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1 R$ 7.90 Edição 0080- n.º 68 19 de Julho de 2015 www.revistapoderbrasil.com VEM AÍ O ELETROLÃO MAIS UMA ESTATAL EM INVESTIGAÇÃO NO GOVERNO PETISTA DE DILMA Marina defende Dilma e diz que ela não é culpada por corrupção Deputada é destaque por criticar Governo Política - Economia - Responsabilidade Social - Mundo - Cultura PO D ER BRASIL

REVISTA PODER BRASIL JULHO 27

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R$ 7.90Edição 0080- n.º 6819 de Julho de 2015

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VEM AÍ O ELETROLÃOMAIS UMA ESTATAL EM INVESTIGAÇÃO

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Marina defende Dilma e diz que ela não é culpada por corrupção

Deputada é destaque por criticar Governo

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Deputada Federal do sul vira notícia ao criticar Governo Federal20

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Aécio e Alckmin na disputa interna

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Advogada desiste do caso Lava Jato

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Marina defende Dilma e diz que ela não é responsável pela corrupção

P-sol se mobiliza pa-ra proteger deputado

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g over no deve enviar ao Con-gresso um proje-to que aumenta as alíquotas do imposto sobre heranças após a votação do ajus-

te fiscal. O projeto é defendido pelos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Nelson Barbosa (Planejamen-to), mas contestado por Joaquim Levy (Fazenda). Previsto na Constituição, o imposto sobre heranças é cobrado pelos estados e tem, atualmente, uma alíquota mé-dia de 3,86%. É um índice bem abaixo do praticado por outros países que, como o Brasil, não taxam a renda e a riqueza de forma intensa.

Imposto sobre herança deve ir ao Congresso após ajuste fiscal

Taxação

Projeto pretende acabar com uso do dinheiro em espécie A Câmara dos Deputados analisa projeto de lei que pretende pôr fim à produção, circulação e uso do dinheiro em espécie e determina que as transações financeiras se realizem apenas através do sistema digital. O autor da proposta (PL 48/15) é o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). Lopes argumenta que as transações feitas em sites de banco, máquinas de cartão de débito ou crédito e em celulares são mais comuns a cada dia. Ele acredita que a extinção do

dinheiro em espécie “pode trazer muitos benefícios à sociedade e colocar nosso país em outro patamar de organização fiscal, tributária e de combate à violência, sonegação, tráfico de drogas e corrupção”. O deputado afirma que, em 2008, 33% das transações no Brasil foram feitas com cartão e que, em 2012, esse percentual subiu para 37%. Ele aponta ainda que o uso de cheques caiu de 14% para 6%, enquanto as compras feitas

por débito subiram de 6% para 19%.Segundo o par lamentar, d iante desses números, “é fácil perceber que em alguns anos todo brasileiro economicamente ativo possa ter uma conta bancária e um cartão de crédito, e não ficaria difícil extinguir o dinheiro em espécie”. Lopes reconhece que muitos ajustes deverão ser feitos, mas será “fácil atender as demandas para implantação” com a tecnologia atual.

nEm análise

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Editorial

aniversário do Pla-no Real é um mo-mento para refle-tir. O Real foi um importante plano que debelou a hipe-rinflação, mas que

abriu também caminho para implan-tação plena às chamadas políticas ne-oliberais de abertura e desregulamen-tação. Entretanto, o Plano não trouxe estabilidade monetária e financeira para o país, como muitas vezes se divulga. O Plano trouxe, juntamente com as políticas neoliberais, elevados custos relativos à estagnação econô-mica, bem como os relativos ao endi-vidamento público. Na homenagem do Senado os ora-dores tentaram sucessivamente vin-cular o sucesso do Real ao próprio governo FHC e suas políticas neolibe-rais. Nessa tentativa, os oito anos de FHC, no pós-Real foi “reinventado” como um período de estabilidade mo-netária e financeira para o país.

Vejamos como o exame das variáveis de taxa de inflação, taxa cambial e taxa de juros mostram como os go-vernos FHC não trouxeram nenhuma estabilidade à economia, nem mesmo a monetária. Restabelecendo a história: a continui-dade da instabilidade monetária pós--Real Comecemos pela suposta estabilida-de monetária. O que se alega é que o Plano Real, além de eliminar a hipe-rinflação, criou uma moeda de valor estável, o que já se revelou nos oito anos dos governos FHC. Primeiro vejamos como o Plano Real funcionou. A ideia do Plano na verdade nada teve de original: depois de alinhar os preços com a URV (uni-dade referencial de valor, essa sim uma boa ideia), apenas atrelou a nova moeda, o real, ao dólar, praticamente ao par (um por um). Com isso houve uma súbita valorização da nova moe-da, tornando os bens importados ainda mais baratos.

O custo da manobra, no entanto, foi a imediata supervalorização da moeda, acompanhada por uma elevação das taxa de juros a níveis estratosféricos (na virada de 1994/95 chegou a 60% ao ano) para atrair dólares. No entanto, a taxa de inflação pós-real se manteve longe da estabilidade. Em 1995, a taxa foi de 22%, e continuou variando 9% ao ano, em média, até 2002. No primeiro governo, a inflação já tinha acumulado 43%. Somando os dois governos, o acumulado chegou a 100%. E pior, ao acabar o período, em 2002, a taxa tinha voltado a uma infla-ção de dois dígitos, marcando 12,5% e subindo. Só para comparar, o acumu-lado de oito anos de Lula foi de 56% e os quatro de Dilma chegaram a 27%. Essas elevadas taxas de inflação prejudicaram a estabilidade cambial, desafiando até a incrível taxa de juros real adotada, que terminou gerando apenas riqueza financeira para os mais riscos e reduzindo o investimento pro-dutivo.

A falsa história da estabalidade monetária

Diretor-Presidente: Paulo Castelo Branco Diretor de Redação Nacional: Edilza Andrade - Diretor Cultural : Marco Calzolari - Diretor Executivo: Fábio Castro de Melo -

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www.revistapoderbrasil.com

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Fusão

Crise obriga empresas a se unirem para não fechar

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O governo enviou ao Congres-so Nacional o projeto de lei (PLN 5/15) que reduz de 1,1% para 0,15% a meta de superavit pri-mário para 2015. O texto altera a Lei de Diretrizes Orçamentá-rias (LDO) de 2015 (13.080/15) e revisa a meta de economia para pagar os juros da dívida de R$ 66,3 bilhões (1,19% do Pro-duto Interno Bruto) para R$ 8,7 bilhões, o equivalente a 0,15% do PIB. O novo valor equivale a 13% do anterior e inclui tan-to a economia do governo fe-deral quanto a de estados, mu-nicípios e do Distrito Federal. No projeto, o governo tam-bém anuncia o corte adicional de R$ 8,6 bilhões no Orçamen-to de 2015, o que deverá to-talizar um contingenciamento acumulado de R$ 79,4 bilhões nos gastos entre todos os pode-res da República durante o ano. O projeto determina que a Lei Orçamentária de 2015 deverá ser compatível com uma meta de superavit primário de R$ 5,8 bilhões para os Orçamentos Fis-cal e da Seguridade Social e de zero para o Programa de Dispên-dios Globais. Estabelece ainda que as empresas dos grupos Pe-trobras e Eletrobras não serão consideradas na meta relativa ao Programa de Dispêndios Globais e que a economia dos estados, do Distrito Federal e dos muni-cípios será de R$ 2,9 bilhões. A meta de superavit primá-rio considera também a recei-ta de concessões e permissões para a área de infraestrutura, estimada em R$ 18,2 bilhões.

Projeto que reduz a meta do superavit primário deste ano

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m tempos de crise e queda no consumo, como agora, crescer organicamen-te é uma tarefa desafiadora pa-ra as empresas.

No país, para fechar seus balanços com saldo positivo, elas têm aposta-do em aquisições e fusões. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela Deloitte, que ouviu 211 companhias. De acordo com o estudo, nos últi-mos cinco anos, 23% dos respon-dentes compraram ativos de algu-ma concorrente, 21% assumiram o controle de outras corporações, 13% venderam seus ativos e 11% participaram de joint-ventures. As perguntas da pesquisa tinham res-postas múltiplas, ou seja: uma mesma empresa pode ter adotado mais de uma estratégia. Recentemente, de fato, grandes empresas se tornaram

parceiras ou donas de outras por meio de transações bilionárias não só no Brasil, mas em todo o mundo. Bons exemplos são a aquisição da área de laticínios da BRF pe-la Parmalat por 1,8 bilhão de reais, a compra da Nokia pela Alcatel--Lucent por 15,6 bilhões de eu-ros e a fusão da Heinz com a Kraft Foods, um negócio de 41 bilhões de dólares. Todas elas foram fecha-das no primeiro semestre deste ano. Segundo o levantamento, es-se tipo de operação continua nos planos das companhias. Dos en-trevistados, 39% pretendem ad-quirir concorrentes., 36% aspiram fusões, e 34% almejam comprar ativos de outras organizações. Com isso, elas buscam princi-palmente aumentar a receita (res-posta dada por 69%), ganhar maior participação de mercado (66%) e entrar em novos nichos (62%).

