28
r abril 2013 Especial Correntes d’Escritas 2013 Ecos, sentimentos e olhares A Nossa Horta Sementes de vida e esperança Póvoa de Varzim Município amigo das pessoas

Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista Trimestral da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim

Citation preview

Page 1: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

rabril 2013

Especial Correntes d’Escritas 2013

Ecos, sentimentos e olhares

A Nossa HortaSementes de vida

e esperança

póvoa de Varzim

Município amigo das pessoas

Page 2: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013
Page 3: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Póvoa de VarzimMunicípio amigo das pessoas

Crê que esta campanha marca a entrada num novo paradigma de gestão autárquica na Póvoa de Varzim?Este é, sem sombra de dúvida, um conjunto de medidas para aliviar a situação em que as famílias se en-contram. Nesse sentido, tivemos que fazer uma série de opções, cor-tando alguns investimentos, fazer uma espécie de paragem, criar uma

certa almofada financeira em be-nefício das pessoas. Fruto das me-didas excecionais que o país está a viver, e dada a nossa relação de proximidade com os munícipes, en-tendemos que este era o ano para desenvolvermos uma nova dinâmi-ca autárquica.

As medidas têm como consequên-cia a não entrada nos cofres do

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim lançou a campanha “Município amigo das

pessoas!”, corporizada numa série de medidas como a diminuição de impostos e de taxas

municipais, isenção da derrama, congelamento dos preços da água e mais apoio social.

O Vice-Presidente do município, Aires Pereira, explica-nos nesta entrevista como se

aplicam estas medidas e os objetivos que com elas se pretendem alcançar, num contexto

de grave crise económica nacional, a que a Póvoa de Varzim não é alheia.

abril 1

município de cerca de 32 400 eu-ros anuais. Haverá um grande im-pacto no orçamento?Estas medidas só se tornam possí-veis graças ao equilíbrio que as con-tas do município apresentam. A mé-dio e longo prazo, temos uma dívida de cerca de 20 milhões de euros, o que é perfeitamente enquadrável na capacidade de investimento do mu-nicípio. Isto traduzir-se-á em cerca

Page 4: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

de 600 mil euros anuais de amorti-zação e juros nos próximos 15 anos. Assim, torna-se possível a diminui-ção de receitas próprias fazendo com que esse benefício derive dire-tamente para o bolso das pessoas. Por isso, fizemos a redução do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) – este ano, para os prédios não avalia-dos após 2005 houve um novo pro-cesso de avaliação, mas mesmo nos que foram avaliados depois de 2005, entendemos fazer a redução, indo para o mínimo de 0,3. Isto traduz-se em cerca de 40% relativamente ao que foi cobrado no ano anterior. Decidimos também, dentro daquilo que é o valor arrecadado pelo muni-cípio em sede de IRS (Imposto sobre Rendimento das Pessoas Singulares), reduzir 1% e ainda que, no ano em curso, não haverá qualquer aumento das tarifas de água e saneamento. A Câmara Municipal irá assumir os 9% que a empresa Águas do Noroeste, nosso fornecedor, nos vai impor.Recebemos críticas quando inici-ámos estas medidas, dizendo que estas iriam ser aplicadas apenas este ano, mas não: o compromis-

so é de que, enquanto se mantiver esta situação no país e as famílias da Póvoa de Varzim não virem os seus rendimentos aumentar, iremos continuar a aplicar as medidas.

Aos particulares serão esses os grandes apoios, mas haverá ainda outra forma de auxílio social que é nos descontos na fatura da água concedidos às Instituições de So-lidariedade Social?Sim, no que respeita ao tarifário da água, decidimos incluir uma altera-ção para as instituições que pros-seguem fins de interesse público fazendo com que tenham acesso ao dito tarifário social, em que pagam cerca de 50% daquilo que pagavam enquanto uso não doméstico. Estão abrangidas quer as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), quer as associações de caráter cul-tural com quem a autarquia tem con-trato de fornecimento de água.

Os apoios estendem-se ainda às empresas, com a isenção da taxa de derrama sendo que o muni-cípio não cobra o IRC (Imposto

sobre Rendimento das Pessoas Coletivas)?De facto, não vamos aplicar derra-ma no ano em curso por forma as empresas verem a atratividade que tem a Póvoa de Varzim nesta altura. Também tomámos medidas relativa-mente aos comerciantes sediados no mercado municipal, em espaços arrendados pelo município, com a redução de 30% nas rendas.Também isentámos o comércio tra-dicional de taxas de publicidade na-quilo que são as renovações. Isto é, os comerciantes só licenciam uma vez e depois não têm que pagar mais a publicidade.Temos que ser sensíveis ao momen-to em que vivemos, abdicamos de um conjunto substancial de verbas em favor das pessoas para que não haja dúvidas de que, atualmente, somos um município amigo das pessoas.

Estes incentivos podem captar novos negócios e investimentos para o concelho?Foi com esse propósito que lançá-mos esta campanha, queremos dar

“ Também tomámos medidas relativamen-te aos comerciantes sediados no mercado municipal, em espaços arrendados pelo muni-cípio, com a redução de 30% nas rendas.

2 revista

Page 5: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

a conhecer que, na Póvoa de Var-zim, os impostos estão mais baixos e isso poderá traduzir-se na vinda de empresas para cá, pois as pesso-as têm menos impostos a pagar do que noutros concelhos, alguns mes-mo nossos vizinhos. Sabemos que os empresários deixaram de ter ca-pacidade de intervenção financeira, pelo que, felizmente, como a Câma-ra da Póvoa de Varzim tem uma si-tuação bastante equilibrada, torna-se possível tomar estas medidas de apoio. Até porque temos ainda em nosso poder um ativo importante que é a rede de água e saneamento e, por essa razão, podemos intervir nas tarifas.

Como responde às críticas de que poucos terão aderidos às tarifas sociais da água, tudo porque a Câ-mara pretenderia devassar a vida privada das famílias?A tarifa social tem um conjunto de regras que estão definidas e que são para se cumprir. Não queremos que haja pessoas a fazer aproveitamento abusivo desta medida. Há reforma-dos estrangeiros que aqui residem

ou profissionais liberais que têm declarações de rendimentos muito baixos, mas que depois da marcação de uma visita às casas para fiscali-zar os rendimentos, se verificou que não preenchiam minimamente os parâmetros do tarifário social, aliás, alguns viviam mesmo em condomí-nios bastante desafogados.Por outro lado, todas as pesso-as que têm uma real necessidade deste apoio não deixaram de ser abrangidas pelo tarifário social. Nesta altura, estão abrangidos 2 000 consumidores, sendo que estes não pagam taxas fixas e pagam a água ao escalão mais baixo, o que dá uma redução de cerca de 50% na fatura.

