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Revista Mármore & Cia Edição nº 66 - 2014

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Revista sobre Rochas Ornamentais - Construção, Arquitetura e Decoração

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Barroco Itália-Brasil:

Sacralidade em Prata e Ouro............................... 06

MINASCON / CONSTRUIR MINAS 2014:

Foco na

Sustentabilidade.................................................... 12

Cachoeiro Stone Fair - 2014:

Mostra sua Importância......................................... 19

Destaques desta edição

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Marmomacc 2014:

Sempre na Vanguarda.......................................... 24

Casa Cor Minas 2014:

O luxo integra-se à natureza ................................. 30

Fique Sabendo..................................................... 36

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Editorial - Fim de Ano

“Tudo como d’antes, no Quartel de Abrantes”. Este ano de

2014 foi difícil. Muito difícil mesmo. Desde o primeiro semes-

tre. Perdemos o Hexa, o comércio entrou em queda, a infla-

ção começou a subir e a indústria ficou estagnada. Não melho-

rou no segundo semestre: eleições majoritárias, com uma

agressividade nunca vista, mais inflação e escândalos inacreditá-

veis. As cores do Brasil, o verde e amarelo, ficaram esmaeci-

das e o país, rachado, dividido entre os dois partidos predomi-

nantes, após as eleições, teve seu mapa colorido de vermelho

e azul. Os Yankies ganharam.

Na última edição do ano, entre matérias interessantes para o

setor da base da construção civil, destacamos a CASA COR –

MG - 2014.

Mas, o fim de ano está chegando e tradicionalmente, as coisas

voltam a melhorar. As esperanças renascem. É como se fosse

uma pausa para recarregar as baterias. É uma época que pro-

porciona otimismo, paz. E é exatamente o que desejamos para

os nossos leitores, colaboradores e apoiadores. Assim: God

save the brasilian people.

Até a próxima e boas festas.

Os editores

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Ao atravessar o Atlânticono século XVII, provin-do da Itália, o Barroco

se metamorfoseia no Brasil –e, mais especificamente, emMinas Gerais. Por aqui, omovimento artístico europeu,caracterizado pela identificaçãocom a contrarreforma, porcurvas exacerbadas e pelasobriedade, ousou transfigurarsignificados e possibilidades.Para marcar a inauguração desua nova sede no CircuitoCultural Praça da Liberdade,no dia 10 de junho de 2014, aCasa Fiat de Cultura preparouexposição inédita, na qual amatriz italiana do Barroco esuas inovações brasileirasdialogam de modo único.Barroco Itália Brasil – Prata eOuro na Casa Fiat de Culturaapresentou a suntuosidade daprata italiana e o esplendor doouro brasileiro, expressos em40 esculturas especialmentereunidas para o público, emBelo Horizonte.

Dentre os exemplaresselecionados para representarraridades mundiais do Bar roco,20 são moldados em prata,provenientes de importantesmuseus e coleções da Itália,

Barroco Itália-BrasilSacralidade em Prata e Ouro

que representam a face lumi-nosa da escultura barroca ital-iana do século XVII. Outras 20peças são obras policromadasde grandes artistas do Barrocomineiro e brasileiro, quetraduzem a riqueza histórica eartística do período colonial.Com curadoria ita liana deGiorgio Leone e RossellaVodret e brasileira de AngeloOswaldo, a mostra apresentaesculturas peculiares nuncaantes reunidas, evocando agrandiosidade do Barroco nasmanifestações dos países quemais marcaram o movimento.

Na visão do Presidenteda Casa Fiat de Cultura, JoséEduardo de Lima Pereira, amostra ajusta-se perfeitamenteao momento vivido pela institu-ição. “A mostra sintetiza uma denossas intenções permanentes,que é fazer com que sejamosum portal de ligação entre asculturas brasileira e mundial.Lembremo-nos que nossoBarroco não é um fenômenoisolado, mas que se insere emum conceito artístico e históri-co mais amplo, com manifes-tações diferenciadas, que seintegram por uma matrizcomum.

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Para a mostra no Brasil,foram selecionadas esculturasdos mais conceituados artistasourives italianos represen-tantes do estilo, comoDomenico Antonio Ferro,Domenico Capozzi, FilippoDel Giudice, Giacinto Buona -cquisto, Giovan Battistad’Aula, Bartolomeu Granucci,Lorenzo Vaccaro, NicolaAvitabile, Tommaso Treglia eMichele Pane. Gênios doBarroco brasileiro completama mostra, com peças degrande valor histórico e cul-tural. Nomes como Aleija -dinho, Mestre Valentim,Mestre de Piranga, FranciscoVieria Servas, Antônio Pereirada Costa e Joaquim Gon -çalves da Rocha marcam pre-sença, assim como AlfredoCeschiatti e Maurino de

Araújo, que apresentamreferências barroquistas ederam seguimento à artesacra mineira mesmo noséculo XX. Juntos, artistas daItália e do Brasil mostram umparalelo entre as duas culturase um contraste entre doismomentos do Barroco, pro -vocando emoção e sacrali-dade.

Um dos destaques daexposição, é um São JoãoBatista (1718-1719), de Ni -cola Avitabile. O busto dosanto, um dos mais represen-tados artisticamente ao longodas gerações, é uma das rari-dades do Museo Del Tesorodi San Gennaro e apresentaum rosto expressivo, sobuma base ricamente ornada.Outra obra que mereceatenção é Sant’Ana Mestra

(Século XVIII), de AntônioFrancisco Lisboa, Aleijadinho– artista que, em 2014,recebe homenagens em todoo Brasil, em função dos 200anos de sua morte. A repre-sentação da santa que deu aluz a Virgem Maria tem umaiconografia privilegiada emMinas Gerais e mostra a mãede Jesus ainda criança. Alémdo valor histórico e dariqueza que marcaram aépoca, as obras selecionadaspara representar o barrocoitaliano estonteiam o públicopelo preciosismo, e, princi-palmente, por seu caráterreluzente. Quanto a isso, acuradora Rosella Vodret lem-bra que a prata garante à obrado artista um aspecto de rea -lidade que se transfigura emepifania luminosa. “Isso acon-

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tece devido à vasta capaci-dade do precioso material emrefletir os raios de luz. Essapossibilidade de amplificaçãoe multiplicação da luminosi-dade tem sido consideradaum grande catalisador daunião entre ourivesaria eescultura, a qual permitiurealizar, sobretudo na erabarroca, objetos artísticos deexcepcional valor devocionale cenográfico”.

