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salto alto sumário salto alto GRÁTIS COMIDA&BEBIDA AME O SEU CORPO As atitudes-chave das pessoas felizes Tratamentos que corrigem a postura e protegem a coluna 7 IDÉIAS absolutamente novas sobre o amor! E o jeito sábio de reequilibrar a relação quando você ama mais do que ele VOCÊ ESTÁ FAZENDO O MELHOR POSSÍVEL COM O SEU DINHEIRO? GUIA TIRA DÚVIDAS SOBRE ORÇAMENTO DÍVIDAS, INVESTIMENTOS E COMO GARANTIR UM FUTURO TRANQÜILO TÉCNICAS E TRUQUES para endurecer a barriga, firmar o bumbum, modelar as pernas e ter seios lindos O QUE FAZER? A atordoante explosão de maldade contra as crianças FLÁVIA BARROS Mergulho no mar, no mundo e em si mesma R$8,90 Dez 2008 Ano 1 nº12

Revista Salto Alto

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Revista feminina

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salto altosumáriosalto altoGRÁTISComida&BeBida

AME O SEU CORPOAs atitudes-chavedas pessoas felizesTratamentos que corrigem a postura e protegem a coluna

7 IDÉIASabsolutamentenovas sobre o amor!

E o jeito sábiode reequilibrara relação quando você ama mais do que ele

VOCÊ ESTÁ FAZENDO O MELHOR POSSÍVEL COM O SEU DINHEIRO?

GUIA TIRA DÚVIDAS SOBRE ORÇAMENTO DÍVIDAS, INVESTIMENTOS E COMO GARANTIR UM FUTURO TRANQÜILO

TÉCNICAS E TRUQUESpara endurecer a barriga,

firmar o bumbum,modelar as pernas

e ter seios lindos

O QUE FAZER?A atordoante

explosão de maldade contra as crianças

FLÁVIABARROSMergulho

no mar,no mundo

e em simesma

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COM A ALMA LEVEFlávia Barros volta à cena mais madura e com novo look

SALTO ALTO ENTREVISTA A filósofa Scarlet Marton

AME O SEU CORPOSeios sem estrias, barriga chapada, bumbum firme, pernas torneadas

7 idéias absolutamente novas sobre o amor

voCÊ Gosta mais dele do Que ele de voCÊ?

QUESTÃO DE POSTURATécnicas e mudanças de hábitos para previnir a dor nas costas

FELIZ, FELIZ, FELIZ!Atitudes-chave dos bem aventurados

salto alto ESPECIAL FINANÇASUm guia para cuidar melhor da conta bancária e sair do aperto

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PORQUE VOCÊ ESTÁ DURA?Quando as dívidas e a falta deplanejamento comprometem o bolso

A SAÚDE DO SEU CAPITALComo garantir a vida longa do seu dinheiro

OPERAÇÃO COFRINHO17 idéias para sair no lucro

RepoRtagem de capa

eSpecIaL VIda a doIS

206Batom VERmELHocomBina com Você, sim. BASTASABER USAR

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Salto Alto Especial Finanças

especial FinançasVocê Está fazEndo o mELHoR quE podE com o sEu dinHEiRo?

Um guia em três frentes para sair do aperto, guardar com inteligência e garan-tir um futuro sossegado.

1 As atitudes que comprometem o sucesso financeiro e como parar de

se boicotar.

2 O investimento certo para você e respostas para dúvidas cruéis: casa própria ou aluguel; qual o melhor plano de previdência?

3 Surpreendentes 17 idéias para economizar nas pequenas coisas.

MAIS: no nosso site, um teste para você avaliar sua saúde financeira

Denise Bobadilha e Cindy Correa

Edição Sidelle Pedral

POR QUE VOCÊ ESTÁ DURA?medos injustificados e erros

cotidianos podem estar no caminho entre você e o sucesso financeiro

Quem controla seus gastos, investe com inteligência e lucra com seus negócios é sempre motivo de admiração. E o que impede você de ser essa pessoa? Dívidas, consumo exagerado, falta de planejamento? Ou apenas o medo de tomar as rédeas da própria situação financeira? Identifi-camos os quatro obstáculos mais comuns no caminho do sucesso e encontramos formas de superá-los.

