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MAGAZINE SEMESTRAL Nº 11 · JUNHO 2010 ano internacional da biodiversidade tratadores qualificados, animais mais felizes de mão dada com a conservação

Revista Jardim Zoológico | Junho 2010

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Revista semestral Jardim Zoológico Lisboa . Portugal

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Page 1: Revista Jardim Zoológico | Junho 2010

MAGAZINE SEMESTRAL Nº 11 · JuNho 2010

ano internacional da biodiversidade

tratadores qualificados, animais mais felizes

de mão dada com a conservação

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Ficha técnica › CooRdENAção EdIToRIAL Serviço de Marketing › CoLAboRAdoRES Marta Pais Lopes › dESIGN Serviço de Marketing › TIRAGEM 5.000 exemplares.

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{5} Editorial

a nossa natureza

{6} Curtas

btl – a maior feira de turismo em Portugal

no reino das crianças

há festa no parque!

a Rik e o Rok e os elefantes do Jardim Zoológico

parceria com a Carristur

mais aliados para o Zoo

baile de máscaras MEO Kids

A elegância da girafa apadrinhada por Marionnaud

{11} ConfErênCia EaaM

mamíferos marinhos “invadem” Lisboa

{13} sábados sElvagEns

mais perto do lado selvagem

{17} ano intErnaCional da biodivErsidadE

Jardim Zoológico promove formação em biodiversidade

tratadores qualificados, animais mais felizes

sete razões para sorrir

de mão dada com a conservação

{26} agEnda

de Junho a Novembro de 2010

{sumário}

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{a nossa natureza}2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade, o ano em que se festeja a multiplicidade de espé-cies e ecossistemas, que fazem do nosso planeta, um enorme ser vivo, em constante evolução.

Nesta revista, vai ficar a conhecer algumas das actividades e iniciativas que o Jardim Zooló-gico promove, para que o tema da Biodiversidade seja cada vez mais importante na vida de cada um de nós.

Iremos, também, dar a conhecer algumas das novas crias, que nasceram no Zoo, ao longo dos últimos meses, sendo todas elas de espécies em vias de ex-tinção. Mais uma vez, o esforço que investimos na conservação é largamente recompensado com estes nascimentos. São eles que mantêm o parque vivo e ajudam a atrair cada vez mais visitantes.

Mas, para que a preservação e reprodução das espécies no Jardim Zo-ológico seja possível, é necessário um intenso trabalho de enriquecimento ambiental, que permite estimular os comportamentos naturais de cada es-pécie, de forma a que os animais estejam, cada vez mais, em condições de serem reintroduzidos na Natureza. Este trabalho é realizado pelas equipas especializadas do Jardim Zoológico, que, ao longo do ano, recebem formação específica e intensiva.

Por fim, e para reforçar a preocupação com a extinção da vida animal, o Jardim Zoológico lançou uma campanha publicitária, cujo tema “De mão dada com a Conservação. Esta é a nossa natureza”, apela à importância que cada um de nós tem nesta Missão - a Conservação do Planeta.

Mais uma vez, quero agradecer a todos aqueles que têm contribuído para que a Missão do Jardim Zoológico seja cumprida: funcionários do Jardim, visi-tantes, parceiros, voluntários e amigos. A todos um Muito Obrigado!

Francisco Naharro PiresPresidente

{5}Jardim Zoológico

Editorial

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{6} Jardim Zoológico

Curtas

{curtas...

no reino das crianças

“O melhor do mundo são as crian-ças.” A expressão é antiga, mas nem por isso menos verdadeira. E por-que as crianças merecem também o melhor, o Jardim Zoológico viajou de Lisboa até Santarém, para 4 dias totalmente dedicados aos mais pe-quenos.

Todos os anos, nos primeiros meses do ano, Santarém tira o fato e a gravata e abre as portas da cidade aos mais novos. O Centro Nacional de Exposições de Santarém (CNE-MA), em colaboração com outras entidades da cidade, é o responsável pela organização da Expo Criança – Festival da Criança dos 0 aos 14, um evento que reúne, num único espaço, diferentes áreas de interesse para di-ferentes idades.

Nos passados dias 15, 16, 17 e 18 de Abril, os mais pequenos foram reis e rainhas na 11ª edição da Expo Criança, evento incluído nas come-morações dos 20 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança e que teve como tema, inevitavelmente, os “Direitos das Crianças”.

Este evento é um espaço de di-vertimento, mas também de expe-

rimentação e aprendizagem. Sendo a educação uma das suas principais missões, o Jardim Zoológico fez ques-tão de estar presente, através de um stand com 36 m2, onde 2 promotoras dinamizaram o espaço com activida-des para as crianças e distribuição de material promocional do Zoo.

Através de três áreas (exposição, ani-mação e reflexão), a Expo Criança as-sume-se como o espaço privilegiado do universo infantil no panorama dos eventos nacionais, sendo obrigatória e da máxima relevância a participação e empenho do Zoo naquele que, duran-te 4 dias, foi o reino das crianças. ∞

BTL a maior feira de turismo em Portugal

De 13 a 17 de Janeiro, realizou-se a BTL – BOLSA DE TURISMO DE LIS-BOA. Sendo a maior feira de turismo em Portugal, que tem lugar, todos os anos, na FIL, e dirigida a um sector com bastante importância para o Jardim Zoológico, a nossa participa-

ção teve como principais objectivos a divulgação do Zoo como um espaço de lazer, a ser aproveitado pelos por-tugueses e turistas estrangeiros. Foi feita, também, a divulgação das con-dições especiais que o Zoo tem para hotéis, agências de viagens e opera-dores turísticos. ∞

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{7}Jardim Zoológico

Curtas

há festa no parque!

