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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL MINAS GERAIS Nº 19 ______________________________________________________________________ JULHO/AGOSTO/SETEMBRO 1.995 _______________________________________________________________________

REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA …...seu direito “de não ter a decisão da Câmara Superior do CC/MG ... liminar suspensiva da exigibilidade do crédito tributário

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 1

REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL

DA FAZENDA ESTADUAL

MINAS GERAIS

Nº 19

______________________________________________________________________

JULHO/AGOSTO/SETEMBRO

1.995

_______________________________________________________________________

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 2

EDUARDO AZEREDO

Governador do Estado de Minas Gerais

JOÃO HERALDO LIMA

Secretário de Estado da Fazenda

ALBERTO GUIMARÃES ANDRADE

Procurador Geral da Fazenda Estadual

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 3

REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL

DIRETOR-PRESIDENTE

José Alfredo Borges

DIRETOR VICE-PRESIDENTE

Ronald Magalhães de Sousa

CONSELHO EDITORIAL

José Alfredo Borges (Presidente)

Alberto Guimarães Andrade

Carlos José da Rocha

Celso Cordeiro Machado

Elisa Maria Lana Leite

Ilma Corrêa

Luiz Ricardo Gomes Aranha

Márcio José de Souza

Maurício Bhering Andrade

Maurício Ferreira de Carvalho

Mizabel Abreu Machado Derzi

Ronald Magalhães de Sousa (Vice-Presidente)

Sacha Calmon Navarro Coêlho

GERENTE-GERAL

Regina Maria de Carvalho Villefort

ASSISTENTE DE PESQUISA E REDAÇÃO

Márcia Antônia Géa Sampaio

COLABORADORES DESTE NÚMERO

José Alfredo Borges

Bruno Rodrigues de Faria

Ronald Magalhães de Sousa

Sacha Calmon Navarro Coêlho

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 5

S U M Á R I O

Pág.

1. Doutrina:

1.1. Lançamento por arbitramento - Base de cálculo - Apuração

mediante utilização de contratos celebrados pela empresa

contribuinte - Legitimidade (Informações em Mandado de

Segurança) - José Alfredo Borges ....................... 9

1.2. ICMS - Alíquotas - Veículos automotores - Diferenciação

assentada na potência do motor - Legitimidade (Contesta-

ção da FPE em Ação Declaratória) - Bruno Rodrigues de

Faria .................................................. 16

1.3. Juízo competente - Ação proposta contra a Fazenda Públi-

ca Estadual - Juízo da Fazenda Pública da Comarca da Ca-

pital do Estado (Intervenção em Conflito Negativo de

Competência) - Ronald Magalhães de Sousa ............... 25

1.4. ICMS - Fornecimento de cimento destinado à preparação de

concreto fresco - Incidência (Recurso Especial) - Ronald

Magalhães de Sousa ..................................... 29

1.5. Comentários Críticos ao Artigo 121 do CTN - Em Homenagem

a Geraldo Ataliba - Sacha Calmon Navarro Coêlho ........ 34

2. Decisões Judiciais .......................................... 45

3. Ementário de Jurisprudência ................................. 65

4. Índice Geral ................................................ 117

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 6

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 7

_______________________________________________________________________

DOUTRINA

_______________________________________________________________________

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 8

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 9

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 66.769-1

CÂMARAS CIVIS REUNIDAS

Impetrante: ITE - TELEINFORMÁTICA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

Impetrado : SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA

INFORMAÇÕES DO IMPETRADO

EGRÉGIAS CÂMARAS CIVIS REUNIDAS

I - TEMPESTIVIDADE

1. As presentes informações são tempestivas. Recebida a notificação

para prestá-las no dia 15 de março de 1996, que caiu em uma sexta-feira,

iniciou-se o prazo no dia 18 de março, segunda-feira, prazo que expirará

no dia 27 de março de 1996.

II - ANTECEDENTES

2. O núcleo da postulação aqui intentada é a existência ou não da

relação jurídica de que trata o processo tributário administrativo (PTA)

nº 11.01483.92-1 (nº novo - 01.000002035-38), relação jurídica esta em

que figura, no pólo passivo, a Impetrante, e, no pólo ativo, o Estado de

Minas Gerais, Assistente Litisconsorcial.

3. A exigência veiculada no PTA nº 11.01483.92-1 (nº novo 01.000002035-

38) - ICMS e multa de revalidação - teve por origem o recolhimento a

menor do tributo, em virtude da indicação, nas notas fiscais, de valores

inferiores aos efetivamente praticados pela Autuada, ora Impetrante, nas

vendas de aparelhos telefônicos recuperados. O levantamento fiscal foi

assentado em arbitramento feito pela fiscalização com base nos contratos

celebrados entre a Impetrante e a empresa TELESP, de nºs 88.6449 e

91.6263, para fornecimento dos referidos aparelhos telefônicos. (Auto de

Infração e demonstrativo - fls. e fls. anexas à inicial do MS).

4. A Impetrante se defendeu administrativamente, e, em sua impugnação à

autuação fiscal (doc. anexo à inicial do M.S.), na qual investe contra

todo o levantamento, alegou, basicamente, que os percentuais de valor de

materiais a serem fornecidos, indicados no contrato, não são rígidos, se

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 10

constituindo em mera indicação estimada, e não poderiam, assim, terem

sido considerados no arbitramento.

5. A impugnação da Impetrante foi julgada improcedente pelo Conselho de

Contribuintes, pelo voto de qualidade do Presidente da Câmara Julgadora

(acórdão anexo à inicial do M.S.), o que ensejou a interposição de

recurso de revisão pela Impetrante (doc. anexo à inicial do M.S.).

6. No julgamento do recurso administrativo de revisão, da Impetrante,

foi dado provimento ao mesmo, também pelo voto de qualidade da Câmara

Superior (acórdão de fls. anexo à inicial do M.S.), o que ensejou a

interposição, pela Fazenda Estadual de recurso extraordinário para o

Secretário de Estado da Fazenda (doc. de fls. - anexo à inicial do M.S.).

7. O Secretário da Fazenda, provendo o recurso, restabeleceu a decisão

da Câmara Julgadora no julgamento da impugnação, e confirmou a

legitimidade da exigência tributária feita à Impetrante (despacho anexo à

inicial do MS).

8. Esta decisão da Autoridade Impetrada, confirmatória da legitimidade

da exigência tributária, questionada, é que é o ato apontado pela

Impetrante como ofensivo a direito líquido e certo seu.

III - O PEDIDO E SEUS FUNDAMENTOS

9. Com a impetração, portanto, postula a Impetrante a declaração de

nulidade da decisão da Autoridade Impetrada que, decidindo o recurso

extraordinário interposto pela Fazenda Pública Estadual nos autos do PTA

nº 11.0148392-1 (nº novo 01.000002035-38), deu provimento ao mesmo,

julgando improcedente a impugnação manifestada e confirmou a legitimidade

da exigência tributária nele veiculada (DO PEDIDO, fls. 19 da inicial).

10. O direito líquido e certo apontado pela Impetrante como violado, foi

seu direito “de não ter a decisão da Câmara Superior do CC/MG

modificada...” (item a.1 - fls. 18 da inicial).

11. Por sua vez, o ato impugnado, praticado pela Autoridade Impetrada,

de prover o recurso da Fazenda, modificando, assim, a decisão da Câmara

Superior, seria maculado pela circunstância de que, segundo a Impetrante,

a Autoridade Impetrada não teria motivado nem fundamentado sua decisão.

12. A impetrante, apontando como “periculum in mora” a pronta

exigibilidade do crédito tributário, com suas consequências, pediu

liminar suspensiva da exigibilidade do crédito tributário em pauta. O

Relator deixou para se pronunciar sobre a mesma após as informações.

13. A liminar, certamente, “data venia”, será indeferida, e igual

solução será dada ao mandado, eis que descabida a impetração, por vários

motivos e fundamentos.

IV - DESNECESSIDADE DA LIMINAR

14. Inexistente o pressuposto do “periculum in mora”, que justificasse o

deferimento da liminar requerida. A suspensão da exigibilidade do crédito

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tributário pode ser obtida pelo depósito do montante do crédito

tributário questionado, conforme previsto pelo artigo 151, inciso II, do

Código Tributário Nacional, depósito este que pode feito na própria ação

anulatória da exigência tributária, segundo o disposto no artigo 38 da

Lei 6.830, de 22 de setembro de 1980.

15. Quanto à obtenção de certidão negativa, que, segundo a Impetrante,

lhe seria recusada face à inscrição em dívida ativa do crédito tributário

aprovada pela Autoridade Impetrada, também não justifica a concessão da

liminar. Mesmo com o débito inscrito em dívida ativa, poderá a Impetrante

obter certidão positiva, com efeito de negativa, na conformidade do que

dispõe o artigo 206 do CTN.

V - AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO

16. O fundamento de fato básico, em que se respalda a segurança pedida

não resultou provado de plano. Assenta a Impetrante seu pedido, em que a

decisão da Câmara Superior não poderia ser modificada porque a mesma

estaria correta e conforme o direito.

17. Ora, para comprovar tal fato, contudo, que é matéria de mérito da

exigência tributária questionada administrativamente, a Impetrante teria

que trazer aos autos documentos que infirmassem o arbitramento feito pela

fiscalização, que se baseou em contratos celebrados pela Impetramte. Isto

não foi feito.

18. A Impetrante só carreou aos autos do presente feito cópias de

arrazoados (recursos) administrativos e decisões administrativas

proferidas no PTA em questão. Não há, no mandado, nenhum documento que

infirme os valores utilizados pela fiscalização no arbitramento

procedido. O único documento, que se refere a valores, trazido pela

Impetrante é uma folha de contrato com a TELESP, que foi exatamente o

utilizado pela fiscalização. FAZ PROVA CONTRA A IMPETRANTE.

19. Por outro lado, ninguém tem direito a uma decisão favorável, seja na

instância administrativa, seja na instância judicial. O direito que tem a

Impetrante, no que toca ao contencioso administrativo - QUE NÃO FAZ COISA

JULGADA, ADIANTE-SE - é de provocá-lo e obter dos órgãos julgadores uma

decisão sobre a questão suscitada, seja contra ou a favor.

20. No PTA em pauta, cujo contencioso foi instaurado pela impugnação da

Impetrante ao Auto de Infração, foi assegurado amplo direito para ambas

as partes, conforme a lei específica administrativa estadual que regula a

matéria.

21. Das decisões proferidas, todas elas devidamente fundamentadas (docs.

anexos), uma foi favorável à Impetrante - a da Câmara Superior do CC/MG -

e duas foram contra - a da Câmara de Julgamento e a da Autoridade

Impetrada, no julgamento do recurso extraordinário.

22. Quanto aos recursos manifestados contra mencionadas decisões, todos

eles, tanto os interpostos pela Impetrante como o interposto pela

Fazenda, são cabíveis; quanto a isto não há controvérsia.

23. Constata-se, assim, que, na verdade, a Impetrante não se conformou

com a decisão final administrativa e quer anulá-la, mas o caminho não é a

via estreita do mandado de segurança. O caminho é a ação anulatória de

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 12

débito fiscal, onde a Impetrante terá oportunidade de provar - o que não

fez aqui - a ilegitimidade jurídica da exigência tributária que lhe foi

feita.

24. Se a decisão da Autoridade Administrativa tivesse que ser

necessariamente a favor do recorrente, como pretende a Impetrante, não

precisaria nem ser proferida. Bastaria a interposisão do mesmo para

obtenção do resultado positivo. Só que não é assim nosso regime jurídico

processual, no qual o julgador atua pelo princípio do livre

convencimento, ponderadas as alegações das partes em litígio.

25. Inexistente, portanto, o direito líquido e certo invocado pela

Impetrante para justificar o cabimento do “writ”.

VI - VALIDADE E JURIDICIDADE DO ATO IMPUGNADO

26. A alegação da Impetrante de que a decisão da Autoridade Impetrada

proferida no recurso extraordinário seria inválida e viciada, porque não

motivada nem fundamentada, é desautorizada pela própria documentação

trazida aos autos com a inicial.

27. Como se vê às fls. e fls., a decisão da Autoridade Impetrada

apontada como ato ofensivo ao direito da Impetrante, adotou como

fundamento e razão de decidir, o parecer a ela anexo, no qual são

enfrentadas todas as questões levantadas pelas partes, a Fazenda, em suas

razões, e a Impetrante, em suas contra-razões.

28. A decisão questionada, ao revés do alegado pela Impetrante, se apoia

em vasta e robusta motivação e fundamentação, e nada tem de ofensiva ao

direito da Impetrante, se revestindo de legalidade e justiça. A

Autoridade Impetrada analisou todas as razões apresentadas, bem como a

prova carreada aos autos, e se convenceu do acerto e legitimidade da

exigência tributária veiculada pelo PTA nº 01.000002035.38 (nº novo).

29. Não eivado o ato da Autoridade Impetrada de qualquer dos vícios

apontados pela Impetrante, evidencia-se o descabimento da segurança

pedida, pelo que deverá a Impetrante ser julgada carecedora da ação.

VII - NO MÉRITO: ACERTO DA DECISÃO QUESTIONADA

30. Se se chegar ao mérito, melhor sorte não estará reservada à

Impetrante, pois legítima e conforme o direito a exigência tributária

aprovada pelo ato apontado como ofensivo ao direito da Impetrante.

31. A exigência de tributos mediante arbitramento da autoridade

fazendária tem respaldo no artigo 148 do Código Tributário Nacional, que

autoriza à autoridade lançadora que arbitre o valor da operação sempre

que

SEJAM OMISSOS OU NÃO MEREÇAM FÉ OS DOCUMENTOS

EXPEDIDOS PELO SUJEITO PASSIVO.

32. Ora, a Autuada, ora Impetrante, na emissão das notas fiscais

relativamente aos contratos retro mencionados, não fez a especificação

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 13

das mercadorias e de sua quantidade, omissão que, por si só, retira dos

documentos a credibilidade.

Mas não ficou só nisto.

33. O estabelecimento matriz da Impetrante emitiu diversas notas fiscais

de prestação de serviço calçadas, o que, apesar de estranhas ao caso e de

emissão de estabelecimento diverso, mas de mesma titularidade, leva à

convicção de que suas declarações ou esclarecimentos, bem assim os

documentos expedidos, não merecem fé, mormente quando, em relação a estes

últimos, estiverem ausentes os seus requisitos essenciais, o que autoriza

o arbitramento.

34. Por outro lado, a consignação de valores das notas fiscais de

prestação de serviços muito superiores aos destacados nas notas fiscais

relativas ao fornecimento de mercadoria mostra-se incoerente com a

modificação, em direção oposta, posteriormente efetuada no contrato

assinado com a TELESP (São Paulo), que elevou o percentual relativo ao

material empregado de 40% para 60% do preço unitário, dando conta de que,

em tais situações, o valor correspondente ao material empregado é mais

expressivo que o relativo à mão-de-obra, fato este que milita em favor do

fisco, no sentido da inconsistência dos documentos emitidos.

35. Ademais, é bom salientar, conforme magistério de ALIOMAR BALEEIRO,

que os indícios e as presunções veementes constituem prova a favor do

fisco.

E o que não falta, no caso aqui versado, são indícios veementes da

inveracidade das indicações de valores constantes dos documentos fiscais

emitidos pela Impetrante, como relatado nos considerandos do voto vencido

proferido pelo Relator originário do processo.

36. Com relação ao trabalho fiscal desenvolvido, de arbitramento dos

valores das operações realizadas pela Impetrante, de fornecimento de

aparelhos telefônicos recondicionados, o mesmo foi desenvolvido com

estrita observância das normas da legislação tributária estadual

aplicáveis à espécie.

37. De se registrar que a aplicação do artigo 79 do Regulamento do ICMS,

aprovado pelo Decreto nº 35.535/91, que trata dos parâmetros que deve o

Fisco adotar para efeito de arbitramento, pressupõe, evidentemente, o

conhecimento das mercadorias saídas, o que, na hipótese, mostrou-se

impossível, tendo em vista que não havia, nos documentos fiscais,

especificação das mesmas, sendo legítima a adoção de outro critério,

desde que racional, lógico e motivado, como se vê do inciso VIII do

citado artigo 79.

E o critério utilizado para o arbitramento foi a utilização de dados

dos próprios documentos da Impetrante.

38. No contrato firmado pela Impetrante, existe indicação feita por ela

própria, de preço unitário para cada aparelho telefônico consertado,

composto parte pela mão-de-obra e parte pela mercadoria empregada.

A utilização deste preço, mesmo que na prática possa sofrer variação

em sua composição, relativamente à mão-de-obra e às mercadorias

empregadas, em razão do serviço executado e do material usado, mostra-se,

pois, racional, lógica e motivada, eis que o mesmo foi fixado com base em

parâmetros específicos, pela própria Impetrante, dentro de um padrão de

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 14

realidade, conforme o documento “Condições Gerais Contratuais” (fls. 23 a

35 e 45 a 54 do PTA) da Telesp (São Paulo).

39. Ademais disto, no documento “Autorização de Serviço/Obra” (fls. 144

a 147 do PTA), emitido pela Telebahia (Bahia), no campo destinado aos

dados para a sua execução, está prevista a “substituição indistinta das

cápsulas transmissoras de carvão por cápsulas transmissoras dinâmicas”,

demonstrando, assim, que houve fornecimento de mercadoria pela

Impetrante, embora esta insista que no caso da Telebahia ocorrreu tão-só

prestação de serviço.

Da mesma forma, no Anexo III do Contrato nº 6200-010/90, firmado com

a Telest (Espírito Santo), na descrição dos serviços a serem executados,

estão previstas hipóteses em que necessariamente haverá substituição de

componentes, como é o caso de placas de circuitos (fls. 138), embora a

Impetrante, também aqui, insista que houve apenas prestação de serviço.

40. E não poderia ser de outra maneira, pois em aparelhos telefônicos o

tipo de serviço prestado - reparo em aparelhos telefônicos - em face das

características de seus componentes eletrônicos, implica quase sempre em

substituição de peças, raciocínio este corroborado pelo rigor dos

contratos firmados, no sentido de que os aparelhos recuperados mantenham

as características de um novo e tenham perfeito funcionamento, não sendo

admitida nem mesmo peças amareladas, que deveriam ser substituídas (fls.

137 do PTA).

Assim, uma vez que os contratos firmados com a Telest (Espírito

Santo) e com a Telebahia (Bahia) têm a mesma natureza dos assinados com a

Telesp (São Paulo), consistentes em prestação de serviço com efetivo

fornecimento de mercadorias, no mesmo período de tempo, é legítimo

estender àqueles, para fins de arbitramento, o critério usado para as

operações com a empresa paulista, vez que são omissos quanto à composição

de preço unitário por aparelho consertado.

41. Vê-se, portanto, é bom que se repita, que o Fisco Estadual agiu de

conformidade com o artigo 148 do CTN, artigo 151, I, da Lei nº 6.763/75,

e artigo 78, II, do RICMS, e arbitrou valores com base nos elementos

disponíveis, de elaboração do próprio sujeito passivo, ora Impetrante,

dentro do razoável.

O Fisco, para apuração das operações realizadas pelo sujeito

passivo, utilizou-se de procedimento tecnicamente idôneo, i.é., o exame

de contrato firmado, no qual constava a existência de mercadoria

suscetível de se constituir em objeto de operação tributável, conforme

disposto no artigo 838, VII, do RICMS.

Nenhum outro procedimento fiscal caberia na espécie eis que de nada

adiantaria levantamento quantitativo do estoque da Autora/Impetrante, já

que não se sabe, de fato, quais as mercadorias efetivamente empregadas

nos reparos dos telefones, informação não constante das notas fiscais

emitidas.

42. Há que se salientar que o arbitramento é processo contraditório, e o

valor arbitrado pelo Fisco poderia ser impugnado pelo contribuinte,

mediante exibição de documentos que comprovem suas alegações.

Só que a Impetrante, em nenhum momento, trouxe qualquer elemento de

prova - relação de mercadorias empregadas, descrição dos consertos

efetuados, esclarecimentos das empresas contratantes, fichas de controle

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 15

de estoque, etc. - o que lhe cabia fazer para corroborar suas alegações e

contestar o feito fiscal.

43. Por derradeiro, digno de relevo que não se pode admitir a aplicação

do artigo 112 do CTN, quando é o próprio sujeito passivo que age à margem

da legislação tributária, concorrendo, deliberadamente, para criar as

condições ensejadoras do emprego daquele dispositivo, sob pena de

torná-lo não uma garantia para o contribuinte, mas um artifício contra a

ação fiscal.

44. E não há dúvida quanto à materialidade do fato, nem quanto à sua

natureza, pois restou provado no PTA que houve o fornecimento de

mercadoria, ensejando a incidência do ICMS, quer pela análise dos

contratos firmados e de outros documentos presentes nos autos, quer pelo

fato de existirem notas fiscais dando conta de que materiais foram

empregados nos reparos efetuados.

45. Desta maneira, restou demonstrado e comprovado que o Fisco agiu

corretamente ao desconsiderar os documentos fiscais emitidos pela

Impetrante. É que diversas circunstâncias, indicadas pela fiscalização,

colocaram em dúvida a veracidade de tais documentos.

46. Daí, teve a fiscalização que proceder ao arbitramento dos valores

das operações tributadas pelo ICMS utilizando os elementos disponíveis, e

de elaboração da própria Impetrante.

47. De seu lado, a Impetrante, cientificada do lançamento por

arbitramento efetuado, e a quem era, e é, facultado, pelo princípio do

contraditório e da ampla defesa, oferecer contestação ao feito fiscal

carreando aos autos provas ou explicações convincentes a respeito das

irregularidades indicadas, não o fez.

48. Ademais, e por derradeiro, os documentos existentes nos autos do PTA

caminhavam (e caminham) em sentido oposto às alegações da Impetrante na

fase administrativa, aqui reproduzidas.

49. A decisão da Autoridade Impetrada, pois, só podia ser uma:

restabelecer, por inteiro, as exigências tributárias veiculadas pelo PTA

nº 11.01483.92-1 (nº novo 01.000002035-38), e que haviam sido

indevidamente canceladas pela decisão da Câmara Superior do órgão

julgador administrativo.

50. Assim, legítima e conforme o direito a decisão atacada pela

impetração, pelo que deve ser denegada a segurança pedida, como de

DIREITO e JUSTIÇA.

Belo Horizonte, 25 de março de l996.

JOÃO HERALDO LIMA

Secretário de Estado da Fazenda

P.d. JOSÉ ALFREDO BORGES

Procurador da Fazenda Estadual

OAB/MG nº 21.350

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 16

Exmo. Sr. Juiz de Direito da 1ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias de

Belo Horizonte

Processo nº 02495.101.469-5

A Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais, nos autos do processo

em epígrafe, Ação Declaratória proposta por Malacco Amarante Comércio

Exterior Ltda., vem apresentar sua Contestação, pelos fatos e fundamentos

seguintes:

- Síntese da Matéria Trazida a Juízo -

Até o final do ano de 1994, a Lei Estadual nº 6.763/75, que

consolida a legislação tributária do Estado de Minas Gerais, com as

alterações trazidas pela Lei nº 9.758/89 que a adaptou à nova ordem

constitucional, e outras posteriores, em seu art. 12, que trata das

alíquotas do ICMS, vigorava com a seguinte redação:

Art. 12 - As alíquotas do imposto nas operações relativas

à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços,

são:

I - Nas operações e prestações internas:

a - 25% (vinte e cinco por cento), nas operações com as

mercadorias e nas prestações de serviços relacionados na

tabela “F”, anexa a esta Lei:

(...):

d - 18% (dezoito por cento):

d.1 - nas operações e prestações não especificadas na

forma das alíneas anteriores;

(...).

A tabela “F”, citada na alínea a, relaciona, em seu item 7:

Motocicletas acima de 450 (quatrocentas e cinquenta) cilindradas. Convém

observar que esta era a única referência feita a veículo terrestre no

dispositivo em questão.

Em 30 de dezembro de 1994 foi sancionada a Lei nº 11.729 (fl. 23),

com eficácia a partir de 1º de janeiro de 1995, que, conforme sua própria

ementa, acrescentou dispositivos à Lei nº 6.763/75. Seu art. 1º

estabelece:

Art. 1º - Ficam acrescentados ao art. 12 da Lei nº 6.763

de 26 de dezembro de 1975 os seguintes dispositivos:

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 17

“Art. 12 - ....................

I - ...........................

e - nas operações com os veículos classificados nos

códigos (...) e na posição 8.711 da Nomenclatura Brasileira

de Mercadorias - Sistema Harmonizado - NBM-SH - observadas

as condições estabelecidas no § 8º deste artigo:

1) 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis

centésimos por cento), de 1º de janeiro a 3l de março

de 1995.

2) 14,76% (quatorze inteiros e setenta e seis centésimos

por cento), de 1º de abril a 30 de junho de 1995.

3) 13,24% (treze inteiros e vinte e quatro centésimos

por cento), de 1º de julho a 30 de setembro de 1995.

4) 12% (doze por cento), a partir de 1º de outubro de

1995.

(...).” (...). (sem negrito no original).

Observe-se que a nova lei nada disse sobre alterações na alínea a do

citado art. 12, nem suprimiu, acrescentou ou modificou qualquer item da

tabela “F” anexa à Lei 6.763/75, limitando-se a tratar das alíquotas

relativas às mercadorias mencionadas na nova alínea.

Com o objetivo de adaptá-lo às novas disposições legais, o chefe do

executivo estadual alterou o regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto

nº 32.535/91, fazendo-o por meio do Decreto nº 36.658 de 28 de janeiro de

1995 (fl. 24v.). O artigo 1º do novo decreto determinou nova redação

para, entre outros, o art. 59, I, c, do regulamento, análogo ao art. 12,

I, e, da Lei 6.763/75. O dispositivo regulamentar passou a ter a seguinte

redação:

Art. 59 - ....................

I - ...........................

c - nas operações com os veículos classificados nos

códigos (...) e na posição 8.711 da Nomenclatura Brasileira

de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM-SH), exceto

motocicletas acima de 450 (quatrocentas e cinquenta)

cilindradas, observadas as condições estabelecidas no §

8º deste artigo:

c.1 - 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis

centésimos por cento), de 1º de janeiro a 31 de março

de 1995.

c.2 - 14,76% (quatorze inteiros e setenta e seis

centésimos por cento), de 1º de abril a 30 de junho de

1995.

c.3 - 13,24% (treze inteiros e vinte e quatro centésimos

por cento), de 1º de julho a 30 de setembro de 1995.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 18

c.4 - 12% (doze por cento), a partir de 1º de outubro de

1995.

(...).

Diante de tais modificações legislativas, considerando que, no seu

entender as novas alíquotas se aplicavam a todos os tipos de motocicletas

incluídas na norma NBM SH 8.711, inclusive as de mais de 450 cilindradas,

a autora, após a resposta negativa a consulta sobre o tema, formulada à

Divisão de Legislação Tributária da Secretaria de Estado da Fazenda,

ingressou em juízo com a presente Ação Declaratória.

Pelo que se pode entender do pedido original e daquele emendado por

determinação judicial, fls. 31-32, deseja a empresa que, em primeiro

lugar, seja declarada a inconstitucionalidade da expressão exceto

motocicletas acima de 450 (quatrocentas e cinquenta) cilindradas, contida

no art. 1º do Decreto 36.658/95. Além disso, quer também que se declare

seu direito de comercializar motocicletas acima de 450 cilindradas de

acordo com aquilo que ela própria considera serem os termos da Lei 11.729

/94.

Os pedidos formulados carecem de viabilidade jurídica, quer pelo

exame sob o ângulo exclusivamente processual da possibilidade de que

sejam satisfeitos pelo judiciário, quer pela análise do seu mérito diante

das normas aplicáveis.

Preliminarmente:

- Impossibilidade Jurídica dos Pedidos -

De acordo com o art. 4º, I do CPC, o objeto da ação declaratória

pode ser a existência ou inexistência de uma relação jurídica. Conforme

os pedidos apresentados, a finalidade da presente ação ultrapassa em

muito os limites da ação declaratória, sendo juridicamente impossível.

Convém observar que os pedidos da autora não se prenderam a uma ou

mais de uma relação jurídica em particular, não tendo trazido aos autos

nenhum exemplo concreto de caso em que queira vender uma motocicleta a

alguém, recolhendo o ICMS pela alíquota que considera aplicável.

Quer uma declaração abstrata de inconstitucionalidade ou ilegalidade

de uma norma regulamentar, sem que diga sequer qual o dispositivo

constitucional violado, acompanhada de outra declaração genérica do

judiciário, permitindo que ela aplique às suas operações em questão a

alíquota de imposto que desejar, segundo sua própria interpretação da

legislação, ficando o fisco impedido de autuá-la.

O primeiro pedido seria característico de ação direta de

inconstitucionalidade, para a qual não está legitimada a autora, nem é

competente o juízo.

O pedido numa ação declaratória deve limitar-se a declaração da

existência ou inexistência de uma determinada relação jurídica. Os

pedidos na presente ação, tal como formulados, carecem de viabilidade

jurídica. A ação declaratória não pode se prestar a pretensões desta

ordem, como têm decidido os tribunais:

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 19

A declaração de existência ou inexistência de relação

jurídica deve versar sobre situação atual, já verificada, e

não sobre a existência de uma futura relação jurídica.

(RTFR 147 55).

Para que possa obter pronunciamento jurisdicional sobre a

existência ou inexistência de uma relação jurídica, o

autor haverá de explicitá-la, deduzindo todos os seus

termos. Impossibilidade de a sentença emitir comandos

genéricos, não referidos a uma situação concreta,

perfeitamente identificável. (TFR Ac. 9745-MT. Bol. do TFR

157 7).

A formulação de pedidos genéricos, sem referência a relações

jurídicas individualizadas impossibilita a defesa da Fazenda em cada

situação, além de, no caso de provimento, criar uma perigosa e indefinida

faixa de “imunidade” para particulares diante da Administração que

ficaria impedida de agir caso a autora adotasse uma interpretação

incorreta da lei.

Por todo o exposto fica patente a impossibilidade jurídica dos

pedidos, pelo que deve o processo ser extinto sem julgamento de mérito.

No mérito:

Superada a preliminar, três questões se colocam diante das

pretensões da autora:

- A Lei 11.729/94 revogou o disposto na alínea a do inciso I do art.

12 da Lei 6.763/75 e no item 7 da tabela “F” anexa?

- O legislador está impedido de estabelecer diferentes alíquotas

para mercadorias da mesma espécie (motocicletas), baseando-se em uma de

suas características (maior ou menor potência do motor)?

- A expressão exceto motocicletas acima de 450 (quatrocentos e

cinquenta) cilindradas contida no art. 1º do Decreto nº 36.658/95, por ir

além do disposto na Lei 11.729/94 é ilegal ou inconstitucional?

A Fazenda Pública Estadual entende ser negativa a resposta para as

três questões, o que demonstrará a seguir, evidenciando a total falta de

razão da autora.

- Eficácia do preceito da alínea a do art. 12, I da Lei 6.763/75 -

Ao contrário do que possa parecer, o princípio jurídico segundo o

qual a lei posterior revoga a anterior não é de aplicação singela,

devendo-se observar cautelas especiais principalmente quando se trata de

indagar da ocorrência ou não de revogação tácita de uma lei por outra. A

existência de contradição entre dispositivos legais deve ser

exaustivamente provada por quem a alega.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 20

A esse propósito, convém recordar a clássica lição de Carlos

Maximiliano, chamado, com justiça, o “príncipe dos hermeneutas

brasileiros”:

Não se presumem antinomias ou incompatibilidades nos

repositórios jurídicos; se alguém alega a existência de

disposições inconciliáveis, deve demonstrá-las até a

evidência.

Supõe-se que o legislador, e também o escritor do

Direito, exprimiram o seu pensamento com o necessário

método, cautela, segurança; de sorte que haja unidade de

pensamento, coerência de idéias; todas as expressões se

combinem e harmonizem. Militam as probabilidades lógicas no

sentido de não existirem, sobre o mesmo objeto, disposições

contraditórias ou entre si incompatíveis, em repositório,

lei, tratado, ou sistema jurídico.

Não raro, à primeira vista duas expressões se

contradizem: porém, se as examinarmos atentamente (subtili

animo), descobrimos o nexo culto que as concilia. É quase

sempre possível integrar o sistema jurídico; descobrir a

correlação entre as regras aparentemente antinômicas.

Sempre que descobre uma contradição, deve o hermeneuta

desconfiar de si; presumir que não compreendeu bem o

sentido de cada um dos trechos ao parecer inconciliáveis,

sobretudo se ambos se acham no mesmo repositório. Incumbe-

lhe preliminarmente fazer tentativa para harmonizar os

textos; a este esforço ou arte os estatutos da Universidade

de Coimbra, de 1772 denominavam Terapêutica Jurídica.

Inspire-se o intérprete em alguns preceitos diretores,

formulados pela doutrina:

a) Tome como ponto de partida o fato de não ser lícito

aplicar uma norma jurídica senão à ordem de coisas para a

qual foi feita.

Se existe antinomia entre a regra geral e a peculiar,

específica, esta, no caso particular, tem a supremacia.

Preferem-se as disposições que se relacionam mais direta e

especialmente com o assunto de que se trata: In toto jure

generi per speciem derogatur, et illud potissimum habetur

quod ad speciem directum est - “em toda disposição de

direito, o gênero é derrogado pela espécie, e considera-se

de importância preponderante o que respeita diretamente à

espécie”.

b) Verifique se os dois trechos não referem a hipóteses

diferentes, espécies diversas. Cessa neste caso o conflito;

porque tem cada um a sua esfera de ação especial, distinta,

cujos limites o aplicador arguto fixará precisamente.

c) Apure o intérprete se é possível considerar um texto

como afirmador de princípio, regra geral; o outro, como

dispositivo de exceção; o que estritamente não cabe neste,

deixa-se para a esfera de domínio daquele.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 21

d) Procure encarar as duas expressões de direito como

partes de um só todo, destinadas a completarem-se

mutuamente; de sorte que a generalidade aparente de uma

seja restringida e precisada pela outra. (...).

(Hermenêutica e Aplicação do Direito. 13ª edição; Rio,

Forense, 1993; p. 134-135. Sem negritos no original).

No caso presente, a Lei 11.729/94, como se afirmou, não revogou

expressamente a alínea a do art. 12, I da Lei 6.763/75, nem o item 7 da

tabela “F” anexa àquela lei. Limitou-se a acrescentar uma alínea tratando

de alíquotas relativas a mercadorias incluídas até então na regra geral

da tributação, ou seja, algumas espécies de veículos, inclusive as

motocicletas em geral. As motocicletas acima de 450 cilindradas já eram

tratadas como caso especial (alíquota de 25%) quando as demais incluíam-

se na regra geral (alíquota de 18%). Quando a lei passou a tratar das

demais motocicletas como caso mais favorecido (alíquotas reduzidas), sem

promover qualquer alteração nos dispositivos legais atinentes às

motocicletas de mais de 450 cilindradas, só se pode presumir que a

exceção que já havia continuou a existir.

A matéria da eficácia das normas jurídicas e de sua cessação pelo

advento de outras normas está regulada entre nós pela Lei de Introdução

ao Código Civil (Decreto-Lei 4.657/42), que assim dispõe:

Art. 2º - Não se destinando a vigência temporária, a lei

terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

§ 1º - A lei posterior revoga a anterior quando

expressamente o declare, quando seja com ela incompatível

ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a

lei anterior.

§ 2º - A lei nova, que estabeleça disposições gerais

ou especiais a par das já existentes, não revoga nem

modifica a lei anterior.

(...).

Da aplicação do texto legal ao caso dos autos, pode-se concluir que

o texto original só seria revogado, primeiramente, por disposição

expressa, o que não houve. As demais hipóteses mencionadas pelo § 1º não

se aplicam ao caso, pois não há verdadeira incompatibilidade, como se

demonstrou acima; também não há que se falar em ter a nova lei regulado

totalmente a matéria. Tal se sucederia, por exemplo, com a edição de um

novo Código Tributário Estadual, ou numa hipótese mais restrita, se ao

artigo 12, sobre alíquotas, fosse dada uma redação inteiramente nova,

substituindo totalmente a anterior e eliminando a exceção antes existente

em relação às motocicletas acima de 450 cilindradas.

A questão se resolve à luz do § 2º transcrito acima, ou seja, a nova

lei estabeleceu disposições especiais a par das já existentes, aplicáveis

a outros casos, até então incluídos na regra geral. As motos acima de 450

cilindradas já eram um caso especial, nada se alterando em sua regulação

vigente.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 22

Clóvis Beviláqua, em comentário ao art. 4º da antiga Lei de

Introdução ao Código Civil, dispositivo análogo ao citado art. 2º do

atual diploma, acentua:

O segundo preceito do artigo é um elemento de conciliação

entre os dispositivos das leis diversas, que compõem um

sistema legislativo, fazendo desaparecer as antinomias,

aparentes entre as mesmas. A lei posterior revoga a

anterior, expressamente, quando assim o declara, ou

tacitamente, quando há incompatibilidade entre as

respectivas disposições. Mas, se a segunda lei é especial,

isto é, se dispõe para um caso particular, ou para um

determinado instituto, entende-se que apenas abriu-se uma

exceção à regra geral. Também as leis especiais regulam um

instituto ou uma relação particular, é princípio de direito

que a lei geral posterior lhe permite a continuação, quando

não a revoga explícita ou implicitamente, porque a regra

divergente já existia e, se devesse desaparecer, di-lo-ia,

claramente, a lei nova ou disporia de modo a contrariá-la,

regulando o mesmo assunto.

(Código Civil dos E.U.B. Comentado. Edição histórica, 6ª

tiragem; Rio, Ed. Rio, s.d.; p. 107. Sem negritos no

original. Atualizou-se a ortografia).

Fixada a possibilidade de coexistência harmônica entre o dispositivo

da alínea a do art. 12 da Lei 6.763/75 e introduzido na alínea e do mesmo

artigo e inciso, resta indagar da razão de ser do tratamento

diferenciado.

A diferença encontra explicação no princípio da seletividade do ICMS

em função da essencialidade das mercadorias. A seletividade é

expressamente permitida pela Constituição Federal, art. 155, § 2º, III:

Art. 155 (...).

§ 2º - O imposto previsto no inciso II atenderá ao

seguinte:

(...)

III - poderá ser seletivo em função da essencialidade das

mercadorias e dos serviços;

(...).

Com base neste princípio, estabeleceram os Estados, titulares da

competência impositiva, diferentes alíquotas de ICMS, variando da menor,

aplicada aos produtos considerados essenciais à maior, aplicada aos

considerados supérfluos. O conceito de essencial e o de supérfluo podem

variar de acordo com o tempo e lugar, cabendo, no nosso sistema jurídico,

ao legislador, elaborar tal classificação.

A alíquota fixada pela alínea a do art. 12, I da Lei 6.763/75,

auxiliada pela tabela “F”, tem por alvo, exatamente, os produtos

definidos pelo legislador mineiro como supérfluos. Na tabela se incluiu,

e permanece incluído o item 7, que menciona as motocicletas de mais de

450 cilindradas. Considerou o legislador tratar-se de veículos de luxo,

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 23

de alto desempenho esportivo e utilização suntuária, só estando ao

alcance daqueles que podem contribuir com uma parcela mais significativa

para os cofres públicos. Convém notar que vários outros estados incluem

tais motocicletas entre as mercadorias supérfluas, conforme assinalam

José Cassiano Borges e Maria Lúcia Américo dos Reis, em obra dedicada à

análise geral do ICMS no país:

Exemplos de produtos considerados supérfluos são as armas

e munições, suas partes e acessórios, cigarros, charutos,

cigarrilhas, fumo e artigo correlato; perfumes e

cosméticos; jóias, bebidas alcóolicas; automóveis

importados, motocicletas a partir de 450 cilindradas,

inclusive, peleteria e suas obras; peleteria artificial e

outros.

(O ICMS ao Alcance de Todos. 3ª edição; Rio, Forense,

1995; p. l3l. Sem negritos no original).

Porém, não só em função de seletividade variam as alíquotas do ICMS,

os estados, através de convênios, podem fixar alíquotas diferenciadas,

visando atender a objetivo de interesse comum, tal como o estabelecimento

de uma política de incentivo à indústria ou ao comércio. Nesse sentido,

no quadro de ajustes por que passava o país no início do chamado plano

real, como resultado de negociações entre a União, Estados, fabricantes,

comerciantes de veículos e trabalhadores do setor, foram feitos acordos

que determinaram reduções de alíquotas de ICMS sobre diversos tipos de

veículos, motivando a edição da Lei 11.729/94. Em tais acordos, jamais se

tratou dos produtos considerados supérfluos, pois tratava-se de

incentivar o consumo de bens úteis. Assim, não foi modificada a Tabela

“F” anexa à Lei 6.763/75, permanecendo as motocicletas ali citadas como

produtos supérfluos.

Como se demonstrou, a Lei 11.729/94 nada revogou quanto às alíquotas

de ICMS, apenas acrescentou, pelas razões já expostas, mais um caso

especial. A diferença de tratamento entre as motocicletas acima de 450

cilindradas e as demais já existia e continou a existir.

- Legalidade da modificação no RICMS pelo Dec. 36.658/95 -

Os regulamentos, vigentes por força de decretos, são atos privativos

dos chefes dos executivos federal, estadual e municipal, de acordo com

cada competência, subordinados hierarquicamente às leis a que se

vinculam. De acordo com o art. 90, VII da Constituição Estadual, o poder

do Governador do Estado para expedir decretos regulamentares, vincula-se

a fiel execução das leis a que estão ligados.

Nestes termos o regulamento do ICMS, aprovado pelo Dec. 32.535/91,

não pode ir além ou ficam aquém, ou ainda estabelecer diversamente do que

dispõe a Lei 6.763/75. Todavia, o regulamento não precisa nem deve ser

uma cópia literal da lei. Se assim fosse, seria uma excrescência

inteiramente inútil. A função do regulamento é permitir a fiel execução

da lei, procurando esclarecer seu conteúdo, detalhar o que ela trata

genericamente, resolver contradições que são apenas aparentes.

Já se demonstrou acima, à exaustão, a inexistência de contradição

real entre a nova alínea e e a alínea a do art. 12, I da Lei 6.763/75.

Desse modo, quando o Dec. nº 36.658/95 modificou o regulamento do ICMS,

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 24

com o objetivo de afeiçoá-lo às modificações trazidas pela Lei nº

11.729/94, procurou, desde logo demonstrar a inexistência de antinomia,

compatibilizando a aplicação das duas alíneas aparentemente

contraditórias, mas realmente harmônicas.

Ao acrescentar no dispositivo do regulamento que corresponde à

alínea e do art. 12, I da nova redação da Lei nº 6.763/75 a expressão

exceto motocicletas acima de 450 (quatrocentos e cinquenta) cilindradas,

visou o novo decreto informar a quem de direito que não foi revogado o

dispositivo específico que trata daquele tipo de veículo, possibilitando

a fiel aplicação da lei e respondendo antecipadamente a questionamentos

como o levantado pela autora. Exatamente isso já havia sido respondido

pela Divisão de Legislação Tributária quando de sua consulta (fls. 27-

28).

Não há ilegalidade ou inconstitucionalidade no dispositivo

regulamentar.

Ante o exposto, vem requerer:

I - A extinção do processo, sem julgamento de mérito, pelo alegado

em preliminar, ou,

II - A improcedência dos pedidos formulados, por lhes faltar suporte

jurídico.

III - A condenação da autora ao pagamento de custas e honorários, na

forma da lei.

Entendendo tratar-se de matéria exclusivamente de direito, requer a

ré, o julgamento antecipado da lide nos termos da legislação processual.

Caso se entenda de outra forma, provará o alegado pelos meios legais.

Nestes termos,

Pede Deferimento.

Belo Horizonte, 16 de março de 1996.

BRUNO RODRIGUES DE FARIA

Procurador da Fazenda Estadual

OAB/MG 45.706

EXMO. SR. DESEMBARGADOR BADY CURI

DD. JUIZ RELATOR DO CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA Nº 47.354-6

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 25

Suscitante : JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE

BELO HORIZONTE

Suscitado : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA

COMARCA DE BOCAIÚVA

Interessados: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS E

CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES AVELAR LTDA.

A FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, por seu procurador

infra-assinado, intervindo nos autos do CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA

acima descrito, em que é diretamente interessada, porque suscitado nos

autos de ação declaratória de inexistência de débito fiscal, inicialmente

proposta contra si em BOCAIÚVA, vem dizer e requerer o seguinte:

Trata-se de ação ordinária ajuizada contra a Fazenda Pública

Estadual, destinada evidentemente, a desconstituir “obrigação” da Autora

(Construções e Instalações Avelar Ltda.), e, não, da Ré - pessoa jurídica

de Direito Público, que tem sua sede e, portanto, o domicílio, na Capital

do Estado (art. 35, II, do Código Civil).

O MM. Juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública desta Capital suscitou o

conflito, por ocasião da remessa e distribuição da referida ação à sua

Vara, entendendo que

“a competência fixa-se ex-vi do artigo 100, IV, D do Código

de Processo Civil, pelo lugar onde está a sede, para a ação

em que for ré a pessoa jurídica, uma vez que inexiste foro

privilegiado e sim varas especializadas.” (Sic).

Todavia, a mencionada alínea D, do art. 100, inciso IV, do CPC,

dispositivo legal em que V. Exª fundamentou, contém um critério de

fixação de competência de foro baseado no

“lugar (inciso IV):

“d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em

que se lhe exigir o cumprimento;”

Ora, a ação judicial proposta não tem o objetivo previsto nesta

alínea. Antes pelo contrário, a Autora pretende, na verdade, deixar de

cumprir a obrigação tributária, por isso que ajuizou a ação, NUNCA,

exigir-lhe o cumprimento...

Por outro lado, o fundamento fático contraditoriamente indicado pelo

ilustre Juiz suscistante (a competência se determina “pelo lugar onde

está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica...” (Sic) consta

explicitamente da alínea “a”, do mesmo inciso IV (não, da letra “d”), e

leva inexoravelmente à conclusão contrária a que chegou aquele

Magistrado, para suscitar o conflito.

É simplesmente a letra da LEI, determinando a competência do foro da

Ré.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 26

Portanto, a ação ordinária proposta contra a Fazenda Pública

Estadual só poderia ser ajuizada, mesmo, no foro de sua sede, que é a

Capital do Estado, a não ser que ocorra alguma causa legal de modificação

de competência, o que não é o caso. Esse é o direito positivo, legislado,

em favor de qualquer pessoa jurídica Ré e, NÃO, um privilégio.

Data venia, privilégio é o que se quer conceder à Autora com o

conflito suscitado: o de se ajuizar uma ação, comodamente, no seu próprio

domicílio.

A regra geral consagrada na doutrina e no art. 94 do CPC é de que a

ação será ajuizada no foro do domicílio do réu, quando se trata de

aplicação do critério do foro do lugar, nas ações propostas contra pessoa

jurídica, o mesmo CPC não discrepa da regra, pois, especificando sobre

tais ações, assim determina a referida alínea “a”, do inciso IV, do art.

100, verbis:

“É competente o foro:

.........................................................

“IV - do lugar:

“a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa

jurídica.;”

Nas demais especificações previstas neste mesmo art. l00, porém,

estabelecem-se exceções à regra geral, exceções essas que realmente

poderiam ser vistas como privilégios, a exemplo do caso da alínea “b” do

citado inciso IV, cuja leitura apressada, datíssima venia, levou o

prolator da decisão transcrita pelo douto Magistrado suscitado (fls. 03 -

Conf. Comp. 16.152-1, DJMG de 19/10/94) a julgar contra a letra da lei e

a regra geral prevista no art. 94, mantida no caso da alínea “a” acima

transcrito, para o caso de ações intentadas contra pessoa jurídica.

Efetivamente, por ocasião daquele julgamento, não se atentou para a

literalidade do disposto na alínea “b” referida, que, esta sim, concede

um privilégio ao Autor de ações contra as pessoas jurídicas, ou seja, o

privilégio de demandar no seu próprio domicílio, como exceção à regra

geral, mas desde que estejam presentes duas condições.

Com efeito, esse favor processual não se assenta unicamente no fato

de a pessoa jurídica possuir agência ou sucursal no domicílio do Autor,

como se julgou então.