“Nunca sobra dinheiro”. “Num mês, é uma viagem; no outro, um tratamento estético ou uma compra mais vulto-sa. O fato é que nunca consigo guardar dinheiro. Costumo fazer uma planilha de gastos, procuro planejar, mas acabo indo até o limite do meu salário. Não chego a fazer dívidas, não uso cheque especial, mas sempre me permito um gasto supérfluo.” Fernanda leorati, 27 anos, advogada

Fernanda usa o verbo permitir. Outras preferem merecer. Atire a primeira pedra quem nunca passou por um momento complicado e se recompensou comprando um objeto de desejo - fora do orçamento. A verdade é que quem gasta tudo o que tem está sempre arrumando uma desculpa auto-indulgente para justificar suas des-pesas. Mas minar seus ganhos com gastos desnecessários compromete o futuro. “Quando você diz para si mes-ma eu mereço”, pense: será que você merece noites sem dormir, preocupações, um futuro incerto?”, questiona o economista Humberto Veiga, que acaba de lançar O Que As Mulheres Querem Saber Sobre Finan-ças Pessoais (Thesaurus Editora).

Para sair da armadilha do consumo inconseqüen-te, procure adotar algumas fórmulas para o cotidiano. A mais importante delas é fazer uma lista com prioridades e outra com desejos; ao namorar um produto, pergunte - se se de fato precisa dele imediatamente ou pode dei-xar para depois; monte uma planilha com seus ganhos e gastos. Programe-se para todo mês fazer uma “compra” muito especial para o seu futuro: reservar uma quan-tia para aplicar ou poupar. Tenha sempre em mente que uma vida financeira saudável melhorará sua auto-estima, seu relacionamento familiar ou com o parceiro e mesmo sua segurança profissional.

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“Estou atolada em dívidas”

38% dos brasileiros estavam pagando algum empréstimo ou finan-ciamento em dezembro de 2007, segundo pesquisa encomen-

dada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao Insti-tuto Ipsos.

Ou seja, se esse é o seu mote, você não está sozinha e precisa de ajuda. Primeiro, para sair do buraco e, principalmente, não entrar nele de novo. Analise suas contas, faça cortes drásticos e negocie com seus credores (o ban-co, por exemplo) maneiras de amortizar o débito. “Depois, cada um precisa pensar na relação que tem com o dinheiro e no que significa em sua vida. É bom se perguntar: que pessoa ou situação o dinheiro representa para mim? Que vazio está cobrindo?”, sugere a psicóloga Valéria Meirelles, de São Pau-lo, estudiosa da relação entre as mulheres e o dinheiro. Segundo ela, uma pessoa que não consegue se controlar e se endivida para conseguir o que deseja tem problemas para lidar com frustrações, e estas são inerentes à vida. Se é o seu caso, procure se conhecer melhor. Uma terapia - com gastos bem planejados, claro! - pode ser um excelente investimento para cuidar criterio-samente do seu dinheiro de agora em diante.

“Ganho muito pouco”Quem tem o dinheiro contadinho raramente consegue poupar. Mas se

guardar 20 reais por mês já estará investindo no futuro. Como fazer isso? Ava-liando as contas do mês e descobrindo para onde está escoando um dinheirinho precioso, sem necessidade. “São aquelas miudezas que drenam nossas finanças”, diz a financista Eliana Bussinger, autora de As Leis Do Dinheiro Para Mulheres e A Dieta Do Bolso (Ambos Da Editora Campus). Não haverá um salão de bele-za mais econômico que o seu de hábito? Um celular novo a cada seis meses é mesmo necessário? Seu plano telefônico está adequado ao seu atual orçamento? Estude e renegocie: sua recompensa será um futuro sem apertos.

“E se eu investir e perder tudo?”As manchetes, raramente otimistas, não ajudam em nada: a bolsa des-

penca, mercados entram em pânico, o dólar pode deixar de ser referência nas negociações etc. Mesmo em momentos de boas notícias no setor econômico, como o atual, com a Bolsa de Valores batendo recordes, é inevitável a gente se perguntar: será que toda essa bonança vai durar?

Nesse cenário, descobrir onde aplicar com segurança o dinheiro que a gente custou tanto a ganhar parece ser missão impossível, o que gera um medo que, para algumas pessoas, pode ser paralisante.