Enquanto a prata mar-

cava a produção napolitana, oBrasil se resplandecia emouro, sobre esculturas demadeira, talhadas por nomesque marcaram o Barrocobrasileiro, em especial o pro-duzido em Minas Gerais. “Areunião de obras característi-cas da Itália meridional e deum conjunto representativoda arte mineira sublinha, emprimeiro lugar, a vocaçãodesses dois territórios, cul-turalmente riquíssimos, para a

exuberante interpretação es -té tica de seus valores espiritu-ais. No reino de Nápoles e nacapitania das Minas Gerais,prata, ouro e madeira media -ram a expressão Barroca comque italianos e brasileirostraduziram, em períodoshistóricos muito próximos,seu trânsito nas glórias domundo. O legado dessa efer-vescência artística sugere umdiálogo que ilumina e amplia apercepção do fenômeno cria-tivo, seja ao largo do marTirreno, seja nos cumes doEspinhaço sul-ame ricano”,ressalta o curador AngeloOswaldo.

Nápoles: o apogeu daarte em prata

Embora o uso da prataem esculturas remonte apráticas milenares, a exemplodas máscaras criadas noAntigo Egito e na AntigaGrécia, ou em artefatos dascivilizações pré-colombianasda América Latina, sua con-sagração, certamente, deu-seem Nápoles. A partir doséculo 15, a arte sacra impul-sionou a suntuosidade dasesculturas que compunhamas igrejas europeias e o ver-dadeiro apogeu da prática emesculpir ocorreu no Barroco.

Esculturas barrocasbrasileiras: arte em

madeira e ouro

Enquanto Nápoles er -gueu sua fama pela força daprata, Minas Gerais con-

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sagrou-se no campo da escul-tura pelo uso de madeira eouro. Durante o ciclo mine -rador – principalmente, noséculo 18 –, diversos artistasdedicaram-se a esse ofício. Aprópria sociedade da mine -ração foi responsável porfomentar e proliferar imagenssacras, encontradas em al -tares e dentro das casas. Eraco mum ter esculturas que

representavam santos nasresidências e em outrosrecintos, para que os habi-tantes não ficassem sem umobjeto de devoção.

Num ambiente tãofavorável à arte sacra, surgi-ram mestres notáveis pelatécnica e pela beleza. AntonioFrancisco Lisboa, o Aleija -dinho, por exemplo, foi oprimeiro artista a revelar ca -

racterísticas originais na artebrasileira. Ele reinventou pa -drões e criou estilo próprio.Outros artesãos, como osportugueses Vieira Servas eXavier de Brito e o mineiroMestre de Piranga, foramresponsáveis pela riquezaartística da era do ouro. MinasGerais é o berço desta pri -meira manifestação de artenum país tão jovem.

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A matéria utilizada poresses que se tornaram virtu-osos mestres era, sobretudo,a madeira. Jacarandá e Braúnaforam algumas das espéciesusadas pelos artistas, mas foino Cedro que alguns encon-traram a consistência ne -cessária para suas obras. Queo digam as 66 figuras dosPassos da Paixão de Alei -jadinho. Artistas como Fran -cisco Xavier Brito e FranciscoVieiras Servas também re -alizaram trabalhos em pedra-sabão, assim como Aleija -dinho, mas é na madeira quesua genialidade se perpetuou.

A imensa produçãolocal do ouro nos séculos 17e 18, exportada quase inte-gralmente para a Europa, nãoatendia à demanda da ou -rivesaria local, e muitos dosobjetos criados com o materi-al foram roubados mais tarde.Ainda assim, os santos – pro-

tagonistas na arte Barrocabrasileira – contaram com odouramento, técnica em quefolhas de ouro eram aplicadassobre a madeira. “Tes te -munhas do ciclo do ouro, ossantos criados contracenam àperfeição com os santos deprata italianos, num espetácu-lo barroco que ja mais termi-na”, descreve o curadorAngelo Oswaldo, que traduzem palavras o encanto des-pertado por união dessasobras.

Considerado o primei -ro artista brasileiro a ter esti-lo original, Aleijadinho tam-bém foi entalhador, respon-sável por pelo menos quatrograndes retábulos, comoprojetista e executante, earquiteto, tendo realizadoduas fachadas de igrejas,Nossa Senhora do Carmo,em Ou ro Preto, e SãoFrancisco de Assis, em São

João del-Rei. Foi na esculturaque mostrou genialidade.Seu traço, inteiramenteautêntico, compunha-se porlinhas suaves, feições côn-cavas e relevos esculturaisadmiravelmente executados.Sua grande obra-prima podeser vista no Santuário doSenhor Bom Jesus de Mato -sinhos, para o qual esculpiuos Profetas em pedra-sabãoe as estátuas em madeirados Passos da Paixão,transpondo passagens bíbli-cas para a arte de forma pri-morosa.

Seus trabalhos podemser vistos, principalmente,em Ouro Preto, Congonhas,Sabará e, agora, na Casa Fiatde Cultura. Ao observar ostraços, formas e semblantesde cada uma de suas escul-turas, é impossível não admi-rar seu estilo, sua história eas sutilezas de cada obra.

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Foi encerrada em 9 deagosto, mais uma ediçãodo Minascon / Construir

Minas – Feira Internacional daConstrução. O evento, sedia-do no Expominas, em BeloHorizonte, teve a participaçãode 300 empresas, atraiu umpúblico de cerca de 40 milpessoas ao longo de quatrodias e gerou aproximada-mente R$ 120 milhões emnegócios. Entre os destaquesapresentados, estavam produ-tos e soluções com foco emsustentabilidade, ganho deprodutividade, redução decustos e otimização do tempo.Além de uma intensa progra-mação técnica, a feira sedioudois concursos voltados para oaperfeiçoamento dos estu-dantes de Engenharia eArquitetura: o “Mãos à Obra”e o “A Ponte”. O Minascon /Construir Minas é realizadopela Fiemg, por meio de suaCâmara da Indústria daConstrução, em parceria coma Fagga | GL eventsExhibitions e patrocínio daEmbrasil.

Para o presidente daCâmara da Indústria daConstrução e vice-presidente

da Fiemg, Teodomiro DinizCamargos, este é um eventoessencial para a indústriamineira. Ele destacou ainda ocrescimento do número dearquitetos que passaram pelafeira. “Este ano, cerca de 9%do nosso público foi compos-to por estes profissionais. Istomostra uma diversificação noperfil dos nossos visitantes etambém o aumento do inte -resse de pessoas especia -lizadas no evento. Teodomiroafirmou que a intenção deampliar a abrangência doMinascon / Construir Minas,com a inclusão de empresasdo setor moveleiro.

