52
Ser Família A sua revista de desenvolvimento familiar e muito mais Ano III • Nº 20 • Jul/Ago Vínculos fortes e duradouros, para uma vida melhor Relacionamento EDUCAR HOJE 3: Atenção, pais! Seus genros podem ser reflexos de como vocês se relacionam com suas filhas! INTIMIDADE Fidelidade: vale a pena! COMPORTAMENTO: Bullying Seu filho pode estar envolvido nesse fenômeno. E você pode ajudá-lo a sair dessa! EDUCAR HOJE 2: Com quem seus filhos andam? Devemos filtrar suas amizades?

Revista Ser Familia 20 edição

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista Ser Familia 20 edição

Citation preview

Page 1: Revista Ser Familia 20 edição

Ser FamíliaA sua revista de desenvolvimento familiar e muito mais Ano III • Nº20 • Jul/Ago

Vínculos fortes e duradouros, para uma vida melhorRelacionamento

EDUCAR HOJE 3:Atenção, pais!Seus genros podem ser reflexos de como vocês se relacionam com suas filhas!

INTIMIDADEFidelidade: vale a pena!

COMPORTAMENTO:BullyingSeu filho pode estar envolvido nesse fenômeno.E você pode ajudá-lo a sair dessa!

EDUCAR HOJE 2:Com quem seus filhos andam? Devemos filtrar suas amizades?

Page 2: Revista Ser Familia 20 edição

©M

edle

y 20

10. ®

Mar

ca R

egis

trad

a - A

núnc

io -

10/ju

n./1

0.

Nesse inverno, faça parte da torcida da saúde campeã. Para você, só o melhor.

Medicamento Genérico – Lei 9.787/99.

Uma empresa do Grupo sano�-aventis

Serviço deInformações Medley

www.medley.com.br0800 7298000

MT_0353_10_FINAL.indd 1 6/10/10 1:37 PM

Page 3: Revista Ser Familia 20 edição

©M

edle

y 20

10. ®

Mar

ca R

egis

trad

a - A

núnc

io -

10/ju

n./1

0.

Nesse inverno, faça parte da torcida da saúde campeã. Para você, só o melhor.

Medicamento Genérico – Lei 9.787/99.

Uma empresa do Grupo sano�-aventis

Serviço deInformações Medley

www.medley.com.br0800 7298000

MT_0353_10_FINAL.indd 1 6/10/10 1:37 PM

Page 4: Revista Ser Familia 20 edição

(11) 3758.2241

97% de família

s

Bra

sil

eir

as

Page 5: Revista Ser Familia 20 edição

(11) 3758.2241

97% de família

s

Bra

sil

eir

as

Page 6: Revista Ser Familia 20 edição

Do Berço paraa vida toda

editoRial

Instituto

Ser Família

elacionamento

O relacionamento entre duas ou mais pessoas é algo fascinante, atrativo, desejado e repleto de motivos que nos preenche de satisfação. Mas não percamos de vista que tudo isto se realiza na medida de determinada exigência individual.

Nesta edição da Ser Família, ao longo dos artigos, você poderá mergulhar nas mais diversas formas de relacionamento e nas variadas vertentes que os compõem… Pais e filhas, entre casais, entre amigos, professores e alunos…

Se pensarmos a fundo, chegaremos à conclusão de que estamos sempre nos relacionando- pelo menos deveríamos, para não vivermos numa triste solidão – quase que ininterruptamente. Por isso, quem sabe se relacionar, e tem competências para estabelecer um bom e duradouro convívio, é uma pessoa realizada, mais feliz.

Espero que a leitura desta edição da Ser Família proporcione a você, leitor, um bom repertório de eficazes ferramentas para crescer e usufruir de incontáveis e maravilhosos relacionamentos.

Autimio Antunes

R

A Revista Ser Família é uma publicação bimestral que oferece respostas criativas, alternativas inteligentese soluções eficazes para viver bem.

PresidenteLudmila G. Antunes de Souza

Diretor ExecutivoAutimio A. de Souza Neto

Conselho ConsultivoArthur DisseiCiro Ferraz PortoJosé Carlos Reis de MagalhãesPaulo Brito

Projeto gráfico e Direção de ArteClaudio Tito Braghini Juniore-mail: [email protected]

Jornalista responsávelSilvia Kuntz Pinto Lima – Mtb 47.467e-mail: [email protected]

ColaboradoresDora PortoCarmen Silvia PortoEncar Torre-EncisoLuis Fernando CarbonariFirmina Floripes FerreiraRenato Rodrigues

Produção e ImpressãoEdiouro

Fale com a gente(55 11) 3849-0909site: www.serfamilia.com.bre-mail: [email protected]

Tiragem - 40.000 exemplares

Para anunciarTelefax: (55 11) 3849-0909e-mail: [email protected]

Meses de veiculaçãoJulho/agosto

Instituição beneficiada

Do Berço para a vida toda

Telefone: (55 11) 5844-1915site: www.obradoberco.org.br

Presidente HonoráriaRenata de Camargo Nascimento

PresidenteVera Helena M. Pires Oliveira Dias

Vice PresidenteAline Rios Ramalho Foz

SecretáriaMarta Hegg

FinanceiraMaria Bernadette Magalhães

Captação de RecursoCristina X. da Silveiras

Patrocínio

Realização / Parceira

Page 7: Revista Ser Familia 20 edição

09BREvESSexualidade e

estrutura familiar 10ENTREvISTADr. José Monteiro Filho

Urologista 12INTIMIDADEFidelidade vale a pena!

16EDUCAR HOJE 1Acima de tudo, a

verdade sobre o amor 20EDUCAR HOJE 2Amizades e companhias 24EDUCAR HOJE 3

Que tipo de genro você gostaria de ter?

28COlUNISTADesejamos ter Heróis 36QUAlIDADE DE vIDA

Estética e saúde bucal

40COMPORTAMENTOBullying um processo

corrigível 50ENTRETENIMENTOTradição e pioneirismo

reunidos em um só lugar 46vIAgEM E CUlTURABem-vindo à Flórida

32SOCIEDADEConsumar ou consumir

a liberdade?

Page 8: Revista Ser Familia 20 edição

AF_Anuncio.pdf 1 09/02/10 12:03

Page 9: Revista Ser Familia 20 edição

bReves >> pág. 9

Segundo uma pesquisa realizada por “Cristina C. Kim”, da Heritage Foundation e publicada em “Backgrounder”, as estatísticas sobre a sexualidade dos adolescentes são preocupantes.

Nos EUA, por exemplo, 7% dos estudantes da escola secundária disseram ter tido relações sexuais antes dos 13 anos. Um terço dos alunos de vestibular tiveram relações sexuais e nos de cursos superiores, dois terços. No entanto, 60% se arrependem da sua primeira experiência e desejariam ter esperado mais tempo.

Analisando o contexto geral da vida dos entrevistados, concluiu-se que a estrutura familiar tem uma influência fundamental na sexualidade dos adolescentes:

Aqueles que vivem em estruturas familiares estáveis têm maior probabilidade de atrasar o seu início sexual, têm menos experiências e parceiros sexuais e são menos propensos a infecções de transmissão sexual. A “mudança de pais”, a ausência de um deles no lar e a duração das ausências são significativas também.

Sexualidadee eStrutura familiar

Page 10: Revista Ser Familia 20 edição

ENTREvISTA >> pág. 10

Há muitos casos de doenças que poderiam ter sido evitadas e, no entanto, levaram o paciente à morte?

Sim, há doenças que, se diagnosticadas precocemente, poderiam ser tratadas evitando a morte do paciente. O câncer é um exemplo, pois todo tumor tem um começo e, no início, ele pode ser curado. Com o aumento da expectativa de vida da população, torna-se mais frequente o aparecimento de neoplasias malignas e mais evidente a necessidade de tratamento precoce com intenção curativa.

Com que idade o homem deve começar a se preocupar em fazer exames para prevenir o câncer de próstata? Existe algum “subgrupo” de homens que deve se preocupar mais?

A partir dos 45 anos, todo homem deve realizar exames para detecção precoce do câncer de próstata, que são a dosagem sanguínea do antígeno prostático específico (PSA) e o exame de toque retal, anualmente. Os indivíduos com antecedentes familiares da doença e os afrodescendentes devem começar a avaliação urológica aos 40 anos.

