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Rochas & Equipamentos | 2º Trimestre 2011 | Nº 101 | XXVI Anos | Preço: € 8.00 -Fundação Champalimaud- Um Link à Torre de Belém

Revista Rochas & Equipamentos N. 101

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Revista da Industria da Pedra Natural

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-Fundação Champalimaud-

Um Link à Torre de Belém

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CAPA:Capa - Fundação e Centro de Investigação ChampalimaudProdução Fotográfica - Diana Quintela - Comedil, LdaEDITOR EXECUTIVO:NUNO HENRIQUES

DESIGN E PRODUÇÃO:CRISTINA SIMÕES

DIR. ADMINISTRATIVA:M. JOSÉ SOROMENHO

REDACÇÃO:MANUELA MARTINS

DEP. COMUNICAÇÃO E ASSINATURAS:M. JOSÉ SOROMENHO

IMPRESSÃO:OFFSET MAIS - Artes Gráficas, S.A.Rua Latino Coelho Nº6 - Venda Nova | 2700 - 516 AmadoraTelef.: 21 499 87 00 | Fax: 21 499 87 17 Email: [email protected] www.offsetmais.pt

PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA:COMÉDIL, LDA.

ASSINATURA ANUAL:PORTUGAL: 32 Euros

TIRAGEM:3000 Ex.

COLABORADORES NESTA EDIÇÃO COLABORATORES

A.Casal MouraOctávio Rabaçal MartinsVictor LambertoLaboratório do INETCevalor

CORRESPONDENTES:

Brian Robert Gurteen - Alemanha Cid Chiodi Filho - BrasilManuel Santos Guedes - PortugalMarco Selmo - ItáliaPaulo Flório Giafarov - BrasilSérgio Pimenta - Bélgica

ROCHAS & EQUIPAMENTOS

REVISTA DA INDÚSTRIA DA PEDRA NATURAL

NATURAL STONE INDUSTRY MAGAZINE

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL

Nº 101 - 26º ANO

2º TRIMESTRE 2011

ABRIL | MAIO | JUNHO

DIRECTORNUNO HENRIQUESC.I.P. Nº [email protected]

PROPRIEDADECOMEDIL - COMUNICAÇÃO E EDIÇÃO, LDA.NIPC - Nº 502 102 152

EDITORES:COMEDIL - COMUNICAÇÃO E EDIÇÃO, LDA.Empresa Jornalística Registada no Instituto de Comunicação Social nº 223679

ADMINISTRAÇÃO, REDACÇÃO E PUBLICIDADE:Rua das Enfermeiras da Grande Guerra, 14-A1170 - 119 LISBOA - PORTUGALTelef.: + 351 21 812 37 53 | Fax: + 351 21 814 19 00E-mail: [email protected]

ROCHAS&EQUIPAMENTOS E A SUA DIRECÇÃO EDITORIAL PODERÃO NÃO CONCORDARNECESSARIAMENTE COM TODAS AS OPINIÕES EXPRESSAS PELOS AUTORES DOS ARTIGOS PUBLICADOS OU POR AFIRMAÇÕES EXPRESSAS EM ENTREVISTAS, COMO NÃO SE RESPONSABILIZA POR POSSÍVEIS ERROS, OMISSÕES E INEXACTIDÕES QUE POSSAM EVENTUALMENTE EXISTIR.

ROCHAS&EQUIPAMENTOS NÃO É PROPRIEDADE DE NENHUMA ASSOCIAÇÃO SECTORIAL.

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL:EMPRESAS EXTRACTORAS E TRANSFORMADORAS DO SECTOR DA PEDRA NATURAL, FABRICANTES E REPRESENTANTES DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, ABRASIVOS, FERRAMENTAS DIAMANTADAS, ACESSÓRIOS, ARQUITECTOS, CONSTRUTORES, DESIGNERS, ENGENHEIROS, GEÓLOGOS, EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO E SERVIÇOS, ENTIDADES OFICIAIS, ENTIDADES BANCÁRIAS, UNIVERSIDADES, INSTITUTOS E FEIRAS SECTORIAIS.

PREÇO: 8,00 €DEP. LEGAL Nº 40622/90REGISTADO NO I.C.S. Nº 108 066

ROCHAS & EQUIPAMENTOS É MEMBRO DAS ASSOCIAÇÕES JORNALÍSTICAS:

BÉLGICA

ROCHAS & EQUIPAMENTOS

Sumário

Summary

EditorialEditorial 4

ObrasConstruction 6

UM LINk à ToRRE dE BELéM

UMA SALA dE VISITAS REVESTIdA A LIoz

Boas PráticasBest Practices 22

CANAL ABERTo

DocumentosDocuments 24

GRANdES LINHAS dA EVoLUÇÃo do SECToR MUNdIAL dAS RoCHAS oRNAMENTAIS EM 2007

LegislaçãoLegislation 46

dESpACHo VEM CLARIfICAR ApLICAÇÃo do ARTIGo 5º dA LEI dAS pEdREIRAS

REACÇõES Ao dESpACHo

Feiras & CongressosFairs & Congresses 52

fEIRAS 2011

GLoBAL SToNE CoNGRESS 2012

NotíciasNews 56

pEdRA poRTUGUESA VAI REVESTIR o BANCo CENTRAL do kUwAIT

CoLóqUIo AICEp SoBRE o CoMéRCIo NA CHINA

ExpoRTAÇõES dE RoCHAS oRNAMENTAIS AUMENTARAM 7,5% EM 2010

poRTUGAL EM oITAVo LUGAR No RANkING doS pAíSES pRodUToRES E ExpoRTAdoRES dE pEdRA NATURAL

MESTRES CALCETEIRoS poRTUGUESES dÃo CURSo No RIo dE JANEIRo

CARIoCAS fAzEM ESCAdAS CoM pEdRAS dA CALÇAdA

ARCo EM pEdRA NATURAL CoM 64m dE ExTENSÃo é dESCoBERTo No AfEGANISTÃo

SERVIÇo GEoLóGICo do BRASIL LANÇA ATLAS dE RoCHAS oRNAMENTAIS dA AMAzóNIA

Sopa da PedraThe Stone Soup 68

oS SABoRES dA pEdRA

R & E Buyers GuideR & E Buyers Guide 74

Próxima EdiçãoNext 84

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS4

[email protected]

Caros Leitores,

Numa conjuntura económica, política e social em que receamos que o Céu nos caia em cima, uma sensação que agora partilhamos, ainda que por outros motivos, com o nosso velho amigo gaulês Asterix, é terapêutico encher o olhar e a memória com sucessos. Um caso de sucesso é, inequivocamente, o Centro de Investigação Champalimaud.

é uma das obras mais grandiosas realizadas recentemente em portugal. por muitos motivos: porque não derrapou nos prazos; porque cumpriu rigorosamente os orçamentos; porque não houve nenhum acidente de trabalho durante a execução; porque é o maior Centro de Investiga-ção da península Ibérica, na vanguarda mundial da investigação sobre o cancro; porque associa no mesmo espaço físico a pesquisa clínica e o tratamento oncológico; porque revela, nesta associação, o reconhecimento público de que os médicos e os cientistas também aprendem e evoluem muito com os doentes; last but not the least porque o edifício é uma belíssima obra arquitectónica toda revestida a pedra natural.

A pedra continua a ser o material eleito para obras de referência, que perduram na eternidade como marcos de uma civilização. é esta a opinião inequívoca dos vários arquitectos que coor-denaram o projecto e a obra da fundação Champalimaud e que entrevistamos nesta edição da Revista Rochas e Equipamentos. Este edifício é um legado para a posteridade que vem integrar o valioso património cultural e histórico da zona ribeirinha. o revestimento da fachada a pedra natural vem reforçar a identidade do local. Acrescem as características físico mecânicas de um material mais resistente e duradouro, com capacidade para resistir com mais fortaleza e longe-vidade às adversidades das rajadas marítimas….e das gaivotas!

Também nos espaços públicos urbanos a memória colectiva é, inequivocamente, inscrita na pedra e através da pedra. O largo, a praça, mesmo nos meios rurais, sempre tiveram acabamento mais nobre, ao nível dos pavimentos, na eleição dos materiais, texturas e cores que conferissem ao espaço em causa um carácter que o individualizasse dos outros espaços.

A “nova” praça do Terreiro do paço, revestida a lioz, é disso um exemplo. Revelamos nesta edição, em primeira mão, que vai ter que receber, brevemente, obras de reparação. Apesar de ser um espaço recentemente renovado a urgência em usá-lo na sua utilidade mais nobre - o acolhimento de manifestações sociais e culturais, como foi o caso da realização da missa pa-pal em Maio do ano passado � precipitou a finalização da obra que não ocorreu nas melhores condições meteorológicas.

Uma visita mais demorada à praça revela - e as fotografias aqui publicadas transmitem-no bem - que o espaço já foi apropriado pelos cidadãos. ou seja, a “construção do lugar” já é efec-tiva. o arquitecto Luís Bruno Soares, autor do projecto, que entrevistamos nesta edição, tinha consciência de que a primeira condição para que hoje um lugar possa definir-se como praça é a sua pedonização, o acesso restrito a pessoas.

o fecho da edição deste número da Rochas e Equipamentos coincide com uma notícia (po-sitiva) de que também lhe damos conta: a publicação do tão esperado despacho que vem finalmente clarificar o regime de regularização das massas minerais, ao abrigo do artigo 5º da “Lei das pedreiras”.

Uma mão cheia de razões para encarar com optimismo o sector, apesar das adversidades. E para continuar a trabalhar na nossa companhia!

NuNo EstEvEs HENriquEsdirector

Editorial

Editorial

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS6 7ROCHAS & EQUIPAMENTOS

Obras

Construction -Fundação Champalimaud-

Um Link à Torre de Belém

Texto: Manuela MartinsFotografias: Diana Quintela

Centro de Investigação Para o Desconhecido

da Fundação Champalimaud:

o novo ex-libris dos descobrimentos do Sec XXI.

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS8 9ROCHAS & EQUIPAMENTOS

é todo revestido a pedra. Lioz serrado.Creme.

Também está debruçado sobre o Tejo.

Também quer ser o ponto de partida para grandes descobertas.

quem olha do rio os dois edifícios lembram dois na-vios de cruzeiro com a quilha apontada ao oceano. prontos para zarpar. Ancorados entre a Torre de Be-lém e a futura marina projectada no lugar da antiga docapesca.

quem estiver dentro do auditório pode ver a Torre de Belém através de uma larga janela em elipse que esventra a fachada. é o ícone dos descobrimentos a inspirar os cientistas para novas aventuras.

é o maior Centro de Investigação da península Ibé-rica, está na vanguarda mundial da investigação so-bre o cancro e agrupa no mesmo edifício a pesquisa clínica e o tratamento oncológico, com a ambição de integrar com a maior celeridade os resultados da investigação na prática clínica.

para atrair investigadores internacionais de craveira procurou criar-se excelentes condições de trabalho, através da localização do edifício, das áreas de lazer e da envolvente paisagística.

A fundação e o Centro de Investigação Champali-maud foram concebidos de raíz pelo arquitecto

Desafios e Inovações do Projecto ▪ Grandes óculos em elipse com várias medi-das:

▪ 1,42m2; 81m2; 73m2

▪ o óculo com 73m2 é fechado com uma peça única de acrílico com 8 cm de espessura.

▪ Estrutura Glass Fin: uma fachada toda em vidro, no edifício principal (Centro de Inves-tigação e Tratamento) voltada para o jardim tropical. para sustentar esta “parede de vidro

transparente” foi aplicado o sistema glass fin (barbatana de vidro). Este sistema tem por base pilares em vidro que servem de apoio estrutural. Esses pilares são compostos por vários painéis de vidro triplo ou quádruplo temperado, colados entre si com polímero transparente adequado.

Charles Correa. Em portugal a empresa escolhida pela direcção da fundação para coordenar o projec-to e trabalhar em parceria com o arquitecto de ori-gem goesa foi a Glintt que destacou, para o efeito, a dupla de arquitectos paulo Teixeira e João Abreu.

Segundo paulo Teixeira,o arquitecto Charles Correa pretendia revestir o edifício com moleanos pois já tinha usado este calcário num projecto que conce-beu recentemente para o Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. paulo Tei-xeira e João Abreu sugeriram antes o lioz, por ser mais resistente ao desgaste provocado pela proxi-midade do mar e também pela questão cultural e histórica: todos os monumentos da zona ribeirinha são revestidos a lioz.

“Charles Correa fez questão que o tom do Lioz fosse creme para dar mais leveza à monumentalidade do edifício”

EDIFÍCIO A ▪ Centro de Investigação e Tratamento

▪ 16.300m2

▪ 5 pisos

▪ 27 m de altura

▪ Acolhe Laboratórios, Gabinetes de Inves-tigadores e Centros de diagnóstico e de Tratamento, Consultórios, Salas de Espera, Cafetaria, Biblioteca, Ginásio, Salas de Con-ferências.

▪ Ao nível do piso 2 há um corredor envidra-çado que faz a ligação ao edifício vizinho (fundação).

▪ Tem um Jardim Tropical, interior, coberto por uma pérgola, situada à cota – 4,5m, ou seja, num piso inferior ao da entrada.

▪ o Jardim Tropical é amplo: tem 70 m de com-primento, 28 m de largura, numa área total de 1950m2. Está arborizado com palmeiras e outra vegetação tropical.

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS10 11ROCHAS & EQUIPAMENTOS

Escolhida a pedra Charles Correa fez questão que o tom do lioz fosse creme para dar mais leveza à monumentalidade do edifício. é a cor mais difícil de encontrar. foi a Marmobloco que forneceu o depar-tamento de Rochas ornamentais da Mota – Engil Engenharia que liderou o consórcio com a HCI, na construção. A pedreira da Marmobloco em penedi-nhos é grande e não foi difícil arranjar os 18.000 m2 de pedra creme, uniforme… mais os 40% de desperdícios que estão agora a ser reutilizados em

obras de menor dimensão. Apesar de ser de exce-lente qualidade a pedra não deixa de ter fracturas e as medidas eram grandes – entre 1,14m e os 80 cm. durante um ano a pedreira esteve a abastecer exclusivamente a empresa transformadora da Mota Engil. o controlo da qualidade foi exigente tanto no corte, na fábrica, como na aplicação em obra.

