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Nº 8 RIO EDUCAÇÃO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESPECIAL

Revista Rio Educação Especial nº 8

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Page 1: Revista Rio Educação Especial nº 8

Nº 8RIOEDUCAÇÃO

CONSELHOESTADUAL DE EDUCAÇÃO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ESPECIAL

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RIO EDUCAÇÃO 1

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RIO EDUCAÇÃO 1

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2 RIO EDUCAÇÃO

RIO EDUCAÇÃO nº 8 Especial

Publicação oficial do Conselho Estadual de Educação do Rio de JaneiroAv. Erasmo Braga, 118 - 10º andar - Centro

20020-000 - Rio de Janeiro, [email protected]

COORDENAÇÃO e ORGANIZAÇÃOProf. N. R. Feichas

ANOTAÇÕES COMPLEMENTARESFernanda Martins Tinoco

REVISÃOJoão Baptista de OliveiraPaulino Flores de Araújo

Colaboração

Ana Cristina Bulhões CadenaLuciana Pepicon dos Santos

Sonia Leir Reis da Silva

RIO DE JANEIRO (estado). SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO.CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Normas do Conselho Estadual deEducação: Deliberações 1998/2004; Pareceres Normativos 2000/2004. Rio deJaneiro: Sinepe Rio, 2005. 296 p. Coordenação da Publicação: Prof. N. R.Feichas. (Rio Educação Especial, 8)

1. CEE - Deliberações 1998/2004. 2. Pareceres Normativos 2000/2004I. Título. II. (Série)

CDU 351.851Referência bibliográfica elaborada na fonte

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RIO EDUCAÇÃO 3

Normas do ConselhoEstadual de Educação

Deliberações 1998/2004Pareceres Normativos 2000/2004

Rio de Janeiro2005

Estado do Rio de JaneiroSecretaria de Estado de Educação

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

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4 RIO EDUCAÇÃO

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RIO EDUCAÇÃO 5

GOVERNADORARosinha Garotinho

SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃOClaudio Mendonça

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

PRESIDENTERoberto Guimarães Boclin

CONSELHEIROSAmerisa Maria Rezende de Campos

Angela Mendes LeiteAntonio José Zaib

Arlindenor Pedro de SouzaCelso Niskier

Eber SilvaEsmeralda Bussade

Francílio Pinto Paes LemeFrancisca Jeanice Moreira Pretzel

Irene Albuquerque MaiaJesus Hortal Sánchez

João Pessoa de AlbuquerqueJosé Antonio Teixeira

José Carlos da Silva PortugalJosé Carlos Mendes Martins

Maria Lúcia do Couto KamacheRose Mary Cotrim de Souza Altomare

Tatiana MemóriaValdir Vilela

Wagner Huckleberry Siqueira

SECRETÁRIA-GERALNicoleta Cavalcanti Pereira Rebel

SUBSECRETÁRIA-GERALSandra Ceci Quinn Lopes Gonçalves

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6 RIO EDUCAÇÃO

EQUIPE ADMINISTRATIVA

Edilamar Nunes BaptistaAlbanita Maria SalazarLeila de Barros Baltar

Edilene Araújo

EQUIPE TÉCNICA

Ana Maria Loureiro CarneiroAngela Silvia Costa de Castro

Carla Fidalgo MutuanoFátima Regina Martins Ferreira

Fernanda Martins Tinoco João Baptista de OliveiraJosemar Coutinho LimaLurdes Therezinha Rissi

Maria Amália Chalhoub Serodio de FigueiredoMaria da Conceição Alves Moreira

Maria Ivanilde RodriguesMartha Filgueiras Linhares

N. R. FeichasNilza Martins Cordeiro

Paulino Flores de AraújoRenato Sprenger Costa e Silva

Sady CarvalhoSandra Maria dos Santos Teixeira

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RIO EDUCAÇÃO 7

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICACÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONALCOMISSÃO PERMANENTE DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

INDICAÇÃO Nº 01/05

Propõe a edição de um número da revista Rio Educação, dedicadoàs Deliberações e Pareceres Normativos emitidos por este Conselhoapós a publicação da revista Rio Educação nº 7.

O Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, no uso de sua competêncialegal e no cumprimento de suas atribuições, emitiu, desde a publicação da Revista RioEducação Especial nº 7, até o mês de janeiro de 2005, 48 deliberações e 27 pareceresnormativos, estabelecendo normas sobre matérias de relevância para o sistema estadual,todas devidamente publicadas no Diário Oficial do Estado.

Apesar do preceito jurídico de que a ninguém é dado desconhecer a legislação, narealidade, por vários motivos - entre eles, a precariedade dos meios de comunicação - háuma grande defasagem entre a emissão da norma e sua plena divulgação, gerando problemaspara a administração do sistema, não raro acarretando graves conseqüências para muitos.

Diante de uma situação de fato, que sabemos indesejável, torna-se necessárioencontrar meios corretivos ou que, pelo menos, a minimizem.

No caso em pauta, uma forma de fazê-lo – e esta é nossa proposta – seria reunir,em um único volume da Revista Rio Educação, órgão oficial do CEE-RJ, todas asdeliberações e pareceres normativos não publicados desde a de nº 7.

Assim, apenas tal número da revista precisará de uma tiragem maior, de modo aatender a todos os estabelecimentos de ensino integrantes do Sistema. Se o que ora sepropõe revelar-se por demais oneroso para a SEE RJ, soluções alternativas poderiamainda ser buscadas com os Sindicatos de Estabelecimentos Particulares de Ensino doEstado do Rio de Janeiro, como já foi feito no passado.

CONCLUSÃO DAS CÂMARAS E COMISSÃO

Aprovada em sessão conjunta da Câmara de Educação Básica, da CâmaraConjunta de Educação Superior e Educação Profissional e da Comissão Permanente deLegislação e Normas.

Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2005.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE E RELATORAMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOSANTONIO JOSÉ ZAIBARLINDENOR PEDRO DE SOUZACELSO NISKIERESMERALDA BUSSADEFRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZELIRENE ALBUQUERQUE MAIAJESUS HORTAL SÁNCHEZJOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUEJOSÉ CARLOS MENDES MARTINSJOSÉ CARLOS DA SILVA PORTUGALMARIA LÚCIA COUTO KAMACHEROSE MARY COTRIM DE SOUZA ALTOMAREWAGNER HUCKLEBERRY SIQUEIRA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente indicação é aprovada por unanimidade.Sala das Sessões, no Rio de Janeiro, em 25 de janeiro de 2005.

Roberto Guimarães BoclinPresidente

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8 RIO EDUCAÇÃO

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RIO EDUCAÇÃO 9

Deliberações homologadas noperíodo de novembro de 1998

a março de 2005

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10 RIO EDUCAÇÃO

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RIO EDUCAÇÃO 11

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 233 / 98

Suprime o Parágrafo único do Artigo 2º da Deliberação CEEnº 221/97 e dá outra providência.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições, e considerando que:

1 — Desde a sua publicação no D.O. de 28 de outubro de 1997 que oparágrafo único do Artigo 2º vem sofrendo críticas por parte de todos os envolvidosno procedimento do citado parágrafo;

2 — Vários educadores, deste Estado e de outros sempre se referiram aofato de que a deliberação, em seu parágrafo único do artigo 2º não correspondiaao preconizado pela Lei nº 9.394/96;

3 — Os diretores de estabelecimentos de ensino, pressionados pelosusuários, reclamaram muitas vezes da inexistência de inspetores escolares paraassinarem a lista de nomes a ser publicada no D.O. do Estado.

Desta maneira alguns usuários, em que pesem terem concluído o ensinode 2º grau (Ensino Médio), viram-se obrigados a recorrer à justiça para a garantiada inscrição no Curso da Instituição de Ensino Superior, para o qual já tinhamsido aprovados no exame vestibular, ou ingresso direto no mercado de trabalho;

4 — Finalmente, em 15 de outubro de 1998, a Coordenadoria de InspeçãoEscolar, através do ofício-circular E/COIE-E nº 05/98, deixa claro que o atendimentoaos estabelecimentos de ensino, encontra-se prejudicado, em virtude do reduzidoquadro de inspetores atualmente ainda no exercício da função,

DELIBERA:

Art. 1º — Fica suprimido o parágrafo único do Artigo 2º da DeliberaçãoCEE nº 221/97.

Art. 2º — O artigo 2º da Deliberação CEE nº 221/97 continua a vigorar coma seguinte redação: “A expedição de históricos escolares, declarações deconclusão de série, diplomas e certificados de conclusão de cursos, com asespecificações cabíveis, são da exclusiva responsabilidade da instituição de ensino,a partir da publicação desta deliberação.”

Art. 3º — Esta deliberação entre em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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12 RIO EDUCAÇÃO

Aprovada pela Comissão de legislação e Normas, em 10/11/98.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto do Relator

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO - RELATOR

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

MARCOS SOUZA DA COSTA FRANCO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada, nos termos do artigo 9º da Lei Estadualnº 1.590, de 18/12/89, com voto contrário do Conselheiro José Ruben Ceballos eabstenção de voto do Conselheiro João Marinônio Aveiro Carneiro.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 17 de novembro de 1998.

REGINA PEREIRA MENDES

PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

Publicada em 23/11/1998Altera a Deliberação CEE nº 221/1997Alterada pela Deliberação CEE nº 263/2001Artigo 1º: Nova redação dada pela Deliberação CEE nº 263/2001

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RIO EDUCAÇÃO 13

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 234 / 98

Revoga a Deliberação n° 200/92.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e considerando:

- que a Lei Federal n° 9.394/96 (publicada no D.O.U. de 23/12/96), em seuartigo 64, estabelece claramente, as condições exigidas para o exercício da funçãode Direção em instituições privadas dedicadas à educação básica;

- que a Deliberação CEE n° 231/98, publicada no D.O.E.R.J de 05/11/98,regulamenta dispositivos da nova LDB, entre eles o artigo 64, contemplando todasas situações que permitem o exercício da Direção naquelas instituições;

DELIBERA:

Art. 1º — Fica revogada a Deliberação n° 200/92, do Conselho Estadual deEducação do Rio de Janeiro.

Art. 2º — Revogam-se as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 24 de novembro de 1998.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE

MARCOS SOUZA DA COSTA FRANCO - RELATOR

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

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14 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada nos termos do artigo 9° da Lei Estadualn° 1.590, de 18/12/89.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 01 de dezembro de 1998.

REGINA PEREIRA MENDES

PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

Publicada em 07/01/1999Revoga a Deliberação CEE nº 200/1992

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RIO EDUCAÇÃO 15

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 235 / 98

Revoga a aplicabilidade aos Cursos Noturnos dos Parágrafos2º e 3º do artigo 3º da Deliberação CEE nº 219/96 e dá outrasprovidências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições, e considerando que:

- a Lei Federal 9.394/96 publicada no D.O.U. de 23/12/96) na Seção V - Daeducação de jovens e Adultos e correspondentes artigos 37 e 38 modificou bastantea Lei anterior, não só quanto ao limite de idade para conclusão, mas tambémpermitindo uma criatividade e liberdade que visam a integração do trabalhador naescola;

- o Decreto nº 2.208/97 de 17 de abril de 1997, pelo seu artigo 5º torna aeducação de nível técnico com organização curricular própria e independente doEnsino Médio, podendo ser oferecida de forma concomitante ou seqüencial aeste, tornando a Educação de Jovens e Adultos modalidade das mais importantespara a perfeita integração do cidadão no Mercado de trabalho;

DELIBERA:

Art. 1º — Ficam alteradas as denominações utilizadas nos diversos artigos,conforme a nova nomenclatura da Lei 9.394/96;

Art. 2º — Fica revogada a aplicabilidade aos Cursos Noturnos dosParágrafos segundo e terceiro do artigo 3º da Deliberação CEE nº 219/96;

Art. 3º — Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 4º — Esta deliberação entrará em vigor na data de sua publicação.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto do Relator

Rio de Janeiro, 01 de dezembro de 1998.

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16 RIO EDUCAÇÃO

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - Presidente

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO - Relator

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

MARCOS SOUZA DA COSTA FRANCO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada, nos termos do artigo 9º da Lei Estadualnº 1.590, de 18/12/89.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 22 de dezembro de 1998.

REGINA PEREIRA MENDES

PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

Publicada em 07/01/1999Altera a Deliberação CEE nº 219/1996Revogada pela Deliberação CEE nº 242/1999

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RIO EDUCAÇÃO 17

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 236 / 99

Dispõe sobre o Regime de colaboração a ser obrigatoriamenteadotado entre os Sistemas de Educação Estadual e Municipaisdo Estado do Rio de Janeiro.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições, e considerando que:

- o Art. nº 221 da Constituição Federal, por força da emenda de nº 14,determina que estados e municípios definam formas de colaboração de modo aassegurar a universalização do ensino obrigatório;

- o Art. 5º da Lei nº 9.394/96, em seu parágrafo primeiro, estabelece asformas obrigatórias de colaboração;

- o Art. 8º da mesma Lei confirma a obrigatoriedade de colaboração quandoda organização dos sistemas de ensino;

- o Art. 11 da LDBEN permite que os Municípios não se organizem emsistema, optando por se integrar ao Sistema Estadual ou compor com ele umsistema único de Educação Básica;

- o Grupo de Trabalho constituído pela Portaria nº 005, de 18 de junho de1998, da Presidência do Conselho Estadual de Educação, para elaborar com aUNDIME uma proposta de formas de colaboração entre os sistemas de ensino noEstado do Rio de Janeiro, concluiu seu trabalho apresentando-o sob a forma derelatório ao Plenário deste Colegiado,

DELIBERA:

Art. 1º — São consideradas formas obrigatórias de colaboração do Estado edos Municípios com sistema de educação organizado as ações de:

I. Recensear a população em idade escolar para o Ensino Fundamental eos jovens e adultos que a ele não tiveram acesso;

II. Fazer-lhes a chamada pública;

III. Zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Parágrafo único - A colaboração se estenderá ao Ensino Médio quando,conforme estabelece o Art. 4º da LDBEN, a este nível se estender a obrigatoriedadee a gratuidade.

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18 RIO EDUCAÇÃO

Art. 2º — São consideradas formas facultativas de colaboração do Estado edos Municípios com sistema de educação organizado a Matrícula Integrada e aSupervisão Educacional ou Inspeção Escolar.

Art. 3º — Na realização da matrícula integrada, o Estado e o Municípiopoderão, em conjunto:

I. Elaborar o calendário letivo unificado contemplando, além dos aspectospedagógicos, os aspectos culturais, regionais e locais;

II. Elaborar o calendário unificado de matrículas possibilitando aracionalização das redes estadual e municipal;

III. Unificar os critérios para priorizar o acesso à matrícula;

IV. Garantir a transferência, quando necessária, de alunos das escolasestaduais para escolas municipais e das escolas municipais para escolas estaduaisvisando ao princípio da racionalização das redes;

V. Definir a localização de escolas-pólo, visando à concentração de alunosem substituição a escolas com número de alunos reduzido;

VI. Garantir transporte escolar aos alunos que dele necessitem atendendoao princípio da racionalização;

VII. Ceder pessoal, quando for o caso, para atendimento à clientela escolarcom permuta ou ressarcimento financeiro para o cedente.

Art. 4º — Na realização da matrícula integrada, poderá caber ao Estado:

I. Absorver, prioritariamente, a matrícula de 5ª a 8ª séries do EnsinoFundamental e do Ensino Médio;

II. Oferecer, nas unidades escolares, atendimento aos dois segmentos doEnsino Fundamental, temporariamente, enquanto se processa o ajuste das redes.

Art. 5º — Na realização da matrícula integrada, poderá caber ao Município:

I. Absorver, prioritariamente, a matrícula desde a Educação Infantil até a4ª série do Ensino Fundamental;

II. Expandir o atendimento ao segundo segmento do Ensino Fundamentalsomente após a universalização da matrícula desde a Educação Infantil até a 4ªsérie.

Art. 6º — Na realização da Supervisão Educacional ou Inspeção Escolar, oEstado poderá:

I. Transferir ao Município, mediante convênio, as atribuições referentesao encargo da Supervisão Educacional ou Inspeção Escolar do EnsinoFundamental e do Ensino Médio na rede privada, utilizando a legislação estadualpertinente;

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RIO EDUCAÇÃO 19

II. Colaborar com o Município na Supervisão Educacional ou InspeçãoEscolar, fornecendo todas as orientações necessárias, inclusive a legislaçãoeducacional emanada do Conselho Estadual de Educação e dos demais órgãosdo Estado, referentes à área educacional.

Art. 7º — Na realização da Supervisão Educacional ou Inspeção Escolar, oMunicípio poderá:

I. Manter, no seu quadro de Supervisores Educacionais ou de InspetoresEscolares, servidores legalmente habilitados para o exercício da função e emnúmero suficiente para atender a todas as unidades escolares;

II. Aplicar em âmbito municipal, nas instituições de Educação Infantil darede privada, todas as normas estabelecidas pelos órgãos normativos e executivosdo Estado.

Art. 8º — As formas obrigatórias previstas em lei e as formas facultativasora estabelecidas, bem como outras que vierem a ser eleitas por ambos ossistemas, constituirão o regime de colaboração que será formalizado por meio deconvênio a ser firmado pelas autoridades que a respectiva legislação considerarcompetente para tal atribuição.

Parágrafo único — Os convênios terão prazos de vigência livrementeestabelecidos pelas partes, podendo ser renovados ou modificados por supressãoou acréscimo de cláusulas mediante aditamentos que os conveniados houverempor bem editar.

Art. 9º — Se o Município optar por compor com o Estado um sistema únicode Educação Básica, o ato que vier a formalizar a criação do sistema único deverádefinir a quem caberá a gestão do sistema.

Art. 10 — Esta deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto do RelatorRio de Janeiro, 09 de março de 1999.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE E RELATOR

ARAPUAN MEDEIROS DA MOTTA - AD HOC

CELSO NISKIER - AD HOC

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

MARCOS SOUZA DA COSTA FRANCO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

VALDIR VILELA - AD HOC

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20 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada com voto contrário da ConselheiraAmerisa Maria Rezende de Campos.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 06 de abril de 1999.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 12/04/1999

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RIO EDUCAÇÃO 21

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 237 / 99

Institui em todas as escolas públicas do Sistema Estadual deEnsino a “Hora da Leitura”, e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, no uso de suasatribuições, e considerando:

(a) A necessidade de incentivar o gosto pela leitura, desenvolvendo nascrianças e nos jovens as habilidades decorrentes desta prática;

(b) A importância de resgatar para a escola o espaço natural de leitura ediscussão de problemas;

(c) O projeto encaminhado pela Secretaria Estadual de Educação sobreprograma de incentivo à leitura,

DELIBERA:

Art.1º. — Fica instituído, em todas as escolas públicas do Sistema Estadualde Ensino, o programa “Hora da Leitura”, nos termos desta Deliberação.

Art.2º. — O programa “Hora da Leitura” constitui-se de um tempo semanal,nunca inferior a uma hora-aula, dedicado ao hábito da leitura, a ser incluído emtodas as matrizes curriculares das escolas públicas do Sistema Estadual de Ensino.

Parágrafo único — A Secretaria Estadual de Educação formulará asdiretrizes e dará a orientação para as atividades que poderão ser desenvolvidaspelas escolas, durante o programa.

Art. 3º. — A Secretaria Estadual de Educação, na implantação do programa“Hora da Leitura”, poderá estabelecer convênios com Prefeituras, com osMinistérios de Educação e de Cultura, com entidades públicas e privadas comfinalidade cultural e com Instituições de Ensino Superior públicas e particularesem todo o Estado.

Art. 4º. — Para fins de orientação das escolas, a Secretaria Estadual deEducação poderá definir uma “Biblioteca Básica Infanto-Juvenil”, a ser trabalhadapor todas as escolas na implantação do programa “Hora da Leitura”.

Parágrafo Único — De forma a elaborar a Biblioteca Básica Infanto-Juvenil,a Secretaria de Estado de Educação instituirá Comissão de Especialistas, queincluirá entre seus membros um representante da Academia Brasileira de Letras.

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22 RIO EDUCAÇÃO

Art.5º. — A presente Deliberação entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de legislação e Normas acompanha o voto do Relator

Rio de Janeiro, 06 de abril de 1999.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE

CELSO NISKIER - RELATOR

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

MARCOS SOUZA DA COSTA FRANCO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 06 de abril de 1999.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 12/04/1999

Page 25: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 23

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 238 / 99

Regulamenta o arquivamento eletrônico de documentosescolares de instituições de ensino vinculadas ao sistemaestadual e dá outras providências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições, e considerando:

a) a necessidade de regulamentar o arquivamento eletrônico de documentosescolares;

b) as características técnicas específicas dos documentos eletrônicos e asconseqüências para a sua guarda;

c) os termos da Indicação CNE nº 02/97, que versa sobre o mesmo assunto,

DELIBERA:

Art. 1º — Nas instituições de ensino vinculadas ao sistema estadual, oarquivamento eletrônico de documentos escolares poderá, a critério domantenedor, ser feito em disquetes, CD-ROMs ou qualquer outro meio dearmazenamento que se utilize de dispositivos eletrônicos, ópticos e/ou magnéticos.

§ 1º — Os disquetes, CD-ROM ou dispositivos equivalentes deverão serarmazenados em duas vias de idêntico teor, sendo como uma via para uso correnteda instituição e a outra via guardada como cópia de segurança em lugar protegido,a critério da instituição e sob sua responsabilidade.

§ 2º — Os papéis eliminados em razão da informatização do arquivo escolarpoderão ser inutilizados pela instituição, sob sua exclusiva responsabilidade.

Art. 2º — Cessadas as atividades da instituição de ensino, todos os seusarquivos eletrônicos serão arrolados pela mesma e, em seguida, conferidos erecolhidos ao órgão regional da Secretaria de Estado de Educação por ComissãoEspecial para este fim designada, passando a constituir acervo desta Secretaria,para fins de autenticação de documentos emitidos pela instituição extinta, ou deemissão de vias autenticadas, sempre que solicitadas pelo interessado, na formadefinida pelo órgão.

Art. 3º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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24 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto do Relator

Rio de Janeiro, 23 de março de 1999.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE

CELSO NISKIER - RELATOR AD HOC

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

MARCOS SOUZA DA COSTA FRANCO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

VALDIR VILELA - AD HOC

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 04 de maio de 1999.

JOÃO MARINÔNIO AVEIRO CARNEIRO

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 10/05/1999

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RIO EDUCAÇÃO 25

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 239 / 99

Regulamenta o arquivamento de documentos escolares eminstituições de educação básica do Sistema Estadual.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, no usode suas atribuições, e considerando a necessidade de regulamentar o arquivamentode documentos escolares, adequando-o ao atual estágio de desenvolvimentotecnológico na área do processamento e do armazenamento de informações,

DELIBERA:

Art. 1º — Arquivo escolar é o conjunto, rigorosamente organizado, dedocumentos e informações que comprovem, inequivocamente, a identidade e osfatos relativos à escolaridade de cada aluno e do conjunto de alunos da instituiçãoescolar e evidenciem, ao mesmo tempo, os aspectos de organização e ação daescola referentes ao processo de educação e ensino vivenciado pelos alunos, aolongo de todo o período de funcionamento da instituição.

Art. 2º — O arquivo escolar, que deve estar - permanentemente - emcondições de fácil acesso e pronta consulta pela própria administração da instituiçãoe pelos agentes de inspeção do Poder Público, observa as seguintes formas deorganização:

I. Arquivo de Movimento, ou ARQUIVO “VIVO”, de utilização corrente epassível de assentamentos, referente aos alunos com escolarização em processona instituição;

II. Arquivo Permanente”, ou ARQUIVO “MORTO”, insuscetível deescrituração e referente aos alunos que concluíram curso e aos alunos que nãochegaram a concluir curso na própria instituição, tendo estes últimos sidotransferidos ou não.

Art. 3º — Nas instituições de ensino do sistema estadual, o arquivamentode documentos referentes à vida escolar de alunos deve ser feito mediante umadas seguintes modalidades, a critério do mantenedor:

I. arquivamento do próprio documento, sendo no original se emitido pelainstituição e, sob a forma de cópia conferida pela instituição receptora, se emitidopor terceiros;

II. arquivamento em disquete, CD-ROM ou outra forma obtida por meioeletrônico, segundo norma específica deste Conselho.

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26 RIO EDUCAÇÃO

Parágrafo único — Cessadas as atividades da instituição de ensino, todosos seus arquivos serão arrolados pela mesma e, em seguida, conferidos e recolhidosao órgão regional da Secretaria de Estado de Educação, por Comissão Especialpara tal designada, passando a constituir acervo desta Secretaria, para fins deautenticação de documentos emitidos pela instituição extinta, ou de emissão devias autenticadas ou de certidões, sempre que solicitadas pelos interessados, naforma definida pelo Órgão.

Art. 4º — Compõem o arquivo escolar, como dados referentes ao aluno:

I. registro da matrícula do aluno, no estabelecimento escolar, incluindoidentificação e qualificação do requerente, bem como o nome completo, filiação,nacionalidade, data e local de nascimento do matriculando;

II. comprovante da escolaridade anterior - excetuado o referente àEducação Infantil - ou, sendo o caso de que trata a Lei Federal nº 9.394/96, registropormenorizado do procedimento de classificação ou de reclassificação;

III. registro dos resultados obtidos pelo aluno ao longo e ao final de cadaperíodo letivo cursado, em cada componente curricular, consignando a aprovaçãoou a reprovação e o percentual total de freqüência apurado na forma da lei.

Art. 5º - Compõem o arquivo escolar, como dados referentes à instituição:

I. Ato constitutivo da entidade mantenedora, bem como seus eventuaisatos de alteração, todos devidamente registrados;

II. Atos regedores do funcionamento da instituição mantida, emitidos peloPoder Público, além do Regimento e seus eventuais Adendos, devidamenteregistrados;

III. Proposta Pedagógica ou conjunto de propostas pedagógicascontemplando a carga horária de cada componente curricular e o número de diasletivos por ano, considerado o efetivo trabalho escolar, na forma da legislação;

IV. ementa do trabalho efetivamente desenvolvido por componentecurricular, por período ou ano letivo;

V. registro da identificação e da habilitação do docente responsável porcada componente curricular;

VI. registro dos certificados de conclusão ou diplomas expedidos pelainstituição, constando de nível de ensino, nome completo do aluno, filiação, datade nascimento, ano de conclusão, número de controle interno de emissão dodocumento, data da expedição, nome completo e assinatura do diretor.

§ 1º — O registro a que se refere o inciso VI deste artigo é feito em LIVRODE REGISTRO DE CERTIFICADOS E DIPLOMAS, pela própria instituição.

§ 2º — Assegurados o registro da freqüência e do aproveitamento do aluno,na forma desta Deliberação, e a permanente disponibilização desses dados paraa família do aluno, fica a critério da instituição escolar a utilização, ou não, de

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RIO EDUCAÇÃO 27

diário de classe que, se adotado, constitui mera fonte de referência interna,descartável sem quaisquer formalidades, não integrante do arquivo escolar.

§ 3º — Na forma da legislação e mediante requerimento do aluno, ex-alunoou pessoa legalmente credenciada para tanto, a instituição escolar fornecerá cópiasde certificado de conclusão, diploma e de histórico escolar ou outros registrosconstantes da pasta individual do aluno na forma definida no Regimento.Art. 6º -A transferência do acervo documental de escolas extintas do sistema estadualpoderá ser feita, do Estado para qualquer Município, uma vez que este último,constituindo sistema de ensino próprio, nos termos da lei, solicite à Secretaria deEstado de Educação/RJ a guarda de tal documentação e assuma as obrigaçõesde que trata o art. 3º, Parágrafo único, desta Deliberação.

Art. 7º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto do Relator.Rio de Janeiro, 06 de abril de 1999.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE

MARCOS SOUZA DA COSTA FRANCO - RELATOR

CELSO NISKIER - AD HOC

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 04 de maio de 1999.

JOÃO MARINÔNIO AVEIRO CARNEIRO

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 10/05/1999

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28 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMASCÂMARA DE PLANEJAMENTO

DELIBERAÇÃO CEE Nº 240 /99

Dispõe, em caráter emergencial, acerca de expedição eautenticação de documentos escolares e de Educação Básicapara aluno egresso de estabelecimento de ensino extinto.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições, e

Considerando que este Conselho tem recebido ultimamente inúmerospedidos para regularização de vida escolar de muitos ex-alunos de escolas quetiveram suas atividades encerradas e cujo acervo foi recolhido ao Arquivo deEscolas Extintas da Secretaria de Estado de Educação;

Considerando que alguns desses pedidos têm origem no protocolo desteConselho, mas em sua maioria são processos encaminhados pela E/COIE-E quese sente impossibilitada de atender às partes interessadas porque os arquivosestão distribuídos em diferentes locais no Estado, em fase urgente dereorganização;

Considerando a intenção de resguardar o direito do requerente; econsiderando que após 1984 todas as escolas foram obrigadas a publicar, emD.O., a relação dos alunos formandos,

DELIBERA:

ART. 1º — Ao requerer qualquer documento relativo ao Ensino Médio (antigo2º Grau), tais como: Declaração de Escolaridade, Declaração de Conclusão deCurso e Autenticação de Documentos Escolares, o requerente deverá:

I - Se tiver concluído o curso a partir de 1984 até a data do requerimento,anexar uma fotocópia da publicação no Diário Oficial onde apareça seu nomecomo concluinte.

II - Se a data de conclusão do curso for anterior a 1984, ou caso não sejaconcluinte, anexar prova de que estudou na Escola, tais como: boletim escolar,recibo de pagamento, caderneta escolar, provas, enfim, dados que permitam à E/COIE-E ter elementos para Proceder a pesquisa.

ART. 2º — Ao requerer qualquer documento relativo ao Ensino Fundamental(antigo 1º Grau), o requerente deverá anexar provas de que estudou na escola eque tem direito ao que solicita, tais como: caderneta escolar, testes, recibo depagamento ou outro documento que sirva de subsídio para a E/COIE-E procederas buscas através das Coordenadorias.

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RIO EDUCAÇÃO 29

ART. 3º — Preferencialmente o requerente deve ser orientado no sentidode, se assim o desejar, recorrer à letra “C” do inciso II do artigo 24 da LDBEN, járegulamentado por este Conselho por meio das deliberações números 223/97 e225/98.

ART. 4º — Em todos os casos o requerente deverá anexar a “Declaraçãode Responsabilidade”, cujo modelo está em anexo.

ART. 5º — Fica a E/COIE-E autorizada a expedir certidão de conclusão decurso, autenticar documentos, dar declarações de escolaridade sempre quecomprovada a veracidade dos documentos apresentados ou verificada suaautenticidade em arquivos, atas ou relatórios das Coordenadorias Regionais.

ART. 6º — Na impossibilidade de confirmação, deve o respectivo processoser encaminhado a este Conselho para a devida apreciação.

ART. 7º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,perdendo eficácia a partir da data do término da reorganização do Arquivo deEscolas Extintas, ficando revogadas, durante sua vigência, as disposições emcontrário.

Parágrafo único — A E/COIE-E, ao remeter o processo ao C.E.E./RJ deveanexar um sucinto relatório no qual devem constar, se possível, a data doencerramento das atividades da escola e o motivo, os nomes do Diretor, do DiretorSubstituto e do Secretário na época do encerramento.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO:

A Comissão de Legislação e Normas e a Câmara de Planejamentoacompanham o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 06 de julho de 1999.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE

EBER MANCEN GUEDES - RELATOR

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

PAULO KLOBER PINTO LOPES SAMPAIO

GODOFREDO PINTO

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

RIVO GIANINI DE ARAUJO

VALDIR VILELA

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30 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 13 de julho de 1999.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 19/07/1999

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RIO EDUCAÇÃO 31

ANEXO À DELIBERAÇÃO CEE Nº 240/1999

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Declaro, para os devidos fins, que cursei a _____º série do ____º Grau(Ensino Fundamental/Ensino Médio), no _________________________________(nome da Instituição de Ensino) no ano de ______, no Município _______________________________________, do Estado do Rio de Janeiro.

Declaro, ainda, ter conhecimento de que omitir ou alterar a verdade sobrefato juridicamente relevante em documento público ou privado encontra-se tipificadono art. 299 do Código Penal (Falsidade Ideológica), passível de pena de reclusão.

Data:

Assinatura:

Nome do Interessado:

CI e CPF:

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32 RIO EDUCAÇÃO

GRUPO DE TRABALHO PARA REGULAMENTAR A LEI DEDIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 241 / 99

Regulamenta o processo de reclassificação nas unidadesescolares do ensino fundamental e dá outras providências,

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições,

Considerando os princípios legais da flexibilidade da organização daeducação básica, da autonomia das unidades escolares, da autonomia dos alunosna construção de conhecimentos a partir das vivências oferecidas pela educaçãoescolar e do reconhecimento e da valorização da experiência extra-escolar doaluno;

Considerando, ainda, a necessidade de fixação de regras para o processode reclassificação de estudantes com base no disposto no parágrafo 1º, doartigo 23 combinado com a alínea “c”, do inciso II, do artigo 24, da Lei Federalnº 9394/96,

DELIBERA:

Art. 1º — O processo de reclassificação de alunos na educação básicaabrange:

a) aqueles que estejam regularmente matriculados na unidade escolar eque tiverem sido reprovados por insuficiência de freqüência;

b) os alunos transferidos de outras unidades escolares situadas no País;

c) os alunos transferidos de unidades escolares de países estrangeiros.

Parágrafo único — O processo de reclassificação deve necessariamenteconstar da proposta Pedagógica e do Regimento Escolar.

Art. 2º — Na hipótese da alínea “a” do artigo 1º desta Deliberação, oprocesso de reclassificação deve garantir que o aluno demonstre rendimentoescolar superior ao mínimo previsto no Regimento para a promoção, na etapa naqual se verificou a insuficiência de freqüência.

Art. 3º — O processo de reclassificação nas hipóteses de transferênciaimplica a análise cuidadosa do conteúdo curricular cursado, bem como do históricoescolar, e a avaliação de conhecimentos do candidato que possibilite sua futuraadaptação à proposta pedagógica e ao currículo pleno da escola para a qual seestá transferindo.

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RIO EDUCAÇÃO 33

Art. 4º — O resultado da reclassificação do aluno deve constarobrigatoriamente em sua ficha individual na Secretaria da Escola e em seu HistóricoEscolar.

Art. 5º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DO GRUPO DE TRABALHO

A presente Deliberação foi aprovada em 17 de agosto de 1999 pelo Grupode Trabalho constituído para regulamentar a Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional, sendo relatada pelos Conselheiros João Pessoa de Albuquerque eRonaldo Pimenta de Carvalho.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE – PRESIDENTE

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO – RELATOR

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada com voto contrário, em separado, daConselheira Amerisa Maria Rezende de Campos.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 14 de setembro de 1999.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 21/09/1999Retificação no D.O. Em 30/11/1999

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34 RIO EDUCAÇÃO

VOTO EM SEPARADO DA CONSELHEIRAAMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS:

Considerando que o item a do Art. 1º da presente Deliberação contraria oinciso VI do Art. 24 da lei 9394/96, diz -“... exigida a freqüência mínima de setentae cinco por cento do total de horas letivas para aprovação”.

Considerando, ainda, que o item 2.4 do Parecer CNE/CEB nº 12/97, diz: “ALei anterior Lei nº 5.692/71 - dispunha, em seu art. 14 § 3º, que ter-se-ia comoaprovado, quanto à assiduidade, “o aluno de freqüência igual ou superior a 75%na respectiva disciplina, área de estudo ou atividade. Se o legislador houvessepretendido manter o critério, teria simplesmente repetido os termos oratranscritos...” “.

Em assim sendo, sou de voto contrário a aprovação desta Deliberação.

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RIO EDUCAÇÃO 35

CÂMARA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 242 / 99

Fixa normas para o funcionamento de cursos e de examespara a Educação de Jovens e Adultos e dá outras providências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e, de acordo com o artigo nº 208 da ConstituiçãoFederal, com a Lei nº 9.394/96, art. 37 e art. 38, e Resoluções nºs 02/98 e 03/98do Conselho Nacional de Educação,

DELIBERA:

Art. 1º — A Educação de Jovens e Adultos destina-se àqueles que nãotiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio naidade própria e necessitam beneficiar-se das oportunidades oferecidas pelaeducação continuada, considerando seus interesses, condições de vida e detrabalho.

Art. 2º — No processo de educação de jovens e adultos, os exames ecursos supletivos compreenderão a base nacional comum do currículocorrespondente e os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandospor meios informais.

Art. 3º — O planejamento dos cursos relacionados à Educação de Jovense Adultos deve garantir oportunidades educacionais apropriadas às característicasdesse alunado, considerando os princípios filosóficos da educação nacional.

Art. 4º — No processo de educação de jovens e adultos, a organizaçãodos cursos supletivos nos níveis fundamental e médio deverá atender, em seuplano político-pedagógico, o interesse do processo ensino-aprendizagem, levandoem consideração as características das séries, ciclos períodos, etapas, fases emódulos e outras formas de organização curricular permitindo alternância regularde períodos de estudo, grupos não seriados, com base na idade, competência eem outros critérios relacionados.

Art. 5º — A matrícula de jovens e adultos nos cursos supletivos far-se-áatravés da verificação do conhecimento do aluno, do grau de maturidade,desenvolvimento e experiência, independentemente da escolaridade anterior,quando houver.

Art. 6º — Os cursos para jovens e adultos assegurarão oportunidadeseducacionais apropriadas às características desse alunado, interesses e condiçõesde vida e de trabalho e estimularão, nos limites impostos pela legislação vigente,a utilização de novas tecnotodologias apropriadas, inclusive o ensino a distânciae, neste caso, nos termos da Deliberação nº 232/98 deste Conselho.

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36 RIO EDUCAÇÃO

Art. 7º — O Planejamento dos Cursos de Educação Profissional para Jovense Adultos obedecerá ao disposto no Capítulo III da Lei Federal nº 9394/96 e noDecreto nº 2208/97.

Art. 8º — Tendo em vista as características do alunado, poderão seroferecidas alternativas profissionalizantes ou reconhecimento de experiênciaprofissional.

§ 1º — Os conteúdos das alternativas profissionalizantes poderãocorresponder a até 25% (vinte e cinco por cento) do currículo comum.

§ 2º — O reconhecimento da experiência profissional, substitutiva daalternativa profissionalizante citada no parágrafo 1º, deverá corresponder a umperíodo de 5 (cinco) anos de comprovada atividade profissional com aferição,sempre que possível, por meio de exame.

Art. 9º — Os exames supletivos são de competência do Poder Público erealizar-se-ão:

I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de 15(quinze) anos;

II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de 18 (dezoito)anos.

Art. 10 — A fixação da época dos exames supletivos é da competência doPoder Público.

Art. 11 — A certificação para os exames supletivos é da responsabilidadedo Poder Público competente por intermédio de seus órgãos próprios de ensino.

Art. 12 — Os cursos supletivos regulares presenciais com carga horáriamínima de 1600(um mil e seiscentas) horas para o Ensino Fundamental,distribuídas ao longo de 2(dois) anos, e de 1200 (um mil e duzentas) horas,distribuídas em igual período, para o Ensino Médio serão oferecidos por instituiçõesde ensino devidamente autorizadas.

§ 1º — Instituições de Ensino autorizadas a oferecerem cursos supletivosregulares presenciais realizarão as avaliações indicadas em sua programação ecertificarão os estudos completados, observando os limites indicados no parágrafoprimeiro do artigo 38 da Lei 9.394/96.

§ 2º — Os cursos supletivos regulares, desde que devidamente autorizadospelo órgão próprio do Poder Público, poderão ser ministrados em escolas centrosde ensino supletivo locais de trabalho, sindicatos, associações de moradores,telesalas e outros assemelhados.

Art. 13 — Os cursos supletivos com organização diferente de seriadodeverão adaptar a carga horária mínima estabelecida no caput desde artigo à suaProposta Político-Pedagógica.

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RIO EDUCAÇÃO 37

Art. 14 — Os cursos supletivos correspondentes aos quatro primeiros anosde escolaridades do Ensino Fundamental terão estrutura e duração definidas pelaspróprias instituições ou organizações que vierem a ministrá-los, independente deautorização pelo Poder Público.

Art. 15 — O Poder Público acompanha, direta e permanentemente, ofuncionamento dos cursos supletivos, através de seus órgãos competentes.

Art. 16 — A autorização de funcionamento dos estabelecimentos queoferecem a Educação de Jovens e Adultos será concedida mediante o atendimentoaos termos da Deliberação CEE nº 231/98 e da presente Deliberação.

Parágrafo único — Fica revogada a alinea “d” do Art. 23 da DeliberaçãoCEE nº 231/98.

Art. 17 — Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, asDeliberações nºs 219/96 e 235/98.

Art. 18 — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Câmara de Educação de Jovens e Adultos acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 06 de julho de 1999.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN - PRESIDENTE

MYRTHES DE LUCA WENZEL - RELATORA

AMERISA MARIA REZENDE CAMPOS

JOÃO MARINÔNIO AVEIRO CARNEIRO

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

JOSÉ RUBEN CEBALLOS

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

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38 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 28 de setembro de 1999.

CELSO NISKIER

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 19/10/1999Retificada no D.O. de 30/11/1999Altera a Deliberação CEE nº 231/1998Revoga as Deliberações CEE nº 219/1996 e 235/1998Alterada pela Deliberação CEE nº 247/1999Revogada pela Deliberação CEE nº 259/2000Art. 11 – Ver Deliberação CEE nº 247/1999, que acrescenta parágrafo único

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RIO EDUCAÇÃO 39

COMISSÃO TEMPORÁRIA MISTA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 243 / 99

Fixa normas de atuação em Estabelecimentos de EnsinoFundamental da iniciativa privada de encargos transferidos aosMunicípios que adotaram o SIEB.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, no usode suas atribuições, e considerando:

- os Artigos 6º e 7º da Deliberação CEE nº 236, de 06 de abril de 1999, quedispõe sobre o Regime de colaboração entre os Sistemas de Educação Estaduale Municipais do Estado do Rio de Janeiro;

- a formalização do Convênio firmado entre os Sistemas, através do SistemaIntegrado de Educação Básica (SIEB);

- a necessidade da passagem progressiva de encargos e serviçoseducacionais para a responsabilidade municipal e que pela sua natureza podemser realizados mais satisfatoriamente pelas administrações locais,

DELIBERA:

Art. 1º — Aos Municípios que optarem, no âmbito do Convênio de execuçãodo Sistema Integrado de Educação Básica, pela assunção dos encargos deSupervisão Educacional ou Inspeção Escolar, caberá o seguinte:

I. autorizar o funcionamento de instituições privadas de ensino queministrem ensino fundamental, além de supervisionar as respectivas atividades;

II. aplicar, nas instituições previstas no inciso anterior, as normas emanadasdos órgãos competentes do Estado e as normas complementares Municipais,quando houver.

Art. 2º - O pedido de autorização de funcionamento, instruído de acordocom a legislação estadual pertinente e a complementar Municipal, quando houver,será:

I. protocolizado no órgão próprio do Município;

II. analisado “in loco”, por uma Comissão Verificadora, designada pelaSecretaria Municipal de Educação, que emitirá laudo conclusivo.

III. Encaminhando-o ao órgão próprio da Secretaria Municipal de Educação,para emissão do ato competente.

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40 RIO EDUCAÇÃO

Parágrafo 1º — Na hipótese de laudo conclusivo desfavorável, a Comissãodeverá cientificá-lo ao requerente dando-lhe cópia da conclusão denegatória einformá-lo do prazo de trinta dias para interposição de recurso ao ConselhoEstadual de Educação.

Parágrafo 2º — Julgado procedente o recurso, o Conselho Estadual deEducação fará retornar o processo à Secretaria Municipal de Educação para queseja designada nova comissão verificadora, integrada por dois SupervisoresMunicipais e um Inspetor Escolar do Estado, dando-se ciência da matéria à E-COIE/E, obedecidos os prazos e disposições previstas na legislação estadualpertinente.

Parágrafo 3º — Para fins de cadastramento, todo ato autorizativo serácomunicado ao órgão estadual responsável pela Inspeção Escolar.

Art. 3º — Os encarregados de execução dos encargos de SupervisãoEducacional ou Supervisão Escolar transferidos ao Município deverão obedeceràs normas legais atribuídas à respectiva função, além de:

I. seguir a legislação emanada do Conselho Estadual de Educação;

II. planejar a dinâmica de sua atuação em concordância com as diretrizeslegais estabelecidas;

III. desempenhar, plenamente, todas as suas atribuições, zelando pelagarantia da qualidade do processo educacional;

IV. manter intercâmbio com o órgão próprio do Estado, responsável pelaInspeção Escolar;

Art. 4º — Aos órgãos próprios do sistema Municipal de Ensino competeainda:

I. garantir o desenvolvimento efetivo na aplicação do convênio;

II. assegurar o quantitativo adequado de quadros de SupervisoresEducacionais ou Inspetores Escolares devidamente habilitados para executar demodo satisfatório os encargos transferidos;

III. manter informado o órgão próprio do Estado sobre o andamento doconvênio.

Art. 5º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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RIO EDUCAÇÃO 41

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão Temporária Mista, instituída pela Portaria CEE nº 001, de 27/04/99, acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1999.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE - PRESIDENTE

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES - RELATOR

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL - AD HOC

MYRTHES DE LUCA WENZEL

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 05 de outubro de 1999.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 19/10/1999

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42 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS ECÂMARA DE PLANEJAMENTO

DELIBERAÇÃO CEE Nº 244 / 99

Modifica o Artigo 3º e acrescenta dois Parágrafos ao Artigo 8ºda Deliberação nº 231/98.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições e considerando:

- o grande número de consultas formais e informais realizadas por diversosmunicípios do Estado quanto à vinculação sistêmica das instituições de ensinoprivadas que oferecem educação infantil além de outras etapas da educaçãobásica;

- a competência delegada pelo Conselho Nacional de Educação por meiodo Parecer nº 05/97 da CEB/CNE, com base no artigo 90 da LDBEN, para dirimiras questões suscitadas na transição do regime anterior para o atual;

- o estabelecido na diretriz nº VI das Diretrizes Curriculares Nacionais paraa Educação Infantil,

DELIBERA:

Art. 1º — O artigo 3º da Deliberação nº 231/98, deste Conselho, passa ater a seguinte redação:

Art. 3º — Consideradas as disposições da Lei Federal nº 9394/96, nosseus artigos 17, III e 18, II, é assim estabelecida a vinculação sistêmica dasinstituições de ensino privadas, de educação básica:

I. com oferta exclusivamente de educação infantil: vinculadasexclusivamente ao sistemas municipal;

II. com oferta exclusivamente de ensino fundamental: vinculadasexclusivamente ao sistema estadual;

III. com oferta exclusivamente de ensino médio: vinculadas exclusivamenteao sistema estadual;

IV. com oferta de educação infantil e de ensino fundamental: vinculadas aosistema municipal, no tocante à educação infantil, e ao sistema estadual,relativamente ao ensino fundamental;

V. com oferta de educação infantil e de ensino médio: vinculadas ao sistemamunicipal, no que diz respeito à educação infantil, e ao sistema estadual, no quediz respeito ao ensino médio;

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RIO EDUCAÇÃO 43

VI. com oferta de ensino fundamental e de ensino médio: vinculadasexclusivamente ao sistema estadual;

VII. com oferta de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio:vinculadas ao sistema municipal, no que diz respeito à educação infantil, e aosistema estadual, no tocante ao ensino fundamental e ao ensino médio.

Parágrafo 1º - Para dirimir qualquer divergência na aplicação deste artigo,caberá recurso ao Conselho Estadual de Educação.

Parágrafo 2º - Na hipótese de o Município compor, com o Estado, sistemaúnico de educação básica, na forma do artigo 11, parágrafo único da Lei Federalnº 9.394/96, a vinculação, independentemente do critério de etapa ofertada, passaa ser exclusivamente ao sistema estadual de ensino”.

Art. 2º — Ficam incluídos os seguintes parágrafos no artigo 8º daDeliberação nº 231/98 deste Conselho:

§ 1º — Na hipótese de inexistência de sistema municipal de educação, aEducação Infantil oferecida em instituições privadas já em funcionamento deverãocontar com um profissional com, pelo menos, formação de nível médio equalificação profissional em educação infantil, para cada vinte crianças.

§ 2º — Após cinco anos da publicação deste Deliberação, o parágrafoanterior perderá sua eficácia, prevalecendo o previsto no inciso I do Artigo 8º daDeliberação nº 231/98.

Art. 3º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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44 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA COMISSÃO E CÂMARA

Comissão de Legislação e Normas e a Câmara de Planejamentoacompanham o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1999.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE – PRESIDENTE

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO – RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS – AD HOC

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

GODOFREDO SATURNINO DA SILVA PINTO

JOÃO MARINÔNIO AVEIRO CARNEIRO - AD HOC

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS - AD HOC

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 05 de outubro de 1999.

CELSO NISKIER

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 19/10/1999Republicada em 25/10/1999Altera a Deliberação CEE nº 231/98Vigência dos parágrafos do artigo 2º até 19/10/2004

Page 47: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 45

CÂMARA DE EDUCAÇÃO INFANTIL EDE ENSINO FUNDAMENTAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 245 / 99

Fixa normas para autorização de funcionamento de instituiçõesprivadas de Educação Infantil que assistem e educam criançasde 0 a 6 anos e onze meses.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições, considerando:

- que o artigo 89 da Lei Federal nº 9.394/96 dispõe que as creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão integrar-se ao respectivosistema de ensino até 23 de dezembro de 1999;

- que o artigo 30 da Lei Federal 9.394/96 estabelece que creches e entidadesequivalentes oferecem educação infantil para crianças de zero a três anos deidade e pré-escolas para crianças de quatro a seis anos de idade;

- que cabe ao Sistema Estadual de Ensino baixar normas complementarespara o seu sistema de ensino;

- que as instituições de Educação Infantil, mantidas pelo Poder PúblicoEstadual, bem como as mantidas pela iniciativa privada, em municípios semsistema de ensino organizado, integram o Sistema Estadual de Ensino;

- que as normas emanadas do Conselho para autorização de funcionamentode instituições de ensino não contemplam adequadamente as que exclusivamenteatuam com Educação Infantil;

DELIBERA:

CAPÍTULO I

CARACTERIZAÇÃO E VINCULAÇÃO SISTÊMICA

Art. 1º — As instituições de Educação Infantil são as que assistem e educamexclusivamente crianças de zero a seis anos de idade, permanecendo com elas,pelo menos, quatro horas diárias de segunda a sexta-feira. Enquadram-se comoinstituições privadas ou públicas.

Art. 2º — Entende-se por instituições privadas de Educação Infantil asenquadradas nas categorias de particulares, comunitárias, confessionais oufilantrópicas, nos termos do artigo 20 da Lei nº 9.394/96.

Art. 3º - A Educação Infantil será oferecida em:

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46 RIO EDUCAÇÃO

I - creches ou entidades equivalentes para crianças de 0 a 3 anos e onzemeses de idade.

II - pré-escolas, para crianças de 4 a 6 anos e onze meses de idade.

III - Centros de Educação Infantil Comunitários, para crianças de 0 a 6anos e onze meses, instituídos por grupos de pessoas físicas ou pessoas jurídicas,que incluem na sua entidade mantenedora representantes da comunidade, quenão remuneram qualquer integrante da entidade mantenedora e que prestam seusserviços para uma clientela que tenha, pelo menos, 75% de seus integrantes comrenda familiar de até dois salários mínimos.

Parágrafo único — Os recursos provenientes de fundos públicos previstosno art. 213 da Constituição Federal serão destinados preferencialmente para osCentros de Educação Infantil.

Art. 4º — A entidade Mantenedora é a responsável pela gestão pedagógicae administrativa das instituições de ensino para crianças de 0 a 6 anos e onzemeses, respeitada a legislação do sistema ao qual está integrada.

Art. 5º — Cabe ao Sistema Estadual de Ensino, por meio de seus órgãospróprios, autorizar, supervisionar e avaliar, segundo a legislação estadualpertinente, as instituições de ensino que educam e cuidam, exclusivamente, decrianças de 0 a 6 anos e onze meses mantidas pelo Estado.

Art. 6º — Todas as instituições de ensino que educam e cuidam,exclusivamente, de crianças de 0 a 6 anos e onze meses, localizadas nosmunicípios que não tenham optado por constituir sistema educacional próprio,devem ser autorizadas, supervisionadas e avaliadas pelo Sistema Estadual deEducação de acordo com a legislação estadual pertinente, excetuando-se asmantidas pela União.

CAPÍTULO II

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Art. 7º — Todas as instituições de Educação Infantil deverão ter na suaequipe técnico-administrativa:

I - Um educador com, pelo menos, o curso de formação de professoresde nível médio participando da Direção e responsável por manter organizada eatualizada a documentação dos educandos.

II - Um educador com, pelo menos, o curso de formação de professoresde nível médio para criar, coordenar, supervisionar e avaliar sua PropostaPedagógica.

III - Após cinco anos contados a partir da publicação desta Deliberação,

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RIO EDUCAÇÃO 47

deverá haver um educador com, pelo menos, o curso de formação de professoresde nível médio para cada vinte crianças e recomendada a escolaridade mínimade Ensino Fundamental para todo o pessoal auxiliar.

IV - Na inexistência de sistema municipal de educação, a Educação Infantiloferecida em instituições privadas, já em funcionamento, deverá contar com umprofissional com, pelo menos, formação de nível médio e qualificação profissionalem Educação Infantil, para cada vinte crianças.

V - Após cinco anos da publicação desta Deliberação, o inciso anteriorperderá sua eficácia, prevalecendo o previsto no inciso I do Artigo 8º da DeliberaçãoCEE nº 231/98.

VI - O prazo estabelecido no inciso “V” será aumentado para sete anos nocaso dos centros de educação infantil comunitários.

VII - O Poder Público Estadual poderá organizar equipes multiprofissionaisconstituídas de pedagogo, psicólogo, pediatra, nutricionista, assistente social eoutros, para atendimentos específicos quando solicitado.

Art. 8º — Os espaços deverão ser projetados de acordo com a propostapedagógica da instituição, a fim de favorecer o desenvolvimento das crianças dezero a seis anos, respeitadas as suas necessidades e capacidades.

Art. 9º — O imóvel deverá apresentar condições adequadas de localização,acesso, segurança, salubridade, saneamento e higiene, em conformidade com alegislação que rege a matéria, admitindo-se para os centros de educação infantilcomunitários a adequação às peculiaridades locais desde que devidamentecomprovada pela Inspeção Escolar.

Parágrafo único — Os bebedouros devem ser em número compatível como número de crianças matriculadas e serem equipados com elemento filtrante, dedimensões e características que facilitem seu uso pelas crianças.

Art. 10 — Os espaços internos deverão atender às diferentes funções dainstituição e conter uma estrutura básica que, pelo menos, contemple:

I - salas para atividades das crianças com ventilação, iluminação,mobiliário e equipamentos adequados;

II - instalações e equipamentos para o preparo dos alimentos que atendamàs exigências de nutrição, saúde, higiene e segurança, nos casos de oferecimentode refeição;

III - instalações sanitárias suficientes e próprias para uso das crianças eseparadas das dos adultos;

IV - local para repouso provido de berços individuais para crianças comaté 1(um) ano de idade; área livre para movimentação das crianças; locais paraamamentação e higienização; e espaço para o banho de sol.

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48 RIO EDUCAÇÃO

Art. 11 — A área externa, com parte obrigatoriamente coberta, destina-se àrecreação dirigida, ao lazer e à prática de educação física, e seu piso pode sernatural ou revestido.

Art. 12 — Os aparelhos fixos de recreação são opcionais, mas, existindo,devem atender às normas de segurança do fabricante e ser objeto de conservaçãoe manutenção periódicas.

CAPÍTULO III

AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO

Art. 13 — As instituições privadas de educação infantil, vinculadas aoSistema Estadual de Ensino, deverão dar entrada no pedido de autorização noórgão próprio do Sistema Estadual de Ensino, pelo menos, cento e vinte diasantes do início de suas atividades.

Parágrafo único — As instituições já em funcionamento sem autorizaçãoou com esta concedida por outro órgão público que não do setor educacional,deverão dar entrada no pedido de autorização de funcionamento no órgão própriodo sistema, até 23 de dezembro de 1999, data limite estabelecida pela Lei 9394/96.

Art. 14 — O pedido de autorização, uma vez protocolizado e já sob formade processo administrativo, é instruído com os seguintes documentos:

I - requerimento inicial, firmado pela pessoa física mantenedora dainstituição de ensino privada, ou pelo representante legal da pessoa jurídicamantenedora, comprovada a representação por documento hábil anexado aorequerimento, caso ela não esteja explicitada em cláusula do Ato Constitutivo daentidade mantenedora ou em alteração contratual;

II - cópia legível do Ato constitutivo da entidade mantenedora, registradona Junta Comercial ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas;

III - cópia legível da última alteração contratual efetuada, caso tenha havido,devidamente registrada na forma do inciso II deste artigo;

IV - prova de identidade e de residência da pessoa física mantenedora, oudos sócios proprietários da pessoa jurídica mantenedora da instituição, consistindode cópias legíveis e autenticadas da cédula de identidade, do CIC/CPF, caso nãomencionado na cédula de identidade e de um dos seguintes comprovantes deresidência, excluída a possibilidade de aceitação de declaração de terceiros:

a) conta de prestação de serviços públicos em seu nome;

b) notificação, ou qualquer outro documento emitido em seu nome porórgão da administração pública;

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RIO EDUCAÇÃO 49

c) correspondência de instituição bancária ou de crédito, em seu nome;

d) contrato de locação em seu nome

e) recibo de pagamento de condomínio em seu nome.

V - cópias autenticadas dos documentos de inscrição da mantenedora noCadastro Geral de Contribuintes (CGC) e na Fazenda Municipal;

VI - prova de idoneidade financeira da entidade mantenedora da instituiçãoconsistindo de certidão negativa do cartório de distribuição pertinente, com validadena data de formação do processo;

VII - cópia autenticada de comprovante de direito ao uso do imóvel, paraos fins propostos, de tempo igual ou superior a três anos, com período a vencerde, no mínimo dois anos, na data de formação do processo de pedido deautorização de Funcionamento;

VIII - designação do membro da Direção e do responsável pela PropostaPedagógica, na forma dos incisos “I” e “II” do artigo 7º, juntando cópias legíveis eautenticadas:

a) da cédula de identidade;

b) do CPF/CIC, caso não mencionado na cédula de identidade;

c) do comprovante da habilitação para o exercício da função.

IX - cópia autenticada do regimento escolar registrado no Cartório de Títulose Documentos.

X - cópia autenticada da Proposta Pedagógica.

Art. 15 — Cabe ao órgão próprio do Sistema Estadual de Ensino, no prazode trinta dias a contar da primeira protocolização do pedido de Autorização deFuncionamento, designar uma Comissão Verificadora para:

I - verificar, in loco, as condições para atendimento do pleito, à luz destadeliberação;

II - analisar os autos processuais à luz das presentes normas e,considerando o resultado da(s) visita(s) ao imóvel, pronunciar-se conclusivamentesobre as condições para deferimento ou indeferimento do pedido de autorizaçãode funcionamento, observando que:

a) na hipótese de conclusão favorável, deve dar pronta ciência ao requerenteno corpo do processo, de que está, automaticamente, autorizado a funcionar nasbases discriminadas no laudo conclusivo da Comissão Verificadora até a emissãodo Ato Autorizativo pelo Poder Público, a quem cabe providenciar sua entrega aorepresentante legal da mantenedora, mediante recibo no corpo do processo;

b) o laudo conclusivo favorável substitui, para todos os fins, o AtoAutorizativo até sua expedição, e este último, quando emitido, terá consignada a

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50 RIO EDUCAÇÃO

data da emissão do laudo favorável como a de início de funcionamento autorizado;

c) no caso de conclusão desfavorável, a Comissão Verificadora deve darpronta ciência de seus termos ao requerente, fornecendo-lhe cópia da conclusãodenegatória, mediante recibo no corpo do processo, bem como informando-lhedo prazo de trinta dias para interposição de recurso no Conselho Estadual deEducação, advertindo-o da impossibilidade de funcionamento até eventual decisãodo Conselho em contrário;

§ 1º Transcorridos oitenta dias da data de autuação do processo e inexistindolaudo conclusivo, o órgão próprio do Sistema Estadual de Ensino se obriga aencaminhar, de imediato, o processo ao Conselho Estadual de Educação, comrelatório circunstanciado sobre a inexistência de laudo, para exame e decisão quantoao pedido de autorização de funcionamento.