Os principais distúrbios urológicos podem ser erradicados e até evitados, se acompanhados desde os primeiros sintomas... Basta a responsabilidade de cada um com a própria saúde.

Méd

ico

form

ado

pel

a Fa

culd

ade

de

Med

icin

a d

e Sã

o Pa

ulo.

Uro

log

ista

pel

o H

osp

ital

das

Clín

icas

- M

edic

ina

USP

jm

-uro

@uo

l.com

.br

(11)

382

6 68

17

Dr.

José

Mon

teir

o

Por silvia Kuntz

Page 11: Revista Ser Familia 20 edição

As mulheres parecem ser mais “conscientes” em relação à prevenção do câncer de mama do que os homens em relação ao câncer de próstata... Por quê? Há menos risco? Ou é puramente o modo de ser masculino?

Elas fazem mais exames e iniciam cedo sua avaliação médica, devido à maternidade e também à conscientização em relação às campanhas veiculadas na mídia. No entanto, se uma em cada 7 mulheres vai ter câncer de mama, um em cada 6 homens terá câncer de próstata, portanto é necessário uma maior ênfase na detecção precoce da neoplasia prostática, que é mais frequente. O modo de ser masculino, felizmente, está aceitando melhor o exame da próstata, ainda hoje imprescindível e, muitas vezes, isso se deve à ajuda das mulheres, mais conscientes também em relação à importância do problema. Quando o câncer é diagnosticado precocemente e está confinado à próstata, a chance de cura é ao redor de 90%; porém, se for descoberto tardiamente e já ultrapassando a cápsula

prostática, o índice de cura fica em torno de 33%.

Qual o maior problema urológico que atinge as mulheres? O tratamento é simples?

Com o aumento da sobrevida das mulheres, um grande problema inclusive de saúde pública é a incontinência urinária. Antigamente, pequenas perdas de urina era considerado normal pelas avós, por ser comum; o que

decidia se um(a) idoso(a) ia para um asilo, muitas vezes, era a incontinência de urina, estando relacionado também com o aumento da mortalidade nessa faixa etária; socialmente havia um isolamento do paciente, aumentando a chance de depressão. Hoje em dia, com exames urológicos especializados, pode-se

indicar tratamento clínico com ótimos resultados ou cirurgias minimamente invasivas com cura da perda urinária.

Qual foi a melhor contribuição dos avanços tecnológicos recentes para a urologia?

Além dos grandes avanços nos exames de imagem para diagnóstico precoce de tumores em geral, através de tomografia ou ressonância

magnética, na urologia tivemos recentemente a contribuição da cirurgia robótica, principalmente para câncer de próstata, mas também indicada em tumores renais, iniciada no Brasil em 2008. Hoje, nos Estados Unidos, mais de 70% das prostatectomias radicais são robóticas, com menos dor para o paciente, menor tempo de internação, melhor visualização (imagem

tridimensional e com amplificação), maior precisão cirúrgica (filtro de tremor), com movimentos mais finos (proporção 2:1, 3:1 ou ultra-fino 5:1); o cirurgião controla até 4 braços robóticos com maior conforto e menor cansaço, podendo otimizar seus resultados operatórios beneficiando seus doentes.

Os indivíduos com antecedentes familiares da doença e os afrodescendentes devem começar a avaliação urológica aos 40 anos.

11

Page 12: Revista Ser Familia 20 edição

intimidade >> pág. 12

FidelidadeVALE A PENA!

Por valdir Reginato

Page 13: Revista Ser Familia 20 edição

uando apreciamos a majestosa arquitetura de uma

grande estrutura, que encanta pela beleza da fachada, nos seus detalhes artísiticos bem desenhados, dificilmente pensamos sobre o que está sustentando tudo aquilo. Alguns edifícios ou monumentos possuem tamanha leveza de imagem, que parecem flutuar, e exatamente nestes foi necessário um cálculo mais elaborado e preciso para a sustentação, vencendo a força da gravidade que quer levar tudo para baixo. Alicerces, bons e firmes alicerces: esta é a grande preocupação dos engenheiros quando sonham em construir algo que deverá durar décadas, quem sabe séculos! A linda fachada em vidro ou metal, com tintas coloridas, ou vitrais, decorações fantásticas, poderá ser substituída com o tempo. Para isto se recupera facilmente o que se perdeu. No entanto, quando o assunto é o alicerce, não se pode pensar da mesma maneira. Isto não pode ser trocado, empurrado pouco mais para direita ou esquerda, e mudar uma coluna mestra da obra pode ser impossível, sem que se leve a grave risco de comprometer toda a estrutura, por vezes de modo irreparável, ou mesmo ao seu desmoronamento.

A analogia é válida quando se apresenta aos noivos uma pegunta fundamental: quais são as colunas que estão no

alicerce da sua construção familiar? A constituição de uma nova família é uma obra fantástica! Algo para durar uma vida inteira para aqueles que se comprometem diante um do outro com o verdadeiro amor. É assim que fala o silêncio do coração quando

homem e mulher se posicionam frente a frente e assumem o compromisso do casamento. O verdadeiro amor, por si só, tem o desejo de eternidade. Casar com outra intenção é um erro conceitual para o amor. Isto não é “romantismo” de dia dos namorados, mas é a mais sicera e verdadeira versão do sentido do amor. Se estamos enamorados desejamos que ele dure para sempre, do contrário não será amor. O “amor não é bom enquanto dura”, como diz o poeta, mas dura exatamente porque é bom! É o maior bem que um homem pode possuir, esta capacidade de amar. E quando isto se concretiza no casamento é porque se tem a

esperança desta certeza. Não uma esperança duvidosa, mas uma esperança de certeza que corresponde à fé que temos pela convivência de amar.

Sustentar com segurança é exatamente a função do alicerce. Então estamos falando

de colunas mestras e vamos olhar para uma especial no caso do casamento: a FIDELIDADE. Ser fiel é consequência da alegria de se sentir amado e de amar. A fidelidade não é uma obrigação, mas uma atitude de desprendimento de quem ama. É um erro pensar na fidelidade como um grande fardo, principalmente quando se vive o grande amor. A fidelidade é alegre, cativamente e necessariamente livre, pois

nasce, vive e se desenvolve na intimidade do coração. A fidelidade está não como uma vitrine que se revela aos outros escandalosamente, e sim como uma coluna, oculta, escondida, mas que sustenta o amor.

Não é necessário que se saia gritando ou ostentando camisetas “sou fiel” a este ou aquela. A fidelidade está visível nas pequenas atitudes cotidianas com a pessoa amada. Atitudes que interessam a uma intimidade de tu a tu, sem que seja preciso publicar no noticiário ou colocar na internet. A fidelidade está nas atitudes de carinho contínuo, no beijo de bom dia e boa noite, no interesse pela reunião importante, no doce que

Q

a constituição de uma nova família é uma obra fantástica! Algo para durar uma vida inteira para aqueles que se comprometem diante um do outro com o verdadeiro amor

13

Page 14: Revista Ser Familia 20 edição

recorda o dia que se conheceram, no telefonema no meio do dia – inesperado - para dizer que estava lembrando dela, no convite para jantar sem data de comemoração, porque estar com ela já é um motivo suficiente para comemorar... A fidelidade alimenta a memória, e como já disse alguém, “a memória é uma questão de amor”. Aliviar o trabalho de casa, porque o filho está doente, e a ocupou o dia interio; preparar a sobremesa favorita porque percebeu que ele anadava triste; segurar a mão durante o filme na TV para falar que está próximo, ou apenas abraçar mais forte na entrada de casa para que sentisse que estava com saudade... Não há sofisticação. Não há porquê pensar em “grandes” manifestações de amor. Não há necessidade de planejar viagens dispendiosas. Não há motivo para endividar-se com o presente caro demais. A fidelidade está na intimidade do cotidiano, nas pequenas coisas.

Isto não significa que não se possa investir um tempo e recursos na viagem dos sonhos, um jantar especial, ou mesmo num presente marcante. O que não se pode acreditar é que somente nestas ocasiões se está demonstrando a fidelidade no amor. Como oferecer grandiosos presentes e não perceber que ela pintou o cabelo? Que preparou um jantar diferente, ou até que naquela noite estava esperando por um momento mais íntimo que não existiu, porque você não enxergou, com o olhar

embaçado pelo cansaço da rotina do dia a dia. Rotina: é terrível esta palavra para o amor que é fonte de renovação, água viva que jorra inesgotável pelos corações comprometidos.