Manda a tradição que os dias festi-vos sejam comemorados com toda a pompa e circunstância e dentro dos portões do Jardim Zoológico não queremos fugir a essa regra. É por isso que o ano ainda nem vai a meio, mas o Zoo já foi o anfitrião de muitas e animadas festas. No dia 14 de Fevereiro, dia de São Va-lentim, o Jardim Zoológico ofereceu entradas duplas às 3 melhores fra-ses sobre o porquê de o parque ser o local ideal para passar o dia dos na-morados. Para além disto, os casais adultos tiveram ainda direito a 10% de desconto na bilheteira para uma das entradas.

E se os adultos tiveram direito a comemorações, dois dias depois a festa foi para as crianças. O Car-naval é uma data emblemática para os mais novos e, por isso mesmo, o Jardim Zoológico preparou uma pro-gramação especial.

No dia 16 de Fevereiro, todas as crianças que entraram integral-mente mascaradas do seu animal favorito tiveram direito a desconto na bilheteira, houve também anima-dores disfarçados de vários animais, em desfiles pelas ruas do parque e, claro, não podia faltar o já famoso desfile de Carnaval, com direito a prémios para as melhores másca-ras.

Mas o espírito carnavalesco não se esgotou no dia 16 de Feve-reiro. Pela primeira vez, nos 3 dias que se seguiram, o Jardim Zoológico realizou um ATL de Carnaval, onde as crianças puderam “aprender, ex-plorando” os segredos da vida selva-gem...

Entre as várias actividades, o destaque foi para os percursos te-

máticos e encontros com tratadores, treinadores e outros técnicos.No dia 4 de Abril, Domingo de Páscoa, os mais novos tiveram direito a pin-turas faciais, para se transformarem em verdadeiros coelhinhos da Páscoa, e houve ainda uma caça aos ovos de chocolate. E porque não há festa sem surpresas e presentes, as crianças puderam ir encontrando, ao longo do dia, as suas mascotes favoritas da Olá e o já co-nhecido Gombby.

Em todos os seus dias festi-vos, o Jardim Zoológico pretende oferecer momentos divertidos e inesquecíveis a todas as crianças, mas nunca esquece a sua missão educativa.

A 22 de Abril celebrou-se o Dia Mundial da Terra, que foi mar-cado por workshops infantis, nos quais as crianças foram convidadas a identificar os vários problemas existentes no meio-ambiente e a encontrar algumas soluções para os minimizar.

Foram ainda preparadas algu-mas actividades para que os mais no-vos pudessem compreender de que forma o desperdício de água é preju-dicial para a estabilidade dos solos.

A última data que não passou despercebida dentro dos portões do Jardim Zoológico foi o Dia da Mãe.

Mães e filhos puderam passar um dia de primavera na companhia das mais recentes mães e crias do Zoo: a mãe Chimpanzé, Koala, Bon-go, Hipopótamo-pigmeu e Tigre-de-sumatra.

Independentemente de se assi-nalar ou não, alguma data importan-te no calendário, no Zoo todos os dias são de festa. ∞

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{8} Jardim Zoológico

Curtas

mais aliados para o ZooÉ sabido que os padrinhos e os patro-cinadores são os primeiros aliados do Jardim Zoológico no que toca ao bem-estar dos animais. Felizmente, não têm faltado instituições empenhadas em ajudar a desenvolver o nosso Zoo.

Também a transportadora Trans-tejo TST quis prestar o seu contributo e apadrinhou um animal. O escolhido foi, o Leão-marinho Tejo. Esta es-pécie tem mais um lutador pela sua preservação. ∞

parceria com a Carristur

Nem só de padrinhos e patrocínios se faz a colaboração do Jardim Zoológico com entidades exteriores. Prova disso é a recente parceria com a Carristur, des-tinada a circuitos turísticos. Agora, com um só bilhete, os visitantes têm direito a um passeio de comboio no Parque das Nações, ao circuito Lisboa Sightseeing e a uma entrada no Zoo. Embora seja dirigido principalmente a turistas, esta pode ser também uma óptima manei-ra de passar um dia diferente no nosso país. Sendo Lisboa um destino cada vez mais procurado para férias, os Postos de Turismo de Lisboa passaram agora também a comercializar os vouchers de acesso ao Jardim Zoológico. Fica assim mais fácil para qualquer visitante desfrutar de um dos melhores zoos da Europa. ∞

A Rik e o Rok, as mascotes do Jumbo e Pão de Açúcar apadrinham os elefantes do Jardim Zoológico, no âmbito de uma parceria mais alargada com o Zoo.

O apoio prestado pelo Clube Rik & Rok é muito importante para que o habitat dos elefantes possa ser con-tinuamente conservado e melhorado, de forma a proporcionar o máximo bem-estar aos seus habitantes.