É assim com você? Pois saiba que existe uma explicação perfeitamen-te científica para esse temor: segundo pesquisadores americanos, as pessoas sentem a dor de uma perda de maneira duas vezes mais intensa que o prazer de um ganho.“Para a mulher, essa sensação é ainda mais forte, pois ela está biologicamente programada para proteger sua família ou sua rede de rela-ções, inclusive no que diz respeito às finanças”, observa a financista Eliana Bussinger, que tem estudado a influência dos hormônios femininos na toma-da de decisões.

Medo “pelo menos esse medo” se vence com conhecimento. Dedi-que um tempo a aprender a lidar com dinheiro antes de investi-lo propriamente. Converse com outras pessoas, faça pesquisas na Internet (vários sites podem ajudar a enten-der como funcionam os mercados no www.comoinvestir.com.br), exponha seus temores. “Come-ce pelos investimentos de menor ris-co, normalmente prefixados ou com mínimas modificações nos juros, como os títulos públicos, poupan-ças e CDBs”, aconselha Humber-to Veiga. “Por outro lado, não tem nada de errado em não querer cor-rer riscos”, afirma Valéria Meirelles. “É só ter em mente que você não irá lucrar tanto quanto um investidor de perfil arrojado.”

CASAMENTO x DINHEIRO

“o temor de perder o homem é maior que o

medo das dívidas”

Dinheiro ainda é um grande tabu nas relações amorosas, acredi-ta Vera Rita de Mello Ferreira, espe-cialista em psicologia econômica e autora de Decisões Econômicas

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? Você Já Parou Para Pensar? (Editora Saraiva). É comum que mesmo mulheres que ganham bem entre-guem o controle das contas da casa e a decisão sobre em que investir aos parceiros. E, quando as coisas dão erra-do no terreno do dinheiro, de quem é a culpa?

SALTO ALTO Por que é tão difícil para muitas mulheres falar de dinheiro no casamento mesmo quan-do a situação já está bem complicada?

VERA O homem, em geral, sente-se diminuído quando é questionado sobre suas decisões no terreno financeiro ou mesmo ameaçado de perder poder nessa área, se ele o tem. E, para muitas mulheres, o medo de perder o companheiro é maior do que o medo da dificul-dade financeira. Por isso, elas fazem várias jogadas para proteger a relação: não revelam o aperto para familiares, pedem emprestado para ajudá-lo. Muitas se seguram por causa do filho, outras porque acham que precisam do homem para se sentir socialmente valorizadas.

SALTO ALTO Mas o homem realmente pode-ria se ofender se a mulher resolvesse tocar na questão do dinheiro ainda que o objetivo dessa iniciativa fosse sanear as finanças do casal?

VERA Na nossa sociedade, a administração do dinheiro tradicionalmente coube à figura masculina, embora esse quadro venha mudando aos poucos. Se essa conversa acontece quando o relacionamento do casal já está complicado, fica pior ainda. Quando o salário da mulher é maior, então, cria-se um descon-forto enorme.

SALTO ALTO Como falar de dinheiro sem azedar a relação?

VERA Do jeito mais antigo: conversando. Uma conversa transparente, jamais iniciada de cabeça quen-te. É preciso botar as contas no papel e ver onde dá para corrigir, num pacto que pode melhorar a vida de ambos. Na minha opinião, também dá muito cer-to cada um reservar uma quantia livre para gastar sem precisar justificar para o outro afinal, ele pode se espan-tar com o custo da sua depilação, e você com quanto ele gasta na happy hour.

SALTO ALTO Conta conjunta funciona?

VERA Acho difícil dar certo. O mais importante é que as metas do casal sejam conjuntas - os planos de uma viagem ou a compra de um carro, por exemplo. Define-se o que se quer e investe-se nesse projeto. Muitos casais

jovens estão falando disso cada vez mais cedo, mesmo que indiretamente, rachando contas e compras quando ambos têm independência financeira. Se o casal banca a festa de casamento, cria-se uma excelente oportunidade para entender melhor como cada um lida com dinheiro.

A SAÚDE DO SEU CAPITALcom a nossa bula, vai sobrar dinheiro

na sua conta corrente Cindy Correa

Para a financista Eliana Bussinger, há um mundo de similaridades entre a saúde do corpo e a saúde das nossas contas. Um bom exemplo: tanto a obesidade quanto o endividamento começam com um desequi-líbrio. “Se você come mais do que precisa, engorda. Se gasta mais do que ganha, está se endividando”, escre-ve ela em seu livro mais recente, A Dieta Do Bolso (Campus).