Sofia Antunes uma das arquitectas da Mota Engil que acompanhou a obra avalia como mais difícil e desafiante o desbaste da pedra para tornear as es-quinas dos edifícios. A pedra de 5 cm de espessura foi desbastada nas arestas a 3 cm. Não foi usado o método “boca do lobo” que consiste na junção das pedras. São pedras únicas torneadas.

A fachada é ventilada – patente “Halfen”- o que garante a excelência na afixação da pedra, com grampos em inox. A arquitecta considera que devia haver uma imposição regulamentar de usar fachada ventilada pois é a única garantia de uma correc-ta aplicação da pedra e previne as infiltrações de humidade. Houve uma equipa de fiscalização per-manente à aplicação da pedra e à verificação da uniformidade da cor.

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Anfiteatro, Jardins e Lago ▪ Anfiteatro exterior, à beira do rio Tejo.

▪ Área: 1250m2

▪ Granito de Alpalhão e de pedras Salgadas.

▪ Toda a zona do Anfiteatro e envolvente dos edifícios principais é de livre acesso público.

▪ o conjunto (edifícios, jardins, lago, anfitea-tro) desenvolve-se em 60 000 m2 na zona ribeirinha de pedrouços.

A arquitecta Sofia Antunes considera que o mais difícil e desafiante na obra foi o desbaste da pedra para tornear as arestas.

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o anfiteatro ao ar livre é todo em granito de Alpa-lhão e de pedras Salgadas, fornecido pela Sociedade de Mármores Central Transmontanos. paulo Teixeira explica que o que presidiu à opção foi a resistência do granito e também a intenção de introduzir outra cor na paisagem e delimitar um espaço.

os arquitectos são unânimes em considerar que as obras de referência, como esta, devem ser revestidas a pedra. porque a pedra é um material nobre, ecoló-gico, intemporal e cultural, intrinsecamente ligada ao Homem e à história da Humanidade.■

Edifício BAuditório, Centro de Exposições e Escritórios da Fundação

▪ 3000 m2

▪ 4 pisos

▪ 20 m de altura

▪ Acolhe Auditório, Centro de Exposições, Es-critórios, Esplanada, amplo Terraço e Jardins.

“A pedra de 5 cm de espessura foi desbastada

nas arestas a 3 cm. Não foi usado o método

«boca do lobo» que consiste na junção

das pedras. São pedras únicas

torneadas.”

O arquitecto Paulo Teixeira da equipa coordenadora do projecto em Portugal revela que o arquitecto Charles Correa inicialmente tinha proposto moleanos para o revestimento das fachadas. Ele sugeriu o lioz que foi aceite.

Page 9: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

ROCHAS & EQUIPAMENTOS14 15ROCHAS & EQUIPAMENTOS

A praça que acolhe a entrada Sul em Lisboa, a sala de visitas do Tejo, com a magnífica porta do Cais das Colunas, vai, brevemente, ser alvo de obras de reparação na placa central.

Interpelada pela Revista Rochas e Equipamentos sobre alguma desagrega-ção da brita de lioz que está a verificar-se na betuminosa a Tecnovia, em-presa responsável pela construção, respondeu que o fim das obras, há um ano, foi precipitado pela vinda do papa a portugal e a necessidade de ter a praça do Terreiro do paço pronta para a celebração da Santa Missa.

Praça do Terreiro do Paço

Uma Sala de Visitas Revestida

a LiozTexto: Manuela Martins

Fotografias: Diana Quintela

Obras

Construction

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS16 17ROCHAS & EQUIPAMENTOS

A aplicação da mistura betuminosa além de ter decorrido num prazo muito curto realizou-se com circunstâncias atmosféricas adversas. durante a compactação da camada betuminosa ocorreram ocasionalmente chuvas com alguma intensidade. Nessas zonas as chuvas deste Inverno lavaram e removeram o betume que, aquando da pavimenta-ção, ainda estava quente e foi então atingido pelas águas pluviais. “oportunamente, com as condições atmosféricas mais propícias, com tempo quente e seco, será efectuada a reparação das áreas onde se verificaram estas situações”, referiu um porta-voz da Tecnovia. Acrescenta, ainda, que “A Tecnovia orgulha-se de ter contribuído com o seu empenho e dedicação na construção da placa Central do Ter-reiro do paço“.

Também a estrada junto ao rio, reduzida agora a duas faixas, vai ter que ser arranjada. o pavimento em cubos de granito proveniente do Alentejo está a abater. Interpelado pela Revista Rochas e Equi-pamentos um porta-voz da empresa oliveiras, que procedeu à construção, respondeu que a obra foi executada de acordo com o projecto e que a res-ponsabilidade do problema estará na concepção. o dono da obra, a frente Tejo, afirma que ainda estão a proceder a investigações no sentido de apurar as causas. Só quando houver um relatório poderão ser definidas responsabilidades e resolvida a situação.

A placa Central do Terreiro do paço é uma obra ino-vadora em portugal. pelos materiais e pelos procedi-mentos usados na pavimentação.

os agregados utilizados são todos de natureza cal-cária: uma brita de lioz e um pó de pedra, compac-

tados com um ligante sintético incolor produzido e fornecido pela primeira vez pela Repsol, (Recofal S-100).

o arquitecto Luís Bruno Soares, autor do projecto, fez exigências: a mistura betuminosa, além da pro-priedade dos agregados (calcário) deveria ter uma porosidade elevada, de modo a conferir ao pavimen-to uma grande capacidade para drenar rapidamente a água das chuvas; a mistura betuminosa teria que ter a coloração semelhante à pedra lioz, para não destoar da cor das pedras dos pavimentos da área envolvente; a coloração final da superfície do pavi-mento não devia ser completamente uniforme, para evitar o aspecto de uma pintura.

para obter os resultados pretendidos o Laboratório Central da Tecnovia fabricou diversas placas de mis-turas betuminosas drenantes com matrizes distintas

“a mistura betuminosa teria que ter a coloração semelhante à pedra lioz, para não destoar da cor das pedras dos pavimentos da área envolvente”

O que falta fazer: ▪ Instalar mobiliário urbano – bancos de pedra - em lioz.

▪ Reduzir a faixa de rodagem para transportes públicos para alargar o passeio junto ao Arco da Rua Augusta.

▪ Repor o muro a lioz, junto ao rio, que foi des-montado por causa da obra do metro.

▪ Arborizar o aterro junto ao Cais das Colunas.

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS18 19ROCHAS & EQUIPAMENTOS

que foram submetidas a diversos ensaios e à selec-ção criteriosa de um vasto conjunto de especialistas.

A Repsol concebeu, em Espanha, um ligante sinté-tico, sem resinas: um betume incolor e translúcido, para realçar a cor do inerte. Um produto inovador, usado pela primeira vez a nível mundial.

o equipamento utilizado pela Tecnovia no fabrico da mistura betuminosa, no transporte, na pavimen-tação e na compactação - uma central de asfalto, cinco camiões, duas pavimentadoras e três cilindros - teve que ser escrupulosamente limpo de todos os

resíduos de betume tradicional, uma vez que a cor preta comprometia a coloração pretendida se hou-vesse mistura com o betume incolor.

por baixo das arcadas, nas zonas laterais ao Terreiro, as pedras em lioz abancado, serrado, foram cortadas na Solancis. “São cerca de 10.600m2 de pedra rosa, em peças de 1m e 7cm de espessura. Nalgumas áre-as o corte é oblíquo, fora da esquadria”.

As diagonais a lioz, na placa central, e a envolvente da estátua, foram fornecidas pela Urmal. ■

-Entrevista-

Arquitecto

Luís Bruno Soares

“Quis fazer da Praça um Monumento”duas ideias básicas presidiram ao projecto concebido pelo arquitecto Luís Bruno Soares para

o novo Terreiro do paço: a memória de um terreiro (terra batida), como foi até ao início do

século xx; e a evocação da proximidade da praça ao Cais das Colunas.

Com estas duas premissas o ob-jectivo final, que considera ter al-cançado, é uma praça - integrada por um Cais - que é ela própria um monumento incontornável. “quis que a atracção principal da praça fosse apenas e tão só ela mesma! de tal forma, que os tu-ristas venham ao Terreiro do paço apenas para o ver, pelo que ele é em si mesmo, em harmonia e uni-cidade com o Cais das Colunas”.

para aproximar a praça do Cais reduziu a faixa de rodagem para veículos (de quatro para duas faixas); e terminou a praça a

Sul, junto ao Tejo, com degraus: ”para enfatizar o acesso ao Cais e fazer deste acto de passagem um acontecimento, um ritual que valoriza o Cais. os peões descem para aceder ao Cais”.

“o projecto inicial era uma pra-ça real em terra batida com um Cais que era a porta da cidade e fazia a ligação com o rio. Só mais tarde foi construída a estátua de d.José. E até aos anos 50 os caci-lheiros ainda atracavam no Cais das Colunas. depois, gradual-mente foi-se perdendo a ligação entre o rio e a cidade”.

“São cerca de 10.600m2 de pedra rosa, em peças de 1m e 7cm de espessura. Nalgumas áreas o corte é oblíquo, fora da esquadria”

Page 12: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS20

o maior problema que acabou por assumir e numa segunda fase as-similar, explorar, e até reforçar, foi a grandiosidade da praça. “é uma das maiores praças do Mundo. Uma área de 40 000 m2. é maior do que a plaza Mayor de Madrid, de Salamanca, de Valladolid e a Grand place de Bruxelas!”

querer fazer daquele espaço uma zona de estar é, na sua opinião, descabido e inviável. Sala de estar é o Rossio ou a praça da figuei-ra. o Terreiro tem que assumir--se como aquilo que é: uma zona ventosa e de passagem. As zonas de lazer serão criadas em espla-nadas que já começaram a surgir junto aos arcos laterais, espaços

como o pátio da Galé e a zona la-teral ao Cais das Colunas que vai ser arborizada.

As diagonais em lioz que atraves-sam o Terreiro são um prolonga-mento coerente dos desenhos do passeio que vem da Rua Augusta além de “criarem uma trama de proximidade dentro da placa e acentuarem as perspectivas e a dimensão da praça”.

fez questão em que o pavimento fosse “elástico, confortável, poro-so de forma a estar sempre enxu-to. o tom ocre absorve a lumino-sidade e reflecte a luz”.

A manutenção passa pela limpe-za frequente, se necessário com

diluentes e raspagens. foram também prescritas instruções para usar placas e rampas móveis quando o espaço tiver que ser, ex-traordinariamente, sujeito a car-gas pesadas.

o uso da pedra lioz foi uma es-colha lógica e imediata. os Arcos da Rua Augusta e do Terreiro são todos em lioz, uma pedra genuí-na, nobre, que marca a história da cidade de Lisboa. Além do aspecto cultural ”é uma pedra resistente e com variações de cor e tonalida-des, com identidade”.

A pedra envelhece muito bem, esteticamente. é um material ex-celente. ■

Page 13: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

ROCHAS & EQUIPAMENTOS22 23ROCHAS & EQUIPAMENTOS

CANAL ABERTOCoordenação: A. Casal Moura | Colaboração: Laboratório do INET e Cevador

Recebi um fornecimento de 8 paletes contendo 120 placas de granito cada. Quantas paletes devo amostrar e quantas placas devo colher para verificação da remessa?Na revista Rochas & Equipamentos nº 88 (4º Trimestre de 2007) já tivemos ocasião de indicar um método para se saber quantos elementos devem ser colhidos para verificação de remessas em fun-ção da quantidade total de um produto fornecido a granel.

No caso de um fornecimento em paletes, sugi-ro a utilização do procedimento de amostragem constante na norma Nf B 10-601: 2006, que passo a descrever.

Sendo ptota o número total de paletes do mesmo produto que chega ao mesmo tempo ao mesmo local, o número de paletes a seleccionar aleatoria-mente para retirar amostragens é o seguinte:

▪ Seleccionar 1 palete se o nº total de paletes (ptotal) for de 1 a ≤ 5

▪ Seleccionar 2 paletes se o nº total de paletes (ptota) for > 5 e ≤ 10

▪ Seleccionar 3 paletes se o nº total de paletes (ptota) for > 10 e ≤ 30

Se a remessa for superior a 30 paletes, decompõe--se o seu número total (ptota) em múltiplos de 30, acrescentando-se um lote complementar se ainda sobrarem paletes (por exemplo, a 36 paletes cor-respondem 2 lotes: 1 lote de 30 + 1 lote de 6, e então deverão ser seleccionadas 3+2 paletes para amostragem).

depois, como assumimos que se trata de paletes contendo o mesmo produto, toma-se em conside-ração o número N de elementos contidos em cada uma das que foram seleccionadas e de cada uma dessas paletes retira-se uma amostra de x elemen-tos para verificações geométricas ou para ensaios, se necessários.