A fidelidade não pode ser vivida como uma “lei seca”, em que não se bebe porque é proibido. Ela deve ser desejada, pois afasta a rotina, superando os desafios que nos são apresentados constantemente em todos os lugares e circunstâncias: no trabalho, na vizinhança, no clube, nos restaurantes, nos “happy hours”, nas viagens de negócios profissionais e reuniões intermináveis, na academia... Nas provocações pela TV,

revistas, internet... Realmente a fidelidade, que todos os casais concordam ser imprescindível para o casamento se manter, está em baixa! O tempo passa e as forças que batem nesta coluna para a colocarem a pique são muitas... Daí se conclui que

a fidelidade é exigente! Isto não está contrário ao fato de não ser considerada uma imposição militar. A exigência vem do amor, porque amar é exigente.

Para grandes realizações a exigência é um ítem que não pode faltar! Basta verificar o esforço de um atleta olímpico para conseguir uma medalha, que muitas vezes escapa num simples escorregão! O empenho de uma modelo para não ganhar gramas que comprometam o desfile na passarela! O investimento enorme, por meses ou anos de economia, para passar somente 15 dias num país distante! E não vale então a exigência da fidelidade por uma vida de amor conjugal com o compromisso até o fim? Uma

vida que compromete os cônjuges e os filhos que dependem deste amor!? Onde colocamos o sentido de nossas vidas? No risco de um escorregão olímpico, num desfile de passarela, em 15 dias de viagem? É fato que tudo isto tem a sua importância, e vale a pena esforçar-se, mas será que não deveríamos colocar, no mínimo, o mesmo empenho no compromisso que assumimos no casamento? E para quê? Alguém poderia peguntar. A

como oferecer grandiosos presentes e não perceber que ela pintou o cabelo? Que preparou um jantar diferente, ou até que naquela noite estava esperando por um momento mais íntimo que não existiu...

14

Page 15: Revista Ser Familia 20 edição

resposta não pode ter dúvidas: para a FELICIDADE!

Aqueles que dão “sorrisinhos” apontando para a ingenuidade, ou que transmitem o desânimo dos que perderam a esperança como se fosse uma utopia, encontram-se distantes do significado do verdadeiro amor. Fidelidade gera felicidade, e isto está inserido no coração dos homens. Aqueles que perderam este caminho, sabem que ele existe, mas talvez tenham tido dificuldades em perseverar. Não cabe aqui julgamentos nem lamentações. O que importa é saber que este fato é real e está ao alcance de todos que se comprometem no casamento, na união familiar.

Vale a pena perseverar! Saber dizer não quando for necessário. Buscar ajuda quando se sente mais cansado ou fragilizado. Fortalecer os limites de segurança. Renovar as energias pelos pequenos encantos da vida a dois, na simplicidade dos primeiros dias, que reforçam as raízes. Enamorar-se sempre! Descobrir a cada dia uma novidade no outro, mesmo após 25 anos! A novidade é o encanto que revigora! Fugir da

onde colocamos o sentido de nossas vidas? No risco de um escorregão olímpico, num desfile de passarela, em 15 dias de viagem?

comodidade e da rotina! Crescer na vontade e na certeza de que é possível!

Parece que estamos colocando a fidelidade como uma meta inatingível? Não! Não podemos negar as dificuldades, mas será que existe alguma coisa que realmente vale a pena sem que se exija esforço!? A

maturidade, outra grande beneficiada da vida de fidelidade, revela o sentido que damos à nossa vida, o que de fato queremos, e pelo que vivemos. E será que existe maior motivo para viver do que querer ser feliz? Felicidade e Fidelidade. Vale a pena refletir... Mais do que isto, vale a pena tentar... Mais: vale a pena querer... E mais ainda: vale a pena SER FIEL!

15

Page 16: Revista Ser Familia 20 edição

educaR hoje 1 >> pág. 16

Acima de tudo, a verdade sobre o amor

Por silvia Kuntz

Page 17: Revista Ser Familia 20 edição

or quê?” Esta é a expressão que ouvimos sair mais

frequentemente da boca de uma criança entre 3 e 5 anos... Geralmente, nesta idade, é como se sua inteligência estivesse despertando.

O mais lógico é que a criança pergunte sobre coisas que acontecem à sua volta. Por isso, será praticamente inevitável que ela queira saber como sua mãe ou sua professora da escola, ou a mãe de seu amiguinho, de repente vai ganhar um nenê...

Mas se nenhuma mulher de seu “círculo social” ficar grávida, por exemplo, pode ser que a criança nunca pergunte sobre isso e, neste caso, é muito saudável que os próprios pais, no momento adequado, aproveitem alguma ocasião para provocar essas perguntas. E sempre pensando em cada filho individualmente: sua maior ou menor precocidade, seu entorno...

Não é preciso desespero! Ao contrário do que muitos pensam, o assunto da sexualidade não deve ser abominado nessa idade. Apenas deve ser tratado da maneira correspondente à idade e à experiência da criança. A verdade pode ter vários níveis de profundidade... Não vale a pena entrar em detalhes que provavelmente levarão a outros, cada vez mais complexos, causando mais

inquietação, ao invés de ajudar a responder à primeira pergunta. Às vezes, não são as perguntas que são difíceis, mas as respostas que as dificultam... Os pormenores são irrelevantes para a criança. Ela não quer saber como é que se têm relações sexuais. Quer saber apenas como é que se fazem os bebês!

Contar fábulas pode ser mais fácil na hora em que algum filho nos pegue desprevenidos com perguntas em relação aos

bebês. Mas não adianta mentir! Não são cegonhas que trazem um filho e eles não vêm com um pé de repolho! Mais cedo ou mais tarde, a criança percebe que isso é uma grande besteira... E, pior, se perceber cedo, ao conversar com seus amiguinhos no recreio da escola, além de se sentir humilhada, ela pode perder a confiança em seus pais e começar a relativizar tudo que eles dizem...

Quando tentamos preservar a inocência dos nossos filhos contando mentiras, fazemos com que mergulhem num mundo imaginário. Mas... São tão “feias” assim as realidades do amor, que não possamos falar delas para as crianças? O fato de lhes dizer a verdade não vai atentar contra suas consciências, pelo contrário, vai tranqüilizá-las sobre sua própria existência.

Natureza

Há também quem prefira se apoiar na sexualidade dos animais para explicar a sexualidade humana. Não há problema algum em falar sobre a reprodução animal, aliás, muito pelo contrário, desde que não nos comparemos a eles, que não sejam informações para explicar como funciona a sexualidade humana. O que temos de transmitir a nossos filhos é uma coisa muito diferente da simples reprodução: é o mistério do amor entre duas pessoas, e isso não existe entre os

animais.

Como revelar aos nossos filhos, em toda sua verdade, esse amor que é capaz de unir duas pessoas, chegando à consequência mais profunda de um se entregar ao outro para sempre? Como explicar que dessa doação nasce um filho?

A analogia é uma boa saída, porque se caracteriza por conservar o sentido próprio

Acima de tudo, a verdade sobre o amor

P“

não é preciso desespero! Ao contrário do que muitos pensam, o assunto da sexualidade não deve ser abominado nessa idade

17

Page 18: Revista Ser Familia 20 edição

das palavras, conduzindo a inteligência a uma realidade mais elevada. Não adianta, por exemplo, falar que o útero é um quartinho bem quentinho que o bebê tem só para ele, dentro da barriga da mãe. A criança vai imaginar que lá dentro também há brinquedos, escrivaninha, e tudo o que tiver no quarto dela.

O termo “ninho” seria mais adequado, mas também não é o ideal, por isso é muito importante que a palavra “como” apareça nas explicações: “é como um ninho, mas não é um ninho”, e depois podemos acrescentar que o ventre de sua mãe é como um berço do tamanho do bebê. E essa é uma explicação tão real quanto

lógica, já que um berço é algo já previsto para os bebês. As palavras “ninho” e “berço” são as mais educativas para fazê-los perceber como o bebê fica bem instalado no ventre da mãe.

