jornalismo impresso, radiojornalismo e telejornalismo a produzir matérias voltadas para a Ciência e Tecnologia, informando a sociedade emgeral da importância de ações inovadoras.

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Categoria Pesquisa e Produção Científica: através do reconhecimento e da divulgação da pesquisa, incentivando os pesquisadores em atividade nas Instituições de Ensino Superior ou que tenham desenvolvido trabalhos nos campos da Ciência, da Tecnologia, da Cultura ou do estudo da sociedade Maranhense.

Categoria Inovação Tecnológica do Maranhão: tem o objetivo de possibilitar aos inventores a divulgação de todas as fases que antecederam a concretização do seu invento, detectando o impacto da criação dos mesmos para o desenvolvimento sócio­econômico doEstado.

Categoria Mérito Institucional: esta premiação pretende reconhecer as Instituições de Ensino Superior , os cursos de Graduação e Pós­Graduação que contribuíram com relevância para a pesquisa científica emnossoEstado.

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PESQUISA E PRODUÇÃO CIENTÍFICA

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JOVEM CIENTISTA MARANHENSE

1º LUGAR: Notebook no valor aproximado de R$ 5mil; 2º LUGAR: R$ 3mil em passagens aéreas para participar da SBPC regional ano 2006e diárias; 3º LUGAR: Auxílio para pesquisa no valor de R$ 1.5mil.

JORNALISMO CIENTÍFICO MARANHENSE

IMPRESSO1º LUGAR: Palm topno valor de R$ 2mil; RADIOJORNALISMO 1º LUGAR: Palm top no valor de R$ 2mil; TELEJORNALISMO 1ºLUGAR: Palm top no valor deR$ 2mil.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

1º LUGAR: Auxílio no valor de R$ 7mil para eventos, cursos ouprodutos; 2º LUGAR: Auxílio no valor deR$ 5mil para eventos, cursos ouprodutos; 3º LUGAR: Auxílio no valor deR$ 3mil para eventos, cursos ouprodutos.

MÉRITO INSTITUCIONAL

GRADUAÇÃO:Auxílio no valor de R$ 5mil para aquisição de livros para a biblioteca da instituição; PÓSGRADUAÇÃO:Auxílio no valor de R$ 5mil; para aquisição de livros para a biblioteca da instituição.

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De acordo com dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq), o Brasil conta hoje comuma comunidade de cerca de 200mil pessoas envolvidas com pesquisas científicas e tecnológicas. São doze mil grupos, em média, desenvolvendo 40 mil linhas de pesquisa diferentes e vinculados a 230 instituições de ensino e pesquisa.

O habitat natural da pesquisa científica é, por excelência, a universidade. No Maranhão, grande parte da produção científica é realizada nas universidades estadual e federal, especialmente nesta última. Porém, sem os Programas de Pós­Graduação, este quadro não seria possível.

É o que explica o vice­reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o Prof. Dr. José Américo Barroqueiro. Para ele, é simplesmente impossível dissociar os dois elementos comvistas para odesenvolvimento de uma estrutura de ciência e tecnologia. “A pós­graduação não só titula o professor como mestre, doutor ou pós­doutor, mas também cria uma metodologia de pesquisa no docente”, afirma.

Dentre todos os dezesseis Programas de Pós­ Graduação do Maranhão, treze estão na UFMA. A força da instituição mostra­se através de importantes pesquisas empreendidas em ciência e tecnologia para o desenvolvimento do Estado. “Temos o projeto biodiesel, que está tendo uma interferência do Estado e do Ministério da Ciência e Tecnologia e também a pesquisa sobre produtos naturais. Temos um herbário no qual são testadas plantas medicinais, que dão um feedback para a sociedade de uma maneiramuito forte”, destacaBarroqueiro.

O retorno de alguns projetos em vários setores, segundo o professor, é imediato. “O projeto que a professora Idaléia coordena na área de combustível, por exemplo, é financiado pelaAgência Nacional do Petróleo (ANP) e é um referencial na própria universidade, além de ser um serviço que a universidade presta aoEstado”, ressalta o vice­reitor.

Ele celebra também o trabalho realizado no Hospital Universitário Presidente Dutra, que hoje é considerado um dos seis melhores do Brasil. “Lá, são desenvolvidos projetos em nefrologia, cardiologia, saúde da criança e do adolescente”, justifica. “Temos consciência das limitações da UFMA, mas dentro das potencialidades de uma universidade média, nosso desenvolvimento em pesquisa é

acentuado”, considera. De acordo como professor, apesar das dificuldades,

a UFMA tem se desenvolvido em todos os setores, em especial, na área tecnológica. O primeiro doutorado do Maranhão, em Engenharia Elétrica, já refletia essa tendência. “Em tese, a universidade não tem uma preferência, pois a pesquisa é uma questão de vontade. As áreas mais procuradas são as que envolvem a parte de tecnologia, seguida da área de saúde”, conta.