§ 2º Decorridos cento e vinte dias da protocolização do pedido de autorizaçãoe não tendo o Poder Público se pronunciado conclusivamente quanto ao pedido deautorização de funcionamento ou de reexame em grau de recurso, o requerentepode dar início às atividades, ficando obrigado a cumprir todas as exigênciasformuladas ou a serem formuladas pelo Poder Público.

Art. 16 - Nenhuma instituição de educação infantil pode funcionar sem ocompetente Ato de Autorização, após 23 de dezembro de 1999.

Art. 17 - O Ato de Autorização tem validade por tempo indeterminado epoderá ser suspenso ou revogado quando a supervisão constatar que a instituiçãonão oferece um serviço de qualidade ou não cumpre a legislação pertinente,devendo tais irregularidades serem comunicadas, imediatamente, ao órgão própriodo sistema.

Parágrafo único - Recebida a comunicação de irregularidade, o órgão própriodo sistema designará uma comissão verificadora especial para apresentar laudoconclusivo, o qual será encaminhado ao Conselho Estadual de Educação paradecisão, assegurada ampla defesa à instituição.

Art. 18 - Uma vez emitido o Ato de Autorização de Funcionamento, competeao Poder Público, por meio de ação regular de inspeção, verificar o cumprimento doRegimento e da Proposta Pedagógica.

k) CAPÍTULO IV

l) PROPOSTA PEDAGÓGICA E REGIMENTO

Art. 19 - A Proposta Pedagógica é a base orientadora do trabalho dainstituição, que é livre para sua elaboração e execução com a participação docorpo docente.

Art. 20 - Na elaboração e execução da Proposta Pedagógica será assegurado

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RIO EDUCAÇÃO 51

à instituição o respeito aos princípios do pluralismo de idéias e de concepçõespedagógicas, na forma da lei e desde que cumpridas as Diretrizes CurricularesNacionais para a educação infantil.

Art. 21 - O Regimento Escolar é o documento normativo da instituiçãoeducacional, de sua inteira responsabilidade, e que apoia a execução da PropostaPedagógica, não tendo validade os dispositivos que contrariem a legislação vigente,devendo ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos e uma cópia domesmo ser encaminhada ao órgão próprio do Sistema.

Art. 22 — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, especialmente as que digam respeito àautorização e funcionamento de instituições privadas de educação infantil.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Câmara de Educação Infantil e de Ensino Fundamental acompanha ovoto do Relator.

Rio de Janeiro, 09 de novembro de 1999.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE E RELATOR AD HOC

AMERISA MARIA REZENDE CAMPOS

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

JOSÉ RUBENS CEBALLOS

MYRTHES DE LUCA WENZEL

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 23 de novembro de 1999.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

Presidente Eventual

Publicada em 30/11/1999

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52 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMASCÂMARA DE PLANEJAMENTO

DELIBERAÇÃO CEE Nº 246 / 99

Estabelece normas para autorização de funcionamento dasInstituições Públicas de Educação Básica vinculadas aoSistema Estadual de Ensino e dá outras providências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais, considerando:

- que o artigo 88, parágrafo 1º da Lei Federal nº 9394/96, de 20 de dezembrode 1996 (DOU de 23/12/96) dispõe que as Instituições Educacionais adaptarãoseus estatutos e regimentos aos dispositivos da Lei e às Normas dos respectivossistemas de ensino, nos prazos por estes estabelecidos;

- que o artigo 10, IV, da Lei Federal 9394/96, fixa, como incumbência doEstado, autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente,os cursos das Instituições de Educação Superior e os estabelecimentos do seusistema de ensino;

- que o artigo10,V, da Lei Federal 9394/96, atribui ao Estado a incumbênciade baixar normas complementares para seu sistema de ensino;

- que o artigo 11, IV, da Lei Federal 9394/96, dá ao Município a incumbênciade autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos de seu sistema deensino;

- que o artigo 11, parágrafo único, da Lei 9394/96, permite que os Municípiosoptem por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistemaúnico de educação básica;

- que o Parecer 16/99 e a respectiva Resolução, ambos do CNE,estabelecem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional;

- que a Deliberação CEE nº 225/98, no seu artigo 1º, determina que asInstituições de Educação Básica vinculadas ao sistema de ensino do Estado doRio de Janeiro terão a data de 31 de dezembro de 1999, como término do prazopara se adaptarem aos dispositivos da Lei Federal 9394/96, e às normas pertinentesemanadas deste Conselho;

- que a Deliberação 231/98 fixa normas para autorização de funcionamentode Instituições PRIVADAS de Educação Básica e dá outras providências,

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RIO EDUCAÇÃO 53

DELIBERA:

Art. 1º — Esta Deliberação aplica-se às Instituições de Educação Básicamantidas pelo Poder Público Estadual ou pelo poder público dos MUNICÍPIOSINTEGRADOS AO SISTEMA ESTADUAL, POR OPÇÃO, OU COMPONDO COMELE SISTEMA ÚNICO.

Art. 2º — A criação de um estabelecimento de ensino público é o ato expressopor Decreto do Poder Executivo, no qual formalmente se compromete a manter oestabelecimento de ensino, na conformidade da legislação em vigor.

Art. 3º — A autorização de funcionamento de estabelecimentos de ensinomantidos pelo Poder Público Estadual é concedida por ato próprio do Secretáriode Educação do Estado, ouvido o CEE/RJ, sempre que julgar necessário.

Art. 4º — Os Municípios que se enquadram no Art. 1º da presente Deliberaçãodeverão solicitar a autorização de funcionamento ao CEE/RJ.

Art. 5º — Todo processo de autorização encaminhado ao CEE/RJ deveráconter a justificativa, os objetivos, a organização curricular e os critérios deavaliação.

Parágrafo único — Aplica-se a este artigo, também, à complementaçãode séries de nível de ensino ou às unidades escolares onde foram implantadosnovos cursos e que ainda se encontram sem autorização.

Art. 6º — Aplicam-se os artigos 4º e 5º às seguintes situações: transformaçãode Escola Comunitária, mantida pela iniciativa privada, em escola pública, outransformação de escolas públicas municipais em estaduais, ou funcionamentode cursos mantidos pelo poder estadual em próprios municípais ou outras quesurgirem, visando sempre ao benefício da comunidade para um pronto atendimentodas normas legais, sem prejuízo da qualidade educacionais prestados.

Art. 7º — no caso de CURSOS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL de níveltécnico a serem implantados, Planos de Curso deverão ser apresentados ao CEE/RJ, contendo:

I – Justificativa e Objetivo

II – Requisitos de acesso

III – Perfil Profissional de Conclusão

IV – Organização Curricular

V – Critérios de aproveitamento de competências

VI – Critérios de avaliação

VII – Instalações e Equipamentos

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54 RIO EDUCAÇÃO

Art. 8º — A implantação da estrutura de recursos humanos, da estruturafísica, e a elaboração do regimento e da proposta pedagógica são de exclusivaresponsabilidade dos órgãos próprios do Poder Público competente.

Art. 9º — As unidades escolares regidas por esta Deliberação prescindemda figura do Reconhecimento.

Art. 10º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário e, em especial, a Deliberação CEE nº201/93.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO E DA CÂMARA

A Comissão de Legislação e Normas e a Câmara de Planejamentoacompanham o votos dos Relatores.

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 1999.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE E RELATOR

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE - RELATOR

PAULO KLOBER PINTO LOPES SAMPAIO - RELATOR

ARAPUAN MEDEIROS DA MOTTA

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

RIVO GIANINI DE ARAUJO

VALDIR VILELA.

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 07 de dezembro de 1999.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 15/12/1999Revoga a Deliberação CEE nº 201/1993

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RIO EDUCAÇÃO 55

CÂMARA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 247 / 99

Acrescenta Parágrafo único ao Art. 11 da Deliberação CEE nº242/99.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e, de acordo com o artigo nº 208 da ConstituiçãoFederal, com a Lei nº 9.394/96, art. 37 e art. 38, Resoluções nºs 02/98 e 03/98 doConselho Nacional de Educação,

DELIBERA:

Art. 1º — Fica acrescentado um parágrafo único ao Art. 11 da DeliberaçãoCEE nº 242/99, com a seguinte redação:

Parágrafo único — O Poder Público Estadual ou Municipal, quando for ocaso, poderá contratar instituição ou com elas conveniar-se, para fins de certificaçãode exames supletivos, observados os limites de idade indicados no parágrafo 1ºdo art. 38 da lei federal 9.394/96”.

Art. 2º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação de Jovens e Adultos acompanha o Voto do Relator.

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1999.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

JOÃO MARINÔNIO AVEIRO CARNEIRO

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

MYRTHES DE LUCA WENZEL

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56 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 07 de dezembro de 1999.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 15/12/1999Altera a Deliberação CEE nº 242/1999Revogada pela Deliberação CEE nº 259/2000

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RIO EDUCAÇÃO 57

CÂMARA DE ENSINO SUPERIOR

DELIBERAÇÃO Nº 248 / 99

Dispõe sobre expedição de Registro aos profissionais deEducação para o exercício da profissão.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições econsiderando:

— que a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional não prevê anecessidade de registro dos profissionais em educação para o exercício daprofissão;

— que, para fim de administração, planejamento, inspeção, supervisão eorientação educacional no Ensino Básico, exige a Lei a formação profissional emcursos de Graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério dasinstituições de ensino;

— que, para o exercício da profissão na Educação Básica, basta a conclusãode curso de graduação em nível Superior, licenciatura plena;

— que, para o exercício na Educação Infantil e para o 1º segmento doEnsino Fundamental basta a conclusão de curso em nível médio na modalidadeNormal,

DELIBERA:

Art. 1º — Não mais cabe a expedição de Registro aos Profissionais daEducação para que possam exercer a profissão, de acordo com a Lei 9394/96 –Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e Portaria Ministerial nº 524, de12 de junho de 1998, Publicada no DOU de 18/06/99.

Art. 2º — Ficam assegurados os direitos adquiridos anteriormente à vigênciada Lei 9.394/96 aos profissionais da Educação em efetivo exercício, desde quedevidamente habilitados.

Art. 3º — Os profissionais da Educação, no Sistema de Ensino do Estadodo Rio de Janeiro, deverão ser cadastrados no órgão próprio da Secretaria deEstado de Educação, por indicação das entidades mantenedoras dosestabelecimentos de ensino, nos termos da Deliberação CEE nº 231/98.

Art. 4º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, em especial a Deliberação deste Conselhode Nº 193/92.

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58 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Ensino Superior acompanha o voto do Relator

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1999.

JOÃO MARINÔNIO AVEIRO CARNEIRO – PRESIDENTE

VALDIR VILELA – RELATOR

ARAPUAN MEDEIROS DA MOTTA

CELSO NISKIER

GODOFREDO GUIMARÃES DA SILVA PINTO

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 1999.

LIA CIOMAR MACEDO FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 07/01/2000Revoga a Deliberação CEE nº 193/1992

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RIO EDUCAÇÃO 59

CÂMARA DE ENSINO SUPERIOR

DELIBERAÇÃO CEE Nº 249/ 2000

Aprova a criação da Comissão Estadual de AcreditaçãoEscolar, e dá outras providências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições econsiderando que:

- O Programa Qualidade Rio, instituído pelo Governo do Estado em parceriacom a sociedade, vem contribuindo para desenvolver políticas para aprimoramentodos produtos, serviços e processos em diversos segmentos da economiafluminense;

- É objetivo do Governo do Estado do Rio de Janeiro promover a melhoriada qualidade do ensino nas escolas públicas e particulares vinculadas ao seusistema educacional;

- A acreditação escolar é conceituada como a verificação formal de umainstituição de ensino voluntária por uma entidade independente e credenciadapelo Poder Público (Organização de Acreditação), de que a mesma atende a umconjunto de padrões de qualidade previamente estabelecidos;

- Em países em estágio de desenvolvimento mais avançado, a prática dachamada acreditação escolar tem-se mostrado eficaz na garantia de um padrãoadequado de qualidade do ensino;

- É importante dotar o Estado do Rio de Janeiro de métodos e práticasmodernas já testadas e aprovadas em sistemas de ensino de outros países,

DELIBERA:

Art. 1º — Fica aprovada a criação da Comissão Estadual de AcreditaçãoEscolar, com o objetivo de formular o Programa Estadual de Acreditação Escolar,a ser implementado pela Secretaria Estadual de Educação.

Art. 2º — A Comissão Estadual de Acreditação Escolar terá por objetivosespecíficos:

I - Definir as diretrizes gerais do processo de acreditação, incentivando aparticipação ampla de todas as partes interessadas da sociedade;

II - Formular critérios de elegibilidade das Organizações de Acreditaçãoque caracterizem sua idoneidade, imparcialidade, garantia de preservação daconfidencialidade e capacitação técnica de seu corpo de avaliadores assegurandosempre a transparência e a ética em todas as etapas do processo;

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60 RIO EDUCAÇÃO

III - Credenciar as Organizações de Acreditação por meio de processoformal;

IV - Estimular a adesão voluntária dos estabelecimentos de ensinofundamental, médio e superior do Sistema Estadual de Ensino ao processo deacreditação;

V - Informar a população sobre as Organizações de Acreditaçãocredenciadas e as instituições por elas acreditadas;

VI - Aprovar os padrões comuns de qualidade a serem verificados pelasOrganizações de Acreditação, compatíveis com a realidade educacional do Estado;

VII - Apoiar as Organizações de Acreditação na divulgação das boas práticasde gestão escolar das escolas credenciadas, criando incentivos para a suamelhoria;

VIII - Avaliar permanentemente as Organizações de Acreditação, com vistaao seu recredenciamento periódico, podendo, para tanto, conveniar-se cominstituições especializadas em avaliação educacional.

Art. 3º — A composição da Comissão Estadual de Acreditação Escolar, aser nomeada pela Secretaria Estadual de Educação, no prazo de até 30 diasapós a publicação desta Deliberação, deverá contemplar todos os interessadosno processo de avaliação escolar, garantido-se a participação, pelo menos, dasseguintes instituições e segmentos da sociedade:

I - Secretaria Estadual de Educação;

II - Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia;

III - Conselho Estadual de Educação;

IV - Programa Qualidade Rio;

V - Representação da UNDIME;

VI - Representação dos professores estaduais;

VII - Representação dos estabelecimentos particulares de ensino do Estado;

VIII - Representação dos usuários dos serviços educacionais: estudantesdas escolas, pais ou responsáveis por alunos;

IX - Representação dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino.

Art. 4º - A Comissão Estadual de Acreditação Escolar deverá instituir, noprazo de até 60 dias após a sua instalação, um projeto-piloto, com escolas doEstado, de forma a testar padrões de qualidade que poderão ser posteriormenteutilizados no processo de credenciamento pelas Organizações de Acreditação.

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RIO EDUCAÇÃO 61

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Câmara de Ensino Superior acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 04 de janeiro de 2000.

CELSO NISKIER - PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE CAMPOS - AD HOC

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL - AD HOC

JOÃO PESSOA ALBUQUERQUE - AD HOC

JOSÉ RUBENS CEBALLOS - AD HOC

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

MYRTHES DE LUCA WENZEL - AD HOC

RIVO GIANINI DE ARAÚJO - AD HOC

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - AD HOC

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 01 de fevereiro de 2000.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 07/01/2000

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62 RIO EDUCAÇÃO

DELIBERAÇÃO CEE Nº 250 / 2000

Estabelece normas e orientações relativas à EducaçãoProfissional, tendo em vista a nova legislação em vigor.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO – CEE,no uso de suas atribuições e considerando que a Educação Profissional, objetodo Capítulo 3 da Lei nº 9.394/96, regulamentada pelo Decreto nº 2.208/97 e, noâmbito do Conselho Nacional de Educação – CNE, pelo Parecer CEB/CNE nº 16/99 e pela Resolução CEB/CNE nº 04/99, continua suscitando dúvidas quanto àsua aplicação,

DELIBERA:

CAPÍTULO I

DAS NORMAS

Art. 1º — A Educação Profissional de Nível Básico, que incorpora os Cursosde Qualificação, não necessita de regulamentação, nem de autorizações para oseu funcionamento, sendo uma modalidade de atuação não- formal.

§-1º — As instituições de ensino, empresas, sindicatos, associações e outrasentidades que ofereçam Cursos de Qualificação poderão expedir certificados deconclusão que detalhem os conhecimentos e as práticas profissionais ministradas.

§2º — Os Cursos de Qualificação poderão constituir-se em etapas oumódulos de uma Habilitação Profissional de Nível Técnico.

Art. 2º — A Educação Profissional de Nível Técnico, que determina asHabilitações Profissionais, só poderá ser oferecida por instituições de ensino,previamente autorizadas pelo CEE, conforme determina o Decreto nº 2.208, de17 de abril, e nos termos do Parecer nº 17/97 do CNE.

Parágrafo único — Outras instituições públicas ou privadas, de reconhecidacapacidade nacional, poderão, excepcionalmente, ministrar a EducaçãoProfissional de Nível Técnico, desde que previamente autorizadas pelo CEE.

Art. 3º — Quando os Cursos de Nível Técnico, oferecidos por instituiçõesautorizadas, forem organizados em etapas ou módulos, constituindo um itineráriocurricular, poderão ser aproveitados, após uma criteriosa avaliação, osconhecimentos e práticas profissionais adquiridos pelos alunos em cursos de

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RIO EDUCAÇÃO 63

qualificação ministrados por outras instituições, ou no próprio trabalho, ou aindaem processos formais de Certificação Profissional, desde que compatíveis com oitinerário da proposta curricular.

Art. 4º — A instituição de ensino, autorizada pelo CEE, responsável pelacertificação da última etapa ou módulo do itinerário da sua proposta curricular,expedirá o competente diploma de Técnico, observado o requisito de conclusãodo Ensino Médio.

Art. 5º — A definição dos perfis profissionais dos Cursos de EducaçãoProfissional de Nível Técnico compete às instituições de ensino autorizadas peloCEE.

Art. 6º — A prática profissional deverá integrar a proposta curricular, estandoinclusa nos mínimos estabelecidos pela legislação para o curso proposto.

Art. 7º — Os estágios profissionais, não obrigatórios, deverão serexplicitados na organização curricular constante dos planos de curso, e sua cargahorária não se inclui nos mínimos estabelecidos pela Resolução nº 04/99 do CNE.

Art. 8º — Na Educação Profissional não existe Suplência.

Art. 9º — O exercício do Magistério na Educação Profissional de NívelTécnico exige dos profissionais de Nível Superior, não licenciados, aComplementação Pedagógica estabelecida pela Resolução nº 02/97 do CNE epelo Parecer Normativo CEE nº 139/99.

Art. 10 — Todos os planos de cursos submetidos ao CEE, para fins deautorização, conforme o previsto no Artigo 10 da Resolução nº 04/99 do CNE,deverão conter:

I – justificativa e objetivos;

II - requisitos de acesso;

III – perfil profissional de conclusão;

IV – organização curricular;

V – critérios de aproveitamento de competências;

VI – critérios de avaliação;

VII – instalações e equipamentos;

VIII – pessoal docente e técnico;

IX – certificados e diplomas.

Parágrafo único — Os planos de curso a que se refere o caput desteartigo serão devidamente inseridos no Cadastro Nacional de Cursos, mantidopelo MEC, nos termos da legislação em vigor.

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64 RIO EDUCAÇÃO

CAPÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 11 — Os cursos técnicos oferecidos por instituições de ensino, mesmojá autorizados pelo CEE, deverão ajustar-se à nova legislação, encaminhando osseus novos planos de cursos ao CEE, até 30 /12/2000, para aprovação.

Art. 12 — Os pedidos de autorização para funcionamento de novos cursostécnicos deverão obedecer ao disposto na legislação mencionada nestaDeliberação.

Art. 13 — Os cursos técnicos, já autorizados pelo CEE, poderão concluiras turmas em funcionamento ou abrir novas turmas durante o ano de 2000, coma mesma proposta curricular autorizada anteriormente, facultando-se, entretanto,a respectiva adaptação à nova legislação.

Art. 14 — A partir de janeiro de 2001, as instituições somente poderãoiniciar novos cursos ou novas turmas de cursos autorizados anteriormente, seajustados à nova legislação e aprovados pelo CEE.

Art. 15 — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Planejamento / Educação Profissional aprova, porunanimidade, a proposta do Relator.

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2000.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN – PRESIDENTE E RELATOR

ANTONIO CELSO ALVES PEREIRA

ARAPUAN MEDEIROS DA MOTTA

CELSO NISKIER

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

VALDIR VILELA

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RIO EDUCAÇÃO 65

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 25 de abril de 2000.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 12/05/2000Revogada pela Deliberação CEE nº 254/2000

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66 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 251 / 2000

Fixa normas para transferência aos Municípios daresponsabilidade de autorizar e supervisionar as instituiçõesde ensino fundamental mantidas pela iniciativa privada.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e considerando que:

1 — O Art. 221 da Constituição Federal por força da emenda nº 14, determinaque Estados e municípios definam formas de colaboração de modo a assegurar auniversalização do ensino obrigatório.

2 — que o Art. 10, IV da Lei Federal nº 9.394/96 fixa, como incumbência doEstado, autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente,os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seusistema de ensino;

3 — que o Art. 10, V da Lei Federal nº 9.394/96 comete ao estado aincumbência de “baixar normas complementares para o seu sistema de ensino”;

4 — O Art. 17, III da Lei Federal nº 9.394/96 integra nos sistemas de ensinoestaduais as instituições de ensino fundamental criadas e mantidas pela iniciativa privada;

5 — a Deliberação CEE/RJ nº 236/99 não estabelece normas para atransferência aos municípios da autorização e supervisão escolar das instituiçõesde ensino fundamental mantidas pela iniciativa privada;

DELIBERA:

Art. 1º — A transferência da responsabilidade para autorizar e supervisionartodas as instituições de ensino fundamental mantidas pela iniciativa privada elocalizadas dentro dos limites do município será feita pelo Conselho Estadual deEducação ao Conselho Municipal de Educação, por meio de convênio,representado pela assinatura do Termo de Transferência constante do Anexo,após análise de processo protocolado neste CEE e com o Parecer favorável daCâmara de Educação Infantil e Ensino fundamental e aprovação do plenário.

Art. 2º — A iniciativa para a transferência da responsabilidade pelaautorização e pela supervisão de que trata esta deliberação poderá ser de qualquerdos conselhos e se concretizará por meio de processo protocolado no CEE/RJ;

Art. 3º — Para efetivação da transferência, é necessário que o município jáesteja com seu sistema de educação implantado, tenha formalmente comunicado

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RIO EDUCAÇÃO 67

ao Conselho Estadual de Educação seu início de funcionamento e comprove aexistência de Supervisores Educacionais ou Inspetores Escolares, no quadro depessoal para a educação, em número compatível com a quantidade de escolas.

Art. 4º — A transferência de responsabilidade compreenderá as ações de ;

I - autorizar o funcionamento das instituições de ensino fundamentalmantidas pela iniciativa privada;

II - supervisionar as instituições constantes do inciso anterior

III - apurar denúncias sobre irregularidades ocorridas em instituiçõesabrangidas por esta Deliberação, encaminhando suas conclusões ao ConselhoEstadual de Educação para as devidas providências.

Art. 5º — No exercício das responsabilidades transferidas pela presenteDeliberação os Municípios deverão somente aplicar a legislação educacionalestadual, especialmente a Deliberação nº 231/98 e suas alterações.

Art. 6º — O Conselho Estadual de Educação disporá de equipe permanentepara assessoramento aos municípios constituída por Conselheiros e porAssessores Técnicos designada pelo (a) Presidente

Art. 7º — O Conselho Municipal de Educação encaminhará ao ConselhoEstadual de Educação relatório da atividade constante desta Deliberação, sempreque solicitado.

Art. 8º — em qualquer caso, o Conselho Estadual de Educação será ainstância recursal quanto às situações previstas no Art. 4º desta Deliberação.

Art. 9º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas todas as disposições em contrário, especialmente a Deliberação CEEnº 216/96.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Infantil e Ensino Fundamental aprova porunanimidade esta Deliberação.

Rio de Janeiro, 23 de maio de 2000.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES – PRESIDENTE

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO – RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

NILSON DIMÁRZIO

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68 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 23 de maio de 2000.

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 09/06/2000Revoga a Deliberação CEE nº 216/1996Alterada pela Deliberação CEE nº 273/2001, que acrescenta o inciso IV e parágrafo único.

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RIO EDUCAÇÃO 69

ANEXO DA DELIBERAÇÃO CEE Nº 251/2000

TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO CONSELHOESTADUAL DE EDUCAÇÃO PARA O CONSELHO DE EDUCAÇÀO DOMUNICÍPIO DE............................................................................................................

O Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, neste ato representadopelo seu (sua) Presidente, transfere para o Conselho de Educação do Municípiode ....................................................., também representado pelo seu (sua)Presidente, as ações de autorização de funcionamento e supervisão dasinstituições de Ensino Fundamental criadas e mantidas pela iniciativa privada.

- Caberá ao Conselho Municipal de Educação

I – autorizar o funcionamento das instituições de ensino Fundamentalcriadas e mantidas pela iniciativa privada;

II – supervisionar seu funcionamento;

III – apurar possíveis irregularidades cometidas, encaminhando suasconclusões ao Conselho Estadual de Educação para as providências cabíveis;

IV – encaminhar ao Conselho Estadual de Educação relatório dasatividades constantes deste termo, sempre que solicitado;

V – encaminhar ao Conselho Estadual de Educação os processos dasinstituições de ensino de que trata este Termo recebidos em grau de recurso;

VI – aplicar a legislação estadual de ensino, nas situações previstas doArt. 4º desta Deliberação;

VII – manter número de supervisores ou inspetores escolares compatívelcom a quantidade de escolas supervisionadas.

- Caberá ao Conselho Estadual de Educação:

I – manter permanentemente equipe constituída por conselheiros e porassessores técnicos para apoio ao Conselho Municipal de Educaçãode .............................................................;

II – decidir as questões encaminhadas em grau de recurso.

Por estarem de acordo com o conteúdo deste Termo, assinam, abaixo, osPresidentes do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro e do Conselhode Educação do Município de ......................................................................................

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE .......................................................................................................................................

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70 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 252 /2000

Estabelece regras para a realização de concurso escolar paraescolha de Símbolos Ecológicos Naturais para o Estado doRio de Janeiro, nas categorias que especifica, no âmbito daRede Pública Estadual de Ensino, de acordo com a Lei Estadualnº 1.938/91, e dá outras providências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuiçõeslegais e considerando:

- o art. 30 da Lei nº 3.325, de 17/12/99, que estabelece que caberá aoConselho de Educação normatizar a realização de concurso escolar para a escolhados Símbolos Ecológicos Naturais do Estado do Rio de Janeiro, previsto na LeiEstadual nº 1.938/91;

- o disposto na Lei Estadual nº 1.938/91, de 30/12/91, sobre a realização deconcurso escolar para a escolha de Símbolos Ecológicos Naturais para o Estadodo Rio de Janeiro, nas categorias que específica,

DELIBERA:

Art. 1º — As instituições de Educação Básica vinculadas ao sistema deensino público do Estado do Rio de Janeiro ficam autorizadas a instituir, em suassedes, concurso para a escolha dos símbolos ecológicos naturais, obedecidas asregras contidas nesta Deliberação, nas seguintes categorias:

I - Planta símbolo do Estado;

II - Ave símbolo do Estado;

III - Mamífero símbolo do Estado.

Parágrafo único — Somente deverão fazer parte do concurso exemplaresde plantas, aves e mamíferos que sejam mais característicos e de significânciaecológica e cultural do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 2º — Fica constituída uma Comissão composta por representantesdeste Colegiado, do Conselho Estadual de Cultura, do Conselho Estadual do MeioAmbiente e de técnicos especialistas nas áreas especificadas, para elaborar oregulamento do Concurso, definir o órgão responsável pela organização eimplementação, a Comissão Apuradora, o prêmio dos vencedores e os recursosfinanceiros necessários para a sua realização, cujas regras e resultados serãopublicados pelo Diário Oficial do Estado e pela mídia em geral.

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RIO EDUCAÇÃO 71

Parágrafo único — O concurso deverá iniciar-se a partir da publicidade doregulamento, que deverá acontecer até o dia 31 de outubro de 2000.

Art. 3º — Cada unidade escolar da rede estadual realizará o seu concurso,com eleição direta. As escolas deverão buscar apoio na comunidade para divulgaro concurso. § 1º - As escolas receberão uma cédula de votação em que deverãoconstar os desenhos e os nomes científicos e populares de, no mínimo, 6 (seis) e,no máximo, 10 (dez) exemplares de cada uma das categorias relacionadas noart. 1º da presente Deliberação.

§ 2º — As escolas encaminharão o resultado de sua apuração pela internet,fax, Correios ou outro meio de comunicação à Comissão Apuradora, que apuraráos vencedores finais, nas três categorias dos símbolos ecológicos do Estado.

§ 3º — O prazo para o resultado final dar-se-á até o término do 2º semestredo ano 2000.

§ 4º — O resultado final apurado nas três categorias deve ser amplamentedivulgado nos principais veículos de comunicação do Estado.

Art. 4º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação.

A presente Deliberação foi elaborada pela Comissão encarregada deinterpretar a Lei nº 3.325/99, que dispõe sobre a Educação Ambiental e dá outrasprovidências, composta pelos Conselheiros:

Rivo Gianini de Araújo - Presidente e Relator

Eber Mancen Guedes

Francisca Jeanice Moreira Pretzel

Myrthes De Luca Wenzel

Paulo Kobler Pinto Lopes Sampaio

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72 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 16 de maio de 2000.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO - PRESIDENTE E RELATOR

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

NILSON DIMARZIO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 06 de junho de 2000.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE CEE/RJ

Publicada em 15/06/2000Alterada pela Deliberação CEE nº 261/2000, que deu nova redação ao artigo 2º e ao § 3º do artigo 3º.

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RIO EDUCAÇÃO 73

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

DELIBERAÇÃO CEE Nº 253 /2000

Fixa normas para matrícula de alunos na Educação Básica edá outras providências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições ecom fundamento nos artigos 23, §1º e 24, II da Lei Federal nº 9.394/96,

DELIBERA:

TÍTULO I

DAS MODALIDADES DE MATRÍCULA

CAPÍTULO I

DA MATRÍCULA INICIAL E DA MATRÍCULA RENOVADA

Art. 1º — Para fins desta Deliberação, matrícula é o ato administrativo deinscrever indivíduo(s) para cursar educação básica em estabelecimento do Sistemade Ensino do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 2º — As modalidades de matrícula são:

I - inicial;

II - renovada;

III - por transferência.

Art. 3º — Matrícula inicial é a que se dá em qualquer série, ciclo, etapa ouem outra forma de organização adotada na educação básica, desde que setrate da primeira matrícula na vida escolar do indivíduo.

Parágrafo único — constitui, também matrícula inicial, aquela prevista noart. 24, II, c da Lei Federal nº 9.394/96, regulamentada no artigo 2º da DeliberaçãoCEE nº 225/98.

Art. 4º — Matrícula renovada é a que se dá em qualquer série, ciclo, etapaou em outra forma de organização adotada na educação básica, caracterizando-se uma, ou mais, das seguintes situações:

I - quando o aluno vem de cursar, no mesmo estabelecimento de ensino,

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74 RIO EDUCAÇÃO

período letivo imediatamente anterior, qualquer que tenha sido o resultado finalpor ele obtido;

II - quando concluído pelo aluno, com êxito, processo de aceleração deestudos no próprio estabelecimento de ensino, na forma do Regimento Escolar eda Proposta Pedagógica;

III - quando concluído, pelo estabelecimento de ensino, processo avaliatórioespecífico que recomende o avanço em série(s), ciclo(s), etapa(s) ou em outraforma de organização adotada;

IV - quando o indivíduo retoma os estudos no mesmo estabelecimento deensino, após interrupção.

Art. 5º — A Matrícula por transferência ocorre quando o aluno apresenta àinstituição de ensino de destino histórico escolar emitido pelo estabelecimento deensino de origem, em que este informa todos os dados pertinentes à vida escolardo mesmo, até à data da emissão do documento.

§ 1º — O histórico escolar de que trata este artigo não pode ser exigidopara matrícula inicial no Ensino Fundamental.

§2º — A matrícula por transferência pode ser feita:

I - por classificação, quando a instituição de ensino de destino procedeà matrícula do aluno na série, ciclo, etapa ou em outra forma de organizaçãoadotada, de acordo com a indicação do estabelecimento de ensino de origem,constante do histórico escolar;

II - por reclassificação, por iniciativa da instituição de ensino de destino,com anuência dos responsáveis - ou do próprio aluno, se maior de idade, deacordo com as normas curriculares gerais, compatibilizando a realidadepedagógica das instituições de ensino de origem e de destino, de maneira aposicionar adequadamente o aluno.

Art. 6º — Na educação Infantil, a matrícula pode ser feita:

I - em creche, ou entidade equivalente, em se tratando de crianças comaté 3 (três) anos e onze meses de idade;

II - em pré-escola, em se tratando de crianças com idade entre 4 (quatro)anos e 6 (seis) anos e onze meses de idade;

III - em instituições de educação infantil, em se tratando de crianças de 0(zero) até 6(seis) anos e 11(onze)meses de idade.

Art. 7º — As escolas são livres para organizar o Ensino Fundamental em8(oito) ou mais anos de duração, antecipando, ou não, a matrícula inicial paracrianças de 6(seis) anos idade.

Art. 8º — No Ensino Fundamental, a matrícula deverá ser feita a partir dossete anos de idade ou, excepcionalmente, a partir dos 6(seis) anos de idade,mediante avaliação aplicada pela instituição.

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RIO EDUCAÇÃO 75

Art. 9º — No Ensino Médio, a matrícula pode ser feita independemente daidade do aluno, desde que apresente histórico escolar que comprove a conclusãodo Ensino Fundamental, ou o prosseguimento de estudos com dependência doEnsino Fundamental.

Parágrafo único — Em se tratando de aluno a ser matriculado no EnsinoMédio após aprovação em exames supletivos de Ensino Fundamental ou porclassificação de acordo com a letra “c” do inciso II do artigo 24 da LDBEN, amatrícula no Ensino Médio será efetivada como matrícula inicial, não seconsiderando estudos regulares parciais porventura feitos pelo aluno no EnsinoFundamental.

Art. 10 — No momento da matrícula, deve ser apresentada a certidão denascimento do aluno, bem como atestado de saúde contendo a especificação dotipo sangüíneo, além de outros documentos que possam ser exigidos peloRegimento do estabelecimento de ensino.

Art. 11 — É permitida a matrícula com dependência, na série seguinte àcursada pelo aluno no último letivo por ele freqüentado, em decorrência deprogressão parcial desde que esta esteja prevista no Regimento Escolar dainstituição de ensino e que sua Proposta Pedagógica contemple estratégias deatendimento ao aluno assim matriculado.

§ 1º — O insucesso na dependência de disciplina / componente de qualquersérie não retém o aluno na última série por ele cursada.

§ 2º — Os certificados de conclusão do Ensino Fundamental e do EnsinoMédio são emitidos somente após a aprovação do aluno em todas asdependências.

§ 3º — A progressão parcial ( ou matrícula com dependência) somente éadmitida a partir da 5ª série, seu planejamento deve integrar a Proposta Pedagógicae sua duração e carga horária devem constar do Regimento Escolar, que fixará -também - o número máximo de dependências simultâneas ou acumuladas.

CAPÍTULO II

DA MATRÍCULA POR TRANSFERÊNCIA

Art. 12 — Transferência é a passagem de aluno, de um para outroestabelecimento de ensino, quer ambas as instituições estejam localizadas emterritório brasileiro, quer uma delas - seja a de origem, seja a de destino - estejalocalizada no exterior.

§ 1º — Qualquer que seja a localização da escola de destino, não pode serexigida declaração de vaga da instituição receptora, para a expedição dosdocumentos de transferência.

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76 RIO EDUCAÇÃO

§ 2º - A matrícula resultante de transferência é competência exclusiva dainstituição escolar receptora, prescindindo de coparticipação ou aval do PoderPúblico que, contudo, poderá - a qualquer momento, no exercício de suacompetência supervisora, examinar e avaliar os procedimentos adotados, à luzda legislação educacional, questionando-os se necessário e encaminhando osprocedimentos corretivos cabíveis.

§ 3º - Quando da transferência de aluno proveniente de escola localizadano território brasileiro, a matrícula na instituição receptora poderá ser feita porclassificação ou por reclassificação, conforme aponte a análise da documentaçãoescolar do matriculando.

§ 4º - Quando da transferência de aluno proveniente de escola localizadafora do território brasileiro, a matrícula na instituição receptora será feita porreclassificação resultante de processo de análise que:

I - terá como base as normas curriculares gerais;

II - acatará as disposições do respectivo Acordo Cultural, quando existente,em particular as concernentes a equivalência de estudos;

III - poderá incluir procedimentos de adaptação de estudos previstos noRegimento Escolar, tais como contratos de trabalho; créditos; cursos paralelos;aulas individuais e outros recursos também passíveis de utilização como parte doprocesso de matrícula de alunos oriundos de escolas situadas em territóriobrasileiro, segundo as peculiaridades de cada caso e a garantia de exeqüibilidadeem face das demais atividades e do percentual mínimo de 75% de freqüência quese exige do aluno

§ 5º — Em se tratando de transferência de aluno oriundo de escola localizadano exterior, a matrícula poderá ser feita a qualquer altura do ano ou período letivo,desde que, relativamente ao ano/período letivo a ser cursado de imediato, estejagarantida a possibilidade de cumprimento dos mínimos de carga horária, diasletivos e de freqüência exigidos, respectivamente, no art. 24, I e VI da Lei Federalnº 9.394/96;

§ 6º — Para cumprimento dos mínimos de que trata o § 5º deste artigo, osnúmeros apurados dentro do ano letivo em curso incluirão os pertinentes aosestudos realizados no exterior durante aquele ano civil e os possíveis de seremrealizados, na escola receptora, no tempo restante do seu ano letivo.

§ 7º — Em se tratando de aluno de nacionalidade estrangeira, deverá serobservada a legislação específica.

Art. 13 — A nenhuma escola, qualquer que seja a razão alegada, é lícitonegar transferência a qualquer de seus alunos para outro estabelecimento deensino.

Parágrafo único — Excetua-se do disposto neste artigo a situação detransferência nos 45 dias que antecedem o término do período escolar, hipótese

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RIO EDUCAÇÃO 77

em que caberá ao Diretor da escola analisar os motivos expostos pelo solicitantee decidir a respeito.

Art. 14 — Ao se transferir, o aluno deve receber da instituição de origem,para apresentação e arquivamento na instituição de destino, um histórico escolar,em papel timbrado, que informe:

a) identificação completa do aluno;

b) as séries cursadas no estabelecimento e em outros freqüentadosanteriormente, se for o caso;

c) os resultados de avaliação obtidos em cada série cursada e concluída eos resultados apurados no ano letivo em curso, caso se trate de transferência nodecorrer de ano letivo;

d) o significado dos símbolos porventura utilizados para exprimir resultados;

e) a carga horária total do ano letivo e o percentual de freqüência do alunoaté o momento da transferência.

§ 1º — No histórico escolar, quando concluída a série, etapa ou qualqueroutra forma de organização adotada, consigna-se a situação final do aluno, comoaprovado quando não há impedimento à continuidade dos estudos na série, comoreprovado, quando há impedimento à continuidade dos estudos.

§ 2º — O estabelecido neste artigo é de observância compulsória, mesmoem se tratando de instituição de ensino que adote a sistemática de progressãocontinuada caso em que, pela inexistência de retenção, sempre será consignadaa aprovação (aprovado).

§ 3º — em se tratando de transferência no decorrer do ano letivo, anexocom ementa contendo os dados essenciais dos programas desenvolvidos na série,de forma a ser possível à instituição de destino buscar a melhor forma de integraçãodo aluno à nova escola.

Art. 15 — Ao aluno em processo de transferência, cuja matrícula aindanão se tenha concretizado pela falta de apresentação da documentação, épermitido freqüentar a escola de destino pelo período máximo, improrrogável, de45 (quarenta e cinco) dias, cuja validade, para fins escolares, só passa a serreconhecida com a concretização da matrícula.

§ 1º — A instituição deverá encaminhar ao órgão próprio do Sistema arelação dos alunos, cujos responsáveis não cumpriram o disposto no caput desteartigo.

§ 2º — À instituição escolar de origem, desde que localizada em territóriobrasileiro, é concedido o prazo improrrogável de 30(trinta) dias para expedir adocumentação de transferência, a contar da data do requerimento feito pelointeressado.

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78 RIO EDUCAÇÃO

§ 3 º — Caso se apure irregularidade na documentação de aluno transferido,após concretizada a matrícula na instituição de destino, e não se apurando má-fédo estudante ou de seu responsável, cabe à nova escola o ônus da regularizaçãoda vida escolar em questão, o que consistirá, sempre, de processo de avaliaçãodo aluno, seguido de reclassificação, para fins de regularização, sendoobrigatórios o registro e a comunicação ao órgão próprio do Sistema.

Art. 16 — É permitida a matrícula por transferência com dependência, nasérie seguinte à cursada pelo aluno no último ano letivo por ele freqüentado, emdecorrência de progressão parcial, desde que esta esteja prevista no RegimentoEscolar da instituição de ensino de origem e na instituição de ensino de destino, edesde que a Proposta Pedagógica deste ultimo contemple estratégias deatendimento ao aluno assim matriculado

TÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 17 — As disposições desta Deliberação aplicam-se, também, às escolasautorizadas a funcionar como experimentais.

Art. 18 — Excetuada a situação de que tratam os §§5º e 6º do art. 12 destaDeliberação, quando ocorrer a situação de um aluno ser matriculado após iniciadoo ano letivo, no máximo até 90 dias após findo o primeiro bimestre letivo,sem ter sido matriculado em outra escola, anteriormente, no mesmo ano letivo,sua freqüência, para efeito de cumprimento do mínimo estabelecido na lei, seráapurada tendo como referencial o total de dias letivos e de carga horária aindanão transcorridos, a contar da data de sua matrícula.

Art. 19 — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as Deliberações CEE nº 13/76 e nº 17/76 e todas as demais disposiçõesem contrário.

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RIO EDUCAÇÃO 79

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 16 de maio de 2000.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO - PRESIDENTE

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - RELATOR

EBER MANCEN GUEDES

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

NILSON DIMARZIO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 06 de junho de 2000.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 15/06/2000Retificada no D.O. de 14/07/2000Revoga as Deliberações CEE nºs 13/1976 e 17/1976Alterada pela Deliberação CEE nº 264/2001, que deu nova redação ao artigo 11 e ao artigo 16.

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80 RIO EDUCAÇÃO

DELIBERAÇÃO CEE Nº 254 / 2000

Estabelece normas e orientações relativas à EducaçãoProfissional de Níveis Básico e Técnico e revoga a DeliberaçãoCEE nº 250/2000.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO – CEE,no uso de suas atribuições e considerando que a Educação Profissional, objetodo Capítulo 3º da Lei nº 9.394/96, regulamentada pelo Decreto nº 2.208/97 e, noâmbito do Conselho Nacional de Educação – CNE, pelo Parecer nº 16/99 e pelaResolução CEB/CNE nº 04/99, continua suscitando dúvidas quanto à suaaplicação,

DELIBERA:

CAPÍTULO I

DAS NORMAS

Art. 1º — A Educação Profissional de Nível Básico, que incorpora os Cursosde Qualificação, não necessita de regulamentação, nem de autorizações para oseu funcionamento, sendo uma modalidade de atuação não- formal.

§1º — As instituições de ensino, empresas, sindicatos, associações e outrasentidades que ofereçam Cursos de Qualificação poderão expedir certificados deconclusão que detalhem os conhecimentos e as práticas profissionais ministradas.

§2º — Os Cursos de Qualificação poderão constituir-se em etapas oumódulos de uma Habilitação Profissional de Nível Técnico.

§ 3º — Para o docente da Educação Profissional de nível básico (Monitorese Instrutores) exige-se, sobretudo, a experiência profissional, competindo àsEscolas Técnicas e às instituições especializadas em Educação Profissional apreparação dos docentes desse nível.

Art. 2º — A Educação Profissional de Nível Técnico, que determina asHabilitações Profissionais, só poderá ser oferecida por instituições de ensinopreviamente autorizadas pelo CEE, conforme determina o Decreto nº 2.208, de17 de abril de 1997, e nos termos do Parecer CNE nº 17/97.

Parágrafo único — Outras instituições públicas ou privadas, de reconhecidacompetência técnica, poderão, excepcionalmente, ministrar a EducaçãoProfissional de Nível Técnico, desde que previamente autorizadas pelo CEE.

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RIO EDUCAÇÃO 81

Art. 3º — Quando os Cursos de Nível Técnico, oferecidos por instituiçõesautorizadas, forem organizados em etapas ou módulos, constituindo um itineráriocurricular, poderão ser aproveitados, após uma criteriosa avaliação, osconhecimentos e práticas profissionais adquiridos pelos alunos em cursos dequalificação ministrados por outras instituições, ou no próprio trabalho, ou aindaem processos formais de Certificação Profissional, desde que compatíveis com oitinerário da proposta curricular.

Art. 4º — A instituição de ensino, autorizada pelo CEE, responsável pelacertificação da última etapa ou módulo do itinerário da sua proposta curricular,expedirá o competente diploma de Técnico, observado o requisito de conclusãodo Ensino Médio.

Art. 5º — A definição dos perfis profissionais dos Cursos de EducaçãoProfissional de Nível Técnico compete às instituições de ensino autorizadas peloCEE.

Art. 6º — A prática profissional deverá integrar a proposta curricular, estandoinclusa nos mínimos estabelecidos pela legislação para o curso proposto.

Art. 7º — Os estágios profissionais, não obrigatórios, deverão serexplicitados na organização curricular constante dos planos de curso, e sua cargahorária não se inclui nos mínimos estabelecidos pela Resolução CNE nº 04/99.

Art. 8º — Na Educação Profissional não existe Suplência.

Art. 9º — O exercício do Magistério na Educação Profissional de NívelTécnico exige dos profissionais de Nível Superior, não licenciados, aComplementação Pedagógica estabelecida pela Resolução CNE nº 02/97 e peloParecer Normativo CEE nº 139/99.

Art. 10 — Todos os planos de curso submetidos ao CEE, para fins deautorização, conforme o previsto no Artigo 10 da Resolução nº 04/99 do CNE,deverão conter:

I – justificativa e objetivos;

II - requisitos de acesso;

III – perfil profissional de conclusão;

IV – organização curricular;

V – critérios de aproveitamento de competências;

VI – critérios de avaliação;

VII – instalações e equipamentos;

VIII – pessoal docente e técnico;

IX – certificados e diplomas.

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82 RIO EDUCAÇÃO

Parágrafo único — Os planos de curso a que se refere o caput desteartigo serão devidamente inseridos no Cadastro Nacional de Cursos, mantidopelo MEC, nos termos da legislação em vigor.

Art. 11 — Os pedidos de autorização de funcionamento de Cursos deEducação Profissional de Nível Técnico só serão aceitos se protocolizados noServiço de Protocolo do Conselho Estadual de Educação.

Art. 12 — Para cada pedido de autorização, será constituída uma Comissãode 03 (três) Especialistas à qual competirá realizar uma visita de verificação querespaldará o respectivo Relatório de Avaliação.

Art. 13 — A Câmara de Planejamento do CEE, responsável pela apreciaçãodos pedidos de autorização, referidos no Art. 1º desta Deliberação, após consultasa Instituições de reconhecida competência técnica, organizará um cadastro deespecialistas das 20 (vinte) áreas profissionais especificadas na Resolução nº04/99, do Conselho Nacional de Educação, para fins de constituição das comissõesreferidas no Art. 12 desta Deliberação.

Art. 14 — O Relatório da Comissão de Especialistas avaliará o Plano deCurso de que trata o Art. 10 desta Deliberação, encaminhando ao CEE, no prazode 30 (trinta) dias, contados a partir da publicação em D.O. do ato de suaconstituição pelo Presidente da Câmara de Planejamento.

Art. 15 — Os Recursos Humanos, referidos no item VIII do Art. 10 destaDeliberação, compreendem, basicamente, o Diretor da instituição que oferece ocurso, o Secretário Escolar e o pessoal docente, ficando a cargo da instituição acomposição do restante de seu quadro funcional.

§ 1º — Para o cargo de Diretor, é exigido o nível universitário, recomendando-se a formação pedagógica, e para o de Secretário Escolar, o nível médio, no mínimo.

§ 2º — Pressupondo que o docente tenha, principalmente, experiênciaprofissional, seu preparo inicial para o magistério se dará em serviço ou em cursosde Licenciatura e de Programas Especiais de Formação Pedagógica. Em caráterexcepcional, o docente não habilitado nestas modalidades poderá ser autorizadoa lecionar, desde que a escola lhe proporcione adequada formação em serviçopara esse magistério.

Art. 16 — As instalações físicas e os equipamentos necessários terão, a critérioda Comissão de Especialistas, de ser compatíveis com as habilitações oferecidas.

CAPÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 17 — Os cursos técnicos oferecidos por instituições de ensino, mesmojá autorizados pelo CEE, deverão ajustar-se à nova legislação, encaminhando osseus novos planos de curso ao CEE, até 30 /12/2000, para aprovação.

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RIO EDUCAÇÃO 83

Art. 18 — Os pedidos de autorização para funcionamento de novos cursostécnicos deverão obedecer ao disposto na legislação mencionada nestaDeliberação.

Art. 19 — Os cursos técnicos, já autorizados pelo CEE, poderão concluiras turmas em funcionamento ou abrir novas turmas durante o ano de 2000, coma mesma proposta curricular autorizada anteriormente, facultando-se, entretanto,a respectiva adaptação à nova legislação.

Art. 20 — A partir de janeiro de 2001, as instituições somente poderãoiniciar novos cursos ou novas turmas de cursos autorizados anteriormente seajustados à nova legislação e aprovados pelo CEE.

Art. 21 — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, em especial a Deliberação CEE nº 250/2000.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Planejamento / Educação Profissional aprova, porunanimidade, a proposta do Relator.

Rio de Janeiro, 03 de julho de 2000.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN – PRESIDENTE E RELATOR

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE - RELATOR

ANTONIO CELSO ALVES PEREIRA

ARAPUAN MEDEIROS DA MOTTA

CELSO NISKIER

FRANCILIO PINTO PAES LEME

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 04 de julho de 2000.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 27/07/2000Revoga a Deliberação CEE nº 250/2000Alterada pela Deliberação CEE nº 262/2000, que prorroga, até 31.12.2001, o términodo período de tramitação previsto no artigo 17.

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84 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 255 / 2000

Fixa normas complementares à Deliberação CEE nº 232/98.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e considerando o disposto no artigo da Lei Federalnº 9394/96, no Decreto Federal 2.494 de 10 de fevereiro de 1998, na PortariaMinisterial nº 301 de 07 de abril de 1998 e na Resolução CEB/CNE nº 01/2000que estabelecidos as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovense Adultos,

DELIBERA:

Art. 1º — Para validade, em todo o território nacional, dos certificados deconclusão dos cursos, as instituições de ensino que, solicitarem credenciamentoe autorização para atuar na metodologia de Educação a Distância, na modalidadede Jovens e Adultos, além do estabelecido na Deliberação nº 232/98 desteConselho, deverão solicitar credenciamento e autorização para a realização deexames supletivos presenciais exclusivamente para seus alunos.

Art. 2º — As instituições já credenciadas e autorizadas até esta data, nostermos da Deliberação nº 232/98 deste Conselho e listados no anexo I, estãocredenciadas e autorizadas e realizarem os exames presenciais que trata o Art.1º.

Art. 3º — As instituições que já possuem Parecer autorizativo de programasde Educação à Distância aprovados por este Conselho, antes da vigência daDeliberação 232/98, deverão, no prazo de 90(noventa) dias a partir da publicaçãodesta Deliberação dar entrada no protocolo geral do CEE/RJ de solicitação deadequação aos termos da Deliberação 232/98 e desta Deliberação.

Parágrafo único — O não atendimento ao disposto no caput deste artigoimplicará na automática revogação do ato autorizativo concedido por esteConselho.

Art. 4º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, em especial a Deliberação deste Conselho,de nº 193/92.

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RIO EDUCAÇÃO 85

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Educação a Distância acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2000.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE - RELATOR

EBER MANCEN GUEDES

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO - AD HOC

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 01 de agosto de 2000.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE CEE/RJ

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86 RIO EDUCAÇÃO

ANEXO I

Centro Educacional de Niterói

Colégio de Aplicação Dom Hélder Câmara

Colégio Leblon

Colégio Joan Miró

Serviço Social da Indústria - SESI, Departamento Regional do Rio de Janeiro.

Publicada em 07/08/2000Complementa a Deliberação CEE nº 232/1998Revoga a Deliberação CEE nº 193/1992Revogada pela Deliberação CEE nº 275/2002

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RIO EDUCAÇÃO 87

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EEDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 256, DE 10 DE OUTUBRO DE 2000

Fixa normas para concessão de autorização para lecionar, atítulo precário, na Educação Básica e na Educação Profissional,em nível médio.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições e

considerando que há carência de professores habilitados para a EducaçãoBásica e para a Educação Profissional, em nível médio;

considerando que não podem ser particularizadas as disciplinas, pois assituações são diferentes de um município para outro ou, às vezes, de uma regiãopara outra do mesmo município;

considerando que a Deliberação CEE 248/99, em conformidade com a Leinº 9.394/96 e a Portaria Ministerial nº 524, de 12 de junho de 1998, publicada noDOU de 18/06/98, em seu artigo 1º, determina que não mais cabe a expedição deRegistro aos Profissionais da Educação;

considerando que o inciso II do Art. 63 da Lei nº 9.394/96 possibilita aexistência de programas de formação pedagógica para portadores de diplomasde Educação Superior que queiram dedicar-se à Educação Básica e à EducaçãoProfissional, normatizada pela Resolução CES nº 02/97 e pelo Parecer CEE nº139/99(N),

DELIBERA:

Art. 1º — Será concedida autorização para lecionar, a título precário, naEducação Infantil, pelo prazo de dois anos improrrogáveis, ao portador de diplomade Curso Superior em Pedagogia, sem a devida habilitação, a fim de que o mesmopossa concluir o Normal Superior ou o Curso de Formação Específica;

Art. 2º — Será concedida autorização para lecionar, a título precário, nasquatro últimas séries do Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na EducaçãoProfissional de nível técnico, pelo prazo de dois anos improrrogáveis, ao portadorde diploma de Curso Superior que apresente Histórico Escolar, onde conste tercursado a disciplina que deseja lecionar com uma carga horária mínima de 160horas e que não tenha concluído o Programa de Formação Pedagógica na disciplinapleiteada.

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88 RIO EDUCAÇÃO

§ 1º — A autorização definitiva para lecionar nas quatro últimas séries doEnsino Fundamental, no Ensino Médio e na Educação Profissional de nível técnicoserá obtida, conforme citado no caput deste artigo, após a realização de Programade Formação Pedagógica, com pelo menos 540 horas, incluindo as partes teóricae prática, tendo esta última 300 horas, de acordo com o que estabelece a ResoluçãoCNE nº 02/97 e o Parecer 139/99(N), do Conselho Estadual de Educação do Riode Janeiro.

§ 2º — Para obtenção da autorização definitiva para lecionar na EducaçãoProfissional de nível técnico, a parte prática do programa, a que se refere o caputdeste arquivo, poderá ser realizada em serviço.

Art. 3º — É atribuição do Presidente da Câmara Conjunta de EducaçãoSuperior e de Educação Profissional, por delegação de competência, decidir, depronto, sobre a presente matéria, garantindo-se ao interessado o direito de recursoao Plenário deste Conselho.

Art. 4º — Ficam convalidados todos os atos praticados e previstos pelaDeliberação CEE nº 212/95 até a data da publicação desta Deliberação.

Art. 5º — A presente Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário e, em especial, a Deliberação CEE nº 212/95.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de janeiro, 10 de outubro de 2000.

CELSO NISKIER - PRESIDENTE

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO - RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

EBER MANCEN GUEDES

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

JESUS HORTAL SANCHEZ

JORGE LUIZ SANTOS MAGALHÃES

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

RIVO GIANINI DE ARAUJO

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

VALDIR VILELA

Page 91: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 89

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro em 10 de outubro de 2000.

CELSO NISKIER

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 20/10/2000Convalida os atos praticados e previstos na Deliberação CEE nº 212/1995Revoga a Deliberação CEE nº 212/1995Revogada pela Deliberação CEE nº 266/2001

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90 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EEDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 257 /2000, DE 24 DE OUTUBRO DE 2000.

Fixa normas para o funcionamento da Comissão deEspecialistas de Educação Profissional de Nível Técnico.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições e

considerando o que determina a Deliberação CEE nº 254/200, em seu Art. 12;

considerando a necessidade de serem constituídas as Comissões deEspecialistas para subsidiar as avaliações dos pedidos de autorização parafuncionamento de novos cursos de Educação Profissional de nível técnico;

considerando que a antiga Câmara de Ensino Superior adotava a designaçãode Comissões de Especialistas, remunerados, para apreciação dos pedidos deautorização e reconhecimento de cursos de nível superior,

RESOLVE:

Art. 1º — O CEE, por intermédio da Câmara Conjunta de Educação Superiore de Educação Profissional, designará Comissões de Especialistas recrutados nocadastro de especialistas das 20 áreas profissionais de que trata o artigo 13 daDeliberação CEE nº 254/2000, constituídas de 3 membros, sendo 2 delesescolhidos entre os especialistas indicados por instituições de ensino técnico ousuperior e 1 especialista em educação com habilitação em Supervisão ou InspeçãoEscolar pertencente ao órgão da Secretaria de Estado de Educação, paraprocederem à avaliação dos pedidos de autorização de funcionamento de novoscursos de Educação Profissional de nível técnico, subsidiando as decisões relativasaos atos autorizativos pertinentes.

Art. 2º — Os membros das Comissões de Especialistas indicados peloCEE serão ressarcidos de suas despesas com transporte urbano, interurbano,alimentação e estada, quando for o caso, e perceberão adicional, a título de pró-labore, no valor de R$ 200,00, para cada curso avaliado.

Art. 3º — Caberá às Instituições de Ensino solicitantes o pagamento dasdespesas referidas no artigo anterior diretamente aos membros da Comissãoindicados pelo Conselho.

Art. 4º — A presente Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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RIO EDUCAÇÃO 91

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2000.

CELSO NISKIER - PRESIDENTE

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN - RELATOR

JESUS HORTAL SANCHEZ

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada com voto contrário do ConselheiroPaulo Kobler Lopes Pinto Sampaio.

SALA DAS SESSÕES, em 24 de outubro de 2000.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

PRESIDENTE EVENTUAL

VOTO CONTRÁRIO DO CONS. PAULO KOBLER LOPES PINTOSAMPAIO

Voto contra o Art. 2º e, conseqüentemente o 3º, em virtude da ConstituiçãoFederal garantir à livre iniciativa o direito de ministrar educação, desde que avaliadapelo Estado. Entendo que qualquer pagamento, para que a avaliação seja feita,contraria o princípio básico de liberdade para educar.

Publicada em 31/10/2000 e republicada em 13/11/2000.