Para falar a verdade sobre o papel do pai e da mãe, podemos fazê-los pensar nas sementes da natureza. Provavelmente, na escola, eles já plantaram um feijão no algodão, por exemplo, e já aprenderam como as plantas crescem. Não precisamos dizer que somos como as plantas, mas que a sementinha de vida do papai, depois de se encontrar com a da mamãe, converte-se em um bebê, capaz de se desenvolver dentro da barriga dela. Não é necessário, e nem aconselhável, falar em

“espermatozóide” e “óvulo”, por exemplo.

A linguagem analógica permite que guiemos a inteligência e o coração das crianças para a verdade do amor e, por isso, é uma maneira mais acertada do que narrar os contos de outros tempos.

O fato de termos refletido, pensando nas palavras a serem usadas, nos permite evitar a timidez, a confusão... Isso poderia fazer com que a criança se sentisse incomodada ou encarasse como um tema delicado para se falar com os pais. Falar sempre com naturalidade, alegria e sinceridade é o tom mais adequado para despertar na criança a beleza do amor do qual nasce uma vida.

não adianta mentir!

Não são cegonhas que

trazem um filho e eles

não vêm com um pé de

repolho!

Fonte: Livro “Por Favor, Hablame de Amor! La Educacion Afectiva y Sexual de Los Ninos de 3 a 12 Anos” de Ines Pelissie Du Rausas”

a analogia é uma boa saída, porque se caracteriza por conservar o sentido próprio das palavras, conduzindo a inteligência a uma realidade mais elevada

18

Page 19: Revista Ser Familia 20 edição

Nós cuidamos de vocêpara você poder cuidar do

que realmente importa.

Assim é a Cremer, uma empresa que há 75 anos estabeleceu umcompromisso com o seu bem-estar. Muito mais do que fabricarprodutos médico-hospitalares, na Cremer a nossa maior prioridadeé cuidar de um bem ainda mais valioso: a saúde humana.É ela a grande motivação para continuarmos crescendo. Afinal, sabemos que é mais fácil aproveitar o que a vida temde melhor quando a nossa saúde está em boas mãos.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

santa_x.pdf 1 11/06/2010 14:19:15

Page 20: Revista Ser Familia 20 edição

educaR hoje 2 >> pág. 20

A mi zades e

Page 21: Revista Ser Familia 20 edição

companhiase

silvia KuntzJornalista

autimio antunesPós graduando em Orientação Familiar-Universidad Austral-Buenos Aires

Page 22: Revista Ser Familia 20 edição

que chamar, afinal, de uma boa companhia?

Superficialmente, bastaria que estivéssemos ao lado de alguém que gostamos de “estar junto” para dizer que é uma boa companhia. Alguém com quem nos sentimos bem, estamos à vontade, podemos ser quem somos, sem medo de errar... Mas isso não basta. É possível que uma companhia seja agradável e não seja boa, ao mesmo tempo.

Quando somos adultos, e sabemos exatamente o que queremos da vida, é mais fácil fazer essa distinção. Temos plena consciência de quem são os nossos amigos verdadeiros e de quais não passamos de um convite para um churrasco, um choppe, um jogo de futebol... Estes nos fazem uma agradável companhia, já aqueles, uma boa companhia. Mas quando crianças, essas ideias se confundem...

Todos nós estamos sujeitos às mais variadas influências, independente de idade, sexo, cultura... O que nos permite neutralizá-las, quando preciso, é a maturidade racional, emocional e social. E é por isso que as crianças e adolescentes são mais suscetíveis às influências.

Ser aceito e sentir-se amado são aspirações de qualquer pessoa. Portanto, pertencer a um grupo é uma consequência

O natural, proveniente das necessidades psicológicas básicas, ainda mais acentuadas quando se é adolescente. E, nessa fase da vida, caso não se tenha um mínimo de personalidade, a pessoa é capaz de se submeter a qualquer condição para ser inserida num grupo. E é aqui que entra o papel dos pais e dos professores.

O professor percebe quando um aluno está em más companhias pelas características pessoais que ele vai adquirindo. Ao detectar um problema em relação a isso, ele deve ter em mente o seu objetivo como educador, para atuar de forma eficaz: autoridade. Mas uma autoridade bem entendida, ou

seja, “apoiar para o crescimento”.

Muitas vezes, quando um aluno sofre uma pressão negativa de seu amigo, levando-o a condutas prejudiciais, a melhor atitude pode ser fazê-lo perceber e identificar que sofre determinada pressão. Deverá aprender a tomar suas próprias decisões, analisando

o que é melhor para ele. E tudo isso será possível com um diálogo estabelecido por meio de um vínculo pessoal e afetivo.

Mas como conseguir esse vínculo? O fato é que o professor deve ser sempre acolhedor diante dos erros dos alunos, nunca se escandalizar, apoiá-los em suas dúvidas e sofrimentos, e saber atingir suas necessidades atuais. Para tanto, é preciso conhecer profunda e individualmente cada aluno. Assim se pode ter uma visão mais ampla de suas características e necessidades, tanto intelectuais, como

emocionais e sociais, uma vez que só conseguimos estabelecer um diálogo quando existe uma troca de intimidades (o que pensa, o que sente, o que faz).

Desenvolver todo esse processo dá muito mais trabalho do que simplesmente separar os dois amigos, como

todos nós estamos sujeitos às mais variadas influências, independente de idade, sexo, cultura... O que nos permite neutralizá-las, quando preciso, é a maturidade racional, emocional e social

22

Page 23: Revista Ser Familia 20 edição

uma imposição que vem de cima, mas contribui muito mais para o desenvolvimento de ambos. Porém, há casos em que essa separação é realmente necessária. E quando a situação impõe o afastamento, o envolvimento dos pais é indispensável. Precisam ter o pleno conhecimento da situação pela qual seu filho está passando para que possam, assim, atuar como protagonistas, que são, na educação deste filho. O desafio será, então, exercer uma influência positiva maior do que a influência negativa do amigo dele.

Cientificamente está comprovado que os pais têm maior capacidade de influir sobre os filhos, mas estão

perdendo essa chance (de influenciar positivamente) para os meios de comunicação (principalmente internet) e os amigos. Hoje os pais influenciam apenas 6%, comparando com as demais formas de influência, talvez porque não saibam como aproveitar essa grande capacidade que teríam.

Um dos grandes equívocos é achar que somos infalíveis aos olhos dos nossos filhos. Não precisamos agir como tal... Somos humanos e erramos! Não é mandando bravamente em nossos filhos que vamos conseguir influenciá-los. Temos de aprender a reconhecer nossas falhas e, em muitas situações, pedir desculpas. O maior exemplo

que podemos passar a eles é o nosso esforço e a nossa luta por melhorar. Isso sim, influencia positivamente... E o erro, ao invés de roubar nossa autoridade, acaba por reforçá-la. Tornamo-nos “modelos possíveis” de se seguir.

Quando tivermos ajudado nossos filhos a adquirirem uma personalidade forte, que os permita agir como eles mesmos pensam, e não como seus amigos querem, eles estarão prontos para filtrar suas próprias companhias. Não precisaremos proibi-los de “andar” com certas pessoas e permiti-los “andar” com outras. Nosso papel não é filtrar para eles, mas ajudá-los a refletir e adquirir a capacidade de tomar boas decisões.

quando tivermos ajudado nossos filhos a adquirirem uma personalidade forte, que os permita agir como eles mesmos pensam, e não como seus amigos querem, eles estarão prontos para filtrar suas próprias companhias 23

Page 24: Revista Ser Familia 20 edição

educaR hoje 3 >> pág. 24

Que tipo de genro

vocêgostaria de ter?

Page 25: Revista Ser Familia 20 edição

M

especialmente para as meninas, essa educação para o amor verdadeiro passará inevitavelmente pelo relacionamento com seu pai

inha princesinha, minha bonequinha!” Já

reparou como é diferente o tratamento que um pai dá a sua filha, desde pequena em relação ao tratamento que lhe dá sua mãe?

É bastante comum que os pais chamem suas filhas de “princesa” e as mães a chamem de “boneca”. Naturalmente o fazem sem pensar, mas por trás desse tratamento podemos enxergar algo!

A mãe, logo que nasce o filho ou a filha, realiza, em primeiro lugar, o seu sonho de menina, tantas vezes vivido em brincadeiras de bonecas. A partir do nascimento, a mãe tem uma “boneca viva” para cuidar, acariciar e alimentar.

