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pró_ tv Obra faz parte da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial Agosto 2013 | Nº 115

Revista Pró-TV 115

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Edição 115 da revista realizada pela Pró-TV.

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Obra faz parte da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial

Agosto 2013 | Nº 115

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Vida Alves

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|Editorial | Dias de sol...luz...espiritualidade...fé...

Sou das últimas a escrever sobre o Papa Francisco. Mas o faço. Não posso deixar passar em branco um acontecimento tão importante para o Brasil.

Os dias em que o Papa Francisco passou em nosso país, foram de fato dias de sol... luz...espiritualidade...fé... E claro, todos sabem, não foi o sol – astro celeste, nem a luz artificial que iluminou a todos. Nada disso.

O tempo esteve enfarruscado, chuvoso e até frio, na nossa linda e eternamente ensolarada Copacabana.

Assim mesmo 3 milhões de peregrinos, do mundo todo, do país inteiro, e mais os moradores da própria antiga capital federal, se deram as mãos, rezaram, choraram, cantaram, e até dormiram nas areias da praia, em suas calçadas, debaixo das árvores da rua. E todos se diziam felizes, plenos, em paz consigo próprios e com Cristo, que certamente esteve por ali.

Nem mesmo as diversas crenças apartou ninguém. Até os ateus rezaram contritos.... a sua moda, com fé. Fé na bondade, na esperança, no amor, na fraternidade, que Francisco espalhou a todos.

E, num gesto de humildade extrema, todas as suas falas, as suas homilias terminaram sempre com a bela expressão: “Rezem por mim”.

Rezaremos, Papa Francisco, para que sua santidade volte e nos abençoe mais uma vez. E com o seu sorriso doce, nos encha de luz e amor.

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O Papa Francisco durante celebração no Rio de Janeiro

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| Exposição| Marcos da TV em Descalvado

Paineis da exposição

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A Pró-TV, em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, do Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP) e da ACAM Portinari, realizou mais uma itinerância da exposição “Marcos da TV”.

Agora foi a vez de Descalvado, município que fica próximo à São Carlos (SP), no interior de São Paulo. Nossa exposição ficou no Museu Público Municipal, uma antiga estação de trem que se transformou em espaço cultural. A abertura do evento foi no dia 01º de agosto, às 9h, no auditório que fica anexo ao Museu.

A abertura começou com o Diretor de Cultura de Descalvado, Aguinaldo Evangelista Couto, e com a vice-presidente da AMUD – Amigos do Museu de Descalvado, a Profa. Alessandra Paganato.

Contamos ainda com o apoio de Talita Franceschini de Carvalho, Chefe de Sessão do Museu, e de sua simpática equipe. Vida Alves falou para dezenas de pessoas, incluindo senhoras e duas turmas de alunos, de 8ª série, da Escola Municipal Professora Edna Maria do Amaral Marini.

A presidente da Pró-TV estava acompanhada de Elmo Francfort e Lú Bandeira, além de Barbara Paulote, representando o SISEM-SP / ACAM Portinari.

“Marcos da TV” ficará em Descalvado até 15 de setembro de 2013. Entrada gratuita. Veja abaixo as fotos:

Vida Alves na abertura da mostra e com equipe de Descalvado: Aguinaldo, Talita e Profa. Alessandra

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| Saudade| Dominguinhos

José Domingos de Moraes nasceu em Pernambuco, em 12 de fevereiro de 1941, na pequena Guaranhuns.

Menino pobre, mas feliz, pois amava a música, desde que nasceu. E a paixão explodiu em seu peito, quando conheceu aquele que veio a ser seu mestre: Luiz Gonzaga.

Como Dominguinhos tocava sanfona, pode acompanhar o mestre, segui-lo, aprender com ele e até mais, pois foi aos

Partes da exposição que está em Portugal

poucos criando gêneros outros. Ao baião juntou o xote, a bossa nova, o jazz. E de instrumentista, virou também cantor e compositor.

Suas composições, suas gravações foram inúmeras. Todas encantadoras. Cantou e gravou por muitos anos. Até o fim de sua vida, que foi em 23 de julho de 2013, aos 72 anos. Cedo, para sua família. Muito cedo, para todos nós seus fãs, seus amigos, seus eternos companheiros.