Page 94: Revista Rio Educação Especial nº 8

92 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EEDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 258 / 2000, DE 24 DE OUTUBRO DE 2000

Fixa normas para o reconhecimento da equivalência dosestudos e experiência profissional a habilitação de nível técnico.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições e

considerando o disposto no Parecer CEE nº 728/82;

considerando a necessidade de regulamentar os procedimentosrelacionados com os pedidos de equivalência de estudos e experiência profissionalque se avolumam no Protocolo e nas Assessorias do CEE;

considerando as dificuldades de aferição e avaliação dos documentosapresentados pelos requerentes, com o propósito de justificar sua experiênciaprofissional e a equivalência a uma atividade típica das habilitações profissionaisde nível técnico,

DELIBERA:

Art. 1º — Os pedidos de equivalência de estudos e de experiênciaprofissional a habilitação de nível técnico somente serão protocolados no CEE,quando apresentados com o Certificado de Conclusão do Ensino Médio,acompanhado do Histórico Escolar e da documentação correspondente aocurrículo profissional, com os comprovantes e atestados pertinentes.

Art. 2º — A verificação da equivalência da experiência profissional poderáser objeto de consulta à instituição especializada.

Art. 3º — Após o exame da documentação escolar do requerente e doparecer do órgão especializado, quando houver, sobre a sua experiênciaprofissional, o pedido será apreciado pela Câmara para decisão definitiva.

Art. 4º — A presente Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Page 95: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 93

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2000.

CELSO NISKIER - PRESIDENTE

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN - RELATOR

JESUS HORTAL SANCHEZ

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, em 24 de outubro de 2000.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 09/11/2000Revogada pela Deliberação CEE nº 282/2003

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94 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 259, 07 DE NOVEMBRO DE 2000

Fixa normas para funcionamento de Curso de Educação paraJovens e Adultos e de Exames Supletivos, e revoga a alínea ddo art. 23 da Deliberação nºs 231/98 e as Deliberações CEEnºs 242/99 e247/99.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e, de acordo com o artigo nº 208 da ConstituiçãoFederal, com a Lei nº 9.394/96 e com a Resolução nº 01/00 da CEB/CNE,

DELIBERA:

Art. 1º — O Curso de Educação para Jovens e Adultos, destina-se àquelesque não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental eMédio na idade própria e necessitam beneficiar-se das oportunidades oferecidaspela educação continuada, considerando seus interesses, condições de vida e detrabalho.

Art. 2º — No processo de Educação para Jovens e Adultos, os Cursos eExames Supletivos compreenderão a base nacional comum do currículocorrespondente e os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandospor meio informais.

Parágrafo único — Inclui-se, no currículo dos Cursos de Educação paraJovens e Adultos e dos Exames Supletivos, uma língua estrangeira, de ofertaobrigatória, e de prestação facultativa pelo aluno do Ensino Fundamental eobrigatória pelo aluno do Ensino Médio.

Art. 3º — O planejamento dos cursos de Educação para Jovens e Adultosdeve garantir oportunidades educacionais apropriadas às características dessealunado, considerando os princípios filosóficos da educação nacional.

Art. 4º — No processo de Educação para Jovens e Adultos, a organizaçãodos cursos nos níveis Fundamental e Médio deverá atender, em sua PropostaPedagógica, o interesse do processo ensino-aprendizagem, levando emconsideração as características das séries, ciclos, períodos, etapas, fases emódulos ou outras formas de organização curricular, permitindo alternância regularde períodos de estudo, grupos não seriados, com base na idade, competência eem outros critérios relacionados.

Art. 5º — A matrícula em Cursos de Educação para Jovens e Adultos far-se-á pela análise da documentação de escolaridade anterior ou pela verificação e

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RIO EDUCAÇÃO 95

reconhecimento, mediante avaliação, de conhecimentos e habilidades obtidos emprocessos formativos extra-escolares, do grau de maturidade, desenvolvimento eexperiência, independentemente da escolaridade anterior, quando houver.

Art. 6º — Os cursos de Educação para Jovens e Adultos assegurarãooportunidades educacionais apropriadas às características desse alunado, seusinteresses e condições de vida e de trabalho e estimularão, nos limites impostospela legislação vigente, a utilização de novas tecnologias apropriadas, inclusive aeducação a distância e, neste caso, nos termos das Deliberações nºs 232/98 e255/2000 deste Conselho e das que vierem a alterá-las.

Art. 7º — Os cursos de Educação para Jovens e Adultos presenciais, comcarga horária mínima de 1.200 (mil e duzentas) horas para o correspondente aosquatros últimos anos de escolaridade do Ensino Fundamental, distribuídas aolongo de 2 (dois) anos e de 1.080 ( mil e oitenta) horas, distribuídas em 1 ano emeio, para o Ensino Médio, serão oferecidos por instituições de ensino devidamenteautorizadas.

§ 1º — As instituições de ensino autorizadas a oferecer Cursos de Educaçãopara Jovens e Adultos presenciais realizarão as avaliações indicadas em suaprogramação e certificarão os estudos completados, observando os limites deidade indicados no § 1º do artigo 38 da Lei 9.394/96.

§ 2º — As instituições de ensino especificamente autorizadas pelo órgãopróprio do Poder Público poderão ministrar Cursos de Educação para Jovens eAdultos presenciais em instituições religiosas, locais de trabalho, sindicatos,associações de moradores, telessalas e outros assemelhados, desde que o órgãode supervisão do Sistema de Ensino seja previamente informado porcorrespondência com A.R.

Art. 8º — Os cursos de Educação para Jovens e Adultos com organizaçãodiferente de seriado deverão adaptar a carga mínima, estabelecida no artigo 7º, àsua Proposta Pedagógica.

Art. 9º — Os cursos de Educação para Jovens e Adultos correspondentesaos quatro primeiros anos de escolaridade do Ensino Fundamental terão estruturae duração definidas pelas próprias instituições ou organizações que vierem aministrá-los, segundo a Proposta Pedagógica e independente de autorização peloPoder Público.

Art. 10 — O Poder Público deverá acompanhar, direta e permanentemente,o funcionamento dos Cursos de Educação para Jovens e Adultos, por meio deseus órgãos competentes.

Art. 11 — A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de ensinoque oferecem a Educação para Jovens e Adultos será concedida mediante oatendimento aos termos da Deliberação CEE nº 231/98, suas alterações e dapresente Deliberação.

Parágrafo único — Nenhuma instituição de ensino poderá iniciar cursos

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96 RIO EDUCAÇÃO

de Educação para Jovens e Adultos sem estar devidamente autorizada, não seaplicando o § 6º do Art. 20 da Deliberação CEE nº 231/98.

Art. 12 — A competência para a realização de Exames Supletivos é doPoder Público que deverá oferecê-los de modo freqüente e permanente e que serealizarão:

I - no nível de conclusão do Ensino Fundamental, para os maiores de 15(quinze) anos;

II - no nível de conclusão do Ensino Médio, para os maiores de 18 (dezoito)anos.

Art. 13 — A certificação dos exames supletivos é da responsabilidade doPoder Público competente por intermédio de seus órgãos próprios de ensino.

Art. 14 — Os exames Supletivos deverão considerar as peculiaridades dosportadores de necessidades especiais.

Art. 15 — Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, a alínead do Art. 23 da Deliberação nº 231/98 e as Deliberações nºs 242/99 e 247/99,deste Conselho.

Art. 16 — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto da Comissão Relatora.

Rio de Janeiro, 10 de outubro de 2000.

PRESIDENTE: JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

COMISSÃO RELATORA: AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

IRENE MAIA DE ALBUQUERQUE

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

NILSON DIMARZIO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

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RIO EDUCAÇÃO 97

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 07 de novembro de 2000.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 13/11/2000Altera a Deliberação CEE nº 231/1998Revoga as Deliberações CEE nºs 242/1999 e 247/1999Alterada pela Deliberação CEE nº 285/2003, que revogou os artigos 7º, 8º, 9º e 12.

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98 RIO EDUCAÇÃO

DELIBERAÇÃO CEE Nº 260, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2000

Aprova o Regimento da Medalha do Mérito “Darcy Ribeiro”.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suasatribuições regimentais e de acordo com o estabelecido na Portaria nº 077/2000, de 24 de outubro de 2000,

DELIBERA:

Aprovar o presente Regimento da Medalha do Mérito “DARCY RIBEIRO”

REGIMENTO

CAPÍTULO I

DAS FINALIDADES

Art. 1º — A Medalha do Mérito “Darcy Ribeiro”, instituída pela Portaria nº077/2000, de 24 de outubro de 2000, da Sra. Presidente do Conselho Estadual deEducação, poderá ser concedida a brasileiros ou estrangeiros, que prestem ouhajam prestado relevantes serviços à causa da educação, e àqueles que, por seuvalor, sejam julgados merecedores da outorga.

Art. 2º — A Medalha do Mérito “DARCY RIBEIRO” terá as seguintescaracterísticas:

§ 1º — Formato circular, com diâmetro de 5,5 cm, fundida em metal nobre,contendo:

- Anverso – traços em relevo do rosto do professor Darcy Ribeiro e inscrição“Mérito DARCY RIBEIRO”

- Reverso – Traços em relevo perspectiva de um CIEP e a inscrição ConselhoEstadual de Educação-RJ

§ 2º — O Mérito “DARCY RIBEIRO” consta da insígnia pendente de umafaixa de cores azul e branca que será colocada em volta do pescoço do outorgado.

§ 3º — A Medalha será acompanhada de uma roseta com as cores da fitapara ser utilizada na lapela e do respectivo diploma de concessão.

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RIO EDUCAÇÃO 99

CAPÍTULO II

DA CONCESSÃO

Art. 3º — A concessão da Medalha far-se-á por ato da Comissão Especial,de acordo com as formalidades constantes da Portaria nº 077/2000, de 24 deoutubro de 2000, da Sra. Presidente do Conselho Estadual de Educação.

Art. 4º — As indicações para a concessão da Medalha serão encaminhadaspelo Presidente do Conselho Estadual de Educação à Comissão Especial,constituída com tal finalidade, que as analisará, contendo os nomes daspersonalidades, dados biográficos e resumo dos serviços ou atividades quemotivaram a indicação.

§ 1º — As propostas deverão ser encaminhadas á Comissão Especial até odia 30 de junho de cada ano.

§ 2º — As propostas apresentadas que contrariarem as disposições desteregimento não serão encaminhadas à comissão.

CAPÍTULO III

DA COMISSÃO ESPECIAL

Art. 5º — A Comissão Especial da Medalha será constituída de acordo como estabelecido na Portaria nº 077/2000, de 24 de outubro de 2000, Sra. Presidentedo Conselho Estadual de Educação.

Art. 6º — São atribuições da Comissão Especial da Medalha:

§ 1º — Baixar normas internas para os procedimentos de seleção, queserão aprovados pelo Presidente da Comissão Especial a ser escolhido entre osseus pares.

§ 2º — Reunir-se quando convocada pelo Presidente.

§ 3º — Indicar, mediante parecer circunstanciado, os nomes para aconcessão da Medalha.

CAPÍTULO IV

DAS REUNIÕES

Art. 7º — As reuniões só poderão ser realizadas com a presença de nomínimo 51% dos membros da Comissão.

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100 RIO EDUCAÇÃO

§ 1º — Essas reuniões serão sempre secretas, e lavrar-se-ão atasregistradas, assinadas por todos e lacradas.

§ 2º — As reuniões serão convocadas pelo Presidente da Comissão comantecedência mínima de 08 (oito) dias.

§ 3º — Não havendo número, far-se-á nova convocação, permanecendoinalterado o percentual mínimo de membros da Comissão, de acordo com o “caput”deste artigo.

CAPÍTULO V

DAS COMPETÊNCIAS

Art. 8º — Ao Presidente compete:

§ 1º — Convocar a comissão

§ 2º — Presidir os trabalhos da Comissão

§ 3º — Orientar a comissão e a secretaria; e

§ 4º — O voto de qualidade

CAPÍTULO VI

DAS INDICAÇÕES

Art. 9º - As indicações de candidatos à medalha serão feitas:

a) pelos membros do Conselho Estadual de Educação;

b) pelos Secretários de Estado do Governo do Estado do Rio de Janeiro;

c) pelos Secretários Municipais de Educação

d) por autoridades educacionais dos governos federal e estaduais.

e) por representantes de entidades de classe vinculadas à educação

§ 1º - O prazo para essa indicação será até o dia 15 de junho de cada ano.

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RIO EDUCAÇÃO 101

CAPÍTULO VII

DA SELEÇÃO

Art. 10º — Os membros da Comissão receberão da Secretaria Geral doConselho, as pastas, devidamente organizadas, contendo o currículo e demaisdados sobre os candidatos.

Art. 11º — As propostas serão analisadas pela Comissão, cabendo a umdos membros relatar a que foi indicada, apresentando parecer circunstanciadoque justifique a escolha.

Art. 12º — Todos os livros e documentos da Comissão Especial da medalhaficarão arquivados sob a guarda do Secretário, deles podendo ter vista somente oPresidente e os seus membros.

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 13º — A entrega da Medalha far-se-á de acordo com os itens III e IV daPortaria n° 077/2000, de 24 de outubro de 2000 da Sra. Presidente do ConselhoEstadual de Educação.

Art. 14º — Excepcionalmente, no ano de 2000 a entrega da Medalha poderáocorrer em data diversa do dia do Mestre, a critério da Senhora Secretária deEducação.

Art. 15º — A presente Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2000.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 17/11/2000

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102 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 261 /2000

Altera o Artigo 2º e seu Parágrafo único e o § 3º do Art. 3º daDeliberação CEE nº 252/2000.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuiçõeslegais,

DELIBERA:

Art. 1º — O Artigo 2º e seu parágrafo único da Deliberação nº 252/2000,deste Conselho, passa a ter a seguinte redação:

“Art. 2º — Fica constituído um Grupo Interdisciplinar composto porrepresentantes do Conselho Estadual de Educação, do ConselhoEstadual do Meio Ambiente e de técnicos especialistas nas áreasespecificadas, para elaborar o regulamento do concurso, definir oórgão responsável pela organização e implementação, a ComissãoApuradora e os recursos financeiros necessários para a suarealização, cuja publicidade das regras e do resultado se fará peloDiário Oficial do Estado e pela mídia em geral.

Parágrafo único — O concurso deverá iniciar-se a partir da publicidadedo Regulamento, que deverá acontecer até o dia 30 de março de2001”.

Art. 2º — O Parágrafo 3º do Artigo 3º da Deliberação nº 252/2000, desteConselho, passa a ter a seguinte redação:

“Art. 3º — (........)

§ 3º — O prazo para o resultado final dar-se-á até o término do 2ºsemestre do ano 2001”.

Art. 3º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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RIO EDUCAÇÃO 103

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2000.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES - PRESIDENTE

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL - RELATORA

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

EBER MANCEN GUEDES

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

NILSON DIMARZIO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada com abstenção do voto do ConselheiroMagno de Aguiar Maranhão e Jesus Hortal Sanchez.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 05 de dezembro de 2000.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

VICE - PRESIDENTE DO CEE

Publicada em 15/12/2000Altera a Deliberação CEE nº 252/2000

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104 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EDE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 262 /2000

Prorroga o término do período de transição previsto no art. 17da Deliberação CEE nº 254/00 e dá outras providências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições ecom fundamento nos artigos 23, § 1º e 24, II da Lei Federal nº 9.394/96,

DELIBERA:

Art. 1º — Nos termos do Parecer CEB nº 33/2000 do CONSELHO NACIO-NAL DE EDUCAÇÃO, fica prorrogado para 31 de dezembro de 2001 o término doperíodo de transição previsto no art. 17 da Deliberação CEE nº 254/00.

Art. 2º — Para os novos cursos de Educação Profissional de nível técnicode instituições já autorizadas, conceder-se-á, a partir das datas dos respectivosprotocolos, autorização, a título precário, para funcionarem até 31 de dezembrode 2001.

§ 1º — A partir de janeiro de 2002, as instituições somente poderão iniciarnovos cursos ou novas turmas de cursos autorizados anteriormente se ajustadosà nova legislação e aprovados pelo Conselho Estadual de Educação.

§ 2º — A aprovação referida no § 1º deste artigo será concedida através deparecer da Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissional.

Art. 3º — As instituições que possuem processos em tramitação paraautorização de cursos de Educação Profissional de nível técnico, com base noParecer CFE nº 45/72, terão a apreciação e a autorização regidas pelos dispositivosda Deliberação CEE nº 231/98.

Art. 4º — Os cursos de Educação Profissional autorizados nos termos destaDeliberação só poderão funcionar nas sedes existentes na data dos respectivosatos autorizativos.

Art. 5º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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RIO EDUCAÇÃO 105

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2000.

CELSO NISKIER - PRESIDENTE

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE - RELATOR

ANTÔNIO CELSO ALVES PEREIRA

JESUS HORTAL SANCHEZ

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 2000.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 22/12/2000Prorroga prazo estabelecido na Deliberação CEE nº 254/2000

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106 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 263 / 2001

Altera as Deliberações CEE nº 231 e 233/98 e revogaDeliberação CEE nº 217/96.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO,considerando a necessidade de adequar a qualificação do corpo técnico-administrativo das instituições de Educação Básica ao artigo 64 da Lei 9.394/96 eaos recentes pronunciamentos do CNE,

DELIBERA:

Art. 1º — O Artigo 4º da Deliberação CEE nº 231/98 passa a ter a seguinteredação:

“Art. 4º — As instituições de ensino privadas de Educação Básicaque ministrem Ensino Fundamental e/ou Médio, precedido(s) ou não,de Educação Infantil, devem contar com uma equipe técnico-administrativo-pedagógica com a seguinte constituição mínima:

I - Diretor.

II - Diretor-Substituto.

III - Secretário

§ 1º — É opcional a existência de Diretor-Substituto quando se tratarde instituição com menos de 200 alunos.

§ 2º — Os profissionais que compõem a equipe de que trata esteartigo, têm, necessariamente, o início e o término de sua atuação nainstituição cadastrados no órgão próprio do sistema de ensino.

§ 3º — A função de secretário é exercida por profissional de nívelmédio possuidor de qualificação profissional em secretaria escolar, oupor profissional de educação habilitado em curso de graduação emPedagogia, ou em curso de pós-graduação em Administração Escolarcom, no mínimo, 360 horas em instituição de educação superiorcredenciada de acordo com as normas federais que tratam da matéria.”

Art. 2º — O Artigo 5º da Deliberação CEE nº 231/98 passa a ter a seguinteredação:

“Art. 5º — A direção de instituição de ensino privada de EducaçãoBásica deve ser exercida por Administrador Escolar habilitado em

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RIO EDUCAÇÃO 107

curso de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação,em instituição de educação superior credenciada, de acordo com 21normas federais que tratam da matéria.

§ 1º — A mantenedora da instituição de ensino privada, de EducaçãoBásica, pode, a seu critério, designar uma direção para cada etapaou nível de ensino.

§ 2º — O exercício das funções de Diretor, de Diretor-substituto e deSecretário obriga o cadastramento dos profissionais no órgão própriodo sistema.

§ 3º — Para substituir, total ou parcialmente, a equipe técnico-administrativo-pedagógica, a instituição deverá informar as alterações,por via postal com Aviso de Recebimento (A.R.), diretamente àCOIE.E, juntando a comprovação da qualificação exigida, a qualemitirá o ato próprio de cadastramento.

§ 4º — Ficam assegurados os direitos dos diretores e diretores-substitutos designados pelas entidades mantenedoras nos termosdas normas vigentes até a data da publicação desta Deliberação.”

Art. 3º — Ao expedir o ato autorizativo para funcionamento doestabelecimento de ensino, o órgão próprio do sistema, de imediato, procede aocadastramento do corpo técnico-administrativo: Diretor, Diretor-Substituto eSecretário, dispensando-se a exigência de investidura, ato da competência daEntidade Mantenedora da instituição.

Art. 4º — O anexo III da Deliberação CEE nº 231/98 passa a vigorarconforme o anexo a esta Deliberação.

Art. 5º — Dá nova redação ao art. 1º da Deliberação nº 233/98:

“Art. 1º — O parágrafo único do art. 2º da Deliberação nº 221/97passa a ter a seguinte redação:

Parágrafo único — A relação de concluintes do Ensino Médio deveser publicada no Diário Oficial do Estado, devidamente assinada peloDiretor da instituição.”

Art. 6º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação, ficandorevogadas a disposições em contrário e, em especial, o artigo 29 da DeliberaçãoCEE nº 231/98 e a Deliberação CEE nº 217/96.

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108 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A presente Deliberação é aprovada com voto contrário do ConselheiroRonaldo Pimenta de Carvalho.

Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2000.

JORGE LUIZ SANTOS MAGALHÃES - PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

EBER MANCEM GUEDES

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

NILSON DIMARZIO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 09 de janeiro de 2001.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 18/01/2001Altera as Deliberações CEE nºs 231/1998, 233/1998 e 221/1997Revoga a Deliberação CEE nº 217/1996

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RIO EDUCAÇÃO 109

ANEXO SUBSTITUTIVO DO ANEXO IIIDA DELIBERAÇÃO CEE Nº 231/1998

INDICAÇÃO DE EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO-PEDAGÓGICA

Função 1 2 3 4

Diretor

Diretor Substituto

Secretário

_____________________________________________

Município e data completa

_____________________________________________

assinatura do representante legal

LEGENDA:(1) número do registro / autorização, seguido de / e o ano de expedição, com 2 algarismos;(2) data de expiração, caso haja, ou IND, se de validade indeterminada;(3) sigla do órgão expedidor;(4) número do CPF / CIC

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110 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 264 /2001

Dá nova redação ao caput do artigo 11 e ao artigo 16 daDeliberação nº 253/2000 deste Conselho.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições,

DELIBERA:

Art. 1º — O caput do artigo 11 da Deliberação Nº 253 / 2000 deste Conselhopassa a ter a seguinte redação:

“Art. 11 — É permitida a matrícula com dependência, na série seguinte,em decorrência de progressão parcial como previsto no RegimentoEscolar e na Proposta Pedagógica da instituição de ensino.”

Art. 2º — O artigo16 da Deliberação nº 253 / 2000 passa a ter a seguinteredação:

“Art. 16 — Aplica-se aos casos de matrícula por transferência oprevisto no artigo 11 e seus parágrafos.”

Art. 3º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 09 de janeiro de 2001.

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO - PRESIDENTE

EBER MANCEN GUEDES - RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

Page 113: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 111

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 09 de janeiro de 2001.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 18/01/2001Altera a Deliberação CEE nº 253/2000

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112 RIO EDUCAÇÃO

DELIBERAÇÃO CEE Nº 265, 03 DE ABRIL DE 2001

Dispõe sobre a formação de professores em Curso de EnsinoMédio na Modalidade Normal para a Educação Infantil e paraos quatro primeiros anos do Ensino Fundamental.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e com base na Resolução nº 2, de 19 de abril de1999, do Conselho Nacional de Educação, que fundamenta esta deliberação e,considerando:

- a necessidade de normas que contribuam para o compromisso de sitemasde ensino com a educação escolar de qualidade para crianças, jovens e adultos,acrescendo-se as especialidades de cada um desses grupos;

- que o Curso de Ensino Médio na Modalidade Normal, com estrutura eestatuto jurídico específicos, assegura titulação que o habilita,

DELIBERA:

Art. 1º — O Curso de Ensino Médio na Modalidade Normal, previsto noartigo 62 da Lei nº 9.394/96, deve prover a formação de professores destinados aatuar como docentes na Educação Infantil e nos quatro primeiros anos do EnsinoFundamental.

Art. 2º — O curso a que se refere o artigo anterior terá a duração mínimade 3.200 (três mil e duzentas) horas cumpridas em 4 (quatro) anos letivos, emjornada diária de tempo parcial, ou três anos letivos, em jornada diária de tempointegral.

§ 1º — Admitir-se-á o aproveitamento de estudos realizados em nível médiopara cumprimento da carga horária mínima, respeitadas as exigências da propostapedagógica do Curso de Ensino Médio na Modalidade Normal e observados osprincípios contemplados nas diretrizes da Resolução nº 02/99 da CEB/CNE, emespecial, a articulação entre teoria e prática ao longo do curso.

§ 2º — A jornada diária de tempo integral será definida na propostapedagógica da Instituição, respeitada a carga horária prevista no “caput”.

Art. 3º — A proposta pedagógica para o Curso de Ensino Médio naModalidade Normal será estruturada com ênfase no diálogo em todas as suasformas, a fim de preparar os professores para lidar com paradigma curricular quearticule conhecimentos, valores e competências específicas a cada etapa e a

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RIO EDUCAÇÃO 113

cada área do conhecimento a ser contemplada na formação, que possibilitem oaperfeiçoamento da prática pedagógica.

Art. 4º — A organização dos conteúdos curriculares necessários àconstituição de competências gerais e específicas na formação de professorestem como referenciais:

I - o disposto nos artigos 26, 27, 35 e 36 da Lei nº 9.394/96;

II - o estabelecido nas diretrizes curriculares nacionais para a educaçãobásica;

III - os conhecimentos da filosofia, da história e da psicologia educacional,da antropologia, da comunicação, da informática, das artes, da cultura, dalingüística e de outras a critério da instituição.

Art. 5º — A prática, área curricular contida no processo de investigação e aparticipação dos alunos no conjunto das atividades que se desenvolvem nasescolas, campos de estudo, é instituída desde o primeiro ano, prolongando-se aolongo de todo o curso de formação.

§ 1º — O tempo destinado pela legislação à parte prática, mínimo de 800(oitocentas) horas, deverá ser pautado num projeto de estágio planejado comobjetivos e tarefas claras, contando com o efetivo acompanhamento e orientaçãode docentes qualificados e experientes.

§ 2º — O efetivo exercício da docência na educação infantil e nos anosiniciais do ensino fundamental, pelos alunos em formação, é parte integrante domínimo de 800 (oitocentas) horas dessa área curricular.

§ 3º — O efetivo exercício da docência na Educação Infantil e nos quatrosprimeiros anos do Ensino Fundamental será no mínimo de 300 (trezentas) horase o que exceder desse mínimo, conseqüentemente, deverá ser acrescido ao totaldas 800 (oitocentas) horas e, nas 3.200 horas previstas no artigo 2º.

Art. 6º — Os alunos que ingressaram até o ano 2001 em curso de magistériopoderão concluir seus estudos pelo currículo vigente no início do curso.

Art. 7º — As propostas pedagógicas, para as escolas de formação deprofessores em nível médio, poderão ser organizadas respeitando-se a autonomiae as realidades especÍficas para as seguintes áreas de atuação, conjugadas ounão:

I - educação infantil;

II - educação nos anos iniciais do ensino fundamental;

III - educação nas comunidades indígenas;

IV - educação de jovens e adultos;

V - educação de portadores de necessidades educativas especiais.

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114 RIO EDUCAÇÃO

Art. 8º — Os pedidos de novas autorizações para o curso de formação deprofessores em nível médio, na modalidade Normal, serão deferidos mediante oatendimento ao que prevêem as Deliberações CEE nºs 231/98, 263/01 e a presentedeliberação, sendo indispensável a aprovação pelo CEE/RJ.

§ 1º — Após o cumprimento de todas as determinações das deliberaçõescitadas no “caput” e antes da emissão do Ato de Autorização, o processo deveráser encaminhado ao CEE/RJ para pronunciamento final.

§ 2º — As instituições com pedidos de autorização de funcionamento deCurso de Ensino Médio na Modalidade Normal em tramitação deverão fazer asadaptações necessárias e incluí-las no processo.

§ 3º — Os Cursos Normais, já autorizados, devem adequar-se à novalegislação, sendo igualmente indispensável novo pedido de autorização ao CEE/RJ até 30 de setembro de 2001, excetuando-se as instituições já autorizadas porParecer do CEE/RJ durante o ano de 2000, listadas no anexo I desta Deliberação.

§ 4º — O previsto nos itens (a) e (b) do inciso III do artigo 20 e o parágrafo6º do mesmo artigo da Deliberação CEE nº 231/98 não se aplicam ao Curso deEnsino Médio na Modalidade Normal.

Art. 9º — Os Cursos Normais serão sistematicamente avaliados,assegurando o controle público da adequação entre as pretensões do curso e aqualidade das decisões que serão tomadas pela instituição, durante o processode formulação e desenvolvimento da proposta pedagógica.

Art. 10 — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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RIO EDUCAÇÃO 115

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 13 de março de 2001.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES - PRESIDENTE

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO - RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ARAPUAN MEDEIROS DA MOTTA

EBER MANCEN GUEDES

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

NILSON DIMÁRZIO

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 03 de abril de 2001.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

VICE-PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 11/04/2001Alterada pela Deliberação CEE nº 269/2001, que deu nova redação ao § 3º do artigo 8º.

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116 RIO EDUCAÇÃO

ANEXO À DELIBERAÇÃO CEE Nº 265 / 2001

1 - Colégio Santa Luzia (Município de Duque de Caxias) - Parecer nº 911/2000

2 - Instituto Carlos A. Werneck, no Município de Petrópolis - Parecer 912/2000

3 - Colégio Santa Catarina, no Município de São Gonçalo - Parecer 915/2000

4 - Centro Educacional N.S. Auxiliadora (CENSA), no Município de Camposde Goytacazes - Parecer 917/2000

5 - Colégio Maria José Imperial, no Município do Rio de Janeiro - Parecer1003/2000

6 - Centro Educacional Célia Rosa, no Município de São Gonçalo - Parecer1025/2000

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RIO EDUCAÇÃO 117

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 266, DE 24 DE ABRIL DE 2001

Revoga a Deliberação CEE nº 256/2000.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, considerando que aautorização precária para lecionar, prevista na Deliberação CEE nº 256/2000,destinava-se ao atendimento de uma situação de emergência que ocorreu narede estadual de ensino, principalmente na área de ciências exatas e biológicas,

considerando que professores de outras áreas, aproveitando a concessãoprevista naquela Deliberação, passaram também a requerê-la, no que foramseguidos por professores da rede particular de ensino, o que originou um volumede, aproximadamente, 4.000 processos, atualmente em tramitação;

considerando que o Poder Executivo está abrindo concurso público paraadmissão de novos professores, prevendo-se, portanto, uma redução consideráveldas necessidades docentes na rede de ensino do Estado;

considerando que o CEE é órgão normativo e não executivo;

considerando que todos os autores dos processos protocolados nesteConselho têm direito a algum tipo de resposta,

DELIBERA:

Art. 1º — Fica revogada a Deliberação CEE nº 256/2000.

Art. 2º — Todos os processos relativos a pedidos de autorização precáriapara lecionar sejam arquivados, e os interessados notificados de que, por força daLDB, que extinguiu o registro nacional de professores existentes no MEC, correspondeàs mantenedoras das escolas aceitar ou rejeitar, observadas as exigências legais, asqualificações apresentadas para integrar os seus quadros docentes.

Parágrafo único — Nas escolas estaduais, tal função corresponde àSecretaria de Educação, mantenedora da rede estadual de ensino.

Art. 3º — A Secretaria de Educação deverá ser informada de que, naqualidade de mantenedora das escolas do Estado, a ela corresponde apreciar,em todos os casos relativos à rede estadual de ensino, o cumprimento das normasem vigor, cabendo a este Conselho apenas a edição das citadas normas e suasinterpretações, assim como a apreciação dos recursos que, porventura, vierem aser interpostos.

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118 RIO EDUCAÇÃO

Art. 4º — Aos professores atualmente contratados pelos Estado e cujosprocessos de autorização para lecionar a título precário não receberam respostaaté a data de promulgação desta Deliberação é outorgada tal autorização peloprazo improrrogável de um ano.

Art. 5º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Superior e Educação Profissional acompanha ovoto do Relator.

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2001.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN - PRESIDENTE

JESUS HORTAL SANCHEZ - RELATOR

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

RIVO GIANINI DE ARAUJO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado com voto contrário dos Conselheiros EberMancen Guedes, Francisca Jeanice Moreira Pretzel, Francílio Paes Leme Pinto,Sohaku Raimundo César Bastos e José Antonio Teixeira.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 24 de abril de 2001.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 02/05/2001Revoga a Deliberação CEE nº 256/2000

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RIO EDUCAÇÃO 119

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 267, 15 DE MAIO DE 2001

Considera como de educação a distância os Centros deEstudos Supletivos e outras instituições de ensino, e dá outrasprovidências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições, e

considerando que a Lei nº 9.394/96, ao tratar das Disposições Gerais paraa Educação Básica, estabelece:

a) que a freqüência mínima para aprovação é de setenta e cinco por centodo total de horas letivas (inciso VI do artigo nº 24);

b) que a carga horária mínima é de oitocentas horas de efetivo trabalho escolardistribuídas por um mínimo de duzentos dias letivos(inciso I do artigo nº 24);

c) que a educação a distância deve ser incentivada pelo Poder Público emtodos os níveis e modalidades de ensino (artigo 80);

d) o conceito e o estímulo para a educação de jovens e adultos (artigo 37);

e) que a habilitação para o prosseguimento de estudos para os que nãotiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio naidade própria será assegurada por cursos ou por exames supletivos e considerandoas inúmeras dúvidas quanto à situação dos Centros de Estudos Supletivos públicosou privados e dos exames supletivos (artigo 38).

considerando que a Deliberação CEE nº 259/00 estabelece normas para arealização de exames supletivos no Estado do Rio de Janeiro;

DELIBERA:

Art. 1º — Os Centros de Estudos Supletivos (CES) públicos ou privados eos demais cursos de Educação Básica e Educação Profissional com estrutura emetodologia próprias que não exijam a freqüência mínima de setenta e cinco porcento do total de horas letivas são considerados de educação a distância e, comotal, devem seguir o previsto nas Deliberações CEE nºs 232/98, 255/00 e nestaDeliberação para credenciamento e autorização de curso.

Art. 2º — As instituições públicas ou privadas já em funcionamento,enquadradas no artigo primeiro, para que seus atos escolares praticados tenhamvalidade, deverão atender ao disposto nas Deliberações citadas no artigo anterior,no prazo máximo de noventa dias a contar da data da publicação desta Deliberação.

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120 RIO EDUCAÇÃO

Parágrafo único — As instituições já autorizadas nos termos dasDeliberações CEE nºs 232/98 e 255/00 e relacionadas no anexo I ficamdispensadas do cumprimento do disposto no caput deste artigo.

Art. 3º — Os exames supletivos, nos termos da Deliberação CEE nº 259/00, não se enquadram na metodologia de ensino a distância e são, no Estado doRio de Janeiro, privativos do poder Público.

Art. 4º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Educação a Distância acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2001.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE E RELATOR

VALDIR VILELA

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO - AD HOC

SOHAKU RAIMUNDO CESAR BASTOS - AD HOC

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 15 de maio de 2001.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 21/05/2001Republicada em 30/05/2001 e retificada no D. O. de 27/09/2001Revogada pela Deliberação CEE nº 275/2002

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RIO EDUCAÇÃO 121

DELIBERAÇÃO CEE Nº 268, DE 17 DE JULHO DE 2001

Estabelece prazo para protocolar processos de adequação decursos técnicos das instituições de ensino.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuiçõeslegais, e considerando o volume de processos de adequação e autorização deCursos Técnicos, com base na Deliberação 254/00, com vistas a fazer cumprir oprazo por ela estabelecido,

DELIBERA:

Art.1º — Fixa a data de 30 de setembro de 2001 como prazo final eimprorrogável para que as Instituições que desejarem oferecer Curso Técnico,com base na Deliberação CEE nº 254/00, no 1º semestre de 2002, protocolem osseus processos no Protocolo do CEE;

Art. 2º — Fixa a data de 31de maio de 2002 como prazo final para protocolodos processos para funcionamento de Cursos Técnicos, com base na Deliberação254/00, para início de funcionamento no 2º semestre de 2002.

Art. 3º — Determina que, de acordo com a Deliberação CEE nº 254/00,nenhuma Instituição de Educação Profissional de nível técnico poderá funcionarsem a manifestação deste Colegiado à luz da mencionada Deliberação.

Art. 4º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2001.

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122 RIO EDUCAÇÃO

CELSO NISKIER - PRESIDENTE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO - RELATOR

JESUS HORTAL SANCHEZ

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 17 de julho de 2001.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 08/08/2001

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RIO EDUCAÇÃO 123

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 269, DE 14 DE AGOSTO DE 2001.

Modifica o parágrafo 3º do artigo 8º da Deliberação CEE Nº265/01.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e considerando que as instituições autorizadaspelo Órgão Próprio do Sistema, antes da vigência da Deliberação CEE 265/01,para funcionarem com curso de Ensino Médio na Modalidade Normal devem seadequar à nova legislação, prescindindo de nova autorização de funcionamento,

DELIBERA:

Art. 1º — O parágrafo 3º do artigo 8º da Deliberação CEE Nº 265/01 passaa ter a seguinte redação:

“§ 3º — Os Cursos Normais, já autorizados pelo Órgão Próprio do Sistema,para efetivar matrículas novas para o ano letivo de 2002, devem adequar-se ànova legislação sendo indispensável comunicar ao CEE/RJ a devida adequação,até 31 de outubro de 2001, para posterior divulgação por meio de Parecer,excetuando-se as instituições já autorizadas por Parecer do CEE/RJ durante oano de 2000, listadas no anexo I da Deliberação Nº 265/01 CEERJ.”

Art. 2º - Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 17 de Julho de 2001.

Page 126: Revista Rio Educação Especial nº 8

124 RIO EDUCAÇÃO

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES – PRESIDENTE

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO – RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA

NILSON DIMÁRZIO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 14 de agosto de 2001.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 14/09/2001Altera a Deliberação CEE nº 265/2001

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RIO EDUCAÇÃO 125

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EDE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 270, DE 02 DE OUTUBRO DE 2001

Institui as Diretrizes Curriculares Complementares para aEducação Profissional de Nível Técnico em Acupuntura,Shiatsuterapia e Terapias Naturais no Estado do Rio de Janeiro.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e

1. considerando o artigo 10, inciso V, da Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional nº 9.394/96, o qual atribui ao Estado “baixar normascomplementares para o seu sistema de ensino”;

2. Considerando o Inciso II, do Artigo 6º, do Decreto no 2.208 de 17 de abrilde 1997, o qual prevê que “os órgãos normativos do respectivo Sistema de Ensinocomplementarão as Diretrizes definidas no âmbito nacional e estabelecerão seuscurrículos básicos, onde constarão as disciplinas e cargas horárias mínimasobrigatórias, conteúdos básicos, habilidades e competências, por área profissional”;

3. considerando o preceituado na Lei Estadual nº 3.181/99, que cria o Serviçode Acupuntura nas Unidades Hospitalares do Estado do Rio de Janeiro, executadopor profissionais Técnicos e especializados;

4. considerando que o Ministério do Trabalho criou a Classificação Brasileirade Ocupações, na qual o Título de Acupunturista recebeu o registro nº da CBO: 0-79.15, assim como a descrição detalhada das competências e funçõesprofissionais;

5. considerando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu,em 1996, as “Diretrizes para o Treinamento Básico e Segurança em Acupuntura”,as quais contemplam diversos níveis de formação profissional em Acupuntura eTerapias afins;

6. considerando que, de acordo com a “IX Conferência Nacional de Saúdee 2ª Conferência de Saúde Mental”, as Ações de Saúde não são hojecompartimentadas, e sim, Ações integradas;

7. considerando a necessidade de se defender o cidadão contra práticasde saúde inadequadas, o que leva a se objetivar a melhoria da capacitação dosprofissionais que desenvolvem terapias tradicionais de países e povos, visandominimizar doenças tidas e havidas pelo homem;

8. considerando a existência em nosso Estado de Instituições de EnsinoProfissional regular de reconhecida idoneidade científica e educacional que

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126 RIO EDUCAÇÃO

ministram os referidos cursos há anos, autorizadas por este Colegiado, de acordocom a Deliberação CEE nº 218/96;

9. considerando a necessidade de atender a atual demanda da EducaçãoProfissional por cursos de Nível Técnico em Acupuntura, Shiatsuterapia e TerapiasNaturais;

DELIBERA:

Art. 1º — Ficam instituídas as Diretrizes Curriculares Complementares paraa Educação Profissional de Nível Técnico em Acupuntura, Shiatsuterapia e TerapiasNaturais para os Cursos a serem oferecidos no Estado do Rio de Janeiro.

Parágrafo único — Os cursos de Educação Profissional de Nível Básico,que sejam itinerários para Habilitação Técnica, promovidos por Instituiçõesdevidamente legalizadas pelo Sistema Estadual de Ensino, deverão adotar aspresentes Diretrizes.

Art. 2º — As Diretrizes Curriculares Complementares para a EducaçãoProfissional de Nível Técnico em Acupuntura, Shiatsuterapia e Terapias Naturaisabrangem a área da Saúde, estabelecendo interface com os campos da Estética,do Desporto e da Prevenção em Saúde.

Art. 3º — As competências e Habilidades comuns e específicas devemestar de acordo com o Perfil Profissional das Habilitações Acupuntura,Shiatsuterapia e Terapias Naturais.

Art. 4º — Os perfis profissionais de conclusão, de qualificação, de habilitaçãoe de especialização profissional de Nível Básico e Técnico em Acupuntura,Shiatsuterapia e Terapias Naturais são de competência da Instituição Educacional,considerando as seguintes Diretrizes Curriculares Complementares mínimas porárea profissional:

I - Competências:

• Selecionar os procedimentos e manobras terapêuticas indicadas a cadacaso.

• Elaborar programa de tratamento com vista à promoção da saúde e àrecuperação de funções e seqüelas.

• Reconhecer disfunções orgânicas ou lesões elementares dermatológicas,diferenciando-as, com o objetivo de caracterizar a pertinência ou não doprocedimento terapêutico a ser administrado.

• Identificar a fisiologia e detectar anomalias de músculos, tendões,ligamentos, nervos, ossatura e articulação.

• Reconhecer problemas decorrentes de distúrbios circulatórios e sinais detumores cutâneos orientando o paciente/cliente para avaliação dermatológica.

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RIO EDUCAÇÃO 127

• Interpretar prescrições médicas e/ou fisioterapêuticas.

• Reconhecer as indicações, contra-indicações, os efeitos fisiológicos ecolaterais dos diferentes métodos de recuperação física.

II - Habilidades:

• Proceder à anamnese, registrando alterações do paciente/cliente.

• Aplicar procedimentos de Acupuntura, Shiatsuterapia e Terapias Naturaispara o alívio de algias.

• Aplicar procedimentos de Acupuntura, Shiatsuterapia e Terapias Naturaisna recuperação de pacientes neurológicos.

• Aplicar procedimentos de Acupuntura, Shiatsuterapia e Terapias Naturaisna recuperação física em Reumatologia e Ortopedia.

• Aplicar procedimentos de Acupuntura, Shiatsuterapia e Terapias Naturais,assim como indicá-las na profilaxia, na promoção da saúde e na recuperação defunções e seqüelas.

• Avaliar resultados terapêuticos da assistência prestada, reorientando oprocesso terapêutico, se necessário.

• Articular-se com outros profissionais da equipe multidisciplinar, visando opaciente em sua integralidade.

• Realizar o exame físico-energético.

• Estabelecer contatos com o médico especialista para detalhar o tratamento.

III - Bases Tecnológicas Comuns.

• História das Ciências da Saúde.

• Fundamentos da Acupuntura, Shiatsuterapia e Terapias Naturais.

• Ciências da Saúde: Anatomia Humana, Fisiologia Geral, Patologia Gerale de Órgãos e Sistemas, Cinesiologia, Biofísica, Psicologia Aplicada e Radiologia.

• Ética, Legislação e Deontologia.

• Higiene, Nutrição e Saúde Pública.

• Primeiros Socorros.

IV - Bases Tecnológicas Específicas:

• ACUPUNTURA: Anatomia dos Pontos, Canais e Colaterais; Fisiologia eEnergética Humanas; Etiopatogenia e Fisiopatologia em Acupuntura; Semiologiaem Acupuntura; Técnicas Terapêuticas da Acupuntura; Recursos TerapêuticosComplementares da Acupuntura; Eletroacupuntura; Acupuntura Aplicada àsEnfermidades; Prática Ambulatorial de Acupuntura.

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128 RIO EDUCAÇÃO

• SHIATSUTERAPIA: Anatomia dos Canais e Colaterais; Fisiologia eEnergética Humana; Etiopatogenia e Fisiopatologia em Shiatsuterapia; Semiologiaem Shiatsuterapia; Teoria e Técnica de Manipulação; Recursos TerapêuticosComplementares da Shiatsuterapia; Shiatsuterapia Aplicada às Enfermidades;Prática Ambulatorial de Shiatsuterapia.

TERAPIAS NATURAIS:

1 - MASSAGEM: História e Fundamentos da Massagem; Tipos e Formasde Massagem; Semiologia em Massagem; Massagem Terapêutica Aplicadaàs Enfermidades; Massagem Aplicada à Estética; Massagem Aplicada aoDesporto; Massagem Preventiva, Prática Específica da Modalidade deMassagem; Prática Ambulatorial de Massagem.

2 - REFLEXOTERAPIA: História e Fundamentos da Reflexoterapia;Reflexologia; Semiologia em Reflexoterapia; Técnicas e Métodos deReflexoterapia; Reflexoterapia Auricular; Reflexoterapia Plantar e Palmar;Reflexoterapia Naso-crânio-vertebral; Reflexoterapia Aplicada àsEnfermidades; Prática Ambulatorial de Reflexoterapia.

3 - QUIROPATIA E OSTEOPATIA: História e Fundamentos da Quiropatia eOsteopatia; Semiologia em Quiropatia e Osteopatia; Técnicas e Métodosde Quiropatia e Osteopatia; Técnicas de Quiropatia; Técnicas de Osteopatia;Quiropatia e Osteopatia Aplicadas às Enfermidades; Prática Ambulatorialde Quiropatia e Osteopatia.

4 - TERAPIA AYURVÉDICA: História e Filosofia da Medicina Ayurveda;Fisiologia e Energética Humana; Etiopatogenia e Fisiopatologia no Ayurveda;Semiologia em Ayurveda; Dietética Ayurvédica; Técnicas TerapêuticasFísicas e Mentais da Terapia Ayurvédica; Herbologia TerapêuticaAyurvédica; Profilaxia em Ayurveda; Prática Ambulatorial de TerapiaAyurvédica.

5 - IOGATERAPIA: Introdução à Filosofia Oriental: Fundamentos deIogaterapia; Fundamentos da Medicina Tradicional Indo-cingalesa;Introdução ao Sânscrito; Teoria e Prática de Hatha Yoga; Técnicas eMétodos de Iogaterapia; Iogaterapia Preventiva; Técnicas de Relaxamento;Iogaterapia Aplicada às Enfermidades; Prática Ambulatorial de Iogaterapia.

6 - FITOTERAPIA: História da Fitoterapia do Oriente e do Ocidente;Antropologia Médica; Cultivo e Beneficiamento de Plantas Medicinais;Botânica e Taxionomia; Farmacologia; Fitoquímica e FitofarmacologiaAplicada; Controle de Qualidade de Plantas Medicinais; Farmacognosia;Toxicologia Pré-clínica; Controle de Qualidade da Matéria Prima;Farmacotécnica; Controle de Qualidade do Produto Final; FitoterapiaAplicada às Enfermidades; Prática de Manipulação dos Fitoterápicos; Práticade Fitoterapia.

Parágrafo primeiro — A Carga Horária mínima para os cursos elencadosneste artigo é de 1.200 horas/aula, sem a inclusão do estágio supervisionado;

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RIO EDUCAÇÃO 129

excetuando-se os cursos de Nível Básico, ministrados por Instituição Educacionalautorizada, que possam ser itinerários para Habilitação Técnica.

Parágrafo segundo — A carga horária dos cursos de Nível Básico, nãoprevista no parágrafo anterior, será estabelecida pela própria Instituição de Ensino.

Art. 5º — Só poderão compor o Corpo Docente desses cursos, profissionaisda área de saúde de nível superior, especializados ou pós-graduados, comformação pedagógica ou com licenciatura plena, exigindo-se aos não licenciadosa Complementação Pedagógica estabelecida pela legislação vigente, resguardadaa excepcionalidade, prevista até o fim da Década da Educação, conforme prescreveo artigo 87, parágrafo 4º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,quanto ao docente formado por treinamento em serviço.

Parágrafo único — Entende-se, neste artigo, o docente formado portreinamento em serviço, o graduado na área de saúde especializado no campo dosaber que pretende lecionar, sem a devida complementação pedagógica, desdeque comprove, pelo menos, cinco anos de experiência profissional em Instituiçõesde ensino legalizadas.

Art. 6º — Os cursos, ora em funcionamento, em conformidade com aDeliberação CEE nº 254/2000, devem se adequar à presente Deliberação, noprazo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir de janeiro de 2002.

Parágrafo único — A adequação será realizada pela própria InstituiçãoEducacional devidamente legalizada, a qual deverá encaminhar ao ConselhoEstadual de Educação ofício comunicando a realização da referida adequação,acompanhado do respectivo projeto acadêmico para o pronunciamento desteColegiado.

Art. 7º — Exige-se para matrícula nos cursos de Habilitação Técnica emAcupuntura, Shiatsuterapia e Terapias Naturais a idade mínima de 18 (dezoito)anos e Ensino Médio completo para emissão do Diploma de Técnico.

Parágrafo único — Os concluintes dos cursos de Acupuntura eShiatsuterapia, autorizados pelo CEE anteriormente à publicação da presenteDeliberação, terão seus direitos garantidos pela legislação então vigente.

Art. 8º — Fica revogada a Deliberação CEE nº 218/96.

Art. 9º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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130 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2001.

CELSO NISKIER – PRESIDENTE

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS - RELATOR

JESUS HORTAL SANCHEZ

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

RIVO GIANINI DE ARAUJO

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 02 de outubro de 2001.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 19/10/2001Revoga a Deliberação CEE nº 218/1996

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RIO EDUCAÇÃO 131

COMISSÃO ESPECIAL DE REFORMULAÇÃODO REGIMENTO INTERNO

DELIBERAÇÃO CEE Nº 271, DE 18 DE OUTUBRO DE 2001.

Define normas para a escolha dos nomes que comporão alista tríplice para a Presidência e Vice-Presidência do CEE/RJ, nos termos do Art. 8º da Lei nº 3.155/98.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e

considerando que a Comissão Especial de Reformulação do RegimentoInterno, foi incumbida pelo plenário do CEE/RJ de preparar as normas especiaispara o processo eleitoral.

considerando a decisão da plenária, realizada no dia vinte e cinco desetembro de dois mil e um, de promover a imediata eleição para os cargos dePresidente e Vice-Presidente do CEE/RJ, na forma da Lei Estadual nº 3.155/98,que autoriza o Poder Executivo sobre a reformulação do Conselho Estadual deEducação, a qual dispõe no Art. 8º que “ o Presidente e o Vice- Presidente doCONSELHO serão indicados ao Governador em lista tríplice escolhida emescrutínio secreto pelos membros do Colegiado”,

DELIBERA:

Art. 1º — A escolha dos nomes que comporão as listas tríplices para oscargos de Presidente e Vice-Presidente do Conselho Estadual de Educaçãoobedecerá às seguintes normas e anexos:

I - A escolha ocorrerá em sessão plenária, através de votação secreta,em data previamente marcada pelo colegiado.

II - Para a composição das listas tríplices, os Conselheiros se manifestarãoem cédulas distintas, indicando três nomes para a Presidência e três nomes paraa Vice-Presidência.

III - A composição das listas tríplices dar-se-á por maioria simples dosmembros presentes.

IV - A apuração dos votos será realizada por Mesa Apuradora integradapor três Conselheiros escolhidos pelo plenário.

V – Se um dos conselheiros escolhidos declinar de sua indicação paraPresidente ou Vice-Presidente, será substituído pelo nome subsequente maisvotado e assim sucessivamente.

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132 RIO EDUCAÇÃO

Art. 2º — As listas tríplices, a serem encaminhadas ao Governador de Estadopara fins das respectivas nomeações, serão compostas pelos três Conselheirosmais votados para cada cargo.

Art. 3º— O Presidente e o Vice- Presidente tomarão posse após a publicação,no Diário Oficial do Estado, dos atos das nomeações de ambos, contando-se o seumandato de dois anos a partir da data daquela publicação.

Art. 4º— A Mesa Diretora dos trabalhos, em caso de necessidade, expediráinstruções para assegurar o bom andamento dos mesmos.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Comissão Especial de Reformulação do Regimento Interno acompanhao voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2001.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES - PRESIDENTE

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL - RELATORA

JESUS HORTAL SANCHEZ - “AD HOC”

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS - “AD HOC”

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 2001.

JOÃO PESSOA DE ALBUQERQUE

VICE-PRESIDENTE CEE/RJ

Publicada em 29/10/2001

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RIO EDUCAÇÃO 133

ANEXO I DA DELIBERAÇÃO CEE Nº 271/2001

PRESIDÊNCIA

________________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________

ANEXO II DA DELIBERAÇÃO CEE Nº 271/2001

VICE-PRESIDÊNCIA

________________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________

Obs.: As cédulas serão assinadas no anverso pela Presidente da mesaDiretora e rubricada pelos outros dois membros, em número igual ao deConselheiros presentes e antes do primeiro escrutinío.

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134 RIO EDUCAÇÃO

A COMISSÃO ELABORADORA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 272, DE 18 DE OUTUBRO DE 2001.

Indica requisitos fundamentais para a autorização de Cursosde Educação Profissional de Nível Técnico.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e

considerando os Arts. 39 a 42 e § 2º do Art. 36 da Lei nº 9.394/96, o DecretoFederal nº 2.208 de 17/04/97, e com fundamento no Parecer CNE/CBE nº 16/99,de 25/12/99, e na Deliberação CEE/RJ nº 254/2000;

considerando a necessidade do aperfeiçoamento da qualidade dosplanejamentos dos Cursos de Educação Profissional de Nível Médio,protocolizados neste Conselho até 30/12/2001, como premissa inicial paraavaliação da qualidade do curso;

considerando que a boa qualidade do planejamento dos cursos de EducaçãoProfissional de Nível Técnico evidencia, desde logo, o efetivo comprometimentocom a qualidade da educação;

considerando a importância da qualidade de ensino da Educação Profissionalde Nível Médio que prevê que as instituições de ensino e seus referidos cursospreparem profissionais capazes de gerar conhecimento atualizado, inovador,criativo e operativo, capazes de permitir a seus alunos a incorporação das recentescontribuições científicas e tecnológicas nas diferentes áreas do saber que essenível de ensino requer;

considerando, ainda, que as recentes diretrizes para a Educação Profissionalde Nível Médio diferem concretamente em sua estrutura, finalidades e metodologiadaquelas que norteavam as anteriormente estabelecidas pela Lei nº 5.692/71;

considerando como princípios norteadores da Educação Profissional deNível Médio, enunciados no Art. 3º da nova LDB, acrescidos dos seguintespressupostos:

I - Independência e articulação com o Ensino Médio;

II - Respeito aos valores estéticos, políticos e éticos;

III - Desenvolvimento de competências para a laboralidade;

IV - Flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização;

V - Identidade dos perfis profissionais de conclusão de curso;

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RIO EDUCAÇÃO 135

VI - Atualização permanente de cursos e currículos;

VII - Autonomia da escola em seu projeto pedagógico;

considerando, ainda, o Art. 4º da Resolução que institui as DiretrizesCurriculares Nacionais, para tal nível de ensino, que indicam como critériosindispensáveis para organização e planejamento de cursos: o atendimento àsdemandas dos cidadãos, do mercado e da sociedade, bem como a conciliação detais demandas identificadas com a vocação e a capacidade institucional da escolaou da rede de ensino;

considerando que a Educação Profissional de Nível Médio deverá serorganizada, tendo por indicativos fundamentais: a área profissional a que sedestina, suas respectivas caracterizações, as competências gerais e específicas,requeridas pela natureza do trabalho a ser implementado;

considerando, ainda, que uma das mudanças introduzidas é a organizaçãocurricular com base nas competências e não mais, tendo por exclusividade osconteúdos programáticos que se faziam distantes da realidade a que se destinavamas habilitações, questão que requer modificações, por vezes, radicais na estruturafísica e nas instalações do prédio escolar;

considerando que, especialmente, se entende por competência profissionala capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos ehabilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividadesrequeridas pela natureza do trabalho,

DELIBERA:

Art. 1º — Os planos de curso a serem apresentados a este Conselho eprotocolizados devem trazer como requisitos essenciais os seguintes itens:

I - HISTÓRICO

a) Identificação geral da Instituição; b) pretensões; c) verificação dapertinência da profissão ou ocupação em relação às exigências legais para aformação pretendida; d) apresentação de dados que justificam a demanda dahabilitação para o desenvolvimento da região.

II - PROJETO PEDAGÓGICO

1. a) PERFIL DO PROFISSIONAL – relacionado às demandas, àscompetências relativas à área profissional pretendida, ao projeto pedagógicoelaborado.

b) ORGANIZAÇÃO CURRICULAR:

— Objetivos Específicos - explicitam o perfil profissional da habilitação,pertinência com o perfil profissional apresentado nas justificativas para a ofertado curso.

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136 RIO EDUCAÇÃO

— Estrutura – poderá ser estruturado em etapas ou módulos: comterminalidade correspondente à qualificação profissional pretendida para o níveltécnico ou sem terminalidade, objetivando estudos subseqüentes.

— Competências Específicas– devem nortear as ações pedagógicasrequeridas pela Educação Profissional: competências básicas, constituídas noEnsino Fundamental e Médio; competências profissionais gerais, comuns aostécnicos de cada área; competências profissionais específicas de cada qualificaçãoou habilitação.

— Quadro do Corpo Docente – relação nominal com titulação, asdisciplinas ministradas (no máximo 3, para cada docente).

— Quadro do Corpo Técnico- Administrativo - relação nominal comtitulação e experiência profissional adequada ( se for o caso); diretor e secretário.

— Indicadores da evidência da prática organizando o currículo -relação íntima entre teoria e prática. Estágios supervisionados, opcionais,realizados ao longo do curso. Aproveitamento de experiências profissionaisanteriores. Estímulo às metodologias inovadoras, interdisciplinares e àinteratividade.

— Módulos e Etapas – deve existir: vínculo e inteira dependência entreos módulos; coerência da modularização com os princípios citados na justificativa;evidência dos fundamentos pedagógicos desenvolvidos em todos os módulos eetapas. Possibilidade de terminalidade nos módulos.

— Quadro de disciplinas e respectiva carga horária – adequada aomínimo definido para cada área, consideradas as competências gerais eespecíficas de cada área profissional e habilitações – nos termos da ResoluçãoCNE 04/99, destacando-se que a carga horária mínima e obrigatória deve sercumprida segundo seu equivalente em horas/aula de 60 minutos.

— Perfil Profissional de Conclusão – deve atender às demandas detrabalho, identificadas para a formação do cidadão para e o desenvolvimento dasociedade, ajustando-se às competências profissionais que caracterizam asdiversas áreas profissionais gerais e específicas. É o perfil profissional que definea identidade do curso.

— Critérios para aproveitamento de conhecimentos e experiênciasanteriores – apresenta justificativa entre os vínculos de dependência entre osmódulos; aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores; indicadoresde prática e estágio supervisionado coerente com o perfil profissional.

— Critérios de Avaliação – diagnóstica e processual indicativa deelementos de avanços. Coerência com a formação profissional por competências.Indicação dos instrumentos a serem utilizados para o sucesso dos alunos,apresentando procedimentos a serem utilizados quando existe insucesso.

— Instalações e Equipamentos – coerência entre a proposta curricular ea capacidade física da instituição atingir seus objetivos; quantidade, atualidade e

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RIO EDUCAÇÃO 137

pertinência do acervo bibliográfico; qualidade e quantidade suficiente deequipamentos e instalações para o atendimento dos alunos

c) CERTIFICADOS E DIPLOMAS

— As escolas expedirão e registrarão, sob sua responsabilidade, osdiplomas de técnico, para fins de validade nacional. A escola responsável pelaúltima certificação expedirá o correspondente diploma, tendo por requisito aconclusão do Ensino Médio.

