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Revista Mais Conteúdo - Edição 12

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Destaque para as novas regras de Licenciamento Ambiental na cidade de Ribeirão Pires

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o progresso ordenadoo progresso ordenado

LICENCIAMENTO

AMBIENTALLICENCIAMENTO

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Nesta primeira edição de 2013, o foco está nas mudanças. Ribeirão Pires, enfi m, chegou a um ponto comum a respeito de um problema que travava o crescimento da cidade, o licenciamento ambiental.

Para podermos desfrutar da bela paisagem e da boa qualidade do ar, precisamos de regras, como a Lei dos Mananciais, que demanda uma série de exigências para a construção de novas edifi cações resi-denciais, comerciais ou industriais. Agora, com a assinatura de um novo convênio com a CETESB, a cidade poderá acelerar o processo de licen-ciamento. Com isso, a partir de agora o que poderia durar anos será abreviado. Melhor para o desenvolvimento da cidade e, consequente-mente, do país.

Também iremos abordar a questão da segurança. Uma velha de-manda dos munícipes, as Câmeras de Segurança, está perto de ser executada e, de acordo com a secretária municipal do setor, Sonia Garcia, é a “menina dos olhos” do novo prefeito. Conversamos com especialistas que falaram sobre sua importância para a cidade.

Por fi m, também falaremos sobre a Coleta Seletiva de Lixo, que está a pleno vapor na cidade e tem planos ousados de crescimento para os próximos meses. Crescimento com qualidade de vida. Essa é a expec-tativa de todos nós para os próximos anos.

Danilo MeiraJornalista Responsável

Ano novo, vida nova

4. Artigo Prof. Nelson Camargo

15. CidadeIgreja Bola de Neve chega a Ribeirão Pires

8. Vitrine GlassAlta qualidade em vidros

24. CidadeColeta seletiva de Ribeirão Pires

6. DireitoDr. Cezar de Carvalho

11. EmpresaImobiliária Casa & Cia comemora 5 anos

30. Saúde Dr. Iberê Ribeiro

28. CulturaAlê Martins e Rogério Moreto

5. CurtasNotícias do Brasil e do Mundo

17. Matéria de CapaLicenciamento ambiental

10. PolíticaEdson Savietto - Banha

26. CidadeCâmeras e sua importância para a segurança

7. Prefeito RespondeSaulo Benevides

23. PetNovas regras para clínicas veterinárias

12. Perfi lClaudio do Luzo

31. Ala Voloshyn Tem que ser do meu jeito

33. GamesPong completa 40 anos

34. CrônicaPaulo Franco

29. DestaquesACIARP entrega brindes do Natal Iluminado

Novo plenário da Câmara ilustra pontos turísticos da cidade

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Edição 12 - Fevereiro / 2013

Publicação Mensal de Mais Notícias Empresa Jornalística Ltda.

CNPJ: 05.531.420/0001-18email: [email protected]

Editor: Antonio Carlos Carvalho

Jornalista Responsável: Danilo Meira - Mtb: 43.013

Redação:Thiago Quirino - Mtb: 61.451

Izabel Ferré

Editoração:Gustavo Santinelli

Departamento Comercial: Sidnei Matozo

Claudio Sant’anna

Departamento Jurídico: Dr. Gilmar Andrade de Oliveira

Dr. Eric Marques Regadas

Colaboraram: Nelson Camargo / Ala Voloshyn

Dr. Cezar de Carvalho / Paulo FrancoDr. Iberê Ribeiro

Gazeta / Raul Carlos

Administração: Elisete Helena Pimenta

Distribuição Gratuita em:Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra,

Região da Represa Billings

Rua Olímpia Catta Preta, 194 1° Andar, Sala 2 • CEP 09424-100

Centro • Ribeirão Pires • SP Fone: 4828-7570 • Fax: 4828-1599

Impressão: Gráfica Bandeirantes

(11) 2436-3010

Rui Barbosa (1849 a 1823) escreveu a seguinte frase “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injus-tiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” Também o dramaturgo por-tuguês Gil Vicente, (1465 a 1540) já fa-lava da corrupção, em suas peças te-atrais, inclusive de juízes que vendiam sentenças. Da mesma forma, o padre Antônio Vieira, escreveu no “Sermão do Bom Ladrão”, em 1655, uma série de acusações contra os donos do po-der. Num dos trechos diz que Alexan-dre Magno (356 a. C. a 323 a. C.) na-vegava com uma armada pelo mar Eritreu para invadir a Índia, quando lhe trouxeram um pirata, que andava roubando pescadores. Alexandre co-meçou a repreendê-lo severamente, mas o ladrão respondeu-lhe: “Bas-ta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós por que roubais em uma armada sois impe-rador?”. Após essa exposição, Vieira afi rma que o roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza, querendo com isso dizer que os pequenos la-drões são punidos e “os grandes são considerados grandes homens”.

Por isso não devemos aceitar pas-sivamente os desmandos de certos governantes às vezes citando falsos argumentos como “rouba, mas faz”, ou “política é assim mesmo”, pois o acúmulo da malandragem política, é uma consequência dos incautos que continuam votando e endeusando

ladrões da pior espécie. Na verdade, os maiores ladrões permanecem livres e idolatrados e alguns poucos “laran-jas” (aqueles que assumem a culpa de outros, com medo de se compli-carem ainda mais) são condenados. Além disso, na cadeia os que têm di-nheiro levam vantagem sobre os que não têm.

Infelizmente, muitos candidatos bons não têm a mínima chance de vencerem eleições para cargos mais importantes como governador ou presidente (como foi o caso de Rui Barbosa) porque não fazem alianças com certos grupos que manipulam a opinião pública. Assim o índice de corrupção política e criminalidade aumentam em igual proporção. E a vítima maior é o povo. Cada vez mais.

Nelson Luiz de Carvalho Camargo é pesquisador, professor de Ciências Humanas, Língua Portuguesa, Literatura e de Língua Latina. Leciona nas Faculdades Integradas de Ribei-rão Pires. Nasceu na Vila de Tarumã, estado de São Paulo, em 1947. Veio para Ribeirão Pires, com sua família em 1952, aos cinco anos de idade.

O Aumento da criminalidade e corrupção política

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Está confi rmado! A cantora norte-americana Beyoncé estará no Rock in Rio, que será realizado em setembro na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. O anuncio foi feito pela própria organização do festival pouco depois de a diva ter se apresentado no inter-valo do Superbowl, a fi nal do futebol americano.

No dia 13 de setembro, primeira noite do festival, ela fará a apresentação principal do Palco Mundo. O valor do ingresso será de R$ 260 (inteira) e R$ 130 (meia) por dia de evento.

A crise fi nanceira em que está a Prefeitura lançou vários boatos na praça, entre eles um que preocupou a muitos: o cancela-mento do Festival do Chocolate.

Questionado, o secretário da Juventude, Esporte, Lazer, Cultura e Turismo, Paulo César Ferreira negou a falácia.: “a Prefeitura de Ribeirão Pires já organiza a programação cultural do 9º Festival do Chocolate, estudando propostas e materiais enviados à secretaria por artistas locais, regionais e de relevância nacional. Em breve serão divulgadas informações referentes ao evento”.

O ano de 2013 começou movimentado em Brasília, com a realização das eleições para as presidências do Senado Federal e da Câmara dos Deputados que serão comandadas por parlamentares do PMDB no próximo biênio.

Na primeira casa, o presidente será o alagoano Renan Calheiros (PMDB-AL), que venceu com 56 votos, contra 18 de Pe-dro Taques (PDT-MT). Sua eleição está envolta em polêmicas, já que na semana passada, foi denunciado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela prática de três crimes: peculato, falsidade ideológica e utilização de documento falso.

A Câmara dos Deputados elegeu Henrique Eduardo Alves, 64, (PMDB-RN), com 271 votos. Parlamentar com o maior nú-mero de mandatos consecutivos na Casa (11 em 42 anos), também tem problemas judiciais e deve ser julgado até março por Improbidade Administrativa, já que usou recursos públicos, por meio de propagandas institucionais, para se promover pessoalmente. Ou seja: ambos podem perder os respectivos mandatos em breve.

Beyoncé abirá primeira noite do Rock in Rio 2013

Prefeitura confirma realização do Festival do Chocolate

Câmara e Senado elegem seus presidentes

Por Izabel Ferré

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Todo o fi nal e começo de ano assistimos pelos meios de comunicação várias cidades sendo casti-gadas por enchentes e, em decorrência destas chu-vas, também o crescimento desordenado de bura-cos em vias públicas, ocasionando para as cidades e seus habitantes diversos prejuízos.

Estas inundações trazem danos à população, pois muitos perdem tudo: casa, roupas, carro, apare-lhos eletrônicos, sem contar os que perdem a própria vida. Nestas horas nos perguntamos: de quem é a culpa pelas enchentes? De “São Pedro”, da própria população ou do Poder Público?

O poder público responderá pelos danos causa-dos pelas enchentes sempre que houver negligên-cia, ou seja, omissão quando não fez o que deve-ria ter sido feito para impedir os danos decorrentes destas enchentes. Exemplos de omissão do Poder Público, são “bocas de lobo” mal conservadas, tu-bulação para escoamento da água com diâmetro insufi ciente, inexistência de galerias e bacias de con-tenção, entre outros.