Vai Dominguinhos, segue em frente, aí no céu, mas leve sua sanfona e toque-a para sempre, para fazer mais alegres, os anjos, os santos, os querubins.

Hélio Bittencourt

Hélio Bittencourt era um homem bom. Era também educado, inteligente, e ligado à televisão. Era engenheiro da G.E., grande empresa internacional, e morava nos Estados Unidos, quando Chateaubriand, o jornalista brasileiro ligado à comunicação, esteve naquele país, comprando material para montar suas emissoras no Brasil.

Hélio Bittencourt voltou a sua terra e aqui supervisionou o 1º “show” experimental de TV, realizado no Hospital das Clínicas, com patrocínio da E.R. Squibb & Sons do Brasil, Inc.

O programa foi artístico, não só técnico. E como apresentadora,

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Tel: (11) 3873.5888www.procimar.com.br

além de Homero Silva, estava a bela Miriam Simone. Hélio se apaixonou por ela. Casaram. Tiveram filhos, netos e foram muito felizes. Hélio Bittencourt deixou a G.E., montou fábrica própria e teve uma vida de amor e amizades, pois jamais deixou de estar na Pró-TV, de onde era sócio, ao lado de sua mulher, Miriam Simone. Par constante. Amor eterno.

No dia 30 de julho de 2013, Hélio Bittencourt se foi. Choramos, todos nós, os pioneiros, seus amigos, seus irmãos. V.A.

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| Saudade| Sebastião Vasconcelos

Ele nasceu em 1927, no interior de Pernambuco, na cidade de Pocinhos. Na capital Recife, entrou para o Teatro de Amadores, onde fez dez peças, e onde conheceu grandes mestres, como Graça Mello, Ziembinski, Gianni Ratto.

Mudou-se para o Rio de Janeiro. Entrou na Companhia de Teatro Tônia-Celi-Autran.

Fez autores clássicos, ganhou prêmios, cresceu, se esforçou. Amava o que fazia e o trabalho para ele não era trabalho. Fez

Fernanda Torres e Andréa Beltrãoestarão em nova temporada

de Tapas e Beijos

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Felipe Wagner

filmes. Fez televisão.

Na Rede Globo de Televisão foram tantas as novelas que fez, que torna-se difícil citá-las, ou sequer enumerá-las. Até seus prêmios, como “melhor ator”, foram muitos, entre os quais: o “Troféu Candango”, o “Prêmio Moliere”, o “Prêmio Mambembe”.

Sebastião Vasconcelos faleceu em 15 de julho de 2013, com 86 anos, deixando a todos o exemplo não só de sua arte, mas de sua disciplina e sua amizade a todos que o cercavam.

Sebastião Vasconcelos, exemplo de amor e arte.

Faleceu Felipe Wagner. Ator desde bem cedo, Felipe Wagner nasceu em 16 de julho de 1930, na França. Irmão da humorista Ida Gomes, que trabalhou muito na Rede Globo de Televisão, ele era também pai da atriz Débora Oliveira.

Ao contrário de outros atores, Felipe Wagner começou sua carreira artística em cinema, fazendo o filme: “A Família Lero-Lero”. Depois em 1958, participou de: “O Cantor e o Milionário”.

Na televisão começou em 1970, fazendo a novela da Globo: “Irmãos Coragem”. Depois continuou a participar em várias novelas, tendo entrado também em seriados e programas humorísticos. Alguns anos, ele passou na Rede Manchete de Televisão, mas voltou à Globo, onde ficou até o final da vida.

No teatro, que ele mais amava, participou de mais de 100 espetáculos, ao lado de atores importantes. Também fez cinema, até 2002. Felipe Wagner faleceu em 1 de julho de 2013. Estava com 82 anos.

Um bom colega e um grande ator. Versátil, simpático, disposto a tudo, Felipe Wagner deixará muitas saudades. V.A.

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Vera Nunes e Paulo Goulart em cena de “Helena”

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Visitem a Cidade da TV, o maior centro de entretenimento sobre TV do Brasil.

Horário: de terça a Domingo, das 9h às 17h. Ingressos: R$10,00 e R$5,00 (crianças até 12 anos, estudantes com carteirinha e idosos acima de 60 anos. Ou passaporte geral (Cidade da Criança) R$35,00

Visitas em grupo, ligue para (11) 4330-6998. Falar com Carlos ou Sandra.

