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Revista Literária Registro dos Projetos Literários de 2018 - 7ª edição - Ano 10 Unidade de Vitória

Revista Literaria 2018 correta - darwin.com.br · objetivo de despertar o interesse pela escrita e pela leitura, o que favoreceu no processo de alfabetização. Inicialmente, realizaram

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Revista LiteráriaRegistro dos Projetos Literários de 2018 - 7ª edição - Ano 10

Unidade de Vitória

1. Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

2. Apresentação dos Projetos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I

Jornal Integral informa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

Infantil III – Projeto “Alimentação Saudável” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

Infantil IV – Projeto “Turma da Mônica de A a Z” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

Infantil V – Projeto “Viagem pelos Contos Clássicos” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07os 1 anos – Projeto “Se eu governasse o mundo” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08os2 anos – Projeto “Uma Aventura no Mundo de Tarsila” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09os3 anos – Projeto “Monitores de Trânsito” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10os4 anos – Projeto “Flicts” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11os 5 anos – Projeto “Leitura, prazer e descoberta.” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

3. Biblioteca Rubem Braga. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

4. Apresentação dos Projetos do Ensino Fundamental II

Cultura e as Relações - Laboratório Inteligência de Vida - LIV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14os 6 anos – Alice no País das Maravilhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17os7 anos – Fuga da Biblioteca do Sr. Lemoncello . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18os8 anos – Cem Dias Entre Céu e Mar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19os9 anos – Maus - Comic Book . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

5. Entrevista – Escritora Karina Kheid. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

6. Apresentação do Concurso “Certas Palavras” Bárbara Scalzer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

7. Gisele Morais e Paola de Oliveira (Árvore de Livros) — Avaliadoras . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Publicação dos textos dos alunos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

SUMÁRIO

Expediente

Direção Pedagógico: Fabrício Henrique Santos Silva

Vice-Diretora - Ens. Fund. I: Maria Solimar Lievori do Rego

Vice-Diretora - Ens. Fund. II: Mércia Maria de Oliveira P. Lemos

Supervisora Educacional - Ens. Fund. I: Elaine Loureiro Pimentel

Orientadora Educacional - Ens. Integral e Fund. I: Cristina M. de O. Silva

Orientadora Educacional - End. Infantil e Fund. I.: Renata Resende S. Tonon

Assistente Pedagógica - Ed. Infantil e Fund. I: Letícia Costa Brito

Assistente Pedagógica - Ens. Fund. II: Fernanda Souza Silva

Supervisora Educacional - Ens. Fund. II: Claudia Bahia Cotta

Orientadora Educacional - Ens. Fund. II: Maristela Orlandi Ayub

Coordenadora de Língua Portuguesa: Fernanda da Costa Valério

Coordenadora de Produção de Texto: Bárbara Scalzer

Professores - Ensino Fundamental II

Bárbara Scalzer

Fernanda da Costa Valério

Jussara Rohr de Souza

Karla Vilela de Souza

Mayra Machado Silva

Regiany Mattos Cajado de Almeida

Roberta Estevam Henriques

Vanda Carla de Oliveira

Arte e Diagramação

Elias Severiano de Oliveira

Solange Maria Magnago

Professores - Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Ádila Campos Neves

Beatriz Garcia dos Santos

Cláudia Regina Oliveira Santos

Dávila Batista P. B. Ribeiro

Fernanda Cardoso Poloni

Fernanda Costa Raimundo Silva

Geliane de Souza Lima

Josélia Alves de Oliveira

Julianna Nespoli Barra Afonso

Léa Reynaud dos Santos

Liamara Luppi Baptista

Luciana Silva Loureiro

Marina Cardoso Fernandes dos Santos

Monica Batista de Oliveira

Rafaella Scalabrini dos Reis

Regina Maria da Hora Gonzaga

Renata Almeida Torres

Úrsula de Souza Loyola

REVISTALITERÁRIA 2018

02

Caro(a) Leitor(a),

O Darwin organiza seus projetos e suas ações pedagógicas de maneira que se

possa alcançar o maior aproveitamento das mesmas. Há nove anos, a nossa equipe de

Língua Portuguesa nos propôs a criação do Festival de Literatura do Darwin — FLiD,

que tem como objetivo incentivar a leitura e promover um momento de exposição dos

trabalhos e das atividades desenvolvidas pela própria disciplina, além da integração

com a biblioteca e as outras disciplinas como Arte e Música.

A publicação da Revista FLiD 2018 apresenta o registro de alguns projetos realiza-

dos pelas turmas do Integral, da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da unidade

de Vitória e a publicação dos textos vencedores do Concurso “Certas Palavras”, que

envolve as 9 unidades Darwin.

Ótima leitura a todos!

Fabrício Silva

Diretor Pedagógico

APRESENTAÇÃO

REVISTALITERÁRIA 2018

03

Jornal Integral informa

Professora responsável: Liamara Luppi

Projeto desenvolvido nas aulas de Tecnologia Educacional

O uso de novas tecnologias promove uma modifi-cação no universo humano. O livre acesso aos veículos de comunicação determina a proximidade entre diferentes pessoas, o conhecimento de novas realidades e constru-ções de novas relações. A comunicação está presente nas mais diversas situações de convívio social, sendo impor-tante ferramenta para todos os tipos de relações que pode-mos imaginar. Há muitas formas de expor ideias e expe-riências, as mais antigas como o jornal, trabalham em par-ceria com as novidades tecnológicas.

Uma das formas de motivar os alunos a produzir, é expondo seus trabalhos, pois eles sentem que sua produ-ção está sendo valorizada. O projeto Jornal Integral Informa, tem como finalidade envolver os alunos em pes-quisas e entrevistas para coleta de informações, criando assim um ambiente em sala em que eles sejam os principais personagens da pro-dução do jornal, re-pórteres, redatores, enfim, jornalistas de verdade.

A produção do jornal contou com a participação dos alunos do 5º ano IN. Além de desenvolver a habilidade no uso da informática, tam-bém teve o objetivo de motivar o aluno a: pesquisar, ler, inter-pretar, criticar, con-cordar, discordar, escrever e corrigir.

O projeto Jornal Integral, foi um trabalho interdis-ciplinar, que visou divulgar as atividades pedagógicas rea-lizadas na escola, envolvendo os alunos na produção do jornal, desenvolvendo suas habilidades com ferramentas da informática em diversas áreas do conhecimento, contri-buindo para o enriquecimento do processo educacional.

MetodologiaOs alunos tiveram a oportunidade de co-

nhecer vários tipos de jornais para que eles ex-

plorassem a estrutura das matérias e como se organiza-vam as páginas, bem como o uso do material de apoio da Microkids. Os alunos, envolvidos na produção do jornal, realizaram um trabalho de pesquisa, em que entrevistaram pessoas, realizaram buscas em sites, observaram as di-versas atividades pedagógicas desenvolvidas no espaço escolar.

A primeira etapa da produção do jornal foi definir os temas que seriam abordados como a “Diversidade: incluir, respeitar, multiplicar, amar, temática desenvolvida na esco-la no ano de 2018", que tem por objetivo principal fazer com que os alunos promovam um ambiente escolar de res-peito, para que a diferença não seja tratada no âmbito da exclusão, do desrespeito e da violência. Além desse tema, vários outros foram abordados com muita criatividade.

Logo depois, pesquisaram os as-suntos em revistas, jornais, livros e inter-net.

Após terem feito a busca dos te-mas, foram as entre-vistas para coletar dados e registrar por meio de imagens e vídeos.

Em seguida, começaram a digita-ção no laboratório de informática, sem-pre tendo como com-panhia, a professora responsável, super-

visionando todo o trabalho que estava sendo desenvolvi-do, fazendo a devida correção e formatação dos textos pro-duzidos.

Finalizando, as matérias foram publicadas e o jor-nal impresso, sendo apreciado pelos alunos e suas famíli-as.