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Só entre nós

Cartão odontológico para estudantesreaçãO

A Comissão de Finanças rejeitou no último dia 15 proposta que torna obrigatória a oferta de ensino médio em penitenciárias. Como o parecer da comissão é terminativo, o texto será arquivado, a não ser que seja apresentado recurso ao Plenário. A proposta rejeitada é o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 25/99, do ex-deputado Paulo Rocha (PA),

que modifica a Lei de Execução Pe-nal (7.210/84). Hoje a lei prevê ofer-ta obrigatória apenas de ensino fun-damental e de ensino profissional. O substitutivo do Senado pre-via que a responsabilidade da União, em relação à oferta de ensino aos detentos, ficaria res-trita ao ensino médio e à capaci-tação ministrados a distância.

Câmara rejeita ensino médio obrigatório em prisões

PrOJeTO

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou em seu site a lista com os nomes e a correspondente remuneração de cada um dos ministros e servidores da Corte.A lista está organizada em ordem alfabética. Embora a ferramenta de pesquisa permita consulta mês a mês entre os anos de 2009 e 2012, a única folha de pagamento disponível por enquanto é a de junho de 2012.A medida atende à exigência da Lei de Acesso à Informação. Em vigor desde 16 de maio, a lei obriga orgãos públicos a divulgar informações de interesse público, exceto as sigilosas ou que podem colocar em risco a segurança nacional. A forma da abertura dos dados depende de regulamentação.O Supremo Tribunal Federal ( S T F ) h a v i a d i v u l g a d o em junho a re lação dos salários dos seus servidores.

A lista!TraNSParÊNCIa

Defesa de Jefferson indagará por que Lula não foi denunciado no mensalão

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 6849/13, do deputado Dr. Jorge Silva (Pros-ES), que cria o cartão odontológico preventivo a ser distribuído nos postos de saúde e nas escolas do ensino fundamental da rede pública.

A principal razão da proposição é melhorar a saúde bucal das crianças. Além de identificar o aluno, o cartão deverá trazer informações como data de nascimento, endereço residencial e da escola, odontograma, registro de consultas e de participação em palestras e assinaturas dos agentes de saúde

Na tentativa de absolver o delator do mensalão, o advogado do ex-deputado Roberto Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, delineou uma estratégia de confronto com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O defensor pretende questionar no púlpito do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) por qual motivo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não integra o rol de denunciados. Presidente nacional do PTB, Jefferson é um dos 38 réus no julgamento programado para se iniciar no próximo dia 2 de agosto.

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Câmara dos Deputados vai analisar proposta do Senado (PL 2289/15) que al-tera a Lei de Re-síduos Sólidos (Lei 12.305/10)

para prorrogar o prazo para que estados e municípios acabem com os lixões. De acordo com a legislação em vigor, o prazo para o fim dos lixões terminou em agosto de 2014. Isso significa que, até aquela data, estados, municípios e o Distrito Federal deveriam ter providenciado a gestão e o gerencia-mento adequado de resíduos sólidos. Como a norma não foi cumprida, o projeto do Senado estabelece no-vos prazos para o fim dos lixões, que vão de julho de 2018 a julho de 2021, conforme o tamanho da população. Capitais de estados e municípios integrantes de região metropolitana, por exemplo, terão até 31 de julho de 2018; um ano mais tarde, os lixões devem ser extintos nos municípios

com população superior a 100 mil habitantes e também naqueles cuja mancha urbana da sede municipal esteja situada a menos de 20 quilô-metros da fronteira com outros países. O prazo contará até 31 de julho de 2020 para municípios com popula-ção entre 50 mil e 100 mil habitan-tes; e até 31 de julho de 2021 para municípios com população inferior a 50 mil. A proposta também am-plia os prazos para elaboração dos planos estaduais de resíduos sólidos. Cumprimento de metasO relator do projeto na Comissão de Trabalho, deputado Augusto Coutinho (SD-PE), diz que os mu-nicípios têm dificuldades para cum-prir a lei, mas ressalta que é preciso definir metas para o fim dos lixões. “Metas para a viabilidade da re-alização, metas de punição, inclu-sive, para a não realização e também não podemos aceitar que venha, a cada momento, a se votar uma nova lei e, a cada vez, adiar mais esse prazo”, afirma o deputado.

2021

Câmara federal estende prazo para o fim dos lixões

A Caixa Econômica Federal (Cai-xa) anunciou oferta de mais R$ 4 bilhões para a compra de imóveis novos e usados em áreas urbanas de até R$ 400 mil por meio da linha Pró-cotista. Trabalhadores com conta ativa no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) po-derão financiar um limite de 85% do valor da casa própria pelo prazo máximo de 30 anos a taxas de ju-ros entre 7,85% e 8,85% ao ano. Segundo a instituição financeira, desde o início deste ano, volume de contratações da linha Pró-co-tista somou R$ 1,35 bilhão. Os re-cursos adicionais foram liberados pelo Conselho Curador do FGTS.

Caixa libera mais R$ 4 bilhões em crédito imobiliário

em queSTãO

BB vai financiar 90% do valor da casa própria

OPOrTuNIdade

AO Banco do Brasil passou a ofe-recer, esta semana, a linha de financiamento imobiliário pró-cotista com as novas condições definidas em maio pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A linha de crédito financia até 90% de imóveis avaliados em até R$ 400 mil, pelo prazo máximo de 360 meses. A taxa de juros é 9% ao ano. Para contratar empréstimos como pró-cotista, é necessário pos-suir conta ativa do FGTS e um mínimo de 36 contribuições, con-secutivas ou não. A estimativa do banco é disponibilizar cerca de R$ 1 bilhão para novas operações.

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cada ano no Bra-sil fica provado que a participa-ção da família no cotidiano escolar faz a diferença na vida dos alunos, e dos próprios

pais. Além de aumentar a motivação dos filhos para os estudos, o envolvi-mento de pais e mães com os projetos pedagógicos, a fiscalização de recur-sos destinados a programas e o acom-panhamento da agenda escolar con-tribuem para a qualidade da educação. O estreitamento das relações en-tre as escolas e as famílias teve iní-cio no Brasil na década de 1990, e o reconhecimento da importância desse processo está referendado no

Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014. Para ampliar a gestão democrática nas escolas públi-cas, a meta 19 do PNE calcula que, em dois anos, a rede de educação básica deva constituir ou fortalecer grêmios estudantis e associações de pais. Se-gundo estimativa da Confederação Nacional das Associações de Pais e Alunos (Confenapa), quase 50% dos munícipios brasileiros já estruturaram as associações de pais e alunos (Aspa). No Acre, o professor e advogado Francisco Generozzo busca ampliar a participação das famílias nas esco-las municipais desde 2008. Hoje, ele atua com o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) na fiscalização dos re-cursos enviados pelo governo federal para a compra da merenda das 110

escolas municipais. “É uma forma de contribuir com o coletivo”, explica Generozzo. Como membro do consel-ho escolar do município, ele integra a comitiva de pais que visita anualmente uma cidade do estado para trocar ex-periências com gestores educacionais. A ideia básica desse trabalho de peregrinação é convencer os ges-tores educacionais a construir uma parceria com a família em torno do processo educativo. Segundo o pro-fessor, as escolas precisam estar ab-ertas de forma democrática aos pais para receber sugestões em torno do processo educativo, não apenas para que ouçam reclamações dos alunos. Conforme Generozzo, a construção dessa parceria é um processo grada-tivo, de articulação e convencimento.

PNE: Participação dos pais nas escolas deve aumentar até 2017

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Educação básica

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Noa Mintz es-tava tão descon-tente com a qua-lidade das babás contratadas por seus pais para cui-dar dela e dos ir-mãos que decidiu

criar sua própria empresa - aos 13 anos.Tudo começou em 2012, quando a

americana ainda estava na escola, em Nova York, e lançou a Nannies by Noa, que oferece babás “interativas, criativas e confiáveis” a famílias de Nova York, diz a jovem. As profissionais são entre-vistadas e têm contatos e histórico che-cados.

O negócio cresceu rápido: somen-te no ano passado, triplicou, saltando de 50 clientes em 2013 para quase 200

Noa MIntz é hoje um exemplo para muitos empresários no Brasil

Adolescente de 13 anos fica rica com agência de babás nos Estados Unidos

atualmente. E acredita-se que a em-presa gere mais de US$ 300 mil por ano (cerca de R$ 966 mil reais).

“Sempre imaginei que pais em

Nova York queriam esse serviço, en-tão comecei (a empresa) bem peque-na. Acreditava em qualidade ao invés de quantidade.