Muitos também são os danos causados em veí-culos decorrentes de verdadeiras “crateras” existen-tes em vias públicas onde não são feitas as devidas manutenções, como a operação “tapa buracos”, que podem gerar prejuízos de pequena ou de gran-de monta, onde também pode haver a responsa-bilidade do Poder Público, na reparação do dano eventualmente ocorrido.

Sabemos que juridicamente o Poder Público pode se eximir da responsabilidade de reparar ou de indenizar o cidadão prejudicado, quando demons-trar que o fato ocorreu devido a “força maior” (situa-ções em que não se pode prever o que pode acon-tecer, pois o resultado seria inevitável), ou quando comprovada a culpa de uma terceira pessoa.

Porém, no caso de enchentes e também de bu-racos, em minha opinião, não podemos falar em caso fortuito ou de força maior, pois vivemos em um país tropical, em que o verão é uma estação climáti-ca de CHUVAS. Além disso, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), diariamente divulga boletins com a possibilidade de chuvas nas diversas locali-dades do Brasil, portanto não pode o Poder Público argumentar a imprevisibilidade da ocorrência de chuvas.

O mesmo vale para a questão dos buracos em vias públicas, pois estes são visíveis e é obrigação do Poder Público de tapá-los, sob pena de responsabi-

lidade na reparação ou indenização do prejudica-do.

Se a vitima de um dano decorrente de enchente ou de um buraco em via pública, comprovar que houve omissão do Poder Público na realização de obras ou conservação surge, de acordo com os arti-gos 186 e 927 do Código Civil, a obrigação do Poder Público de reparar o dano causado pela enchente ou pelo buraco existente. Portanto, o Poder Público deve estar atento durante o ano para que, quando o verão chegar, não aconteçam prejuízos a popula-ção em decorrência de enchentes ou da existência de buracos que venham a causar prejuízos à po-pulação, pois caso ocorram eventuais prejuízos, o prejudicado deve ir à busca da reparação dos seus direitos procurando o PODER JUDICIÁRIO.

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José Cezar de CarvalhoAdvogado, Pós-Graduado em Direito Constitucional, Direito Civil e Processo Civil

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Nesta edição da Revista Mais Conteúdo, convidamos o novo prefeito de Ribeirão Pires a responder perguntas sobre diferentes assuntos que nos foram enviadas por munícipes. Assuntos como Terceira Idade, vagas em creches , falta d’água, entre outros, foram respondidos. Confi ra.

Prefeito Saulo, o governo Volpi tinha alguns programas para idosos como ginástica, alfabetização e lazer. O que o senhor vai fazer por nós?

Antônio Carlos Silva, aposentado, 78 anos, morador da Santa Luzia

Resposta: Ribeirão Pires possui pouco mais de 110 mil habi-tantes, cerca de 10% de nossa população é idosa e tem uma história com a cidade. Vamos manter ações positivas como cur-sos esportivos, culturais e de educação também. E mais do que isso, por meio das secretarias de Promoção Social e Saúde, que lidam diariamente com este público, vamos avaliar quais são as reivindicações dos moradores desta faixa etária, para desenvol-ver novos projetos e oferecer ainda mais benefícios aos idosos. A Secretaria de Esportes, Lazer e Cultura é outra pasta que desen-volverá ações específi cas para este público.

Prefeito, mudei para Ribeirão Pires no fi nal do ano, tenho duas crianças, uma de 9 e outra de 3 anos e não consigo vaga em creche para elas. Como resolver esse problema?

Amanda Petress, comerciante, 28 anos, moradora de Ouro Fino

Resposta: A demanda por vagas em creche é uma questão a ser trabalhada como prioridade pelo Poder Público permanen-temente, já que é crescente e não para. A estrutura da rede mu-nicipal de ensino hoje não consegue atender toda essa deman-da. Somente para se ter uma ideia, em 2012 foram matriculadas cerca de duas mil crianças em período integral, de acordo com dados levantados por nossa equipe. Ainda de acordo com este levantamento, a fi la de espera por vagas no último ano era de 660 crianças para creches. Neste primeiro ano de gestão, enfren-taremos sérias complicações fi nanceiras. A dívida deixada pela Administração anterior, que pode ultrapassar os R$ 40 milhões, deverá ter impacto em todos os setores, inclusive na Educação. Por isso já buscamos recursos com os governos Federal e Estadual. Estamos trabalhando em projetos para a captação de recursos,

para viabilizar a ampliação e a construção de novas unidades. Com isso, ampliaremos também o número de vagas disponíveis na rede, para atender os pais e alunos que aguardam vagas.

O prefeito, quando é que teremos a subprefeitura da Quar-ta Divisão? É verdade que o vereador Zé Nelson vai ser o sub-prefeito?

Silvia Borges, do lar, 52 anos, moradora da 4ª DivisãoResposta: Nesse cenário de difi culdade fi nanceira, tivemos

que priorizar o atendimento à população, o que inviabilizou al-guns projetos que tínhamos intenção de criar logo de imediato. A sub-prefeitura da Quarta Divisão é um desses exemplos. Quando a Prefeitura dispuser de recursos para manter com qualidade os serviços básicos, como Saúde e Educação, e também promo-ver novos investimentos, os projetos serão implantados. Até lá, no caso específi co da Quarta Divisão, teremos uma atenção espe-cial, como no Caçula.

Por Thiago Quirino

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Em toda casa, o acabamento é uma das etapas mais importantes, já que é ele que vai dar o clima de aconchego e con-forto que todos nós sentimos quando estamos em nosso lar. Versátil e inigualável, o vidro sempre é bem-visto, já que, com suas características únicas é capaz de proteger, iluminar e também embelezar o ambiente, dando todo o requinte que seu ambien-te precisar, seja ele qual for. Em Ribeirão Pires, a Vitrine Glass é uma empresa especializada em envidraçamento que mostra uma série de diferenciais importantes para uma boa compra e que está completando um ano de bons serviços prestados.

A empresa conta com uma equipe qualifi cada de profi ssionais prontos a oferecer a mais completa e efi caz solução para sua casa. Com isso, pode oferecer prazos de instalação diferenciados, com assistência técnica rápida dentro ou fora da ga-rantia que, aliás, é de cinco anos. A empresa trabalha com diversos tipos de produtos, desde o envidraçamento de sacadas (seu carro-chefe) até a instalação de boxes, divisórias, espelhos e telhados, entre outros. “O vidro é primordial em uma constru-ção, pois consegue melhorar o ambiente e valorizar o imóvel”, ressalta Murilo Camillo, proprietário da empresa. A Vitrine Glass, que trabalha com cartões de crédito e oferece parcelamento em até seis vezes, fi ca na Rua José Laurito, 02, Vla Eliza, Ribeirão Pires (SP). Solicite um orçamento sem compromisso pelo telefone (11) 4828-2546 ou pelo site www.vitrineglass.com.br.

especialistas na Perfeição

Por Izabel Ferré

Envidraçamento de Sacada

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especialistas na Perfeição

V*G

Equipe treinada Envidraçamento de ambiente

Box Elegance

Espelho Bisotê

Empresa parceira

e associada

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Experiência é um diferencial em qualquer área de atua-ção. Mesmo assim em todos os casos para cada nova atua-ção há um novo aprendizado e é justamente assim que pen-sa o atual, antigo e novo presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Pires, Edison Savietto, o Banha (PDT). Após servir como vereador por longos anos e ter atuado por três vezes como presidente (2001/2002, 2003/2004 e 2009/2010), Ba-nha inicia o ano tendo a responsabilidade de conduzir nova-mente a Casa de Leis no biênio 2013/2014.

Ao assumir essa nova responsabilidade, o vereador re-conhece o desafi o. “É lógico que com 11 vereadores era mais fácil. Hoje são mais siglas e mais pensamentos diferentes”, destaca o edil. A Câmara de Ribeirão Pires, assim como a maioria das câmaras da região, passou por uma recente re-formulação e ampliou a quantidade de vereadores. A partir desse ano, 17 representantes do povo estarão sob os cui-dados de Banha.

Mesmo sabendo que o perfi l de cada um dos eleitos é bem distinto, Banha aposta nas semelhanças para conseguir desenvolver um trabalho coeso. “Conseguimos um grupo bem preparado, motivado em conquistar recursos e benefícios para a cidade”, aponta ao ressaltar que “cada um atuando, buscando realizar um bom trabalho, resultará no progresso da cidade”.

Para encarar o novo desafi o, Savietto aposta na experi-ência. O vereador é conhecido por seu empenho em estudar minuciosamente a legislação. “Hoje estou mais maduro, es-tudo mais. O básico é ter mais preparação”.

Claro que ainda existe assuntos que perturbam o sono do “nobre edil”. Ao longo dos anos a efi ciência e o rigor dos órgãos de fi scalização como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado tem feito com que muitos prefeitos e presidentes de câmaras tenham que dar satisfações extras com relação a gastos em geral. “Mesmo trabalhando com poucos recursos e fazendo algumas economias, o Tribunal olha de modo diferente. As outras vezes temos que evitar fazer certas ações por medo de cometer algum erro”. E nesse caso, o ‘erro’ pode ser fatal para um político, pois resulta em cassação, inelegibilidade e a culmina na fatal ‘Ficha Limpa’.