O trabalho com o jornal é, sem dúvida, um excelen-te recurso didático, sendo importante para o trabalho peda-gógico, criando alunos produtores ao invés de meros con-sumidores.

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

04

Projeto “Alimentação Saudável”Professora Ádila Campos

Infantil III

Ter uma alimentação saudável é ter qualidade de vida. Para que uma criança possa se desenvolver de forma adequada, é necessário que tenha em seu cardápio alimentos ricos e variados. Com esse intuito, o Projeto Alimentação Saudável da turma do Infantil III, por meio do livro Bibi Come de Tudo, do autor Alejandro Rosas, promoveu e incentivou nossos pequenos a mudarem seus hábitos alimentares. Crianças que não se aproximavam de alimentos como frutas e verduras tiveram a oportunida-de de colocar a “mão na massa”, construíram o espetinho de frutas e montaram pratos divertidos. Alguns experimentaram e descobriram novos sabores. Exploramos o tema utilizando diversos recursos e atividades, tais como: rodas de conversas, jogos, vídeos com músicas, recorte e colagem de alimentos saudáveis, pinturas, leitura de histórias, visita de personagem de contos de fadas e brincadeiras dirigidas. Aprenderam, de forma atraente e lúdica, que alguns alimentos devem ser consumidos com moderação e a importância de conhecermos a origem dos alimentos e seus derivados. Os alunos aprenderam e se divertiram. Isso contribuiu para a promoção da saúde e do bem-estar de cada um.

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

05

Projeto “Turma da Mônica de A a Z”

Professora Úrsula Loyola

A hora da história cria uma cumplicidade entre o professor e a criança, além de aumentar os laços afetivos e a confiança entre ambos. O trabalho com a coleção “Turma da Mônica de A a Z” despertou nos alunos o interesse pelas letras do alfabeto e o conhecimento de novas palavras e personagens da turma da Mônica, sempre associando a primeira letra de cada palavra aos seus respectivos sons, de forma lúdica.

Por meio de contação de história, de

encenação de teatro com fantasia relacionada a cada letra estudada, em parceria com as bibliotecárias, os alunos aprenderam de forma significativa.

No projeto vimos que cada livro como uma peça de um quebra-cabeça da turma da Mônica, que fomos encaixando a cada letra estudada. Quando concluímos a leitura dos livros de todas as letras do alfabeto, terminamos a montagem do quebra-cabeça e, assim, descobrimos a imagem que estava lá. Foi um Projeto Muito enriquecedor!

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

06

Infantil IV

Projeto “Viagem pelos Contos Clássicos”

A importância da leitura na educação infantil contribui na formação de cidadãos mais críticos e ativos na organização de uma sociedade mais consciente. Os contos clássicos conseguem deixar fluir o imaginário e levar a criança a ter curiosidade, promovendo o desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

A visita da Beca, uma boneca de pano, proporcionou uma viagem ao mundo da fantasia, possibilitando o encontro entre as histórias e os personagens. A Beca foi fundamental na construção do caminho que levou os alunos a explorarem a imaginação, ajudando a conhecer e a entender o meio em que vivemos.

Contar e ouvir uma história é compartilhar uma experiência gostosa, na descoberta do mundo das histórias e dos livros. Dentro do projeto, os alunos viajaram nas histórias da Cinderela, da Chapeuzinho Vermelho, do Pinóquio, do João e o pé de feijão e da Rapunzel. Também foram realizadas atividades como: pasta com relatos e fotos da visita da Beca à casa de cada aluno; jogos; registros de escrita coletiva; interpretação de pequenos textos; experimentos no laboratório de ciências e a utilização de materiais diversos. Os alunos foram estimulados a descobrirem as belezas e o encantamen-to da leitura e da escrita, tornando-os leitores e escritores mais criativos, favorecendo uma aprendizagem mais significativa.

Viajar pelos contos clássicos foi enriquecedor e encantador.

Professoras Fernanda Costa e Julianna Néspoli

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

07

Infantil V

Projeto “Se eu governasse o mundo...”

Os alunos do 1º ano

realizaram a releitura do

livro ¨Se criança governas-

se o mundo...”, do autor

Marcelo Xavier, com o

objetivo de despertar o

interesse pela escrita e pela

leitura, o que favoreceu no

processo de alfabetização.I n i c i a l m e n t e ,

r e a l i z a r a m d i v e r s a s

atividades, participaram de

teatro na Biblioteca “Rubem

Braga”, rodas de leitura e

de conversa, momento de

interação com a família e

atividades artísticas em

parceria com a professora

Rosangela , de Arte.N u m s e g u n d o

momento, cada aluno(a) foi

conv idado(a ) a se r o

autor(a) da sua própria

história, contando como

seria o seu mundo, por

meio da escrita do próprio

l ivro. A cr iat iv idade, a

imaginação e a produção

de textos foram aspectos

f u n d a m e n t a i s p a r a o

desenvolvimento da obra.O projeto teve como

culminância uma exposição

com as atividades realiza-

das, fazendo com que

t o d o s o s e n v o l v i d o s

ref let issem a part ir do

p e n s a m e n t o d e c a d a

criança, como seria um

mundo melhor.

Professoras: Beatriz Garcia, Fernanda Poloni e Geliane Lima.

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

08

1 anos G, H e I. os

Projeto: “Uma Aventura no Mundo de Tarsila”

Os alunos dos segundos anos da Unidade de Vitória, juntamente com as professoras Cláudia, Monica e Regina Maria, trabalharam com o livro de Mércia Maria Leitão e Neide Duarte, que retrata uma viagem feita pelo persona-gem Rafa. O menino viaja pelo mundo das telas da pintora Tarsila do Amaral. Pelos caminhos do sonho, ele é convida-do a montar um barquinho, a completar uma paisagem, con-feccionar uma luneta, a desenhar a casa de um macaco, vivendo todo o universo da natureza das telas da artista.

Sabendo que a arte é absorvida por cada um de for-ma singular, convidamos os nossos alunos a realizarem essa viagem juntos com o Rafa. Com o auxílio da Professora de Arte, Rosangela, os alunos foram estimulados a conhe-cer algumas grandes obras da artista Tarsila do Amaral. Pintora, nascida em Capivari, São Paulo, em 1886, é indiscu-tivelmente, um ícone da arte brasileira nesse século.

Diante de tanta riqueza cultural, desen-volvemos o Projeto “Uma Aventura no Mundo de Tarsila, nas aulas de Língua Portuguesa, em parceria com a Biblioteca Rubem Braga. De for-ma lúdica, alegre, criativa e muito divertida, pro-duzimos atividades de pintura, de dobradura, de recorte e colagem, fazendo com que cada aluno se expressasse por meio das Artes Plásticas. O resultado dessa coletânea de ativi-dades significativas foi uma exposição na esco-la, em que os alunos apresentaram suas obras e apreciaram as obras dos outros amigos dos

os2 anos, junto com seus familiares.Reverbel (1997) reafirma nossa fala quan-

do diz que:“O objetivo na escola não é ter um aluno-autor, um alu-

no pintor ou um aluno compositor, mas sim dar oportunida-des a cada um de descobrir o mundo, a si próprio e a impor-tância da arte na vida humana”.