Boas Práticas

Best Practices

o número x de elementos a colher em cada palete deve ser:

▪ x = N (ou seja, todos os elementos) se N < 4

▪ x = 3 se N for > 4 e ≤ 20

▪ x = 5 se N for > 20 e ≤ 100

▪ x = 7 se N for > 100 e ≤ 300

▪ x = 10 se N for > 300 e ≤ 600

▪ x = 15 se N for > 600

Como indica que recebeu um fornecimento de 8 pa-letes (ptota), segundo o critério aqui descrito basta--lhe seleccionar ao acaso 2 paletes e, como cada

uma contém N = 120 placas de granito, deve retirar x = 7 placas de cada palete para as verificações que entender necessárias. ■

Page 14: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS24

GRANDES LINHAS DA EVOLUÇÃO DO SECTOR MUNDIAL DAS ROCHAS ORNAMENTAIS EM 2007 POR: OCTÁVIO RABAÇAL MARTINSENGENHEIRo dE MINAS ASSESSoR pRINCIpAL

NOTA PRÉVIA

O Sector Mundial das Rochas Ornamentais, não obstante as graves convulsões políti-cas, económicas, financeiras e sociais que atingiram diversos países dentre os mais desenvolvidos, continua a singrar por uma ampla e forte rota de vigoroso progresso, embora na presença de pequenos recuos aqui mas recuperados por grandes avan-ços acolá, auferindo em 2007 retumban-tes resultados em termos simultaneamente de produção, de intercâmbio e de uso, em larga medida – mas não só – através da imparável arrancada dos gigantes pétreos asiáticos (China, Índia, Irão e Turquia) e do Brasil, detentores privilegiados de custos produtivos francamente contidos, condu-centes à superior competitividade econó-mica dos seus baixos preços.

o brilhante sucesso conquistado em 2007, confron-tado com o de 2006, surge bem comprovado pelos números.

Este fulgurante êxito foi possível pela conjugação de diversos importantes factores, com realce pri-mordial pela existência de um modo geral por toda a parte de jazidas geológicas ricas com rochas de qualidade e em quantidade, pela presença de ges-tores e de técnicos de grande craveira intelectual, vasta competência, ampla experiência e forte dina-mismo, apoiados por exigente e exaustivo profis-sionalismo – sempre o factor humano num plano superior -, pela intensa apetência do mercado, em ligação com a poderosa explosão demográfica (já vivem no nosso planeta 6,150 mil milhões de pes-soas exigindo casas, cada vez mais casas), e mercê

MILHÕES DE TONELADAS

PRODUÇÃO: 103,5 – 92,75 = 10,75 <>+ 11,59%;

INTERCÂMBIO: 46,232 -41,368 = 4,864 <>+11,76%.

Milhões de metros quadrados equivalentes à espessura convencional de 2 centímetros:

USO: 1129,7 – 1012,3=117,4<>+11,60%.

Documentos

Documents

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da preferência conferida à pedra por arquitectos, projectistas, prescritores, «designers», edificadores e utilizadores finais, e finalmente, mas não menos importante, pelas fabulosas conquistas da Ciência, da Técnica e da Tecnologia, mas tende sempre em mente que deus é o Senhor da História e portan-to da Evolução da Humanidade em particular e do Universo em geral, regido pelas célebres dezasseis constantes físicas, às quais mais recentemente se vieram juntar as descobertas por Albert Einstein re-ferentes à Mecânica Relativista, por Max planck e Niels Bohr respeitantes à Mecânica quântica, e as que presidem à Estrutura Atómica.

Hoje, e cada vez mais nos anos vindouros, onde nos esperam realizações nunca antes vistas nem ima-ginadas, o progresso da Humanidade assenta em quatro pressupostos fundamentais: Conhecimento, Inovação, Tecnologia e Trabalho árduo e persistente.

parece-nos pertinente e oportuno formular neste momento alguns princípios éticos básicos e estru-turantes das actividades educativa, cultural, cientí-fica, política, económica e social.

Jamais nos cansaremos de repetir que o ser humano é imperfeito intelectualmente e moralmente.

daí resulta que não há verdades humanas nem defi-nitivas, nem totais, nem absolutas.

Nos campos do pensamento e da moral, o trigo e o joio vão coexistir até ao fim do mundo.

Nas questões da Ciência, apenas o “Tribunal do tempo”, com o seu irrefutável e implacável valor probatório, separa o que é verdadeiro do que é fal-so, comprova a verdade ou a falsidade das teorias formuladas pelos investigadores. de facto o curso do tempo tira todas as teimas, acaba por tudo clari-ficar, esclarecer e purificar. Assim caem por terra as teses ditadas pela paixão e não pela razão.

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Em Ciência abundam e pontificam as hipóteses – muitas delas úteis -, mas escasseiam as verdades. Aquilo que hoje parece ser verdade, Já amanhã é falsidade.

Nas questões do Espírito, quer se queira admitir quer não, apenas a Bíblia permite discernir onde está a verdade, por mais que surjam os capciosos e aliciantes falsos profetas.

Sendo o ser humano limitado e finito, jamais com o finito será possível chegar ao infinito. o infinito ultrapassa inevitavelmente a capacidade da razão humana.

Apenas a Revelação Bíblica abre o caminho à trans-cendência.

Não obstante as nossas conhecidas limitações, des-de sempre me considero profundamente evolutivo, mas respeitando e acautelando sempre a verdade, o bem, a justiça e a ética mais rigorosa, sem o que resvalaríamos para a tragédia.

A existência humana sobre a face da Terra não esca-pa a um valor e a um sentido últimos.

Nenhuma filosofia em si mesma abarca a totalidade do ser humano.

Resulta vã toda e qualquer tentativa para encerrar, melhor dizendo, enclausurar o ser humano na sua totalidade em seja qual for a mais acabada filosofia.

Cada ser humano é único e irrepetível, importando respeitar plenamente, defender, acautelar e prote-ger a sua integridade espiritual e moral.

o verdadeiro Humanismo ajuda e encoraja cada pessoa a seguir o seu caminho único.

Todos ao seres humanos sem excepção desejam, querem e gostam de ser apoiados, favorecidos, esti-mulados e aplaudidos nas suas realizações em bus-ca do êxito, da Verdade, do Bem, da Bondade, do Amor, da Beleza, da Justiça e da paz.

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Nas relações com o nosso semelhante, urge antes de mais e acima de tudo respeitar, apoiar e realçar a individualidade única de cada ser humano.

Em tudo importa saber ouvir, saber escutar com paciência, respeito, benevolência e muita atenção. Ninguém se deve fechar ao diálogo franco, recto e aberto.

Toda a pessoa gosta de mostrar as suas habilidades e os seus talentos, desejando e querendo ser res-peitada, instigada, e apoiada nas suas realizações nobres

A luta pela Verdade, pelo Bem e pela Justiça deve travar-se com lucidez, decisão, firmeza e determi-nação.

Cuidemos de procurar sempre, com o maior discer-nimento, a Verdade que liberta.

quem cala consente. Hoje mais do que nunca não se pode nem se deve contemporizar nem pactuar com o erro, com a mentira e com a falsidade, com

a violência com a droga, com o alcoolismo, com a libertinagem, com a promiscuidade, com a negação da liberdade,

Hoje mais do que nunca proliferam os falsos pro-fetas, os impostores, os embusteiros os charlatães os bufarinheiros da cultura, pregando a liberdade, a libertação e a felicidade, explorando a boa fé de muita gente ingénua, desprevenida e incauta, se-duzida pelo aparente facilitismo da vida, por falsas, capciosas e atraentes promessas.

Esses falsos mentores transformam-se em autênti-cos carcereiros da liberdade.

Sob a bandeira da liberdade e da libertação, esses ideólogos arrastam muitos seres humanos para a maior das escravidões, aquela que resulta da perda da liberdade do espírito, da alienação da consciên-cia, à semelhança de fausto, personagem tratada pelo célebre poeta alemão Goethe, que vendeu a alma ao diabo.

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A mentira na boca desses bufarinheiros é capciosa-mente apresentada como verdade.

Esses falsários douram as suas palavras, apresen-tando-as sob a aparência de bem, para mais facil-mente se fazerem acreditar e idolatrar.

Nunca como no nosso tempo se espalhou o erro de-forma tão sedutora.

Em muitas sociedades do nosso tempo reinam a de-sordem, a indisciplina, o desregramento, a confusão, o desvairamento, a estroinice, a torpeza, a anarquia e o caos.

Na base de tudo isto encontram-se as teorias liber-tárias e permissivas proclamadas pela maioria dos ideólogos racionalistas e materialistas dos dois úl-timos séculos.

de facto a filosofia racionalista e materialista não se poupa nem se causa de proclamar em altos bra-dos: faz tudo o que te der na real gana, esquece que a tua liberdade termina onde começa a do teu

próximo, esmaga a individualidade e a integridade dos mais fracos e indefesos, a começar pelas infeli-zes crianças vítimas de ferozes ataques de pedofilia mais torpe e infame, faz tudo o que te proporcionar o prazer dos sentidos, designadamente os excessos na comida, na bebida e no sexo desbragado.

Nunca como agora se viu em portugal – e não só – tamanha violência nas escolas, dando largas à cruel-dade de muitos adolescentes, nas ruas, nas casas de espectáculos, em cafés e nos estádios desportivos, sem qualquer preocupação de uma listagem exaus-tiva, tudo isto impulsionado pelas leis que garantem a impunidade dos criminosos.

No nosso país, os actuais Código penal e Código de processo penal, tendo entrado em vigor em 15 de Setembro de 2007 protegem o criminoso e abando-nam a vítima.

os responsáveis pela nossa actual legislação pe-nal, jacobinos sectários, vêm tratando o problema da violência com paliativos e expedientes dilatórios

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que só agravam o fenómeno – de facto a violência alastra, agrava-se e aumenta face à impunidade – badalando através de exibições televisivas o reforço policial (certamente necessário), mas escamoteando o principal, que consiste na revogação das recentes Leis e sua célebre substituição por outras capazes de dar solução à incúria, à tragédia e à impunidade.

o sistema educativo lusitano, regido por uma lei permissiva, não funciona sem primeiro banir com-pletamente das nossas ESCoLAS, sobretudo Básicas e Secundárias – mas não só -, e de uma vez por todas, os climas lúdico e de facilitismo, a abulia, o laxismo, a rebelião, a indiferença, a preguiça, a incúria, a insubordinação, a indisciplina, a irres-ponsabilidade, a violência, a brutalidade (chegando ao espancamento dos mais fracos e num miserável ambiente de total impunidade, com receio de fero-zes e cruéis represálias isentas de julgamento e de castigo, porque os libertários asseveram – errada-mente – que não há rapazes nem homens maus), a turbulência, a bandalhice e a agressão, cujas pri-meiras vítimas são os legalmente desarmados e in-defesos professores, que muitas vezes no meio do tumulto não conseguem dar as suas lições (com manifesto dano e prejuízo para os alunos interessa-dos e aplicados), e com alguma frequência se vêem compelidos a recorrer a uma Junta Médica e em certos casos, mais graves, atirados mesmo para as clínicas psiquiátricas onde pelo contrário deviam ser internados os alunos rebeldes, em regime de prisão, abolindo os colégios de reinserção, de recuperação e de reintegração e repondo os anteriores Reforma-tórios, mais adequados a lidar com a crueldade de bastantes adolescentes, que precisam em absoluto de correcção.

Torna-se absolutamente necessário, para repor a ordem e a disciplina indispensáveis ao progresso do nosso país e à real melhoria da qualidade de vida do povo, e daí alcançar o sucesso pedagógico, comba-ter, corrigir e extirpar a filosofia errada que na nossa época amordaçam uma grande parte da boa gente lusitana, que só muito lentamente vai despertan-do e descobrindo as fatuidades e os disparates dos embusteiros, dos vendedores ambulantes de doutri-nas e dos bufarinheiros da cultura, logrando mesmo falaciosa e sub-repticiamente presidir à Educação

e ao Ensino, sobretudo públicos, e principal respon-sável pela falha Total do Actual Sistema, ferido de arrasadora debilidade e de inequívoca e comprova-da ineficácia.

face à ferocidade e à ampliação da desordem, onde está a ordem democrática?

onde estão o trabalho apurado, sistemático e me-tódico imprescindível ao desenvolvimento do nosso valoroso país? onde estão a competência, a preci-são, o rigor, a qualidade e a exigência?

Não se podem disciplinar, organizar e estruturar as actividades básicas de uma nação, começando pe-los superiores campos da Educação, do Ensino, da Cultura, da política, da Economia e da Intervenção Social, sem primeiro atacar pela raiz, com lucidez, coragem e determinação as verdadeiras causas do descalabro e da desordem, isto é, sem mudar as ac-tuais leis.

As leis anárquicas hoje vigentes tudo aplaudem e tudo permitem, sem qualquer espécie de discerni-mento entre a Verdade e o erro, entre o bem e o mal, entre aquilo que está certo e o que está er-rado, induzindo à máxima liberdade sem nenhuma responsabilidade – há mesmo quem defenda que os Tribunais não são necessários, porque segundo os libertários o ser humano é naturalmente e inteira-mente bom (a História e a vida do dia a dia compro-vam irrefutavelmente que não há nada mais falso), e o que é mau é a sociedade, como se esta não fosse constituída por pessoas com propensão para o Bem e para o mal -, tendo a sua filosofia, a sua redac-ção e a sua aprovação ficado a dever-se prioritá-ria e principalmente aos jacobinos sectários e aos anarquistas, que aproveitando-se, melhor dizendo, monopolizando em seu estrito favor um clima re-volucionário, embora permanecendo minoritários no nosso país, conseguem à sombra da bandeira do “Social”, exercer grande influência na Assembleia da República para proveito próprio, enganando o povo desprevenido e incauto.

Num outro plano não menos importante, o da VER-dAdEIRA CIÊNCIA, atentemos nas nossas sucintas reflexões, em boa parte baseadas nas nossas obser-vações, mas também em obras diversas, como as do

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pois estas prodigiosas conquistas da Ciência, da Téc-nica e da Tecnologia nunca nos induziram a inebriar nem tão-pouco a idolatrar as grandes realizações da inteligência humana.

Embora admirando certamente estes feitos, jamais caímos na sua idolatria.

Jamais aceitámos a pretensão, melhor dizendo, a crença racionalista no poder absoluto da inteligên-cia humana. Antes vemos nisto uma trágica aliena-ção da razão.