Local: Cidade da Criança (Portão 4) - Rua Tasman, 301, São Bernardo do Campo/SP

Site: www.cidadedatv.com.br

História do rádio também na Cidade da TV

|Cidade da TV| Cidade em festa!

Foi uma verdadeira festa que se viu, no sábado, dia 27 de julho, na “Cidade da TV”, que fica dentro da “Cidade da Criança”, em São Bernardo do Campo.

Além das crianças e familiares, que vão ao parque constantemente, para usufruir os brinquedos do espaço, houve uma programação especial, dentro da “Cidade da TV”.

Lá estiveram, em uma visita programada, 80 e tantos funcionários públicos de todo o estado de São Paulo. A eles foi oferecida uma sequência de atrações.

Foram recebidos por Fernando Bonisio, chefe de Divisão de Turismo, da Prefeitura de São Bernardo. Também para recebê-los estava a gerente do espaço, a simpática Tuca, que os tratou com carinho e logo passou a palavra à Vida Alves, que ali estava representando a Pró-TV.

Após isso, em grupos pequenos, foi feita a visita monitorada às instalações da Cidade da TV.

Em seguida, já então no auditório, que tem espaço para 150 pessoas, foi feita a apresentação de uma peça satírica, por um grupo de jovens artistas amadores e que foram muito aplaudidos.

E depois, um belo lanche, coroou a festa.

Todos foram embora contentes e mais ainda Vida Alves, que foi presenteada com um belíssimo buquê de flores, que de tão grande, não conseguia sozinha carregar. Logo surgiram colaboradores.

Foi um sábado e tanto... V.A.

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Fábio Siqueira

|História| Jubileu de Ouro das Telenovelas Diárias

Em 1965, nasce a TV Globo, no Rio de Janeiro, que já surge com uma novela diária: ”Ilusões Perdidas”, de Ênia Petri, com direção de Libero Miguel e Sergio Brito, e apresentado os já renomados personagens do cinema brasileiro, Leila Diniz e Reginaldo Farias.

Também na década de 60, a TV Rio lança importantes produções dirigidas pelo mestre teatral Sergio Britto, como na novela “A Morta sem Espelhos” (protagonizada por Fernanda Montenegro). Por sua vez a TV Record inovou com as novelas humorísticas, tendo em seu elenco grandes nomes da comicidade nacional, como Jô Soares e Ronald Golias. E em 1967, a Rede Bandeirantes nasce com uma ótima novela de autoria de Walter Negrão, “Os Miseráveis”, adaptada do clássico francês de Victor Hugo, contando com um elenco renomado, com nomes como Leonardo Villar, Raul Cortez , Laura Cardoso, dentre outros.

Na década de 80, as novas emissoras nascentes, como SBT e Manchete imediatamente investiram em importantes telenovelas, que redundaram na década seguinte nos dois m a i o re s s u c e s s o s d a h i s tó r i a d e s s a s e m i s s o ra s , respectivamente “Éramos Seis” (1994), com direção de Nilton Travesso e a obra escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho; e “Pantanal” (1990) de Benedito Ruy Barbosa, com direção de Jayme Monjardim.

As televisões educativas, como TV Cultura e TV Brasil (a antiga TVE) tiveram também boas experiências nessa área de novelas, especialmente com adaptações de obras de literatura nacional dos séculos XIX e XX. E a CNT Gazeta nos anos 90, inovou com telenovelas com temática católica, com a parceira com a TV Século XXI de Valinhos-SP.

E a caminho de também completar 50 anos, a Rede Globo mantém sua diretriz em investir em novelas diárias, hoje com quatro produtos no ar, e agregando um grande número de atores, atrizes, diretores, autores, técnicos e produtores nessa verdadeira “linha de montagem” artística.

Enfim, a história das telenovelas diárias sintetiza com louvor a evolução e a qualidade das produções ficcionais brasileiras, inclusive já sendo objeto de estudo e de livros especializados, como no pioneiro “Memórias da Telenovela Brasileira” do saudoso professor Ismael Fernandes (1945-1997), lançado em 1982, pela Editora Brasiliense.

