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A poluição atmosférica compromete o sistema reprodutivo do homem e causa infertilidade. A constatação é da pesquisa “Poluição atmosférica em São Paulo diminui o nascimento de meninos e camundongos machos”, feita por médicos da Faculdade de Medicina da USP. Divulgado em mais de 100 países, o estudo sobre o impacto da poluição na fertilidade masculina chamou a atenção dos médicos. A pesquisa revela diminuição do número de fetos masculinos em roedores e em seres humanos em conseqüência da poluição. Em 2006, o cruzamento dos dados da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) – que controla a qualidade do ar na capital paulista, com informações de cartórios – mostrou redução no nascimento de 1.180 bebês do sexo masculino. Quais as implicações da redução de homens para as gerações futuras? E se a diminuição de bebês masculinos se der em progressão geométrica, tal como o aumento da poluição? Obviamente, nos termos da natureza, privilegiar o nascimento de fêmeas é uma medida preventiva à extinção das espécies: mais fêmeas significa proporcionalmente mais nascimentos. Mas se pensarmos em termos de um Retorno da Deusa, do despertar no espírito feminino da Terra contra as agressões que Ela tem sofrido, a redução de machos não seria um tipo de “medida de emergência”? A hierobotânica, estudo dos vegetais sagrados, remonta a tempos imemoriais. Ramos, flores, frutos constituíram atributos da divindade, como a rosa de Afrodite, a romã de Hera, o trigo de Deméter. Árvores foram consagradas aos deuses, como o loureiro de Apolo, a oliveira de Atena, o cipreste de Hades. Árvores servem de morada ou trono de um deus. Ou são o próprio deus. O carvalho, entre os indo- europeus, era a forma assumida pelo deus do raio: Zeus ou Júpiter da antiguidade clássica, Thor ou Donnar dos germânicos, Perkun dos antigos povos bálticos. A árvore foi o primeiro templo de uma nova religião: o exemplo a figueira sagrada de Buda, sob a qual o profeta encontrou a iluminação. Dríades e hainadríades (do grego drus, carvalho), entidades dendromorfas, tinham a nobre missão de castigar os inimigos do verde. Em nossas florestas, o Curupira e o Caipora ou Caapora são duendes que defendem a ecologia, punindo os dendrocidas, o homem branco. A adoração dos vegetais e os mitos em defesa do verde não constituem uma antevisão da tragédia ecológica contemporânea. O sobrenatural costuma anteceder a realidade. Vários séculos antes do vôo de Santos Dumont, as asas de Ícaro ganhavam os céus. A ardente imaginação dos mitos precede à fria elocubração dos teoremas. O mago vem antes do cientista, a ciência não pode ser o lado “profano” da magia. Com a magia, o homem procura manipular as plantas imantadas de forças mágicas, em seu beneficio. Os deuses domésticos transformam-se em domesticados.Com o progresso cientifico e a predominância do pensamento racionalista, a magia passou a ser considerada, não somente uma arte diabólica (pelo branco católico/cristão), mas também produto da ignorância. Diz-se que, sendo uma arte de “selvagens” e brancos analfabetos, o ignorante não estabelece a causalidade dos fenômenos. Para explicá-los, cria a mitologia, um produto da imaginação e não recorre à ciência, produto da observação, e suas leis naturais, Física. Porem muitas luzes da ciência nasceram nos porões sombrios dos magos e bruxos. Posteriormente a ciência veio revelar que muito que foi dito antes tinha um cunho lógico e racional. Antes de qualquer coisa, o amor, a adoração, o culto das árvores são indiscutivelmente mais sábio do que a fúria predatória e destruidora de hoje. Pela simples razão de que as plantas são indispensáveis à vida e sem eles a terra seria um planeta morto. Temos que ver que a ciência, etnobotânica, veio para mostrar que é apenas aparente o conflito entre os mitos, a magia e as leis da natureza. Alguns fatos: Em 1966, de Cleve Backster, com seu legado, , revelou, depois de algumas plantas serem ligadas a um galvanômetro, que as plantas tem memória, sentem medo, raiva, alegria e melhor ainda que elas pensam. Em 1950, de Semyor Kirlian, com seu legado, , demonstrou, por fotos, que os vegetais tinham à sua volta ma aura bioluminescente de varias cores, também encontradas em outros seres vivos, porem invisível ao olho humano. Pierre Paul Sauvin verificou que, quando o casal copula, as plantas captam a energia sexual, que é registrada no galvanômetro e atinge o clímax exatamente no momento do orgasmo. Daí a razão dos em que se constitui na copula em campo há pouco semeado. Tudo se explica por que reverenciamos o “espírito” que habita na planta e cultuamos ritualmente a(s) etc. – e o motivo pelo qual os índios, e nós, colocamos as palmas das mãos ou o corpo todo no tronco das árvores, para absorver a força e para a transmutação de energias. Na verdade a ciência veio dar às plantas maior magia do que a advinda das ervas das bruxas e raízes dos feiticeiros. Vitor Mandraco baseado no livro Botânica Fantástica, de Sangirardi Jr., Editora Brasiliense, 1984. efeito Backster efeito Kirlian ritos agrários “Mãe(s)” – do Arroz, do Milho, do Trigo Mito, Religião, Ciência e Magia

Revista PRANTO DA TERRA #09

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"O Verão chega nas Ilhas Faroé, uma província autônoma da Dinamarca. As ilhas são rochosas e a maior parte da vegetação é grama, portanto os faroeses subsistem basicamente da pesca. Mas é Verão nas Ilhas Faroé, e centenas de jovens reúnem-se em uma determinada enseada para um costume de aproximadamente 500 anos, o Grindadráp. O Festival é descrito como um rito de passagem para os meninos. Barcos saem das praias e na boca da baía encontram grupos de Baleias-piloto (Globicephala melaena), que são “pastoreadas”, pacíficos animais que são, até a praia. Lá os animais são arrastados até a areia com ganchos de açougue e cordas, esfolados e trucidados vivos não por meninos, mas pelos homens da comunidade, que vêem o evento como uma atividade esportiva. Um “esporte” que custa cerca de 950 baleias-piloto a cada temporada..."