Pensa que com as medidas da campanha “Município amigo das pessoas!” a Póvoa de Varzim po-derá ser nos próximos tempos um concelho socialmente equilibra-do, sem graves casos de flagelo social?É esse o nosso grande desafio e ao tomarmos estas medidas preten-demos que a Póvoa de Varzim seja

um concelho mais equilibrado. Para além disso, entendemos reforçar as verbas para a área social para acudirmos a algumas situações de emergência. Felizmente, o municí-pio está bem servido de instituições que estão próximas dos cidadãos prestando um serviço inestimável, pois estão no terreno e têm outra agilidade na perceção de quem precisa de ajuda. O nosso papel é apoiar estas instituições a fazerem esse trabalho e temos com elas uma ligação muito direta para evitar ca-sos de flagelo social. Ainda recen-temente aprovámos o reforço das verbas a atribuir à Beneficente por força do aumento da população que lá vai receber alimentação.

“ O município está bem servido de ins-tituições que estão próximas dos cidadãos prestando um serviço inestimável, (...) O nosso papel é apoiar estas instituições (...) temos com elas uma ligação muito direta para evitar casos de flagelo social.

abril 3

Page 6: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

A nossa HortaSementes de vida e esperança

Pretende-se abrir aqui um mun-do diferente de contato com a natureza?Sim, o projeto ‘A Nossa Horta’ pre-tende ser uma resposta a um con-junto de solicitações que nos foram fazendo no sentido de saber se a Câmara tinha disponibilidade para que as pessoas pudessem ter um pequeno talhão para a produção de produtos hortícolas. Temos na zona do Parque da Cidade, a poente do

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim aprovou a implementação de ‘A Nossa Hor-

ta’, uma horta comunitária e urbana, localizada no Parque da Cidade, e que pretende

incentivar a agricultura sustentável e a promoção da alimentação saudável num refor-

ço do apoio à economia familiar e à melhoria do bem-estar dos utilizadores.

O vereador com o pelouro do Ambiente, Aires Pereira, é o autor da proposta aprova-

da em reunião do executivo de 18 de Março de 2013.

Estádio Municipal, um grande terre-no abandonado, para o qual não se prevê qualquer tipo de investimento nos próximos anos, portanto, resol-vemos fazer um regulamento que permita que as pessoas possam con-correr a esses talhões de 50 metros quadrados cada, de forma a terem um espaço onde possam produzir al-guns produtos para uso doméstico. Estamos na cidade, há muita gente que se limita a viver numa área de

apartamento, tendo surgido muitos pedidos para a horta comunitária, naturalmente, instalando-se ali as pessoas a nível precário, porque será feito um contrato onde isto fi-cará escrito sem ter qualquer tipo de oneração para os interessados. Mas convém que as regras fiquem escritas para que, no futuro, quando o município precisar daquilo, não te-nha qualquer problema.São perto de 15 mil metros quadra-

4 revista

Page 7: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

dos que nesta altura estão disponibi-lizados, o que dará para cerca de 100 utilizadores. Dependendo do número de solicitações, haverá possibilidade de expansão.

A formação a ministrar pela Hor-pozim será importante para orien-tar algumas pessoas nos primeiros tempos?Há muita gente que, para além do vaso em casa, outros nem isso, nun-ca tiveram nenhuma cultura na terra. Para que as pessoas não estejam a gastar dinheiro e depois percam as culturas, serão dadas noções bási-cas de como tratar a terra, de como se planta e de como se rega. Alguns terão estes conhecimentos, mas ou-tros serão meros urbanos como eu e terão algumas dificuldades.

‘A Nossa Horta’ terá alguma cara-terística ecológica?Haverá um conjunto de regras para a utilização do espaço até para que

o que cada um faz no seu talhão não prejudique a cultura do vizinho. Desde logo, será vedado o uso de pesticidas e produtos químicos para que não haja um desvio do objetivo principal: não diria uma agricultura biológica no verdadeiro sentido do termo, mas em que se utilizem pro-dutos tradicionais, tal como era ha-bitual aqui na região.

‘A Nossa Horta’ terá utilizadores que procuram minimizar os efeitos da crise, outros que pretendem uma alimentação mais saudável, mas ha-verá ainda outros que têm um pro-pósito lúdico ou terapêutico?Há pessoas que têm tempo livre e pretendem juntar o útil ao agradável, mantendo o contato com a natureza, vendo depois com satisfação o re-sultado daquilo que estão a produzir. Há gente que, naturalmente, também por necessidade o irá fazer. No fun-do, é todo este conjunto de pessoas que pretendemos acolher no novo

espaço, que julgamos será muito útil para quem pretender concorrer.

Os utilizadores também podem confiar na segurança de ‘A Nossa Horta’? Não poderemos dar total garantia, até os agricultores sofrem roubos, mas é certo que temos vigilância naquele espaço, tal como na área do Parque da Cidade. Naturalmente, que, como diz o povo, os nossos vi-gilantes irão dar “um olhinho” àque-la área para evitar vandalismo. Por outro lado, como a horta comu-nitária terá 100 utilizadores haverá sempre gente em permanência a tra-balhar, o que dará a segurança natu-ral durante o dia. À noite, os nossos vigilantes que zelam pelo Parque e pelo Estádio também estarão aten-tos evitando, dentro do que for pos-sível, que haja roubos ou danos na horta urbana.

abril 5

A nossa HortaSementes de vida e esperança

Pretende-se abrir aqui um mun-do diferente de contato com a natureza?Sim, o projeto ‘A Nossa Horta’ pre-tende ser uma resposta a um con-junto de solicitações que nos foram fazendo no sentido de saber se a Câmara tinha disponibilidade para que as pessoas pudessem ter um pequeno talhão para a produção de produtos hortícolas. Temos na zona do Parque da Cidade, a poente do

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim aprovou a implementação de ‘A Nossa Hor-

ta’, uma horta comunitária e urbana, localizada no Parque da Cidade, e que pretende

incentivar a agricultura sustentável e a promoção da alimentação saudável num refor-

ço do apoio à economia familiar e à melhoria do bem-estar dos utilizadores.

O vereador com o pelouro do Ambiente, Aires Pereira, é o autor da proposta aprova-

da em reunião do executivo de 18 de Março de 2013.