Negócio

Mais uma vez Belém é destaque na educação. A professora Maria Regina Ferreira da Silva, da Escola Municipal José Alves Cunha, foi selecionada na ação de reconhecimento do trabalho dos professores “Rede que Ensina”, re-alizada pelo Projeto Trilhas, do Instituto Natura.

Educadores de todo o Brasil inscre-veram experiências desenvolvidas com seus alunos na sala de aula, tendo como base os Cadernos de Orientações do Tri-lhas, utilizando livros literários variados. Dentre as 748 experiências inscritas,

apenas 40 profissionais foram destaques. Suas vivências estão reunidas no cader-no Trilhas da Leitura pelo Brasil, tam-bém disponível em versão eletrônica.

Apreciar a leitura de um texto em voz alta pelo professor” e “Reescrever e revisar um conto conhecido” foram as experiências inscritas pela professo-ra Maria Regina. As atividades incen-tivam o desenvolvimento da escrita de textos narrativos, da oralidade, leitura e compreensão do texto. Também es-timula a leitura de outros contos.

Belém: professora da rede municipal ganha reconhecimento nacional

Pará

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Frente Ampla em Defesa do Pré-sal é lançada no Brasil

om o apoio da CUT-CE, CTB e diversos sindica-tos e movimentos sociais parcei-ros, o Sindicato Apeoc lotou seu aud itór io, em

Fortaleza, para a realização de uma plenária histórica no dia 27 de julho. Na ocasião, foi lançada, oficial-mente, a “Frente Ampla em Defesa do Pré-Sal – pelo Brasil, pela Edu-cação e pela Petrobras!”. O Ceará sai na frente com a nova mobilização, que enfrenta ainda o Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, de auto-ria do senador José Serra (PSDB-SP) e que propõe a alteração do Regime de Partilha e Exploração do Pré-Sal. Houve ainda palestra – seguida de debate – com Joceli Andrioli, da co-ordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Se o PLS 131/2015 for aprovado, o financiamento para a educação pública – através dos royalties e do Fundo So-cial do Pré-Sal – será contingenciado, ou até mesmo retirado da área da Edu-cação, colocando em risco o avanço do investimento para essa área. “Essa aprovação seria desastrosa também por comprometer seriamente o apor-te de novos recursos para o financia-mento da educação pública brasileira, recursos esses oriundos do Pré-sal”, disse o presidente eleito da CUT-CE, Wil Pereira, em sua saudação inicial. Na opinião do dirigente, compar-tilhada com as demais entidades que compõem a Frente, o PLS do senador José Serra também tenta desestabi-lizar a Petrobras, uma das maiores empresas estatais do mundo, tiran-do dela a gestão do investimento, da exploração e da distribuição dos po-ços de petróleo em águas brasileiras. “A defesa do Pré-sal é uma bandeira

unificada das centrais sindicais e movimentos sociais. Reafirmamos o compromisso de lutar 25 horas por dia nessa defesa”, enfatizou Wil Pereira.Joceli Andrioli, da coordenação nacio-nal do MAB, foi o convidado dessa pri-meira plenária. E reforçou a profunda crise que enfrenta o sistema capitalista, “por si só contraditório, com extrema concentração de riquezas”. Ele exem-plificou: apenas 80 pessoas possuem a quantidade de riqueza que possuem 3,5 bilhões de pessoas em todo o pla-neta, o que representa 50% da popu-lação mundial. Andrioli também mi-lita no Movimento Quem Luta Educa. O presidente da Apeoc, Anizio Melo, destacou a necessidade de, em união, a Frente “colocar o Governo para andar no ritmo que interessa à classe trabalhadora”. Ele insistiu na defesa da permanência da exploração da camada Pré-sal com o monopólio da Petrobras e sob o regime de partilha.

Iniciativa

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Cade abre processo para investigar cartel no mercado de informática

A Comissão de Fiscalização Finan-ceira e Controle da Câmara dos Deputa-dos autorizou a fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a libe-ração, pela Secretaria do Tesouro Nacio-nal (STN), de empréstimos para estados e municípios que precisem da garantia da União.

Os deputados aprovaram a Proposta de Fiscalização e Controle 1/15, do depu-tado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), para fiscalizar empréstimos nacionais e inter-nacionais de 1998 a 2014.

Segundo o autor da proposta, há uma “ausência de critérios objetivos e uma enorme discrepância” na concessão dos empréstimos. Como exemplo, Hauly citou empréstimo para o Amapá, de R$ 3.859 por habitante, enquanto o Paraná recebeu cerca de R$ 87 por habitante.

O relator da proposta, deputado Es-peridião Amin (PP-SC), afirmou que o TCU deverá analisar se todas as condi-ções legais e requisitos objetivos foram cumpridos na autorização de emprésti-mos que demandam garantia da União. Ele lembrou que a análise do TCU pode gerar responsabilização de integrantes da administração.

AmpliaçãoO projeto previa que só fossem fiscali-

zados contratos entre 2007 e 2014, mas o relator ampliou a análise para desde 1998. A extensão foi feita a pedido do deputado Toninho Wandscheer (PT-PR).

nPolêmica

TCU fecha cerco aos municípios que fazem empréstimos

Fiscalização

Superintendência--Geral do Conse-lho Administrativo de Defesa Eco-nômica (Cade) instaurou proces-so administrativo

para apurar supostas condutas anticom-petitivas em licitações para aquisição de equipamentos e materiais de informática, conforme indica despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU). Entre os equipamentos estão desktops, notebooks, tablets, lousas interativas e projetores. Estão sendo investigadas as empresas Positivo Informática, Caleb G. Kieling & Cia, Enge Áudio Comércio e Sonori-zação, I 9 Soluções em Tecnologia e In-formática, Líder Suprimentos para Infor-mática, MS Equipamentos e Assistência Técnica, Multicomp Informática, Proxyli-

ne Informática, S&V Equipamentos para Escritório, Somaq Assistência e Equipa-mentos, além de 18 pessoas físicas. Em nota, o Cade informa que a investi-gação teve início a partir de documentos remetidos ao órgão em junho de 2014, referentes à ‘Operação Licitação Mapea-da’, conduzida pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina. A Superinten-dência apurou indícios de que a política nacional de vendas da Positivo Informá-tica poderia gerar efeitos anticompetitivos especialmente em licitações para aquisi-ção de equipamentos e materiais de infor-mática. “A ação incluiria uma divisão geográfica de mercado associada a um mapeamento e reserva de oportunidades, por meio da qual a Positivo concederia uma autoriza-ção para determinado revendedor partici-par de uma licitação.

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Advogada de delatores da Lava Jato desiste do caso

advogada Beatriz Catta Preta, que defendia o lobista Julio Camargo, se desligou de todas as ações relacio-nadas à Operação

Lava Jato. A renúncia foi informada na última segunda-feira ao juiz Sérgio Moro, que cuida das investigações do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo fontes, Catta Preta estaria de mudança para Miami, nos Estados Uni-dos. Além de Camargo, a criminalista defendia Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e o lobista Augusto Ribeiro de Mendonça. A decisão foi tomada duas semanas após Julio Camargo dizer, em depoimento, que teria pagado 5 milhões de dólares em pro-pina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).Depois disso, a advogada foi convocada por aliados de Cunha para explicar na CPI da Petrobras a origem dos honorários pagos a ela por seus clientes envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras.

nEsquema

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Desde 2011, a Polícia Federal realizou 69 operações que prenderam 597 pessoas e impediram a comercialização no Brasil de produtos importados ilegalmente. O combate ao contrabando aumentou sig-

nificativamente nos últimos quatro anos e vai ter mais avanços daqui para frente, garantiu o ministro da Justiça, José Edu-ardo Cardozo, que fez na semana passa-da um balanço positivo das operações.

Operação da Polícia Federal combate contrabando

açãO

A presidenta Dilma Rousseff encerrou os seis primeiros meses do segundo mandato com a maior rejeição desde que assumiu o governo, em 2011. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha 20, 65% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo, três pontos percentuais a mais que o levantamento anterior, divulgado em março.

Seis meses de rejeição alerta PT

GOVerNO dIlma

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Mobilização Nacional para proteger deputado federal do Pará

O deputado fe-deral do PSOL do Pará Edmil-son Rodrigues é alvo de amea-ças de morte por integrantes de

grupos de extermínio investigados em janeiro passado, na CPI da As-

sembleia Legislativa do Pará (Ale-pa), quando o psolista ainda exercia mandato parlamentar no estado. Além do nosso deputado, também estão sendo ameaçados o deputado estadual Carlos Bordalo (PT) e o promotor de justiça de Belém Ar-mando Brasil. Edmilson foi o autor da CPI e Bordalo o relator. A CPI

nP-SOL

denunciou pessoas, entre civis, em-presário, policiais e ex-policiais. Edmilson teve audiência com o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen, em Belém, para pedir a apu-ração e providências acerca da ame-aça de morte. A denúncia dá conta de que teria sido definida uma lista de lideranças marcadas para morrer por um grupo de milícia que age no bairro do Guamá, na capital paraen-se. Edmilson também pediu celeri-dade na conclusão do inquérito po-licial que apura a chacina ocorrida há oito meses. A partir de agora o PSOL dá início à campanha ?#?ToComEdmilson e convida toda a militância e apoia-dores a aderir. Edmilson está sendo perseguido pela sua atuação com-bativa, em defesa dos direitos hu-manos, desempenhada ao longo de seus mandatos como deputado esta-dual do Pará e agora como deputado federal. Mas tais ameaças não nos intimidarão e também não calarão a voz do nosso parlamentar.