— Os diplomas de técnico deverão explicitar o correspondente título detécnico na respectiva habilitação profissional, explicitando as competênciasdefinidas no perfil profissional de conclusão do curso.

— Os certificados de qualificação e de especialização profissionaisdeverão explicitar o título da ocupação certificada.

— Os históricos escolares deverão acompanhar certificados e diplomas,contendo as competências definidas no perfil profissional de conclusão do curso.

Parágrafo único — O curso aprovado pelo CEE/RJ será incluído noCadastro Nacional de Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico.

III - RELATÓRIO DA COMISSÃO DE ESPECIALISTAS

— Deve ser indicada, na maioria dos casos.

— Pode ser dispensada, a critério do relator, caso se sinta plenamentesatisfeito com a qualidade do projeto pedagógico e estudos a Assessoria Técnicado CEE, mediante assinatura do Termo de Compromisso, em anexo.

Art. 2º — O Relator deve fazer constar em seu voto:

a) Exercício Profissional;

b) Encaminhamento do Plano de Curso para inclusão no Cadastro Geraldo MEC.

c) Outras recomendações que julgar necessárias e pertinentes.

Art. 3º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário

Page 140: Revista Rio Educação Especial nº 8

138 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão elaboradora acompanha o voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 11 de setembro de 2001.

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS - PRESIDENTE E RELATORA

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS - “AD HOC”

IRENE ALBUQUERQUE MAIA - “AD HOC”

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA “AD HOC”

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 2001.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

VICE-PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 05/11/2001Republicada em 14/11/2001

Page 141: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 139

ANEXO À DELIBERAÇÃO CEE Nº 272/2001

DECLARAÇÃO

...........................................................................................................................................

...........................................................................................................................................

(Nome, Identidade e CPF da Requerente)

Por seu Representante Legal .....................................................................................

..........................................................................................................................................

(Nome, Identidade e CPF do Representante)

Na qualidade de Instituição autorizada para oferta de Educação Profissional,declara ao Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro já ter adequado aodisposto na Deliberação CEE nº 254/2000 os seguintes Cursos Profissionalizantesde Nivel Técnico:

...........................................................................................................................................

...........................................................................................................................................

...........................................................................................................................................

...........................................................................................................................................

Coloca-se, assim, ao dispor da Comissão de Especilaistas para verificação,“In Loco”, da adequação ora declarada, ocasião em que comprovará o cumprimentodos dispositivos da deliberação supra mencionada e, em especial, dos 9 (nove)ítens consignados em seu Art. 10, com total ciência das penalidades legais aserem impostas, inclusive a imediata suspensão dos referidos cursos, caso sejacomprovada a improcedência da presente Declaração.

Rio de Janeiro,................de............................ 2001.

..............................................................................................................

(Assinatura do Representante Legal da Entidade Mantenedora dos Cursos)

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140 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 273, 08 DE NOVEMBRO DE 2001

Acrescenta Inciso IV e Parágrafo único ao Artigo 4º daDeliberação CEE nº 251/2000.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais, e considerando a pertinência das ações elencadasno Artigo 4º da Deliberação CEE nº 251/2000,

DELIBERA:

Art. 1º — O Artigo 4º da Deliberação CEE nº 251/2000 passa a ter a seguinteredação:

“Art. 4º — A transferência de responsabilidade compreenderá as ações de:

I - autorizar o funcionamento das instituições de ensino fundamentalmantidas pela iniciativa privada;

II - supervisionar as instituições constantes do inciso anterior;

III -apurar denúncias sobre irregularidades ocorridas em instituiçõesabrangidas por esta Deliberação, encaminhando suas conclusões ao ConselhoEstadual de Educação para as devidas providências;

IV -recolher e manter sob sua guarda o acervo de escolas extintas,abrangidas pelo ato de Transferência de Responsabilidade.

Parágrafo único — No caso de cessação de atividades, todos os arquivosserão arrolados pela instituição de ensino e, em seguida, conferidos e recolhidosao Órgão da Secretaria Municipal de Educação, Fundação Municipal de Educação,ou congênere, por Comissão Especial para tal designada, passando a constituiracervo dessa Secretaria, para fim de autenticação de documentos emitidos pelainstituição extinta, ou de emissão de vias autenticadas ou de certidões, sempreque solicitadas pelos interessados, na forma definida pelo Órgão”.

Art. 2º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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RIO EDUCAÇÃO 141

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica aprova por unanimidade a presenteDeliberação.

Rio de Janeiro, 06 de novembro de 2001.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE “AD HOC”

NILSON DIMÁRZIO

WANDA VIANNA DIREITO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 08 de novembro de 2001.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

VICE-PRESIDENTE CEE/RJ

Publicada em 07/01/2002Altera a Deliberação CEE nº 251/2000, acrescentando o inciso IV e parágrafo único.

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142 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EDE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 274 / 2002

Regulamenta os processos de Instituições que tiveram seus pleitos negados,arquivados e/ou indeferidos e as que deixaram de atender por completo àsDeliberações CEE/RJ nºs 254/2000 e 258/2000.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e,

- considerando o disposto nas Deliberações CEE/RJ nº s 254/2000 e 258/2000, homologadas pela Senhora Secretária de Estado de Educação;

- considerando as Instituições que não atenderam às referidas Deliberaçõesapresentando os seus processos de adequação e/ou de autorização de Cursosde Habilitação de Nível Técnico dentro dos prazos previstos nos citados dispositivoslegais;

- considerando as Instituições que, embora atendendo ao que prescrevemos dispositivos legais no aspecto prazo, tiveram seus pleitos negados, arquivadose/ou indeferidos,

DELIBERA:

Art. 1º — Determina a suspensão do oferecimento dos cursos ministradospelas Instituições que não atenderam às determinações das Deliberações CEE/RJ nos 254/2000 e 258/2000, com efeito a partir de 1º de janeiro de 2002.

Art. 2º — As Instituições que embora atendendo com relação aos prazos,determinações das Deliberações 254/2000 e 258/2000 tiveram seus pleitosnegados, arquivados e/ou indeferidos, somente estão autorizadas a concluir asturmas em andamento, cujas matrículas tenham ocorrido durante o ano de 2001.

Parágrafo único — As Instituições de que trata este artigo deverão darciência a este Colegiado, no prazo de 60 (sessenta) dias a partir da data dapublicação desta Deliberação, do estágio em que se encontram os cursos.

Art. 3º — A presente Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

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RIO EDUCAÇÃO 143

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2002.

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO - PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS - “AD HOC”

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL - “AD HOC”

IRENE ALBUQUERQUE MAIA - “AD HOC”

JESUS HORTAL SÁNCHEZ

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 2002.

CELSO NISKIER

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicada em 11/04/2002

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144 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 275 / 2002

Fixa normas para credenciamento de instituições e autorização de cursossob a forma de Educação a Distância no Estado o Rio de Janeiro.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e:

- Considerando o disposto no artigo 80 da Lei Federal n° 9.394/96 e nosDecretos Federais 2.494 de 10 de fevereiro de 1998 e 2.562 de 27 de abril de1998;

- Considerando a necessidade de consolidar as normas paracredenciamento de instituições educacionais, que desejem oferecer programasde Educação a Distância no território do Estado do Rio de Janeiro;

- Considerando a relevância em ajustar ao plano nacional, de critérios enormas para autorização de cursos oferecidos sob a modalidade de Educação aDistância, por instituições legalmente credenciadas para este fim no Estado doRio de Janeiro.

CAPÍTULO I – DO CREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÕES

Art. 1º — Credenciamento é o ato próprio que, após o integral cumprimentodo disposto nesta Deliberação e legislação pertinente, permite o funcionamentodentro dos limites territoriais do Estado do Rio de Janeiro, de instituições quedesejem efetivar a oferta de cursos sob a modalidade de Educação a Distância.

Parágrafo único — No processo de credenciamento, as instituições terãotratamento próprio, conforme estejam sediadas no Estado do Rio de Janeiro ouem outra Unidade da Federação, vistas e respeitadas a norma estadual específicae a legislação nacional vigente.

Art. 2º — O credenciamento de instituições educacionais interessadas emoferecer cursos de ensino fundamental ou médio, destinados a jovens e adultos ede educação profissional em Nível Técnico, sob a forma de Educação a Distância,em todo território do Estado do Rio de Janeiro, é competência exclusiva doConselho Estadual de Educação.

Art. 3° — A solicitação de credenciamento de entidades sediadas no Estadodo Rio de Janeiro, será instruída por ofício próprio, apresentado em papel timbradoda Instituição, indicando a razão social, endereço fiscal e eletrônico, CNPJ daEntidade Mantenedora e a Denominação Escolar da Instituição, além das

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RIO EDUCAÇÃO 145

qualificações de seu dirigente principal e representante legal, com as respectivascomprovações, inclusive no que diz respeito aos direitos de Domínio na Internetsobre o endereço eletrônico.

Parágrafo único — Ao ofício de solicitação de credenciamento, devem seranexadas cópias autenticadas em Ofício de Notas ou no Protocolo do ConselhoEstadual de Educação, em uma única via, dos documentos a seguir relacionados,referentes à instituição e seus dirigentes:

a) ato constitutivo e alterações contratuais ou atas pertinentes, com registrono órgão próprio, com destaque da cláusula, artigo ou dispositivo que torne explícitoseu vínculo educacional e o objetivo social específico de manter cursos deEducação a Distância;

b) autorização de funcionamento como instituição de ensino ou projetoespecífico com esta finalidade, se o objetivo exclusivo do credenciamento se ativerà Educação a Distância;

c) qualificação dos dirigentes, acompanhada das respectivas titulaçõesacadêmicas e dos comprovantes de residência, identidade e cartão de inscriçãodo contribuinte – cic, emitido pelo Ministério da Fazenda;

d) cartão de inscrição da entidade no Cadastro Nacional de PessoasJurídicas – CNPJ do Ministério da Fazenda, consoante a identificação delocalização de sua sede;

e) comprovante de capacidade patrimonial, que será aferida pelos trêsúltimos balanços;

f) comprovante de idoneidade financeira, que será atestada por trêsestabelecimentos bancários ou financeiros;

g) comprovantes de regularidade fiscal e para-fiscal, que serão verificadapelas certidões negativas de tributos federais, INSS, FGTS e ISS do municípioonde tem sede;

h) certidões negativas da instituição e dos seus dirigentes, emitidas peloscompetentes distribuidores e cartórios de protestos de títulos na Comarca onde ainstituição se sedia.

Art. 4° — A solicitação de credenciamento no Estado do Rio de Janeiro, deentidades já credenciadas em outras Unidades da Federação, será instruída porofício próprio, na forma prescrita no “caput” do artigo 3.º, acompanhado de cópiado ato próprio da autoridade educacional da Unidade da Federação onde se sedia.

Parágrafo único — Ao ofício de solicitação do credenciamento, devem seranexadas cópias, autenticadas no Protocolo do Conselho Estadual de Educaçãoou em Ofício de Notas, em uma única via, dos documentos a seguir relacionados,referentes a instituição e seus dirigentes:

a) ato constitutivo e alterações contratuais ou atas pertinentes, com registrono órgão próprio, com destaque da cláusula, artigo ou dispositivo que torne explícito

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146 RIO EDUCAÇÃO

seu vínculo educacional e o objetivo social específico de manter cursos de Educaçãoa Distância;

b) ato próprio da autoridade educacional da Unidade da Federação onde temsede, firmando o credenciamento da instituição, acompanhado da legislaçãopertinente;

c) requerimento próprio, se desejar instalar uma base física no Estado,anexando cópia de convênio com instituição de ensino, ou termo de utilização doimóvel onde instalará seu núcleo no Estado do Rio de Janeiro.

CAPÍTULO II – DA AUTORIZAÇÃO DE CURSOS

Art. 5º — Autorização é o ato próprio que, após o integral cumprimento dodisposto nesta Deliberação e legislação pertinente, permite às instituiçõescredenciadas, o funcionamento de cursos autorizados na modalidade de Educaçãoa Distância.

Parágrafo único — No processo de autorização de cursos, conforme asinstituições estejam sediadas no Estado do Rio de Janeiro ou em outra Unidadeda Federação, será respeitado o disposto na norma estadual específica e nalegislação nacional vigente.

Art. 6º — A autorização para funcionamento de cada curso, seja de EnsinoFundamental ou Médio, destinado a jovens e adultos ou Educação Profissionalem Nível Técnico, sob a forma de Educação a Distância, em todo território doEstado do Rio de Janeiro, é competência exclusiva do Conselho Estadual deEducação.

Art. 7° — O pedido de autorização para funcionamento de cursos dasentidades sediadas no Estado do Rio de Janeiro, será instruída por ofício próprio,na forma prescrita no “caput” do artigo 3.º, no que couber, ao qual serão anexadasduas cópias da proposta pedagógica, do projeto educacional e da documentaçãoreferentes a cada curso previsto, a saber:

a) proposta pedagógica da instituição, incluindo: objetivos, base filosófica eprograma de desenvolvimento do programa sob a forma de Educação a Distância;

b) projeto educacional, apresentando a estrutura didático-pedagógicaespecífica para cada curso oferecido, incluindo os objetivos a que se destinam ea justificativa para cada um deles, a caracterização da clientela visada para aconsecução da proposta educacional;

c) matrizes curriculares acompanhadas do planejamento temporal,ementário de cada uma das componentes curriculares e competências auferidaspara a terminalidade;

d) especificação dos requisitos para o ingresso, formas de avaliação derendimento e promoção de alunos ao longo e ao termo do processo educacional;

Page 149: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 147

e) critérios para Certificação, no caso dos cursos de ensino fundamental emédio para Jovens e Adultos ou de Diplomação, no caso dos cursos de Nível Técnico;

f) descrição da infra-estrutura disponível às práticas educacionais previstas,sejam elas com prevalência tecnológica, bibliográfica ou física;

g) justificativa dos planos de intervenção educacional que insiram noprocesso educativo, mesmo de forma incidental, conceitos de cidadania,voluntarismo e solidariedade;

h) programa de interação e motivação entre os alunos, sejam ou nãoresidentes no Município onde se localiza a instituição, suas bases físicas ouconvênios;

Parágrafo único — As instituições já credenciadas a ministrar cursos deEducação a Distância no Estado do Rio de Janeiro, podem apresentar novosprojetos ou atualização de seus projetos e cursos, bastando o cumprimento integraldo disposto no “caput” deste artigo 7º.

Art. 8° — O pedido de autorização para funcionamento no Estado do Riode Janeiro de cursos já autorizados para de entidades credenciadas em outrasUnidades da Federação, será instruído por ofício próprio, na forma prescrita no“caput” do artigo 3.º, no que couber, acompanhado de cópia do ato próprio daautoridade educacional da Unidade da Federação onde se sedia.

§ 1º — Ao pedido, serão anexadas duas cópias autênticas ou certidão deinteiro teor dos documentos referentes a cada curso previsto, tal como aprovadosno Estado de origem, atendendo cada um dos oito requisitos prescritos no “caput”da cláusula 7ª.

§ 2º — O item ou itens que não possam ser comprovados por cópia autênticaou certidão de inteiro teor, dada sua inexigibilidade no estado de origem, podemsubstituídos por documentos especialmente elaborados para atender estaDeliberação, desde que a eles seja apensada a norma específica da Unidade daFederação onde se sedia a instituição.

CAPÍTULO III – DAS CONDIÇÕES GERAIS DE FUNCIONAMENTO

Art. 9° — Toda instituição credenciada, poderá, visando melhor gerenciarsuas operações ou atender ao completo cumprimento de normas dispostas nestaDeliberação e na legislação pertinente, criar bases físicas próprias, que serãodenominadas núcleos, firmar convênios com instituição de ensino, ou indicar pólos,visando a interação física de alunos em regiões geograficamente próximas ouaplicação de avaliações, sempre que necessário ou oportuno.

§ 1º — A criação de um núcleo pode ser solicitada a este Conselho Estadualde Educação no mesmo processo de credenciamento, ou quando a instituiçãodecidir sua implantação, acompanhada da justificativa, termo de uso do imóvel ecópia do CNPJ específico daquele local de funcionamento; o pleito será deferido

Page 150: Revista Rio Educação Especial nº 8

148 RIO EDUCAÇÃO

por despacho e o endereço apostilado, para que a credenciada tenha o mesmotratamento de qualquer instituição sediada no estado.

§ 2º — A celebração de convênio entre a credenciada e outra instituiçãosediada neste Estado, pode ser pleiteada a este Conselho Estadual de Educaçãono mesmo processo de credenciamento, ou quando a instituição decidir pelacelebração, acompanhado de justificativa e cópia do termo de convênio; o pedidoserá deferido por despacho e o convênio apostilado, para que a conveniada tenhamesmo tratamento da credenciada, sendo certo que, à conveniada se estendemos mesmos direitos e obrigações dispostos nesta Deliberação, inclusive aapresentação da documentação relacionada no parágrafo único do artigo 3º;

§ 3º — A indicação de pólos, com a finalidade específica de promover aintegração e interação física de alunos residentes em regiões geograficamentepróximas, disponibilização de recursos pedagógicos e didáticos ou aplicação deavaliações, pode ser comunicada ao Conselho Estadual de Educação no mesmoprocesso de credenciamento, ou à Inspeção Escolar, quando a instituiçãocredenciada decidir pela criação, acompanhada de justificativa e especificando anatureza fixa ou temporária de cada pólo instituído.

Art. 10 — Toda instituição, no processo de credenciamento ou de solicitaçãode autorização para o funcionamento de cursos, indicará seu Quadro Técnico ePedagógico, responsável pelos controles acadêmicos, documentação escolar eatividades educacionais, anexando os termos de compromisso de cada profissional,e composto, pelo menos, de:

a) Diretor Responsável, por profissional legalmente habilitado para oexercício do cargo e funções, referentes à direção de estabelecimento de ensino;

b) Diretor Adjunto, também por profissional legalmente habilitado para oexercício do cargo e funções referentes, à direção de estabelecimento de ensino;

c) Secretário Escolar, por profissional legalmente habilitado para o exercíciodo cargo e funções atinentes em estabelecimento de ensino;

d) Coordenador Pedagógico de cada curso, por profissional legalmentehabilitado para o exercício de funções relativas à supervisão escolar, ou por professorlegalmente habilitado para o magistério na área objeto do funcionamento do curso.

Parágrafo único — As indicações devem ser acompanhadas de cópia dahabilitação legal para o exercício das respectivas funções, titulações acadêmicas,identidade, cartão de inscrição do contribuinte - cic, emitido pelo Ministério daFazenda e comprovante de residência ou domicílio.

Art. 11 — Caberá à instituição credenciada, o manuseio e guarda na suasede, dos documentos escolares de todos os alunos matriculados, mantendo-ospermanentemente à disposição dos órgãos competentes do Sistema Estadualresponsável pelo primeiro credenciamento.

§ 1º — Uma vez criado um núcleo ou firmado um convênio no âmbito doEstado do Rio de Janeiro, aquele local será responsável pelo manuseio e guardados documentos de todos alunos inscritos sob sua jurisdição, devendo, portanto,

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RIO EDUCAÇÃO 149

cada criação de núcleo ou celebração de convênio, ser acompanhada do dispostono artigo 10 desta Deliberação.

§ 2º — A nenhum pólo, sob qualquer hipótese, serão atribuídas asprerrogativas dispostas no “caput” deste artigo ou no seu § 1º, dado seu objetoespecífico de atender ao suporte pedagógico, educacional e social da instituição.

Art. 12 — Cada curso autorizado, respeitada a metodologia e modalidadeprópria, deve estar adequado às normas específicas emanadas por este Colegiadoe em consonância com os dispositivos vigentes no plano nacional para cada umadas suas especificidades.

§ 1º — Para validade em todo o território nacional dos certificados deconclusão dos cursos, sob a forma de Educação a Distância na modalidade deJovens e Adultos, além do já estabelecido nesta Deliberação, é condição necessáriae deve estar contida no projeto, a realização de avaliações presenciais,programadas para a sede da credenciada, seu núcleo, o local de convênio oumesmo em pólos, devendo o órgão competente da Inspeção Escolar sercomunicado formalmente com antecedência de pelo menos trinta dias.

§ 2º — Cursos de Qualificação Profissional, quando oferecidos porinstituições credenciadas pelo Conselho Estadual de Educação, devem, em todasas peças de divulgação, promoção ou publicidade, e em qualquer midia, incluir otermo “nível básico”, evitando conflito de entendimento daqueles, com os cursosprofissionais de Nível Técnico.

§ 3º — Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico, além das normasespecíficas em vigor, devem ser programados visando permanente atualizaçãopedagógica e científica, vetorização de seus roteiros e indissocibilidade com omercado de trabalho.

CAPÍTULO IV – DAS DISPOSIÇÕES REGULADORAS

Art. 13 — Todo e qualquer processo de credenciamento ou de autorizaçãopara funcionamento de cursos, só será aceito pelo Protocolo do Conselho Estadualde Educação, quando acompanhado da documentação completa e dentro dodisposto nesta Deliberação.

Parágrafo único — Não haverá credenciamento de instituições que deixemde apresentar, pelo menos, o projeto do curso inicial que pretende implantar e orespectivo pedido de autorização.

Art. 14 — Durante o procedimento de análise de cada projeto, além doestrito acuro na aferição do escopo documental, será levado em conta o propósitoeducacional da instituição e a abrangência pedagógica, caráter social e inovadorde cada projeto, além de, especialmente, os aspectos contidos na proposiçãogeral, quanto: a) conteúdo; b) metodologia; c)tecnologia.

Parágrafo único — Estabelecidas exigências em processos distribuídos adeterminado Relator, a parte interessada terá o prazo de trinta dias a contar da notificação,para sanar a pendência, sob pena de arquivamento “ex-ofício” do pleito apresentado.

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150 RIO EDUCAÇÃO

Art. 15 — As instituições credenciadas à oferta de cursos de Educação aDistância, poderão aceitar em seus cursos autorizados, transferências eaproveitamento de estudos realizados por alunos oriundos de cursos presenciais.

Parágrafo único — As certificações totais ou parciais conferidas em cursosautorizados de Educação a Distância e oferecidos por instituições credenciadas,podem ser aceitas em cursos oferecidos sob a forma de presencial de educação.

Art. 16 — O credenciamento de instituições e a autorização de cursos noEstado do Rio de Janeiro, será efetiva após a publicação no Diário Oficial doEstado da homologação pela Secretaria Estadual de Educação, do Pareceraprovado pelo Conselho Estadual de Educação.

Parágrafo único — O Conselho Estadual de Educação providenciará ainclusão no seu sítio ligado à internet, da relação de instituições credenciadas ecursos autorizados, podendo, se requerido, também efetivar a remessa física decópia de cada ato e projeto aprovados, aos Conselhos Estaduais de Educação detodo o país, às expensas do requerente.

Art. 17 — Todas as instituições credenciadas no Estado do Rio de Janeiro,devem disponibilizar até noventa dias após a data de aprovação de seus projetos,a publicação, no endereço eletrônico apresentado, do seu projeto pedagógico, talcomo aprovado e com citação do Parecer respectivo, comunicando formalmenteao Conselho Estadual de Educação aquela veiculação, sob pena de suspensãotemporária ou definitiva do credenciamento.

Parágrafo único — Todos os cursos autorizados a funcionar no Estado doRio de Janeiro, também devem ter suas propostas pedagógicas e organizaçãocurricular, tal como aprovado e com citação do Parecer respectivo, disponibilizadana rede mundial de computadores no endereço apresentado pela instituição, nomesmo prazo definido no “caput” deste artigo, sob pena de suspensão temporáriaou definitiva do ato autorizativo.

Art. 18 — A falta de atendimento aos padrões de qualidade e a ocorrênciade irregularidades de qualquer ordem, constatadas em decorrência de inspeçãoescolar de rotina ou de denúncia apurada por comissão de sindicância, acarretarãoo descredenciamento da instituição.

Parágrafo único — A apuração de denúncias que cheguem a qualquerórgão do sistema estadual, é reservada a comissão de sindicância instauradapela Inspeção Escolar, que fará chegar a este Conselho os resultados obtidos e opedido de sanção, se couber.

Art. 19 — As instituições credenciadas por este Conselho Estadual deEducação e relacionadas no Anexo desta Deliberação, ao lado dos seus cursosautorizados, têm seus direitos resguardados, devendo, no entanto, no prazo de seismeses diligenciarem quanto ao cumprimento obrigatório do disposto no artigo 18 e,facultativamente nos artigos 9.º e Parágrafo Único do artigo 16 desta Deliberação.

Parágrafo único — Os processos em tramitação no Conselho Estadual deEducação que tratem de projetos de Educação a Distância terão o prazo de noventa

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RIO EDUCAÇÃO 151

dias para se ajustarem aos termos da presente Deliberação, que findos, permitirãoo arquivamento imediato.

Art. 20 — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, em especial as Deliberações de números232/2000, 255/2000 e 267/2001 deste Conselho Estadual de Educação.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Educação a Distância acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2002.

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA – PRESIDENTE

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA - RELATOR

ANTÔNIO JOSÉ ZAIB

CELSO NISKIER

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

JOÂO PESSOA DE ALBUQUERQUE

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES (AD DOC)

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, 05 de março de 2002.

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

VICE-PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 26/03/2002 e republicada em 16/04/2002Revoga as Deliberações CEE nº 232/98, 255/2000 e 267/2001Alterada pela Deliberação CEE nº 290/2004

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152 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EDE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 276 / 2002

Revoga o Parecer CEE nº 175/98, que estende autorizaçõesconcedidas a Cursos e Projetos aprovados a todas as UnidadesOperativas do SENAC e de todos os Pareceres similaresemitidos por este Colegiado.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições e considerando que:

- a Educação Profissional de Nível Técnico poderá ser autorizada em escolasde ensino regular, em instituições especializadas ou nos ambientes de trabalho,em conformidade com o art. 2º do Decreto nº 2.208/97;

- os estabelecimentos de ensino público e privado que fazem parte doSistema Estadual de Educação, devem obedecer às diretrizes CurricularesNacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico dispostas no ParecerCNE/CEB nº 16/99 e demais atos normativos pertinentes;

- o projeto institucional deverá, entre outras condições, comprovarcompatibilidade de instalações, laboratórios, equipamentos, recursos humanos efinanceiros necessários ao funcionamentos dos cursos pretendidos (art. 10 daRes. CNE/CEB nº 04/99, Deliberações nºs 254/00 e 272/01);

- a Administração pode revogar seus próprios atos, por motivo deconveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (Súmu lanº 473 do STJ),

DELIBERA:

Art. 1º — Fica revogado o Parecer CEE nº 175/98, publicado no DOERJ,em 20/07/98, que atende à solicitação do Serviço Nacional de AprendizagemComercial – Administração Regional do Estado do Rio de Janeiro – SENAC,estendendo autorizações concedidas a Curso e Projetos aprovados a todas assuas Unidades Operativas, bem como, a todos os Pareceres similares emitidospor este Colegiado.

Art. 2º — A presente Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

Page 155: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 153

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2002.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN - PRESIDENTE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO - RELATOR

CELSO NISKIER

JESUS HORTAL SANCHEZ

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

VALDIR VILELA

WAGNER HUCKLEBERRY SIQUEIRA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 25 de março de 2002.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 02/05/2002Revoga o Parecer CEE nº 175/1998

Page 156: Revista Rio Educação Especial nº 8

154 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EEDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 282, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2003

Estabelece a competência da Secretaria de Estado deEducação para reconhecer, em nível técnico, a equivalênciade estudos e de experiência profissional, através de instituiçõesde ensino.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições econsiderando que as Instituições de ensino, públicas e privadas, têm, hoje, a suaautonomia institucionalizada pela própria Lei de Diretrizes Bases da EducaçãoNacional, por força dos artigos 3º - incisos X e XI e 41, corroborados pelo Decretonº 2.208/97, artigo 1º, inciso I, pela Resolução CNE/CEB nº 04/99 e, ainda, peloParecer CNE/CEB nº 17/97;

considerando que, entre as atribuições legais deste Colegiado, não se incluia de caráter eminentemente técnico-pedagógico de avaliação de competênciasindividuais de natureza profissional;

considerando que tal avaliação, mercê daquela autonomia escolar,outorgada pela legislação vigente, cabe às instituições de ensino, inclusive parafins de equivalência de estudos e de experiência profissional,

DELIBERA:

Art. 1º — Caberá à Secretaria de Estado de Educação designar instituiçõesde ensino aptas para reconhecimento, em nível técnico, de equivalência de estudose de experiência profissional, através de avaliação que comprove competênciasadquiridas, inclusive no trabalho, emitindo-se, posteriormente, o competentedocumento escolar.

Art. 2º — Os interessados deverão protocolar os seus pedidos no ProtocoloGeral da Secretaria de Estado de Educação ou na Coordenação de InspeçãoEscolar da respectiva região geoeducacional.

Art. 3º — Os processos, ora em tramitação no Conselho Estadual deEducação, serão por ele encaminhados às escolas designadas, na forma do art.1º desta Deliberação, dando-se ciência, por aerograma, desse encaminhamentoa cada um dos requerentes.

Art. 4º — A partir da data da publicação desta Deliberação, este Conselhonão mais receberá pedidos de reconhecimento da equivalência de estudos e deexperiência profissional.

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RIO EDUCAÇÃO 155

Art. 5º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogando-se as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2003.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN –- PRESIDENTE

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE –- RELATOR

ANTONIO JOSÉ ZAIB – “AD HOC”

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL - “AD HOC”

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA - “AD HOC”

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 25 de fevereiro de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicada em 01/04/2003Altera o § 4º do artigo 1º da Deliberação CEE nº 158/1987Revoga a Deliberação CEE nº 258/2000

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156 RIO EDUCAÇÃO

CAMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DELIBERAÇÃO CEE Nº 285 DE 26 DE AGOSTO DE 2003

Altera normas para o funcionamento de cursos destinados àEducação para Jovens e Adultos, revoga os artigos 7.º, 8.º, 9.ºe 12 da Deliberação CEE n.º 259/ 2000, e dá outrasprovidências.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais, em particular as decorrentes do item IV, artigo 10do Título IV da Lei Federal 9.394/96, e

considerando a relevância da Educação para Jovens e Adultos, estatuídana Lei Federal n° 9.394/96, na Seção V do Capítulo II - que trata especificamenteda Educação Básica;

considerando que a temporalidade é fator de especial relevância no processoensino-aprendizagem, em particular para o amadurecimento do conhecimentodaqueles que não tiveram acesso ou continuidade dos estudos na idade própria;

considerando a necessidade de consolidar as normas para execução deprogramas e funcionamento de cursos voltados para a Educação de Jovens eAdultos no território do Estado do Rio de Janeiro,

DELIBERA:

Art. 1º — Os Cursos de Educação para Jovens e Adultos autorizados peloÓrgão competente do Poder Público Estadual e oferecidos por instituições de ensinoprivadas ou públicas que não integrantes da Administração Pública Direta do Estadoe dos Municípios, devidamente credenciadas, qualquer que seja a metodologiaaplicada, não terão duração inferior a 24 (vinte e quatro) meses, quando se tratarde ensino correspondente às quatro últimas séries do Ensino Fundamental, neminferior a 18 (dezoito) meses, quando em nível equivalente ao Ensino Médio.

Parágrafo único — Os cursos desenvolvidos com metodologia de ensinopresencial,

além da duração prevista no “caput” deste artigo, terão a carga horáriamínima de 1.200 (mil e duzentas) horas, quando equivalentes às quatro últimasséries do Ensino Fundamental, ou 1.080 (mil e oitenta) horas, se equivalentes aoEnsino Médio.

Art. 2º — A organização curricular dos Cursos de Educação para Jovens eAdultos pode ser feita, a critério da instituição, sob a forma de fases, etapas,

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períodos ou módulos e desenvolvida de modo seriado - com associação aoformato do ensino regular e/ou de modo disciplinar -, fundamentado naprogressão por área ou componente curricular, tal como definido nas DiretrizesCurriculares aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação.

§ 1º — Qualquer que seja a organização curricular ou metodologiaempregada pelas instituições acima elencadas, nenhuma fase, etapa, período oumódulo pode ter duração inferior a 6 (seis) meses, inclusive e especialmente aquelaque representar o último passo para conclusão do Ensino Fundamental ou EnsinoMédio.

§ 2º — Nos cursos que adotem a metodologia de ensino presencial, demodo aditivo, nenhuma fase, etapa ou módulo pode ter carga horária inferior a300 ( trezentas) horas na etapa equivalente às quatro últimas séries do EnsinoFundamental, ou 360 (trezentas e sessenta) horas, para os cursos equivalentesao Ensino Médio.

Art. 3º — As avaliações e o acompanhamento do processo ensino-aprendizagem e da progressão dos alunos nos estudos devem ser contínuos esimultâneos ao desenvolvimento dos estudos e registrados nos arquivos dainstituição, juntamente com os instrumentos de avaliação aplicados ao longo doprocesso e ao término de cada fase, etapa, período ou módulo.

§ 1º — O Plano de Curso, contendo, de modo explícito, a metodologiaempregada e a organização curricular determinada pela instituição, deve estarinserido no projeto pedagógico ou ser elaborado de forma complementar, sendoobrigatória sua pronta disponibilização aos órgãos competentes da Secretaria deEstado de Educação e sua ampla divulgação junto à clientela da escola.

§ 2º — É permitido o ingresso do aluno em qualquer fase, etapa, período oumódulo nos cursos de Educação para Jovens e Adultos, respeitado o Plano deCurso da instituição, o disposto nas normas vigentes e, em especial, no queconcerne, os artigos 23 e 24 da Lei Federal 9.394/96.

Art. 4º — Os Cursos para Jovens e Adultos destinados à alfabetização ouao primeiro segmento do Ensino Fundamental, equivalentes à etapa que abrangeda 1.ª à 4.ª série, terão estrutura e duração definidas pelas próprias instituições,desde que, antes do início de cada nova atividade, comuniquem ao órgãocompetente da Inspeção Escolar o Plano de Curso, o endereço e horário defuncionamento e os quadros técnico e pedagógico designados, paracadastramento, acompanhamento e fiscalização.

§ 1º — São consideradas credenciadas a oferecer, ministrar e certificar oscursos previstos no “caput” deste artigo todas as instituições de ensino integrantesdo Sistema Estadual de Ensino, ou, quando couber, do correspondente sistemade ensino federal ou municipal.

§ 2º — Os cursos previstos no “caput” deste artigo podem ser ministradospelas instituições de ensino consideradas credenciadas também sob a forma deconvênio com sindicatos, empresas, clubes, instituições religiosas, locais de

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158 RIO EDUCAÇÃO

trabalho ou associações em geral, desde que atuem exclusivamente no âmbitodo Município onde se sediam e façam a comunicação prevista no “caput” desteartigo.

Art. 5º — As instituições certificarão os estudos completados em estritaconsonância com o disposto nesta norma, respeitando os limites de idade de 15(quinze) anos completos para a conclusão do Ensino Fundamental, ou 18 (dezoito)anos para os casos de conclusão do Ensino Médio, tal como disposto § 1º doartigo 38 da Lei Federal 9.394/96, que define Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional.

§ 1º — A oferta de Exames Supletivos é atribuição exclusiva do Estado,que não pode ser substituída por nenhum ato de instituições autorizadas peloPoder Publico a ministrar Cursos de Educação para Jovens e Adultos, sob penade suspensão do ato autorizativo.

§ 2º — É competência do órgão da Inspeção Escolar da Secretaria deEstado de Educação autuar, apurar e encaminhar ao Conselho Estadual deEducação relatórios acerca de atividades irregulares, solicitando a suspensão doato autorizativo de instituições infratoras.

Art. 6º — As instituições credenciadas a oferecer Educação para Jovens eAdultos no Estado do Rio de Janeiro serão incluídas em cadastro específico nosítio do Conselho Estadual de Educação na rede mundial de computadores,incluindo nomes, endereços e dados de cada ato autorizativo.

§ 1º — O cadastro referido no “caput” deste artigo será elaborado epermanentemente atualizado pelo órgão próprio da Inspeção Escolar que, no prazomáximo de 90 (noventa) dias, a partir da homologação desta Deliberação,encaminhará a primeira relação atualizada.

§ 2º — As novas autorizações para funcionamento de cursos destinados aEducação para Jovens e Adultos, além dos termos definidos nas DeliberaçõesCEE nº.s 231/98 e 259/00, devem apresentar o Plano de Curso, incluindo o dispostono §1.º do artigo 3.º desta Deliberação.

Art. 7º — Os Centros de Ensino Supletivo – CES, matidos pela Secretariade Estado de Educação, não estão sujeitos ao dispostos nesta Deliberação, porforça de sua oferta de ensino diferenciado, sob forma personalizada e comatendimento prioritário de elevado cunho social.

Art. 8º — Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário, em especial os artigos 7.º, 8.º, 9.º e 12 daDeliberação CEE n.º 259/2000, resguardados os direitos da conclusão de estudosjá iniciados, segundo a norma vigente no ato da matrícula.

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RIO EDUCAÇÃO 159

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2003.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANGELA MENDES LEITE

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

ESMERALDA BUSSADE

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

ROSE MARY COTRIM DE SOUZA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 26 de agosto de 2003.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA

PRESIDENTE “AD HOC”

Publicada em 29/10/2003Altera a Deliberação CEE nº 259/2000, que teve seus artigos 7º, 8º, 9º e 12 revogados.

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160 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO DAS MINORIAS ÉTNICAS E SOCIAISCÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ECÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 286 DE 09 DE SETEMBRO DE 2003

Estabelece normas para autorização, estrutura efuncionamento das Escolas Indígenas, no âmbito da EducaçãoBásica, no Sistema de Ensino do Estado do Rio de Janeiro,para a oferta da Educação Escolar Indígena.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e com base no disposto no Capítulo VIII, do TítuloVIII, artigos 210, § 2º, 215, § 1º, 231, caput, e 232, da Constituição Federal, de 05de outubro de 1988, nos artigos 314, §§ 1º e 2º e 327, da Constituição Estadual,de 05 de outubro de 1989, nos artigos 78 e 79 da Lei Federal nº 9.394, de 20 dedezembro de 1996, no Decreto Estadual nº 33.033/2003, de 22 de abril de 2003,e com fundamento na Resolução CNE/CEB nº 03/1999, aprovada em 10 denovembro de 1999, que institui as Diretrizes Nacionais para o funcionamento dasEscolas Indígenas e

considerando que todos os povos indígenas, independentemente dainstituição escolar, possuem mecanismos de transmissão de conhecimentos e desocialização de seus membros;

considerando que, ao longo de sua história, as sociedades indígenas vêmelaborando complexos sistemas de pensamento e modos próprios de produzir,armazenar, expressar, transmitir, avaliar e reelaborar seus conhecimentos e suasconcepções sobre o mundo, o homem e o sobrenatural;

considerando que a instituição da escola é fruto histórico do contato destespovos com segmentos da sociedade nacional;

considerando que a escola entre grupos indígenas tem um novo significadoe um novo sentido, como meio para garantir acesso a conhecimentos gerais, semprecisar negar as especificidades culturais e a identidade dos grupos;

considerando a necessidade de construção de projetos educacionaisespecíficos à realidade sociocultural e histórica de determinados grupos indígenas,praticando a interculturalidade e o bilíngüismo, adequando-o ao projeto de futurodaqueles povos,

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RIO EDUCAÇÃO 161

DELIBERA:

CAPÍTULO I

DA CRIAÇÃO DA CATEGORIA DAS ESCOLAS INDÍGENAS

Art. 1º — Ficam estabelecidos no âmbito da Educação Básica, a estruturae o funcionamento das Escolas Indígenas, na condição de instituições comordenamento jurídico próprio, respeitada a legislação vigente, e fixando asDiretrizes Curriculares do ensino intercultural e bilíngüe, observada a valorizaçãoplena das culturas dos povos indígenas e a afirmação e manutenção de suadiversidade étnica.

Art. 2º — O Estabelecimento de Ensino, de Educação Básica, localizadoem terras indígenas, será reconhecido como Escola Indígena.

Parágrafo único — De acordo com o art. 231 da Constituição Federal,terras indígenas são as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, as poreles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividadesprodutivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessáriosa seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundoseus usos, costumes e tradições.

Art. 3º — O estabelecimento de ensino, no nível da Educação Básica,localizado em terras indígenas, deverá ser freqüentado por índios e seráreconhecido como Escola Indígena.

§ 1º — A Escola de que trata o caput será designada pela nomenclaturaEscola Indígena Estadual, seguida do nome que lhe for atribuído pela etnia,significando sua vinculação ao sistema Estadual de Ensino, não havendonecessidade de constar o nome das etapas da Educação Básica que ela oferece.

§ 2º — As Escolas Indígenas mantidas pelos Municípios terão o termoMunicipal em sua nomenclatura.

Art. 4º — A Escola Indígena será criada atendendo à reivindicação ouiniciativa da comunidade interessada, ou com a anuência da mesma, respeitadasas formas de representação.

Art. 5º — O Estabelecimento de Ensino instituído como Escola Indígena éde competência do Poder Público Estadual, podendo, em regime de colaboração,estabelecer parceria com o Município mediante instrumento jurídico pertinente,com observância dos seguintes princípios:

I – que o Município tenha constituído seu sistema próprio de educação;

II – que o Município disponha de condições técnicas e financeiras;

III – que o Município conte com a anuência das comunidades indígenas.

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162 RIO EDUCAÇÃO

§ 1º — As Escolas Indígenas, atualmente mantidas por Municípios que nãosatisfaçam às exigências do caput, passarão, no prazo máximo de três anos, àresponsabilidade do Estado, ouvidas as comunidades interessadas.

§ 2º — As atividades de Educação Escolar Indígena a serem desenvolvidaspelo Sistema Estadual de Ensino e pelos Municípios, em regime de colaboração,terão como base as orientações emanadas pelo Conselho Nacional de Educaçãoe as normas estabelecidas por este Conselho.

Art. 6º — O Poder Público Estadual apoiará técnico-pedagógica eadministrativamente as Prefeituras Municipais, com gestão compartilhada, paraoferta e execução da educação escolar indígena no Município.

Art. 7º — O órgão mantenedor, Secretaria de Estado de Educação ouSecretaria Municipal de Educação, regulamentará administrativamente as escolasindígenas, integrando-as como unidades próprias, autônomas e específicas noseu sistema educacional, e as proverá de recursos humanos, materiais efinanceiros.

Art. 8º — O planejamento da Educação Escolar Indígena, em cada Sistemade Ensino, deve contar com a participação de representantes de professoresindígenas, de organizações indígenas e de apoio aos índios, de universidades,de órgãos governamentais e de organizações não governamentais (ONGs).

CAPÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURAE FUNCIONAMENTO DAS ESCOLAS INDÍGENAS

Art. 9º — São considerados elementos básicos para a organização, estruturae funcionamento da Escola Indígena:

I – localização em terras habitadas por comunidades indígenas, aindaque se estendam por territórios de municípios contíguos;

II – atendimento escolar exclusivo às comunidades indígenas;

III – ensino ministrado nas línguas maternas das comunidades indígenasatendidas, como uma das formas de preservação sociolingüística de cada povo eem língua portuguesa;

IV - atividade docente exercida prioritariamente por professores indígenasbilíngües, oriundos da respectiva etnia, falantes da língua da comunidade e doportuguês;

V – organização escolar própria, levando em conta suas formas deestrutura social, suas tradições, formas de produção de conhecimento e processospróprios de aprendizagem.

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§ 1º — Em situações excepcionais, poderá atender alunos não índios, desdeque não se altere o perfil da escola.

§ 2º — Na comunidade onde o português é utilizado como primeira língua,deverá ser ensinada a língua indígena própria da etnia, como segunda língua.

Art — 10. Na definição do modelo de organização e gestão da EscolaIndígena terá que ser considerada a efetiva participação da comunidade, bemcomo:

I – suas estruturas sociais;

II – as línguas dos respectivos povos e a língua portuguesa;

III – suas práticas socioculturais e religiosas;

IV – formas de edificação das escolas que atendam aos interesses dascomunidades indígenas;

V – atividades econômicas, especialmente aquelas que visem assegurara sua susistência;

VI – sua organização familiar;

VII – uso de materiais produzidos de acordo com o contexto socioculturalde cada povo indígena;

VII – seus métodos de ensino e aprendizagem e suas formas de produçãode conhecimento;

VIII – participação das organizações e lideranças indígenas das respectivascomunidades.

Art. 11 — A direção e a administração de cada Escola Indígena serãoexercidas, exclusivamente por educadores indígenas, indicados pelas respectivascomunidades, com prazo de mandato também definido por elas.

Art. 12 — São objetivos da Escola Indígena:

I – garantir os meios para a sistematização e valorização dosconhecimentos, costumes e tradições;

II – propiciar condições para o acesso aos conhecimentos específicos eaos universais;

III – contribuir para a reorganização das comunidades;

IV – garantir participação coletiva na definição e planejamento do futuroda comunidade;

V – assegurar a interculturalidade, a multilinguagem, a produção edisseminação do conhecimento.

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164 RIO EDUCAÇÃO

Art. 13 — A Educação Básica, nos níveis Fundamental e Médio, na EscolaIndígena, terá a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por ummínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar.

Parágrafo único — A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica,será destinada às crianças indígenas e implantada sempre que houver demandae interesse da comunidade indígena.

CAPÍTULO

DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Art. 14 — A Proposta Pedagógica, instrumento norteador das açõespedagógicas e administrativas desenvolvidas pela Escola Indígena é documentode existência obrigatória, cuja elaboração é de responsabilidade da comunidadeescolar a que pertence o povo indígena.

Art. 15 — As Escolas Indígenas desenvolverão suas atividades de acordocom sua Proposta Pedagógica, compatível com seu Regimento Escolar, formuladapor escola ou povo indígena, tendo por base:

I – as Diretrizes Curriculares Nacionais referentes a cada etapa daEducação Básica, bem como a legislação de ensino vigente no país;

II – o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas – RCNEI;

III – as propostas curriculares de cada etnia, em respeito a especificidadeétnico-cultural de cada povo ou comunidade;

IV – os conteúdos curriculares especificamente indígenas e os modospróprios de constituição do saber e da cultura indígena;

V – a participação efetiva da respectiva comunidade ou povo indígena esuas organizações;

VI – o uso de metodologias que privilegiem a concepção e o uso de práticaspedagógicas específicas de cada grupo indígena, valorizando a oralidade noprocesso de ensino e aprendizagem e as alternâncias de espaço na educaçãoescolar.

§ 1º — Para a construção do processo de ensino e aprendizagem, o espaçoda casa e outros espaços, o convívio com o grupo, a produção de alimentos e suacomercialização, as manifestações culturais, segundo seus costumes, sãoconsiderados ações de educação escolar, sendo obrigada a inclusão nos planospara que esses aspectos possam ser avaliados e influentes no processoeducacional.

§ 2º — A Proposta Pedagógica deve conter a Matriz Curricular definida emcritérios próprios e que possam estabelecer uma educação escolar indígena, não

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RIO EDUCAÇÃO 165

permitindo estrutura educacional diferente da desejada e necessária à populaçãoindígena.

§ 3º — As atividades socioculturais desenvolvidas no âmbito familiar ecoletivo, incluídas na Proposta Pedagógica, sujeitas a avaliação, serãoconsideradas como letivas e de caráter presencial, com ida da escola à comunidadee/ou residência.

Art. 16 — A organização das atividades escolares poderá ocorrer emperíodos próprios, independente do ano civil, sendo estruturadas em épocasdiversas, respeitando o fluxo das atividades econômicas, religiosas e demaismanifestações sociais e culturais.

§ 1º — O calendário escolar terá duração diversificada, ajustando-se àscondições e especificidades próprias de cada comunidade.

§ 2º — O calendário escolar poderá utilizar etapas e/ou módulos, dentro deum sistema de alternância, para que a vida comunitária possa ser parte integrantedo processo educativo.

Art. 17 — O Regimento Escolar, documento normativo da PropostaPedagógica, deve garantir:

I – a fundamentação legal da Proposta Pedagógica, sendo com elacompatível, atendendo a legislação vigente;

II – a normatização da organização administrativa, pedagógica edisciplinar, assim como as relações entre seus diversos segmentos, que constituemas comunidades interna e externa.

Art. 18 — Cabe à Escola Indígena aprovar sua Proposta Pedagógica e seuRegimento Escolar.

Parágrafo único — O Regimento Escolar aprovado deverá ser registradoem Cartório e encaminhado ao órgão competente do Sistema de Ensino, paraconhecimento e orientações se necessário.

CAPÍTULO IV

DA AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTODAS ESCOLAS INDÍGENAS

Art. 19 — A Autorização para Funcionamento, a suspensão temporária oudefinitiva relativas às etapas da Educação Básica, são atos do Conselho Estadualde Educação.

Parágrafo único — Os atos a que se referem o caput deste artigo sãodestinados exclusivamente à Escola Indígena-Pólo.

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Art. 20 — Entende-se por Escola Indígena-Pólo a instituição pública deensino que pode congregar salas denominadas extensões, desde que estas salasestejam localizadas na mesma terra indígena da Escola-Pólo.

§ 1º — Sala Extensão é o espaço físico escolar distinto da Escola Indígena-Pólo, a qual estará subordinada administrativa e pedagogicamente.

§ 2º — A criação da Escola Indígena-Pólo só poderá ser efetivada com aanuência da comunidade indígena local.

§ 3º — A Escola Indígena-Pólo deverá ter diretoria e secretaria próprias,indicadas pela comunidade.

§ 4º — A Escola Indígena-Pólo e suas respectivas extensões deverão seridentificadas mediante ato próprio do Poder Público competente.

Art. 21 — Para oferecer cursos de cada etapa da Educação Básica, aEscola Indígena deverá requerer Autorização para Funcionamento ao ConselhoEstadual de Educação, através de processo protocolado na CoordenadoriaRegional da SEE/RJ à qual a Escola está vinculada, instruído com a seguintedocumentação:

I – requerimento dirigido ao Conselho Estadual de Educação, conformemodelo do Anexo I da Deliberação CEE/RJ nº 231/1998;

II – cópia do ato legal de criação da Escola Indígena, configurado na formade Ato específico do Governo do Estado;

III – cópia do Regimento Escolar, devidamente registrado em Cartório;

IV – cópia da Proposta Pedagógica;

V – cópia da Matriz Curricular;

VI – calendário escolar;

VII – etapas e modalidades de ensino a ser ministrado;

VIII – relação nominal do Corpo Docente, especificando os professoresíndios e não índios, bem como do Corpo Técnico-Administrativo, indicando arespectiva habilitação ou qualificação para a área de atuação;

IX – declaração da capacidade máxima de matrícula, de acordo com onúmero de salas de aula, incluindo as salas de extensão.

Art. 22 — Ao processo deverá ser incluído o Relatório de Inspeção Escolarcircunstanciado, do órgão competente, resultante de observação, “In loco”,atendidas as exigências desta deliberação e, ainda, as informações sobre:

I – ato de criação: espécie, número, data e publicação;

II – identificação da instituição de ensino e dos seus dirigentes;

III – o espaço físico;

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RIO EDUCAÇÃO 167

IV – o mobiliário, materiais didático-pedagógicos, recursos audiovisuais,equipamentos tecnológicos e acervo bibliográfico compatíveis com a PropostaPedagógica da instituição de ensino;

V – as formas de escrituração escolar e a organização dos arquivos;

VI – a existência de recursos humanos, correlacionada com a relaçãonominal apresentada;

VII – a compatibilização do Regimento Escolar com a Proposta Pedagógica,especialmente no que refere;

a) organização das etapas da Educação Básica;

b) regime escolar;

c) avaliação.

Parágrafo único — O responsável pelo Relatório de Inspeção Escolardeverá emitir parecer técnico sobre o mérito do pedido.

Art. 23 — Tratando-se de oferta de Curso Novo, não previsto no Ato deAutorização para Funcuionamento, a escola Indígena deverá dirigir-se ao ConselhoEstadual de Educação, com a documentação prevista no art. 21 desta Deliberação,exceto o inciso II.

§ 1º — O ato previsto no inciso II será substituído pelo Ato de Autorizaçãopara Funcionamento dos cursos já existentes.

§ 2º — O Regimento Escolar, previsto no inciso III, poderá prever a ofertado curso novo sob a forma de adendo, também devidamente registrado em Cartório.

§ 3º — O processo de Autorização para Funcionamento de Curso Novoserá encaminhado ao Conselho estadual de educação com Relatório da InspeçãoEscolar, obedecidos os critérios do art. 21 desta Deliberação.

CAPÍTULO V

DA AVALIAÇÃO

Art. 24 — A Escola Indígena será assessorada, acompanhada e avaliadapela equipe técnica do Núcleo de Educação Indígena, da Secretaria de Estado deEducação e das Secretarias Municipais de Educação, em regime de colaboração,pelas comunidades indígenas e organizações indígenas, para atendimento aospadrões de qualidade e as exigências legais em vigor, na forma do estabelecidonesta Deliberação.

Art. 25 — O acompanhamento sistemático e contínuo das condiçõesestruturais, pedagógicas e de funcionamento da Escola Indígena constituir-se-áem procedimento de avaliação, com vistas ao aperfeiçoamento da qualidade deensino oferecido, a partir do que consta na Proposta Pedagógica.

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168 RIO EDUCAÇÃO

Art. 26 — As Escolas Indígenas passarão por um processo de avaliaçãoinstitucional que compreenderá:

I – avaliação interna ou auto-avaliação organizada e executada pelaprópria escola, envolvendo os diferentes segmentos que integram a comunidadeescolar;

II – avaliação externa, organizada e executada pelos órgãos próprios dasSecretarias de Educação.

§ 1º — Os órgãos responsáveis pela avaliação externa deverão criar critériosmínimos de avaliação, ouvida a comunidade indígena.

§ 2º — Os resultados da avaliação institucional interna e externa deverãoser consolidados através de relatórios, os quais constituir-se-ão em peças parainstrução de processos de nova solicitação de Autorização de Funcionamento.

Art. 27 — O descumprimento dos dispositivos legais, durante ofuncionamento de uma ou mais etapas da Educação Básica, implicará a reanálisepelo Conselho Estadual de Educação da Autorização para Funcionamento naetapa específica e poderá resultar na suspensão temporária ou definitiva do atoconcessório.

CAPÍTULO VI

DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Art. 28 — A formação dos professores das Escolas Indígenas, considerando-se a especificidade inerente à matéria, orientar-se-á pelas Diretrizes CurricularesNacionais, sendo desenvolvida no âmbito das instituições formadoras deprofessores, contemplando a construção de conhecimentos, valores, habilidadese competências para:

I – elaborar, desenvolver e avaliar currículos e programas de ensinoespecíficos;

II – produzir material didático-científico;

III – realizar pesquisas de cunho lingüístico e antropológico.

Parágrafo único — Deverá ser garantida aos professores indígenas aformação em serviço e, quando for o caso, concomitantemente com a sua própriaescolarização.

Art. 29 — A formação do Professor Indígena, será efetuada nos moldes doque estabelece a Lei nº 9.394/1996, em seus artigos 62 e 79 § 2º inciso II,observando o que preceitua a modalidade de Educação Indígena, do mesmoinstrumento legal.

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RIO EDUCAÇÃO 169

Art. 30 — O Poder Executivo Estadual obrigar-se-á a proporcionar ahabilitação no nível Médio na modalidade Normal e no nível Superior, de recursospara o magistério das Escolas Indígenas, utilizando para tal, processos seletivosespecíficos.

Parágrafo único — Os recursos humanos referidos no caput deste artigo,serão necessariamente indígenas.

Art. 31 — Caberá aos Sistemas de Ensino instituir e regulamentar aprofissionalização e o reconhecimento público do magistério indígena,considerando que:

I – a efetivação dos professores nas Escolas Indígenas é competênciadas respectivas Secretarias de Educação;

II – as respectivas Secretarias de Educação deverão ter em seus quadrosde lotação a categoria do Professor Indígena,

III – o acesso à carreira do magistério indígena será feito medianteconcurso público específico.

§ 1º — O exercício da atividade docente de professores índios, investidosna função anteriormente a esta Deliberação, será resguardado até que estesatinjam a formação requerida conforme normas estabelecidas pelos respectivossistemas de Ensino, consideradas suas realidades.

§ 2º — O professor não índio, de Escola Indígena, que não satisfaça asexigências desta Deliberação terá garantida a continuidade do exercício domagistério pelo prazo de 3 (três) anos, até que possua a formação requerida.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 32 — Na elaboração de políticas e na execução de ações inerentes àEducação Escolar Indígena, para as Escolas Indígenas que integram o SistemaEstadual de Ensino e os Sistemas Municipais de Ensino, deverão ser ouvidos osNúcleos de Educação Indígena, viabilizando a participação de demaisrepresentantes de professores indígenas, de organizações indígenas e de apoioaos índios, de universidades e órgãos governamentais e não governamentais,em regime de colaboração.

Art. 33 — A Secretaria Estadual de Educação e as Secretarias Municipaisde Educação poderão celebrar convênios entre si para:

I – a oferta da Educação Escolar Indígena nas escolas situadas nascomunidades indígenas;

II – a formação inicial e continuada e titulação do professor índio.

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170 RIO EDUCAÇÃO

§ 1º — A Escola Indígena que optar por oferecer Educação Escolar Indígena,através de convênios, deverá incluir no processo de solicitação de Autorizaçãopara Funcionamento de uma das etapas da Educação Básica cópia dos termosfirmados entre a escola e a instituição conveniada.

§ 2º — Para a celebração do convênio a que se refere o caput deste artigo,as partes deverão ouvir as organizações e lideranças indígenas das comunidadesinteressadas.

Art. 34 — As Escolas mantidas pelas redes públicas estadual e municipais, queestão oferecendo a Educação Escolar à população indígena, deverão adequar-se aestas normas, ouvidas as comunidades indígenas interessadas, até o final de 2006.

Art. 35 — Em caso de encerramento definitivo, a Escola deverá comunicarao Conselho Estadual de Educação e encaminhar os arquivos documentais aosNúcleos de Educação Indígena da Secretaria de Estado de Educação ou SecretariaMunicipal de Educação, conforme a jurisdição da Escola Indígena, que seresponsabilizará pela guarda e expedição dos documentos.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 36 — Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Estadual deEducação do Rio de Janeiro.

Art. 37 — Esta Deliberação entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão das Minorias Étnicas e Sociais constituída nos termos daPortaria CEE/RJ nº 103/2002, de 25 de março de 2002, assessorada pelaAssessora Técnica Fátima Regina Martins Ferreira, acompanha o voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2003.

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS – PRESIDENTE E RELATORA

ANGELA MENDES LEITE

EBER SILVA

ESMERALDA BUSSADE

ROSE MARY COTRIM DE SOUZA

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RIO EDUCAÇÃO 171

CONCLUSÃO DA REUNIÃO CONJUNTA DAS CÂMARAS

A Câmara de Educação Básica e a Câmara Conjunta de Educação Superiore Educação Profissional acompanham o vota da Relatora.

Rio de Janeiro, 09 de setembro de 2003.

JOSÉ ANTÔNIO TEIXEIRA – PRESIDENTE

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS – RELATORA

ANGELA MENDES LEITE

ANTÔNIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

EBER SILVA

ESMERALDA BUSSADE

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

JESUS HORTAL SÁNCHEZ

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

MARIA LÚCIA COUTO KAMACHE

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

ROSE MARY COTRIM DE SOUZA

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 09 de setembro de 2003.