Realmente nunca faltaram os falsos intérpretes da evolução do Universo e da Vida.

Sugerimos a esses ideólogos do nosso tempo a con-sulta das obras atrás citadas de françois Jacob e de Henri Bergson. Este sustenta que não existe evolu-ção sem criação.

A História da Humanidade e a experiência do dia--a-dia mostram-nos de forma irrefutável que o ser humano se revela absolutamente incapaz de saltar do finito para o infinito. A finitude é a condição hu-mana.

o ser limitado e finito jamais será capaz de por si abarcar o infinito.

o endeusamento da razão humana jamais aflorou no nosso espírito.

A idolatria das conquistas, por maiores que elas se-jam, da inteligência humana, a embriaguez com o inegável e forte progresso – e será cada vez maior, quando presidido pela Verdade e pelo Bem – da Ci-ência e da Técnica, não passam de aviltamento da própria razão.

A crença no poder absoluto da razão humana não vai além da pura fantasia, de autêntica idiotice, de mera e vã utopia, perfilhada por pessoas inconfor-mistas desiludidas e despeitadas.

Com grande frequência a razão humana, vítima de ilusão, vem sendo comandada pela paixão.

de um modo geral a paixão tenta ser justificada pela razão. A primeira esmaga a segunda.

por outro lado não devemos esquecer aquilo que há já bastante tempo lemos algures, quando uni-versitário: “o orgulho da inteligência é o pior dos orgulhos”.

Um espírito forte jamais se deixa seduzir pelas rea-lizações mais ou menos prodigiosas da razão huma-na. Um espírito forte não cai na alienação inerente à irracionalidade da emoção.

Um espírito forte jamais mergulha na apagada e vil idolatria dos feitos, por mais espantosos que eles sejam, da finita e limitada inteligência humana.

Um espírito forte jamais se deixa embriagar com o progresso mais ou menos intenso e célere da Ciên-cia, da Técnica e da Tecnologia, sabendo-se que é sempre possível fazer melhor.

Na sua grande maioria, os racionalistas e os ma-terialistas, especialmente os que pontificaram nos dois últimos séculos, vêm escamoteando de um modo geral a realidade, dizemos mesmo, tentando ocultar todas as suas facetas, escondendo fala-ciosamente as que lhes não agradam, mutilando e omitindo aqui e acolá, excluindo deliberadamente aquilo que não se coaduna com os seus modelos de pensamento.

desta maneira nas suas obras a realidade aparece truncada e diminuída, quando não adulterada.

omitindo, escondendo e deturpando mesmo, esses falsos ideólogos perfilham teorias determinadas pela maldade, pelo erro, pela calúnia, pela mentira, pela perversidade e pela maledicência, assim a ra-zão fica completamente esmagada pela mais torpe paixão.

Importa referir ainda que bastantes materialistas persistem em formular opiniões, em defender teses imbuídas de notória irreflexão, tombando na con-tradição, factos estes facilmente desmascarados e comprovados pela História, demonstrando a sua manifesta e efectiva insustentabilidade.

Uma vez mais nessas pessoas, actuando de má fé, a paixão leva a melhor sobre a razão.

Senão vejamos o que frequentemente vem ocorren-do a este propósito.

Muitos materialistas de todos os tempos afirmam com grande triunfalismo: é agora, na nossa época, que finalmente a Ciência (em que eles acreditam), mas não a verdadeira, que nada tem a ver com o cientismo, uma crença sem fundamento real, tem

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filósofo francês prémio Nobel Henri Bergson e do cientista também gaulês françois Iacob, prémio No-bel da Medicina em 1965.

Este último afirma na sua famosa obra “La Logique du Vivant”(Editions Gallimatd, paris, Avril 2006) (pg.20): «Mas, em compensação, as teorias da Ci-ência, uma vez aceites contribuem, mais do que as outras, para reorganizar o domínio do possível, para modificar a maneira de considerar as coisas, para fazer aparecer relações ou objectos novos; em resu-mo, para mudar a ordem em vigor».

Na linha de Henri Bergson, ao escrever na sua mag-nífica obra “L’évolution Créatrice”(pUf, paris, Août 2006): «La Science, dans son ensemble, isto é, a Ciência no seu conjunto, é relativa à ordem con-tingente na qual os problemas foram postos por sua vez.» (pg. 208); «Compreender-se-á assim que a nossa Ciência seja contingente, relativa às va-riáveis que escolheu, relativa à ordem em que ela pôs sucessivamente os problemas.» (pg. 220);« «di-ficuldades e ilusões surgem de ordinário quando se aceita como definitiva uma maneira de exprimir-se essencialmente provisória.» (pg.222);» ora, a esco-lha das grandes variáveis, a repartição da natureza em objectos e em factos, tem já alguma coisa de contingente e de convencional. A lei não deixará de restar uma relação, e uma relação consiste essen-cialmente numa comparação. « (pg. 230); «A ideia de uma ciência e de uma experiência inteiramente relativas ao entendimento humano está então im-plicitamente contida no conceito de uma Ciência una e integral que se comporia de leis: kant não fez se não libertá-la.» (pg.231): nós partilhamos assim o relativismo e a contingência da Ciência, ao tentar interpretar e explicar a origem e a evolução do Uni-verso, a origem da Vida, a origem do Ser Humano e a origem do Bem e do mal, como questões máximas que se põem ao espírito humano.

desde sempre e cada vez mais no futuro o ser hu-mano esbarra com o relativismo do conhecimento científico. A Ciência actua com aproximações da realidade.

Sendo o ser humano intelectualmente e moralmen-te imperfeito, como atrás referimos, é-lhe absoluta-mente impossível alcançar o todo da realidade.

As conclusões da Ciência, por mais avançadas que sejam, não representam senão uma pequena frac-ção da realidade, que persiste em escapar sempre.

de facto nada no ser humano e nas suas realizações é absoluto.

Sempre que a Ciência avança no conhecimento dos grandes mistérios do Universo e da Vida (consulte--se françois Jacob), a cada descoberta seguem-se mistérios cada vez maiores.

Prémio Nobel Henri Bergson

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Uma vez que as conclusões da Ciência nunca são to-tais nem definitivas, a filosofia tem sempre a última palavra a dizer, com discernimento e sem paixão.

A crença na Ciência perfeita, completa una e inte-gral não vai além de vã ilusão, de mera utopia.

A crença de algumas pessoas no poder absoluto da razão humana não vai além de pura ilusão, de es-tulta e vã pretensão, em que a paixão se sobrepõe à inteligência.

o insigue poeta, ensaísta, dramaturgo e roman-cista José Régio (1901-1969) toma posição sobre estas magnas questões nas suas notáveis “obras Completas”.

“A crença na Ciência e na Técnica é certamente uma das pequenas religiões contemporâneas.

Com isto se contentam os que lhe não pedem mais, e chamam Verdade à eficiência prática, e se põem a sonhar (pela humana faculdade de sonho) que à Ciência e à Técnica pertencerá dar uma resposta a todas as interrogações do homem, uma solução a todos os seus problemas.

ora antes de mais: descansar nisto e crer nisto, será crer que do complexo humano pode desaparecer o homem metafísico e o homem religioso.

A história da humanidade no-lo não leva a crer, e nada no-lo demonstra.

Nada nos prova que solucionados até os nossos pro-blemas hoje considerados supremos, (a supor que pudesse algum dia a Ciência solucioná-los) outros não surgissem no homem, e assim por diante indefi-nidamente, desde que seja o homem um ser incapaz de os não levantar.

Isto é: nada nos prova que ao avançar da clarifica-ção científica e da eficiência técnica não correspon-da um ao avanço ou reafirmação do Mistério: um surgir de novos mistérios, à medida que progride o conhecimento. quanto mais se sabe, mais se reco-nhece que pouco se sabe.

Enquanto estarem a Ciência e a Técnica sujeitas a perversões que são afinal a perversão do homem – o qual se submete aos próprios ídolos que cria, e se escraviza principiando por pretender libertar-se – não só pertence à corrente observação como parece dever limitar os campos da Ciência e da Técnica. Trata-se de atitudes redutoras.

Se, como parece evidente, a sensibilidade moral ou artística, a capacidade sentimental e a Inteligência integral do homem não acompanham o seu pro-gresso na Ciência e na Técnica, não estará ele mu-tilando-se e afinal matando-se quando se embriaga com esse progresso? quando o fomenta cada vez mais poderoso… e perigoso?

Chega a espantar que não vejam a crescente alie-nação do homem à Máquina, ao Aparelho, ao Ins-trumento, (ou até pareçam aplaudir essa alienação!) – os que lutam contra a (aparente) alienação do homem a deus ou em deus.» Esses estultos não pas-sam de cegos a guiar cegos.

«ora este mesmo próprio sentimento da relatividade dos nossos valores – sentimento que estou afirman-do e consciencializando – de que deriva senão do sentimento profundo, que mais ou menos pode ser intelectualizado em noção, dum absoluto do Valor ou dos valores?»

José Régio (1901-1969)

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«Mas o fanatismo das ideologias é opressivo e ob-sessivo nos tempos de hoje: Chega a tornar estú-pidos, ou, o que não é menos grave, propositada-mente incompreensivos, homens talvez inteligentes e bons.»

pela nossa parte, jamais admitimos o poder absoluto (ilusório) da razão humana.

Ao concluir o curso universitário ainda não tínha-mos lido obras de Henri Bergson, françois Jacob, José Régio e de outros lúcidos e notáveis pensado-res, mas já pensávamos como hoje: o poder absoluto da razão humana não vai além de uma alucinação determinada pela emoção e de uma ilusória e trági-ca utopia de espíritos enviesados e alienados, víti-mas da irracionalidade da paixão.

Não obstante ter obtido altas classificações no Li-ceu Nacional da Guarda e na Universidade Técnica, nunca acreditámos no poder absoluto – aliás ilusó-rio e utópico – da razão humana, limitada e finita.

o filósofo da Grécia Antiga Aristóteles (384 a 322 antes de Cristo) escreveu no seu tratado “da Alma” (Edições 70, pg. 98): «por outro lado, a opinião im-plica uma convicção (é que ninguém poderá susten-tar opiniões sem nelas acreditar)».

No dia 25 de Maio de 2006 – quinta-feira da As-censão de Cristo, feriado em frança – viajámos de paris para Marselha no comboio de alta velocidade (TGV) a 340 quilómetros à hora; em 29 de Março de 2008 voámos de Nova Iorque para paris, num per-curso de seis mil quilómetros, em apenas seis ho-ras, portanto à média horária de mil quilómetros; no dia 30 de Março 2008 deslocámo-nos de paris a Bordéus no TGV, à velocidade horária de 300 quiló-metros; no dia 22 de outubro de 2008 utilizámos o TGV no trajecto paris a Londres, passando pela pri-meira vez no Túnel da Mancha, atingindo fora dele a velocidade horária de 300 quilómetros. de facto a Ciência e a Técnica progridem.

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS44 45ROCHAS & EQUIPAMENTOS

humanos sem excepção, visando exigente e exaus-tivo pRofISSIoNALISMo, de modo a qualificar com rigor e com precisão, proporcionando a cada povo os agentes capazes de operar as grandes Mudanças e as enormes Transformações exigidas por uma nova Era.

Torna-se necessário levar à prática uma forte e ampla dinâmica educativa, cultural, política, eco-nómica, financeira e social, envolvendo todos os intervenientes sem excepção, começando pelos go-vernantes, passando pelos agentes do ensino e pe-los operadores económicos, e concluindo nos mais modestos funcionários, rumo a realizações nunca antevistas nem imaginadas.

Como se sabe, a criação de riqueza, racionalmente produzida e racionalmente e equitativamente dis-tribuída, constitui um fenómeno eminentemente político, começando pela intervenção lúcida, ob-jectiva e atempada da classe governante, a quem compete tomar as medidas e as decisões funda-mentais conducentes à modernização, agilização e operância das novas infra-estruturas, estruturas e super-estruturas, extirpando a obsoletismo, a an-quilose, a rotina, o obstrucionismo paralisante e re-trógrado, a modorra e o entorpecimento, passando pela ESCoLA, que deve preparar os imprescindíveis quadros, pelos empresários, gestores e técnicos e acabando nos mais modestos funcionários, que se desejam todos com boa qualificação.

Entrámos há já alguns na era da ECoNoMIA ABERTA e da GLoBALIzAÇÃo doS MERCAdoS, caindo gra-dualmente as barreiras, e tornando-se assim abso-lutamente necessário estar preparados com armas e bagagens para não sucumbir e antes pelo contrário tirar o melhor proveito possível da competição e da concorrência internacionais, cada vez mais fortes e selectivas.

Nesta linha de pensamento e de acção, as feiras, os Certames e as Exibições, funcionam como desta-cados INSTRUMENToS dE dESENVoLVIENTo, numa óptica de promoção, mas ao mesmo tempo de ma-rketing estratégico e de optimização dos contactos com os potenciais e os efectivos adquirentes de ar-tefactos pétreos decorativos, cada vez mais aprecia-dos por arquitectos e projectistas.

oferecemos este nosso esforço aos empresários, aos gestores e aos técnicos do nosso mundo lítico deco-rativo com a finalidade de lhes proporcionar dados fidedignos e atempados sobre o andamento do SEC-ToR MUNdIAL dAS RoCHAS oRNAMENTAIS, visan-do assim auxiliá-los a expandir as suas actividades, e não podemos deixar de prestar justa, legítima e merecida homenagem aos competentes, destros, destemidos e persistentes “HoMENS LUSITANoS dA pEdRA”, verdadeiros e autênticos obreiros da cria-ção de riqueza, na maioria dos casos conduzindo os seus empreendimentos com dinamismo e sucesso. ■

AGRADECIMENTOS

Este nosso trabalho assenta no exaustivo e valioso estudo elaborado pelo eminente investigador ita-liano e nosso velho amigo CARLo MoNTANI sob o título “SToNE 2008-world Marketing Handbook”, a quem aqui e agora vimos expressar o testemunho da nossa profunda gratidão e do nosso particular apreço pela gentileza da oferta do fruto do seu in-gente labor científico em prol do conhecimento e da divulgação do que de melhor vai acontecendo visando o ulterior desenvolvimento do SECToR dAS RoCHAS dECoRATIVAS.