Estádio Municipal, um grande terre-no abandonado, para o qual não se prevê qualquer tipo de investimento nos próximos anos, portanto, resol-vemos fazer um regulamento que permita que as pessoas possam con-correr a esses talhões de 50 metros quadrados cada, de forma a terem um espaço onde possam produzir al-guns produtos para uso doméstico. Estamos na cidade, há muita gente que se limita a viver numa área de

apartamento, tendo surgido muitos pedidos para a horta comunitária, naturalmente, instalando-se ali as pessoas a nível precário, porque será feito um contrato onde isto fi-cará escrito sem ter qualquer tipo de oneração para os interessados. Mas convém que as regras fiquem escritas para que, no futuro, quando o município precisar daquilo, não te-nha qualquer problema.São perto de 15 mil metros quadra-

4 revista

Page 8: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Participaram, também, desta reunião, Carlos Lino, Presidente da Associação dos Horticultores da Póvoa de Varzim (Horpozim), e Afonso Oliveira, Depu-tado poveiro do PSD na Assembleia da República.O Governo mostrou-se, uma vez mais, disposto a ajudar os horticulto-res do concelho da Póvoa de Varzim que viram as suas estufas destruídas pelo mau tempo. Em janeiro, o ven-to e a chuva forte causaram preju-ízos estimados em cerca de cinco milhões de euros e, na ocasião, em visita ao local, Assunção Cristas pro-meteu apoios ao abrigo do PRODER para os horticultores afetados. A Horpozim pediu, agora, ao Secretá-rio de Estado da Agricultura um refor-ço no apoio financeiro, uma vez que o mau tempo voltou a causar estragos no concelho no mês de março.Aires Pereira revelou que, neste

encontro com o representante do Governo, questionou a possibilidade de ser estudada a isenção do paga-mento de contribuições à Segurança Social por parte dos agricultores que foram afetados, acrescentando que o Secretário de Estado manifestou bastante abertura para o assunto. Na opinião do autarca poveiro, “isso pode vir a resolver um problema, uma vez que as pessoas estão im-possibilitadas de produzir e têm que continuar a manter a sua situação com a Segurança Social em dia, porque precisam das certidões para poderem fazer as candidaturas e de-pois receberem o dinheiro”. Neste sentido, esclareceu que “o que está aqui em causa é isentar todos os agricultores dessa contribuição”.Assim sendo, José Diogo Albuquerque comprometeu-se a colocar esta pos-sibilidade à consideração do Secre-

tário de Estado da Segurança Social. Para Aires Pereira, a resposta a este pedido é muito importante para os horticultores sendo que, nesta fase, estão sem receber qualquer tipo de ajuda, sem produzir e ainda têm que ir adquirindo os materiais para faze-rem a recuperação das suas estufas.Nesta reunião, o Vice-Presidente for-neceu, ainda, ao Secretário de Estado o levantamento dos estragos do últi-mo tornado (9 março) que afetou ca-sas em Aver-o-Mar e um conjunto de estufas. Foi entregue um documento com o montante dos prejuízos e a identificação de todos os agricultores afetados, à semelhança do que já ti-nha sido feito para os atingidos pelo temporal de 19 de janeiro.Em jeito de balanço, Aires Pereira disse que “a reunião correu bem. Agora, esperemos que rapidamente se obtenham os resultados”.

Aires Pereira, Vice-Presi-

dente e Vereador do Pe-

louro da Proteção Civil da

Câmara Municipal da Póvoa

de Varzim, foi recebido, no

passado dia 26 de março,

pelo Secretário de Estado

da Agricultura, José Diogo

Albuquerque, com o obje-

tivo de ajudar os horticul-

tores poveiros vítimas das

intempéries.

Município empenhado em ajudar horticultores vítimas do mau tempo

6 revista

Page 9: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Um dia no Parque

“Um dia no Parque”, que este ano, na realidade, serão três dias. Esta é a grande novidade da edição de 2013: três dias de animação no Parque da Cidade. De 8 a 10 de junho, “Um dia no Par-que” trará, àquele que é um dos mais belos locais do concelho, gar-galhadas, alegria e muita vida. Não fique em casa! Entre as 10h00 e as 19h00 dos três dias, associações, empresas e aca-demias locais – sempre com o es-pírito de entreajuda, que já carac-teriza este evento – irão apresentar espetáculos de dança e de música, aulas de ginástica e tantas, mas tan-tas outras atividades organizadas ao pormenor e que temos a certeza se

arrependerá se não participar neste evento único na Póvoa de Varzim. Os famosos insufláveis também não irão faltar. Afinal, é aqui que as crian-ças mais gostam de passar o tempo. Pulando ou escorregando a palavra de ordem é diversão. A solidariedade é, sem dúvida, um dos motores do evento. Por isso, será organizada uma mostra de as-sociações, onde vão poder apresen-tar os seus produtos, colher alguns apoios e fazer alguma receita para o trabalho que vão realizar ao longo do ano. “Face aos momentos difíceis que o país atravessa, as palavras as-sociativismo e solidariedade têm um peso e uma força maiores do que em anos anteriores”, explicou Aires Pe-

Divirta-se no Parque da Cidade. Usufrua do espaço que é seu e conviva

com milhares de pessoas durante três dias de grande animação. O cená-

rio garante beleza e tranquilidade natural.

reira, Vice-Presidente e Vereador do Pelouro do Desporto da Câmara Mu-nicipal da Póvoa de Varzim, na apre-sentação de “Um dia no Parque” em 2012. Para a recolha de fundos, cada associação irá ter à venda a sua es-pecialidade gastronómica deixando o convite para que a comunidade faça o seu pequeno-almoço, almoço ou lanche com as associações, no Parque da Cidade, tornando a sua refeição num ato solidário.O convite está feito. Não aceitamos o não como resposta.“Um dia no Parque” é organizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, um trabalho conjunto entre os vários pelouros.

abril 7

Page 10: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Nova fatura da água reforça relação de confiança com munícipes

Aires Pereira, Vice-Presidente da Câ-mara Municipal, diz que os consumi-dores passam a ter mais dados para saber o que estão a pagar. O autarca explicou que “existe um gráfico de barras com aquilo que é o consumo de todos os meses. Dos consumidores que têm contador no exterior a que os leitores do Município têm acesso, são feitas cerca de 87% de leituras reais e, deste modo, as pes-soas ficam a saber exatamente qual é o consumo de cada mês e o que vão ter de pagar no mês seguinte em fun-ção daquilo que são os resultados da leitura real desses consumos”.Aires Pereira considera fundamental o esclarecimento do consumidor, re-ferindo que “este serviço de água, prestado pelo Município, é um ser-viço que tem rosto, onde as pessoas se podem dirigir”.Os cortes no abastecimento suce-dem com mais frequência aos con-