Para se livrar de problemas, o presidente Banha pontua o que pode ser uma solução. Para ele, um corpo jurídico efi -ciente aliado ao administrativo competente resulta em um trabalho limpo, sem margens de erro.

Como a cada gestão o presidente traça um foco para o trabalho, neste próximo biênio Banha pretende ampliar a transparência nos gastos da Câmara, inclusive com uma refor-mulação do site e a ampliação das discussões de projetos, o que envolverá vereadores, população e Poder Público.

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Por Thiago Quirino

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O velho ditado “com trabalho e perseverança, tudo se al-cança” é o mote para a construção de uma base sólida para qualquer negócio. E, seguindo a frase à risca, a proprietária da Imobiliária Casa & Cia, Cleuza Fávero, comemora este mês o quinto aniversário de seu empreendimento com muito sucesso.

A Casa & Cia é uma empresa que cresceu aos poucos, e, como não poderia deixar de ser, encontrou algumas difi culda-des em sua caminhada. Mas, com profi ssionalismo, garantiu a credibilidade e o melhor atendimento para conquistar seus clientes.

Natural de Serra Negra, a corretora Cleuza Fávero comenta sobre a profi ssão, “sempre atuei com administração de empre-sas, e foi graças ao setor fi nanceiro que conheci o trabalho de corretor de imóveis. Recebi o convite do proprietário da Geral-dini Imóveis para cuidar do fi nanceiro e, com o dia a dia, fui me interessando cada vez mais por vendas até que resolvi ti-rar meu registro no CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis)”.

A busca por independência foi apenas uma conseqüência: “a paixão pelo que faço me levou a abrir o meu negócio, e durante três anos a sede da minha imobiliária foi na Rua dos Autonomistas. Com esforço e muito dedicação, ganhei espaço no mercado e acabei mudando para um local mais próximo do centro de Ribeirão Pires”, comenta a proprietária.

A empresa tem três pontos como pilares: atendimento per-sonalizado, assessoria jurídica para locações e experiência. “Na Casa&Cia priorizamos ao máximo as necessidades de cada um, isso sem dúvidas cativa e atrai novos clientes”, explica pro-prietária.

Questionada sobre o mercado imobiliário da cidade, a cor-retora afi rma que a tendência é de crescimento. “Acredito mui-to no potencial da cidade e isso se refl ete a cada dia, pois a procura por imóveis está aumentando consideravelmente. As pessoas estão em busca de tranqüilidade, qualidade de vida e também o fácil acesso a região do ABC e São Paulo”.

Para ter destaque na profi ssão, a proprietária ressalta, “além da excelência em atendimento, conto a diversidade para lo-cação e venda. Mesmo tendo pouco tempo de ‘casa’ não deixamos a desejar, a concorrência é grande e mesmo assim, faço meu trabalho sempre respeitando o espaço dos colegas de profi ssão. Acredito que a credibilidade e confi ança são a alma do negócio.”.

Serviço – A Casa & Cia funciona de segunda a sexta das 9h às 17h, aos sábados das 9h ás 13h e fi ca localizada na Rua Padre Marcos Simoni, 329, Centro, Ribeirão Pires – SP. Telefones (11) 4824.5205 / (11) 4827.6292 / (11) 99195.2563 / (11) 99607.9286 e site www.casaeciaimoveis.com.

Imobiliária Casa & Cia comemora cinco anos

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Por Izabel Ferré

Corretoras Cleuza Fávero e Talita Santinelli

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Por Danilo Meira

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s Sonhar é para muitos. Realizar o sonho, para alguns. Essa frase se aplica muito bem a Claudio Deberaldine, o Claudio do Luzo, uma importante fi gura da vida política de Ribeirão Pires e novo presidente do PV.

Morador de Ribeirão Pires há pouco mais de 20 anos, começou sua vida em uma pequena cidade do interior do Paraná, chamada Campina da Lagoa, onde cres-ceu como o fi lho do meio junto a outros nove irmãos. E, se a política é algo que se faz no dia a dia, podemos di-zer que Claudio começou cedo: “trabalhei desde cedo e, com isso, conhecia desde o cidadão mais simples até o prefeito”, conta.

Quando completou 18 anos, largou o emprego em uma loja de fotografi a para morar em São Paulo, mais exatamente na cidade de São Caetano, onde desen-volveu outras atividades profi ssionais junto com traba-lhos sociais realizados na igreja local. Tudo isso lhe deu força para uma grande realização: “morei em mais de 20 casas de aluguel em minha vida. Tinha um sonho de construir uma casa e consegui realizá-lo em Ribeirão Pires. Mudei com minha família inteira para o Jardim Luzo”.

O novo bairro tinha grandes difi culdades, alvos de sua luta: “o ônibus passava a cada duas horas ou três horas, o bairro não tinha infra-estrutura, além de muita terra e sujeira. Eu passei a brigar por melhores condições e levar as demandas da população para a Prefeitura. Lembro que no bairro havia três carros. Cheguei até a levar pessoas doentes para o hospital em meu próprio veículo”, recorda. O apelido que lhe tornou conhecido veio justamente deste fato, já que era reconhecido na Prefeitura e nas secretarias como o Cláudio que lutava pelo Jardim Luzo. Com tudo isso, a candidatura foi algo natural: “diante desse trabalho, foi um processo natural. As pessoas sugeriram que eu me candidatasse e assim fi z nas eleições de 1995”.

Deberaldine, contudo, só assumiu seu primeiro man-dato cinco anos mais tarde, em 2000, ao mesmo tem-po em que completou os estudos. “Comecei a discutir questões da comunidade na escola junto com a Rosi (Ribeiro de Marco, ex-secretária de educação). Foi nes-sa mesma escola que, em 1999, fi z supletivo. Em 2000, já vereador, iniciei o curso de Direito, o qual concluí em 2005. Em 2009, passei no exame da Ordem dos Advoga-dos do Brasil”, conta, lembrando que está iniciando uma nova fase em sua vida: “vou atuar como advogado na cidade, algo que não poderia fazer anteriormente por conta da função exercida na Prefeitura, incompatível com o exercício da advocacia”.

Na Prefeitura, aliás, Claudio Deberaldine teve uma grata experiência: a transição entre Legislativo e Execu-

tivo, “algo muito difícil”, afi rmou. Na época, ajudava o então prefeito Clóvis Volpi nos atendimentos a popula-ção: “Abrir o gabinete foi uma experiência gratifi cante. Foram mais de 10 mil atendimentos em quatro anos. Muitas pessoas choravam ao falar conosco”, lembra, antes de refl etir: “As pessoas têm essa admiração e respeito por quem esta no poder. Por isso que quando quem está lá decepciona é muito triste”.

O bom trabalho o levou a outro desafi o: o Consór-cio Intermunicipal Grande ABC, onde contribuiu como Diretor de Programas e Projetos. Lá, atuou com grande destaque, sendo responsável pela coordenação de 26 Grupos de Trabalho (GTs). Além disso, trabalhou no desenvolvimento de uma série de projetos interessantes para a região, um deles de especial importância para a cidade de Ribeirão Pires, a Lei Específi ca da Billings. “Essa legislação mostra que é possível desenvolver e construir imóveis na cidade”, comenta.

Agora, fi nda a gestão de oito anos do PV em Ribei-rão Pires, ele tem um novo desafi o: a presidência da le-genda na cidade, que assumiu no último mês. “O PV é um partido ligado em coisas que eu acredito: preserva-ção ao meio-ambiente e desenvolvimento sustentável. em meu mandato quero abrir espaço para a discussão e promover o crescimento do partido”.

Deberaldine conclui mostrando caminhos para o futuro da cidade que, na sua visão, está calcado no respeito à natureza e também na abertura a visitantes: “Nós ainda precisamos aprender a recepcionar as pes-soas e a importância do turismo. Os próprios ribeirãopi-renses não conhecem os pontos turísticos da cidade”.

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Renomada igreja Bola de Neve chega a Ribeirão

Por Danilo Meira

Uma das igrejas evangélicas com maior destaque no país, a Bola de Neve chega a Ribeirão Pires. Fundada há 12 anos pelo Apóstolo Rina que, no entanto, já se reunia desde 1993 para louvar a palavra de Deus, a Igreja Evangélica Bola de Neve, ou, Bola de Neve Church, é conhecida por ser uma das preferidas dos jovens.

Segundo o presbítero Ricardo Cypriano, isso acontece por conta do estilo da igreja, “com uma mensagem mais simples e com mais liberdade”, mas sempre seguindo a risca a palavra de Deus. “O que diz se você é cristão ou não é sua conduta”, ressaltou. De fato, a igreja tem uma série de eventos diferen-ciados como, por exemplo, um campeonato de Skate, o In-time (que pode até mesmo ter uma etapa em Ribeirão Pires), além do uso de música nos cultos, que mostram essa pegada mais ligada à juventude. Essa relação, inclusive se dá desde sua fundação. A primeira sede da Bola de Neve foi nas instala-ções da HD (Hawaiian Dreams), conhecida marca de surfwear em um auditório cedido pelo proprietário, o irmão Jackson, em São Paulo, com reuniões às quintas e domingos. Sem um púlpi-to para colocar a bíblia, o pastor teve que improvisar, apoian-do uma prancha de surf em duas cadeiras. O “ajuste técnico emergencial” acabou virando marca registrada da igreja, que usa a instalação com as pranchas de surf (obviamente em

uma estrutura mais adequada) em todas as suas sedes.A Bola de Neve, nome dado justamente para ilustrar a

ideia de desenvolvimento, cresceu e hoje está presente em mais de 200 cidades no Brasil e em uma série de países. “Temos inclusive uma missão que vai periodicamente ao Haiti para le-var a palavra do Senhor”, explica Cypriano. Em Ribeirão Pires, a igreja se reúne aos sábados, às 20h, em sua sede instalada na Rua Síria, 291, Jardim dos Melros (Travessa da Rua Miguel Prisco). “Além disso, temos quatro células na Rua Lions, 125, Jardim Mirante; na Avenida Santo André, 540, Centro; na Rua Ipanema, 156, Estância Hollywood e na Rua Tupiniquins, 203, Jardim Bandeirantes, Ouro Fino que se reúnem às 20h todas as terças”.

