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gente suficientemente ano1 #01 2011

Revista Massa Crítica #1 - 2011

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Revista Massa Crítica #1 - 2011

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Page 1: Revista Massa Crítica #1 - 2011

g e n t e s u f i c i e n t e m e n t e

ano1#012011

Page 2: Revista Massa Crítica #1 - 2011

iver o mundo virtual Vcomo uma extensão do

real e entender que o

indivíduo, mesmo em

situação de conforto, na

inércia do movimento e no

ócio produtivo, é, sem dúvida um ser pensante!

Este, em sociedade, grupo, tribo, áreas

específicas de formação ou atuação incorpora

elementos que vão formar a “Massa Crítica”.

Sejam bem-vindos à primeira edição da nossa

revista, que pretende extrapolar os limites da

sensação momentânea, ao pensar que

entendemos tudo aquilo que lemos, em uma

rápida passagem de olhos. O desejo é somar sua

capacidade de sentir, criar e estimula-lo à prática

de sempre refletir sobre o quanto é importante

estabelecer relações nas micro e macro esferas

da Vida em Rede.

A revista surge diante da necessidade de

estimular o lado mais crítico de quem produz,

como também por parte do leitor. Os assuntos

percorrem as prioridades do mundo que passa por

transformações na saúde, segurança e educação.

Setores que sempre foram vistos como

prioridades, mas que se encontram, de alguma

forma, com ciência e tecnologia, a

sustentabilidade social...

A “Massa Crítica” não se prende a um público

específico por trazer notícias, entretenimento e

curiosidades. Nesta primeira edição, a equipe

formada por alunos e professores de

Comunicação Social da UNITRI, responsáveis

pelas ideias, conteúdos diversos e pela mistura de

saberes, convida você a mergulhar no universo da

“Massa Crítica”.

ReitoraProf.ª Marlene Salgado de Oliveira

Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e ExtensãoProf.ª Clotilde Maria Korndörfer

Pro-Reitor de GraduaçãoProf. Fábio Silva de Oliveira

Pró-Reitor AdministrativoWallace Salgado de Oliveira

Pró-Reitor de Planejamento e FinançasWellington Salgado de Oliveira

Pró-Reitor de Organização e DesenvolvimentoJefferson Salgado de Oliveira

Pró-Reitor de Assuntos ComunitáriosJoaquim de Oliveira

Gestor da Área de ComunicaçãoProf. Paulo Henrique da S. Souza

Assessoria de ComunicaçãoAdriana Bernardes

Supervisor de MarketingWilliam Barbosa Vieira Júnior

Coordenador do Projeto Massa Crítica Prof. Flávio Soares

Jornalista ResponsávelProf. Flávio Soares - MG09032JP

Coordenador Casulo - Agência Experimental de Comunicação Prof. Leandro Cezário Borges

Capa, projeto gráfico e diagramaçãoProf. Leandro Cezário Borges

Redação Massa CríticaAugusto CuryGabriela BoaventuraJacqueline OliveiraLuís Manuel AraújoMaria AlvesVitor Diniz

Fale com a Massa Críticarevistamassacritica.blogspot.comrevistamassacritica@gmail.comwww.youtube.com/user/revistamassacritica

Editorial Expediente

start!

Prof. Flávio Soares

@FlavioSoares_

Page 3: Revista Massa Crítica #1 - 2011

g e n t e s u f i c i e n t e m e n t e

se a vida é bela, a massa é crítica

14

1618

20

12 SAÚDEMelhore sua performanceCRÔNICAE eu com isso?EU-FONIASua opinião dividida ainda é sua opiniãoPIADA PRONTADura lex, sed lexAGENDAEventualmente, sempre

Conteúdo02

06

0810

04

ÁCIDAVocê, você, você, você, você, você, você quer?ENTRETENIMENTOUnidos pelo SertanejoPING-PONGKajurando com KajuruDA HORA“Boom” da ConstruçãoJABÁ-OUTPra ver, pra ler, pra ouvir

Page 4: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Você, você, você, você,você, você, você quer?

02 ácida

É impossível falar de Música Popular Brasileira e

não nos atentarmos à variedade de sons que o

Brasil produz. A diversidade cultural no país é

indiscutível. O que também é indiscutível é a

qualidade das músicas produzidas. Dos anos 90

para cá, os índices de “sacanagem” e de

futilidade nas letras musicais afloraram, e as

velhas melancolias que retratavam o cotidiano e a

emoção praticamente desapareceram.

A cultura, que tem por conceito

característico os conjuntos de práticas e valores

imutáveis na sociedade, transforma-se em

repetitivos jargões fruta. Isso mesmo! Aquele

Você, você, você...

Se não bastasse, o tal rebolation, que de

uma dança proveniente das raves de psy trance

no Brasil, passou a ser uma música de axé. Isso

porque não falamos no crew, que na tradução do

meu inglês Google, quer dizer multidão.

Realmente uma multidão massificadora, cantou,

dançou e rebolou por aí. Sou da época em que

gaiola ficavam apenas cracatuas e não

popozudas.

A grande discussão é a perda da essência

dos gêneros musicais. Me atento ao Funk, que

surgiu através da música negra norte-americana

no final da década de 60, e a partir da década de

80 originou outros vários subgêneros, de acordo

com o gosto do ouvinte, já que a música nesse

período se transformava em comerciais.

O Rock surgiu tão melancólico e choroso

quanto à depressão, tão colorido como as cores

do arco-íris. O botão do meu controle remoto

agora é anunciado na TV como Banda.

E o maior dos desaforos é um botão de “reiniciar”

levar um prêmio VMB na MTV e ainda se comparar

aos Beatles, dizendo que sua música é tão

revolucionaria quanto os clássicos.

Cá entre nós, para Beatles um simples botão do

controle remoto está bem engessado, pois ele

dependeu do click e não de sua autonomia.

A música brasileira refletiu por muito

tempo o processo político e econômico que o país

viveu, retratou a imposição de um Governo duro

que só permitia a liberdade de expressão e a

realidade do próprio cotidiano, na sagacidade dos

artistas Chico Buarque, Caetano Veloso, Geraldo

Vandré e muitos outros.