Não queremos também deixar de manifestar o nos-so vivo reconhecimento ao Senhor António Manuel Esteves Henriques, ilustre director da revista “Ro-chas & Equipamentos”, pela amabilidade da oferta de um exemplar daquela única e inestimável obra científica, que muito enriquece a nossa biblioteca.

poder para conferir cabal solução aos grandes e graves problemas que desde sempre vêm afligindo e flagelando o Ser Humano e a Humanidade. E acre-ditam, tal a paixão, tal a ingenuidade!

Já Teresa de Lisieux afirmou no final do séc. xIx na sua notável exposição constante das obras Comple-tas: «é o raciocínio dos piores materialistas que se impões ao meu espírito: “Mais tarde, fazendo sem cessar progressos novos, a ciência explicará tudo naturalmente, ter-se-á a razão absoluta de tudo aquilo que existe e que resta ainda um problema, porque restam muitas coisas para descobrir.» (“oeu-vres Complètes, éd. du Cerf, 2006”).

Na minha viagem cultural à Áustria em Setembro de 2006 fui acompanhado por cinco biólogos (quatro senhoras e um cavalheiro). Este especialista, douto-rado em Biologia, dando largas a um grande aranzel, exaltou a sua crença no poder absoluto da razão humana, sustentando triunfalmente que a respon-sabilidade pelo mal comum em todos os seres hu-manos estava finalmente descoberta: a culpa cabe

exclusivamente aos genes, e assim não se justifica a existência de tribunais nem de juízes, atirando tudo para a Biologia. perante a insistência na sua tese, perguntei simplesmente: quais são então os genes responsáveis pelos homicídios, pelos roubos e pela embriagues? A resposta do doutor foi rápida e es-clarecedora: não sei.

Logo toda a sua argumentação não passa de uma arenga de charlatão.

Contudo não deixam de existir materialistas te-óricos que na sua prática são espiritualistas e há espiritualistas teóricos que na sua prática são ma-terialistas.

Isto não deve surpreender-nos, pois é esta a condi-ção humana.

Voltando ao campo estritamente económico, Adam Smith (1723-1790) estabeleceu os princípios fun-damentais que regem a moderna Economia na sua famosa obra: “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”. Como tópicos prin-cipais da sua doutrina figuram em grande plano o Trabalho considerado como a verdadeira fonte da riqueza, o valor baseado na oferta e na procura, o comércio liberto de qualquer proibição e a concor-rência elevada à altura de uma regra.

os recursos naturais são certamente necessários, mas sem a componente imaterial – a inteligência, aliada ao Trabalho, que planeia, projecta, ordena, organiza, estrutura, coordena e controla – a Eco-nomia não funciona, as riquezas do nosso planeta restam inaproveitadas, inoperantes.

Sem a competência, assente na capacidade inte-lectual e empreendedora, aliada à laboriosidade e ao dinamismo, com saber, discernimento e vontade de fazer cada vez mais e melhor – tudo aquilo que fizeres procura fazê-lo o melhor que sabes e podes – resultam vãos todos os esforços para construir uma Sociedade mais próspera, mais justa, mais iguali-tária, mais fraterna e mais solidária, informada por princípios e valores supremos como a Verdade, o Bem, a Bondade, o Amor, a Beleza, a Justiça e a paz.

E então recaímos no magno problema da Escola, à qual cabe ensinar, preparare educar todos os seres

Adam Smith (1723-1790)

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS46 47ROCHAS & EQUIPAMENTOS

Despacho vem clarificar aplicação do artigo 5º da Lei das Pedreiras

Pedidos de novas avaliações devem ser feitos até Setembro de 2011

Foi publicado no dia 1 de Abril e já está em vigor desde o dia 6 de Abril o Despacho

que vem clarificar e agilizar o processo de regularização das pedreiras ainda não

tituladas por licença.

Esta regulamentação vem permitir a reapreciação dos pedidos de regularização

entretanto despachados negativamente.

Os interessados têm a partir desta data (6 de Abril) cerca de cinco meses (cento

e cinquenta dias) para solicitar uma nova avaliação do pedido de licenciamento com base nas novas condições permitidas pelo

Despacho recém-publicado.

Para que este Despacho tenha aplicação prática plena terá agora que proceder-

se à revisão dos PDM’s (Planos Directores Municipais) que proíbem as pedreiras

de forma a compatibilizar a actividade extractiva com o Plano de Ordenamento

do Território onde as mesmas estão instaladas.

Legislação

Legislation

Despacho n.º 5697/2011, de 1 de Abril, Clarificação do regime de regularização das explorações de massas minerais, no âmbito do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de Outubro (JusNet 562/2011)

(DR N.º 65, Série II, 1 Abril 2011; Data de Disponibilização 1 Abril 2011)

Emissor: Ministério da Economia, Inovação e desenvolvimento

Entr. vigor: 6 Abril 2011

Versão: original

o decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outu-bro (JusNet 2145/2007), veio alterar o decreto--Lei n.º 270/2001, de 6 de outubro (JusNet 132/2001), visando, entre outros objectivos, es-tabelecer o equilíbrio adequado entre os interes-ses públicos do desenvolvimento económico, por um lado, e a protecção do ambiente, por outro. é neste âmbito que deve ser entendido o regi-me estabelecido pelo artigo 5.º do decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro (JusNet 2145/2007), que vem permitir a regularização de pedreiras não tituladas por licença. Este regime especial pre-vê, nomeadamente, a possibilidade de emissão de

uma decisão favorável condicionada quando se ve-rificar que existe necessidade de conformar a ex-ploração com os planos de ordenamento do terri-tório vigentes, com restrições de utilidade pública ou com áreas abrangidas pela Rede Natura 2000. Nesse caso, a licença de exploração só poderá ser emitida depois de assegurada a referida confor-mação, sendo nesse período e a título provisó-rio permitida a exploração da pedreira em causa. No entanto, a aplicação do regime tem revelado dificuldades interpretativas quanto aos pressupos-tos da emissão de decisão favorável condicionada prevista no n.º 8 do artigo 5.º Assim, mostra-se necessário clarificar o regime de regularização das explorações de massas minerais, no que diz res-peito à apreciação técnica dos pedidos, aprovei-tando-se, ainda, para definir, quanto aos pedidos de regularização entretanto já decididos desfavo-ravelmente com fundamento na desconformidade com instrumentos de gestão territorial, o proce-dimento a adoptar para a sua reapreciação à luz das orientações constantes do presente despacho. Nestes termos, determina-se:

1 - A apreciação do pedido de regularização da ex-ploração, no âmbito do artigo 5.º do decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro (JusNet 2145/2007), no que diz respeito ao ordenamento do território e urbanismo, deve conter uma avaliação técnica dos

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS48

efeitos da regularização sobre os usos estabelecidos ou existentes e a dinâmica territorial.

2 - os pressupostos materiais para a emissão da decisão favorável condicionada, prevista nos n.os 7 e 8 do artigo 5.º do decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro (JusNet 2145/2007), são alternativamente:

a) Caso os planos de ordenamento não proíbam expressamente as pedreiras nas áreas onde se lo-calizam, a verificação de que os impactos da ex-ploração quanto ao ambiente e ao ordenamento do território não são significativos;

b) Caso os planos de ordenamento proíbam ex-pressamente as pedreiras nas áreas onde se lo-calizam, a possibilidade de acolhimento da ex-ploração em causa através de procedimento de alteração ou revisão do instrumento de gestão territorial em causa ou de elaboração de novo instrumento de gestão territorial, à luz da estra-tégia de desenvolvimento territorial do municí-pio, ou, quando for o caso, à luz dos objectivos prosseguidos pelo instrumento de gestão territo-rial em causa.

3 - o pressuposto referido na alínea b) do núme-ro anterior é preenchido através da deliberação ou decisão da entidade competente para promover a alteração, revisão ou elaboração do instrumento de gestão territorial em causa nesse sentido.

4 - As decisões desfavoráveis tomadas até à data da produção de efeitos do presente despacho, relativas a pedidos apresentados atempadamente ao abrigo do artigo 5.º do decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro (JusNet 2145/2007), podem ser objecto de reapreciação.

5 - As decisões apenas podem ser objecto da rea-preciação prevista no número anterior nos casos em que tiveram por fundamento a incompatibilidade da

exploração a legalizar com os instrumentos de ges-tão territorial válidos e eficazes.

6 - A reapreciação referida no n.º 4 pode ocorrer por iniciativa das entidades licenciadoras ou de alguma das entidades que integrem o grupo de trabalho.

7 - A iniciativa de abertura do procedimento de re-apreciação da decisão deve ser tomada no prazo de 150 dias após publicação do presente despacho e notificada aos interessados.

8 - No prazo referido no número anterior, os inte-ressados podem solicitar que a entidade licenciado-ra tome a iniciativa da reapreciação da decisão, nos termos do n.º 6.

9 - A reapreciação da decisão deve seguir o pro-cedimento previsto no artigo 5.º do decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro (JusNet 2145/2007), tendo em vista uma nova apreciação do pedido de regularização da exploração à luz do disposto no presente despacho.

10 - A abertura do procedimento de reapreciação de uma decisão implica a suspensão dos seus efeitos jurídicos.

11 - No procedimento de fusão de pedreiras con-tíguas ou confinantes, previsto no artigo 36.º do decreto-Lei n.º 270/2001, de 6 de outubro (JusNet 132/2001), na redacção dada pelo decreto-Lei n.º 340/2007, de 12 de outubro (JusNet 2145/2007), compete à comissão de coordenação e desenvol-vimento regional territorialmente competente ou ao Instituto da Conservação da Natureza e da Bio-diversidade, I. p., pronunciar-se sobre o enquadra-mento do projecto no procedimento de avaliação de impacte ambiental ou de avaliação de incidências ambientais.

12 - o presente despacho produz efeitos no dia se-guinte ao da sua publicação.

16 de Março de 2011. - o Secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do desenvolvimento, fernando Medina Ma-ciel Almeida Correia. - o Secretário de Estado do Ambiente, Humberto delgado Ubach Chaves Rosa. - A Secretária de Estado do ordenamento do Território e das Cidades, fernanda Maria Rosa do Carmo Julião.

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS50

Reacções ao Despacho

Relativamente ao despacho nº  5697/2011,  a dGEG congra-tula-se por o Governo ter con-cretizado os necessários escla-recimentos para que todos os processos de pedido de regulari-zação de pedreiras ao Abrigo do artigo 5º do dL 340/2007, possam finalmente ser apreciados ten-do por base princípios técnicos

e ambientais e não meramente formais. pese embora esse fosse o espírito da Lei de pedreiras, que pretendia trazer para a legali-dade uma actividade económica importante para o país, só agora, feito um balanço da aplicação da Lei no terreno, é que estão cria-das as condições para se atingi-rem os objectivos inicialmente traçados. Importa não esquecer o papel da dGEG do MEId e do MAoT para que este despacho tenha tido lugar. deixamos aqui um apelo para que as empresa que viram os seus processos de regularização recusados por ra-

zões de incompatibilidade com os instrumentos de ordenamen-to do Território, não esperem que sejam as entidades oficiais a desencadear a reabertura do processo, mas que sejam eles a fazê-lo junto da entidade licen-ciadora, nos termos do despa-cho. Também as Associações do sector devem ter um papel muito activo na sua divulgação junto dos seus associados, ajudando as empresas com mais dificuldades administrativas a preencher e a entregar os requerimentos a soli-citar a reapreciação.

A ASSIMAGRA - Associação dos Industrias de Mármores, Granitos e Ramos Afins – congratula-se com o despacho nº 5697/2011 de 1 de Abril que considera vir ao encontro de uma reivindica-

ção do sector ao permitir a cor-recção de injustiças criadas pela aplicação do artigo 5º de forma discriminatória.

A ANIET – Associação Nacional da Industria Extractiva e Trans-formadora – acolhe com agra-do a publicação do despacho nº 5697/2011 que vem compati-

bilizar a exploração de massas minerais com os planos de orde-namento do Território vigentes, incluindo também aqueles que contêm restrições de utilidade pública ou da Rede Natura 2000.

Além de permitir a harmonização das decisões dos vários Grupos de Trabalho perante todos os instrumentos de ordenamento do território (tanto os de 1ª ge-ração como os subsequentes) o recém-publicado despacho tem ainda a mais-valia de introduzir

mecanismos para a reapreciação dos pedidos que colheram entre-tanto uma decisão desfavorável, por razões relacionadas com o ordenamento do território.

A ANIET refere ainda que a publi-cação deste despacho torna mais evidente a urgência na revisão dos planos directores Munici-pais desactualizados de forma a regularizar definitivamente os processos de licenciamento em curso.

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS52

JANEIRO

► BUDMA 2011 11 - 14 JANEIROPOZNA - POLÓNIA

► BAU 17 - 22 JANEIROMUNIQUE - ALEMANHA

► INDIA STONEMART 20 - 23 JANEIROJAIPUR - ÍNDIA

► SURFACES 25 - 27 JANEIRO LAS VEGAS - E.U.A.

► STONEXPO26 - 28 JANEIROLAS VEGAS - E.U.A.