O P-Sol está fazendo uma campanha nacional “Estou com Edmilson” para protegê-lo de ameaças. A campanha ganhou força e hoje tem milhões de adeptos

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comissão inter-na da Petrobras, constituída para averiguação de não-conformida-de nos contratos de fornecimento

de matérias-primas para a Braskem, concluiu “literalmente” que não foi possível identificar o prejuízo finan-ceiro causado à companhia, destacou no dia 21 de julho em nota à impren-sa, a petroquímica. Para a Braskem, “significa dizer que a Petrobras não sabe sequer se houve prejuízo”.

A Petrobras confirmou, momentos an-tes, em documento enviado à Comis-são de Valores Mobiliários (CVM), que o contrato de fornecimento de nafta (insumo para a indústria petro-química, por exemplo, na produção de plástico), celebrado com a Braskem, em 2009, foi objeto de análise por uma Comissão Interna de Apuração e que identificou “não conformidades” em procedimentos internos de aprova-ção do contrato. Esse tema virou alvo de investigação em março deste ano.A Braskem declarou que não pode opinar sobre eventuais falhas de

governança da Petrobras. Ao mes-mo tempo, informa que “sempre conduziu suas negociações com fornecedores de forma transparen-te, seguindo internamente as me-lhores práticas de governança”.A petroquímica reiterou ainda que os preços de nafta praticados pela Petrobras “nunca a favoreceram”. “Pelo contrário, sempre estiveram atrelados às referências interna-cionais mais caras do mundo com efeito negativo para a Braskem e para a competitividade de toda a indústria petroquímica brasileira.

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Servidores Estaduais ganham na justiça para rever seus direitos trabalhistas

Petrobras não sabe se houve prejuízo em contrato de nafta

nBrasil

Para a Braskem, “significa dizer que a Petrobras não sabe sequer se houve prejuízo”.

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ministro da Edu-cação, Renato Janine Ribei-ro, disse que as universidades particulares que insistirem em manter o reajus-

te da mensalidade acima de 6,4% (a inflação do ano passado) sem que haja justificativas para isso serão excluídas do Fies, o programa de financiamento de curso superior. O ministro compareceu a uma audi-ência pública na Comissão de Educa-ção da Câmara. Ele também falou so-bre o impasse na greve dos servidores das universidades federais e sobre os critérios para escolha das faculdades que serão autorizadas a abrir curso de medicina em 36 cidades de médio porte entre 2016 e 2017, dentro do pro-grama Mais Médicos. O questionamento mais contunden-te sobre a possibilidade de o governo

O ministro da Educação, Renato Ribeiro ameça universidades.

Reajuste acima da inflação poderá excluir universidades do Fies, diz ministro

excluir do Fies algumas universidades partiu do deputado Izalci (PSDB-DF).“Quem faz a legislação somos nós, do Congresso. O MEC não tem autonomia para fazer leis e modificar leis. Nós apro-vamos aqui um debate de anos e anos

sobre o reajuste das mensalidades das escolas: a Lei 9.870. A lei é muito clara, tem todos os critérios, estabelece prazos, condições, questionamentos. Tudo está lá na lei. Não cabe ao MEC dizer se é justo ou se é injusto”, disse Izalci.

Educação

Proposta em análise na Câmara dos Deputados modifica a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT- Decreto-Lei 5.452/43) para proibir a troca de favores entre testemunhas que sejam parte em ações semelhantes ou que estejam pro-cessando uma das partes envolvidas no processo.

Conforme o Projeto de Lei 8250/14, do deputado Laercio Olivei-ra (SD-SE), nesses casos o indivíduo só poderá ser ouvido como informan-te, ou seja, sem prestar o compromis-

so de só falar a verdade, pelo qual poderia incorrer em falso testemu-nho.

Atualmente, a CLT, na parte destinada ao processo trabalhista, já não permite o compromisso da testemunha que seja parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes na reclamação trabalhista.

O autor ressalta, entretanto, que a legislação vigente não coíbe outro tipo de testemunha que pode vir a

mentir ou a alterar alguns fatos pa-ra não ser, ela mesma, prejudicada. “Não é razoável que se espere que a testemunha deponha em prejuízo próprio. [Ela] tende obviamente a confirmar aquilo que alega em sua própria reclamação”, explica Oli-veira.

Por fim, pelo projeto, a testemu-nha será ouvida como informante do juízo, que avaliará a credibilida-de de suas afirmações e atribuirá o devido valor ao seu depoimento.

Projeto cria impedimento para testemunho em litígio trabalhistaDireitos

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A Apple possui um enorme valor para a economia mundial você provavel-mente já desconfia, mas quando trans-portamos essa influência para valores materiais, em dólares, o tamanho da empresa fundada por Steve Jobs torna--se ainda mais impressionante. De acor-do com um levantamento do instituto de consultoria Economatica, a Maçã “vale” mais do que todas as empresas brasilei-ras de capital aberto.

A soma de todas as empresas do Brasil que estão na Bolsa de Valores é de US$ 684,5 bilhões (aproximadamen-te R$ 2,29 trilhões). Já a Apple tem um valor de mercado de US$ 713,8 bilhões (o equivalente a R$ 2,39 trilhões).

Isso significa que a companhia po-

deria se dissolver para adquirir todas as empresas brasileiras com ações na Bolsa e ainda ter US$ 29 bilhões de “troco”. Na liderança do ranking nacional está a Ambev, com valor de mercado de US$ 92,2 bilhões (cerca de R$ 309 bilhões)

Um dos fatores que explicam essa discrepância de valores é a valoriza-ção no mercado. As companhias bra-sileiras caíram, em média, US$ 414 bilhões. No caminho oposto, a Apple subiu US$ 141 na mesma variável. Em 2002, ainda segundo dados da Econo-matica, a situação era bem diferente: o valor de mercado das empresas nacio-nais na Bolsa era vinte vezes maior que o da Maçã.

Tecnologia

Valor da Apple supera empresas brasileiras na Bolsa de Valores

A China é rápida na produção de versões “alternativas” de celulares da Apple e de outras marcas menos po-pulares. Rapidamente, aparecem ver-sões “clonadas” com um visual muito parecido, porém um hardware bem diferente. Porém, eles agora se supe-raram: o novo lançamento do merca-do por lá pirateia um dispositivo que ainda nem foi anunciado.

O Goophone i6s é uma versão al-ternativa do iPhone 6S — um celular que simplesmente ainda não existe, já que a Apple deve revelar o aparelho somente em setembro.

O canal do YouTube de Jonathan Morrison tem um unboxing mostran-do como é o aparelho. A cópia é in-crivelmente bem feita até mesmo no design — com suas limitações, cla-ro, mas sem aquele ar de “qualidade duvidosa” e sendo capaz de enganar alguns desavisados. Como o iPhone 6S não deve ser muito modificado em relação ao iPhone 6 e alguns rumores já circulam pela internet, não foi difí-cil bolar o visual.

Inovação

Clone’ chinês do iPhone 6S é tão bom que vai confundir sua cabeça

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Brasil terá um plano de ações para promover a igualdade racial pelos próximos dez anos, anun-ciou dia 22 de ju-

lho a ministra da Secretaria de Políti-cas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma Lino Gomes. As ações estarão divi-didas em três eixos - reconhecimento, justiça e desenvolvimento - e deverão começar a ser discutidas com os mo-vimentos sociais em novembro, mês da Consciência Negra. O plano faz parte da Década In-ternacional de Afrodescendentes,

que se estende até 2024, lançada oficialmente no Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha (Latinidades), em Brasília. A década consta na Resolução 68/237 da As-sembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “Vamos rea-lizar uma série de eventos, seminários e discussões. Vamos também aprimo-rar políticas voltadas à promoção da igualdade racial”, diz Nilma. Segun-do ela, a intenção é estreitar relações com América Latina, Caribe e África: “Precisamos fazer cresce a luta pelos afrodescendentes no mundo”. No Brasil, os negros são, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, mais

da metade da população - 52,9% – soma daqueles que se declaram pre-tos e pardos. Apesar disso, os dados de educação, equiparação salarial e violência - que mostra jovens negros como as principais vítimas - mostram que ainda há desigualdade racial no Brasil. “Reconhecemos grandes avan-ços na sociedade brasileira nos últi-mos 20 anos, em termos de melhorias na condição material da população negra e também grandes progressos feitos na legislação, no combate à discriminação, incorporação de ações afirmativas e de cotas. Mas é preciso enfatizar o muito que ainda precisa ser feito para reduzir a desigualdade”, diz o coordenador Jorge Chediek.