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

PRESIDENTE “AD HOC”

Publicada em 29/03/2004

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172 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DELIBERAÇÃO CEE Nº 287, DE 14 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece normas para o cadastramento de instituições queministram Cursos de Educação Profissional de nível Técnicono Estado do Rio de Janeiro, autorizados com base naDeliberação CEE nº 254/00.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO - CEE/RJ, no uso de suas competências fundamentadas no art. 1º da Lei Estadual nº3.155, de 28 de dezembro de 1998, e considerando o disposto sobre a EducaçãoProfissional na Lei Federal nº 9.394/96, no Decreto Federal nº 2.208/97, naResolução CNE/CEB nº 04/99, no Parecer CNE/CEE nº 16/99 e na DeliberaçãoCEE/RJ nº 254/00,

DELIBERA:

Art. 1º — A Instituição pública ou privada que ofertar a Educação Profissionalde nível técnico, autorizada com base na Deliberação CEE/RJ nº 254/00, deverárequerer, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data de publicaçãodesta Deliberação no Diário Oficial do Estado, o seu cadastramento junto aoConselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro.

§ 1º — O pedido de cadastramento a que se refere o “caput “ deste artigodeverá ser protocolado no CEE/RJ, pelo Representante Legal ou Diretor daInstituição, ou encaminhado por e-mail ou correio.

§ 2º — Para fins de cadastramento de Instituição e Cursos, o pedido deverávir instruído com a seguinte documentação:

a) requerimento ao Sr. Presidente do Conselho Estadual de Educação;

b) formulário, anexo, a esta Deliberação devidamente preenchido;

c) nº de Inscrição no Órgão Competente do Regimento da Escola;

d) número de Identificação Cadastral – NIC, no Cadastro Nacional de Cursosde Educação Profissional de Nível Técnico – CNTC.

Art. 2º — Os Diplomas de Técnico expedidos pelas Instituições que osministram, somente terão validade nacional após o cadastramento da Instituiçãoe Cursos no CEE/RJ, que registrará a devida autorização e/ou aprovação noCadastro Nacional de Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico – CNCTdo Ministério da Educação.

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RIO EDUCAÇÃO 173

Parágrafo único — A fim de obter o Número de Identificação Cadastral –NIC do Cadastro Nacional de Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico– CNTC do Ministério da Educação, deve a Instituição entrar no endereçoeletrônico: http://www.mec.gov.br/semtec/proep/cnct onde encontrará oprocedimento de autocadastramento, o manual operativo e roteiro.

Art. 3º — Esta Deliberação entra em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 07 de outubro de 2003.

Roberto Guimarães Boclin – Presidente

Magno de Aguiar Maranhão – Relator

Francisca Jeanice Moreira Pretzel

Jesus Hortal Sánchez

Rose Mary Cotrim de Souza - “ad hoc”

Valdir Vilela

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 24 de outubro de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicada em 11/12/2003Republicada em 12/10/2004

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174 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO ESPECIAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DELIBERAÇÃO CEE N° 290 DE 14 DE SETEMBRO DE 2004.

Estabelece normas para credenciamento e criação de núcleose pólos de instituições dedicadas a oferta de Educação àDistância no Estado do Rio de Janeiro e altera o artigo 1º., oparágrafo único do artigo 3º. o “caput” do artigo 9º e revoga oparágrafo 3º. do artigo 9º., da Deliberação CEE nº 275/2002.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, nouso de suas atribuições legais e,

considerando o disposto no artigo 80 da Lei Federal n° 9.394/96 e nos DecretosFederais 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 e 2.561, de 27 de abril de 1998;

considerando a necessidade de ajustar as normas para credenciamento ecriação de núcleos e pólos de instituições educacionais que desejem oferecerprogramas de Educação a Distância no território do Estado do Rio de Janeiro;

considerando a relevância em adequar os critérios e normas paraautorização de cursos oferecidos sob a metodologia de Educação a Distância,por instituições legalmente credenciadas para este fim no Estado do Rio de Janeiro,

DELIBERA:

Art. 1º — O artigo 1º da Deliberação CEE nº. 275/2002 e seu parágrafoúnico passam a vigir com a seguinte redação:

Credenciamento é o ato próprio que, após integral cumprimento do dispostonesta Deliberação e legislação pertinente, permite o funcionamento de instituiçõesde ensino que desejem efetivar a oferta de cursos dentro dos limites territoriais doEstado do Rio de Janeiro, segundo a metodologia de educação a distância e porprazo determinado, renovável, de até 5 (cinco) anos.

Parágrafo único — No processo de credenciamento, instituições de ensinosediadas no Estado do Rio de Janeiro ou credenciadas em outras unidades dafederação, bem como entidades de reconhecida capacidade técnica, a juízo desteConselho Estadual de Educação, seguirão o disposto nesta norma específicapara credenciamento, ou para criação de núcleos e pólos.

Art. 2º — O parágrafo único do artigo 3º da Deliberação CEE nº. 275/2002,mantidas inalteradas as suas alíneas, passa a ter a seguinte redação:

Ao ofício de solicitação de credenciamento devem ser anexadas, em umaúnica via, cópias autenticadas do ato autorizativo para funcionamento da entidadeeducacional ou, nos casos pertinentes, elementos para aferição de alegado

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RIO EDUCAÇÃO 175

reconhecimento de capacidade técnica, acrescidos dos documentos relacionados,referentes à instituição e seus dirigentes. (relação mantida)

Art. 3º — O “caput” do artigo 9º da Deliberação CEE nº. 275/2002,permanecendo inalteradas as suas alíneas, passa a vigorar com a seguinte redação:

Toda instituição credenciada poderá, visando melhor gerenciar suasoperações e atender às normas dispostas nesta Deliberação e legislaçãopertinente, criar bases físicas próprias, denominadas núcleos ou pólos, apósautorização específica do órgão próprio da Secretaria de Estado de Educação,desde que em regime de co-responsabilidade e no mesmo endereço de instituiçõesde ensino autorizadas a funcionar no Estado do Rio de Janeiro, na mesma etapade educação básica oferecida sob a modalidade de educação a distância.

Art. 4º — Ficam expressamente proibidas as atividades de núcleos ou pólos,criados para oferta de cursos sob a metodologia de educação a distância, semexpressa autorização deste Conselho Estadual de Educação e sob pretensoamparo do parágrafo 3º. do artigo 9º. da Deliberação CEE nº. 275/2002.

Parágrafo único — Fica revogado o parágrafo 3º. do artigo 9º. daDeliberação CEE nº. 275/2002.

Art. 5º — Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão Especial de Educação a Distância acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2004.

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA – PRESIDENTE

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – RELATOR

ANTONIO JOSÉ ZAIB

IRENE DE ALBUQUERQUE MAIA

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

JOSÉ CARLOS MENDES MARTINS

JOSÉ CARLOS PORTUGAL – AD HOC

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

Sala das Sessões, no Rio de Janeiro, em 14 de setembro de 2004.

Roberto Guimarães Boclin

Presidente

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176 RIO EDUCAÇÃO

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Pareceres Normativoshomologados no período de

julho de 2000 a março de 2005

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178 RIO EDUCAÇÃO

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RIO EDUCAÇÃO 179

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

PROCESSO Nº: E 03/102.024/00

INTERESSADO: ANA CRISTINA DE LIMA FERREIRA

PARECER CEE Nº 411 / 2000 (N)

Anula o Parecer CEE nº 421/86 e reconhece o direito de ANACRISTINA DE LIMA FERREIRA de exercer a função deProfessora na Modalidade Normal em Nível Médio, para atuarna Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do EnsinoFundamental e dá outras providências.

HISTÓRICO

ANA CRISTINA DE LIMA FERREIRA, brasileira, solteira, professora,Carteira de Identidade nº 04.999.709 – 1 – IFP, CPF nº 929.762.127-91, neste atorepresentada pelo seu advogado, Dr. Lidmar Sanches Rabello, OAB –RJ nº38.030, devidamente habilitado, vem requerer a este Colegiado o reexame doParecer CEE nº 421/86, tornando-o sem efeito, pelos motivos de fato e de direito,abaixo aduzidos

O mencionado Parecer foi aprovado, por unanimidade, na sessão Plenáriade 28/08/86, com a ementa “Responde a consulta do Colégio PIO XI quanto àaprovação do Plano Especial de Estudos para aluno excepcional, e dá outrasprovidências”.

Com relação à expedição do diploma da aluna, o entendimento foi que odocumento deveria configurar apenas a terminalidade do 2º Grau, dela excluída ahabilitação para a docência, “visto que imperativo se torna admitir aimpossibilidade de a aluna exercer com eficiência o professorado”.

Em 26/01/88, o Colégio Pio XI expede o certificado de conclusão do 2ºGrau nos termos da Lei 5.692/71, com habilitação de MAGISTÉRIO de 1ª a 4ªséries do 1º Grau, com a seguinte anotação “excluída a habilitação para Docênciaconforme o disposto no Parecer 421/86 – CEE”.

Para que possamos compreender o mérito do pedido da Requerente, faz-se mister conhecer alguns aspectos relevantes da sua vida.

Ana Cristina de Lima Ferreira tem aproximadamente 40 anos ( 03/12/60),é portadora de uma deficiência PC ( Paralisia Cerebral), doença que geralmenteatinge a parte motora do cérebro e que, em alguns casos, afeta a parte intelectual,o que não aconteceu com ela.

Com três anos de idade, passou a fazer ginástica para impedir o atrofiamentodos membros não utilizados e, até 10 anos, era considerada deficiente mentalporque não conseguia se expressar verbalmente. Em 1974 adotou um marcapasso

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180 RIO EDUCAÇÃO

cerebral, passando, através dos anos, por várias outras técnicas medicinais quecontribuíram para sua visível melhora.

A sua iniciação às letras e aos números foi realizada na APAE – Associaçãode Pais e Amigos Excepcionais, deitada na mesa de ginástica, onde aprendeu aler e escrever, pois não conseguia ficar sentada.

De 1978 a 1984, estudou no Externato Lopes, escola regular, onde cursoudo primário ao ginásio. Naquela época, segundo a requerente, ela tinha tantorespeito pelos professores que sentia medo. Suas tarefas tinham de ser muitobem feitas, mais do que as dos outros, para que servisse de exemplo. Sua notaseram ótimas e competia com os melhores da sala.

Quando atingiu a maioridade, foi tirar a Carteira de Identidade e, por não tercontrole motor para fazer a assinatura, recebeu o carimbo de ANALFABETA.Inconformada, procurou um programa de TV que a encaminhou ao órgão próprioe, no lugar do carimbo, ficou escrito IMPOSSIBILITADA DE ASSINAR, expressãoque se encontra em todos os seus documentos.

Em busca de mais conhecimento, saiu à procura de uma escola regularpara fazer o 2º Grau. Após algumas negativas veladas, foi aceita e matriculada noColégio PIO XI, em Niterói, no Curso de Magistério em nível médio.

No 2º ano do mencionado curso, os diretores, sem saber como iriam avaliá-la no final do último ano na aula prática, sugeriram o abandono do curso. Nãoconcordando com tal decisão, procurou mostrar que o importante não era fazeras coisas com as mãos, mas sim, com a cabeça.

Diante de tal posição, a Instituição de Ensino encaminhou uma consulta aoConselho Estadual de Educação, com laudos fonoaudiológicos fornecidos porprofissionais, atestando o seu excelente nível de intelectualidade, comunicabilidadeafabilidade e esforço pessoal.

Conforme registra a Supervisão Escolar nos autos do processo Nº 03/1000.609/86, que originou o Parecer ora questionado, Ana Cristina foi “a melhoraluna da turma, com grande potencial de liderança, participando de todasas atividades extra-classe” (grifos do original)

O resultado do parecer saiu quando ainda cursava a 2ª série do curso deMagistério. Ele lhe permitia a continuação de seus estudos em nível de 2º Grau,mas não lhe dava o direito de exercer a função de professora, portanto nãoprecisava fazer as matérias do curso de magistério.

Ana continuou a cumprir todas a etapas, pois considerava importanteaprender as técnicas do ensino. Se iria receber o diploma era outra história.

Naquele mesmo ano, em 1986, teve que recorrer ao Poder Judiciário paraobter o direito de constar, no Título de Eleitor, a mesma expressão utilizada naCarteira de Identidade e nos outros documentos.

Em 18/12/87, Ana Cristina recebeu o diploma com mais 60 formandos, noClube Central e a Medalha de Mérito Pio XI - Aplicação e Estudo por haverconcluído, com distinção, a 3ª série do 2º Grau.

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RIO EDUCAÇÃO 181

Durante quatro anos, escreveu o livro intitulado ANA ALFA BETA, no qualela expressa a sua luta pelo status social, revelando o quanto a vida é boa, o queela nos oferece e que, muitas vezes, as pessoas não dão valor e, sobretudo,denuncia os preconceitos de um sociedade mal construída e acrescenta: “ eu,sendo deficiente, descobri o quanto é importante lutar, sentir e ser alguém...”.

Na página 58 de seu livro, afirma: “Se algum dia tiver oportunidade depoder dar aula, não será com crianças pequenas, com as quais nunca tivedificuldade e, sim, com o adulto ou classe especial.”

O livro foi por ela escrito numa máquina elétrica. Inicialmente ela tentouescrever com um dedo; porém, errava muito por falta de controle muscular e pelaprópria ansiedade. Foi aí que teve a idéia de usar a língua. Hoje ela exercita omesmo método num computador.

Em outubro de 1997, entrou para o Grupo de Dança sobre Rodas e de lápara cá vem obtendo uma evolução atrás da outra. Ela afirma que antes se sentiauma borboleta dentro do casulo, com a dança ela conseguiu voar e assegura:“hoje faço coisas que nunca fiz antes. Passo da cadeira para a cama, entro esaio do carro e tiro a roupa do corpo sozinha. Quando nos apresentamos, aadrenalina sobe, é uma sensação de liberdade”.

Sua perseverança, inteligência e tenacidade fizeram com que lutasse parao reconhecimento e a preservação de seus direitos. Quando teve negado o direitode receber o diploma do curso de magistério, diz que sofreu muito. A mágoacontinua no peito; porém, assegura “ Deus me deu coragem de não desistir delutar, e hoje estou aqui dando lição de vida para qualquer um, pois gostariaque a minha experiência servisse de exemplo para outras pessoas.”

A Requerente traz à colação um dossiê com documentos probatórios desua intelectualidade, abaixo relacionados:

— Cópia da Edição Independente do livro titulado ANA ALFA BETA, 1993;— Cópia do certificado pela Participação no XIV Festival de Dança de Volta

Redonda, promovido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, da PrefeituraMunicipal de Volta Redonda/RJ, em 07/08/99;

— Cópia do certificado de Palestrante do Programa Nacional de Teleducação,para atualização e aperfeiçoamento de educadores na “SÉRIE EDUCAÇÃOESPECIAL: TENDÊNCIAS ATUAIS”, promovido pelo SESC e TVE, em 22/04/99;

— Cópia do certificado de Participante na II Jornada da SOFITOERJ –Sociedade de Fisioterapia em Traumato-Ortopedia do Estado do Rio de Janeiro,com o GRUPO DE DANÇA SOBRE RODAS, realizado no dia 26/03/99;

— Cópia do Certificado de Participante no III ENCONTRO IBERO-AMERICANO DE JOVENS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS”,promovido pela Sociedade Pestalozzi e Instituto Superior de Ensino SuperiorHelena Antipoff, realizado nos dias 17 a 19/09/98;

— Cópia do certificado pela Participação no XIII Festival de Dança de VoltaRedonda, promovido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, da PrefeituraMunicipal de Volta Redonda/RJ, em 07/08/98;

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182 RIO EDUCAÇÃO

— Moção de congratulações pelo seu desempenho junto ao Grupo Giro deDança sobre Rodas, expedido pela Câmara Municipal de Niterói, em 27/05/98;

— Moção de congratulações pelo seu desempenho junto ao Grupo Giro deDança sobre Rodas, expedido pela ALERJ, em 21/05/98;

— Cópia do certificado de Palestrante no “Encontro de Pais e Professores”,promovido pelo Instituto Helena Antipoff, do Departamento Geral de Educação daSecretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, em 02/04/98;

— Cópia do certificado de Palestrante do Teleposto do SESC/Ramos nasérie “Educação Especial”- “A Deficiência: Uma forma de viver a vida”, promovidopela Coordenação do Projeto “Um salto Para O Futuro”, em 27/11/97;

— Cópia do Certificado dos cursos de DOS, WINDOWS e EXCEL na KSOFTKIDS – Informática e Criatividade na Construção do Conhecimento, em 30/10/97;

— Cópia do certificado de Palestrante na II Jornada MultidisplicinarDesmistificando a Paralisia Cerebral e II Encontro Holístico Interdisciplinar conferidopela Dra. Olga O. P. Ribeiro – Médica Especializada em Pediatria e IntervençãoPrecoce, em 26/04/97;

— Cópia do certificado de Palestrante no “Seminário de Alfabetização”,promovido pelo Instituto Helena Antipoff – Área Específica – Deficiência Física doDepartamento Geral de Educação da Secretaria Municipal de Educação do Riode Janeiro, em 14/03/97;

— Cópia do certificado de Palestrante no Encontro de Educação Especialpromovido pelo Instituto Helena Antipoff – Departamento Geral de Educação daSecretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, em 23/08/96;

— Cópia do cer tificado de Par ticipante no Curso sobre“DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA PERSONALIDADE”, realizado de 3/4 a 7/4/89, pelo Elenco Latino-americano “VIVA LA GENTE”, em Niterói;

— Cópia do Certificado de Participante no Simpósio Interamericano ‘APESSOA DEFICIENTE E O TRABALHO”, promovido pela LBA e OEA, realizadonos dias 23 a 27/03/87;

— Cópia do certificado de Participante na III Semana da Pessoa Deficiente,promovida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nos dias 15 a 18/09/86;

— Cópia do certificado na qualidade de congressista no I CongressoBrasileiro das Pessoas Deficientes, promovido pela Coalizão Nacional de Entidadesde Pessoas Deficientes, na Cidade de Recife/PE, nos dias 26 a 30/10/81;

— Cópias de Poesias, Contos e Temas de Debates de sua autoria; Medalhaspor concurso de Poesias; Manifestações escritas por alunos, amigos e recortesde vários jornais fluminenses com reportagens sobre o lançamento do livro e deapresentações de dança sobre rodas;

— Cópia do documento elaborado pela Professora Nelly Moulin, Mat.118.945, da Área de Apoio Legal, que, na conclusão, registra, em 24/03/81: “...que não só é aconselhável a matrícula da aluna em escola de ensino regularcomo, também, a critério da orientação pedagógica, tendo em vista sua idade(19 anos) e capacidade de aprendizagem, poderia ser submetida a estudosde aceleração e a exames supletivos”:

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RIO EDUCAÇÃO 183

O pedido de revisão do Parecer CEE nº 421/86 encontra-se fundamentadona Constituição Federal de 1988 c/c a legislação vigente, em especial a Leinº 7.853, de 24/10/89 e o Decreto nº 3.298, de 20/2/99.

VOTO DA RELATORA

Norberto Bobbio, consagrado pensador italiano, afirma que vivemos numa“era de direitos”. Para a nossa satisfação, os direitos humanos vêm se ampliandoa cada dia que passa. A adoção da Declaração de Direitos Humanos pelaAssembléia Geral das Nações Unidas, em 1948, foi o marco do seudesenvolvimento. Os direitos inscritos nesta Declaração constituem um conjuntoindissociável e interdependente de direitos individuais e coletivos, civis, políticos,econômicos, sociais e culturais, sem os quais a dignidade da pessoa humana nãose realiza por completo.

Este documento, chave do nosso tempo, tornou-se um autêntico paradigmaético a partir do qual se pode medir e contestar a legitimidade de regimes eGovernos, pois os direitos ali inscritos constituem hoje um dos mais importantesinstrumentos de nossa civilização visando a assegurar um convívio social digno,justo e pacífico.

Os direitos humanos encontram-se enumerados em diversos tratadosinternacionais e constituições, assegurando direitos individuais e coletivos.Estabelece obrigações jurídicas concretas, através de normas jurídicas precisase claras, cogentes ou programáticas que obrigam os Estados no plano interno eexterno, à proteção dos interesses mais fundamentais da pessoa humana.

O texto constitucional de 1988, ao inspirar-se nas mais avançadasconquistas de caráter humanista, fixou a filosofia e os objetivos que servem deparâmetros à legislação brasileira, inserindo princípios no que tange a direitosgerais, individuais e coletivos, e ainda zelando por um atendimento que seja igualpara todos independente de raça, credo, religião ou quaisquer outrasespécies de discriminação.

O princípio basilar é fazer entender que a lei foi feita para o homem e não ocontrário, o que significa dizer que a pessoa é a finalidade maior, devendo asesferas da política e da produção levarem em conta este fato na estruturação eno funcionamento de suas organizações.

Isto me faz lembrar a lição do Mestre e Desembargador Eduardo Mayr, porocasião do meu curso de bacharel, na disciplina de Direito Penal:

“A lei que ferir a Justiça ou negar qualquer direito inato da pessoahumana é anti-social. O apóstolo São Paulo fez, para todos os tempos, aluminosa distinção entre a letra da lei, que mata, e o espírito da lei, quevivifica. O literalismo jurídico é a negação da autêntica legalidade. Essalegalidade, se injusta, é pior que a própria ilegalidade, pois se esconde portrás da força da lei para melhor impor a lei da força.”

A história da civilização é a história dos homens notórios, que dignificaram,através dos seus exemplos e idéias, a razão humana. É uma vitória do homem

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184 RIO EDUCAÇÃO

sobre a terra, no sentido de adaptá-la aos fins almejados. Todavia, a humanidadenão é dotada apenas de homens de valor; há também aqueles que são detentoresde padrões incompatíveis com as regras da moralidade, os chamados lesionadoresdos bens espirituais que provocam danos d’almas.

Os doutrinadores informam que há três tipos de existências que compõemo invólucro do “eu”, a saber: as mentais, as corpóreas e as cívicas. O seuconjunto forma o nosso estado pessoal, o nosso status, o nosso estatuto pessoal,e cada um deles é, na prática do direito qualificado, um direito pessoal que podesofrer ataques e que pode reclamar proteção; por isso, há ofensas à alma comohá ofensas ao corpo, como há ofensas ao que chamarei de civilidade.

O jurista, pensador e magistrado Walter Moraes assegura que “para queuma pessoa possa subsistir como sujeito de direito e desenvolverregularmente a sua vida jurídica, torna-se necessário que esteja de possede certos bens. De tais valores, os bens da personalidade não se pode defato prescindir, porque, privada deles ou a personalidade jurídica não existeou, mesmo sobrevivendo, tolhe-se o ponto de perder as condições dedesempenhar o seu potencial.

“(...) de modo que podemos conceber a personalidade como umcomposto de elementos que lhe dão estrutura. Vale dizer que sem ditosbens, não se integra uma pessoa: e logo, privadas as pessoas deles, não háfalar em comunidade de homens na ordem jurídica e, por conseguinte, nãohá falar em ordem jurídica, nem em sociedade.”

Assim sendo, qualquer que seja a forma pela qual o Ser Humano constrói oseu patrimônio ideal, é certo que ele edifica à custa de seu esforço pessoal. Naformação desse patrimônio ideal, concorrendo com seu esforço pessoal, o homemprocura materializar sua forma de conduta social, indispensável à sua realizaçãoprofissional e humana. Essa construção é um bem extrapatrimonial.

A energia criadora representada pela personalidade do homem em ação,deve, sem dúvidas, ser preservada. O Ser humano tem direito ao livre exercícioda sua personalidade, e o Estado, o dever de defendê-lo.

Ultrapassado este entendimento, vale ressaltar que, já em 1986, o Presidenteda República, no uso das suas atribuições, considerando o propósito do Governode assegurar aos portadores de deficiências o pleno exercício de seus direitosbásicos; de exigir tal asseguramento conscientização coletiva, mobilização social;e o Plano Nacional de Ação Conjunta para Integração da Pessoa Deficiente quelhe trouxe o Comitê instituído pelo Decreto nº 91.872, de 04/02/85, baixou oDecreto nº 03.481, de 29 de outubro de 1986.

A ementa do decreto dispõe sobre a atuação da Administração Federal noque concerne às pessoas portadoras de deficiências, institui a Coordenadoria paraintegração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE e dá outras providências.

Em 24 de outubro de 1989, foi sancionada a Lei nº 7.853, que dispõesobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social,sobre a Coordenação Nacional para a Integração da Pessoa Portadora deDeficiência - CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos

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RIO EDUCAÇÃO 185

dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes e dáoutras providências.

Em 1996, o Presidente da República, por meio do Decreto nº 1.904, datadode 13/05, institui o Programa Nacional de Direitos Humanos, objetivando aredução de condutas e atos de violência, intolerância e discriminação, comreflexos na diminuição das desigualdades sociais; a observância dos direitose deveres previstos na Constituição, especialmente os dispostos em seuart. 5º e a plena realização da cidadania.

Com relação à educação das pessoas portadoras de deficiências, a Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394, de 20/12/96, dispõe, no art.58, que a Educação Especial é uma modalidade de educação escolar e que deveser ministrada, preferencialmente, na rede regular de ensino. E, ainda, que ossistemas de ensino assegurem aos educandos a educação especial para otrabalho, visando sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condiçõesadequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalhocompetitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, como para aquelesque apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual oupsicomotora.

Po incrível que pareça, houve um lapso de tempo de 10 anos, para que oPoder Executivo regulamentasse a Lei nº 7.853/89. Finalmente, em 20 dedezembro de 1999, o Presidente Fernando Henrique Cardoso, no uso das suasatribuições, baixou o Decreto nº 3.298, estabelecendo o conjunto de orientaçõesnormativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuaise sociais das pessoas portadoras de deficiência; dispondo sobre a PolíticaNacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolidando asnormas de proteção e dá outras providências.

Um dos princípios assegurados é o respeito às pessoas portadoras dedeficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade porreconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios oupaternalismos”. ( inciso III do art. 5º )

Estabelece como diretriz a inclusão da pessoa portadora de deficiência,respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas governamentaisrelacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdênciasocial, à assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e aolazer ( inciso III do art. 6º ).

Como, também, tem por objetivo, dentre outros, o acesso, o ingresso e apermanência da pessoa portadora de deficiência em todos os serviçosoferecidos à comunidade ( inciso I do art. 7º - os grifos são meus ).

Numa análise dos fatos e documentos apresentados, verificamos, sob oaspecto das aptidões emocionais, que Ana Cristina encontra-se apta a identificar,rotular, expressar e avaliar a intensidade dos sentimentos, adiar a satisfação,controlar impulsos, reduzir tensão e saber a diferença entre sentimentos e ações.

Com relação às aptidões cognitivas, a leitura do seu livro demonstra quesabe falar consigo mesmo, ou seja, tem um “diálogo interior” como uma forma

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186 RIO EDUCAÇÃO

de enfrentar o assunto e reforçar o próprio comportamento, ou seja, é consciente,sabe fazer o que faz.

Lê e interpreta as influências sociais, como, por exemplo, quando reconheceas influências sociais sobre o comportamento e consegue ver-se na perspectivada comunidade maior.

Usa etapas para resolver problemas e tomar decisões e controla seusimpulsos; estabelece as suas metas e identifica ações alternativas; e prevê asconseqüências. Compreende a perspectiva dos outros e as normas decomportamento e tem autoconsciência, criando expectativas para si mesmo, comoquando criou a sua própria metodologia para escrever.

Quanto às aptidões verbais, sabe fazer pedidos claros, respondeeficientemente à critica, resiste a influências negativas, sabe ouvir os outros eparticipa de grupos positivos de colegas; como prova, faz parte de um Grupo deDança Sobre Rodas.

De sorte que Ana Cristina tem a capacidade de responder adequadamentea uma situação inovadora, dando solução a situações simples e complexas,condições necessárias para a formação do professor.

Horgh e Duncan1 enfatizam que o ensino é uma atividade profissional,humana e racional, pelo qual uma pessoa utiliza seus conhecimentos e a si mesma,imaginativa e criadoramente, para promover a aprendizagem e o bem-estar deoutras pessoas.

Diante do exposto, considerando os elementos apresentados suficientespara o convencimento da procedência do pedido, desta signatária é favorável àreforma total do Parecer CEE nº 421/86, conforme preconiza o nº 2 do § do art. 67do Decreto 2.030/78 e suas alterações que dispõem sobre os atos daAdministração.

E ainda amparada pela Súmula STF 473, que determina que a AdministraçãoPública “ pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que ostornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, pormotivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judiciaria.” ( os grifos são meus).

É oportuno observar que o conceito de ilegalidade ou ilegitimidade, parafins de anulação do ato administrativo, não se restringe somente à violação frontalda lei, ela abrange também a relegação dos princípios gerais do Direito. Ainobservância gera um vício de ilegitimidade passível de anulação.

Lembrando que nessa atitude não paira qualquer exame de méritoadministrativo do ato questionado. O que foi apreciado, unicamente, foi aconformação formal e ideológica do ato em si com a legislação vigente, no sentidoamplo, isto é, com todos os preceitos normativos que condiciona a atividade pública.

Assim sendo, considero anulado o Parecer CEE nº 421/86, cujo ato administrativonega a Ana Cristina de Lima Ferreira o direito de exercer a função do Magistério.

Reconheço como válidos todos os estudos concluídos no Colégio PIO XI,em 1987, com habilitação de MAGISTÉRIO de 1ª a 4ª série do 1º Grau, em nível

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RIO EDUCAÇÃO 187

de 2º Grau, atualmente denominado de Professores na Modalidade Normal emNível Médio, para atuar na Educação Infantil e nas quatro primeiras séries doEnsino Fundamental, conforme determina o final do art. 62 da LDBEN e ParecerCNE/CEB nº 01/99.

Os efeitos desta decisão retroagem à sua origem, devendo o órgão próprioda Supervisão Educacional tornar sem efeito a anotação que consta no seuHistórico Escolar, para anotar o seu direito de exercer a habilitação deProfessora na Modalidade Normal em Nível Médio, para atuar na Educação Infantile nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, bem como recomendar aoColégio PIO XI que expeça uma segunda via do Certificado à Requerente, sem areferida observação, por ser de Direito.

Aproveito a oportunidade para cumprimentar os diretores e todos osprofessores daquela Instituição de Ensino que na época, contribuíram para odesenvolvimento, cidadania e qualificação para o trabalho da aluna Ana Cristina eque exerceram a função de ensinar com ética, responsabilidade e solidariedade.

Este Parecer faz parte integrante da vida escolar da Requerente, para osdevidos efeitos legais.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas acompanha o voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 04 de julho de 2.000.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO - PRESIDENTE

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL - RELATORA

EBER MANCEN GUEDES

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

NILSON DIMARZIO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 04 de julho de 2000.

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicado em 14/07/2000Retificado no D.O. de 14/08/20001 In ENRICENE, D. et alii – Dimensões básicas do Ensino. Porto Alegre: Sagra, 1986.

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188 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E DE ENSINO FUNDAMENTAL

PROCESSO Nº: E-03/102.004/2000

INTERESSADO: CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE BARRA MANSA

PARECER CEE Nº 413 / 2000 (N)

Responde consulta feita pelo Conselho Municipal deEducação de Barra Mansa e dá outras providências, deacordo com o que determina a legislação pertinente

HISTÓRICO

O Conselho Municipal de Educação de Barra Mansa solicita orientaçõesdeste Colegiado no que concerne ao Regimento Escolar das instituições dainiciativa privada que oferecem Educação Infantil e cujo município já constituiuSistema de Ensino.

O referido Conselho solicita as orientações formulando as seguintesperguntas:

1. Como ficam as escolas de Educação Infantil da rede particular que játiveram seu Regimento Escolar aprovado pelo CEE?

2. Em caso de Regimento Escolar que ainda será aprovado pelo CME,como proceder no caso de a escola oferecer, além da Educação Infantil, outrosníveis? Poderão ser aprovados só os artigos referentes à Educação Infantil ou aUE terá que desvincular o Regimento no que diz respeito à Educação Infantil?

VOTO DO RELATOR

À luz das legislações pertinentes, cabe aqui lembrar que:

1. A elaboração do Regimento Escolar e da Proposta Pedagógica previstosno artigo 12 da Lei Federal nº 9394, de 23/12/96 é da competência das instituiçõesde ensino e que o Regimento Escolar, devidamente registrado no cartório de títulose documentos, deverá estar disponível para exame pelos responsáveis dos alunos,bem como para o acompanhamento de execução pelo Poder Público (DeliberaçãoCEE nº 223/97 e 231/98), não havendo necessidade de aprovação prévia pornenhum órgão público.

Este Conselho pronunciou-se na Deliberação CEE nº 221/97 que“Permanecem em vigor, até ulterior determinação deste Colegiado, os atos deaprovação dos Regimentos Escolares e adendos...devendo ser adequados à novaLDB” e na Deliberação CEE nº 225/97 “a data de 31 de dezembro de 1999, comotérmino do prazo para se adaptarem, aos dispositivos da Lei Federal nº 9394/96”.

2. A etapa da Educação Infantil, criada e mantida pela iniciativa privada,

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RIO EDUCAÇÃO 189

pertence ao Sistema Municipal de Ensino, sujeita às normas para autorização defuncionamento, bem como a acompanhamento através de ação de Supervisão,mesmo estando em instituições que ofereçam outras etapas de Educação Básica,neste caso nos termos da Deliberação CEE nº 244/99.

Ressalto que o município poderá atuar na etapa do Ensino Fundamentalcriada e mantida pela iniciativa privada, nos termos da Deliberação CEE nº 251/2000, aprovada recentemente por este Colegiado.

Este é o Parecer.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Infantil e de Ensino Fundamental acompanha ovoto do Relator.

Rio de Janeiro, 20 de junho de 2000.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES - PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

NILSON DIMÁRZIO

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 01 de agosto de 2000.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 07/08/2000

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190 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E- 03/102.416/00

INTERESSADO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO

PARECER CEE Nº 805 / 2000 (N)

Responde a encaminhamento da Secretaria Municipal deEducação de Cabo Frio/RJ.

HISTÓRICO

A Exma. Sra. Secretária Municipal de Educação de Cabo Frio, Marli Cappde Sant’Anna, através do Ofício nº 224/GAB/2000, encaminha a este Colegiadodocumento produzido pelo Conselho Municipal de Educação e assinado pelaPresidente em exercício, Maria dos Remédios Freitas de Melo, no qual, aqueleórgão revela preocupação com os termos da Deliberação CEE/RJ nº 251 que“fixa normas para transferência aos municípios da responsabilidade deautorizar e supervisionar as instituições de ensino fundamental mantidaspela iniciativa privada”.

O entendimento daquele Colegiado é que “(...) o Conselho Estadual deEducação... revela claramente sua intenção de continuar detendo um podercentralizador, reservando a si próprio o direito de legislar e julgar, enquantotransfere para o município o dever de realizar o trabalho de campo”. Paraem seguida, fazer alguns questionamentos abaixo transcritos, para melhorcompreensão:

— Que vantagens teria o município em assinar esse convênio?

— Aumentar sua despesa com pessoal, tendo em vista “a necessidade demanter um número de inspetores compatível com a quantidade de escolas”,para realizar um trabalho que é obrigação do Estado?

— E qual a duração desse convênio, não especificada no termo detransferência?

— Será que o próximo governo estadual terá interesse em mantê-lo?

— Precisamos assumir essa atitude subalterna em relação ao Estado,aceitando que este sirva de instância recursal em relação ao trabalho desenvolvidopor nossos profissionais?

— Vamos permitir que o Conselho Municipal de Educação, que é um sistemaautônomo, se veja obrigado a apresentar relatório ao Conselho Estadual deEducação sempre que este resolva solicitá-lo?

— O que nos daria o Estado em troca? O assessoramento técnico já previstopela Lei 9394/96?

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RIO EDUCAÇÃO 191

— O Colegiado Municipal reconhece que as escolas de ensino fundamentalda rede privada teriam um melhor acompanhamento e melhoria de qualidade seficassem sob a sua responsabilidade, no entanto não concordam com os termospropostos pelo CEE e só o admitem, caso todas as competências fossemdelegadas, preservando, assim, a autonomia já conquistada.

VOTO DA RELATORA

Preliminarmente, é importante esclarecer que o Colegiado Estadual, no usodas suas atribuições, ao ditar as regras dispostas na deliberação mencionada, o fezpelo fato de a Del.236/RJ, que dispõe sobre o Regime de Colaboração a serobrigatoriamente adotado entre os sistemas de Educação Estadual e Municipal doEstado do Rio de Janeiro, não estabelecer as normas para as formas facultativas decolaboração, em especial a Supervisão Educacional ou Inspeção Escolar (art. 2º).

A Lei nº 9394/96, que dita as diretrizes e normas para a educação nacional,colocou de maneira muita clara e detalhada as competências e responsabilidadesde cada sistema de ensino, sintetizando no art.11 e incisos as incumbências dosmunicípios, os quais têm liberdade para optarem em ser sistema de ensino ou porintegrarem ao sistema estadual de ensino, ou ainda, compor com ele um sistemaúnico de educação básica.

Em sendo sistema de ensino, o município não tem vínculo subordinativonem em relação ao Estado, nem a União, podendo baixar normas complementarespara o funcionamento e manutenção das instituições que fazem parte da suacomposição, entre elas as instituições de educação infantil criadas e mantidaspela iniciativa privada, sobre as quais mantêm todos as responsabilidades deautorizar e supervisionar ou inspecionar. (art. 18-II).

Enquanto que, por princípio legal, são da competência do Estado essasresponsabilidades, por fazer parte do seu sistema de ensino, as instituições de ensinofundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada. (art.17-II).

Assim, as normas para transferência dessa responsabilidade, consideradacomo forma facultativa de colaboração entre o Estado e os Municípios com sistemade educação organizado, somente é possível através de convênio. Convênio nãoé contrato, mas, sim, acordo firmado entre as partes, que visam ao alcance deobjetivos de interesse comum.

Lembrando que a posição jurídica dos signatários, no convênio, é idênticapara todos, pois manisfestam pretensões comuns (união de esforços e recursos),podendo haver apenas diversificidade na forma de cooperação para cada um,segundo as possibilidades, para a consecução do objetivo comum.

Em havendo o interesse do sistema de ensino em firmar o acordo para apossibilidade de uso comum dos recursos humanos e materiais do Município, omesmo deve ser bem estudado e avaliado antes de ser remetido ao CEE/RJ,para não gerar conflitos administrativos e políticos a posteriori.

Ao optar pelo convênio, deve fundamentar sua proposta com a comprovaçãoda implantação do Sistema Municipal de Ensino, da comunicação formal de seu

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192 RIO EDUCAÇÃO

início de funcionamento ao CEE/RJ e ter em seus quadros supervisoreseducacionais habilitados e disponíveis para a supervisão das escolas de EnsinoFundamental mantidas pela iniciativa privada e localizadas no Município.

A exemplo, este Colegiado aprovou recentemente o Parecer CEE/RJ nº412/2000, que recomenda a transferência de responsabilidade para autorizaçãoe supervisão de todas as instituições de Ensino Fundamental mantidas pelainiciativa privada, no Município de São João de Meriti, ao Conselho Municipal deEducação do citado Município.

A importância de o Sistema Municipal de Ensino assumir estaresponsabilidade, é, sem dúvida, pelo fato de o Município ter uma relação diretaque tem com a comunidade e seus membros, sendo, por isso, o mais indicadopara promover uma melhoria de qualidade do ensino e da educação em todas asentidades que ministram o Ensino Fundamental, cujo objetivo é a formação básicado educando.

Os Conselhos Municipais, órgãos que compõem o Sistema Municipal deEnsino, assim como os Conselhos Estaduais que fazem parte do Sistema Estadualde Ensino trazem na sua natureza o princípio da participação e darepresentatividade da comunidade interna e externa na gestão da educação.

Por lei municipal são concebidos com autonomia administrativa e dotaçãoorçamentária própria a fim de que possam contribuir para a qualificação do processode descentralização e de fortalecimento do Sistema Municipal de Ensino.

A função normativa dos Conselhos Municipais deve visar à facilitação daorganização e do funcionamento do sistema, não devendo ser usada paraburocratizar ou impedir os avanços indispensáveis. No que se refere às atribuições,a sua abrangência e atualidade dependerá muito da visão dos administradores elegisladores da realidade local, bem como do poder de mobilização da sociedadeem torno dessas questões.

Pelo exposto e ainda considerando que o princípio da autonomia é afaculdade de se governar por suas próprias leis ou dirigir-se por vontade própria,não justifica a preocupação do ilustre Colegiado do Município de Cabo Frio, tendoem vista a não obrigatoriedade do convênio.

De sorte que as normas ditadas por este Colegiado não têm nenhumaintenção de deter qualquer espécie de poder centralizador, e sim, estabelecer ummeio de controle, tendo em vista que as escolas de ensino fundamental da iniciativaprivada, por determinação da política educacional prevista na LDB, fazem partedo Sistema Estadual de Ensino.

Page 195: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 193

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2000.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES – PRESIDENTE

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL– RELATORA

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

EBER MANCEN GUEDES

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

NILSON DIMÁRZIO

PAULO KOBLER PINTO LOPES SAMPAIO

RONALDO PIMENTA DE CARVALHO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 10 de outubro de 2000.

CELSO NISKIER

PRESIDENTE EVENTUAL

Publicado em 20/10/2000

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194 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PARECER Nº 258, DE 30 DE OUTUBRO DE 2001 (N)

Autoriza os Cursos de Qualificação Profissional instituídos pelaDeliberação CEE n.º 73/80, com o laudo favorável da InspeçãoEscolar que se encontram em tramitação nos órgãos da SEE/RJ e dá outras providências.

HISTÓRICO

A Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissional tomouconhecimento de que há um número expressivo de processos de solicitação deautorização de funcionamento de cursos de qualificação profissional de níveltécnico instruídos pela Deliberação CEE n.º 73/80 que tendo recebido o laudofavorável da Comissão Verificadora instituída pela Coordenadoria de InspeçãoEscolar, teve permissão por decurso de prazo para iniciar suas atividadesamparados pela Deliberação CEE n.º 231/98 e que serão, automaticamente,extintos em face da nova lei.

VOTO DO RELATOR

Em face do exposto acima e considerando que as autorizações pretendidas,de acordo com a Lei n.º 9394/96, terão validade somente até 31/12/2001 e quepara o estabelecimento de ensino se adaptar à Educação Profissional, nos termosda nova LDB, necessita da autorização deste Colegiado, somos de parecer quesejam considerados aprovados todos os Cursos de Qualificação Profissional denível básico ou técnico, conforme listagem anexa instruídos pela Deliberação CEEn.º 73/80, que estejam funcionando com decurso de prazo e que já receberamlaudo favorável da Coordenadoria de Inspeção Escolar. Determino, ainda, que asinstituições atingidas por este parecer que desejarem prosseguir oferecendo ocurso como habilitação profissional de nível técnico para o nível técnico devemadequar se à Lei 9394/96 cumprindo desta forma o que preconiza DeliberaçãoCEE n.º 254/00.

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RIO EDUCAÇÃO 195

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2001.

CELSO NISKIER – PRESIDENTE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO – RELATOR

JESUS HORTAL SANCHEZ

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

SOHAKU RAIMUNDO CESAR BASTOS

VALDIR VILELA

WAGNER SIQUEIRA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado com abstenção de voto da ConselheiraFrancisca Jeanice Moreira Pretzel.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 30 de outubro de 2001.

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

PRESIDENTE

Publicado em 23/11/2001

Page 198: Revista Rio Educação Especial nº 8

196 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/102.470/2001

INTERESSADO: MARIA REGINA PIMENTEL DUARTE RODRIGUES TERRA

PARECER CEE Nº 319 / 2002 (N)

Autoriza a guarda provisória dos arquivos do Colégio São Pedrode Alcântara pela entidade.

HISTÓRICOMaria Regina Pimentel Duarte Rodrigues Terra, representante legal do

Colégio São Pedro de Alcântara, sediado na Rua Marquês de Olinda, 23/31, até ofinal da última década e atualmente localizado na Rua Bambina, 59 – Botafogo,no Município do Rio de Janeiro – RJ, vem a este Conselho, em processo e comfundamentadas razões, requerer guarda dos arquivos da instituição, durante operíodo de suspensão temporária de atividades.

O órgão próprio do Sistema Estadual de Educação exercita normasconsolidadas sobre recolhimento de arquivos, em especial das instituições cujasatividades sejam encerradas, por ato do Poder Público ou por manifesta intençãoda Entidade Mantenedora.

É questão sabida, de longa data, das severas dificuldades da Coordenadoriade Inspeção Escolar em manter os arquivos de instituições desativadas. Maisainda, em atender a demanda por documentos de tais educandários. Associadoao sempre difícil espaço físico, o pequeno e dedicado quadro funcional realiza uminaudito trabalho para cumprir seu dever público.

Estando a COIE em fase de reestruturação, com transferência do acervoem tela para meio eletrônico e criada a expectativa de ampliação de seus quadros,é prevista a desejada regularização da questão. Porém, caso todos as medidasem curso sejam de pronto implementadas, não serão percebidas antes mesmode dois ou três anos, dada a imensidade de papéis, documentos e processos queserão submetidos à digitalização eletrônica.

Surge, assim, louvável por todos os parâmetros, a iniciativa da EntidadeMantenedora que, mesmo ante severas condições econômicas, viabilizouadequação das instalações em novo endereço, busca preservar a identidade daescola e se ocupa em bem atender seus ex-alunos e suas famílias. E não se furtade honrar seus compromissos legais a de ordem social.

Efetivada a comunicação da “suspensão temporária das atividades”, cabeà COIE cadastrar o pedido e nomear Comissão que visite o local indicado para a“guarda provisória” dos arquivos, autenticando a relação de alunos freqüentes noúltimo dia de funcionamento.

Ato contínuo, será dada ciência à escola do cumprimento ao cadastramentoe laudo da vistoria efetivada, acrescentando, por ofício, a autorização para a“guarda temporária”, sempre pelo prazo máximo de 5 (cinco) anos, se a instituição,de forma aditiva, assim solicitar.

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RIO EDUCAÇÃO 197

A não nomeação da Comissão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, acontar da protocolização do pedido ou a não expedição de laudo em idênticoprazo a contar da visita da Comissão, permite a automática transformação da“guarda provisória” em “guarda temporária”, ou a remessa, com contraprova, detodos os arquivos à competente Coordenadoria de Inspeção Escolar.

Durante o período de “guarda temporária” será mantido atualizado o QuadroTécnico da instituição, como preceitua a Deliberação nº 263/2001.

VOTO DO RELATOR

Vista a louvável iniciativa de um tradicional estabelecimento de ensino em,mesmo com atividades suspensas, honrar sua história, sua tradição e sua visãosocial; dada a justeza e integridade do pleito, VOTO:

É nosso parecer autorizar a “guarda temporária” de todos os arquivos doColégio São Pedro de Alcântara no prédio da Rua Bambina, 59 – Botafogo – Riode Janeiro – RJ pelo prazo não superior a 5 (cinco) anos, se tanto durar asuspensão de suas atividades. O atendimento ao público respeitará dias e horáriosajustados com a COIE, e o quadro dirigente, Direção e Secretaria estarão sempreatualizados junto àquele órgão.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2002.

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES – PRESIDENTE

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANTONIO JOSÉ ZAIB

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

NILSON DIMÁRZIO

WANDA VIANNA DIREITO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 12 de março de 2002.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 02/05/2002

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198 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PROCESSO Nº: E-03/101.626/2001

INTERESSADO: PREFEITURA MUNICIPAL DE PETRÓPOLIS

PARECER CEE Nº 553 / 2002 (N)

Responde a consulta sobre capacidade para lecionar,formulada pela Secretaria de Educação e Esportes daPrefeitura Municipal de Petrópolis e dá outras providências.

HISTÓRICO

O Secretário de Educação e Esportes do Município de Petrópolis, JelcyRodrigues Correia Júnior, solicitou deste Conselho esclarecimento sobre se um“professor” de Ciências Físicas e Biológicas, graduado em Medicina Veterinária,tendo cursado na Universidade Católica de Petrópolis 195 horas de formaçãopedagógica, concursado em 1996, e nomeado em 2000, pode exercer a funçãode professor das mencionadas disciplinas na Educação Básica, nos níveisfundamental e médio, ou se deva possuir formação pedagógica de extensão,direcionada á área específica em que pretende atuar.

VOTO DO RELATOR

A Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, sobre as Diretrizes e Bases daEducação Nacional (LDB), ao não conter mais qualquer disposição sobre o RegistroNacional de Professores do MEC, extinguiu-o na prática. Surgiram daí algumasdúvidas acerca das autorizações para lecionar, concedidas, a título precário, poreste Conselho Estadual de Educação.

Conforme determina o caput do artigo 2º da Deliberação nº 266/2001 desteConselho, que interpretou a LDB nesta matéria, “corresponde às mantenedorasdas escolas, observadas as exigências legais, aceitar ou rejeitar as qualificaçõesapresentadas para integrar os seus quadros docentes”. No parágrafo único,acrescenta-se: “No caso das escolas estaduais, tal função corresponde àSecretaria de Educação, mantenedora da rede estadual de ensino”. Por analogia,o mesmo se deve dizer, dentro do seu respectivo âmbito, a respeito das SecretariasMunicipais de Educação e das escolas por elas mantidas.

Consequentemente, para efeito de subsídio na análise da documentaçãodo profissional, é norma em vigor que, em conformidade com a Resolução CNE02/97, que desde que o professor tenha concluído curso de graduação com nomínimo 160 horas de aula na disciplina que pretende lecionar e tenha cursado asdisciplinas pedagógicas, é-lhe facultada a possibilidade de exercer o magistériona Educação Básica, nos níveis fundamental e médio.

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RIO EDUCAÇÃO 199

De acordo, pois, com o que foi exposto, a Secretaria Municipal de Educaçãoe Esportes de Petrópolis pode, se assim o achar conveniente, admitir ao exercíciodo magistério, nas disciplinas citadas, o professor em questão.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2002.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN – PRESIDENTE

JESUS HORTAL SÁNCHEZ - RELATOR

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

LIA CIOMAR MACEDO DE FARIA

MARIA AMÉLIA GOMES DE SOUZA REIS

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

WAGNER HUCKLEBERRY SIQUEIRA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 07 de maio de 2002.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 12/06/2002Republicado no D.O. primeiramente em 27/06/2002 e por último em 02/09/2002

Page 202: Revista Rio Educação Especial nº 8

200 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/10.700.686/2001

INTERESSADO: ESCOLA TÉCNICA PANDIÁ CALÓGERAS

PARECER CEE Nº 569 / 2002 (N)

Determina a emissão de Certificado de Conclusão de Ensinode 2º Grau ou de Ensino Médio, para fim de prosseguimentode estudos, no caso que especifica.

HISTÓRICO

A Escola Técnica Pandiá Calógeras, sediada na Rua 62, nº 90, VoltaRedonda, consulta este Colegiado sobre a possibilidade de expedir Certificadosde Conclusão de Ensino Médio aos alunos que não concluíram o estágio Curriculardos Cursos Técnicos, oferecidos pela instituição, aprovados sob a antiga Lei nº5.692/71, tendo esses cursos o total de 2.000 horas em Educação Geral, 2.320horas em Formação Especial e 720 horas de Estágio Curricular.

A consulta se faz, tendo em vista terem os cursos em questão o total decarga horária de 2.000 horas com disciplinas que compõem a Educação Geral,atual Base Nacional Comum.

VOTO DA RELATORA

A atual LDB – Lei nº 9.394/96 estabelece a carga horária mínima de 2.400h, distribuídas em disciplinas relativas à Base Nacional Comum e ParteDiversificada, esta de autonomia dos sistemas de Ensino e estabelecimentoescolar, tendo carga horária máxima de 25% do total de horas do currículo.

Considerando hora-aula (50 minutos), as 2.400 h correspondem a 2.880 h/a, podendo ser distribuídas com um mínimo de 2.160 h/a para a Base NacionalComum e de 720 h/a para a Parte Diversificada.

Aos cursos técnicos aprovados e desenvolvidos sob a égide da Lei nº 5.692/71, devemos considerar:

- que a referida Lei, no que se refere à profissionalização do ensino de 2ºgrau, foi alterada através da Lei nº 7.044, de 18/10/82, a qual foi regulamentadapor este Conselho através da Deliberação nº 94, de 26/05/83, tornando a“habilitação profissional facultativa para os estabelecimentos de ensino” e torna o“ensino de 2º grau com duração mínima de 2.200 horas de trabalho escolar efetivoe desenvolvido em pelo menos três séries anuais”, distribuídas em disciplinasrelativas ao núcleo comum e Parte Diversificada.

Em face do exposto, determine-se às escolas emitirem certificados deconclusão de 2º Grau ou de Ensino Médio aos alunos que cursaram, com êxito,

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RIO EDUCAÇÃO 201

as disciplinas constantes do Currículo de Cursos aprovados sob a antiga Lei nº5.692/71, desde que o aluno tenha sido aprovado em todas as disciplinas deEducação Geral, em, no mínimo, três séries e o total de carga horária do Cursotenha, no mínimo, 2.200 horas.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e de Educação Profissionalacompanha o voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 16 de abril 2002.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE

IRENE ALBUQUERQUE MAIA – RELATORA

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

NILSON DIMÁRZIO

WANDA VIANNA DIREITO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O Presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, 07 de maio de 2002.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 18/06/2002

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202 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/102.376/2001

INTERESSADO: COLÉGIO LEMOS DE CASTRO

PARECER CEE N° 593 / 2002 (N)

Responde a consulta feita pelo Colégio Lemos de Castro sobrereestruturação de Entidade Mantenedora de Unidade Escolar,compartilhando o local de funcionamento e instalações entreinstituições diversas e responsáveis por etapas distintas daEducação Básica ou Cursos de Educação Profissional e dáoutras providências.

HISTÓRICO

Délio Torres de Castro, portador do registro de Diretor EP-9.402.213-ME,representante legal do Ginásio Lemos de Castro Ltda., sentindo necessidade dealterar a abrangência e a configuração jurídica da instituição, Entidade Mantenedorado Colégio Lemos de Castro, por razões de ordem econômica, apresenta peloprocesso E-03/102.376/01, de 16 de outubro de 2001, instruído por ofício de 04/10/2001, como nova Entidade Mantenedora para os cursos do Ensino Médio eEducação Profissional, a Sociedade Educacional Lemos de Castro - SELC, cujoscomponentes são identificados como os mesmos da instituição original, fazendoanexar completa documentação.

Por ofício de 18 de dezembro de 2001, ainda sem logro na apreciação daquestão, reitera as condições oferecidas pelo Ginásio Lemos de Castro Ltda. e todosos componentes da empresa, além do endereço, no sentido de efetivar a alteraçãopostulada, solicitando manifestação deste Colegiado. Faz aditar o compromisso denão atingir as relações trabalhistas, sociais e educacionais desenvolvidas pela escola,tal como regem e disciplinam os pertinentes diplomas legais.

RELATÓRIO

Fracionamento do Ato Autorizativo – ImpossibilidadeÉ legítimo a dada pessoa jurídica constituir uma instituição educacional de

direito privado, no exercício da liberdade constitucional de promover o ensino, apesquisa ou a educação. Quando se constitui, com base nos fundamentos dalivre iniciativa, também subscreve toda regência legal, especialmente eanteriormente aquela de se submeter à “autorização e avaliação da qualidadepelo Poder Público.” [ Constituição Federal, artigo 209 – inciso II ].

Regulando a matéria, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –LBD, determina que “os Estados incumbir-se-ão de autorizar, reconhecer,credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente os cursos das instituições

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RIO EDUCAÇÃO 203

de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino”. [ LeiFederal N.º 9.394/96, artigo 10 – inciso IV ].

Remetida ao seio do Estado do Rio de Janeiro, encontramos, resguardadoo direito da iniciativa privada, a competência administrativa: “autorização eavaliação de qualidade pelo Poder Público, segundo normas dos Conselhos Federale Estadual de Educação.” [ Constituição Estadual, artigo 312 – inciso II ].

A autorização é um ato discricionário personalíssimo. E a autorização defuncionamento de um estabelecimento de ensino é ato administrativo intuitipersonae. Assim, os atos são para determinada pessoa jurídica, constituída comofigura jurídica de direito privado, sob qualquer forma de sociedade legalmentepermitida. No entanto, sob nenhuma forma, a autorização se confunde com oprincípio da concessão. Autorização é ato personalíssimo outorgado a quempediu e atendeu a legislação pertinente. Concessão é ato inverso, onde o PoderPúblico se reserva o direito de tirar, por justa razão, o que concedeu e outorgar aoutrem, sob dadas condições.

A ilustre Dra. Maria Sylvia Zanela di Pietro lembra que a autorização é atoadministrativo unilateral e discricionário, citando o ilustre Prof. Cretella Júnior: “naautorização, o Poder Público aprecia, discricionariamente, a pretensão do particularem face do interesse público, para outorgar ou não a autorização; portantoautorização é o ato constitutivo do Direito”. [ Direito Administrativo - 8ª edição -Atlas, p.188-190 ]. Entende o Prof. Dr. Hely Lopes Meirelles, que “a autorização éato administrativo... pelo qual o Poder Público torna possível do pretendente arealização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bensparticulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse, e que a leicondiciona à aquiescência prévia da administração”. [Direito AdministrativoBrasileiro – 22ª edição – Editora Malheiros, pp.171 e 139].

Das premissas, todas fundadas na essência do Direito Administrativo, advéma conseqüente impossibilidade de se fracionar um ato administrativo. Tal como obem intangível, a unicidade não permite existência de “um indivisível todo, comosoma de impossíveis partes”. Ao agente que firma o ato administrativo, cabeatender as premissas legais que a matéria enseja, e efetivar ad personae ocumprimento de seu mandato, visando especificamente a coisa e a pessoa abrigada.

Formulação de Entidades Mantenedoras - legalidadeA denominação genérica de comércio, dada a tudo que envolvesse trânsito

de moeda ou seu equivalente, vem regulada a partir do Império, quando D. PedroII outorgou a Lei N.º 556, de 25 de junho de 1850. É o chamado Código ComercialBrasileiro, do qual muitas das normas ainda regem a ordem econômica nacional.Nele encontramos de topo: “Artigo 1.º - Podem comerciar no Brasil: Todas aspessoas que, na conformidade das leis deste Império, se acharem na livreadministração de suas pessoas e bens e não forem expressamente proibidasneste Código;” [inciso 1].

A atual regência vem na Lei N.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - queinstitui o novo Código Civil Brasileiro – do qual extraímos a nominata paraempresário, em substituição àquela dada em 1850 ao comerciante. A definição

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204 RIO EDUCAÇÃO

contemporânea para a titularidade empresarial é abrangente: “Artigo 966 -Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômicaorganizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Asexclusões vêm por conta do facultado exercício autônomo e liberal de atividadese da sua natureza profissional.

No instituto jurídico do Império, encontramos, nos artigos 287 a 353, todosos dispositivos à regulação das companhias e sociedades comerciais à época.Entre as formulações, estão reguladas: a) sociedade em comandita (onde ocomanditário, capitalista, pode ser oculto no registro e não pratica atos de gestão- raiz das sociedades anônimas); b) sociedade em nome coletivo ou firma(precursora da sociedade por cotas de responsabilidade limitada); c) sociedadesde capital e indústria (berço da sociedade entre capital e trabalho); d) sociedadeem conta de participação (por um objeto ou fim específico, onde apenas o sócioostensivo se responsabiliza com terceiros).

No Código Civil de 10 de janeiro de 2002, encontra-se, no Livro II – DoDireito de Empresa (artigos 966 a 1195), a nova ordem institucional. Nela, figurascomo fusão, cisão, incorporação, consórcio, participação em grupo ou cooperativaestão abrigadas, consoante a realidade imposta pela nova economia. Quanto aoexercício empresarial, para correta inscrição legal, exige a lei: Qualificação, Firma,Capital, Objeto e Sede da Empresa [artigo 968, incisos I,II,III e IV]. Portanto,atendidas estas e as concernentes condições do Código e da LDB, respeitada aliberdade constitucional, de ordem federal e estadual, é livre a criação de entidadesmantenedoras de ensino.