O samba registrou em versos a rotina do

homem comum, que descia do morro para

trabalhar cantando suas paixões. Em uma

linguagem comum é que Noel Rosa, Bezerra da

Silva, Adoriram Barbosa cantavam a época.

Olha que estou cantando apenas os versos

da MPB, que deveriam retratar o Popular, o

Brasileiro. Hoje não basta ser músico e conhecer a

arte. A ideia é ser marketing, ser

produto, preencher espaços com qualquer coisa

que esteja no formato social, ou seja, o de

manipular a massa, para que ela tampe as lacunas

e cresça fomentada pelo despreparo de artistas

vazios.

Detecto o trabalho tecnológico pelo qual a

música passa em um estúdio, onde são feitas as

correções de timbre, sonoridade e até mesmo da

própria voz. Algo muito fácil para essa

nova classe de músicos, que é apadrinhada por

aves de rapina que enxergam um mercado carente

Page 5: Revista Massa Crítica #1 - 2011

03

Gabriela Boaventura

@gabiboaventura

Jornalismo • Unitri

e uma lacuna a ser preenchida.

Não há como não citar a Escola de

Frankfurt com suas críticas e análises sobre o

conceito massificador que a indústria produz. Cito

como argumento total as palavras de Theodor

Adorno “A Indústria Cultural impede a formação de

indivíduos autônomos, independentes, capazes de

julgar e de decidir conscientemente”. “Enquanto

negócios, seus fins comerciais são realizados por

meio de sistemática e programada exploração de

bens considerados culturais.”

A música sofreu influências

mercadológicas da revolução industrial, como

tudo que estava sobre a esfera terrestre. A arte

passa a ser consumida como mercadoria (produto)

tendo que ser produzida em alta escala, para

públicos massificados, incapazes de julgar, decidir

ou criticar. Dessa forma, apresentando que

qualquer que seja a oferta haverá consumidor,

pois há escassez de qualidade em uma prateleira

de variedades.

Diante da compostagem que é a midiática

da opinião, o ouvinte se insere em uma moda, uma

estética provocada pela TV, o Rádio e a Sociedade.

Ainda citando o musicista Theodor Adorno,

em sua obra " A Filosofia da Música

Moderna", devaneio sobre a seguinte citação: "[...]

A linguagem musical é polarizada de

acordo com o seu extremo; em direção a gestos de

choques a convulsões do corpo em uma mão e na

outra em direção a uma cristalina paralisação do

ser humano, cuja ansiedade causa congelar nas

suas seqüências[...] A música moderna vê o

absoluto obvio como o seu objetivo. Essa é a

mensagem sobrevivente do desespero do náufrago

[..].”

Nada mais oportuno para encerrar que um

apelo de socorro. Aos músicos naufragados

pelo tsunami chamado Comércio, peço que a arte

se faça outra vez, e que a cultura popular se

comercialize mais, apresentando-se como um

produto belo, bom e justo assim como os clássicos

que já produzimos. E que dessa forma alguma

embarcação possa ser capaz de salvar um rico

tesouro chamado Música, nessa

contemporaneidade que dita regras.

Page 6: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Calouros, veteranos e amantes do sertanejo

reunidos em um só local. O campus da Unitri foi

palco de uma das maiores e mais tradicionais

festas universitárias de Uberlândia e região. A 2ª

Edição desse ano reuniu um público de mais de 10

mil pessoas no dia 16 de setembro.

A abertura da 15ª edição da Calourada contou

com o play list afinado do DJ Cássio Revolution,

que aos sons de Funk e House Music, aqueceu o

público para as apresentações que viriam a

seguir. A estrutura do palco não pecou quanto à

aparelhagem. Caixas imensas propagaram o som

que ecoava do pátio central do Centro

Universitário. As atrações que mais fizeram o

público cantar e dançar noite a fora foram as

duplas sertanejas, Caio César e Diego, que

tocaram os últimos sucessos como “Ai, se eu te

pego” e “Balada Boa”. Já Bruninho e Davi

reviveram grandes sucessos como “Jogo da vida”.

Em parceria com a Rádio Panaraíba, o evento

passou a ser conhecido por revelar talentos da

música sertaneja. Para aqueles que não puderam

conferir as edições anteriores, a Calourada já

contou com a presença de grandes artistas do

gênero como: Paula Fernandes, Marcos e Belutti,

Luís Cláudio, Henrique e Diego, entre vários outros

cantores.

O diretor artístico do grupo Paranaíba, Dan Rocha,

reforçou a parceria de quatro anos com a Unitri, e

acrescentou que a escolha das bandas para esse

ano foi pautada no caráter engraçado/humorístico

das bandas. “A cada ano, nós buscamos trabalhar

com um tema diferente. A edição do ano passado

foi mais voltada para o romance, trouxemos a

cantora Paula Fernandes e, nesse ano, nós

apostamos em grandes revelações do sertanejo

universitário voltadas para o humor”, afirma.

O diretor administrativo da Unitri, Marco Antônio

Socreppa, diz que a calourada é uma oportunidade

para que alunos de fora conheçam a estrutura que

o Centro Universitário oferece, além, é claro, da

interação entre veteranos e calouros.

A maior Calourada Universitária da região acontece

duas vezes ao ano. A direção da UNITRI afirma que,

a partir de agora, já começa a ser programada a

edição do primeiro semestre do ano que vem.

Unidos pelo Sertanejo

04 entretenimento

Maior Calourada Universitária da região reúne milhares de jovens

Jacqueline Oliveira

@byjacqueline1

Jornalismo • Unitri

Page 7: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Henrique

Pedro Mendes

Daniela Alves

Iesa Grasielly

Rodolfo Murilo

Bruninho e Davi

Thiago Bernardes Nathália Alves

Oscar Vinícius

Danilo Rocha

Diretor artístico da Paranaíba e organizador do evento

Glauditer Gomes

José Melo

Cissa Oliveira

Murilo Oliveira

Maria Alves

@camila_maria

Jornalismo • Unitri

Page 8: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Kajurando com Kajuru

06 ping-pong

”Um cara que mais falou m@#%a atéhoje na imprensa esportiva brasileirase chama Jorge Kajuru”

''Capital de Minas, não, hein?'' Foi assim que o polêmico

Jorge Kajuru iniciou um bate papo descontraído,

contando suas experiências profissionais, seu sonho de

ter um Talkshow com uma plateia universitária. Ele fez

ainda duras críticas às mulheres que usam a

sensualidade para ganhar audiência e retalhou outros

tantos profissionais que hoje ocupam espaço no

jornalismo esportivo, na 23ª Semana de Comunicação -

Jornalismo, do Centro Universitário do Triângulo.