Releva aqui transcrever ipsis litteris as duas alíneas, destacando-

se a letra “b”, para demonstrar a existência de outro requisito

fundamental, sem o qual a exceção não se aplica, e foi alvidado, data

venia, no voto condutor da decisão cujo trecho o ilustre Juiz suscitante

transcreve a fls. 03:

“Art. 100 - É competente o foro:

IV - do lugar:

a) onde está a sede, para ação em que for ré a pessoa

jurídica;

b) onde se acha a agência ou sucursal, QUANTO ÀS OBRIGAÇÕES

QUE ELA CONTRAIU;”

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 27

O segundo requisito está contido no destaque da alínea “b” acima

descrita: a exceção à regra da alínea “a” só se verifica no tocante às

obrigações que a agência ou sucursal da prova jurídica CONTRAIU.

Ora, o objeto da “ação declaratória de inexistência de Débito

Fiscal”, que provocou o presente conflito, NÃO É OBRIGAÇÃO CONTRAÍDA PELA

AGÊNCIA FAZENDÁRIA DA PESSOA JURÍDICA RÉ (Fazenda Pública Estadual de

Minas Gerais).

Outra vez, ANTES PELO CONTRÁRIO, data venia, o que se quer anular é

obrigação tributária, obviamente contraída pela Autora!

E neste caso, portanto, somente pode prevalecer a regra geral, como

ocorreu em outros conflitos cujos acórdãos pedimos vênia para anexar, por

cópia, e que não incidiram no mesmo equívoco, data venia.

Vale aqui transcrever a lição do Desembargador WALTER VEADO, emérito

Professor de Direito Processual, constante do acórdão proferido no Agravo

de Instrumento nº 17.681, de Uberaba, de que foi Relator e em que cita

dois outros eméritos processualistas, os Professores HUMBERTO THEODORO e

CELSO AGRÍCOLA BARBI:

“o sistema legal disciplinador da competência adotado pelo

Código de Processo Civil, ao qual o diploma legal de

organização judiciária faz remissão expressa, instituiu uma

competência comum ou geral, que se determina pelo domicílio

do réu, segundo o art. 94, e competências especiais, que

levam em conta, para certas causas, as pessoas, as coisas e

os fatos envolvidos no litígio (arts. 95 a 100) (cf.

HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, “Processo de Conhecimento”,

Forense, 198l, vol. 1º, págs. 207/208).

Temos, pois, a um primeiro exame, que em matéria de

competência de foro, a ação declaratória em questão deveria

ter sido proposta e seguir seu curso perante uma das Varas

da Fazenda Pública da Comarca da Capital do Estado, onde a

ré tem o seu domicílio, na forma do art. 35, nº II, do

Código Civil, atendida, ainda a norma do art. 100, IV, a,

do Cód. de Proc. Civil.

A competência geral, ou de foro, é classificada como

relativa, porque sujeita à modificação por vontade das

partes ou em virtude de conexão ou continência de causas,

mas esta não é uma regra absoluta, porque a própria lei

processual nela introduziu exceções, tornando imodificáveis

algumas competências dessa natureza, como a referente às

causas em que a União for autora, ré ou interveniente (art.

99), privilégio de estabelecer domicílio forense que se

atribui aos Estados, quando se lhes defere competência para

a organização de sua Justiça.

Lembra o Prof. CELSO AGRÍCOLA BARBI que o predomínio de

questões tributárias e administrativas na massa de demandas

em que tem interesse a Fazenda Pública levou o legislador a

criar juízos privativos para essas causas, nas quais

sobressai a qualidade da parte, no caso a Fazenda Pública.

O nosso direito, tradicionalmente, considera absoluta a

competência fixada segundo o critério da atribuição dada ao

juiz, como é o caso da que atribui o poder de julgar tais

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 28

causas. “Desse modo”, conclui o emérito processualista, “a

competência desses juízos, dada pela organização

judiciária, é também inderrogável, absoluta” (“Comentários

ao CPC”, Forense, 2ª ed., 1981, págs. 479/480).

Não é, pois, a norma do art. 73, § 2º da Resol. 61/75, de

âmbito apenas local, dispondo sobre competência

distributiva entre juízes de igual competência de foro, não

sendo o caso, daí, de exigir-se exceção declinatória de

foro, por ser aplicável a regra geral do art. 94, do CPC.

Sendo absoluta a incompetência de qualquer outro foro ou

juízo para processar causas em que seja parte a Fazenda

Pública Estadual, pode ser arguída através de simples

petição, dispensada a exceção declinatória.”

Cabe, por fim, contestar a alegação, data venia, nada jurídica de

que a Fazenda possui Procuradorias Regionais no interior do Estado. Na

verdade, a Comarca de Bocaiúva pertence à Procuradoria Regional da

Fazenda/Norte, com sede em Montes Claros, onde atuam apenas 4 (quatro)

Procuradores para atender a mais de 30 (trinta) comarcas, nas execuções

fiscais.

Aqui na Capital é que existe, na estrutura orgânica da Procuradoria-

Geral da Fazenda Estadual a Subprocuradoria de Defesa Contenciosa cujos

Procuradores são incumbidos de exercer “a representação judicial da

Fazenda nas ações propostas contra ela” (art. 4º, II, “a”, combinado com

art. 11, II, da Lei Complementar nº 35, de 29/12/1994).

Diante de todo o exposto, requer a Fazenda Pública Estadual de Minas

Gerais que se vê por competente o Juiz suscitante, titular de uma das

Varas da Fazenda Pública da Comarca de Capital.

Pede deferimento.

Belo Horizonte, 08 de junho de l995.

RONALD MAGALHÃES DE SOUSA

Procurador da Fazenda Estadual

OAB/MG nº 6.354

EXMO. SR. DESEMBARGADOR VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS

GERAIS

A FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, por seu procurador in

fine assinado, nos autos da APELAÇÃO CÍVEL Nº 6.724/9, de Belo Horizonte

(1ª C.C.), em que é APELANTE CIMENTO CAUÊ S.A., não se conformando, data

venia, com o r. despacho de fls. 822/824, que não admitiu o seu RECURSO

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 29

ESPECIAL de fls. 683/687, vem interpor o competente AGRAVO DE INSTRUMENTO

contra o mesmo, nos termos e prazo dobrado dos arts. 188 e 544 e §§ do

C.P.C. (este último com a nova redação dada pela Lei 8.950, de 13.12.94),

instruindo o presente recurso com as seguintes peças constantes dos

autos, na forma do § 1º do citado art. 544: cópias dos acórdãos de fls.

661/667 e de fls. 678/680, dos Embargos de Declaração de fls. 670/672, da

petição do recurso denegado de fls. 683/687, das contra-razões de fls.

690/816, do parecer do M.P. de fls. 818/820, da decisão agravada de fls.

822/824, da certidão da respectiva intimação de fls. 825, dos

instrumentos outorgados aos advogados do Agravante e do Agravado de fls.

13 e 304, do Auto de Infração de fls. 14, da decisão administrativa de

fls. 489/494, da sentença de 1º grau de fls. 597/599, das contra-razões

da Apelada, ora Agravante, de fls. 626/629, e dos pareceres do M.P. de

fls. 590/595 e de fls. 651/653.

Requer, assim, a FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS que,

formado o instrumento, distribuído e processado, seja o presente AGRAVO

conhecido e provido, nos termos dos §§ 2º e 3º, do art. 544, do CPC,

pelos fundamentos de fato e de direito adiante aduzidos.

COLENDOS JULGADORES,

De início, a Agravante pede vênia para lamentar e enfatizar o grande

equívoco da r. decisão denegatória do Recurso Especial de fls. 822/824,

quando, ao contrário do que consta expressamente nos acórdãos recorridos

(fls. 661 a 678), vislumbrou no referido recurso “a ausência do

imprescindível requisito do prequestionamento”.

Datíssima venia, essa falha do r. despacho, ora combatido, há de ser

debitável à atitude anti-processual da parte contrária (recorrida), que,

visando tumultuar o Recurso Especial, engordando-o sem nenhuma

necessidade, REAPRESENTOU, junto com suas Contra-Razões (fls. 704 a

805!), as mesmas cópias de decisão já trazidas aos autos por ela própria,

às fls. 113/214!

Ora, CONSTA, sim, do VOTO do eminente Desembargador Relator do

acórdão de fls. 661/667 o exame e referência expressa do art. 1º, inciso

I, do Decreto-lei nº 406/68, indicado no presente RECURSO ESPECIAL como

contrariado!!!

Assim é que o ilustre Julgador, que se aposentou antes mesmo de

proferido o segundo acórdão (que decidiu os Embargos de Declaração

opostos pela Fazenda, ora Agravante), após descrever o fato cuja

tributação entendeu de anular, ou seja, reconhecer que (em suas próprias

palavras) “com efeito, conforme apurado, no período mencionado, fabricou

a apelante o cimento, promoveu a mistura e deu saída no concreto” e

“sobre tais operações, deixou de recolher o ICM...” (fls. 664) acabou por

mencionar expressamente o dispositivo contrariado, embora no final de seu

voto lhe negasse aplicação para o caso específico dos autos, em face da

“claríssima legislação aplicável e predominante jurisprudência” e “porque

a Lei nega a acumulação de tributos diferentes sobre o mesmo fato

gerador.”

E o fez no final de fls. 664 e começo de fls. 665 da seguinte

maneira, in verbis:

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 30

“Por outro lado, o artigo 1º, inciso I, do Decreto-lei nº

432/68, alterado pelo Decreto-lei nº 834/69, admite que o

ICM tem como fato gerador a saída de mercadorias do

estabelecimento comercial, industrial ou produtor.

“Portanto, conforme demonstrado, com base, inclusive, na

resposta no quesito nº 1 da apelada, a exigência do ICM

restringiu-se à saída do produto cimento, e não sobre a

saída de concreto fresco, que recebia a incidência de outro

tributo, de natureza municipal, o ISSQN.”

Apenas o número do Decreto-lei nº 406/68, por evidente erro de

datilografia, saiu trocado, mas isso foi objeto dos Embargos de

Declaração (fls. 670).

De outra parte, a Agravante opôs tais EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (fls.

670/672) especialmente para prequestionar a flagrante contrariedade

àquele art. 1º, inciso I, do Decreto-lei nº 406/68, inclusive em face do

referido engano datilográfico, quando alegou que “... se não há lógica de

que ela (a Recorrida) possa preparar concreto para si própria, mas

fornecer cimento para integrar concreto fresco vendido às empresas

construtoras, é óbvio que deu saída a mercadoria numa operação jurídica

relativa a circulação de mercadoria. Dessa verdade, não há como fugir!” E

concluiu a então Embargada, ora Agravante:

“Logo, se a v. decisão nega a incidência do ICM sobre o

cimento, estará contrariando o dispositivo de lei federal

previsto no mencionado art. 1º, inciso I, do Decreto-lei

406/68.”

A estes questionamentos expressos (mais explícitos não poderiam ser,

data venia), o segundo acórdão (que decidiu os Embargos), pelo VOTO de

fls. 679 do eminente e novo Relator, Des. GARCIA LEÃO, respondeu

peremptoriamente:

“O acórdão examinou toda a matéria posta em discussão e não

olvidou fato transcendental, como alegado. O que resulta

claro dos autos é que não incide o ICMS sobre o cimento

usado pela embargada na fabricação de cimento fresco, nada

mais.” (Apenas o grifo é nosso).

Ainda que, por absurdo, não tivesse havido o exame da matéria, mas a

existência dos Embargos de Declaração com o objetivo prequestionador, se

o acórdão continuasse omitindo o enfrentamento da questão (o que, repita-

se, não ocorreu in casu), a lição do MINISTRO ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO é

no sentido de que o requisito do prequestionamento estará cumprido. É o

que ele ensina sobre tal matéria na página 56, da obra RECURSOS NO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, Editora Saraiva, editada sob coordenação do

Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira:

“Sendo o assunto controvertido, penso que os advogados,

antes de manifestarem o recurso especial, deverão examinar

cuidadosamente se a questão federal que pretendem suscitar

foi, ou não, objeto de expressa apreciação pelo Tribunal de

Apelação. Se não o foi, deverão insistir na sua apreciação

através de embargos declaratórios. INTERPOSTOS ESTES, AINDA

QUE O TRIBUNAL INSISTA EM NÃO APRECIAR A QUESTÃO, ABERTA

ESTARÁ A VIA DO RECURSO ESPECIAL.” (destaques nossos).

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 31

Além da pretensa ausência de prequestionamento (que inexistiu,

conforme demonstrado), a decisão ora agravada apresenta como segunda e

última justificativa para negar seguimento ao Recurso Especial o disposto

no enunciado nº 283, da Súmula de Jurisprudência Predominante do STF, que

entende inadmissível o recurso (extraordinário, no caso), quando este não

abrange determinado fundamento suficiente, em que se assenta a decisão

recorrida.

Quanto a este aspecto, a ora impugnada decisão transcreve trecho

(fls. 823) do acórdão de fls. 661/667, desgarrado do restante, em que se

reconheceu explicitamente o que vem alegando a Fazenda/Agravante desde a

contestação, ou seja, deseja-se tributar o cimento empregado na

fabricação de concreto fresco produzido e vendido através dos caminhões-

betoneiras, conforme notas fiscais emitidas no período. Chama-se a

atenção, aqui, para a descrição (que antecede o trecho transcrito) dos

fatos, constante no VOTO do Desembargador Relator, de fls. 665/666, onde

ele reconhece que está provado, quantum sattis, que a Apelante fabrica e

vende cimento e também, “usando o cimento fabricado, prepara e presta

serviço de concreto fresco”, terminando por afirmar:

“Tais assertivas são incontroversas” - fls. 666.

Ora, para preparar o concreto fresco encomendado pelas empresas de

construção, É ÓBVIO que se há de promover no estabelecimento da Agravada

“a simples movimentação física de bens” (cimento, areia, brita, água

etc.), levando-os às betoneiras que irão conservar a mistura e prestar o

serviço de concretagem no local da obra, em cumprimento do negócio

jurídico realizado entre as partes contratantes. Evidentemente, o cimento

é fabricado fora do local da prestação do serviço.

Conforme consta do Recurso Especial, mais precisamente, na parte a

que se dá o título de EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO (fls. 683/684), a

Recorrente deixou claro que a tributação se fez, NÃO, sobre aquela

simples movimentação física dos bens componentes do concreto fresco, mas

sobre o valor do cimento usado na prestação do serviço, naturalmente em

decorrência dos negócios jurídicos realizados entre a fabricante e

prestadora do serviço de concretagem e as encomendantes, negócios esses

comprovados pelas notas fiscais emitidas pela Agravada, tendo como

destinatárias as empresas de construção civil.

Ainda no referido trecho do acórdão, transcrito no despacho ora

agravado, consta um dos fundamentos que, parece, entende o seu ilustre

prolator, não ter sido atacado, ou seja, a Lei negaria a acumulação de

tributos diferentes sobre o mesmo fato gerador.

Datíssima venia, tal não é verdade, pois o Recurso Especial citou

expressamente, em sentido contrário a essa assertiva, a própria Lista de

Serviços previstos no Decreto-lei nº 834/69 (que modificou o Decreto-lei

nº 406/68, nessa parte), a qual relaciona os serviços tributados pelo ISS

municipal, sem deixar de ressalvar sempre a incidência do ICM estadual

sobre o valor das mercadorias empregadas ou fornecidas com o serviço,

quando porventura isso ocorra.

Para demonstrar que, antes pelo contrário, a Lei prevê em vários

casos a incidência de ambos os impostos sobre o mesmo fato jurídico,

ficou, sim, expresso na petição do Recurso Especial o seguinte (fls.

686):

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 32

“Note-se que os ítens da Lista de Serviços previstos no

Decreto-lei nº 834/69, vigente à época, e os da própria Lei

Complementar atual, que relacionam os serviços tributados

pelos Municípios, ressalvam sempre a incidência do ICM

estadual sobre o valor das mercadorias empregadas ou

fornecidas com o “serviço”. Aliás, tal lista nem mesmo

contempla a fabricação e fornecimento de concreto fresco,

tendo a exclusão do ICM, no caso, sido feita pela

jurisprudência, mas apenas quanto ao serviço de

concretagem.”

Como, então, a Recorrente não ataca aquela (data venia) equivocada

fundamentação?!

Aliás, o próprio item nº 19 da referida Lista de Serviços, em que os

Tribunais se basearam para firmar a jurisprudência de que na prestação do

serviço de concretagem incide o ISSQN, excepciona expressamente, na sua

parte final, a incidência cumulativa do ICM sobre as mercadorias

produzidas pelo prestador de serviços, fora do local da prestação, como é

o caso do cimento, in verbis:

“19 - Execução, por administração, de empreitada ou

subempreitada, de construção civil, de obras hidráulicas e

outras obras semelhantes, INCLUSIVE SERVIÇOS AUXILIARES OU

COMPLEMENTARES (exceto o fornecimento de mercadorias

produzidas pelo prestador de serviços, fora do local da

prestação dos serviços - caso do cimento, só esta

observação é nossa -, que ficam sujeitas ao ICM).

- Destaques e grifos nossos.

Podem-se indicar igualmente os casos dos ítens 20, 29, 40, 41, 42 e

56 da mesma Lista, em que o ICMS incide também sobre a mercadoria ou

material empregado na execução do serviço. No entanto, quanto à Lei que

proibiria essa acumulação, não foi citada nem pelo egrégio órgão julgador

nem pela parte contrária, simplesmente porque inexiste, data venia...

Além dos fundamentos retro desenvolvidos que acabam por envolver o

MÉRITO da questão, a FPE/MG, ora Agravante, requer que fique como parte

integrante do presente Agravo a sua petição de Recurso Especial,

notadamente a lição de ALIOMAR BALEEIRO, sobre aplicação e interpretação

do contrariado art. 1º, inciso I, que, por se ajustar com tal precisão ao

caso dos autos, releva mais uma vez seja transcrita:

“VIII - MOTIVO JURÍDICO DA SAÍDA -

De modo diverso do i.v.c., que tinha como fato gerador

especificamente um negócio jurídico de venda ou

consignação, o ICM assenta sobre qualquer operação

realizada com a mercadoria, isto é, qualquer negócio

jurídico relevante ou operação econômica, que ocasione a

saída.

“A natureza específica da operação realizada”, isto é, o

negócio jurídico, que motiva ou dá causa à saída, é

irrelevante do ponto de vista fiscal. Quase sempre se

prende a uma compra-e-venda mercantil ou a uma consignação.

Mas pode ser outro contrato ou ato jurídico (como é o caso

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 33

da contratação do serviço de concretagem pelas betoneiras -

parêntese nosso). Não pode ser em nossa opinião, fato

material ou físico: a simples deslocação da mercadoria para

fora do estabelecimento, permanecendo na propriedade e

posse direta do contribuinte (não é o caso dos autos, pois

o cimento não permanece na propriedade da Recorrida -

parêntese igualmente nosso), seja para depósito, custódia,

penhor, comodato ou reparos. Se admitíssemos solução

contrária, até o furto da mercadoria seria fato gerador do

ICM”.

- Dir. Trib. Brasileiro, 10ª ed., Saraiva, pág. 223.

Diante de todo o exposto, pede e espera a Recorrente, ora Agravante,

o conhecimento e provimento do presente Agravo e do Recurso Especial,

como de direito e

J U S T I Ç A !

Belo Horizonte, 10 de maio de l995.

RONALD MAGALHÃES DE SOUSA

Procurador da Fazenda Estadual

OAB/MG Nº 6.356

COMENTÁRIOS CRÍTICOS AO ARTIGO 121 DO CTN -

EM HOMENAGEM A GERALDO ATALIBA

Sacha Calmon Navarro Coêlho

Advogado

Dispõe o CTN:

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 34

“Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa

obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a

situação que constitua o respectivo fato gerador.

II - responsável, quando, sem revestir a condição de

contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de

lei.”

COMENTÁRIOS

Logo mais à frente, o CTN, no título II, Capítulo V, versa sobre a

responsabilidade tributária em quatro seções:

Seção I - Disposição Geral - Art. 128.

Seção II - Responsabilidaade dos Sucessores - Art. 129 a 133.

Seção III - Responsabilidade de Terceiros - Art. 134 e 135.

Seção IV - Responsabilidade por Infrações - Art. 136 a 138.

Na sistemática do digesto tributário, o termo responsabilidade

abarca as hipóteses de transferência e substituição, sujeitadas a

idênticos critérios de permissividade jurídica.

A primeira conclusão a tirar é a de que o CTN não esgotou o assunto.

Os artigos 129 a 138 tratam dos grupos mais importantes da

responsabilidade por “transferência” (sucessão, terceiros etc.). As

palavras inaugurais do Art. 128 - “Sem prejuízo do disposto neste

Capítulo a lei pode atribuir...” - evidenciam que outras espécies,

principalmente as de substituição, podem ser instituídas pela legislação

ordinária das pessoas políticas da federação. A lei a que se refere o CTN

no art. 128 será federal, estadual ou municipal, conforme seja o caso e o

interesse.

Aliás, nenhum artigo do CTN se presta tanto como este ao conceito de

lex legum, ou lei sobre como fazer leis, como dizia PONTES DE MIRANDA.

Com efeito, pode o legislador ordinário estabelecer casos de

responsabilidade “por substituição”, desde que observados os preceitos

condicionantes do Art. 128: (a) Que a responsabilidade decorra de lei

(lei estrita). (b) Que seja expressa. (c) Que envolva pessoa ligada

obrigatoriamente ao fato jurígeno do “substituído” (liame jurídico ou

econômico).

A observância da condicionante referida na letra “c” leva-nos

diretamente para o campo do princípio da capacidade contributiva.

Por qual razão teria o legislador do Código Tributário Nacional

inserido tal disposição no Digesto?

A indagação é profundamente ética sobre ser jurídica.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 35

No anteprojeto do Código (1953), de autoria de RUBENS GOMES DE

SOUZA, a questão estava posta no Art. 163: “Sem prejuízo do disposto no

Capítulo V do Título VI do Livro V, a lei tributária poderá atribuir de

modo expresso a responsabilidade pela obrigação tributária principal a

terceira pessoa, expressamente definida, com exclusão da responsabilidade

do sujeito passivo, ou em caráter supletivo do cumprimento total ou

parcial da referida obrigação por parte deste.”

Na comissão do IBDF, Instituto Brasileiro de Direito Financeiro,

hoje ABDF (Associação Brasileira de Direito Financeiro), por inspiração

do notável tributarista carioca, Dr. GILBERTO ULHÔA CANTO (in

“Codificação do Direito Tributário” - Instituto Brasileiro de Direito

Tributário, Rio, 1955, p. 39), foi formulada uma modificação no corpo do

artigo, ao argumento de que “como está redigido não nos parece que possa

subsistir. Permitiria a transferência do ônus tributário a qualquer

terceiro sem nenhuma justificativa, e facultaria a discriminação. É

mister, para que se torne razoável, condicionar-lhe a aplicação aos casos

em que o terceiro tenha alguma vinculação ao fato gerador ou aos atos,

negócios ou relações que lhe dão origem. Acrescente-se: ... desde que

seja parte interveniente na situação ou ato definidos como fato gerador

da obrigação.”

Ora, com exigir a vinculação do “responsável” ao fato gerador,

GILBERTO DE ULHÔA CANTO, bem interpretando a cultura justributária - e

sua sugestão foi aceita e aprovada por unanimidade -, quis assegurar

àquele a possibilidade econômica ou jurídica de recuperar-se do ônus

tributário.

A emenda proposta, adiante-se, foi acolhida pelo governo, embora com

outra redação (Projeto Osvaldo Aranha, 1954). Passou-se a dizer que a

responsabilidade seria de “terceira pessoa vinculada de fato ou de

direito ao respectivo fato gerador”.

A redação atual do CTN - compare-se - incorpora os escsrúpulos da

doutrina expressados na emenda proposta pelo IBDF e cristaliza a evolução

da espécie. Vale dizer a “vinculação ao fato gerador”, no que tange ao

“responsável”, é para garantir-lhe o ressarcimento do ônus tributário.

De um lado, asseguram-se ao Fisco, ao jus tributandi do Estado,

condições de eficácia e funcionalidade. De outro, garante-se ao cidadão-

contribuinte o direito de ressarcimento, de modo a evitar desfalque em

seu patrimônio econômico e jurídico.

O Art. 128 é uma restrição ao poder de tributar. O destinatário da

regra é o legislador. O intento é proteger o contribuinte sem estorvar,

contudo, a ação do Estado. O legislador, assim, não é livre na estatuição

dos casos de responsabilidade tributária. Nessa área não se permite

alvedrio, que poderia redundar em arbítrio e opressão.

A capacidade contributiva que deve ser atingida á a da pessoa que

pratica o fato gerador, e não a do “substituto”. Aqui está o coração do

problema.

RUY BARBOSA NOGUEIRA, reportando-se ao termo Zurechnung utilizado

por HENSEL (e pela literatura tributária tedesca) e traduzindo-o para o

vernáculo pela palavra atributividade, leciona com propriedade: “Se

pensarmos no aspecto econômico da tributação, é fácil compreendermos a

razão ou necessidade desta vinculação do contribuinte ou responsável ao

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 36

fato econômico tributado, não só porque a vantagem ou resultado dele

decorrente é que vai possibilitar o pagamento do tributo ao fisco, mais

ainda porque assim a lei atenderá ao princípio fundamental de justiça

tributária, segundo o qual se deve atingir a capacidade econômica do

contribuinte - capacidade contributiva.” (Apud HENRY TILBERY, Direito

Tributário 2 - Responsabilidade Tributária, José Bushatsky, São Paulo,

1972, p. 78).

No mesmo sentido a doutrina pátria.

Entre nós, ALFREDO AUGUSTO BECKER, original pensador, renovador dos

estudos tributários no Brasil, com sua linguagem peculiar, ensina:

“Existe substituto legal tributário toda vez em que o legislador escolher

para sujeito passivo da relação jurídica tributária um outro qualquer

indivíduo, em substituição daquele determinado indivíduo de cuja renda ou

capital a hipótese de incidência é fato-signo presuntivo.” (A. AUGUSTO

BECKER, Teoria Geral do Direito Tributário, Saraiva, São Paulo, 1972, p.

503).

Notável como BECKER demonstra o “aspecto econômico” (e não jurídico)

da substituição tributária, versando o princípio da capacidade

contributiva.

A possibilidade de o “substituto” recuperar o ônus que lhe é imposto

é estudada na teoria do regresso, conhecida tanto no direito privado como

no direito público. Na área do direito tributário, o direito do regresso

comporta inúmeras diferenças terminológicas. Cada autor elege

denominações próprias que não vem ao caso descalvar nem citar, pois seria

lance de pura erudição. É preferível apenas mencioná-las e sistematizar o

assunto para melhor compreendê-lo.

Na doutrina européia, avultam as classificações: “regresso

tributário interno” e “regresso tributário externo”, “regresso

tributário” e “regresso civil”. A. D. GIANNINI fala em regresso in sensu

lato , compreendendo o processo de repercussão, e regresso in sensu

proprio, regulado pelo direito civil. Há referências a uma translação

manifesta e a outra, esta “oculta”, e assim por diante.

Pensamos que, em tema de substituição tributária, não se deve

cogitar da chamada sub-rogação legal do Art. 985 do Código Civil,

pressuposto da ação de ressarcimento, ou para efeito de direito de

retenção, amputação no preço a pagar ou acréscimo no preço a receber.

Art. 985. A sub-rogação opera-se de pleno direito: ...

III - Do terceiro interessado que paga dívida pela qual era ou

podia ser obrigado, no todo ou em parte.

O “substituto” não paga dívida de outrem. Paga tributo do qual ele

próprio é sujeito passivo (o substituído é que deveria ser sujeito

passivo, mas não é! Apenas detém a capacidade contributiva).

O regresso é econômico e deve dar-se de imediato (o laticinista

pagando ao produtor de leite o preço do mesmo diminuído do imposto, que

pagará como substituto, só para exemplificar). O tema é tributário. Está

no CTN.

Por isso mesmo é que se exigiu a vinculação do substituto ao fato

gerador (Art. 128 do CTN). Se assim não fosse, tal ligame não teria

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 37

efeitos práticos, nem precisaria ser cogitado, já que a solução do

assunto já se encontraria regulada no Código Civil...

O “direito de regresso” é exigência que promana do princípio da

capacidade contributiva, explícita no sistema jurídico nacional e, aqui e

acolá, nas dobras da legislação: na isenção do mínimo vital no imposto de

renda, na seletividade do IPI, nas isenções do ITBI e dos impostos

prediais, na remissão em razão de calamidade pública.

Noutro giro, diante de cada caso concreto de substituição

tributária, mormente na área do ICMS, a jurisprudência deveria, a nosso

ver, preocupar-se fundamentalmente com esta questão: verificar se o

substituto tem condições efetivas, através do mecanismo dos negócios, de

se ressarcir financeiramente do ônus tributário.

O substituto é um sujeito passivo direto. Pensamos que esta

afirmativa, sobremais lógica e singela, não transita com tranquilidade

nos arraiais do direito tributário brasileiro, em razão de três fatos:

pela insuficiência teórica de nossa tributarística, pela incompreensão

jurídica da única teoria sobre o assunto em curso no país, a de RUBENS

GOMES DE SOUZA e, finalmente, pela incipiente caracterização jurídica

positiva da responsabilidade tributária no Código Tributário Naciocnal,

cja elaboração fundou-se nos escólios de GOMES DE SOUZA.

Aliás, os equívocos começam com a expressão substituto tributário,

que juridicamente, não substituti ninguém. ALLORIO (Diritto Processuale

Tributario, Turim, 1969, p. 139), com razão, dizia candente: “o

substituto não existe. O que a doutrina chama de substituto é na

realidade o único contribuinte do tributo” (o fenômeno da “substituição”

começa em momento pré-jurídico, o da escolha pelo legislador do obrigado

legal, em substituição ao que demonstra capacidade contributiva, por

razões de eficácia e comodidade).

Por isso mesmo, VICTOR UCKMAR chama o substituto de representante ex

lege, e ZELMO DENARI (Elementos de Direito Tributário, Juriscredi, São

Paulo, 1973, p. 245) considera que a sujeição passiva direta engloba a

figura do contribuinte e a do substituto, enquanto a sujeição passiva

indireta congloba o responsável e o sucessor, inter-vivos ou causa

mortis.

Pensamos que o problema, tirante as denominações legais em voga e a

própria terminologia do CTN, poderia ser extremamente simplificado se

considerássemos a questão à luz da teoria da norma jurídica e de sua

técnica de imputação (o próprio do direito é ser uma técnica que imputa a

determinados fatos precisas consequências).

NORMA JURÍDICA TRIBUTÁRIA

Fato Jurígeno Imperativo Legal

Fato X, praticado por Y, em dado Y (ou) Z pagar tributo a F, no

tempo e lugar montante K

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 38

Quando o fato X é realizado por Y, e o imperativo legal determina

que esta mesma pessoa deve pagar o tributo a F, que é o sujeito ativo da

obrigação, estamos em face de sujeição passiva direta. O detentor da

capacidade contributiva que figura na hipótese de incidência da norma é o

mesmo que figura no imperativo, como sujeito passivo. O nosso direito

chama a tal pessoa de contribuinte porque “tem relação pessoal e direta

com a situação que constitui o fato gerador da obrigação”. Pode ocorrer,

entretanto, que outra pessoa, por razões de comodidade, ou para evitar o

periculum in mora, ou para simplificar o mecanismo de

fiscalização/arrecadação, venha a ocupar no comando normativo a condição

de “sujeito passivo”. O Art. 128 do CTN permite possa ocorrer este

fenômeno. Nesse caso, o fato X é realizado por Y, mas é Z que aparece

como “sujeito passivo”. O nosso direito chama a tal tipo de sujeito

passivo de responsável (por substituição de Y).

Melhor seria chamá-lo de “destinatário legal tributário” para

extremá-lo do “contribuinte” e considerar a ambos “sujeitos passivos

diretos”. Assim, a sujeição passiva direta comportaria dois tipos de

obrigados: a) o “contribuinte”, que paga dívida tributária própria por

fato gerador próprio e b) o “destinatário legal tributário”, que paga

dívida tributária própria por fato gerador alheio (de terceiro),

assegurando-se-lhe, em nome da justiça, a possibilidade de recuperar,

contra quem praticou ou esteve envolvido com o fato gerador, o dispêndio

fiscal que a lei lhe imputou diretamente, através da criação do vinculum

juris obrigacional.

Este tipo de situação, como visto na parte em que tratamos dos

aspectos da hipótese de incidência das normas tributárias, é possível em

virtude de variação no âmbito de validade pessoal da hipótese de

incidência da norma, em que pese a opinião de BARROS CARVALHO.

O nosso direito (CTN), contudo, iguala o substituto, ou seja, o

sujeito passivo direto por fato gerador alheio, aos demais “responsáveis

por transferência” (Art. 128 do Digesto Tributário). A falta de técnica

provoca uma enorme confusão na doutrina e na jurisprudência. Está claro

que o sujeito passivo direto por fato gerador alheio ostenta um status

jurídico diverso dos demais responsáveis que são sujeitos passivos

indiretos, por isso que são responsáveis pelo pagamento de tributo

alheio. No caso desses responsáveis, a obrigação é de pagar tributo de

outrem. Ocorre, assim, que a lei transfere preexistente obrigação em

razão de fatos diversos (cláusulas legais de sub-rogação passiva). Dá-se

uma sucessão, mortis causa ou inter vivos, decreta-se uma falência,

obrigando a massa falida, imputa-se ao tutor, curador, tabelião, pai,

representante legal, em caso de omissão, o dever de pagar tributo alheio

(do tutelado, curatelado, filho ou representado). Em todas estas

hipóteses, existem duas normas jurídicas, sucessivas.

NORMA A NORMA B

(Hipótese) (Consequência) (Hipótese) (Consequência)

A pratica o fato Em virtude de um

gerador A é sujeito passivo fato previsto em

lei, A fica desobrigado B fica

responsável

total ou

| | parcialmente

pelo tributo

de A

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 39

| |

| |

| | | | | | |

| | | |

| |________________

____________________

|_______________________________________________________________|

| Transferência de dever tributário

|

| de A para B

|

|_____________________________________________________|

A sujeição passiva indireta ou, o que dá na mesma, as modalidades de

transferência de responsabilidade no direito tributário brasileiro, são

por demais conhecidas e estão sistematizadas como transferências ou sub-

rogações passivas de obrigação de dar (CTN, art. 129 a 135). Vejamos:

1) Sucessão causa mortis - o espólio e os herdeiros respondem pelo

de cujus.

2) Sucessão inter-vivos - respondem por “transferência do dever

tributário”:

2.1. O sucessor na aquisição imobiliária;

2.2. A pessoa jurídica adquirente de outra;

2.3. A pessoa jurídica que surge em razão de fusão, cisão,

incorporação ou transformação;

2.4. A massa falida;

2.5. O acervo na concordata, na pessoa do concordatário.

3) Responsabilidade legal stricto sensu, em caso de mala fides,

omissão, inadimplemento.

3.1. O pai, pelos filhos menores;

3.2. Os tutores e curadores, pelos tutelados e curatelados;

3.3. O síndico, pela massa;

3.4. O comissário, pelo concordatário;

3.5. Os tabeliães e demais oficiais, pelos atos praticados perante

eles, jurígenos, propiciadores de inadimplemento;

3.6. O inventariante, pelo espólio;

3.7. Os sócios, na liquidação de sociedades de pessoas;

3.8. Os administradores de bens de terceiros, em lugar destes;

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 40

3.9. Os mandatários, pelos mandantes; os prepostos, diretores,

gerentes e representantes de pessoas jurídicas de direito privado, quando

tenham agido com abuso de poder ou infração de contrato social, estatuto

ou lei.

Bem lançada a crítica de JOHNSON BARBOSA NOGUEIRA, Prof. de Direito

Processual Civil da Universidade Federal da Bahia, advogado e procurador

do mesmo Estado, no seu “O Contribuinte Substituto do ICM”, tese aprovada

no I Congresso Internacional de Direito Tributário, realizado em São

Paulo em 198l:

“A introdução a-crítica de certas noções dogmatizadas a

respeito do substituto tributário, por força principalmente do

prestígio da doutrina italiana, permitiu que se aceitassem, sem

maior indagação sobre a natureza jurídica da substituição

tributária, certos equívocos em sede doutrinária, já agora a grassar

no direito positivo.

O primeiro desses enganos é considerar o contribuinte

substituto dentro da categoria dos responsáveis, como uma modalidade

de sujeito passivo indireto. Este é um erro muito arraigado na

doutrina pátria, que transbordou para o Código Tributário Nacional,

pelo menos segundo a intenção e o depoimento dos seus inspiradores.

Deste modo, o substituto estaria previsto no art. 121, parágrafo

único, II, como um tipo de responsável.

O segundo desses desvios é representado pela concepção da

tributação na fonte como exemplo típico de substituição tributária.

Na verdade, se fosse melhor analisada nossa tributação do imposto de

renda na fonte, verificaríamos que o tributo sempre foi retido e

recolhido em nome do beneficiário, ou seja, do contribuinte, cabendo

à fonte pagadora e retentora mero dever acessório (obrigação de

fazer). Só mais recentemente, na área da tributação dos rendimentos

auferidos por estrangeiro, é que se vem utilizando a figura do

contribuinte substituto do imposto de renda.

O terceiro erro consiste em atribuir responsabilidade

subsidiária ao substituído, em caso de não pagamento do tributo pelo

substituto. Apesar de ser pacífica a noção de que não se estabelece

nenhuma relação jurídica entre o substituído e o Estado,

contraditoriamente se afirma que o substituído responde em caso de

não cumprimento da obrigação tributária por parte do substituto. O

mais pasmante é que a legislação do ICM na totalidade, talvez, dos

Estados, vem estatuindo esta responsabilidade do substituído, o que

é impraticável e injusto, pois ele já sofreu a repercussão do

tributo. Ora, ao instituir o substituto tributário, a lei há de

excluir o substituído de qualquer responsabilidade. Assim, é

inconcebível a responsabilidade subsidiária do substituído no

esquema doutrinário da categoria de substituição tributária. Este

vezo parece decorrer da redução a certos casos de tributação na

fonte, em que a figura do contribuinte não desaparece, como exemplo

de substituição tributária.”

O fenômeno da sujeição passiva em direito tributário admite duas

categorias:

a) Sujeição passiva direta;

b) Sujeição passiva indireta.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 41

Dá-se a sujeição passiva direta quando a pessoa que paga está

indicada no mandamento da mesma norma cuja hipótese descreve o fato

gerador. Assim, o contribuinte é quem pratica o fato gerador ou quem,

mesmo não praticando o fato gerador, está pelo mandamento da norma

obrigado ao pagamento do tributo. A este último tipo de contribuinte, as

legislações chamam comumente de “responsável por substituição” ou

“substituto legal tributário” (mas é preciso notar que não é

“responsável” por obrigação alheia, mas por fato gerador de “terceiro”).

Somente ele é o obrigado jurídico.

TIPOS DE SUJEIÇÃO PASSIVA DIRETA

(POR FATO GERADOR PRÓPRIO OU DE TERCEIRO):

1º tipo:

HIPÓTESE CONSEQUÊNCIA

A pratica o fato gerador A lei manda A pagar

2º tipo:

HIPÓTESE CONSEQUÊNCIA

A pratica o fato gerador A lei determina a B

pagar o tributo sem

nunca ter atribuído

a A o dever de

pagá-lo

Ora, se assim é, tanto o “contribuinte” quanto o “substituto” são,

originalmente, nos termos da lei, sujeitos passivos diretos. Nunca, antes

desses, alguém esteve na condição de obrigado. No caso da “substituição”,

dá-se uma dissociação entre a pessoa que figura na hipótese da norma e a

que figura na consequência.

Na sujeição passiva indireta, ao revés, a obrigação de pagar é,

originalmente, necessariamente, do sujeito passivo direto. Ocorre que a

lei, a partir de certos pressupostos, transfere a terceiros o dever de

pagar. Há, portanto, alteração no esquema dos obrigados (o que não ocorre

na sujeição passiva direta dita “por substituição”). Todos os

“responsáveis” - na sujeição passiva indireta - ficam obrigados a um

dever de pagar tributo que, originariamente, por força de lei, era do

sujeito passivo direto. A este tipo de sujeição passiva indireta a

doutrina denomina sujeição passiva por transferência (por isso que se dá

uma “transferência” de responsabilidade).

O tema desses comentários, o discuti com o meu mestre GERALDO

ATALIBA. Fiz três concursos universitários desde auxiliar de ensino,

passando pelo doutoramento até a TITULARIDADE. Em todos eles ATALIBA

examinou-me com esmero e admiração. Se o trago a lume o estudo portanto,

é por sabê-lo autorizado por um dos mais importantes publicistas

contemporâneos, e que soube, como poucos, honrar o direito pátrio e a

República Federativa do Brasil.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 42

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 43

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DECISÕES JUDICIAIS

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 44

AUTOS Nº : 02494029497-8 - AÇÃO DECLARATÓRIA

AUTORA : COMMERCE DESENVOLVIMENTO MERCANTIL LTDA.

RÉ : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ICMS - SALDO CREDOR DA CONTA GRÁFICA - CORREÇÃO MONETÁRIA -

DESCABIMENTO

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 45

Vistos etc.,

COMMERCE DESENVOLVIMENTO MERCANTIL LTDA., qualificada nos autos,

requereu AÇÃO DECLARATÓRIA DE EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA contra a

FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, buscando ver declarada a

existência de relação jurídica entre as partes, permitindo-se à Autora,

atualizar monetariamente, os saldos credores da conta gráfica do ICMS,

apurados periodicamente, segundo a legislação de regência do tributo.

Alegou em síntese em sua longa e bem cuidada inicial, que através de

seus diversos estabelecimentos localizados no Estado de Minas Gerais, vem

em seu comércio, apresentando em sua escrita fiscal, saldo credor na

conta gráfica do ICMS, decorrente de seu giro comercial.

Asseverou que nos períodos em que apura saldo devedor na referida

conta gráfica, nos termos da legislação pertinente, promove o

recolhimento do mesmo, sendo que a legislação referida, determina a

atualização monetária do referido saldo, quando recolhido fora do prazo,

estando claro que a Fazenda Pública procura proteger seus créditos dos

efeitos nocivos da desvalorização da moeda, entendendo a Autora, com

direito a atualizar os valores dos créditos apurados quando ocorrentes,

em obediência ao princípio da isonomia e ainda ao da não cumulatividade

do referido tributo, afirmando estar havendo tratamento desigual para

duas situações idênticas.

Citou diversas manifestações doutrinárias a respeito do tema,

mencionando ainda, decisões favoráveis em hipóteses idênticas, tanto em

primeiro, quanto em segundo grau de jurisdição, lembrando ainda,

manifestação do próprio Pretório Excelso.

Culminou com o pedido de procedência do que fora requerido na

inicial de fls. 2/22, acostando à mesma, os documentos de fls. 23/71.

Citada a Fazenda Pública, apresentou ela a resposta de fls. 76/86,

acompanhada dos documentos de fls. 87.

Na referida manifestação, alegou em preliminar, a impossibilidade

jurídica do pedido, por buscar a Autora, um provimento judicial de cunho

normativo o que não é permitido por nosso ordenamento jurídico.

No mérito entendeu ser improcedente o pedido, uma vez que o direito

do contribuinte decorre de lei, ficando o Estado, diante dele, na

obrigação de aguardar e aceitar as consequências da decisão de utilizar o

crédito.

Afirmou mais, que o alegado crédito é puramente escritural,

destinado tão só a reduzir total ou parcialmente, débitos tributários,

não sendo um direito creditório que o titular possa opor ao Estado,

estando pois o referido crédito, sujeito ao princípio do nominalismo, não

vendo nenhuma lesão aos princípios retores da matéria, como alegado pela

Autora, a não permissão de atualização monetária do mesmo.

Lembrou ainda, ser inaplicável ao caso dos autos, a jurisprudência

mencionada pela Autora, culminando com o requerimento de improcedência do

pedido inicial.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 46

A Autora impugnou a contestação às fls. 89/103, refutando a

preliminar nela colocada e combatendo as razões de mérito, reavivando

ainda, argumentos já expendidos.

Não havendo provas a produzir, apresentou a Autora o memorial de

fls. 107/118, com os documentos de fls. 119/143, onde após discorrer

longamente sobre a questão debatida, ratificou seu posicionamento nos

autos.

O Ministério Público em sua derradeira manifestação, opinou pelo

indeferimento do pedido inicial, entendendo não afrontado nenhum dos

princípios mencionados pela Autora.

Este é o relatório em resumo.

Fundamento e D E C I D O :

Indefiro de início, a preliminar de impossibilidade jurídica do

pedido, articulada pela Fazenda em sua contestação, uma vez que não vejo

nenhum obstáculo no plano processual do direito de ação, para que seja

analisado pelo Judiciário o pedido da Autora.

Afigura-se-me insustentável a alegação da Ré, de que busca a Autora

uma sentença de cunho normativo, uma vez que a mesma deduziu

objetivamente sua pretensão, buscando a declaração não para efeitos

futuros e incertos, porém tão somente para os casos já ocorridos, como

resta claro da inicial onde foi posta a questão.

No que pertine ao mérito, noto que a Autora pretende em termos de

provimento judicial, uma decisão que lhe declare o direito de ver

corrigido monetariamente, os denominados saldos credores da conta gráfica

de apuração do ICMS, decorrentes da compensação entre os direitos de

créditos pelas entradas de mercadorias em seus estabelecimentos e os

respectivos débitos em razão das saídas de referidas mercadorias dos

estabelecimentos.

Busca a Autora demonstrar, que havendo acúmulo de tais créditos,

teria direito a atualizá-los monetariamente, tendo em vista inclusive que

a Ré atualiza os tributos, não levados aos cofres públicos na data do

vencimento da obrigação.

Bem é de ver, que a Autora procura construir toda sua argumentação,

como se cuidasse ela de grandezas idênticas, quando trata do denominado

“saldo credor”, apurado na conta gráfica do ICMS e o tributo a ser levado

aos cofres da Ré.

Evidentemente, parte a Autora de um dado falso, por comparar

situações heterogêneas, uma vez que o denominado “saldo credor” do ICMS,

não é e nunca foi moeda com vocação de quitar tributos.

Não resiste à evidência, a circunstância de haver a Autora se

esquecido de que a única finalidade do denominado “saldo credor”,

verificado no período de apuração do ICMS é ser compensado com os valores

de débitos apontados na mencionada conta gráfica, que também nunca em

tempo algum, sofrera qualquer atualização monetária.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 47

Força é convir, que razão teria a Autora, estivesse a Ré exigindo

atualização monetária dos valores apurados, decorrentes das saídas de

mercadorias de seu estabelecimento, desde as datas das referidas saídas,

quando então, patente seria o seu direito em atualizar os valores de

créditos do imposto, verificados no período de apuração, em decorrência

das entradas de mercadorias no estabelecimento.

Esquece-se a Autora, que o “saldo credor” apurado em período

anterior de apuração, não confronta e não tem contrapartida o imposto a

ser recolhido, com ele não sendo compensado, uma vez que não tem nenhum

poder liberatório, tendo ao contrário a confrontá-lo, sendo compensável,

outra grandeza, ou seja, os valores de débitos de ICMS, verificados no

novo período de apuração, em decorrência da saída de mercadorias do

estabelecimento. Evidentemente que o tributo a ser recolhido, só aparece

como grandeza objetivamente apreciável, após o referido confronto e

compensação, quando verificado que os valores das saídas do

estabelecimento foram ssuperiores aos valores das entradas, mais

possíveis saldos credores de períodos de apuração anteriores. Somente aí,

surge então, o montante do tributo a ser carreado aos cofres públicos.

Firmadas tais premissas, é forçoso reconhecer, que jamais houve

qualquer descompasso com burla ao princípio isonômico, ou descumprimento

ao princípio da não cumulatividade do tributo, insculpidos em nossa

Constituição Federal, uma vez que ambas as grandezas, valores de créditos

em decorrência de entradas de mercadorias no estabelecimento, ou saldo

credor de período de apuração anterior e valores de débitos em

decorrência de saídas de mercadorias do referido estabelecimento, não

sofrem nenhuma atualização monetária.

Somente após efetuado tal confronto, surge uma terceira grandeza: se

os valores de débitos, decorrentes das saídas de mercadorias do

estabelecimento, são superiores aos valores de créditos, decorrentes das

entradas ou de saldo credor de período de apuração anterior, teremos como

consequência o imposto a pagar, correspondente ao valor de tal saldo, que

também não sofre nenhuma atualização monetária, quando pago no fim do

período de apuração.