Hoje, importantes trabalhos editados por Mauro Alencar (“A Hollywood Brasileira – Panorama da Telenovela no Brasil”) e r e g i s t r a d o s i n t e r n e t , c o m o p o r N i l s o n X a v i e r ( ), também autor do Almanaque www.teledramaturgia.com.brda Televisão Brasileira, documentam a força e a presença do gênero da telenovela.

A todos esses grandes e históricos profissionais, a homenagem e os merecidos aplausos, por esse trabalho tão qualificado e duradouro, que chega com festa aos 50 anos. 7

O mês que findou reservou uma importante data na história da televisão brasileira. Foi há exatos cinquenta anos que uma arrojada ideia surgiu e ganhou força: a telenovela diária.

Em julho de 1963, a sempre inovadora TV Excelsior, canal 9 de São Paulo, sob a direção artística da dupla Edson Leite e Alberto Saad, após lograr grande êxito de público e de crítica com o lançamento de sua nova programação, que reunia um “casting” esmerado, como Bibi Ferreira, Moacyr Franco, Elizeth Cardoso, Jose Vasconcelos, Gessy Fonseca, Marcia Real, dentre muitos outros, teve a iniciativa de padronizar a exibição das novelas em todos (ou quase todos) os dias da semana.

Durante catorze anos, as novelas na TV eram exibidas duas, três vezes por semana, em vista da dificuldade das operações internas as emissoras de TV em produzir capítulos com exibição mais frequente.

Em dezembro de 1951, a célebre novela da TV Tupi, “Sua Vida Me Pertence”, escrita por Walter Forster e protagonizada por ele e também por Vida Alves e Lia de Aguiar, inaugura esse modelo de novelas não diárias, que fez grande sucesso e que durante mais de uma década trouxe grandes textos e interpretações a quase totalidade das emissoras existentes no pais.

Mas em 1963, a televisão já possuía grande experiência e acúmulo de estrutura técnica e logística para garantir um capítulo por dia. E assim surgiu, em julho daquele ano, a novela “2-5499 Ocupado”, exibida pela Excelsior às 19 horas.

Esse texto pioneiro, baseado no original argentino do roteirista Alberto Migré, foi adaptado na versão brasileira pela novelista Dulce Santucci, autora já consagrada nos meios radiofônicos. E para dirigir essa produção , Edson Leite escolheu Tito de Miglio, ilustre profissional de TV. O elenco dessa novela era esplendoroso, como protagonistas Tarcisio Meira e Gloria Menezes, duas das maiores revelações da TV naqueles iniciais anos 60, e já aclamados como astros do teleteatros. A versátil atriz e cantora Lolita Rodrigues também compunha o elenco dessa produção, juntamente com Lidia Costa, Neuza Amaral, Célia Coutinho, entre outros.

Com o imediato sucesso dessa primeiro folhetim diário, o canal 9 paulistano deu seguimento a ideia, e logo surgiram novos títulos, como “Aqueles que Dizem Amar-se”, também adaptada por Dulce Santucci e a primeira novela de Ivani Ribeiro, chamada “Corações em Conflito”.

Em 1964, a pioneira TV Tupi entra na seara das produções diárias de novelas, com “Alma Cigana”, curiosamente também de autoria de Ivani Ribeiro, com direção de Geraldo Vietri. Essa novela legou a historia artística brasileira a revelação de uma grande estrela da TV, a atriz Ana Rosa, que nessa novela atuava em dois papeis muito marcantes.

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Sala Cassiano Gabus Mendes

| Especial| Aplauso lança biografia de Vida Alves

Nelson Natalino

Amigos leitores da Revista Pró-TV.

Quero dizer aqui da minha f e l i c i d a d e a o v e r finalmente editado o livro “Vida Alves: Sem medo de viver”, pois embora tenha f e i t o t r ê s l i v r o s , participação em quatro coletâneas de contos, crônicas e dramaturgia, a l é m d e t e r e s c r i t o algumas peças de teatro e roteiros para tv, vídeos e

mostrando que o sucesso se faz, não só de glórias, mas a custa de muito empenho, trabalho, dedicação, tristeza, decepções e renúncias, tudo feito, porém, com muito amor e extremado esmero, acima de tudo.