A igreja também tem uma série de trabalhos sociais, como, por exemplo, o apoio a clínica de recuperação Geração Ma-nancial e está aberta para todos os que quiserem integrá-la. “Eu tive uma série de problemas e Jesus me resgatou. Sei o Deus fez na minha vida. A palavra diz ‘Vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados’. Estamos na cidade por amor a Ele e estamos de portas abertas para todos os que queiram nos conhecer”, concluiu o Presbítero. Mais informa-ções podem ser obtidas pelo Facebook da Bola de Neve (Bola de Neve Ribeirão Pires) ou ainda pelo telefone 7824-4852.

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A água, em seu estado mais puro, vem se tornando o bem mais precioso da humanidade. Com o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos, a ocupação irregular do solo e a expansão

das cidades, a produção de água limpa e boa para o consumo se torna escassa, o que acarreta outros problemas sociais como a violência, a poluição, o desemprego e até mesmo a infl ação, o que torna esse recurso mineral ainda mais importante e raro. Felizmente ainda existem cidades

consideradas “estâncias produtoras de água”, ou seja, possuem fontes produtoras e áreas de pro-teção que futuramente serão as reservas de riqueza dos países. Por isso uma legislação intensa e criteriosa, aliada a uma fi scalização constante e efi ciente podem garantir hoje qualidade de vida,

crescimento ordenado, preservação e futuramente a manutenção de fornecimento de água.Bem vindo ao mundo da preservação ambiental e seus benefícios. Confi ra a seguir algumas infor-mações importantes sobre o licenciamento ambiental e como hoje você pode agir para que ama-

nhã seus fi lhos e netos ainda desfrutem de água limpa para beber ‘sem moderação’.

Por Thiago Quirino

Progresso com qualidade de vida Só com crescimento ordenado e obediência restrita à Lei Ambiental

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LegislaçãoPara manter a produção de água é inevitável o

cuidado com a preservação ambiental. Há quem diga que tal preservação não é compatível com o progresso ou com o avanço tecnológico, o que é uma mentira quando se pode usar cidades intitula-das de estâncias, como exemplo.

Ribeirão Pires atualmente vive um interessante período de expansão e crescimento, mesmo sen-do protegida por uma rígida legislação ambiental. Uma recente alteração nesta lei garantiu agilidade no processo de legalização territorial, controle de ocupação e preservação ambiental, tornando a cidade um verdadeiro exemplo dentro de um caos urbano onde está inserida, a região do Grande ABC, no coração da região metropolitana de São Paulo.

Seu território está dentro de uma área de 100% de proteção de mananciais, por isso são necessá-rios tantos cuidados e restrições para ocupação do solo. Em meados da década de 1970, foi instituída a nível estadual uma lei ambiental para os municípios. Passou a vigorar para todas as construções. A lei es-tabelecia critérios para construção e ampliação de imóveis, uso do solo e exploração dos recursos natu-rais (água, madeira, etc). “Essa lei passou a influen-ciar a economia, o crescimento, o meio ambiente dos municípios”, conta o Secretário do Verde, Meio Ambiente e Saneamento Básico de Ribeirão Pires, Temístocles Cristófaro.

O problema é que em São Paulo, apenas a CE-TESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista) era responsável por emitir os licenciamentos de toda a região metropolitana, as-sim, o tempo de espera para emissão de certidões impedia incentivos para atrair investimentos nas ci-dades, o que abriu espaço para a exploração imo-biliária irregular.

Com o tempo, a lei ficou defasada, precisando de uma reformulação. A Lei específica da Billings foi um avanço nesse sentido. A Represa Billings tinha mais visibilidade e na década de 1990 iniciou-se uma nova discussão envolvendo técnicos, governo, sociedade civil e empresas a respeito da alteração e adequação da lei para a região. Essas discussões foram tomando corpo ao longo dos anos seguintes. “A Lei Específica da Billings veio modernizar e atua-lizar uma lei de 1976”.

Ribeirão Pires logo adequou seu Plano Diretor à nova lei. A Estância Turística está localizada entre três bacias hidrográficas diferentes (além da Billings, Ribeirão fica no meio de outras duas bacias, as dos Rios Guaió e Taiaçupeba). “Há uma pressão imobili-ária e econômica vinda da região leste, do Alto Tie-te, dessa forma o ordenamento fica prejudicado. Nossa proteção é a adequação do Plano Diretor e a criação de uma Lei específica de Taiaçupeba, que deve ter início ainda este ano”, comenta Cris-tofaro.

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SoluçõesMas ainda existia o problema da demora em emitir as certidões, a pressão imobiliária, as ocupações

irregulares e o afastamento das empresas que não encontravam vias economicamente viáveis para se instalar na região. Como resolver esse problema em Ribeirão Pires?

A resposta é simples: entregar ao Município a responsabilidade por emitir a documentação neces-sária de licenciamento ambiental, uso de solo e a fiscalização ocupacional. A Prefeitura se capacitou, contratou técnicos e se preparou para se tornar a responsável. Para fazer convênio com o Estado foram necessárias diversas medidas, entre elas readequar o Plano Diretor.

Hoje, uma certidão de uso de solo pode ser emitida em 24h pela Prefeitura de Ribeirão Pires. O mesmo documento demorava cerca de três meses para ser emitido pela CETESB.

“O licenciamento ambiental no Município destrava a regularização imobiliária de quem já construiu, tornando o processo mais fácil e menos burocrático. Isso aumenta a oferta de incentivos para geração de emprego e retomada da economia voltada aos bons serviços”, aponta o secretário. Para a especialista do ramo imobiliário Eliete Vieira, a municipalização dos serviços de licenciamento ambiental só agrega pontos positivos para as cidades, no tempo certo. “Autonomia para deliberar sobre o uso do solo só traz benefícios, mas não é imediato. Precisa de tempo para o mercado avaliar e conseguir um retorno”, pon-tua a corretora da Trentina imóveis. Eliete ainda vai além, segundo ela há uma projeção significativa do crescimento de Ribeirão Pires. “Tudo o que couber na cidade virá no tempo certo, seja comércio, con-domínios, empresas ou indústrias. A lei melhorou e para a cidade é bom cumpri-la. Com o ordenamento construiremos mais e melhor, a produtividade aumentará e nos próximos 10 anos teremos mais de 180 mil habitantes em Ribeirão, porém com conservação da qualidade de vida e dos serviços públicos”.

Temístocles concorda e acrescenta outro benefício importante: “Agora o licenciamento custa menos, é mais ágil e transparente. O melhor é que as taxas recolhidas ficam na Prefeitura, compõem o tesouro e podem ser usadas exclusivamente na cidade”.

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Eliete Vieira corretora da Trentina Imóveis

Problemas ImobiliáriosClaro que para cada mudança significativa é necessário

haver adaptações. Por anos, o progresso de Ribeirão Pires es-teve travado, seja por uma legislação antiquada e ultra pro-tetora, seja por falta de interesse público ou incentivos. Hoje, ainda é possível atrair investimentos, desde que se aprenda a ‘vender’ a cidade.

“Ao negociar um imóvel (terreno ou edificação) tenho que vender não apenas uma simples área. O que atrai é o benefício de se viver ou trabalhar em uma cidade-estância. Vendo o benefício do rigor da lei, ou seja, a qualidade de vida, do ar, das políticas públicas como escolas (pouca de-manda comparada a outras cidades). A classe média e tra-balhadora quer dar aos filhos uma cidade com crescimento sustentável”, revela a corretora que reconhece a dificuldade em se vender uma área industrial com a limitação de ocupar apenas 30% da área e com atividades restritas, “mesmo as-sim o setor tem gerado empregos na cidade em um percen-

tual maior do que Mauá”.A afirmação de Eliete é confirmada por Paulo Silotti, atual

Secretário de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Pires. Silotti ressalta que a cidade está preparada para receber empresas agregadoras de emprego e recursos, desde que essas empresas respeitem as leis ambientais. “A agilidade traz incentivos para a cidade. Apenas para se ter uma ideia, atualmente há quatro empresas de grande porte se insta-lando na cidade com o intuito de iniciar suas atividades em 2015”.

Temístocles Cristofaro também palpita: “A preservação ambiental não se discute, se preserva e pronto”. Logo, para que Ribeirão Pires cresça mantendo o alto índice de quali-dade de vida, os benefícios ambientais e a tão valiosa pro-dução de água em perfeita harmonia é preciso se adaptar às restrições que, vistas pelo ângulo certo, estão mais para benefícios do que para problemas que eventualmente afas-tariam o investidor da região.