O velho Código Comercial de 1850, no artigo 2.º, excluía da capacidade dese estabelecer, entre outros, o clérigo. Por tal razão, as primeiras escolas privadas,todas de origem em ordens religiosas, foram constituídas na forma de sociedadeem nome coletivo - sem finalidade lucrativa (contraponto da sociedade civil porcotas e da sociedade mercantil).

Até os dias de hoje, o disposto no Decreto no. 3.708, de 10 de janeiro de1919, regula a constituição de sociedades por cotas de responsabilidade limitada,reconhecida como sociedade comercial (ou de serviços), que obedece aospreceitos contidos nos artigos 300 a 302 do Código Comercial Brasileiro, vigentedesde 1850. O douto Prof. Rubens Requião é incisivo: “Para que … exista umasociedade, é necessário um acordo escrito dos sócios, seja por instrumento públicoou por instrumento particular. Esse acordo escrito é … apelidado de ContratoSocial e [suas] alterações devem ser arquivadas na Junta Comercial ou no Cartóriode Registros de Pessoas Jurídicas …” [Curso de Direito Comercial – Ed. FranMartins - 22ª edição - pág. 275].

Mesmo em breve tempo atrás, quando a Constituição Federal de 1988 foipromulgada, as Entidades Mantenedoras de estabelecimentos de ensino, ainda,intensivamente, se constituíam tal como na forma do Império. Fossem semfinalidades lucrativas (filantrópicas ou não), caso dominante no ensino superiorou por cotas de responsabilidade limitada, prevalente na educação básica. Hoje,podem ser aceitas diversas formas amparadas em ampla legislação, inclusive aSociedade Anônima.

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RIO EDUCAÇÃO 205

Contraposto aos códigos religiosos, que limitam a união civil a um casamento– católicos, ou no máximo a quatro, se o varão puder sustentar as esposas -muçulmanos (desde que as leis nacionais permitam), o novo Código CivilBrasileiro - Lei N.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002, permite que os empresáriosconstituam quantas empresas desejarem, respondendo, cível e criminalmente,perante a sociedade e ao fisco, por cada uma delas, na forma disposta em seuscontratos sociais.

Proposição Normativa – possibilidadesO Contrato Social ou a alteração contratual (atos constitutivos e de

atualização da sociedade) são como uma Certidão de Nascimento da razão socialque detém o poder legítimo para alterar, modificar, incluir, excluir a estruturada firma ou empresa, desde que registrada devidamente na Junta Comercial ouno Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. Quanto ao domicílio da Sociedade,fica a critério do locador aceitar ou não a cessão de direitos sob a locação. Por serEstabelecimento de Ensino autorizado e fiscalizado pelo Poder Público, há oagasalho da Lei, dando, em proteção, o privilégio. [art. 53 da Lei nº. 8.245/91].

Em reforço, vale aditar a manifestação do MM. Juiz Grama Pellegrini, em15 de agosto de 1996 [ 12ª Câmara, relato A 1463533]: “a partir da vigência daConstituição Federal/88, o ensino recebeu do legislador constituinte tratamentoespecífico e muito mais abrangente, bastando para tanto atentar para asdisposições contidas nos artigos 208 e 209 da Carta Magna e 247 da ConstituiçãoEstadual, gozando, portanto, a escola infantil de recreação e berçários proteçãodo artigo 53 da Lei Federal N.º 8.245/91”. Demonstra-se assim que, embora asociedade com fins educacionais seja considerada genericamente uma formade comércio, o seu aspecto é peculiar. Não se pode negociar ou alterar umaInstituição de Ensino, como se negocia uma empresa ou sociedade mercantil.

Com o advento do enquadramento tributário diferenciado, paraestabelecimentos de Educação Infantil e Ensino Fundamental, teve iníciosignificativo número de instituições que, em nome do enfrentamento da criseeconômica e da elevada carga tributária brasileira, decidiu migrar para o sistemasimplificado. Ao lado, o Ensino Médio mantido pela iniciativa privada, semdesoneração formal da carga tributária, perpetrou diversas medidas judiciais, cujasliminares e mandados de segurança, mesmo vitoriosos, como no caso do Estadodo Rio de Janeiro, seguirão ainda a longa corrida de obstáculos imposta pelacarcomida estrutura do Judiciário brasileiro.

No topo, as escolas viram surgir importantes necessidades deinvestimento em instalações e tecnologia, compondo um elenco de necessidadesimprevisível há meia década. Aqui também se situa a nova Educação Profissionalem Nível Técnico, onde o Conselho Estadual de Educação vem sendoespecialmente rigoroso na exigência de uma intervenção pedagógica aliada arecursos materiais amplos, diversificados e atualizados tecnologicamente.

De forma canhestra, para se socorrerem da nova disponibilidade tributária,as entidades interessadas estão buscando socorro no Parecer n.º 047/2001, que,no final do seu quarto parágrafo, se apresenta como Normativo. Se, com efeito,foi intenção da Câmara de Educação Básica deste Colegiado, assim não entendeu

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206 RIO EDUCAÇÃO

o Plenário. Atende à parte e só naquele caso. A Câmara de Educação Básica, háum ano, se preocupa com desenhar a consistente solução.

Os estudos apresentados em 2.1 e 2.2 neste relatório, em grande parte,estão subsidiados pela Coordenadoria da Inspeção Escolar – COIE, onde aexemplar e experiente Coordenadora, Prof.ª Heloísa Maciel, vê crescer a demandasobre a matéria, sem instrumentos de solução. Destarte, grande parte dosrepresentantes das 29 Coordenadorias Regionais, em recente reunião com ilustresConselheiros, trouxeram a matéria como reclamo premente. Instada pelo Relator,a COIE passou a encaminhar as questões ao CEE, razão pela qual o primeiro,entre vários casos, vem à análise. Trata-se de uma Instituição exemplar, fundadaem 1939 e com reconhecidos serviços prestados à comunidade de Madureira e atoda Zona Norte do Rio de Janeiro. O processo é bem instruído, propositivo,com as necessárias cautelas para que a escola não tangencie ou sequer seaproxime do arrepio da Lei.

VOTO DO RELATOR

Considerando o cumprimento do disposto na legislação geral e, emparticular, no novo Código Civil; vista a íntegra das disposições emanadas da Leide Diretrizes e Bases da Educação Nacional; consoante as normas exaradas poreste Conselho Estadual de Educação, VOTO:

1. Situações - No processo em tela, bem como nos casos de transferênciade responsabilidade ou de reestruturação de entidades, ou mesmo de empresas,que tenham autorização outorgada pelo Poder Público, com o fito de manterinstituições de ensino, particularmente nos dois casos dominantes a seguirrelacionados, cabem:

a) Transferência total de responsabilidade.

No que diz respeito ao caso geral em que há cessão plena da autorização,desde que fundada em causa justa e sem vantagens comerciais, aplica-se comsimilitude no que dispõe a Lei Federal n.º 8.666, no que concerne a equilíbrioscontratuais.

Há plena licitude quando a cessão, “firmada em escritura de transferênciade responsabilidade”, por instrumento público ou particular registrado no Cartóriocompetente, torna-se “ato jurídico perfeito, após submetido, aceito ehomologado pela autoridade competente”.

Nestes casos, devem os interessados identificar a nova EntidadeMantenedora e seus membros, comprovando a capacidade de abrigar plenamenteo que foi transferido e assumindo toda responsabilidade trabalhista, fiscal etributária decorrente.

b) Reestruturação parcial da estrutura mantenedora.

Firma-se, por tudo em voga, o claro entendimento de que: “a autorizaçãode funcionamento de uma escola é ato personalíssimo, exarado pelaautoridade competente para determinada Entidade Mantenedora, não

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RIO EDUCAÇÃO 207

podendo ser desmembrado ou fracionado”. A escola pode suspender asatividades de uma etapa ou segmento, temporária ou definitivamente, e seusmantenedores criarem nova entidade que envolva certo e precípuo objetivo.

Nenhuma mantenedora de serviços de ensino pode ceder parte do atoautorizativo, nem mesmo a entidades ligadas, coligadas ou subsidiárias. Pode,sim, por força sucessória, em nome da nova Entidade, pleitear autorizaçãoespecífica para determinado fim, em processo simplificado.

A recíproca é verdadeira. A nova Entidade Mantenedora pode assumirresponsabilidade total sobre a escola, e a antiga pedir autorização específica paradado fim, em processo simplificado. A nova Entidade Mantenedora, em qualquercaso, fará constar que assume plena responsabilidade trabalhista, fiscal etributária decorrente do ato.

2. Organização processual - O requerente apresentará ofício dirigido aotitular da Secretaria de Estado de Educação, no correspondente órgão regionalda Coordenadoria de Inspeção Escolar. Nele, o interessado deve manifestarseu objetivo específico, seu compromisso em relação ao acervo e documentosescolares, e a denominação da escola coligada aditada com o termo “anexo”, sefor o caso. Também, pelo mesmo instrumento, solicitará a autorização defuncionamento específica para a escola coligada. O processo deve ser instruídocom os elementos formadores de juízo que a parte julgar oportunos e de formacoerente com os itens a ou b apresentados em 1, acrescentando cópiasautenticadas dos documentos seguintes:

a) Portarias de autorização da escola que se encontra em plenofuncionamento, com as correspondentes publicações no Diário Oficial;

b) Ato Constitutivo da nova Entidade Mantenedora, contendo o objetoespecífico e Cartão de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas –CNPJ;

c) Cédula de identidade, CIC e comprovante de residência ou domicílio dossócios, acompanhados do ato ou declaração comum que legitima o representantelegal;

d) Certidões Negativas dos sócios, expedidas pelos Distribuidores eCartórios competentes e respectivos atestados de idoneidade financeira, firmadospor estabelecimento bancário;

e) Termo de compromisso do Quadro Dirigente da escola, comprovadocom a documentação dos componentes e aditado pelos correspondentes termosde compromisso;

3 – Procedimento e autorização – O competente órgão regional daCoordenadoria de Inspeção Escolar verificará a íntegra da documentação e faráanexar Relatório de Inspetor Escolar responsável por aquela escola ou pela região,manifestando fundamentado juízo e abrindo processo próprio. Ato contínuo, oprocesso será encaminhado ao competente órgão da Secretaria de Estado deEducação, para que se faça expedir autorização de funcionamento. Serãoobservados os mesmos moldes processuais a que se submetem novas instituições,

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208 RIO EDUCAÇÃO

porém preservado o número da portaria original, que apenas receberá, tais comoapostilas, os aditivos A, B, C, no que couber. Por todos os preceitos, devem, tantoquanto possível, as instituições efetivarem a prática da nova formulação apenasno início do ano ou de períodos letivos.

É nosso parecer.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2002.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

NILSON DIMARZIO

WANDA VIANNA DIREITO

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÖES, no Rio de Janeiro, em 14 de maio de 2002.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 27/06/2002

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RIO EDUCAÇÃO 209

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PROCESSO Nº: E-03/04.573/2002

INTERESSADO: SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

PARECER CEE Nº 631 /2002 (N)

Indica os procedimentos para aferição da validade deCertificados e Diplomas emitidos pelo Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional – IBTE, com sede em Fortaleza - Cearáe dá outras providências.

HISTÓRICO

O Exmo. Sr. Procurador do Estado, Dr. Leonardo Azeredo dos Santos,Assessor-Chefe da Assessoria Jurídica da Secretaria de Estado de Educação,em 4 de abril de 2002, enviou ao Conselho Estadual de Educação do Rio deJaneiro, pelo Processo nº E03/4573/2002 de 03/04/2002, notificação a respeitodo Ofício Circular nº 002/2002-GAB, oriundo do Conselho de Educação do Cearáquanto aos procedimentos adotados em relação ao Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional – IBTE, naquele estado e em todo território nacional.

A douta procuradoria destaca a Ementa: “considera inválidos oscertificados de conclusão do ensino fundamental e médio, emitidos pelo InstitutoBrasileiro de Tecnologia Educacional - IBTE, na modalidade de Educação deJovens e Adultos, com utilização de recursos a distância, fora do Estado doCeará “ e adita a recomendação ao CEE/RJ no sentido de “que estudem formasde validar os certificados emitidos pelo IBTE, por meio de exames adequados”,conforme solicitado pelo Conselho do Estado do Ceará.

RELATÓRIO

O Relator, ancorado nas irregularidades já apuradas por este Colegiado,expostas nos Pareceres 113/01, de 02 de agosto de 2001, 256/01, de 30 de outubrode 2001 e 257/01, também de 30 de outubro de 2001, teve o pedido de inidoneidadedo Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional - IBTE confirmado porhomologação da Secretaria de Estado de Educação, conforme publicado no D. O.do Estado do Rio de Janeiro, de 22 de novembro de 2001, nº 220 - Parte I - pág.19.

Respondendo ao Ofício N.º: E 09-07532-1920/2001, da Delegacia deProteção ao Consumidor DECON-Sul, instruído com Despacho deste Relator eoficiado pela Presidência deste Conselho, foram relatadas as questões eirregularidades apuradas tanto na instrução daqueles Pareceres quanto pelaInspeção Escolar. Indeferindo pleito do IBTE no intuito de abrir estabelecimentode ensino no Rio de Janeiro, foi amplamente debatido pelo Colegiado e aprovadopor unanimidade o Parecer Normativo 232/02 (N) de 22/01/2001, visando regularsituações similares de instituições consideradas inidôneas.

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210 RIO EDUCAÇÃO

O trabalho cooperado entre o CEE/RJ e o CEC, por seu ilustre presidenteProf. Marcondes Rosa de Sousa, culmina, com a apuração das denúnciasrecebidas do Comando da 1ª Div. de Exército do Rio de Janeiro (RJ); Secretariade Segurança Pública e Defesa da Cidade e Polícia Militar do Ceará (CE); Centrode Recrutamento e Seleção de Praças da PM do Rio de Janeiro (RJ); Deputadode Recursos Humanos da Universidade Federal de São Paulo (SP) e Secretariada Educação Básica do Ceará (CE), provocou abertura, entre outros, dosprocessos 01400839-4, 01015294-6, 01014957-0, 01255775-7 e 02088809-0.

Os respeitados Conselheiros Edgar Linhares Lima e Francisco Assis MendesGóes, indicados relatores pelo Conselho de Educação do Ceará, no voto, definem,nas 38 páginas do excelente Parecer 096/2002: “VOTO DOS RELATORES - Emface do exposto, diante da documentação apresentada e das informaçõesfornecidas pela Assessoria Técnica, chegamos às seguintes conclusões: [Verbis]

1º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE), em nenhummomento, recebeu do Conselho de Educação do Ceará a necessária autorizaçãopara abrir cursos ou realizar exames de ensino fundamental e médio fora de suasede em Fortaleza.

2º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE) recebeucredenciamento para oferecer cursos de educação de jovens e adultos, pormeio do Parecer Nº 0534/2000, da Conselheira Lindalva Pereira Carmo. [...]para ministrar os cursos de ensino fundamental e médio, na modalidade deeducação de jovens e adultos, reconhecidos por este Parecer, com validadeaté 31.12.2001.

3º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional tinha tanta consciênciados seus limites que, logo após o credenciamento, solicitou autorização pararealizar provas de avaliação em cursos de ensino fundamental e médio deEducação de Jovens e Adultos a distância em outros estados da federação. OParecer 0911/2000 assim resumiu a solicitação: [...] O IBTE... pretende agora, emface de inúmeros pedidos, estender sua atuação em outros estados da federação,utilizando os recursos de educação a distância.

4º — Em nenhum momento o citado Parecer nº 0534/2000 identifica o IBTEcomo autorizado, mesmo no Ceará, para oferecer curso de ensino a distância. Enega com muita clareza o pedido. Para a Conselheira Lindalva Pereira Carmo,com mais de um decênio de experiência na alta gestão da Secretaria de Educação,é muito clara a distinção que se fez sempre entre ensino a distância e uso dematerial modularizado como metodologia de ensino à distância [...]

Diante do Parecer nº 0911/2000, do Conselho de Educação do Ceará, ficamuito claro que o IBTE sabia que não poderia estender sua ação a outros Estadosda federação e, se o fez, agiu por sua conta e risco. São, pois, sem nenhum valoros certificados do Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE), emitidosem qualquer outro Estado da Federação.

5º — Quanto aos certificados emitidos na sua sede, em Fortaleza, esteConselho examinará todas as matrículas, com as respectivas datas, oshistóricos de vida escolar e verificará em profundidade a identidade dos

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RIO EDUCAÇÃO 211

alunos e suas residências, para que nenhuma injustiça seja cometida, a fim deapurar se houve cursos ou somente exames [...]

6º — O exame deste processo deixou claro que há muitos problemas aresolver quanto à certificação de cursos de ensino fundamental e médio namodalidade de educação de jovens e adultos. Os Relatores deste Parecerconsideram que se faz necessária uma avaliação técnica do estado atual daEducação de Jovens e Adultos no Brasil. [...] É da responsabilidade dos Conselhosde Educação aprofundar o exame do problema.

7º — Como o IBTE já teve o seu credenciamento vencido em 31/12/2001, fica a instituição desautorizada a efetivar matrícula ou realizar qualquerexame, enquanto não for concluída a avaliação de sua atuação em Fortaleza,sua única sede legal de atuação.

8º — Que sejam declarados inválidos os certificados de conclusão doensino fundamental e médio, emitidos pelo Instituto Brasileiro de TecnologiaEducacional (IBTE), na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, fora do Estadodo Ceará, independente de serem ou não utilizados recursos de ensino a distância.

9º — Deverá o Conselho dar ciência deste Parecer às instituições que oconsultaram, conforme consta deste Processo, para suas providências.

10º — Notifique-se o Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional – IBTEde que estão suspensos, desde o dia 1º de janeiro de 2002, o seu credenciamentoe o reconhecimento dos cursos de ensino fundamental e médio.

11º — O Conselho de Educação do Ceará deverá designar um de seustécnicos para supervisionar os serviços da secretaria do IBTE, até a conclusãoda avaliação de suas atividades no Ceará, até o dia 31.12.2001.

12º — Espera-se que os Conselhos de Educação estudem formas de validaros certificados emitidos por meio de exames adequados. Afinal os jovens e adultos,ao buscarem solução para seus problemas eram, supostamente, inocentes quantoà autenticidade dos exames a que se submeteram. Há que encontrar-se forma dedefesa dos consumidores contra situações desta natureza.”

Pelo Parecer 096/02 de 16/02/2002 do Egrégio Conselho de Educação doCeará, o IBTE foi proibido de continuar a oferta de cursos de Educação aDistância, sob o pressuposto credenciamento que aquele órgão jamais concedeu.Mais: são considerados inválidos todos os Certificados e Diplomas emitidos forado Estado do Ceará e colocados sub judice os documentos emitidos naquelaUnidade da Federação. A Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional deEducação - CNE, pelo Parecer 11/02 de 19/02/2002, reconsidera entendimentosanteriores e definitivamente delimita a questão.

VOTO DO RELATOR

Visto que o Parecer 096/02 de 19/02/2002, do Conselho de Educação do Estadodo Ceará, considera inválidos os Certificados e Diplomas emitidos pelo InstitutoBrasileiro de Tecnologia Educacional – IBTE fora do Estado do Ceará; sabido queapenas o Conselho de Educação do Ceará pode aferir a validade de documentos

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212 RIO EDUCAÇÃO

emitidos por aquela instituição naquele Estado; dada a incerteza da origem e daforma pela qual tais documentos possam ter sido emitidos em outros locais, VOTO:

É nosso Parecer, indicar aos interessados, que apenas o Conselho deEducação do Ceará pode aferir a validade de documentos escolares emitidos emFortaleza – CE, pelo Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional – IBTE, ondehaverá severa verificação da certificação e de domicílio do portador. A sede doConselho de Educação do Ceará é na Rua Napoleão Laureano, 500 – Fátima –CEP:60.411-170, For taleza, Ceará. Telefone (085) 272-6500. E-mail:cec.informática @ secrel.com.br.

Independentemente dos procedimentos legais cabíveis, o CEE/RJrecomenda aos portadores de documentação inválida, emitida irregularmentepelo IBTE, que procurem se valer dos Exames Supletivos promovidos pelaSecretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, ou de outras formas dispostasna Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, regularmente oferecidas eminstituições credenciadas.

O Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro não considera válido,para fim algum, Certificados ou Diplomas emitidos pelo Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional – IBTE em qualquer Unidade da Federação, tampoucoos convalidará ou validará. Quando oriundos do Estado do Ceará, acatará tão-somente aqueles que sejam autenticados e remetidos diretamente pelo ConselhoEstadual de Educação do Ceará.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Educação a Distância acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 21 de maio 2002.

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS – PRESIDENTE

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA - RELATOR

CELSO NISKIER

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O Presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, 21 de maio de 2002.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE DO CEE/RJ

AGUARDANDO HOMOLOGAÇÃO

Page 215: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 213

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/102.516/2001

INTERESSADO: COORDENADORIA REGIONAL DA REGIÃO SERRANA II

PARECER CEE Nº 766 / 2002 (N)

Responde consulta da Coordenadoria Regional da RegiãoSerrana II, relativa à obrigatoriedade de apresentação decomprovante, no ato de matrícula, para alunos maiores de 19anos, de estar em dia com suas obrigações militares,

HISTÓRICO

A Sra. Coordenadora da Coordenadoria Regional da Região Serrana II,solicita a este Colegiado orientação sobre como proceder com relação à omissãoconstatada, na Deliberação CEE nº 253/00, de exigência de apresentação, no atoda matrícula, por parte dos alunos maiores de 18 anos, de certificado decumprimento de serviço militar.

Sua consulta se justifica pelo fato de aquela Coordenadoria estar sendo instadapelo Sr. Delegado da 4ª Delegacia de Serviço Militar, 1º Tenente Lauro Moreiraazevedo, no sentido de não permitir, sem apresentação do referido documento,tendo em vista a Lei nº 4375, de 17 de agosto de 1964 ( Lei do Serviço Militar).

VOTO DO RELATOR

Tendo em vista que o silêncio da Deliberação CEE nº 253/00, quanto aoassunto em tela, se explica por já haver legislação regulamentando a matéria econsiderando o disposto na Lei do Serviço Militar, nº 4.375, de 17 de agosto de1964, em seu artigo 74, alínea “d”, que reza o seguinte:

“Art 74 — Nenhum brasileiro, entre 1º de janeiro do ano em que completar19 (dezenove) e 31 de dezembro do ano em que completar 45 ( quarenta e cinco)anos de idade, poderá, sem fazer prova de que está em dia com suas obrigaçõesmilitares:

a) obter passaporte ou prorrogação de sua validade;

b) ingressar como funcionário, empregado ou associado em instituição,empresa ou associação oficial ou oficializada ou subvencionada ou cuja existênciaou funcionamento dependa de autorização ou reconhecimento do Governo Federal,Estadual, dos Territórios ou Municipal;

c) assinar contrato com o Governo Federal, Estadual, dos Territórios ouMunicipal;

d) prestar exame ou matricular-se em qualquer estabelecimento de ensino;

Page 216: Revista Rio Educação Especial nº 8

214 RIO EDUCAÇÃO

e) obter carteira profissional, matrícula ou inscrição para o exercício dequalquer função e licença de indústria e profissão;

f) inscrever-se em concurso para provimento de cargo público;

g)exercer, a qualquer título, sem distinção de categoria ou forma depagamento, qualquer função ou cargo público.

* respondo à consulta da Coordenadora regional da região Serrana II,afirmando que o dispositivo legal suparcitado deve prevalecer.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 28 de maio de 2002.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA– PRESIDENTE

NILSON DIMÁRZIO – RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANTONIO JOSÉ ZAIB

CELSO NISKIER “AD HOC”

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS “AD HOC”

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 09 de julho de 2002.

NILCÉA FREIRE

PRESIDENTE INTERINA DO CEE/RJ

Publicado em 17/06/2003

Page 217: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 215

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/102.593/2001

INTERESSADO: JUSSARA DE OLIVEIRA SANTOS,POR RAQUEL HOFFMANN MONTEIRO

PARECER CEE Nº 859 / 2002 (N)

Regulariza a vida escolar de Raquel Hoffmann Monteiro, noColégio da Companhia de Maria, e dá outras providências.

HISTÓRICO

Irmã Jussara de Oliveira Santos, Diretora e Representante Legal do Colégio daCompanhia de Maria, situado na Av. Engenheiro Richard, 107, Grajaú, Rio de Janeiro,requer a este Conselho solução para o caso da aluna Raquel Hoffmann Monteiro.

No ano de 2000, a referida aluna matriculou-se naquele estabelecimentode ensino, na 7ª série, trazendo como documentos comprobatórios de suaconclusão na 6ª série, em 1999, uma Declaração e o Boletim Escolar do ColégioVeiga de Almeida – Lins. Trouxe, também, o Histórico Escolar expedido pelasEscolas Montessorianas Integradas, que comprova ter a aluna cursado, comaprovação, da CA até a 5ª série.

Atendendo ao que determina o Regimento Escolar da Instituição, a alunafoi submetida a provas rotineiras de avaliação para que fosse verificada apossibilidade de adaptar-se ao currículo do Colégio da Companhia de Maria. Comoobteve bons resultados, foi a aluna matriculada na 7ª série, enquanto aguardavao Histórico Escolar do Colégio Veiga de Almeida – Lins.

Ocorre que o Colégio Veiga de Almeida – Lins encerrou suas atividades eteve recolhidos seus arquivos pela Secretaria de Educação do Estado.

Em janeiro de 2001, os responsáveis pela aluna encaminharam ofício àCOIE/SEE, solicitando o histórico escolar da aluna.

Para não prejudicar a vida escolar de Raquel Hoffmann Monteiro, o Colégioda Companhia de Maria matriculou-a na 8ª série, em face dos resultados obtidosna 7ª série.

Em setembro de 2001, a COIE/SEE solicitou novas cópias dos documentosda aluna ao Colégio da Companhia de Maria.

Após atender ao que foi solicitado por aquele órgão, foi o responsável pelaaluna informado de que o Colégio da Companhia de Maria poderia resolver oproblema da aluna, atendendo ao que determina o art. 24, alínea “c”da Lei Federal9394/96 e às Deliberações CEE nºs 223/97 e 225/98. O responsável fez adeclaração, determinada por essa legislação e solicitada pela Direção do Colégioquanto à impossibilidade de comprovar a vida escolar da aluna.

Page 218: Revista Rio Educação Especial nº 8

216 RIO EDUCAÇÃO

Como o responsável deseja transferir a aluna para outra Unidade Escolar,para cursar o Ensino Médio, o Colégio da Companhia de Maria solicita orientaçõespara preenchimento do histórico escolar da aluna em questão e, também, avalidação do Ensino Fundamental de Raquel Hoffmann Monteiro.

VOTO DO RELATOR

As orientações quanto à regularização de vida escolar pretendida peloColégio da Companhia de Maria, bem como quanto aos registros relativos aoEnsino Fundamental no histórico escolar de Raquel Hoffmann Monteiro, poderiam,perfeitamente, ter sido dadas no âmbito da própria Instituição de Ensino.

Acertou o Colégio da Companhia de Maria quando não reconheceu, comodocumentos hábeis para a transferência, a declaração e o boletim escolarexpedidos pelo Colégio Veiga de Almeida – Lins. No entanto, poderia terregularizado a situação de Raquel Hoffmann Monteiro amparado pela DeliberaçãoCEE nº 253/2000, art. 15 § 3º, abaixo transcrito:

“Caso se apure irregularidade na documentação de aluno transferido, apósconcretizada a matrícula na instituição de ensino, e não se apurando má-fé doestudante ou de seu responsável, cabe à nova escola o ônus da regularização davida escolar em questão, o que consistirá sempre de processo de avaliação doaluno, seguido de reclassificação, para fins de regularização, sendo obrigatórioso registro e a comunicação ao órgão próprio do sistema”.

O Colégio da Companhia de Maria já submeteu a aluna à avaliação dasdisciplinas da base nacional comum (conteúdos da 6ª série) e registrou, em ata,os resultados favoráveis obtidos, o que corresponde a uma reclassificação daaluna para a 7ª série. As atas de reclassificação, processo previsto no RegimentoEscolar do Colégio, em todos os componentes curriculares da 6ª série, da basenacional comum, deverão ser arquivadas na pasta da aluna.

Os resultados da reclassificação, depois de lançados em ata, devem serregistrados na ficha individual e no histórico escolar da aluna, na parte deObservações. A coluna relativa à 6ª série do histórico escolar não deverá registrarresultados, mas, apenas, remeter para as Observações.

Os resultados obtidos até a 5ª série e os da 7ª e 8ª séries devem serlançados, normalmente, no histórico escolar.

Considero respondida a consulta feita pelo Colégio Companhia de Maria ea orientação consignada neste Parecer poderá servir a outros estabelecimentosde ensino em casos semelhantes.

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RIO EDUCAÇÃO 217

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 16 de julho de 2002.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA - PRESIDENTE

AYRTON DE ALMEIDA - RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANTONIO JOSÉ ZAIB

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

JORGE LUIZ DOS SANTOS MAGALHÃES

ROBSON TERRA SILVA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 06 de agosto de 2002.

NILCÉA FREIRE

PRESIDENTE

Publicado em 02/09/2002

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218 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

OFÍCIO N.º 362 / 1997

INTERESSADO: CRRM - SERRANA

PARECER CEE N° 860 / 2002 (N)

Responde a consulta da Coordenadoria Regional da Região Serrana sobrecontrato de licenciamento, para uso de marca, serviços e outras avenças porescolas.

HISTÓRICO

José Augusto Siqueira - matrícula 0.151.630-1, Coordenador de InspeçãoEscolar da CRRM da Região Serrana, solicita à COIE, em 6 de novembro de1997, esclarecimentos a respeito do funcionamento regular da instituiçãodenominada PROCREO. Fornece como elementos para análise: a) Contrato deLicença de Uso de Marca e Prestação de Serviços com o Curso Objetivo; b)Proposta de Alteração Contratual de uma Sociedade por Quotas deResponsabilidade Limitada denominada Crescer - Educadores Associados Ltda.Justifica sua preocupação e pedido de informações e orientação a respeito doassunto, tendo em vista a regularidade da situação da Mantenedora e indaga sehá necessidade de regularização da vida escolar do alunado.

A Coordenadora da Coordenadoria de Inspeção Escolar, Sra. Maria BeatrizAbicalil Couto - matrícula 111. 375-2, em despacho de 30 de março de 1998,remete os autos ao Conselho Estadual de Educação, solicitando orientação sobrea possibilidade de ser firmado “Contrato de Licença de Uso de Marca, Prestaçãode Serviço e Outras Avenças” entre empresas diversas e estabelecimentos deensino, nos termos do documento acostado ao ofício, a fim de atender a solicitaçãocontida na inicial.

INSTRUÇÃO PROCESSUAL

TRÂMITE DOS AUTOS

A COIE reitera que os esclarecimentos são necessários, a fim de orientar aCoordenadoria Regional da Região Serrana I quanto àqueles e demaisquestionamentos contidos na inicial. Em seguida, registra a situação legal doestabelecimento de ensino em tela:

— PROCREO - Colégio Técnico atual PROCREO Centro Educacional(Ofício nº 576 E/COIE-E/97). Rua José Antonio Alves nº 50-Nova Friburgo.

— Autorização - Portaria nº 5.325/CDCR/95, com 1º Grau (5ª a 8ª série) e2º Grau Formação Geral e Técnico em Processamento de Dados.

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RIO EDUCAÇÃO 219

— Entidade mantenedora cadastrada (Ofício nº 194/CDCR/95)PROCREO- Centro de Estudos, Assessoria, Empreendimentos, Eventos eComércio Ltda.-ME.

Entre 1998 e 2000, diversas exigências foram feitas pela Comissão deLegislação e Normas do CEE/RJ. Em grande parte e na medida do possível,atendidas pela COIE e pela Coordenadoria Serrana. Ao ensejo, fatos novos eramtambém aditados ao processo. No que concerne ao Conselho Estadual deEducação, em 15 de agosto de 2000, às fls.09, encontra-se a análise (não épossível identificar o autor) encaminhada ao Sr. Presidente (não é possívelidentificar de que), onde se lê:

“O presente processo foi encaminhado a este Conselho pela E/COIE.E‘solicitando orientação sobre a possibilidade de ser firmado Contrato de Licençade Uso de Marca, Prestação de Serviços e Outras Avenças, nos termos dedocumento constante do presente ofício, entre empresas diversas eestabelecimentos de ensino, a fim de atender à solicitação contida na inicial. ‘Estão anexados ao processo, entre outros, os seguintes documentos:

“- Documento X - Contrato de Licença de Uso de Marca, Prestação deServiços e Outras Avenças, firmado em 10/11/1994, entre DiGenio e Patti S/CLtda. - Curso Objetivo (Licenciante) e PROCREO - Centro de Estudos, Assessoria,Empreendimentos, Eventos e Comércio Ltda. (Licenciada) com validade de 1º/11/94 a 31/01/96, e

“- Documento XII - Instrumento Particular de Prestação de Serviços, firmadoem 10/03/98, entre PROCREO -Centro de Estudos, Assessoria, Empreendimentos,Eventos e Comércio Ltda. (1º Contratante) e CRESCER Educadores AssociadosLtda. (2º Contratante), com prazo de 12 meses, renováveis.

“Considerando as datas de assinatura dos referidos contratos e seus prazosde validade, sugerimos, s.m.j., o encaminhamento à Coordenadoria RegionalSerrana II para que a Inspeção Escolar informe a situação de funcionamento doPROCREO Centro Educacional e solicite à Direção do mesmo a anexação dosnovos contratos ou dos termos de prorrogação dos prazos de validade até apresente data.”

A análise foi convertida em despacho pelo Sr. Presidente (?), pelo “DeAcordo” aposto em 29 de agosto de 2000. O processo regressou ao Conselho em29/01/2001, vista a chancela do Protocolo e remetido à CEB em 06/02/2001. Aassessoria da CEB instruiu o processo em abril, ficando conclusa a análise em 03de maio de 2002.

ELEMENTOS AFERIDOS NA INSTRUÇÃO

A Coordenadoria de Inspeção Escolar encaminhou consulta a esteColegiado, referente à possibilidade de ser firmado contrato de licença de uso demarca. Analisando a matéria, o processo foi devolvido à Coordenadoria RegionalSerrana I para verificação da situação de funcionamento do PROCREO e anexaçãode novos contratos ou dos termos de prorrogação dos prazos de validade.

Page 222: Revista Rio Educação Especial nº 8

220 RIO EDUCAÇÃO

Cumpridas as exigências, o processo retornou a este Colegiado, trazendocomo anexo o de nº E03/10.500.579/98, que comunica a mudança de endereçoda filial PROCREO da Av. Alberto Braune, 03, Centro, Friburgo, para a Rua Gal.Osório 345, Centro, Friburgo com parecer favorável da Inspeção. Um novoexame do processo mostra:

— o documento XII, citado pela assessoria da CLN, perdeu a validade diantedo documento nº L, que trata da rescisão do referido contrato;

— quanto ao documento X, referente a Contrato de Licença de Uso de Marca,Prestação de Serviços e outras Avenças, tem-se o registro de X, fls. 01, LIS (riscado),como início de cópia onde se lê, na cláusula IX, grifada, que o contrato “seráprorrogado automaticamente por períodos sucessivos de 12(doze) meses, salvose, até 180(cento e oitenta) dias do término final de cada período, qualquer daspartes manifestar, por escrito, contrariamente a prorrogação”(fls.7-antiga LVII).

DO PROCESSO, CONSTAM AINDA, ENTRE OUTROS:

— Instrumento particular de constituição de Sociedade Mercantil por Quotasde Responsabilidade Ltda., datado de 1º de março de 1993 - e respectivasalterações, aparecendo na 3ª e 4ª alterações inserção de filial, com CGC próprio.

— Instrumento particular de Serviços, digo, de Prestação de Serviços aoCRESCER EDUCADORES ASSOCIADOS, que, com a apresentação dodocumento acima referido, já está prescrito.

— Portaria 5.325 – CDCR, de 18/04/95 - referente à preservação deRegimento Interno do PROCREO - Colégio Técnico e de seus planos, bem comode funcionamento da instituição com Ensino de 1º Grau (5ª a 8ª série), de 2ºGrau, com Formação Geral e Técnico em Processamento de Dados.

— Ofício 194 (CDCR) 95 - deferindo a Organização Administrativa doestabelecimento (Entidade Mantenedora e Corpo Administrativo).

— Ofício 143 (CDCR) 96 - c/ investidura de novo corpo administrativo.

— Ofício 576 E/COIE-E/97-alteração de denominação do colégio paraPROCREO - Centro Educacional.

RELATÓRIO

FORMULAÇÃO DE ENTIDADES MANTENEDORAS

Em nenhum documento encontramos, nos autos, qualquer indício deirregularidade na formulação e operação da Sociedade mantenedora da escolaPROCREO. E não encontramos qualquer interferência na oferta e qualidade doensino ministrado pela instituição.

Com o advento do enquadramento tributário diferenciado paraestabelecimentos de Educação Infantil e Ensino Fundamental, teve início

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RIO EDUCAÇÃO 221

significativo número de instituições que, em nome do enfrentamento da criseeconômica e da elevada carga tributária brasileira, decidiu migrar para o sistemasimplificado. Ao lado, o Ensino Médio, mantido pela iniciativa privada, semdesoneração formal da carga tributária, perpetrou diversas medidas judiciais, cujasliminares e mandados de segurança, mesmo vitoriosos, como no caso do Estadodo Rio de Janeiro, seguirão ainda a longa corrida de obstáculos imposta pelacarcomida estrutura do Judiciário brasileiro.

No topo, as escolas viram surgir importantes necessidades deinvestimento em instalações e tecnologia, compondo um elenco de necessidadesimprevisível há meia década. Aqui também se situa a nova Educação Profissionalem Nível Técnico, onde o Conselho Estadual de Educação vem sendoespecialmente rigoroso na exigência de uma intervenção pedagógica aliada arecursos materiais amplos, diversificados e atualizados tecnologicamente.

É legítimo a dada pessoa jurídica constituir uma instituição educacional deDireito Privado, no exercício da liberdade constitucional de promover o ensino, apesquisa ou a educação. Quando se constitui, com base nos fundamentos dalivre iniciativa, também subscreve toda regência legal. Especialmente eanteriormente aquela de se submeter à “autorização e avaliação da qualidadepelo Poder Público.” [ Constituição Federal, artigo 209 – inciso II ].

Mesmo em breve tempo atrás, quando a Constituição Federal de 1988 foipromulgada, as Entidades Mantenedoras de estabelecimentos de ensino, ainda,intensivamente se constituíam tal como na forma do Império. Fossem semfinalidades lucrativas (filantrópicas ou não), caso dominante no ensino superior,ou por cotas de responsabilidade limitada, prevalente na educação básica. Hojepodem ser aceitas diversas formas amparadas por ampla legislação, inclusive aSociedade Anônima.

A atual regência vem na Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - queinstitui o novo Código Civil Brasileiro – encontra-se no Livro II – Do Direito deEmpresa (artigos 966 a 1195) a nova ordem institucional. Nela, figuras como fusão,cisão, incorporação, consórcio, participação em grupo ou cooperativa estãoabrigadas, consoante a realidade imposta pela nova economia. Quanto aoexercício empresarial, para correta inscrição legal, exige a lei: Qualificação, Firma,Capital, Objeto e Sede da Empresa [artigo 968, incisos I,II,III e IV].

Portanto, atendidas estas e as concernentes condições do Código e daLDB, respeitada a liberdade constitucional, de ordem federal e estadual, é livre acriação de entidades mantenedoras de ensino. Quanto aos procedimentos degestão que não interferem na qualidade nem em questões de ordem ética, não hárazão além da exigência de qualidade no ensino, da interferência do Poder Público.

A QUESTÃO DO USO DE FRANQUIAS E MARCAS

A autorização é um ato discricionário personalíssimo. E a autorização defuncionamento de um estabelecimento de ensino é ato administrativo intuiti personae.Assim, os atos são para determinada pessoa jurídica, constituída como figura jurídicade direito privado, sob qualquer forma de sociedade legalmente permitida.

Page 224: Revista Rio Educação Especial nº 8

222 RIO EDUCAÇÃO

No entanto, sob nenhuma forma, a autorização se confunde com o principioda concessão. Autorização é ato personalíssimo outorgado a quem pediu eatendeu a legislação pertinente. Concessão é ato inverso, onde o Poder Públicose reserva o direito de tirar, por justa razão, o que concedeu e outorgar a outrem,sob dadas condições.

Regulando a matéria, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –LBD determina que “os Estados incumbir-se-ão de autorizar, reconhecer,credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente os cursos das instituiçõesde educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino”. [ LeiFederal N.º 9.394/96, artigo 10 – inciso IV ].

Remetida ao seio do Estado do Rio de Janeiro, encontramos, resguardadoo direito da iniciativa privada, a competência administrativa: “autorização eavaliação de qualidade pelo Poder Público, segundo normas dos Conselhos Federale Estadual de Educação.” [ Constituição Estadual, artigo 312 – inciso II ].

Não existindo interferência externa na proposta educacional doestabelecimento autorizado a funcionar por ato do Poder Publico; não existindomanifesta intenção de lesar o usuário, com oferta de serviços ou vantagensduvidosas; não havendo lesão à qualidade dos serviços e a legislação educacionaldo estado ou da nação, o Direito não considera ilícito que dada escola utilize, soblicença, a marca franqueada de seu melhor interesse.

Especialmente em campos competitivos, como no setor de serviços deensino, a tendência a parcerias, convênios e franquias se apresenta nos dias dehoje como irreversível. Certamente, no futuro próximo, a autoridade educacionalvirá a ser chamada a regular a matéria. Já inserida e vivenciada a cultura dessanova intervenção da nova economia na educação. Em nenhum momento, aInspeção Escolar indicou qualquer tipo de irregularidade no funcionamento daescola.

VOTO DO RELATOR

Considerando o cumprimento do disposto na legislação geral e, emparticular, no novo Código Civil; vista a íntegra das disposições emanadas da Leide Diretrizes e Bases da Educação Nacional; consoante as normas exaradas poreste Conselho Estadual de Educação, VOTO:

Do que foi trazido à análise, o Conselho Estadual de Educação não considerairregular o uso de marca franqueada por estabelecimento de ensino. Não existequalquer ilícito quando dada escola utiliza, sob licença, a marca franqueada deseu melhor interesse, quando não há lesão à qualidade dos serviços e à legislaçãoeducacional do estado ou da nação,

Cabe ressalvar que a autoridade educacional deve estar atenta a que talcontrato não interfira na proposta educacional do estabelecimento, nem transpiremanifesta intenção de lesar o usuário com oferta de serviços ou vantagensduvidosas.

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RIO EDUCAÇÃO 223

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de janeiro, 25 de junho de 2002.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

AYRTON DE ALMEIDA

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

ROBSON TERRA SILVA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 06 de agosto de 2002.

NILCÉA FREIRE

PRESIDENTE

Publicado em 02/09/2002

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224 RIO EDUCAÇÃO

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

OFÍCIO ALERJ - SMRI N.º 533/2002

INTERESSADO: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVADO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PARECER CEE Nº 861 /2002 (N)

Responde a pedido de informações encaminhado pelaAssembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, cria oCadastro de Instituições de Educação a DistânciaCredenciadas no Estado do Rio de Janeiro e dá entendimentosobre o artigo 32 da Lei 9.394/96.

HISTÓRICO

1.0 - Instrução ProcessualO Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro –

ALERJ, Exmo. Sr. Deputado Sergio Cabral, pelo Ofício n.º 533/2002, de 21de março de 2002, encaminha, nos termos do artigo 101 da ConstituiçãoEstadual, o Requerimento de Informações da ilustre Deputada CidinhaCampos, que solicita informações sobre o reconhecimento do Ensino aDistância no Estado.

Autuado no Gabinete da Sra. Secretária de Estado de Educação em 26/03/2002, teve circulação interna na SEE/RJ, seguindo em 27/03 à SubsecretariaAdjunta de Desenvolvimento de Ensino, sendo autuado em 02/04 e remetido namesma data E/SUEN. Foi repassado à CDJA em 04/04 e na mesma datadespachado pela Coordenação – indicando como órgão próprio para esclarecer amatéria o Conselho Estadual de Educação.

Retornou à E/SUEN em 18/04 e foi devolvido à Subsecretaria Adjuntade Desenvolvimento de Ensino, que registrou regresso em 07/05/02. Em 10/05, o Sr. Subsecretário ordenou remessa ao CEE/RJ e, em 31/05, a Chefiade Gabinete processou a remessa, solicitando máxima urgência, posto jáexistir naquela Subsecretaria novo ofício da ALERJ – n.º 36/2002, onde oPresidente do Legislativo estadual reitera o pedido formalizado em 21/03, asaber 71 dias antes.

O Ofício SMRI n.º 533/2002 foi autuado no Protocolo do CEE/RJ em 05/06e remetido pela Secretaria Geral à Comissão de Educação a Distância - EAD em18/06. A primeira reunião da Comissão, após aquela data, ocorreu em 25/06. Oexpediente foi distribuído naquela oportunidade ao Relator. Vista a urgência sobrea matéria, o relatório concluso estava disponível em 02/07, não sendo relatadopor força do ponto facultativo estadual. Foi submetido à apreciação da Comissãodia 09/07/02.

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RIO EDUCAÇÃO 225

1.1 – Objeto do Ofício 532/2002 e justificativa aditadaA ilustre parlamentar, autora do pedido, solicita ao Sr. Secretário de Estado

de Educação, informar quais as Instituições de Ensino a distância consideradasinidôneas (no Estado do Rio de Janeiro). Pede também a razão de assim seremconsideradas pelo Conselho de Educação do Estado. O pedido de informaçãotorna-se genérico, quando respeitada a ementa: “Solicita informações sobre oreconhecimento do Ensino a Distância no Estado.” [verbis].

Na justificativa encaminhada à Mesa diretora da Assembléia Legislativa doEstado do Rio de Janeiro, a nobre Deputada lembra com propriedade: “que oensino a distância [é] um método que interessa a milhares de alunos e a um[grande] número de empresários de ensino” (inferências do Relator). Complementaa justificativa, destacando que a finalidade do pedido de informações vem da suaciência sobre dado problema “que aflige, segundo informações, um númeroaproximado de quatro mil alunos, sendo em torno de dois mil com conclusãocertificada.” [verbis].

2.2 – Elementos de Ordem NormativaA Educação a Distância no Brasil está subordinada ao disposto no artigo

80 da Lei Federal N.º 9.394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB. O Decreto Federal 2.494, de 10/02/1998, regula a matéria em âmbitonacional. O princípio federativo constitucional remete aos Estados a normatizaçãosobre credenciamento de instituições e autorização de cursos específicos.

No âmbito do Estado do Rio de Janeiro, o Conselho Estadual de Educaçãoaprovou e editou em 27/10/98 a Deliberação n.º 232/98, homologada pela Titular daSEE em 24/11/98 e publicada no DOE em 30/11/98 pp.10, regulando a matéria.Aquele dispositivo, no entanto, não era bastante para limitar no Estado do Rio deJaneiro a ação de instituição oriunda de outra Unidade da Federação. Vinham soba chancela de autorizações nem sempre consoantes com o disposto neste Estado.

Com o quadro de crescimento da oferta de cursos a distância; vista achegada ao Estado do Rio de Janeiro de instituições de outros Estados, muitasvezes sem comprovar a alegada autorização; considerando a necessidade deampliar as cautelas e rigores da norma de 1998, foi editada e aprovada peloConselho Estadual de Educação a Deliberação 275/01, em anexo.

Por decorrência de demanda, a Educação de Jovens e Adultos, que abrigaos antigos cursos supletivos, é aquela que possui maior número de autorizaçõesem todo o país. No entanto, já cresce sensivelmente o credenciamento deinstituições voltadas para cursos de formação profissional, visando, pela educaçãoa distância, levar às indústrias, aos canteiros de obras ou mesmo diretamente aocidadão a melhoria de posição no mercado de trabalho.

1.3 – Idoneidade e inidoneidade – Regularidade e irregularidade

O Conselho Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro – CEE/RJtem suas atribuições definidas na Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Título

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226 RIO EDUCAÇÃO

VIII - Da Ordem Social. Capítulo III - Da Educação, da Cultura e do Desporto.Seção I – Da Educação, que dispõe:

Art. 319 — O Conselho Estadual de Educação, incumbido de normatizar,orientar e acompanhar o ensino das redes pública e privada, com atribuições ecomposição atribuídas em lei, terá seus membros indicados pelo Governador doEstado entre pessoas de comprovado saber, com representantes das entidadesmantenedoras de ensino, dos trabalhadores do ensino, e dos usuários.

Parágrafo Único — A composição da metade do Conselho a que se refereeste artigo, terá a indicação do seus membros referendada pela AssembléiaLegislativa. [grifos do Relator].

Por força constitucional, os limites do CEE/RJ ao normatizar, orientar eacompanhar as ações educacionais na rede pública e na rede privada está naaferição da regularidade ou irregularidade de funcionamento de instituições deensino ou das práticas exercidas por elas. No que diz respeito a especificidadedas funções atribuídas ao Conselho Estadual de Educação e às atribuições deseus membros, define a Lei Estadual n.º 3.155, de 29 de dezembro de 1998:

Art 1º — O Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro é um órgãoda Secretaria Estadual de Educação, com atribuições em matéria doutrinárianormativa, de planejamento setorial ligado a assuntos educacionais, observada acompetência que lhe confere a legislação do ensino do Estado e do País.

Art 2º — O Conselho Estadual de Educação tem por finalidade básica zelarpara que se cumpram no âmbito estadual as leis do ensino, a assegurar a açãoeducativa ao nível de sua competência e de desenvolvimento e planejamentocoordenado e integrado em função dos objetivos e resultados, prévia eperiodicamente previstos em termos de custos, tempo, quantidade e qualidade.

§ 1º — A atuação do CONSELHO será desenvolvida em estreita articulaçãocom os demais órgãos estaduais de educação.

§ 2º — A função do planejamento consistirá na apreciação e aprovação dosplanos que lhe forem submetidos pela Secretaria do Estado de Educação.

Art 5º — As funções de Conselheiro serão consideradas de relevanteinteresse público, tendo o seu exercício prioridade sobres os de quaisquer outras,assegurando-se-lhes os direitos e vantagens de qualquer cargo público exercidocumulativamente, não se computando em relação a este, as ausênciasdeterminadas pelo comparecimento as sessões do CONSELHO ou participaçãoem diligências ou sessões de Câmaras ou Comissões. [grifos do Relator].

Confirma-se na Lei o sentido imposto pela norma constitucional. O limitedas ações do órgão, ou até mesmo de diligências com a participação dos seusmembros está no caráter normatizador, doutrinário e planificador das açõeseducacionais no Estado. A inidoneidade de uma instituição pode ser recomendadapelo Conselho à Secretaria de Estado de Educação, para devida aferição de méritoe encaminhamento ao titular do Poder Executivo. É ato discricionário próprio doGoverno do Estado, que pode ser exarado após a competente apuração econsubstanciamento jurídico.

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RIO EDUCAÇÃO 227

Não consta dos anais do Conselho qualquer decretação de inidoneidadede instituição educacional no Estado do Rio de Janeiro. Os registros acusam, porforça de inúmeras e severas irregularidades cometidas pelo Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional – IBTE, a recente indicação de inidoneidade requeridaquando da aprovação do Parecer n.º 257/2001, em 30/10/2001, homologado em14/11/2001 e publicado no DOE de 22/11/2001 pp.19.

Certamente o Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional – IBTE, comsede no Ceará, que foi proibido de atuar no Estado do Rio de Janeiro pelo Parecernº113/2001 é a razão de ser da apuração encetada pela Sra. Deputada CidinhaCampos. O IBTE também teve seu recurso indeferido pelo Parecer 256/2001,que demonstra graves irregularidades cometidas e foi proibido de funcionar nesteEstado, novamente, pelo Parecer nº 257/2001,. Mais recentemente, o Parecer nº232/2002 (N) deixou claro o desconhecimento no Estado do Rio de Janeiro dosatos praticados como se no Ceará fossem.

2.0 - Relatório InformativoO Exmo. Sr. Procurador do Estado, Dr. Leonardo Azeredo dos Santos,

Assessor-Chefe da Assessoria Jurídica da Secretaria de Estado de Educação,em 4 de abril de 2002, enviou ao Conselho Estadual de Educação do Rio deJaneiro, pelo Processo nº E03/4573/2002, de 03/04/2002, notificação a respeitodo Ofício Circular nº 002/2002-GAB, oriundo do Conselho de Educação do Cearáquanto aos procedimentos adotados em relação ao Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional – IBTE, naquele Estado e em todo o território nacional.

O Relator, ancorado nas irregularidades já apuradas por este Colegiado,expostas nos Pareceres nº 113/01, de 02 de agosto de 2001, 256/01, de 30 deoutubro de 2001, e 257/01, também de 30 de outubro de 2001 – encaminhou opedido de inidoneidade do Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional – IBTEà Secretaria de Estado de Educação. O Parecer foi homologado e publicado noDOE de 22 de novembro de 2001, nº 220 - Parte I - pág.19.

Respondendo ao Ofício N.º: E 09-07532-1920/2001 da Delegacia deProteção ao Consumidor DECON-Sul, instruído com Despacho deste Relator eoficiado pela Presidência deste Conselho, foram relatadas as questões eirregularidades apuradas tanto na instrução daqueles Pareceres quanto pelaInspeção Escolar. Indeferindo pleito do IBTE no intuito de abrir estabelecimentode ensino no Rio de Janeiro, foi amplamente debatido pelo Colegiado e aprovadopor unanimidade o Parecer Normativo 232/02 (N), de 22/01/2001, visando regularsituações similares de instituições consideradas inidôneas.

O trabalho cooperado entre o CEE/RJ e o CEC culmina com a apuraçãodas denúncias recebidas do Comando da 1ª Div. de Exército do R. Janeiro (RJ);Secretaria de Seg. Pública e Defesa da Cid. e Polícia Militar do Ceará (CE); Centrode Rec. e Sel. de Praças da PM R. Janeiro (RJ); Dep. Rec. Humanos da USP(SP) e Secretaria da Educação Básica do Ceará (CE), provocou abertura, entreoutros, dos processos 01400839-4, 01015294-6, 01014957-0, 01255775-7 e02088809-0. Os respeitados Conselheiros Edgar Linhares Lima e Francisco Assis

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228 RIO EDUCAÇÃO

Mendes Góes, indicados relatores pelo Conselho de Educação do Ceará, definem,nas 38 páginas do Parecer CEC n.º 096/2002:

VOTO DOS RELATORES - Em face do exposto, diante da documentaçãoapresentada e das informações fornecidas pela Assessoria Técnica, chegamosàs seguintes conclusões: [Verbis]

1º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE), em nenhummomento, recebeu do Conselho de Educação do Ceará a necessária autorizaçãopara abrir cursos ou realizar exames de ensino fundamental e médio fora de suasede em Fortaleza.

2º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE) recebeucredenciamento para oferecer cursos de educação de jovens e adultos, por meiodo Parecer nº 0534/2000, da Conselheira Lindalva Pereira Carmo. [...] para ministraros cursos de ensino fundamental e médio, na modalidade de educação de jovense adultos, reconhecidos por este Parecer, com validade até 31.12.2001.

3º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional tinha tanta consciênciados seus limites que, logo após o credenciamento, solicitou autorização pararealizar provas de avaliação em cursos de ensino fundamental e médio deEducação de Jovens e Adultos a distância em outros estados da federação. OParecer 0911/2000 assim resumiu a solicitação: [...] O IBTE... pretende agora, emface de inúmeros pedidos, estender sua atuação em outros estados da federação,utilizando os recursos de educação a distância.

4º — Em nenhum momento o citado Parecer nº 0534/2000 identifica o IBTEcomo autorizado, mesmo no Ceará, para oferecer curso de ensino a distância. Enega com muita clareza o pedido. Para a Conselheira Lindalva Pereira Carmo,com mais de um decênio de experiência na alta gestão da Secretaria de Educação,é muito clara a distinção que se fez sempre entre ensino a distância e uso dematerial modularizado como metodologia de ensino à distância [...]

Diante do Parecer nº 0911/2000, do Conselho de Educação do Ceará, ficamuito claro que o IBTE sabia que não poderia estender sua ação a outros Estadosda federação e, se o fez, agiu por sua conta e risco. São, pois, sem nenhum valoros certificados do Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE), emitidosem qualquer outro Estado da Federação.

5º — Quanto aos certificados emitidos na sua sede, em Fortaleza, esteConselho examinará todas as matrículas, com as respectivas datas, os históricosde vida escolar e verificará em profundidade a identidade dos alunos e suasresidências, para que nenhuma injustiça seja cometida, a fim de apurar se houvecursos ou somente exames [...]

6º — O exame deste processo deixou claro que há muitos problemas aresolver quanto à certificação de cursos de ensino fundamental e médio namodalidade de educação de jovens e adultos. Os Relatores deste Parecer

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RIO EDUCAÇÃO 229

consideram que se faz necessária uma avaliação técnica do estado atual daEducação de Jovens e Adultos no Brasil. [...] É da responsabilidade dos Conselhosde Educação aprofundar o exame do problema.

7º — Como o IBTE já teve o seu credenciamento vencido em 31/12/2001,fica a instituição desautorizada a efetivar matrícula ou realizar qualquer exame,enquanto não for concluída a avaliação de sua atuação em Fortaleza, sua únicasede legal de atuação.

8º — Que sejam declarados inválidos os certificados de conclusão doensino fundamental e médio, emitidos pelo Instituto Brasileiro de TecnologiaEducacional (IBTE), na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, fora doEstado do Ceará, independente de serem ou não utilizados recursos de ensino adistância.

9º — Deverá o Conselho dar ciência deste Parecer às instituições que oconsultaram, conforme consta deste Processo, para suas providências.

10º — Notifique-se o Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional – IBTEde que estão suspensos, desde o dia 1º de janeiro de 2002, o seu credenciamentoe o reconhecimento dos cursos de ensino fundamental e médio.

11º — O Conselho de Educação do Ceará deverá designar um de seustécnicos para supervisionar os serviços da secretaria do IBTE, até a conclusãoda avaliação de suas atividades no Ceará, até o dia 31.12.2001.

12º — Espera-se que os Conselhos de Educação estudem formas de validaros certificados emitidos por meio de exames adequados. Afinal os jovens e adultos,ao buscarem solução para seus problemas eram, supostamente, inocentes quantoà autenticidade dos exames a que se submeteram. Há que encontrar-se forma dedefesa dos consumidores contra situações desta natureza.”

Pelo Parecer 096/02, de 16/02/2002, do Egrégio Conselho de Educação doCeará, o IBTE foi proibido de continuar a oferta de cursos de Educação aDistância, sob o pressuposto credenciamento que aquele órgão jamais concedeu.Mais: são considerados inválidos todos os Certificados e Diplomas emitidos forado Estado do Ceará e colocados sub judice os documentos emitidos naquelaUnidade da Federação. A Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional deEducação - CNE, pelo Parecer 11/02 de 19/02/2002, reconsidera entendimentosanteriores e definitivamente delimita a questão.

Em matéria conclusa, o CEE/RJ entendeu indicar aos interessados, queapenas o Conselho de Educação do Ceará pode aferir a validade de documentosescolares emitidos em Fortaleza – CE, pelo Instituto Brasileiro de TecnologiaEducacional – IBTE, onde haverá severa verificação da certificação e de domicíliodo portador. A sede do Conselho de Educação do Ceará é na Rua NapoleãoLaureano, 500 – Fátima – CEP:60.411-170. Fortaleza. Ceará. Telefone (085) 272-6500.

O Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro não considera válido,para fim algum, Certificados ou Diplomas emitidos pelo Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional em qualquer Unidade da Federação, nem tampouco os

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230 RIO EDUCAÇÃO

convalidará ou validará. Quando oriundos do Estado do Ceará, acatará tão-somente aqueles que sejam chancelados e remetidos diretamente pelo CEC.

3.0 - Proposições da Comissão de Educação a DistânciaA matéria encetou na Comissão de Educação a Distância decisão sobre

duas questões basais.