Quem trabalha e convive com Vida, sabe do seu rigor na busca da qualidade por tudo aquilo que decide fazer. Sabe também que quando se propõe a fazer, fará. Percorrendo os mais árduos caminhos, removendo pedras e montanhas, tropeçando, caindo e levantando, ela fará acontecer .

Esse é o espírito do livro que escrevemos juntos, eu e Vida, passando longas horas conversando sobre cada momento recôndito de sua existência desde o seu nascimento, contando a saída de Minas Gerais, da cidade de Itanhandú, com a morte de seu pai e a luta de Dona Amélia, sua mãe, para criar os filhos em São Paulo.

Registramos seus primeiros passos na arte, o primeiro palco montado na mesa da avó, a investida na rádio com a irmã, as primeiras novelas de rádio ainda criança, seu ingresso na Rádio Tupi e a chegada da televisão no Brasil. Por fim, a explosão da carreira na TV trabalhando nas principais emissoras de São Paulo e do Brasil, suas maiores glórias e as grandes desilusões, que culminaram com o abandono da carreira, para dedicar sua vida à tv, de fora da tv, com a Pró-TV -Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira e com o sonho e objetivo maior: a realização do Museu da Televisão Brasileira.

O livro é intenso, pois registra uma vida intensa, repleta de boas histórias que reunidas contam grande parte da história da TV no Brasil e de como se fez para desenvolvê-la tornando-a uma das mais importantes do mundo. Tudo isso, ilustrado com belíssimas fotos, em grande parte inéditas, documentando os momentos e fatos narrados.

Gostaria ainda, de agradecer publicamente todo o carinho que Vida Alves me dispensou desde que nos conhecemos

shows, esta é a minha primeira incursão num livro biográfico.

Neste ponto, quero agradecer do fundo do coração a Rubens Ewald Filho e a Vida Alves, pela confiança em mim depositada, sem as quais seria impossível a execução desta o b r a . E n c o n t r e i e n o r m e d i f i c u l d a d e n o s e u desenvolvimento, pois queria levar ao leitor essa história tão rica, de forma fiel e verdadeira, buscando os fatos não só na memória da minha biografada, mas também em pesquisa desenvolvida ao longo desses dois anos em que escrevi o livro.

Vida Alves, sem medo de viver. O título, sugestão de Elmo Francfort, que aceitei prontamente, não poderia cair melhor a uma obra. Assim que vamos trilhando os dias da vida dessa mulher guerreira, percebemos que ela foi vivida sempre no “fio da navalha” e que nunca, em momento algum, deixou de ser intensa, deixou de ser impetuosa. Ela sempre entrou no jogo de corpo e alma, entregando-se ao trabalho de forma árdua, constante, objetiva e arrojada. Simplesmente sem medo. De errar, de ir para luta ou de viver. Dos seis aos oitenta e três anos, quando demos por encerrado o trabalho de entrevistas e levantamento de informações, Vida Alves levou a sua vida assim, lutando por um ideal. A partir dos seis anos (?), você me perguntará. A resposta é sim.

Normalmente, quando lemos um livro biográfico, a infância da personalidade é contada “en passant” pois história começa a ser contada mesmo em sua vida adulta. Pois Vida Alves contrariando as regras, nos mostra a importância da sua infância no transcorrer de toda a sua vida, pois foi lá atrás, ainda menina, aos 6 anos, que optou pelos palcos, pelos microfones e pela vida artística. E pautou toda a sua vida nessa decisão tomada, ainda pequenina, com o apoio da sua mãe, a quem sempre ajudou, agradecida.

Uma carreira brilhante, que contamos nesse livro,

h á d e z a n o s a t r á s , i n c l u s i v e p o r t e r prefaciado meu último l i v r o , p o r t o d o s o s trabalhos que a mim confiou nesse período e principalmente por ter me dado a honra de escrever essa importante obra que re g i s t ra p a ra to d a a posteridade, a sua própria vida. Espero ter sido digno dessa confiança. Natalino, autor da obra

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Elmo Francfort

Eva Wilma em “Azul Resplendor”

|Acontece|

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Elenco de “Sangue Bom”