Brasil planeja ações para combater preconceito racial

nIgualdade

O plano faz parte da Década Internacional de Afrodescendentes, que se estende até 2024.

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A deputada federal do sul é destaque ao criticar Governo Federal

Primeira de-putada federal mulher eleita na história do Sul, Geovânia de Sá (PSDB), que é uma das 51 mu-

lheres do Congresso Federal, vem se destacando em suas defesas. Na semana passada, a deputa-da federal foi destaque ao criticar o governo. Ela atribuiu a alta taxa de desemprego registrada no país em junho ao conjunto de ações equivo-cadas do governo federal que leva-ram ao perverso ajuste fiscal promo-vido neste ano. Diante da pior taxa para o mês em cinco anos (6,9%), a tucana não acredita em uma re-cuperação rápida. Em sua avalia-ção, os trabalhadores estão pagan-do pelos erros do governo do PT. A taxa de desemprego conti-nuou em alta em junho e, ao che-gar aos 6,9%, bateu recorde para o mês desde 2010, quando a deso-cupação atingiu 7%. Considerando todos os meses, a taxa é a mesma registrada em julho de 2010. Em maio, o desemprego atingiu 6,7% e, em junho de 2014, 4,8%. Os nú-meros foram divulgados no dia 23 de julho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Geovania, as medidas ado-tadas para tentar reverter o cenário de desaquecimento da economia, sobretudo via aumento de impostos,

Geovânia de Sá disse que o desemprego é o resultado das ações equivocadas praticadas pelos petistas

Personalidade

afetam diretamente as empresas, que têm optado por demitir para manter as portas abertas. “As em-presas estão sentindo o aumento de impostos. As Medidas Provisórias que votamos no primeiro semestre acabam refletindo diretamente nas firmas, que, junto com os trabalha-dores, acabam pagando pelo desgo-verno e falta de gestão da presiden-te Dilma”, lamentou. A parlamentar lembra que há menos dinheiro em circulação, pois as famílias estão com suas rendas comprometidas.Geovania lembra ainda que, de

A acordo com o IBGE, o rendimen-to médio real dos trabalhadores ocupados, na comparação anual, ficou 2,9% menor, R$ 2.212,87. “Outra coisa que está refletindo muito, pois as empresas estão re-duzindo a jornada de trabalho e os salários e, com isso, os rendimen-tos caem. É um ciclo. Reflete para o empresário e para o trabalhador”. Ao observar as ações do go-verno para tentar reverter o caos que ele próprio criou, a deputa-da avalia que a situação de alta de desemprego, infelizmente, deve continuar. Isso porque, de acordo com ela, Dilma optou por penali-zar os trabalhadores e, em momen-to algum, demonstrou vontade de reduzir os gastos com a máquina pública. “O governo tem que fazer sua parte, não apenas fazendo um ajuste fiscal que vai contra empre-sas, trabalhadores e a economia em geral. Acredito que isso vai con-tinuar. Esses índices ainda cairão para a economia retomar”, alerta. De acordo com o IBGE, a popu-lação desocupada somou 1,7 milhão de pessoas. Na comparação com o ano passado, esse grupo cresceu 44,9%. É o maior aumento anual já registrado em toda a série da pesqui-sa, que teve início em março de 2002.Na comparação anual, o de-semprego aumentou em to-dos as regiões pesquisadas.

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Comissão Parla-mentar de Inqué-rito (CPI) da Pe-trobras definiu os próximos passos das investigações, em agosto, assim que o Congresso

Nacional voltar ao trabalho. No dia 5 de agosto, às 14 horas, serão ouvidos dois executivos asiáticos que estão à frente de empresas mencionadas como fontes de pagamento de propina na Petrobras, a Samsung e a Mitsui. Os presidentes das duas empresas (J. W. Kim, da Samsung Heavy Industry Ltda., e Shinji Tsuchiya, da Mitsui & Co.) não são acusados de irregularidades. Mas tanto a Samsung quanto a Mitsui foram envolvidas em suspeita de paga-

mento de propina pelo ex-representante das duas no Brasil Júlio Camargo. As empresas alugavam navios-platafor-ma para a Petrobras. Segundo Júlio Ca-margo, houve pagamento de propina em troca dos contratos. Ele acusou o presi-dente da Câmara, Eduardo Cunha, de ser beneficiário do pagamento. Cunha nega e diz que Camargo foi pressionado a fazer a acusação pelo Ministério Pú-blico. O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) disse que os depoimentos dos executivos são importantes para esclarecer o caso. “Vai ser interessante, já que surgiu essa fala do lobista Júlio Camargo na semana passada ao juiz Sérgio Moro. É um bom momento para a gente ouvir esses em-presários para ver, de fato, se eles paga-ram alguma comissão, algum tipo de va-

lor a título de propina ao empresário Júlio Camargo, um bom momento até para a gente avançar nessa investigação, ajudar a Operação Lava Jato a avançar um pou-co mais nessa questão”, ressaltou. Depois de ouvir os empresários, a CPI da Petrobras vai fazer uma acare-ação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petro-bras Paulo Roberto Costa, no dia 6 de agosto, às 9h30. Os dois fizeram acordo de delação premiada com a Justiça, mas divergem em alguns pontos. Segundo Paulo Ro-berto Costa, Youssef operacionalizou um pagamento de R$ 2 para a campanha de Dilma Rousseff em 2010, pedido que teria sido intermediado pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Pallocci. O doleiro nega.

Acareação entre Youssef e Costa será em agosto

Avanço

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Carros de luxo, prostitutas, obras de arte, foram comprados com o dinheiro da Petrobras

que o dinhei-ro desviado da Pet robras po-de ter pagado?Alvo de protes-tos semana, a contratação de serviços depros-

titutas de luxo com recursos da Petro-bras não foi a única forma encontrada por diretores da empresa, políticos e operadores para gastar o dinheiro desviado no esquema de corrupção. Desde o início da Operação Lava Jato, em março de 2014, a Polícia Fe-deraldescobriu uma série de bens que, supostamente, teriam sido pa-gos com dinheiro vindo da Petrobras. São joias, carros e até obras de arte

que, segundo a polícia, eram usados para ocultar a origem do dinheiro ilí-cito. Veja, nas fotos, alguns dos bens apreendidos durante a investiga-ção ou devolvidos à Justiça nos ca-sos de acordos de delação premiada.

Prostitutas de luxoCerca de 150 mil reais foram gastos com o pagamento de serviços de pros-tituição de luxo para diretores da Petro-bras e políticos. A informação aparece em relatos do doleiro Alberto Youssef e do emissário dele, Rafael Angu-lo Lopez. Ambos assinaram acordo de delação premiada com a Justiça. De acordo com Yousseff e Lopez, al-gumas das garotas contratadas são conhecidas pela exposição em ca-

pas de revistas, desfiles de escolas de samba e programas de TV. Cada programa custava até 20 mil reais.

RelógiosColeções inteiras de relógios de luxo foram apreendidas pela Polícia Fede-ral na operação Lava Jato. Só na se-de de Arxo, fabricante de tanques de combustível e alvo da nona fase da operação, foram apreendidos cerca de 500 relógios. As peças estavam escon-didas no fundo falso de um armário junto com perfumes e dinheiro vivo. Na casa do doleiro Alberto Yousse-ff - um dos principais personagens do esquema de corrupção - foram encontrados mais algumas peças:

DINHEIRO PÚBLICO

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Carros de luxo, prostitutas, obras de arte, foram comprados com o dinheiro da Petrobras

11 da marca suíça Rolex, nove Hu-blots, dois Montblanc, dois Brei-tling, dois Cartier, um Vacheron, um Chopard e um Baume & Mercier.

Obras de arteDi Cavalcanti, Vik Muniz e Iberê Ca-margo são alguns artistas cujas obras foram compradas com dinheiro sujo. Só na casa da doleira Nelma Kodama, ex-namorada do doleiro Alberto Yous-seff e condenada a 18 anos de prisão, foram apreendidas 16 obras de arte. Entre elas está um original de Di Caval-canti avaliado em 3 milhões de dólares. Outras 48 peças foram apreendi-das na casa de Zwi Skornicki, repre-sentante oficial da empresa Keppel Fels e suspeito de ser um dos opera-

dores do esquema de corrupção. Na 10° fase da Lava Jato, a lis-ta de obras aumentou conside-ravelmente com a apreensão de mais de cem telas do ex-diretor da Pet robras, Renato Duque. O destino das peças é o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curi-tiba. De acordo com a Polícia Fede-ral, 245 obras de arte, entre quadros e esculturas, foram encaminhados ao museu. Uma parte dessas peças fica exposta no MON até novem-bro na mostra “Obras sob guarda”.