Prova disso é a opiniãodo gestor comercial da Trac -bel, Marco Aurélio MacielMaia, que esteve na ConstruirMinas pela primeira vez esteano. “Temos percebido umgrande número de pessoasvindas do interior, o que paranós é muito bom, pois ampliaa abrangência da nossa partici-pação. Entre as açõesestratégicas que vêm sendoadotadas pela empresa, está aexpansão da atuação no vare-jo. Nossa presença superouas expectativas.”

Novidades em sustentabilidade

e tecnologia

Entre as novidadesapresentadas, as que desper-taram mais a atenção do públi-co foram aquelas relacionadasà sustentabilidade, comsoluções que propiciam aeconomia de água, energia,

MINASCON / CONSTRUIR MINAS

2014Foco na Sustentabilidade

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dinheiro e tempo. Esta ten -dência, cada vez maior naindústria de materiais de cons -trução, foi representada pelaCasa da Indústria Mineira. Oprojeto apresentado foi res -ponsável pela construção deuma casa de 10 x 10 me trosem apenas cinco dias, comtotal de gastos de apenas R$94 mil. O modelo foi o vence-

dor do Prêmio bim.bon desdeano, uma iniciativa da Fiemgque busca valorizar a indústriamineira.

O segmento de tec-nologia voltada para a gestãoda construção e para uso resi-dencial trouxe também novi-dades, como o software deautomação habitacional queproporciona eficiência energé -

tica através de sensores demovimento. Na Ilha da In -fraestrutura, o visitante pôdeconhecer móveis sustentáveis,que utilizam fibra de plástico ematerial residual provenientede processos industriais,reduzindo o desmatamento eo impacto da retirada dematéria-prima da natureza. JáPraça do Concreto apresen-

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tou os blocos Terrae, umanovidade em contenção deencostas, que dispensa o usode argamassa, podendo serpreenchido por terra para finspaisagísticos.

Concurso “A Ponte”atrai visitantes

da feira

O resultado do concur-so “A Ponte” costuma ser umadas atrações mais esperadasdo evento. O desafio, queconta com a participação deestudantes de arquitetura eengenharia, é construir umaponte, segundo critériosprofissionais, utilizando apenascola e palito de picolé. Osvencedores desta ediçãoforam os estudantes LuísBeduschi e DjalmaSchlindwein, da UniversidadeRegional de Blumenau. Comapenas 638g, a protótipo - cri-ado para sustentar 180kg -bateu o recorde e suportou225kg, surpreendendo até os

próprios criadores. “Nãoacreditamos quando a ponteultrapassou os 200kg”, disseLuís.

Programação paralela

Durante dois dias, oMinascon recebeu eventoscomo o 13º Congresso deMateriais, Tecnologia, MeioAmbiente e Sustentabilidade naConstrução; Fórum de Lojistasda Associação dos Comer -ciantes de Material deConstrução (Acomac) / 3ªConvenção da Acomac Minas;Ilha da Infraestrutura; Praça doConcreto, o I Workshop deDesempenho e o Seminário daAssociação Brasileira deCimento Portland (ABCP), como tema “Inovações tecnológicasem construção civil”, voltadopara o mercado de edificações.

O Minascon / ConstruirMinas estará de volta à capitalmineira em julho de 2015, emdatas a serem divulgadas embreve.

ESTUDO SOBRE OIMPACTO DO PLANO

REAL NACONSTRUÇÃO CIVIL

Levantamento realizado pelo

Sinduscon / Fiemgrevelou que o setorcresceu 52,10% na

última década

Levantamento realizadopelo Sinduscom / Fiemg reve -lou que o setor cresceu 52,10% na última década. Um estu-do realizado pelo Sindicato daIndústria da Construção Civilde MG (Sinduscom), revelaque a construção civil sedesenvolveu e adquiriu umanova dimensão nos últimos 20anos. Com a estabilidademacroeconômica conquistadacom o Plano Real o setor foi,aos poucos, recuperando seupapel de protagonista nahistória do desenvolvimentonacional. Na última década, ocrescimento da construção

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civil foi expressivo: 52,10%, oque representou um cresci-mento médio anual de4,28%. Embora tenha havidouma redução das atividadesnos últimos dois anos, reflexodo cenário econômico poucoconfortável, com inflação maiselevada e confiança em baixade consumidores e empre -sários, as perspectivas per-manecem positivas, já que ocrescimento do país está dire-tamente relacionado ao seg-mento.

O estudo mostra, ainda,que de 1994 a 2013, a cons -trução civil brasileira cresceu74,25% e que, nos últimos 20anos o setor registrou umaexpansão média anual de2,82%. O auge deste desen-volvimento neste período foiobservado no ano de 2010,quando o PIB da ConstruçãoCivil no Brasil registrou altaexpressiva de 11,6%. Para opresidente da Câmara daIndústria da Construção evice-presidente da Fiemg,Teodomiro Diniz Camargos,os últimos dois anos têmmostrado queda no segmentocomo um todo, mas esse é omomento de continuarreestruturando cadeia a pro-dutiva, propondo novos ca -minhos. “Nós, da construção,esperamos mudanças e políti-cas mais definitivas para oambiente macroeconômico,de forma que as pessoas pos-sam voltar a investir. E que hajamais investimento em infra -estrutura e bens du ráveis”.

De acordo com IedaVasconcelos, assessora eco -nômica do Sinduscon MG, a

burocracia do setor contribuicom o atraso de, em média 36meses, em cada projeto.“Além de acarretar umagrande demora para a con-clusão da obra, essa questãogera também mais custos paraos projetos”.

Novidades tecnológicas

O Minascon/ConstruirMinas representa um momen-to de aquecimento para osetor. Com a participação deaproximadamente 300 em -presas, a feira é responsávelpor reunir toda a cadeia cons -trutiva, com a participação defornecedores, engenheiros,técnicos e outros profissionaisda área, além da exposição deprodutos, lançamentos esoluções de baixo custo.

Solenidade de abertura

A solenidade de abertu-ra do Minascon / ConstruirMinas reuniu o governador deMinas Gerais, Alberto PintoCoelho; o presidente daFiemg, Olavo Machado Junior;o vice-presidente da Câmarada Indústria da Construção,Teodomiro Diniz de Camar -gos; e diretor de Negócios daFagga | GL events Exhibitions,Victor Montenegro.