O Clube Rik e Rok contribui tam-bém para que estes animais possam ter uma alimentação adequada ao seu saudável desenvolvimento.

A Rik e o Rok tornaram-se ra-pidamente uma das atracções do espaço dos elefantes, pois todas as crianças gostam de ser fotografadas junto das suas mascotes preferidas e da escultura da cria de elefante.

Mas não são apenas os elefan-tes a beneficiar com a parceria entre o Clube Rik e Rok e o Jardim Zoológi-co. Quem é sócio pode usufruir de um vasto leque de vantagens e, se não for sócio, basta ir a uma loja Jumbo ou Pão de Açúcar e fazer a sua inscrição no Clube para começar a usufruir de todas as inúmeras vantagens que esta parceria permite. Todos os sócios do Clube, portadores do cartão de sócio,

usufruem de uma série de vantagens e oportunidades:

› Entrada gratuita no Jardim Zooló-gico, desde que acompanhados por um adulto pagante;

› Desconto no ATL do Zoo;› Desconto nas festas de aniversário

realizadas no Jardim Zoológico;› Participar em actividades e passa-

tempos com a presença da Rik e do Rok, que visitarão o Zoo regular-mente.

Na parte superior do habitat dos ele-fantes existe ainda um terraço panorâ-mico onde, para além de contemplar estes maravilhosos animais, todas as crianças podem descansar à sombra de uns enormes chapéus de colmo, ao mesmo tempo que aprendem tudo so-bre esta imponente espécie.

Isto porque o Clube Rik e Rok colocou nesta área uns interessantes painéis com muita informação di-dáctica sobre as diferentes espécies de elefantes, sobre a biodiversidade onde podem enriquecer os seus co-nhecimentos sobre os 3 R’s , sobre a extracção dos recursos e sobre a protecção da vida animal. ∞

a Rik e o Rok e os elefantes do Jardim Zoológico

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{9}Jardim Zoológico

Curtas

baile de Máscaras MEO KidsA MEO foi uma das mais recentes

empresas a aliar-se ao Jardim Zoo-lógico. A operadora de televisão é o novo patrocinador do Centro Pedagó-gico, uma das pedras fundamentais do Jardim. Já no Carnaval deste ano marcaram presença com o evento Baile de Máscaras MEO Kids, que in-cluiu um concurso onde foi júri Pedro Boucherie Mendes, director da SIC Radical e homem experiente no que diz respeito a avaliações. O Baile de Máscaras contou ainda com outras figuras públicas e com a animação da banda Soul*D. Depois do sucesso deste acontecimento, a MEO garantiu já a participação no ATL de Verão do Centro Pedagógico. ∞

a elegância da girafa apadrinhada por Marionnaud

...}

O mais recente apadrinhamento no Jardim Zoológico teve lugar com a Girafa-de-angola a ganhar uma madrinha muito especial. Referimo-nos a Marionnaud Parfumeries que, atenta às questões ambientais, quis ajudar a garantir o futuro de um ani-mal do Zoo.

Presentes no mercado europeu há mais de duas décadas, as Perfuma-rias Marionnaud são hoje uma referên-cia europeia no universo da perfumaria selectiva. Em Portugal, o grupo conta já com 12 espaços, onde além de uma vasta oferta de produtos se privilegia o atendimento especializado. Viradas para o futuro e atentas às causas no-bres e de relevância para as novas gera-ções, escolheram apadrinhar a girafa.

A escolha da Girafa-de-angola não surpreende ninguém. Habituada ao mercado da beleza, a nova madri-

nha não terá ficado indiferente ao pes-coço alto, ao porte elegante, à passada lenta ou ao pestanejar insinuante da girafa. E esses predicados não terão sido alheios ao factor de atracção que acabou por ditar este apadrinhamento.

Na verdade, a Girafa-de-angola (Giraffa Camelopardalis angolensis) não é um animal que corre actualmente o mesmo risco de extinção do urso pan-da. Mas apesar de ter no nome Ango-la, já não pode ser vista nesta zona de África. A sua reprodução em Jardins Zoológicos é, assim, uma garantia da continuação desta espécie.

A Marionnaud e a Girafa-de-angola começam agora uma relação mais próxima que, esperemos, dure longos anos. ∞

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{11}Jardim Zoológico

mamíferos marinhos “invadem” Lisboa

No passado mês de Março, o Jardim Zoológico foi o an-fitrião da 38ª Conferência Anual da Associação Euro-

peia de Mamíferos Marinhos (EAAM). Enquanto símbolo de conservação das espécies, investigação científica e educa-ção para a conservação, o Zoo foi a entidade organizadora de um dos eventos mais consagrados na área da biologia marinha junto da comunidade científica internacional.

A EAAM é uma organização de profissionais interes-sados em mamíferos marinhos, quer em ambiente zooló-gico, quer no seu habitat natural, composta, entre outros, por veterinários, biólogos, directores e administradores de parques zoológicos e marinhos, treinadores, investigado-res e estudantes.

A conferência, que recebeu um total de 176 inscritos, nacionais e estrangeiros, realizou-se nos dias 12, 13, 14 e 15 de Março, no Hotel SANA Malhoa, em Lisboa, e trouxe a Portugal vários especialistas em mamíferos aquáticos, em particular de espécimes mantidos em parques zoológicos.