Carros de luxoNa manhã do dia 14 de julho, a Po-lícia Federal apreendeu na casa do senador e ex-presidente Fernan-do Collor de Melo (PTB-AL) três

automóveis: uma Ferrari 458 Itá-lia, um Lamborguini Aventador LP 700-4 e um Porsche Panamera S. Os carros de luxo são os mais recen-tes exemplos de automóveis apreendi-dos pela Polícia Federal no desenrolar da Lava Jato, mas não são os únicos. Outro que aparece na lista das apreensões é um Porsche modelo Cayman leiloado no final de março. O automóvel pertencia a Nelma Ko-dama, denunciada por organização criminosa, crimes financeiros e lava-gem de dinheiro. Lancha milionáriaUma lancha Costa Azul, avaliada em pouco mais de um milhão de reais foi apenas um dos bens que, segundo a Justiça, foram comprados pelo ex--diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa com dinheiro da estatal.

� 150 mil foram pagos para garotas de programas, além de milhões gastos em carros, lanchas e obras de arte.

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Personalidade

Uma das personalidades mais prestigiadas no Brasil com mais de 150 mil leitores. Leia o blog do Sombra.

www.edsonsombra.com.br

Essas e outras notícias no blog. Em destaque:

nElegante: Moro diz que não pode silenciar testemunhasCunha afirmou que iria pedir que as acusações contra ele fossem transferidas à Brasília para que pudesse se defender

nPreso ou afastado: PGR recebe informação de que Edu-ardo Cunha teria ameaçado delatores. A tentativa de ocultar provas ou coagir testemunhas é uma das razões previstas em lei para a decretação de prisão preventiva de um investigado

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presidente da Câ-mara, Eduardo Cunha, criou três novas comissões parlamentares de inquérito (CPIs): a primeira delas irá investigar emprés-

timos do Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES); a segunda vai apurar maus-tratos contra animais; e a terceira investigará crimes cibernéticos no País. O presidente também autorizou a criação de uma quarta CPI, destinada a apurar supostas irregularidades nos fundos de pensão das estatais, o que só deverá ocorrer no dia 7 de agosto, quan-

do se encerrará a CPI do Sistema Car-cerário. Apenas cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo. Além dessas quatro, já está em funcionamento a CPI da Pe-trobras. Os líderes partidários terão 48 horas para indicar os membros das comissões. Após esse prazo, o presidente da Câma-ra poderá indicar os membros de ofício. O prazo se encerra na terça-feira (21).Outras três CPIs que tinham sido apre-sentadas antes da dos fundos de pensão, última autorizada, foram rejeitadas por falta de fato determinado. Uma queria investigar as operadoras de telefonia por possível lucro indevido; outra buscava analisar as causas do desabastecimento

de água no Sudeste; e a última, investi-gar denúncias no atendimento de mulhe-res em situação de violência.

CPI do BNDESO pedido de criação dessa CPI, feito pe-lo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), requer a investigação de empréstimos considerados suspeitos pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, concedi-dos tanto a empresas de fachada como a empreiteiras investigadas. Para as no-ve empreiteiras citadas na operação, o BNDES concedeu, entre 2003 e 2014, financiamentos de R$ 2,4 bilhões.O requerimento também pede a apura-ção de empréstimos classificados como secretos.

O país das CPIs agora tem mais quatro criadas por Cunha

A cartada

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Educação

lém das aulas de inglês, futebol, natação, piano, canto e dança, os pais também estão incluindo na agenda sema-

nal dos filhos as sessões de coaching para desenvolver habilidades sociais e de aprendizado. O treinamento - que nasceu no meio empresarial para melhorar o desempenho de fun-cionários e gestores - já tem versões até mesmo para crianças de 2 anos.A pedagoga Cintia Bozza, de 44 anos, procurava um “estímulo maior” para os filhos Eduardo, de 7 anos, e Maria Eduarda, de 5. Por

isso, ela os matriculou há dois anos no curso de coaching da Fastrackids, empresa com método educacional criado nos Estados Unidos e que tem dez franquias no Brasil.“A mudança maior foi com o Eduar-do, que era mais tímido, e começou a ter espírito de liderança e se posi-cionar mais. A Maria (à época com 3 anos) desde bem pequenininha já se mostrava como líder”, contou Cíntia.Liderança, confiança e pensamento crítico são parte do currículo da em-presa, que tem um programa de dois anos para crianças de 2 a 8 anos. “A gente trabalha com essa idade por ser a principal janela de oportunidade ce-rebral. Por isso, temos um currículo

superior ao das escolas, com aulas de astronomia, economia. Porque é pre-ciso tirar a criança da zona de conforto para promover um maior desenvolvi-mento cerebral”, diz Ana Paula Har-ley, franqueadora master da rede no Brasil.Com mensalidades de aproxima-damente R$ 210, o programa ofer-ece, em geral, uma aula por sema-na. Segundo Ana Paula, a rede já tem cerca de 3 mil alunos no País.Cintia, que também tem uma filha de 26 anos, disse que Eduardo e Maria Eduarda já mostram uma independência maior do que a irmã mais velha, que não teve a orientação.

Coaching para crianças de apenas dois anos

O treinamento nasceu no meio empresarial para melhorar o desempenho de funcionários e gestores

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eixar de forne-cer remédios à base de substân-cias derivadas da maconha é uma crueldade contra pacientes

que têm doenças crônicas. A opinião é do neurocientista Sidarta Ribeiro, um dos mais importantes pesquisadores da área, professor e diretor titular do Instituto do Cérebro da Universida-de Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Segundo ele, a maconha é utilizada em vários países para alívio

da dor e do sofrimento, mas no Brasil, o uso esbarra em falta de regulamen-tação e de conhecimento de órgãos de classe, que dificultam o tratamento.“Qual a justificativa para um pa-ciente com câncer terminal, que está morrendo de dor, não ser medicado? [Ao não aceitar o uso de remédios da planta] a medicina brasileira vai ficando para trás”, afirmou Ribeiro, na última quinta-feira (2), no Semi-nário Internacional Maconha: Usos, Políticas e Interfaces com a Saúde e Direitos, organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Esco-

la da Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj). O evento reuniu médicos, especialistas, juristas e associações de apoio à pesquisa e pacientes que fazem uso da maconha. Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) só permite a importação de uma única substância da maconha das mais de 80, o canabidiol, com base nos pedi-dos médicos. Dessa forma, restringe o uso da própria substância por não fazer controle de qualidade e por não regular a produção nacional, que po-deria baixar custos.

Brasil

Burocracia atrasa liberação de remédios à base de maconha

Atualmente a Anvisa só permite a importação de uma única substância da maconha

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A Comissão Nacional da Verdade vai disponibilizar todos os documen-tos que originaram o relatório final de investigação dos crimes cometi-dos pelo Estado durante a ditadura do regime militar brasileiro, de 1964 a 1985. Presencialmente estarão no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. Mas também serão digitalizados para a internet, a partir de agosto deste ano. O relatório final já encontra-se dis-ponível online, com 1100 documentos anexados. O arquivo concluiu que 377 agentes do Estado, muitos já mortos, atentaram contra direitos humanos, pela tortura, desaparecimento forçado e terrorismo. Apenas registrados nos livros pela Comissão, foram identi-ficados 434 cidadãos mortos ou desa-parecidos pelos regimes no período. Agora, não só a conclusão, mas todo o processo de pesquisa estará dis-ponível para a população. São docu-mentos que embasaram as investiga-ções e as decorrências (descrições, áudios, relatórios) das entrevistas e diligências realizadas pela CNV.

Bastidores da Comissão Nacional da Verdade serão publicados online

em aGOSTO

P r o c u r a d o r i a Geral da Repú-blica se prepara para denunciar em agosto a pri-meira leva de políticos acusa-dos no esquema

de corrupção da Petrobrás. Se-gundo informações ao menos cin-co processos estão praticamente prontos para ser apresentados ao Supremo Tribunal Federal. Dois de-les dizem repeito ao senador Fernan-do Collor (PTB) e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Tanto Collor quando Cunha foram citados em delações premiadas como destinarários de propinas a partir de negócios feitos entre empresários com ex-dirigentes da Petrobras. No caso do presidente da Câmara, um novo depoimento vazou na impren-

sa na semana passada, apontando que Cunha cobrou de Julio Camar-go - que representava a Samsung em um contrato bilionário com a estatal - cerca de 5 milhões de dólares em propina, em 2011, e disse que usaria o dinheiro em campanha eleitoral. “Procuradores cuidam de cada deta-lhe para evitar rejeições por parte do STF. Para eles, um ‘não’ do Supre-mo logo na largada enfraqueceria a Lava Jato”, escreveu o Painel. Por outro lado, “quem conversou com integrantes da força-tarefa aposta no pedido de arquivamen-to do caso que envolve o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG).” O ex-governador de Minas Ge-rais, sucessor de Aécio Neves, foi citado no depoimento de Jayme Careca, um dos entregadores de propina em dinheiro vivo a man-do do doleiro Alberto Youssef.