O crescimento do interesse por parte dos estudantes em participar de práticas científicas também é latente, e é alvo de incentivo por parte do corpo docente da universidade. “Se formos fazer uma comparação da inserção que acontece hoje coma situação de dez anos atrás, nós percebemos um aumento considerável de no mínimo 40% dos nossos alunos desenvolvendo pesquisas”, revela Barroqueiro, que considera as bolsas de iniciação científica um fator importantíssimo de estímulo para esse crescimento.

“O papel da FAPEMA nesses últimos tempos, principalmente na direção do professor Labidi, tem sido de um apoio fundamental à Universidade Federal do Maranhão. Ele, que também é professor da casa, tem uma sensibilidade incrível para com nossos pesquisadores. Vejo a parceria entre as duas entidades como positiva, benéfica e altamente construtiva”, frisa.

Na opinião de José Américo Barroqueiro, o aumento progressivo da qualidade e quantidade de pesquisas científicas realizadas no Maranhão esbarra em três obstáculos: investimento, vontade política e interação com outras instituições. “Se uma pesquisa não tiver uma fonte financiadora, dificulta bastante. Esse é o primeiro ponto. O segundo seria uma vontade política, ou seja, a vontade de realmente querer que as universidades façam pesquisas e que os órgãos financiadores a financiem”.

“Num terceiro momento, é preciso envolver não somente as universidades, bem como todos os atores sociais. Auniversidade não pode se enclausurar dentro de si própria; ela deve envolver toda a comunidade nessa pesquisa.Um envolvimento demaneira global, não somente no local onde ela está inserida, mais também deve interagir com outros centros, para que aí se torne não só uma pesquisa de ponta, mas que tenhamos um processo evolutivo dessa pesquisa de forma crescente e constante”, finaliza.

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Abióloga Isabela CastroMoreira desenvolveu uma importante pesquisa sobre a maricultura maranhense, especificamente sobre o cultivo do Mytella falcata , mais conhecido por sururu. Intitulada “Cultivo de sururu: a oportunidade da natureza e do homem”, a pesquisa foi desenvolvida no Departamento de Oceanografia e Limnologia (DEOLI), da UFMA. O objetivo da bióloga é estimular o pequeno produtor, através da tecnologia do cultivo de sururu, a utilizar o ambiente marinho de uma formamais rentável e racional.

Os trabalhos da bióloga foram realizados através do desenvolvimento do cultivo com os pescadores em oficinas de trabalhos de campo, complementado com palestras expositivas, discussões participativas, estudos de casos e oficinas vivenciais.

A área de estudo foi no município de Paço do Lumiar, que é limitado a sul, leste e oeste pelomunicípio de São Luís, São José de Ribamar e Raposa respectivamente, e ao norte, pelo Oceano Atlântico. Dentre os povoados inseridos no município que possuem potencial pesqueiro estãoMocajituba e PauDeitado.

no decorrer dos séculos, o acúmulo de massa orgânica proveniente das florestas e do próprio manguezal formou uma lama preta e fecunda, que se depositou no fundo dos canais e em suas margens, servindo de substrato para o desenvolvimento do mangue e de uma vasta fauna de crustáceos emoluscos.

São nesses manguezais, mais especificamente na lama orgânica que chega a medir até um metro de profundidade, onde se fixa o cobiçado “sururu”, também conhecido como ostra de pobre. Ele pode ser encontrado em grandes bancos (colônias), que aparecem durante a baixa­ mar nos inúmeros rios salgados (igarapés), que formam o maior ecossistema estuarino (manguezal) das Américas, pertencente aoEstadodoMaranhão.

Segundo a pesquisadora, em alguns locais são encontrados enormes bancos de sururu, que se estendem por mais de 3 km em mar aberto, como o de Apicum­ açu/Cururupu. São nestes bancos que os pescadores, utilizando­se somente de suas mãos, desenterram os “sururus” da lama, colocando­os em um cesto de fibra

vegetal conhecido como “cacuá”. Esta é uma forma primitiva de exploraçãopraticada pelos ÍndiosTupinambás.