Depoimento:

“O livro é muito legal, tem várias atividades e adesivos. Eu gostei muito dele e das atividades. É o primeiro ou segun-do livro que eu leio que tem texto e atividade ao mesmo tem-po.” (Alice Guerson Barcelos 2ºH | Professora Cláudia)

“Eu conheci as pinturas da Tarsila e aprendi muito com ela. Entendi que tudo a gen-te pode sonhar.” (Carolina Inácio Forestti 2ºH | Professora Cláudia)

“Eu gostei muito desse projeto, porque além de ler e me divertir, eu aprendi mais sobre a pintora que mudou o rumo da pintura brasilei-ra”. (Filipe Cruz Clemente 2º I Professor Regina)

“Eu achei bem divertido, pois aprendi sobre obras de Tarsila. Além de ler o livro, nós fizemos atividades interessantes.” (Fiorella Salezze Sulti 2º I Professora Regina)

“Eu aprendi a usar a imaginação e apren-di sobre as pinturas de Tarsila.” (Luisa Scardua Pinto Marchere 2ºG | Professora Monica)

“Eu aprendi no livro da Tarsila que a gente pode imagi-nar que a gente vive em um mundo de quadros.” (Manoel de Ávela Jeronimo 2ºG | Professora Monica)

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

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2 anos G, H e I. os

Professoras responsáveis: Mônica Batista, Claudia Regina e Regina Maria

PROJETO “Monitores de Trânsito”

Sabemos que a escola é um local onde desenvolve-mos e orientamos valores primordiais à vida e à convivência. A educação para o trânsito na vida das crianças é um processo de formação contínua, sendo necessários momentos de reflexão e de análise do comportamento das pessoas no trânsito.

Como trabalho interdisciplinar, as turmas do 3º ano da Unidade de Vitória, desenvolveram o Projeto “Monitores de Trânsito” orientadas pelas professoras, leram e realiza-ram várias atividades lúdicas a partir da obra literária “Gente vem pra cá, gente vai pra lá... e todos têm direito a um trânsito

seguro”, de Malô Carvalho e Suzete Armani, da editora Autêntica.

O livro tem como objetivo provocar situações de análise e de reflexão sobre valores e atitudes fundamentais para a formação da criança, que começa a construir seus princípios éticos e morais a partir dos primeiros anos de vida. Usando a representação de cenas do cotidiano – ou do que deveria, idealmente, ser o cotidiano de uma criança, o livro educa seus pequenos leitores a conhecer e a reivindicar seus direitos para que, futuramente, possam exercer plenamente seus deveres de cidadãos, tendo a consciência de como o trânsito pode funcionar bem se todos fizerem a sua parte. Sem a pretensão de preparar futuros motoristas, o livro busca contribuir para a formação de pessoas éticas e cidadãs, que tenham posturas e atitudes voltadas ao bem comum no espaço público.

A história é dividida em três partes. Em “Pra começo de conversa”, apresenta os direitos e os deveres de pedes-tres e de passageiros no trânsito. Em “Do lado de fora…”,

trata dos cuidados que os pedestres devem ter ao andar na rua, alertando ainda para o bom uso dos semáfo-

ros e para a gentileza com os idosos, os deficientes e as gestantes. Finaliza com “Do lado de

dentro…”, que ensina a respeitar as regras

Professoras Josélia Alves e Marina Cardoso

como passageiros em um carro ou em um transporte coletivo, agindo de forma consciente e praticando atos de cidadania, como não jogar lixo para fora do veículo.

Nada melhor que ensinar as crianças, desde cedo, as leis de trânsito, os riscos, a importância de atitudes seguras, saudáveis e éticas. Devemos orientá-las de forma que essa educação se reflita lá na frente, como algo que torne o mundo e o trânsito um lugar melhor, mais seguro e menos violento.

Depoimentos:“Foi bem interessante ter esse livro enriquecendo o

nosso Projeto Monitores de Trânsito, porque aprendemos que temos que colaborar para um trânsito melhor e mais seguro. Respeitar as leis de trânsito é um ato de cidadania, de educação e é bom para todos”. (3º ano A)

“Ler esse livro nos levou a repensar nossas atitudes no trânsito. Assim como os profissi-onais que nos visitaram no Projeto Monitores de Trânsito, a

autora explica bem a importância das regras e das leis de trânsito para a organização dos ambientes.

Achamos que todos deveriam ter a oportunidade de conhecer esse livro e entender o motivo de cada regra para poder aplicar em seu dia a dia.” (3º ano G)

“Ler livros é muito importante e a leitura dessa obra nos ensinou muitas coisas interessantes a respeito de como devemos nos comportar no trânsito e a respeitar todas as leis.” (3º ano H)

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

10

3 anos A, G e H. os

Projeto “FLICTS”

Aproveitando a temática institucional deste ano “Diversidade: incluir, respeitar, multiplicar e amar”, os alunos das turmas do 4º ano trabalharam com o livro Flicts, do autor Ziraldo. O livro conta a história de uma cor “diferente”, que não consegue se encaixar no arco-íris, nas bandeiras e em lugar nenhum e que ninguém, em princípio, reconhece seu merecido valor. Flicts vai se conformando que “não tinha a força do Vermelho, não tinha a imensidão do Amarelo, nem a paz que tem o Azul”. Contudo, Ziraldo deixa uma fantástica mensagem de caráter e de respeito, dando a entender que todas as pessoas, por mais diferentes que sejam, possuem seu lugar no mundo.

Dessa forma, o livro possibilitou o entendimento de forma consciente sobre a importância de incluir a todos, respeitando sempre a diversidade. Os alunos realizaram atividades diversas em uma coletânea, participaram de dinâmicas e de rodas de conversa, além de desenvolverem pinturas em tela.

Para finalizar o projeto, as turmas produziram um teatro contextualizando o assunto do livro, colocando em prática os valores aprendidos por meio de uma apresentação para as famílias.

Professoras Renata Torres e Léa Reynud

4 anos A, G e H. os

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

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Projeto “Leitura, Prazer e Descoberta.”

A leitura desenvolve no leitor uma consciência crí-tica do ambiente em que habita. Aqueles que têm o prazer de ler, vivem em processo contínuo de transformação tan-to quanto pessoa humana, como ser político, social e, agente participativo nos destinos da sociedade.

A prática da leitura aprimora o vocabulário, sem contar com o desenvolvimento da imaginação e criativida-de do leitor.

Preocupados com a formação integral de nossos alunos, as turmas do 5º Ano, durante as aulas de Língua Portuguesa, trabalharam com o livro “Do Zero ao Gênio”– o garoto que lutou pelos seus sonhos. Levando-os a pen-sar sobre: “O que você faria se fosse tão mal na prova a tal

ponto que tirasse zero?” Essa e outras reflexões permea-ram nossa leitura e nos levaram a refletir sobre saúde emo-cional, resiliência, empatia e, principalmente, o poder dos sonhos para mudar a mente e o mundo. Certamente, tor-namo-nos pessoas mais fortes e encorajadas para enfren-tar os obstáculos da vida porque “os fortes usam a inteli-gência, os fracos usam a força.”

DEPOIMENTOS:“O livro 'Do Zero ao Gênio’ é, na minha opinião, um

dos melhores que eu já li. É muito inspirador e inteligente, além de ser muito legal. Gostei muito!” (Maria Luisa – 5º Ano A)

“Achei o livro 'Do Zero ao Gênio' muito interessante e legal, porque a história de Guto, acho que vai me fazer fi-car mais interessada nos estudos e recomendaria este livro para outras pessoas.” (Carolina – 5º Ano A)

“Com a leitura deste livro nós aprendemos a so-nhar, a correr atrás dos nossos sonhos e a nunca de-

sistir deles. Nós também aprendemos que a ansie-dade e o medo são os maiores inimigos da me-

mória e, por isso, devemos estudar e fazer as

Professoras Dávila Ribeiro, Luciana Loureiro e Rafaella Reis.