A verdade é que, assim como sabemos pelo menos o básico do que é preciso para emagrecer, não ignoramos como resolver o problema das finanças em perigo: ter uma poupança para emergências, cortar gastos... Difícil é montar um programa que combine com a nossa dieta financeira. Para ajudar nessa tarefa, levantamos questões torturantes e buscamos a orientação de craques.

“Devo ter uma poupança para viver por quanto tempo sem

emprego?”A recomendação dos economistas é ter um pé-de-

meia com o suficiente para cobrir suas despesas por um período de 12 meses a dois anos.

O cálculo é simples: se você gasta 5 mil reais por mês, uma poupança de 60 mil garante paz para enca-rar um período de desemprego. Se puder contar com a ajuda de familiares, é possível baixar esse montante, dependendo apenas do nível a que o necessitado pre-tenda se submeter com o ágio cobrado pela Financeira Mamãe e Papai Associados.

Como esse dinheiro pode vir a ser usado a qual-quer momento, mantenha-o numa aplicação que per-mita saques sem punir o investidor. O ideal são os investimentos classificados como tradicionais, com a poupança, os fundos DI e os CDBs. “Até 30 mil reais,

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salto altoSalto Alto Especial Finanças

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a poupança ainda é o melhor negócio”, avaliza Eduar-do Jurcevic, superintendente de investimento do Banco Real. “Não há incidência de imposto de renda, enquanto outras aplicações de renda fixa, além do imposto, cobram do investidor taxas de administração.” Além disso, têm garantia para valores até 60 mil reais caso a instituição bancária quebre (o CDB também, mas paga imposto).

Já para valores maiores, o professor de finanças da USP Rafael Paschoarelli recomenda comprar títulos do tesouro direto, que são prefixados ou indexados às taxas de juros definidas pelo governo ou à inflação.

Criados há cinco anos, esses títulos podem ser comprados no site www.tesouro.fazenda.gov.br ou com a intermediação de bancos e corretoras. A ren-tabilidade acompanha a taxa Selic (em abril, ficou em 0,9%, um pouco acima da maioria das aplicações tra-dicionais); o investidor também ganha porque as taxas de administração são menores. Se está confiante na sua estabilidade e dispõe de mais tempo para deixar o dinheiro investido, pode estudar aplicações mais arroja-das, que em geral dão melhor retorno. “Mas avalie a sua tolerância ao risco”, lembra o administrador de investi-mentos Fábio Colombo, de São Paulo.

“Um consultor financeiro é indicado para uma pessoa como

eu? O gerente do meu banco pode fazer esse papel?”

Os consultores financeiros podem dar uma luz para quem está empenhado em aplicar o dinheiro da manei-ra mais rentável, mas cobram caro: cerca de 500 reais a hora ou, dependendo do montante, uma porcentagem sobre o investimento, que pode chegar a 1% do patri-mônio a ser administrado.

Para Flávio Rietmann, diretor da Cruzeiro do Sul Corretora, em São Paulo, só uma carteira de pelo menos 500 mil reais justificaria esse gasto. Mas há con-trovérsias. Rafael Paschoarelli, professor de finanças da USP, acredita que sempre vale a pena buscar ajuda espe-cializada, seja para sanear as contas, seja para montar um plano de aposentadoria. Esse consultor pode ser um oficial credenciado pela Comissão de Valores Mobiliá-rios, órgão do governo que fiscaliza o mercado financei-ro, um especialista em finanças pessoais – economista ou outro profissional que se especializou na área – ou um gerente de banco.

No caso do seu gerente, é bom lembrar que ele tem metas comerciais traçadas pelo banco. Por isso, ava-lie bem a recomendação, mas não descarte essa ajuda: ouça o que ele tem a dizer, tire dúvidas e comece a se familiarizar com os termos e os produtos do mercado. Assim, se mais tarde houver interesse em procurar um consultor, a conversa, cobrada por hora, já vai começar mais acelerada.