Com 35 anos de carreira, Kajuru é apresentador e

radialista, tem sua própria Web TV online, 24 horas na

internet, no www.tvkajuru.com. Ele diz ser muito feliz

por falar o que quer e o que pensa e, apesar de ter

escolhido o caminho mais difícil, não se arrepende.

MC - Como é voltar na cidade onde tudo começou?

''Capital de Minas, não, hein? Cara, muito feliz porque

Uberlândia faz parte do meu começo de carreira, eu era

repórter da rádio Itatiaia. Então me lembro do Juca

Ribeiro, depois do Parque do Sabiá. Aqui comecei a

minha carreira, aqui corri atrás de jogador, meu

microfone era um microfone sem fio numa lata,

literalmente uma lata. Então eu fiquei muito feliz de

estar em uma cidade economicamente tão forte, tão

emergente no sentido positivo. Uma cidade que

transmite beleza natural, beleza verdadeira. Hoje eu vi

voos lotados para cá, tanto o meu quanto o seguinte. E

na minha época eu não tinha isso, tinha um voo só para

Uberlândia. Do ponto de vista industrial, e

principalmente do ponto de vista do que eu mais quero

na minha vida, que é ver jornalista nesse país podendo

falar, podendo se expressar, podendo ter emprego.

Então eu vejo o grupo Vitoriosa crescendo em rádio,

crescendo em televisão, vejo o grupo se expandindo em

Goiás. Hoje são 27 rádios que eu tenho maior orgulho de

trabalhar para cada uma delas, fazer comentários.

Então isso para mim é que basta, é poder ver não o

crescimento da cidade nesses outros sentidos, mas ver

o crescimento dela enquanto pólo universitário, porque

vocês serão o futuro, vocês serão as melhores cabeças

deste país, certamente, e saberão compreender as

pessoas que lá atrás deixaram algum tipo de legado'’

MC - Quem é Jorge Kajuru?

''É só você entrar no youtube e tem 46 milhões de vídeos

de um cara que mais falou merda até hoje na imprensa

esportiva brasileira, se chama Jorge Kajuru. É esse o cara

que tem 35 anos de carreira, mas que é feliz pra caramba

porque só falou o que ele quis, o que tava dentro dele.

Nunca ninguém me mandou falar, nunca eu li telepronter

na minha vida, mesmo quando eu tinha visão, hoje eu não

a tenho mais. Então eu sou muito feliz, porque 35 anos

atrás eu escolhi o caminho que eu queria. O caminho mais

fácil era ser um jornalista global, ganhar dinheiro, ficar

rico, milionário se quisesse... ser bonequinho eletrônico,

tipo Tiago Leifert da vida, né. Mas eu não quis, eu quis ser

um jornalista investigativo, encrenqueiro, porque eu sou

do tempo que jornalista encrenqueiro era sinônimo de

bom jornalista. Então eu sou amado e sou odiado eu não

'tô' nem aí. Eu faço o trabalho para ficar feliz primeiro,

depois eu vejo se o público tá feliz ou não''.

Page 9: Revista Massa Crítica #1 - 2011

07

Maria Alves

@camila_maria

Jornalismo • Unitri

O caminho mais fácil

era ser um jornalista

global, ganhar

dinheiro, ficar rico,

milionário se

quisesse... ser

bonequinho eletrônico,

tipo Tiago Leifert da

vida, né.

MC - Qual a experiência mais

marcante na sua carreira?

''Sem dúvida alguma foi a

convulsão do Ronaldo em 98, na

Copa do Mundo, onde todo mundo

mentiu falando que ele teve

convulsão, foi a xilocaína, foi a

infiltração no joelho dele. Depois

em Minas, no começo da minha

carreira, com 17 anos de idade, eu

fiz a matéria sobre a primeira vez,

né, era um susto no Brasil, um

jogador fumando maconha. Eram

jogadores do América Mineiro. Foi

matéria de uma página no jornal

Estado de Minas. Eu trabalhava na rádio Itatiaia. Depois

uma entrevista exclusiva com o Romário, que até hoje é

um sucesso na internet, que o Romário xingou todo

mundo, do Galvão Bueno ao Casagrande, de Presidente

da República a presidente de escola de samba. Então

foram grandes momentos, não tem assim um especial,

então eu não tenho essa história de qual foi a coisa mais

alegre da sua vida, qual foi a coisa mais triste... A coisa

mais alegre da minha vida é estar vivo''.

MC - E quanto a presença feminina no jornalismo

esportivo?

''Eu 'tô' muito feliz, porque ‘tá’ aparecendo muita mulher

interessante do ponto de vista do conteúdo. Acabou

aquela coisa de que mulher só tem que ter bunda, peito,

tipo Renata Fan, essa idiota, essa imbecil, entendeu?

Quer dizer, então antes você tinha uma Soninha, que

pode ser feia, mas que tem um baita de um conteúdo,

que é inteligentíssima, que conhece futebol, com

conhecimento. E a rede Globo hoje aprendeu isso, porque

tem a Glenda. A Glenda sabe tudo de futebol. Então isso

é importante. Nas TVs fechadas, eu estou vendo muitas

meninas novas boas, que estão tendo oportunidade. A

Sportv tá cheia de gente boa. E esse garoto, Renato

Peters, eu não o conheço pessoalmente, mas já o vi na

televisão, é um bom repórter, tem conteúdo, tem bom

texto. Então eu acho que tanto masculino quanto

feminino, nós estamos bem servidos e há uma melhora

conceituada e gloriosa''.