Durante 4 dias, trocaram-se experiências, apresen-taram-se e discutiram-se estratégias sobre diversas te-máticas relacionadas com os mamíferos marinhos sob protecção humana. De entre os temas abordados, mere-ceram especial atenção os planos de conservação, linhas de investigação, medicina veterinária e bem-estar do animal, assim como programas educativos, e técnicas de maneio e treino animal. Para além de tudo isto, o encontro permitiu ainda a apresentação de trabalhos e projectos que estão a ser desenvolvidos nos diversos delfinários e parques zoológicos europeus e americanos.

Sem nunca esquecer o seu papel activo e prepon-derante de educação e conservação, o Jardim Zoológico apostou na preocupação ambiental nesta edição da Confe-rência Anual da EAAM, tornando-a na primeira conferência

ConfErênCia EaaM

“verde” da associação. Esta particularidade fez com que ti-vessem sido tomadas medidas ecológicas e amigas do am-biente: entre outras, o evento foi planeado para que tivesse lugar num local a curta distância a pé do Jardim Zoológico, foram utilizados, na sua maioria, materiais 100% reciclá-veis e os documentos necessários foram disponibilizados através de dispositivos de armazenamento USB e, poste-riormente, colocados no site da Associação. ∞

O Jardim Zoológico abriu as portas à comunidade internacional e convidou-a a reflectir estratégias e a partilhar experiências. O sumário é claro: “mamíferos marinhos”.

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{12} Jardim Zoológico

Alimentação dos lémuresem ATL ,Sábados Selvagens e Safari no Zoo.

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{13}Jardim Zoológico

mais perto do lado selvagem

Visitar o Jardim Zoológico pode ganhar dimensão de aventura. Contactar com os animais, alimentá-los, aprender sobre espécies exóticas? É possível, com os sábados selvagens, um dia para passar em família.

É domingo e vive-se um dia ameno em Abril. É o am-biente ideal para a pequena Maria, com 6 anos aca-

bados de fazer, gozar uma das suas prendas de aniversário: ir com os amigos ao Jardim Zoológico. Mas não é uma visita comum. É um Sábado Selvagem, uma das mais completas actividades do Zoo.

À porta do Jardim já se encontram três guias e a pró-pria coordenadora do Centro Pedagógico, Dra. Antonieta Costa. A primeira e mais difícil tarefa é reunir todas as crianças. Depois de confirmadas as chegadas dos 18 me-ninos, o grupo, que inclui pais, prepara-se para dar início a uma tarde inesquecível.

Normalmente, o Sábado Selvagem começaria com uma visita guiada ao Jardim, mas o facto de ser domingo faz avançar a actividade para aquilo que, na verdade, a diferencia de uma vi-sita normal – conhecer os bastidores e os encontros com trata-dores e animais. “Ao contrário das visitas guiadas, aqui há mais proximidade com os animais”, explica Antonieta Costa.

A primeira paragem é na instalação dos Koalas, uma das es-pécies mais procuradas do Jardim Zoológico. O grupo é re-cebido pelo tratador, António Barreto, que lhes pede silêncio. Agora é hora de aprender: António explica que os Koalas são marsupiais e o que isso significa e conta-lhes inúmeras curio-sidades sobre a espécie. “Sabiam que os Koalas não bebem?”, pergunta. “Sim!”, responde uma das crianças mais atrevida. Mas o tratador insiste: “Sabias mesmo?”. “Não...”. No entan-to, a partir de hoje já sabe isso e muito mais. Por exemplo, porque se separam os machos das fêmeas, o que comem os Koalas, de que tamanho nascem ou porque uns têm narizes mais claros que outros. Algumas destas informações são respostas a perguntas das crianças, incitadas pelos guias e pelo tratador a colocar dúvidas. De facto, Sábado Selvagem é sinónimo de aprendizagem e essa é uma das suas grandes mais-valias. A mãe da Maria explica que esse foi um factor decisivo na escolha da actividade: “É uma óptima maneira de estarem divertidos e aprenderem. Com os tratadores, apren-

sábados sElvagEns

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{14} Jardim Zoológico

sábados sElvagEns

dem coisas que os pais não sabem explicar.” Todos estes en-sinamentos ganham uma nova dimensão, já que as crianças são convidadas a entrar dentro das próprias instalações, es-tando o mais perto possível dos Koalas, sem os incomodar ou colocar em risco a sua própria segurança.

A actividade seguinte é, talvez, o momento mais surpre-endente do Sábado Selvagem: o encontro com os Lémures. Sendo uma espécie pouco conhecida, os guias relembram as crianças do filme Madagáscar e do rei da ilha, um Lémure bem peculiar. É na Ilha dos Lémures (nome que advém do fac-to de esta ser uma espécie endémica da ilha de Madagáscar) que se vive a experiência “mais tocante e emocional”, como a classifica a coordenadora do Centro Pedagógico. O tratador destes mamíferos, António Bispo, recebe as crianças junto a uma mesa onde estão dispostas tábuas com papa Cerelac e passas, figos ou ameixas e tabuleiros de comida. Entusias-mados, Maria e os amigos aproximam-se. António explica que eles próprios terão de fazer tábuas daquelas, com Cerelac e passas, para levarem ao interior da instalação e pendurá-las. Esta aparente brincadeira é, na verdade, um processo fun-damental de enriquecimento ambiental, uma das grandes preocupações do Jardim Zoológico. Esta actividade obriga os Lémures a procurarem a comida e assim manterem os seus comportamentos naturais. Depois de preparadas e distribuí-das as tábuas, chegou a hora de ir para o meio dos irrequietos animais. Maria segue com medo para a porta da instalação, mas uma vez lá dentro, fica fascinada por ver aqueles exóticos animais de tão perto. “É o máximo! É muito mais giro lá den-