Apesar de primitivo, este sistema de extração subsiste até hoje nas populações remanescentes aculturadas que moram nas vilas de pescadores de São Luís. Porém, a exploração exagerada, causada pela pressão demográfica e pela influência de uma racionalidade predatória, está levando à extinção este importante recurso natural que fornece alimento àspopulaçõesmais carentes desta região.

os recursos pesqueiros dos estuários como sururu, sarnambi e ostras constituem uma importante reserva alimentícia. São moluscos de alto valor nutritivo e representam uma alternativa de subsistência às populações mais carentes, seja pelo consumoou pelacomercialização.

O método utilizado pela bióloga foi o de cultivo em cordas. Segundo o estudo, na atividade de miticultura (cultivo de mexilhões), o filhote se sururu é chamado de semente. A obtenção é realizada manualmente, em bancos naturais existentes na região com um tamanhomédio de dois centímetros.A engorda compreende o período de colocação das sementes até o momento da colheita. Em relação ao cultivo de sururu, ainda não existem dados bibliográficos, pois o cultivo desta espécie é uma atividade pioneira tanto noMaranhão comonoBrasil.

Todo o trabalho experimental de cultivo do sururu em cordas foi realizado na comunidade de Paço do Lumiar, por um período de dois meses. De acordo com Isabela Moreira, sua pesquisa pretende sensibilizar e capacitar as comunidades interessadas na tecnologia da maricultura, pois, além de contribuir para a recuperação da fazenda marinha, a atividade diminuirá a exploração extrativista e estimulará a tradição no cultivo, visto que o organismo cultivado é nativo da região e temboa aceitação nomercado.

Para a bióloga, esta deve ser apenas a primeira de muitas pesquisas na área. “Existe uma grande necessidade da implantação de uma unidade de pesquisa de campo para a realização das práticas da atividade de maricultura, já que através deste trabalho se torna evidente o potencial não só desta região,masde todo litoralmaranhense”.

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O Brasil é um país formado pela miscigenação do branco, do índio e do negro. Estes dois últimos eram os mais sofridos e usados pelos homens brancos europeus que viam, em sua força aparente, uma grandevertente para o trabalho. Pormuito tempo, o Brasil usou o trabalho escravo para seu crescimento econômico. Escravos negros foram forçados a esquecer suas culturas, suas tradições, suas vidas naÁfricaMãe.

Com o fim deste regime, através da Lei Áurea, aboliu­se uma condição, mas, até hoje, permanece o sentimento de escravidão.Aaboliçãoda escravatura apenas tornou livres mulheres e homens negros. A maioria dessas pessoas não tinha terra própria e se reunia com companheiros formando assim osquilombos.

Quilombos são “terras de pretos”, que as conseguiram por meio de muita luta e muito sangue. São locais onde os afro­descendentes revivem a história de seus antepassados, cultivando sua cultura e tradição como se estivessememseu continente de origem.

Entretanto, o Brasil ainda é considerado terra de dominação hierárquica e organização sistemática, que forma seu povo de acordo com os objetivos do sistema de Estado onde a educação, neste contexto, está inserida. Foi por esses indivíduos participarem desta organização, e mesmo vivendo em comunidades de afro­descendentes ou remanescentes de quilombos, que a Pedagoga Luanda Martins Campos decidiu desenvolver a pesquisa intitulada “Educaçãode afro­descendentes:Um olharMulticultural.

Sua pesquisa foi desenvolvida na comunidade de Damásio, na região de Guimarães, no município do Maranhão. Trata­se de uma comunidade afro­descendente que luta pela continuidade de sua história e pela formação de jovens conscientes de sua identidade. O estudo visa identificar os aspectos históricos, culturais e educacionais da comunidade e sua influência naUnidadeEscolarManuel Martins, analisando as Políticas Públicas voltadas para esta realidade.

Na comunidade de Damásio, a história de seus antepassados ainda é vivida entre os mais velhos e os jovens. Damásio é a terra da família Martins noMaranhão, Terra de negros trabalhadores e solidários.Apesar de existir há mais de cem anos, ela ainda é conhecida como “terra de

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preto inteligente”, acolhedor e lutador. A comunidade inteira é católica praticante, tendo como padroeira a Nossa Senhora deAssunção.

Damásio sempre foi considerada como a comunidade afro­descendente mais bem organizada da região. Possui um líder, seuAntonio José, conhecido como Jaraúna e seu cargo é hereditário. A comunidade vive da agricultura de subsistência com o cultivo de variadas culturas, além da produçãode farinha.

Sabe­se que as comunidades afro­descendentes são ricas em tradições e que as repassam, pela educação oral, para as novas gerações. São marcas históricas, políticas, religiosas e culturais deixadas pelos ancestrais e que perduram por gerações. Os festejos são os que mais transportama comunidade para sua história passada.