FEVEREIRO

► BUILDMAT 03 - 06 FEVEREIROCOIMBATORE - TAMIL NADU – ÍNDIA

► CONSTRUCTION & INTERIOR DESIGN

04 - 06 FEVEREIROTURKU - FINLÂNDIA

► BC INDIA08 - 11 FEVEREIROMUMBAI - ÍNDIA

► MARMOL 08 - 11 FEVEREIRO VALÊNCIA - ESPANHA

► VITÓRIA STONE FAIR - R&E* 15 - 18 FEVEREIROVITÓRIA - ESPIRITO SANTO- BRASIL

► IMMA STONE FAIR 17 - 20 FEVEREIROCHENNAI - ÍNDIA

► MARMIN STONE 17 - 20 FEVEREIRO SALÓNICA - GRÉCIA

► BUILDARCH23 - 26 FEVEREIROBANGALORE – ÍNDIA

► BUILD UP23 - 26 FEVEREIROBANGALORE – ÍNDIA

► TECNO+STONE 23 - 26 FEVEREIROKIEV - UCRÂNIA

MARÇO

► ECOBUILD 01 - 03 MARÇO LONDRES - REINO UNIDO

► XIAMEN INTERNATIONAL STONE FAIR - R&E*

06 - 09 MARÇO XIAMEN - CHINA

► ARCHITECTURE + CONSTRUCTION MATERIALS

08 - 11 MARÇOTÓQUIO - JAPÃO

► MEDIBAT09 - 12 MARÇO SFAX - TUNÍSIA

► COVERINGS - R&E* 14 - 17 MARÇOLAS VEGAS - NEVADA - E.U.A.

► THE NATURAL STONE SHOW

15 - 17 MARÇO LONDRES - REINO UNIDO

► UZBUILD15 – 18 MARÇO TASHKENT – UZBEQUISTÃO

► WORLDBEX16 - 20 MARÇO MANILA - FILIPINAS

► DOMOTEX ASIA / CHINAFLOOR22 - 24 MARÇOXANGAI - CHINA

► REVESTIR 22 - 25 MARÇOSÃO PAULO - BRASIL

► MARBLE - R&E* 23 - 26 MARÇOIZMIR - TURQUIA

► LONDON HOMEBUILDING AND RENOVATING SHOW

24 – 27 MARÇO LONDRES - REINO UNIDO

► ITIF ASIA28 - 30 MARÇOCARACHI – PAQUISTÃO

► TECHNIPIERRE - R&E* 31 MARÇO - 3 ABRILLIÈGE - BÉLGICA

AGENDA 2011 R&E* - DISTRIBUIÇÃO E REPORTAGEM

Feiras & Congressos

Fairs & Congresses

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS54 55ROCHAS & EQUIPAMENTOS

www.rochas.info

ABRIL

► MOSBUILD 05 - 08 ABRILMOSCOVO - RÚSSIA

► IBF - FEIRA DE CONSTRUÇÃO DA REPÚBLICA CHECA

12 – 16 ABRIL BRNO - REPÚBLICA CHECA

► PEDRA - R&E* 14 - 17 ABRILBATALHA - PORTUGAL

► INTERKAMIEN 15 - 17 ABRILKIELCE - POLÓNIA

► STONETECH - R&E* 20 - 23 ABRIL PEQUIM - CHINA

MAIO

► BATIMATEC 03 - 06 MAIO ARGEL - ALGÉRIA

► CHILECONSTRUYE11 - 14 MAIO SANTIAGO - CHILE

► LIBYA BUILD 15 - 19 MAIO TRIPOLI - LÍBIA

► CONSTRUMAT16 - 21 MAIO BARCELONA – ESPANHA

► ASTANABUILD 18 - 20 MAIO ASTANA - KAZAQUISTÃO

► KBC KITCHEN AND BATH25 – 28 MAIO XANGAI - CHINA

► EXPO MADAGASCAR 26 - 29 MAIO ANTANANARIVO - MADAGÁSCAR

► EXPOSTONE31 MAIO – 03 JUNHO MOSCOVO – RÚSSIA

JUNHO

► STONE+TEC - R&E* 22 - 25 JUNHONUREMBERGA - ALEMANHA

AGOSTO

► CACHOEIRO STONE FAIR23 - 26 AGOSTOCACHOEIRO ITAPEMIRIM - BRASIL

SETEMBRO

► BALTIC BUILD12 – 14 SETEMBRO SÃO PETERSBURGO – RÚSSIA

► BUILDING & CONSTRUCTION INDONESIA

21 - 24 SETEMBROJACARTA - INDONÉSIA

► MARMOMACC - R&E* 21 – 24 SETEMBRO VERONA – ITÁLIA

► JAPAN HOME AND BUILDING SHOW

28 – 30 SETEMBRO TÓQUIO – JAPÃO

NOVEMBRO

► BATIMAT7 - 12 NOVEMBROPARIS - FRANÇA

► FUNÉRAIRE 17 - 19 NOVEMBROPARIS - FRANÇA

► NATURALSTONE27 – 29 ISTAMBUL - TURQUIA

Global Stone Congress 2012depois dos encontros em 2005 em Brasil, em 2008 em Itália e em 2010 em Espanha, portugal vai orga-nizar o 4 congresso mundial de pedra Natural de 16 a 20 de Julho de 2012.

A região do Alentejo hospedará o evento, tendo Borba a sede estrutural, compartilhando a organi-zação com Estremoz e Vila Viçosa. o bom vinho e a fantástica gastronomia darão as boas - vindas aos visitantes e a todo um universo de especialistas e operadores.

durante quatro dias serão criadas as condições para compartilhar experiências e trocar culturas, tendo em vista conciliar a dimensão científica e tecnoló-gica do sector, com o contexto económico e social potenciando imagem e recursos.

o evento terá como entidade promotora e organi-zadora, Associação Valor pedra - Cluster da pedra Natural e contará com o apoio de várias entidades oficiais e privadas, assim como o apoio da Rochas & Equipamentos.

No próximo número iremos desenvolver este evento com retrospectiva dos anteriores.

Mais informações em:

http://www.globalstonecongress.com/

http://www.cevalor.pt

http://www.valorpedra.pt/

O congresso terá como temáticas

▪ qUARRYING - Exploration and Exploitation

▪ MANUfACTURING - Tools and optimization

▪ ENVIRoNEMENT

▪ CHARACTERISATIoN ANd NEw pRodUCTS

▪ NATURAL SToNE IN ARCHITECTURE

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS56

Pedra Portuguesa vai revestir o Banco Central do Kuwaité um edifício com 240 metros de altura, divididos por 41 andares. A fachada vai ser toda revestida com pedra natural portuguesa: quatro mil metros cúbicos de cal-cário moca creme. Um negócio avaliado em 1,5 milhões de euros, ganho pela Mocapor. A empresa ribatejana teve que responder a um caderno de encargos bastante rigoroso e submeter a pedreira a 3 estudos geológicos, de forma a dar garantias de que tinha maté-ria-prima suficiente para forne-cer a obra.

o revestimento da fachada do edifício da nova sede do Banco Central do emirado deverá come-çar daqui a 3 meses e ficar con-cluído durante o próximo ano. A matéria-prima já começou a sair do porto de Lisboa.

A importância do negócio não se confina apenas à obra mas tam-bém às perspectivas de conquista de um novo mercado que conso-me tradicionalmente mármores.

Parceria luso-italiana

  A vitória no concurso foi im-portante, mas teve como aliada uma empresa italiana – a Sovema - que vai proceder à transforma-ção. Segundo ao administrador da Mocapor, francisco Luís, não havia qualquer hipótese de a em-presa lusa assumir sozinha a em-preitada, porque não há nenhuma empresa em portugal que consiga fazer a transformação, em tempo útil, de tanta matéria-prima.

Notícias

News

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Page 31: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

59ROCHAS & EQUIPAMENTOSROCHAS & EQUIPAMENTOS58

Colóquio AICEP sobre o comércio na ChinaA Aicep portugal Global realiza o ABC Mercado – As várias Chi-nas da China, nos dias 27 e 28 de Abril 2011, respectivamente no auditório da direcção Regio-nal no porto e no auditório das instalações da AICEp, em Lisboa. As empresas interessadas podem consultar o programa e inscrever--se através do site da Agência www.portugalglobal.pt. Será uma oportunidade para encontrar di-versos especialistas presentes no mercado asiático.

Actualmente são mais de 60 as empresas portuguesas instaladas na China e mais de 750 as empre-sas exportadoras. 

As importações da China com ori-gem em portugal cresceram 47% em Janeiro de 2010, valores que perspectivam a manutenção da tendência de um elevado cres-cimento já registada em 2009, e que indiciam boas probabilidades de que as exportações globais de portugal para a China atinjam, em 2011, o recorde e valor histó-rico de mil milhões USd.

  Com 1,3 biliões de pessoas, a China é hoje um dos protago-nistas do Comércio Internacional (1.º exportador e 2.º importador, em 2010) e ocupa, de há 10 anos a esta parte, o 2º lugar na capta-ção dos fluxos mundiais de inves-timento estrangeiro.

Com um rendimento per capita na ordem dos 7.075 USd , a ex-pansão do mercado de consumo na China tem crescido acentua-damente e existe hoje uma classe média e um universo de poten-ciais compradores de produtos importados com elevado poder de compra, forte propensão para o consumo e grande apetência por produtos e marcas europeus.

Segundo as previsões do Ban-co Asiático de desenvolvimento (AdB) a economia chinesa de-verá crescer 9,6% em 2011. Um valor que excede em 1,6 pontos a meta preconizada pelo governo chinês, mas que fica 0,7 pontos aquém do crescimento registado em 2010.

Exportações de Rochas Ornamentais aumentaram 7,5% em 2010 As estatísticas (provisórias) do INE (Instituto Nacional de Esta-tística) revelam que as expor-tações portuguesas de Rochas Ornamentais aumentaram 7,5% de 2009 para 2010, cor-respondendo a 298 milhões de euros. As exportações represen-tam actualmente 53% da produ-ção global do sector, ainda que pontualmente algumas empresas exportem 80% da produção ou mais. Estes valores aproximam-se dos alcançados em 2007 e reve-

lam uma tendência de retoma, invertendo o acentuado decrésci-mo verificado em 2009.

Uma fonte da Assimagra interpe-lada pela Revista Rochas e Equi-pamentos considera que à seme-lhança do que acontece todos os anos estes dados deverão ser re-vistos em alta quando passarem a definitivos.

Numa apreciação global, cons-tata-se que o protagonista da subida das exportações nacio-

nais em 2010 foi o material em bloco, principalmente o calcário cujas exportações para a China aumentaram 50% gerando cerca de 50 milhões de euros. A China representa 68,2% das vendas. Seguem-se a Itália (7,7% das exportações deste material em 2010) e a Espanha (5,4%), Ale-manha, frança, países Asiáticos (Taiwan e Hong kong) e o Médio oriente (Síria).

As exportações de calcário em obra representaram em 2010 28

Page 32: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

61ROCHAS & EQUIPAMENTOSROCHAS & EQUIPAMENTOS60

milhões de euros, cerca de 10% das transacções de Rochas orna-mentais, para o exterior. Apesar do decréscimo dos últimos anos, o principal mercado continua a ser os Estados Unidos da Améri-ca, que absorveu em 2010 quase 25% das exportações. o grupo dos três principais importadores é completado pelo Reino Unido e pela frança que tem vindo a ga-nhar notoriedade.

O Mármore em obra continua

a ser o material mais vendido

para o exterior, e ainda que re-

presente actual-mente 39% das vendas, consta-

ta-se uma acen-tuada descida.

As exportações de Granito em bloco representaram em 2010 um pouco mais de 41 milhões de eu-ros, o que corresponde a cerca de 15% de exportações de Rochas ornamentais. o principal merca-do é o espanhol, apesar de uma

forte quebra em 2009. Seguem--se a frança, a China (importação de sienito catalogado pelo INE como granito), Alemanha e Itália.

As exportações de Granito em obra representaram, em 2010, 7%, 18,5 milhões de euros. per-deram alguma representatividade devido à acentuada quebra de frança e Espanha. Em contrapar-tida, verifica-se uma tendência de crescimento nos países Baixos e em Angola.

Assinala-se ainda a tendência de subida em Marrocos, na Bélgica e na Suíça, por oposição ao decrés-cimo de países Europeus como a Alemanha, Irlanda e Luxemburgo.

Portugal em oitavo lugar no ranking dos países produtores e exportadores de Pedra NaturalNo mais recente Relatório do conceituado autor Carlo Monta-ni (xxI Report world Marble and Stones) portugal surge em oita-vo lugar no ranking mundial dos países produtores e exportadores de pedra Natural. Em 2009 a Chi-na liderava a produção de pedra natural, com 29,7% da produ-ção mundial, seguida da índia (12,6%), Turquia (8,1%), Itália (7,2%), Irão (6,5%), Brasil (5,7%) e Espanha (5%).

Em 2009 a produção mundial bruta de pedra natural situou-se nos 104,5 milhões de euros o que representa   uma diminuição de 0,6% face a 2008.

os países asiáticos têm registado acréscimos significativos na sua produção, enquanto os tradicio-nais países produtores da Europa (Itália, Espanha, portugal, frança e Grécia) registam um abranda-mento na extracção de produtos pétreos.

Assinala-se o reforço da posição chinesa na importação e exporta-ção, tendo-se tornado o principal entreposto internacional da pe-dra natural, posição da qual des-tronou a Itália, com um elevado grau de integração de mais-valias pois predominam a importação de pedra em bruto e a exportação de pedra transformada.

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63ROCHAS & EQUIPAMENTOSROCHAS & EQUIPAMENTOS62

Produção de pedra natural por países, 2004 e 2009

 2004 2009 Var. 2004-2009

Mil toneladas % Mil toneladas % %

China 18.000 22,2 31.000 29,7 72,2Índia 9.500 11,7 13.200 12,6 38,9

Turquia 4.200 5,2 8.500 8,1 102,4Itália 7.650 9,4 7.500 7,2 -2,0Irão n.d.   6.800 6,5  

Brasil 4.500 5,5 6.000 5,7 33,3Espanha 6.250 7,7 5.200 5 -16,8Portugal 2.450 3,0 2.450 2,3 0,0

EUA 2.300 2,8 1.800 1,7 -21,7Grécia 1.400 1,7 1.250 1,2 -10,7França 1.300 1,6 1.100 1,1 -15,4

África do Sul 1.100 1,4 800 0,8 -27,3Outros países 22.600 27,8 18.900 18,1 -16,4

Total 81.250 100,0 104.500 100 28,6

Fonte: MONTANi, Carlo C. (2010), XXI Report World Marble and Stones, Casa de Edizioni in Carrara.