O Município da Póvoa

de Varzim modernizou a

fatura da água que envia,

mensalmente, aos consu-

midores para, entre outras

situações, melhorar a

informação dos gastos e

simplificar o pagamento

de débitos em atraso que

podiam suscitar os cortes

do abastecimento.

sumidores que não residem na Pó-voa ou àqueles que se esquecem de pagar um débito em atraso. Os pagamentos em atraso deixam de obrigar a uma deslocação à Loja do Ambiente, podendo ser feitos nos multibancos, nas estações dos CTT, nas lojas Payshop e por débito direto. Se já tiver passado o prazo, os juros de mora serão debitados na fatura do mês seguinte. Há também espaços com a indicação da última leitura real. O Vice-Presidente revelou que “te-mos vindo a aperfeiçoar a nossa fatura, de modo a torná-la o mais transparente possível para toda a gente perceber o que paga. Espe-ramos que esta nova fatura, inova-dora, sob o ponto de vista do que, é a relação entre o Município e os seus clientes, do setor da água, seja do agrado dos nossos munícipes de modo a estabelecermos uma relação de confiança”, transmitiu.

Desde o passado mês de março, chega à casa dos consumidores de água do concelho uma fatura mais detalhada e que altera algumas im-posições no pagamento.Neste sentido, procura-se uma maior clareza na transmissão da informação ao consumidor, forne-cendo dados mais detalhados dos valores, por cada serviço prestado e respetivo IVA.Para além disso, consta do modelo adotado informação do consumo médio dos últimos 12 meses e um histórico de faturação que permite ao consumidor visualizar os consumos faturados nos últimos 12 meses.No portal municipal, pode visualizar ou descarregar um ficheiro com a explicação pormenorizada de todos os campos que constam da fatura. Consulte em www.cm-pvarzim.pt. Seja um cidadão esclarecido e infor-mado. O Município colabora.

8 revista

Page 11: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Investimento na formação

O Auditório Municipal esteve repleto para ouvir Jorge Sequeira, da Team Building – Formação e Gestão Com-portamental. A palestra teve como tema principal “Resiliência: vencer a adversidade” e foi organizada pelo Gabinete de Formação da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Aires Pereira, Vice-Presidente da au-tarquia, afirmou que “neste período difícil da vida portuguesa, ser resi-liente é um fator de grande impor-tância no nosso dia-a-dia”. Por isso, o município convidou Jorge Sequeira para que “nesta fase complicada do país, saibamos que a resiliência pode ser o sentimento que faça a grande diferença”. O palestrante começou por dizer que “a resiliência é a característica mais

A Câmara Municipal tem investido na formação dos seus munícipes. São

várias as ações pensadas para dotar os poveiros de ferramentas que os

distingam no mercado de trabalho.

importante que devemos ter perante a vida. Resiliência é uma palavra mo-derna que consiste na forma como encaramos a adversidade, o choque, que mostra a nossa resistência”.“Há alguns anos, os profissionais eram escolhidos mediante as suas capacidades técnicas. Hoje, as soft skills, atitude positiva, autoconfian-ça, competências comunicacionais e capacidade de trabalhar em equi-pa, são algumas das características fundamentais para o sucesso de uma equipa. A resiliência é certamente uma destas características”, subli-nhou o convidado.“Há estratégias para que as pesso-as aprendam estas competências comportamentais. As boas escolas do mundo já têm nos seus progra-

mas disciplinas que visam dotar os alunos com estas competências. A vida é feita de picos e vales. O modo como lidamos com o vale determi-na a rapidez com que voltamos ao pico”, explicou.As formações irão continuar. No dia 23 de abril, ação formativa “Serviços Públicos Essenciais” será dirigida a técnicos de intervenção social. Em maio, dia 16, o município organiza o fórum “Empresas familiares”. No dia 30 realiza-se o workshop “Como ob-ter o melhor posicionamento online para a sua empresa” para informar e esclarecer os empreendedores sobre as várias ferramentas dispo-níveis para a potenciar a presença online das empresas. online das em-presas. online das empresas.

abril 9

Page 12: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Correntes da palavra e de cidadania Foi com grande emoção e a promessa do regresso em 2014, no Cineteatro

Garrett, que estará remodelado e pronto para receber 500 pessoas, que

chegou ao final a “festa da escrita”, uma “pequena Grécia”, como classi-

ficou a vencedora do prémio Casino da Póvoa, Hélia Correia, o Correntes

d’Escritas, que decorreu de 21 a 23 de Fevereiro, organizado pelo Pelouro

da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

José Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Var-zim, assumiu que “nesta cidade que adotara a Cultura e o Lazer (“Cidade da Cultura e do Lazer”) como instru-mentos para o seu desenvolvimento, o “Correntes” surgiu como um facto relevante, associando a cidade a um dos mais correntes, comuns e apre-ciados produtos culturais e expres-sões de cultura – o livro. “Uma cida-de que lê é uma cidade mais culta e mais livre”. O encontro de escritores de expres-são ibérica começou há 14 anos, de forma modesta, na Biblioteca Muni-

cipal da Póvoa de Varzim, numa sala com 70 lugares e apenas 23 escrito-res presentes, mas afirmou-se rapi-damente como o evento literário de Portugal.Com esta edição, adicionaram-se mais uns milhares de pessoas (pú-blico) aos elos destas Correntes “de palavras de qualidade” (Luís Diamantino, Vereador da Cultura), 60 escritores de 10 países, a apre-sentação de 20 livros, sete mesas de conversa com escritores (mais uma que se realizou no Instituto Cervan-tes, em Lisboa), a exibição de dois filmes, duas exposições ainda em cur-

so, as oficinas de escrita e de poesia e ainda 15 sessões de escritores nas escolas. Sendo o encontro deste ano mais vocacionado para a Poesia, a organização tratou de levar poemas até à população com a promenade literária pela cidade ‘três vozes tran-seuntes nas ruas da poesia’.Podemos considerar que num tem-po de crise de valores e decadência económica (mais escombros do que propriamente ruínas - ideia defendi-da pelo Maestro António Victorino de Almeida na mesa 7), este espaço de troca de pensamentos entre es-critores, os verdadeiros pensadores