A primeira, que diz respeito ao princípio da publicidade e universalidadedos atos do Conselho Estadual de Educação, estabelece que, tal como previstono parágrafo único do artigo 16 da Deliberação CEE/RJ N.º 275/02 conste no sítiodeste Colegiado ligado à Internet do Cadastro de Instituições de Educação aDistância Credenciadas no Estado do Rio de Janeiro, fazendo constar:

— Denominação escolar de cada instituição credenciada, acompanhadado número e data do ato, do nome da entidade mantenedora e seus endereços:físico e eletrônico. Relação de cursos autorizados para cada instituiçãocredenciada, acompanhados do número e data do ato autorizativo.

A segunda, no que concerne à necessária cautela, quando a populaçãomais jovem e abrigada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, se socorre dametodologia. Pode ocorrer que deparem, de forma indefesa, com instituições quemesmo autorizadas driblem no Ensino Fundamental a boa norma, enquanto nãoidentificadas e penalizadas. Considerando que o parágrafo 4.º do artigo 32 da LeiN.º 9394/96 limita a metodologia de educação a distância no Ensino Fundamentala situações de complementação de aprendizagem ou emergenciais, a Comissãotem como certo o entendimento que:

— Consideram-se emergenciais as seguintes situações: a) inexistência deestabelecimento escolar dedicado ao Ensino Fundamental na região de residênciado aluno; b) ocorrência de intempéries ou cataclismos que impeçam, mesmotemporariamente, o normal funcionamento da rede escolar na região atingida; c)fixação de residência fora do país, mesmo temporariamente, de estudantes queacompanhem seus pais ou responsáveis, dedicados ao desempenho de atividadesprofissionais ou acadêmicas; d) existência de comprovadas deficiências físicas,que impeçam a locomoção e acesso do portador a rede escolar disponível, mesmoem caráter temporário.

VOTO DO RELATOR

Considerando a relevância da matéria; dada a oportunidade deste ConselhoEstadual de Educação aprimorar sua diligência nas questões relativas a Educaçãoa Distância; vista a manifestação expressa da Comissão de Educação a Distância,VOTO:

O sítio do Conselho Estadual de Educação ligado à Internet incluirá oCadastro de Instituições de Educação a Distância Credenciadas no Estadodo Rio de Janeiro, fazendo constar a denominação escolar de cada instituiçãocredenciada, acompanhada do número e data do ato, do nome da entidade

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RIO EDUCAÇÃO 231

mantenedora e seus endereços: físico e eletrônico. Relação de cursos autorizadospara cada instituição credenciada, acompanhados do número e data do atoautorizativo.

A emergência a que se refere o parágrafo 4.º do artigo 32 da Lei n.º 9394/96 será entendida por este Conselho Estadual de Educação na forma disposta noitem 3.0 deste Parecer.

CONCLUSÃO DA COMISSÃO

A Comissão de Educação a Distância acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 09 de julho de 2002.

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA - PRESIDENTE

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA - RELATOR “AD HOC”

ANTONIO JOSÉ ZAIB

AYRTON DE ALMEIDA

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

SORAKU RAIMUNDO CESAR BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 06 de agosto de 2002.

NILCÉA FREIRE

PRESIDENTE

Publicado em 28/08/2002

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232 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/06.649/2002

INTERESSADO: AMÂNCIO LEANDRO CORRÊA LL

PARECER CEE Nº 1.074 / 2002 (N)

Autoriza a Coordenação de Ensino de Jovens e Adultos / SEE-RJa emitir Certificado de Conclusão de Curso, na forma que específica.

HISTÓRICO

Amâncio Leandro Corrêa II, brasileiro, identidade nº 06.239.543-9 do IFP,CPF nº 074.454.037/28 vem a este Conselho requerer a regularização de suadocumentação escolar, com a autorização para expedição do Certificado de Conclusãodo Ensino Médio, para fins de prosseguimento de estudo em nível superior.

O requerente informa ter estudado o 2º Grau, atual Ensino Médio, pelosistema de créditos em 1998, no Colégio Monteiro Lobato, Rua Pareto nº 22/24,Tijuca, Rio de Janeiro, não tendo cursado a disciplina Física IV, no 4º período.

Prestou Exame Supletivo, tendo sido aprovado em Física. Protocolou em15/03/2002 o pedido de nº 00.440/2002 – Posto CEJA, para obter a suadocumentação definitiva de Conclusão do Ensino Médio, para então darprosseguimento aos seus estudos de nível superior.

O requerente teve sua solicitação negada, sob o argumento de que haveriaincompatibilidade entre o Sistema do Colégio Monteiro Lobato e o Sistema Supletivoda SEE/RJ, sendo informado, então, que, por este motivo, não foi possível expedirpela SEE um documento único, Certificado e Histórico Escolar, com a Conclusãodo Ensino Médio.

Em 12/06/2002, o processo foi enviado a COIE para prosseguimento, tendoem vista a inicial. Entretanto, em 18/06/2002, a COIE remeteu o processo a esteColegiado, solicitando orientações em relação aos procedimentos que deveriamser adotados para o aluno em pauta, uma vez que não existem mais cursos comSistema de Créditos.

Como comprovação da veracidade dos fatos, o requerente anexou aoprocesso cópia da seguinte documentação:

— Histórico Escolar do 1º Grau, expedido pelo Colégio Monteiro Lobato,em 06/04/2001;

— Histórico Escolar do 2º Grau (Matrícula por disciplina, vinculado ao Sistemade Crédito, expedido pelo Colégio Monteiro Lobato, em 06/04/2001, onde se lê nasobservações que o aluno não cursou a disciplina de Física IV, no 4º período;

— Certificado de Conclusão dos estudos de 1º Grau, expedido pelo ColégioMonteiro Lobato, em 29/12/1995;

— Cartão de inscrição para o CCI Supletivo 2001, Ensino Médio, prova de Física;— Protocolo/resultado dos exames supletivos, Ensino Médio, posto CEJA

(Coordenadoria de Ensino de Jovens e Adultos);

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RIO EDUCAÇÃO 233

— Declaração de aprovação em Física, através de Exames Supletivo, em12/2001, expedida pela Coordenação de Ensino de Jovens e Adultos, posto JoãoAlfredo, em 08/03/2002;

— Carteira de identidade e CPF.

VOTO DO RELATORUm dos avanços da Lei 9394/96 é a possibilidade de “aproveitamento de

estudos concluídos com êxito”, conforme dispõe a alínea d, inciso V, do artigo 24.Por certo, o Senhor Amâncio Leandro Corrêa II enquadra-se no dispositivo legal,não sendo relevante, no caso presente, o fato de não existir, atualmente, cursocom Sistema de Crédito. Em verdade, o processo não carece de pronunciamentodeste Conselho, conforme muito bem frisou a assessora que o analisou.

Sou de parecer que não há irregularidade na vida escolar do requerente,cabendo à Coordenadoria de Ensino de Jovens e Adultos, onde o aluno concluiuseus estudos, expedir sua documentação, incluindo o estudo realizado no ColégioMonteiro Lobato e o resultado do exame supletivo, devendo o presente Parecerconstar da documentação do aluno, e, ainda, constituir norma para casosassemelhados ao do requerente.

É o parecer.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2002.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE

ROBSON TERRA SILVA – RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

AYRTON DE ALMEIDA

ESMERALDA BUSSADE

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 22 de outubro de 2002.

NILCÉA FREIRE

PRESIDENTE

Publicado em 21/07/2003

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234 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: 03/100.812/02

INTERESSADO: PAULO ANDRÉ SPINELLI DA ROCHA

PARECER CEE Nº 065 /2003 (N)

Indica os procedimentos para aferição da validade deCertificados e Diplomas emitidos pelo Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional – IBTE, com sede em Fortaleza –Ceará, indefere pedido de Paulo André Spinelli da Rochavisando validar Certificado de Conclusão do Ensino Médio edá outras providências.

HISTÓRICO

1. INSTRUÇÃO PROCESSUALPaulo André Spnelli da Rocha, brasileiro, portador da Cédula de Identidade

10.056.708-0, expedida pelo Instituto Felix Pacheco – RJ e do CPF 037.703.147-00, residente na Rua Joaquim Salvador, 286 sobrado – no Município de SãoGonçalo - RJ, alegando ter concluído o Ensino Médio no Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional em 4 de setembro de 2001, na sede da instituição, nacidade de Fortaleza, Estado do Ceará, solicita que o Conselho Estadual deEducação do Estado do Rio de Janeiro, “reconheça a autenticidade” do documentoacostado aos autos.

2. RELATÓRIO ANALÍTICONão surgisse tão relevante e grave matéria e não gravitasse eiva de

desrespeito na rudeza da resposta, este Relator negaria de plano a pretensão dorequerente, força das inúmeras manifestações deste órgão sobre a questão. Oumesmo, porque o CEE/RJ não é organismo cartorial, com funções de validar oureconhecer documentos escolares.

Deixando desde já acautelado o Sr. Paulo André Spnelli da Rocha, que,com fé ideológica declara ser verdade que concluiu o Ensino Médio na sede dainstituição, em Fortaleza – é ao órgão próprio daquele Estado que deve recorrer.Porém, respeitosamente, a memória sobre o tema será projetada neste Parecer erevivida, para ciência do requerente e da comunidade escolar

O Exmo. Sr. Procurador do Estado, Dr. Leonardo Azeredo dos Santos,Assessor-Chefe da Assessoria Jurídica da Secretaria de Estado de Educação,em 4 de abril de 2002, enviou ao Conselho Estadual de Educação do Rio deJaneiro, pelo Processo nº E-03/04.573/2002 de 03/04/2002, notificação a respeitodo Ofício Circular nº 002/2002-GAB, oriundo do Conselho de Educação do Ceará

Page 237: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 235

quanto aos procedimentos adotados em relação ao Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional – IBTE, naquele estado e em todo território nacional.

A douta procuradoria destaca a Ementa: “considera inválidos oscertificados de conclusão do ensino fundamental e médio, emitidos pelo InstitutoBrasileiro de Tecnologia Educacional - IBTE, na modalidade de Educação deJovens e Adultos, com utilização de recursos a distância, fora do Estado doCeará “ e adita a recomendação ao CEE/RJ no sentido de “que estudem formasde validar os certificados emitidos pelo IBTE, por meio de exames adequados”,conforme solicitado pelo Conselho do Estado do Ceará.

O Relator, ancorado nas irregularidades já apuradas por este Colegiado,expostas nos Pareceres 113/01, de 02 de agosto de 2001, 256/01, de 30 de outubrode 2001 e 257/01, também de 30 de outubro de 2001 – que teve o pedido deinidoneidade do Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional - IBTE confirmado,pela homologação da Secretaria de Estado de Educação, conforme publicadono D. O. do Estado do Rio de Janeiro, de 22 de novembro de 2001, nº 220 - ParteI - pag.19.

Respondendo ao Ofício N.º: E 09-07532-1920/2001, da Delegacia deProteção ao Consumidor DECON-Sul, instruído com Despacho deste Relator eoficiado pela Presidência deste Conselho, foram relatadas as questões eirregularidades apuradas tanto na instrução daqueles Pareceres quanto pelaInspeção Escolar. Indeferindo pleito do IBTE no intuito de abrir estabelecimentode ensino no Rio de Janeiro, foi amplamente debatido pelo Colegiado e aprovadopor unanimidade o Parecer Normativo 232/02 (N), de 22/01/2001, visando regularsituações similares de instituições consideradas inidôneas.

O trabalho cooperado entre o CEE/RJ e o CEC, por seu ilustre presidenteProf. Marcondes Rosa de Sousa, culmina, com a apuração das denúnciasrecebidas do Comando da 1ª Div. de Exército do R. de Janeiro (RJ); Secretaria deSeg. Pública e Defesa da Cid. e Polícia Militar do Ceará (Ce); Centro de Rec. eSel. de Praças da PM do Rio de Janeiro (RJ); Dep. Rec. Humanos da U. Federalde S. Paulo (SP) e Secretaria da Educação Básica do Ceará (Ce), provocouabertura, entre outros, dos processos 01400839-4, 01015294-6, 01014957-0,01255775-7 e 02088809-0.

Os respeitados Conselheiros Edgar Linhares Lima e Francisco Assis MendesGóes, indicados relatores pelo Conselho de Educação do Ceará, no voto, definem,nas 38 páginas do excelente Parecer 096/2002: “VOTO DOS RELATORES - Emface do exposto, diante da documentação apresentada e das informaçõesfornecidas pela Assessoria Técnica, chegamos às seguintes conclusões: [Verbis]

1º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE), em nenhummomento, recebeu do Conselho de Educação do Ceará a necessária autorizaçãopara abrir cursos ou realizar exames de ensino fundamental e médio fora de suasede em Fortaleza.

2º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE) recebeucredenciamento para oferecer cursos de educação de jovens e adultos, pormeio do Parecer Nº 0534/2000, da Conselheira Lindalva Pereira Carmo. [...]

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236 RIO EDUCAÇÃO

para ministrar os cursos de ensino fundamental e médio, na modalidade deeducação de jovens e adultos, reconhecidos por este Parecer, com validadeaté 31.12.2001.

3º — O Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional tinha tanta consciênciados seus limites que, logo após o credenciamento, solicitou autorização pararealizar provas de avaliação em cursos de ensino fundamental e médio deEducação de Jovens e Adultos a distância em outros estados da federação. OParecer 0911/2000 assim resumiu a solicitação: [...] O IBTE ... pretende agora,em face de inúmeros pedidos, estender sua atuação em outros estados dafederação, utilizando os recursos de educação a distância.

4º — Em nenhum momento o citado Parecer nº 0534/2000 identifica o IBTEcomo autorizado, mesmo no Ceará, para oferecer curso de ensino a distância. Enega com muita clareza o pedido. Para a Conselheira Lindalva Pereira Carmo,com mais de um decênio de experiência na alta gestão da Secretaria de Educação,é muito clara a distinção que se fez sempre entre ensino a distância e uso dematerial modularizado como metodologia de ensino à distância [...]

Diante do Parecer nº 0911/2000, do Conselho de Educação do Ceará, ficamuito claro que o IBTE sabia que não poderia estender sua ação a outros Estadosda federação e, se o fez, agiu por sua conta e risco. São, pois sem nenhum valoros certificados do Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional (IBTE), emitidosem qualquer outro Estado da Federação.

5º — Quanto aos certificados emitidos na sua sede, em Fortaleza, esteConselho examinará todas as matrículas, com as respectivas datas, os históricosde vida escolar e verificará em profundidade a identidade dos alunos e suasresidências, para que nenhuma injustiça seja cometida, a fim de apurar se houvecursos ou somente exames [...]

6º — O exame deste processo deixou claro que há muitos problemas aresolver quanto à certificação de cursos de ensino fundamental e médio namodalidade de educação de jovens e adultos. Os Relatores deste Parecerconsideram que se faz necessária uma avaliação técnica do estado atual daEducação de Jovens e Adultos no Brasil. [...] É da responsabilidade dos Conselhosde Educação aprofundar o exame do problema.

7º — Como o IBTE já teve o seu credenciamento vencido em 31/12/2001,fica a instituição desautorizada a efetivar matrícula ou realizar qualquer exame,enquanto não for concluída a avaliação de sua atuação em Fortaleza, sua únicasede legal de atuação.

8º — Que sejam declarados inválidos os certificados de conclusão doensino fundamental e médio, emitidos pelo Instituto Brasileiro de TecnologiaEducacional (IBTE), na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, fora doEstado do Ceará, independente de serem ou não utilizados recursos de ensino adistância.

9º — Deverá o Conselho dar ciência deste Parecer às instituições que oconsultaram, conforme consta deste Processo, para suas providências.

Page 239: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 237

10º — Notifique-se o Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional – IBTEde que estão suspensos, desde o dia 1º de janeiro de 2002, o seu credenciamentoe o reconhecimento dos cursos de ensino fundamental e médio.

11º — O Conselho de Educação do Ceará deverá designar um de seustécnicos para supervisionar os serviços da secretaria do IBTE, até a conclusãoda avaliação de suas atividades no Ceará, até o dia 31.12.2001.

12º — Espera-se que os Conselhos de Educação estudem formas de validaros certificados emitidos por meio de exames adequados. Afinal os jovens e adultos,ao buscarem solução para seus problemas eram, supostamente, inocentes quantoà autenticidade dos exames a que se submeteram. Há que encontrar-se forma dedefesa dos consumidores contra situações desta natureza.”

Pelo Parecer 096/02 de 16/02/2002 do Egrégio Conselho de Educação doCeará, o IBTE foi proibido de continuar a oferta de cursos de Educação aDistância, sob o pressuposto credenciamento que aquele órgão jamais concedeu.Mais: são considerados inválidos todos os Certificados e Diplomas emitidos forado Estado do Ceará e colocados sub judice os documentos emitidos naquelaUnidade da Federação. A Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional deEducação - CNE, pelo Parecer 11/02 de 19/02/2002, reconsidera entendimentosanteriores e definitivamente delimita a questão.

VOTO DO RELATOR

Visto que o Parecer 096/02 de 19/02/2002, do Conselho de Educação doEstado do Ceará, considera inválidos os Certificados e Diplomas emitidos peloInstituto Brasileiro de Tecnologia Educacional – IBTE fora do Estado do Ceará;sabido que apenas o Conselho de Educação do Ceará pode aferir a validade dedocumentos emitidos por aquela instituição naquele Estado; dada a incerteza daorigem e da forma pela qual tais documentos possam ter sido emitidos em outroslocais, VOTO:

É nosso Parecer indicar aos interessados que apenas o Conselho deEducação do Ceará pode aferir a validade de Certificados e Diplomas emitidospelo Instituto Brasileiro de Tecnologia Educacional – IBTE, com sede em Fortaleza– Ceará, pelo que indefere pedido de Paulo André Spinelli da Rocha visandovalidar Certificado de Conclusão do Ensino Médio no Rio de Janeiro.

O Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro não considera válido,para fim algum, Certificados ou Diplomas emitidos pelo Instituto Brasileiro deTecnologia Educacional – IBTE em qualquer Unidade da Federação, tampoucoos convalidará ou validará.

Quanto a documentos emitidos pelo IBTE no Estado do Ceará, o SistemaEstadual do Rio de Janeiro acatará tão-somente aqueles que sejam chanceladose remetidos diretamente pelo Conselho Estadual de Educação do Ceará. A sededo Conselho de Educação do Ceará é na Rua Napoleão Laureano, 500 – Fátima– CEP:60.411-170, Fortaleza, Ceará. Telefone (085) 272-6500. E-mail:cec.informática @ secrel.com.br.

Page 240: Revista Rio Educação Especial nº 8

238 RIO EDUCAÇÃO

Independentemente dos procedimentos legais cabíveis, o CEE/RJrecomenda aos portadores de documentação inválida, emitida irregularmentepelo IBTE, que procurem se valer dos Exames Supletivos promovidos pelaSecretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, ou de outras formas dispostasna Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, regularmente oferecidas eminstituições credenciadas.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro 2003.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ESMERALDA BUSSADE

FRANCILIO PINTO PAES LEME

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 11 de março de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicado em 21/05/2003

Page 241: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 239

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PROCESSO Nº: E-03/100.437/2002

INTERESSADO: COLÉGIO WAKIGAWA – MÉIER

PARECER CEE Nº 066 /2003 (N)

Confirma a competência das instituições para promoveremalterações nas matrizes curriculares de seus Cursos deEducação Profissional de Nível Técnico, respeitada a cargahorária mínima de cada Área, tal como disposto na ResoluçãoCNE n.º 04/99, pelo que não conhece o pedido do ColégioWakigawa, Município do Rio de Janeiro.

HISTÓRICO

1. Instrução ProcessualPaulo Roberto de Figueiredo, portador da carteira de identidade nº 2480789-

3, expedida pelo IFP/RJ, e do CPF nº 268667307-91, Diretor do Colégio Wakigawa,localizado na Rua Venceslau nº 225, Méier, no Município do Rio de Janeiro, solicitaque o Conselho Estadual de Educação aprecie plano de acréscimo de componentese carga horária nas matrizes curriculares dos Cursos Técnicos em Eletrônica,Informática e Telecomunicações, na modalidade em seqüência ao Ensino Médio,aprovadas pelos Pareceres CEE nºs 010/2002, 013/2002 e 016/2002.

2. Relatório AnalíticoO primeiro entendimento das instituições que pretendem ministrar a

Educação Profissional é o da ruptura conceitual, operacional e prática com aforma vigente até aqui. O novo é a busca por integrar a formação às diferentesformas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, objetivando garantirao cidadão o permanente direito à inclusão de novas aptidões para a vida produtivae social. Assim, por princípio, o cerne técnico-pedagógico, as matrizescurriculares devem ser permanentemente atualizadas e dinâmicas.

Conforme disposto no Capítulo 3º da Lei nº 9.394/96, que trata da EducaçãoProfissional, e na forma regulamentada pelo Decreto nº 2.208/97, o ConselhoNacional de Educação aprovou a Resolução n.º 4, de 8 de dezembro de 1999,que regula os tópicos fundamentais no seio das Diretrizes Curriculares Nacionaispara a Educação Profissional de Nível Técnico.

Os princípios norteadores dispostos no artigo 3º da Resolução n.º 4, talcomo enunciados na LDB, definem a essência da aferição de conteúdosmultidisciplinares apresentados pelas instituições: a independência e articulação

Page 242: Revista Rio Educação Especial nº 8

240 RIO EDUCAÇÃO

com o Ensino Médio. De forma incidental, são critérios, no planejamento eorganização de cursos, atender demandas sociais, usuários e mercado emconciliação com a formação. A Educação Profissional deve ser vista pelasinstituições como um permanente compromisso de reconstruir e refazer.

Não é mera semântica a substituição do termo grade curricular, eivadasemiologicamente do sentido prisioneiro e engessador, pela libertária emultidimensional denominação matriz curricular.

A grade limita e delimita. A matriz dinamiza e vitaliza o processo,referenciada apenas às cargas horárias mínimas de cada área. A nova EducaçãoProfissional exige vocação e capacidade institucional da escola. São requeridasas competências básicas, constituídas na educação básica; as de ordemprofissional geral, comuns aos técnicos da área; e as competências específicasde cada qualificação ou habilitação.

A boa compreensão do novo pensamento educacional que brota da Lei deDiretrizes e Bases vem com a compreensão das diretrizes como conjuntoarticulado de princípios, critérios, definição de competências profissionais geraisdo técnico por área profissional e procedimentos a serem observados pelossistemas de ensino e pelas escolas na organização e no planejamento doscursos de nível técnico. A definição de itinerários adequados permite constantesqualificações profissionais. Deve ser permanente e ágil a adequação dos cursosao mercado de trabalho.

A área é a referência curricular básica na educação profissional de níveltécnico. No entanto, os certificados e diplomas devem explicitar títulos ocupacionaisidentificáveis pelo mercado de trabalho, tanto na habilitação e na qualificaçãoprofissional quanto na especialização. Como podem as instituições educacionaiscompatibilizar as titulações com a velocidade das mudanças laborais? Assumindoa libertária responsabilidade de acrescentar, diminuir, introduzir ou retirarcomponentes ou cargas horárias, sempre visando a oferta atualizada de seuscursos e projeto pedagógico.

As áreas de conhecimento específico serão desenvolvidas com base numaconcepção de ensino que contemple permanentemente novas organizaçõescurriculares, convergindo para a habilitação profissional. A opção por cursosatualizados deve se apresentar como fruto de discussões e análises deprofessores e de toda a equipe técnico pedagógica. Deve ser permanente apesquisa com o corpo discente e responsáveis, buscando informações a respeitodas perspectivas futuras, em relação à profissionalização e estudos da oferta eda demanda de formação de profissional na área de abrangência da escola.

Para que se mantenha a necessária consistência da formação, é relevantelevar em conta as demandas locais e regionais, considerando, inclusive, osurgimento de novas áreas. O profissional deve ter a base para escolha de novositinerários após a conclusão. As metas terminais devem ser bem claras e vêmcom a aquisição das competências profissionais exigidas pela habilitação. E istosó será possível se as instituições, de modo responsável e prospectivo, assumiremsuas responsabilidades como agentes da atualização e da mudança, sem grades,barreiras ou tutelas.

Page 243: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 241

VOTO DO RELATOR

Considerando o cumprimento do disposto na Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional, nas Diretrizes Curriculares para a Educação Profissional de NívelTécnico e as condições gerais dispostas na Deliberação CEE n.º 254/2000, VOTO:

É nosso parecer confirmar a competência das instituições parapromoverem alterações nas matrizes curriculares de seus Cursos de EducaçãoProfissional de Nível Técnico, respeitada a carga horária mínima de cada Área,tal como disposto na Resolução CNE nº 04/99, pelo que náo conhece o pedidodo Colégio Wakigawa.

Nas normas legais em vigor, respeitada a carga horária mínima de cadaárea, não medra qualquer ordem de engessamento de matrizes curriculares nemde seus conteúdos. Pelo contrário, o estímulo é para o novo e para o atual,para lançar no presente as prospecções tangíveis do futuro.

No seio do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, predominaeste sentimento: o estímulo a uma gestão pedagógica da Educação Profissional,permeada pelo permanente compromisso da escola com o novo.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2003.

WAGNER HUCKLEBERRY SIQUEIRA – PRESIDENTE

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA - RELATOR “AD HOC”

ANTONIO JOSÉ ZAIB - “AD HOC”

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL - “AD HOC”

HILDÉZIA ALVES DE MEDEIROS

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.Sala das Sessões, no Rio de Janeiro, em 11 de março de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicado em 21/05/2003

Page 244: Revista Rio Educação Especial nº 8

242 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: 07/206.627/2000

INTERESSADO: JARDIM ESCOLA CASTELINHO DA PRAÇA SECA

PARECER CEE Nº 067/2003 (N)

Autoriza o funcionamento da primeira etapa do EnsinoFundamental, do CA à 4.ª série do Jardim Escola Castelinhoda Praça Seca, localizada na R. Interlagos, nº 117,Jacarepaguá – Rio de Janeiro – RJ, a partir de 15/12/2000,com base na Deliberação CEE N.º 231/98, dá entendimentosobre eqüidade de Comissões Verificadoras e indicaprocedimentos para que a Coordenadoria de InspeçãoEscolar autorize o funcionamento de instituições de EducaçãoBásica, em casos de pleitos conclusos, recursos oureconsiderações.

HISTÓRICO

1. INSTRUÇÃO PROCESSUALJardim Escola Castelinho da Praça Seca Ltda, inscrita no CNPJ sob nº

68.725.332/0001-77, entidade mantenedora da instituição de ensino denominadaJardim Escola Castelinho da Praça Seca, localizada na Rua Interlagos, nº 117- Praça Seca, Jacarepaguá – Município do Rio de Janeiro - RJ, por suaRepresentante Legal Sueli Nunes Ferrer Lopes, portadora da carteira de identidade04994371-5 expedida pelo IFP-RJ, baseada no processo nº 07/204.833/2000,oriundo da 7ª Coordenadoria Regional de Educação do Município do Rio de Janeiro,com base na Deliberação CEE nº 231/98, e em grau de recurso, solicitaautorização de funcionamento para classes da primeira etapa do EnsinoFundamental, incluindo Classes de Alfabetização e de 1ª a 4ª séries.

2. RELATÓRIO ANALÍTICOSendo o Processo original, nº 07/204.833/2000, oriundo da 7ª Coordenadoria

Regional de Educação do Município do Rio de Janeiro datado de 8 de agosto de2000, sua instrução foi maculada por vício de origem, sem culpa ouresponsabilidade da parte:

— em 30 de dezembro de 1999, todos os Processos referentes ao EnsinoFundamental foram sobrestados pela Secretaria Municipal de Educação, emfunção do encerramento do Convênio entre as Secretarias de Educação doEstado e do Município do Rio de Janeiro, no que tange à autorização defuncionamento de classes do Ensino Fundamental.

Page 245: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 243

No entanto, a SME não só aceitou e apreciou a íntegra do pedido,como formou Comissão quando houve recurso, que estendeu seu Parecerao Ensino Fundamental. Com efeito, a parte não foi notificada sobre o fim doconvênio e mesmo que não intentasse remédio ao primeiro indeferimento, talvez– mesmo sem condições satisfatórias – poderia ter iniciado suas atividades aoabrigo da Deliberação nº 231/98 deste Conselho. Em curso:

a) No âmbito do Município do Rio de Janeiro, para atendimento ao recursoquanto a ato denegatório de 09/10/2000, após convocada, a ComissãoVerificadora viu supridas todas as deficiências apuradas e emitiu Parecerfavorável em 15 de dezembro de 2000.

A Comissão Verificadora designada por Ordem de Serviço nº 30, de 12/09/2000, formada pelas servidoras Georgina Maria Sida - mat. 10/135986-8, MarciaMelim - mat.10/105479-0 e Marisa de Queiroz Camisão - mat. 100019-9, ematendimento ao processo 07/206627/00, pelo qual a escola solicitou, em graude recurso, a autorização para funcionamento da Educação Infantil com Crechee Pré-Escola e Ensino Fundamental, da C.A. e de 1ª a 4ª séries, relacionou asexigências que julgou pertinentes, e, após o prazo fixado, emitiu em 15/12/2000,o Parecer:

“A Comissão Verificadora em atendimento ao Processo 07/206.627/2000 -Recurso ao Pedido de Autorização para Funcionamento, transcorrido o prazo legalconcedido, comparece ao estabelecimento verificando o cumprimento datotalidade das exigências relacionadas no despacho de 24/11/2000.” Encontra-se em adição: “ Face ao exposto, a Comissão Verificadora é de parecer favorávelao funcionamento do Jardim Escola Castelinho da Praça Seca, com os cursos deEducação Infantil (Creche e Pré-Escola) e [C.A.] Ensino Fundamental (1ª a 4ªséries).” [Verbis].

b) Ao lado do deferimento, a Comissão destaca:

— “Informamos que a 31/12/99, expirou a validade da delegação decompetências feita, pelo Estado, ao Município, através do Parecer CEE 038/97, o que significa que, a partir daquela data, o município não tem mais respaldopara atuar relativamente a funcionamento de Ensino Fundamental em instituiçõesde ensino de propriedade privada.”

Acrescenta: — “ Sendo assim, o presente processo não poderá ser finalizadono âmbito do município, a não ser que o Estado e o Município venham a concluirentendimento que resulte em novo documento oficial que respalde a ação domunicípio nesse particular.”

E oferece como alternativa: “ Considerando o atual estágio do p.p., solicitamos que o Sr. Representante

Legal expresse, nos autos, sua opção:

a) De que este processo seja arquivado, uma vez que a instituição prefereformar novo processo, no âmbito da SEE;

b) De que este processo seja sobrestado no E/DGED/DRE, até que se

Page 246: Revista Rio Educação Especial nº 8

244 RIO EDUCAÇÃO

definam os novos procedimentos a serem adotados para a solução dessa questão,quando então, a tramitação será retomada, automaticamente.”

Encontram-se as identificações: Em, 15/12/2000. Georgina Maria Sida -Mat. 10/135986-8, Marcia Melim - Mat.10/105479-0 e Marisa de Queiroz Camisão- Mat. 100019-9.

E a ciência e opção da representante legal da escola: Ciente e recebi orelatório. Em, 15/12/2000. Sueli Nunes Ferrer Lopes. Em seguida, firma:

- “ Eu, Sueli Nunes Ferrer Lopes opto pelo sobrestamento no E/DGED/DRE do presente processo.” Rio, 15 de dezembro de 2000. Sueli Nunes FerrerLopes

c) Por força das posturas municipais, seguiu o processo original ao ConselhoMunicipal de Educação em 10/04/2001. O Conselho Municipal de Educação, em26 de junho de 2001, pelo Parecer N.º 14/2001, autorizou o funcionamento dainstituição:

“… em grau de recurso com Educação Infantil, nas modalidades Crechee Pré-Escola.” [ Verbis]

Seria bastante a manifestação do Colendo Conselho Municipal de Educaçãodo Rio de Janeiro, para que se desse termo ao processo administrativo e ganhassevalor o ato autorizativo. No entanto, cabem 3 pontos a esclarecer:

— Não se analise o requerido sob a forma de recurso. Nada foi negado. OProcesso, erroneamente autuado e extemporaneamente sobrestado, segue seucurso com base nos autos e amparo na Deliberação CEE/RJ N.º 231/98;

— Que seja considerado o laudo favorável exarado neste anoexcepcionalmente pela Comissão Verificadora como peça fundamental e definitivapara manifestação deste Colegiado quanto ao mérito.

— Fique estatuída a data do parecer favorável emitido pela ComissãoVerificadora, como marco inicial da efetiva autorização, a saber: 15/12/2000.

3. VISÃO INSTITUCIONALQue as medidas administrativas quanto à autuação e instrução em erro de

ofício fiquem ao encargo da Secretaria de Educação do Município do Rio de Janeiro.

Em sentido lato, não se pode diferenciar a apreciação técnica entreComissões Verificadoras constituídas no âmbito do Estado e de determinadoMunicípio. Os Pareceres emitidos por Comissões Verificadoras, constituídas pelaautoridade competente de determinado Sistema Municipal de Educação e da formadisposta na Deliberação CEE/RJ N.º 231/98, podem ser acatados pelaCoordenadoria de Inspeção Escolar – COIE, com a mesma força daquelesexarados por Comissões constituídas no âmbito exclusivo do Estado.

A proposição do caráter normativo deste Parecer, emanada pela Câmarade Educação Básica, é no sentido de outorgar competência à Coordenadoria

Page 247: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 245

de Inspeção Escolar – COIE, para expedir o competente ato autorizativo parafuncionamento de instituições e cursos ou etapas do Ensino Fundamental e Médio,inclusive para Educação de Jovens e Adultos, com base em laudos favoráveis deComissões Verificadoras, tanto em casos de pleitos iniciais conclusos, quanto emcasos de recursos ou reconsiderações deferidos.

VOTO DO RELATOR

Vistos os documentos apensados, reconhecidas suas integridades, dada aconsonância do requerido com o disposto na Lei N.º 9.394/96 e na legislaçãoestadual, em especial da Deliberação CEE N.º 231/98, VOTO:

É nosso parecer autorizar o funcionamento da primeira etapa do EnsinoFundamental com turmas da Classe de Alfabetização - CA à 4.ª série, do JardimEscola Castelinho da Praça Seca, localizada na Rua Interlagos, nº 117, PraçaSeca – Jacarepaguá, no Município do Rio de Janeiro – RJ, a partir de 15 dedezembro de 2000, com base na Deliberação CEE N.º 231/98.

Em norma, entende o Conselho Estadual de Educação que pareceresemitidos por Comissões Verificadoras, constituídas pela autoridade competentede determinado Sistema Municipal de Educação e da forma disposta naDeliberação CEE/RJ N.º 231/98, ou instituto sucedâneo, visando apreciação desolicitações, pedidos, reconsiderações ou recursos adstritos ao EnsinoFundamental, devem ser acatados pela Coordenadoria de Inspeção Escolar –COIE, com a mesma força daqueles exarados por Comissões constituídas noâmbito da Secretaria de Estado de Educação.

Fica firmado, de modo aditivo e inclusivo que é competência daCoordenadoria de Inspeção Escolar – COIE, expedir ato autorizativo aofuncionamento de instituições e seus cursos ou etapas do Ensino Fundamental eMédio - inclusive para Educação de Jovens e Adultos - com base em Pareceresfavoráveis de Comissões Verificadoras e a partir da data de termo, tanto emcasos de pleitos iniciais conclusos, quanto em casos de recursos oureconsiderações deferidas.

Page 248: Revista Rio Educação Especial nº 8

246 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2003.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANGELA MENDES LEITE

ANTONIO JOSÉ ZAIB

EBER SILVA

ESMERALDA BUSSADE

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

ROSE MARY COTRIM DE SOUZA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por maioria com abstenção de voto daConselheira Francisca Jeanice Moreira Pretzel.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 11 de março de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicado em 20/05/2003Republicado em 05/06/2003

Page 249: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 247

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/10.002.613/2001

INTERESSADO: COORDENADORIA REGIONAL 19– REGIÃO METROPOLITANA I

PARECER CEE Nº 132 /2003 (N)

Responde consulta da Coordenadoria de Inspeção Escolarsobre a pertinência das exigências feitas às escolas que têmpiscina.

HISTÓRICO

O Inspetor Escolar da SEE – RJ, Adalberto Lourenço Freitas, dirige-se àCOIE para consultar a respeito da pertinência das exigências que, há muitos anos,são feitas às escolas que têm piscina e pretendem autorização para funcionar.

A consulta foi motivada pelo Centro Educacional Charles Chaplin, que jáestá autorizado, mas construiu, recentemente, uma piscina de grande porte sema devida legalização do Corpo de Bombeiros.

A Equipe de Acompanhamento e Avaliação da Coordenadoria Regionalencaminhou o processo à COIE declarando que, independentemente do casoespecífico, os Inspetores Escolares não se sentem em condições, nemrespaldados, para verificar e atestar a segurança das piscinas que, afinal, envolvema segurança de alunos.

A COIE encaminhou a consulta a este CEE informando que “como não hánorma escrita, ficamos impedidos de exigir da escola apresentação de itens desegurança”.

Este Conselho, ao analisar processos de autorização para funcionamentode escolas que têm piscinas, faz constar registro de órgão fiscalizador (Corpo deBombeiros), conforme o art. 3º do Decreto 4.447, de 14/08/1981, que prevê: “Osclubes, sociedades recreativas, condomínios, clínicas, hotéis e similiares,estabelecimentos de ensino e demais entidades públicas e privadas que possuampiscinas de uso coletivo estão sujeitos a registro no órgão fiscalizador e deverãomanter:

I – cilindro de oxigênio com capacidade mínima de 1, 50m3 ( um metrocúbico e meio);

II – manômetro com válvula redutora e fluxômetro;

III – sistema capaz de proporcionar assistência ventilatória adequada,constituindo-se de:

a) bolsa de borracha com 3 (três) litros de capacidade;

Page 250: Revista Rio Educação Especial nº 8

248 RIO EDUCAÇÃO

b) válvula unidirecional sem reinalação;

c) máscaras nos tamanhos pequeno, médio e grande;

IV – cânulas orofaríngeas nos tamanhos pequeno, médio e grande;

V – equipamento portátil, auto-inflável, para ventilação assistida oucontrolada;

VI – cerca, grandil ou rede de proteção;

VII – Guardião de piscina, em número suficiente para as piscinas existentes;

VIII – cadeira de observação.

§ 1º – os equipamentos de socorro urgente, específicos nos incisos I a V,deverão permanecer à disposição do guardião de piscina, em local de fácil acesso,próximo da piscina e em perfeitas condições de utilização.

§ 2º – As entidades a que se refere este artigo, cujas piscinas não possuamcerca ou gradil que isolem a área utilizada pelos banhistas, deverão dispor derede de proteção, a qual será aplicada e fixada, como cobertura do tanque, noscasos de interdição.”

VOTO DO RELATOR

Por ser este Colegiado um órgão normativo ao Sistema Estadual de Ensino,entendemos que o mesmo não pode se furtar do cumprimento e/ou de fazer cumpriruma determinação expressa em decreto assinado por autoridade constituída doGoverno do Estado.

Considerando-se, ainda, tratar-se de matéria que envolve a segurança físicade crianças e adolescentes no ambiente escolar, cuja responsabilidade é da própriaescola e do sistema à qual está vinculada, propomos que às exigências do Artigo19 da Deliberação CEE nº 231/98, seja acrescido um inciso, referente aocumprimento do já transcrito artigo 3º do Decreto nº 4.447, de 14/08/1981.

E, ainda, que sejam exigidos:

– documento do Grupo Marítimo de Salvamento, atestando as condiçõesde segurança e adequação das piscinas para o uso das crianças;

– comprovante emitido pela Secretaria Municipal de Urbanismo, ou órgãoequivalente, de regularização – ou do pecado de regularização do imóvel, mediantetransformação de uso, habite-se, ou licença para obras.

Este é o Parecer que propomos tenha caráter Normativo.

Page 251: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 249

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 1º de abril de 2003.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME – RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANGELA MENDES LEITE

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

EBER SILVA

ESMERALDA BUSSADE

ROSE MARY COTRIN DE SOUZA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 15 de abril de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicado em 04/06/2003

Page 252: Revista Rio Educação Especial nº 8

250 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PROCESSO Nº: E-03/100.264/2003

INTERESSADO: SENES – SOCIEDADE DE ENSINOESPECIALIZADA EM SAÚDE

PARECER CEE Nº 195 / 2003 (N)

Responde a consulta da Sociedade de Ensino Especializadaem Saúde – SENES, sobre competência do COREN–RJ –Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, e dáoutras providências.

HISTÓRICO

A Sociedade Especializada de Ensino em Saúde –SENES, por meio doseu Diretor Geral, Gabriel Fonseca Ribeiro, encaminhou a este Conselho petiçãode esclarecimentos em relação às exigências feitas pelo COREN/RJ, na suadecisão de n0 898/92, onde se estabelece que, para registro de Certificado ouDiploma de Enfermeiro no citado Conselho – e conseqüentemente, para o exercícioda profissão –, seja apresentada declaração de estágio assinada pelo enfermeirosupervisor contratado pela escola onde foram cursados os estudoscorrespondentes, e pelo enfermeiro chefe do hospital onde o estágio foi realizado.A SENES alega que, “com essa exigência, levando em consideração que muitosconcluintes só procuram a escola para apanhar o diploma no momento deapresentá-lo ao emprego”, torna-se difícil atender, com rapidez desejável, àquelesque concluíram o curso nos anos de 80 e 90, em hospitais não mais utilizados ecom enfermeiros que não trabalham na escola”.

Deve-se frisar que o curso da SENES foi autorizado pelo Parecer desteConselho de número 134/78, e que teve aprovado o seu plano de adequação ànova legislação pelo Parecer de número 896/2002, homologado pelo Sr. Secretáriode Estado de Educação e publicado no Diário Oficial.

VOTO DO RELATOR

A Lei Estadual nº 3.277, de 28 de outubro de 1999, na qual parece basear-se a Deliberação do COREN, prescreve apenas que o estágio seja prestado emInstituição ou empresa que tenha condições de proporcionar experiência práticana linha da formação. A mesma lei aponta ainda os objetivos do estágio, e que ajornada deve compatibilizar-se com o horário do concedente e do estagiário, nãopodendo ultrapassar quatro horas diárias. Mas a mesma lei não faz nenhumareferência à existência de uma “ficha” de estágio que deva ser remetida ao COREN,para obter a inscrição no órgão de classe. Tal exigência foi introduzida apenaspor deliberação do próprio COREN. O que se inscreve é o diploma ou certificado

Page 253: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 251

de conclusão do curso, emitidos sob a responsabilidade da escola que ministra ocurso e que estiver autorizada para tanto.

Ora, a função do COREN, como a de outras associações de classe (“Ordem”,“Colégio”, “Instituto”...) é apenas a de regulamentar e fiscalizar “o exercício” daprofissão. Os diplomas expedidos por estabelecimentos reconhecidos competentestêm validade nacional e não podem ser cerceados em âmbitos estaduais oumunicipais por decisões de organismos que carecem de qualquer poder legislativo.O COREN não é um órgão legislativo, mas apenas regulamentador e fiscalizador.Por isso, a exigência feita na citada Deliberação 898/92 do COREN-RJ é descabidae ultrapassa as suas competências. Sublinhe-se ainda que, por ser de âmbitoregional, tal Deliberação acabaria por introduzir uma discriminação odiosa contraos profissionais de enfermagem que pretendam atuar no âmbito do nosso Estado.

O COREN seja, pois, notificado de que, de acordo com a legislação emvigor, não lhe compete introduzir, para o registro profissional, exigências alémdaquelas estabelecidas pela lei.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 03 de junho de 2003.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN – PRESIDENTE

JESUS HORTAL SÁNCHEZ – RELATOR

CELSO NISKIER

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

MAGNO DE AGUIAR DE MARANHÃO

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR DE BASTOS

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 17 de junho de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicado em 29/10/2003Retificado pelo Parecer CEE nº 113/04 (N)

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252 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/02.536/2002

INTERESSADO: ANDRÉ RAYMOND FERNAND PIÉRARD

PARECER CEE Nº 282 / 2003 (N)

Estabelece norma sobre a autonomia dos estabelecimentosde ensino integrantes do Sistema Estadual de Ensino aprocederem à reclassificação de alunos, e não conhece opedido de André Raymond Fermand Piérard para que seusestudos sejam considerados equivalentes à conclusão doEnsino Fundamental, nos termos da legislação brasileira.

HISTÓRICO

1. Instrução ProcessualAndré Raymond Fernand Piérard, casado, carteira de identidade nº W

189226-P, repartição expedidora SE/DPMAE/DPF, residente na Rua Tocantins,lote 528/B - Bairro Santa Cândida, Município de Itaguaí – RJ, declarando terconcluído, na Bélgica, os estudos em nível de escolaridade compatível com aquelesdo Ensino Fundamental no Brasil, solicita equivalência de seus estudos para finstrabalhistas, cumpridas as demais exigências da legislação brasileira.

2. Relatório AnalíticoNão havendo no processo a tradução legal juramentada referente ao

principal documento acostado aos autos, a diligente assessora Nicoleta Rebel ofez de modo competente e voluntarioso, destarte o impedimento do Relator paraapreciar a matéria, sem o atendimento da exigência legal da apresentação portradutor juramentado:

“A signatária Companhia Marítima Belga S.A. armação estabelecida emAnvers, declara pelo presente documento que o Sr. Pierard, André, nascido emLa Louviére em 22/02/47 e domiciliado na Rua do Parque, 89 a 7.100, La Louviére,esteve trabalhando, na qualidade de 2º Eletricista navegando de 18/12/69 a 04/12/72.

“A presente declaração foi pedida pelo interessado para ser apresentadaaos serviços de imigração. Antuérpia, 30 de junho de 1975.

— Visto do Consulado Geral da República Federativa do Brasil na Antuérpia,em carimbo, com data de 20/11/75.

— Uma assinatura ilegível.

— Uma 2ª assinatura do Sr. Pr. Babusiaux - Chefe do Pessoal navegante”.

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RIO EDUCAÇÃO 253

Considerando que a declaração ci tada, além de não estaradequadamente traduzida para que fosse apensada, é insuficiente, visto omérito do que a parte requer. O requerente foi notificado e nada trouxe aacrescentar ao seu infrutífero pleito.

Relevante, porém, é aditar a prevalência que a Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional oferece ao valor das diversas formas de aprendizagem e àscompetências adquiridas pelo educando. A situação de André Raymond FernandPiérard pode ser vista de forma assemelhada à de Clarisse do Rego MelloFernandes, que viu seu pleito apreciado por este Colendo Colegiado por Parecerexarado em complemento ao Parecer CEE nº 342/99 (N).

O Parecer CEE nº 824/2000, de lavra da ilustre Conselheira IreneAlbuquerque Maia, embora acolhido como Normativo, ao ser aprovado em plenário,em 05 de setembro de 2000, por lapso operacional, não foi desta formacontemplado quando levado à homologação. Nele, é reiterado o entendimento daautoridade dos estabelecimentos de ensino em procederem à reclassificação dealunos, com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em particularno que dispõe o artigo 24.

VOTO DO RELATOR

Vistos os documentos apresentados e conhecidas suas integralidades, eentendido o disposto no artigo 24 da lei 9.394/96 e legislação complementar, VOTO:

É nosso Parecer considerar como norma para o Sistema Estadual de Ensinodo Estado do Rio de Janeiro que as instituições regulares de ensino estãolegalmente habilitadas a proceder à reclassificação de alunos, mesmo que oriundosdo exterior, pela análise da documentação escolar e/ou pela aplicação de avaliaçãode conhecimentos que permita aferir os atributos para matrícula na série, segmentoou etapa adequada.

Fica reservada ao Conselho Estadual de Educação a apreciação epronunciamento acerca de casos que envolvam a equivalência de estudos àconclusão do Ensino Médio.

Desta forma, consoante a base legal e análise processual, é nosso Parecernão conhecer o pedido de equivalência dos estudos realizados na Bélgica porAndré Raymond Fernand Piérard como compatíveis com a conclusão do EnsinoFundamental, nos termos da legislação brasileira.

Page 256: Revista Rio Educação Especial nº 8

254 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 05 de agosto de 2003.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANGELA MENDES LEITE

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

EBER SILVA

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

ROSE MARY COTRIM DE SOUZA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 19 de agosto de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicado em 29/09/2003

Page 257: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 255

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/101.875/2001

INTERESSADO: COORDENADORIA DE INSPEÇÃO ESCOLAR

PARECER CEE N° 400 / 2003 (N)

Responde consulta da Coordenadoria de Inspeção Escolar,firmando norma de autorização para funcionamento de Cursosde Educação para Jovens e Adultos em estabelecimentos deensino que possuam outros cursos legalmente autorizados.

HISTÓRICO

1. Instrução ProcessualHeloisa Helena Maciel Garcia - Matrícula 6062743-7, ilustre Coordenadora

da Coordenadoria de Inspeção Escolar do Estado do Rio de Janeiro – COIE.E,pelo Ofício E/COIE.E nº 716/01, de 20 de setembro de 2001, autuado em 24/09/2003, com abertura do Processo Administrativo E-03/101.875/01, solicita aoConselho Estadual de Educação orientações quanto ao procedimento daCoordenadoria de Inspeção Escolar.

Alinha, em consideração, a lembrança de que a Deliberação CEE nº 259/2000, em seu art. 11, parágrafo único, rege que “nenhuma instituição de ensinopoderá iniciar cursos de Educação de Jovens e Adultos sem estar devidamenteautorizada, não se aplicando o § 6º do art. 20 da Deliberação nº 231/98”.

2. Relatório AnalíticoA excelente instrução por parte da Assessoria Técnica da Câmara de

Educação Básica foi concluída pela competente Assessora Prof.ª Fernanda Tinococom a maior presteza. Estava pronta em menos de 15 (quinze) dias, a saber, em05 de outubro de 2001. O processo foi originariamente distribuído na Câmara deEducação Básica - CEB em 23/10/2001 à Douta Conselheira Francisca Pretzel.

O minudente Parecer da Relatora de então foi aprovado pela CEB/CEE em04/12/2001, com voto contrário do Conselheiro José Antonio Teixeira. O mesmoque, por conta dos irônicos caminhos que a burocracia desenha em aliança como tempo, agora é desafiado a se pronunciar na qualidade de novo Relator. E o faz,visto que sob número 417/2001, a peça originalmente aprovada em Plenário dodia 11 de dezembro de 2001 não logrou homologação pela Senhora Secretáriade Estado de Educação, Prof.ª Darcília Aparecida da Silva Leite.

Da Secretária de Estado de Educação, retornou o processo à CEB/CEE/RJ, com o competente despacho. O Secretário-Geral do CEE/RJ encaminhou“Para ciência da Câmara, do fato de não ter sido homologado pela Sra. Secretária”,aditando: “após ciência arquive-se.” Em, 05/02/2002. Com aprovação da Câmara,foi acolhida a manifestação da Relatora: “Solicito sobrestamente do presente

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256 RIO EDUCAÇÃO

processo tendo em vista o possível concurso para a suspensão”. Em, 12.03.2002.O “De acordo” do Sr. Secretário Geral à época, Prof. Jorge Magalhães, foi apostoem 14 de março de 2002.

2.1 – Conteúdo original que constituiria oParecer CEE nº 417/2001.

a) Íntegra de relevante trecho usado na construção do voto.

Sem grifos originais.

Sabemos que o modelo de burocracia adotada afasta as organizações daeficácia e eficiência desejada e da resposta rápida que têm que dar aos desafiosconstantes e mutáveis, o que acarreta algo de incômodo, paralisante, negativopara a gestão e para os cidadãos. Este modelo é particularmente sentido naAdministração Pública e reflete-se nomeadamente, na ausência de objetivos, nafalta de preocupação pelos custos, na ausência da qualidade, na falta de trabalhode equipe e na impossibilidade de desenvolver o potencial criativo das pessoas.O Estado precisa despertar nos governantes a responsabilidade que lhes cabena solução dos processos em prazo razoável, não mais se justificando que suaárea administrativa seja deficiente, poucos servidores, enfim todas as justificativasjá anunciadas. A Administração Pública não pode alegar, em sua própria defesa,problemas para os quais só o Estado tem a solução.

A omissão da Administração Pública, dependendo do que dispuser a normapertinente, pode representar aprovação ou rejeição da pretensão doadministrado.Quando a norma estabelece que, ultrapassado tal prazo, o silêncioimporta aprovação ou denegação do pedido do postulante, assim se deve entender,menos pela omissão administrativa do que pela determinação legal do efeito dosilêncio. Quando a norma limita-se a fixar prazo para a prática do ato, sem indicaras conseqüências da omissão administrativa, há que se perquirir, em cada caso,os efeitos do silêncio. Na verdade pouca ou nenhuma liberdade sobra aoadministrador público para deixar de praticar atos de sua competência legal.

Daí por que a omissão da autoridade ou o silêncio da Administração, quandodeva agir ou manifestar-se, gera responsabilidade para o agente omisso e autorizaa obtenção do ato omitido por via judicial. 1 Caio Tácito nos ensina que “a inérciada Administração, retardando ato ou fato que deva praticar, é abuso de poder,que enseja correção judicial e indenização ao prejudicado”. 2 O certo é que oadministrado jamais perderá seu direito subjetivo enquanto perdurar a omissãoda Administração no pronunciamento que lhe compete. (1) Meirelies. HeIy Lopes,Direito Administrativo Brasileiro - Malheiros Editores – pp.210 Edicao. (2) CaioTácito, O Abuso de Poder Administrativo no Brasil, ed. DASP, p.11.

A legalidade, como princípio de administração (art. 37, caput da CF/88),observa que as leis administrativas são, normalmente, de ordem pública e seuspreceitos não podem ser descumpridos, nem mesmo por acordo ou vontadeconjunta de seus aplicadores e destinatários, uma vez que contém verdadeiros“poderes-deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos”. Tais poderes sãoconferidos à Administração Pública para serem utilizados em benefício da

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RIO EDUCAÇÃO 257

coletividade e não podem ser renunciados ou descumpridos pelo administradorsem ofensa ao bem comum.

b) Trecho do voto que interdita a Sr.ª Secretária

para homologação. Sem grifos:

O Conselho de Educação instituído por princípio constitucional estadual,órgão da Secretaria de Educação ( Lei nº 3.155/98), tem como finalidade básicazelar para que se cumpram, no âmbito estadual, as leis do ensino a assegurar aação educativa e dentro do princípio da impessoalidade, somos de parecer que oórgão solicitante deve fazer uma pesquisa junto às Coordenadorias Regionaispara obter o número e localidade das escolas que pediram autorização paraministrar Cursos de Educação de Jovens e Adultos e de quantas professorasinspetoras são necessárias para compor as Comissões de Verificação.

Com a obtenção dos dados acima, estes devem ser encaminhados àSecretaria de Educação, para que, em conformidade com a Lei nº 8.666/93, art.13, possam ser contratados, em caráter de urgência, os serviços técnicosprofissionais especializados (pareceres, perícias e avaliações gerais - inciso II), afim de atender a demanda dos serviços públicos solicitados pelas escolas paraministrar a educação de jovens e adultos no ano de 2002.

c) Nossa manifestação sobre a específica proposição.

Embora sobremodo criativa e merecedora de estudos jurídicos detalhados,nosso juízo é que, a medrar a solução proposta, a arbitrariedade, casualidade eofensa legal ao Direito Administrativo se avolumaria no setor público. A Lei N.º8.666/93, conhecida como Lei das Licitações, não se sobrepõe ao regimeconstituído em nenhuma esfera do setor público. E até mesmo o caráterexcepcional previsto naquele diploma legal carece de fundamento, comprovaçãoe recursos orçamentários. Com vênia da proponente, entendemos que é interditaa homologação pela Sr.ª Secretária, pelo menos:

a) pela ilegalidade do ato proposto e disruptura do fundamento textual;

b) pela extrapolação das funções do Conselho Estadual de Educação,interferindo em ato de exclusiva competência do órgão ao qual se subordina;

c) pela dissociabilidade do voto com o objeto da inicial.

2.2 – Abordando o exclusivo objeto processualNa peça inaugural, adita a diligente autora que é de conhecimento público

que o setor de Inspeção Escolar está em fase de reestruturação das suas Equipesde Acompanhamento e Avaliação, o que provoca uma indesejável demora porparte das Comissões Verificadoras em comparecerem, “in loco”, para emissão deParecer conclusivo. Complementa lembrando que o atraso acaba ocasionando oinício das atividades sem o devido ato autorizativo e pelas mais diferentes razões.

Faz constar que, a reboque, ficam os alunos “desamparados”, ou seja, nãopodem ser certificados pela escola, visto que – funcionando ilegalmente - não

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258 RIO EDUCAÇÃO

possuem ato e/ou portaria de autorização. Complementa, argumentando que é oestudante, enfim, o único punido e injustamente prejudicado na sua “regularizaçãode vida escolar”. Como salientamos, competente instrução por parte daAssessoria Técnica da Câmara de Educação Básica foi concluída com brevidadee de modo simples e objetivo, traz à consideração que:

a) Dita o § 6º do art. 20 da Deliberação CEE nº 231/98,

citada na inicial:

“Decorridos os cento e oitenta dias da protocolização do pedido deautorização e não tendo o Poder Público se pronunciado conclusivamente quantoao pedido de autorização de funcionamento ou reexame em grau de recurso, orequerente pode dar início às atividades do estabelecimento de ensino, ficando -contudo - obrigado a cumprir todas as exigências formuladas ou a seremformuladas pelo Poder Público, visando ao pleno atendimento destas normas e àconsequente emissão do ato Autorizativo, do qual, obrigatoriamente, deverãoconstar as circunstâncias do início das atividades.” [verbis].

b) Versa o parágrafo único do art. 11 da Deliberação CEE nº 259/00:

“Nenhuma instituição de ensino poderá iniciar cursos de Educação de Jovense Adultos sem estar devidamente autorizada, não se aplicando o § 6º do art. 20 daDeliberação CEE nº 231/98” (grifo na instrução).

Por conta dos caminhos trilhados, o processo, escondido nas prateleirasda coisa largada, com a poeira que encobre tantas matérias inconclusas nos maisvariados setores de sacrificados órgãos públicos, permaneceu, obedientementesobrestado.

Num trabalho saneador provocado pelo ilustre Presidente do ConselhoEstadual de Educação, ressurgiu dos inertes guardados o processo. E que merece,mais do que nunca, plena apreciação. As razões do Ofício E/COIE.E nº 716/01,de 20 de setembro de 2001, estão presentes de modo inequívoco. Buscaremosresponder à consulta.

3. Premissas ao Mérito

a) Da Deliberação CEE nº 231/1998:

Art. 20 - § 6º — “Decorridos os cento e oitenta dias da protocolização dopedido de autorização e não tendo o Poder Público se pronunciado … o requerentepode dar início às atividades do estabelecimento de ensino, ficando … obrigadoa cumprir todas as exigências formuladas ou a serem formuladas pelo PoderPúblico … [ e no ato autorizativo] … obrigatoriamente, deverão constar ascircunstâncias do início das atividades.”

Explicitamente a norma se refere às atividades do estabelecimento deensino, e para que se preservem direitos, deveres e prazos, tanto pelo quecompete ao Poder Público, quanto pela instituição que se socorraexcepcionalmente do decurso de prazo: deverão constar as circunstâncias.

b) Da Deliberação CEE nº 259/2000:

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RIO EDUCAÇÃO 259

Art. 11 – “Nenhuma instituição de ensino poderá iniciar cursos de Educaçãode Jovens e Adultos sem estar devidamente autorizada, não se aplicando o § 6ºdo art. 20 da Deliberação CEE nº 231/1998”.