Mestres Calceteiros portugueses dão curso no Rio de JaneiroCinco calceteiros da Câmara de Lisboa estiveram recentemente no Brasil a ministrar um curso que durou 3 semanas sobre apli-cação de calçada portuguesa.

A má conservação das calçadas de pedra portuguesa, no Brasil e a deficiência de mão-de-obra para proceder aos arranjos deu origem a este curso que reuniu 60 alu-nos, calceteiros profissionais.

os mestres portugueses proce-deram também a uma avaliação do estado das calçadas brasi-leiras e apresentaram sugestões para a renovação e reparação das mesmas.

Page 34: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

65ROCHAS & EQUIPAMENTOSROCHAS & EQUIPAMENTOS64

Cariocas fazem escadas com pedras da calçadaAlguns residentes aproveitaram as sobras de algumas pedras por-tuguesas para construir escadas!

Arco em pedra natural com 64m de extensão é descoberto no Afeganistãodois cientistas da Sociedade Conservadora da Vida Selvagem (wCS, na sigla em inglês) encon-traram no Afeganistão, no final do ano passado (2010) um arco em pedra natural, gigante. A for-mação rochosa tem 64 metros de extensão e fica numa área com 3 mil metros de altitude, no centro do país, próximo de uma locali-dade denominada Hazarchishma. Esta formação rochosa assumiu

a posição mundial de décima se-gunda maior construção natural deste tipo, antes ocupada por um arco no estado de Utah, nos Esta-dos Unidos.

o maior arco em pedra do planeta mede 122 metros de comprimen-to, na base, e está localizado na província de Guangxi, na China. o arco afegão tem camadas de rochas do período Jurássico - en-tre 200 milhões e 145 milhões de

anos atrás - e da época Eoceno - entre 55 milhões e 34 milhões de anos atrás.

o arco passa agora a ser um desafio para escaladores sufi-cientemente aventureiros para transformar Hazarchishma num grande ponto de escalada da Ásia Central. o local tem potencial para poderem abrir-se várias vias apesar do perigo que também re-presenta.

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Page 35: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

67ROCHAS & EQUIPAMENTOSROCHAS & EQUIPAMENTOS66

Serviço Geológico do Brasil lança Atlas de Rochas Ornamentais da Amazóniao Serviço Geológico do Brasil (CpRM), através da divisão de Minerais e Rochas Industriais e da direcção de Geologia e Recursos Minerais (dGM), concluiu o Atlas de Rochas ornamentais da Ama-zónia Brasileira. Ainda que com extensas coberturas sedimenta-res pouco favoráveis à ocorrência de rochas ornamentais, a Amazó-nia compreende uma vasta área de 5,2 milhões km2, equivalente a 61% do território brasileiro.

o Atlas foi realizado entre os anos 2009 e 2010, tendo como premissa a geodiversidade regio-nal, muito favorável à produção e industrialização de matérias--primas minerais para a cons-trução civil, e a oportunidade de atrair empreendimentos minério industriais. é o primeiro traba-lho do projecto de Consolidação e Sustentabilidade do Sector de Rochas ornamentais na Região Amazónica

o trabalho apresenta 88 mate-riais avaliados e catalogados nos estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso, pará, Rondônia, Ro-raima, Tocantins e parte do Ma-ranhão. Setenta e cinco por cento (75%) destes materiais não têm qualquer registo anterior e cons-tituem potenciais oportunidades de investimentos em projectos minério industriais.

Entre as várias informações téc-nicas e económicas de interesse sectorial, bem como aspectos da infra-estrutura e logística de transporte regional, o Atlas apresenta um dossier sobre cada material cadastrado, com a lo-calização, elementos básicos da geologia, fotos do afloramento ou frente de lavra, imagem da su-perfície polida da rocha e resulta-dos dos ensaios de caracterização tecnológica.

Complementa o trabalho a apre-sentação dos parâmetros físico-

-mecânicos para especificação e assentamento das rochas e a in-dicação dos usos mais adequados para os materiais catalogados.

Nova fronteira

o Brasil tem-se destacado como produtor de uma excepcional variedade de materiais rochosos naturais utilizados para orna-mentação e revestimento. Essa geodiversidade colocou o país entre os maiores produtores e ex-portadores mundiais de granitos, quartzitos, mármores, ardósias e muitas outras rochas de interesse comercial.

As perspectivas de desenvolvi-mento regional, para o sector de rochas, são actualmente refor-çadas com a crescente procura dos principais centros urbanos do norte do país. é ainda muito relevante a localização privilegia-da da Amazónia brasileira face a importantes pólos consumidores

no exterior, como a costa oeste dos Estados Unidos, a Venezuela, o Chile, países do Caribe e até da Europa. A marca Amazónia re-presenta um factor competitivo para o Brasil, que deve ser tam-bém aproveitada pelo sector das rochas ornamentais.

Escoamento da produção

Com grandes investimentos já efectuados ou contratados, o Brasil está a abrir-se aos vizi-nhos hispânicos do norte e oes-te da América do Sul, através da construção de pontes, estradas e hidrovias de ligação aos portos do pacífico, a partir do peru, do Chile e do Equador. Vislumbra-se, assim, a redução, em aproxima-damente 6 mil km, da distância comercial com os mercados da Ásia e costa oeste dos EUA, o que reduz o custo da tonelada dos produtos brasileiros exportados a partir da região amazónica.

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS68

OS SABORES DA PEDRAVictor Lamberto ([email protected])Eng.º Geólogo, Mestre em planeamento Mineiro, leader do Convivium Alentejo - Slow food; [email protected]

Prosseguimos nesta coluna com as conexões

entre as pedras e os sabores, agora com o

emblemático e célebre COZIDO DAS FURNAS,

iguaria única da açoriana ilha de São Miguel…

No famoso CozIdo dAS fUR-NAS, ou CozIdo dE LAGoA dAS fURNAS, encontram-se história e paisagem condensados num pra-to, como é comum na gastrono-mia, mas também a história geo-

lógica dos Açores, como veremos adiante.

Tomem-se em primeiro lugar, se-gundo Maria de Lourdes Modesto (Cozinha Tradicional portuguesa), e para um repasto para oito a dez comensais, os seguintes ingre-dientes:

▪ 1,5 kg de chambão de vaca;

▪ 1 kg de carne de porco (perna ou pá);

▪ 1 galinha;

▪ 3 chouriços grandes (chouri-ços de carne);

▪ 250 g de toucinho entremeado fumado;

▪ 100 g de toucinho gordo;

▪ 16 batatas médias;

▪ 8 cenouras;

▪ 4 nabos;

▪ 1 couve portuguesa grande;

▪ 2 repolhos brancos grandes;

▪ 1 pimenta da terra (malagueta vermelha local) (facultativa);

▪ sal grosso.

Segue-se a preparação e a con-fecção deste prato, que obede-cem aos seguintes passos:

1. cortar as carnes, incluindo a galinha, em bocados grandes e o toucinho e os enchidos em bocados regulares;

2. descascar as batatas e cortar algumas, deixando as restan-tes inteiras;

Sopa da Pedra

The Stone Soup

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS70 71ROCHAS & EQUIPAMENTOS

3. raspar as cenouras e cortá--las ao meio no sentido do comprimento;

4. cortar os nabos em quartos;

5. retirar, lavar e reservar as folhas grandes das couves e cortar o restante em quartos;

6. abrir as malaguetas ao meio;

7. introduzir todos os ingre-dientes em camadas alterna-das numa panela de alumí-nio, sendo a última camada

polvilhada com sal grosso;

8. cobrir bem o conjunto com as folhas de couve postas de parte, tapar a panela com a respectiva tampa e atar esta às suas asas;

9. meter a panela numa saca de serapilheira e atar esta com uma corda comprida;

10. introduzir o conjunto numa caldeira natural da Lagoa das furnas, deixando a ponta da

corda de fora, tapar a caldei-ra com uma tampa de madei-ra e, depois, com terra;

11. retirar o conjunto passadas cerca de 5 horas;

12. abrir a panela e retirar as folhas de couve com que se cobriu o conjunto, que não se comem;

13. servir o cozido bem quente, as hortaliças num prato e as carnes noutro.

descrita a forma actual de fazer o CozIdo dAS fURNAS, Maria de Lourdes Modesto nota que anti-gamente todos os ingredientes eram introduzidos na galinha, que se conservava inteira, ficando de fora apenas os que não cou-bessem no seu interior.

Este cozido pode também ser confeccionado sem panela, mas dentro de panos. Neste caso, colocam-se os ingredientes den-tro de panos brancos, que se atam em trouxa e metem numa saca, a qual se ata e introduz-se

na serapilheira, sendo o conjun-to seguidamente colocado na caldeira. Refira-se que o cozido feito por este processo fica mais seco (os sucos dos ingredientes dispersam-se na terra) e com um travo a enxofre ligeiramente mais pronunciado.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Furnas_

(freguesia)

de forma sucinta, o pitoresco Co-zIdo dAS fURNAS pode ser des-crito como um prato muito seme-lhante ao Cozido à portuguesa, com várias carnes e vegetais co-zinhados em conjunto na panela, mas com uma forma de cozedura totalmente diferente, com a co-mida a ser enterrada e cozinhada em buracos num solo (caldeiras) em constante e visível actividade vulcânica. Neste prato típico das furnas, junto à Lagoa das furnas, a lenta cozedura dada pelo calor emanado do interior da Terra pela actividade vulcânica presente na região (os Açores têm origem vulcânica) e os vapores sulfuro-

sos associados são factores mui-to importantes para o sabor tão peculiar, especial, que o CozIdo dAS fURNAS apresenta.

http://www.traveljournals.net/pictu-res/123650.html

http://ilhas.blogspot.com/2011/04/co-zido-das-furnas-candidato.html

E como a carne pede vinho, e no Slow Food somos defensores da ligação estreita entre produtos locais, um bom vinho da região (geralmente pouco conhecido no continente), como um tinto da Terceira, de Santa Maria, da Gra-ciosa ou do pico, será certamente um acompanhamento harmonio-so para a degustação plena deste prato convivial – afinal, a receita apresentada é para 8 a 10 pesso-as!

Assim, mais uma vez, e como alguns de nós sabiam ou suspei-tavam, a gastronomia é uma ci-ência interdisciplinar que envolve diversas ciências, designadamen-te a Geologia («as pedras») - nes-te caso, a actividade vulcânica e a

Geotermia (calor armazenado no interior da Terra).

Com o CozIdo dAS fURNAS, que prossegue a degustação de sabores da pedra, sabores que se ligam à Geologia, no presente caso através da utilização de um «forno terrestre», algumas notas soltas importa deixar à conside-ração dos leitores:

na gastronomia, e dado que o que comemos torna-se parte de nós, o critério para a escolha de in-gredientes deverá sempre, e res-peitando a tradição, a qualidade (bom, limpo e justo), e não o me-nor peço, o mais barato;

na culinária, como nos recursos geológicos, muitos dos processos envolvidos, baseados no aprovei-tamento de produtos naturais e endógenos, são lentos e depen-dentes, sempre, da Mãe Natureza;

a gastronomia tem característi-cas que permitem contribuir para o combate à homogeneização (diferentes pratos em diferentes

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS72

regiões), na defesa das especifici-dades dos produtos naturais, lo-cais (a marca “Cozido das furnas” irá contribuir para a valorização e promoção deste prato genuíno), e muitas vezes tidos como «me-nores» (o CozIdo dAS fURNAS pode considerar-se uma variante do Cozido à portuguesa), aspec-tos que deverão ser considerados pela indústria das rochas orna-mentais na sua defesa e promo-ção;

a utilização da geotermia, recur-so local renovável à escala hu-mana, na confecção do cozido é um processo «verde» respeitador do ambiente, aproximação que a indústria de rochas ornamentais deverá considerar (e.g. “a pedra local/regional/nacional é mais sustentável…”), sobretudo se apostar na redução de utilização de recursos e de produção de re-síduos e no aumento na reutiliza-ção de materiais;

a gastronomia e a Geologia per-mitem uma leitura e compreen-são do território mais rica e apro-fundada, pelo que é importante o aproveitamento turístico destas áreas do saber, desde que de for-ma adequada, o que, amiúde, não acontece;

os vários restaurantes especiali-zados nas furnas, que confeccio-nam diariamente largas dezenas de CozIdoS dAS fURNAS, con-tribuem para um afluxo turístico considerável e para a publicita-ção da região, evidenciando que a gastronomia contribui para a economia, a sustentabilidade e o desenvolvimento descentralizado do território, aproximação que a indústria das rochas ornamentais deverá igualmente considerar…

portanto, a Geologia, as rochas ornamentais e a gastronomia po-dem interligar-se permitindo si-nergias muito interessantes para as partes envolvidas, como temos vindo, aliás, a defender insisten-temente nesta coluna…

http://br.olhares.com/o_verdadeiro_co-zido_das_furnas_acores_foto1409793.html

Assim, e tendo presente que “a vida é mais que o aumento da sua velocidade” (Mahatma Gan-dhi), que “a pressa é inimiga da perfeição” (provérbio popular) e que “apressado come cru” (idem), convidam-se os leitores a degus-tar um CozIdo dAS fURNAS…

lentamente, em torno de produ-tos locais (sempre que possível), com prazer e em boa companhia, como defende o movimento glo-bal Slow food!!!