Ocorrendo o contrário, o saldo apurado, denominado saldo credor, não

é na verdade, nem direito creditório do contribuinte com relação à

Fazenda, que possa ser exigido em alguma data de vencimento, sob pena de

multa e atualização monetária, servindo ele ao contrário, não para quitar

tributos de outro período de apuração e sim, tão somente, para ser levado

juntamente com outros créditos, decorrentes de novas entradas de

mercadorias no estabelecimento, para compensação com outros débitos,

verificados em razão de saídas de mercadorias do estabelecimento.

Resta pois evidente, repita-se, que o que sofre atualização

monetária é tão somente o tributo, grandeza diversa das anteriores,

regida pela Direito Tributário, mesmo assim quando não recolhido na data

designada e ainda em obediência à previsão legal.

Não tem pois, aplicação ao caso dos autos, a jurisprudência

mencionada, uma vez que a mesma se refere a crédito extemporaneamente

aproveitado, quando houve evidentemente, pagamento de tributo, em razão

do não aproveitamento oportuno, sendo que as decisões oriundas de outro

Estado da Federação, partem “data venia”, de um dado incorreto como acima

entendo haver demonstrado.

Merece pois, a meu juízo, indeferimento o pedido inicial.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 48

Ante o exposto, considerando tudo mais que dos autos consta, julgo

improcedente o pedido formulado por COMMERCE DESENVOLVIMENTO MERCANTIL

LTDA., contra a FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, por considerar

indevida a atualização monetária do denominado “saldo credor” da conta

gráfica de apuração do ICMS.

Imponho à Autora, o pagamento das custas processuais, bem como

honorários advocatícios, que arbitro em 15% (quinze por cento), sobre o

valor da causa, monetariamente atualizado, desde a data do ajuizamento da

ação.

Publique-se, Registre-se, Intimem-se.

Belo Horizonte, 19 de novembro de 1.994.

VALDEZ LEITE MACHADO

Juiz de Direito da 4ª Vara da

Fazenda Pública e Autarquias

AUTOS Nº : 074.383-6/93

AUTOR : PEIXOTO COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDA.

RÉ : FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL

NATUREZA DA AÇÃO : DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO

CORRIGIDO.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 49

E M E N T A : DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO

CORRIGIDO. EMPRESA COMERCIAL. CRÉDITO TRIBUTÁRIO REFERENTE A PNEUS,

COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES, CÂMARAS DE AR E MATERIAL DE LIMPEZA DE

VEÍCULOS. EMPRESA NÃO INSCRITA COMO PRESTADORA DE SERVIÇOS.

IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.

- Se a Autora não é inscrita como prestadora de serviços de

transporte não pode obter crédito de ICMS relativo a pneus, câmaras

de ar, lubrificantes e combustíveis, ainda que mantenha frota de

veículos para entrega das mercadorias vendidas no estabelecimento de

seus clientes.

- Pedidos de reconhecimento de crédito corrigido que se julga

improcedente.

VISTOS, ETC.

1. Relatório.

1.1. Intenta a Autora contra a Ré a presente Ação Declaratória de

Reconhecimento de Crédito Tributário Corrigido ao fundamento de que na

qualidade de comerciante atacadista mantém frota de veículos para entrega

das mercadorias vendidas no estabelecimento do comprador, e por isso

mesmo tem direito ao crédito corrigido de ICMS referentes a combustível,

pneus, câmaras de ar e lubrificantes de acordo com o disposto no art. 31,

parágrafo único da Lei 6.763/75, bem como de acordo com os princípios da

isonomia e da não-cumulatividade.

1.2. Em resposta articula em síntese a Ré que a Autora não tendo

como atividade específica a prestação de serviços de transporte, mas sim

o comércio das mercadorias por ela vendidas e entregues no

estabelecimento do comprador, não pode creditar sobre os insumos como

pretende, eis que esses somente podem ocorrer na indústria, bem como o

direito de crédito do ICMS somente se dá tocante às mercadorias vendidas

e não quanto aos produtos consumidos pelo contribuinte, e finalmente que

inexistindo crédito tributário a ser reconhecido também afastado fica o

pedido de correção monetária.

1.3. Saneado o processo e não tendo as partes outras provas a ser

produzidas, as partes ofertaram memoriais seguido do valioso parecer do

RMP à fl. 147 e seguintes.

2. Fundamentação.

2.1. Conforme alegado em defesa pela Ré, nenhuma ofensa do princípio

da isonomia houve por parte da mesma, uma vez que a situação da Autora

não é a de prestadora de serviços, mas sim a de comerciante que como

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 50

atividade secundária entrega as mercadorias por ela vendidas a seus

clientes.

2.2. Da mesma sorte não há se falar em ofensa ao princípio da não-

cumulatividade, eis que o material de uso e consumo da Autora

(combustíveis, lubrificantes, pneus, câmaras de ar e material de limpeza

dos veículos) não podem gerar crédito uma vez que também não podem gerar

débito na saída, pois são consumidos pela Autora e por isso mesmo

insuscetíveis de saídas tributadas capazes de ensejar crédito.

2.3. Por fim, conforme dispõe o próprio Regulamento do ICMS em seu

art. 144, item IV

SOMENTE AS EMPRESAS INSCRITAS COMO PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE

TRANSPORTE PODEM APROPRIAR DO VALOR DO ICMS CORRESPONDENTE À

AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEL, LUBRIFICANTES, PNEUS, DESDE QUE ESTES

SEJAM ESTRITAMENTE NECESSÀRIOS À PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.

2.4. E, como consequência, não havendo o pretendido crédito

tributário, muito menos poderá haver a correção monetária que se erige em

acessório do pedido principal.

2.5. Com tais fundamentos é que deve ser repelido pedido da Autora.

3. Conclusão

3.1. Pelo exposto e de tudo mais que dos autos consta, julgo

improcedente o pedido da Autora, haja vista que sendo empresa cuja

atividade principal é o comércio e não prestação de serviços, não pode

creditar do ICMS resultante de compra de pneus, combustíveis,

lubrificantes, câmaras de ar e material de limpeza de veículos, posto que

são consumidos pela Autora, e por isso mesmo não terão saída tributável

capaz de gerar crédito, isso se não bastasse o RICMS dispor claramente

que somente as empresas devidamente inscritas como prestadoras de

serviços de transporte podem creditar do ICMS correspondente a

combustível, lubrificante, pneus, câmaras de ar e material de limpeza,

tudo nos termos da fundamentação retro a qual integra essa parte

dispositiva para todos os efeitos legais.

3.2. Custas e honorários pela Autora, sendo esses arbitrados em 20%

sobre o valor atribuído à ação, devidamente atualizado até à época do

efetivo pagamento.

P.R.I. e junte-se.

Belo Horizonte, 10 de março de l.995.

DR. BELIZÁRIO ANTÔNIO DE LACERDA

Juiz de Direito da 1ª Vara de

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 51

Fazenda Pública

APELAÇÃO CÍVEL Nº 34.834/2 - COMARCA DE BELO HORIZONTE

APELANTE : FERROESTE IND. LTDA.

APELADO : DIRETOR GERAL IEF - INST. ESTADUAL FLORESTAS

RELATOR : EXMO. SR. DES. MONTEIRO DE BARROS

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 52

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO - TAXA FLORESTAL -

ILEGALIDADE E INCONSTITUCIONALIDADE DA REFERIDA TAXA - INOCORRÊNCIA

- COBRANÇA DEVIDA - SEGURANÇA DENEGADA - RECURSO DESPROVIDO.

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a Quarta Câmara Cível do Tribunal de

Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de

fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, à

unanimidade de votos, EM NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.

Belo Horizonte, 25 de maio de l995.

DES. VAZ DE MELLO - Presidente.

DES. MONTEIRO DE BARROS - Relator.

__________

NOTAS TAQUIGRÁFICAS

O SR. DES. MONTEIRO DE BARROS:

V O T O

Trata-se de Ação Mandamental impetrada por Ferroeste Industrial

Ltda. contra o Diretor Geral do Instituto Estadual de Florestas, por

entender ser ilegal e inconstitucional a majoração da alíquota da taxa

florestal, levada a efeito pela Lei Estadual nº 11.363, de 29 de dezembro

de 1993.

Alega o impetrante que a majoração ocorrida caracteriza confisco e

que a taxa tem a mesma base de cálculo do ICMS, violando frontalmente a

Constituição Federal.

A sentença monocrática, em análise das questões suscitadas pelo

impetrante, lhe denegou segurança por não vislumbrar nenhum ato ilegal da

cobrança da referida taxa.

Em grau recursal, insurge-se o apelante.

Vê-se da espécie que a razão não lhe assiste, tendo agido

acertadamente o Juiz monocrático.

Quanto ao caráter confiscatório da taxa, este não foi comprovado,

divagando o ora apelante apenas no campo das suposições sem qualquer

iniciativa probatória.

A majoração da alíquota da taxa florestal tida como ilegal e abusiva

pelo apelante fora objeto de inúmeras apreciações pelo STF, declarando-se

ao final sua legalidade e constitucionalidade (RTJ 101/05-39). Afirma que

a diferenciação entre “carvão vegetal de floresta nativa” sob manejo

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 53

sustentado e a de “carvão de floresta nativa”, respectivamente, 2,0 e

l0,0, representa nesta última um aumento de 400%; sendo insustentável tal

exorbitância.

Insta salientar que a taxa florestal não leva em consideração o

valor do produto, mas sua quantidade e sua menor ou maior qualidade, bem

como a maior ou menor dificuldade de replantio da flora. A diferenciação

das alíquotas buscou apenas resguardar que a floresta nativa fosse

preservada em detrimento da possibilidade do manejo sustentado tornar-se

a opção mais usual na produção de carvão vegetal. O tratamento desigual é

imprescindível à espécie.

A alegação de que há identidade entre a base de cálculo do ICMS e a

taxa florestal também não procede. Os produtos referidos estão elencados

como bens submetidos a fiscalização e licença, não como mercadorias

objeto de atividade lucrativa, e, portanto, não constituem a base de

cálculo do ICMS. A base de cálculo da referida taxa é o custo estimado da

atividade estatal, tendo por unidade a UPFMG, distinta, portanto, da base

de cálculo do ICMS, que é o valor decorrente da operação de circulação de

mercadorias.

Destarte, não vislumbro, na espécie, direito líquido e certo lesado

por ato ilegal ou abusivo da autoridade apontada como coatora. Nego,

pois, provimento ao apelo, na esteira do bem lançado parecer da

Procuradora de Justiça, Drª Hilda Maria Teixeira da Costa.

PARTICIPARAM DO JULGAMENTO os Desembargadores Francisco Figueiredo e

Caetano Carelos.

S Ú M U L A : NEGARAM PROVIMENTO.

APELAÇÃO CÍVEL Nº 42.762/5 - COMARCA DE BELO HORIZONTE

APELANTE : DULCE TRANPORTES LTDA.

APELADA : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RELATOR : EXMO. SR. DES. LÚCIO URBANO

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 54

EMENTA: ICMS - EXPORTAÇÃO - TRANSPORTE ATÉ O PORTO DE EMBARQUE -

SERVIÇO NÃO ALCANÇADO PELA IMUNIDADE CONCEDIDA ÁS OPERAÇÕES DE

EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a Terceira Câmara Cível do Tribunal

de Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de

fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, à

unanimidade de votos, EM NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.

Belo Horizonte, 11 de maio de l995.

DES. AYRTON MAIA - Presidente.

DES. LÚCIO URBANO - Relator.

_________

NOTAS TAQUIGRÁFICAS

O SR. DES. LÚCIO URBANO:

V O T O

Conheço da apelação.

Mais uma vez, empresa transportadora vem a juízo e apresenta-se como

destinatária da imunidade prevista no art. 155, § 2º, X, a, da CR e,

também, alega inexistência de alíquota aplicável.

A r. sentença recorrida decidiu em absoluta sintonia com a

jurisprudência reiterada desta Casa.

A apelante jamais pode ser considerada destinatária da norma

constitucional invocada, posto que esta contempla as “operações que

destinem ao exterior produtos industrializados”.

A atividade da recorrente é prestação de serviço de transporte.

O inciso XII, e, diz “caber à lei complementar excluir da incidência

do imposto, nas exportações para o exterior, serviços ...”.

A lei complementar inexiste.

Há distinção nítida entre “operação” e “serviço”. Aquele envolve a

compra e venda, esta apenas o transporte, sendo que a imunidade daquele

não se aplica a esta.

Bem observou o Em. Des. XAVIER FERREIRA:

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 55

“A interpretação não poderia ser diferente da

elaborada pelo douto juiz monocrático, pois de outra

forma estaríamos sendo conduzidos ao absurdo de se

aplicar, por lei complementar, isenção a prestações de

serviços que já estavam imunes pela lei

hierarquicamente maior, que é a Constituição” (JM

114/196).

Quanto à inexistência de alíquota, também sem razão a apelante.

O § 8º do art. 34 do ADCT outorgou ao Estado e ao Distrito Federal

competência para a celebração de convênios para fixação provisória de

alíquotas, até que o Senado Federal viesse a editar norma específica.

A propósito, observa o Em. Des. XAVIER FERREIRA:

“De mais a mais, o Senado Federal já fixou a

alíquota de 12% para as prestações de serviço de

transporte interestadual e intermunicipal, pela

Resolução 22, de 19 de maio de l989, publicada no DOU

de 22.5.89” (loc. cit.).

O produto transportado destina-se à exportação, mas o imposto incide

sobre os serviços de transporte, aplicável a alíquota de 12%.

Derradeiramente, há que se considerar, que o transporte se dá dentro

do território nacional, ou seja, até o Rio de Janeiro. A mercadoria é que

vai para o exterior.

Nego provimento, pagas as custas pela recorrente.

PARTICIPARAM DO JULGAMENTO os Desembargadoroes Murilo Pereira e Hugo

Bengtsson.

S Ú M U L A : NEGARAM PROVIMENTO.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 56

APELAÇÃO CÍVEL Nº 34.445/7 - COMARCA DE BELO HORIZONTE

APELANTE : TUBOS E CONEXÕES TIGRE LTDA.

APELADA : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RELATOR : EXMO. SR. DES. ISALINO LISBÔA

EMENTA: ICMS - VENDA, POR FILIAL MINEIRA, DE BEM SAÍDO DIRETAMENTE

DE INDÚSTRIA ESTABELECIDA EM OUTRO ESTADO PARA O ADQUIRENTE

LOCALIZADO EM MINAS GERAIS - EXIGIBILIDADE DO IMPOSTO POR MINAS

GERAIS - LEGITIMIDADE.

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a Terceira Câmara Cível do Tribunal

de Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de

fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, à

unanimidade de votos, EM REJEITAR PROVIMENTO AO RECURSO, NOS TERMOS DOS

VOTOS PROFERIDOS.

Belo Horizonte, 04 de maio de l995.

DES. AYRTON MAIA - Presidente.

Des. ISALINO LISBÔA - Relator.

__________

NOTAS TAQUIGRÁFICAS

Assistiu ao julgamento, pela apelante, o Dr. Elísio Nascimento

Batista Júnior.

O SR. DES. ISALINO LISBÔA:

V O T O

Conheço da apelação.

Cuida-se de embargos à execução fiscal, rejeitados pelo douto

Sentenciante sob a égide de seu intempestivo oferecimento, quando acolheu

o mesmo, preliminar em tal sentido instalada, oportunamente, pela agora

recorrida.

Inobstante, o ilustre Magistrado a quo adentrou no campo meritório,

concluindo, em tal sítio, pela improcedência, em tese, da incidental

edificada.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 57

A apelante, em cenário que estou a identificar como o de uma

preliminar, busca o desmerecimento sentencial no condizente ao

afastamento da reconhecida edificação embargatória a destempo.

Adentrou a mesma, por igual, no campo meritório, após.

Ao que emerge dos autos, vejo razão ombreada com a recorrente, em

tal quadra.

Conforme se verifica nos apensos, fls. 08, a embargante, agora

apelante, peticionou requerendo fosse a carta de fiança bancária,

encontrável em feito anulatório por ela manejado contra a embargada, aqui

recorrida, aproveitada como garantia do juízo da execução.

Com o assentimento da exequente, fls. 10, relativo à garantia

pleiteada, concluíra o Magistrado, através do respeitável despacho de

fls. 10v., que estaria garantido o juízo do executivo fiscal.

Entender-se que a partir de tal posicionamento, ou mesmo, ao literal

teor do artigo 16, II, da Lei das Execuções Fiscais, que disciplina o

início do prazo para a oferta de embargos em se contando da juntada da

prova da fiança bancária, ter-se-ia por demais ultrapassada a

oportunidade para tempestiva oferta de embargos é, cum permissa,

submeter-se ao oblívio a norma processual em vigor.

Tanto o pedido de aproveitamento de garantia, como a decisão que deu

por efetivamente garantido o juízo da execução, não têm o condâo

desencadeador do termo a quo, para providência embargatória.

O primeiro porque mero pleito, não se traduzindo como efetiva

colação de garantia.

O segundo porque despacho sem publicação, em qualquer tempo, não

gerando, desta forma, o prazo de trinta dias, previsto no já referido

artigo 16, caput, da Lei nº 6.830/80, ao manejo de embargos.

A juntada de efetiva prova, referida pelo legislador, o que equivale

a assinatura do termo de nomeação, pressupõe, a teor do artigo 656,

parágrafo único, do Código de Processo Civil, uma prévia aceitação da

garantia ofertada, sob a severa pena de não ser possível a oferta dos

embargos.

Uma vez aceita a nomeação é que se prescinde de nova intimação do

devedor, para que se desencadeie o prazo legal para a providência

processual em apreço.

Aliás, jurisprudência de alcance, sobre tal entendimento,

encontrável é em RJTAMG 19/356; id 26/302.

A manifestação de fls. 10, em que a exequente concordava com a

garantia ofertada, e o despacho superveniente, fls. 10v., em que dera o

Magistrado pela efetiva garantia do juízo, não tiveram publicação, pelo

que a oportuna interveniência da executada, através do feito

embargatório, não tem como ser vista extemporânea.

Em tudo e por tudo, acolho a preliminar sob enfoque e tenho, por

consequência, por tempestiva a produção da incidental embargatória.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 58

O SR. DES. AYRTON MAIA:

Com a devida vênia do eminente Relator, entendo intempestivos os

embargos oferecidos porque ofertados 4 ou 5 meses depois de oferecida a

carta de fiança. Os embargos foram interpostos muito tempo depois do

prazo previsto pelo art. 16, inciso II, da Lei 6.830, de 22 de setembro

de 1980, que cuida da execução fiscal, razão pela qual tenho como

incensurável a sentença nesta oportunidade.

Apesar de tudo, como o Juiz enfrentou o mérito da execução, creio

que a preliminar se torna prejudicada em face do que foi concluído no

julgamento.

Porém, quero estabelecer este meu posicionamento porque, em se

tratando de embargos, o prazo é de 30 (trinta) dias após a penhora ou a

oferta da fiança, como expressamente dispõe a Lei, e para que, em casos

futuros, tenha a liberdade de declarar isto que acabo de expressar em meu

voto.

O SR. DES. LÚCIO URBANO:

De acordo em se examinar o mérito, tendo-se em vista que foi

analisado pela sentença.

Com relação à aplicação da lei específica, entendo que o Des. Ayrton

Maia está coberto de razão.

O SR. DES. ISALINO LISBÔA:

V O T O

Rejeitados os embargos, sob o fundamento de sua intempestividade, o

Magistrado a quo prosseguiu, contudo, no julgamento e alcançando o

mérito.

Tal fato figura um tanto fora do entendível, venia data; porém,

assim acontecido, cumpre-me visitação ao meritum causae.

Ainda de tal proceder, ante o atendimento ao princípio da utilidade

processual, espraiado no artigo 515 do Diploma Formal, atinente ao tantum

devolutum quantum appellatum, e sob cuidado, evidentemente, quanto aos

limites da devolução a fim de se evitar a censurável reformatio in pejus.

Tenho que por assim agir, não estou a comprometer a instância, menos

extrapolando os limites recursais, visto a matéria deduzida no apelo.

Ao que dos autos assoma, de ser por depreendido que a operação

propulsora do débito fiscal em tela, deu-se em circunscrição do Estado de

Minas Gerais.

A embargante realizou, através de sua filial no Município de

Contagem, venda a consumidor final, a CEMIG, sendo ali feito o pedido da

mercadoria, combinada a forma de pagamento da mesma e acertados detalhes

da entrega do produto.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 59

Após isso, a matriz da embargante, sita no Estado de Santa Catarina,

procedeu à entrega da mercadoria e a emissão da nota fiscal.

O local da operação é, em verdade, o do estabelecimento mineiro,

posto que a matriz, situada em outro Estado, remeteu a mercadoria

diretamente a consumidor final.

Ao endosso, ainda, de tal entendimento, surge o conteúdo do Decreto-

lei nº 406/68, por seus artigos 1º, parágrafo primeiro, e 6º, que

dispõem, respectivamente, acerca da equiparação da saída da mercadoria e

sua transmissão de propriedade, quando não procedida do estabelecimento

do transmitente e da autonomia de cada estabelecimento do contribuinte.

Nesse mesmo sentido, de ser visto o artigo 33, parágrafo 1º, da Lei

Estadual nº 6.763/75.

A filial mineira da recorrente, ainda de ser verificado, situa-se no

Município de Contagem, e não restou por caracterizada como mero

escritório de representação ou “show-room”, para atendimento a clientes

deste Estado, mas sim uma unidade autônoma, apta, inclusive, à emissão de

notas fiscais.

A exigibilidade do imposto, assim, remonta a celebração de negócio

jurídico, com detalhes e acertamento, relativos a condições de pagamento

e época de entrega e não ao local de saída da mercadoria, que por nada

mais se traduz como fatibilização de uma entre tantas avenças de

negociação decorrente.

Legítima, por tudo, a pretensão tributária do Fisco Mineiro.

As demais alegações, concernentes ao quantum debeatur, especialmente

no que toca à base de cálculo utilizada para o imposto, mostram-se

desnudas de conteúdo, mormente que prova nenhuma se produziu no sentido

de evidenciar índices não devidos ao Fisco.

Ao deduzido, dou pela prevalência do respeitável ato sentencial

primevo, alternando, porém, de seu dispositivo a rejeição dos embargos

para sua improcedência.

Nego, ao exposto, provimento ao apelo.

Custas ex lege.

O SR. DES. AYRTON MAIA:

Quanto ao mérito, estou inteiramente de acordo com o Relator

porquanto entendo que, na hipótese dos autos, devido é o ICM cobrado pelo

Estado.

O SR. DES. LÚCIO URBANO: De acordo.

S Ú M U L A : REJEITARAM PROVIMENTO, NOS TERMOS DOS VOTOS

PROFERIDOS.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 60

APELAÇÃO CÍVEL Nº 21.198/7 - COMARCA DE POUSO ALEGRE

APELANTE : JD 2 V CV. COMARCA POUSO ALEGRE,

PELO CHEFE ADM. FAZENDÁRIA II POUSO ALEGRE

APELADA : LATASA - LATAS ALUMÍNIO S/A

RELATOR : EXMO. SR. DES. MONTEIRO DE BARROS

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA - ICMS - IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS -

FATO GERADOR - SÚMULA 577 DO STF - MOMENTO DA ENTRADA DA MERCADORIA

NO ESTABELECIMENTO IMPORTADOR - IMPOSTO RECOLHIDO ATRAVÉS DE GUIA

NACIONAL DE RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS ESTADUAIS - EXIGÊNCIA

ESCORREITA - SEGURANÇA CONCEDIDA EM PARTE - DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

- SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a Quarta Câmara Cível do Tribunal de

Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de

fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, à

unanimidade de votos, EM REFORMAR PARCIALMENTE A SENTENÇA, POR FORÇA DO

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO.

Belo Horizonte, 24 de novembro de l994.

DES. MONTEIRO DE BARROS - Presidente e Relator.

__________

NOTAS TAQUIGRÁFICAS

O SR. DES. MONTEIRO DE BARROS:

V O T O

Por força do duplo grau de jurisdição, conheço dos autos.

Trata-se de ação mandamental impetrada em caráter preventivo por

LATASA - Latas de Alumínio S/A, contra a iminente exigência fiscal de

recolhimento do ICMS quando do desembaraço aduaneiro das mercadorias que

importa. Busca ainda a concessão da segurança para que se reconheça a

ilegalidade da exigência do recolhimento do imposto estadual através da

Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais, sustentando que o

ICMS devido na entrada de mercadorias importadas há de regular-se pelo

regime ordinário estabelecido pelo RICMS.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 61

No tocante à concessão da segurança para assegurar ao contribuinte

que o recolhimento do ICMS se efetive quando da entrada da mercadoria no

estabelecimento importador, e não quando do despacho aduneiro, andou

acertadamente o Magistrado.

A matéria já se encontra sumulada, no sentido de que na importação

de mercadorias do exterior o fato gerador do ICM ocorre no momento de sua

entrada no estabelecimento importador (Súmula 577 do STF). Não se admite

que os Estados, através de seu poder regulamentar, institua fato gerador

diverso, indicando como tal o momento do despacho aduaneiro.

Acresce-se que, segundo informa a Fazenda Estadual, foi editada a

Resolução nº 2.544, de 30 de junho de 1994, que determina a exigência do

ICMS na entrada do produto importado no estabelecimento importador, em

conformidade, pois, com a Súmula 577 do STF retro citada.

Insurge-se ainda a impetrante, e agora sem razão, contra a exigência

inserta no art. 106 do RICMS, que determina que o recolhimento do ICMS

incidente sobre mercadorias importadas seja efetuado através de guia

própria (GNR). Estriba-se a impetrante no art. 408 do RICMS, que, ao

contrário do que ele afirma, determina a utilização da mencionada Guia

Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais “para recolhimento NESTA

OU EM OUTRA UNIDADE DA FEDERAÇÃO DO ICMS DEVIDO A outra ou a ESTA UNIDADE

DA FEDERAÇÃO”.

Não se vislumbra direito líquido e certo apontado pela contribuinte

em recolher o tributo incidente sobre a mercadoria importada em

consonância com o regime ordinário de recolhimento. Ora, trata-se de

mercadoria egressa de outro país, que não possui embutido em seu valor

qualquer imposto, não podendo ter o mesmo tratamento tributário conferido

à aquisição de mercadorias no mercado interno. Na verdade, insurge-se a

empresa contra o tratamento tributário dado pelo ente tributante às

aquisições de mercadorias no mercado externo, sem lograr êxito em

comprovar, de plano, que o método adotado, de recolhimento do ICMS

através de guia específica, tenha lesado direito líquido e certo seu.

Por força do duplo grau de jurisdição, reformo parcialmente a

sentença apenas para denegar a segurança quanto ao pedido constante ao

final do item 4.5. da inicial, de assegurar à impetrante o pretenso

direito de recolher o ICMS incidente sobre as mercadorias que importa,

não através de Guia própria (GNR), mas pelo regime ordinário.

PARTICIPARAM DO JULGAMENTO os Desembargadores Caetano Carelos e

Corrêa de Marins.

S Ú M U L A : POR FORÇA DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO,

REFORMARAM PARCIALMENTE A SENTENÇA.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 62

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 63

___________________________________________________________________

EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 64

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 65

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL - LEVANTAMENTO FÍSICO-CONTÁBIL -

AUTO DE INFRAÇÃO NÃO DESCONSTITUÍDO - IMPROCEDÊNCIA

“Tributário. Ação anulatória de débito fiscal, julgada improcedente.

Levantamento físico-contábil na empresa. Apuração de saída de mercadorias

sem a emissão de nota fiscal, com sonegação de tributo. Auto de infração

não desconstituído. Sentença mantida. Se o levantamento físico-contábil

que detectou infração tributária, seguiu os trâmites regulares e se o

autuado não conseguiu, como lhe competia, desconstituir o auto de

infração, improcedente a anulação do débito fiscal. Apelo improvido.”

(Ac. un. da 2ª C. Civ. do TJ PR - AC 29.851-9 - Rel. Des. Negi

Calixto - j. 31.05.95 - Apte.: Bernard Krone do Brasil - Indústria e

Comércio de Veículos Industriais e Máquinas Agrícolas Ltda.; Apdo.:

Estado do Paraná - DJ PR 19.06.95, p. 19 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8942 - AGOSTO/1995 - Pág.

270.

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL - PROPOSITURA DE EXECUÇÃO FISCAL -

NÃO-IMPEDIMENTO; DEPÓSITO - INIBIÇÃO DO AJUIZAMENTO; DISCUSSÃO DA

DÍVIDA - COMPETÊNCIA

“Tributário - Processo civil - Embargos à execução - Depósito

judicial - Suspensão da exigibilidade do crédito - Ação anulatória. I - A

interposição da Ação Anulatória de débito fiscal, tão somente, não impede

a propositura da Execução Fiscal. II - O depósito do débito, nos termos

do art. 38 da Lei 6.830/80, inibe o mencionado ajuizamento. III -

Ajuizada ação anulatória com o depósito integral do débito antes da

Execução, é para aquela que se transfere a discussão da dívida. IV -

Apelação e Remessa Oficial improvidas.”

(Ac. un. da 3ª T. do TRF da 3ª R. - AC 90.03.00968-6 - Rel. Juíza

Ana Scartezzini - j. 10.05.95 - Apte.: União Federal/Fazenda Nacional;

Apda.: Pan American World Airways Inc. - DJU 2 02.08.95, p. 47.700 -

ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9084 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 321.

AÇÃO CAUTELAR - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO -

DEPÓSITO - AUTORIZAÇÃO JUDICIAL - DESNECESSIDADE

“Direito tributário. Cautelar. Depósito. CTN, art. 151, II. O

depósito previsto no art. 151, do CTN, independe de autorização judicial.

Processada cautelar com este objetivo, contudo, deve ser aproveitada a

sentença que o autorizou, dependendo a sua destinação do desfecho do

processo principal.”

(Ac. un. da 1ª T. do TRF da 4ª R. - AC 92.04.29881-2/RS - Rel. Juiz

Vladimir Freitas - j. 06.06.95 - Apte.: Bertochi Calçados e Confecções

Ltda.; Apda.: União Federal - DJU 2 26.07.95, p. 46.393 - ementa

oficial).

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 66

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9036 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 303.

AÇÃO DECLARATÓRIA - MEDIDA CAUTELAR IMPEDITIVA DO FISCO APURAR O

CRÉDITO TRIBUTÁRIO - AUSÊNCIA DE DEPÓSITO INTEGRAL DO DÉBITO -

INADMISSIBILIDADE

“Ação declaratória cumulada com medida cautelar inominada que

discute da existência da relação jurídica tributária, ou do débito

tributário. Imposição judicial do fisco para que se abstenha da tomada de

diligências fiscais tais como lançamentos, notificações, requisições,

etc., tendentes a apurar o crédito tributário sub judice - Inexistência

de depósito judicial - Inadmissibilidade - Inteligência do art. 151, do

CTN, inciso II. Sem o prévio depósito integral do débito alvo de ação

declaratória a ação se impõe à decretação da suspensão da execução fiscal

tendente à sua cobrança e sendo inadmissível a decretação de medidas

judiciais que impeçam o fisco da prática de atos objetivando a

constituição do crédito tributário contestado judicialmente.”

(Ac. un. da 4ª C. Civ. do TJ SC - Ag. 8.465 - Rel. Des. Anselmo

Cerello - j. 09.12.94 - Agte.: Casa Neri Tecidos e Confecções Ltda.;

Agdo.: Estado de Santa Catarina - DJ SC 10.05.95, p. 05 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8893 - JULHO/1995 - Pág.

249.

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO - DECADÊNCIA - PRAZO - CRITÉRIO -

RESERVA ABSOLUTA DA LEI COMPLEMENTAR

“Tributário. Repetição do indébito. Prazo de decadência. Critério

segundo a origem da ação. (Câmara Leal). Princípio da reserva absoluta da

Lei Complementar. I - O direito à restituição do tributo se extingue com

o decurso do prazo de 05 (cinco) anos, contados do pagamento indevido,

ou, segundo definição legal, da extinção do crédito tributário (CTN, art.

168, I). Precedentes do STJ. II - É de decadência o prazo estabelecido,

pela lei ou pela vontade unilateral ou bilateral, quando prefixado ao

exercício do direito pelo seu titular. Será de prescrição quando fixado

não para o exercício do direito, mas para o exercício da ação que o

protege. Quando, porém, o direito deve ser exercido por meio de ação,

originando-se ambos do mesmo fato, de modo que o exercício da ação

representa o próprio exercício do direito, o prazo estabelecido para a

ação deve ser tido como prefixado ao exercício do direito, sendo

portanto, de decadência, embora aparentemente se afigure de prescrição

(Câmara Leal). III - As hipóteses de prescrição e decadência, em matéria

tributária, são da reserva absoluta de Lei Complementar (CF, art. 146,

inciso III, alínea b, e CTN, art. 141), não se admitindo interferência,

nessa área, pelo legislador ordinário. IV - Apelação desprovida. Sentença

confirmada, em sua douta conclusão.”

(Ac. da 4ª T. do TRF da 1ª R. - mv - AC 94.01.16815-6/MG - Rel. Juiz

Souza Prudente, Convocado - j. 08.05.95 - Apte.: Márcio Eustáquio de

Rezende; Apda.: União Federal/Fazenda Nacional - DJU 2 03.08.95, p.

48.303 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9082 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 321.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 67

AÇÃO RESCISÓRIA - CABIMENTO

A sentença que julga extinta a execução, indeferindo a atualização

dos cálculos, não pode ser conceituada como sentença de mérito a ensejar

ação rescisória (art. 485 do CPC). - Extinção do processo sem julgamento

de mérito (art. 267, inciso VI do CPC).

(Ação Rescisória nº 94.02.10333-3/RJ - Relª: Desembargadora Federal

Tânia Heine. Autor: Salvador Carmo da Silva. Réu: Instituto Nacional do

Seguro Social - INSS. 2ª Turma, TRF/2ª Região - 30-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, de 05-09-95 - Pág. 57.531.

AÇÃO RESCISÓRIA - MATÉRIA CONTROVERTIDA NOS TRIBUNAIS - ORIENTAÇÃO

FIXADA POSTERIORMENTE PELO STF EM SENTIDO DIVERSO DO ACÓRDÃO

RESCINDENDO - CPC, ART. 485, V. SÚMULAS Nº 343 DO STF E Nº 134 DO

TFR

Não se configura violação a literal disposição de lei, a dar margem

à ação rescisória, interpretação controvertida de texto legal ao tempo em

que foi prolatada a decisão rescindenda, mesmo que, posteriormente, o

Supremo Tribunal Federal tenha fixado orientação diversa a respeito. -

Aplicação das Súmulas nº 343 do STF e nº 134 do TFR. Ação rescisória

improcedente.

(Ação Rescisória nº 94.04.29210-9/RS - Relª: Juíza Tânia Escobar.

Rel. para o Acórdão: Juiz Vilson Darós. Autoras: Modas Karin Ltda. e

Outras. Ré: União. 1ª Seção, TRF/4ª Região - 10-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 05-07-95 - Pág. 42.6l5.

AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPETÊNCIA DO JUÍZO, RELATIVA - PRORROGAÇÃO

DA COMPETÊNCIA - ARTS. 112 E 113 DO CPC - DECISÃO DEFERITÓRIA DE

LIMINAR - ULTERIOR DECISÃO DA CAUSA, NO MÉRITO - AGRAVO PARCIALMENTE

PREJUDICADO

A competência do juízo, em face da prevenção, é relativa e se

prorroga, se não oposta a devida exceção, nos termos dos arts. 112 e 113

do CPC. - Interposto agravo de instrumento contra decisão interlocutória

que deferiu liminar em mandado de segurança, e tendo sido ulteriormente

proferida sentença concessiva do writ, antes do julgamento do recurso

pelo Tribunal, resta prejudicado o agravo, nesta parte. - Agravo de

Instrumento improvido, quanto à matéria competencial, e prejudicado,

quanto ao remanescente.

(Agravo de Instrumento nº 95.01.11270-5/GO - Relª: Exmª Srª Juíza

Assusete Magalhães. Agte.: Universidade Federal de Goiás. Agda.: Natércia

Maria da Fonseca Porto. Vara de Origem: Juízo Federal da 4ª Vara/GO. 2ª

Turma, TRF/1ª Região - 28-06-95).

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 68

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 03-08-95 - Pág. 48.266.

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA

ESTADUAL

São competentes para processar e julgar os executivos fiscais da

União e suas autarquias, os Juízes Estaduais, na comarcas de interior que

não sejam sede de vara da Justiça Federal. - Em vigor a Súmula 40 do

extinto TFR. - Inteligência do art. 109 § 3º da Constituição Federal c.c.

art. 15 da Lei 5.010/66. - Agravo improvido.

(Agravo de Instrumento 3703/PE - (94.05.45195-2) - Agte.: Fazenda

Nacional. Agda.: Usina Estreliana Ltda. Rel.: Juiz Castro Meira. 1ª

Turma, TRF/5ª Região - 03-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 01-09-95 - Pág. 56.666.

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - FAZENDA - PRAZO

Para a Fazenda Pública, o prazo recursal tem início a partir da

intimação pessoal do representante legal, e não da publicação em órgão da

imprensa. - Agravo provido.

(Agravo de Instrumento nº 91.03.05930-8/MS - Rel.: Juiz Célio

Benevides. Agte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Agda.:

Prefeitura Municipal de Eldorado/MS. 2ª Turma, TRF/3ª Região - 27-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 26-07-95 - Pág. 46.031.

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUTIVO FISCAL - ARREMATAÇÃO

Tratando-se de controvérsia estabelecida entre particulares, refoge

sua apreciação no âmbito do processo de executivo fiscal. - Agravo

provido.

(Agravo de Instrumento nº 89.03.03878-9/SP - Rel.: Juiz Célio

Benevides. Agte.: Sérgio Pereira. Agdo.: Instituto de Administração

Financeira da Previdência e Assistência Social - IAPAS. 2ª Turma, TRF/3ª

Região - 05-09-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 27-09-95 - Pág. 65.289.

AGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO DE PEÇAS - SÚMULA 288-STF

Confirmação da Súmula 288 pelo Plenário do STF: Ag. 137.645 -

(AgRg)-DF: a responsabilidade na formação do instrumento é da parte

agravante. Por isso, nega-se seguimento a agravo para subida de R.E.,

quando faltar no traslado o despacho agravado, a decisão recorrida, a

petição de recurso extraordinário ou qualquer peça essencial à

compreensão da controvérsia. - Agravo não provido.

(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 135.704-6 - Origem:

Distrito Federal. Rel.: Min. Carlos Velloso. Agte.: Rede Ferroviária

Federal S/A. Agdos.: Anacleto Pereira dos Santos e outros. Decisão: Por

unanimidade, a Turma negou provimento ao agravo regimental. 2ª Turma, STF

- 30-05-95).

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 69

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”,DE 15-09-95 - Pág. 29.512.

APELAÇÃO - PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO - OMISSÃO DO NOME DO ADVOGADO DA

APELADA - NULIDADE (ARTS. 247 E 236, § 1º, DO CPC)

Se o nome do advogado da apelada não constou da publicação do

despacho que lhe deu vista dos autos, retirando-lhe a oportunidade de se

manifestar sobre documentos vindos ao processo com as razões do recurso

apelatório, restou inobservada prescrição legal essencial à validade do

ato processual, configurando-se a nulidade de que tratam os artigos 247 e

236, § 1º, do CPC. Precedentes. - Recurso provido, sem discrepância.

(Recurso Especial nº 54.127-1/MG - (94.0028277-0) - Rel.: O Sr. Min.

Demócrito Reinaldo. Recte.: Transju Transportes Rodoviários Ltda. Recdo.:

Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais.

1ª Turma, STJ - 07-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 14-08-95 - Pág. 23.986.

ARGUIÇÃO DE PRESCRIÇÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

A prescrição de direitos patrimoniais tem o seu reconhecimento

condicionado à alegação da parte a quem aproveita (art. 219, § 5º-CPC),

não podendo ser conhecida de ofício. - Não contém omissão o acórdão que

deixa de se pronunciar sobre prescrição não alegada pela parte, em tempo

anterior ao julgamento, somente ferindo a matéria em embargos de

declaração. - Embargos rejeitados.

(Embargos de Declaração na REO nº 94.01.17615-3/MG - Rel.: Juiz

Olindo Menezes. Parte “A”: Ismaília Mendonça Diniz Mascarenhas. Parte

“R”: Fazenda Nacional. Remte.: Juízo Federal da 13ª Vara - MG. Embte.:

Fazenda Nacional. 3ª Turma, TRF/lª Região - 04-09-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 29-09-95 - Págs. 66.030/66.031.

ASSISTENTE TÉCNICO - LEGITIMIDADE PARA RECORRER - C.P.C., ART. 499,

§ 1º

O assistente técnico tem legitimidade para recorrer da sentença de

liquidação, se, no cálculo, não foram incluídos os índices corretivos por

ele almejados. - Considera-se haver prejuízo do terceiro quando o ato

decisório diretamente ou apenas por repercussão reflexa, necessária ou

secundária, ofenda o direito deste (AMARAL SANTOS). É indispensável,

porém, que se trate de prejuízo jurídico. - Recurso especial não

conhecido.

(Recurso Especial nº 61.789-8-PR - (95.0010638-8) - Rel.: Sr. Min.

Antônio de Pádua Ribeiro. Recte.: Município de Curitiba. Recdo.: José

Leonel de Oliveira Soares. Interessada: CIC Companhia de Desenvolvimento

de Curitiba. 2ª Turma, STJ - 16-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.823.

ATO JUDICIAL HOMOLOGATÓRIO DE CONTA DE ATUALIZAÇÃO DO DÉBITO -

NATUREZA JURÍDICA DE DESPACHO INTERLOCUTÓRIO, ATACÁVEL VIA DO AGRAVO

DE INSTRUMENTO - SÚMULA Nº 118/STJ

A simples atualização de cálculo de débito judicial cinge-se, no

mais das vezes, à aplicação dos índices de correção monetária, bem como

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 70

dos acessórios da condenação, tais como juros, custas, honorários, etc. -

É atividade eminentemente aritmética, onde não se resolve qualquer

controvérsia jurídica acerca da composição do “quantum debeatur”. - Por

isso, o ato do juiz que homologa conta de atualização tem natureza

jurídico-processual de despacho interlocutório, onde se decide mera

questão incidental, que não põe termo ao processo, sendo por isso

atacável por via do agravo de instrumento. - Aplicação da súmula nº

118/STJ. - Recurso improvido, à unanimidade.

(Recurso Especial nº 63.626-4/RS - (95.0017137-6) - Rel.: O Sr. Min.

Demócrito Reinaldo. Recte.: Fazenda Nacional. Recdo.: Adubos Trevo S.A.

Grupo Luxma. 1ª Turma, STJ - 07-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 14-08-95 - Pág. 23.992.

BEFIEX - IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - ISENÇÃO DO IMPOSTO

DE IMPORTAÇÃO E DO IPI - PRETENDIDA REDUÇÃO DO ICMS - CONSTITUIÇÃO

FEDERAL/88, ARTS. 151, III, 155, I, b - CONSTITUIÇÃO FEDERAL/67-69,

ARTS. 19, § 2º, E 23, II - CTN, ARTS. 97 E 111 - LEI COMPLEMENTAR

4/69 (ART. 1º, VI) - DECRETO-LEI 1.219/72 - SÚMULA 576-STF-

Os favores ou benefícios fiscais decorrentes de programas especiais

(BEFIEX), no plano federativo interno, concedidos pela União Federal, não

se estendem, nem obrigam os Estados-membros. - A instituição do ICMS tem

sede na competência privativa dos Estados-membros, dependendo a sua

isenção de expressa manifestação em lei ou por convênio firmado

unanimente. - Multiplicidade de procedimentos jurisprudenciais. - Recurso

improvido.

(Recurso Especial nº 50.774 - SC - (94.0020043-9) - Rel.: O Sr. Min.

Milton Luiz Pereira. Recte.: SINCOL S/A Indústria e Comércio. Recda.:

Fazenda Pública do Estado de Santa Catarina. 1ª Turma, STJ - 09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.796.

BENS IMPENHORÁVEIS - LEI 8.009/90 - SÚMULA 10/TRF 4ª REGIÃO

A impenhorabilidade da Lei 8.009/90 alcança o bem que, anteriormente

ao seu advento, tenha sido objeto de constrição judicial.

(AI nº 95.04.01749-5/PR - Agte.: União Federal. Agdo.: Herbert Otto

Ruhe. Interes.: Equimar Equipamentos para Escritório Maringá Ltda. Rel.:

Juiz Vladimir Freitas. 1ª Turma, TRF/4ª Região - 15-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 20-09-95 - Pág. 63.256.

CÁLCULOS EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - DILAÇÃO DE PRAZO COMUM

A Fazenda Pública não goza da prerrogativa de extensão do prazo para

conferência de cálculos efetuados pelo contador. - Prorrogar o prazo, na

espécie, configura-se afronta à expressa previsão legal (art. 605 do CPC

- vigente à época do recurso) criando situação de privilégio, em

desmerecimento ao princípio da igualdade processual. - Agravo conhecido e

improvido.

(Agravo de Instrumento - SP - Processo nº 15689 (Orig.: 93.0023713-

6) - Reg. nº 94.03.020816-3 - Relª: Juíza Annamaria Pimentel. Agte.:

Fazenda Nacional. Agdo.: Roland Otto Berger. 3ª Turma, TRF/3ª Região -

30-11-94).

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 71

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 02-08-95 - Pág. 48.000.

CAUTELAR - PROIBIÇÃO DE AGIR - INADMISSIBILIDADE

A tutela cautelar supõe a presença simultânea do fumus boni juris e

do periculum in mora: faltando um, falha a pretensão cautelar. - A ameaça

da propositura de execução de um crédito evidentemente não configura

perigo de dano irreparável e o poder geral de cautela não habilita o juiz

a proibir o exercício do direito de ação.

(Agravo de Instrumento nº 93.04.41839-9/PR - Rel.ª: Juíza Marga

Barth Tessler. Rel. P/Acórdão: Juiz Amir José Finocchiaro Sart. Agte.:

Caixa Econômica Federal - CEF. Agdo.: Renan Maciel Brasil. Interes.:

Banco Bradesco S/A. 5ª Turma, TRF/4ª Região - 25-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 12-07-95 - Pág. 44.190.

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

O crédito tributário somente passa a existir a partir do lançamento.

Não estando o crédito constituído, comete abuso de poder a autoridade

administrativa que nega o fornecimento de certidão negativa de débito. -

Apelação e remessa oficial improvidas.

(Apelação em Mandado de Segurança nº 94.04.19490-5-SC - Rel.: Juiz

João Surreaux Chagas. Apte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

Apda.: Construtora Stein Ltda. Remte.: Juízo Federal da Vara de Blumenau

/SC. Turma de Férias, TRF/4ª Região - 19-07-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 23-08-95 - Pág. 53.754.

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO - DECISÃO ADMINISTRATIVA

As Certidões Negativas de Débito não podem ser negadas, enquanto

pendente de decisão, na via administrativa, o débito levantado.

Precedentes do TFR (Súmula 29).

(REOMS nº 95.04.24587-0/RS - Parte A: Frangosul S/A Agro Avícola

Indl/. Parte R: Chefe do Serviço de Arrecadação e Fiscalização do INSS em

Passo Fundo. Remte.: Juízo Federal da Vara Federal de Passo Fundo/RS.

Rel.: Juiz Vladimir Freitas. 1ª Turma, TRF/4ª Região - 15-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 20-09-95 - Pág. 63.249.

COMPENSAÇÃO - REQUISITOS; MANDADO DE SEGURANÇA - CRÉDITO ILÍQUIDO E

INCERTO - VIA INADEQUADA

“Tributário. Compensação. Art. 66 da Lei 8.383/91. l. A compensação

autorizada pela Lei 8.383/91, art. 66, só pode ocorrer entre tributos e

contribuições da mesma espécie e desde que os créditos apresentados pelo

contribuinte, além de serem inquestionáveis, se apresentem líquidos e

certos, o que deve ser apurado por via administrativa ou judicial. 2. O

Mandado de Segurança não é a via correta para se pleitear compensação

tributária, quando o pedido não vem acompanhado de prova de que o

crédito, em sua totalidade, a compensar se apresenta líquido e certo. 3.