“Preciso mesmo de todos estes seguros: do carro, de saúde,

de vida, da casa...?”Depende de você. Vai deixar o carro na garagem

porque está sem seguro e teme se acidentar? Então faça uma apólice. “É preciso levar em conta a zona de con-forto de cada um”, observa a consultora Eliana Bussin-ger. “Mas mesmo quem optar por não fazer deve ter uma reserva emergencial no valor de três e seis salários – o que a pessoa ganha, não o mínimo.”

É claro que quem passa dez anos pagando seguro de carro sem jamais usá-lo fica com a sensação incômoda de que está jogando dinheiro fora. Para Eliana, porém, se esse pagamento coube no seu orçamento, não foi desper-diçado, em nome de ter evitado um grande stress.

O mesmo raciocínio vale para o plano de saúde: é menos provável que você adoeça entre os 20 e os 40 anos, mas, se precisar de uma hospitalização nesse perí-odo, pode ir à falência sem um seguro-saúde – ou ter que recorrer ao precário sistema público de saúde. O seguro de vida não é indispensável, reconhece Edu-ardo Jurcevic, do Banco Real. “Para uma família que concentra os ganhos em um arrimo é importante, mas, para um jovem solteiro, que não tem ninguém depen-dendo dele, não é uma necessidade”, considera.

Um seguro que vale a pena ter, segundo os con-sultores, é o residencial, que em geral cobre roubo, enchente, incêndio e problemas elétricos e custa entre 0,01% e 0,03% do imóvel. No caso de quem aluga, em geral a imobiliária se incumbe dele. Mas pergunte se foi feito.

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PRÓS CONTRAS segurança psicológica possivelmente, um cálculo realista

indicará que comprar não é o melhor negócio

para pessoas sem controle financeiro, o imóvel é

um teto, uma garantia

com o dinheiro que serviria para comprar o imóvel à vista, pode-se investir e pagar aluguel com

juros, sem mexer no principal

É considerado por muitos um investimento

dificuldade de vender

Em alguns casos, pode valorizar. mas são poucos

tendência a desvalorizar na maioria dos casos

facilidades do financiamento

se for comprar para alugar, não espere grande rentabilidade:

além da depreciação do imóvel, inquilinos podem depredá-lo

não raro, o negócio vira prejuízo

comprar imóvel é bom? “o que levar em conta na hora de decidir”

“Qual a melhor maneira de comprar a casa própria?”

Está cada vez mais fácil comprar a casa própria, com financiamentos de até 30 anos e linhas especiais para imóveis populares com taxas de 7 a 9% ao ano. Os sites dos bancos fazem simulações bem realistas com base na renda mensal. Entretanto, para Rafael Paschoarelli, na maioria dos casos a aquisição não é um bom negócio.

Para avaliar, multiplique quanto você pagaria de aluguel, em valores de hoje, por um prazo de 15 a 20 anos. Se o total encontrado não alcançar o preço da casa, a compra não é a melhor opção.

Geralmente, quanto maior o valor do imóvel, mais barato, proporcionalmente, é alugar.

“O que eu posso fazer já para ter condições de bancar a vida

escolar do meu filho até que ele termine o curso superior?”

1,5 miLhãO de reais é quanto pode custar a educação de um filho do berço à formatura na universi-dade, contabiliza Rafael Paschoarelli, professor de finan-ças da USP. Mas esse valor astronômico inclui das des-pesas de parto a festas de aniversário.

Num ambiente mais modesto, e pensando apenas na vida escolar, uma criança que entra na escola aos 2 anos e termina a faculdade aos 22 gastará por mês, em média, 500 reais, o que abrange material, transporte e merenda, informa Flávio Rietmann, da Cruzeiro do Sul Corretora, em São Paulo. Pois bem: 500 reais por 12 meses durante 20 anos resultam em 120 mil reais por filho. Indepen-dentemente do total, Fábio Gallo, professor de conta-bilidade e gestão financeira da Fundação Getulio Var-gas, em São Paulo, recomenda aos casais que pretendem ter filhos que comecem a juntar dinheiro para educá-los logo que se casam.

Os bancos criaram fundos específicos para educa-ção, que, na prática, funcionam como fundos de previ-dência, com uma diferença: resgata-se o dinheiro para

pagar a escola, e não na aposentadoria. A pre-ocupação deve ser a mesma de qualquer outro fundo de longo prazo: as taxas, impostos e em que está sendo aplicado o montante. Também pagam taxas de carregamento, criadas pela ins-tituição para cobrir custos com corretagem do plano, de 3,5% sobre cada aporte, em média.