Damásio possui uma escola da rede Pública Municipal que atende à Educação Infantil e Educação Fundamental. A Unidade Escolar Manuel Martins possui um currículo normal, porém não possui um Projeto Político Pedagógiconem projetos interdisciplinares; os que existem (capoeira, tambor de crioula) não apresentam ligação curricular.

Segundo a pesquisa da pedagoga, Damásio é uma comunidade pura no sentido de africanidade, organização, política. “É uma educação tradicional, porém reflexiva”. Ensina­se cultura e tradição passadas de geração em geração.Aescola está emmeio à cultura, mas a cultura não está emmeio aos livros.

Para ela, trabalhar um novo conceito de projeto político pedagógico e de prática pedagógica para comunidades negras e/ou afro­descendentes é uma mudança muito importante. “É necessário que, a partir desta nova prática, mas sem esquecer de seguir sua própria cultura e estrutura social, os professores destas comunidades consigam insuflar em suas crianças e jovenso orgulho étnico­racial e sua responsabilidade social para como seu grupo”.

Com isto, acontecerá a gradual desmistificação do conceito de vida destas comunidades em relação às outras, construindo homem e mulheres conscientes, críticos e políticos, atuantes na sociedade brasileira lutando pelos seus direitos e de seupovo.

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Aconteceu na segunda quinzena de maio no auditório da FIEMA o XII Encontro do Corredor Ce n t r o No r t e c om o t ema “Oportunidades e Desenvolvimento Sustentável do Corredor. O Corredor Cent ro­Norte compreende as hidrovias Araguaia e Tocantins e as ferrovias Norte­Sul e Carajás, e influencia a economia dos estados do Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Piauí eGoiás.

Durante o evento, ocorreu o lançamento oficial da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Centro­Norte, ADECON, que é uma iniciativa dos setores público e

privado para aumentar a eficiência da cadeia produtiva e o desenvolvimento humanoda populaçãoda região.

Foram discutidas formas para promover o avanço das cadeias produtivas ao longo das ferrovias Norte­Sul e Carajás. Uma comitiva de 45 empresários e lideranças políticas de todos os estados que integram o corredor participaram de uma viagem de trem, partindo de Porto Franco, interior do Maranhão, até São Luis. Durante o percurso, foi realizada a primeira rodada Interestadual de Negócios do Corredor Centro­Norte, onde foram discutidas diversas oportunidades de investimentos na

região, especialmente focadas na cadeia do agronegócio.

Na pauta da logística foram debatidos pontos sobre o complexo portuário de Itaqui, Ferrovia Norte­ Sul, a eclusa de Lageado, indústrias e oportunidades do corredor. Segundo Jorge Machado Mendes, presidente da FIEMA, “O grande objetivo desta iniciativa é sensibilizar empresários para as oportunidades que estão surgindo em decorrência do corredor e conscientizar o poder público da necessidade de concretização de obras envolvendo ferrovias, rodovias e hidrovias”.

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P e l a p r im e i r a v e z n o Maranhão, a defesa de uma dissertação de mestrado usou como principal ferramenta de comunicação a tecnologia de videoconferência, através da plataforma da Universidade Virtual do Maranhão, UNIVIMA. O evento ocorreu no mês de maio passado, no auditório do Centro de C a pa c i t a ç ão Tec no ló g i c a d o Maranhão,CETECMA.

Roosvelt Vieira Oliveira defendeu a sua dissertação, com enorme êxito, a respeito do tema “Recuperação de Informação em um Ambiente de Aprendizagem: Uma abordagem multiagente”, que teve como orientador o Prof. Dr. Sofiane Labidi, e faz parte do Programa de Pós­ Graduação de Engenharia Elétrica, da

população maranhense. O trabalho apresentado pelo mestre Roosvelt Oliveira tratou­se do apoio a um ambiente de ensino­aprendizagem computadorizado, em que a web é utilizado como um grande repositório de dados. “Nossa contribuição é usar a web de uma forma em que você não perca tempo, buscando apenas aquilo que é relevante paraa sua pesquisa.

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UniversidadeFederaldoMaranhão. De acordo com o Dr. Labidi, a experiência foi um sucesso. “Para as nossas universidades, isto implica em uma economia de custo de estadia e de passagens. Além disto, usando a plataforma de videoconferência, é possível convidar vários membros externos para banca, o que permite de divulgar muito mais o trabalho de pesquisa do Maranhão, e fortalecer os nossos programas de Pós­Graduação”, afirmou.

O Dr. Labidi disse ainda: “É preciso usar a tecnologia a favor do desenvolvimento. A plataforma da UNIVIMA é de alta qualidade, e pode ser usada tanto para a educação quanto para tornar eventos culturais como teatro, cinema e música acessíveis à

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