Alimentação dos lémures em ATL ,Sábados Selvagens e Safari no Zoo.

sábados selvagensTodos os Sábados de Março a Novembro.

horárioDas 10h00 às 13h00

grupos3 a 10 participantes (adultos e crianças)

preço€35 por adulto€25 por criança até aos 11 anos.

incluiEntrada, programa especial personalizado, apresentações e todas as atracções do parque.

inscriçõesAté à 4ªfeira anterior ao sábado pretendido.Em www.zoo.pt ou pelo telefone: 217 232 960.

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{15}Jardim Zoológico

Visita à Baía dos Golfinhos.

sábados sElvagEns

tro!” são as expressões animadas que se ouvem. Em alguns minutos, o animal favorito de todos, que ainda há pouco era o Koala e o Golfinho, passa a ser o Lémure.

O entusiasmo é redobrado quando as crianças percebem que a paragem seguinte é o Delfinário. O Sábado Selvagem inclui a famosa apresentação de golfinhos, mas com uma vantagem: é que a seguir vai-se ao lado de lá, aos bastido-res, perceber como tudo funciona. Valter Elias, o treinador dos animais marinhos, recebe o grupo nas instalações dos leões-marinhos. Aqui aprende-se sobre hábitos, alimentação e cuidados de saúde a ter com a espécie e é apre-sentado cada um dos animais. Entre eles está um impressionante Leão-marinho-da-patagónia, com 9 anos e 330 kg, que sai da piscina naquele momento para ir tirar fotografias com os visitantes. O grupo é levado a co-nhecer os escritórios e o laboratório, onde são explicados os procedimentos para garantir o bem-estar dos animais mari-nhos e se explica o que é a medicina preventiva. Valter per-gunta finalmente: “Querem ir lá para fora?”. A resposta é um entusiasmado “Sim!”, gritado em coro pelas crianças. Na Baía dos Golfinhos, o grupo pode finalmente ver os golfinhos mui-to perto e conhecê-los a todos: Soda, Vicky, Colbie e Nel são devidamente apresentados, assim como cada uma das quatro piscinas e as suas funções. Perante o fascínio das crianças com os animais, chegou a vez dos adultos. São eles que se

mostram mais interessados em conversar com o treinador, fazendo inúmeras perguntas sobre a espécie e, principalmen-te, sobre os Golfinhos do Sado, cujo perigo de extinção é o principal tema do espectáculo de animais marinhos.

No interesse demonstrado pelos adultos está bem pa-tente o facto de os Sábados Selvagens serem uma das mais privilegiadas actividades em família oferecidas pelo Jardim Zoológico. Antonieta Costa conta que, na verdade, “os Sába-dos Selvagens surgiram na sequência de pedidos dos pais

dos meninos do ATL. Os pais queriam actividades para eles também.” Esta pequena aventura de fim-de-sema-na, que conta já com três anos de existência, permite que todos tenham um contacto próximo com os animais e aprendam sobre as espécies, a vida dos tratadores e o maneio dos ani-mais. Antonieta conta que “às vezes

o interesse dos adultos é tal, que trazem crianças muito pe-quenas... São só desculpas para virem eles!” Já aconteceu, no entanto, aparecerem corajosos grupos de adultos apenas.

A mãe da Maria acredita que as crianças sairão dali “a olhar para os animais de maneira diferente, com mais conhecimento e mais respeito”. É uma oportunidade única para conhecer de perto os habitantes do Zoo, aprendendo in loco as mais fascinantes curiosidades sobre as exóticas espécies. Um bom momento em família, onde a aprendiza-gem e a diversão andam de mãos dadas. ∞

Todos os sábados têm estado ocupados com grupos de escuteiros, co-légios ou famílias. Esta é uma maneira original e mais intensa de visitar o Jardim Zoológico.

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ano intErnaCional da biodivErsidadE

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Jardim Zoológico {17}ano intErnaCional da biodivErsidadE

2010ano internacionalda biodiversidadeBiodiversidade é a variedade de ecossistemas, a variedade de espécies, a variedade genética dentro de cada espécie. Mas é, principalmente, aquilo que torna a Terra tão rica, uma dádiva de valor inestimável.

É aquilo que faz com que cada pedaço do nosso planeta seja uma surpresa, uma preciosidade em constante mudança, num todo em que essas peças que são os seres vivos encaixam na perfeição. Este é o ano em que se celebra essa riqueza, sempre em movimento equilibrado.

É o Ano da Biodiversidade, ou seja, é o ano do nosso planeta azul, que devia antes ser chamado planeta de milhares de cores.