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

12

provas com calma para não ter um 'branco', além de não brincar durante as aulas. E quando tivermos dificuldade com alguma matéria devemos pedir ajuda aos nossos pro-fessores e pais. Enfim, amei ler o livro e tenho certeza que a minha turma também. Fiquei curioso para saber como se-ria o final. ” (João Gabriel – 5º Ano G)

“A leitura deste livro é muito importante para nós cri-anças, pois o livro descreve as dificuldades que podemos enfrentar durante a vida e como podemos superá-las, usan-do certos códigos e a força da amizade, pois os amigos nos apoiam e reanimam quando alguma coisa nos abala. Também nos ensina de uma forma indireta, que não deve-mos deixar nossas obrigações para a última hora e deve-mos levar mais a sério a vida. ” (Alice - 5º Ano G)

“Este livro é algo que pode nos inspirar a ser um gê-nio, tendo consciência do que fazemos. Também nos dar a entender que a vida não é só viver usando equipamentos eletrônicos, e sim um mundo de grandes descober-tas.”(Júlia – 5º Ano H)

“Quando comecei a ler este livro, entrei no univer-so de Guto e seu avô e comecei a compreender melhor a vida e a convivência com os meus amigos, professores e funcionários da escola. Sempre gostei das aulas de Filosofia, agora estou amando a experiência de ler o livro 'Do Zero ao Gênio', nas aulas de Português. Gostei do as-sunto abordado e a forma como ele foi escrito. Certamente ele me ensinou a ser a uma pessoa melhor!”(Roger – 5º Ano H)

5 anos A, G e H. os

Biblioteca Rubem Braga

A Biblioteca da escola desenvolve diversos projetos que promovem a leitura e o acesso aos livros.

Entre as atividades, destacam-se os projetos “Árvore literária” e “Poesia no tapete”, que são marcados por momentos especiais.

Os encontros foram desenvolvidos com o objetivo de compartilhar histórias da literatura infantil a fim de ampliar o conhecimento e o repertório de leitura dos alunos. As atividades também têm como finalidade estimular e incentivar o hábito da leitura de maneira prazerosa. Diversos persona-gens visitaram a biblioteca durante o horário do recreio, promovendo momentos mágicos.

No dia 18 de abril, foi apresentado um teatro com os alunos do 4° ano junto à Biblioteca, um momento lúdico no qual as crianças se divertiram encenando a história da Chapeuzinho Vermelho.

Semana do livroEducação Infantil e Ensino Fundamental I

PROJETOS

REVISTALITERÁRIA 2018

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PROJETOS

Cultura e as RelaçõesLaboratório Inteligência de Vida- LIV

Na Leitura com Reflexão, os alunos são incentivados a aprender diversas perspectivas culturais, essenciais para o desenvolvimento dos hábitos. O LIV – Laboratório Inteligência de Vida, adotado pela disciplina Cultura e as Relações, estruturou-se no primeiro semestre em quatro literaturas, imprescindíveis na forma-ção dos adolescentes e determinantes para as atividades: Extraordinário, 6º ano, Eu me cha-mo Antônio – Segundo, 7º ano, Cem dias entre céu e mar, 8º ano, e Maus, 9º ano.

L a n ç a d o n o B r a s i l e m 2 0 1 3 , Extraordinário conta a história de um menino de aparência incomum, mas de coragem e cora-ção enormes: August Pullman, o Auggie, que

Que tal um amigo oculto de preceitos?

Alguns preceitos:

“Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil”

“A sorte favorece os bravos”.“Seus feitos são monumentos”.

“Não tenha amigos que não estejam à sua altura”.

Neste momento da atividade do Amigo Oculto de Preceitos, desenvolvida com o 6º ano, os alunos trocaram os preceitos personalizados que escreveram sobre o colega sorteado. Ao produzirem e lerem os preceitos de forma clara e coe-rente, descrevendo os colegas, praticaram o hábito da Manchete de Jornal.

nasceu com uma grande deformidade facial e aos 10 anos, vai frequentar a escola pela pri-meira vez. O livro permitiu aos alunos do 6º ano entrarem em contato com o universo de August Pullman, cujo maior desejo é se sentir como uma criança comum. Com base em desafios enfrentados pelo pequeno Auggie, discutindo situações em que somos julgados e em que julgamos alguém, refletindo sobre o impacto de nossas ações. Enquanto Auggie tenta vencer seus medos e se integrar em um mundo completamente novo, sua presença desencadeia as mais diferentes reações — algumas boas, outras nem tanto, mas todas profundamente transformadoras.

Hábito da Manchete de jornal

Professoras Alba Valéria, Julio Morguetti e Edineia Nascimento.

REVISTALITERÁRIA 2018

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REVISTALITERÁRIA 2018

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PROJETOS

Eu me chamo Antônio - Segundo

O livro lido pelo 7º ano foi criado por um jovem chamado Pedro Gabriel que, em 2012, começou a escrever palavras, rimas e poesias em guardanapos de papel. O que para ele era apenas um passatempo em restaurantes e cafés, tornou-se febre quando fez a página “Eu me chamo Antônio” no Facebook e compartilhou as suas criações com quem quisesse entrar em seu mundo. Os alunos foram convidados a desvendar e refletir sobre as rimas escritas e desenhadas por Antônio nos guardanapos. Em 'Segundo - Eu me chamo Antônio', além de frases irreverentes e poéticas, o personagem abre para o mundo as páginas do caderno em que escreve fragmentos de textos - alguns de seus

pensamentos mais profundos - e explora sua criatividade brincando com frases e esbo-ços rabiscados. A arte de Pedro Gabriel expande-se para além dos guardanapos

em ilustrações inéditas que pontuam essa literatura.

Cultura e as RelaçõesLaboratório Inteligência de Vida- LIV

Professoras Alba Valéria, Julio Morguetti e Edineia Nascimento.

O Barco das Personalidades

Com objetivo de transmitir mensagens motivadoras e adequadas aos colegas, os alunos das turmas do 8º ano desenvolveram a atividade “O barco das personalidades”. De forma muito lúdica, cada aluno representou, por meio de um desenho, uma personalidade do momento: Anita, Ronaldo, Malala Yousafzai a Mark Zuckerberg. Porém, o barco com seis personalidades acabou se chocando com um iceberg, forçan-do, a cada quatro minutos, uma personalidade pular do barco, para diminuir o peso, já que a água estava entrando na embar-cação. O mais interessante foi perceber o argumento e a defe-sa que cada um concedeu à personalidade que estava repre-sentando, para permanecer no barco, convencendo os dema-is de sua importância no barco e por quais motivos deveria con-tinuar no barco.

O que de fato estava sendo avaliado nesta dinâmica da personalidade era a capacidade de o aluno argumentar e con-vencer, ou seja, vender a sua ideia, de forma motivadora e ade-quada aos colegas, praticando, assim, o hábito do vendedor.

Hábito do vendedor

No último ano do Ensino Fundamental, os alunos entram em contato com o universo de Maus, um relato de Art Spilgelman sobre seu pai, um sobrevivente do holocausto. Também judeu e um dos mais renomados artistas de HQ do mundo, Art conta a versão do pai sobre sua história na Polônia nazista caracterizando todos os personagens como animais. Os judeus são ratos, nazistas são gatos, franceses, sapos, poloneses são porcos e americanos, cachorros. Tudo isso garante que o leitor se envolva com os relatos e consiga perceber os horrores da guerra e as consequências do ódio e do preconceito contra os judeus naquele período. O Livro é considerado um clássico contemporâneo das histórias em quadrinhos. O livro que ganhou o prestigioso Prêmio Pulitzer de literatura, é um sucesso estrondoso de público e de crítica. Desde que foi lançado, tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áre-as - história, literatura, artes e psicologia.

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PROJETOS

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Poesia, arte e folioscópio

Utilizando a técnica do folioscópio, os alunos produzi-ram imagens organizadas sequencialmente, formando um livreto para ser folheado. A partir do poema escolhido do livro “Eu me chamo Antônio - Segundo” escreveram um novo poe-ma progressivo, sendo ilustrado como um folioscópio. De for-ma livre e criativa produziram no bloquinho de Post it e compar-tilharam com os colegas. A atividade permitiu aos alunos utili-zar de elementos visuais e verbais, ou seja, desenhos e poesia, para construir uma mensagem para o seu folioscópio.