Já o pai, quando nasce o filho, tem que aguardar um pouco para bater umas bolinhas com seu campeão. Mas com relação à filha, a coisa já muda de figura. O pai se encanta com sua beleza, sua doçura e seu “chamego”, que logo vão se manifestando. Chama-a muitas vezes de “minha princesa”, o que reflete que está totalmente entregue, como súdito à sua rainha.

Em tempos passados, o pai ocupava muito mais o papel social, estava a maior parte do tempo fora de casa. Já a mãe, ocupava-se quase que integralmente da responsabilidade da educação

dos filhos e normalmente estava dentro de casa.

Os tempos mudaram e o que aconteceu? Hoje vemos maridos e mulheres tanto em casa como fora de casa. Este fato tem consequências, que serão boas ou más de acordo com nossa visão e atuação em relação a elas.

Há quem pense que a volta do pai para dentro de casa vai supor para a mãe uma divisão igualitária de tarefas. Isto não é verdade. Os homens sempre carregarão sua forma masculina de ser. Saberão ajudar em casa, é claro, mas sempre precisarão ser solicitados. Isto é próprio do homem. É da natureza da mulher esse cuidado das pessoas, da casa, do detalhe, e o homem inclina-se muito mais para o geral, o macro e aos fatos mais do que às pessoas. Mas essa volta traz consigo algumas vantagens espetaculares, sobretudo no que diz respeito ao desenvolvimento afetivo das filhas.

É uma realidade: nossos filhos vivem tempos difíceis. São permanentemente bombardeados por ideias distorcidas, por apelos para o consumo, pelo “fantasma” das drogas e dependência, pelo consumo de álcool muito cedo, por todo tipo de violência, por uma banalização do sexo que os distancia do

amor verdadeiro...

Nossos filhos precisam mais do que nunca que seus pais sejam modelos em quem eles possam se espelhar.

Mas especialmente para as meninas, essa educação para o amor verdadeiro passará inevitavelmente pelo relacionamento com seu pai.

Para elas, o primeiro amor da sua vida é o seu pai!

• O seu relacionamento com o sexo oposto vai depender definitivamente do relacionamento com seu pai;

• Cada homem que entrar na sua vida, será sempre comparado ao pai;

• Cada relação com um homem será filtrada baseando-se na relação com o seu pai;

• Se entre pai e filha houver uma boa relação, ela escolherá amigos que a tratem da mesma forma;

• Se a filha vê seu pai como um homem aberto e afável,

25

Page 26: Revista Ser Familia 20 edição

seu genro será o seu reflexo, tanto para bem como para mal. Sua filha escolherá o que já conhece.

terá confiança nos outros homens;

• Se o pai for frio e sem afeto, ela terá muitas dificuldades de expressar o seu amor saudavelmente.

A filha adolescente geralmente atende muito mais rápido a um pedido de seu pai do que de sua mãe. Saber tirar proveito desse bom relacionamento trará benefícios enormes nos futuros relacionamentos das meninas.

Acompanhemos um caso verídico:

Toca a campainha e aparece um rapaz de uns 17 anos, que veio buscar sua princesinha para sair. O pai atende à porta e já sente no seu interior uma mistura de raiva e ciúme, que tenta controlar. Troca duas ou três palavras com o rapaz, enquanto a mãe se faz tantas perguntas quanto o curto tempo lhe permite. A menina ainda está no quarto se arrumando e, de repente, aparece triunfante descendo as escadas. Aparece com um micro short, meias arrastão e uma mini blusa com um ousado decote. Ela tem apenas 14 anos e o programa é ir ao cinema!

A mãe logo pergunta de quem é aquela roupa, sussurrando em seu ouvido. A filha tenta disfarçar, dizendo que emprestou de uma amiga. O pai está catatônico, perplexo,

com o estômago enjoado. Meu Deus, o que foi feito da minha menininha?

Tem vontade de explodir, só não o faz porque seu bom senso o impede.

Mas esse pai tem um bom relacionamento afetivo com sua filha. Ela o admira, respeita e tem uma vontade enorme de vê-lo satisfeito com sua conduta: precisa da sua aprovação.

O pai teria duas alternativas: ou numa atitude autoritária e humilhante mandar sua filha trocar de roupa, ou dar um jeito de chamá-la com delicadeza para um canto e conversar. Felizmente, agiu da segunda forma e, enquanto a mãe cravava de perguntas o pobre rapaz, ele dizia a ela: “filha, fiquei muito triste de ver você com esta roupa, que de maneira nenhuma reflete a beleza que há dentro de você. Você não precisa usar esses artifícios para atrair homem nenhum. Pelo contrário, filha, essa roupa está chocando, porque de maneira nenhuma é você!”

A filha, ouvindo o pai, e percebendo a verdade de suas palavras e a tristeza que estava lhe causando, subiu as escadas em disparada. Depois de poucos minutos, voltou com uma calça jeans, uma camiseta branca e sua carinha de sempre.O pai e a filha trocaram sorrisos, e, finalmente, a menina saiu para o cinema.

O que permitiu que isso acontecesse? A conduta respeitosa do pai, o

autocontrole de suas emoções, a manifestação sincera da sua decepção e sobretudo a confiança e respeito que conseguiu da filha, fruto de um relacionamento afetivo de qualidade.

Não tenham dúvidas, papais. Seu genro será

o seu reflexo, tanto para bem como para mal. Sua filha escolherá o que já conhece. Se você é comprometido, trabalhador, fiel, íntegro, honesto, terno... Com certeza ela tentará encontrar um rapaz que possua essas qualidades. Mas se você só se ocupa do seu trabalho, de ganhar dinheiro, de ter cada vez mais coisas, e não tem tempo para conviver com sua filha, não espere que ela dê atenção às suas palavras ou sugestões, nem mesmo às suas atitudes autoritárias.

Essa perspectiva pode deixá-lo preocupado, e com razão. Se sua relação com sua filha é

26

Page 27: Revista Ser Familia 20 edição

muito tensa, distante, repleta de mal entendidos, a preocupação é pertinente. Mas nunca é tarde para vocês melhorarem a relação. É possível quebrar o ciclo negativo e mudar para algo melhor.

Qualquer pai quer um genro que não tenha segredos para sua filha e que a relação esteja baseada na verdade. Todos os segredos ferem!

Uma solução é fazer um pacto com sua esposa, para que não haja segredos entre vocês. Esse ambiente de verdade contagiará sua filha. Se, por exemplo, ela chegar a fazer algo que possa se arrepender, como exagerar na bebida ou coisa do gênero, o ambiente de confiança fará com que ela conte a vocês. Sem segredos, e com confiança, poderão conversar sobre muitas coisas e crescer muito.

Pai, sei que se você está lendo este artigo até agora é porque está de verdade interessado na felicidade de sua filha. Mas saiba também que você é fruto de uma cultura que lhe orientou, desde que entrou na escola, à sua carreira profissional, ao sucesso profissional, ao dinheiro. Você também foi bombardeado pela ideia de que ter mais é ser mais feliz. Ninguém (ou pouca gente) lhe falou que a família é o mais importante, e, por isso, muitas vezes você se vê afastado de sua família em função de um ganho maior de

dinheiro. Mas estamos cercados de pessoas que também acreditaram nisso e hoje estão infelizes, não têm uma conexão emocional com os filhos, com a esposa e nada os satisfaz. Quando a meta é ganhar dinheiro, infelizmente nunca nos sentimos satisfeitos.

É mais feliz aquele que está satisfeito com o que tem hoje. Um homem que viva sua vida com integridade terá esse sentido de satisfação e liberdade. E sua filha, como dissemos, vai procurar alguém com esses princípios. Ou você gostará de ter um genro que esteja sempre buscando ter mais e mais, e que não esteja satisfeito com a vida que terá com sua filha? As pessoas insatisfeitas com suas posses podem chegar a ficar insatisfeitas com o que são e com o que as outras pessoas são. Depois que seu genro conseguir as coisas que quer,

pode ser que queira mais uma esposa, talvez mais assertiva, mais atrativa, mais calma, mais inteligente. Por que não? A insatisfação permanente leva a buscar sempre mais...