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{18} Jardim Zoológico

ano intErnaCional da biodivErsidadE

O Jardim Zoológico está a assinalar o Ano Internacional da Biodiversidade com o workshop “2010 Biodiversidade” iniciativa do Centro Pedagógico, que junta, durante dois dias, estudantes e interessados em aprender mais sobre as espécies e os ecossistemas. A formação está a cargo da bióloga Dra. Lucília Tibério, que trabalha no Jardim Zoológico há 10 anos.

jardim zoológico promove formação em biodiversidade

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Jardim Zoológico {19}ano intErnaCional da biodivErsidadE

A primeira edição decorreu no fim-de-semana de 24 e 25 de Abril e juntou 16 participantes, na maioria

alunos de biologia, biologia marinha e medicina veteriná-ria. O programa do workshop inclui sessões teóricas onde são apresentados e discutidos conceitos e relatórios sobre o estado do Planeta, e sessões práticas com jogos e activi-dades que decorrem no espaço do Zoo.

Uma parte substancial do primeiro dia é passado a ana-lisar as conclusões do Millenium Ecosystem Assessment, a maior avaliação ambiental dos ecossistemas da Terra, realizada desde 2001 no âmbito das Nações Unidas. Outra vertente abordada é o papel dos zoos na conservação, no-meadamente o trabalho realizado em projectos europeus e internacionais pelo Jardim Zoológico.

No segundo dia continuam as actividades didácticas e é feita a apresentação e análise do panorama da biodiversi-dade global, uma série de relatórios elaborados no âmbito da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB). É refor-çado o alerta do secretário executivo da CDB. “A perda da biodiversidade é rápida e contínua. Nos últimos 50 anos, o ser humano alterou os ecossistemas mais rápida e extensi-vamente do que em qualquer outro período da sua história”, diz Ahmed Djoghlaf.

A formação aborda ainda temas como a educação e a sensibilização ambiental e os comportamentos que cada um

workshop biodiversidadePróximas datas26 e 27 de Junho; 16 e 17 de Outubro; 13 e 14 de Novembro.

Para inscrições e mais informaçõesCentro Pedagógico – 217 232 960 ou 217 232 900.

deve adoptar para proteger a biodiversidade. No final da pri-meira edição, os participantes procuravam combater o pes-simismo. “O primeiro passo é ter consciência do problema, mas agora não podemos ficar por aqui. Podemos não con-seguir salvar o planeta, mas talvez seja possível abrandar o ritmo da destruição”, desabafou um estudante.

A maioria dos jovens acredita que “o estado actual do Planeta não irá melhorar enquanto as pessoas não apanha-rem um susto global a sério”. Apesar disso, admitem, “há cada vez mais pessoas conscientes”, mas em número ainda insuficiente, pelo que “é preciso que cada um de nós faça mais”. Outra hipótese, sugere outro participante, “é penalizar as atitudes menos amigas do ambiente” e combater a tendên-cia para dar prioridade aos interesses económicos.∞

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{20} Jardim Zoológico

ano intErnaCional da biodivErsidadE

Aprender é palavra de ordem no Jardim Zoológico, mas não só para os visitantes. Também os funcionários têm

de ter uma constante formação. É a pensar nisso que o Jar-dim Zoológico promove cursos para os seus tratadores.

O Zoo aproveita a vinda de especialistas estrangeiros ou a necessidade de resolver um certo tipo de problema para fazer pequenas acções de formação, mas periodica-mente, sempre que possível, investe num grande e intensivo curso. O mais recente foi uma versão bastante melhorada e revelou-se um sucesso.

O programa é muito abrangente e vai para além das técnicas zoológicas. Telma Araújo, coordenadora da secção de Aves e Répteis e uma das impulsionadoras desta for-mação, explica: “estamos a falar de funcionários que fazem parte de uma secção zoológica e só trabalham com animais.

Já é garantido que os tratadores têm dedicação total aos animais. Mas o Jardim Zoológico vai mais longe e reúne esforços para que eles tenham as melhores qualificações. É preciso aprender sempre, porque a natureza muda a cada segundo.

Muitas vezes, não conhecem profundamente o trabalho das outras áreas”. Assim, o curso começou por temáticas de enquadramento geral, ou seja, perceber o que é um jardim zoológico e quais os seus objectivos e funções, tendo ainda em conta a relação com os zoos internacionais e o facto de fazer parte de uma associação europeia. Deu-se também a conhecer o trabalho dos outros departamentos: o departa-mento comercial, o de marketing, o educativo, que tantas vezes requerem a colaboração dos tratadores.

Houve ainda um grande investimento na área do team building e do trabalho numa empresa. Através de diversos jogos e actividades, os funcionários foram conhecendo me-lhor os outros, descobrindo empatias e formas de pensar di-ferentes. A insistência neste assunto foi uma das novidades desta última versão do curso. Telma explica a opção: “é uma

tratadores qualificados, animais mais felizes

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Jardim Zoológico {21}ano intErnaCional da biodivErsidadE

linha de formação que dá resultados em todas as empre-sas. Focam-se alguns problemas: como os outros nos vêem, como queremos que nos vejam, como queremos comunicar com o público. São assuntos sobre os quais um funcionário não pára para pensar no seu dia-a-dia.” Também as ques-tões práticas foram abordadas. Por exemplo, explicar porque um relatório deve ser feito de uma maneira e não de outra ou quais os procedimentos a tomar em certas situações. Desta forma, os tratadores deixam de ser meros executores para poderem tomar decisões e compreenderem as opções de outros profissionais, como os veterinários.