MC - Falando sobre universitários, você disse que um

dos seus maiores sonhos é ter um talkshow com

universitários. Você ainda tem esse sonho?

''Sim e é o SBT, o Silvio Santos que vai me deixar fazer

isso. Porque eu fiz na emissora dele, na TV Alphaville, que

é a emissora fechada do Silvio

Santos, eu fazia um programa com

uma plateia universitária com 12

jovens, 6 mulheres e 6 homens, e aí

eu fazia uma pergunta e o

estudante fazia outra e isso era

legal pra caramba. Porque não é

igual ao programa do Serginho

Groisman, ou o Jô Soares, que tem

plateia, mas não participa. A

plateia tem que dar um beijinho no

Jô, ir lá sentir o cheiro do perfume

do Jô, gritar: Jô, gordinho, fofo!

Mas a pessoa não pergunta ‘pro’

entrevistado. Então esse programa

que eu fiz e que eu tirei lindas definições da Adriane

Galisteu, ela, pela primeira vez, declarou que tinha um pé

37 e o outro 35 e ela mostrou os pés no ar, foi uma coisa

linda. Disso, que é uma bobagem, para Senadora Luiza

Helena, que foi bombástica, que disse que ela preferia

lidar com o Zé Dirceu, porque o Zé Dirceu era mais

sincero, ele dizia na tua cara 'eu vou te aniquilar, eu vou

acabar com você', já o presidente Lula era o cara que te

abraçava e mandava o outro te esfaquear por trás. Isso

foi uma declaração bombástica e quem tirou isso dela

não fui eu, foi uma universitária. Então por isso que meu

sonho é ter ainda em rede nacional um programa com

uma plateia universitária, mas absolutamente dividindo

comigo o programa; perguntando, questionando''.

MC - Alguma dica para os universitários que cursam

Jornalismo? E dê dicas aos alunos do Centro

Universitário do Triângulo que querem atuar na área do

Jornalismo Esportivo

''Primeiro, façam tudo ao contrário do Kajuru que vocês

vão ser felizes. Segundo, tenham a certeza de que você

pode ser um grande jornalista falando tudo que você

pensa, fazendo a matéria correta, como você acha que ela

tem que ser feita. Basta fazê-la. Você vai atrás dessa

matéria, ouça os dois lados, investigue tudo, porque não

existe jornalismo sem investigação e apresente para o

seu chefe. Se ele vai colocar no ar ou não é problema dele.

Um jornalista que não faz jornalismo, no fundo, no fundo,

quando ele é cumprimentado na rua, ele tem vergonha''.

Page 10: Revista Massa Crítica #1 - 2011

08 da hora

“Boom” daConstrução Setor continua aquecidoe jovens garantem vagaem Engenharia Civil

Falta de profissionaisqualificados emperrao crescimento

O acesso ao crédito e o aumento da renda no

Brasil continuarão influenciando o crescimento do

setor da construção civil. Segundo levantamento

do Dieese (Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconômicos), a

expectativa é que o segmento cresça 8,5% este

ano, acima do crescimento previsto para o PIB

(Produto Interno Bruto), de 4,5%.

Os investimentos públicos e privados, além

de programas como o PAC (Programa de

Aceleração do Crescimento) e o “Minha Casa,

Minha Vida”, estimulam o crescimento do setor. Os

programas habitacionais, principalmente aqueles

voltados para famílias de classe média e baixa

renda, ajudam a compor um cenário positivo para

os próximos anos. Além disso, a Copa de 2014 e

Olimpíadas de 2016 continuam sendo um dos

pilares para o crescimento nacional.

O problema da falta de trabalhadores qualificados

é mais significativo entre as grandes empresas de

construção civil. À medida que novas casas e

prédios são levantados, existe a necessidade de

aumentar o quadro de profissionais, equipe de

pedreiros, serventes e mestres de obras, como

também de engenheiros, responsáveis pelo

planejamento, elaboração e desenvolvimento de

projetos e fiscalização técnica das obras. Segundo

o engenheiro e gestor da área tecnológica,

responsável pelo curso de engenharia da UNITRI,

prof. Clayder Cristiam Coelho, “as grandes

companhias estão crescendo e isso gera maior

demanda por mão de obra”.

Com o crescimento do mercado imobiliário,

estudantes de engenharia civil são contratados

antes mesmo de terminarem o curso, garantem

uma vaga em programas de aprimoramento e como

trainee e assim que se formam são contratados

pelas empresas. “O mercado de trabalho está

vivendo um bom momento e há várias

possibilidades de atuação profissional. Com a nova

onda de sustentabilidade, novos projetos se fazem

necessários e, com isso, o papel do profissional de

engenharia civil é de extrema importância. Ele

precisa ser um profissional moderno e antenado

com questões de meio ambiente”, conclui o

professor.

Page 11: Revista Massa Crítica #1 - 2011

09

A Realidade em Uberlândia

Escolha do curso:

O motivo pelo qual eu escolhi o curso foi que sempre me

interessei pela área de construção civil, eu sempre achei

interessante ver os projetos saindo do papel para o chão.

Perspectivas:

A engenharia civil, podemos dizer que está em um

momento de felicidade , os engenheiros hoje estão sendo

muito procurados e na nossa cidade o caso não é diferente.

Com o crescimento e desenvolvimento da cidade, a procura

por engenheiros civis está em alta e com isso muitas

pessoas vêem isso como incentivo e assim decidem fazer

este curso.

O curso de Engenharia visa a:

Ÿ Projetar, construir e reformar prédios e

grandes instalações;

Ÿ Projetar e construir obras de infraestrutura,

como rodovias, ferrovias, viadutos, portos,

metrôs e viadutos;

Ÿ Projetar e edificar fundações e estruturas de

madeira, aço ou concreto;

Ÿ Manter em ordem a infraestrutura de prédios

e estabelecer padrões de qualidade.

Ares de atuação:

Ÿ Criação de projetos;

Ÿ Construções urbanas;

Ÿ Estruturas e fundações;

Ÿ Gerência de recursos prediais;

Ÿ Hidráulica e recursos hídricos;

Ÿ Geotecnia e recursos de petróleo e gás;

Ÿ Transportes;

Ÿ Saneamento.