Crédito líquido e certo é o demonstrado a quantia certa, de modo

indubitável, por meio de documento reconhecido pelo devedor. 4. Apelação

e remessa oficial a que se dá provimento.”

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 72

(Ac. da 2ª T. do TRF da 5ª R. - mv - AMS 49.412-PB - Rel. Juiz José

Delgado - j. 13.06.95 - apte.: Fazenda Nacional; Apda.: Cavalcanti e

Primo Ltda. - Filial - DJU 2 28.07.95, p. 46.878 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9080 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 320.

COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS - MEDIDA CAUTELAR - LEI 8.383/91, ART. 66

A jurisprudência deste Tribunal é pacífica no sentido de que a

compensação de tributos não pode ser deferida por meio de ação cautelar.

(AC nº 95.04.18332-8/RS - Apte.: Joseima Calçados S/A. Apda.: União

Federal. Rel.: Juiz Vladimir Freitas. 1ª Turma, TRF/4ª Região - 15-08-

95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 13-09-95 - Pág. 61.096.

COMPETÊNCIA - EXECUÇÃO

Ainda que absolutamente incompetente, o juiz que decidiu a causa no

primeiro grau de jurisdição é o competente para a execução, mesmo que a

sua sentença tenha sido reformada em recurso. - O problema de

incompetência absoluta há de ser resolvido, em tais casos, por via de

ação rescisória, o que não afeta, entretanto, o princípio de que o juízo

da causa é o competente para a execução.

(Conflito de Competência nº 95.04.14171-4/SC - Rel.: Exmo. Sr. Juiz

Amir José Finocchiaro Sarti. Parte A: Arlete Pereira Couto e outros.

Parte R: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Suscte.: Juízo

Federal da Vara de Blumenau/SC. Suscdo.: Juízo de Direito da Comarca de

Imarui/SC. 2ª Seção, TRF/4ª Região - 14-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 05-07-95 - Pág. 42.618.

CONFLITO ENTRE JUIZ FEDERAL E JUIZ ESTADUAL NO EXERCÍCIO DA

COMPETÊNCIA FEDERAL - COMPETÊNCIA DO TRF PARA DESLINDAR A QUESTÃO -

EXECUÇÃO FISCAL - MUDANÇA DO DOMICÍLIO DO EXECUTADO APÓS A

PROPOSITURA DA DEMANDA - COMPETÊNCIA RELATIVA - IMPOSSIBILIDADE DE

SEU RECONHECIMENTO DE OFÍCIO - PROCEDÊNCIA DO CONFLITO

A competência para processar e julgar os conflitos de competência

entre juiz federal e juiz estadual no exercício da função federal é do

Tribunal Regional Federal da respectiva região. - Tratando-se de

incompetência relativa, não podia o juiz estadual tê-la declarado de

ofício na execução fiscal ajuizada contra devedor em razão da mudança de

domicílio.

(Conflito de Competência nº 92.03.01384-9) - Parte A: Fazenda

Nacional. Parte R: Gilda Devito Abdel Massih. Suscte.: Juízo Federal da

2ª Vara das Execuções Fiscais - SP. Suscdo.: Juízo de Direito da 2ª Vara

da Comarca de Marília - SP. Rel.: Exmo. Sr. Dr. Juiz Silveira Bueno - 2ª

Seção. 2ª Seção, TRF/3ª Região - 16-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 05-07-95 - Págs. 42609/42610.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 73

CRÉDITO TRIBUTÁRIO - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE - DEPÓSITO -

LIBERAÇÃO - CONCORDÂNCIA DA FAZENDA PÚBLICA - NECESSIDADE

“Tributário. Depósito. Art. 38, da Lei nº 6.830/80 e art. 151, II,

do CTN. Liberação. l. O depósito para suspensão da exigibilidade do

crédito tributário não pode ser liberado sem a concordância da Fazenda

Pública, sob pena de violação ao princípio do contraditório. 2. A

eventual discordância da Fazenda, por outro lado, não obstante a

facultatividade do depósito, importa no bloqueio do valor correspondente

até final decisão, passada em julgado, quando será, se for o caso,

restituído ao depositante com todos os seus acréscimos ou convertido em

renda. 3. Agravo provido.”

(Ac. un. da 3ª T. do TRF da 1ª R. - Ag. 95.01.07755-1-MG - Rel. Juiz

Fernando Gonçalves - j. 07.06.95 - Agte.: Fazenda Nacional; Agda.:

A Construtora Unaí - DJU 2 10.07.95, p. 43.376 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8989 - AGOSTO/1995 - Pág.

284.

DEPÓSITO ELISIVO DA FALÊNCIA

Para elidir a falência, o depósito da quantia devida deve ser

acrescido de correção monetária, juros e honorários de advogado, nos

termos da Súmula nº 29 do STJ. - Recurso conhecido e provido.

(Recurso Especial nº 58.087-0-SP - (Reg. 94.00.38890-0) - Rel.: O

Sr. Min. Antônio Torreão Bráz. Recte.: Nellitex Indústria Têxtil Ltda.

Recda.: Confecções Came Ltda. 4ª Turma, STJ - 29-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 07-08-95 - Pág. 23.045.

DIREITO PROCESSUAL EM MATÉRIA FISCAL - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO -

IMPEDIMENTO POR MEDIDA LIMINAR - IMPOSSIBILIDADE

“Tributário. Lançamento por homologação. Limites à tutela cautelar.

O lançamento fiscal é procedimento administrativo previsto em lei, de

caráter obrigatório para a autoridade fazendária (CTN, art. 142), não

podendo o juiz impedi-lo por via de medida liminar; se o conteúdo dessa

atividade legítima for contrário à lei, resultando em crédito tributário

inexigível, aí sim o contribuinte poderá ter a tutela cautelar

específica. Agravo provido.”

(Ac. un. da 1ª T. do TRF da 4ª R. - Ag. 93.04.17575-5-PR - Rel. Juiz

Ari Pargendler - j. 21.03.95 - Agte.: União Federal; Agda.: Agro Hara

Comércio e Representações Agropecuárias Ltda. - DJU 2 11.04.95, p. 20.723

- ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8830 - JULHO/1995 - Pág.

225.

DIREITO PROCESSUAL EM MATÉRIA FISCAL - RECURSO - PRAZO - PEDIDO DE

RECONSIDERAÇÃO - EFEITOS

“Processo civil. Recurso. Pedido de reconsideração. 1. Consoante

pacífico entendimento jurisprudencial, pedido de reconsiderção não

interrompe nem suspende prazo para interposição de recurso. 2. Apelação

não-conhecida.”

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 74

(Ac. un. da 3ª T. do TRF da 1ª R. - AC 94.01.32803-0-MG - Rel. Juiz

Fernando Gonçalves - j. 12.06.95 - Aptes.: INSS E Anália Ribeiro da

Silveira; Apdos.: os mesmos - DJU 2 10.07.95, p. 43.369 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9074 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 319.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Inexiste omissão ou contradição no acórdão que se pronuncia sobre a

inexistência de ilegalidade ou abuso de poder na decisão agravada, única

hipótese a ensejar o provimento do agravo regimental. - A contradição só

se configura em relação aos elementos constantes dos pronunciamentos

ocorridos nos autos e não em confronto com outros julgados, que nenhuma

relação têm com a matéria em debate. - Embargos de declaração de caráter

nitidamente infringente, pois pretende o embargante o julgamento do

mérito da impetração, quando no agravo regimental se está analisando a

decisão denegatória de liminar. - Embargos de declaração rejeitados.

(Embargos de Declaração no Agravo Regimental em Mandado de Segurança

nº 161.080/SP - Reg. nº 95.03.020121-7 - Embte.: Fundação Attílio

Francisco Xavier Fontana. Embdo.: Acórdão de folha 323. Impte.: Fundação

Attílio Francisco Xavier Fontana. Impdo.: Juízo Federal da 10ª Vara - São

Paulo/SP. Lit. Passiva: União Federal (Fazenda Nacional). Rel.: Juiz

Homar Cais - Segunda Seção. 2ª Seção, TRF/3ª Região - 06-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 26-07-95 - Pág. 45.965.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ART. 535, II, CPC) - IMPORTAÇÃO DE

MERCADORIAS DO EXTERIOR - ICMS - FATO GERADOR - PRAZO DE

RECOLHIMENTO - DECRETO-LEI Nº 406/68 - LEI Nº 6.374/89

Demonstrada a omissão, declara-se que, após o fato gerador (entrada

de mercadoria no estabelecimento do importador) é legal a exigência

fiscal do recolhimento, independentemente do resultado da apuração no

período correspondente. - Precedentes da jurisprudência. - Embargos

acolhidos.

(Embargos de Declaração em Especial nº 40.567-0 - SP - (93.0032378-

9) - Rel.: O Sr. Min. Milton Luiz Pereira. Embte.: L & M Comercial

Importadora e Exportadora Ltda. Embda.: Fazenda do Estado de São Paulo.

1ª Turma, STJ - 09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.803.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PRESSUPOSTOS - EFEITO INFRINGENTE -

INADMISSIBILIDADE

Os embargos de declaração têm os seus contornos definidos no art.

535 do CPC, prestando-se para expungir do julgamento obscuridades ou

contradições, ou ainda para suprir omissão sobre ponto acerca do qual

impunha-se pronunciamento pelo Tribunal, sendo, por isso, inadmissível

que se lhe confira efeito infringente. - Tal recurso não se presta para

modificar o julgamento, salvo se tal modificação decorrer do suprimento

de omissão ou da supressão de obscuridade ou contradição. - Questões

constitucionais não agitadas nas instâncias ordinárias não podem ser

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 75

objeto de esclarecimento, sendo, inclusive descabida a sua discussão no

âmbito de recurso especial. - Embargos de declaração rejeitados.

(Embargos de Declaração no Recurso Especial nº 57.558-3 - PR -

(94/0037071-7) - Rel.: O Exmo. Sr. Min. César Asfor Rocha. Embte.: União

Federal (Procuradoria da Fazenda Nacional). Embdos.: Arnaldo Vosgerau e

outros. 1ª Turma, STJ - 17-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 14-08-95 - Págs. 23.986/23.987.

EMBARGOS DE DEVEDOR - FALTA DE CITAÇÃO - COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO -

NÃO FLUÊNCIA DO PRAZO PARA EMBARGAR - NECESSIDADE DE PRÉVIA GARANTIA

DO JUÍZO - BENS DE TERCEIROS

O comparecimento espontâneo do executado supre a falta de citação.

Até então, nenhum prazo processual que pressuponha a citação terá

fluência. - Em vindo aos autos para embargar a execução, o devedor deverá

atender ao requisito da prévia garantia do juízo. In casu, estando

penhorados bens dos co-responsáveis, se encontra suprida a exigência

legal, não sendo exigível a garantia com bens próprios.

(Apelação Cível nº 95.04.16139-1/RS - Relª: Juíza Tânia Escobar.

Apte.: Cereais Itapema Ltda. Apda.: União Federal. 2ª Turma, TRF/4ª

Região - 17-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 13-09-95 - Pág. 61.145.

EMBARGOS À EXECUÇÃO - ART. 730, DO CPC - APLICAÇÃO DA REGRA DO ART.

188, CPC - INCABIMENTO

Não se aplica o prazo em quádruplo previsto no art. 188, do CPC, ao

prazo de dez dias previsto no art. 730 daquele mesmo diploma para a

Fazenda Pública embargar execução. - Precedentes: AC 81923/AL, AC

81770/AL e 81585/AL, j. em 27.06.95, por mim relatados. - Precedentes. -

Apelo improvido.

(Apelação Cível nº 81.761/AL - (95.05.15092-0) - Apte.: INSS -

Instituto Nacional do Seguro Social. Apdo.: Otacílio Silveira. Origem: 1ª

Vara/AL. Rel.: Juiz Castro Meira. lª Turma, TRF/5ª Região - 03-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 01-09-95 - Pág. 56.680.

EMBARGOS À EXECUÇÃO - CDA/LEGALIDADE - ELEMENTOS IDENTIFICADORES DO

DÉBITO E FORMA DO CÁLCULO

Correta a CDA, eis que constantes todos os elementos identificadores

do débito com a respectiva forma de cálculo, conforme também explicitado

nas notificações. - O fato de ter-se fundamentado a CDA em decreto

revogado, em nada lhe retira a liquidez e certeza, por tratar-se de mera

irregularidade que não tem condão de alterar o fundamento da cobrança, já

que a regulamentação, tanto previdenciária quanto fundiária, se sucede no

tempo, atualizando-se, tão-somente.

(Apelação Cível nº 94.04.34637-3/SC - Rel.: Juiz Dória Furquim.

Apte.: Tapuia S/A Ind/ Com/ e Mineração. Apda.: União Federal. 2ª Turma,

TRF/4ª Região - 16-03-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 12-07-95 - Pág. 44.130.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 76

EMBARGOS À EXECUÇÃO - MATÉRIA DOS EMBARGOS - SEGURANÇA DO JUÍZO DA

EXECUÇÃO - DEVEDORES SOLIDÁRIOS - LEGITIMIDADE ATIVA “AD CAUSAM”

Ao estabelecer o art. 745 do CPC que, nos Embargos à Execução

fundada em título extrajudicial, poderão ser alegadas, além das matérias

previstas no art. 741, qualquer outra que lhe seria lícito arguir no

processo de conhecimento, fixa-lhes como limites os mesmos estabelecidos

para o processo de cognição, em termos de prejudiciais ou preliminares e

de matéria de mérito. - Sendo penhorados de um dos co-executados tantos

bens quantos necessários a garantir o juízo, desnecessário recaia a

penhora sobre bens de outros co-obrigados. - Havendo solidariedade

passiva, qualquer dos devedores pode opor exceções ao credor,

aproveitando a todos as comuns (CPC, art. 911). - Seguro o juízo por um

dos co-obrigados, não há que falar em ausência de condições de

procedibilidade para ação de Embargos ao Devedor e, não defluindo a

legitimidade ativa ad causam da garantia do juízo e, sim, do direito

material, não há como rejeitarem-se liminarmente os Embargos sob o

fundamento de ilegitimidade ativa ad causam do co-obrigado cujos bens não

sofreram a constrição judicial. - Apelo provido.

(AC-12.286-92-PE - (92.05.02406-6) - Rel.: Juiz Petrúcio Ferreira.

Apte.: Zélio Furtado da Silva. Apda.: CEF - Caixa Econômica Federal. 2ª

Turma, TRF/5ª Região - 01-12-94).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 28-07-95 - Pág. 46.894.

EMBARGOS À EXECUÇÃO - PENHORA - BEM NÃO INDICADO PELO CREDOR - ÔNUS

DA SUCUMBÊNCIA

Não responde o embargado pelos ônus da sucumbência, nos embargos à

execução, se não foi quem indicou o bem à penhora, que veio a ser

desconstituída.

(Apelação Cível nº 94.01.29604-9-BA- Rel.: O Exmo. Sr. Juiz Tourinho

Neto. Apte.: Fazenda Nacional. Apdo.: Antônio Carlos Lopes Fernandes.

Remte.: Juízo Federal da 6ª Vara-BA. 3ª Turma, TRF/1ª Região - 26-09-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 29-09-95 - Pág. 66.031.

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL - “ESTOURO DE CAIXA” APURADO POR

LEVANTAMENTO CONTÁBIL - PRESUNÇÃO DE OMISSÃO DE RECEITA - OCORRÊNCIA

DO FATO GERADOR

“Apelação cível - Embargos à execução fiscal - “Estouro de caixa”

apurado via levantamentos fiscais - Fato contábil que pode gerar

obrigação tributária - Inexistência de provas a elidir a presunção de que

houve omissão de receita - Ocorrência do fato imponível - Surgimento da

obrigação tributária - Inexistência de ofensa a princípios

constitucionais tributários - Improcedência - Sentença mantida. Não

merece prosperar a assertiva de que o ‘estouro de caixa’, por ser fato

contábil, não gera a obrigação tributária, porque a inexistência completa

de provas a elidi-la assim faz presumir. Ipso facto, caracterizada fica a

ocorrência de fato imponível a ensejar essa obrigação tributária. Não-

ocorrência de violação a princípios constitucionais tributários.”

(Ac. un. da 2ª T. Civ. do TJ MS - AC classe “b”, XVII - nº 37.092-5

- Rel. Des. Milton Malulei - j. 25.04.95 - Apte.: Mercantil de Confecções

e Calçados F J Ltda.; Apda.: Fazenda Pública do Estado de Mato Grosso do

Sul - DJ MS 26.05.95, p. 05 - ementa oficial).

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 77

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8883 - JULHO/1995 - Pág.

246.

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - REFORÇO - POSSIBILIDADE

“Execução fiscal - Embargos do devedor - Reforço de penhora -

Possibilidade. I - O artigo 15, inciso II, da Lei nº 6.830/80, dispõe que

será deferido pelo juiz à Fazenda Pública, o reforço da penhora

insuficiente, que se apura pela avaliação ou pela alienação judicial, em

qualquer fase do processo, ou seja, mesmo quando em curso embargos do

devedor, é da primeira penhora que passa a correr o prazo para a

interposição ou oferecimento de embargos. O reforço é um incidente da

execução que será deferido pelo Juiz a requerimento do credor e o devedor

poderá oferecer recurso próprio, caso não concorde com tal reforço. Ainda

assim, o prazo para embargos não fica renovado, vez que a execução é una

e indivisível. II - Recurso improvido, para manter a sentença.”

(Ac. un. da 1ª T. do TRF da 2ª R. - AC 93.02.20691-2/ES - Rel. Des.

Chalu Barbosa - j. 19.04.95 - Apte.: Pão Gostoso Ind. Com. S/A; Apdo.:

INSS - DJU 2 27.06.95, p. 40.330 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8986 - AGOSTO/1995 - Pág.

283.

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO

Os fundamentos pelos quais o juiz julga a cautelar não constituem em

prejulgamento do mérito da ação principal. - Por outro lado, o fato de o

magistrado haver se dado por suspeito em outro processo, por motivo de

foro íntimo, não o torna suspeito para outras demandas.

(Exceção de Suspeição nº 95.01.14270-1/PA - Rel.: Exmo. Sr. Juiz

Eustáquio Silveira. Parte A: Ana Maria Ribeiro Bezerra. Parte R: Banco

Bradesco S/A. Parte R: Caixa Econômica Federal - CEF. Parte R: União

Federal. Excepiente: Ana Maria Ribeiro Bezerra. Excepto: Juízo Federal da

3ª Vara-PA. 4ª Turma, TRF/1ª Região - 04-09-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 21-09-95 - Pág. 63.474.

EXECUÇÃO - CARTA DE ARREMATAÇÃO NÃO EXPEDIDA - CONSTRIÇÃO JUDICIAL

DO BEM ARREMATADO - EMBARGOS DE TERCEIRO - CABIMENTO

“Processual civil. Embargos de terceiro. Arrematação. Se o bem

arrematado vem a sofrer constrição judicial, evidentemente, assiste

direito àquele que o arrematou de opor embargos de terceiro para livrá-lo

da constrição, ainda que a carta de arrematação não tenha sido expedida.

A carta é apenas o documento hábil para possibilitar o registro

imobiliário.”

(Ac. un. da 3ª T. do TRF da 1ª R. - AC 95.01.08286-5-BA - Rel. Juiz

Tourinho Neto - j. 28.06.95 - Apte.: Banco do Brasil S/A; Apdo.: INSS -

DJU 2 10.07.95, pp. 43.376/7 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/11144 - AGOSTO/1995 -

Pág. 256.

EXECUÇÃO - EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO PARA OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES

SIGILOSAS - ADMISSIBILIDADE

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 78

“Processo civil. Indeferimento do pedido de expedição de ofício para

obtenção de informações sigilosas. Cabimento. I - Configura-se legítima a

requisição judicial para a obtenção de informações sobre a existência de

conta(s) bancária(s) em nome das executadas, eis que essa constitui-se a

única forma da agravante propiciar o prosseguimento da execução

subjacente, não se podendo olvidar que tais informações estão protegidas

pelo sigilo bancário. Aplicação do artigo 38, § 1º, da Lei nº 4.595/64.

II - Agravo provido para determinar a expedição da pretendida requisição

junto ao Banco Central do Brasil.”

(Ac. un. da 1ª T. do TRF da 3ª R. - Ag. 95.03.006686-7/SP/23122 -

Rel. Juiz Theotônio Costa - j. 14.03.95 - Agte.: Caixa Econômica Federal

- CEF; Agdo.: Guy Rodrigues Peixoto - DJU 2 30.05.95, p. 32.980 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/10997 - JULHO/1995 - Pág.

207.

EXECUÇÃO - PENHORA - REGISTRO - EMBARGOS DE TERCEIRO

A penhora não registrada não torna ineficaz a alienação efetivada

por terceiro, que não o executado, se fazendo necessária a prova de que o

adquirente tinha conhecimento da fraude. - Precedentes.

(Recurso Especial nº 43.738-5 - MG - (94/3342-7) - Rel.: Min.

Américo Luz. Recte.: Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais. Recdos.:

Luiz Fernandes de Souza e cônjuge. 2ª Turma, STJ - 19-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 14-08-95 - Pág. 24.012.

EXECUÇÃO FISCAL - AÇÃO ANULATÓRIA - CONEXÃO - PREVENÇÃO -

COMPETÊNCIA DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL - ARTIGOS 103, 105,

106, 132, 585, § 1º, CPC - LEI Nº 6.830/80 (ART. 38) - SÚMULA

112/STJ

A ação anulatória de débito, ou a declaratória negativa de dívida

fiscal, sem o depósito integral correspondente do crédito tributário, não

inibe a consequente execução, efetivando-se a penhora. Isto ocorrendo,

estadeada a conexão, as ações devem ser reunidas para julgamento

conjunto. Se julgada a anulatória e, pela via da exceção, esta foi

anteriormente apreciada, não suscitado o conflito, permanece a

competência do Juízo onde foi processada e julgada a anulatória,

homenageando-se a prevenção. - A distribuição interna de serviços, por

si, não ofende a competência do Juízo de mesma Vara. - Recurso improvido.

(Recurso Especial nº 46.193 - SP - (94.0008858-2) - Rel.: O Sr. Min.

Milton Luiz Pereira. Recte.: Iguatemy Operacional Indústria Comércio e

Transportes Ltda. Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 1ª Turma, STJ -

09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.792.

EXECUÇÃO FISCAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTIMAÇÃO PESSOAL DO

REPRESENTANTE DA FAZENDA PÚBLICA - LEI Nº 6.830/80 (ART. 25) -

SÚMULA 240/TFR

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 79

Impositivo o comando ditado no art. 25, Lei 6.830/80, o

representante judicial da Fazenda Pública deve ser pessoalmente intimado

na execução fiscal e, também, nos embargos contra ela lançados

processualmente. - Multiplicidade de precedentes (Súmula 240/TFR). -

Recurso provido.

(Recurso Especial nº 51.499-1 - RS - (94.0021999-7) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Estado do Rio Grande do Sul. Recda.:

Tubocreto Comércio Indústria Representações Ltda. - 1ª Turma, STJ - 09-

08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.797.

EXECUÇÃO FISCAL - ANULAÇÃO DE ARREMATAÇÃO - OBRIGATORIEDADE DO

REGISTRO DA PENHORA

O registro da penhora é obrigatório conforme dispõe a Lei dos

Registros Públicos (artigos 167, V e 169). - Recurso a que se nega

provimento.

(Apelação Cível nº 90.03.00026-3/SP - Rel.: Juiz Célio Benevides.

Apte.: Banco Itaú S/A. Apdo.: Antônio Joaquim da Silva Neto. 2ª Turma,

TRF/3ª Região - 06-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 26-07-95 - Pág. 46.029.

EXECUÇÃO FISCAL - ARREMATAÇÃO POR PREÇO VIL INFERIOR AO DA AVALIAÇÃO

- PREÇO VIL - ARTIGOS 620 E 692, CPC - SÚMULA 128/STJ

Avaliação defasada no tempo decorrido até o leilão, favorecendo a

arrematação por valor bem inferior ao dos bens penhorados, enreda o preço

vil, atraindo a aplicação da Súmula 128/STJ. - Recurso provido.

(Recurso Especial nº 57.151-0 - SP - (94.0035869-5) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Pekon Condutores Elétricos Indústria e

Comércio Ltda. Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 1ª Turma, STJ -

09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 18-09-95 - Pág. 29.946.

EXECUÇÃO FISCAL - ARTIGO 40 DA LEI Nº 6.830/80 - ARQUIVAMENTO -

EXTINÇÃO POR ABANDONO DE CAUSA - OBSERVÂNCIA DO PARÁGRAFO 1º DO

ARTIGO 267 DO CPC

Execução Fiscal suspensa com base no art. 40 da Lei nº 6.830/80,

após o término do prazo de suspensão, não pode ser julgada extinta, mas

arquivada sem baixa na distribuição. - O disposto no parágrafo 1º do

artigo 267 do CPC estabelece como condição à extinção do feito com base

em abandono de causa que antes seja intimada pessoalmente a parte para

suprir a falta em 48 horas.

(Apelação Cível nº 93.04.32278-2/PR - Relª: Juíza Tânia Escobar.

Apte.: União Federal. Apdo.: Alberto José Emílio - Esp/. 2ª Turma, TRF/4ª

Região - 21-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 13-09-95 - Pág. 61.146.

EXECUÇÃO FISCAL - CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - CANCELAMENTO - ÔNUS DA

SUCUMBÊNCIA

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 80

“Direito tributário. Execução fiscal. Cancelamento da Certidão da

Dívida Ativa. Ônus de sucumbência. A extinção da execução fiscal,

requerida pela Fazenda Nacional, em virtude do cancelamento da CDA, não a

exime de arcar com os ônus da sucumbência, caso o executado tenha se

manifestado nos autos.”

(Ac. un. da 1ª T. do TRF da 4ª R. - AC 94.04.56999-2/SC - Rel. Juiz

Vladimir Freitas - j. 13.06.95 - Apte.: Cesaca S/A Cerâmica Santa

Catarina; Apda.: União Federal - DJU 2 26.07.95, p. 46.403 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9070 - SETEMBRO/1995 -

Págs. 318/317.

EXECUÇÃO FISCAL - CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - SUBSTITUIÇÃO

Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa

poderá ser emendada ou substituída. - Sendo perfeitamente destacável do

quantum cobrado a parcela do débito previamente pago, não perde a

Certidão de Dívida Ativa a presunção de liquidez e certeza, prosseguindo-

se na execução quanto ao saldo remanescente. - Apelação conhecida e

provida para devolver o feito à origem, dando oportunidade à executada

substituir a CDA se assim entender.

(Apelação Cível nº 92.04.20361-7/RS - Relª: Juíza Tânia Escobar.

Apte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Apdo.: Construtora

Rodrigues Júnior Ltda. 2ª Turma, TRF/4ª Região - 22-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 12-07-95 - Pág. 44.134.

EXECUÇÃO FISCAL - COBRANÇA DE DÍVIDA ATIVA - VARA ESPECIALIZADA -

RITO - IRRELEVÂNCIA

“Conflito de competência. Cobrança da dívida ativa. Vara

especializada. A cobrança da dívida ativa das pessoas jurídicas de

direito público é da competência da Vara das Execuções Fiscais, qualquer

que seja o rito adotado; prepondera, para esse efeito, o título executivo

extrajudicial, representado pela certidão de dívida ativa, e não o

procedimento da ação. Conflito de competência julgado improcedente.”

(Ac. da 1ª S. do TRF da 4ª R. - mv - CC 94.04.47251-4-RS - Rel. para

o Ac. Juiz Ari Pargendler - j. 08.03.95 - Sucte.: Juízo Federal da 17ª

Vara - RS; Suscdo.: Juízo Federal da 5ª Vara - RS; Partes; Departamento

Autônomo de Estradas de Rodagem - DNER e União Federal - DJU 2 05.04.95,

p. 19.127 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8736 - JUNHO/1995 - Pág.

194.

EXECUÇÃO FISCAL - COMPOSIÇÃO AMIGÁVEL - ADJUDICAÇÃO - AVALIAÇÃO

OFICIAL - PRESCINDIBILIDADE

“Agravo de Instrumento - Execução fiscal - Composição da dívida -

Existência de autorização legal para o ato - Adjudicação que prescinde de

estimativa, se o credor concorda com o valor atribuído ao bem ofertado -

Acordo homologado. Comprovada a existência de norma autorizadora, a

Fazenda Pública pode realizar acordo com o devedor, visando a compor o

litígio. Na composição amigável, havendo conveniência mútua para

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 81

liquidação do débito, podem as partes convencionar a adjudicação dos bens

ofertados à penhora, independentemente de avaliação oficial.”

(Ac. da 1ª T. Civ. do TJ MS - mv - Ag. classe “b”, XXII - nº 42.626-

4 - Rel. Designado Des. Josué de Oliveira - j. 11.04.95 - Agte.: Fazenda

Pública do Estado do Mato Grosso do Sul; Agda.: Sepaco Ltda. - DJ MS

22.06.95, p. 03 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8983 - AGOSTO/1995 -

Págs. 283/282.

EXECUÇÃO FISCAL - CPC - APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA; ARREMATAÇÃO - PREÇO

VIL - ANULAÇÃO

“Processual civil. Leilão. Arrematação. Preço vil. - Encontram

aplicação subsidiária na execução fiscal os dispositivos do CPC que não

colidirem com os preceitos contidos na Lei 6.830/80. - Caracterizando-se

a arrematação por preço vil, impõe-se sua anulação, procedendo-se a nova

licitação. - Precedentes.”

(Ac. un. da 2ª T. do STJ - Resp. 58.861-8-SP - Rel. Min. Américo Luz

- j. 05.06.95 - Recte.: Fazenda do Estado de São Paulo; Recda.: Hermes

Fernandes S/A - Comércio e Importação - DJU 1 07.08.95, p. 23.029 -

ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9069 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 317.

EXECUÇÃO FISCAL - DESPESAS DE CONDUÇÃO DE OFICIAL DE JUSTIÇA

A expressão “custas e emolumentos” constantes do artigo 39 da LEF e

do artigo 27 do Código de Processo Civil alcança as despesas de condução

de oficial de justiça, não se sujeitando a Fazenda Pública a seu prévio

recolhimento. - Aplicação da Súmula nº 4 deste Tribunal Regional Federal.

- Agravo de instrumento provido.

(Agravo de Instrumento nº 23.841/SP - Reg. nº 95.03.013626-1 -

Agte.: União Federal - (Fazenda Nacional). Agda.: MAIRIMETAL - Artefatos

de Alumínio Ltda. Rel.: Juiz Homar Cais - Quarta Turma. 4ª Turma, TRF/3ª

Região - 22-03-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 19-09-95 - Pág. 62.651.

EXECUÇÃO FISCAL - DIREITOS PATRIMONIAIS - PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

O Juiz não pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais, se

não foi invocado pelas partes (art. 166 do CCB). - Em execução fiscal

somente é admissível a prescrição intercorrrente se a paralisação do

feito ocorrer por culpa exclusiva do exequente.

(Apelação Cível nº 93.04.04688-2/PR - Relª: Juíza Tânia Escobar.

Apte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Apdo.: Município de

Paranapoema. Remte.: Juízo de Direito da Comarca de Paranacity/PR. 2ª

Turma, TRF/4ª Região - 21-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 13-09-95 - Pág. 61.146.

EXECUÇÃO FISCAL - DÍVIDA ATIVA INSCRITA - DISPENSA DE PAGAMENTO

PARCIAL DEPOIS DE INICIADO O PROCESSO EXECUTIVO - LEI 8.198/92 -

CTN, ART. 204 - PORTARIA CAT/SUB-G Nº 01/93

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 82

A dispensa legal de parte da dívida inscrita (Lei 8.198/92, art. 3º

- caput), quanto à tributação referente ao fornecimento de alimentação e

bebidas pelos bares, restaurantes, cafés e estabelecimentos similares,

por si, não faz fenecer a liquidez e certeza. A execução deve prosseguir

no pertencente ao saldo correspondente a 30%, apurável por simples

cálculo aritmético. - Precedentes da jurisprudência. - Recurso provido.

(Recurso Especial nº 64.380-5 - SP - (95.0019965-3) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Fazenda do Estado de São Paulo. Recda.:

Pizzaria e Restaurante Como Comer Ltda. 1ª Turma, STJ - 05-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 21-08-95 - Pág. 25.354.

EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS - JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE -

CERCEAMENTO DE DEFESA

Constitui cerceamento de defesa o julgamento antecipado da lide

quando a parte, mediante a provocação específica do juízo, expressamente

postula pela produção de prova oral, sem renúncia de qualquer outra.

(Apelação Cível nº 92.04.03148-4/PR - Relª: Juíza Tânia Escobar.

Apte.: Florcafe Mercantil de Cereais Ltda. Apdo.: Instituto Nacional do

Seguro Social - INSS. 2ª Turma, TRF/4ª Região - 22-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 12-07-95 - Pág. 44.134.

EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS - REFORÇO DE PENHORA - NULIDADE - EXCESSO

DA PENHORA - SUBSTITUIÇÃO DO BEM

O reforço da penhora, na execução fiscal, dispensa a oitiva da parte

contrária (art. 15, Lei 6.830/80). Inocorrência de nulidade. - Havendo

excesso de penhora, cabe ao executado pleitear a substituição do bem

penhorado, indicando aquela sobre o qual deva recair a constrição

judicial. - Apelação improvida.

(Apelação Cível nº 92.03.52628-5 - Apte.: Clube Alto de Pinheiros.

Apdo.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Relª: Juíza Salette

Nascimento. 1ª Turma, TRF/3ª Região - 14-03-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 12-09-95 - Pág. 60.210.

EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS À ARREMATAÇÃO - REJEIÇÃO LIMINAR -

HIPÓTESES - CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE DA SENTENÇA

Os embargos à arrematação somente podem ser liminarmente rejeitados

nas hipóteses do art. 739 do CPC. - Há cerceamento de defesa se

rejeitados os embargos sem possibilitar a produção de provas pelas quais

se protestou na inicial e que são cabíveis no particular. - Apelação

cível provida para ser decretada a nulidade da sentença.

(Apelação Cível nº 95.04.11339-7/RS - Relª: Juíza Tânia Escobar.

Apte.: Darvil Luiz Antoniazzi. Apdos.: Neoplast Ind. e Com. de Plásticos

Ltda. / Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. 2ª Turma, TRF/4ª

Região - 29-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 12-07-95 - Pág. 44.134.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 83

EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS DE DEVEDOR - AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO -

CONEXÃO - CPC, ARTS. 103, 105, 106, 265, IV, “a”, E 585, § 1º - CTN,

ART. 151, II - LEI Nº 6.830/80 (ART. 38)

Concomitante ação anulatória de débito fiscal, sem o depósito

integral da dívida questionada, não inibe a Fazenda de promover a

execução fiscal. A ocorrência de conexão provoca a reunião das ações, a

fim de serem julgadas juntamente. Efetivado o referido depósito, inibida

a execução, dispensável a mencionada reunião, deve ser julgada a

anulatória. - Precedentes jurisprudenciais. - Recurso improvido.

(Recurso Especial nº 58.408-6 - SP - (94.0040477-8) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Fazenda do Estado de São Paulo. Recda.:

Iguatemy Operacional Indústria Comércio e Transportes Ltda. 1ª Turma, STJ

- 23-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 25-09-95 - Pág. 31.079.

EXECUÇÃO FISCAL - EXTINÇÃO

Incabível a extinção do processo, por encontrarem-se os autos

paralisados há mais de um ano. - Aplicação do artigo 40 da Lei 6.830/80.

- Recurso provido.

(Apelação Cível nº 94.03.066431-2/SP - Rel.: Juiz Célio Benevides.

Apte.: União Federal (Fazenda Nacional). Apda.: Ultrantena Ind. Metal. e

Eletrônica Ltda. 2ª Turma, TRF/3ª Região - 20-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 26-07-95 - Pág. 46.046.

EXECUÇÃO FISCAL - EXTINÇÃO EM FACE DA NÃO LOCALIZAÇÃO DO DEVEDOR OU

DE SEUS BENS - IMPOSSIBILIDADE

Suspende-se o curso da execução, enquanto não for localizado o

devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, caso

em que fica suspensa a prescrição (art. 40, caput, da Lei 6.830/80). -

Decorrido o prazo máximo de 01 (um) ano, persistindo a situação, será

ordenado o arquivamento dos autos, os quais poderão ser desarquivados a

qualquer tempo, desde que encontrados o devedor ou os bens, a fim de que

se prossiga na execução (§§ 2º e 3º do art. 40 da Lei 6.830/80). - Não

pode, portanto, o juiz, extinguir pura e simplesmente a execução, uma vez

inviabilizada a citação pessoal do devedor ou não localizados os seus

bens. - Recurso provido.

(Apelação Cível nº 93.01.35430-6/MA - Rel.: Exmo. Sr. Juiz Eustáquio

Silveira. Apte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Apda.: ENGET

- Engenharia e Topografia Ltda. 4ª Turma, TRF/1ª Região - 14-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 31-08-95 - Pág. 55.948.

EXECUÇÃO FISCAL - FALÊNCIA DO DEVEDOR - EXTINÇÃO - INADMISSIBILIDADE

“Execução fiscal - Falência do devedor - Crédito tributário -

Habilitação - Extinção do processo executivo - Inadmissibilidade -

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 84

Penhora no rosto dos autos do processo falimentar. - A habilitação do

crédito tributário no processo de falência não dá causa à extinção da

execução fiscal aviada pela Fazenda Pública contra o devedor falido,

devendo o processo executivo continuar seu curso normal. - Se a penhora é

efetivada após a decretação da falência do executado, deve a mesma ser

feita no rosto dos autos do processo falimentar.”

(Ac. un. da 4ª C. Civ. do TJ MG - AC 20.563/0 - Rel. Des. Monteiro

de Barros - j. lº.12.94 - Apte.: Fazenda Pública do Estado de Minas

Gerais; Apda.: Fábrica de Calçados Cardinelli Ltda. - DJ MG 23.05.95, p.

02 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8825 - JULHO/1995 - Pág.

224.

EXECUÇÃO FISCAL - FALTA DE LOCALIZAÇÃO DO DEVEDOR OU DE BENS

PENHORÁVEIS - EXTINÇÃO - IMPROPRIEDADE - LEI 6.830/80

Em sede de execução fiscal, a não localização do devedor ou de bens

passíveis de penhora, ou mesmo a inércia do credor na adoção de

providências nesse sentido, não acarretam a extinção do processo, com

base no art. 267, III, do CPC, sendo aplicável o disposto no art. 40 da

Lei 6.830/80. - Apelação provida.

(Apelação Cível nº 94.01.28835-6 - MA - Rel.: Exmo. Sr. Juiz Osmar

Tognolo. Apte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Apda.:

Companhia Telefônica de Balsas. 3ª Turma, TRF/1ª Região - 07-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 28-08-95 - Pág. 54.615.

EXECUÇÃO FISCAL - FAZENDA PÚBLICA - HONORÁRIOS - CPC, ART. 20, § 4º

Na execução contra a Fazenda Pública, admite-se que os honorários

sejam fixados abaixo do mínimo, na forma do § 4º, do art. 20 do CPC e

segundo apreciação equitativa do magistrado. - Agravo de instrumento

improvido.

(Agravo de Instrumento nº 92.04.31338-2/RS - Rel.: Juiz Ronaldo

Ponzi. Agte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Agdo.:

Município de Gaíba. 1ª Turma, TRF/4ª Região - 08-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 20-09-95 - Pág. 63.259.

EXECUÇÃO FISCAL - FRAUDE À EXECUÇÃO - CONCEITO - PRESUNÇÃO “JURIS ET

DE JURIS”

“Tributário, Civil e Processual Civil. Fraude à execução fiscal. Bem

imóvel alienado quando já iniciada a execução, embora não procedida a

citação. Art. 185 do CTN. A presunção de fraude prevista no art. 185 do

CTN é juris et de juris. Considera-se fraude à execução fiscal a

alienação de imóvel quando já tiver sido iniciada a execução, ainda que

não procedida a citação do executado. Recurso provido.”

(Ac. un. da 1ª T. do STJ - REsp. 59.659-9-RS - Rel. Min. César Asfor

Rocha - j. 19.04.95 - Recte.: Estado do Rio Grande do Sul; Recda.: Sônia

Maria Rodrigues de Moraes - DJU 1 22.05.95, p. 14.371 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8824 - JULHO/1995 - Pág.

224.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 85

EXECUÇÃO FISCAL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - CRITÉRIOS OBJETIVOS

(ART. 20, § 3º, CPC - ART. 1º - PARTE FINAL - LEI Nº 6.830/80)

Na execução fiscal, subsidiariamente aplicando-se o CPC, a fixação

dos honorários advocatícios, em decisão liminar ou definitiva, conforme

critérios objetivos, sujeita-se aos limites mínimo e máximo explicitados

legalmente, sob pena de ser confundida essa orientação com o arbítrio

judicial. - Recurso provido.

(Recurso Especial nº 45.915-0 - Paraná - (94.0008383-1) - Rel.: O

Sr. Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Fazenda Pública do Estado do

Paraná. Recda.: Cerâmica Jataí Ltda. 1ª Turma, STJ - 09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, de 11-09-95 - Pág. 28.791.

EXECUÇÃO FISCAL - ICMS - DÉBITO DECLARADO POR ERRO DO CONTRIBUINTE -

IMPOSTO INDEVIDO; SUCUMBÊNCIA - ÔNUS

“Execução fiscal - ICMS - Débito declarado por erro do contribuinte

- Imposto indevido - Embargos procedentes - Embargante que, no entanto,

deve arcar com os ônus da sucumbência. - Inexistindo imposto a pagar,

indevida a cobrança por via executiva. Entretanto, tendo sido a ação

ajuizada por culpa do contribuinte, sobre ele devem recair os ônus da

sucumbência. - Recursos improvidos.”

(Ac. un. da 11ª C. Civ. do TJ SP - AC 249.421-2/5 - Rel. Des.

Mohamed Amaro - j. lº.06.95 - Aptes.: Fazenda do Estado de São Paulo e

Auri-Pneus Ltda.; Apdas.: As mesmas - DJ SP l 14.07.95, p. 20 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8981 - AGOSTO/1995 -Pág.

282.

EXECUÇÃO FISCAL - LEI 6.830/80 - PROVA

No processo de execução, disciplinado pela Lei nº 6.830/80, cabe ao

juiz aguardar o momento próprio - que é o dos embargos - para examinar e

decidir sobre a defesa do executado, sem cercear a defesa do exequente. -

A certidão de dívida ativa goza de presunção relativa de liquidez e

certeza, ex vi legis (art. 3º, caput, da Lei n. 6.830/80), podendo ser

ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou terceiro, a quem

aproveite. - Recurso provido. Sentença cassada.

(Apelação Cível 59.197/RJ - Nº 94.02.04550-3 - Rel.: Carreira Alvim.

Apte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Apda.: Sociedade de

Ensino Superior de Nova Iguaçu - SESNI. Remte.: Juízo de Direito da 6ª

Vara Cível da Comarca de Nova Iguaçu/RJ. 2ª Turma, TRF/2ª Região - 15-03-

95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 17-08-95 - Pág. 51.687.

EXECUÇÃO FISCAL - MEAÇÃO - PENHORA DE BEM CADASTRADO EM NOME DA

MULHER DO EXECUTADO - IMPOSSIBILIDADE

“Processual civil: agravo. Execução fiscal. A meação não se presume.

Impossibilidade de penhora de bem cadastrado em nome da mulher do

executado. I - A mera informação de que a linha telefônica cadastrada em

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 86

nome da mulher do executado pertence ao casal, é insuficiente para

autorização da penhora. II - Agravo improvido.”

(Ac. un. da 2ª T. do TRF da 3ª R. - Ag. 91.03.19763-8-SP - Rel. Juiz

Aricê Amaral - j. 04.04.95 - Agte.: INSS; Agda.: Ótica Uberaba Ltda. -

DJU 2 03.05.95, p. 26.000 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8823 - JULHO/95 - Págs.

224/223.

EXECUÇÃO FISCAL - MINISTÉRIO PÚBLICO - INTERVENÇÃO DESNECESSÁRIA -

CRÉDITO TRIBUTÁRIO - CONSTITUIÇÃO - DECADÊNCIA - TERMO INICIAL

“Processual e tributário - Executivo fiscal - Intervenção do

Ministério Público - Desnecessidade - Direito de constituir o crédito

tributário - Decadência - Art. 173, III do CTN. I - A intervenção do

Ministério Público no processo de execução fiscal não é necessária,

porque o Estado autor já está assistido por órgão especializado: seu

advogado. Tornar obrigatória a intervenção do MP, no executivo fiscal

seria reduzir à inutilidade o Advogado de Estado. II - O Art. 173, I do

CTN deve ser interpretado em conjunto com seu Art. 150, § 4º. III - O

termo inicial da decadência prevista no Art. 173, I do CTN não é a data

em que ocorreu o fato gerador. IV - A decadência relativa ao direito de

constituir crédito tributário somente ocorre depois de cinco anos,

contados do exercício seguinte àquele em que se extinguiu o direito

potestativo de o Estado rever e homologar o lançamento (CTN, Art. 150, §

4º).”

(Ac. un. da 1ª T. do STJ - Resp. 63.529-2/PR - Rel. Min. Humberto

Gomes de Barros - j. 17.05.95 - Rectes.: Estado do Paraná/Fazenda

Estadual e outro; Recda.: Distribuidora de Bebidas Santa Maria de

Ivaipora Ltda. - DJU 1 07.08.95, p. 23.023 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9023 - SETEMBRO/1995 -

Págs. 300/299.

EXECUÇÃO FISCAL - NÃO RECOLHIMENTO DA DÍVIDA - RESPONSABILIDADE DO

SÓCIO - AUSÊNCIA DO NOME NA CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA - IRRELEVÂNCIA

“Tributário - Execução Fiscal - Penhora de Bens - Responsabilidade

do Sócio - Artigos 135 e 136, CTN. 1. O sócio-responsável pela

administração ou gerência de sociedade limitada, por substituição, é

objetivamente responsável pela dívida fiscal, contemporânea ao seu

gerenciamento ou administração, constituindo violação à lei o não

recolhimento de dívida fiscal regularmente constituída e inscrita. Não

exclui a sua responsabilidade o fato do seu nome não constar na certidão

de dívida ativa. 2. Multiplicidade de precedentes jurisprudenciais. 3.

Recurso provido.”

(Ac. un. da 1ª T. do STJ - Resp. 41.921-2-PR - Rel. Min. Milton Luiz

Pereira - j. 15.05.95 - Recte.: Fazenda do Estado do Paraná; Recda.:

Alair Martins Borges - DJU 1 05.06.95, p. 16.637 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8878 - JULHO/1995 - Pág.

245.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 87

EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - DEPÓSITO DE TDA’s - IMPOSSIBILIDADE -

CTN, ART. 151, II - CPC, ART. 827 - LEI 6.830/80 - SÚMULA 112/STJ

O art. 151, II, CTN, evidenciando o depósito integral em dinheiro,

não contempla a hipótese da suspensão da exigibilidade do crédito

tributário mediante o depósito de TDA’s. - Precedentes jurisprudenciais

sumulados. - Recurso improvido.

(Recurso Especial nº 50.840-1l - SP - (94.0020267-9) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Metal 2 Indústria e Comércio Ltda.

Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 1ª Turma, STJ - 09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.796.

EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - OFERTA IRREGULAR DE BENS - RECUSA

“Execução fiscal - Penhora - Imóvel rural - Executado que ofertou,

dentro do prazo legal, bem à penhora; contudo, além de não obedecer à

ordem legal, deixando de justificar o fato, descumpriu o disposto no §

1º, II, do artigo 655 do Código do Processo Civil - Ausência, ainda, de

comprovação da propriedade do bem oferecido, e indicação de seu valor -

Recusa da oferta pelo exequente - Constrição do imóvel rural correta -

Eventual excesso de execução, ademais, que não pode ser apreciado nesta

oportunidade - Agravo de instrumento improvido.”

(Ac. un. da 8ª C. do 1º TAC SP - Ag. 631.350-0 - Rel. Juiz Franklin

Nogueira - j. 22.05.95 - Agte.: Dirce Cardoso Ferreira Teles; Agda.:

Prefeitura Municipal de Ituverava - DJ SP 1 23.06.95, p. 99 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8932 - AGOSTO/1995 - Pág.

268.

EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA FORMALIZADA E OFERECIMENTO POSTERIOR DE

OUTRO BEM - EMBARGOS DE DEVEDOR - LEI 6.830/80 (ARTS. 12, 15, I, E

16, III)

O oferecimento de novo bem para a penhora anteriormente formalizada,

embora com a mesma progênie processual, constitui simples procedimento de

troca do bem garantidor da execução, não correspondendo a uma nova

penhora. - Descortinadas as fases em etapas processuais apropriadas à

execução fiscal, cumprido o ato formal e indispensável da intimação da

penhora (não da troca do bem), inicia-se a contagem do prazo para o

oferecimento dos embargos. - Precedentes jurisprudenciais. - Recurso

improvido.

(Recurso Especial nº 50.590-9 - MG - (94.0019478-1) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Sociedade Indústria e Comércio de

Algodão Ltda. Recda.: Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais. 1ª

Turma, STJ - 09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.795.

EXECUÇÃO FISCAL - PESSOA JURÍDICA - REPRESENTAÇÃO POR DOIS SÓCIOS -

CITAÇÃO DE APENAS UM - VALIDADE

“Execução fiscal. Devedora. Pessoa jurídica. Citação. 1. Na execução

fiscal a citação de um dos diretores da pessoa jurídica é válida, ainda

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 88

que o estatuto declare ser ela representada por dois. 2. Precedentes do

TFR. 3. Apelação improvida.

(Ac. un. da 3ª T. do TRF da 1ª R. - AC 94.01.24237-2-RO - Rel. Juiz

Fernando Gonçalves - j. 27.03.95 - Apte.: Sapa Vetor - Construtora

Mineradora Indústria e Comércio Ltda.; Apdo.: INSS - DJU 2 04.05.95, p.

26.368 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8821 - JULHO/1995 - Pág.

223.

EXECUÇÃO FISCAL - PRESCRIÇÃO DECRETADA DE OFÍCIO - EXTINÇÃO DO

PROCESSO - LEI Nº 6.830/80 - ART. 219, § 5º, CPC

Em execução fiscal para a cobrança de tributo, inafastável a

natureza patrimonial da relação jurídica litigiosa, não pode o Juiz, de

ofício, decretar a extinção do processo pela prescrição, sem que seja

invocada pela parte. - Multiplicidade de precedentes. - Recurso provido.

(Recurso Especial nº 45.954-0 - Maranhão - (94.0008475-7) - Rel.: O

Sr. Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Estado do Maranhão. Recdo.:

Domingos Ramos de Jesus. 1ª Turma, STJ - 09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.792.

EXECUÇÃO FISCAL - PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

Em se tratando de legislação processual, os princípios de direito

intertemporal estabelecem que, ao entrar em vigor, suas disposições

aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes. - As disposições do

artigo 40 da Lei nº 6.830/80 devem ser interpretadas em harmonia com o

princípio geral da prescrição tributária contida no artigo 174 do CTN. -

Remessa Oficial improvida.

(Remessa “Ex Officio” nº 94.04.20309-2/RS - Relª: Juíza Tânia

Escobar. Parte A: Matadouro Frigorífico Moreira Ltda. Parte R: União

Federal. Remte.: Juízo de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca de

Pelotas/RS. 2ª Turma, TRF/4ª Região - 21-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 13-09-95 - Pág. 61.140.

EXECUÇÃO FISCAL - PROVA DOCUMENTAL - DISPENSA DE AUDIÊNCIA DE

INSTRUÇÃO E JULGAMENTO - PRESUNÇÃO LEGAL - ÔNUS DO CONTRIBUINTE

Sendo a matéria dos autos de direito e de fato, mas envolvendo prova

essencialmente documental, dispensa-se da audiência de instrução e

julgamento e prolata-se a sentença em 30 dias (art. 17, parágrafo único,

da Lei nº 6.830/80). - Tratando-se de execução fiscal fundada em título

executivo dotado por lei de presunção de liquidez e certeza, é ônus do

executado demonstrar no caso presente a inexistência de saldo credor de

caixa ou de obrigações já pagas mantidas no passivo. - Não se

desincumbindo do encargo, é de se manter a sentença de improcedência dos

embargos.

(Apelação Cível nº 93.04.11447-0/PR - Relª: Juíza Tânia Escobar.

Apte.: Digigov e Irmãos Ltda. Apda.: União Federal. 2ª Turma, TRF/4ª

Região - 21-08-95).

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 89

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 13-09-95 - Pág. 61.146.

EXTINÇÃO DO PROCESSO - VERBA HONORÁRIA

Extinto o processo, sem julgamento do mérito, em razão de não haver

o autor atendido a exigência judicial, deve este ser condenado nas custas

e honorários de advogado. Recurso provido.

(Apelação Cível nº 94.02.21370-8/RJ - Rel.: Des. Federal Clélio

Erthal. Apte.: União Federal/Fazenda Nacional. Apdo.: José Carlos

Soberano. V. Origem: Juízo Federal da 19ª Vara/RJ. 1ª Turma, TRF/2ª

Região - 05-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-07-95 - Pág. 43.530.

FAZENDA PÚBLICA - ART. 188, CPC - OFERECIMENTO DE CONTRA-RAZÕES

A dilação de prazo do art. 188, do CPC, só se aplica nos casos de

contestação e recurso, não se estendendo às contra-razões. - Precedentes

do TFR. - Agravo improvido.

(Agravo de Instrumento nº 95.01.05176-5 - Amapá - Rel.: Juiz

Fernando Gonçalves. Agte.: União Federal. Agda.: Raimunda Conceição da

Silva Araújo. Agdo.: Pedro Araújo. 3ª Turma, TRF/1ª Região - 29-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 29-09-95 - Pág. 66.040.

FISCALIZAÇÃO EFETUADA POR AUTORIDADE FAZENDÁRIA - LEGALIDADE DO ATO

PRATICADO - DESCABIMENTO DE IMPETRAÇÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA

O ato de a Fazenda Pública apreender livros e documentos contábeis

da empresa, com o escopo de averiguar sua situação fiscal, insere-se no

regular exercício do poder de polícia que norteia as atividades da

administração pública. - O mandado de segurança não é o meio processual

hábil e adequado a ser utilizado para impugnar ato legal e regular

praticado por agente da administração pública. - Recurso a que se nega

provimento.

(Apelação em Mandado de Segurança nº 92.03.067021-1/SP - Rel.: O

Exmo. Sr. Juiz Souza Pires. Apte.: Locadora Brasileira de Veículos e

Equipamentos Ltda. Apdo.: Ministério Público Federal. 2ª Turma, TRF/3ª

Região - 13-07-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 26-07-95 - Pág. 45.967.

HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULOS

Tratando-se de decisão meramente interlocutória cabível é o agravo

de instrumento. - Interposição de apelação fora do prazo do recurso

cabível impossibilita a aplicação do princípio da fungibilidade recursal.

- Recurso não conhecido.

(Apelação Cível nº 89.03.06665-0/SP - Rel.: Juiz Célio Benevides.

Apte.: Luzia das Graças Soares e outros. Apdo.: Instituto Nacional do

Seguro Social. 2ª Turma, TRF/3ª Região - 05-09-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, de 27-09-95 - Pág. 65.289.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 90

ICMS - ÁLBUNS E FIGURINHAS - SAÍDAS NÃO ALCANÇADAS PELA IMUNIDADE -

EXIGIBILIDADE

“Álbuns e figurinhas - Saídas não alcançadas pela imunidade

tributária prevista no art. 150, VI, ‘d’ da Constituição Federal - ICM

exigível - Desprovido o recurso - Decisão não unânime. A não-incidência

do imposto de que trata o inc. I do art. 4º do Dec. nº 17.727/81 refere-

se às saídas de livros, jornais e periódicos, assim como de papel

destinado à sua impressão. O que a autuada produz são mais propriamente

álbuns e cromos auto-adesivos, para serem colados nos mesmos. A

recorrente denomina os álbuns de livros ilustrados, mas, pelo exemplar

anexado aos autos, verifica-se tratar-se mesmo de um álbum para

figurinhas. Para estes produtos, álbuns e cromos ilustrados

colecionáveis, aplica-se o Acórdão deste Tribunal, proferido no proc.

DRT-1 nº 46.250/73, que diz: ‘Com efeito, álbum e figurinhas - mesmo

versando sobre temas que pudessem ser considerados de algum interesse

pedagógico ou didático - não podem ser enquadrados na categoria de livro,

jornal ou periódico’. Pelas razões acima expostas e pelo que mais dos

autos consta, nego provimento ao recurso.”

(Ac. da 6ª C. do TIT SP - mv - Proc. DRT-1 Nº 31.879/88 - Rel. Juiz

Rubens Malta de Souza Campos Filho - j. 05.11.92 - Boletim TIT de

20.05.95, p. 04 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8876 - JULHO/1995 - Pág.

244.

I.C.M. (IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS) - ALÍQUOTAS

DIFERENCIADAS NAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO - PRETENSÃO AO CREDITAMENTO

PELA DIFERENÇA - ALEGAÇÃO DE NÃO APRECIAÇÃO DA PRETENSÃO, COMO

DEDUZIDA NA INICIAL

Pacífica a jurisprudência do S.T.F., no sentido de que não é devido

o creditamento pela diferença de alíquotas de I.C.M., adotadas nos

diversos Estados da Federação. - Se o propósito da autora foi o de obter

prestação jurisdicional sobre pretensão diversa da apreciada, nas

instâncias ordinárias, cabia-lhe a interposição de Recurso Especial para

o Superior Tribunal de Justiça, com alegação de negativa de vigência de

normas infraconstitucionais, de caráter processual, que regulam o

julgamento da lide, tal como posta na inicial. - E como o Recurso

Especial não foi interposto, ficou preclusa tal questão, não podendo o

S.T.F., em Recurso Extraordinário, eliminar vícios processuais coibidos

por normas infraconstitucionais. - Agravo Regimental improvido.

(Agravo em Agravo de Instrumento nº 155.626-0 - Origem: São Paulo.

Rel.: Min. Sydney Sanches. Agte.: DVN S/A. Embalagens. Agdo.: Estado de

São Paulo. Decisão: A Turma negou provimento ao agravo. Unânime. 1ª

Turma, 02-05-95 - STF).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 15-09-95 - Pág. 29.520.

ICM - AQUISIÇÃO DE REFEIÇÕES COLETIVAS - MERCADORIAS CONSUMIDAS

PELOS PRÓPRIOS FUNCIONÁRIOS - ESTORNO DO CRÉDITO

“Falta de estorno de ICM - Creditado, por empresa fornecedora de

refeições coletivas, nas entradas de mercadorias, posteriormente

fornecidas como alimento a seus próprios funcionários - Desprovido o

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 91

recurso - Decisão unânime. Quanto ao mérito, verifica-se que toda a prova

dos autos, inclusive as alegações da própria parte deixam bem claro que

os funcionários dessa empresa consomem alimentos no local em que atuam

como mão-de-obra na sua preparação para venda. Embora a recorrente tenha

tentado minimizar esse evento, com afirmação de que somente fornece aos

seus funcionários as sobras, as quais normalmente seriam eliminadas, o

que não se mostra razoável, na medida em que tais saídas correspondem a

mais de 10% das refeições vendidas, é irrefutável que os funcionários da

autuada consomem alimentos no local em que trabalham, pois tal fato é

admitido, expressamente, pela própria recorrente. Se as operações em

questão estariam, realmente, incluídas em contrato celebrado com a

empresa destinária, competia à recorrente isto comprovar e de forma

absolutamente categórica. E essa prova não foi produzida. O fornecimento

de alimentos a empregados, por sua vez, é fato gerador do ICM. Contudo,

tal operação está isenta do imposto, a teor do art. 5º, inc. XXXIV, letra

‘a’ do RICM. E havendo saída não tributada, é evidente que devem ser

estornados os créditos que foram apropriados, relativamente a essas

operações. No caso vertente, os cálculos para o estorno, quem os forneceu

foi a própria recorrente, a teor do documento de fls. Este expõe,

claramente, mês a mês, o número de funcionários alocados no restaurante,

os dias trabalhados, o preço da refeição, o valor da mesma e, por fim, o

ICM a estornar. Assim, o trabalho fiscal, que foi realizado com base

nesse documento, está absolutamente correto e deve subsistir,

confirmando-se, via de consequência, a decisão de primeira instância.”

(Ac. un. da 4ª C. do TIT SP - Proc. DRT-1 nº 809/89 - Relª Juíza

Maria Mafalda Tinti - j. 18.03.93 - Boletim TIT de 03.06.95, pp 02/03 -

ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8976 - AGOSTO/1995 - Pág.

281.

ICMS - COMPENSAÇÃO - CRÉDITO/DÉBITO - DIFERENÇA - RECOLHIMENTO -

TRANSFERÊNCIA

Não demonstrado o direito ao crédito e sendo o ICMS tributo

indireto, comportando transferência do ônus para o contribuinte de fato

seria necessário cumprir-se o disposto no artigo 166 do Código Tributário

Nacional e na Súmula nº 546 do STF. - Recurso parcialmente provido.

(Recurso Especial nº 67.217-1 - SP - (95.0027252-0) - Rel.: O Sr.

Min. Garcia Vieira. Recte.: TDA Indústria de Produtos Eletrônicos S/A.

Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 1ª Turma, STJ - 09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Págs. 27.811/27.812.

ICMS - CORREÇÃO MONETÁRIA - LEI ESTADUAL Nº 6.374/89, ART. 109 -

PRECEDENTES STJ

É legítima a atualização monetária do débito fiscal relativo a ICMS

no momento de sua apuração, constatação ou fixação, na forma do art. 109

da Lei Estadual nº 6.374/89, permitindo-se o recolhimento, sem correção,

até o 9º (nono) dia após a sua apuração. - Recurso não conhecido.

(Recurso Especial nº 58.643-SP - (95/0000339-2) - Rel.: Exmo. Sr.

Min. Peçanha Martins. Recte.: Ferragens De Stefano Ltda. Recda.: Fazenda

do Estado de São Paulo. 2ª Turma, STJ - 02-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.823.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 92

ICM - CREDITAMENTO - ALÍQUOTA REDUZIDA

O Contribuinte que, no Estado de origem, pagou ICM calculado sobre

alíquota reduzida, não se pode creditar do montante correspondente ao

valor integral do tributo. - Na aplicação do princípio da não

cumulatividade, considera-se o tributo que incidiu na operação anterior,

não o que poderia ter incidido.

(Recurso Especial nº 60.817-1/SP - (95/0007154-1) - Rel.: O Exmo.

Sr. Min. Humberto Gomes de Barros. Recte.: Indústria e Comércio Guarany

S/A. Recdo.: Estado de São Paulo (Fazenda Estadual). 1ª Turma, STJ - 21-

06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.803.

ICM - CRÉDITO - MATERIAIS CONSUMIDOS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO -

PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE - RECONHECIMENTO

“ICM - Princípio da não-cumulatividade - Crédito. Por força do

princípio da não-cumulatividade, deve ser reconhecido o crédito do

tributo decorrente da aquisição de materiais que, conforme a prova, se

consomem ou se inutilizam rapidamente no processo de produção. ‘Ainda que

não integrem o produto final, concorrem direta e necessariamente para

este porque utilizados no processo de fabricação, nele se consumindo’ (RE

79.601, Rel. Min. Aliomar Baleeiro, DJ de 8-1-75, apud RTJ 107/735).

Apelação desprovida e manutenção da sentença sob reexame necessário.”

(Ac. un. da 1ª C. Civ. do TJ PR - AC e RN 33.968-8 - Rel. Des.

Pacheco Rocha - j. 27.06.95 - Apte.: Estado do Paraná; Apda.:

Distribuidora de Papéis S/A - DJ PR 07.08.95, p. 29 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9022 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 299.

ICMS - CRÉDITO - REGIME DE DIFERIMENTO - CAROÇOS DE ALGODÃO -

PAGAMENTO - REPERCUSSÃO - CONTRIBUINTE DE FATO

Não havendo o diferimento, não existe o direito de crédito. Não há

pagamento do ICM na entrada, não pode haver crédito. Se a saída foi

tributada, a presunção é de ter havido o fenômeno da repercussão:

transferência para o contribuinte de fato. Questão já pacificada de que

havendo o diferimento, não existe o direito de crédito. - Recurso

improvido.

(Recurso Especial nº 67.455-7 - SP - (95.0027679-8) - Rel.: O Sr.

Min. Garcia Vieira. Recte.: Irmãos Abrão. Recda.: Fazenda do Estado de

São Paulo. 1ª Turma, STJ - 02-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.814.

ICM - CUMULATIVIDADE VEDADA - ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS - ABATIMENTO

A prática de alíquotas distintas não sugere a existência de isenção.

Dá-se a incidência considerados os percentuais praticados, em face até

mesmo ao sistema federativo. A hipótese comporta mero abatimento,

considerado o valor realmente cobrado ao resultante de alíquota mais alta

- artigo 23, inciso II e § 5º da Constituição Federal de 1967, com a

redação imprimida pela Emenda Constitucional nº 23 de 1983.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 93

(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 163.939-4 - Origem:

São Paulo. Rel.: Min. Marco Aurélio. Agte.: Intertek Componentes

Eletrônicos Ltda. Agdo.: Estado de São Paulo. Decisão: Por unanimidade, a

Turma negou provimento ao agravo regimental. 2ª Turma, 08-11-94 - STF).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-08-95 - Pág. 22.508.

ICMS - DATA DO RECOLHIMENTO - FATO GERADOR - ANTECIPAÇÃO

O ICMS é não-cumulativo, compensando-se o que for devido, em cada

operação relativa à circulação de mercadorias, com o montante cobrado nas

anteriores. A cobrança antecipada não é ilegal. - Recurso improvido.

(Recurso Especial nº 67.066-7 - São Paulo - (95.0026441-2) - Rel.: O

Sr. Min. Garcia Vieira. Recte.: Válvulas Schrader do Brasil S/A. Recda.:

Fazenda do Estado de São Paulo. 1ª Turma, STJ - 07-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.810.

ICMS - DÉBITO DECLARADO E NÃO PAGO - DESNECESSIDADE DE PRÉVIA

NOTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA PARA A INSCRIÇÃO E COBRANÇA EXECUTIVA DA

DÍVIDA FISCAL - ARTIGOS 147, § 1º E 150, CTN

Tratando-se de débito declarado e não pago pelo contribuinte, torna-

se despicienda a homologação formal, passando a ser exigível

independentemente de prévia notificação ou da instauração de procedimento

administrativo fiscal. Descogita-se, pois, de ofensa ao “devido processo

legal”. - Precedentes jurisprudenciais. - Recurso provido.

(Recurso Especial nº 45.494-8 - PR - (94.0007598-7) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Fazenda Pública do Estado do Paraná.

Recda.: Vital Ribeiro e Companhia Ltda. 1ª Turma, STJ - 09-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.790.

ICMS - DÉBITO DECLARADO E NÃO PAGO - UFESP - LEGALIDADE

Em se tratando de débito declarado e não pago, não tem lugar a

homologação formal, sendo o mesmo exigível independentemente de

notificação prévia ou instauração de procedimento administrativo. Ofensa

aos arts. 142, 145, 149, V, 150, 201 não caracterizada. - A Lei Estadual,

que criou a UFESP, ao incorporar a inflação real, para fins de

atualização monetária do crédito tributário, é legítima. Inocorrência de

ofensa ao art. 9º da Lei nº 8.177/91. - A antecipação da data do

vencimento de tributo pode ser estabelecida por simples decreto, não se

incluindo dentre as matérias sujeitas ao princípio da reserva legal

(C.T.N., art. 97). - Recurso especial não conhecido.

(Recurso Especial nº 62.446-0- SP - (95.0012966-3) - Rel.: Sr. Min.

Antônio de Pádua Ribeiro. Recte.: INCORP Eletro Industrial Ltda. Recda.:

Fazenda do Estado de São Paulo. 2ª Turma, STJ - 16-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.823.

ICMS - DIFERENÇA DE ALÍQUOTAS NAS COMPRAS INTERESTADUAIS - EMPRESAS

DE CONSTRUÇÃO CIVIL

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 94

Nas operações interestaduais, o Estado onde se localiza o

destinatário tem direito à diferença entre a alíquota interna e a

interestadual. - As empresas de construção civil inscritas que são no

cadastro de contribuintes, ao adquirirem mercadoria em outros Estados, o

fazem na condição de comerciantes, sendo, portanto, contribuintes do

tributo.

(Recurso em Mandado de Segurança nº 3778-9-DF - (Reg. 93/30436-4) -

Rel.: Ministro Américo Luz. Rectes.: CONBRAL S/A - Construtora Brasília e

outros. T. Origem: Tribunal de Justiça do DF e Territórios. Impdo.:

Secretário da Fazenda do DF. Recdo.: Distrito Federal. 2ª Turma, STJ -

14-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 24-08-95 - Pág. 24.007.

ICM - DÍVIDA PARA PAGAMENTO PARCELADO

O parcelamento, simples dilatação do prazo de pagamento, por si, no

Código Tributário Nacional, não constitui causa de suspensão de

inexigibilidade de crédito tributário, apenas admitido pela Administração

como procedimento de iniciativa do contribuinte. Na sua concessão não

podem ser retirados os encargos que recaem sobre a dívida, pela aplicação

do princípio da indisponibilidade do interesse público. - Outrossim, o

parcelamento se afasta da transação, porque não extingue o crédito

tributário, só ficando alforriado de atualização quando consolidada a

dívida, realizando-se o recolhimento de uma só vez. Parcelada, a dívida

deverá ser paga com a correção monetária. - Precedentes da

jurisprudência. - Recurso provido.

(Recurso Especial nº 54.531 - SP - (94.0029300-3) - Rel.: O Sr. Min.

Milton Luiz Pereira. Recte.: Fazenda do Estado de São Paulo. Recda.:

Indústria Matarazzo de Embalagens S/A. 1ª Turma, STJ - 21-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 18-09-95 - Pág. 29.945.

ICMS - EXECUÇÃO FISCAL - AUTO-LANÇAMENTO - INSCRIÇÃO DO CRÉDITO NA

DÍVIDA ATIVA - NOTIFICAÇÃO - DESNECESSIDADE

“Tributário. - I.C.M.S. - Executivo fiscal - Auto-lançamento -

Embargos do devedor - Alegada inexigibilidade do título executivo por

falta de notificação do contribuinte - Improcedência - Recurso de

apelação manifestado - Improvimento. Declarado ao fisco o débito através

de guia de informação e apuração do I.C.M.S., e escoado o prazo sem

quitação do tributo, o crédito deve ser inscrito em dívida ativa,

independentemente de notificação do contribuinte, eis que, no caso, o

auto-lançamento equipara-se a confissão da dívida. Apelação improvida.”

(Ac. un. da 1ª C. Civ. do TJ PR - AC 33.390-0 - Rel. Des. Oto Luiz

Sponholz - j. 11.04.95 - Apte.: Mug Indústria Metal Eletro Eletrônica

Ltda.; Apda.: Fazenda Pública do Estado do Paraná - DJ PR 08.05.95, pp.

09/10 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8816 - JULHO/1995 - Pág.

222.

ICMS - EXECUÇÃO FISCAL - DÉBITO DECLARADO PELO CONTRIBUINTE - AUTO-

LANÇAMENTO - PERÍCIA DISPENSÁVEL - CERCEAMENTO DE DEFESA - CTN, ART.

204, PARÁGRAFO ÚNICO - LEI 8.038/90 E RISTJ, ART. 255 E PARÁGRAFOS -

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 95

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - CORREÇÃO MONETÁRIA - AUSÊNCIA DE

PREQUESTIONAMENTO - DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADA

A realização de perícia, em execução fiscal para cobrança de ICMS

declarado e não pago, está condicionada à inequívoca demonstração de erro

ou engano, sem o que não se configura o alegado cerceamento de defesa. -

Não se manifestando o acórdão recorrido sobre matéria de interesse do

recorrido, faz-se necessária a manifestação de embargos de declaração com

o objetivo de suscistar a apreciação do tema omitido, sem o que está

ausente o prequestionamento indispensável à admissibilidade do apelo. - A

demonstração analítica dos pontos que configurem a divergência entre os

arestos confrontados é condição essencial à configuração do dissenso

interpretativo, exigida legal e regimentalmente. - Recurso não conhecido.

(Recurso Especial nº 41.627-2 - SP - (93/0034294-0) - Rel.: Exmo.

Sr. Min. Peçanha Martins. Recte.: Fundição Brasileira de Metais Ltda.

Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 2ª Turma, STJ - 24-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.820.

ICMS - EXPORTAÇÃO - FARELO DE SOJA - ÓLEO DEGOMADO - CRÉDITO -

SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE - RECLAMAÇÃO

A Lei Complementar nº 65/91 define os produtos semi-elaborados

sujeitos à tributação ao serem exportados, fazendo cessar o poder dos

Estados de legislar sobre os referidos produtos. Tem o contribuinte o

direito de suspender a exigibilidade do crédito até a definição da

sentença final. - Recurso provido.

(Recurso Especial nº 67.289-9 - RS - (95.0027394-2) - Rel.: O Sr.

Min. Garcia Vieira. Recte.: União das Cooperativas do Sul Ltda. - UNICOP.

Recdo.: Estado do Rio Grande do Sul. 1ª Turma, STJ - 07-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.812.

ICMS - FILMES DIDÁTICOS - IMUNIDADE - MERCADORIAS NÃO EQUIPARADAS A

LIVROS

“Filmes didáticos - Saídas tributadas tidas como imunes -

Mercadorias que não se equiparam a livros para efeito de imunidade

tributária - Negado provimento ao recurso - Decisão unânime. Deve-se

dizer que a legislação do ICM/ICMS não contém dispositivo que beneficie

com a isenção ou com a não-tributação operação com mercadorias como as

objeto do presente auto (filmes didáticos de combate ao ofidismo, de

prevenção de acidentes etc.), uma vez que, como já observado pelo AFR

autuante em sua manifestação de fls., o Convênio ICM AE n. 13/72 foi

revogado pelo Convênio ICM n. 8/79. Por outro lado, a imunidade prevista

na alínea ‘d’ do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal de 1988

diz respeito a ‘livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua

impressão’, não guardando relação com filmes, mesmo didáticos. À vista do

exposto e do que consta dos autos, nego provimento ao recurso do

contribuinte.”

(Ac. un. da 7ª C. Especial do TIT SP - Proc. DRT-1 nº 11.668/89 -

Rel. Juiz Armando Sérgio Frontini - j. 31.03.93 - Boletim TIT de

03.06.95, p. 07 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8972 - AGOSTO/1995 -

Págs. 280/279.

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 96

ICM - FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES INDUSTRIAIS AO COMÉRCIO - INCIDÊNCIA

“Execução fiscal - Embargos do devedor - Imposto sobre Circulação de

Mercadorias (ICM) - Incidência sobre fornecimento de refeições

industriais ao comércio - Lei 6.364/72 - Apelação não provida. Tratando-

se de empresa que tem por objetivo societário o comércio de refeições

industriais e administração de cozinhas, caracterizando-se como

restaurante industrial, o fornecimento, em grande escala, de refeições

prontas ao comércio sujeita-se à incidência do imposto estadual de

circulação de mercadorias (ICM).”

(Ac. un. da 5ª C. Civ. do TJ PR - AC 40.680-0 - Rel. Des. Carlos

Hoffmann - j. 13.06.95 - Apte.: Comércio de Refeições Baroneza Ltda.;

Apda.: Fazenda Pública do Estado do Paraná - DJ PR 07.08.95, p. 85 -

ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9063 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 316.

ICMS - GERAÇÃO DE ENERGIA - LOCAL DO FATO GERADOR - COMPENSAÇÃO

O fato gerador é a saída do estabelecimento produtor da energia

elétrica, e não a formação do lago. A compensação aos municípios, pela

perda de seus territórios, é feita através de “royalties”. É

inconfundível a usina geradora de energia elétrica com o reservatório de

água. - Recurso provido.

(Recurso em Mandado de Segurança nº 5.823-9 - MG - (95.0026653-9) -

Rel.: O Sr. Min. Garcia Vieira. Recte.: Município de Ibiraci. T. Origem:

Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Impdo.: Secretário de

Estado da Fazenda de Minas Gerais. Recda.: Fazenda Pública do Estado de

Minas Gerais. 1ª Turma, STJ - 07-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.802.

ICMS - IMPORTAÇÃO DE AERONAVES PARA USO PRÓPRIO - PESSOA FÍSICA -

INCIDÊNCIA

“Tributário. Aquisição de aeronave no exterior. Destinação a uso

próprio. Incidência do ICMS. A aquisição, no exterior, de aeronave por

pessoa física, mesmo que para uso próprio, está sujeita à incidência do

ICM, cujo fato gerador considerar-se-á ocorrido quando do recebimento da

mercadoria pelo importador. Sujeito passivo da obrigação é a pessoa

física que realizou a operação de importação (adquirente), havendo-se

como local de sua ocorrência o do domicílio do importador. Precedentes.

Recurso improvido, à unanimidade.”

(Ac. un. da 1ª T. do STJ - REsp. 59.711-0/SP - Rel. Min. Demócrito

Reinaldo - j. 31.05.95 - Recte.: Sebastião Leone de Mello Barros; Recda.:

Fazenda do Estado de São Paulo - DJU 1 19.06.95, p. 18.647 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8971 - AGOSTO/1995 - Pág.

279.

ICMS - IMPORTAÇÃO - FATO GERADOR - PRAZO DE RECOLHIMENTO

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 97

Verificada a ocorrência do fato gerador do ICMS, com a entrada da

mercadoria no estabelecimento comercial do importador, o tributo deverá

ser recolhido no prazo de cinco dias. - Precedentes.

(Recurso Especial nº 61.144-0 - SP - (Reg. 95.7968-2) - Rel.: Min.

Américo Luz. Recte.: Indústria Beneficiadora de Cereais São Cosmo e

Damião Ltda. Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 2ª Turma, STJ - 07-

06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 14-08-95 - Pág. 24.018.

ICMS - IMPORTAÇÃO - FATO GERADOR - RECOLHIMENTO

O fato gerador do ICMS, quando da importação, ocorre com a entrada

da mercadoria no estabelecimento comercial do importador. - O tributo

deverá ser recolhido até o 5º dia da ocorrência do fato gerador, não

sendo possível o recolhimento através de escrituração normal do Registro

de Apuração. - Precedente.

(Recurso Especial nº 59.645-9 - SP - (95/3741-6) - Rel.: Sr. Min.

Américo Luz. Recte.: Helios S/A Indústria e Comércio. Recda.: Fazenda do

Estado de São Paulo. 2ª Turma, STJ - 05-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 07-08-95 - Pág. 23.029.

ICMS - IMPORTAÇÃO - PRAZO DE RECOLHIMENTO

O prazo de recolhimento do tributo não constitui matéria de reserva

legal. - Verificada a ocorrência do fato gerador, com a entrada do

produto importado no estabelecimento comercial, o ICMS deverá ser

recolhido no prazo fixado por decreto estadual. Precedente.

(Recurso Especial nº 62.144-5 - SP - (95/0011857-2) - Rel.: O Exmo.

Sr. Min. Humberto Gomes de Barros. Recte.: Martini e Rossi Ltda. Recdo.:

Estado de São Paulo (Fazenda Nacional). 1ª Turma, STJ - 31-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 07-08-95 - Pág. 23.022.

ICMS - IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS - VENDA E ENTREGA DIRETA A

ADQUIRENTE DE OUTRO ESTADO - GUIA ESPECIAL

“Importação - Realizada por contribuinte do Estado do Paraná -

Mercadorias vendidas e entregues diretamente a adquirente paulista -

Ausência de circulação pelo estabelecimento paranaense - Imposto devido

por guia especial pelo importador - Negado provimento ao recurso -

Decisão unânime. Verifica-se dos autos que ocorreu a aquisição por

contribuinte paulista, de mercadoria importada por contribuinte do Estado

do Paraná e por este remetida diretamente do Porto de Santos, local de

desembarque e desembaraço, ao estabelecimento do destinatário. O ICMS,

como imposto estadual, cabe a cada Estado, sobre a circulação ocorrida

dentro de seu próprio território, sendo devido, na hipótese, ao Estado de

São Paulo, cabendo ao importador do outro Estado recolher aos cofres

paulistas, pela Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais -

GNR, o imposto devido, como é de pacífica jurisprudência, tanto nos

tribunais administrativos quanto no Judiciário. Assim, está correta a

exigência fiscal, pelo que acolho o recurso, por pertinente e lhe nego

provimento, para manter a decisão recorrida por seus próprios e jurídicos

fundamentos.”

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 98

(Ac. un. da 6ª C. do TIT SP - Proc. DRT-1 nº 13.396/91 - Rel. Juiz

José Luiz Quadros Barros - j. 26.01.93 - Boletim TIT de 03.06.95, p. 03 -

ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8873 - JULHO/1995 - Pág.

244.

ICM - ISENÇÃO - MERCADORIAS INDUSTRIALIZADAS EM FILIAIS DE OUTROS

ESTADOS, REMETIDAS PARA A ZONA FRANCA DE MANAUS - CRÉDITO DO VALOR

DO TRIBUTO RECOLHIDO NO ESTADO DE ORIGEM - LEGITIMIDADE DA EXIGÊNCIA

DE ANULAÇÃO

O princípio da não-cumulatividade não é incompatível com o estorno

do crédito relativamente a operações anteriores não contempladas com o

benefício da isenção, conferida às operações que destinam mercadorias à

Zona Franca. Legítima, assim, é a exigência do estorno, que visa impedir

que a isenção à última operação, seja estendida às anteriores, mesmo sem

previsão legal.

(Recurso Especial nº 24.785-1 - SP - (Reg. nº 92/0017789-1) - Rel.:

Sr. Min. Hélio Mosimann. Recte.: Fazenda do Estado de São Paulo. Recdo.:

Nestlé Industrial e Comercial Ltda. 2ª Turma, STJ - 05-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 07-08-95 - Pág. 23.026.

ICM - ISENÇÃO PREVISTA PARA A SAÍDA DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

ADQUIRIDOS PARA PROJETO DE INTERESSE NACIONAL, EM EXECUÇÃO -

CONVÊNIOS - REVOGAÇÃO DESSA ISENÇÃO

Quem tem direito à isenção em causa não é o contribuinte de fato, ou

seja, o comprador das máquinas e equipamentos nacionais destinados à

implementação de projetos que consultem ao interesse do País, mas, sim, o

contribuinte de direito, que é o fabricanate deles. - Precedentes. -

Recurso extraordinário conhecido e provido.

(Recurso Extraordinário n. 118008-1 - Origem: São Paulo. Rel.: Min.

Maurício Correa. Recte.: Estado de São Paulo. Recdo.: Alcoa Alumínio S/A.

Decisão: Por unanimidade a Turma conheceu do recurso e lhe deu provimento

nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 23-05-95 - STF).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 15-09-95 - Pág. 29.511.

ICMS - NOTA FISCAL INIDÔNEA - CRÉDITO DO DESTINATÁRIO - HIPÓTESE DE

LEGITIMIDADE

“- Nota fiscal inidônea - Emitida por empresa constituída para esse

fim - Identificação dos reais emitentes - Crédito do destinatário tido

por legítimo - Provido o recurso, ressalvando-se ao fisco o direito de

nova ação fiscal contra os reais responsáveis - Decisão unânime. É

possível que a recorrente estivesse a par de todas essas irregularidades

e que a compra das partidas de algodão que efetuou tivesse em mira

exatamente a vantagem que o crédito impugnado haveria de lhe conferir.

Mas essa conveniência não está demonstrada nos autos, certo ainda, como

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 99

salientado pela Relatora, que o algodão efetivamente entrou no

estabelecimento do recorrente e o preço foi pago. Nestas condições,

acompanho a Relatora, dando provimento ao recurso mas ressalvando ao

fisco o direito de nova ação fiscal, desta feita contra os emitentes das

notas fiscais para que solidariamente respondam pelo crédito tributário

de que tratam estes autos, considerando não só o disposto no art. 137, I,

do CTN e, mais, porque foram eles os beneficiários econômicos de toda a

trama urdida.”

(Ac. un. da 1ª C. do TIT SP - Proc. DRT-1 nº 10.648/91 - Rel. Juíza

Maria Leonor Leite Vieira - j. 18.08.92 - Boletim TIT de 17.06.95, p. 05

- ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8928 - AGOSTO/1995 - Pág.

266.

ICM - OPERAÇÃO INTERESTADUAL - ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS - ABATIMENTO

DO VALOR REAL COBRADO

“ICM - Cumulatividade vedada - Alíquotas diferenciadas - Abatimento.

A prática de alíquotas distintas não sugere a existência de isenção. Dá-

se a incidência considerados os percentuais praticados pelos Estados, em

face até mesmo ao sistema federativo. A hipótese comporta mero

abatimento, levando-se em conta o valor realmente cobrado e não o

relativo ao resultante de alíquota mais alta - artigo 23, inciso II e §

5º, da Constituição Federal de 1967, com a redação imprimida pela Emenda

Constitucional nº 23, de 1983 (Ag. nº 135.046-6-SP - AgRg).”

(Ac. un. da 2ª T. do STF - AgRg. em Ag. 151.410-9-SP - Rel. Min.

Marco Aurélio - j. 06.09.94 - Agte.: Itavema Itália Veículos e Máquinas

S/A.; Agdo.: Estado de São Paulo - DJU 1 05.05.95, p. 11.907 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8734 - JUNHO/1995 - Pág.

193.

ICMS - OPERAÇÃO INTERESTADUAL - ALÍQUOTA DIFERENCIADA - VALOR DO

CRÉDITO

“ICMS - Operações interestaduais - Diferenciação de alíquotas -

Pretensão de creditamento da alíquota não desembolsada de 17%, em lugar

dos 12% efetivamente pagos - Inviabilidade - Recurso improvido. Não se

cuidando de isenção, o direito de crédito do ICMS deve corresponder ao

valor efetivamente pago.”

(Ac. un. da 4ª C. Civ. do TJ PR - AC 39.443-0 - Rel. Des. Troiano

Netto - j. 07.06.95 - Aptes.: Prodoctor Paraná Produtos Farmacêuticos

Ltda. e outra; Apda.: Fazenda Pública do Estado do Paraná - DJ PR

26.06.95, pp. 45/6 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8970 - AGOSTO/1995 - Pág.

279.

ICM - PARCELAMENTO - ENCARGOS DA DÍVIDA - PRINCÍPIO DA

INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO

“Tributário - ICM - Dívida para Pagamento Parcelado. 1. O

parcelamento, simples dilatação do prazo de pagamento, por si, no Código

Page 100: REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA …...seu direito “de não ter a decisão da Câmara Superior do CC/MG ... liminar suspensiva da exigibilidade do crédito tributário

PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 100

Tributário Nacional, não constitui causa de suspensão de inexigibilidade

de crédito tributário, apenas admitido pela Administração como

procedimento de iniciativa do contribuinte. Na sua concessão não podem

ser retirados os encargos que recaem sobre a dívida, pela aplicação do

princípio da indisponibilidade do interesse público. 2. Outrossim, o

parcelamento se afasta da transação, porque não extingue o crédito

tributário, só ficando alforriado de atualização quando consolidada a

dívida, realizando-se o recolhimento de uma só vez. Parcelada, a dívida

deverá ser paga com a correção monetária. 3. Precedentes da

jurisprudência. 4. Recurso improvido.”

(Ac. un. da 1ª T. do STJ - Resp. 38.245-9-SP - Rel. Min. Milton Luiz

Pereira - j. 05.04.95 - Recte.: Indústria e Comércio de Instrumentos de

Cordas Di Giorgio Ltda.; Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo - DJU 1

19.06.95, p. 18.639 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8974 - AGOSTO/1995 - Pág.

280.

ICM - PARCELAMENTO - JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA - EXCLUSÃO -

IMPOSSIBILIDADE - PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE - PRECEDENTES STF E

STJ

Concedido o parcelamento do débito tributário em razão de acordo

para pagamento em 60 (sessenta) prestações mensais, incluídos os

consectários legais, a Administração não pode retirar nenhum dos encargos

que recaem sobre a dívida. - Aplicação, na hipótese, do princípio da

indisponibilidade do interesse público, consubstanciado no interesse da

Fazenda. - Recurso provido.

(Recurso Especial nº 19.975-3 - SP - (92/0006049-8) - Rel.: O Exmo.

Sr. Min. Peçanha Martins. Recte.: Fazenda do Estado de São Paulo. Recda.:

Indústrias Matarazzo de Papéis S/A. 2ª Turma, STJ - 20-03-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, de 22-05-95 - Pág. 14.385.

ICMS - PNEUS - SERVIÇO DE TROCA - EXIGIBILIDADE

“Pneus - Serviços de troca - Hipótese não relacionada nos ítens 40 e

41 da Lista de Serviços - ICMS exigível - Negado provimento ao recurso -

Decisão unânime. A autuada já obtivera orientação da Administração

Tributária pela resposta à Consulta n. 629/84, que formulou, a qual,

sobre a troca de pneus, expende o seguinte entendimento: ‘5 - merecem

menção particular as substituições de pneus gastos e baterias extintas:

estas - tal como acontece na troca de óleo lubrificante - ostentam certo

caráter de reposição, mas dispensam trabalho técnico para sua execução e,

por isso mesmo, são cobradas como venda apenas, o que, aliás, é de

imemorial tradição. Sujeitam-se, pois, ao ICM incidente sobre seu valor

total’. Seria despiciendo investigar o item 40 da Lista de Serviços anexa

ao DL n. 406/68 para se concluir que ela não contém a hipótese incidente

na reposição de pneus. Lê-se, na redação do DL n. 834/69, vigente à época

dos fatos: ‘40 - Lubrificação, limpeza e revisão de máquinas, veículos,

aparelhos, equipamentos (exceto o fornecimento de peças e partes, que

fica sujeito ao ICM)’. Só por absurda conclusão (no sentido de ser

contrário à razão), poder-se-ia ter por lubrificação, limpeza e revisão

de veículos, a troca de pneus. No que se refere ao item 41, também

considero inaplicável à hipótese. Discrimina esse item: ‘41 - Conserto e

restauração de quaisquer objetos (exclusive, em qualquer caso, o

fornecimento de peças e partes de máquinas e aparelhos, cujo valor fica

Page 101: REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA …...seu direito “de não ter a decisão da Câmara Superior do CC/MG ... liminar suspensiva da exigibilidade do crédito tributário

REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 101

sujeito ao Imposto de Circulação de Mercadorias)’. A abrangência dos

serviços compreendidos num e noutro dispositivo (ítens 40 e 41) está

claramente explicitada no item 2 da já referida resposta à consulta n.

629/84: ‘podemos esclarecer que os consertos, reparações, regulagem -

operações que têm por finalidade manter ou repor veículos em suas

originais condições de funcionamento - enquadram-se nas hipóteses dos

ítens 40 e 41 da Lista de Serviços anexa ao DL n. 406/68 (redação do DL

n. 834/69 e, portanto quando implicam substituição de componentes, são

operações que ostentam o caráter complexo que lhes imprime a lei,

bipartindo-se em fatos geradores do ISS e do ICM, este caracterizado pela

saída decorrente do fornecimento de peças ou partes, com base de cálculo

adstrita ao valor destas últimas. Dentre as operações

exemplificativamente citadas na consulta, incluem-se nesta modalidade as

que envolvem trocas de amortecedores, molas, escapamentos, lonas e

pastilhas de freio’. Nessa linha de interpretação, a substituição dos

pneus, que decorre da venda dos mesmos (nas palavras do Dr. Cássio Lopes

da Silva Filho, brilhante juiz desta Casa, na multi-referida resposta),

‘não tem caráter reparatório’, constituindo-se em ‘vendas com colocação,

sujeitas integralmente à tributação do ICM’. Isso posto, conheço do

recurso legalmente interposto e, no mérito, nego-lhe provimento.”

(Ac. un. da 8ª C. do TIT SP - Proc. DRT-6-2.525/91 - Relª. Juíza

Antônia Emília Pires Sacarrão - j. 10.11.92 - Boletim TIT de 06.05.95,

pp. 03/04 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8813 - JULHO/1995 - Págs.

222/221.

ICMS - PRAZO DE RECOLHIMENTO - MATÉRIA NÃO SUJEITA A RESERVA LEGAL -

ARTIGO 97 DO CTN - EXTENSÃO

No sistema de apuração mensal, como no caso do ICMS, a obrigação

tributária nasce somente no último dia do mês de competência, após a

compensação dos débitos e créditos do contribuinte. - Por isso, a edição

de Decreto antecipando o prazo de recolhimento do ICMS, ainda durante o

período (mês) de competência, não agride o princípio da anterioridade. -

De igual sorte, não há falar em ofensa ao princípio da legalidade, por

não se configurar a data de vencimento como elemento constitutivo da

instituição do tributo. - Hipótese não sujeita ao alcance da norma

contida no artigo 97 do CTN. - Recurso improvido, sem discrepância.

(Recurso Especial nº 68.866/SP - (95.0032357-5) - Rel.: O Sr. Min.

Demócrito Reinaldo. Recte.: Indústria de Isolantes Térmicos Colorisol

S.A. Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 1ª Turma, STJ - 21-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 11-09-95 - Pág. 28.813.

ICMS - PRAZO DE VENCIMENTO - CORREÇÃO MONETÁRIA - INCIDÊNCIA ANTES

DO VENCIMENTO - MATÉRIA NÃO SUJEITA A RESERVA LEGAL

A competência constitucional cometida aos Estados para legislar

sobre ICMS inclui a de adotar medidas normativas tendentes à preservação

do seu valor real, mesmo antes do vencimento, por isso que correção

monetária não constitui majoração de tributo (artigo 97, § 2º do CTN). -

Prazo de recolhimento não é elemento constitutivo do tributo (artigo 97

do CTN), não se subsumindo, pois, ao princípio da reserva legal, a menos

que se tenha estabelecido o prazo anterior em lei. - Por isso, é lícita a

fixação, via decreto, de um prazo para recolher o tributo por seu valor

Page 102: REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA …...seu direito “de não ter a decisão da Câmara Superior do CC/MG ... liminar suspensiva da exigibilidade do crédito tributário

PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 102

nominal e de outro, mais elástico, para pagá-lo monetariamente corrigido,

ainda sem os efeitos da mora. - Recurso improvido, por unanimidade.

(Recurso Especial nº 64.162-4/SP - (95.0019347-7) - Rel.: O Sr. Min.

Demócrito Reinaldo. Recte.: Centroplast Indústria e Comércio Ltda.

Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 1ª Turma, STJ - 21-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 28-08-95 - Pág. 26.574.

ICMS - PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE - ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA -

ART. 97, CTN - DECRETOS ESTADUAIS 33.118/91 E 36.092/92 - LEI

ESTADUAL Nº 6.374/89

Competência do Estado-membro para disciplicnar o ICMS, inclusive no

pertencente à atualização monetária que, sabidamente, não constitui

acréscimo, mas o resgate do valor aquisitivo da moeda, atormentada pela

inflação. - Precedentes jurisprudenciais iterativos. - Recurso improvido.

(Recurso Especial nº 55.879-4 - SP - (94.0031989-4) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: IOPE Instrumentos de Precisão Ltda.

Recdos.: Fazenda do Estado de São Paulo e Carlos José Teixeira de Toledo

e outros. 1ª Turma, STJ - 21-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 04-09-95 - Pág. 27.805.

ICMS - RECOLHIMENTO - CORREÇÃO MONETÁRIA

Não é lícito ao contribuinte recolher, sem correção monetária, o

ICM, no prazo de quinze dias da entrada da mercadoria importada no seu

estabelecimento. - Não prevalece, frente ao Art. 1º, II do DL 401/66, a

exigência de recolhimento do ICM relativo à importação de mercadorias, na

ocasião do despacho aduaneiro.

(Recurso Especial nº 61.099/SP - (95/0007798-1) - Rel.: O Exmo. Sr.

Min. Humberto Gomes de Barros. Rectes.: Estado de São Paulo (Fazenda

Estadual) e Brasil Spandex Importação e Exportação Ltda. Recdos.: Os

mesmos. 1ª Turma, STJ - 31-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 07-08-95 - Pág. 23.021.

IMPENHORABILIDADE - LEI 8.009/90 - FRAUDE DE EXECUÇÃO

O reconhecimento da fraude importa ineficácia da alienação,

relativamente à execução. Em assim sendo, não pode o adquirente invocar

os benefícios daquela Lei. - O comparecimento do citando supre a falta de

citação. Desse modo, havendo o executado oferecido embargos, há de

entender-se que atendido o disposto no artigo 593, II ao exigir que, ao

tempo da venda, havia ação em curso.