Colocaram em prática o hábito do cartunista, pois preci-saram utilizar de elementos visuais e verbais, ou seja, dese-nhos e poesia, para construir uma boa mensagem para o foli-oscópio deles.

Hábito do cartunista

Ao 8º ano foi oportunizado conhecer a história verídica de superação de Amyr Klink, um brasileiro que, em 1984, decidiu atravessar o Oceano Atlântico, estabelecendo uma meta de cem dias, saindo da África e chegando ao Brasil, em um meio de transporte pouco convencional para tamanha distância: um barco a remo. Navegando ao lado dos peixes, entretendo conversas com gaivotas e tubarões, remando no meio de uma creche de baleias, Cem dias entre céu e mar é o relato de uma travessia absolutamente incomum de mais de 3500 milhas (cerca de 6500 quilôme-tros) do sul da África, até o litoral baiano. Neste livro Amyr Klink mostra como é importante se plane-jar bem para executar uma ideia e como a garra e a perseverança são essenciais para alcançar o objetivo final. Este livro é uma grande história de superação que traz aos alunos exemplos de como devem buscar seus sonhos.

Deixe as diferenças em paz

A leitura do livro Maus permitiu desenvolver atividades com os alu-nos sobre o preconceito e sobre a intolerância, temas centrais do livro. Em grupos, escolheram o tipo de preconceito e organizaram a apresen-tação por meio de uma entrevista ou de um depoimento pessoal.

Entre os tipos de preconceitos: o racial, o social, o machismo, a homofobia, a intolerância religiosa e a xenofobia. A atividade provocou uma rica discussão e uma reflexão as quais permitiram desenvolver habi-lidades e hábitos conectados ao livro e ao cotidiano dos estudantes, visando à prática de novos ensinamentos e de novos valores em relação ao outro.

Apresentar e discutir os tipos de preconceitos é praticar o hábito do ouvido atento, da troca de chapéu.

Hábito da troca de chapéu

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Alice no País das Maravilhas

Os alunos do 6º ano embarcaram na leitura do conto de fadas "Alice no país das maravilhas" e se divertiram muito incor-porando os personagens para uma deliciosa sessão de fotos.

Veja imagens:

Os alunos dos sextos anos leram, no primeiro semestre, o clássico "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll. O encontro entre a menina e os habitantes do País das Maravilhas tem um significado bastante profundo.

Depois de várias análises e debates, os alunos recriaram, em grupos, uma cena do livro. Fizeram um roteiro adaptado, com novas falas e episódios ainda mais inusitados. Em seguida, num momento repleto de criatividade e descontração, apre-sentaram para a turma suas divertidas adaptações - mostrando que a Literatura car-rega em si a magia de novas descobertas.

6 anos A, G e H os

Professoras: Jussara Rohr e Roberta Estevam

PROJETOS

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Marcadores de páginas

osOs alunos dos 7 anos leram “Fuga da biblioteca do Sr. Lemoncello” e, para desmitificar a ideia da Literatura como algo distante e para poucos, produziram jogos de tabuleiro recriando narrativas em perguntas e em desafios. Foram momentos de leitura, reflexão, criação e muita diversão!

7 anos A, G e H os

Professora: Vanda Carla de Oliveira

PROJETOS

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Mistério no Museu Imperial

PROJETOS

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Cem dias entre céu e mar

“Lá vai uma vela abertaSe afastando pelo mar

Branca visão que despertaAnseios de navegar

Meus olhos seguem a velaPela vastidão do mar"

(Valter Franco)

Os alunos do 8º ano “A” fizeram a leitura do livro “Cem dias entre céu e mar”, de Amyr Klink. O livro é um relato de viagem, inspirado na viagem que o autor fez sozinho num barco a vela, saindo de Luderitz - Costa africana, cruzando o sul do Oceano Atlântico até chegar à Praia da Espera, no litoral da Bahia.

Nesse livro ele conta sua epopeia de perigos, medos, solidão, emoção e sentimento de plenitude que viveu durante sua jornada de cem dias, sozinho – aliás, na companhia de animais marinhos. Olha o que diz o próprio Klink:

“Um medo que não pude dividir com ninguém. Embora todos estivessem ao redor, nunca me senti tão só, nunca! Estava caminhando numa direção desconhecida e contra corrente, desafiando os que duvidavam e me afastando dos poucos que acreditavam”. Amyr Klink

É emocionante e ao mesmo tempo arrebatador. E é claro que para culminar essa obra, os alunos do 8º ano “A” prepararam um telejornal, cujo alvo foi uma entrevista com Klink na chegada a sua cidade natal, Paraty.

Foi divertido, intenso e o resultado foi maravilhoso! Professora Jussara Rohr de Souza Murari

Professora: Jussara Rohr de Souza

8 ano A o

Juri Simulado - Produção de Texto

Professoras responsáveis: Regiany Mattos e Diandra PittelaDesenvolvendo a habilidade leitora e a diversidade de linguagens, os alunos dos 9º anos recriaram o enredo do

Livro Maus, de Art Spielgeman, apenas com imagens. Através do aplicativo Comic book, retrataram as principais cenas da obra. Depois das fotografias, eles produziram, no laboratório de informática, um vídeo curto em movie maker. Com figurino e acessórios, nossos alunos brilharam como protagonistas neste projeto.

Professora: Fernanda da Costa Valério

9 anos A, B e G os

PROJETOS

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1. Como surgiu o gosto pela leitura?

Minha mãe tinha uma estante incrível na sala, cheia de livros. Lembro que meus sábados a tarde eram passados na frente dela, escolhendo o que leria. Nem sempre tinha coisa legal (a menos que alguém ache sociologia legal aos 11 anos) mas tinha quantidade, e aquela sensação boa de poder escolher como passaria a próxima hora. Eu também era fã do Maurício de Souza e suas revistinhas, e os gibis da Disney.

2. Quando você descobriu que queria ser escritora?

Aos 14 eu já gostava de escrever, e enchia cadernos e mais cadernos com histórias. Só que a coragem de escrever, mesmo, só veio quando nos mudamos para a Romênia e eu não tinha como trabalhar ou estudar. Então decidi tentar finalizar um livro. Levei dois anos para isso.

3. Quem são os autores que te motivam escrever e por quê?

Eu adorava, quando criança, a coleção Vagalume. Também lia uma coleção chamada “Para gostar de ler”. Mais tarde vieram os romances de banca, um alento e refúgio quando minha mãe me colocava nas intermináveis e animadas colônia de férias. Não consigo me decidir hoje por um autor preferido (gosto do Agualusa, um escritor angolano; de Machado de Assis, hoje mais do que antes; adoro a genialidade da Margaret Atwood). Mas para a turminha que gosta de viajar nos livros, indico Suzanne Collins, e a trilogia Jogos Vorazes (parem tudo que estão fazendo e leiam esses livros!) da JK Rowling e seus Harry Potters, do humor sem igual de Douglas Adams e seu inteligente Guia do Mochileiro das Galáxias. E a-do-ro Crepúsculo e família, A Seleção, ou qualquer outro romance adolescente.

4. Que dica você daria para quem está começando a escrever um livro?

Uau, eu poderia falar dias sobre esse assunto. A dica mais importante, no entanto, é: continue escrevendo. De dia, de noite, em cadernos e agendas. Guarde tudo (o ofício da escrita faz grande uso da reciclagem!) e leia muito. Leia para aprender, para escrever igual, para escrever diferente. Não tenha o menor medo de mostrar o que escreve para aqueles que lhe querem bem. Se ouvir críticas, bem vindo ao mundo dos que tiveram coragem e se arriscaram! Elas sempre vão existir, e nos farão melhores. Escrever é a maior terapia que você vai encontrar, e uma das tarefas mais redentoras e sublimes da vida. Quando vocês ouvirem que tocaram com a escrita alguém, será um momento inesquecível.