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HABILIADES ECOMPETÊNCIAS DO CURSO

fonte: Engenharia UNITRI

Luís Manuel Araújo

@_lmaraujo

Jornalismo • Unitri

Recentemente foram anunciados mais investimentos

para a cidade em programas habitacionais. A

construção de mil apartamentos que vão completar o

projeto do condomínio “Cidade Verde”, ligado ao plano

“Minha Casa, Minha Vida”, na região oeste da cidade,

deve começar em seis meses, de acordo com

secretário municipal de habitação, Felipe Attiê. Uma

boa notícia para o profissional da área que espera

mesmo boas perspectivas para os próximos meses.

As obras dos 2,4 mil apartamentos que estão

sendo construídos no terreno doado pelo governo de

Minas estão em andamento e devem ser entregues

em agosto do ano que vem. Já os outros mil

apartamentos ficarão prontos nos próximos anos. Até

a conclusão destes projetos, a perspectiva é de

geração de emprego para centenas de profissionais

de construção e habitação, como engenheiros,

pedreiros, mestres de obras, decoradores e agentes

imobiliários.

Observando esta realidade em Uberlândia,

muito parecida com o restante do país, o Centro

Universitário do Triângulo, que já oferece o curso de

Engenharia desde o primeiro semestre de 2010, abriu

três turmas no início do primeiro semestre desse ano,

mais de 150 estudantes, média bem acima da que

antes era registrada, que girava em torno de 100

alunos. Uma justificativa pelo aumento da procura é a

remuneração. Os salários pagos hoje, na cidade, de

acordo com o SINE, variam de R$1.200,00 para

pedreiro, R$2.800,00 para mestre de obra e o valor

pago ao engenheiro chega a ser o dobro, quase

R$5.000,00.

Page 12: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Filme: The Innocents (Os Inocentes)

Terror de 1961, baseado no livro de Henry James,

"A volta do parafuso", serviu de referência para

produções atuais. O filme conta a história da

governanta Srta. Giddens (Deborah Kerr) que

passa a presenciar aparições de um homem e

uma mulher e a testemunhar o comportamento

estranho dos irmãos órfãos Miles (Martin

Stephen) e Flora (Pamela Franklin). Para

desvendar o mistério a Srta. Giddens inicia uma

investigação que pode levar o telespectador a

dupla interpretação dos acontecimentos.

Música: A banda mais bonita da cidade

Descubra o estilo alternativo e

descompromissado dos curitibanos da “Banda

mais bonita da cidade", que ficaram famosos pelo

clipe lançado na internet, da música "Oração"

(youtu.be/QW0i1U4u0KE). Basta acessar o

endereço:

myspace.com/abandamaisbonitadacidade e

conferir cinco músicas: “A baladinha da bailarina

torta”, “Mercadorama”, “Se eu corro...”, “Oxigênio”

e “Lobotomia”.

Livro: Rádio Shangri-lá - O que aprendi no lugar

mais feliz do mundo. De Lisa Napoli, editora

Rocco.

Lisa é uma jornalista que viaja até o Butão e ao

trabalhar em uma rádio local faz relatos a respeito

de assuntos que envolvem a felicidade

encontrada na simplicidade, as belezas do país e

seu envolvimento com a população, dividindo com

os leitores uma experiência rica e inspiradora na

busca de dias mais felizes.

Imagens: divulgação

Pra

ve

r, p

ra le

r, p

ra o

uvi

r10 jabá-out

Não necessariamentenessa mesma ordem

Vitor Diniz

@vitordinizjor

Jornalismo • Unitri

Page 13: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Para pedir comida, carinho, alertar e até brincar,

mais do que um simples elemento de

comunicação, os bichanos chamam nossa

atenção utilizando o latido e o ronronar. Mas não

pára por aí, o olhar também traduz sentimentos e

desejos e por isso devemos estar atentos a todos

os sinais e tomarmos todos os cuidados

necessários.

Apesar de parecerem perigosos pelo

tamanho de alguns ou ariscos pela desconfiança

de outros, tudo o que desejam é um lar, carinho e

proteção e como retribuição são leais,

companheiros e dariam a vida por você. E você, o

que faz por eles?

O contato com qualquer animal aguça os

melhores sentimentos e supre necessidades. É

seu melhor amigo e companheiro. Ensinam a

sermos pacientes e também complacentes, afinal

aquele chinelo roído, escondido de baixo do sofá

não vai fazer tanta falta. Enxergam além de raça,

cor, tamanho, classe social, porque o importante é

ser bem tratado. Até os vira-latas são como nós,

povo brasileiro, mistura de muitas raças. Ainda

assim é crescente o número de cães e gatos que

são abandonados e não recebem os cuidados

básicos como alimentação, medicação e proteção.

É levando em conta todos esses

predicados que a APA, Associação de Proteção

Animal, procura combater qualquer tipo de ato

danoso à vida animal abrigando e cuidando

temporariamente de quase duzentos cães e gatos.

Doe esperança, adote amor. Você é importante

para cada um deles, seja fazendo sua parte ou se

dedicando e sendo voluntário.

Quando nos deparamos com um bichinho

solto por aí, saiba que provavelmente ele vaga

sozinho à procura de alguém, que mesmo com

tanto, desconhece o quanto pode doar.

Conheça mais:

APA – Associação Protetora Animal

Entidade civil, sem fins lucrativos, que tem como

objetivo a proteção da vida animal. Depende

exclusivamente da colaboração da sociedade, que

pode doar tempo a ser dedicado ao cuidado de

cães e gatos, ração, materiais básicos de consumo

dos animais e qualquer quantia em dinheiro.

Para doar entre em contato:

(34)8867-3678 - Cida

(34)9664-3912 - Jacqueline

Para doar quantia em dinheiro:

Banco do Brasil - C/C: 23584-9

Agência: 2591-7 - CNPJ: 01.181.582/0001-12

Mais informações:

apa-uberlandia.blogspot.com

ou pelo twitter: @apauberlandia

Fo

to N

ÃO

ilu

str

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.