Claro que o tratamento dos animais não podia ser deixado de parte. Estudaram-se temas mais práticos, como o maneio dos animais, como fazer captura, proce-dimentos de segurança, como proceder com máquinas e higiene no trabalho. Mas foi-se mais longe na zoolo-gia propriamente dita. Os tratadores estudaram todos os grupos de animais e, dentro de cada um, a anatomia das espécies, nutrição, procedimentos de enfermagem e vete-rinários. Aqui encontra-se uma das grandes mais-valias deste curso. “Falou-se de carnívoros com quem trabalha com répteis e herbívoros, falou-se de aves com quem traba-lha com mamíferos, etc.”, explica Telma Araújo. “Assim, apesar de um funcionário trabalhar com um grupo específico quase todos os dias, tem formação para trabalhar em qualquer área”. Isto é especialmente útil agora que vai começar a época de Verão, em que o Jardim tem um horário mais alargado. “Há uma maior predisposição das pessoas para ficarem de serviço a áreas que não são suas, já que têm mais se-gurança”, diz a coordenadora.

Para dar esta formação, o Jardim Zoológico contou com os seus próprios técnicos, já que são, dentro do país, os profissionais mais bem qualificados, tendo em conta que aqui existem espécies que mais nenhum parque português possui. Contou também com a ajuda de alguns técnicos es-trangeiros. Mas mais do que momentos de exposição, as aulas foram momentos de discussão. “Como o grupo era limitado, houve uma partilha de experiências muito provei-tosa”. Aliás, a formação até funcionou em duas direcções, como explica Telma: “mesmo nós, como responsáveis, no meio destas discussões, apercebíamo-nos de que podía-mos fazer as coisas de outra maneira e melhorar”. A for-mação teve ainda outro benefício inesperado. Os próprios formandos foram passando os novos conhecimentos aos colegas que não participaram no curso, numa espécie de “passar a palavra”, que acontecia na pausa de almoço ou durante algum procedimento.

Este investimento na formação dos funcionários traz incon-táveis recompensas para o Jardim Zoológico e o primeiro, e mais importante, é desde logo o aumento da qualidade do trabalho. Por exemplo, um tratador pode ter a percepção de que um animal está a comer menos, mas “se não houver medições e registos bem feitos, perdemos essa informa-ção”, explica Telma. “O que acontece é que os funcionários, ao assistirem a esta formação e a estarem predispostos a obter outros conhecimentos, vão fazer os seus procedi-mentos de dia-a-dia com outra atenção ou vão chamar a atenção de outros técnicos, tendo em vista o maior bem-estar do animal”.

A importância deste tipo de formações revela-se ainda mais importante se tivermos em conta que não há cursos na área de maneio de animais selvagens em Portugal, ex-cepto muito pontualmente num número limitado de insti-tuições. “Estamos a falar de formações que não dão uma base técnico-científica, mas sim uma base para trabalho real. Os cursos superiores não têm a parte prática”, escla-

rece Telma. Existem alguns cursos muito curtos e específicos, de in-cubação, bem-estar de papagaios ou anilhagem de animais, mas não podem trazer os benefícios de uma formação completa. Assim, conclui a coordenadora, “o Jardim Zoológi-co, se quer funcionários formados, tem de investir nisso. Pela própria

realidade do país, não há maneira de garantir que as pes-soas já vêm com aquele nível de conhecimentos”.

Os saberes adquiridos na formação vêm juntar-se à motivação natural que os tratadores já têm, que ficou, aliás, bem provada na adesão ao curso. Conta Telma que “a procu-ra foi maior que o número de vagas. Tivemos de fazer uma selecção, tendo em conta a existência de pessoas formadas nas equipas, a idade, o interesse...” De facto, interesse é fun-damental, já que as formações são muito intensivas. Funcio-nando sempre durante o horário de trabalho, muitas vezes ocupa mais de 70% desse tempo, o que implica também um esforço dos outros colegas que ficam sem aquela ajuda.

Pensando sempre no bem-estar animal, o Jardim Zoológico faz todos os esforços para ter os melhores pro-fissionais, que são eles próprios os primeiros entusiastas. A formação é uma aposta que vai continuar e se esta última foi “melhorada e ampliada”, refere TelmaAraújo, não há dúvidas de que “a próxima ainda será melhor”. ∞

... educação e a sensibiliza-ção ambiental e os com-portamentos que cada um deve adoptar para proteger a biodiversidade.

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Crias Tigres-de-sumatra, Naga e Elang, nascidas no Jardim Zoológico a 7 de Junho de 2009.

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E strela nasceu a 20 de Fevereiro deste ano. Filha de Tana e Pipo (ambos com 18 anos), veio completar a pequena

família de hipopótamos-pigmeu do Jardim Zoológico. Esta espécie tem um período de gestação de 184 a 204 dias e as crias são amamentadas durante seis a oito meses.