5. Como você estimula o gosto pela leitura em sua casa?

Dou o exemplo lendo. Leio as passagens engraçadas para que os outros se interessem também. Compro livros regularmente, passeio por livrarias, conto as histórias que li para os outros.

6. Onde você costuma ler os seus livros? E como mais gosta de ler? (de pijama, bebendo café, tomando sol…)?

Gosto de ler a quer hora, mas geralmente leio à noite, deitada. Ler + café: minha definição de céu.

7. Qual é um livro sobre o qual você nunca se cansa de falar?

Jogos Vorazes. Eu levei o livro comigo para um jantar, porque não aguentaria esperar até chegar em casa pra continuar a ler (Isso nunca aconteceu com outro livro!).

8. Qual dica você daria para uma pessoa que ainda não possui o hábito de leitura?

Ler é mergulhar em si mesmo. A gente está sempre pairando por ambientes demais (grande parte deles, virtuais), envolto em ruídos demais. Chega uma hora que a gente precisa do silêncio, e a leitura é essa “câmara de isolamento acústico” onde só existe você e a imaginação. Toda vez que fecho um livro, sinto como se tivesse voltado de uma viagem. E voltei, mesmo: de uma viagem interior. Experimente, você vai descobrir paisagens lindíssimas em você!

Obrigada por participar dessa entrevista!

Entrevista com a escritora Karina Kheid Rocha

ENTREVISTAPROJETOS

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Concurso “Certas Palavras”

Escrever é, sem dúvidas, um ato de cora-

gem! Infelizmente, trata-se de uma atividade não

executada com tanta frequência em tempos nos

quais os principais instrumentos de comunicação

são teclas. Nossa satisfação está em dizer que, em

mais uma edição do nosso concurso interno de

redação, tivemos centenas de participantes

corajosos, os quais se mostraram protagonistas

da própria história e provaram o quanto a escrita

mobiliza um universo de emoções que não pode

ser negligenciado.Nosso concurso objetiva incentivar não só a

escrita textos, mas os registros dos pensamentos de alunos valorosos, que se aventuram pelo fascinan-

te mundo das palavras! Assim, nós, equipe de Produção de Texto, entendemos que a escrita é muito

mais do que uma disciplina, é um espaço para se expor o que se aprendeu, leu, conheceu, questionou. Nosso objetivo é valorizar a criatividade, a autentici-

dade e, sobretudo, a autoria e, é claro, o resultado é sempre

encantador! Em 2018, baseamo-nos no tema norteador

“DIVERSIDADE: Incluir, respeitar, multiplicar e amar” e

sobre ele foram produzidos textos consistentes, reflexivos e

excepcionalmente criativos.Queremos agradecer a todos os envolvidos, às

famílias, aos alunos e à equipe técnica por todo empenho e

dedicação ao longo do projeto. A seguir, deleitem-se com a

agradável leitura dos textos dos alunos que se destacaram

em cada nível. Boa leitura!

Responsável: Professoras de Produção de Texto

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Gisele Morais é, por formação, Profissional de Letras, e trabalha desde 2016 com assessoria pedagógica e projetos de leitura na Árvore de Livros. Apaixonada pelo mundo dos livros, seu sonho é ver as crianças e jovens brasileiros descobrirem nos livros amigos fiéis, que lhes alimentarão o espírito por toda a vida.

BIOGRAFIAS

Paola de Oliveira é formada em Letras Português-Inglês, e atuou como professora durante 6 anos no ensino privado, mas atualmente os

trabalha como assessora pedagógica na Árvore de Livros. Amante da literatura, ela acredita que a leitura pode transformar vidas. Por isso, sonha com o dia em que crianças e adolescentes de todo o Brasil terão a mesma facilidade para acessar os livros que desejarem.

vastaselva

paraler

leva para verressaltapara ser.

estas letras

CERTAS PALAVRAS

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Dia de Festa!

Certa manhã, Summer e sua amiga Katy estavam em uma aula normal, até que a professora anunciou:

- Nesta noite teremos uma festa à fantasia, e quero ver todos vocês lá!As duas ficaram doidas. Era a primeira festa à fantasia das duas! Por isso, combinaram de ir

com a mesma fantasia: fadas da floresta.A noite era muito especial. Os alunos eram bem criativos, e chegaram com fantasias incríveis.

Mas as fadinhas arrasaram no visual e foram as mais lindas da festa.Depois de muita curtição, Summer e Katy conheceram um menino na festa. Mal sabiam que ele

era um bruxo de verdade! Vindo de outra dimensão, ele estava à procura de fadas para o ajudar, já que em seu universo, os cavalos mágicos só obedeciam às fadas dóceis e gentis. Mas as fadas haviam sumido misteriosamente de seu planeta. As meninas aceitaram ajudá-lo, porque não é todo dia que se tem a oportunidade de ir a um mundo mágico!

Quando passaram pelo portal aberto pelo bruxo, se depararam com uma cena muito surreal: cavalos voando pelos céus, usando escudos mágicos, lutando contra unicórnios que soltam arco-íris pelos chifres. Era assustador e lindo ao mesmo tempo.

Como as meninas eram gentis como fadas, logo acalmaram os seres místicos com suas doces canções.

Para retribuir à perda da festa a fantasia, os unicórnios deram de presente para elas: uma jarra de arco-íris líquido, uma pena de asa de pégasus e o poder de criar portais para poderem festejar no mundo mágico dos unicórnios e pégasus quando quiserem. Aquele com certeza foi o dia mais fantástico da vida delas!

Comentário da professora

Dia de festa é uma narrativa linear que surpreende na progressão dos acontecimentos. Os fatos narrados são bem amarrados, e é possível perceber um ótimo equilíbrio na utilização da criatividade e na construção das ideias, que nos permitiram o conhecer um mundo mágico completamente encantador.

Aluna: Isabella Valim Bourguignon – 7º ano

Unidade: Cariacica

Nível I: 1º Lugar

Título: Dia de Festa!

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A fada que não sabia ser fada

Catarina nasceu em uma família de fadas, porém nunca soube utilizar bem seus poderes, tornando-a uma fada atrapalhada. Em um dia ela resolveu que estava cansada de seguir os passos de seus pais, optando por viver uma vida mais tranquila e divertida, sua amiga então convidou Catarina para uma festa onde todos teriam que ir fantasiados, assim ela logo teria que procurar um vestido.

Catarina teve um pouco de dificuldade para achar uma roupa que servisse nela por ser um pouco gordinha, mas logo encontrou. Ao chegar à festa a menina estava muito animada, porém sua felicidade durou pouco, já que todos estavam vestidos com roupas elegantes e no local ela era a única fantasiada, por isso sem pensar muito correu até o banheiro para chorar.

Passou-se um tempo e Catarina, já recuperada de sua tristeza, começou a ouvir uma voz, fina e delicada. Por não haver ninguém mais no banheiro ela abriu a porta, quase levando um susto, viu uma frágil criatura que voava de um lado ao outro, uma fada. Catarina imaginou que ela estava ali para ajudá-la, mas quem precisava de conselhos era a criatura mística.A fada, que se chamava Sky, não quis conversa, simplesmente pegou na mão da menina e em um segundo foram transportadas por um portal mágico colorido, com pedras que ela jamais vira, e levando-as até uma floresta grande, cheia de seres, fadas, gnomos, bruxas do bem, que pareciam estar se desentendendo, pois um queria provar ao outro que era mais poderoso, mais forte. Sky não tinha tamanho suficiente para resolver a discussão dos habitantes do mundo mágico, por isso precisava da ajuda de Catarina, que até então não sabia controlar seus poderes, de controlar a mente das pessoas, mas por ver a aflição nos olhos de Sky fez de tudo para ajudá-la. Em suas primeiras tentativas não conseguiu, mas não desistiu e voltou a se controlar e concentrar-se, vendo que os seres estavam vendo o que ela desejava, a destruição que seria se eles continuassem brigando, eles iriam tornar o mundo mágico um lugar onde houvesse discussões, conflitos a todo momento. Sendo assim, todos se conscientizaram e acabaram com a briga, assim Catarina foi nomeada Fada Real.