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O que falta?Então se a cidade é uma produtora de

água, com crescimento potencial, leis rígidas (porém necessárias), equipe de assessoria, vi-são empreendedora e dotada de certos incen-tivos fi scais, o que falta para que o cidadão en-xergue os benefícios da preservação?

Na opinião da especialista imobiliária Eliete Vieira, o serviço público que cuida de todo o processo de licenciamento ambiental precisa passar por uma reforma. “Ainda existe muito do que posso chamar de ‘atendimento dife-renciado’. Os servidores que trabalham com o licenciamento precisam passar por treinamen-to. Sugiro a criação de um balcão de atendi-mento imobiliário”. Fazendo isso, o processo de regularização, licenciamento e demais ações fi carão mais rápidos e baratos, afi nal “investir em técnicos é investir na cidade”.

A ocupação desordenada, infelizmente, é um problema de todas as cidades e, obviamen-te, nossa responsabilidade é maior por sermos produtores de água. Mas o que fi cou claro é que o impacto do progresso no Município está restrito à efi ciência da Lei Ambiental. Se sobre-viveremos a pressão econômica e nos tornare-mos o ‘oasis’ ecológico do ABC só o tempo irá dizer. Por enquanto caminhamos para nos tor-nar a verdadeira “Pérola da Serra do ABC”.

AdequaçõesE nesse cenário, uma série de profi ssionais se espe-

cializou em resolver o problema restritivo e providen-ciar soluções para a demanda mercadológica. An-dreza de Araújo Batista, engenheira ambiental, presta serviço de assessoria para todas as pessoas que preci-sam de orientação sobre licenciamento ambiental nas mais variadas formas. Ampliações, desmembramentos, construções, tudo exige uma avaliação e a emissão de uma série de documentos, sem os quais a compra ou a venda de qualquer imóvel se torna impossível.

“As pessoas precisam entrar em contanto com a Prefeitura e se não estiverem regularizadas não con-seguirão revender imóveis e, geralmente, a irregulari-dade do imóvel só é descoberta na hora da venda, quando se percebe que os documentos de ‘habite-se’ ou ‘escritura’ não podem ser emitidos”, comenta a engenheira.

Assim, Andreza e os diversos profi ssionais especia-lizados que atuam em toda a região trabalham com regulamentação de imóveis, licenças para instalação de empresas, emissões de alvarás, construção, etc., agindo como facilitadores, o que agiliza ainda mais a conquista das certidões dentro do âmbito de preser-vação.

Andreza de Araújo Batista, engenheira ambiental

Paulo Silotti, Secretário de Desenvolvimento Econcômico

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Como regularizar seu imóvel:Quem pode regularizar?Todos os imóveis construídos até 2006, menos aque-

les que se encontram em área de risco, APP ou assen-tamento precário (áreas públicas ocupadas onde não existe qualquer tipo de infraestrutura).

Como saber em que área de ocupação encontra-se o imóvel?

A lei estabelece áreas distintas de ocupação do solo com regras diferentes para cada um delas. A certidão de uso do solo lhe mostrará em que área da cidade seu imóvel está localizado.

Quem precisa se regularizar?

Imóveis sem o documento ‘Habite-se’ por estarem em desacordo com os parâmetros construtivos.

Imóveis sem escritura.Imóveis que dividem o mesmo terreno com outra

construção. Neste caso é necessário fazer o desdobro para conseguir escritura e solicitar a ligação individual de água e luz.

Imóveis localizados em loteamentos irregulares que não se enquadram em área de risco ou APP.

Lembre-se:Você precisa solicitar a certidão de uso de solo para

construir ou regularizar seu imóvel. Agora a prefeitura for-nece a certidão em 24h.

Temistocles Cristófaro, Secretário da SEPHAMA

As novas regras para construir uma cidade

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O “Taxi-Dog”, simpático serviço que caiu no gosto dos pro-prietários de pets está com os dias contados. É o que dizem as novas regras emitidas pelo Conselho Federal de Medicina Vete-rinária para o funcionamento de estabelecimentos veterinários como hospitais, clínicas e consultórios, que entrarão em vigor em seis meses.

De acordo com a Resolução nº 1.015 do órgão, de 31 de janeiro último, as clínicas ou hospitais veterinários estão sujeitos a novas regras, que chegam para disciplinar e melhorar o aten-dimento, sendo a principal delas a obrigatoriedade de ambu-lâncias equipadas para o transporte de animais doentes, como sistema de oxigênio, ventilação mecânica, monitoramento e aplicação de fl uidos específi cos para animais, sendo que ela deve ser utilizada somente para atendimentos de emergência ou urgência. Além disso, o veterinário, obrigatoriamente, deve-rá estar presente. Para casos menos complexos, será possível a clínica manter uma unidade simples de transporte, lembrando que tanto ela quanto a ambulância terão que estar registradas junto ao Conselho ao menos 30 dias antes do início da opera-ção e devem estar identifi cada quanto ao seu fi m.

Com isso, a situação dos serviços de “Taxi-Dog” fi ca com-prometida, já a norma é clara ao vetar terminantemente tanto o uso da Unidade de Transporte e Remoção quanto da ambu-

lância veterinária para serviços de banho e tosa. Entretanto, a primeira poderá prestar serviços de utilidade pública no trans-porte de animais em apoio à Saúde Animal, Saúde Pública, Pesquisa e Ensino Profi ssional.

“A atualização da norma garante que o atendimento aos animais seja prestado dentro das condições necessárias de se-gurança, sanidade e estrutura adequada, principalmente para os procedimentos cirúrgicos. É uma forma de proteger os ani-mais garantindo o seu bem-estar e, também, a tranquilidade de seus proprietários”, ressalta o Presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda.

Na opinião da veterinária Juliana Scheffauer, em especial na questão das ambulâncias, “ainda haverá muita polêmica, pois a envolve alto custo”. Quanto a transporte para banho e tosa, ela julga uma medida “completamente correta”, uma vez que “na maioria dos lugares se, carrega um animal para banho e tosa e logo em seguida se busca um animal doente, o que não é saudável para o animal”. Ela concluiu ressaltando a questão da melhoria da qualidade dos serviços ofertados e também do maior conforto para os pets: “é muito importante cadastrar os veículos de transporte, pois isso dará mais seguran-ça, evitando se carregar animais de qualquer jeito e também acidentes como fugas, por exemplo”.

Por Danilo Meira

Novas regras colocam fim ao serviço de “Taxi-Dog”

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Com a implantação do novo Plano Nacional de Resíduos Sólidos, a Coleta Seletiva de Lixo virou prioridade para todos os municípios do Brasil já que, a partir de 2014, os aterros sani-tários estarão proibidos e ela terá que ser universalizada.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Esta-tística) mostram que, no Brasil, aproximadamente um terço das cidades contam com o serviço de alguma forma. Dos 66% restantes, mais da metade não tem qualquer programa, enquanto o restante ou está com projetos pilotos ou ainda interromperam o que existia. No grupo de cidades com mais de 100 mil habitantes, cerca de 70% tem o serviço implanta-do, entre elas Ribeirão Pires, que também já conta com um Plano Municipal de Resíduos Sólidos.

Na cidade, o sistema de Coleta Seletiva é realizado por meio de uma parceria entre a Prefeitura e a Cooperpires (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ri-beirão Pires), fundada há cerca de 10 anos e que vem cres-cendo e se estruturando em ritmo rápido, contando para isso com uma parceria com a Administração Municipal, en-tre outros apoios. Há pouco mais de um ano, foi inaugurado o atual Galpão de Triagem, localizado ao lado das FIRP, no Parque Aliança, um investimento da ordem de R$ 330 mil, entre recursos do PAC e verbas municipais, como parte do projeto que visa ampliar o serviço. “Hoje, tratamos entre 1,5% e 2% dos detritos coletados na cidade. A meta é che-

gar a 10% até 2014”, projeta o secretário de Planejamento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Saneamento Básico, Temístocles Cardoso Cristófaro. Com maior volume de ma-teriais tratados, a Cooperativa também poderá remunerar melhor seus cooperados. Ou seja: aumenta-se o benefício social e ambiental.

O local, que conta com 530m² de área construída, hoje teria capacidade para processar até 15 toneladas de mate-riais por dia. Entretanto, hoje, só trata cerca de 1 tonelada di-ária. Para aumentar a capacidade e se aproximar da meta, a Cooperpires busca novos associados. “Hoje trabalhamos das 7h às 17h e, com mais pessoas, poderíamos estender o horário de funcionamento e, consequentemente o volume de material tratado diariamente”, explica a vice-presidente da entidade, Maria das Dores M. da Silva. Futuramente, ain-da há o plano de se erguer outro galpão em Ouro Fino Pau-lista, o que expandiria ainda mais o tratamento.

Sistema de Coleta – A parceria entre Prefeitura e Cooper-pires mostra-se extremamente produtiva, mas ambas as par-tes têm como objetivo aumentar a demanda. Para isso, o sis-tema tem sido melhorado, de acordo com as necessidades da população. Um exemplo foi a adoção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), além do oferecimento de vale-transporte e cesta básica, algo que antes não acontecia.