Para o presidente daFiemg, um evento como oMinascon / Construir Minas éessencial para o desenvolvi-mento do setor. “Este encon-tro tem a dimensão que aindústria mineira precisa”, afir-mou Machado. O governador

destacou os números da con-strução no Estado. “Este setor,que representa 7,5% do PIB emais de 10% do volume deempregos em Minas Gerais,tem um crescimento indepen-dente das políticas públicas,mas sofre os resultados damacroeconomia como umtodo, daí a relevância de umencontro como este”.

Sindicatos filiados àFIEMG, no setor da Cons -trução Civil, participaram doevento. Destes destacamos oSinprocimg e Sindicer pela im -portância atribuida ao eventocom estandes montados emalto nível.

Projeto Praça

do Concreto Siprocimg 2014

A Praça do ConcretoSIPROCIMG teve como obje-tivo apresentar e discutir assoluções disponíveis em sis-temas e produtos à base de

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O presidente do Siprocimg, Lúcio Silva

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cimento para o espaçourbano, bem como sua aplica-bilidade sustentável nas obras.

A Praça do Concretoem 2014, teve um espaço de630m² onde reuniram 12expositores, eles: BlocoSigma, Blojaf, Concreviga,Construcon Artefatos, GrupoIsofort, Lajes Vigafort, MartinsLanna, Nomini Acabamentosem EPS, Prefaz – Pré-Fabricado de Concreto, Pre -moldados Sampaio, PorteArtefatos/Interpavi e Uni-Steindo Brasil.

O projeto arquitetônicofoi assinado pela arquitetaMárcia Leite e as estruturasem concreto foram produzi-das pela empresa LaminusEngenharia.

Casa Cerâmica

“Erguida no local, aCasa Cerâmica possui tama -nho e proporções reais. Comsistema construtivo em blocoscerâmicos estruturais, com-prova a sua durabilidade eexcelente conforto termo -acústico, sendo uma alternati-va de moradia racional, ver-sátil, econômica e ecologica-mente correta. O piso da áreaexterna foi constituído dePaver Cerâmico, elementopara pavimentação de áreasde pedestre, trânsito de veícu-los e ornamentação. Possuivisual rústico e sua aplicação éfeita apenas com a aplicaçãoposterior de areia.

O projeto da CasaCerâmica é institucional, visacolaborar para os interessescoletivos e fortalecer o setor,

uma vez que o SINDICER /MG tem como propósito re -presentar todos os ceramistasmineiros. Por isso, o foco prin-cipal da nossa participação noMINASCON não foi fecharnegócios imediatos e benefi-ciar algumas empresas, e simdivulgar e promover o materi-al cerâmico, suas qualidades,desempenho, baixo custo elogística de fabricação queengloba todas as regiõesmineiras, aumentando assim, avenda do produto. Com aparticipação neste evento,conseguimos mostrar e de -monstrar a qualidade dos pro-dutos cerâmicos e a represen-tatividade da Indústria daCerâmica Vermelha no setor

da construção como produtoforte e altamente sustentável.

A interação com em -presários do setor da cons -trução também foi de grandevalia. O evento proporcionouoportunidades para conhecer-mos inovações e tendênciasda indústria, verificando e ana -lisando questões ambientais epara discutirmos novas pers -pectivas do setor.

O MINASCON 2014nos proporcionou grandetroca de experiências, moti-vando ainda mais o SINDICERna sua busca por estratégiasnecessárias para o desenvolvi-mento progressivo, aumen-tando assim, a competitividadedo setor cerâmico.”

Rodrigo Victor Silveira e Ralph Perrupato, do Sindicer

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Launched by o theFederation of Industriesof the State of Minas

Gerais - FIEMG – by itsChamber of ConstructionIndustry, with Fagga GL eventsExhibitions, the Minascon2014 was featured in Ex -pominas, between 6 and 9August.

In its 11th edition, theFair has confirmed the status ofbiggest event of the construc-tion supply chain. The state ofMinas Gerais has always beenprominent in the constructionsector, by expressive namessuch as Oscar Niemeyer andthe interest it has alwaysshown in supporting innova-tive projects.

This year, once againMinascon revitalized with pro-gramming that promoted, incarefully designed scenario,competitions, seminars, con-ferences and meetings of dif-

ferent companies, agencies,organizations and professionalinstitutions in the constructionsector - highlight the II MeetingManagers Sebrae-MG.

Approximately 300companies participated in theevent and this edition was dis-tinguished partnership withEmbrasil, one of the largestwholesalers in the industry inBrazil, which has approximate-ly 450 suppliers and totals 12000 products distributednationally.

Official figures indicatethat the construction industryin our state corresponds to7.5% of GDP, generates10.4% of employment, 7.9%of wages and 5.9% of collect-ed taxes. If the Fair is anopportunity to add value tothe construction products, inMinas Gerais, as it was said byPresident Fiemg, Olavo Ma -cha do Júnior, the event aims to

consolidate the mining supplychain with quality items manu-factured in the state, accordingto the Vice Federation presi-dent and president of theChamber of ConstructionIndustry, Theodo miro DinizCamargos.

This year, the 13th

Congress of Materials, Tech -nology, Environment andSustainability in Construction;the Forum of Tenants of theAssociation of Traders ofConstruction Material (Aco -mac) / 3rd Acomac of MinesConvention; Island of Infra -structure; Square Concrete;the Performance Workshop I,the lectures given by expres-sion names in the industry andincentives to projects in thefields of architecture and engi-neering were significant land-marks of the 11th edition ofMinascon, the biggest event ofconstruction.

MINASCON – A MajorConstruction Event

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Mais uma vez, a ediçãocontou com umagran de participação

dos representantes do setorde máquinas e equipamentose também apresentou muitasnovidade em pedras. Um ver-dadeiro showroom em ambosos segmentos.

A visitação de mais de25 mil pessoas de 700 cidadesde todos os Estados brasileirosmostrou o grande interesse

do mercado nacional nas novi-dades apresentadas na feira. Amaior parte dos participantesfoi da região Sudeste, mastambém com grande presençade Estados do Sul e CentroOeste. O público estrangeiroveio de 17 países.

No estande da Guidonia avaliação foi positiva emfunção das muitas visitas deparceiros comerciais de váriosEstados do país. “A nossa pre-

sença na Cachoeiro Stone Fairé imprescindível e fazemos umtrabalho muito importantedurante o evento, que vaialém das negociações em si, eestreita a relação de confiançacom os clientes”, comentaRafael Delogo, executivo demarketing e comunicação daGuidoni.