Comentário da professora

A história da fada Catarina traz uma valiosa lição sobre autoestima. Foi num momento de grande tristeza que a fadinha descobriu que era capaz de fazer mais do que ela própria acreditava. E deixando de lado suas dores, ela nos ensina que às vezes é nas grandes adversidades que tomamos coragem de crer em quem nós verdadeiramente somos.

Aluna: Isa Azevedo Januário – 7º ano G

Unidade: Vitória

Nível I: 2º Lugar

Título: A fada que não sabia ser fada

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Halloween dos sonhos

Era uma vez uma menina chamada Poliana. Sua família era muito humilde e ganhava seu dinheiro com muito esforço. Poliana era uma menina muito esforçada. Ela havia conseguido uma bolsa de estudos na melhor escola da cidade, que, aliás, era muito cara.

Na escola, era rejeitada por ser pobre e negra, nunca era aceita nas rodas de papo, mas ela nunca ficava abalada. Porém, um dia, a escola promoveu uma festa de Halloween, mas Poliana não tinha recursos para comprar a sua fantasia, e então, decidiu não ir à festa.

Foi dormir com aquele pensamento. Em seus sonhos, ela foi levada ao MUNDO DAS FADAS MADRINHAS, que estavam desesperadas, pois a fada Zum havia desaparecido. A fada Zum era a fada madrinha de Poliana, mas ela ainda não podia sair de seu mundo, nem Poli sabia.

Então, as fadas perguntaram a Poliana se ela havia visto Zum na terra, e Poliana disse que não. O que elas não sabiam, era que a fada acompanhava a vida de Poliana. NO MUNDO DAS FADAS MADRINHAS, todas tinham poderes, logo, a FADA SÁBIA se aproximou de Poliana e falou:

- Use seu poder de achar pessoas e encontre a Zum!Poliana, então, viu que a fada estava em seu quarto. Logo pediu para ir até lá e pedir para Zum subir, e assim foi concedido. Quando Poliana voltou, a fada havia confeccionado um lindo vestido de bruxa, do jeito que Poliana sempre quis e a arrumou para a festa. Além disso, melhorou a relação de Poliana com os colegas de escola. Daquele dia em diante, Poliana sempre fazia visitas aquele MUNDO FANTÁSTICO.

Comentário da professora

De enredo encantador, Halloween dos sonhos nos aproxima da personagem principal de maneira sutil e comovente. Temos uma história que muitos de nós adoraríamos que se tornasse realidade em diversas perspectivas. A narrativa é encantadora e nos leva a um desfecho ainda mais emocionante, nos motivando a ter esperança e a sonhar com o que desejamos

Aluna: Ana Beatriz de Barros Natividade – 6º ano G

Unidade: Vila Velha

Nível I: 3º Lugar

Título: Halloween dos sonhos

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Faz de conta que acontece!

Gisele é uma garota especial, faz de tudo para que o bem prevaleça na sua rua, escola, família. Além disso, ama escrever!

Sua escola organizou uma festa à fantasia para os estudantes do Fundamental II, e como todos falam que ela se parece com uma fada, decidiu se caracterizar como esse ser.

A festa estava linda! O céu parecia estar mais estrelado do que nas demais noites, deixando todo mundo mais especial.

Gisele decidiu sair um pouco do salão e observar a noite, até que uma brilhante estrela cadente parece cortar o céu e a última coisa que a menina enxerga é um clarão branco.

Ao acordar, viu que estava em um lugar diferente, com muitas árvores e duendes correndo de um lado para o outro, parecia ser uma Floresta Encantada! Notou também que suas asas não eram mais de plástico, e sim verdadeiras e a garota havia ganhado poderes mágicos, tudo que ela falava, ocorria e sua varinha na mão esquerda brilhava. Ela havia se tornado fada!

Uma multidão de pequenos seres azuis lhe chamou atenção e viu que, no centro, havia um duende verde, diferente dos demais. Muitos diziam que deveria ser executado, mas Gisele gritou:

- O diferente deve ser respeitado! – ao dizer isso, a varinha mágica voltou a brilhar e iluminou a cabeça dos duendes, que concordaram com a fada e aceitaram o duende.A varinha voltou a brilhar cada vez mais forte. Após ver um clarão branco, Gisele se viu na festa, sem saber se o que viveu foi verdadeiro ou se não passava de um sonho.

Comentário da professora

A história de Vitória nos conduz por uma narrativa singela que nos surpreende em seu clímax. Somos envolvidos por um mundo encantado fascinantemente bem descrito, seu olhar perante o problema nos encanta, de modo que a resolução nos faz compreender como deveriam ser simples os nossos atos diante dos conflitos.

Aluna: Gabriela Vieira Coppo – 7º ano G

Unidade: Vitória

Nível I: 4º Lugar

Título: Faz de conta que acontece!

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A festa mágica

Certo dia, Luísa estava na festa a fantasia da escola vestida de fada quando, de repente, seu amigo Marcos derramou suco em sua roupa. A menina avistou um espelho por perto e foi ver como estava. Quando olhou para o espelho, Luísa viu um mundo mágico cheio de gnomos e cavalos voadores. Os gnomos falaram para ela entrar dentro do espelho e Luísa, espantada, aceitou a proposta.

Quando a menina chegou, viu que tinha se transformando em uma fada e quase achou que aquilo era um sonho. Os gnomos explicaram a ela que a Bruxa má tinha capturado metade de sua aldeia. Luísa, sabendo disso, ficou um bom tempo pensando em um plano para derrotar a Bruxa, quando finalmente lhe veio à cabeça uma ideia perfeita.

A fada convocou um exército de gnomos, magos e cavalos voadores, e foram todos rumo ao castelo da Bruxa.

Finalmente havia chegado e todo o exército atacou. Luísa usou seus poderes mágicos de fada para aprisionar a Bruxa para sempre, enquanto os magos libertaram os gnomos aprisionados.Ao final da aventura, os gnomos agradeceram a Luísa e a menina, muito feliz, voltou à festa a fantasia.

Comentário da professora

A festa mágica é um texto cativante, que nos transportou para um universo de magia totalmente encantador. Trata-se de um clássico encontro entre figuras marcantes desse mundo fantástico, desfruta-mos de mais um embate entre o bem e o mal, onde podemos mais uma vez ver prevalecer a força da bondade personificada em Luísa, a protagonista.

Aluno: Mateus Pessotti Dadalto – 6º ano

Unidade: Linhares

Nível I: 5º Lugar

Título: Dia de Festa!

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Carta

Aracruz, 23 de agosto de 2018.

Caro povo brasileiro;

Vivemos em uma sociedade regida por privilégios, uma sociedade imoral constituída pela nossa história. História que, hoje, é contada pelos opressores, e não pelos oprimidos.

Nossas diferenças nos constroem e a diversidade é o que temos de mais belo: o branco, o negro, o índio, o pardo e o asiático se fundem no brasileiro. Tal diversidade, tantas vezes desvalorizada pelos homens engravatados que nos governam, é parte da condição de ser humano, através dela reconhecemos o nosso ser.

A individualidade deve, pois, ser tratada com imensurável respeito, o que não acontece nos dias atuais. Seguimos diversas padrões (de beleza, comportamentais, culturais, etc) ditados pelos grupos mais poderosos; padrões estes que marginalizam muitas massas e assim geram discriminação em relação ao “diferente”.