Meia Eva, meia Blanca

Nossa amiga e sempre incentivadora da Pró-TV, Eva Wilma, está comemorando em grande estilo os seus 80 anos e 60 anos de carreira. Ela está de volta aos palcos, no Teatro Renaissance (em São Paulo), com a peça “Azul Resplendor”. No último dia 20 estavam presentes no lançamento da peça artistas como Suzana Pires, Daniel Alvin, Vida Alves, Felipe Andreoli, Arlete Montenegro, Vera Zimmerman, Cinthia Benini, Etty Fraser, Tuna Duek, Maria Helena Chira, Rubens Ewald Filho e Miriam Mehler. A peça, que marca esta dupla comemoração de Eva Wilma conta com direção do competente Renato Borghi, tendo no elenco outros grandes nomes como Pedro Paulo Rangel e Dalton Vighi. Voltando à Eva Wilma, a atriz interpreta o papel de Blanca Estela, uma dama do teatro que não sobe ao palco há mais de três décadas, mas que recebe um convite tentador de Tito Tápia (Pedro Paulo Rangel), um ator sem expressão, mas que possui grande devoção à atriz, e que almeja o seu retorno como protagonista. Acessem o site da peça: http://azulresplendor.com.br/ - vale à pena assistir!

A Jornada Mundial da Juventude no Brasil

Os holofotes em julho de 2013 estavam voltados para o mesmo foco: a vinda do simpático Papa Francisco ao Brasil, para Jornada Mundial da Juventude. Sua figura carismática ocupou boa parte da programação das emissoras de TV durante este período (ou melhor, da imprensa em geral). Nem mesmo o mau tempo prejudicou a festa, que foi transferida para praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, atingindo um número de mais de 3 milhões de participantes na orla carioca. Entre as emissoras, a Rede Globo interrompeu inúmeras vezes a programação para transmitir a festividade, tendo a presença de seus artistas, como Ana Maria Braga e Cássia Kiss em intervenções dramatúrgicas durante a festividade, retratando todos

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A TV Cultura, no dia 17 de junho, recebeu jornalistas e convidados para posse do seu novo presidente: Marcos Mendonça, que retorna à mesma posição que ocupou no passado. Na cerimônia, após reunião com o Conselho Curador, o presidente Marcos Mendonça falou com todos e fez uma homenagem especial à autora Tatiana Belinky – falecida em 15 de junho - , dando seu nome ao Núcleo de Programação Infantil da TV Cultura. A Pró-TV esteve presente no evento, tendo nossa presidente Vida Alves cumprimentado Marcos Mendonça pelo retorno à presidência da Fundação Padre Anchieta.

Entrevista exclusiva do Fantástico

os passos de Jesus Cristo a caminho da cruz. O Fantástico, por sua vez, realizou um furo mundial no domingo, 28 de julho, ao exibir uma entrevista exclusiva com o Papa Francisco (veja foto) – a primeira que ele deu e tratou de assuntos polêmicos, como os escândalos dentro do Vaticano. dado seus primeiros passos.

Rápidas...

... Após o sucesso de “Carrossel”, seu público não ficará órfão. Além de “Chiquititas”, o SBT lançará dois programas: uma atração vespertina “Clube do Carrossel” e a série “Patrulha Salvadora”.... A TV Gazeta e a Fundação Cásper Líbero investem pesado nas novas mídias. Com o setor de Mídias Digitais, a divulgação da emissora é feita agora em redes como facebook e twitter.... O programa Vitrine, da TV Cultura, foi para internet. Virou revista eletrônica. Leia em www.cmais.com.br.

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|Encontro com os Artistas| Eva Wilma

Vivinha, para os amigos. Ela apareceu na TV Tupi de São Paulo, a pioneira, em 1953.

Vinha já com muito gabarito, pois havia feito a peça: “Uma Mulher e Três Palhaços” e era formada em balé clássico, além de muito bonita e educada.

Isso já faz tanto tempo... mas não dá para esquecer a admiração e o respeito, que despertou em todas nós, que ali já estávamos e iríamos ser suas companheiras.

A e a TV CULTURA Fundação Padre Anchietafazem a diferença, colaborando na

manutenção da Pró-TV.História da televisão também é cultura.

www.tvcultura.com.br

O importante: “Alô Doçura”, que ela fez por muitos anos, a tornou conhecida nacionalmente, embora não houvesse vídeo-tape, nem rede nacional. E a moça, já então casada, viajava de lá para cá. Teve filhos. Era estrela. Mas, acima de tudo, era grande profissional.