Por ser um ano atípico -com o Brasil como sede daCopa e o processo eleitoral -,a postura de muitosempresários foi de cautela,mas os resultados dos eventossuperamam as expectativas.

Para o presidente doSindirochas, Samuel Men -donça, o período é de recu-peração. “Passamos por umafase meio estagnada, masagora estamos retomando oaquecimento do setor”, analisa

Cachoeiro Stone Fair - 2014

Mostra sua Importância

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Samuel e aponta boas pers -pectivas para 2015.

Para o diretor comercialda Ecotools, Téo Brandão, acada ano a feira consolida suaimportância para empresáriosdo setor. “Participamos detodas as feiras do setor.Estamos sempre presentes emCachoeiro e Vitória e sabemosque são eventos muito singu-lares, ícones no cenáriomundial’. A diretora daMilanez&Milaneze, empresarealizadora do evento, CecíliaMilanez, afirma que a feiracontinua um importante re -curso para o desenvolvimentodo setor. “A feira é uma vitrinede materiais e tem cumprido oseu propósito. A cada ano oevento apresenta mais ino-vação, tecnologia de ponta,

lançamentos e oportunidadespara fechar bons negócios,com o que há de melhor nomercado.

Cachoeiro Stone Fair évitrine de máquinas e

equipamentos

A Cachoeiro Stone Fairapresentou um grande lequede inovações no setor demáquinas e equipamentos.Estes produtos representam70% de todo o espaço doevento, atraindo investidores einteressados em conhecer oque há de mais novo nestemercado.

Mais uma vez foramdestaque pelos corredores daárea expositiva do Parque deExposições as máquinas multi-

fios. As facilidades e vantagensda utilização dessa tecnologiacontinuam sendo um temabastante falado nos estandes.A italiana Multifios Pedriniapresentou a sua estrela.“Com o sistema de resinagemcom microondas, será possí veleconomizar espaço e tempodepois da resinagem das cha-pas”, disse o gerente de ven-das, Giuseppe Vavas sori.

Na francesa Thibaut,uma máquina capaz de trans-formar sozinha uma chapabruta de mármore ou granitoem uma pia com todos os seusacabamentos chamou a aten -ção. “Pode ainda realizar peçasde maior espessura. Ela per-mite frisar, furar, cortar, polir ecriar diversas texturas naspedras.”, explicou Yann Salaun.

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A Ecotools apresentousua cartela de atrativos com aSonda Kempe U2, muito maisleve e ágil, totalmente auto -matizada necessitando desomente um operador; aBanqueadora Spyder – comtrês martelos MP100 e todasas movimentações automati-zadas; e a grande novidade daEcotools: o Fio Diamantadode 12,4mm. “Vendemosmuito e participar nos oportu-niza mostrar os nossos lança-mentos e ter a proximidadecom o cliente”, explicou.

No estande da Usimac,Romildo Gonçalvez explicaque a adaptação de algunsaparatos chegam para facilitarcada vez mais a vida dos mar-moristas. “Com o robô desaída (Descarregador Automá -

tico de Chapas - DAC),propomos a eliminação dorisco de acidentes. A máquinaé programada e faz tudo demodo autônomo,na entrada esaída de chapa na máquina”.

A beleza e raridadedos exóticos

Mármores exóticos ex -po stos na Cachoeiro Stone Fairmostraram que o mercadobrasileiro de rochas ornamen-tais continua inovando. Osmateriais que mais chamaramatenção pela beleza e raridade,eram inadivertidamente dinami-tados e viram pó industrial. Nostand da Rangel, dois tipos demármores exóticos encontra-dos recentemente estiveramexpostos. Renato Rangel expli-

ca que é muito raro achar essetipo de material com diferentestonalidades. Hoje tem tidogrande aproveitamento emdecoração por serem chapascom desenhos únicos. E se osgranitos exóticos encantamarquitetos, decoradores edesigners pela exclusividade, osmármores com movimen-tações são muito mais raros e,podem acontecer apenas emum veio de uma pedreira,enquanto alguns granitoschegam a 100 ou 200 metrosde um tipo, o que já é bempouco.Outra empresa queexibe um exemplar de már-more exótico na feira é aMineração Capixaba. O repre-sentante financeiro da empresa,Jorge de Backer, explica que osmármores exóticos são muito

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caros, mas muitos arquitetosestão utilizando em detalhes,valorizando em muito os proje-tos”. Apai xonados pelos colori-dos granitos exóticos bra -sileiros, os americanos tambémestão aderindo a algumastendências das cores maisclaras, inclusive em suas cozi -nhas e ilhas com bancadas,onde é grande o consumo dosmateriais brasileiros. Muitademanda também para clássi-cos, os tipos bem brancos eregulares que é mais umaopção para os ambientes maiscleans.

Rochas ornamentaisexpostas na CachoeiroStone Fair estarão naVila das Olimpíadas

2016, no Rio deJaneiro

Mármores e granitoscapixabas estão presentes emum dos maiores empreendi-

mentos imobiliários em exe-cução das Américas - o IlhaPura, um condomínio residen-cial na Barra da Tijuca, queservirá como a Vila Olímpica eabrigará os milhares de atletasque estarão no Rio de Janeiroem 2016.

As empresas Gramil,Rangel e Cajugram, que par-ticipam da Cachoeiro StoneFair fornecem materiais para asconstrutoras, responsáveis pe -las obra, entre eles o Már -more Branco, o Preto SãoGabriel, o Branco Siena emuitos outros, já cortados eprontos para utilização comobancadas de cozinha, lava -tórios, beirais e peitoris.Renato Rangel Filho, comentaque até revestimento de pisci-na está sendo fornecido pelaempresa.

Para se ter uma ideia donível de exigência para partici-par do mega empreendimen-to, o Ilha Pura Vila dos Atletas,

um bairro planejado com 31Edifícios divididos em 7 Con -domínios independentes emuma área equivalente à Pe -nínsula da Barra da Tijuca comtotal infraestrutura e paisagis-mo assinado pelo es critórioBurle Marx.

O representante co -mercial da Gramil, Luiz Alber -to Silva, explica que essa éuma obra muito importanteem um período em que omercado está se aquecendodepois de muitas obras para aCopa. As três empresas tam-bém participam de outro pro-jeto no Rio de Janeiro - a revi-talização da Praça Mauá e daárea portuária do Rio deJaneiro onde está sendo cons -truído o Museu do Amanhã."O Rio de Janeiro é um grandecanteiro de obras e tem sidomuito importante para aque-cer o mercado interno", co -menta Gustavo Santos, ge -rente comercial da Cajugram.