Maria Alves

@camila_maria

Jornalismo • Unitri

Entre latidos e ronronados Entre latidos e ronronados

faz sentido 11

Page 14: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Você já deve ter notado que, ao fazer uma refeição

antes de uma atividade física, você sente preguiça

ou apresenta problemas no estômago? Comer

antes de fazer uma caminhada, por exemplo, pode

lhe custar o bem estar tão desejado! Confira dicas

para conciliar alimentação equilibrada e prática

de exercícios físicos.

A alimentação balanceada é fundamental para o

bom funcionamento do corpo humano, estando

ele em repouso e principalmente em movimento.

Alimentar-se antes do exercício, por exemplo,

pode ser um desafio para todos os praticantes de

atividade física. A recomendação é comer 2 a 4

horas antes do exercício. “A refeição ideal deve ser

composta basicamente por carboidratos (massas,

pães, arroz, cereais), ser moderada em proteínas

(carnes, queijos e leite) e pobre em lipídeos (óleo e

gorduras em geral). Os carboidratos são digeridos

rapidamente, enquanto a digestão de proteínas e

de lipídeos é mais lenta. As refeições ricas em

lipídeos oferecidas antes do exercício podem

causar desconforto gástrico,” diz a professora de

Nutrição da Unitri, Ana Cristina Araújo.

A estudante de Moda, Ana Carolina Souza, 20

anos, diz que todas as vezes que faz uma

refeição antes da atividade

física, sente o “peso” no

estômago, e por

isso come apenas

um pão e bebe

suco de laranja. “Eu

sou acostumada a

fazer caminhada pela manhã

no parque do Sabiá por morar lá

perto. Sair de casa sem comer nada é ruim, mas

encher a barriga para fazer exercícios físicos é pior.

Como um pão e tomo suco, e isso me ajuda

bastante,” conta Ana Carolina.

Alimentar-se bem e de forma saudável também

inclui fazer uma escolha inteligente dos alimentos

a serem ingeridos após o exercício físico. “A

refeição adequada pós-exercício reabastece os

músculos e ajuda na recuperação. É importante

incluir nesta refeição, de forma equilibrada, uma

variedade de alimentos fontes dos quatro grupos

de alimentos existentes (carboidratos, proteínas,

gorduras e sais minerais). Para ajustar sua

dieta e planejar suas refeições de acordo

com suas necessidades específicas,

consulte sempre um nutricionista,”

conclui Ana Cristina.

Os alimentos ricos em

carboidratos e em

energia são

recomendados tanto para

o período pré, quanto para o

pós-exercício. Veja ao lado

algumas sugestões para

antes e depois do

exercício.

Melhore sua performance

12 saúde

Alimentação e ingestão de águacontribuem no resultado dos treinos

Ana Cristina Araújo • nutricionista

Page 15: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Luís Manuel Araújo

@_lmaraujocolaboração:Ana Cristina AraújonutricionistaJornalismo • Unitri

Refeição antes do treinamentoEssa conduta tem por objetivo:

Ÿ Reduzir o catabolismo induzido pelo exercício (maior

liberação insulínica e maior síntese de glicogênio);

Ÿ Garantir maior disponibilidade de aminoácidos para os

músculos;

Ÿ Prevenir a hipoglicemia e os sintomas a ela

relacionados;

Ÿ Fornecer energia para o trabalho muscular durante o

treinamento;

Ÿ Evitar o estado de fome e o desconforto gastrintestinal

durante o exercício;

Ÿ Proporcionar um correto aporte hídrico, garantindo

que o indivíduo inicie o exercício num estado

completamente hidratado.

Exemplos de refeições pré-treino

Os exemplos de refeições foram divididos em

níveis: iniciante, intermediário e avançado. No

nível avançado, podemos incluir pessoas com um

expressivo desenvolvimento muscular, tais como

os bodybuilders.

Nível iniciante:

Ÿ Pão branco com geleia de frutas, acompanhado

de iogurte de frutas light e uma fruta;

Ÿ Extrato solúvel de soja light batido com uma

fruta e aveia em flocos.

Nível intermediário:

Ÿ Pão branco com queijo branco magro, acompa-

nhado de iogurte de frutas light e uma fruta;

Ÿ Iogurte de frutas light com cereal sem açúcar e

uma fruta.

As opções acima são apenas sugestões, devendo-

se sempre respeitar os hábitos, preferências,

alergias, aversões e intolerâncias alimentares de

cada um. No período entre essa refeição e o

treinamento (60 – 90 minutos), deve-se garantir

um aporte hídrico entre 500 ml e 1000 ml.

Nível avançado:

Ÿ Batata doce/mandioca cozida acompanhada de

peito de frango;

Ÿ Panqueca de aveia em flocos com claras de

ovos e uma banana.

Refeição após o treinamento Imediatamente após o treinamento, é interessante

realizar uma refeição o quanto antes para auxiliar

no processo de recuperação e evitar o catabolismo.

Essa prática promoverá melhor perfil hormonal

anabólico, diminuição da degradação protéica

miofibrilar e rápida ressíntese de glicogênio. A fim

de garantir maior praticidade, o uso de

suplementos, nesse caso, é bem interessante,

pois, além da dificuldade de transporte, observa-

se, em treinamentos mais intensos, o que é

conhecido como anorexia pós-esforço, dificultando

o processo alimentar.

Exemplos de refeições pós-treinamento

Nível iniciante:

Ÿ Arroz e feijão, acompanhado de carne vermelha

magra, legumes e verduras.

Ÿ Pão branco com patê de atum light com

requeijão light e suco natural de frutas

Nível intermediário:

Ÿ Arroz e feijão, acompanhado de peito de frango,

legumes e verduras.

Ÿ Extrato solúvel de soja light, batido com fruta e

aveia em flocos, acompanhando pão branco

com patê de peito de frango desfiado com

requeijão light

Nível avançado:

Ÿ Batata inglesa acompanhada de peito de

frango, legumes e verduras

Ÿ Arroz branco acompanhado de peixe, legumes e

verduras.