(Recurso Especial nº 65.536-6- SP - (95.0022607-3) - Rel.: Sr. Min.

Eduardo Ribeiro. Recte.: Elizabeth Luíza Gilioli. Recdo.: Banco Sudameris

do Brasil S/A. 3ª Turma, STJ - 14-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 25-09-95 - Pág. 31.106.

IMPORTAÇÃO - EXIGÊNCIA DO PAGAMENTO DO ICMS - SÚMULA 577, DO STF

O advento da Constituição Federal de 1988 não trouxe qualquer

alteração para o enunciado da Súmula 577, do STF, porque o momento da

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 103

ocorrência do fato gerador do ICMS continua disciplinado pelo Decreto-lei

nº 406, de 1968, insusceptível de modificação por convênio ou instrução

normativa.

(Apelação em Mandado de Segurança nº 95.01.04977-9 - BA - Rel.: Juiz

Fernando Gonçalves. Remte.: Juízo Federal da 4ª Vara - BA. Apte.: Fazenda

Nacional. Apda.: Mannesmann Demag Ltda. 3ª Turma, TRF/1ª Região - 29-08-

95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 29-09-95 - Pág. 66.039.

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - RECOLHIMENTO DO

TRIBUTO - ANTECIPAÇÃO - LEGALIDADE

Inexiste ilegalidade na antecipação do prazo para recolhimento do

ICMS, sem atingir o fato gerador.

(Recurso Especial nº 24.535-0 - SP - (Reg. nº 92/0017321-7) - Rel.:

Sr. Min. Hélio Mosimann. Recte.: Ache Laboratórios Farmacêuticos S/A.

Recda.: Fazenda do Estado de São Paulo. 2ª Turma, STJ - 07-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 07-08-95 - Pág. 23.026.

IPVA - TRANSFERÊNCIA INTERESTADUAL DE VEÍCULO - RECOLHIMENTO NO

ESTADO DE ORIGEM - INEXIGIBILIDADE

“IPVA - Improcedente exigência em face da transferência

interestadual do veículo - Imposto já recolhido ao Estado de origem -

Provido o recurso - Decisão unânime. O desate da controvérsia resulta

naturalmente da simples leitura do art. 15 da Lei n. 6.606/89. Com

efeito, estabelece tal dispositivo que: ‘Art. 15 - O imposto é vinculado

ao veículo, não se exigindo, nos casos de transferência, novo pagamento

do imposto já solvido neste Estado ou em outras Unidades da Federação,

observado sempre o respectivo exercício fiscal’. Ora, na hipótese dos

autos, os documentos de fls. demonstram que, em 1990, o veículo foi

regularmente licenciado perante o Detran de Minas Gerais, devidamente

recolhido, em consequência, o IPVA incidente no exercício, ainda que por

seu antigo proprietário. E, quanto à data de transferência do veículo

para a propriedade do autuado, os documentos juntados às fls. comprovam

que ela ocorreu, efetivamente, em 14.12.90. À vista disso, e diante da

determinação do ‘caput’ do art. 15 acima transcrito, resta evidente que,

a título de IPVA, nada pode ser exigido do recorrente relativamente ao

mencionado exercício (1990), ano em que adquiriu, por transferência, a

propriedade do bem. Em face do exposto, dou provimento ao recurso

ordinário, cancelando as exigências de imposto e multa consignadas na

peça acusatória.”

(Ac. un. da 4ª C. Especial do TIT SP - Proc. DRT-1 nº 22.309/91 -

Rel. Juiz Aldo Sedra Filho - j. 30.04.93 - Boletim TIT de 03.06.95, p. 06

- ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8868 - JULHO/1995 - Págs.

243/242.

LIQUIDAÇÃO - ATUALIZAÇÃO DE DÉBITO - INAPLICABILIDADE DA TAXA

REFERENCIAL - TR (ADIN Nº 493-0-DF) - APLICAÇÃO DO IPC

A Taxa Referencial (TR), refletindo as variações do custo primário

da captação dos depósitos a prazo fixo, não pode servir de índice de

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 104

correção nominal de moeda (ADIN nº 493 - DF). - Não constituindo a

correção monetária acréscimo, mas simples atualização do valor da dívida,

diminuído pelos efeitos da inflação, para que o pagamento seja completo,

evitando-se o enriquecimento sem causa pelo devedor, impõe-se a aplicação

de índice para a correção. No caso, elegendo-se o IPC. - Recurso

parcialmente provido.

(Recurso Especial nº 60.031-6 - SP - (95.0004809-4) - Rel.: O Sr.

Min. Milton Luiz Pereira. Recte.: Fazenda do Estado de São Paulo.

Recdos.: Arlindo Duarte Correia e outros / Simão Kirjner Sobrinho e

outros / Farmalab Indústria Químicas e Farmacêuticas S.A. / Gráficos

Burti Fotolito e Editora Ltda. / Waldemar Bobbo e outros. 1ª Turma, STJ -

23-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 18-09-95 - Pág. 29.946.

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULO - COISA JULGADA

A atualização é devida por imposição legal, não caracterizando

ofensa à coisa julgada. - A incidência da correção monetária na fase de

liquidação é inafastável ainda que o “decisum ” não faça expressa

referência. - Recurso improvido.

(Apelação Cível nº 89.03.21046-8/SP - Rel.: Juiz Célio Benevides.

Apte.: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Apda.: Maria Avellar

Menegueti. 2ª Turma, TRF/3ª Região - 05-09-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, de 27-09-95 - Pág. 65.289.

MANDADO DE SEGURANÇA - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - AGRAVO DE

INSTRUMENTO - NÃO CONHECIMENTO

O agravo de instrumento é incompatível com o mandado de segurança,

que é ação constitucional de rito sumário especial. - Decisão proferida

em mandado de segurança que produza efeitos imediatos é impugnável por

via de outro “writ”. - Decisão proferida em mandado de segurança que

produza efeitos mediatos não preclui e a matéria será devolvida ao

Tribunal quando do julgamento da apelação. - O agravo de instrumento é

cabível tão somente na hipótese de não recebimento pelo juiz de primeiro

grau de apelação interposta pela parte [artigo 12 da Lei nº 1.533/51;

artigos 513 e 522 do Código de Processo Civil]. - Agravo de instrumento

não conhecido.

(Agravo de Instrumento nº 21.297/SP - Reg. nº 94.03.094584-2 -

Agte.: Boianain Distribuidora de Álcool Ltda. Agda.: União Federal

[Fazenda Nacional]. Rel.: Juiz Homar Cais - Quarta Turma. 4ª Turma,

TRF/3ª Região - 08-02-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 01-08-95 - Pág. 47.234.

MANDADO DE SEGURANÇA - ERRO QUANTO À QUALIFICAÇÃO DA AUTORIDADE

COATORA - IDENTIFICAÇÃO DO NOME DO IMPETRADO - CONFIRMAÇÃO DA

AUTORIA DO ATO COATOR COM A APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

O princípio geral é o de que, em sede de mandado de segurança, a

indicação errônea da autoridade impetrada pode acarretar a carência de

ação. Essa regra, todavia, comporta temperamentos, como in casu, em que o

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 105

ato coator está perfeitamente apontado e não produz indagações acerca de

sua autoria, confirmada com a apresentação das informações. Precedentes.

- Recurso provido, sem discrepância.

(Recurso em Mandado de Segurança nº 5.415-2/SP - (95.0006324-7) -

Rel.: O Sr. Min. Demócrito Reinaldo. Recte.: Instituto Nacional do Seguro

Social - INSS. T. Origem: Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Impdo.:

Juízo Federal da 2ª Vara da Seção Judiciária do Estado de Mato Grosso do

Sul. Recdo.: Crecima Comércio e Prestadora de Serviços Ltda. 1ª Turma,

STJ - 07-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 14-08-95 - Pág. 23.984.

MANDADO DE SEGURANÇA - HABILITAÇÃO DE LITISCONSORTES ATIVOS -

POSSIBILIDADE; ICMS - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - BEBIDAS - EC Nº 3/93

- BASE DE CÁLCULO - VALOR INFERIOR AO PRESUMIDO - CRÉDITO

“Mandado de Segurança - Habilitação de litisconsortes ativos -

Possibilidade. É admissível a habilitação de litisconsortes ativos

voluntários enquanto não completada a formação do processo, o que se

concretiza com a notificação para a autoridade coatora prestar

informações, providência que, no mandado de segurança, equivale à

citação. ICMS - Substituição tributária - Comércio de bebidas - Crédito

do contribuinte. Como o § 7º do art. 150 da Constituição Federal (Emenda

Constitucional nº 3, de 17.3.93) assegura ‘a imediata e preferencial

restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador

presumido’, nisso está compreendido que, se esse fato gerador for

realizado por valor inferior àquele presumido, necessariamente o

contribuinte terá a seu favor um crédito de ICMS, correspondente ao

recolhimento superior ao devido. Desse crédito o contribuinte poderá

utilizar-se para as operações futuras. Apelação desprovida; sentença

mantida em grau de reexame necessário.”

(Ac. un. da 1ª C. Civ. do TJ PR - AC e RN 38.417-6 - Rel. Des.

Pacheco Rocha - j. 20.06.95 - Apte.: Estado do Paraná; Apdos.: Matias e

Irmão Ltda. e outros - DJ PR 07.08.95, p. 21 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/9009 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 296.

MANDADO DE SEGURANÇA - ICMS - AFASTAMENTO DA ATUAÇÃO DO FISCO EM

CASO DE CRÉDITO POR EXCESSO RECOLHIDO - AUSÊNCIA DE PROVA OBJETIVA -

DENEGAÇÃO

“Mandado de Segurança. Pedido destinado a afastar a atuação do fisco

em caso de creditamento por excesso de cobrança a título de ICMS. Questão

que, quanto aos fatos alegados, não se sustenta em prova objetivamente

certa e convincente, de modo a autorizar o aprofundamento da matéria

jurídica. Writ denegado. Sentença confirmada.”

(Ac. un. da 2ª C. Civ. do TJ SC - AMS 4.995 - Rel. Des. Napoleão

Amarante - j. 14.06.94 - Apte.: Aliança Comércio de Bebidas Ltda.; Apdo.:

Estado de Santa Catarina - DJ SC 05.06.95 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8959 - AGOSTO/1995 -

Págs. 277/276.

Page 106: REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA …...seu direito “de não ter a decisão da Câmara Superior do CC/MG ... liminar suspensiva da exigibilidade do crédito tributário

PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 106

MANDADO DE SEGURANÇA - LITISCONSORTES NECESSÁRIOS - NÃO CHAMAMENTO

PARA INTEGRAREM A LIDE - EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM JULGAMENTO DO

MÉRITO

Se a parte impetrante, embora devidamente intimada, não promove,

conforme determinado em despacho, a citação do litisconsorte passivo

necessário indicado, no prazo legal, extingue-se o processo, sem

julgamento do mérito. - A relação jurídica processual só se aperfeiçoa

com o chamamento aos autos de todos aqueles envolvidos diretamente com o

litígio. - Processo extinto, sem julgamento do mérito, com base no art.

267, III, c/c o art. 47, parágrafo único, ambos do CPC.

(Mandado de Segurança nº 45.620 - PE - (Reg. nº 94.05.28953-5) -

Impte.: Júlio Marinho da Silva. Impdo.: Juízo de Direito da Comarca de

Ipojuca - PE. Rel.: O Exmo. Sr. Juiz José Delgado. Lit. Pass.: Juscelino

José Gonçalves-ME. Lit. Pass.: Juscelino José Gonçalves. Lit. Pass.: CEF

- Caixa Econômica Federal. Pleno, TRF/5ª Região - 03-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 28-07-95 - Pág. 46.827.

MANDATO - INSTRUMENTO ARQUIVADO EM CARTÓRIO - IRREGULARIDADE

“Representação processual - Instrumento arquivado em Cartório.

Incompatível com a ordem jurídica é a prática de depositar-se em

Cartório, para surtir efeitos nos diversos processos que surjam,

instrumento de mandado. A regularidade da representação processual há de

se fazer presente em cada processo existente.”

(Ac. un. da 2ª T. do STF - AgRg em RE 140.185-1-SP - Rel. Min. Marco

Aurélio - j. 07.02.95 - Agte.: INSS: Agdo.: João Sebastião de Souza - DJU

1 10.08.95, p. 23.557 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/11181 - SETEMBRO/1995 -

Págs. 269/268.

MEDIDA CAUTELAR - CONVOLAÇÃO DE RITO - ART. 806 CPC - HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS

Nos termos do art. 806 do CPC, cabe à parte propor a ação principal

no prazo de 30 dias, contados da efetivação da medida cautelar, quando

esta for concedida em procedimento preparatório. - A indevida convolação

de ação cautelar em ação de conhecimento (principal) não importa em

nulidade do processo, quando se possa expungir da sentença os excessos,

adaptando-a aos termos do pedido. - Existe excesso no decisum, quando o

autor diz na inicial que pleitearia na ação principal a restituição dos

valores retidos pela ré, e a sentença cautelar já a condena a restituiir

a diferença que deixou de pagar, corrigida monetariamente. - Honorários

advocatícios reduzidos para 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa.

- Recurso e remessa parcialmente providos para desconvolar o rito e

afastar da sentença o pagamento do excesso, mantendo-a, apenas, quanto à

gratificação por tempo de serviço, até a solução da lide na ação

principal.

(Apelação Cível 61.090/RJ - Nº 94.02.07154-7 - Rel.: Carreira Alvim.

Apte.: União Federal. Apdo.: Roberto Silva Brandão. Remte.: Juízo Federal

da 9ª Vara/RJ. 2ª Turma, TRF/2ª Região - 15-02-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 20-07-95 - Pág. 44.996.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 107

MEDIDA CAUTELAR - DEPÓSITO - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DE CRÉDITO

TRIBUTÁRIO - C.T.N., ART. 151, II - CPC, ARTS. 796 E SEGUINTES

“Em matéria fiscal é cabível medida cautelar de depósito, inclusive

quando a ação principal for declaratória de inexistência de obrigação

tributária”. “É direito do contribuinte, em ação cautelar, fazer o

depósito integral de quantia em dinheiro para suspender a exigibilidade

de crédito tributário.” (TRF-3ª Região - Súmulas nºs 1 e 2). - Nas ações

cautelares preparatórias ou incidentais não são devidos honorários

advocatícios, só cogitáveis na ação principal. - Apelação parcialmente

provida.

(Apelação Cível nº 136.935-SP - Reg. nº 93.03.090525-3 - Rel.: Juiz

Fleury Pires - 4ª Turma. Apte.: Laob Indústria e Comércio Ltda. Apda.:

União Federal. 4ª Turma, TRF/3ª Região - 14-12-94).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 05-09-95 - Pág. 57.732.

MEDIDA CAUTELAR - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO -

AUSÊNCIA DE DEPÓSITO - DESCABIMENTO

“Tributário. Processual civil. Medida cautelar. Suspensão da

exigibilidade do crédito tributário. 1. Por mais plausível que seja o

direito em discussão e por maior que se mostre a probabilidade de dano,

descabe medida cautelar para suspensão da exigibilidade de crédito

tributário, sem o respectivo depósito, ainda que o contribuinte ofereça

outro tipo de garantia idônea. 2. Apelação provida.”

(Ac. un. da 3ª T. do TRF da 1ª R. - AC 94.01.34180-0- BA - Rel. Juiz

Fernando Gonçalves - j. 12.06.95 - Apte.: Fazenda Nacional; Apda.: COBAFI

- Companhia Bahiana de Fibras - DJU 2 10.07.95, p. 43.370 - ementa

oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 1/8958 - AGOSTO/1995 - Pág.

276.

MEDIDA CAUTELAR EM RESCISÓRIA - LIMINAR PARA OBSTAR OS EFEITOS DA

COISA JULGADA - SÚMULA Nº 234 DO TFR

É incabível medida cautelar em rescisória para obstar os efeitos da

coisa julgada. - Aplicabilidade da Súmula nº 234 do TFR. - Agravo

Regimental provido.

(Agravo Regimental na Ação Cautelar nº 95.04.15643-6/RS - Relª:

Juíza Tânia Escobar. Rel. Para o Acórdão: Juiz Vilson Darós. Agte.: União

Federal. Agda.: Vulcanizadora Progresso Recapagem e Consertos de Pneus

Ltda. 1ª Seção, TRF/4ª Região - 10-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 05-07-95 - Pág. 42.615.

MEDIDA LIMINAR - PODER CAUTELAR GERAL DO JUIZ

Quando decide a respeito da medida liminar, o juiz não está obrigado

a deferir a tutela nos termos requeridos pela parte, podendo concedê-la

de outro modo, sem que isso implique julgamento ultra petita; o

provimento tem natureza cautelar, âmbito no qual o juiz tem poderes

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 108

gerais para adotar a solução afeiçoada à espécie. Hipótese em que, do

jeito como pleiteada, a medida liminar traria inevitáveis prejuízos à

Fazenda Pública; da maneira como foi deferida, ela sequer está impedida

de constituir o crédito tributário, apenas não podendo cobrá-lo - o que é

mais do que razoável à vista dos precedentes jurisprudenciais. Agravo

improvido.

(Agravo de Instrumento nº 94.04.52019-5-SC - Rel.: O Sr. Juiz Ari

Pargendler. Agte.: União Federal. Agda.: Dirley Modas Ind. e Com. de

Calçados Ltda. 1ª Turma, TRF/4ª Região - 09-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 31-05-95 - Pág. 33.480.

PENHORA - BEM DO CASAL - MEAÇÃO DA MULHER - DÍVIDA CONTRAÍDA PELO

MARIDO EM BENEFÍCIO DA FAMÍLIA - PRESUNÇÃO RELATIVA

“Meação da mulher - Dívida contraída pelo marido. Presume-se, em

regra, que a dívida haja sido contraída em benefício da família. E assim

se entende tendo em vista o que comumente acontece, não significando

qualquer desigualdade jurídica entre marido e mulher.”

(Ac. un. da 3ª T. do STJ - Resp. 61.768-5-SP - Rel. Min. Eduardo

Ribeiro - j. 08.05.95 - Recte.: Ina Neiva de Barros; Recdo.: Francisco

Louzado - DJU 1 29.05.95, p. 15.515 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/10986 - JULHO/1995 - Pág.

205.

PENHORA - BEM DE FAMÍLIA - LEI Nº 8.009/90 - OBJETOS SUNTUÁRIOS -

INEXTENSÃO

“Processual - Impenhorabilidade - Lei 8.009/90 - Equipamentos que

guarnecem a residência - Objetos suntuários. I - A Lei 8.009/90 foi

concebida para garantir a dignidade e funcionalidade do lar. Não foi

propósito do Legislador, permitir que o pródigo e o devedor contumaz se

locupletem, tripudiando sobre seus credores; II - Na interpretação da Lei

8.009/90, não se pode perder de vista seu fim social; III - A

impenhorabilidade não se estende a objeto de natureza suntuária; IV - Se

a residência é guarnecida com vários utilitários da mesma espécie, a

impenhorabilidade cobre apenas aqueles necessários ao funcionamento do

lar. Aqueles que excederem o limite da necessidade podem ser objeto de

constrição; V - Aparelhos de televisão, som e vídeo-cassete inserem-se no

conceito de equipamento suntuário. São, assim, penhoráveis.”

(Ac. un. da 1ª T. do STJ - Resp. 60.993-3/SP - Rel. Min. Humberto

Gomes de Barros - j. 03.05.95 - Recte.: Estado de São Paulo - Fazenda

Estadual; Recdo.: Luiz Carlos Moreira Toledo - DJU 1 05.06.95, p. 16.642

- ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/10988 - JULHO/1995 - Pág.

205.

PENHORA - BEM DE FAMÍLIA - ULTRA-ATIVIDADE DA LEI

É cediça a jurisprudência desta Corte no sentido de que observado

que a execução não se tenha exaurido, pela alienação do bem penhorado,

aplica-se a Lei nº 8.009/90 sobre constrições juridiciais efetuadas antes

de sua vigência. - Recurso conhecido pelo dissídio, mas improvido.

Page 109: REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA …...seu direito “de não ter a decisão da Câmara Superior do CC/MG ... liminar suspensiva da exigibilidade do crédito tributário

REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 109

(Recurso Especial nº 65.784-9 - SC - (95.23173-5) - Rel.: O Exmº Sr.

Min. Cláudio Santos. Recte.: Banco do Brasil S/A. Recdos.: Rubens

Mascelani Filho e outros. 3ª Turma, STJ - 14-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, De 25-09-95 - Pág. 31.106.

PIS - ICM - LC Nº 7/70 - SÚMULA Nº 68 STJ

Caixa Econômica Federal é parte ilegítima para figurar no pólo

passivo da ação. Preliminar rejeitada. - A parcela relativa ao ICM

inclui-se na base de cálculo do PIS (Súmula nº 68 do STJ). - Apelação

improvida.

(AMS-SP 10016 - 90.03.015479-1 - (00.0667072-5) - Rel.: Juiz Homar

Cais - Quarta Turma. Apte.: Manufatura de Artigos de Borracha Nogam S/A.

Apda.: Caixa Econômica Federal - CEF. 4ª Turma, TRF/3ª Região - 14-06-

95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 05-09-95 - Pág. 57.702.

PROCURAÇÃO - FALTA

Entendimento da jurisprudência da Segunda Seção do STJ no sentido de

que, nas instâncias ordinárias, deve-se fixar prazo razoável para que

seja suprida a falta de exibição de instrumento de mandato. - Aplicação

analógica do art. 13 do Código de Processo Civil. - Hipótese em que,

ademais, tratava-se de peças de traslado obrigatório, impondo-se a

conversão em diligência.

(Recurso Especial nº 66.931-6- GO - (95.0026255-0) - Rel.: O Sr.

Min. Eduardo Ribeiro. Recte.: Nárcio de Aguiar Magalhães. Recdo.: Banco

do Brasil S/A. 3ª Turma, STJ - 13-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 28-08-95 - Pág. 26.633.

PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA - IMUTABILIDADE - ART. 463 DO CPC

A publicação da sentença, mencionada no art. 463 do CPC e a partir

de quando se torna inalterável, ocorre com a sua entrega ao cartório pelo

juiz, sendo desnecessária, para assegurar a sua imutabilidade, sua

intimação às partes, pelo órgão oficial. - Irrepreensível, pois, decisão

que julga prejudicado pedido dos autores, protocolado após publicada a

sentença em cartório, porquanto já presente o preceito proibitivo do art.

463 do CPC, sendo impossível ao juiz alterar o decisum, salvo nas

hipóteses do art. 463, I e II, do CPC. - Agravo improvido.

(Agravo de Instrumento nº 95.01.04616-8/AC - Relª: Exmª Srª Juíza

Assusete Magalhães. Agtes.: Francisca Gomes Mascarenhas e outros. Agda.:

União Federal. Vara de Origem: Juízo Federal da 1ª Vara/AC. 2ª Turma,

TRF/1ª Região - 20-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 03-08-95 - Pág. 48.260.

RAZÕES DE RECURSO DISSOCIADAS DO DECIDIDO PELA SENTENÇA - NÃO

CONHECIMENTO DO APELO

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 110

A apelação deverá conter, à luz da sentença recorrida, os

fundamentos de fato e de direito ensejadores de nova decisão (art. 514 do

CPC). - Se as razões do apelo são inteiramente dissociadas do decidido

pela sentença hostilizada, não se conhece do recurso, consoante pacífica

jurisprudência. - Apelação não conhecida.

(Apelação Cível nº 95.01.13213-7/DF - Relª: Exmª Srª Juíza Assusete

Magalhães. Aptes.: Maria das Graças Alencar e outros. Apda.: União

Federal. Vara de Origem: Juízo Federal da 9ª Vara/DF. 2ª Turma, TRF/1ª

Região - 14-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 03-08-95 - Pág. 48.274.

RECURSO - APELAÇÃO - PREPARO TARDIO - RECURSO ADESIVO - SUBORDINAÇÃO

- DESERÇÃO

“Processual Civil - Recursos de Apelação e Adesivo - Preparo tardio

do primeiro - Deserção - Não conhecimento dos recursos. l. O preparo dos

recursos é matéria de ordem pública, que o tribunal pode conhecer de

ofício, de sorte que, constatado ter sido efetivado serodiamente, reclama

proclamação de deserção. 2. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso

principal, de modo que não merece ser conhecido se houver desistência

deste, ou se ele for declarado inadmissível ou deserto (CPC, art. 500,

caput, parte final, e inc. III). 3. Recursos não conhecidos.”

(Ac. un. da 4ª T. Civ. do TJ DF - AC 32.623 - Rel. Des. Estevam Maia

- j. 12.06.95 - Apte.: Meire Aparecida Lopes Machado; Apdo.: Rui Sérgio

de Oliveira - DJU 3 28.06.95, p. 9.040 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/11087 - AGOSTO/1995 -

Pág. 236.

RECURSOS - INTERPOSIÇÃO POR MEIO DE FAX

A tempestividade do recurso é aferida pela data em que a respectiva

petição é protocolada na sede do Juízo; o envio da fax a tempo não produz

qualquer efeito, se o original da petição só é entregue na Secretaria da

Vara depois de escoado o prazo recursal. Agravo improvido.

(Agravo de Instrumento nº 95.04.01008-3-SC - Rel.: O Sr. Juiz Ari

Pargendler. Agte.: Supermercados Myatã Ltda. Agda.: União Federal. 1ª

Turma, TRF/4ª Região - 09-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 23-08-95 - Pág. 53.744.

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA - FATOS IRRELEVANTES - ICMS - VALOR

ADICIONADO - ESTABELECIMENTO - REFINARIA GABRIEL PASSOS

Controvérsia sobre fatos irrelevantes não impede o exame da causa no

âmbito do mandado de segurança. - A utilização de água de lagoa situada

em município diverso daquele em que está o estabelecimento onde ocorre a

operação tributável, não confere àquele participação no ICMS a pretexto

de ocorrência de valor agregado. - Recurso provido.

(Recurso em Mandado de Segurança nº 4.354-1 - MG - (94/0013142-9) -

Rel.: O Exmo. sr. Min. César Asfor Rocha. Recte.: Município de Betim.

Recda.: Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais. T. Origem: Tribunal de

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 111

Justiça do Estado de Minas Gerais. Impdo.: Secretário de Estado da

Fazenda de Minas Gerais. Interes.: Município de Ibirité. 1ª Turma, STJ -

24-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 14-08-95 - Pág. 23.984.

RECURSO - PRAZO - HORÁRIO DE EXPEDIENTE - ATO ANTERIOR À ALTERAÇÃO

DO C.P.C. - INTEMPESTIVIDADE

“Processo civil. Atos processuais. Tempo. Lei n. 8.952, de

13.12.1994. Horário de expediente. Recurso. Prazo. 1. Antes da Lei n.

8.952, de 13 de dezembro de 1994, o prazo para recurso vencia às dezoito

horas do último dia. Além dessa hora, o expediente era tão somente

interno. Recurso apresentado além das dezoito horas. Intempestividade. 2.

Agravo improvido.”

(Ac. un. da 3ª T. do TRF da 1ª R. - Ag. 95.01.09186-4-GO - Rel. Juiz

Tourinho Neto - j. 22.05.95 - Agte.: Metalsider Ltda.; Agdo.: Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA -

DJU 2 29.05.95, p. 32.581 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/10982 - JULHO/1995 - Pág.

204.

RECURSO - PREPARO - CUSTAS RECOLHIDAS TEMPESTIVAMENTE - JUNTADA DA

GUIA APÓS O DECURSO DO PRAZO - DESERÇÃO

“Recurso - Preparo - Prova - Deserção. ‘Não se conhece do recurso se

a parte interessada, embora tenha efetuado o recolhimento das custas

tempestivamente, só providencia a juntada da guia de recolhimento muitos

dias após o decurso do prazo do preparo’ (Ap. Cív. n. 42.285, rel. Des.

Amaral e Silva).”

(Ac. un. da 1ª C. Cív. do TJ SC - Ag. 9.207 - Rel. Des. Newton

Trisotto - j. 14.02.95 - Agte.: Sindicato dos Empregados em

Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Joinville; Agdos.: Adilson

Indalêncio e outros - DJ SC 16.06.95, p. 13 - ementa oficial).

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/11085 - AGOSTO/1995 -

Pág. 236.

RECURSO ESPECIAL - PRAZO - SUSPENSÃO - FÉRIAS E FERIADOS - EMBARGOS

DECLARATÓRIOS - CONTAGEM

“Recurso Especial. Prazo. Férias. Feriados. Embargos declaratórios.

1 - As férias suspendem a contagem do prazo de recurso, mas os domingos e

dias feriados que as antecedem não se incluem nelas, e sim nos prazos de

recurso, que continuam a fluir até o último dia anterior ao início das

férias, ainda que domingo ou feriado. 2 - O prazo para o recurso especial

inclui domingo ou feriado anteriores ao ajuizamento dos embargos

declaratórios. Recurso especial não conhecido, por intempestivo.”

(Ac. un. da 4ª T. do STJ - Resp. 19.303-0-MG - Rel. Min. Ruy Rosado

de Aguiar - j. 28.03.95 - Recte.: Mário Secundino Barbosa; Recdos.:

Judith Safar - Espólio e outros - DJU 1 07.08.95, p. 23.041 - ementa

oficial).

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 112

IN REPERTÓRIO “IOB” DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/11177 - SETEMBRO/1995 -

Pág. 267.

REEXAME NECESSÁRIO - SÚMULA Nº 45, S.T.J.

No reexame necessário, é defeso, ao Tribunal, agravar a condenação

imposta à Fazenda Pública.

(Recurso Especial nº 69.663 - SP - Reg. nº 95/0034205-7 - Rel.: Sr.

Min. Hélio Mosimann. Recte.: Fazenda Nacional. Recdo.: Manufatura de

Metais Magnet Ltda. 2ª Turma, STJ - 30-08-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 18-09-95 - Pág. 29.955.

REPETIÇÃO DE INDÉBITO - CORREÇÃO MONETÁRIA - INCLUSÃO DOS EXPURGOS

INFLACIONÁRIOS - CABIMENTO

correção monetária não constitui acréscimo ou penalidade, pois busca

apenas a recuperação do valor da moeda, corroída pela inflação. - Assim,

em sede de repetição de indébito, somente a atualização monetária

integral recompõe o patrimônio do contribuinte, desfalcado pelo pagamento

indevido. - Apelação a que se dá provimento.

(Apelação Cível nº 91.01.09687-7 - MG - Rel.: Exmº Sr. Juiz Osmar

Tognolo. Aptes.: Renato Silva Portela e outros. Apda.: Fazenda Nacional.

3ª Turma, TRF/1ª Região - 04-09-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 29-09-95 - Pág. 66.019.

RESCISÓRIA - INTERLOCUTÓRIA - PRAZO - ERRO DE FATO

Decisão interlocutória não é passível de ataque por ação rescisória,

que se endereça somente às sentenças de mérito. - Prazo decadencial:

embora corra desde o trânsito em julgado, se houve apelação contra a

sentença e o recurso foi julgado deserto, o prazo começa a correr desde

que essa decisão se tornou preclusa. - Erro de fato: é indispensável à

sua configuração que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento

judicial sobre o fato (art. 485, § 2º, CPC).

(Ação Rescisória nº 91.04.17605-7/RS - Rel.: Juiz Amir José

Finocchiaro Sarti. Autor: Pércio Torres. Ré: União Federal. 2ª Seção,

TRF/4ª Região - 14-06-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 05-07-95 - pÁG. 42.618.

SENTENÇA “CITRA PETITA” - ANULAÇÃO

É nula a sentença que não analisa pedido sucessivo, objeto de apelo

da parte, impossibilitando o conhecimento da matéria impugnada em segundo

grau de jurisdição.

(AC nº 94.04.22093-0/RS - Apte.: União Federal. Apdo.: Giacomar

Investimentos e Representações Ltda. Rel.: Juiz Ivo Tolomoni. 1ª Turma,

TRF/4ª Região - 16-05-95).

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 113

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 20-09-95 - Pág. 63.258.

SENTENÇA OMISSA QUANTO A UM DOS PEDIDOS FORMULADOS NA INICIAL -

NULIDADE

É nula a sentença que se omite quanto a pedido expressamente

formulado na inicial. - Impossibilidade de se reconhecer coisa julgada

formal com relação a pedido não apreciado, tendo em vista não existir

sentença implícita. - Remessa oficial provida e apelação prejudicada.

(Apelação Cível nº 143873 - SP - Reg. nº 93.03.102134-7 - Relª:

Juíza Ana Scartezzini. Relª Designada para Acórdão: Juíza Diva Malerbi.

Apte.: União Federal. Apda.: Valdete Fonseca. Remte.: Juízo Federal da 5ª

Vara - SP. 3ª Turma, TRF/3ª Região - 10-05-95).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 02-08-95 - Pág. 47.699.

SÚMULA 621 DO S.T.F. - RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL -

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ART. 5º, INC. II, DA C.F.) -

PREQUESTIONAMENTO - (SÚMULAS 282 E 356)

Em face da Constituição Federal de 1988, desdobrado, que foi, o

Recurso, em extraordinário e especial (artigos 102, III, “a”, “b” e “c”,

e 105, III, “a”, “b” e “c”), coube ao Superior Tribunal de Justiça

apreciar a matéria infraconstitucional, objeto deste último, relacionada

com a Súmula 621 do S.T.F., segundo a qual “não enseja embargos de

terceiro à penhora a promessa de compra e venda não inscrita no registro

de imóveis”. - E o fez, mantendo o acórdão recorrido, com trânsito em

julgado. - Resta, pois, ao S.T.F., no exame do Recurso Extraordinário,

verificar, apenas, se houve, ou não, ofensa ao princípio da legalidade

(art. 5º, II), único tema de sua competência, no caso. - Sucede que esse

tema constitucional não foi oportunamente prequestionado, o que afasta o

cabimento do R.E. (Súmulas 282 e 356). - E, por outro lado, não admite o

S.T.F, em R.E., alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, a

pretexto de má interpretação de legislação infraconstitucional. - R.E.

não conhecido.

(Recurso Extraordinário n. 119.937-7 - Origem: São Paulo. Rel.: Min.

Sydney Sanches. Recte.: COMIND - Banco de Investimento S/A. Recdos.:

Aparecido Sebastião Curti e outro. Decisão: A Turma não conheceu do

recurso extraordinário. Unânime. Ausente ocasionalmente o Sr. Ministro

Sepúlveda Pertence. 1ª Turma, 16-05-95 - STF).

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 15-09-95 - Pág. 29.511.

TDA - DEPÓSITO PARA SUSPENDER EXIGIBILIDADE DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO

O depósito em Títulos da Dívida Agrária não suspende a exigibilidade

do crédito tributário. Para tanto, é necessário o depósito em moeda (CTN,

Art. 151, II).

(Recurso Especial nº 63.112-2/PE - (95/0015110-3) - Rel.: O Exmo.

Sr. Min. Humberto Gomes de Barros. Recte.: União Federal (Fazenda

Nacional). Recdos.: Companhia de Cimento do São Francisco CISAFRA e

Outro. 1ª Turma, STJ - 17-05-95).

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 114

IN DOU - “DIÁRIO DA JUSTIÇA”, DE 19-06-95 - Pág. 18.659.

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ÍNDICE GERAL

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 116

ÍNDICE GERAL

Pág.

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 117

- DOUTRINA:

1.1. Lançamento por arbitramento - Base de cálculo - Apura-

ção mediante utilização de contratos celebrados pela

empresa contribuinte - Legitimidade (Informações em

Mandado de Segurança) - José Alfredo Borges .......... 9

1.2. ICMS - Alíquotas - Veículos automotores - Diferencia-

ção assentada na potência do motor - Legitimidade

(Contestação da FPE em Ação Declaratória) - Bruno Ro-

drigues de Faria ..................................... 16

1.3. Juízo competente - Ação proposta contra a Fazenda Pú-

blica Estadual - Juízo da Fazenda Pública da Comarca

da Capital do Estado (Intervenção em Conflito Negativo

de Competência) - Ronald Magalhães de Sousa .......... 25

1.4. ICMS - Fornecimento de cimento destinado à preparação

de concreto fresco - Incidência (Recurso Especial) -

Ronald Magalhães de Sousa ............................ 29

1.5. Comentários Críticos ao Artigo 121 do CTN - Em Homena-

gem a Geraldo Ataliba - Sacha Calmon Navarro Coêlho 34

- DECISÕES JUDICIAIS:

- ICMS - Saldo credor da conta gráfica - Correção monetária

- Descabimento (Sentença) ............................... 45

- Declaratória de reconhecimento de crédito tributário cor-

rigido. Empresa comercial. Crédito tributário referente a

pneus, combustíveis, lubrificantes, câmaras de ar e mate-

rial de limpeza de veículos. Empresa não inscrita como

prestadora de serviços. Improcedência do pedido.

- Se a Autora não é inscrita como prestadora de serviços

de transporte não pode obter crédito de ICMS relativo a

pneus, câmaras de ar, lubrificantes e combustíveis,

ainda que mantenha frota de veículos para entrega das

mercadorias vendidas no estabelecimento de seus clien-

tes. - Pedidos de reconhecimento de crédito corrigido

que se julga improcedente. (Sentença) ................. 49

- Mandado de Segurança Preventivo - Taxa Florestal - Ilega-

lidade e inconstitucionalidade da referida taxa - Inocor-

rência - Cobrança devida - Segurança denegada - Recurso

desprovido. ............................................. 52

- ICMS - Exportação - Transporte até o porto de embarque -

Serviço não alcançado pela imunidade concedida às opera-

ções de exportação de produtos industrializados. ......... 54

- ICMS - Venda, por filial mineira, de bem saído diretamen-

te de indústria estabelecida em outro Estado para o ad-

quirente localizado em Minas Gerais - Exigibilidade do

imposto por Minas Gerais - Legitimidade. ................ 56

- Mandado de Segurança - ICMS - Importação de mercadorias -

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 118

Fato Gerador - Súmula 577 do STF - Momento da entrada da

mercadoria no estabelecimento importador - Imposto reco-

lhido através de Guia Nacional de Recolhimento de Tribu-

tos Estaduais - Exigência escorreita - Segurança concedi-

da em parte - Duplo grau de jurisdição - Sentença parci-

almente reformada. ...................................... 60

- EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA:

“A”

- AÇÃO ANULATÓRIA - CONEXÃO - PREVENÇÃO - COMPETÊNCIA DA VARA DA

FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL - ARTIGOS 103, 105, 106, 132, 585, §

1º, CPC - LEI Nº 6.830/80 (ART. 38) - SÚMULA 112/STJ (STJ) ..... 78

- AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO - CONEXÃO - CPC, ARTS. 103, 105, 106,

265, IV, “a”, E 585, § 1º - CTN, ART. 151, II - LEI Nº 6.830/80

(ART. 38) - EXECUÇÃO FISCAL (STJ) .............................. 83

- AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL - LEVANTAMENTO FÍSICO-CONTÁBIL

- AUTO DE INFRAÇÃO NÃO DESCONSTITUÍDO - IMPROCEDÊNCIA (TJ PR) .. 65

- AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL - PROPOSITURA DE EXECUÇÃO FIS-

CAL - NÃO-IMPEDIMENTO; DEPÓSITO - INIBIÇÃO DO AJUIZAMENTO; DIS-

CUSSÃO DA DÍVIDA - COMPETÊNCIA (TRF/3ª R.) ..................... 65

- AÇÃO CAUTELAR - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

- DEPÓSITO - AUTORIZAÇÃO JUDICIAL - DESNECESSIDADE (TRF/4ª R.) 65

- AÇÃO DECLARATÓRIA - MEDIDA CAUTELAR IMPEDITIVA DO FISCO APURAR O

CRÉDITO TRIBUTÁRIO - AUSÊNCIA DE DEPÓSITO INTEGRAL DO DÉBITO -

INADMISSIBILIDADE (TJ SC) ...................................... 66

- AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO - DECADÊNCIA - PRAZO - CRITÉRIO -

RESERVA ABSOLUTA DA LEI COMPLEMENTAR (TRF/1ª R.) ............... 66

- AÇÃO RESCISÓRIA - CABIMENTO (TRF/2ª R.) ........................ 67

- AÇÃO RESCISÓRIA - MATÉRIA CONTROVERTIDA NOS TRIBUNAIS - ORIENTA-

ÇÃO FIXADA POSTERIORMENTE PELO STF EM SENTIDO DIVERSO DO ACÓRDÃO

RESCINDENDO - CPC, ART. 485, V. SÚMULAS Nº 343 DO STF E Nº 134

DO TFR (TRF/4ª R.) ............................................. 67

- (ADIN Nº 493-0-DF) INAPLICABILIDADE DA TAXA REFERENCIAL - TR -

APLICAÇÃO DO IPC - LIQUIDAÇÃO - ATUALIZAÇÃO DE DÉBITO (STJ) .... 104

- ADJUDICAÇÃO - AVALIAÇÃO OFICIAL - PRESCINDIBILIDADE - EXECUÇÃO

FISCAL - COMPOSIÇÃO AMIGÁVEL (TJ MS) ........................... 80

- AERONAVES PARA USO PRÓPRIO (IMPORTAÇÃO DE ...) - PESSOA FÍSICA -

INCIDÊNCIA - ICMS (STJ) ........................................ 96

- AGRAVO DE INSTRUMENTO:

- Competência do Juízo, relativa - Prorrogação da competên-

cia - Arts. 112 e 113 do CPC - Decisão deferitória de li-

minar - Ulterior decisão da causa, no mérito - Agravo

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 119

parcialmente prejudicado (TRF/1ª R.) .................... 67

- Execução Fiscal - Competência da Justiça Estadual (TRF/5ª

R.) ..................................................... 68

- Execução Fiscal - Fazenda - Prazo (TRF/3ª R.) ........... 68

- Executivo Fiscal - Arrematação (TRF/3ª R.) .............. 68

- Intimação pessoal do representante da Fazenda Pública -

Lei nº 6.830/80 (Art. 25) - Súmula 240/TFR - Execução

Fiscal (STJ) ............................................ 79

- Não conhecimento - Mandado de Segurança - Decisão inter-

locutória (TRF/3ª R.) ................................... 104

- Traslado de peças - Súmula 288-STF (STF) ................ 68

- ÁLBUNS E FIGURINHAS - SAÍDAS NÃO ALCANÇADAS PELA IMUNIDADE -

EXIGIBILIDADE - ICMS (TIT SP) .................................. 90

- ALÍQUOTA(S):

- diferenciada(s):

- Abatimento - ICM - Cumulatividade vedada (STF) ... 93

- Abatimento do valor real cobrado - ICM - Operação

interestadual (STF) .............................. 99

- nas Unidades da Federação - Pretensão ao credita-

mento pela diferença - Alegação de não apreciação

da pretensão, como deduzida na inicial - I.C.M.

(Imposto sobre Circulação de Mercadorias) (STF) .. 90

- Valor do crédito - ICMS - Operação interestadual

(TJ PR) .......................................... 99

- nas compras interestaduais (Diferença de ...) - Empresas

de construção civil - ICMS (STJ) ........................ 94

- reduzida - ICM - Creditamento (STJ) ..................... 92

- APELAÇÃO - PREPARO TARDIO - RECURSO ADESIVO - SUBORDINAÇÃO - DE-

SERÇÃO - RECURSO (TJ DF) ....................................... 110

- APELAÇÃO - PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO - OMISSÃO DO NOME DO ADVOGADO

DA APELADA - NULIDADE (ARTS. 247 E 236, § 1º, DO CPC) (STJ) .... 69

- ARGUIÇÃO DE PRESCRIÇÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (TRF/1ª R.) .... 69

- ARREMATAÇÃO:

- Agravo de Instrumento - Executivo Fiscal (TRF/3ª R.) .... 68

- (Anulação de ...) - Obrigatoriedade do registro da penho-

ra - Execução Fiscal (TRF/3ª R.) ........................ 79

- Preço vil - Anulação - Execução Fiscal - CPC - (Aplicação

subsidiária)(STJ) ...................................... 81

- por preço vil inferior ao da avaliação - Preço vil - Ar-

tigos 620 e 692, CPC - Súmula 128/STJ (STJ) ............. 79

- ASSISTENTE TÉCNICO - LEGITIMIDADE PARA RECORRER - C.P.C., ART.