Agora, em 2013, Eva Wilma completa 60 anos de carreira e 80 de idade. Inacreditável! Pois ainda parece a mesma Vivinha, daquele longínquo 1953.

E não podemos esquecer que ela fez 28 magníficas peças teatrais, 24 filmes e mais de 60 trabalhos em TV – entre os quais: novelas, seriados, minisséries e os importantes teleteatros, do começo da televisão.

Ah, e tem mais. Nós, da Pró-TV, e eu principalmente, não posso deixar de registrar aqui que ela nos tem acompanhado em quase todas as itinerâncias que fazemos, na parceria com a Rede Globo, da “Exposição: 60 Anos da Telenovela Brasileira”.

Estivemos na inauguração em Lisboa, Portugal, e lá estava a querida Vivinha, nos prestigiando.

E agora, no Teatro Renaissance, Eva Wilma estrela a peça “Azul Resplendor”, a espera de todos vocês.

Merece ir ver a eternamente grande atriz Eva Wilma. V.A.

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AniversariantesAgosto

01 Bruna Lombardi02 Isolda Correia Dias02 João Kléber03 Fabiana Spada03 Suzana Alves04 Beatriz de Oliveira04 Daisy Fonseca05 Nathália Timberg05 Bruna Marquezine05 Carlos Alberto Simão06 Irene Ravache06 Mauro Salles06 Wanderley Villa Nova07 Caetano Veloso07 Vera Holtz07 Yoná Magalhães07 Élio Tozzi07 Moracy Duval07 Lú Bandeira08 Valdemar Jorge Filho09 Raimundo José09 Paulo Sérgio Cardoso10 Fábio Assunção10 Fafá de Belém11 Júlia Gray11 Amália Mattei12 Vera Nunes12 Edney Giovenazzi15 Marcos Mora17 Elba Ramalho18 Osmar Prado19 Marcos Palmeira19 Heloísa Perissé19 Rubens Caribé20 José Wilker20 Roberto Rodrigues Alves22 Rodrigo Santoro22 Ari Toledo22 Luiz Loy22 Élida Alves23 Glória Pires23 Suzana Vieira23 Henrique Martins23 Tônia Carrero25 Tony Ramos26 Luiz Guimarães26 Dori Caymmi27 Walter Massis27 Sandra de Sá28 Márcia Dorce29 Edu Lobo29 Alessandra Negrini29 Luana Piovani30 Nelson Xavier31 Ermínio Chagas Gomes31 Sandra R. B. Godinho

|Destaque|

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Direção: Vida Alves | Design: Elmo Francfort e Nelson Gonçalves Jr. | Redação: Vida Alves, Elmo Francfort, Fábio

Siqueira, Élida Alves e Nelson Gonçalves Jr. | Fotos: Francisco Rosa | Colaboração: Élida Alves e Luciana BandeiraTel: (11) 3872-7743 | Site: www.museudatv.com.br

E-mail: [email protected] | Expediente: Segunda a

Sexta - 10h/18h | Venha nos visitar. Agende sua visita!

Nathália Timberg

A atriz Nathália Timberg completou 84 anos de vida no último dia 5.

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, em 1929, é considerada uma das maiores atrizes de sua geração.

No teatro, já foram mais de 30 peças, sendo a primeira em 1950: “O Pai”. Em cinema participou de 10 filmes. Entretanto sua grande atuação sempre foi mesmo em televisão.

Atuou em mais de 40 novelas, minisséries e seriados televisivos. Trabalhou na Tupi, Excelsior, Record, Cultura, Manchete, SBT e Globo.

Entre seus diversos trabalhos importantes na telinha, podemos citar: “O Direito de Nascer”, na Tupi, em 1964; “Sangue do Meu Sangue”, na Excelsior em 1969; “O Espantalho”, na Record em 1977; “Elas por Elas”, na Globo em 1982; “Pantanal” na Manchete em 1990; “Éramos Seis” no SBT em 1994. Atualmente é vista na novela das 21 horas da Globo, “Amor à Vida”.

Os pioneiros da TV deixam a sua homenagem a grande Nathália Timberg. Parabéns a ela!

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12 Salomé Parisio e Roberto de Almeida Rodrigues (Década de 1960)|Nosso Acervo|