“É verdade que convém trocar de carro a cada três anos

porque a partir desse período a manutenção fica muito cara?”

Não. Fábio Gallo, professor da FGV, observa que muitos modelos já sugerem pra-zos maiores para o início das manutenções e dificilmente exigem cuidados dispendiosos em três anos. Esses modelos, em geral, desvalori-zam pouco nos primeiros anos. Pode ser van-tajoso trocar por um seminovo, já que o carro zero perde até 30% do valor simplesmente por

sair da loja. A recomendação é consultar as tabe-las de publicações especializadas, que mostram os valores do zero e o preço médio dos similares de anos anteriores, o que permite avaliar a depreciação do produto e o valor de revenda.

FUNDOS DE PREVIDÊNCIAnão é tarde para fazer seu fundo de

aposentadoria......Mas quem começa a contribuir lá na frente pre-

cisa depositar mais dinheiro mensalmente para garantir uma renda no futuro. Veja a simulação feita pela Caixa

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Ouro continua sendo um ótimo investi-mento para momentos de turbulência financei-ra. Costuma dar enorme segurança psicológica para quem compra”, afirma Fábio Colombo.

O Fundo de Previdência com tributação regressiva é a melhor opção para quem pode deixar o dinheiro investido por mais de dez

anos – mesmo não tendo como objetivo a aposentadoria. “Se ficar dez anos sem sacar, pagará somente 10% de imposto sobre o que rendeu, melhor do que praticamente qual-quer outra aplicação”, diz Juvêncio Braga, di-retor dos programas de Vida e Previdência da Caixa Econômica.

Você sabia que...

Econômica Federal para mulheres de 20 a 40 anos que desejam se aposentar aos 55 com 3 mil reais por mês.

Levou um susto?

Para formar um bom fundo de aposentadoria é pre-ciso juntar valores correspondentes aos gastos anuais relativos a 17 até 20 anos. Portanto, uma pessoa que gas-te 60 mil reais por ano deve procurar guardar 1 milhão na poupança. Graças aos juros, esse valor chegará a 1,8 milhão de reais, o suficiente para durar ao menos 30 anos com retirada anual de 60 mil reais.

Os fundos de previdência são uma ótima aplicação para períodos superiores a dez anos, mas escolha bem a instituição que vai administrar a sua aposentadoria: des-confie de rentabilidades altas demais e verifique no site www.susep.gov.br se o plano escolhido foi aprova-do pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Por fim: é indispensável ter um plano de previdên-cia? Depende. Quem tem disciplina para poupar regu-larmente e acomodar os investimentos à rentabilidade do mercado pode – e deve, segundo os especialistas – variar o leque de aplicações, dividindo o dinheiro entre as tradicionais, como poupança e DI, as de risco, como ações, e, por que não?, um fundo de previdência, que, como você viu, pode ser vantajoso.

17 IDÉIAS simples e espertas para combater o desperdício

e sair no lucro

1 Vá a apresentações sobre finanças pessoais, organizadas normalmente por bancos ou empresas. Os temas são sempre exibidos de forma agradável e

interessante, e assim você já começa a se familiarizar com os termos do mundo financeiro.

2 Com o valor gasto numa fes-ta de criança em bufê, você pode até comprar um carro se aplicar correta-mente e deixar o dinheiro render por um período. Negocie com seu filho a melhor maneira de celebrar o ani-versário dele.

3 Organize os objetos da sua casa para não comprar itens repetidos – fita adesiva, lixas de unha etc.

4 Antes de fazer uma compra de vulto (uma TV de plasma, por exemplo), pense em quantos dias terá de trabalhar para pagar aque-le valor e quantos dias de satisfa-ção o produto lhe dará (depois de uma semana, a TV passa a ser uma coisa normal na rotina da família).

5 Cuidado com as “contas mentais”, aqueles pla-nos mirabolantes feitos quando uma soma em dinheiro, como o 13o salário, está prestes a chegar. Coloque no papel como deseja gastar (ou poupar) essa soma.

6 Sugira que a escola do seu filho realize uma feira do livro anualmente: você doa ou vende os livros didáti-cos usados por ele no ano anterior e compra os que usará no ano corrente ou troca. Todo mundo sai ganhando.