499, § 1º (STJ) ................................................ 69

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 120

- ATO ANTERIOR À ALTERAÇÃO DO C.P.C. - INTEMPESTIVIDADE - RECURSO

- PRAZO - HORÁRIO DE EXPEDIENTE (TRF/1ª R.) .................... 111

- ATO JUDICIAL HOMOLOGATÓRIO DE CONTA DE ATUALIZAÇÃO DO DÉBITO -

NATUREZA JURÍDICA DE DESPACHO INTERLOCUTÓRIO, ATACÁVEL VIA DO

AGRAVO DE INSTRUMENTO - SÚMULA Nº 118/STJ (STJ) ................ 69

- ATUALIZAÇÃO DE DÉBITO - INAPLICABILIDADE DA TAXA REFERENCIAL -

TR (ADIN Nº 493-0-DF) - APLICAÇÃO DO IPC - LIQUIDAÇÃO (STJ) .... 104

- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA - ART. 97, CTN - DECRETOS ESTADUAIS 33.118

/91 E 36.092/92 - LEI ESTADUAL Nº 6.374/89 - ICMS - PRINCÍPIO DA

NÃO-CUMULATIVIDADE (STJ) ....................................... 102

- AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (DISPENSA DE ...) - PRESUN-

ÇÃO LEGAL - ÔNUS DO CONTRIBUINTE - EXECUÇÃO FISCAL - PROVA DOCU-

MENTAL (TRF/4ª R.) ............................................. 88

- AUTO DE INFRAÇÃO NÃO DESCONSTITUÍDO - IMPROCEDÊNCIA - AÇÃO ANU-

LATÓRIA DE DÉBITO FISCAL - LEVANTAMENTO FÍSICO-CONTÁBIL (TJ PR) 65

- AUTO-LANÇAMENTO - INSCRIÇÃO DO CRÉDITO NA DÍVIDA ATIVA - NOTIFI-

CAÇÃO - DESNECESSIDADE - ICMS - EXECUÇÃO FISCAL (TJ PR) ........ 94

- AUTO-LANÇAMENTO - PERÍCIA DISPENSÁVEL - CERCEAMENTO DE DEFESA -

CTN, ART. 204, PARÁGRAFO ÚNICO - LEI 8.038/90 E RISTJ, ART. 255

E PARÁGRAFOS - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - CORREÇÃO MONETÁRIA -

AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO

DEMONSTRADA - ICMS - EXECUÇÃO FISCAL - DÉBITO DECLARADO PELO

CONTRIBUINTE (STJ) ........................................ .... 95

- AUTORIZAÇÃO JUDICIAL - DESNECESSIDADE - AÇÃO CAUTELAR - SUSPEN-

SÃO DE EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - DEPÓSITO (TRF/

4ª R.) ......................................................... 65

- AVALIAÇÃO OFICIAL - PRESCINDIBILIDADE - EXECUÇÃO FISCAL - COMPO-

SIÇÃO AMIGÁVEL - ADJUDICAÇÃO (TJ MS) ........................... 80

“B”

- BASE DE CÁLCULO - VALOR INFERIOR AO PRESUMIDO - CRÉDITO - MANDA-

DO DE SEGURANÇA - HABILITAÇÃO DE LITISCONSORTES ATIVOS - POSSI-

BILIDADE; ICMS - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - BEBIDAS - EC Nº 3/93

(TJ PR) ........................................................ 105

- BEBIDAS - EC Nº 3/93 - BASE DE CÁLCULO - VALOR INFERIOR AO PRE-

SUMIDO - CRÉDITO - MANDADO DE SEGURANÇA - HABILITAÇÃO DE LITIS-

CONSORTES ATIVOS - POSSIBILIDADE; ICMS - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

(TJ PR) ........................................................ 105

- BEFIEX - IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - ISENÇÃO DO IM-

POSTO DE IMPORTAÇÃO E DO IPI - PRETENDIDA REDUÇÃO DO ICMS -

CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88, ARTS. 151, III, 155, I, b - CONSTITUI-

ÇÃO FEDERAL 67-69, ARTS. 19, § 2º, E 23, II - CTN, ARTS. 97 E

111 - LEI COMPLEMENTAR 4/69 (ART. 1º, VI) - DECRETO-LEI 1.219/72

- SÚMULA 576-STF- (STJ) ........................................ 70

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 121

- BEM(NS):

- cadastrado em nome da mulher do executado (Penhora de

...) - Impossibilidade - Execução Fiscal - Meação (TRF/

3ª R.) .................................................. 86

- do casal - Meação da mulher - Dívida contraída pelo mari-

do em benefício da família - Presunção relativa - Penhora

(STJ) ................................................... 108

- (Extinção em face da não localização do devedor ou de

seus ...) - Impossibilidade - Execução Fiscal (TRF/1ª R.) 83

- de família - Lei nº 8.009/90 - Objetos suntuários - Inex-

tensão - Penhora (STJ) .................................. 108

- de família - Ultra-atividade da lei - Penhora (STJ) ..... 109

- impenhoráveis - Lei 8.009/90 - Súmula 10/TRF 4ª Região

(TRF/4ª R.) ............................................. 70

- não indicado pelo credor - Ônus da sucumbência - Embargos

à Execução - Penhora (TRF/1ª R.) ........................ 76

- (Oferta irregular de ...) - Recusa - Execução Fiscal -

Penhora (TAC SP) ........................................ 87

- (Penhora formalizada e oferecimento posterior de outro

...) - Embargos de Devedor - Lei 6.830/80 (Arts. 12, 15,

I, e 16, III) - Execução Fiscal (STJ) ................... 87

- penhoráveis (Falta de localização do devedor ou de ...) -

Extinção - Impropriedade - Lei 6.830/80 - Execução Fiscal

(TRF/1ª R.) ............................................. 84

- (Substituição do ...) - Execução Fiscal - Embargos - Re-

forço de penhora - Nulidade - Excesso da penhora (TRF/3ª

R.) ..................................................... 82

- de terceiros - Embargos de Devedor - Falta de citação -

Comparecimento espontâneo - Não fluência do prazo para

embargar - Necessidade de prévia garantia do Juízo (TRF/

4ª R.) .................................................. 75

“C”

- CÁLCULOS (HOMOLOGAÇÃO DE ...) (TRF/3ª R.) ...................... 89

- CÁLCULOS EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - DILAÇÃO DE PRAZO COMUM (TRF

/3ª R.) ........................................................ 70

- CAROÇOS DE ALGODÃO - PAGAMENTO - REPERCUSSÃO - CONTRIBUINTE DE

FATO - ICMS - CRÉDITO - REGIME DE DIFERIMENTO (STJ) ............ 92

- CARTA DE ARREMATAÇÃO NÃO EXPEDIDA - CONSTRIÇÃO JUDICIAL DO BEM

ARREMATADO - EMBARGOS DE TERCEIRO - CABIMENTO - EXECUÇÃO (TRF/1ª

R.) ............................................................ 77

- CAUTELAR - PROIBIÇÃO DE AGIR - INADMISSIBILIDADE (TRF/4ª R.) ... 71

- CDA/LEGALIDADE - ELEMENTOS IDENTIFICADORES DO DÉBITO E FORMA DO

CÁLCULO - EMBARGOS À EXECUÇÃO (TRF/4ª R.) ...................... 75

- CERCEAMENTO DE DEFESA:

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 122

- CTN, art. 204, parágrafo único - Lei 8.038/90 e RISTJ,

art. 255 e parágrafos - Honorários advocatícios - Corre-

ção monetária - Ausência de prequestionamento - Divergên-

cia jurisprudencial não demonstrada - ICMS - Execução

Fiscal - Débito declarado pelo contribuinte - Auto-lança-

mento - Perícia dispensável (STJ) ....................... 95

- Execução Fiscal - Embargos - Julgamento antecipado da li-

de (TRF/4ª R.) .......................................... 82

- Nulidade da sentença - Execução Fiscal - Embargos à Arre-

matação - Rejeição liminar - Hipóteses (TRF/4ª R.) ...... 82

- CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA:

- (Ausência do nome na ...) - Irrelevância - Execução Fis-

cal - Não recolhimento da dívida - Responsabilidade do

sócio (STJ) ............................................. 86

- Cancelamento - Ônus da sucumbência - Execução Fiscal (TRF

/4ª R.) ................................................. 80

- Substituição - Execução Fiscal (TRF/4ª R.) .............. 80

- CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO (TRF/4ª R.) ........................ 71

- CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO - DECISÃO ADMINISTRATIVA (TRF/4ª R.) 71

- CITAÇÃO (FALTA DE ...) - COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO - NÃO FLUÊN-

CIA DO PRAZO PARA EMBARGAR - NECESSIDADE DE PRÉVIA GARANTIA DO

JUÍZO - BENS DE TERCEIROS - EMBARGOS DE DEVEDOR (TRF/4ª R.) .... 75

- COISA JULGADA - LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULO

(TRF/3ª R.) .................................................... 104

- COMPENSAÇÃO:

- Crédito/Débito - Diferença - Recolhimento - Transferência

- ICMS (STJ) ............................................ 91

- ICMS - Geração de energia - Local do fato gerador (STJ) 96

- Requisitos; Mandado de Segurança - Crédito ilíquido e in-

certo - Via inadequada (TRF/5ª R.) ...................... 71

- de tributos - Medida Cautelar - Lei 8.383/91, art. 66

(TRF/4ª R.) ............................................. 72

- COMPETÊNCIA:

- Ação Anulatória de Débito Fiscal - Propositura de Execução

Fiscal - Não-impedimento; Depósito - Inibição do ajuiza-

mento; Discussão da dívida (TRF/3ª R.) ................... 65

- Execução (TRF/4ª R.) .................................... 72

- do Juízo, relativa - Prorrogação da competência - Arts.

112 e 113 do CPC - Decisão deferitória de liminar - Ulte-

rior decisão da causa, no mérito - Agravo parcialamente

prejudicado - Agravo de Instrumento (TRF/1ª R.) .......... 67

- da Justiça Estadual - Agravo de Instrumento - Execução

Fiscal (TRF/5ª R.) ....................................... 68

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 123

- relativa - Impossibilidade de seu reconhecimento de ofício

- Procedência do conflito - Conflito entre Juiz Federal e

Juiz Estadual no exercício da competência federal - Compe-

tência do TRF para deslindar a questão - Execução Fiscal -

Mudança de domicílio do executado após a propositura da

demanda (TRF/3ª R.) ...................................... 72

- da Vara da Fazenda Pública Estadual - Artigos 103, 105,

106, 132, 585, § 1º, CPC - Lei nº 6.830/80 (Art. 38) - Sú-

mula 112/STJ (STJ) ....................................... 78

- COMPOSIÇÃO AMIGÁVEL - ADJUDICAÇÃO - AVALIAÇÃO OFICIAL - PRESCIN-

DIBILIDADE - EXECUÇÃO FISCAL (TJ MS) ............................ 80

- CONEXÃO - AÇÃO ANULATÓRIA - EXECUÇÃO FISCAL - PREVENÇÃO - COMPE-

TÊNCIA DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL - ARTIGOS 103, 105,

106, 132, 585, § 1º, CPC - LEI Nº 6.830/80 (ART. 38) - SÚMULA

112/STJ (STJ) .................................................. 78

- CONEXÃO - CPC, ARTS. 103, 105, 106, 265, IV, “a”, E 585, § 1º -

CTN, ART. 151, II - LEI Nº 6.830/80 (ART. 38) - EXECUÇÃO FISCAL

- EMBARGOS DE DEVEDOR - AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO (STJ) ........ 83

- CONFLITO ENTRE JUIZ FEDERAL E JUIZ ESTADUAL NO EXERCÍCIO DA COM-

PETÊNCIA FEDERAL - COMPETÊNCIA DO TRF PARA DESLINDAR A QUESTÃO -

EXECUÇÃO FISCAL - MUDANÇA DO DOMICÍLIO DO EXECUTADO APÓS A PRO-

POSITURA DA DEMANDA - COMPETÊNCIA RELATIVA - IMPOSSIBILIDADE DE

SEU RECONHECIMENTO DE OFÍCIO - PROCEDÊNCIA DO CONFLITO (TRF/3ª

R.) ............................................................ 72

- CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88, ARTS. 151, III, 155, I, b - CONSTITUI-

ÇÃO FEDERAL/67-69, ARTS. 19, § 2º, E 23, II - CTN, ARTS. 97 E

111 - LEI COMPLEMENTAR 4/69 (ART. 1º, VI) - DECRETO-LEI 1.219/72

- SÚMULAS 576-STF- BEFIEX - IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMEN-

TOS - ISENÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E DO IPI - PRETENDIDA RE-

DUÇÃO DO ICMS (STJ) ............................................ 70

- CONSTRIÇÃO JUDICIAL DO BEM ARREMATADO - EMBARGOS DE TERCEIRO -

CABIMENTO - EXECUÇÃO - CARTA DE ARREMATAÇÃO NÃO EXPEDIDA (TRF/1ª

R.) ............................................................ 77

- CONTRA-RAZÕES (OFERECIMENTO DE ...) - FAZENDA PÚBLICA - ART.

188, CPC (TRF/1ª R.) ........................................... 89

- CONTRIBUINTE DE FATO - ICMS - CRÉDITO - REGIME DE DIFERIMENTO -

CAROÇOS DE ALGODÃO - PAGAMENTO - REPERCUSSÃO (STJ) ............. 92

- CONVÊNIOS - REVOGAÇÃO DESSA ISENÇÃO - ICM - ISENÇÃO PREVISTA PA-

RA A SAÍDA DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS PARA PROJETO

DE INTERESSE NACIONAL, EM EXECUÇÃO (STF) ....................... 98

- CONVOLAÇÃO DE RITO - ART. 806 CPC - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS -

MEDIDA CAUTELAR (TRF/2ª R.) .................................... 106

- CORREÇÃO MONETÁRIA:

- Ausência de prequestionamento - Divergência jurispruden-

cial não demonstrada - ICMS - Execução Fiscal - Débito

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 124

declarado pelo contribuinte - Auto-lançamento - Perícia

dispensável - Cerceamento de Defesa - CTN, art. 204, pa-

rágrafo único - Lei 8.038/90 e RISTJ, art. 255 e parágra-

fos - Honorários advocatícios (STJ) ..................... 95

- ICMS - Lei Estadual nº 6.374/89, art. 109 - Precedentes

STJ (STJ) ............................................... 91

- ICMS - Recolhimento (STJ) ............................... 102

- Incidência antes do vencimento - Matéria não sujeita a

reserva legal - ICMS - Prazo de vencimento (STJ) ........ 102

- Inclusão dos expurgos inflacionários - Cabimento - Repe-

tição de Indébito (TRF/1ª R.) ........................... 112

- (Juros e ...) - Exclusão - Impossibilidade - ICM - Parce-

lamento - Princípio da Indisponibilidade - Precedentes

STF e STJ (STJ) ......................................... 100

- CPC - APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA; ARREMATAÇÃO - PREÇO VIL - ANULAÇÃO

- EXECUÇÃO FISCAL (STJ) ........................................ 81

- CREDITAMENTO - ICM - ALÍQUOTA REDUZIDA (STJ) ................... 92

- CRÉDITO:

- /Débito - Diferença - Recolhimento - Transferência - ICMS

- Compensação (STJ) ..................................... 91

- do destinatário - Hipótese de Legitimidade - ICMS - Nota

fiscal inidônea (TIT SP) ................................ 99

- na Dívida Ativa (Inscrição do ...) - Notificação - Desne-

cessidade - ICMS - Execução Fiscal - Auto-Lançamento (TJ

PR) ..................................................... 94

- (Estorno do ...) - ICM - Aquisição de refeições coletivas

- Mercadorias consumidas pelos próprios funcionários (TIT

SP) ..................................................... 91

- ICM - Materiais consumidos no processo de produção -

Princípio da não-cumulatividade - Reconhecimento (TJ PR) 92

- ICMS - Regime de Diferimento - Caroços de algodão - Paga-

mento - Repercussão - Contribuinte de fato (STJ) ........ 92

- ilíquido e incerto - Via inadequada - Compensação - Re-

quisitos; Mandado de Segurança (TRF/5ª R.) .............. 71

- Mandado de Segurança - Habilitação de litisconsortes ati-

vos - Possibilidade; ICMS - Substituição tributária - Be-

bidas - EC nº 3/93 - Base de cálculo - Valor inferior ao

presumido (TJ PR) ....................................... 105

- por excesso recolhido (Afastamento da atuação do fisco em

caso de ...) - Ausência de prova objetiva - Denegação -

Mandado de Segurança - ICMS (TJ SC) ..................... 105

- Suspensão da exigibilidade - Reclamação - ICMS - Exporta-

ção - Farelo de soja - Óleo degomado (STJ) .............. 95

- tributário:

- Constituição - Decadência - Termo inicial - Execu-

ção Fiscal - Ministério Público - Intervenção des-

necessária (STJ) ................................. 86

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 125

- (Depósito para suspender a exigibilidade do ...) -

TDA (STJ) ........................................ 114

- (Suspensão da exigibilidade ...):

- Ausência de depósito - Descabimento - Medi-

da Cautelar (TRF/1ª R.) ................... 107

- C.T.N., art. 151, II - CPC, arts. 796 e se-

guintes - Medida Cautelar - Depósito (TRF/

3ª R.) .................................... 107

- Depósito - Autorização judicial - Desneces-

sidade - Ação Cautelar (TRF/4ª R.) ........ 65

- Depósito - Liberação - Concordância da Fa-

zenda Pública - Necessidade (TRF/1ª R.) ... 73

- (Valor do ...) - ICMS - Operação interestadual - Alíquota

diferenciada (TJ PR) .................................... 99

- do valor do tributo recolhido no Estado de origem - Legi-

timidade da exigência de anulação - ICM - Isenção - Mer-

cadorias industrializadas em filiais de outros estados,

remetidas para a Zona Franca de Manaus (STJ) ............ 98

- CUMULATIVIDADE VEDADA - ICM - ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS - ABATI-

MENTO (STF) .................................................... 93

- CUSTAS RECOLHIDAS TEMPESTIVAMENTE - JUNTADA DA GUIA APÓS O DE-

CURSO DO PRAZO - DESERÇÃO - RECURSO - PREPARO (TJ SC) .......... 111

“D”

- DÉBITO:

- /Crédito - Diferença - Recolhimento - Transferência -

ICMS - Compensação (STJ) ................................ 91

- declarado e não pago - ICMS - Desnecessidade de prévia

notificação administrativa para a inscrição e cobrança

executiva da dívida fiscal - Artigos 147, § 1º e 150, CTN

(STJ) ................................................... 93

- declarado e não pago - ICMS - UFESP - Legalidade (STJ) .. 93

- declarado pelo contribuinte - ICMS - Execução Fiscal -

Auto-Lançamento - Perícia dispensável - Cerceamento de

Defesa - CTN, art. 204, parágrafo único - Lei 8.038/90 e

RISTJ, art. 255 e parágrafos - Honorários advocatícios -

Correção monetária - Ausência de prequestionamento - Di-

vergência jurisprudencial não demonstrada (STJ) ......... 95

- declarado por erro do contribuinte - Imposto indevido;

Sucumbência - Ônus - Execução Fiscal - ICMS (TJ SP) ..... 85

- e forma do cálculo (Elementos identificadores do ...) -

Embargos à execução - CDA/Legalidade (TRF/4ª R.) ........ 75

- DECADÊNCIA - PRAZO - CRITÉRIO - RESERVA ABSOLUTA DA LEI COMPLE-

MENTAR - AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO (TRF/1ª R.) ............. 66

- DECADÊNCIA - TERMO INICIAL - EXECUÇÃO FISCAL - MINISTÉRIO PÚBLI-

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 126

CO - INTERVENÇÃO DESNECESSÁRIA - CRÉDITO TRIBUTÁRIO - CONSTITUI-

ÇÃO (STJ) ...................................................... 86

- DECISÃO:

- administrativa - Certidão Negativa de Débito (TRF/4ª R.) 71

- deferitória de liminar - Ulterior decisão da causa, no

mérito - Agravo parcialmente prejudicado - Agravo de Ins-

trumento - Competência do Juízo, relativa - Prorrogação

da competência - Arts. 112 e 113 do CPC (TRF/1ª R.) ..... 67

- interlocutória - Agravo de Instrumento - Não conhecimento

- Mandado de Segurança (TRF/3ª R.) ...................... 104

- DECRETOS ESTADUAIS 33.118/91 E 36.092/92 - LEI ESTADUAL Nº 6.374

/89 - ICMS - PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE - ATUALIZAÇÃO MONE-

TÁRIA - ART. 97, CTN (STJ) ..................................... 102

- DECRETO-LEI Nº 406/68 - LEI Nº 6.374/90 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

(ART. 535, II, CPC) - IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS DO EXTERIOR -

ICMS - FATO GERADOR - PRAZO DE RECOLHIMENTO (STJ) .............. 74

- DECRETO-LEI 1.219/72 - SÚMULA 576-STF- BEFIEX - IMPORTAÇÃO DE

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - ISENÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E DO

IPI - PRETENDIDA REDUÇÃO DO ICMS - CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88,

ARTS. 151, III, 155, I, b - CONSTITUIÇÃO FEDERAL 67-69, ARTS.

19, § 2º, E 23, II - CTN, ARTS. 97 E 111 - LEI COMPLEMENTAR 4/69

(ART. 1º, VI) (STJ) ............................................ 70

- DEPÓSITO:

- (Ausência de ...) - Descabimento - Medida Cautelar - Sus-

pensão da exigibilidade do crédito tributário (TRF/1ª R.) 107

- Autorização judicial - Desnecessidade - Ação Cautelar -

Suspensão da exigibilidade do crédito tributário (TRF/4ª

R.) ..................................................... 65

- elisivo da falência (STJ) ............................... 73

- Inibição do ajuizamento; Discussão da dívida - Competên-

cia - Ação Anulatória de Débito Fiscal - Propositura de

execução fiscal - Não-impedimento (TRF/3ª R.) ........... 65

- integral do débito (Ausência de ...) - Inadmissibilidade

- Ação Declaratória - Medida Cautelar impeditiva do fisco

apurar o crédito tributário (TJ SC) ..................... 66

- Liberação - Concordância da Fazenda Pública - Necessidade

- Crédito tributário - Suspensão da exigibilidade (TRF/1ª

R.) ..................................................... 73

- Medida Cautelar - Suspensão da exigibilidade de crédito

tributário - C.T.N., art. 151, II - CPC, arts. 796 e se-

guintes (TRF/3ª R.) ..................................... 107

- para suspender exigibilidade de crédito tributário - TDA

(STJ) ................................................... 114

- Suspensão da exigibilidade de crédito tributário -

C.T.N., art. 151, II - CPC, arts. 796 e seguintes - Medi-

da Cautelar (TRF/3ª R.) ................................. 107

- de TDA’s - Impossibilidade - CTN, art. 151, II - CPC,

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 127

Art. 827 - Lei 6.830/80 - Súmula 112/STJ - Execução Fis-

cal - Penhora (STJ) ..................................... 87

- DESERÇÃO - RECURSO - APELAÇÃO - PREPARO TARDIO - RECURSO ADESIVO

- SUBORDINAÇÃO (TJ DF) ......................................... 110

- DESERÇÃO - RECURSO - PREPARO - CUSTAS RECOLHIDAS TEMPESTIVAMENTE

- JUNTADA DA GUIA APÓS O DECURSO DO PRAZO (TJ SC) .............. 111

- DESPESAS DE CONDUÇÃO DE OFICIAL DE JUSTIÇA - EXECUÇÃO FISCAL

(TRF/3ª R.) .................................................... 81

- DEVEDORES SOLIDÁRIOS - LEGITIMIDADE ATIVA “AD CAUSAM” - EMBARGOS

À EXECUÇÃO - MATÉRIA DOS EMBARGOS - SEGURANÇA DO JUÍZO DA EXECU-

ÇÃO (TRF/5ª R.) ................................................ 76

- DIFERIMENTO (REGIME DE ...) - ICMS - CRÉDITO - CAROÇOS DE ALGO-

DÃO - PAGAMENTO - REPERCUSSÃO - CONTRIBUINTE DE FATO (STJ) ..... 92

- DIREITOS PATRIMONIAIS - PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE - EXECUÇÃO FIS-

CAL (TRF/4ª R.) ................................................ 81

- DISPENSA DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO - PRESUNÇÃO LE-

GAL - ÔNUS DO CONTRIBUINTE - EXECUÇÃO FISCAL - PROVA DOCUMENTAL

(TRF/4ª R.) .................................................... 88

- DISPENSA DE PAGAMENTO PARCIAL DEPOIS DE INICIADO O PROCESSO EXE-

CUTIVO - LEI 8.198/92 - CTN, ART. 204 - PORTARIA CAT-SUB-G Nº 01

/93 - EXECUÇÃO FISCAL - DÍVIDA ATIVA INSCRITA (STJ) ............ 82

- DÍVIDA:

- Ativa (Cobrança de ...) - Vara especializada - Rito - Ir-

relevância - Execução Fiscal (TRF/4ª R.) ................ 80

- Ativa inscrita - Dispensa de pagamento parcial depois de

iniciado o processo executivo - Lei 8.198/92 - CTN, art.

204 - Portaria CAT/SUB-G nº 01/93 - Execução Fiscal (STJ) 82

- contraída pelo marido em benefício da família - Presunção

relativa - Penhora - Bem do casal - Meação da mulher

(STJ) ................................................... 108

- (Discussão da ...) - Competência - Ação Anulatória de Dé-

bito Fiscal - Propositura de Execução Fiscal - Não-impe-

dimento; Depósito - Inibição do ajuizamento (TRF/3ª R.) 65

- (Encargos da ...) - Princípio da Indisponibilidade do In-

teresse Público - ICM - Parcelamento (STJ) .............. 100

- (Não recolhimento da ...) - Responsabilidade do sócio -

Ausência do nome na Certidão da Dívida Ativa - Irrelevân-

cia - Execução Fiscal (STJ) ............................. 86

- para pagamento parcelado - ICM (STJ) .................... 94

“E”

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 128

- EC Nº 3/93 - BASE DE CÁLCULO - VALOR INFERIOR AO PRESUMIDO -

CRÉDITO - MANDADO DE SEGURANÇA - HABILITAÇÃO DE LITISCONSORTES

ATIVOS - POSSIBILIDADE; ICMS - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - BEBI-

DAS (TJ PR) .................................................... 105

- EMBARGOS - JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE - CERCEAMENTO DE DEFESA

- EXECUÇÃO FISCAL (TRF/4ª R.) .................................. 82

- EMBARGOS - REFORÇO DE PENHORA - NULIDADE - EXCESSO DE PENHORA -

SUBSTITUIÇÃO DO BEM - EXECUÇÃO FISCAL (TRF/3ª R.) .............. 82

- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (DECLARATÓRIOS):

- (TRF/3ª R.) ............................................. 74

- Arguição de prescrição (TRF/1ª R.) ...................... 69

- (Art. 535, II, CPC) - Importação de mercadorias do exte-

rior - ICMS - Fato Gerador - Prazo de recolhimento - De-

creto-Lei nº 406/68 - Lei nº 6.374/89 (STJ) ............. 74

- Pressupostos - Efeito infringente - Inadmissibilidade

(STJ) ................................................... 74

- Recurso Especial - Prazo - Suspensão - Férias e feriados

- Contagem (STJ) ........................................ 111

- EMBARGOS DE DEVEDOR:

- Ação Anulatória de Débito - Conexão - CPC, arts. 103,

105, 106, 265, IV, “a”, e 585, § 1º - CTN, art. 151, II -

Lei nº 6.830/80 (art. 38) - Execução Fiscal (STJ) ....... 83

- Falta de citação - Comparecimento espontâneo - Não fluên-

cia do prazo para embargar - Necessidade de prévia garan-

tia do Juízo - Bens de Terceiros (TRF/4ª R.) ............ 75

- Lei 6.830/80 (arts. 12, 15, I, e 16, III) - Execução Fis-

cal - Penhora formalizada e oferecimento posterior de ou-

tro bem (STJ) ........................................... 87

- EMBARGOS À EXECUÇÃO:

- Art. 730, do CPC - Aplicação da regra do art. 188, CPC -

Incabimento (TRF/5ª R.) ................................. 75

- CDA/Legalidade - Elementos identificadores do débito e

forma do cálculo (TRF/4ª R.) ............................ 75

- Fiscal - “Estouro de caixa” apurado por levantamento

contábil - Presunção de omissão de receita - Ocorrência

do fato gerador (TJ MS) ................................. 76

- Fiscal - Penhora - Reforço - Possibilidade (TRF/2ª R.) 77

- Matéria dos embargos - Segurança do Juízo da execução -

Devedores solidários - Legitimidade ativa “ad causam”

(TRF/5ª R.) ............................................. 76

- Penhora - Bem não indicado pelo credor - Ônus da sucum-

bência (TRF/1ª R.) ..................................... 76

- EMBARGOS DE TERCEIRO - EXECUÇÃO - PENHORA - REGISTRO (STJ) ..... 78

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 129

- EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - ICMS - DIFERENÇA DE ALÍQUOTAS NAS

COMPRAS INTERESTADUAIS (STJ) ................................... 94

- ENCARGOS DA DÍVIDA - PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE

PÚBLICO - ICM - PARCELAMENTO (STJ) ............................. 100

- ENERGIA (GERAÇÃO DE ...) - LOCAL DO FATO GERADOR - COMPENSAÇÃO -

ICMS (STJ) ..................................................... 96

- ERRO DE FATO - RESCISÓRIA - INTERLOCUTÓRIA - PRAZO (TRF/4ª R.) 112

- ERRO QUANTO À QUALIFICAÇÃO DA AUTORIDADE COATORA - IDENTIFICAÇÃO

DO NOME DO IMPETRADO - CONFIRMAÇÃO DA AUTORIA DO ATO COATOR COM

A APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES - MANDADO DE SEGURANÇA (STJ) .... 105

- ESTABELECIMENTO - REFINARIA GABRIEL PASSOS - RECURSO EM MANDADO

DE SEGURANÇA - FATOS IRRELEVANTES - ICMS - VALOR ADICIONADO

(STJ) .......................................................... 111

- ESTORNO DE CRÉDITO - ICM - AQUISIÇÃO DE REFEIÇÕES COLETIVAS -

MERCADORIAS CONSUMIDAS PELOS PRÓPRIOS FUNCIONÁRIOS (TIT SP) .... 91

- “ESTOURO DE CAIXA” APURADO POR LEVANTAMENTO CONTÁBIL - PRESUNÇÃO

DE OMISSÃO DE RECEITA - OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR - EMBARGOS À

EXECUÇÃO FISCAL (TJ MS) ........................................ 76

- EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO (TRF/1ª R.) ............................... 77

- EXECUÇÃO:

- Carta de Arrematação não expedida - Constrição judicial

do bem arrematado - Embargos de Terceiro - Cabimento

(TRF/1ª R.) ............................................. 77

- Competência (TRF/4ª R.) ................................. 72

- Expedição de ofício para obtenção de informações sigilo-

sas - Admissibilidade (TRF/3ª R.) ....................... 78

- Penhora - Registro - Embargos de Terceiro (STJ) ......... 78

- EXECUÇÃO FISCAL:

- Ação Anulatória - Conexão - Prevenção - Competência da

Vara da Fazenda Pública Estadual - Artigos 103, 105,

106, 132, 585, § 1º, CPC - Lei nº 6.830/80 (Art. 38) -

Súmula 112/STJ (STJ) .................................... 78

- Agravo de Instrumento - Intimação pessoal do representan-

te da Fazenda Pública - Lei nº 6.830/80 (Art. 25) - Súmu-

la 240/TFR (STJ) ........................................ 79

- Anulação de arrematação - Obrigatoriedade do registro da

penhora (TRF/3ª R.) ..................................... 79

- Arrematação por preço vil inferior ao da avaliação - Pre-

ço vil - Artigos 620 e 692, CPC - Súmula 128/STJ (STJ) .. 79

- Artigo 40 da Lei nº 6.830/80 - Arquivamento - Extinção

por abandono de causa - Observância do parágrafo 1º do

artigo 267 do CPC (TRF/4ª R.) ........................... 79

- Auto-lançamento - Inscrição do crédito na Dívida Ativa -

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 130

Notificação - Desnecessidade - ICMS (TJ PR) ............. 94

- Certidão de Dívida Ativa - Cancelamento - Ônus da sucum-

bência (TRF/4ª R.) ...................................... 80

- Certidão de Dívida Ativa - Substituição (TRF/4ª R.) ..... 80

- Cobrança de Dívida Ativa - Vara especializada - Rito -

Irrelevância (TRF/4ª R.) ................................ 80

- Competência da Justiça Estadual - Agravo de Instrumento

(TRF/5ª R.) ............................................. 68

- Composição amigável - Adjudicação - Avaliação oficial -

Prescindibilidade (TJ MS) ............................... 80

- CPC - Aplicação subsidiária; Arrematação - Preço vil -

Anulação (STJ) .......................................... 81

- Débito declarado pelo contribuinte - Auto-lançamento -

Perícia dispensável - Cerceamento de Defesa - CTN, art.

204, parágrafo único - Lei 8.038/90 e RISTJ, art. 255 e

parágrafos - Honorários advocatícios - Correção monetária

- Ausência de prequestionamento - Divergência jurispru-

dencial não demonstrada - ICMS (STJ) .................... 95

- Despesas de condução de Oficial de Justiça (TRF/3ª R.) .. 81

- Direitos patrimoniais - Prescrição intercorrente (TRF/4ª

R.) ..................................................... 81

- Dívida Ativa inscrita - Dispensa de pagamento parcial de-

pois de iniciado o processo executivo - Lei 8.l98/92 -

CTN, art, 204 - Portaria CAT/SUB-G Nº 01/93 (STJ) ....... 82

- Embargos - Julgamento antecipado da lide - Cerceamento de

Defesa (TRF/4ª R.) ...................................... 82

- Embargos - Reforço de penhora - Nulidade - Excesso de pe-

nhora - Substituição do bem (TRF/3ª R.) ................. 82

- Embargos à Arrematação - Rejeição liminar - Hipóteses -

Cerceamento de Defesa - Nulidade da sentença (TRF/4ª R.) 82

- Embargos de Devedor - Ação Anulatória de Débito - Cone-

xão - CPC, arts. 103, 105, 106, 265, IV, “a”, e 585, §

1º - CTN, art. 151, II - Lei nº 6.830/80 (art. 38) (STJ) 83

- Extinção (TRF/3ª R.) .................................... 83

- Extinção em face da não localização do devedor ou de seus

bens - Impossibilidade (TRF/1ª R.) ...................... 83

- Falência do devedor - Extinção - Inadmissibilidade (TJ

MG) ..................................................... 84

- Falta de localização do devedor ou de bens penhoráveis -

Extinção - Impropriedade - Lei 6.830/80 (TRF/1ª R.) ..... 84

- Fazenda - Prazo - Agravo de Instrumento (TRF/3ª R.) ..... 68

- Fazenda Pública - Honorários - CPC, art. 20, § 4º (TRF/4ª

R.) ..................................................... 84

- Fraude à execução - Conceito - Presunção “juris et de ju-

ris” (STJ) .............................................. 84

- Honorários advocatícios - Critérios objetivos (Art. 20, §

3º, CPC - Art. 1º - Parte final - Lei nº 6.830/80) (STJ) 85

- ICMS - Débito declarado por erro do contribuinte - Impos-

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 131

to indevido; Sucumbência - Ônus (TJ SP) ................. 85

- Lei 6.830/80 - Prova (TRF/2ª R.) ........................ 85

- Meação - Penhora de bem cadastrado em nome da mulher do

executado - Impossibilidade (TRF/3ª R.) ................. 86

- Ministério Público - Intervenção desnecessária - Crédito

tributário - Constituição - Decadência - Termo inicial

(STJ) ................................................... 86

- Mudança do domicílio do executado após a propositura da

demanda - Competência relativa - Impossibilidade de seu

reconhecimento de ofício - Procedência do conflito - Con-

flito entre Juiz Federal e Juiz Estadual no exercício da

competência federal - Competência do TRF para deslindar a

questão (TRF/3ª R.) ..................................... 72

- Não recolhimento da dívida - Responsabilidade do sócio -

Ausência do nome na Certidão da Dívida Ativa - Irrelevân-

cia (STJ) ............................................... 86

- Penhora:

- Depósito de TDA’s - Impossibilidade - CTN, art.

151, II - CPC, art. 827 - Lei 6.830/80 - Súmula

112/STJ (STJ) .................................... 87

- formalizada e oferecimento posterior de outro bem

- Embargos de Devedor - Lei 6.830/80 (Arts. 12,

15, I, e 16, III) (STJ) .......................... 87

- Oferta irregular de bens - Recusa (TAC SP) ....... 87

- Pessoa jurídica - Representação por dois sócios - Citação

de apenas um - Validade (TRF/1ª R.) ..................... 88

- Prescrição decretada de ofício - Extinção do processo -

Lei nº 6.830/80 - Art. 219, § 5º, CPC (STJ) ............. 88

- Prescrição intercorrente (TRF/4ª R.) .................... 88

- (Propositura de ...) - Não-impedimento; Depósito - Inibi-

ção do ajuizamento; Discussão da dívida - Competência -

Ação Anulatória de Débito Fiscal (TRF/3ª R.) ............ 65

- Prova documental - Dispensa de audiência de instrução e

julgamento - Presunção legal - Ônus do contribuinte (TRF/

4ª R.) .................................................. 88

- EXECUTIVO FISCAL - ARREMATAÇÃO - AGRAVO DE INSTRUMENTO ( TRF/3ª

R.) ............................................................ 68

- EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO PARA OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS - AD-

MISSIBILIDADE - EXECUÇÃO (TRF/3ª R.) ........................... 78

- EXPORTAÇÃO - FARELO DE SOJA - ÓLEO DEGOMADO - CRÉDITO - SUSPEN-

SÃO DA EXIGIBILIDADE - RECLAMAÇÃO - ICMS (STJ) ................. 95

- EXPURGOS INFLACIONÁRIOS (INCLUSÃO DOS ...) - CABIMENTO - REPETI-

ÇÃO DE INDÉBITO - CORREÇÃO MONETÁRIA (TRF/1ª R.) ............... 112

- EXTINÇÃO:

- em face da não localização do devedor ou de seus bens -

Impossibilidade - Execução Fiscal (TRF/1ª R.) ........... 83

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 132

- Execução Fiscal (TRF/3ª R.) ............................. 83

- Impropriedade - Lei 6.830/80 - Execução Fiscal - Falta

de localização do devedor ou de bens penhoráveis (TRF/1ª

R.) ..................................................... 84

- Inadmissibilidade - Execução Fiscal - Falência do devedor

(TJ MG) .................................................. 84

- por abandono de causa - Observância do parágrafo 1º do ar-

tigo 267 do CPC - Execução Fiscal - Artigo 40 da Lei nº

6.830/80 - Arquivamento (TRF/4ª R.) ...................... 79

- do processo:

- Lei nº 6.830/80 - Art. 219, § 5º, CPC - Execução

Fiscal - Prescrição decretada de ofício (STJ) .... 88

- sem julgamento do mérito - Mandado de Segurança -

Litisconsortes necessários - Não chamamento para

integrarem a lide (TRF/5ª R.) .................... 106

- Verba honorária (TRF/2ª R.) ...................... 89

“F”

- FALÊNCIA (DEPÓSITO ELISIVO DA ...) (STJ) ....................... 73

- FALÊNCIA DO DEVEDOR - EXTINÇÃO - INADMISSIBILIDADE - EXECUÇÃO

FISCAL (TJ MS) ................................................. 84

- FARELO DE SOJA - ÓLEO DEGOMADO - CRÉDITO - SUSPENSÃO DA EXIGIBI-

LIDADE - RECLAMAÇÃO - ICMS - EXPORTAÇÃO (STJ) .................. 95

- FATO GERADOR:

- Antecipação - ICMS - Data de recolhimento (STJ) ......... 93

- (Local do ...) - Compensação - ICMS - Geração de energia

(STJ) ................................................... 96

- Prazo de recolhimento - Decreto-Lei nº 406/68 - Lei nº

6.374/89 - Embargos de Declaração (Art. 535, II, CPC) -

Importação de mercadorias do exterior - ICMS (STJ) ...... 74

- Prazo de recolhimento - ICMS - Importação (STJ) ......... 97

- Recolhimento - ICMS - Importação (STJ) .................. 97

- FATOS IRRELEVANTES - ICMS - VALOR ADICIONADO - ESTABELECIMENTO -

REFINARIA GABRIEL PASSOS - RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA (STJ) 111

- FAX (INTERPOSIÇÃO POR MEIO DE ...) - RECURSOS (TRF/4ª R.) ...... 110

- FAZENDA:

- Prazo - Agravo de Instrumento - Execução Fiscal (TRF/3ª

R.) ..................................................... 68

- Pública - Art. 188, CPC - Oferecimento de contra-razões

(TRF/1ª R.) ............................................. 89

- Pública - Honorários - CPC, art. 20, § 4º - Execução Fis-

cal (TRF/4ª R.) ......................................... 84

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 133

- FÉRIAS E FERIADOS - EMBARGOS DECLARATÓRIOS - CONTAGEM - RECURSO

ESPECIAL - PRAZO - SUSPENSÃO (STJ) ............................. 111

- FIGURINHAS (ÁLBUNS E ...) - SAÍDAS NÃO ALCANÇADAS PELA IMUNIDADE

- EXIGIBILIDADE - ICMS (TIT SP) ................................ 90

- FILMES DIDÁTICOS - IMUNIDADE - MERCADORIAS NÃO EQUIPARADAS A LI-

VROS - ICMS (TIT SP) ........................................... 95

- FISCALIZAÇÃO EFETUADA POR AUTORIDADE FAZENDÁRIA - LEGALIDADE DO

ATO PRATICADO - DESCABIMENTO DE IMPETRAÇÃO DO MANDADO DE SEGU-

RANÇA (TRF/3ª R.) .............................................. 89

- FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES INDUSTRIAIS AO COMÉRCIO - INCIDÊNCIA -

ICM (TJ PR) .................................................... 96

- FRAUDE À EXECUÇÃO - CONCEITO - PRESUNÇÃO “JURIS ET DE JURIS” -

EXECUÇÃO FISCAL (STJ) .......................................... 84

- FRAUDE DE EXECUÇÃO - IMPENHORABILIDADE - LEI 8.009/90 (STJ) .... 102

“G”

- GERAÇÃO DE ENERGIA - LOCAL DO FATO GERADOR - COMPENSAÇÃO - ICMS

(STJ) .......................................................... 96

- GUIA ESPECIAL - ICMS - IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS - VENDA E EN-

TREGA DIRETA A ADQUIRENTE DE OUTRO ESTADO (TIT SP) ............. 97

“H”

- HABILITAÇÃO DE LITISCONSORTES ATIVOS - POSSIBILIDADE; ICMS -

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - BEBIDAS - EC Nº 3/93 - BASE DE CÁLCUL0

- VALOR INFERIOR AO PRESUMIDO - CRÉDITO - MANDADO DE SEGURANÇA

(TJ PR) ........................................................ 105

- HIPÓTESE DE LEGITIMIDADE - ICMS - NOTA FISCAL INIDÔNEA - CRÉDITO

DO DESTINATÁRIO (TIT SP) ....................................... 99

- HIPÓTESES - CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE DA SENTENÇA - EXE-

CUÇÃO FISCAL - EMBARGOS À ARREMATAÇÃO - REJEIÇÃO LIMINAR (TRF/4ª

R.) ............................................................ 82

- HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULOS (TRF/3ª R.) ............................ 89

- HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULO - COISA JULGADA - LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

(TRF/3ª R.) .................................................... 104

- HONORÁRIOS DE ADVOGADO (ADVOCATÍCIOS):

- Correção monetária - Ausência de prequestionamento - Di-

vergência jurisprudencial não demonstrada - ICMS - Execu-

ção Fiscal - Débito declarado pelo contribuinte -

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 134

Auto-lançamento - Perícia dispensável - Cerceamento de

Defesa - CTN, art. 204, parágrafo único - Lei 8.038/90 e

RISTJ, art. 255 e parágrafos (STJ) ...................... 95

- CPC, art. 20, § 4º - Execução Fiscal - Fazenda Pública

(TRF/4ª R.) ............................................. 84

- Critérios objetivos (Art. 20, § 3º, CPC - Art. 1º - Parte

final - Lei nº 6.830/80) - Execução Fiscal (STJ) ........ 85

- Medida Cautelar - Convolação de rito - Art. 806 CPC (TRF/

2ª R.) .................................................. 106

- HORÁRIO DE EXPEDIENTE - ATO ANTERIOR À ALTERAÇÃO DO C.P.C. - IN-

TEMPESTIVIDADE - RECURSO - PRAZO (TRF/1ª R.) ................... 111

“I”

- ICM/ICMS:

- Afastamento da atuação do fisco em caso de crédito por

excesso recolhido - Ausência de prova objetiva - Denega-

ção - Mandado de Segurança (TJ SC) ...................... 105

- Álbuns e figurinhas - Saídas não alcançadas pela imunida-

de - Exigibilidade (TIT SP) ............................. 90

- Alíquotas diferenciadas nas Unidades da Federação - Pre-

tensão ao creditamento pela diferença - Alegação de não

apreciação da pretensão, como deduzida na inicial (STF) 90

- Aquisição de refeições coletivas - Mercadorias consumidas

pelos próprios funcionários - Estorno do crédito (TIT SP) 91

- Compensação - Crédito/débito - Diferença - Recolhimento -

Transferência (STJ) ..................................... 91

- Correção monetária - Lei Estadual nº 6.374/89, art. 109 -

Precedentes STJ (STJ) ................................... 91

- Creditamento - Alíquota reduzida (STJ) .................. 92

- Crédito - Materiais consumidos no processo de produção -

Princípio da não-cumulatividade - Reconhecimento (TJ PR) 92

- Crédito - Regime de diferimento - Caroços de algodão -

Pagamento - Repercussão - Contribuinte de fato (STJ) .... 92

- Cumulatividade vedada - Alíquotas diferenciadas - Abati-

mento (STF) ............................................. 93

- Data do recolhimento - Fato gerador - Antecipação (STJ) 93

- Débito:

- declarado e não pago - Desnecessidade de prévia

notificação administrativa para a inscrição e co-

brança executiva da dívida fiscal - Artigos 147, §

1º e 150, CTN (STJ) .............................. 93

- declarado e não pago - UFESP - Legalidade (STJ) .. 93

- declarado por erro do contribuinte - Imposto inde-

vido; Sucumbência - Ônus - Execução Fiscal (TJ SP) 85

- Diferença de alíquotas nas compras interestaduais - Em-

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 135

presas de construção civil (STJ) ........................ 94

- Dívida para pagamento parcelado (STJ) ................... 94

- Execução Fiscal - Auto-lançamento - Inscrição do crédito

na dívida ativa - Notificação - Desnecessidade (TJ PR) .. 94

- Execução Fiscal - Débito declarado pelo contribuinte -

Auto-lançamento - Perícia dispensável - Cerceamento de

Defesa - CTN, art. 204, parágrafo único - Lei 8.038/90 e

RISTJ, art. 255 e parágrafos - Honorários advocatícios -

Correção monetária - Ausência de prequestionamento - Di-

vergência jurisprudencial não demonstrada (STJ) ......... 95

- Exportação - Farelo de soja - Óleo degomado - Crédito -

Suspensão da exigibilidade - Reclamação (STJ) ........... 95

- Fato gerador - Prazo de recolhimento - Decreto-Lei nº

406/68 - Lei nº 6.374/89 - Embargos de Declaração (Art.