No sistema atual, Ribeirão Pires conta com dois cami-

Por Danilo Meira

Coleta Seletiva de Ribeirão Pires prepara crescimento

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Coleta porta a porta tem projeto piloto na cidade Caminhão recolhe o material e leva ao galpão da Cooperpires

Materiais reciclados passam por esteira de triagem... ...são prensados... ...e preparados para venda

nhões baú com quatro ajudantes, que fazem cinco a seis via-gens por dia. Alguns bairros contam com a coleta periódica, como o Núcleo Colonial, mas outros que não contam com o serviço podem agendá-lo. Contudo, ele também deve so-frer mudanças em breve: “hoje temos um programa piloto no Bosque Santana. Entregamos um saco de ráfia vazio para que o morador possa armazenar seu material reciclável. O caminhão passa às quartas-feiras, retira o saco cheio e de-volve um vazio”, explica Temístocles. “Deu super-certo e as pessoas já estão cobrando”, completa Karin Kelly da Silva, do Departamento de Saneamento.

Outra iniciativa elogiada foi a coleta de materiais ele-trônicos. Em 2012, com apenas quatro meses de trabalho, foram arrecadados 206 kg deles. Para se ter uma ideia, só em teclados, que são leves em sua maioria, foram 21Kg. São grandes avanços que trazem benefícios tanto à economia da cidade quanto aos cooperados, cumprindo assim uma função social: “A Administração Pública só está enxergando isso agora. Se isso tivesse sido feito há 20 anos, tudo seria mais simples. O Brasil está um pouco atrasado em relação a isso”. Há ainda a coleta empresarial, realizada as sextas. São mais de dez empresas que separam seus materiais e os encami-nham à Cooperpires. Tudo isso faz com que a coleta seletiva hoje, entre valores diretos e indiretos, representa um ganho de aproximadamente R$ 500 mil anuais para a cidade.

Benefícios – O projeto de coleta seletiva também ajuda em outros dividendos para Ribeirão Pires, como o selo Verde Azul. Ribeirão Pires conseguiu nota alta no quesito de mate-riais recicláveis, com o índice 12,63. “Apesar da nossa coleta ser relativamente baixa, a Lara teve uma nota maior do que ano passado no aterro e também teve o plano de resíduos, que representou quase 50% da nossa nota. A questão está bem estruturada e daqui para frente é só melhorar”, afirmou Larissa Kelly Ribeiro da Cruz, educadora ambiental.

Destino – Hoje, a Cooperpires recebe, separa o lixo e o comercializa por meio da rede formada pelas cooperativas integrantes do Movimento Nacional, uma forma de obter um preço melhor nos materiais. Entretanto, ainda busca outros parceiros. Com o aumento da coleta, futuramente, há pla-nos mais ousados: “Hoje, o convênio é o melhor possível, já que não temos uma produtividade que renda um valor fixo. Desta forma ainda não há garantias (para um contrato mais avançado com) a Prefeitura, já que a cooperativa precisa ter produtividade suficientes para arcar com os rendimentos dos cooperados e cumprir com benefícios e direitos traba-lhistas”, explica o secretário. Ele concluiu externando o ousa-do plano: “O grande objetivo é chegar a este ponto, poder dividir o contrato que temos com a empresa coletora de lixo (hoje a Lara, de Mauá) com a Cooperativa. É a hora de dar um salto”.

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Dia após dia, as câmeras de segurança têm se tornado ferramentas fundamentais para o combate ao crime. Seja em vias públicas ou em propriedades privadas, elas têm se tornado cada vez mais importantes e onipresentes, verdadei-ras aliadas da população.

Mais baratas e mais modernas, com sistemas que permi-tem inclusive o monitoramento em tempo real pela Internet, sendo acessíveis em qualquer lugar do planeta, as câmeras são utilizadas em escolas, faculdades, ônibus, cruzamentos e uma infinidade de lugares.

Nas residências, as câmeras proporcionam proteção ex-tra, podendo ser instaladas dentro ou fora de casa de ma-neira muito simples e rápida. Com isso, não é raro ver pais as utilizando para ver o que as crianças estão fazendo em casa ou como a babá está cuidando deles, durante o dia ou a noite. Fora isso, também não é raro ver pessoas em fé-rias que acompanham a movimentação na frente de casa, chegando até a acionar a polícia caso notem algo fora do normal. Nas empresas, onde se massificaram há tempos, seu uso principal é para a prevenção de furtos e roubos, auxilian-do a equipe de seguranças em seu trabalho.

Até mesmo os cabos, grande dificuldade, ficaram para trás. Hoje, a “bola da vez” são as cameras sem fio (wire-less) que, ligadas a um roteador doméstico, proporcionam to-

das as facilidades (já citadas) de se usar a internet e também os computadores para gravar os vídeos que podem ajudar as autoridades a solucionar diversos crimes.

Nas cidades, já são uma solicitação da população. Ribei-rão Pires teve recentemente, por iniciativa do Conseg (Con-selho Comunitário de Segurança), um abaixo-assinado que cobrava a instalação de um sistema de segurança por câ-meras na região central da cidade: “as pessoas apoiaram a iniciativa e entendem, assim como nós do Conseg, que as câmeras inibem ações criminosas e são de grande valia na solução de crimes”, afirma Carla Soares, presidente do órgão. A ideia, contudo, não foi levada adiante pela gestão anterior. Ela espera que tudo seja diferente: “Vamos ver com o atual prefeito se é possível a instalação ao menos na região Cen-tral. Certamente é um investimento que não é barato, mas há parcerias possíveis de serem realizadas”, completa Carla.

Essas parcerias podem ser de âmbito federal. Recente-mente, a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, esteve em Ribeirão Pires e afirmou que o Governo Fede-ral está aberto a parcerias. Segundo a secretária municipal do setor, Sônia Garcia, o sistema é prioridade para a Prefei-tura. “As câmeras de segurança são a ‘menina dos olhos’ do prefeito Saulo Benevides. Estamos trabalhando para enviar um projeto para o Governo Federal”.

Por Danilo Meira

Câmeras de segurança: a serviço do seu patrimônio

Câmeras são cada vez mais parte da paisagem nas cidades

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Para ela, o sistema é de fundamental importância para a cidade: “é um equipamento necessário. Com sua tecnologia, podemos fazer ações preventivas de segurança, por exem-plo”. Sonia ainda ressaltou que “a posição geográfica de Ri-beirão Pires propicia rotas de fuga e, por isso, seria ainda mais importante que elas fossem instaladas na cidade”, disse.

Do lado da Polícia Civil, o investigador-chefe da cidade, Edson Barbosa, também se mostra favorável ao monitoramen-to: “(para nós) é uma ajuda fora do comum. O monitoramen-to 24h inibe os criminosos que, a partir do momento em que sabem que ele existe, acabam por ficar inibidos e migram, diminuindo a criminalidade”, disse.

Além disso, ressaltou a ajuda que o sistema propicia para o trabalho policial: “As gravações são úteis para a solução de diversos crimes e também para a prevenção, já que ao ver uma ação criminosa sendo preparada, podemos enviar uma viatura ao local”.

Questionado sobre a instalação nas casas, após elogiar o sistema, fez uma ressalva: “Em residências é bom, desde que seja instalado por uma empresa de porte e a qualidade do equipamento seja boa. É importante que o equipamento seja de primeira e que, de preferência, seja colorido, uma vez que se a gravação for ruim, não ajuda”.

Profissionais – Em Ribeirão Pires, há uma empresa especia-lizada em segurança, a Maxiseg. Segundo o proprietário, Ro-drigo Amante, a presença de câmeras é fundamental: “elas são os olhos onipresentes, que permitem vigiar vários lugares ao mesmo tempo”, afirma. E em “segurança”, também se in-

clui a vigilância interna. “Coisas fora do comum podem acon-tecer, como babás que maltratam crianças, por exemplo, ou funcionários fora do posto em empresas. E as câmeras podem ser usadas para inibir tudo isso’.

Além disso, ele também ressaltou a importância de se fa-zer a instalação com uma empresa que possua o know-how para tal: “uma empresa séria vai trabalhar com equipamen-tos de primeira linha e fornecer um pós-venda de qualidade. Segurança é coisa séria, não se pode confiar em paraquedis-tas para a instalação”, explica. Como exemplo citou a forma com que a Maxiseg trabalha: “Nossa empresa não trabalha com pessoas de índole duvidosa, como usuários de drogas ou pessoas que têm amizade com bandidos, afinal de contas, irão visitar as propriedades de clientes para fazer o trabalho”, ressaltou.

Aos que desejem fazer o serviço por conta própria, há ainda o produto que a Auana Auana Informática oferece, as câmeras de segurança Wi-Fi. Segundo Jaidson Oliveira, proprietário, “é fundamental ter um sistema de segurança adequado. E, no caso deste sistema, você pode, de qualquer lugar do planeta com acesso à Internet e até mesmo de um celular, ver o que está acontecendo em sua casa, ao vivo e sem qualquer custo adicional”, explicou.

Mais do que um investimento em conforto, as câmeras hoje são primordiais na proteção ao patrimônio que, a cada dia, estarão cada vez mais onipresentes, seja afastando os “amigos do alheio” ou ajudando na segurança. Para o futuro, a tendência é de que isso seja ainda mais intensificado.