O Hipopótamo-pigmeu é uma espécie considerada vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza, por se encontrar ameaçado pela destruição do ha-bitat e pela caça ilegal. Por isso, a sua pele castanha, macia e sempre húmida avista-se apenas de forma descontínua no continente africano, desde a Serra Leoa à Nigéria. Estes hi-popótamos em ponto pequeno, vivem em florestas alagadas e pântanos, sempre perto da água. Também o Chimpanzé se encontra em perigo, pela des-truição do habitat e principalmente pela caça com vista ao

comércio da carne para alimentação humana. Se não se tomarem medidas, prevê-se que esta espécie tão pareci-da com o Homem se extinga em 10 anos! Mais uma vez, o Jardim Zoológico ajuda a combater esta tendência. Ainda sem nome, por não ser possível determinar o sexo, a nova cria de Chimpanzé nasceu no dia 26 de Março deste ano e é filha de Kali, de 22 anos, e Dari, de 24 anos. Como macho dominante do grupo, cuja hierarquia é sempre bem defi-nida, Dari já é pai pela quinta vez. Esta espécie inteligente e sociável é oriunda da África Ocidental e Central, vive em florestas tropicais húmidas e savanas arborizadas.

A 20 de Janeiro, nasceu Tempestade, uma fêmea Bongo, que deve o seu nome à noite atribulada em que veio ao mun-do. Neste caso, foi logo significado de bonança, já que tem tido um bom desenvolvimento e se mostra activa e bem disposta.

E a melhor parte desta notícia é que todos eles são crias nascidas no Jardim Zoológico.

7 razões para sorrir

+

=

1 Hipopótamo-pigmeu1 Chimpanzé1 Bongo3 Tigres-de-sumatra1 Koala

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Os Bongos, animais tímidos e silenciosos, são provenientes da África Central, onde vivem em florestas tropicais, bosques e terrenos com coberto de bambu. Infelizmente, esta bonita espécie de pêlo castanho-avermelhado, riscas brancas e cor-nos em espiral, é mais uma das colocadas em perigo pelas nefastas acções do Homem – caça e destruição do habitat.

2009 foi também um ano profícuo em nascimentos. Três crias de Tigres-de-sumatra, duas fêmeas e um ma-cho, nasceram no dia 7 de Junho. Estes predadores soli-tários e territoriais, em estado selvagem, vivem na ilha de Samatra, na Indonésia, e a sua caça por emboscada ocorre principalmente ao crepúsculo e durante a noite. As três no-vas crias têm um especial sabor a vitória, já que se estima que o seu número total, no habitat natural, seja cerca de 400 exemplares. Este dado alarmante, torna ainda mais urgente o esforço para a recuperação daquela que é a su-bespécie mais pequena de uma das mais fascinantes e ad-miradas do mundo, o Tigre.

No mesmo ano, a 20 de Maio, nasceu a “Luz do Dia”. Este é o significado de Kiwa, o nome dado à cria de koala mais recente do Jardim Zoológico. Os Koalas, nascem mui-to pequenos e permanecem dentro de uma bolsa marsupial após o nascimento. Kiwa tinha já sete meses quando co-meçou a sair da bolsa da mãe, mas continuará dependente dela pelo menos até atingir um ano de idade.

O Jardim Zoológico tem em cada nascimento um mo-mento de enorme felicidade. Afinal, cada cria representa um passo em frente na defesa da Natureza. Felizmente, tem-se podido viver muitos destes momentos, já que o Jar-dim tem a maior taxa de reprodução da Europa. ∞

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o clima temperado do nosso país e da cidade de Lis-boa facilita a adaptação das espécies residentes no

Jardim Zoológico, sendo a sua taxa de reprodução, de uma maneira geral, bastante boa.

O Jardim Zoológico tem, assim, um papel concreto a de-sempenhar no plano da conservação. Mas a sua acção vai mais longe. São vários os projectos de conservação que o Jardim Zoológico apoia pelo mundo fora, sendo responsável/coordena-dor de vários programas europeus de reprodução de espécies ameaçadas – EEP’s, e de vários Studbooks, entre os quais, o Studbook Internacional da Impala-de-face-negra, Studbook Europeu da Niala e Studbook Europeu da Tartaruga-espinhosa.

No Ano Internacional da Biodiversidade, o Jardim Zoológico lança uma campanha de publicidade que tem

De mão dada com a conservação. Esta é a nossa natureza.

como objectivo dar a conhecer a sua principal missão: a conservação das espécies em vias de extinção.

Desde o passado mês de Maio e até meados de Julho, podem ser vistos em vários meios, três animais, um pin-guim, um koala e um camaleão, com a mão estendida para o logotipo do Jardim Zoológico, com o headline “De mão dada com a conservação. Esta é a nossa natureza”. Im-prensa, outdoors, autocarros, internet, cinema e tv, foram os meios utilizados para a divulgação desta mensagem. Os três animais escolhidos representam os vários projectos de conservação in-situ (no habitat natural) e ex-situ (fora do habitat natural), que o Jardim Zoológico coordena ou apoia, dando, assim, o seu contributo para a preservação das es-pécies em vias de extinção. ∞

campanha conservação

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agEnda

Junho a Novembro de 2010 {agenda}

próximoseventos

26 dE Julho

dia dos avós

28 dE Julho

dia da conservação

dE 21 dE Junho a 10 dE sEtEMbro

atl do zoo

4 dE outubro

dia do animal

todos os sábados

até novEMbro

sábados selvagens

quando os animais saem dos contos

safari no zoo

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