ESPECIAL

10 revista

Page 13: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

do nosso tempo, que se debatem com a dificuldade de chegar a en-tendimento através da palavra com os governantes, que só percebem de números (sublinhou João Tordo), constitui “um espaço de cidadania” elogiado por Hélia Correia. Durante três dias, centenas de pessoas amon-toaram-se no exíguo Auditório Mu-nicipal, para respirarem Literatura, Ideias e Emoções, durante todo o dia e noite dentro, sendo isto “um coisa maravilhosa”, a que a vencedora do Prémio Casino da Póvoa deste ano ficou completamente rendida.Num tempo particularmente difícil para os cidadãos, os escritores tra-taram de lançar as suas críticas e re-flexões, num exercício de cidadania, que deve ser um dever do escritor, na perspetiva de Rui Zink: “Eu não gosto de estar com escritores, só porque são escritores, gosto de es-tar e de me relacionar com escritores que são bons cidadãos”. Para alguns

dos autores, a Poesia surge como uma arma e a forma dos poetas exercerem o seu dever na civilização é usarem da palavra, isto é, serem poetas, afinal, “a poesia é uma arma mortífera para os ditadores”. Onésimo Teotónio de Almeida en-cerrou as intervenções da última mesa, “do que podia ter sido restam ruínas” avisando desde logo que não gostava do tema “para o fim das Correntes d’Escritas, pois pode parecer um pouco fúnebre para um acontecimento que queremos que continue, o país talvez se arruíne, mas salvem-se as Correntes”. Ainda sobre a associação do termo à crise em que o país se encontra, Onésimo considerou que já faz parte das cara-terísticas do país, “Portugal sempre esteve em ruínas, nasceu assim e permaneceu, a crise é antiga e conti-nua igual, só os impostos é que mu-dam, porque aumentam!” A propó-sito, o autor açoriano citou Woody

Allen que diz “há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos”.O vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, na Sessão de Encerramento, despediu-se e fez um intervalo nas Correntes até Fevereiro de 2014, mas prome-teu que vai voltar, qualquer que seja o destino a ditar pelas eleições Au-tárquicas do final deste ano. Hélia Correia batizou mesmo o vereador de “patriarca” deste evento. Ao sair do palco do Auditório, que contou com uma homenagem a Ma-nuel António Pina e Lêdo Ivo, pelo Varazim Teatro, Luís Diamantino ci-tou Mia Couto: “Quem tem medo da infelicidade nunca chega a ser feliz”.

abril 11

Page 14: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Correntes d’Escritas: o Encontro vai ao encontro das pessoas

Considerado pelos escritores o “patriarca” do Correntes d’Escritas, o ve-

reador da Cultura, Luís Diamantino, afirma que o segredo do sucesso do

evento foi sempre o trabalho da equipa e o facto de adorar o que faz. Há

na organização um espírito de persistência, de procura de perfeição, ao

ponto de tentar sempre inovar mesmo quando há diminuição de meios.

O vereador assume a sua “culpa” no percurso que rendeu 14 viagens

pela literatura e por laços de amizade entre centenas de escritores,

que veem no Correntes d’Escritas muito mais que um certame literário.

Porém, enaltece o que um grupo de pessoas conseguiu construir e o

trabalho que um presidente da Câmara permitiu realizar.

12 revista

Page 15: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Comparando com anos anteriores, como avalia os três dias de Cor-rentes d’Escritas deste ano?Nem precisamos de fazer avaliação, poderíamos fazê-la se alguma coisa corresse mal, pois é essa a nossa preocupação, ver se não acontece nada de mal. Mas a avaliação que penso ser mais válida é a que foi fei-ta pelos escritores todos, ao longo das Mesas, e, na sessão de encerra-mento, a que fez Hélia Correia. Para além disso, contribuem para essa avaliação as crianças que se encon-travam aqui no Auditório Municipal no fecho do encontro, um sinal de luz, de esperança no futuro… eu gosto de ser otimista, sou um pouco como o Onésimo Teotónio de Almei-da, creio que temos futuro.As crianças que ganharam os pré-mios e as suas professoras estavam muito satisfeitas, sendo esta motiva-ção, que conseguimos espalhar em redor da promoção do livro e da lei-tura, algo de muito bom.

De facto, a notícia que dei no encer-ramento do Encontro de que para o ano estaríamos no Cineteatro Gar-rett teve um grande impacto com o público a dar um grande aplauso. É notório que o Correntes d’Escritas cresceu muito e verifica-se que as pessoas já não cabem no Auditório. Aliás, este ano, aconteceu um fenó-meno curioso, é que foram muitos os escritores a pedirem para guardar um lugar, sobretudo os que já tinham uma certa idade. É extraordinário, nem para os escritores havia lugar!E tenho a certeza que para o ano não vai caber toda a gente no Cineteatro Garrett, porque, a cada edição, au-menta o número de pessoas que vêm às Correntes, é um caso único em todo o país. Dizem-no os escri-tores, que verificam isso, já que eles andam um pouco por todo o país. Até lhe chamam um milagre, mas penso que é muito mais o fruto do trabalho de uma equipa, acreditar no que se faz e gostar do que é feito.

Toda a organização adora fazer isto, e já está a pensar no próximo Cor-rentes d’Escritas.

Procuram sempre melhorar o evento?Melhorar e inovar. Este ano tivemos coisas novas, como vimos na sessão final, a homenagem a Manuel An-tónio Pina e Lêdo Ivo pelo Varazim Teatro, também a Poesia Itinerante, mas já temos ideias para implemen-tar em 2014: queremos ir mais para a cidade, já que o encontro vai estar mais no centro. Tentaremos aprovei-tar uma parceria com as associações de comerciantes, no sentido de que estes possam beneficiar mais com o fluxo de visitantes que se prevê, por-que, como se sabe, temos visitantes desde Abrantes, Bragança, Faro, Açores ou mesmo do Brasil. De ano para ano este fluxo vai aumentando, as pessoas passam a palavra e vão trazendo consigo mais gente. Todos gostam de estar aqui nestes momen-

abril 13

Page 16: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

tos de descontração e de puro prazer: escritores, espetadores, jornalistas…Quando falam comigo todos pedem que o evento se realize noutro sítio. No próximo ano isso será possível, porque o Garrett trará maior confor-to (tem 500 lugares) e vai dar uma animação muito maior à cidade, ten-do em conta que vamos procurar outros espaços estratégicos para ocupar com outras atividades das Correntes tornando ainda maior esta dinâmica no centro.

Tal como a feira do livro em Agos-to, o Correntes a acontecer no cen-tro da cidade, irá levar os livros de encontro às pessoas? Sim, o Encontro irá ao encontro das pessoas. O problema é que não te-mos tanto espaço como isso para tanta gente que nos visita. É um mo-vimento que ganha cada vez mais simpatizantes. Já há pessoas que pedem para colocar na internet os textos que são aqui lidos, etc.