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A SALA MINAS GERAIS JÁ ESTÁ SENDO APRESENTADA COM O PRIMEIRO ENSAIO EXPERIMENTAL DA ORQUESTRA FILARMÔNICA. É o Governo de Minas e a Codemig investindo em cultura e informação para trazer mais desenvolvimento para todos os mineiros.

WWW.ESTACAODACULTURAMG.COM.BR Rua Tenente Brito Melo, 1090, Barro Preto, Belo Horizonte/MG

Estação da Cultura.O espetáculo já vai começar.

A Estação da Cultura Presidente Itamar Franco vai promover e impulsionar a cultura, a arte

e a informação em Minas.

 Mais que uma construção, esta é uma obra de arte para encantar e orgulhar os mineiros. O espaço cultural está sendo erguido em um terreno de 14.400 m2, no Barro Preto, e abrigará uma das mais

modernas salas de concertos do Brasil, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e o edifício-

permitindo que em 2015 a Filarmônica inicie sua temporada já na casa nova. A Sala tem

capacidade para 1.400 lugares e também servirá de palco para grandes atrações do cenário mundial da música eruditaentregues em breve. E, a partir daí, a cultura e a informação vão fazer cada vez mais parte da gente.

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No período de 24 a 27de setembro foi rea -lizada a Marmomacc

2014. A Feira de Verona,como é conhecida a Mar -momacc, é o mais importanteevento europeu do setor derochas ornamentais, tendosuperado as tradicionais feirasde Carrara, também na Itália,e de Nuremberg, na Ale -manha. Mundialmente, a Mar -mo macc foi ultrapassada, emnúmero de expositores e visi-tantes, pela Feira de Xiamen,na China, apesar de manter-sena vanguarda mundial da tec-nologia de máquinas e equipa-mentos e do design de produ-tos.

A vitrine de tecnologia edesign é extremamente im -portante para o Brasil, pois aItália é a maior produtora eexportadora mundial demáquinas e equipamentos uti-lizados no setor de rochasornamentais, além de umareferência inequívoca pelodesign de seus produtos. Noano de 2013 o Brasil importouUSD 148, 1 milhões em tec-nologia de rochas, dos quaisUSD 93,2 milhões (62,9%)provenientes da Itália, figuran-

Marmomacc2014

Sempre na Vanguarda

Texto e fotos: Cid Chiodi Filho

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do assim como seu principalcliente mundial.

Os teares multifios dia-mantados representam oprincipal item da pauta dasimportações brasileiras detecnologia italiana, seguindo-se politrizes, resinadoras,acabadoras de borda, má -quinas de jato d’água, serra-pontes, centros de usinagem(tornos multifuncionais), etc.Acompanha-se com interessea evolução dessas impor-tações, especialmente detornos e máquinas de jatod’água, pois elas sinalizam acapacitação de empresasbrasileiras para produtosacabados e ingresso da ter-ceira onda exportadora dosetor de rochas.

O espaço de exposiçãobrasileiro na Marmomacc,mais uma vez organizado pelaAbirochas com apoio finan-ceiro da Apex-Brasil, reuniu26 empresas expositoras,

além de três entidades setori-ais (ANPO-ES, SIMAGRAN-CE e SINCOCIMO-RJ) e oestande da Vitoria Stone Fair– Marmomacc Latin America.O que se destacou no pavi -lhão brasileiro, além da diver-sidade das rochas expostas edo novo design do próprio

pavilhão, foi o incremento demateriais provenientes daRegião Nordeste, sobretudodo Ceará, além do RioGrande do Norte, Paraíba eBahia. Reitera-se, deste mo -do, a importância da Re giãoNordeste para rochas exóti-cas, bem como o seu poten-cial para limestones (cal-cários), todos eles materiaisestratégicos no portfóliobrasileiro do setor. Entende-se, no mesmo sentido, oporquê da expansão recenteda atividade produtiva e ex -portações a partir da RegiãoNordeste, destacando-se no -va mente o Estado do Ceará.

Também é notável avariedade de pegmatitos equartzitos, além dos materiaiscomercialmente designadoscomo xistos, procedentes dasregiões norte e nordeste doEstado de Minas Gerais.Outra constatação interes-sante foi a exposição de

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materiais movimentados mul-ticores, ainda explorados naregião sudoeste de MinasGerais, bem como o “eno-brecimento” dos mármoresportadores de grandes cristaisde calcita, procedentes doEspírito Santo. Cita-se aindaalguns novos materiais do RioGrande do Sul, de origemvulcânica, como Andrômeda,Mirage e Avalon, de grandeapelo estético e comercial.

O espaço brasileiro,elaborado sob inspiração damarca Brasil Original Stones,

também hospedou a assinatu-ra de convênios e outroseventos setoriais relevantes.Entre os convênios, destaca-se aquele celebrado entre aAbirochas e o CETEM –Centro de tecnologia Mineral,que reafirma um relaciona-mento técnico produtivo evitorioso ao longo dos últi-mos anos. Destaca-se tam-bém o convênio entre oCETEM e o IS.I.M. – IstitutoInternazionale del Marmo,focado no estudo da recupe -ração e aproveitamento eco -

nômico dos rejeitos da lavra edo beneficiamento de rochasornamentais. Duas novasparcerias foram esbi çadas eencaminhadas pela Abirochasdurante a Marmo macc, como MIA – Marble Institute ofAmerica e com a nova organi-zação da Vitoria Stone Fair,ambas de muito interessepara o Brasil e suas expor-tações.

Em coquetel realizadono dia 25, também no espaçobrasileiro, efetuou-se o lança-mento do Dossiê Brasil 2014,

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obra de autoria do renomadopesquisador italiano CarloMontani. De acordo com oPresidente da Abirochas, Rei -naldo Dantas Sampaio, essedossiê permite sinalizar, paraa comunidade internacional,os avanços e a posiçãobrasileira no mercado mun -dial em 2013, retratando umperíodo particularmente aus-picioso da história das nossasexportações de rochas orna-mentais. Tanto o Dossiê Bra -sil, quanto o XXV RapportoMarmo e Pietre nel Mondo2014, também de autoria doDr. Carlo Montani, serãobrevemente disponibilizadospara download no site daAbirochas.