Demonstre para sua filha (e filhos também naturalmente), com sua vida, que o mais

importante de nossas vidas é a relação com nossos entes queridos: única avenida que conduz à alegria profunda. Se isto é o que você deseja de um genro, e se modela o seu comportamento dessa forma, sua filha buscará um marido que faça o mesmo.

As relações sólidas nos dão um terreno firme para pisar. Completam-nos. Você, pai, pode tratar sua filha como um grande presente, e focar acima de tudo nesse relacionamento de amor, que é o mais

importante. Se você vive assim, ela também perceberá o seu grande valor e quererá como marido alguém que a trate da mesma forma como a trata seu pai.

Portanto, papais, a escolha mais acertada do seu genro está em suas mãos!

demonstre para sua filha (e filhos também naturalmente), com sua vida, que o mais importante de nossas vidas é a relação com nossos entes queridos

Por dora PortoMaster em Matrimônio e Família pela Universidade de Navarra, Espanha

Representante do Programa Protege tu Corazón no Brasil

www.protegetucorazon.com

27

Page 28: Revista Ser Familia 20 edição

colunista >> pág. 28

Desejamos ter

HeróisPor autimio antunes

Page 29: Revista Ser Familia 20 edição

A maior conquista da Copa do Mundo de 2010, com certeza,

foi a possibilidade de conhecermos mais a fundo a figura de um grande homem, um dos maiores e mais influentes líderes do nosso tempo...

“Desejamos ter heróis, mas existem muito poucos. Nelson Mandela talvez seja o último herói puro do planeta”. É assim que Richard Stengel abre a introdução de seu livro, “Os Caminhos de Mandela”. Mas... Herói puro? Por que puro? Talvez uma consequência de suas boas intenções... Agiu sempre pelo bem dos outros.

Um homem que conquistou uma Nação e lhe devolveu a liberdade. Ou, pelo menos, a possibilidade de lutar novamente por ela, e a harmonia de um povo duramente segregado às custas de uma violência implacável. Era aristocrata nos momentos em que se encontrava com chefes de estados, mas também continuava comendo com as mãos (costume da tribo em que foi criado), quando estava em companhia de seus ancestrais.

Alguém que nasceu para liderar, de temperamento decidido e aguerrido, forjado ao longo de 27 anos dentro da prisão, onde, desde o início,

pôde colocar em prática seu conceito de liderança: “o líder deve ser visto liderando”. Como nos conta Stengel, “liderar na frente também significava fazer coisas que não necessariamente chamavam a atenção. Significava não aceitar qualquer vantagem especial e realizar as mesmas tarefas que os outros prisioneiros, como limpar os urinóis dos carcereiros ou dos prisioneiros. Não há nada abaixo de um líder”.

Para ele, a coragem está na forma como decidimos ser, e estas decisões pertencem ao nosso cotidiano, nas coisas mais corriqueiras. “Coragem não é a ausência de medo, ele me ensinou. É aprender a superá-lo”, diz Richard Stengel. E isto tudo me ensina que Mandela só conseguiu ser corajoso nos grandes e delicados momentos porque foi, primeiro, corajoso nos pequenos detalhes de cada dia.

E Stengel continua: “é o símbolo sorridente do sacrifício e da integridade”. Mandela encontrou a felicidade na luta da vida e descobriu que o sorriso e o ânimo são compatíveis com a dor, com os obstáculos e com as dificuldades. E, mais do que isso, dá-nos um incentivo com seu exemplo de maturidade. “Saí maduro“, dizia Mandela. E um dos pontos desse crescimento foi compreender e se sensibilizar pela fragilidade

humana, principalmente ao longo dos anos como prisioneiro, em que foi percebendo que enquanto ele se fortalecia, muitos sucumbiam.

Depois de ler algumas biografias de Mandela, percebe-se que o tempo que passou na prisão foi transformando-o em outro homem. Quando jovem, era emotivo, entusiasmado e melindroso. Mas foi

percebendo que estas características não poderiam predominar, se quisesse alcançar seus ideais, pelos quais estava disposto lutar até a morte. Por isso trilhou o caminho do autocontrole e da disciplina e passou a ser muito ponderado.

Acordava todos os dias às 4h30, arrumava sua própria cama, mesmo quando já se tornara presidente da República. Interessava-se pela

“desejamos ter heróis, mas existem muito poucos. Nelson Mandela talvez seja o último herói puro do planeta”

29

Page 30: Revista Ser Familia 20 edição

vida das pessoas à sua volta. Perguntava por suas famílias e quando descobria algo de que alguém gostava, estava pronto para fazer um agrado. Exigia que os que trabalhavam com ele estivessem sempre sorrindo... E muitos outros detalhes que valorizava no seu dia a dia.

Foco! Onde estava o foco de Mandela? Nas pessoas! Uma coisa sempre nos intrigará: o que faz uma pessoa arriscar sua vida pelos demais? O que está por trás de um ideal que torna as pessoas tão determinadas? Que vantagem podem levar? Cada um deve encontrar a sua resposta, pois uma coisa é inegável: pessoas boas, como Nelson Mandela, provocam uma forte inspiração. Não costumava impor suas idéias e opiniões, mas adotava uma postura de proposição, que somada à sua forte liderança moral e seu exemplo coerente, transformava-se em uma força que convencia.

Uma das manifestações mais impressionantes de sua vida foi a capacidade que adquiriu em relação ao amor e ao perdão, como podemos verificar no diálogo que manteve com o chefe da segurança presidencial, um negro que participou ativamente pela luta

contra o regime antirracial do Apharteid. Ele que não queria ter de dividir o trabalho com os antigos membros da segurança, todos brancos:

O diálogo se inicia com Mandela dizendo a Janson(segurança):

“A reconciliação começa aqui.

Reconciliação, Senhor?

Sim, reconciliação, Jason.

Camarada Presidente, não faz muito tempo, a polícia tentou nos matar. Talvez esses caras tenham matado alguns dos nossos.

Sim, eu sei. O perdão começa aqui, também. O perdão liberta a alma. Afasta o medo.

Por isso, é uma arma tão poderosa. Por favor, Jason. TENTE.

Desculpe incomodá-lo, senhor.”

Sabemos, pelo filme “Invictus”, dirigido por Clint Eastwood, que ele não somente tentou, como conseguiu!

Quem convive com Mandela não fica indiferente. Todos, de uma forma ou de outra, são levados a uma reflexão, um pensamento, e que muitas vezes recai no sentido das coisas e da vida... Como podemos perceber com François Pienaar (capitão dos Springboks, time de Rúgbi), com quem Mandela quis contar para reaproximar negros e brancos. Quando absorto pela vista do horizonte, foi perguntado:

“Pensando em amanhã? Final do campeonato.

Não. Amanhã já está resolvido, de uma forma ou de outra. Eu estava pensando como alguém passa 27 anos em uma cela apertada e sai pronto para perdoar aqueles que o puseram lá.”

E retorno agora ao primeiro parágrafo do livro: “desejamos ter heróis... Ele seria o primeiro a lhe dizer que está longe de ser um santo - e isso não é falsa modéstia”.

quem convive com Mandela não fica indiferente. Todos, de uma forma ou de outra, são levados a uma reflexão, um pensamento, e que muitas vezes recai no sentido das coisas e da vida

30

Page 31: Revista Ser Familia 20 edição

Institu

to

Ser Família

Telefone: 11 38490909 /11 [email protected]

contrate nossas palestras:

Valor de um homemTudo o que os pais mais desejam é conseguir passar os valores que julgam importantes para o bom desenvolvimento de seus filhos!

Aprenda qual é a forma mais eficaz de fazer com que eles assimilem e assumam os verdadeiros valores “como próprios”.

Para isso abordamos dois conceitos fundamentais:

1 - As necessidades básicas psicológicas:

Ser aceito, amado, independente.

2 - A eficácia humana não supõe somente rendimento.

Mas fundamentalmente outros dois fatores:

- Desenvolvimento pessoal.

- Satisfação pessoal.

Com uma metodologia eficaz e atrativa.

Page 32: Revista Ser Familia 20 edição

Por antonio jorge Pereira jr Doutor e Mestre em Direito pela Universidade de São Paulo. Diretor Acadêmico do

Centro de Extensão Universitária, Departamento de Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais. E-mail: [email protected][email protected]

sociedade >> pág. 32

Consumir C

onsu

mar

ou

a liberdade?