Em termos qualitativos das inter-venções também tem sido um per-curso em crescendo?Sim, sem dúvida. Do que conversei com alguns escritores e editores, concluímos que se nota que os es-critores sentem cada vez mais o peso da responsabilidade sobre os ombros de estarem neste encontro. E se algum deles não vem prepara-do, de repente, arrepende-se, já que começam a ver o nível de cada uma das Mesas desde o princípio, em que as pessoas apresentam já um trabalho estruturado e devidamente pensado, que também eles acabam por ser levados a preparar o seu tra-balho para apresentar. Nota-se que os escritores não vêm aqui de ânimo leve e só para falar, mas antes tratam o tema que lhes é proposto com profundidade de tal forma que vemos a reação de apre-ciação do público.

Não escondeu o tom nostálgico. Independentemente do que aconte-ça no final do ano, será sempre um participante ativo no Correntes?Sou e sempre serei um participante ativo do Correntes d’Escritas. Não gosto muito de me vangloriar, mas o Encontro existe porque eu existi como vereador da Cultura na Câma-ra da Póvoa.

O presidente da Câmara disse isso mesmo na sessão de abertura, que a culpa era do Luís Diamantino?Sim, ele reconhece, mas também quero sublinhar que com outro pre-sidente da Câmara com certeza não teria conseguido fazer isto. Só faço aquilo que o presidente permite que se faça. Com outro presidente cen-tralista, que o Dr. Macedo Vieira não é, com um presidente da Câmara que não desse a autonomia aos vereado-res, que ele dá, não teriam aconteci-do as Correntes d’Escritas na Póvoa de Varzim, disso tenho a certeza.

14 revista

Page 17: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

“Uma cidade que lê é mais culta e mais livre”José Macedo Vieira, Presidente da C. M. da Póvoa de Varzim, assumiu que “nesta

cidade que adotara a Cultura e o Lazer como instrumentos para o seu desenvolvimen-

to, o “Correntes” surgiu como um facto relevante, associando a cidade a um dos mais

correntes, comuns e apreciados produtos culturais e expressões de cultura – o livro.

Cidade do Livro – sim, a Póvoa de Varzim é isso, que é como quem diz: cidade de leitores, cidade de autores, cidade de editores, cidade de livrei-ros, cidade de jornalistas e críticos literários, enfim, cidade de todos aqueles que, a qualquer título, rela-cionados com o livro, contribuíram para a criação desta marca identifica-dora da Póvoa de Varzim. E uma cida-de que lê é uma cidade mais culta e mais livre”. “Este é o último “Corren-tes D’Escritas” por cuja organização sou responsável. Por isso, será a últi-ma vez em que terão a maçada de me ouvir, no exercício de um dever de cortesia que, de início, converti num atrevido exercício de participação, levando-vos a ouvir considerações,

impertinências, desafios e até pro-postas sobre temáticas tão diversas que só podem ser a ingénua confis-são de que creio possível um outro mundo, seja ele o da minha cidade, seja aquele que nos rodeia”. E acres-centou: “eu acredito – quando vos leio e a muitos outros autores – que a salvação do mundo não é um exclusi-vo do imaginário com que constroem a trama de um romance, ou de um tratado de filosofia política, ou dessa outra real realidade a que chamamos poesia. Um mundo melhor (…) tem de sair da construção intelectual (em que a preservamos) para o terreno concreto das nossas vidas, sem medo de se constipar na primeira corrente de ar que lhe surja pela frente. Eu,

atrevidamente, assim fiz. Desde há 20 anos, quando decidi tirar do círculo da tertúlia, onde partilhava reflexão, o projecto político que ali construí em apaixonados debates sobre a cidade - que caminhava, desnorteada, para o abismo da descaracterização, da irre-levância, do declínio”.Na linha de Ortega, disse Enoch Po-well, grande parlamentar e homem de cultura: a regra prática para qualquer político sério é “ler, ler e ler”. “Não sei se isso bastou para estar à altura dos desafios que me propus, mas que “li, li e li”, lá isso li e continuo a ler. Foi também por isso que nasceram, há 14 anos, estas Correntes, que vão continuar, cada vez mais fortes, estou certo disso”.

abril 15

Page 18: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Especial Correntes

José Carlos Marques, fotógrafo

1 Hélia Correia 2 Auto Retrato de Helena Vasconcelos com Hélia Correia e Jaime Rocha 3 Ao centro, “A Terceira Miséria”, livro

vencedor do Prémio Correntes d’ Escritas Casino da Póvoa 4 Helder Macedo 5 Vitor Quelhas e Cristina Ovídio 6 Correntes d’

Escritas 2013 7 João Lobo Antunes 8 Maria Teresa Horta 9 Aurelino Costa 10 Feira do Livro 11 Mesa 7 “Do que Podia Ter Sido,

Restam Ruínas” 12 Discurso de Hélia Correia debaixo do olhar atento de Jaime Rocha (seu marido), à sua esquerda 13 Hélia

Correia 14 Hélia Correia com a sua afilhada

16 revista

Page 19: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

abril 17

Page 20: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Especial Correntes

Rui Sousa, fotógrafo

18 revista

Page 21: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

abril 19

Page 22: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Município sensibiliza jovens para a Proteção Civil

A 1 de março, comemorou-se o Dia Nacional da Proteção

Civil e o Município da Póvoa de Varzim assinalou a data com

diferentes iniciativas. Durante a manhã, decorreu, no Salão

Nobre dos Paços do Concelho, uma sessão que contou com

a intervenção de Aires Pereira, Vice-Presidente e Vereador da

Proteção Civil da Câmara Municipal, e com a participação de

Eunice Silva, da Autoridade Nacional de Proteção Civil – CDOS

Porto, Ilda Cadilhe, Comandante dos Bombeiros Voluntários

da Póvoa de Varzim e Valter Carvalho, do Instituto Português

do Mar e da Atmosfera – Instituto de Meteorologia. A sessão

terminou com a assinatura de um protocolo entre o Município

da Póvoa de Varzim e a Associação GOBS – Grupo Operacio-

nal de Busca e Salvamento, com o objetivo de contribuir para

uma melhor e mais eficaz atuação em cenários de emergência.

Ao longo do dia, esteve patente, na Praça do Almada, a Expo-

sição – Proteção Civil na Póvoa de Varzim com Equipamentos,

Viaturas de Segurança, Proteção e Socorro, do Serviço Muni-

cipal de Proteção Civil da Póvoa de Varzim.