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS74

PLANT EQUIPMENT

QUARRY EQUIPMENT

LIMESTONE

GRANITE

MARBLE

SLATE

PORTUGUESE PAVEMENT

OTHER STONES

CUT TO SIZE

TILES

SLABS

BLOCKS

DIAMOND TOOLS

ABRASIVES

SERVICES

FAIRS

Edifício Estrada Romana 2480-013 Alqueidão da Serra - PortugalTel.: | Fax: + 351 243 406 110 | + 351 244 402 191E-mail: [email protected]

Portuguese Association of Portuguese Pavement

Producers

ABRESSA GROUP

Central: Barcelonès, 39 – Pol. Ind. del Ramassá08520 Les Fraqueses del Vallés - Barcelona - SpainTel.: (34) 93 846 58 75Fax: (34) 93 846 80 29E-mail: [email protected]

Pág. 47

AIREMÁRMORES – EXTRACÇÃO DE MÁRMORES, LDA.

OFFICE AND FACTORY: Rua dos Arneiros – Ataíja de Cima 2460-712 Alcobaça – PortugalTel.: + 351 262 508 501 | + 351 938 383 600Fax: + 351 262 508 506E-mail: [email protected]

C.Capa

ANTÓNIO JACINTO FIGUEIREDO, LDA.

Apartado 2, Estrada Nacional, 9 – Cruz da Moça2715-951 Pêro Pinheiro – PortugalTel.: + 351 219 270 100 | + 351 219 678 210Fax: + 351 219 271 627E-mail: [email protected]

[email protected]

Pág. 87

C. MATA EXPORT

Casais Robustos - Apartado 672396-909 Minde Codex - PortugalTel.: + 351 249 890 652Fax: + 351 249 890 660E-mail: [email protected]

CARRARA MARMOTEC

CarraraFiere Srl Viale Galilei, 133 54033 Marina di Carrara (MS) - Italy Tel.: + 39 0585 787963 Fax: + 39 0585 [email protected]

Pág. 57

R & E Buyers Guide

R & E BuyERs GuidE

Page 40: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS76

DIAMOND SERVICE PORTUGUESA, LDA.

Zona Industrial – Lote 2 – Apartado 61EC Vila Viçosa - 7160-999 Vila Viçosa – PortugalTel.: + 351 268 886 840Fax: + 351 268 886 849E-mail: [email protected]

Pág. 70

DRAGÃO ABRASIVOS, LDA.

Rua Dragão Abrasivos, nº595 - Apartado 64536-904 Paços de Brandão - PortugalTel.: + 351 227 442 007Fax: + 351 227 448 739E-mail: [email protected]

Pág. 65

DIAPOR – DIAMANTES DE PORTUGAL, S.A.

Rua 8 – Zona Industrial de Rio MeãoApartado 412 – 4524-907 Rio Meão – PortugalTel.: + 351 256 780 400Fax: + 351 256 780 409E-mail: [email protected]

Pág. 63

CFM - PROJECTO E CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS, LDA.

Av. Aviação Portuguesa, nº5 - Apartado 14 – Fação 2715-901 Pêro Pinheiro – PortugalTel.: + 351 219 678 280Fax: + 351 219 678 289E-mail: [email protected]

Pág. 43

CONSTRUAL - CONSTRUTORA MECÂNICA, LDA.

Av. da Aviação Portuguesa, nº5 - Apartado 14 - Fação 2715-901 Pêro Pinheiro – PortugalTel.: + 351 219 678 280Fax: + 351 219 678 289E-mail: [email protected]

Pág. 35

CO.FI.PLAST

ABRADIAM, LDAEstrada Nacional 378 - Rua Pinheiro Grande, Nº 8 2865-020 Fernão Ferro - PortugalTel.: + 351 212 121 126Fax: + 351 212 122 227E-mail: [email protected]

Pág. 52

CASA DOS DIAMANTES LINO A. FERNANDES, LDA.

Lugar de Rio Tinto - 4720-632 Rendufe – Amares P.O. BOX 451 EC Avenida - 4711-914 Braga - PortugalTel.: + 351 253 311 300Fax: + 351 253 311 400E-mail: [email protected]

Pág. 39

EQUIMÁRMORE - EQUIPAMENTOS P/ MÁRMORE, LDA.

E.N. 9 – Apartado 22 2715-901 Pêro Pinheiro – PortugalTel.: + 351 219 671 197Fax: + 351 219 271 964E-mail: [email protected]

Pág. 81

EUROGRANIPEX LDA

Núcleo Empresarial da Venda do Pinheiro2665-602 Venda do Pinheiro - Lisboa PortugalTel.: | Fax: + 351 219 662 039TM: + 351 910 766 041 / 2Email: [email protected]@eurogranipex.comwww.eurogranipex.com

EXPOSALÃO - CENTRO DE EXPOSIÇÕES, S.A.

Apartado 392441-951 Batalha - PortugalTel.: + 351 244 769 480Fax: 351 244 767 489E-mail: info@exposalão.ptwww.exposalão.pt

Pág. 29

Page 41: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS78

JORGE CRUZ PINTO E CRISTINA MANTAS ARQUITECTOS LDA.

Rua do Banco nº18 2765-397 Estoril - PortugalTel.: + 351 214 661 290 | + 351 214 661 291Fax: + 351 214 661 292E-mail: [email protected]

Pág. 74

GRUPO FRAZÃO - EXTRACÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ROCHAS LDA.

Zona Industrial Norte – Pé da Pedreira – Apartado 67 2026-901 Alcanede - PortugalTel.: + 351 243 400 598Fax: + 351 243 400 606E-mail: [email protected]

Pág. 67

GRANITRANS – TRANSFORMAÇÃO DE GRANITOS, LDA.

Rua dos Serrados – Negrais2715- 346 Pêro Pinheiro - PortugalTel.: + 351 219 671 016 | + 351 219 677 127Fax: + 351 219 670 801E- mail: [email protected]

Pág. 60

GRUPO GALRÃO

Av. da Liberdae, 153 2715-004 Pêro Pinheiro – PortugalTel.: + 351 219 270 302Fax: + 351 219 279 912E-mail: [email protected]

Pág. 77

GH - INDÚSTRIAS ELECTROMECÂNICAS, S.A.

Zona Industrial do Soeiro, Lote 94745-460 S. Mamede Coronado - PortugalTel.: + 351 229 821 688Fax: + 351 229 821 687E-mail: [email protected] | www.pontesrolantes.pt

Pág. 13

GRANIPLAC, LDA. | GRANITOS DO CENTRO, LDA

Zona Industrial – Apartado 26 3150-194 Condeixa-a-Nova – PortugalTel.: + 351 239 942 430Fax: + 351 239 941 051E-mail: [email protected]

Pág. 37

FIGALJOR - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE GRANITOS E MÁRMORES, S.A.

Av. Liberdade, 168/170 – Apartado 1 2715-097 Pêro Pinheiro - PortugalTel.: + 351 219 279 552Fax: + 351 219 672 724E-mail: [email protected]

Pág. 25

GASPARI MENOTTI - S.P.A.

CORPADVANCE, S.A.Quinta da Fonte, Edifício D. Pedro I2770-071 Paço de Arcos - PortugalTel.: + 351 920 256Fax: + 351 912 901E-mail: [email protected]

Pág. 33

EZEQUIEL FRANCISCO ALVES, LDA.

offICE ANd fACToRY: Avª Marquês de Pombal, nº 247 Falimas – Morelena 2715-005 Pêro Pinheiro – PortugalTel.: + 351 219 279 797Fax: + 351 219 279 705E-mail: [email protected]

Pág. 73

GRANISEL REALTM - SOCIEDADE DE COMERCIALIZAÇÂODE PEDRAS NATURAIS, LDA

P.O. BOX 1007 - 5000-999 Vila Real - PortugalTel.: + 351 259 330 600Fax.: + 351 259 330 605E-mail: [email protected]

Pág. 69

Page 42: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS80

LUXIMAR – TRANSF. EXP. IMP. DE MÁRMORES E GRANITOS, LDA.

Alam. Henrique Pousão 15 7160-262 Vila Viçosa – PortugalTel.: + 351 268 980 526Fax: + 351 268 980 549Parque Ind.: Tel.: + 351 268 999 280

Pág. 66

MARBLE

IZFAS Sair Esref Bul. No:50 Kulturpark 35230 Izmir - TurkeyTel.: + 90 2324971229Fax: + 90 [email protected]

Pág. 84

LUSOROCHAS ROCHAS ORNAMENTAIS LDA

Casal de Silvérios - Pedra urada2715-358 Almargem do Bispo - PortugalTel.: + 351 219 677 559Fax: + 351 219 677 549E-mail: [email protected]

Pág. 61

MARFILPE – MÁRMORES E GRANITOS, S.A

IC2 Casal da Amieira, Apartado 1742440-001 Batalha - PortugalTel.: + 351 244 768 030 | + 351 244 768 120Fax: + 351 244 768 342E-mail: [email protected]

Pág. 31

MARBRITO, S.A.

Apartado 54 EC. Vila Viçosa 7161-909 Vila Viçosa – PortugalTel.: + 351 268 889 550Fax: + 351 268 889 569E-mail: [email protected]

V.Capa

MARMOZ - COMPANHIA INDUSTRIAL DE MÁRMORES DE ESTREMOZ,

LDA.

Apartado 54 7160-999 Vila Viçosa – PortugalTel.: + 351 268 889 550Fax: + 351 268 889 569E-mail: [email protected]

V.C. Capa

MOCAMAR – MÁRMORES DE ALCANEDE, LDA.

Zona Industrial – Pé da Pedreira – Apartado 46 2025-161 Alcanede – PortugalTel.: + 351 243 400 687 | 243 400 275 | 243 408 879Fax: + 351 243 408 892E-mail: [email protected]

Pág. 62

POEIRAS - MÁQUINAS & FERRAMENTAS, LDA.

Zona Industrial – Lote 1 e 2 – Apartado 50 7161-909 Vila Viçosa – PortugalTel.: + 351 268 889 380Fax: + 351 268 889 389E-mail: [email protected]

Pág. 55

OCTÁVIO RABAÇAL MARTINS (ENG.º )

Ex.-Assessor Principal do Instituto Geológico e MineiroAv. Eng.º Arantes de Oliveira, 28 r/c Esq.1900 Lisboa - Portugal

Pág. 64

MOTA-ENGIL ROCHAS ORNAMENTAIS

Zona Industrial de Estremoz7100 Estremoz - PortugalTel.: + 351 268 337 350Fax: + 351 268 337 359email: [email protected]

Pág. 19

Page 43: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS82

STONETECH

CIEC Exhibition Company, Ltd.1/F, General Service Building6 East Beisanhuan RoadBeijing 100028 - ChinaTel.: + 86 1084600335Fax: + 86 1084600325E-mail: [email protected]

Pág. 59

VISA CONSULTORES de Geologia Aplicada e Engenharia do Ambiente, S.A.

LISBoA

Rua Alto da Terrugem, n.º 2 2770-012 Paço de ArcosTel.: + 351 214 461 420Fax: + 351 214 461 421E-mail: [email protected]

PORTO

Rua Júlio Dinis, n.º247 - 5ºEscritório E3 - 4050-324 PortoTel.: + 351 226 007 580Fax: + 351 226 007 581

Pág. 50

TWO - TOTAL WEB OUTPUT

Rua Castilho, nº1, 3º Dto1250-069 Lisboa - PortugalTel.: + 351 213 161 253E-mail: [email protected]

Pág. 27

VARIOGRAMA

Largo do Corpo Santo, nº6 - 1º1200-129 Lisboa – PortugalTel.: + 351 213 241 090Fax: + 351 213 241 099E-mail: [email protected]

Pág. 82

XIAMEN INTERNATIONAL STONE FAIR

Xiamen Jinhongxin Exhibition Co., Ltd.Xiamen International Conference and Exhibition CenterXiamen P.C.361008 - ChinaTel.: + 86 5925959612Fax: + 86 5925959611E-mail: [email protected]

Pág. 45

VITÓRIA STONE FAIR

Milanez & Milaneze Av. José Rato, 1117 - Bairro de Fátima29160 - 790 Serra ES - BrazilTel.: + 55 2734340617Fax: + 55 2734340601E-mail: [email protected]

Pág. 41

URMAL – JOAQUIM DUARTE URMAL & FILHOS, LDA.

Apartado 16 2716 Pêro Pinheiro – PortugalTel.: + 351 219 677 580Fax: + 351 219 279 172E-mail: [email protected]

Pág. 72

WIRES ENGINEERING

ABRADIAM, LDAEstrada Nacional 378 - Rua Pinheiro Grande, nº82865-020 Fernão Ferro - PortugalTel.: + 351 212 121 126Fax: + 351 212 122 227E-mail: [email protected]

Pág. 78

STONE+TEC

NurnbergMesse GmbH Messezentrum90471 Nurnberg Tel.: + 49 (0) 9 11. 86 06-49 69Fax: + 49 (0) 9 11. 86 06-82 28E-mail: [email protected]

Pág. 71

TEKTÓNICA - FEIRA INTERNACIONAL DE CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

Rua do Bojador, Parque das Nações1998-010 Lisboa - PortugalTel.: + 351 218 921 500Fax: + 351 218 921 515E-mail: [email protected] | [email protected]

Pág. 21

Page 44: Revista Rochas & Equipamentos N. 101

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ROCHAS & EQUIPAMENTOS84

Entrevista

Eng.º Carlos Caxaria Sub-Director Geral da DGEG

Especial Feiras 2011:

Vitória Stone fair 2011

xiamen Stone fair 2011

Marble 2011

pedra 2011

Stonetech 2011

Global Stone Congress 2012

Rocha Ornamental em Timor Leste

Especial Arquitectura

EuroRoc em Portugal

The Natural Stone Network

Ficha de Materiais Portugueses

E muito mais….

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