Sobre a Marmomacc

em geral, a principal novidadeobservada foi a aplicação detexturas e estampas para odesign de superfícies, sobre-tudo em rochas de coreshomogêneas e granulaçãofina. Os resultados são sur-preendentes e permitemgran de agregação de valoraos produtos dos materiaisassim tratados.

As empresas Antolini eNero Sicilia apresentaram pro-dutos texturizados e estampa-dos, elaborados com aplicaçãode resinas vitrificadas ou comuso de jato d’água e diferentesacabamentos. Estas empresasexemplificam a possibilidade eoportunidade de se percorrerum caminho inverso ao dosmateriais artificiais que procu-

ram assemelhar-se aos natu-rais, garantindo, no entanto, aexcelência de suas matérias-primas.

No Brasil, as rochasvocacionadas, e muito inte -ressantes para texturização eestampas, seriam as ardósiase arenitos (tipo Pietra Grigia)de Minas Gerais, os basaltosdo Rio Grande do Sul e osgranitos de cores escuras emais fechadas como osnegros do Espírito Santo.

A Marmomacc 2014,segundo seus organizadores,recebeu 65.000 visitantes de145 países, abrigando 1.500expositores (600 italianos e900 de outros 58 países), alémde delegações comerciais de45 países. Sua área deexposição excedeu 74.000 m2

e foi alojada nas de pendênciasda Verona Fiere.

A Marmomacc tambémcompartilhou seu es paço coma mostra “Abitare Il Tempo –Furniture, Design, Project,Trade Fair and Conference”dedicada à indús tria do design,das pequenas e médiasempresas de mobiliário per-sonalizado e decoração deinteriores. Segundo seus orga-nizadores, a Marmomacc nãotrata apenas de negócios, masé também um local onde aeconomia encontra a beleza ea cultura, graças ao seu intuitode associar o mundo dasrochas ornamentais com odesign, a arquitetura e o treina-mento profissional, comoverda dei ros catalisadores parainovação e criatividade.

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Painel da marca Brasil Original Stones na área externa da Verona Fiere

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Na comemoração deseus 20 anos, o even-to Casa Cor Minas,

edição 2014, destacou o tãoatual enfoque na naturezainstalando-se no Vila Gaya,área de 70 mil metrosquadrados e vegetação abun-dante. O local – São Sebas -tião das Águas Claras -, maisconhecido como Maca cos,distrito de Nova Li ma, situa-se a 12km da região metro-politana de Belo Hori zonte e

inspira tranquilidade pelasmontanhas que fazem moldu-ra a um cenário de tons varia-dos.Tudo se presta ao realceda qualidade de vida quandocercar-se de natureza identifi-ca-se a uma vivência maissaudável mesmo na dinâmicade um tempo mais exigenteem performance profissional.

Com expectativa de 60mil visitantes, a Casa CorMinas 2014 se distenderá de13 de novembro a 16 de

dezembro e a mostra desseano conta com 46 ambientesem que, aproximadamente60 profissionais foram inspira-dos a desenvolver trabalhosem apartamentos de 1 e 2quartos. A sustentabilidade foio destaque e os mais diversosmateriais foram empregados,numa demonstração clássica

de criatividade. Segundo JoãoGrillo, organizador do even-to, “o fato de todos os aparta-mentos serem praticamenteiguais produzirá um efeitoainda mais interessante nosvisitantes, pois eles vão co -nhecer diferentes arquiteturasde interior a partir de umamesma planta. Um olhar,muda tudo”,

A Casa Cor é reco -nhecida como o maior even-

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Casa Cor Minas 2014O luxo integra-se à natureza

Texto: Salma Guerlan

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to de arquitetura e decoraçãodas Américas, citada como asegunda maior do mundo.Para essa edição “o em -preendimento possui forneci-mento de energia elétricaautossustentável, com sis-tema de energia fotovolática”,explica Ernesto Lolato, tam-bém responsável pela organi-zação do evento.

A Arcelor Mittal Brasil,fornecedora exclusiva de açoda Casa Cor Minas 2014 com150 toneladas de produtosusados na construção do localque vai abrigar o evento eque, depois, será um hotel,imprimiu destaque ao BarCasa Cor utilizando a técnica

de protensão com cordoalhasengraxadas produzidas pelaBelgo Bekaert Arames (BBA)parceria entre a ArcelorMittale a Bekaert, que tambémapoia o evento. O bar pro -mete surpreender por seuenorme vão suspenso sempilares que vai possibilitarinúmeras possibilidades dedecoração e design.

O Studio experimentaldo Chef prestigiou sugestõesdo chef Felipe Rameh e foicriado por Luciana Savassi eMarcos Rodrigues de Paulaque, integrando escritório eespaço gourmet, valeram-sede cores rústicas para tinturade paredes, ao invés de

revestimento, assim comodestacaram estantes em quecaixas de cultivo orgânicoforam utilizadas.

Os Studios foramdestacados nessa mostra.Nela, o Studio de Design,espaço da Líder interiores, foielaborado por André Bastose Guilherme Leite Ribeiro,diretores da Nada se Leva.Em 50 metros quadrados ouso do aço Corten garantiuelegância e sofisticação.

O Studio do Jogadorde Futebol foi inspirado pordois jogadores de um timemineiro, clientes do escritóriode Sheila Mundim, design deinteriores. Em parceria com

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Mira Mundim e RenataParanhos ela idealizou umespaço multiuso que preste-se como escritório e permitaque, eventualmente, seu pro-prietário aí pernoite. A ambi-entação equilibra descon-tração e bom gosto, com bas-tante leveza e praticidade

Já o Studio do Solteiro,da design de interiores,Cícera Gontijo, buscou aten-der às necessidades de umjovem solteiro que aproveiteo ambiente para refúgio definal de semana com os ami-gos. Uma solução criativaintegra a cozinha e lounge pormeio de portas.O Carpaccio

di Pietra se destaca, aplicadoàs paredes do banheiro e àbancada.

Outras opções foramoferecidas por materiais dife -renciados como na Suite doCasal, em que a arquitetaEstela Netto prestigiou o usode elementos naturais, procu-rando integrar a natureza aointerior do ambiente paraestabelecer uma atmosferarelaxante.