535, II, CPC) - Importação de mercadorias do exterior

(STJ) ................................................... 74

- Filmes didáticos - Imunidade - Mercadorias não equipara-

das a livros (TIT SP) ................................... 95

- Fornecimento de refeições industriais ao comércio - Inci-

dência (TJ PR) .......................................... 96

- Geração de energia - Local do fato gerador - Compensação

(STJ) ................................................... 96

- Importação:

- de aeronaves para uso próprio - Pessoa física -

Incidência (STJ) ................................. 96

- Fato gerador - Prazo de recolhimento (STJ) ....... 97

- Fato gerador - Recolhimento (STJ) ................ 97

- de mercadorias - Venda e entrega direta a adqui-

rente de outro Estado - Guia especial (TIT SP) ... 97

- Prazo de recolhimento (STJ) ...................... 97

- Isenção - Mercadorias industrializadas em filiais de ou-

tros Estados, remetidas para a Zona Franca de Manaus -

Crédito do valor do tributo recolhido no Estado de origem

- Legitimidade da exigência de anulação (STJ) ........... 98

- Isenção prevista para a saída das máquinas e equipamentos

adquiridos para projeto de interesse nacional, em execu-

ção - Convênios - Revogação dessa isenção (STF) ......... 98

- Nota fiscal inidônea - Crédito do destinatário - Hipótese

de legitimidade (TIT SP) ................................ 99

- Operação interestadual - Alíquota diferenciada - Valor do

crédito (TJ PR) ......................................... 99

- Operação interestadual - Alíquotas diferenciadas - Abati-

mento do valor real cobrado (STF) ....................... 99

- Parcelamento - Encargos da dívida - Princípio da indispo-

nibilidade do interesse público (STJ) ................... 100

- Parcelamento - Juros e correção monetária - Exclusão -

Impossibilidade - Princípio da indisponibilidade - Prece-

dentes STF e STJ (STJ) .................................. 100

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 136

- PIS - LC nº 7/70 - Súmula nº 68 STJ (TRF/3ª R.) ......... 109

- Pneus - Serviço de troca - Exigibilidade (TIT SP) ....... 100

- Prazo de recolhimento - Matéria não sujeita a reserva le-

gal - Artigo 97 do CTN - Extensão (STJ) ................. 101

- Prazo de vencimento - Correção monetária - Incidência an-

tes do vencimento - Matéria não sujeita a reserva legal

(STJ) ................................................... 102

- Princípio da não-cumulatividade - Atualização monetária -

Art. 97, CTN - Decretos Estaduais 33.118/91 e 36.092/92 -

Lei Estadual nº 6.374/89 (STJ) .......................... 102

- Recolhimento - Correção monetária (STJ) ................. 102

- Recolhimento do tributo - Antecipação - Legalidade (STJ) 103

- Substituição tributária - Bebidas - EC nº 3/93 - Base de

cálculo - Valor inferior ao presumido - Crédito - Mandado

de Segurança - Habilitação de litisconsortes ativos -

Possibilidade (TJ PR) ................................... 105

- Valor adicionado - Estabelecimento - Refinaria Gabriel

Passos - Recurso em Mandado de Segurança - Fatos irrele-

vantes (STJ) ............................................ 111

- IMPENHORABILIDADE - LEI 8.009/90 - FRAUDE DE EXECUÇÃO (STJ) .... 102

- IMPORTAÇÃO:

- de aeronaves para uso próprio - Pessoa física - Incidên-

cia - ICMS (STJ) ........................................ 96

- Exigência do pagamento do ICMS - Súmula 577, do STF (TRF/

1ª R.) .................................................. 103

- Fato gerador - Prazo de recolhimento - ICMS (STJ) ....... 97

- Fato gerador - Recolhimento - ICMS (STJ) ................ 97

- de máquinas e equipamentos - BEFIEX - Isenção do Imposto

de Importação e do IPI - Pretendida redução do ICMS -

Constituição Federal/88, arts. 151, III, 155, I, b -

Constituição Federal/67-69, arts. 19, § 2º, e 23, II -

CTN, arts. 97 e 111 - Lei Complementar 4/69 (art. lº, VI)

- Decreto-Lei 1.219/72 - Súmula 576-STF (STJ) ........... 70

- de mercadorias do exterior - ICMS - Fato gerador - Prazo

de recolhimento - Decreto-Lei nº 406/68 - Lei nº 6.374/89

- Embargos de Declaração (art. 535, II, CPC) (STJ) ...... 74

- de mercadorias - Venda e entrega direta a adquirrente de

outro Estado - Guia especial - ICMS (TIT SP) ............ 97

- Prazo de recolhimento - ICMS (STJ) ...................... 97

- IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E DO IPI (ISENÇÃO DO ...) - PRETENDIDA

REDUÇÃO DO ICMS - CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88, ARTS. 151, III, 155,

I, b - CONSTITUIÇÃO FEDERAL/67-69, ARTS. 19, § 2º, E 23, II -

CTN, ARTS. 97 E 111 - LEI COMPLEMENTAR 4/69 (ART. 1º, VI) - DE-

CRETO-LEI 1.219/72 - SÚMULA 576-STF - BEFIEX - IMPORTAÇÃO DE MÁ-

QUINAS E EQUIPAMENTOS (STJ) .................................... 70

- IMPOSTO INDEVIDO; SUCUMBÊNCIA - ÔNUS - EXECUÇÃO FISCAL - ICMS -

DÉBITO DECLARADO POR ERRO DO CONTRIBUINTE (TJ SP) .............. 85

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 137

- IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - RECOLHIMEN-

TO DO TRIBUTO - ANTECIPAÇÃO - LEGALIDADE (STJ) ................. 103

- IMUNIDADE - MERCADORIAS NÃO EQUIPARADAS A LIVROS - ICMS - FILMES

DIDÁTICOS (TIT SP) ............................................. 95

- IMUNIDADE (SAÍDAS NÃO ALCANÇADAS PELA ...) - EXIGIBILIDADE -

ICMS - ÁLBUNS E FIGURINHAS (TIT SP) ............................ 90

- INSTRUMENTO ARQUIVADO EM CARTÓRIO - IRREGULARIDADE - MANDATO

(STF) .......................................................... 106

- INTEMPESTIVIDADE - RECURSO - PRAZO - HORÁRIO DE EXPEDIENTE - ATO

ANTERIOR À ALTERAÇÃO DO C.P.C. (TRF/1ª R.) ..................... 111

- INTERLOCUTÓRIA - RESCISÓRIA - PRAZO - ERRO DE FATO (TRF/4ª R.) 112

- INTIMAÇÃO PESSOAL DO REPRESENTANTE DA FAZENDA PÚBLICA - LEI Nº

6.830/80 (ART. 25) - SÚMULA 240/TFR - EXECUÇÃO FISCAL - AGRAVO

DE INSTRUMENTO (STJ) ........................................... 79

- INTIMAÇÃO (PUBLICAÇÃO DE ...) - OMISSÃO DO NOME DO ADVOGADO DA

APELADA - NULIDADE (ARTS. 247 E 236, § 1º, DO CPC) - APELAÇÃO

(STJ) .......................................................... 69

- IPC (APLICAÇÃO DO ...) - LIQUIDAÇÃO - ATUALIZAÇÃO DE DÉBITO -

INAPLICABILIDADE DA TAXA REFERENCIAL - TR (ADIN Nº 493-0-DF)

(STJ) .......................................................... 104

- IPI (ISENÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E DO ...) - PRETENDIDA RE-

DUÇÃO DO ICMS - CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88, ARTS. 151, III, 155, I,

b - CONSTITUIÇÃO FEDERAL/67-69, ARTS. 19, § 2º, E 23, II - CTN,

ARTS. 97 E 111 - LEI COMPLEMENTAR 4/69 (ART. 1º, VI) - DECRE-

TO-LEI 1.219/72 - SÚMULA 576-STF - BEFIEX - IMPORTAÇÃO DE MÁ-

QUINAS E EQUIPAMENTOS (STJ) .................................... 70

- IPVA - TRANSFERÊNCIA INTERESTADUAL DE VEÍCULO - RECOLHIMENTO NO

ESTADO DE ORIGEM - INEXIGIBILIDADE (TIT SP) .................... 103

- ISENÇÃO:

- do imposto de importação e do IPI - Pretendida redução do

ICMS - Constituição Federal/88, arts. 151, III, 155, I,

b - Constituição Federal/67-69, arts. 19, § 2º, e 23, II

- CTN, arts. 97 e 111 - Lei Complementar 4/69 (art. 1º,

VI) - Decreto-Lei 1.219/72 - Súmula 576/STF - BEFIEX -

Importação de máquinas e equipamentos (STJ) ............. 70

- Mercadorias industrializadas em filiais de outros Esta-

dos, remetidas para a Zona Franca de Manaus - Crédito do

valor do tributo recolhido no Estado de origem - Legiti-

midade da exigência de anulação - ICM (STJ) ............. 98

- prevista para a saída das máquinas e equipamentos adqui-

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 138

ridos para projeto de interesse nacional, em execução -

Convênios - Revogação dessa isenção - ICM (STJ) ......... 99

“J”

- JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE - CERCEAMENTO DE DEFESA - EXECU-

ÇÃO FISCAL - EMBARGOS (TRF/4ª R.) .............................. 82

- JUNTADA DA GUIA APÓS O DECURSO DO PRAZO - DESERÇÃO - RECURSO -

PREPARO - CUSTAS RECOLHIDAS TEMPESTIVAMENTE (TRF/1ª R.) ........ 111

- JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA - EXCLUSÃO - IMPOSSIBILIDADE - PRIN-

CÍPIO DA INDISPONIBILIDADE - PRECEDENTES STF E STJ - ICM - PAR-

CELAMENTO (STJ) ................................................ 100

“L”

- LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - IMPEDIMENTO POR MEDIDA LIMINAR -

IMPOSSIBILIDADE - DIREITO PROCESSUAL EM MATÉRIA FISCAL (TRF/4ª

R.) ............................................................ 73

- LC Nº 7/70 - SÚMULA Nº 68 STJ - PIS - ICM (TRF/3ª R.)........... 109

- LEGALIDADE:

- do ato praticado - Descabimento de impetração do Mandado

de Segurança - Fiscalização efetuada por autoridade fa-

zendária (TRF/3ª R.) .................................... 89

- /CDA - Elementos identificadores do débito e forma do

cálculo - Embargos à execução (TRF/4ª R.) ............... 75

- ICMS - Débito declarado e não pago - UFESP (STJ) ........ 93

- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Re-

colhimento do tributo - Antecipação (STJ) ............... 103

- LEGITIMIDADE:

- ativa “ad causam” - Embargos à execução - Matéria dos em-

bargos - Segurança do Juízo da execução - Devedores soli-

dários (TRF/5ª R.) ...................................... 76

- da exigência de anulação - ICM - Isenção - Mercadorias

industrializadas em filiais de outros Estados, remetidas

para a Zona Franca de Manaus - Crédito do valor do tribu-

to recolhido no estado de origem (STJ) .................. 98

- (Hipótese de ...) - ICMS - Nota fiscal inidônea - Crédito

do destinatário (TIT SP) ................................ 99

- para recorrer - C.P.C., art. 499, § 1º - Assistente téc-

nico (STJ) .............................................. 69

- LEI Nº 6.374/89 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ART. 535, II, CPC) -

IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS DO EXTERIOR - ICMS - FATO GERADOR -

PRAZO DE RECOLHIMENTO - DECRETO-LEI Nº 406/68 (STJ) ............ 74

- (LEI 6.830/80 - ART. 1º - PARTE FINAL - ART. 20, § 3º, CPC) CRI-

TÉRIOS OBJETIVOS - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - EXECUÇÃO FISCAL

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 139

(STJ) .......................................................... 85

- LEI 6.830/80 (ARTS. 12, 15, I, E 16, III) - EXECUÇÃO FISCAL -

PENHORA FORMALIZADA E OFERECIMENTO POSTERIOR DE OUTRO BEM - EM-

BARGOS DE DEVEDOR (STJ) ........................................ 87

- LEI Nº 6.830/80 (ART. 25) - SÚMULA 240/TFR - EXECUÇÃO FISCAL -

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTIMAÇÃO PESSOAL DO REPRESENTANTE DA

FAZENDA PÚBLICA (STJ) .......................................... 79

- LEI Nº 6.830/80 (ART. 38) - EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS DE DEVE-

DOR - AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO - CONEXÃO - CPC, ARTS. 103, 105,

106, 265, IV, “a”, E 585, § 1º - CTN, ART. 151, II (STJ) ....... 83

- LEI Nº 6.830/80 (ART. 38) - SÚMULA 112/STJ - EXECUÇÃO FISCAL -

AÇÃO ANULATÓRIA - CONEXÃO - PREVENÇÃO - COMPETÊNCIA DA VARA DA

FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL - ARTIGOS 103, 105, 106, 132, 585, §

1º, CPC (STJ) .................................................. 78

- LEI Nº 6.830/80 (ARTIGO 40 DA ...) - ARQUIVAMENTO - EXTINÇÃO POR

ABANDONO DE CAUSA - OBSERVÂNCIA DO PARÁGRAFO 1º DO ARTIGO 267 DO

CPC - EXECUÇÃO FISCAL (TRF/4ª R.) .............................. 79

- LEI Nº 6.830/80 - ART. 219, § 5º, CPC - EXECUÇÃO FISCAL - PRES-

CRIÇÃO DECRETADA DE OFÍCIO - EXTINÇÃO DO PROCESSO (STJ) ........ 88

- LEI 6.830/80 - EXECUÇÃO FISCAL - FALTA DE LOCALIZAÇÃO DO DEVEDOR

OU DE BENS PENHORÁVEIS - EXTINÇÃO - IMPROPRIEDADE (TRF/1ª R.) .. 84

- LEI 6.830/80 - PROVA - EXECUÇÃO FISCAL (TRF/2ª R.) ............. 85

- LEI 6.830/80 - SÚMULA 112/STJ - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - DE-

PÓSITO DE TDA’s - IMPOSSIBILIDADE - CTN, ART. 151, II - CPC,

ART. 827 (STJ) ................................................. 87

- LEI 8.009/90 - FRAUDE DE EXECUÇÃO - IMPENHORABILIDADE (STJ) .... 102

- LEI Nº 8.009/90 - OBJETOS SUNTUÁRIOS - INEXTENSÃO - PENHORA -

BEM DE FAMÍLIA (STJ) ........................................... 108

- LEI 8.009/90 - SÚMULA 10/TRF 4ª REGIÃO - BENS IMPENHORÁVEIS (TRF

/4ª R.) ........................................................ 70

- LEI 8.038/90 E RISTJ, ART. 255 E PARÁGRAFOS - HONORÁRIOS ADVOCA-

TÍCIOS - CORREÇÃO MONETÁRIA - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO -

DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADA - ICMS - EXECUCÃO

FISCAL - DÉBITO DECLARADO PELO CONTRIBUINTE - AUTO-LANÇAMENTO -

PERÍCIA DISPENSÁVEL - CERCEAMENTO DE DEFESA - CTN, ART. 204, PA-

RÁGRAFO ÚNICO (STJ) ............................................ 95

- LEI 8.198/92 - CTN, ART. 204 - PORTARIA CAT/SUB-G Nº 01/93 -

EXECUÇÃO FISCAL - DÍVIDA ATIVA INSCRITA - DISPENSA DE PAGAMENTO

PARCIAL DEPOIS DE INICIADO O PROCESSO EXECUTIVO (STJ) .......... 82

- LEI 8.383/91, ART. 66 - COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS - MEDIDA CAUTE-

LAR (TRF/4ª R.) ................................................ 72

- LEI COMPLEMENTAR 4/69 (ART. 1º, VI) - DECRETO-LEI 1.219/72 - SÚ-

MULA 576-STF- BEFIEX - IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS -

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 140

ISENÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E DO IPI - PRETENDIDA REDUÇÃO

DO ICMS - CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88, ARTS. 151, III, 155, I, b -

CONSTITUIÇÃO FEDERAL/67-69, ARTS. 19, § 2º, E 23, II - CTN,

ARTS. 97 E 111 (STJ) ........................................... 70

- LEI ESTADUAL Nº 6.374/89 - ICMS - PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDA-

DE - ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA - ART. 97, CTN - DECRETOS ESTADUAIS

33.118/91 E 36.092/92 (STJ) .................................... 102

- LEI ESTADUAL Nº 6.374/89, ART. 109 - PRECEDENTES STJ - ICMS -

CORREÇÃO MONETÁRIA (STJ) ....................................... 91

- LEI (ULTRA-ATIVIDADE DA ...) - PENHORA - BEM DE FAMÍLIA (STJ) .. 109

- LEVANTAMENTO FÍSICO-CONTÁBIL - AUTO DE INFRAÇÃO NÃO DESCONSTI-

TUÍDO - IMPROCEDÊNCIA - AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL (TJ PR) 65

- LIMINAR PARA OBSTAR OS EFEITOS DA COISA JULGADA - SÚMULA Nº 234

DO TFR - MEDIDA CAUTELAR EM RESCISÓRIA (TRF/4ª R.) ............. 107

- LIQUIDAÇÃO - ATUALIZAÇÃO DE DÉBITO - INAPLICABILIDADE DA TAXA

REFERENCIAL - TR (ADIN Nº 493-0-DF) - APLICAÇÃO DO IPC (STJ) ... 104

- LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA (CÁLCULOS EM ...) - DILAÇÃO DE PRAZO CO-

MUM (TRF/3ª R.) ................................................ 70

- LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULO - COISA JULGADA

(TRF/3ª R.) .................................................... 104

- LITISCONSORTES ATIVOS (HABILITAÇÃO DE ...) - POSSIBILIDADE; ICMS

- SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - BEBIDAS - EC Nº 3/93 - BASE DE CÁL-

CULO - VALOR INFERIOR AO PRESUMIDO - CRÉDITO - MANDADO DE SEGU-

RANÇA (TJ PR) .................................................. 105

- LITISCONSORTES NECESSÁRIOS - NÃO CHAMAMENTO PARA INTEGRAREM A

LIDE - EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - MANDADO

DE SEGURANÇA (TRF/5ª R.) ....................................... 106

“M’

- MANDADO DE SEGURANÇA:

- Crédito ilíquido e incerto - Via inadequada - Compensação

- Requisitos (TRF/5ª R.) ................................ 71

- Decisão interlocutória - Agravo de Instrumento - Não co-

nhecimento (TRF/3ª R.) .................................. 104

- (Descabimento de impetração do ...) - Fiscalização efe-

tuada por autoridade fazendária - Legalidade do ato pra-

ticado (TRF/3ª R.) ...................................... 89

- Erro quanto à qualificação da autoridade coatora - Iden-

tificação do nome do impetrado - Confirmação da autoria

do ato coator com a apresentação das informações (STJ) .. 105

- Habilitação de litisconsortes ativos - Possibilidade;

ICMS - Substituição tributária - Bebidas - EC nº 3/93 -

Base de cálculo - Valor inferior ao presumido - Crédito

(TJ PR) ................................................. 105

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 141

- ICM - Afastamento da atuação do fisco em caso de crédito

por excesso recolhido - Ausência de prova objetiva - De-

negação (TJ SC) ......................................... 105

- Litisconsortes necessários - Não chamamento para integra-

rem a lide - Extinção do processo, sem julgamento do mé-

rito (TRF/5ª R.) ........................................ 106

- MANDAT0 - INSTRUMENTO ARQUIVADO EM CARTÓRIO - IRREGULARIDADE

(STF) .......................................................... 106

- MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS PARA PROJETO DE INTERESSE NA-

CIONAL, EM EXECUÇÃO (ISENÇÃO PREVISTA PARA A SAÍDA DAS ...) -

ICM - CONVÊNIOS - REVOGAÇÃO DESSA ISENÇÃO (STF) ................ 99

- MATÉRIA:

- controvertida nos Tribunais - Orientação fixada posteri-

ormente pelo STF em sentido diverso do acórdão rescinden-

do - CPC, art. 485, V. Súmulas nº 343 do STF e nº 134 do

TFR (TRF/4ª R.) ......................................... 67

- dos embargos - Segurança do Juízo da execução - Devedores

solidários - Legitimidade ativa “ad causam” - Embargos à

execução (TRF/5ª R.) .................................... 76

- não sujeita a reserva legal - Artigo 97 do CTN - Extensão

- ICMS - Prazo de recolhimento (STJ) .................... 101

- não sujeita a reserva legal - ICMS - Prazo de vencimento

- Correção monetária - Incidência antes do vencimento

(STJ) ................................................... 102

- MATERIAIS CONSUMIDOS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO - PRINCÍPIO DA NÃO-

CUMULATIVIDADE - RECONHECIMENTO - ICM - CRÉDITO (TJ PR) ........ 92

- MEAÇÃO - PENHORA DE BEM CADASTRADO EM NOME DA MULHER DO EXECUTA-

DO - IMPOSSIBILIDADE - EXECUÇÃO FISCAL (TRF/3ª R.) ............. 86

- MEAÇÃO DA MULHER - DÍVIDA CONTRAÍDA PELO MARIDO EM BENEFÍCIO DA

FAMÍLIA - PRESUNÇÃO RELATIVA - PENHORA - BEM DO CASAL (STJ) .... 108

- MEDIDA CAUTELAR:

- Convolação de rito - Art. 806 CPC - Honorários advocatí-

cios (TRF/2ª R.) ........................................ 106

- Depósito - Suspensão da exigibilidade de crédito tributá-

rio - C.T.N., art. 151, II - CPC, arts. 796 e seguintes

(TRF/3ª R.) .............................................. 107

- impeditiva do fisco apurar o crédito tributário - Ausên-

cia de depósito integral do débito - Inadmissibilidade -

Ação Declaratória (TJ SC) ............................... 66

- Lei 8.383/91, art. 66 - Compensação de tributos (TRF/4ª

R.) ..................................................... 72

- em rescisória - Liminar para obstar os efeitos da coisa

julgada - Súmula nº 234 do TFR (TRF/4ª R.) .............. 107

- Suspensão da exigibilidade do crédito tributário - Ausên-

cia de depósito - Descabimento (TRF/1ª R.) .............. 107

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 142

- MEDIDA LIMINAR (IMPEDIMENTO POR ...) - IMPOSSIBILIDADE - LANÇA-

MENTO POR HOMOLOGAÇÃO - DIREITO PROCESSUAL EM MATÉRIA FISCAL

(TRF/4ª R.) .................................................... 73

- MEDIDA LIMINAR - PODER CAUTELAR GERAL DO JUIZ (TRF/4ª R.) ...... 108

- MERCADORIAS:

- consumidas pelos próprios funcionários - Estorno do cré-

dito - ICM - Aquisição de refeições coletivas (TIT SP) .. 91

- (Importação de ...) - Venda e entrega direta a adquirente

de outro Estado - Guia especial - ICMS (TIT SP) ......... 97

- industrializadas em filiais de outros Estados, remetidas

para a Zona Franca de Manaus - Crédito do valor do tribu-

to recolhido no Estado de origem - Legitimidade da exi-

gência de anulação - ICM - Isenção (STJ) ................ 98

- não equiparadas a livros - ICMS - Filmes didáticos - Imu-

nidade (TIT SP) ......................................... 95

- MINISTÉRIO PÚBLICO - INTERVENÇÃO DESNECESSÁRIA. CRÉDITO TRIBUTÁ-

RIO - CONSTITUIÇÃO - DECADÊNCIA - TERMO INICIAL - EXECUÇÃO FIS-

CAL (STJ) ...................................................... 86

- MUDANÇA DO DOMICÍLIO DO EXECUTADO APÓS A PROPOSITURA DA DEMANDA

- COMPETÊNCIA RELATIVA - IMPOSSIBILIDADE DE SEU RECONHECIMENTO

DE OFÍCIO - PROCEDÊNCIA DO CONFLITO - CONFLITO ENTRE JUIZ FEDE-

RAL E JUIZ ESTADUAL NO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA FEDERAL - COMPE-

TÊNCIA DO TRF PARA DESLINDAR A QUESTÃO - EXECUÇÃO FISCAL (TRF/3ª

R.) ............................................................ 72

“N”

- NÃO-CUMULATIVIDADE (PRINCÍPIO DA ...) - ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA -

ART. 97, CTN - DECRETOS ESTADUAIS 33.118/91 E 36.092/92 - LEI

ESTADUAL Nº 6.374/89 - ICMS (STJ) .............................. 102

- NÃO-CUMULATIVIDADE (PRINCÍPIO DA ...) - RECONHECIMENTO - ICM -

- CRÉDITO - MATERIAIS CONSUMIDOS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO (TJ PR) 92

- NATUREZA JURÍDICA DE DESPACHO INTERLOCUTÓRIO, ATACÁVEL VIA DO

AGRAVO DE INSTRUMENTO - SÚMULA Nº 118/STJ - ATO JUDICIAL HOMOLO-

GATÓRIO DE CONTA DE ATUALIZAÇÃO DO DÉBITO (STJ) ................ 69

- NOTA FISCAL INIDÔNEA - CRÉDITO DO DESTINATÁRIO - HIPÓTESE DE LE-

GITIMIDADE - ICMS (TIT SP) ..................................... 99

- NOTIFICAÇÃO - DESNECESSIDADE - ICMS - EXECUÇÃO FISCAL - AU-

TO-LANÇAMENTO - INSCRIÇÃO DO CRÉDITO NA DÍVIDA ATIVA (TJ PR) ... 94

- NULIDADE:

- (Arts. 247 e 236, § 1º, do CPC) - Apelação - Publicação

de intimação - Omissão do nome do advogado da apelada

(STJ) ................................................... 69

- Excesso da penhora - Substituição do bem - Execução Fis-

cal - Embargos - Reforço de penhora (TRF/3ª R.) ......... 82

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 143

- Sentença omissa quanto a um dos pedidos formulados na

inicial (TRF/3ª R.) ..................................... 113

- da sentença - Execução Fiscal - Embargos à arrematação -

Rejeição liminar - Hipóteses - Cerceamento de defesa (TRF

/4ª R.) ................................................. 82

“O”

- OBJETOS SUNTUÁRIOS - INEXTENSÃO - PENHORA - BEM DE FAMÍLIA - LEI

Nº 8.009/90 (STJ) .............................................. 108

- OFERECIMENTO DE CONTRA-RAZÕES - FAZENDA PÚBLICA - ART. 188, CPC

(TRF/1ª R.) .................................................... 89

- OFERTA IRREGULAR DE BENS - RECUSA - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA

(TAC SP) ....................................................... 87

- ÓLEO DEGOMADO - CRÉDITO - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE - RECLAMA-

ÇÃO - ICMS - EXPORTAÇÃO - FARELO DE SOJA (STJ) ................. 95

- OMISSÃO DO NOME DO ADVOGADO DA APELADA - NULIDADE (ARTS. 247 E

236, § 1º, DO CPC) - APELAÇÃO - PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO (STJ) .. 69

- OMISSÃO DE RECEITA (PRESUNÇÃO DE ...) - OCORRÊNCIA DO FATO GERA-

DOR - EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL - “ESTOURO DE CAIXA” APURADO

POR LEVANTAMENTO CONTÁBIL (TJ MS) .............................. 76

- ÔNUS:

- do contribuinte - Execução Fiscal - Prova documental -

Dispensa de audiência de instrução e julgamento - Presun-

ção legal (TRF/4ª R.) ................................... 88

- Execução Fiscal - ICMS - Débito declarado por erro do

contribuinte - Imposto indevido; Sucumbência (TJ SP) .... 85

- da sucumbência - Embargos à execução - Penhora - Bem não

indicado pelo credor (TRF/1ª R.) ........................ 76

- da sucumbência - Execução Fiscal - Certidão de Dívida

Ativa - Cancelamento (TRF/4ª R.) ........................ 80

- OPERAÇÃO INTERESTADUAL - ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS - ABATIMENTO DO

VALOR REAL COBRADO - ICM (STF) ................................. 99

- OPERAÇÃO INTERESTADUAL - ALÍQUOTA DIFERENCIADA - VALOR DO CRÉDI-

TO - ICMS (TJ PR) .............................................. 99

“P”

- PAGAMENTO - REPERCUSSÃO - CONTRIBUINTE DE FATO - ICMS - CRÉDI-

TO - REGIME DE DIFERIMENTO - CAROÇOS DE ALGODÃO (STJ) .......... 92

- PARCELAMENTO - ENCARGOS DA DÍVIDA - PRINCÍPIO DA INDISPONINILI-

DADE DO INTERESSE PÚBLICO - ICM (STJ) .......................... 100

- PARCELAMENTO - JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA - EXCLUSÃO - IMPOSSI-

BILIDADE - PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE - PRECEDENTES STF E

STJ - ICM (STJ) ................................................ 100

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 144

- PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO - EFEITOS - RECURSO - PRAZO - DIREITO

PROCESSUAL EM MATÉRIA FISCAL (TRF/1ª R.) ....................... 73

- PENHORA:

- de bem:

- cadastrado em nome da mulher do executado - Impos-

sibilidade - Execução Fiscal - Meação (TRF/3ª R.) 86

- do casal - Meação da mulher - Dívida contraída pe-

lo marido em benefício da família - Presunção re-

lativa (STJ) ..................................... 108

- de família - Lei nº 8.009/90 - Objetos suntuários

- Inextensão (STJ) ............................... 108

- de família - Ultra-atividade da lei (STJ) ........ 109

- não indicado pelo credor - Ônus da sucumbência -

Embargos à execução (TRF/1ª R.) .................. 76

- Depósito de TDA’s - Impossibilidade - CTN, art. 151, II -

CPC, art. 827 - Lei 6.830/80 - Súmula 112/STJ - Execução

Fiscal - Penhora (STJ) .................................. 87

- formalizada e oferecimento posterior de outro bem - Em-

bargos de Devedor - Lei 6.830/80 (Arts. 12, 15, I, e 16,

III) - Execução Fiscal (STJ) ............................ 87

- (Obrigatoriedade do registro da ...) - Execução Fiscal

- Anulação de arrematação (TRF/3ª R.) ................... 79

- Oferta irregular de bens - Recusa - Execução Fiscal (TAC

SP) ..................................................... 87

- (Reforço de ...) - Nulidade - Excesso da penhora - Subs-

tituição do bem - Execução Fiscal - Embargos (TRF/3ª R.) 82

- Reforço - Possibilidade - Embargos à execução fiscal (TRF

/2ª R.) ................................................. 77

- Registro - Embargos de terceiro - Execução (STJ) ........ 78

- PERÍCIA DISPENSÁVEL - CERCEAMENTO DE DEFESA - CTN, ART. 204, PA-

RÁGRAFO ÚNICO - LEI 8.038/90 E RISTJ, ART. 255 E PARÁGRAFOS -

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - CORREÇÃO MONETÁRIA - AUSÊNCIA DE PRE-

QUESTIONAMENTO - DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADA -

ICMS - EXECUÇÃO FISCAL - DÉBITO DECLARADO PELO CONTRIBUINTE -

AUTO-LANÇAMENTO (STJ) .......................................... 95

- PESSOA FÍSICA - INCIDÊNCIA - ICMS - IMPORTAÇÃO DE AERONAVES PARA

USO PRÓPRIO (STJ) .............................................. 96

- PESSOA JURÍDICA - REPRESENTAÇÃO POR DOIS SÓCIOS - CITAÇÃO DE

APENAS UM - VALIDADE - EXECUÇÃO FISCAL (TRF/1ª R.) ............. 88

- PIS - ICM - LC Nº 7/70 - SÚMULA Nº 68 STJ (TRF/3ª R.) .......... 109

- PNEUS - SERVIÇO DE TROCA - EXIGIBILIDADE - ICMS (TIT SP) ....... 100

- PODER CAUTELAR DO JUIZ - MEDIDA LIMINAR (TRF/4ª R.) ............ 108

- PORTARIA CAT/SUB-G Nº 01/93 - EXECUÇÃO FISCAL - DÍVIDA ATIVA

INSCRITA - DISPENSA DE PAGAMENTO PARCIAL DEPOIS DE INICIADO O

PROCESSO EXECUTIVO - LEI 8.198/92 - CTN, ART. 204 (STJ) ........ 82

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 145

- PRAZO:

- Agravo de Instrumento - Execução Fiscal - Fazenda (TRF/3ª

R.) ..................................................... 68

- comum (Dilação de ...) - Cálculos em liquidação de sen-

tença (TRF/3ª R.) ....................................... 70

- Critério - Reserva absoluta da Lei Complementar - Ação de

Repetição de Indébito - Decadência (TRF/1ª R.) .......... 66

- Erro de fato - Rescisória - Interlocutória (TRF/4ª R.) .. 112

- Horário de expediente - Ato anterior à alteração do

C.P.C.- Intempestividade - Recurso (TRF/1ª R.) .......... 111

- para embargar (Não fluência do ...) - Necessidade de pré-

via garantia do juízo - Bens de Terceiros - Embargos de

Devedor - Falta de citação - Comparecimento espontâneo

(TRF/4ª R.) ............................................. 75

- Pedido de reconsideração - Efeitos - Recurso - Prazo -

Direito Processual em Matéria Fiscal (TRF/1ª R.) ........ 73

- de recolhimento:

- Decreto-Lei nº 406/68 - Lei nº 6.374/89 - Embargos

de Declaração (Art. 535, II, CPC) - Importação de

mercadorias do exterior - ICMS - Fato gerador

(STJ) ............................................ 74

- ICMS - Importação (STJ) .......................... 97

- ICMS - Importação - Fato gerador (STJ) ........... 97

- Matéria não sujeita a reserva legal - Artigo 97 do

CTN - Extensão - ICMS (STJ) ...................... 101

- Suspensão - Férias e feriados - Embargos Declaratórios -

Contagem - Recurso Especial (STJ) ....................... 111

- de vencimento - Correção monetária - Incidência antes do

vencimento - Matéria não sujeita a reserva legal - ICMS

(STJ) ................................................... 102

- PREÇO VIL - ANULAÇÃO - EXECUÇÃO FISCAL - CPC - APLICAÇÃO SUBSI-

DIÁRIA; ARREMATAÇÃO (STJ) ...................................... 81

- PREÇO VIL - ARTIGOS 620 E 692, CPC - SÚMULA 128/STJ - EXECUÇÃO

FISCAL - ARREMATAÇÃO POR PREÇO VIL INFERIOR AO DA AVALIAÇÃO

(STJ) .......................................................... 79

- PREPARO - CUSTAS RECOLHIDAS TEMPESTIVAMENTE - JUNTADA DA GUIA

APÓS O DECURSO DO PRAZO - DESERÇÃO - RECURSO (TJ SC) ........... 111

- PREQUESTIONAMENTO - (SÚMULAS 282 E 356) - SÚMULA 621 DO S.T.F. -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL - PRINCÍPIO DA LEGALI-

DADE (ART. 5º, INC. II, DA C.F.) (STF) ......................... 113

- PRESCRIÇÃO:

- decretada de ofício - Extinção do processo - Lei nº 6.830

/80 - Art. 219, § 5º, CPC - Execução Fiscal (STJ) ....... 88

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 146

- Intercorrente - Execução Fiscal (TRF/4ª R.) ............. 88

- Intercorrente - Execução Fiscal - Direitos patrimoniais

(TRF/4ª R.) ............................................. 81

- PRESSUPOSTOS - EFEITO INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - EMBARGOS

DE DECLARAÇÃO (STJ) ............................................ 74

- PRESUNÇÃO:

- “juris et de juris” - Execução Fiscal - Fraude à Execu-

ção - Conceito (STJ) .................................... 84

- legal - Ônus do contribuinte - Execução Fiscal - Prova

documental - Dispensa de audiência de instrução e julga-

mento (TRF/4ª R.) ....................................... 88

- de omissão de receita - Ocorrência do fato gerador - Em-

bargos à execução fiscal - “Estouro de caixa” apurado por

levantamento contábil (TJ MS) ........................... 76

- relativa - Penhora - Bem do casal - Meação da mulher -

Dívida contraída pelo marido em benefício da família

(STJ) ................................................... 108

- PREVENÇÃO - COMPETÊNCIA DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL -

ARTIGOS 103, 105, 106, 132, 585, § 1º, CPC - LEI Nº 6.830/80

(ART. 38) - SÚMULA 112/STJ - EXECUÇÃO FISCAL - AÇÃO ANULATÓRIA -

CONEXÃO (STJ) .................................................. 78

- PRINCÍPIO:

- da Indisponibilidade - Precedentes STF e STJ - ICM - Par-

celamento - Juros e correção monetária - Exclusão - Im-

possibilidade (STJ) ..................................... 100

- da Indisponibilidade do Interesse Público - ICM - Parce-

lamento - Encargos da dívida (STJ) ...................... 100

- da Legalidade (Art. 5º, inc. II, da C.F.) - Prequestiona-

mento - Súmula 62l do S.T.F - Recurso Extraordinário e

Recurso Especial (STF) .................................. 113

- da Não-Cumulatividade - Atualização monetária - Art. 97,

CTN - Decretos Estaduais 33.118/91 e 36.092 - Lei Estadu-

al nº 6.374/89 - ICMS (STJ) ............................. 102

- da Não-Cumulatividade - Reconhecimento - ICM - Crédito -

Materiais consumidos no processo de produção (TJ PR) .... 92

- PROCURAÇÃO - FALTA (STJ) ....................................... 109

- PROVA:

- Documental - Dispensa de audiência de instrução e julga-

mento - Presunção legal - Ônus do contribuinte - Execução

Fiscal (TRF/4ª R.) ...................................... 88

- Execução Fiscal - Lei 6.830/80 (TRF/2ª R.) .............. 85

- objetiva (Ausência de ...) - Denegação - Mandado de Segu-

rança - ICMS - Afastamento da atuação do fisco em caso de

crédito por excesso recolhido (TJ SC) ................... 105

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 147

- PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO - OMISSÃO DO NOME DO ADVOGADO DA APELADA

- NULIDADE (ARTS. 247 E 236, § 1º, DO CPC) - APELAÇÃO (STJ) .... 69

- PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA - IMUTABILIDADE - ART. 463 DO CPC (TRF/1ª

R.) ............................................................ 109

“R”

- RAZÕES DE RECURSO DISSOCIADAS DO DECIDIDO PELA SENTENÇA - NÃO

CONHECIMENTO DO APELO (TRF/1ª R.) .............................. 110

- RECURSO(S):

- Adesivo - Subordinação - Deserção - Recurso - Apelação -

Preparo tardio (TJ DF) .................................. 110

- Apelação - Preparo tardio - Recurso adesivo - Subordina-

ção - Deserção (TJ DF) .................................. 110

- Interposição por meio de fax (TRF/4ª R.) ................ 110

- em mandado de segurança - Fatos irrelevantes - ICMS - Va-

lor adicionado - Estabelecimento - Refinaria Gabriel Pas-

sos (STJ) ............................................... 111

- Prazo - Horário de expediente - Ato anterior à alteração

do C.P.C. - Intempestividade (TRF/1ª R.) ................ 111

- Prazo - Pedido de reconsideração - Efeitos - Direito Pro-

cessual em Matéria Fiscal (TRF/1ª R.) ................... 73

- Preparo - Custas recolhidas tempestivamente - Juntada da

guia após o decurso do prazo - Deserção (TJ SC) ......... 111

- RECURSO ESPECIAL - PRAZO - SUSPENSÃO - FÉRIAS E FERIADOS - EM-

BARGOS DECLARATÓRIOS - CONTAGEM (STJ) .......................... 111

- RECURSO ESPECIAL (RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ...) - PRINCÍPIO DA

LEGALIDADE (ART. 5º, INC. II, DA C.F.) - PREQUESTIONAMENTO -

(SÚMULAS 282 E 356) - SÚMULA 621 DO S.T.F. (STF) ............... 113

- RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL - PRINCÍPIO DA LEGALI-

DADE (ART. 5º, INC. II, DA C.F.) - PREQUESTIONAMENTO - (SÚMULAS

282 E 356) - SÚMULA 621 DO S.T.F. (STF) ........................ 113

- REEXAME NECESSÁRIO - SÚMULA Nº 45, S.T.J. (STJ) ................ 112

- REFEIÇÕES COLETIVAS (AQUISIÇÃO DE ...) - MERCADORIAS CONSUMIDAS

PELOS PRÓPRIOS FUNCIONÁRIOS - ESTORNO DO CRÉDITO - ICM (TIT SP) 91

- REFEIÇÕES INDUSTRIAIS AO COMÉRCIO (FORNECIMENTO DE ...) - INCI-

CIDÊNCIA - ICM (DJ PR) ......................................... 96

- REFORÇO DE PENHORA - NULIDADE - EXCESSO DA PENHORA - SUBSTITUI-

ÇÃO DO BEM - EXECUCÃO FISCAL - EMBARGOS (TRF/3ª R.) ............ 82

- REGIME DE DIFERIMENTO - CAROÇOS DE ALGODÃO - PAGAMENTO - REPER-

CUSSÃO - CONTRIBUINTE DE FATO - ICMS - CRÉDITO (STJ) ........... 92

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 148

- REGISTRO - PENHORA - EMBARGOS DE TERCEIRO - EXECUÇÃO (STJ) ..... 78

- REGISTRO DA PENHORA (OBRIGATORIEDADE DO ...) - EXECUÇÃO FISCAL -

ANULAÇÃO DE ARREMATAÇÃO (TRF/3ª R.) ............................ 79

- REJEIÇÃO LIMINAR - HIPÓTESES - CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE

DA SENTENÇA - EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS À ARREMATAÇÃO (TRF/4ª

R.) ............................................................ 82

- REPETIÇÃO DE INDÉBITO (AÇÃO DE ...) - DECADÊNCIA - PRAZO - CRI-

TÉRIO - RESERVA ABSOLUTA DA LEI COMPLEMENTAR (TRF/1ª R.) ....... 66

- REPETIÇÃO DE INDÉBITO - CORREÇÃO MONETÁRIA - INCLUSÃO DOS EXPUR-

GOS INFLACIONÁRIOS - CABIMENTO (TRF/1ª R.) ..................... 112

- REPRESENTAÇÃO POR DOIS SÓCIOS - CITAÇÃO DE APENAS UM - VALIDADE

- EXECUÇÃO FISCAL - PESSOA JURÍDICA (TRF/1ª R.) ................ 88

- REPRESENTANTE DA FAZENDA PÚBLICA (INTIMAÇÃO PESSOAL DO ...) -

LEI Nº 6.830/80 (ART. 25) - SÚMULA 240/TFR - EXECUÇÃO FISCAL -

AGRAVO DE INSTRUMENTO (STJ) .................................... 79

- RESCISÓRIA - INTERLOCUTÓRIA - PRAZO - ERRO DE FATO (TRF/4ª R.) 112

- RESERVA ABSOLUTA DA LEI COMPLEMENTAR - AÇÃO DE REPETIÇÃO DE IN-

DÉBITO - DECADÊNCIA - PRAZO - CRITÉRIO (TRF/1ª R.) ............. 66

- RESPONSABILIDADE DO SÓCIO - AUSÊNCIA DO NOME NA CERTIDÃO DA DÍ-

VIDA ATIVA - IRRELEVÂNCIA - EXECUÇÃO FISCAL - NÃO RECOLHIMENTO

DA DÍVIDA (STJ) ................................................ 86

- RISTJ, ART. 255 E PARÁGRAFOS (LEI 8.038/90 E ...) - HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS - CORREÇÃO MONETÁRIA - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMEN-

TO - DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADA - ICMS - EXECU-

ÇÃO FISCAL - DÉBITO DECLARADO PELO CONTRIBUINTE - AUTO-LANÇAMEN-

TO - PERÍCIA DISPENSÁVEL - CERCEAMENTO DE DEFESA - CTN, ART.

204, PARÁGRAFO ÚNICO (STJ) ..................................... 95

- RITO (CONVOLAÇÃO DE ...) - ART. 806 CPC - HONORÁRIOS ADVOCATÍ-

CIOS - MEDIDA CAUTELAR (TRF/2ª R.) ............................. 106

- RITO - IRRELEVÂNCIA - EXECUÇÃO FISCAL - COBRANÇA DE DÍVIDA ATIVA

- VARA ESPECIALIZADA (TRF/4ª R.) ............................... 80

“S”

- SAÍDAS NÃO ALCANÇADAS PELA IMUNIDADE - EXIGIBILIDADE - ICMS -

ÁLBUNS E FIGURINHAS (TIT SP) ................................... 90

- SEGURANÇA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO - DEVEDORES SOLIDÁRIOS - LEGITI-

MIDADE ATIVA “AD CAUSAM” - EMBARGOS À EXECUÇÃO - MATÉRIA DOS

EMBARGOS (TRF/5ª R.) ........................................... 76

- SENTENÇA:

- “citra petita” - Anulação (TRF/4ª R.) ................... 113

- omissa quanto a um dos pedidos formulados na inicial -

Nulidade (TRF/3ª R.) .................................... 113

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 149

- (Publicação da ...) - Imutabilidade - Art. 463 do CPC

(TRF/1ª R.) ............................................. 109

- (Razões de recurso dissociadas do decidido pela ...) -

Não conhecimento do apelo (TRF/1ª R.) ................... 110

- SÓCIO (RESPONSABILIDADE DO ...) - AUSÊNCIA DO NOME NA CERTIDÃO

DA DÍVIDA ATIVA - IRRELEVÂNCIA - EXECUÇÃO FISCAL - NÃO RECOLHI-

MENTO DA DÍVIDA ATIVA (STJ) .................................... 86

- SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - BEBIDAS - EC Nº 3/93 - BASE DE CÁLCULO

- VALOR INFERIOR AO PRESUMIDO - CRÉDITO - MANDADO DE SEGURANÇA -

HABILITAÇÃO DE LITISCONSORTES ATIVOS - POSSIBILIDADE; ICMS (TJ

PR) ............................................................ 105

- SUCUMBÊNCIA - ÔNUS - EXECUÇÃO FISCAL - ICMS - DÉBITO DECLARADO

POR ERRO DO CONTRIBUINTE - IMPOSTO INDEVIDO (TJ SP) ............ 85

- SÚMULA 10/TRF 4ª REGIÃO - BENS IMPENHORÁVEIS - LEI 8.009/90 (TRF

/4ª R.)......................................................... 70

- SÚMULA Nº 45, S.T.J. - REEXAME NECESSÁRIO (STJ) ................ 112

- SÚMULA Nº 68 STJ - PIS - ICM - LC Nº 7/70 (TRF/3ª R.) .......... 109

- SÚMULA 112/STJ - EXECUÇÃO FISCAL - AÇÃO ANULATÓRIA - CONEXÃO -

PREVENÇÃO - COMPETÊNCIA DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL -

ARTIGOS 103, 105, 106, 132, 585, § 1º, CPC - LEI Nº 6.830/80

(ART. 38) (STJ) ................................................ 78

- SÚMULA 112/STJ - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - DEPÓSITO DE TDA’s -

IMPOSSIBILIDADE - CTN, ART. 151, II - CPC, ART. 827 - LEI 6.830/

80 (STJ) ....................................................... 87

- SÚMULA 118/STJ - ATO JUDICIAL HOMOLOGATÓRIO DE CONTA DE ATUALI-

ZAÇÃO DO DÉBITO - NATUREZA JURÍDICA DE DESPACHO INTERLOCUTÓRIO,

ATACÁVEL VIA DO AGRAVO DE INSTRUMENTO (STJ) .................... 69

- SÚMULA 128/STJ - EXECUÇÃO FISCAL - ARREMATAÇÃO POR PREÇO VIL IN-

FERIOR AO DA AVALIAÇÃO - PREÇO VIL - ARTIGOS 620 E 692, CPC

(STJ) .......................................................... 79

- SÚMULA Nº 234 DO TFR - MEDIDA CAUTELAR EM RESCISÓRIA - LIMINAR

PARA OBSTAR OS EFEITOS DA COISA JULGADA (TRF/4ª R.) ............ 107

- SÚMULA 240/TFR - EXECUÇÃO FISCAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTI-

MAÇÃO PESSOAL DO REPRESENTANTE DA FAZENDA PÚBLICA - LEI Nº 6.830

/80 (ART. 25) (STJ) ............................................ 79

- (SÚMULAS 282 E 356) - PREQUESTIONAMENTO - SÚMULA 621 DO S.T.F. -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL - PRINCÍPIO DA LEGALI-

DADE (ART. 5º, INC. II, DA C.F.) (STF) ......................... 113

- SÚMULA 288-STF - AGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO DE PEÇAS (STF) 68

- SÚMULAS Nº 343 DO STF E Nº 134 DO TFR - AÇÃO RESCISÓRIA - MATÉ-

RIA CONTROVERTIDA NOS TRIBUNAIS - ORIENTAÇÃO FIXADA POSTERIOR-

MENTE PELO STF EM SENTIDO DIVERSO DO ACÓRDÃO RESCINDENDO - CPC,

ART. 485, V (TRF/4ª R.) ........................................ 67

- SÚMULA 576-STF- BEFIEX - IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS -

ISENÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E DO IPI - PRETENDIDA REDUÇÃO

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 150

DO ICMS - CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88, ARTS. 151, III, 155, I, b -

CONSTITUIÇÃO FEDERAL/67-69, ARTS. 19, § 2º, E 23, II - CTN,

ARTS. 97 E 111 - LEI COMPLEMENTAR 4/69 (ART. 1º, VI) - DECRE-

TO-LEI 1.219/72 (STJ) .......................................... 70

- SÚMULA 577, DO STF - IMPORTAÇÃO - EXIGÊNCIA DO PAGAMENTO DO ICMS

(TRF/1ª R.) .................................................... 103

- SÚMULA 621 DO S.T.F. - RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL

- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ART. 5º, INC. II, DA C.F.) - PREQUES-

TIONAMENTO - (SÚMULAS 282 E 356) (STF) ......................... 113

- SUSPENSÃO:

- da exigibilidade - Reclamação - ICMS - Exportação - Fare-

lo de soja - Óleo degomado - Crédito (STJ) .............. 95

- da exigibilidade do crédito tributário:

- Ausência de depósito - Descabimento - Medida Cau-

telar (TRF/1ª R.) ............................... 107

- C.T.N., art. 151, II - CPC, arts. 796 e seguintes

- Medida Cautelar - Depósito (TRF/3ª R.) ....... 107

- Depósito - Autorização judicial - Desnecessidade

- Ação Cautelar (TRF/4ª R.) ........ ............ 65

- Férias e feriados - Embargos Declaratórios - Contagem -

Recurso Especial - Prazo (STJ) .......................... 111

“T”

- TAXA REFERENCIAL - TR (INAPLICABILIDADE DA ...) (ADIN Nº 493-0-

DF) - APLICAÇÃO DO IPC - LIQUIDAÇÃO - ATUALIZAÇÃO DE DÉBITO

(STJ) .......................................................... 104

- TDA - DEPÓSITO PARA SUSPENDER EXIGIBILIDADE DE CRÉDITO TRIBUTÁ-

RIO (STJ) ...................................................... 114

- TDA’s (DEPÓSITO DE ...) - IMPOSSIBILIDADE - CTN, ART. 151, II -

CPC, ART. 827 - LEI 6.830/80 - SÚMULA 112/STJ - EXECUÇÃO FISCAL

- PENHORA (STJ) ................................................ 87

- TERMO INICIAL - EXECUÇÃO FISCAL - MINISTÉRIO PÚBLICO - INTERVEN-

ÇÃO DESNECESSÁRIA - CRÉDITO TRIBUTÁRIO - CONSTITUIÇÃO - DECADÊN-

CIA (STJ) ...................................................... 86

- TRANSFERÊNCIA INTERESTADUAL DE VEÍCULO - RECOLHIMENTO NO ESTADO

DE ORIGEM - INEXIGIBILIDADE - IPVA (TIT SP) .................... 103

- TRASLADO DE PEÇAS - SÚMULA 288-STF - AGRAVO DE INSTRUMENTO (STF) 68

“U”

- UFESP - LEGALIDADE - ICMS - DÉBITO DECLARADO E NÃO PAGO (STJ) .. 93

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 151

- ULTRA-ATIVIDADE DA LEI - PENHORA - BEM DE FAMÍLIA (STJ) ........ 109

“V”

- VALOR DO CRÉDITO - ICMS - OPERAÇÃO INTERESTADUAL - ALÍQUOTA DI-

FERENCIADA (TJ PR) ............................................. 99

- VARA ESPECIALIZADA - RITO - IRRELEVÂNCIA - EXECUÇÃO FISCAL - CO-

BRANÇA DE DÍVIDA ATIVA (TRF/4ª R.) ............................. 80

- VEÍCULO (TRANSFERÊNCIA INTERESTADUAL DE ...) - RECOLHIMENTO NO

ESTADO DE ORIGEM - INEXIGIBILIDADE - IPVA (TIT SP) ............. 103

- VENDA E ENTREGA DIRETA A ADQUIRENTE DE OUTRO ESTADO - GUIA ESPE-

CIAL - ICMS - IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS (TIT SP) ............... 97

- VERBA HONORÁRIA - EXTINÇÃO DO PROCESSO (TRF/2ª R.) ............. 89

- ÍNDICE GERAL ................................................... 117

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PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 152

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REVISTA JURÍDICA DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL 153

PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA ESTADUAL

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