13

fonte: fisiculturismo.com.br

Page 16: Revista Massa Crítica #1 - 2011

ão oito da manhã. O despertador grita urgência, pois sempre deixo para levantar no limite de todo

tempo que tenho disponível para me arrumar e sair para o trabalho. As crianças já foram para S escola e o cheiro de café e pão com manteiga quente, preparados pela minha esposa, me apressa,

pois a fome grita. Sento-me à mesa e começo a comer feito um leão na savana africana, fiz essa analogia,

pois na TV, a CNN fala rapidamente da pior seca dos últimos sessenta anos que está atingindo os países, do

que é considerado o "Chifre da África", formado pelos países Etiópia, Somália, Quênia, Uganda e Djibuti.

A notícia é tão rápida que esqueço em um minuto. Ou foi aquele bolo de mandioca divino que faz despertar

em mim o pecado da gula e esquecer do mundo? Depois de me despedir da minha bela mulher, que, aliás,

corre apressada para seu trabalho, entro no carro e me deparo com o tanque indicando a reserva. Será que

os poços de petróleo desse país estão na reserva para a gasolina estar tão cara? No final de semana, enfrentei

uma fila enorme para abastecer na promoção de um posto, que comercializa gasolina suspeita, agora, me

deparo com placas indicando um aumento de treze centavos no litro da gasolina. Penso que ainda dá para

andar por hoje com esse tanque na reserva, se não, terei que sacrificar alguns luxos para manter minha

locomoção confortável. Enquanto dirijo, ouvindo as músicas de “Florence and The Machine”, penso em

protestos mirabolantes para abaixarem o custo do maldito combustível. Mas, antes de chegar ao trabalho,

deixo para que os deputados e outros políticos lutem pela queda dos preços por mim.

No trabalho, uma guerra foi declarada. Promoções brotam em todos os departamentos e os que ficam para

trás se revoltam, e enquanto cadeiras são puxadas, amigos se tornam inimigos, chefes se transformam em

ditadores tiranos e funcionários do departamento pessoal adotam o fascismo hipócrita, o clipping de

notícias disponibilizado via email mostra rápidas manchetes sobre explosões em hotéis de

Cabul, mísseis disparados pelo Irã e rebeldes contra um tal de Kadafi. Meu Deus, onde está a paz? A paz

para se trabalhar nesse escritório, pois os clientes estão possuídos, não temos culpa se o IOF subiu. Sorte da

minha esposa que não sabe o que é isso.

Depois da academia, volto para casa. Meninos brincando na sala com jogos educativos, e, na TV, crianças

assassinadas em Arapiraca. Depois disso, cama para um rápido cochilo antes do jantar. Penso que havia algo

importante sobre o que refletir e o que fazer. Ah, sim, após um dia cheio, ainda lembro das contas para pagar

enquanto apago lentamente. E o resto? O que tenho a ver com isso? Se daqui a pouco você

também não se lembrará, por que me lembrarei? Do que estamos falando? Boa noite.

14 crônica

E eu com isso?

Vitor Diniz

@vitordinizjor

Jornalismo • Unitri

Page 17: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Prof. Leandro Borges

@SubstanceOBG

Publicidade • Unitri

Page 18: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Vou falar sobre a cartilha, aprovada

pelo Ministério da Educação para as

escolas. Eu acredito que com essa

aprovação, estarão diminuindo o grau de

capacidade das pessoas a aprenderem a

norma culta, (...) nossas crianças, que

profissionais eles vão se tornar aprendendo

esse tipo de língua?

José Luis

Cotas para negros! Antes eu tinha

uma opinião formada que era uma bobeira,

que era bem preconceituoso, mas hoje estou

mais conscientizada de que é realmente

necessário, não por causa do número, mas

pelo incentivo ao negro a procurar uma

universidade a qual ele possa saber que tem

a oportunidade de se aprimorar, de ele saber

que pode aprender e que a cultura negra, a

raça negra pode ir muito além de onde nós já

conseguimos chegar.

Cristiane Cintra

As pessoas do Brasil não têm muita

cultura. Acham que funk é cultura. Funk não

é cultura, é um lixo, depreciam a cultura

brasileira. Estão depreciando as mulheres,

acho indigno isso.

Caroline Carrijo

Page 19: Revista Massa Crítica #1 - 2011

17

Acho que grandes eventos, como SWU,

faltam em Uberlândia. Temos o Triângulo

Music, mas não se compara, pois a cultura

desse evento é local. É interessante cultuar

outros gostos e conhecer outros tipos

musicais influentes.

Guilherme Augusto

Gostaria de falar sobre a má

sensibilidade dos sites para deficientes

físicos. A maioria das empresas atualmente,

na região e no Brasil, não tem uma

preocupação com o acesso dos deficientes

especiais, que também têm o mesmo direito

de acessar sites como uma pessoa normal.

Hoje em dia existem vários recursos que

podem ser usados para melhoria desses

acessos, mas não é feito isso e nem há

preocupação.

Ricardo Max

Page 20: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Na França é proibido batizar um porco com o nome de

Napoleão. (Que tal Hitler?)

Na Finlândia os taxistas devem pagar direitos de autor se

colocam música em seu carro quando transportam

clientes. (Ainda mais se for Calypso.)

Na Irlanda se você está em Cork, e vê um escocês, ainda

é legal mirá-lo com arco e flecha, exceto nos domingos.

(Espere até segunda-feira.)

No Canadá:

Em Alberta, se você esteve preso e foi liberado, tem

direito a pedir um arma carregada e um cavalo para sair

da cidade. (Aiô Silver)

Em Ottawa a lei proibe chupar picolé no domingo atrás do

banco. (Na frente quem sabe?)

Nos EUA:

No Alabama é ilegal usar bigode postiço que cause risos

na igreja. (e se não for postiço?)

Colocar sal nas linhas ferroviárias pode ser castigado

com a pena de morte. (Quanta gente faz isso!)

Em Nova York é ilegal comer amendoins e andar para trás

pelas ruas quando há um concerto. ( E quando isso

acontece?)

As mulheres poderão praticar o topless em público desde

que não seja com fins lucrativos. (uhuuuuuuuuuuuuu.)

Em Kentucky cada pessoa deve tomar banho ao menos

uma vez ao ano. (Será que para escovar os dentes,

também segue a mesma lei?)