Póvoa acolheu Intercâmbio MultidesportivoDe 18 a 21 de março, decorreu, na nossa cidade, o “Intercâm-

bio Multidesportivo – educar pelo Desporto”, entre as cidades

de Montgeron, Eschborn e Póvoa de Varzim.

A iniciativa decorreu no âmbito das atividades da Associação

de Amizade Póvoa de Varzim Cidades Geminadas, com o

apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

Participaram jovens com idades compreendidas entre os dez

e os doze anos, doze poveiros, doze franceses, de Montgeron,

dez alemães, de Eschborn, mais seis monitores, num total de

40 pessoas. Tiro com arco, pedi paper, batismo de vela, pisci-

na e atividades multidesportivas na praia foram algumas das

iniciativas que preencheram os três dias destes jovens.

Para Andrea Silva, Vereadora do Pelouro da Juventude, esta é

uma oportunidade para os jovens conhecerem outras realida-

des, outras pessoas e culturas e possam também disfrutar de

atividades diferentes nos diversos países. Na sua opinião, “é

sempre importante este intercâmbio, não só intergeracional,

porque os participantes têm idades ligeiramente diferentes

mas também intercultural”.

Francisco Casanova, Presidente da Associação de Amizade Pó-

voa de Varzim Cidades Geminadas, transmitiu que este evento

desportivo se realiza desde 2001, sendo que na nossa cidade

aconteceu também em 2007 e 2009.

O Presidente da Associação explicou que estes intercâmbios

decorrem no âmbito das relações internacionais e de gemina-

ção que procuram, através dos mais jovens, proporcionar o

encontro entre a Europa num tempo em que ela parece mais

desavinda e desligada, ou seja, aproximar. Através dos mais

jovens, podemos conseguir a união e entendimento de que a

Europa tanto precisa.

Toponímia poveira evoca Campa-nha “Procuram-se Abraços”O centro da cidade da Póvoa de Varzim passou a ter três ruas

com uma «nova» denominação. A mítica Praça do Almada é

agora a “Praça Procuram-se Abraços” e a “Rua das Famílias de

Acolhimento” está situada na Rua da Junqueira. Já a Praça da

República passa a designar-se “Praça Cidade Amiga da Infância”.

As novas placas toponímicas foram descerradas, a 19 de março.

Apontamentos

20 revista

Page 23: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

A iniciativa marcou o arranque da Campanha “Procuram-se

Abraços” 2013 que tem como objetivo aumentar, na Póvoa de

Varzim, a rede de famílias de acolhimento, a fim de diminuir o

número de crianças institucionalizadas.

Póvoa recupera tradição

A Póvoa de Varzim reviveu uma tradição pascal há alguns

anos perdida no tempo. O Passeio dos Bois da Páscoa per-

correu as principais artérias da cidade e os animais também

estiveram em exposição junto ao Mercado Municipal.

Para Lucinda Delgado, Vereadora do Pelouro do Desenvolvi-

mento Local, a iniciativa, organizada pelo Mercado Municipal,

foi “o reviver de um evento que trazia muita gente ao conce-

lho e desde 1975 deixou de se fazer”. A sua organização en-

volveu uma conjugação de vontades da Câmara Municipal, de

talhantes do mercado e de Armando Marques, que em tempos

foi o grande impulsionador do evento, revelou a Vereadora.

20º Concurso “Janelas, Varandas e Jardins Floridos”

As inscrições para a 20ª edição do concurso “Janelas, Varan-

das e Jardins Floridos” já se encontram abertas. Até 31 de

maio, no Posto de Turismo, pode garantir a sua participação

nesta iniciativa do Pelouro do Desenvolvimento Local. A ficha

de inscrição está disponível em www.cm-pvarzim.pt.

Promovido com o objetivo de fomentar o crescimento das

áreas verdes privadas no município, assim como apelar ao

respeito pelos jardins públicos, este concurso premeia quatro

categorias: varandas, janelas, jardins e condomínios. Os

participantes devem ter em conta que o espaço ajardinado a

concurso deve ser visível a partir da rua. A entrega de prémios

decorrerá no dia 17 de junho.

Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio – 7ª ediçãoO prazo de receção de trabalhos referentes à 7ª edição do

Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio já teve início.

Organizado pela Escola Secundária Eça de Queirós, o Con-

curso de Vídeo Escolar 8 e Meio é o maior evento português

dedicado ao cinema no âmbito do ensino secundário. Este

destina-se à participação de todos os estudantes do ensino

secundário português, que concorrerão em duas categorias:

Geral e de Animação. Cada uma distinguirá um 1º Prémio, que

receberá de 500 euros, e um 2º Prémio, de 250 euros. Para

além destas categorias, está prevista a atribuição do prémio

do público, conferido pelos espetadores presentes na cerimó-

nia pública de encerramento do evento e ainda o prémio ao

melhor filme realizado por um aluno da escola organizadora.

A organização conta com o apoio da Câmara Municipal da

Apontamentos

abril 21

Page 24: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Póvoa de Varzim e do Ministério da Educação. Desde há qua-

tro anos que desenvolve uma parceria com o Curtas - Festival

Internacional de Cinema (Vila do Conde) e com a Animar,

colaborando com a programação de eventos educativos

dedicados ao cinema de animação. Mais informações em

www.8emeio.net.

Março desportivo

No mês de março, duas competições animaram a cidade:

o XV Torneio Internacional de Ténis de Mesa e a Primavera

Desportiva.

O XV Torneio Internacional de Ténis de Mesa “Cidade da

Póvoa de Varzim” realizou-se nos dias 16 e 17 de março, no

Pavilhão Municipal, contando com a participação de 244 atle-

tas, 38 equipas e tendo sido disputados 480 jogos.

Os melhores atletas nacionais estiveram presentes e este foi,

de facto, um excelente espetáculo desportivo. Na verdade,

ficou comprovado, se dúvidas existissem, que este é o melhor

torneio da modalidade realizado na Península Ibérica.

Quanto à Primavera Desportiva, 42 equipas, 150 participantes

e 60 jogos disputados são o balanço da competição. Futevólei,

Volei de praia e, pela primeira vez, Beach Tennis, trouxeram

dezenas de atletas à Praia do Carvalhido.

VIII Concurso de Piano da Póvoa de Varzim

Nos dias 26, 27 e 28 de abril, irá realizar-se o VIII Concurso de

Piano da Póvoa de Varzim, no Auditório Municipal.