Também de modo explícito, o que estabelece a norma é o impedimentopara que qualquer instituição de ensino, sem estar devidamente autorizada,inicie a oferta de cursos para Educação de Jovens e Adultos se socorrendo dodecurso de prazo.

c) Questão pacífica: - um novo estabelecimento de ensino pode iniciar

as suas atividades implantando cursos de Educação para Jovens e

Adultos, com o apoio no instituto do decurso de prazo?

Absolutamente não. É proibido que um estabelecimento de ensino aindanão autorizado inicie a oferta de cursos de Educação para Jovens e Adultos sevalendo de decurso de prazo. Somente pode iniciar suas atividades quando houverlaudo conclusivo da Comissão Verificadora. Mesmo que a involuntária demora daComissão ou de sua constituição seja superior a 180 dias.

Antes de se propor a iniciar suas atividades, qualquer empreendedor, emqualquer atividade, avalia o potencial, regulamentos setoriais e risco. O mesmoprocedimento deve ser observado por quem pretenda iniciar a oferta de Educaçãopara Jovens e Adultos.

d) Questão subjacente: - um estabelecimento de ensino, já legalmente

autorizado para ministrar determinados cursos, pode iniciar as

atividades de um curso novo de Educação para Jovens e Adultos?

A norma não prevê. Se um estabelecimento de ensino já está legalmenteautorizado e solicita autorização para iniciar a oferta de cursos para Educação deJovens e Adultos, não está subordinado ao que rege a Deliberação CEE nº 231/98, no seu artigo 20, § 6º. Nem o que define o artigo 11 da Deliberação CEE nº259/00. Em tese, somente pode iniciar novas atividades quando houver laudoconclusivo de Comissão. A lacuna merece ser preenchida, atribuindo-secompetência à Inspeção Escolar da instituição.

e) Da atenção à Educação para Jovens e Adultos.

Na maioria das situações, como admite a caríssima titular da Coordenadoriade Inspeção Escolar, não há pessoal suficiente para o diuturno trabalho decampo e fiscalização permanente. Cabe a argüição: listas enviadas pelasinstituições à publicação no Diário Oficial do Estado, especialmente aquelascom a relação de alunos concluintes do Ensino Médio espelham um ato aferidopela Inspeção?

É certo que não. Porém, a partir da publicação no Diário Oficial, acertificação de conclusão passa a merecer fé pública. Sua inserção tornaextremamente difícil qualquer ação futura do Poder Público, se identificadas fraudesou incorreções. Portanto, há que se tratar de modo diverso a escola já existenteda escola que pretende existir.

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260 RIO EDUCAÇÃO

f) Possibilidade Prospectiva

À inaudita tentação de se retroceder e exigir que, antes de a escola publicaras relações de alunos concluintes do Ensino Médio, sejam as listas visadas pelaInspeção do estabelecimento, o que provocava severos atrasos, cabe comoalternativa prospectiva que:

I) Os estabelecimentos de ensino remetam à sede da Coordenadoria

Regional Metropolitana à qual estão subordinados a solicitação para

aferição das relações de alunos e publicação no Diário Oficial dos

concluintes do Ensino Médio, até trinta dias após a conclusão

do período letivo.

II) Nos Certificados de Conclusão do Ensino Médio, constará o vínculo

de validade com a publicação no Diário Oficial, ficando subordinados

à norma todos os estabelecimentos em funcionamento no Estado do

Rio de Janeiro que ofereçam a Educação Básica sob qualquer forma

ou modalidade.

VOTO DO RELATOR

Considerando as normas que regem a Educação Nacional; dado o dispostono texto legal emanado pelo Conselho Estadual de Educação; vista integridadeda matéria, VOTO:

É nosso Parecer que todo estabelecimento de ensino de EducaçãoBásica legalmente autorizado, possa iniciar a oferta de cursos de Educaçãopara Jovens e Adultos, na forma prevista pelo § 6º do artigo 20 da DeliberaçãoCEE nº 231/98. Na circunstância, em caráter excepcional, desde que o agente daInspeção Escolar que acompanha a escola, exare laudo conclusivo favorável,sem que com isso o estabelecimento fique dispensado de cumprir os demaispreceitos contidos na Deliberação CEE nº 231/98.

No entanto continua proibido que um estabelecimento de ensino ainda nãoautorizado inicie a oferta de cursos de Educação para Jovens e Adultos se valendode decurso de prazo. Somente pode iniciar suas atividades quando houver laudoconclusivo da Comissão Verificadora, tal como disposto na norma vigente.

Page 263: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 261

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2003.

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – PRESIDENTE E RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ANGELA MENDES LEITE

ANTONIO JOSÉ ZAIB

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

ESMERALDA BUSSADE

IRENE ALBUQUERQUE MAIA

ROSE MARY COTRIM DE SOUZA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 14 de outubro de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicado em 08/07/2004

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262 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PROCESSO N°: E-03/100.461/2003

INTERESSADO: CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOSEM RADIOLOGIA – CONTER

PARECER CEE Nº 463 / 2003 (N)

Determina às instituições que ministram Curso de EducaçãoProfissional, na Área de Saúde, Habilitação de Técnico emRadiologia que só matriculem alunos que tenham 18 anoscompletos até o início das aulas e mediante comprovação deconclusão do Ensino Médio, em atendimento à legislaçãovigente, e dá outras providências.

HISTÓRICO

O CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA – CONTER,neste ato representado pelo Ilustre Diretor Presidente, Sr. Fernando GerberFilho, solicita a este Conselho a adoção de providências necessárias no intuitode coibir que as escolas de formação de Técnicos em Radiologia deste Estadomatriculem alunos com idade inferior a 18 (dezoito) anos e sem comprovação daconclusão do Ensino Médio ou equivalente, cumprindo-se a legislação de regênciada profissão e normas emanadas do Conselho Nacional de Educação (art. 4º, §2º da Lei nº 7.394/85 c/c Parecer CNE/CEB nº 09/2001) sob pena de os alunos,nesta condição, não lograrem o registro profissional.

O Art. 4º da Lei nº 7.394/85, que regulamenta o exercício da profissão deTécnico em Radiologia, determina que as Escolas Técnicas de Radiologia sópoderão ser reconhecidas se apresentarem condições de instalação satisfatóriase corpo docente de reconhecida idoneidade profissional, sob a orientação de FísicoTecnólogo, Médico Especialista e Técnico em Radiologia, definindo no § 2º: queem nenhuma hipótese poderá ser matriculado candidato que não comprovar aconclusão de curso em nível de 2º Grau ou equivalente.

Com relação ao Parecer CNE/CEB nº 09/2001, aprovado em 13/03/2001,este orientou o Sistema de Ensino e as respectivas Escolas, a saber:

............................................................................................................1.1 – Os cursos Técnicos em Radiologia, da área de Saúde, só poderão ser

oferecidos a quem tenha 18 anos completos até o início das aulas, e mediantecomprovação de conclusão do ensino médio. Com isto, atende-se àRecomendação nº 115/60 da OIT (Organização Internacional do Trabalho),permitindo-se, também, atender ao determinado pela Lei Federal nº 7.394/85)”.(grifos do original).

Em 11/07/2002, foi publicada a Lei nº 10.508, que alterou o inciso I do art.2º da Lei nº 7.394/85, que passou a vigorar com a seguinte redação:

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RIO EDUCAÇÃO 263

“ I – ser portador de certificado de conclusão do ensino médio e possuirformação profissional mínima de nível técnico em radiologia”.

O solicitante informa que o descumprimento das normas acima pordeterminadas instituições tem criado embaraços jurídicos e desgastes para o SistemaCONTER/CRTRs, que, reiteradamente, vem sendo acionado judicialmente e que talatitude apenas ocasiona lesão aos alunos – terceiros de boa-fé – egressos de taiscursos, os quais, apesar de devidamente autorizados pelo Poder Público competente,insistem em descumprir as próprias normas emanadas pelo Sistema Educacional.

VOTO DA RELATORA

Diante do exposto, serve este Parecer para determinar que as Instituiçõesque ministram Cursos de Educação Profissional de Técnico em Radiologia, naárea Profissional de Saúde, cumpram as normas da lei que regulamenta a profissão,bem como as emanadas do Conselho Nacional de Educação acima referidas, sómatriculando em seus cursos alunos que tenham 18 anos completos até iníciodas aulas e mediante comprovação de conclusão do Ensino Médio, sob pena deterem suspensas as autorizações concedidas por este Colegiado.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 02 de dezembro de 2003.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN – PRESIDENTE

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL– RELATORA

ANTONIO JOSÉ ZAIB “ AD HOC”

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

MARIA LUCIA COUTO KAMACHE

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

VALDIR VILELA

WAGNER HUCKLEBERRY SIQUEIRA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 16 de dezembro de 2003.

RIVO GIANINI DE ARAÚJO

PRESIDENTE INTERINO

Publicado em 03/03/2004 e retificado em 11/03/2004

Page 266: Revista Rio Educação Especial nº 8

264 RIO EDUCAÇÃO

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PROCESSO Nº: E-03/100.838/2003

INTERESSADO: JORGE DE SOUZA OTONI

PARECER CEE Nº 113 / 2004 (N)

Responde a solicitação de Jorge de Souza Otoni, determina aretificação do Parecer CEE nº 195/2003 (N) deste Conselho, edá outras providências.

HISTÓRICO

Pelo Parecer CEE nº 195/2003 (N), de 17 de junho de 2003, homologado a16 de outubro e publicado no D.O. no dia 29 do mesmo mês e ano, o relator quesubscreve respondeu a uma consulta da Sociedade Especializada de Ensino emSaúde (SENES), sobre a exigência feita pelo COREN do Rio de Janeiro deapresentação de uma ficha relativa ao estágio curricular, como condiçãoindispensável para a inscrição de diploma emitido por estabelecimento de ensino.Nesse Parecer, fazia-se referência à Lei Estadual nº 3.277, como reguladora dosestágios profissionais. No dia 12 de novembro de 2003, Jorge de Souza Otoniapresentou pedido de retificação do referido Parecer.

VOTO DO RELATOR

O peticionário tem toda a razão ao indicar que a referida Lei nº 3.277 foimodificada pela de nº 3.547, de 10 de abril de 2001. Este relator baseou-se, defato, nos dados fornecidos pela Assessoria Técnica, constantes no processo, aqual não advertiu a referida modificação. Contudo, trata-se de erro puramenteformal, pois a substância do Parecer continua intacta, já que a última lei nãointroduziu nenhum dispositivo capaz de amparar a descabida exigência do CORENpara proceder ao registro de diplomas de validade nacional.

Contudo, a fim de sanar o defeito formal, determino que se proceda àretificação do mencionado Parecer, que passará a vigorar com a seguinte redação:

“Responde a consulta da Sociedade de Ensino Especializada em Saúde –SENES, sobre competência do COREN-RJ – Conselho Regional de Enfermagemdo Rio de Janeiro, e dá outras providências.

HISTÓRICO

A Sociedade Especializada de Ensino em Saúde –SENES, por meio doseu Diretor-Geral, Gabriel Fonseca Ribeiro, encaminhou a este Conselho petição

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RIO EDUCAÇÃO 265

de esclarecimentos em relação às exigências feitas pelo COREN/RJ, na suadecisão de nº 898/92, onde se estabelece que, para registro de Certificado ouDiploma de Enfermeiro no citado Conselho – e conseqüentemente, para o exercícioda profissão –, seja apresentada declaração de estágio assinada pelo enfermeirosupervisor contratado pela escola onde foram cursados os estudoscorrespondentes, e pelo enfermeiro-chefe do hospital onde o estágio foi realizado.A SENES alega que, “com essa exigência, levando em consideração que muitosconcluintes só procuram a escola para apanhar o diploma no momento deapresentá-lo ao emprego, torna-se difícil atender, com rapidez desejável, aquelesque concluíram o curso, nos anos de 80 e 90, em hospitais não mais utilizados ecom enfermeiros que não trabalham na escola”.

Deve-se frisar que o curso da SENES foi autorizado pelo Parecer desteConselho de número 134/78 e que teve aprovado o seu plano de adequação ànova legislação pelo Parecer de número 896/2002, homologado pelo Sr. Secretáriode Estado de Educação e publicado no Diário Oficial.

VOTO DO RELATOR

A Lei Estadual nº 3.277, de 28 de outubro de 1999, assim como a de nº3.547, que modificou os seus artigos 1º e 4º, nas quais parece basear-se a Decisãodo COREN, prescrevem apenas que o estágio seja prestado em Instituição ouempresa que tenha condições de proporcionar experiência prática na linha daformação. As mesmas leis apontam ainda os objetivos do estágio e que a jornadadeve compatibilizar-se com o horário do concedente e do estagiário. A Lei 3.547acrescenta ainda que não poderá ultrapassar trinta horas semanais. Mas asmesmas leis não fazem nenhuma referência à existência de uma “ficha” de estágioque deva ser remetida ao COREN, para obter a inscrição no órgão de classe. Talexigência foi introduzida apenas por deliberação do próprio COREN. O que seinscreve é o diploma ou certificado de conclusão do curso, emitidos sob aresponsabilidade da escola que ministra o curso e que estiver autorizada paratanto.

Ora, a função do COREN, como a de outras associações de classe (“Ordem”,“Colégio”, “Instituto”...) é apenas a de regulamentar e fiscalizar “o exercício” daprofissão. Os diplomas expedidos por estabelecimentos reconhecidos competentestêm validade nacional e não podem ser cerceados em âmbitos estaduais oumunicipais por decisões de organismos que carecem de qualquer poder legislativo.O COREN não é um órgão legislativo, mas apenas regulamentador e fiscalizador.Por isso, a exigência feita na citada Decisão nº 898/92 é descabida e ultrapassaas suas competências. Sublinhe-se ainda que, por ser de âmbito regional, talDecisão acabaria por introduzir uma discriminação odiosa contra os profissionaisde enfermagem que pretendam atuar no âmbito do nosso Estado.

O COREN seja, pois, notificado de que, de acordo com a legislação emvigor, não lhe compete introduzir, para o registro profissional, exigências alémdaquelas estabelecidas pela lei.”

Este é o parecer.

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266 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2004.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN – PRESIDENTE

JESUS HORTAL SÁNCHEZ – RELATOR

CELSO NISKIER

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO

MARIA LUCIA COUTO KAMACHE

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

VALDIR VILELA

WAGNER HUCKLEBERRY SIQUEIRA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 25 de maio de 2004.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 08/07/2004Retifica o Parecer CEE nº 195/2003 (N)

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RIO EDUCAÇÃO 267

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIORE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PROCESSO N°: E-03/ 100.338/2003

INTERESSADO: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL E CULTURAL SÃO JOSÉ

PARECER CEE Nº 114 / 2004 (N)

Estabelece isenção de Autorização, Reconhecimento eRenovação de Reconhecimento para oferta de Cursos de Pós-Graduação “lato sensu” por Instituição Credenciada por esteConselho, com base na Resolução CES/CNE nº 001/2001.

HISTÓRICO

A Fundação Educacional e Cultural São José, mantenedora da Faculdadede Ciências Humanas e Sociais Pe. Humberto, sediada na Rua Major PorphirioHenriques, nº 41 – Centro – Itaperuna/RJ, dirige-se a este Colegiado paraapresentar o Projeto do Curso de Pós-Graduação “lato sensu” em Auditoria ePerícia Contábil, nos termos do art. 6º da Resolução CES/CNE nº 01/2001.

VOTO DO RELATOR

A Resolução CES/CNE nº 01/2001- estabelece normas para ofuncionamento de cursos de pós-graduação e, de acordo com seu artigo 6º, oscursos de pós–graduação “lato sensu” oferecidos por instituições de ensino superiorou por instituições especialmente credenciadas para atuarem nesse níveleducacional, independentemente de autorização, reconhecimento e renovaçãode reconhecimento, devem atender ao disposto na Resolução.

Isto posto e considerando que a Faculdade de Ciências Humanas e SociaisPe. Humberto, mantida pela Fundação Educacional e Cultural São José, é umaInstituição de Ensino Superior, devidamente credenciada por este Conselho, votono sentido da aplicabilidade do que preconiza a Resolução CES/CNE nº 01/2001,artigo 6º, isentando toda e qualquer Instituição de autorização e/ou reconhecimentoou renovação de reconhecimento dos Cursos de Pós-Graduação “lato sensu” porelas ofertados.

Alertamos, no entanto, para o obrigatório cumprimento dos demais artigosda Resolução CES/ CNE Nº 01/2001.

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268 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2004.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN – PRESIDENTE

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO – RELATOR

CELSO NISKIER

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

JESUS HORTAL SÁNCHEZ

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

SOHAKU RAIMUNDO CÉSAR BASTOS

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 25 de maio de 2004.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 08/07/2004

Page 271: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 269

CÃMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PROCESSO Nº: E-03/100.874/2003

INTERESSADO: E.COIE (RELATIVO AO OFÍCIO 785/03)

PARECER CEE Nº 120 /2004 (N)

Responde a consulta da Coordenadoria de Inspeção Escolarsobre a aplicação do Art. 4.º da Deliberação CEE n.º 285/2003,na execução de convênios para cursos voltados à Educaçãopara Jovens e Adultos.

HISTÓRICO

1. Instrução ProcessualHeloisa Helena Maciel Garcia, MD. Coordenadora de Inspeção Escolar da

Secretaria de Estado de Educação, solicita a este Colegiado orientação quantoaos procedimentos a serem adotados pela COIE em relação à aplicação dodisposto na Deliberação CEE nº 259/2000, em face da edição da DeliberaçãoCEE nº 285/2003.

A matéria foi suscitada em virtude das comunicações efetivadas com AA.RR. pelo Colégio Alternativa, comunicando a intenção de funcionamento, segundoos documentos postais:

— RA 65640286 8 BR - MÈIER - Igreja Metodista;

— RA 65640287 1 BR - SANTÍSSIMO - Igreja Assembléia de Deus/RJ;

— RA 65640285 4 BR- S. GONÇALO - Igreja Brasil para Cristo, Bairro RaulVeiga;

— RA 65640288 5 BR - CACHOEIRAS DE MACACU - Igreja Batista –Japuíba.

2. Relatório AnalíticoApós análise feita por diversos setores, a ilustre Coordenadora de Inspeção

Escolar, Prof.ª Heloisa Helena Maciel Garcia, encaminhou ao Conselho Estadualde Educação a solicitação de orientação quanto aos procedimentos a seremadotados.

Cabe analisar e esclarecer, também, se é possível aceitar que umainstituição autorizada a funcionar em determinado Município valha-se desse amparolegal para funcionar em outro Município, mesmo que na mesma área daabrangência de dada Coordenadoria Regional.

Além do caso em tela, do Colégio Alternativa, cumpre-nos citar aqueles

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270 RIO EDUCAÇÃO

que envolvem e envolveram o Colégio Futuro Millenium, autorizado a funcionarapenas em Volta Redonda, mas operando em Barra Mansa, como havia feito emValença, Tanguá, Resende e Angra dos Reis – estes quatro últimos apreciadosnos Pareceres CEE nºs 1.000 e 1.002, de 2002.

3 – Premissas ao Mérito1.1 – Norma Legal: Autorização de Curso, local e endereço.

a) O Parágrafo único do Artigo 11 da Deliberação

CEE n.º 259/2000 dita:

Nenhuma instituição de ensino poderá iniciar cursos de Educação paraJovens e Adultos sem estar devidamente autorizada, não se aplicando o § 6º doArt. 20 da Deliberação CEE nº 231/98.

A preocupação do legislador foi tão severa que a excludência do § 6ºdo Art. 20 vem porque sequer é admitido o decurso de prazo na autorizaçãopara EJA.

b) O caput do Artigo 11 da Deliberação CEE n.º 259/2.000 define:

A autorização para funcionamento dos estabelecimentos de ensino queoferecem a Educação para Jovens e Adultos será concedida mediante oatendimento aos termos da Deliberação CEE nº 231/98, suas alterações e dapresente Deliberação.

Toda e qualquer escola que ofereça ensino presencial, inclusive deEducação para Jovens e Adultos, deve ser autorizada com base na DeliberaçãoCEE nº 231/98, porque o ato do Poder Público é único e inextensível: - é paradada escola que se sedia em determinado endereço: certo, prévia e devidamenteinspecionado.

c) Excepcionalidade: EJA como Curso Novo em escola já autorizada.

Em recente análise, com base no Processo: E-03/101.875 de 24/09/2001,este relator firmou Parecer pelo qual: “todo estabelecimento de ensinolegalmente autorizado, pode iniciar a oferta de cursos Educação para Jovens eAdultos, na forma prevista pelo § 6º do artigo 20 da Deliberação CEE nº 231/98.”

Na circunstância, em caráter excepcional, é bastante que o agente daInspeção Escolar que acompanha a escola exare laudo conclusivo favorável, semque, com isso, o estabelecimento fique dispensado de cumprir os demais preceitoscontidos na Deliberação CEE nº 231/98.

3.2 – Deliberação 259/2000 - Art. 7.º: texto revogado pelaDeliberação CEE nº 285/2003a) Mesmo que estivesse em vigor, o parágrafo 2.º do Art. 7.º, revogado pela

Deliberação, CEE nº 285/2003, não abrigaria funcionamento fora da sede:

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RIO EDUCAÇÃO 271

Caput do Art. 7º - Os cursos de Educação para Jovens e Adultos presenciais,com carga horária mínima … serão oferecidos por instituições de ensinodevidamente autorizadas.

§ 2º - As instituições de ensino especificamente autorizadas pelo órgãopróprio do Poder Público poderão ministrar Cursos de Educação para Jovens eAdultos presenciais em instituições religiosas, locais de trabalho, sindicatos,associações de moradores, telessalas e outros assemelhados, desde que o órgãode supervisão do Sistema de Ensino seja previamente informado porcorrespondência com A.R.

b) Competia, portanto, à Inspeção Escolar, nos termos da Deliberação

CEE nº 259, a palavra final. A Deliberação CEE nº 285 revogou o

Artigo 7.º, mas deixou, no Artigo 4.º, os mesmos poderes: identificar

se o projeto apresentado, o local indicado e os demais elementos

pertinentes atendem à determinação legal.

A informação por A.R. deve ser prévia, e a Inspeção Escolar pode vetar olocal se encontrar condição irregular ou inadequada, até mesmo quando lidarcom pedidos de estabelecimento totalmente regulares em suas sedes.

3.3 – Deliberação CEE nº 285/2003, de 26 de agosto de 2003 - Alteranormas para funcionamento de cursos destinados à Educação para Jovens eAdultos, revoga os artigos 7.º, 8.º, 9.º e 12 da Deliberação CEE n.º 259/ 2000, edá outras providências.

Art. 4º — Os Cursos para Jovens e Adultos destinados à alfabetização ouao primeiro segmento do Ensino Fundamental, equivalentes à etapa que abrangeda 1.ª à 4.ª série, terão estrutura e duração definidas pelas próprias instituições,desde que, antes do início de cada nova atividade, comuniquem ao órgãocompetente da Inspeção Escolar o Plano de Curso, o endereço e horário defuncionamento e os quadros técnico e pedagógico designados, paracadastramento, acompanhamento e fiscalização.

§ 1º — São consideradas credenciadas a oferecer, ministrar e certificar oscursos previstos no “caput” deste artigo todas as instituições de ensino integrantesdo Sistema Estadual de Ensino, ou, quando couber, do correspondente sistemade ensino federal ou municipal.

§ 2º — Os cursos previstos no “caput” deste artigo podem ser ministradospelas instituições de ensino consideradas credenciadas também sob a forma deconvênio com sindicatos, empresas, clubes, instituições religiosas, locais detrabalho ou associações em geral, desde que atuem exclusivamente no âmbitodo Município onde se sediam e façam a comunicação prevista no “caput” desteartigo.

No que concerne à nossa análise, o novo instrumento legal não deixadúvidas:

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272 RIO EDUCAÇÃO

a) Quanto à liberdade e amplitude para oferta de Educação para Jovens eAdultos na etapa equivalente ao segmento de 1.ª a 4.ª série do Ensino Fundamentale Classes de Alfabetização;

b) Quanto à exigência, para uso desta faculdade, é necessária a autorizaçãolegal para funcionamento da escola nas outras etapas da EJA;

c) Quanto aos itens que devem ser observados na efetivação do comunicadoà Inspeção Escolar e suas finalidade, bem como a autonomia da Inspeção;

d) Quanto ao limite geográfico, está bem definido: o Município onde a escolase sedia com a devida autorização do Poder Público.

Não pode, portanto, o Colégio Alternativa, ou qualquer outro educandário,valer dos diplomas legais vigentes, para criar, fora de sua sede, atividades apenasautorizadas para o endereço grafado no ato do Poder Público. A exceção, que énorma, está apenas no que dispõe o Artigo 4.º da Deliberação CEE nº 285/2003 enão contempla a 2.ª etapa do Ensino Fundamental, nem o Ensino Médio.

Este processo administrativo foi distribuído na Câmara de Educação Básica,estando com a completa instrução em 27/01/2004 e está concluso desde 01/03/2004. Por força do término de mandato, será dessa forma encaminhado a novoRelator, ou, na eventual recondução, assim apresentado à competente Câmara,aditado o voto.

VOTO DO RELATOR

Considerando as normas que regem a Educação Nacional; dado o dispostono texto legal emanado pelo Conselho Estadual de Educação; vista integridadeda matéria, VOTO:

É nosso Parecer, em resposta à consulta efetivada pela Coordenadoriade Inspeção Escolar, no que diz respeito à liberdade de criação de cursos econvênios voltados à Educação para Jovens e Adultos e sobre a aplicação do Art.4.º da Deliberação CEE nº 285/2003, tanto no que se refere à fiscalização, quantoaos locais de funcionamento:

a) Com base no disposto no Artigo 11 da Deliberação CEE nº 259, de 07de novembro de 2000, e na Deliberação CEE nº 231, de 20 de outubro de 1998,que:

A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de ensino queoferecem a Educação para Jovens e Adultos será concedida mediante oatendimento aos termos da Deliberação CEE nº 231/98, suas alterações e dapresente Deliberação. Assim:

Qualquer escola que ofereça ensino presencial, inclusive de Educação paraJovens e Adultos, deve ser autorizada com base na Deliberação CEE nº 231/98.Daí, o ato do Poder Público é único e inextensível: - é para dada escola, emendereço bem definido e mantida por pessoas ( físicas ou jurídicas) determinadas.

b) Com base no disposto no Artigo 4.º da Deliberação CEE nº 285/2003,

Page 275: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 273

de 26 de agosto de 2003, que altera normas para funcionamento de cursosdestinados à Educação para Jovens e Adultos, revogando os artigos 7.º, 8.º, 9.º e12 da Deliberação nº 259/ 2000, que:

Apenas os cursos para Jovens e Adultos destinados à alfabetização ou aoprimeiro segmento do Ensino Fundamental, equivalentes à etapa que abrange da1.ª à 4.ª série, ministrados por instituições devidamente autorizadas, terão estruturae duração definidas pelas próprias instituições.

É admitido que sejam celebrados convênios com sindicatos, empresas,clubes, instituições religiosas, locais de trabalho ou associações em geral, desdeque a oferta seja exclusivamente no âmbito do Município onde se sediam aescola e a entidade convenente.

Também é necessário que, antes do início de cada nova atividade, a escolacomunique ao órgão competente da Inspeção Escolar: o Plano de Curso, oendereço e horário de funcionamento e os quadros técnico e pedagógicodesignados, para fins de cadastramento, acompanhamento e fiscalização.Assim:

I - Quanto à liberdade e amplitude para oferta de Educação para Jovens eAdultos: restrita à etapa equivalente ao segmento de 1.ª a 4.ª série do EnsinoFundamental e Classes de Alfabetização;

II - Quanto à exigência, para uso da faculdade prevista no item i, é necessárioque a escola tenha autorização legal para funcionamento nas outras etapas daEJA;

III - Quanto aos itens que devem ser observados na efetivação docomunicado à Inspeção Escolar e suas finalidade, que neles embarcam anecessária Inspeção;

IV - Quanto ao limite geográfico, está bem definido: o Município onde aescola se sedia, segundo o ato autorizativo exarado pelo órgão competente doPoder Público.

Toda e qualquer atuação fora dos limites estampados nesta norma éabsolutamente irregular, intempestiva e ilegal.

No caso específico que motivou a consulta, é certo que o Colégio Alternativanem qualquer outro podem valer-se dos diplomas legais vigentes para criar,fora de sua sede, atividades apenas autorizadas para o endereço grafado no atodo Poder Público.

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274 RIO EDUCAÇÃO

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara de Educação Básica acompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 01 de Junho de 2004.

IRENE ALBUQUERQUE MAIA – PRESIDENTE

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA - RELATOR

AMERISA MARIA REZENDE DE CAMPOS

ÂNGELA MENDES LEITE

ARLINDENOR PEDRO DE SOUZA

EBER SILVA

ESMERALDA BUSSADE

FRANCÍLIO PINTO PAES LEME

JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE

ROSE MARY COTRIM DE SOUZA

TATIANA MEMÓRIA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 08 de junho de 2004.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

PRESIDENTEDO CEE/RJ

Publicado em 08/07/2004

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RIO EDUCAÇÃO 275

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E EDUCAÇÃOPROFISSIONAL

PROCESSO Nº: E-03/100.101/2004

INTERESSADO: CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ALCÂNTARA

PARECER CEE Nº 181 / 2004 (N)

Aprova o Plano de Curso e autoriza o funcionamento do Curso de EducaçãoProfissional, na Área da Saúde, com habilitação em Radiologia Médica eRadiodiagnóstico e Especialização em Enfermagem do Trabalho, a ser ministradopelo Curso Técnico de Enfermagem Alcântara, localizado na Rua Yolanda SaadAbusaid, nº 100 A – Shopping Sagres, salas 307, 401, 402, 403, 502, 503 e 601,Alcântara – São Gonçalo, de acordo com a Deliberação CEE nº 254/00, a partirda publicação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, e determina outrasprovidências.

HISTÓRICO

O Curso Técnico de Enfermagem Alcântara, localizado na Rua YolandaSaad Abusaid, nº 100 A – Shopping Sagres, salas 307, 401, 402, 403, 502, 503 e601, Alcântara – São Gonçalo, através de seu representante legal, dirige-se aeste Colegiado a fim de solicitar autorização para funcionamento do Curso deEducação Profissional, na área da Saúde, com Habilitação em Técnico emRadiologia Médica e Radiodiagnóstico e o de Especialização em Enfermagem doTrabalho, nos termos da Deliberação CEE nº 254/00.

Pelo Parecer CEE nº 301/03, homologado em 03/10/03 e publicado no D.Ode 15/10/03, a Instituição obteve autorização para funcionamento do Curso Técnicode Enfermagem, condição “sine qua non” para que uma Instituição possa vir aoferecer um Curso de Especialização em Enfermagem do Trabalho.

A Instituição apresentou os protocolos do Cadastro Nacional de Cursos deEducação Profissional de Nível Técnico, a saber: NIC 23.000721/ 2004 – 24 (paraa Habilitação em Técnico em Radiologia Médica e Radiodiagnóstico) e NIC23.000727/ 2004 – 59 (para a Especialização em Enfermagem do Trabalho).

VOTO DO RELATOR

O processo vem instruído com Planos de Curso elaborados nos termos dalegislação pertinente, com atendimento aos itens previstos no artigo 10 daDeliberação CEE nº 254/00, como segue:

a) Perfil profissional - desenhado conforme a demanda do setor, obedecendoao que determina a lei específica do exercício profissional;

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276 RIO EDUCAÇÃO

b) Justificativa e Objetivos - com considerações acerca da oferta dos cursos,atendendo à demanda apresentada no município em que serão oferecidos oscursos.

c) Organização Curricular - para o curso Técnico em Radiologia Médica eRadiodiagnóstico: está fundamentada nos princípios norteadores da EducaçãoProfissional, contemplados pelo Art. 3º da Resolução CNE/ CEB nº 04/ 99 e daDeliberação CEE nº 272/01. O curso apresenta carga horária de 1.200 h, acrescidasde 600 horas de Estágio Supervisionado, perfazendo um total de 1.800 horas,com duração mínima de 18 meses e horas aula de 60 minutos; para o curso deEspecialização em Enfermagem do Trabalho: estruturada para funcionar durante30 semanas com 16 horas – aula semanais (hora-aula de 60 minutos), com umacarga horária de 480 h, acrescida de 180 h de Estágio Supervisionado, perfazendoum total de 660 horas – Anexo I, deste Parecer.

d) Critérios de Aproveitamento de Competências – estão diretamenterelacionados com o perfil profissional de conclusão de Curso, que são expleitadasnas ações que o profissional deverá ser capaz de realizar; tudo de acordo com oque determina o Art. 11 da Resolução CNE/ CEB nº 04/99,

e) Requisitos de Acesso - para o Curso Técnico habilitação em RadiologiaMédica e Radiodiagnóstico: certificado de conclusão do Ensino Médio ouequivalente e ter, até a data do início das aulas, 18 anos completos (ParecerCNE/ CEB nº31/03); para o Curso de Especialização de Técnica em Enfermagemdo Trabalho, Diploma de Técnico em Enfermagem.

f) Corpo Docente - com titulação profissional adequada, conformedocumentação acostada ao processo. Anexo II deste Parecer

g) Instalação e equipamentos – encontram-se detalhados no corpo doprocesso e atendem ao que prescreve a legislação vigente.

h) Estágio Supervisionado – a Instituição apresenta o projeto dedesenvolvimento do Estágio Supervisionado, de acordo com o que determina asnormas legais em vigor.

Isto posto e considerando que os Planos de Curso apresentados estão deacordo com o estabelecido na Deliberação CEE nº 254/00 e demais legislaçãoespecífica, vota este relator no sentido de que seja autorizado o funcionamentodo Curso de Educação Profissional, na Área da Saúde, Habilitação de Técnicoem Radiologia Médica e Radiodiagnóstico e o de Especialização de Técnico emEnfermagem do Trabalho, a ser ministrado pelo Curso Técnico de EnfermagemAlcântara – com sede na Rua Yolanda Saad Abusaid, nº 100 A – Shopping Sagres,salas 307, 401, 402, 403, 502, 503 e 601 Alcântara – São Gonçalo, de acordocom a Deliberação CEE nº 254/00 e demais dispositivos legais, a partir dapublicação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, resguardando-se acondição de que o exercício profissional é de competência do órgão de Classe edeterminando-se que a Instituição assine o Termo de Compromisso, prescrito naDeliberação nº 272/01, para recebimento da Comissão de Especialistas.

A Secretaria Geral deste Colegiado, após a competente homologação e

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RIO EDUCAÇÃO 277

publicação no D.O deste parecer, deverá providenciar o registro da aprovaçãodos Planos de Curso junto ao Cadastro Nacional de Cursos de EducaçãoProfissional de Nível Técnico, para que o mesmo passe a ter validade Nacional.

CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 06 de julho de 2004.

MAGNO DE AGUIAR MARANHÃO – PRESIDENTE E RELATOR

ANTONIO JOSÉ ZAIB

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL

JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA – AD HOC

MARIA LUCIA COUTO KAMACHE

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 13 de julho de 2004.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 10/08/2004

Page 280: Revista Rio Educação Especial nº 8

278 RIO EDUCAÇÃO

Módulos C.H.Anatomia I e II 160

Fisiologia I e II 120

Bases Biológicas I e II 50

Ética Profissional 20

Saúde Coletiva I e II 50

Psicologia Aplicada à Radiologia 20

Direitos Humanos e Cidadania 25

Política de Saúde 25

Introdução à Radiologia Convencional 50

Patologia Aplicada à Radiologia I e II 80

Física Aplicada à Radiologia 30

Primeiros Socorros 20

Biossegurança nas ações de Saúde I e II 40

Proteção e Higiene das Radiações I e II 50

Técnicas Radiológicas I e II 100

Exame Contrastado I e II 50

Tomografia Computadorizada 30

Equipamentos Radiodiagnóstico I e II 40

Ressonância Magnética I e II 40

Radioterapia I e II 50

Hemodinâmica I e II 40

Mamografia 15

Densitometria Óssea 25

Administração em Radiologia 20

Metodologia de Pesquisa em Radiologia 20

Enfermagem Aplicada à Radiologia 30

Estágio Supervisionado 600

TOTAL 1.800

ANEXO I

MATRIZ CURRICULAR

TÉCNICO EM RADIOLOGIA

Page 281: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 279

MATRIZ CURRICULAR

ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM DO TRABALHO

Módulos C.H.Diretrizes Políticas e Legislação do Trabalhador 30

Epidemologia e Estatística Aplicada à Saúde do Trabalhador 50

Saneamento do Meio e Higiene e Segurança do Trabalho 40

Introdução a Organização do Serviço de Saúde 60

Fisiologia do Trabalho e Doenças Ocupacionais 50

Introdução à Saúde do Trabalhador 30

Relações Humanas no Trabalho 40

Ética Profissional 20

Ciências Sociais e Psicologia do Trabalho 40

Organização do Serviço de Saúde do Trabalhador 30

Enfermagem do Trabalho 50

Técnicas de Primeiros Socorros 40

Estágio Supervisionado 180

TOTAL 660

Page 282: Revista Rio Educação Especial nº 8

280 RIO EDUCAÇÃO

PROFESSOR TITULAÇÃO

ANEXO II

CORPO DOCENTE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EMENFERMAGEM DO TRABALHO

DISCIPLINAS

• Epidemologia eEstatística Aplicada àSaúde do Trabalho

• Saneamento do Meio eHigiene e Segurança doTrabalho

• Fisiologia do Trabalho eDoenças Ocupacionais

• Diretrizes Políticas eLegislação do Trabalho

• Introdução à Saúde doTrabalhador

• Introdução àOrganização do Serviçode Saúde

• Relações Humanas noTrabalho

• Enfermagem do Trabalho

• Técnicas de PrimeirosSocorros

• Organização do Serviçode Saúde do Trabalhador

• Ética Profissional• Ciências Sociais e

Psicologia do Trabalho

Adriani Barbosa daSilva Ferreira

Francisco SebastiãoPinheiro Ribeiro

Raulene de Souza

Níssia Paula Reisda Silva

Gilvânia Quintanilhados Santos

Graduado pelaFaculdade de

Enfermagem Luizade Marilac e Pós -Graduado em UTI

Especialização emEnfermagem e

Obstetrícia pela UFF

Licenciada emEnfermagem pela UFF

Graduadapela Faculdadede EnfermagemLuiza de Marilac

Graduada pelaFaculdade Integrada

Maria Tereza

Page 283: Revista Rio Educação Especial nº 8

RIO EDUCAÇÃO 281

PROFESSOR TITULAÇÃODISCIPLINAS

• Biossegurança nasAções de Saúde II

• EquipamentosRadiodiagnóstico I e II

• Técnicas Radiológicas I

• Enfermagem Aplicada àRadiologia

• Primeiros Socorros• Patologia Aplicada à

Radiologia I e II

• Proteção e Higiene daRadiação I

• Proteção e Higiene daRadiação II

• TomografiaComputadorizada

• Técnicas Radiológicas I• Técnicas Radiológicas II• Ressonância Magnética

• Saúde coletiva I• Anatomia I• Fisiologia I

• Saúde coletiva II• Anatomia I• Fisiologia II

ANEXO II

CORPO DOCENTE

CURSO DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA

Curso Henry DunanTécnico em Radiologia

Jorge Wilson AchietaAraujo

Francisco SebastiãoPinheiro Ribeiro

Carlos dos SantosSilva

Luiz Claudio Amorim

Raulene de Souza

Níssia Paula Reis daSilva

Graduado pelaFaculdade de

Enfermagem LuizaMarilac e Pós

Graduado em UTI

Curso Henry DunanTécnico em RadiologiaTécnico em Radiologia

Sociedade de EnsinoEscola Técnica

PadrãoTécnico emRadiologia

Especialização emEnfermagem e

Obstetrícia pela UFF

Licenciada emEnfermagem pela UFF

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282 RIO EDUCAÇÃO

PROFESSOR TITULAÇÃOGraduada emEnfermagem eObstetrícia pelafaculdade Luiza

de Marilac

Gilvânia Quintanilhados Santos

DISCIPLINAS

• Bases Biológicas I• Bases Biológicas II• Política de Saúde

• Ética Profissional• Psicologia Aplicada a

Radiologia• Direitos Humanos e

Cidadania

• Metodologia da Pesquisana Radiologia

• Administração emRadiologia

• Desintometria Óssea• Introdução à Radiologia

convencional

• Mamografia• Hemodinâmica I e II• Radioterapia I

• Exame Contrastados I• Exames Contrastados II• Radioterapia II

• Técnicas Radiológicas I• Física Aplicada à

Radiologia• Biossegurança nas

Ações de Saúde I

Adriani Barbosa daSilva Ferreira

Sunely Cristina RibeiroBichara Darrieux

Antônio Vieira deOliveira

Márcia ReginaNogueira da Rocha

Hamilton RamosCardoso

Carlos CaetanoChernicharo

Licenciatura emPsicologia pela

Faculdade IntegradaMaria Tereza

Graduada emPedagogia comEspecialização

Administração Escolarpela ASSOEC

Sociedade de EnsinoEscola Técnico PadrãoTécnico em Radiologia

Curso Henry DunanTécnico em Radiologia

Sociedade de EnsinoSuperior de Nova

IguaçuLicenciatura Plena

em Física

Centro TecnológicoManoel de Abreu

Técnico em Radiologia

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RIO EDUCAÇÃO 283

CÂMARA CONJUNTA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR EEDUCAÇÃO PROFISSIONAL

PROCESSO Nº: E-03/100.664/2003

INTERESSADO: FUNDAÇÃO JOÃO GOULART

PARECER CEE Nº 199 / 2004 (N)Credencia a Fundação João Goulart, situada na AvenidaPresidente Vargas, nº 914, 5º andar, Centro, Município do Riode Janeiro, para o oferecimento de cursos de pós-graduaçãolato sensu, e dá outras providências.

HISTÓRICO

Dalila de Brito Ferreira, Presidente da Fundação João Goulart, instituiçãode direito público, vinculada à Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e localizadana Av. Presidente Vargas, nº 914, 5º andar, com fulcro no art. 6º da ResoluçãoCNE/CES nº 1/2001, solicita credenciamento, a fim de que a citada Fundaçãopossa oferecer cursos de pós-graduação lato sensu, de especialização emAdministração Pública.

Ressalta a requerente que a matrícula no curso será aberta a servidores daPrefeitura desta cidade que sejam “portadores de diploma de graduação e quetenham sido selecionados através de processo cujos critérios são estabelecidospor banca examinadora designada para tal fim pelo Presidente da FundaçãoGoulart, ouvidos os respectivos Secretários Municipais da área de interesse docurso”.

VOTO DO RELATOR

Dois pontos devem ser elucidados previamente: a competência desteConselho Estadual de Educação para credenciar instituições para o oferecimentode cursos de pós-graduação lato sensu e a capacidade da Fundação João Goulartpara receber tal credenciamento.

I – Da autoridade do Conselho Estadual de Educação na área do EnsinoSuperior.

Em longo parecer, lavrado por ocasião do processo E-03/100.587/02, comdata de 26 de novembro de 2003, o Procurador Chefe da Procuradoria de ServiçosPúblicos, Dr. Flávio Müller, argumenta: “Por força de diretriz constitucional, o ensinosuperior ficou sob a gestão da União Federal, o ensino médio sob a gestão dosEstados membros e o ensino fundamental, sem prejuízo da competência estadual,ficou a cargo predominantemente, dos municípios, tudo isso, nos termos do art.211 da Lei Maior”. Parece-me que, s.m.j., a conclusão exorbita a premissa, pois o§ 3º do citado artigo diz textualmente: “Os Estados e o Distrito Federal atuarão

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284 RIO EDUCAÇÃO

prioritariamente [grifo nosso] no ensino fundamental e médio”. Prioritário nãosignifica uma exclusão de outras atividades, mas apenas preferência marcante.De fato, os Estados atuam, por competência própria e não por delegação, também,embora de forma restrita, no campo do ensino superior. As Universidades Estaduaissão uma realidade presente em praticamente todos os Estados da Federação, etodas elas foram estabelecidas por ato dos poderes estaduais, não dos federais.Tal é o caso das nossas UERJ e UENF. Aliás, a primeira Universidade brasileiraa funcionar como tal e não como mera entidade jurídica (como foi o caso,inicialmente, da “Universidade do Brasil”, hoje UFRJ), foi a USP, seguida poroutras duas grandes Universidades Paulistas, a UNICAMP e a UNESP.

Mesmo os Municípios, embora em virtude do § 2º do citado artigo 211 daConstituição Federal atuem “prioritariamente no ensino fundamental e na educaçãoinfantil”, não estão limitados a esse campo. Em todo o Brasil, além de algunscolégios municipais, para o Ensino Médio, existem também Instituições Municipaisde Ensino Superior. Tal é o caso, por exemplo, no nosso Estado, da FERLAGOS,em Cabo Frio, da Fundação Educacional São José e da FUNITA, em Itaperuna,etc. No Estado de Santa Catarina, onde existe apenas uma Universidade Federal,há uma Estadual multicampi e grande número de Universidades Municipais,integradas no sistema ACAFE. Em Minas Gerais, ao ser promulgada a novaConstituição Estadual, uma disposição transitória permitiu que as InstituiçõesMunicipais de Ensino Superior se agrupassem para forma a Universidade doEstado. Contudo, algumas unidades não optaram por essa transformação econtinuam até o dia de hoje como instituições municipais Advirta-se, porém, que,em virtude da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as instituições municipaisde ensino superior não formam parte do sistema municipal de ensino e sim doestadual. Com efeito, a LDB (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, determina,no seu artigo 17:

“O sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem:

I – As instituições [sem distinção de níveis: fundamental, básico esuperior!] mantidas, respectivamente pelo Poder Público estadual e pelo DistritoFederal”

II – As instituições de educação superior mantidas pelo Poder Públicomunicipal”

Fica, pois, suficientemente claro que, dentro do sistema estadual de ensinose enquadram algumas instituições de ensino superior (as mantidas pelos PoderesPúblicos Estadual ou Municipal) e, conseqüentemente, os Conselhos Estaduaisde Educação exercem as suas funções, também sobre elas.

O ilustre Procurador Chefe citado entendeu, porém, a autoridade dosEstados, neste campo, de modo extremamente restritivo. Apoiou-se, para tanto,no inciso IX, do art. 9º da LDB, que reza:

“A União incumbir-se-á de:... IX – autorizar, reconhecer, credenciar,supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educaçãosuperior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino”.

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RIO EDUCAÇÃO 285

O conteúdo do item está, evidentemente, condicionado à cláusula final: “oseu sistema de ensino”. Ora, o art. 16 da mesma lei determina muito claramente:

“O sistema federal de ensino compreende:

I – As instituições de ensino [de qualquer nível] mantidas pela União;

II – As instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativaprivada”

.............

É, pois, nítido que as instituições criadas e mantidas pelos Poderes PúblicosEstadual e Municipal ficam fora do sistema federal. A maior abundância, o art. 10ºda mesma Lei determina:

Os Estados incumbir-se-ão de:

...........

IV – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar,respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e osestabelecimentos do seu sistema de ensino”.

O paralelismo absoluto entre este dispositivo e o do já transcrito item IX doart. 9º é tão completo, que não deixa a menor dúvida: no âmbito do seu sistema(cursos e estabelecimentos de ensino superior criados e mantidos pelos poderespúblicos estadual e municipal), os Estados não dependem da União, sãoautônomos. A ela compete apenas, como determina o art 8º, § 2º, “a coordenaçãoda política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas eexercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demaisinstâncias educacionais”.

II – Da autoridade do Conselho Estadual de Educação para credenciarinstituições para ministrar cursos de pós-graduação lato sensu.

Estabelecida a competência genérica do Conselho Estadual de Educação,em relação à Educação Superior, dentro do âmbito do sistema estadual, restadeterminar se neste se incluem também cursos de pós-graduação lato sensu. Emprincípio, nem precisaria tratar desta matéria, pois, conforme o velho adágio jurídico“ubi lex non distinguit, nec nos distinguere debemus” (onde a lei não distingue,nós também não devemos distinguir). De fato, o art. 44 da LDB determina:

A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas:

...............

III – de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado edoutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos acandidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigênciasdas instituições de ensino”.

Na nossa terminologia, pós-graduação stricto sensu são os cursos demestrado e doutorado, enquanto a lato sensu está constituída por todos os outros

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286 RIO EDUCAÇÃO

mencionados no inciso transcrito. Mas a lei não reservou à União nenhum cursosuperior que, de acordo com a mesma, se encontre dentro do âmbito do sistemaestadual de ensino.

Contra esta competência, tão claramente estabelecida, o ilustre ProcuradorGeral argumenta, porém, com a Resolução CNE/CES 01/2001, de 1º de abril de2001. Para tanto, reproduz o art. 6º:

“Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por instituições de ensinosuperior ou por instituições especialmente credenciadas para atuarem nesse níveleducacional independem de autorização, reconhecimento e renovação dereconhecimento e devem atender ao disposto nesta resolução”.

Nada a opor a esse dispositivo legal, mas não podemos deixar de nosmanifestar contra a interpretação restritiva, sem fulcro no texto legal, dada a estepreceito pela procuradoria. Escreve o Dr. Müller: “é força concluir que somente sepode considerar legítimo o curso de pós-graduação desde que seja oferecido porentidade de Ensino Superior – já reconhecida como tal pela esfera federal – oupor instituição especialmente credenciada para atuar nesse nível educacional peloórgão federal competente”. Conforme demonstramos acima, não existe essaexclusividade das instâncias federais. Dentro do âmbito dos seus respectivossistemas, o Distrito Federal e os Estados são competentes para reconhecer cursose credenciar instituições, conforme está determinado no art. 10º da LDB acimatranscrito. Ainda mais, a própria Resolução do CNE, deixa bem clara a diversidadede instâncias, ao determinar, no seu art. 7º: “Os cursos de pós-graduação latosensu ficam sujeitos à supervisão dos órgãos competentes a ser efetuada porocasião do recredenciamento da instituição”. Advirta-se que o Conselho não faloude “órgãos federais competentes”, mas simplesmente de “órgãos competentes”,o que, dentro do quadro da LDB, significa “órgãos competentes no âmbito dosdiversos sistemas educacionais”.

Se ainda restasse dúvida, temos o Parecer de nº 852/2001, aprovado pelaCâmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, aos 5 dejunho de 2001 (após a Resolução 01/2001), respondendo a uma consulta doConselho Estadual de Educação do Paraná. A questão apresentada era sobre acompetência do Conselho Estadual para autorizar cursos de pós-graduação latosensu fora da sede da instituição que os oferta. A conclusão é nítida:

“a) os cursos de pós-graduação lato sensu deverão ser oferecidos na formaregulamentada na Resolução CNE/CES nº 1/2001, desta Câmara;

b) a referida Resolução não faz mais distinção entre cursos ofertados nasede ou fora dela;

c) os órgãos responsáveis dos respectivos sistemas de ensino [o sublinhadoé nosso] serão os responsáveis pela supervisão dos cursos oferecidos, por ocasiãodo credenciamento institucional”.

Fica, portanto, bem clara a competência deste Conselho em relação aoscursos de pós-graduação lato sensu oferecidos em estabelecimentos pertencentes

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RIO EDUCAÇÃO 287

ao sistema estadual de educação, ou seja, criados e mantidos pelos poderesestadual ou municipal.

III – Da capacidade da Fundação João Goulart para recebercredenciamento do Conselho Estadual de Educação para ministrar cursos de pós-graduação lato sensu.

É claro que, não sendo, por sua natureza específica, uma instituição deensino superior, a Fundação João Goulart não pode oferecer, sem mais, cursosde pós-graduação lato sensu. Isso é assim, não obstante o Estatuto da FundaçãoJoão Goulart que prevê, explicitamente, no art. 5º, inciso IV, como um dos seusobjetivos: “promover cursos de especialização em Administração Pública, Governoe Áreas afins”.

Por outro lado, o já transcrito art. 6º da Resolução CNE 01/2001 prevêexplicitamente que, além das instituições de ensino superior, também outras“instituições especialmente credenciadas para atuarem nesse nível educacional”poderiam oferecer tais cursos. A Fundação João Goulart é uma instituição dedireito público, criada pelo Decreto Municipal nº 10.975, de 28 de abril de 1992, deacordo com a autorização expressa na Lei nº 1.848, de 27 de fevereiro de 1992.Ela é mantida pelo poder público municipal; por isso, qualquer iniciativa dela nocampo do ensino superior cai dentro do chamado “sistema estadual de educação”.Conseqüentemente, o credenciamento corresponde ao Conselho Estadual deEducação, com homologação do Secretário de Estado de Educação.

IV – Da concessão do credenciamento solicitado.

Examinando a documentação apresentada, vejo que o projeto pedagógicoé consistente e que o corpo docente proposto é idôneo, não só em virtude da suatitulação acadêmica, mas também pela ampla experiência profissional de quedesfruta. Por isso, levando também em conta a conhecida idoneidade da instituiçãoe a sua finalidade básica para a formação de recursos humanos no âmbito daadministração municipal, não duvido em conceder o credenciamento solicitado,condicionado, porém, ao resultado de uma inspeção, in loco, a ser feita porComissão Verificadora, para avaliar as condições materiais de funcionamento.

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CONCLUSÃO DA CÂMARA

A Câmara Conjunta de Educação Superior e Educação Profissionalacompanha o voto do Relator.

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2004.

FRANCISCA JEANICE MOREIRA PRETZEL – PRESIDENTE

JESUS HORTAL SÁNCHEZ - RELATOR

ANTONIO JOSÉ ZAIB

JOSÉ CARLOS MENDES MARTINS

MARIA LUCIA COUTO KAMACHE

VALDIR VILELA

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

O presente Parecer foi aprovado por unanimidade.

SALA DAS SESSÕES, no Rio de Janeiro, em 03 de agosto de 2004.

ROBERTO GUIMARÃES BOCLIN

PRESIDENTE DO CEE/RJ

Publicado em 01/03/2005Republicado em 03/03/2005Homologado pela Portaria CEE nº 181/2005 de 22/02/2005

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Índice

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Page 295: Revista Rio Educação Especial nº 8

DELIBERAÇÕES

INDICAÇÃO Nº 01/05 ............................................................................................. 7DELIBERAÇÃO CEE Nº 233 / 98 ......................................................................... 11DELIBERAÇÃO CEE Nº 234 / 98 ......................................................................... 13DELIBERAÇÃO CEE Nº 235 / 98 ......................................................................... 15DELIBERAÇÃO CEE Nº 236 / 99 ......................................................................... 17DELIBERAÇÃO CEE Nº 237 / 99 ......................................................................... 21DELIBERAÇÃO CEE Nº 238 / 99 ......................................................................... 23DELIBERAÇÃO CEE Nº 239 / 99 ......................................................................... 25DELIBERAÇÃO CEE Nº 240 / 99 ......................................................................... 28DELIBERAÇÃO CEE Nº 241 / 99 ......................................................................... 32DELIBERAÇÃO CEE Nº 242 / 99 ......................................................................... 35DELIBERAÇÃO CEE Nº 243 / 99 ......................................................................... 39DELIBERAÇÃO CEE Nº 244 / 99 ......................................................................... 42DELIBERAÇÃO CEE Nº 245 / 99 ......................................................................... 45DELIBERAÇÃO CEE Nº 246 / 99 ......................................................................... 52DELIBERAÇÃO CEE Nº 247 / 99 ......................................................................... 55DELIBERAÇÃO CEE Nº 248 / 99 ......................................................................... 57DELIBERAÇÃO CEE Nº 249 / 2000 ..................................................................... 59DELIBERAÇÃO CEE Nº 250 / 2000 ..................................................................... 62DELIBERAÇÃO CEE Nº 251 / 2000 ..................................................................... 66DELIBERAÇÃO CEE Nº 252 / 2000 ..................................................................... 70DELIBERAÇÃO CEE Nº 253 / 2000 ..................................................................... 73DELIBERAÇÃO CEE Nº 254 / 2000 ..................................................................... 80DELIBERAÇÃO CEE Nº 255 / 2000 ..................................................................... 84DELIBERAÇÃO CEE Nº 256 / 2000 ..................................................................... 87DELIBERAÇÃO CEE Nº 257 / 2000 ..................................................................... 90DELIBERAÇÃO CEE Nº 258 / 2000 ..................................................................... 92DELIBERAÇÃO CEE Nº 259 / 2000 ..................................................................... 94DELIBERAÇÃO CEE Nº 260 / 2000 ..................................................................... 98DELIBERAÇÃO CEE Nº 261 / 2000 ................................................................... 102DELIBERAÇÃO CEE Nº 262 / 2000 ................................................................... 104DELIBERAÇÃO CEE Nº 263 / 2001 ................................................................... 106DELIBERAÇÃO CEE Nº 264 / 2001 ................................................................... 110

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DELIBERAÇÃO CEE Nº 265 / 2001 ................................................................... 112DELIBERAÇÃO CEE Nº 266 / 2001 ................................................................... 117DELIBERAÇÃO CEE Nº 267 / 2001 ................................................................... 119DELIBERAÇÃO CEE Nº 268 / 2001 ................................................................... 121DELIBERAÇÃO CEE Nº 269 / 2001. .................................................................. 123DELIBERAÇÃO CEE Nº 270 / 2001 ................................................................... 125DELIBERAÇÃO CEE Nº 271 / 2001. .................................................................. 131DELIBERAÇÃO CEE Nº 272 / 2001. .................................................................. 134DELIBERAÇÃO CEE Nº 273 / 2001 ................................................................... 140DELIBERAÇÃO CEE Nº 274 / 2002 ................................................................... 142DELIBERAÇÃO CEE Nº 275 / 2002 ................................................................... 144DELIBERAÇÃO CEE Nº 276 / 2002 ................................................................... 152DELIBERAÇÃO CEE Nº 282 / 2003 ................................................................... 154DELIBERAÇÃO CEE Nº 285 / 2003 ................................................................... 156DELIBERAÇÃO CEE Nº 286 / 2003 ................................................................... 160DELIBERAÇÃO CEE Nº 287 / 2003 ................................................................... 172DELIBERAÇÃO CEE N° 290 / 2004. .................................................................. 174

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PARECERES NORMATIVOS

PARECER CEE Nº 411 / 2000 (N) ..................................................................... 179PARECER CEE Nº 413 / 2000 (N) ..................................................................... 188PARECER CEE Nº 805 / 2000 (N) ..................................................................... 190PARECER CEE Nº 258 / 2001 (N) ..................................................................... 194PARECER CEE Nº 319 / 2002 (N) ..................................................................... 196PARECER CEE Nº 553 / 2002 (N) ..................................................................... 198PARECER CEE Nº 569 / 2002 (N) ..................................................................... 200PARECER CEE N° 593 / 2002 (N) ..................................................................... 202PARECER CEE Nº 631 / 2002 (N) ..................................................................... 209PARECER CEE Nº 766 / 2002 (N) ..................................................................... 213PARECER CEE Nº 859 / 2002 (N) ..................................................................... 215PARECER CEE N° 860 / 2002 (N) ..................................................................... 218PARECER CEE Nº 861 / 2002 (N) ..................................................................... 224PARECER CEE Nº 1.074 / 2002 (N) .................................................................. 232PARECER CEE Nº 065 / 2003 (N) ..................................................................... 234PARECER CEE Nº 066 / 2003 (N) ..................................................................... 239PARECER CEE Nº 067/ 2003 (N) ...................................................................... 242PARECER CEE Nº 132 / 2003 (N) ..................................................................... 247PARECER CEE Nº 195 / 2003 (N) ..................................................................... 250PARECER CEE Nº 282 / 2003 (N) ..................................................................... 252PARECER CEE N° 400 / 2003 (N) ..................................................................... 255PARECER CEE Nº 463 / 2003 (N) ..................................................................... 262PARECER CEE Nº 113 / 2004 (N) ..................................................................... 264PARECER CEE Nº 114 / 2004 (N) ..................................................................... 267PARECER CEE Nº 120 / 2004 (N) ..................................................................... 269PARECER CEE Nº 181 / 2004 (N) ..................................................................... 275PARECER CEE Nº 199 / 2004 (N) ..................................................................... 283

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