Nenhuma mulher dever aparecer em traje de banho em

nenhum aeroporto, a não ser que seja escoltada por dois

policiais ou esteja armada com um cassetete. As

disposições deste decreto não serão aplicadas a

mulheres que pesem menos de 90 libras (aprox. 40kg.) ou

mais de 200 libras (aprox. 90 kg.), nem serão aplicadas a

éguas. (Sem comentários...)

Em Atlanta é proibido amarrar uma girafa a um poste de

luz. (Amarre no carro do seu vizinho ou da sua sogra.)

Mas não pense que o Brasil também não criou leis tão

loucas.

ABAIXO A CAMISINHA!

Decreto Municipal 82/97 (Bocaiúva do Sul, PR)

Data: 19 de novembro de 1997

Preocupado com os baixos índices de natalidade em sua

cidadezinha de 9 mil habitantes, o prefeito Élcio Berti

proibiu a venda de camisinhas e anticoncepcionais. Tudo

porque a prefeitura estava recebendo menos verbas do

governo federal com o encolhimento da população. A

maluquice gerou a maior gritaria e a lei teve de ser

revogada 24 horas depois.

AEROPORTO ALIENÍGENA

Lei Municipal 1840/95 (Barra do Garças, MT)

Data: 5 de setembro de 1995

O então prefeito dessa cidade de 55 mil habitantes criou

uma reserva para pouso de OVNIs com 5 hectares na serra

do Roncador, tradicional reduto de ufólogos. Para azar dos

ETs, o "disco porto" ainda não saiu do papel.

FRUTO PROIBIDO

Lei da Melancia (Rio Claro, SP)

Data: 1894

A inofensiva melancia, quem diria, foi proibida em 1894 na

cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo. No fim do

século 19, a fruta era acusada de ser agente transmissor

de tifo e febre amarela, doenças epidêmicas na época.

Com o tempo, a lei virou letra morta. Ainda bem!

Que o homem é o único animal racional todos sabemos,

mas que às vezes a racionalidade falha é fato.

Fontes: http://tapirusterrestris.blogs.sapo.pt/344548.html

http://www.tutomania.com.br/artigo/algumas-das-leis-mais-

estranhas-do-brasil

Dura lex, sed lex

18 piada pronta

O homem criou as leis para organizar a nossa

sociedade, isso sabemos, mas se essas tais leis

cumprem essa função, é outra história.

Augusto Cury

@PandaKame2

Jornalismo • Unitri

Page 21: Revista Massa Crítica #1 - 2011
Page 22: Revista Massa Crítica #1 - 2011

Eventualmente,sempre.

agenda

Eventos e momentos que dão vida à vida acadêmica

20

Diversão e Cidadania na Semana da Educação

Física

As atividades se encerraram no dia 11 de junho, no Sesi

Gravatás, com uma gincana que envolveu 65 alunos da

Escola Municipal do Bairro Shopping Park.

A equipe vencedora foi premiada e a escola também, com

bolas, jogos de inteligência e petecas.

O projeto interdisciplinar é do curso de Educação Física e

conta com o envolvimento de alunos e professores.

Violência é tema do III ESPU

O III Encontro Semestral de Psicologia, organizado pelos

alunos do sétimo período do curso, no dia 6 de junho,

reuniu estudantes e professores de diferentes áreas para

discutir as Faces da Violência. Tema que trouxe à reflexão

o caos instalado na sociedade atual, como propostas

para minimizar e combater os abusos e práticas

criminosas.

I Jornada de Engenharia e as perspectivas da

profissão

A I Jornada de Engenharia, que aconteceu de 31 de maio

a 1 º de junho, é voltada para os alunos do próprio curso e

também aos futuros profissionais de Engenharia de

Produção. O evento faz parte da disciplina “Simulação de

Projetos”. Temas atuais, como a importância do Pré-sal

para a engenharia, a cadeia logística de Uberlândia e as

perspectivas da profissão foram discutidos em forma de

mesa-redonda com profissionais especializados,

palestras e discussões.

Page 23: Revista Massa Crítica #1 - 2011

21

Alunos de Design de Moda apresentam coleção

As coleções foram apresentadas em um desfile, no dia 31

de maio. Para desenvolver as peças, os alunos fizeram

pesquisas sobre temas diferenciados, como moda

corporativa, cultura popular e movimentos artísticos.

O evento é realizado todo semestre e é uma forma dos

futuros profissionais desenvolverem suas próprias

marcas, podendo até garantir um espaço no mercado de

trabalho.

Semana de Comunicação e as tendências do

mercado

Palestras, oficinas e discussões sobre as exigências e

tendências do mercado de trabalho marcaram a 23ª

Secom. Alunos, professores e profissionais de Uberlândia

se reuniram com especialistas em Novas Mídias,

jornalismo esportivo e em comunicação corporativa,

renomados em todo país. O curso de Publicidade inovou

com a Maratona de Criação, premiando as melhores

campanhas desenvolvidas no decorrer da Secom.

A semana de Comunicação é realizada desde 1989 e já

trouxe à Uberlândia grandes nomes da comunicação, uma

forma de aproximar os alunos de profissionais que já se

estabeleceram na área, e que somam experiências de

sucesso.

3º Ciclo de Palestras da Enfermagem e as novas

tecnologias

O evento foi realizado no dia 24 de maio, no Center

Convention. Foram discutidos temas como cuidados a

pacientes oncológicos e controle de infecção hospitalar.

Os alunos do curso de enfermagem trocaram experiências

com os mais experientes profissionais da saúde que

atuam em Uberlândia e região, uma forma de aproximar os

estudantes às exigências do setor público e particular de

saúde.

Jornalismo realiza oficina de figurino e

maquiagem

A oficina ministrada pelo jornalista e especialista em

plástica e estética em tv, Arcênio Correa, no dia 5 de

setembro, foi aberta a todos os alunos do curso de

Jornalismo.

O evento faz parte de uma rodada de oficinas que

aconteceram ao longo do semestre, atividade proposta

dentro da disciplina de Prática em Telejornalismo. A

próxima será sobre técnicas vocais e a importância de

uma boa comunicação oral.

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