Page 33: Revista Ser Familia 20 edição

A

para escolher o melhor, deve-se saber avaliar qual é o melhor, portanto a liberdade humana está necessariamente relacionada à razão

educação pretende desenvolver na criança a percepção dos valores e facilitar sua adesão a práticas correspondentes a tais valores. Sem uma boa educação, compromete-se a liberdade humana. Sem essa formação, a liberdade não é consumada. Ela é consumida.

Olhando para o quadro abaixo, deve-se perceber, especialmente pela segunda linha, que a liberdade e o amor estão relacionados à vontade e aos valores. Além disso, a ação livre exige integração com a inteligência, que avalia o bem segundo sua correspondência à verdadeira valia para o aperfeiçoamento do sujeito, como se depreende especialmente dos verbos deliberar e decidir.

A liberdade se desenvolve mediante educação. O ser humano que foi criado na selva, como um menino lobo, tem sua liberdade atrofiada assim como sua capacidade de usar a razão. Ou seja, a liberdade necessita ser formada, mediante educação. Educar é transmitir sabedoria e forjar virtudes. Saber o que é verdadeiro e saborear, com atos pessoais, o comportamento correspondente.

Dimensões ou potências humanas

Inteligência Vontade Afetividade

Objetos de atração Verdade Bondade (Valores) Beleza

Atos próprios (exemplos) Conhecer, pensar, ponderarQuerer, decidir, deliberar, amar,

comprometer-seSentir, apreciar, deleitar-se, gostar

Efeitos da carência de formação

Prejuízo da capacidade de compreender o mundo e a si

mesmo.

Prejuízo no exercício da liberdade e do amor: querer fraco, não dirigido a valores.

Hipertrofia da busca de prazer. Sobrevalorização do ter sobre o ser.

Consumismo.

Para escolher o melhor, deve-se saber avaliar qual é o melhor, portanto a liberdade humana está necessariamente relacionada à razão. Ou seja, a liberdade humana é atualizada plenamente quando a pessoa vê e reconhece racionalmente algo como bom e se encaminha para esse algo sem coação externa, e sem motivação exclusiva de impulsos instintivos. Ser livre é saber querer o melhor para si e isso não é fácil. Vai muito além de uma simples tarefa de “escolha”. Não basta “ter opções” porque elas podem ser manipuladas. Se as opções de escolha são ruins, não há liberdade plena. Se um assassino me diz que sou livre para escolher entre morrer estrangulado ou por envenenamento, obviamente

poderei escolher, mas nem por isso terei sido livre. Se as opções que tenho diante de mim são péssimas, não trazem aperfeiçoamento algum a mim, ainda que possa escolher, não sou livre se me decidir por uma delas.

Esse eclipse da liberdade também ocorre quando a pessoa se comporta simplesmente pelo desejo de prazer que um determinado bem pode lhe

proporcionar. Nessa situação ela se deixa conduzir por um impulso irracional, pelo desejo de um deleite, em prejuízo da avaliação peculiar de um ser racional que vive em sociedade e poderia pautar sua conduta por valores éticos e sociais. Sua razão, nessa situação, trabalha como ferramenta de avaliação e construção de procedimento para atingir uma meta, mas não avalia a real natureza e conveniência do fim que está a buscar, desde a perspectiva ética.

A cultura consumista tende a condicionar as pessoas, desde jovens, a uma estrutura de fixação e arrebatamento pelo prazer. A educação, por sua vez, deve orientar ao aperfeiçoamento ético. Deve desenvolver a capacidade racional, para que se opere o processo de reconhecimento

33

Page 34: Revista Ser Familia 20 edição

dos valores e o amadurecimento da opção livre por eles. Resgata-se aqui o conceito de educação. Mas a educação se pauta na arte de ensinar a preferir o bom (2ª coluna do quadro) ao gostoso (3ª coluna do quadro), quando ambos não forem possíveis simultaneamente.

Os valores éticos valem por si mesmos, e devem funcionar como critérios de ação pessoal. Eles aperfeiçoam aquele que age bem. A percepção dos valores e a atração por atos de virtude dão-se especialmente por meio do contato com modelos vivos que encarnam e vivenciam a conduta orientada a eles. Esse contato desperta e motiva. A boa literatura e o comportamento exemplar de pais, professores e amigos, ensinam a valorizar o que de fato tem valor.

A cultura consumista apoia-se na atração pelos prazeres sensíveis, físicos ou imaginários, para vender mais. Essa atração é um movimento primário e pode ser mais facilmente manipulado mediante estímulos. A experimentação do prazer é individual, o que leva cada pessoa a buscar possuir o bem que julga apto a lhe satisfazer o desejo, segundo a imagem projetada na publicidade. Esse mecanismo dispara o consumo. Assim se compreende o dispositivo do Código de Defesa do Consumidor que veda a publicidade abusiva, entendendo-se como tal “[a] publicidade [...] que se aproveite

da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança” (art. 37 § 2°).

O consumismo induzido pela publicidade e programação que atinge público infanto-

juvenil deseduca quando estimula conduta de adesão ao prazer aqui-e-agora, acima de qualquer reflexão de razoabilidade. Incute, pela mesma lógica do prazer pessoal imediato, cultura individualista, alheia à vivência de valores de solidariedade. O estímulo a se comer bastante, e a desoras, por exemplo, é um dos caminhos da publicidade televisiva que tem conduzido pessoas a se deteriorarem. Incita-se a busca do prazer, mesmo quando contrário ao bem da pessoa. A resposta reiterada a tais estímulos pode levar à fixação de um hábito. Surge assim o círculo vicioso do comer sem necessidade, por puro anseio de prazer.

É difícil acreditar que a empresa de cerveja deseje que o consumidor beba pouco e aprecie com moderação. Na lógica consumista, quanto mais ele beber, mais ganhará a empresa, especialmente se a pessoa se tornar adicta. Vivemos sob uma onda de adictos de prazeres de comida, sexo e lazer, que geram muito consumo. E as

pessoas buscam, nesse turbilhão de prazeres, satisfazer uma ânsia de realização que não encontrarão ali. Consomem sua liberdade ao invés de consumá-la.

O que fazer diante disso? Mudar de padrão. Positivamente preferir praticar os verbos da segunda e da primeira coluna do quadro acima. Trabalhar – e isso dá trabalho! – para que os

verbos da terceira coluna estejam subordinados ou harmonizados aos das demais. Começar, conscientemente, a querer os valores e as virtudes. Em uma palavra: comprometer-se com o que vale. Preferir de verdade o ser ao ter.

Eis a principal ação da liberdade: comprometer-se com o que vale a pena, com aquele bem cujo valor ultrapassa o sacrifício de um eventual prazer, ou seja, de uma pena. Sem o exercício do compromisso, a liberdade nunca será um projeto consumado. Será simplesmente uma possibilidade consumida.

sem o exercício do compromisso, a liberdade nunca será um projeto consumado. Será simplesmente uma possibilidade consumida

34

Page 35: Revista Ser Familia 20 edição

Com apoio de parceiros e voluntários a Obra do Berço planta

sementes para um mundo melhor

A Associação “Obra do Berço”, fundada em 1938, é uma organização da sociedade civil sem

Associação Vida em Família e a Drogasil, a

stud

io 1

101

Page 36: Revista Ser Familia 20 edição

qualidade de vida >> pág. 36

Por dr. autimio antunesReabilitação Neuro-Oclusal, pela [email protected]

Estética e saúde bucal

Page 37: Revista Ser Familia 20 edição

or que será que é tão comum as crianças terem de usar

aparelho ortodôntico hoje em dia? Não há nada que possamos fazer para prevenir os problemas de desenvolvimento bucal e, com isso, nos livrarmos dos famosos aparelhos dentários?!

A boa notícia é que a maior parte dos distúrbios e problemas ortopédicos / ortodônticos são passíveis de prevenção. Mas para isso os pais precisam se empenhar em duas medidas. A primeira é buscar o conhecimento do que é natural e saudável para um bom desenvolvimento buco-facial e depois, com muito empenho, procurar implementar as medidas preventivas adequadas.

Assim como qualquer parte do corpo, a arcada dentária tem um potencial de crescimento genético que corresponde a 30% de seu crescimento pleno, enquanto os outros 70% do potencial de desenvolvimento dependem dos estímulos físicos.