PGR vai denunciar Cunha e Collor ao Supremo em agosto

Cerco fechado

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Projeto proíbe a venda de carne previamente moída

Cerco

Câmara dos De-putados analisa o Projeto de Lei 699/15, do de-putado Rômulo Gouveia (PSD--PB), que pro-

íbe a venda direta ao consumidor de carne previamente moída. De acordo com a proposta, os estabelecimen-tos comerciais deverão moer a car-ne na hora da venda e na presença do consumidor, vedada a cobrança de acréscimo ou taxa. A proibição não se aplicará às carnes moídas in-dustrializadas, desde que vistoria-das por órgão competente e portan-

do os devidos selos de qualidade.“Com frequência a fiscalização detec-ta, em relação à carne moída, a mistu-ra de vários tipos de carnes, gordura, pelancas, o uso de carnes deterioradas, a adição de corantes para mascarar a aparência e a reembalagem de carnes com validade expirada”, justifica o au-tor. A ideia de Gouveia é “dar poder ao consumidor para verificar o controle da qualidade da carne que consome”.O descumprimento da medida su-jeitará os infratores às sanções pre-vistas na Lei6.437/77, que trata das infrações à legislação sanitária federal. As sanções vão desde ad-vertência e multa até suspensão de

vendas e cancelamento de autoriza-ção para funcionamento de empresa.Regulamentação atualO Ministério da Agricultura emitiu, em 2003, o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Carne Mo-ída de Bovino. Esse documento esti-pula, entre outros aspectos, que, após a moagem, a carne deverá ser subme-tida imediatamente ao congelamen-to, à temperatura máxima de -18ºC, ou ao resfriamento, à temperatura de 0ºC a 4ºC. A carne moída deverá ser embalada imediatamente após a moa-gem, devendo cada pacote do produto ter o peso máximo de 1 quilograma.Rômulo Gouveia observa que, como

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m pré-campanha à Presidência o governador de São Paulo, Geraldo Alck-min (PSDB), a c o m p a n h o u uma entrevista

coletiva convocada pela Secretaria de Segurança do Estado para divul-gar um balanço parcial sobre os ín-dices de criminalidade deste mês. Geralmente, a Pasta lança todos os dados numa só tacada. Mas desta vez, a estratégia foi antecipar apenas os dados positivos, como a redução de 18% dos casos de homicídio em julho. “Os outros índices, como la-trocínio (roubo seguido de morte), roubos em geral e estupro, só devem ser divulgados na próxima semana. Na tentativa de disputar novamen-

te a sucessão ao Palácio do Planalto, o tucano formou uma equipe para auxiliá-lo na elaboração de um dis-curso nacional e de um programa de governo para a disputa de 2018. Alckmin enfrentará uma dispu-ta interna no PSDB pela chapa para a próxima corrida eleitoral. Isso porque o candidato derrota na dis-puta contra Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves, não pretende abrir mão da vaga, principalmente com o recall de 51 milhões de votos vá-lidos - cerca de 3 milhões a menos que a presidente reeleita, apenas. Alckmin já deixou claro que deseja ser o candidato do PSDB à presidência. Mas terá que disputar essa indicação com Aécio. Vale lembrar que Alckmin já foi candidato a presidente em 2006. Ele foi o incrível cara que teve menos votos no segundo turno do que no

primeiro. É um nome conhecido na-cionalmente, mas sem carisma algum.

Histórico- Em março de 2006, re-nunciou ao governo paulista para concorrer à presidência na eleição do mesmo ano. Obteve 39,17% dos vo-tos no segundo turno, sendo derrota-do pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Em 2008, candidata-se a prefeitura de São Paulo, sendo no-vamente derrotado no primeiro turno. Em 2009, foi nomeado secretário de desenvolvimento do estado de São Paulo pelo governador José Serra.13 Foi eleito governador no primeiro turno da eleição de 2010, retornan-do ao Palácio dos Bandeirantes em janeiro de 2011. Em 2014, reelegeu--se governador no primeiro turno.Com um mandato previsto para encerrar em janeiro de 2019, Al-

A“pré-campanha” de Alckmin à Presidência

Antes do candidato petista, Alckmin terá que disputar a vaga com Aécio Neves, que vem com a bagagem de 51 milhões

de votos válidos na última eleição e parece que não pretender abrir mão da vaga no PSDB

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ckmin é o político que mais tempo comandou o governo de São Paulo desde a redemocratização do Brasil

Aécio ou Alckmin, quem é o melhor para o Brasil?O diretório paulista do PSDB lançou as bases para uma dis-puta interna no partido que deve durar os próximos dois anos. Neste período, os tuca-nos vão precisar decidir quem será seu candidato à presidên-cia da República em 2018. Os tucanos paulistas colo-caram oficialmente o nome

do governador de São Paulo Geraldo Alckmin na briga. Do outro lado está o candidato der-rotado nas eleições passadas, o senador mineiro Aécio Neves. Aécio perdeu a eleição de 2014

por muito pouco, deixando um sentimento de “quase” para os eleitores tucanos. A eleição ap-ertada assustou o PT, e é o prin-cipal capital político do senador.

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Tráfico de influência

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Servidores Estaduais ganham na justiça para rever seus direitos trabalhis-

ex-presidenciá-vel do PSB Mari-na Silva criticou, durante evento em São Paulo, a postura da par-cela da socieda-

de que culpa exclusivamente Dilma Rousseff pela corrupção. Segundo fontes, Marina destacou a importância de a população sair da posição de “es-pectadora da democracia” para ser au-tora do processo democrático. “Aqui no Brasil está todo mundo feliz de di-zer que a culpada pela corrupção é a Dilma. Quando a corrupção virar um

problema nosso, criaremos institui-ções para coibi-la”, disse a ex-ministra. Para Marina, “não é sustentável acharmos que a corrupção é o proble-ma de uma pessoa, de um grupo ou de um partido.” Ela argumentou que o Brasil só saiu da ditadura quando percebeu que era um problema que deveria ser debatido pela sociedade, e não apenas por militares. “Enquan-to a ditadura era um problema ape-nas dos militares, a coisa era feia.” Na visão da ex-petista, a crise po-lítica que o governo Dilma enfrenta hoje “é resultado do que é esse pre-sidencialismo que era de coalizão e

que, agora, virou um verdadeiro pre-sidencialismo de confusão”, disparou. “A composição do governo, com raras exceções, tanto para a for-mação dos ministérios quanto para constituir maioria no Congresso não é feita em cima de um programa e, ao não ser feito em cima de um pro-grama, mas da distribuição de peda-ços do Estado para atender interes-ses de grupos ou indivíduos, dá no que está dando agora”, acrescentou. Por fim, Marina disse que é na-tural que a popularidade de Dil-ma esteja em baixa e que ela tenha dificuldade de encontrar apoio.

Marina diz queDilma não é a única culpada

pela corrupção

nContradição

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Vem aí o eletrolão, nos próximos capítulos de Dilmano poder

Escândalo

PT está conse-guindo destruir as principais es-tatais brasileiras, além de ter cria-do novas empre-sas que custarão

caro aos pagadores de impostos. Os casos mais evidentes de destruição são Petrobras e Eletrobras, mas o Ban-co do Brasil e a Caixa guardam um potencial rombo que poderá emergir em forma de inadimplência maior à frente, principalmente se a taxa de de-semprego aumentar – o que é prová-

vel com essa estagnação econômica. Além de ambas as maiores estatais serem usadas como política eleito-reira e instrumentos da “contabilida-de criativa” do governo, uma acaba acumulando dívidas enormes com a outra. A Petrobras Distribuidora (BR) já possui mais de R$ 7 bilhões em créditos diretos com a Eletrobras, segundo o diretor financeiro Almir Barbassa. Dizer que Dilma vive seu inferno astral não é o mais adequado, pois o termo remete aos astros, e os problemas de Dilma foram quase to-dos plantados pela própria presidente.