Em síntese, não somos representados por padrão algum, e é nosso nobre dever desconstruí-las, por meio do respeito, do amor, e da valorização daquilo que por tento tempo nos foi incômodo: as singularidades. Devemos superar os padrões a nós impostos, superar o ódio, o preconceito, os privilégios, e enfim reconhecer que, por sermos tão distintos, nos tornamos essencialmente iguais. É a nossa luta.

Atenciosamente,Representante do Brasil.

Comentário da professora

A carta de Giovanna é enfática ao apontar os privilégios de alguns como origem das narrativas mais tradicionais da nossa História, geralmente contada do ponto de vista de quem está no poder. No texto, Giovanna também faz uma defesa empenhada da diversidade como condição intrínseca do ser humano, da necessidade de desconstruir padrões e da valorização de singularidades. É realmente gratificante ver jovens capazes de defender o respeito pelo outro de forma tão apaixonada.

Aluna: Giovana Pereira Moro – 9º ano A

Unidade: Aracruz II

Nível II: 1º Lugar

Título: Carta

CERTAS PALAVRAS

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Aluna: Vickthórya Kéren Ayres Forza – 9º ano

Unidade: Aracruz I

Nível II: 2º Lugar

Título: Carta

Carta

Aracruz, 5 de maio de 2018.

Cara população,

A discriminação existente entre nós não está nos permitindo ver quem realmente somos, ver a tamanha diversidade cultural presente entre nós e os benefícios que ela pode trazer.

Essa intolerância não é atual, na verdade, ela é bem antiga e já deveria ter se tornado obsoleta, contudo, esse ato repugnante só começará a ser extinto quando nós estivermos dispostos a abrir mão de alguns ensinamentos que nos foram passados de geração em geração.

Apesar de sabermos que o preconceito é prejudicial a todos, muitas vezes, o praticamos sem a intenção, disseminando estereótipos e etnias, culturas ou grupos sociais.

É preciso dar um basta nisso. Para tal feito é necessário que nós, cidadãos, tenhamos uns com os outros o cuidado para não espalharmos concepções equivocadas sobre determinada pessoa ou grupo social a qual ela pertence.

Já é hora de acabarmos com a discriminação.Atenciosamente,Já é hora de acabarmos com a discriminação.

Atenciosamente,Vickthórya Forza.

Comentário da professora

O texto da Vickthórya apresenta de forma sucinta e contundente a problemática da discriminação, chamando atenção inclusive à sua perpetuação ao longo dos tempos por meio de nossa cultura marca-damente preconceituosa. Ler esta carta nos faz conscientes da importância de defender o abandono de concepções retrógradas e buscar uma guinada para novos rumos.

CERTAS PALAVRAS

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Aluna: Thuanne Rocha Maciel – 9º ano B

Unidade: Vitória

Nível II: 3º Lugar

Título: Carta

Carta

Vitória, 5 de maio de 2018.

Caríssimos brasileiros,

Venho informar-lhes de que sou diferente, que você não é igual à pessoa que está ao seu lado, e que isso é normal e bom. O que nos faz únicos e especiais acima de tudo não é caro ou luxuoso, e sim comum.

Muitos sofrem por ter deficiências físicas ou auditivas, por exemplo. Mas sofrem sem razão, pois além de ser crime discriminar qualquer pessoa, é uma tremenda falta de educação.

Alguns deficientes não encontram emprego, ou, se encontram, não são tolerados pelos outros empregados que se intitulam “normais”. Todo esse sofrimento causado pelo simples complexo de superioridade de alguns. E o pior é que não precisa ter deficiência para ser uma vítima cruel da intolerância alheia.

A boa notícia que tenho é que a solução é simples e prática, basta tolerar e ensinar para as crianças que é preciso respeitar sem limites e aceitar todas as diferenças possíveis. Todos precisam saber que acima de qualquer coisa ou intolerância vem o respeito e o amor.

Atenciosamente,Representante do Brasil.

Comentário da professora

A carta de Thuane nos surpreende desde as primeiras linhas pelo posicionamento explícito. A aluna interpela o leitor forçando-o a olhar para si e para seu semelhante com interesse de ver além do superficial. Em seguida, o texto nos guia com exemplos para as múltiplas realidades experimentadas por quem está numa posição de diferente. É um convite à empatia.

CERTAS PALAVRAS

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Aluno: Kaio Kamei Mota – 9º ano A

Unidade: Vitória

Nível II: 4º Lugar

Título: Carta

Carta

Vitória – ES, 5 de maio de 2018.

Venho aqui hoje, por meio desta carta informar a vocês sobre alguns problemas que estamos enfrentando em nosso querido país.

Estes problemas que venho apontar estão ligados à discriminação, à intolerância e ao desrespeito, que vem ocorrendo recentemente entre as pessoas.

Querido povo brasileiro, a que ponto chegamos? Em pleno século XXI, e ainda há discriminação entre nossa própria nação? Para onde estamos caminhando, meus amigos? Estar vivendo uma situação dessas é vergonhoso para o nosso Brasil.

Devemos agir rápido, e mudar nossas atitudes, aceitar o próximo e promover a paz em nossa nação. Vamos virar este jogo espalhando a paz, para que todos se sintam confortáveis vivendo em nosso país, que não tenham medo de sair na rua só por terem a pele mais escura, ou ter uma sexualidade diferente, um país onde as mães brasileiras não precisem se preocupar se seu filho é vítima de racismo, homofobia ou outra forma de preconceito, que o Brasil se torne um país para todos.

Para isso, devemos divulgar programas de conscientização, para que o povo pare de achar que só porque é diferente que a pessoa deve ser excluída da sociedade e, assim, de pouco em pouco, transformar nosso país em local de orgulho.

Atenciosamente,Representante Brasileiro.

Comentário da professora

O texto de Kaio é cheio de indagações, em vários momentos o autor nos obriga a repensar nossas concepções e nosso papel em uma sociedade em constante construção. Na visão do autor, não há espaço para isenção, precisamos estar vigilantes e ativos na busca da valorização da dignidade de todos.

CERTAS PALAVRAS

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Aluna: Bianca Gomes Barros – 8º ano G

Unidade: Vitória

Nível II: 5º Lugar

Título: Carta

Carta

Vitória, 5 de maio de 2018.

Cara e valorosa população brasileira,

É de fato uma honra para mim ter sido escolhida como vossa representante nesta assembleia. Hoje, eu não falarei apenas pelos pobres, ou pela classe média e alta, e sim por um todo, chamado Brasil.

Em você, brasileiro, em suas veias, corre um sangue de um negro trabalhador, de uma mulher que não se curvava diante de homem nenhum, de um estrangeiro ambicioso, pois o Brasil é isso mesmo: uma completa mistura de tanta gente tão diferente, com um único objetivo em comum de ser feliz.

Eu não compreendo como permitem esse filtro, essa ideia do que é bom e o que é ruim em tal pátria que só quer ser diferente. O Brasil é variado, querendo abraçar cada cultura e etnia, e ao mesmo tempo nenhuma.

Temos de tudo aqui, cada beleza singular... e muitas qualidades, e isso é um orgulho. Por isso, brasileiro, espero que olhe dentro daqueles que o rodeiam e constate o mesmo.Repense cada ato do seu dia a dia, como uma simples manobra errada no trânsito, e faça-o melhor, pensando nos outros. O nosso Brasil tão querido só será recuperado com um melhor planejamento e com empatia. Quando um país que parece ser tão acolhedor finalmente se unir, então teremos uma mudança.

Grata pela atenção,Representante do Brasil.

Comentário da professora

O mais interessante na carta da Bianca é que ela chama a atenção do leitor para o fato de que a diversidade na formação do povo brasileiro é viva em cada um de nós, está na nossa constituição corporal e nos nossos ideais, devendo nos guiar para a busca da autocrítica e do reconhecimento do valor das diferenças.

CERTAS PALAVRAS

REVISTALITERÁRIA 2018

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