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A poluição atmosférica compromete o sistema reprodutivo do homem e causa infertilidade. A constatação é da pesquisa “Poluição atmosférica em São Paulo diminui o nascimento de meninos e camundongos machos”, feita por médicos da Faculdade de Medicina da USP.Divulgado em mais de 100 países, o estudo sobre o impacto da poluição na fertilidade masculina chamou a atenção dos médicos. A pesquisa revela diminuição do número de fetos masculinos em roedores e em seres humanos em conseqüência da poluição. Em 2006, o cruzamento dos dados da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) – que controla a qualidade do ar na capital paulista, com informações de cartórios – mostrou redução no nascimento de 1.180 bebês do sexo masculino.Quais as implicações da redução de homens para as gerações futuras? E se a diminuição de bebês masculinos se der em progressão geométrica, tal como o aumento da poluição? Obviamente, nos termos da natureza, privilegiar o nascimento de fêmeas é uma medida preventiva à extinção das espécies: mais fêmeas significa proporcionalmente mais nascimentos. Mas se pensarmos em termos de um Retorno da Deusa, do despertar no espírito feminino da Terra contra as agressões que Ela tem sofrido, a redução de machos não seria um tipo de “medida de emergência”?

A hierobotânica, estudo dos vegetais sagrados, remonta a tempos imemoriais. Ramos, flores, frutos constituíram atributos da divindade, como a rosa de Afrodite, a romã de Hera, o trigo de Deméter. Árvores foram consagradas aos deuses, como o loureiro de Apolo, a oliveira de Atena, o cipreste de Hades. Árvores servem de morada ou trono de um deus. Ou são o próprio deus. O carvalho, entre os indo-europeus, era a forma assumida pelo deus do raio: Zeus ou Júpiter da antiguidade clássica, Thor ou Donnar dos germânicos, Perkun dos antigos povos bálticos. A árvore foi o primeiro templo de uma nova religião: o exemplo a figueira sagrada de Buda, sob a qual o profeta encontrou a iluminação. Dríades e hainadríades (do grego drus, carvalho), entidades dendromorfas, tinham a nobre missão de castigar os inimigos do verde. Em nossas florestas, o Curupira e o Caipora ou Caapora são duendes que defendem a ecologia, punindo os dendrocidas, o homem branco.

A adoração dos vegetais e os mitos em defesa do verde não constituem uma antevisão da tragédia ecológica contemporânea. O sobrenatural costuma anteceder a realidade. Vários séculos antes do vôo de Santos Dumont, as asas de Ícaro ganhavam os céus. A ardente imaginação dos mitos precede à fria elocubração dos teoremas. O mago vem antes do cientista, a ciência não pode ser o lado “profano” da magia.

Com a magia, o homem procura manipular as plantas imantadas de forças mágicas, em seu beneficio. Os deuses domésticos transformam-se em domesticados.Com o progresso cientifico e a predominância do pensamento racionalista, a magia passou a ser considerada, não somente uma arte diabólica (pelo branco católico/cristão), mas também produto da ignorância. Diz-se que, sendo uma arte de “selvagens” e brancos analfabetos, o ignorante não estabelece a causalidade dos fenômenos. Para explicá-los, cria a mitologia, um produto da imaginação e não recorre à ciência, produto da observação, e suas leis naturais, Física. Porem muitas luzes da ciência nasceram nos porões sombrios dos magos e bruxos. Posteriormente a ciência veio revelar que muito que foi dito antes tinha um cunho lógico e racional.

Antes de qualquer coisa, o amor, a adoração, o culto das árvores são indiscutivelmente mais sábio do que a fúria predatória e destruidora de hoje. Pela simples razão de que as plantas são indispensáveis à vida e sem eles a terra seria um planeta morto.

Temos que ver que a ciência, etnobotânica, veio para mostrar que é apenas aparente o conflito entre os mitos, a magia e as leis da natureza.

Alguns fatos:Em 1966, de Cleve Backster, com seu legado, , revelou,

depois de algumas plantas serem ligadas a um galvanômetro, que as plantas tem memória, sentem medo, raiva, alegria e melhor ainda que elas pensam.

Em 1950, de Semyor Kirlian, com seu legado, , demonstrou, por fotos, que os vegetais tinham à sua volta ma aura bioluminescente de varias cores, também encontradas em outros seres vivos, porem invisível ao olho humano.

Pierre Paul Sauvin verificou que, quando o casal copula, as plantas captam a energia sexual, que é registrada no galvanômetro e atinge o clímax

exatamente no momento do orgasmo. Daí a razão dos em que se constitui na copula em campo há pouco semeado.

Tudo se explica por que reverenciamos o “espírito” que habita na planta e cultuamos ritualmente a(s) etc. – e o motivo pelo qual os índios, e nós, colocamos as palmas das mãos ou o corpo todo no tronco das árvores, para absorver a força e para a transmutação de energias.

Na verdade a ciência veio dar às plantas maior magia do que a advinda das ervas das bruxas e raízes dos feiticeiros.

Vitor Mandraco baseado no livro Botânica Fantástica,

de Sangirardi Jr., Editora Brasiliense, 1984.

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