Entre criatividade e ino-vações, a Casa Cor Minas2014 ainda uma vez revelatendências e destaca o profis-sionalismo em ambientescomo os preparados pelo

arquiteto Luis Fábio Resendede Araújo. Antecipando oempreendimento – um aparthotel - que ocupará o espaçoda mostra, o arquiteto desen-volveu ambientes de usopúblico. Inicialmente, um li -ving – o Fire Place - cujo prin-cipal atrativo é uma lareira aálcool especialmente desen-volvida, pela Construflama. Alareira suspensa, de uso cole-tivo dos hóspedes, seprestará para maior inte-gração entre eles. O espaço éprimorosamente decorado.eenriquecido,por uma estanteestruturada em perfis de açocorten e prateleiras em már-more Grigio Gucci. Já aGame Gallery, além de salade jogos, tem função de gale-ria de arte onde renomadosartistas são destacados sobiluminação distinta.

Requinte e luxo –porcelanato, mármore ita -liano, granito - se instalam emespaço rústico, mantendocaracterísticas especiais do játradicional estilo. Casa CorMinas acrescendo-se, destafeita, o deslumbrante visual damata que se oferece às muitasjanelas.

Dos muitos espaços,ambientes cuidadosamentedecorados, o Espaço MinasGerais SENAI/FIEMG desta-cou-se por expressar areverência à mão de obramineira. Criado por CláudioReis, Lena Pinheiro eChristianne Taranto foi exi-gente para que todo o mate-rial aí usado procedesse de

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empresas mineiras. Um hall,projetado por Claudio Reis,prepara o visitante para o loftdecorado por Lena Pinheiroe o Apartamento de Chris -tianne Taranto. Esses, ambi-entes despojados, distintos,plenamente identificados àbeleza natural do cenário doentorno.

Como ligação entre

o apartamento e o loft, oprojeto tem como inspi-ração as mãos dos diver-sos traba lhadores, desdeo servente de obra aoexecutivo. “Desenvolvipainéis artísticos que explo-ram o tema das mãos. Mãosiluminadas pelo fruto do tra-balho, palmas das mãos cujaslinhas revelam a memória do

ofício, mãos que semeiaminovação e conhecimento,colhem o desenvolvimento etecem a qualidade da mão deobra mineira”, define CláudioReis.

Nessa edição, a CasaCor Minas 2014 oferecealém de interiores bem deco-rados, uma visão diferencia-da em meio à natureza.

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FIQUE SABEN DO

COFRE RECHEADO

Pelo sétimo ano consecutivo, o Impostômetromantido pela associação Comercial de São Pauloatinge a marca de R$ 1 trilhão, alcançando até odia 12 de agosto. Quando dezembro chegar, oIBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento eTributação - que fornece os dados para oImpostômetro, prevê arrecadação de R$ 1 ,85trilhão.Pela previsão, cada brasileiro terá desembolsadoaproximadamente R$ 9.100,00 até o final de2014, trabalhando durante cinco meses, só paranutrir os cofres públicos.

PREÇO DO MINÉRIO VIRA PÓ

Com o aumento da produção e menor demanda

pelo minério de ferro pela China, o preço da com-modity caiu de US$ 200 três anos atrás, para US$88,20, em agosto. Para analistas, o valor do miné-rio deve continuar caindo.A China responde por quase metade da comprade minério de ferro brasileiro.

Fonte: Financial Times

LEVANTAMENTO AEROGEOFÍSICO

A Codemig (Companhia de DesenvolvimentoEconômico de Minas Gerais), em convênio como governo de MG e o Serviço Geológico doBrasil (CPRM), colocou à disposição dos interes-sados, o resultado do levantamento aero geofísi-co de Minas Gerais 2013/2014, área 21. O estu-do cobre uma superfície de 28 mil km. Linearesde voo.Os dados e produtos do levantamento estão dis-poníveis nos formatos digital e impresso, naCodemig – Rua Manaus, 467, em BeloHorizonte, ou pelo site www.codemig,com.br.

NOVA YORK, MIAMI, PARIS...

A alta do Dólar e do Euro parece não inibir oturista brasileiro que vai às compras no exterior.O número de viajantes não para de crescer,batendo recordes constantes, chegando a umvolume onze vezes maior, desde 2008.De acordo com a NYC & Company, o turistagasta em média US$ 3.000 a casa viagem, deixan-do no mínimo, US$ 2,7 bilhões, para o turismo eo comércio, só em Nova York.Como o governo decidiu elevar a alíquota do

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FIQUE SABEN DOIOF para 6,38% sobre compras com cartões decrédito, débito e pré-pagos, a preferência recaipara o papel moeda, o mesmo erro cometidopelo potentado príncipe saudita, que perdeu 250mil Euros num assalto em Paris.

SACRILÉGIO E DEMAGOGIA

Desde a morte de Hugo Chávez, alguns de seusseguidores passaram a cultuá-lo, chegando acriar templos para celebrar sua memória emvárias cidades da Venezuela.Durante um seminário onde havia a presença dopresidente Nicolás Maduro, criou-se a versão do“Pai Nosso”: “Chávez nuestro que estás em elcielo, santificado sea tu nombre, libra-nos delcapitalismo e de la oligarquia, por todos los sécu-los de los séculos, amém”.O próprio presidente Maduro afirmou queChávez apareceu a êle em forma de passarinho,para lhe transmitir conselhos não revelados.

FIM DE ANO: COMEÇARAM AS PREVISÕES

O vidente paulistaJucelino Nóbregada Luz registrouem cartório, noano de 2005, aqueda do avião dop r e s i d e n c i á v e lEduardo Campos,em 13 de agostode 2014. Para odia 26 de novem-bro, ele teve a

premonição de que o voo JJ-3720 da TAM iria sechocar com um prédio na avenida Paulista. Porprecaução, a empresa aérea mandou mudar onumero daquele voo para JJ-4372.A repórter da Folha de São Paulo, FernandaMeira conversou com funcionários do edifíciocomercial, que confirmaram sua ausência ao tra-balho naquele dia: "Vai que... né?". A propósito, oavião pousou suavemente. Aguarda-se novasaraivada de sombrias previsões dos assanhadosvidentes, para 2015.

A UTILIDADE DO COCÔ

Já circula entre o aeroporto de Bristol e Bath,cidade 80 mil habitantes no sudoeste daInglaterra, um ônibus movido a cocô humano erestos de comida.A estação de tratamento, a empresa de ônibuscoleta o esgoto urbano, junto com os restos,levando tudo para biodigestores. As bactériasdecompõe o material, liberando o gás metano,altamente inflamável, sendo combustível deexcelente qualidade, diminuindo a emissão degás-estufa na atmosfera.Para encher o tanque do ônibus, utiliza-se oequivalente a um ano de resíduos, de cerca decinco pessoas. Ninguém ainda se queixou doodor.

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