Mas a expressão captura uma coisa verdadeira: Dilma enfrenta sua pior fase no poder, envolta em escândalos que se aproximam cada vez mais do Planalto com problemas no TCU por suas “pedaladas fiscais” que ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem apoio no Congresso e rejeitada por quase toda a população brasileira. Como se tudo isso não bastasse, temos agora o surgimento do “eletro-lão”, após o mensalão e o petrolão. A estatal do setor elétrico também teria abastecido os cofres da campanha de Dilma com propinas. Segundo a dela-

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ção premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, a negociação do contrato de construção da Usina de Angra 3 serviu para que Valter Luiz Cardeal, diretor da Eletrobras que tem livre acesso ao gabinete da presidente, cobrasse do consórcio de construtoras “doação” à campanha petista do ano passado.Para piorar o quadro, do ponto de vista do PT, naturalmente, a presi-dente Dilma reage a tudo isso de forma intempestiva, isolada e arro-gante. Falta ao PT o mínimo de co-ordenação na defesa, e falta à pre-sidente que possui míseros 9% de

aprovação o mínimo de humildade para colocar os pés no chão e dialo-gar com sua base “aliada” e também a oposição. Dilma prefere chamar de golpistas aqueles que desejam aplicar as leis e repete que não vai cair, em vez de tentar articular de forma mais inteligente com o próprio PMDB. O Brasil agradece a falta de tarim-ba da presidente. Por mais traumáti-co que seja um processo de impea-chment, como tem feito questão de lembrar o ex-presidente Fernando Henrique, o fato é que o povo não aguenta mais o governo petista. Não

há chance, também, de a crise eco-nômica aliviar enquanto o PT estiver no poder. Os petistas simplesmen-te não têm condições, capacidade e desejo de reverter de verdade os rumos da economia. Eles acreditam na nova matriz macroeconômica! Juntando tudo no liquidificador, au-mentam muito as chances de Dilma não completar seu segundo mandato. Já há banqueiro afoito fazendo planos para os próximos anos sem o PT no governo, e gente do PMDB também afoita e avaliando qual seria o ministé-rio de Michel Temer como presidente.

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Tucanos criticam revisão da meta fiscal anunciada pelo governo federal

governo federal anunciou,no dia 22 de julho por meio da equipe econômica, a decisão de re-ver a meta fiscal para pagar os ju-

ros da dívida, bem como a previsão de novo corte de gastos. Segundo fontes, o superávit pri-mário foi revisto para R$ 8,7547 bi em 2015, o equivalente a 0,15% do PIB, ante previsão anterior de R$ 66,3 bilhões (1,19% do PIB). “ O corte adicional de R$ 8,6 bi-lhões no orçamento deste ano totali-

zará um contingenciamento acumu-lado de R$ 79,4 bilhões nos gastos. A mudança da meta se deve, se-gundo os ministros, a uma queda na previsão de receita. A previsão de receita líquida total foi reduzida em R$ 46,7 bilhões, para R$ 1,112 trilhão. “Significa que o ajuste fiscal pro-posto desde o início do ano não deu certo, foi um remendo; e que ajuste fiscal e remendos não resolvem os graves e profundos problemas do governo e da economia brasileira”, avalia o deputado federal Luiz Car-los Hauly (PSDB-PR).Para o tucano, “o rating do Brasil

cairá. A comunidade internacional hoje está resistente. O mercado mundial já se recuperou e o país vai decrescer 1.7% contra 3% do cres-cimento mundial.”Rodrigo de Castro (PSDB-MG) completa: “ A cada mês o governo recua e deixa a população desam-parada. Trata-se da constatação de que ele não cumpre suas palavras e promessas.”O deputado mineiro resume: “Nes-se momento, mais uma vez, o PT e a presidente Dilma dão mostra do es-telionato que praticam contra os bra-sileiros. Lançam planos e metas mira-bolantes e quem perde é a população.”

Cerco

O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) critica mais uma vez o governo Dilma

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Redução da maioridade penal deve ser votada em agosto

Plenário da Câ-mara dos Depu-tados deve votar em agosto, em segundo turno, a proposta de emenda à Cons-

tituição (PEC 171/93) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos – como estupro e latrocínio – e também para homicídio doloso e lesão corpo-ral seguida de morte.O texto foi aprovado em primeiro tur-no no início de julho. Com 323 votos favoráveis e 155 contrários, o Plenário aprovou uma proposta um pouco mais branda do que a que havia sido rejei-tada um dia antes, por não ter atingido número suficiente de votos. A matéria aprovada foi uma emenda apresentada pelos deputados Rogé-

nPolêmica

rio Rosso (PSD-DF) e Andre Moura (PSC-SE). Esse texto excluiu da pro-posta inicialmente rejeitada os crimes de tráfico de drogas, tortura, terro-rismo, lesão corporal grave e roubo qualificado entre aqueles que justifi-cariam a redução da maioridade.Pela emenda aprovada, os jovens de 16 e 17 anos deverão cumprir a pena

em estabelecimento separado dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e dos maiores de 18 anos.Contrários à propostaParlamentares contrários à redução criticaram a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de votar o novo texto.

Adolescentes com futuro ameaçadoDono da sétima população jovem do mundo, o Brasil abriga cerca de 51 milhões de meninos e meninas que deveriam ser capazes de trans-formar o presente e o futuro. Parte deles, porém, terá a vida ceifada por problemas relacionados ao ál-cool, sobretudo a violência. “Não é estratégico para uma nação perder jovens por causas evitáveis”O primeiro porre nunca se esquece. E, em muitos lares, é a própria fa-

mília quem incentiva a embriaguez precoce, como algo lúdico e festi-vo. Dar PT — abreviação de perda total —, como os jovens gostam de dizer, costuma servir de marco para a entrada na vida adulta: um ritual cada vez mais antecipado no Brasil, onde o consumo do álcool começa entre os 11 e 13 anos. Inicialmente despreten-siosos, os repetidos goles têm ajudado a matar a força produtiva do país.No mundo, o álcool provoca a mor-

te de 320 mil jovens por ano, segun-do a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, homens entre os 15 e 29 anos, justamente a faixa etária que mais consome álcool, lideram o ranking de vítimas de causas violen-tas, tantas vezes potencializadas pelo uso da bebida. “É uma realidade as-sustadora”, constata a diretora de Vigilância e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Mal-ta.

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n Álcool

Os prós e contra da aprovação da lei ainda em debate

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Câmara dos De-putados analisa o Projeto de Lei 42/15, apresenta-do pelo deputado Sergio Vidigal (PDT-ES), que determina o fun-

cionamento 24 horas por dia, sete dias por semana, das delegacias de polícia especializadas no atendimento à mu-lher. Hoje, o horário de funcionamento depende das secretarias de Segurança de cada estado. A medida estava prevista no Projeto de Lei 3901/08, da ex-deputada Sueli Vidigal (ES), esposa de Sérgio, mas foi arquivado com o fim da última legis-latura. Segundo a justificativa do projeto, uma mulher é vítima de violência a ca-da 15 segundos no Brasil. Na maioria

dos casos, o agressor é o próprio cônju-ge ou companheiro, mas é baixíssima a quantidade de mulheres que denun-ciam as agressões.“Faz-se necessário, portanto, oferecer serviços ininterruptos de atenção à mulher vitimada, de forma a demons-trar que esse tipo de violência não se-rá mais tolerado e que se constitui em atentado aos direitos humanos e obstá-culo ao desenvolvimento e à consoli-dação plena da democracia brasileira”, diz o texto.

Central de AtendimentoAtualmente, a Central de Atendimento à Mulher (telefone 180) funciona inin-terruptamente. De qualquer telefone (público, fixo ou celular), a qualquer hora e de qualquer lugar do País, é pos-sível ligar para pedir ajuda ou denun-ciar atos de violência.

TramitaçãoO projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Segu-ridade Social e Família; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organi-zado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Proposta exige que delegacias da mulher funcionem 24 horas por dia

nPDT

A medida estava prevista no Projeto de Lei 3901/08, da ex-deputada Sueli Vidigal

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Crise Internacional

incompetência, a arrogância e a corrupção es-magaram a magia brasileira”. É as-sim, sem meias palavras, que o

jornal britânico Financial Times começa uma dura análise sobre a condição atual do Brasil. O problema: o pior ainda está por vir, nas palavras da publicação. Com o título “Recessão e corrup-ção: a crescente podridão no Brasil”, o texto publicado nesta quarta-feira destaca os fatores que levaram o Brasil

a virar “um filme de terror sem fim”. O primeiro deles é o método de-sastroso que perseguiu as decisões econômicas do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, que, nas palavras do jornal, manipulava a econo-mia com sua “nova matriz econômica”. Para reparar os erros do passado, o governo Dilma tem adotado medidas corretivas “dolorosas, mas necessárias” que como efeito têm reduzido os salári-os reais, “cortado empregos e esmaga-do a confiança nos negócios”, além de levado a petista a um pífio desempen-ho nas sondagens de opinião pública.

Mas, para a publicação, o que mais pesa na atual delicada situação do Brasil é o escândalo de corrupção na Petrobras. “A senhora Rousseff enfrenta acusações de que sua gestão quebrou regras de finan-ciamento de campanha e que maquiou as contas do governo; ambas [acusações] são suficientes para um impeachment”. O Financial Times pondera que, pelo menos por enquanto, os políticos pref-erem que Dilma se mantenha no poder e ganhe o crédito pelos problemas do país. “Mas este cálculo pode mudar ao passo que eles precisarem sal-var a própria pele”, diz o texto.

Brasil virou filme de terror sem fim, diz Financial Times

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Análise do Brasil no exterior critica governo Dilma

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