Para quem começa aos 20 ANOS

contribuição mensal R$ 764,29

Reserva acumulada estimada R$ 1 042 396,70

Para quem começa aos 30 ANOS

contribuição mensal R$ 1 552,33

Reserva acumulada estimada R$ 1 046 662,08

Para quem começa aos 40 ANOS

contribuição mensal R$ 3 659,05

Reserva acumulada estimada R$ 1 049 721,81

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7 Adie as compras parce-ladas e poupe o dinheiro para comprar depois, à vista ou em poucas parcelas. São duas van-tagens: você compra mais bara-to e não paga juros. E até pode descobrir que o produto nem era tão necessário.

8 Abasteça no posto de gasolina com o melhor pre-ço do bairro e esteja sempre prevenida. Assim, você não corre o risco de se ver numa emergência e ter de abaste-cer justo no posto mais caro da cidade.

9 Escolha bem os prestadores de serviço para refor-mar a casa. Vale mais a pena pagar um bom profissional do que economizar no serviço e depois ter que refazer parte ou tudo porque ficou ruim.

10 Revise seu carro periodicamente e mante-nha-o sempre com as peças em dia. É melhor trocar as pastilhas de freio de vez em quando do que usá-las até gastar e ter de trocar também os caros discos.

11 Não deixe os aparelhos eletrônicos em stand by, porque desse modo eles continuam consumindo energia. Se for sair de casa, tire-os da tomada.

12 Não compre remédios, suplementos e vitami-nas que você não vai tomar ou de que nem se quer preci-sa. Consulte um médico para conhecer suas verdadeiras necessidades em vez de agir por conta própria.

13 Vai trocar de carro? Não pense apenas no valor do veículo, e sim no do seguro, do IPVA e das peças de reposição. Converse com amigos e parentes e descubra alguém que tenha um modelo igual.

14 Consumo consciente também é uma forma de economia. Evite lâmpadas acesas à toa e torneiras aber-tas; peça nota fiscal; utilize a frente e o verso de folhas de papel; espere os alimentos esfriarem antes de colocá-los na geladeira; recicle o lixo; planeje suas compras de ali-mentos e roupas; dê carona sempre que possível.

15 Registre sua empre-gada doméstica com o salá-rio real. Vale mais a pena

pagar tudo em dia do que arcar com um processo judi-cial depois – ou ter que bancar sozinha uma licença por doença ou maternidade.

16 Nunca atrase a devolução dos filmes que retirou na locadora. A multa por isso é até pequena, mas desne-cessária em qualquer orçamento.

17 Evite levar as crianças na hora da compra – tan-to de supermercado quanto de presentes. Elas são muito influenciadas pela propaganda e fica mais difícil escolher de acordo com a relação custo-benefício.

SOLIDARIEDADE É INVESTIMENTO

Você já pensou que doar dinheiro pode ser uma forma de investir na saúde da

sociedade? o consultor stephen Kanitz defende essa causa nobre.

Enquanto você se preocupa com o futuro dos seus filhos e com as finanças da família, é bom lembrar que a maioria dos brasileiros vive com muito menos. E que dá para ser feliz com muito menos. Recentemente, durante uma visita a uma creche em Carapicuíba (SP), descobri que o guarda-roupa da garotada tinha somente três trocas de roupas. Resolvi adotar a mesma política em casa: no máximo três de qualquer coisa, com exceção para roupas íntimas e bolsas da minha esposa. Podemos viver com muito menos. Quantas coisas compramos por impul-so? Quantas coisas compramos e pouco usamos? O que nos leva à filantropia: somos o país que menos doa para entidades beneficentes, e isso me motivou criar o www.filantropia.org para permitir doações online para mui-tas entidades. Hoje, não temos tempo para nada, muito menos para o voluntariado. Mas as entidades precisam de nós, e a única saída honrosa é fazer pequenas doações. Ao buscar uma instituição para receber o seu dinheiro, sugiro, primeiro, ajudar as entidades do próprio bair-ro. Segundo, para aqueles que deixaram uma cidade do interior para procurar sucesso nas capitais, acredito haver uma dívida para com a cidade que abandonamos. Temos, de certa forma, uma dívida com a comunidade que nos criou, que apostou em nós. Pense nisso antes de escolher uma entidade para ajudar financeiramente.•

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