Este evento é organizado com o objetivo de promover a

excelência e mérito artísticos, elevar a aprendizagem e

performance de todos os participantes, incrementar a partilha

artística através do intercâmbio interpessoal dos concorren-

tes, projetar a carreira musical enquanto realidade profissio-

nal futura, divulgar a música e compositores portugueses e

afirmar a Póvoa de Varzim como cidade de grande tradição

cultural e artística.

Os graus de participação encontram-se divididos em seis

categorias: alunos até aos 8 anos (Categoria A); alunos até aos

10 anos (Categoria B); alunos até aos 13 anos (Categoria C);

alunos até aos 16 anos (Categoria D); alunos até aos 19 anos

(Categoria E); alunos até aos 24 anos (Categoria F).

O júri é constituído por Fátima Travanca, do Conservatório

de Música do Porto; Sofia Lourenço, da Escola Superior de

Música e das Artes do Espectáculo; Fausto Neves, da Universi-

dade de Aveiro; Luís Pipa, da Universidade do Minho; e Sergei

Covalenco, do Conservatório de Música de Barcelos.

Apontamentos

22 revista

Page 25: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

Concerto solidário no Pavilhão Municipal

Adquira bilhetes para o Concerto Solidário pela Paróquia da

Matriz e colabore na angariação de fundos para a aquisição do

antigo Colégio Sagrado Coração de Jesus.

O espetáculo será realizado no dia 28 de abril, a partir das

15h00, no Pavilhão Municipal, e contará com a presença de

vários cantores nacionais e locais. O preço do bilhete é de 5¤,

valor que reverterá integralmente a favor desta causa.

Com a aquisição do antigo Colégio Sagrado Coração de Jesus,

a Paróquia da Matriz pretende desenvolver um espaço dedi-

cado a diversas valências sociais. Esta iniciativa conta com o

apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

Curso “Antiguidade e Idade Média”

No dia 22 de maio arrancará o Curso Livre de Arte e Arque-

ologia “Antiguidade e Idade Média”, lecionado por Deolinda

Carneiro e José Flores Gomes, diretora do Museu Municipal

e arqueólogo municipal, respetivamente. As inscrições estão

abertas no Museu Municipal até 15 de maio.

A realização deste curso destina-se a dar resposta a uma so-

licitação colocada pelos frequentadores do Museu Municipal:

organizar um conjunto de sessões onde fossem apresentados,

com exemplos concretos e adaptados à realidade do nosso

concelho, o percurso da história da humanidade através da

história da arte e da arqueologia, desde as suas origens até

aos nossos dias. Esta é uma organização do Museu Municipal

que conta com o apoio do GAM.

“Livros na Rua” assinala Dia Mundial do Livro

A iniciativa “Livros na Rua” está de volta para assinalar o Dia

Mundial do Livro. A 23 de abril, a Biblioteca Municipal vai pre-

parar um espaço na Rua da Junqueira (nº 13), com iniciativas

diversas para o público infanto-juvenil.

Também para comemorar o Dia Mundial do Livro, a Biblioteca

Municipal promove, em parceria com a Associação Comércio

ao Ar Livre, a iniciativa “Faça compras, receba Livros!” inte-

grada no evento “Livros na Rua”.

Nesse mesmo dia, entre as 10h00 e as 12h30 e as 14h30 e as

18h30, quem fizer compras no valor mínimo de 20 euros nas

lojas aderentes dessa Associação, poderá levantar gratuita-

mente um livro de edição municipal no espaço da Biblioteca

Municipal situado na Rua da Junqueira.

Seminário “Caminhos de Santiago: Turismo, Cultura e Espiritualidade”No dia 10 de maio, o Museu Municipal da Póvoa de Varzim

irá realizar um Seminário intitulado “Caminhos de Santiago:

Turismo, Cultura e Espiritualidade”.

Este seminário contará com um conjunto de palestrantes

responsáveis por diversos setores da Administração e de

Apontamentos

abril 23

Page 26: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

entidades com competências na área do Turismo, Cultura,

Património, Religião e Turismo. Pretende-se discutir questões

como trajetos, religiosidade, sinalética, património, albergues

e apoio a peregrinos, divulgação e promoção do Caminho.

A participação no seminário é gratuita mas sujeita a inscrição

até 8 de maio. Poderá descarregar a ficha de inscrição no

portal municipal (www.cm-pvarzim.pt), onde também está

disponível o programa completo do evento.

25 de Abril sempre, com desportoA Póvoa de Varzim irá assinalar o 39º aniversário do 25 de

Abril com atividades desportivas durante todo o dia.

O município convida-o a começar este dia feriado com

Cicloturismo, às 10h30. Tal como o nome indica, trata-se de

um passeio, sensivelmente de dez quilómetros. A partida será

na Praça do Almada. Durante a tarde, a partir das 14h00, os

festejos decorrem no Pavilhão Municipal, onde terá lugar

o Torneio 25 de Abril de Ténis de Mesa. Dezenas de atletas

participam nesta competição que está inserida no Plano de

Desenvolvimento da modalidade. A partir das 17h00, o Estádio

Municipal acolhe a partida de Futebol de 11 entre a Câmara

Municipal e a Comunicação Social.

A Cor da Cidadania

A Praça dos Pintores irá decorrer no próximo dia 25 de maio,

no Diana Bar. Organizado pela Associação de Amizade Póvoa

de Varzim/Cidades Geminadas, este concurso de pintura

desenvolve-se, este ano, sob o tema “A Cor da Cidadania”.

Até dia 15 de maio as inscrições permanecerão abertas e os

interessados devem preencher a ficha de inscrição entregá-la

na Câmara Municipal da Póvoa de Varzim ou remetê-la através

do endereço eletrónico [email protected]

Mais do que um concurso, e num sentimento partilhado por

todos os participantes, a Praça dos Pintores é um espaço de

convívio onde muitas amizades foram já cimentadas entre jovens

poveiros e jovens provenientes das cidades com quem a Póvoa

mantém relações de geminação, Montgeron e Eschborn.

Apontamentos

24 revista

www.cm-pvarzim.pt

800 272 625número verde

visite-nos em

Page 27: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

FICHA TÉCNICA

Diretor:José Macedo VieiraPresidente da Câmara Municipal Coordenação, Edição,Design Gráfico, Composição,Fotografia:Gabinete de Relações PúblicasCâmara Municipal4490 – 438 Póvoa de VarzimE: [email protected]: 00 351 252 090 026

Impressão:Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Periodicidade:Trimestral Versão On-line:www.cm-pvarzim.pt Propriedade LegalCâmara Municipal da Póvoa de Varzim

Page 28: Revista Póvoa de Varzim - abr. 2013

www.cm-pvarzim.pt