A Polícia, cada vez mais, usa o sistema para auxiliar trabalho

Em eventos como o Festival do Chocolate seu uso é imprescindível

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Por Danilo Meira

Alê Martins prepara trabalho autoral

Rogério Moreto: levando Ribeirão Pires para o Brasil

Um dos músicos mais respeitados de Ribeirão Pires, Alê Mar-tins construiu uma carreira sólida, tendo passado por algumas das bandas mais importantes da região, como Grilos & Trilhos, Madreterra, Ironia e Ihu. Tamanha experiência lhe dá baga-gem sufi ciente para uma análise da cultura de Ribeirão Pires, em especial a música.

“Há dez, doze anos, Ribeirão Pires vivia uma grande efer-vescência culutral, com uma vida noturna intensa. Os bares investiam em música ao vivo, tínhamos projetos como o ‘Sexta Básica’ e tanto a prefeitura quanto os comerciantes incentiva-vam os artistas, que sempre tinham oportunidade de ocupar os espaços públicos. Hoje, o espaço é reduzido praticamente ao Festival de Bandas e ao Festival do Chocolate. Arte e Cultura também são atrações turísticas”, afi rmou o músico de 40 anos. A crise cultural refl etiu, obviamente, na produção artística da cidade: “espero que a cidade volte a ter esta produção artís-tica intensa, que surjam novos artistas, novos músicos e que as bandas retomem com os trabalhos autorais”, completa.

Com 25 anos de carreira, Alê Martins hoje vive da música e, durante este período, fez suas próprias composições. Para 2013, ele resolveu reunir 12 delas para lançar um álbum. As canções têm infl uências diversas, como Rolling Stones e Beatles, em es-pecial de George Harrison, algo que fi ca evidente na canção Jesus Krishna, que trata de religiosidade e está disponível no Youtube. Outro tema distinto que foi abordado é a fi losofi a, na música “Quero Fazer Você Pensar”. Além destas bandas, Pink Floyd, Led Zeppelin, Santana, Eric Clapton, Raul Seixas e Rober-to Carlos o infl uenciaram. “Minha idéia é ocupar uma lacuna que está aberta na música”.

Ele já concluiu cinco das doze canções e trabalha em pa-ralelo com a Remake, banda da qual faz parte e se apresenta em diversas casas noturnas de São Paulo e região. “quero fazer um trabalho novo, interessante, com músicas que abram a ca-beça das pessoas”, concluiu o artista.

Ribeirão Pires é um verdadeiro celeiros de artistas dos mais diversos estilos e dos mais diversos meios, seja ele o teatro, as artes ou a música. Mais especifi camente no samba, a cidade tem seu representante ilustre, Rogério Moreto, de 29 anos, ba-terista do grupo Mais que Amigos.

Apesar de jovem, é um músico experiente, com 21 anos de carreira. “Toco na noite desde 8 anos de idade”, conta. Nesta toada, já tocou com diversos músicos de nome do meio, como o Grupo É D+ e Reinaldo, o Príncipe do Pagode.

Hoje, faz parte do grupo Mais que Amigos, que começou sem pretensão. “Era um pagode entre amigos, que foi dando certo e já dura seis anos”, conta Moreto. Em 2010, passaram a lançar o trabalho no mercado e viram músicas como “Cla-reou”, “Me Entreguei Sem Querer” e “Você já não é”, que ga-nharem certa repercussão. Em 2011, a banda emplacou um grande hit, a canção “Favela Fashion Week”, que teve direito a clipe com a participação de celebridades e uma releitura de Leandro Sapucahy que entrou na trilha sonora da novela “Salve Jorge”, da Rede Globo de Televisão, além de músicas para artistas como Péricles, por exemplo.

“Para mim, é um motivo de orgulho ver uma música nossa fazer tanto sucesso. Levei a vida inteira para conseguir isso”, conta Rogério, que fez uma análise crítica sobre o cenário de Ribeirão Pires, que está carente de opções para revelar novos artistas: “a cidade está carente de espaços e deveria valorizar mais seus artistas. Eu mesmo toquei em vários lugares, aniver-sário de São Paulo, inclusive e não tive espaço no Festival do Chocolate. Mesmo assim, é muito pouco para a cidade”.

Para 2013, o plano do grupo é lançar um novo DVD, acom-panhado de um novo clipe e álbum.

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No dia 18 de janeiro, o presidente da ACIARP Gerardo Sauter realizou a entrega dos prêmios para os felizardos.

Por Gazeta

Concurso Cultural - Natal Iluminado da ACIARP

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Foto 1: Os proprietários da ótica Pérola, Antonio Manoel e Hilda Galli, e Gerardo Sauter, presidente da ACIARP entregam o prêmio ao ganhador da moto, Reinaldo Marin. Foto 2: Lincon Takashi Sawada, ganhador do Tablet. Foto 3: Francisco de Assis Petrucci, ganhador do Netbook. Foto 4: Talita Ferreira da Silva, ganhadora de uma viagem da CVC. Foto 5: Valquiria Oliveira, assistente de parcerias, entrega a Adjair uma TV de LCD nova.

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A coluna vertebral possui três ti-pos de curvas: a lordose, a cifose e a ESCOLIOSE. A lordose é presente nas colunas cervical e lombar e a cifose, por sua vez, na coluna toráci-ca. A presença dessas duas curvas é NORMAL na coluna, sendo consi-deradas anormais apenas quando aparecem em grau aumentado, devendo ser investigadas. Já a es-coliose é SEMPRE anormal na colu-na vertebral e aparece com vários tipos, sendo mais freqüente a do adolescente, sobre a qual se refere este texto.

Esse tipo de curva aparece no plano coronal, isso é, aparece quando olhamos a pessoa “de fren-te” ou “de costas”, diferentemente da lordose e cifose, vistas quando olhamos a pessoa “de lado”. É um desvio tridimensional (nas três di-mensões) da coluna, fazendo com que além de desviar para um dos lados, ela também faça rotação e inclinação.

Por vezes, existem desvios da coluna resultantes de maus hábitos posturais, a que se dá o nome de

Atitude Escoliótica, que pode ser Antálgica (crise de dor aguda que leva ao desvio momentâneo da coluna) ou Postural, sendo corrigidos com a melhora dos maus hábitos posturais, tratamento que pode ser associado com fi sioterapia motora, a RPG (Reeducação Postural Global orientada por profi ssional de Fisioterapia).

Dentre os tipos de escoliose, o mais comum é a Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA), que envolve malformações das cartilagens de cres-cimento vertebral e pode ter diversas origens, in-cluindo alterações genéticas. É cerca de 4 a 10 vezes mais frequente nas adolescentes do sexo femini¬no e, por isso, tem seu diagnostico realiza-do geralmente na adolescência, quando ocorre o período de maior crescimento humano.

As alterações podem ser sutis, como diferen-ça na altura dos ombros, assimetrias nas curvas da cintura pélvica, gibosidade (elevação da escápula por rotação costal) e seu diagnóstico é feito inicialmente por meio de exames clínicos. Após a avaliação clinica, realiza-se radiografi a panorâmica da coluna total, cujo diagnóstico

deve apresentar pelo menos 10 graus de curva-tura para o diagnóstico de escoliose ser confi rma-do. Essa medida é feita pelo medico com o uso de uma régua chamada goniômetro. Entretan-to, há vezes em que o diagnóstico de escoliose é realizado quando o paciente realiza um Raio-X de tórax ou abdome, solicitado por um médico que não ortopedista que detecta a deformida-de que geralmente apresenta curvas entre 10 e 20 graus. O tratamento inclui atividade física e fortalecimento muscular e RPG (Reeducação Postural Global) com exercícios e alongamento que resultam na melhora da postura.

A modalidade esportiva que mais contribui para o tratamento é a natação, que trabalha todos os grupos musculares, alonga e fortalece a musculatura paravertebral. Orienta-se associar a atividade física associada ao trabalho de RPG. De modo geral, todas as atividades físicas são li-beradas.

Os pacientes adolescentes com curvas maio-res, entre 20 e 40 graus, podem ser tratados com colete (mais comum é o de Milwalkee), depen-dendo da idade, maturação óssea e tempo de-corrido da primeira menstruação (no caso das meninas). O equipamento é utilizado durante o tratamento conservador (não cirúrgico) até o fi m do crescimento ósseo, que geralmente ocorre entre 16 a 18 anos nos meninos e cerca de 3 anos após a primeira mens¬truação nas meninas.

Já pacientes com curvas acima de 40 graus devem ser avaliados quanto à possibilidade de cirurgia, dependendo também, é claro, de ida-de e outros fatores já citados. Este tipo de trata-mento da escoliose objetiva melhorar o equilíbrio e a marcha, evitar compressões cardiorrespira-tórias e interromper a piora da curva. Não deve ser indicada apenas como correção de efeito estético.

A recuperação pós-cirúrgica não é comple-xa. O paciente fi ca em pé e caminha no segun-do dia, geralmente recebendo alta do hospital em menos de sete dias. Usar ou não o colete após o procedimento é escolha do médico de-pendendo do caso ou do resultado da cirurgia.

Como em qualquer cirurgia, a correção da escoliose também pode apresentar riscos e com-plicações, como infecção e dor pós-operatória, que geralmente não é grande, sendo geralmen-te resolvida com medicações. Para maiores es-clarecimentos, procure um Médico Ortopedista Especialista em Coluna Vertebral.Es

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Dr. Iberê Ribeiro - Ortopedista e Traumatologista Especialista em Patologias da Coluna Vertebral - Mestrado FMABC

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TDo meu jeito, do seu, dele, do outro, daquele! Assim costumamos fazer, uns mais, outros menos. É hábito já declarado transformarmos nossas relações em “queda de braço”. Insistimos em fazer prevalecer nossa opinião, como se fosse a mais importante e a única correta, mesmo que seja um engano, mas isto não importa muito na hora de impor, o que vale é defender a própria vontade. Quem tem mais poder de “grito” vence.

Tenho observado a linha do tempo de algumas pessoas mais afoitas neste sentido e percebo sua dureza de caráter, cegueira ética, e desastres pessoais. Andam doentes, infelizes, continuam teimosas, temerosas e na maioria das ve-zes solitárias, pois conseguiram afastar pessoas de seu convívio que desistiram de tentar um relacionamento, pelo menos amigável. E tudo isto por quê? Qui-seram manter a soberania de suas vontades e não perceberam, pela inflexibili-dade, o quanto destruíram e acima de tudo não aprenderam, continuam a co-meter os mesmos erros, pois a dificuldade em perceber o outro não as permite enxergar que existem formas diferentes de lidar com as mesmas questões, que é na diversidade que se constrói o todo. Perderam tempo, um tempo que ao se escassear limita cada vez mais as chances de transformação. A insistência em impor parece prender o indivíduo no seu vício de não discernir.

O que mais me chama a atenção é o poder de destruição desta posição radical. Toda vez que alguém defende com rigidez sua opinião é capaz de re-mover da frente qualquer atitude antagônica com violência e armações sem fim, não conseguindo absorver qualquer diferença permanece em seu embo-tamento.

A flexibilidade e a permeabilidade são meios capazes de levar ao aprimo-ramento constante. A paciência e a vontade de evoluir ainda são fundamen-tais para conseguirmos aprender e não nos deixarmos influenciar pelo radical, enquanto que a teimosia imperialista consome o tempo de vida. A dureza de pensar e sentir coloca qualquer um contrário a evolução.

Ala Voloshyn, nascida em agosto de 1956, em São Paulo, filha de imigrantes ucranianos, estudou Psicologia na atual Universidade Metodista de São Paulo. Formou-se em 1980 e desde então atua como psicóloga. Já tra-balhou com a educação de surdo-cegos e deficientes auditivos. Apresentou programa de entrevistas em Web TV.

Ministra palestras e contação de histórias. Mantém blogs pela internet sobre literatura infantil e textos de sua autoria. Tem editado um livro de literatura infanto-juvenil intitulado Pimenta do Reino. É membro da Aca-demia Popular de Letras da Biblioteca Paul Harris de São Caetano do Sul e colaboradora do jornal Enfim, de São Caetano do Sul, e Mais Notícias, de Ribeirão Pires.

Textos: http://alavoloshyn.blogspot.comLiteratura infantil: http://livrosvivos.blogspot.comEmail: [email protected].: (11) 96036-3139Fone: 3565-6609

Tem que ser do meu jeito

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Por Danilo Meira

Primeiro game marcante da história, Pong faz 40 anos

Ted Dabney, Nolan Bushnell, Fred Marincheck e Al Alcorn apresentam o revolucionário Pong em 1973

Os videogames hoje são um entretenimento de alta quali-dade de som e imagem mas, obviamente, nem sempre foram assim. Há 40 anos, ganhava as ruas aquele que é considerado o “pai” dos jogos de hoje em dia, batizado como “Pong”.

Produzido pela Atari, marcou uma nova era no entreteni-mento, como seu próprio anúncio, de maneira nada modesta, dizia: “um novo produto, um novo conceito”, por uma nova companhia que “revolucionou o mercado dos jogos e do en-tretenimento”, “integrando computadores digitais, tecnologia de vídeo e técnicas de laser”.

A apresentação pomposa era o verniz sobre uma ideia que, a bem da verdade, não era inédita. Em 1971, uma em-presa chamada Nutting Associates lançou um jogo eletrônico em cabine (até então a classe árcade denominava as casas de jogos que, em sua maioria eram de bolas, os chamados Pin-balls) chamado Computer Space que, apesar de ter alguma repercussão, não foi o que podemos chamar de sucesso. Um dos engenheiros que o criou, Nolan Bushnell, entrou na recém-criada Atari no ano seguinte e partiu de um jogo de tênis de mesa eletrônico lançado para o primeiro console do mundo, o Magnavox Odyssey para criar algo melhor. Se o primeiro jogo

não tinha som, apenas duas barras controladas por jogadores e um ponto que servia de bola, a versão de Bushnell incluiu um placar, “paredes” no topo e na base da tela para que a bola não fosse para um “limbo eletrônico” e um som rudimentar, mas que marcou época. O game ganhou nome, “Pong” e um siste-ma de fi chas para que pudesse se cobrar pela jogatina. Suces-so instantâneo, que gerou fi las nos bares onde estava instalado e muito lucro para a Atari, que com cerca de uma dúzia de máquinas ganhava cerca de US$ 4 mil por semana (US$ 22 mil em valores de hoje), quantia considerada estratosférica para a época.

O estrondoso sucesso fez com que a Atari não conseguisse suprir a demanda do mercado por mais gabinetes (que eram construídos artesanalmente). Resultado: um sem-número de cópias do árcade de sucesso feitas pelas mais diversas indús-trias. Obviamente, os engenheiros (e a empresa) fi caram irrita-díssimos com o fato mas, por outro lado, foi o que fez com que Pong e, consequentemente, a indústria dos videogames desse o salto determinante para se tornar parte da cultura popular mundial. E tudo isso sem uma campanha de marketing ade-quada, apenas no boca a boca. Foi um sucesso ou não foi?

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Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós que cometemos o pecado do silêncio às ingerências e às corrupções que nos co-locam o tempo todo à mercê de tragédias anunciadas, porém não denunciadas em tempo.

Neste triste momento, há um pouco da dor da cidade de Santa Maria em cada um de nós que vivemos em uma pátria com excesso de leis, via de regra, inócuas, já que na maioria das vezes não são cumpridas a contento. O nosso país está abarrotado de legisladores municipais, estaduais e federais que, para mostrarem serviço, ficam remendando a Constitui-ção com legislações vazias que apenas burocratizam a nossa Carta Magna, transformando-a em uma espécie de colcha de retalhos que não serve para proteger o direito de vida e felici-dade da população. Enquanto isso, muitos morrem de fome, outros por falta de moradia, falta de saneamento básico, falta de um sistema de saúde minimamente digno, falta de segu-rança, falta de educação e tudo isso junto gera uma popula-ção que não reage contra as corrupções (explícitas e implíci-tas) que fomentam números de uma grande guerra civil. E isso quando não é a própria população que promove a corrupção oferecendo suborno a fiscais, policiais e outros representantes

do estado.Perante as leis vigentes, se procurarem direito os culpados

pela chacina dos jovens que estavam na boate Kiss, é evidente que uma grande lista de inoperantes, negligentes ou corruptos mais visíveis será encontrada. Ela será, com certeza, formada por aqueles que emitiram de forma indevida os alvarás de fun-cionamento, ou por aqueles que não executaram com o ne-cessário rigor as vistorias, ou por alguém que burlou as leis inde-pendentemente de autorizações, ou por alguma autoridade que foi subornada para fazer vistas grossas e etc. Contudo há sempre uma outra lista que é invisível aos olhos daqueles que executam as leis. Essa segunda lista é formada pelas altas auto-ridades (governadores, prefeitos, vereadores, secretários...) que permitem que as pequenas corrupções ocorram, seja por não darem a devida importância ao tema, seja por cumplicidade, seja por incompetência ou outra razão qualquer que pode ser simplesmente a impunidade. E essas duas listas de criminosos em potencial, a visível e a invisível, existem, possivelmente, em todas as cidades do país.

Atire a primeira pedra a cidade que não é um pouco de Santa Maria. Atire a primeira pedra a cidade que mantém uma rígida e atualizada fiscalização de segurança em todos os ambientes públicos, sejam igrejas, teatros, cinemas, boates, botecos, repartições diversas, e o que é mais escandaloso: em todas as ESCOLAS. A maioria dos prédios escolares são antigos, arcaicos e muito mal projetados. Sem contar que no passado a quantidade de aparelhos elétricos era mínima. Em especial naquelas escolas em que há pelo menos um andar, o corre-dor superior é um beco sem saída. Caso ocorra um incêndio no térreo, as crianças morrem vitimadas pela negligência de quem mantém essas edificações funcionando sem as devidas adaptações às legislações atuais, que seria, no mínimo, a cons-trução de escadas de emergência nas laterais dos prédios.

Mais um ano letivo está começando. Só em nossa região há inúmeras unidades escolares nestas condições alarmantes. Quem vai impedir o risco de uma tragédia anunciada com as nossas crianças e jovens? O governador? Os prefeitos? Os ve-readores? As autoridades da educação? Os pais? Os próprios alunos? Ou seria Santa Maria?

Um grande “kiss” para quem atirar a primeira pedra.

A primeira pedra

Por: Paulo FrancoFormado em Letras e em Pedagogia e Pós-graduado em Docência para o Ensino Superior. Poeta e escritor, tem 8 livros publicados e dezenas de premiações em nível nacional.

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