O bebê, ao nascer, tem a mandíbula atrofiada, bem menor, comparando-se com a maxila (arcada dentária superior). Como a maxila é um osso fixo e a mandíbula um osso móvel, o bebê, ao mamar no seio materno, faz um esforço de sucção,

movimentando a mandíbula para frente e para trás. E este movimento será o estímulo necessário para a mandíbula crescer o suficiente para equilibrar-se com a maxila.

Certa vez, uma mãe chegou no consultório preocupada com seu filho de 3 anos, pois o garoto apresentava uma atrofia (pouco crescimento) da arcada inferior, gerando uma desarmonia facial. A verdade é que a mãe cortava a ponta dos bicos das mamadeiras para facilitar e acelerar a ingestão do leite, chegando até a fazer apostas sobre o tempo recorde em que o filho seria capaz de ingerir tudo. Ou seja, este garoto perdeu o período ótimo para estimular fisicamente o crescimento mandibular, passando a contar somente com o crescimento geneticamente programado.

Não é à toa que os furos dos bicos de mamadeiras têm

diâmetros diferentes de acordo com a idade da criança. Até os 6 meses, os furos devem ser os menores possíveis, proporcionando uma força de sucção maior. À medida que vai crescendo, os furos devem ir aumentando gradativamente.

Assim como a sucção, a mastigação é um outro forte estímulo para o crescimento ósseo. Por meio da fricção entre os dentes superiores e inferiores se promove, além do crescimento ósseo, o bom posicionamento e alinhamento dos dentes.

E não basta uma boa oclusão dentária, em que os dentes se encaixem. Um estímulo fundamental é a mastigação de alimentos consistentes, duros e secos. Aí vale a criatividade das mães para proporcionar uma alimentação saudável e consistente (dureza), fugindo dos fast foods -“geração Mc Donald’s”- que na maioria das vezes apresentam alimentos “molinhos”.

Quando não houver esta harmonia oclusal (contato entre os dentes), os estímulos serão insuficientes e/ou deficientes... Nestas situações, independente da idade, faz-se necessária a utilização de aparelhos removíveis, com o intuito de fazer algo que o organismo já deveria ter feito e que, por algum motivo, não pôde fazer. Assim que se restabeleça uma boa harmonia dentária, já se pode retirar o estímulo artificial e o

P

a arcada dentária tem um potencial de crescimento genético que corresponde a 30% de seu crescimento pleno, enquanto os outros 70% do potencial de desenvolvimento dependem dos estímulos físicos

37

Page 38: Revista Ser Familia 20 edição

organismo faz sua parte com “autonomia”. Só não podemos deixar o processo virar uma bola de neve e ter que fazer intervenções muito traumáticas no futuro.

Muitos outros fatores podem influir positiva ou negativamente no desenvolvimento bucal. Repare, na sua próxima refeição, se prefere mastigar mais de um lado do que do outro. Nossa mastigação deve ser bilateral. O simples fato de mastigarmos mais de um lado pode acarretar alguns distúrbios, como dores musculares e articulares. Normalmente, uma pessoa que mastiga mais de seu lado direito, por exemplo, pelo fato de apresentar uma cárie no lado oposto, e permanece por muito tempo com este mau hábito, deverá apresentar dores musculares de seu lado esquerdo, e estalos, ao abrir e fechar a boca, na sua articulação do mesmo lado que mastiga.

No caso dos adultos, pode haver alguns outros sintomas, como a sensação de ouvido tapado, zumbido nos ouvidos, dor ao redor dos olhos e até mesmo dores de cabeça. E pensar que alguns de nossos problemas crônicos quando adultos, poderiam ter sido prevenidos enquanto ainda éramos crianças!

Como esta é uma área multidisciplinar, deve ser avaliada também com os olhos

da fonoaudiologia e da otorrinolaringologia. O dentista tem condições de avaliar e encaminhar para os profissionais adequados. Uma criança que respira pela boca, por exemplo, poderá apresentar problemas de distúrbio de desenvolvimento

dentário, como a atrofia da maxila e dentes apinhados (pouco espaço para se posicionarem), mas não basta resolver estes problemas... Neste caso, um fonoaudiólogo terá de ajudar no restabelecimento de uma respiração fisiológica.

Nosso bom desenvolvimento bucal já está previamente programado. E, mais do que não atrapalhar, temos de tomar consciência de onde e como devemos colaborar. O mais importante não é colocar o dente no lugar, mas saber porquê está fora do lugar... Se alinharmos os dentes sem remover as causas, o problema certamente voltará.

o simples fato de mastigarmos mais de um lado pode acarretar alguns distúrbios, como dores musculares e articulares

38

Page 39: Revista Ser Familia 20 edição

Conforto e estilo em um mesmo ambiente

r mateus grou, 613 pinheiros spTel/Fax: 11 3814 2411

persianas cortinas toldosA WINDOWS Company oferece produtos que realçam histórias e multiplicam o colorido do dia a dia,

criando ambientes aconchegantes e alegres, onde o bem estar é o ponto central.

Nossas cortinas aliadas às persianas conferem charme, beleza e so�sticação para qualquer espaço,

além de maior segurança e proteção solar mais e�caz.Para que todos os momentos de sua vida

sejam inspiradores e inesquecíveis.

www.windowscompany.com.br

windows_serfamilia_210x280.indd 1 10/2/09 5:37:24 PM

Page 40: Revista Ser Familia 20 edição

comPoRtamento >> pág. 40

um processo corrigível Bullying

Page 41: Revista Ser Familia 20 edição

um processo corrigível

dra. carolina lisboa Professora do Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS Email: [email protected]

Page 42: Revista Ser Familia 20 edição

A agressividade de crianças e adolescentes,

identificada em diferentes momentos do ciclo vital e expressa de diversas formas, sempre foi um problema preocupante para pais e cuidadores. Atualmente, um subtipo de violência muito específico, o “famoso bullying” tem recebido atenção por parte de profissionais, da mídia e também das autoridades públicas. O bullying é um processo, e não um ato de agressividade isolado (tal como um chute ou um xingamento), que se estabelece quando um(a) ou mais jovens –agressores- sistematicamente agridem outro(a) - vítima. Infelizmente, no Brasil e em toda a América Latina, casos de bullying nas escolas têm sido apresentados diariamente em manchetes de jornais e revistas e facilmente encontrados em diferentes sites de notícias, blogs ou homepages.

Algumas pessoas se perguntam se o bullying é um fenômeno novo... Seria fruto de uma sociedade contemporânea, individualista, competitiva e que reforça a banalização de alguns valores éticos e de respeito ao outro, que são ensinados nas famílias? As pesquisas científicas sugerem que não, embora seja claramente influenciado por tudo isso. As características relativamente universais do processo de bullying – traços

similares em diferentes culturas investigadas - indicam que este fenômeno sempre existiu, mas não era identificado e “morria” no silêncio e impotência das vítimas. Ou seja, passava despercebido.

O termo bullying não possui tradução literal para o português. Bully, em inglês, significa “valentão”, que vem da palavra Bull (touro) e bullying , em geral, é traduzido por “intimidação”. Esta tradução reduz a complexidade do fenômeno a uma das suas múltiplas formas de manifestação, ou seja, ao comportamento de ameaças e intimidações que faz parte do bullying. A opção por usar o termo em inglês acompanhado de uma explicação (definição) permite abarcar a complexidade desse processo, não deixar dúvidas e evitar associações de ideias e interpretações inadequadas.

Os resultados do Relatório Internacional da Saúde Mundial referem que o bullying é um problema mundial que afeta cerca de 1/3 de crianças por mês. Para mais ou menos 11% de crianças, este tipo de abuso, praticado pelos seus companheiros, é severo (várias vezes por mês). Este processo, na perspectiva psicológica, pode significar uma forma de afirmação de poder interpessoal por meio da agressão. Ou seja, em grupos de crianças e adolescentes é natural que uns tentem se impor sobre outros, denegrindo a imagem de seus pares. Isto ocorre porque estes jovens estão construindo a sua identidade e base de segurança interna, mas, para tal, involuntariamente, podem acabar desmerecendo seus colegas. Cabe aos pais, cientes deste processo, que em parte é

inconsciente e não tem necessariamente intenção de prejudicar os outros, limitar adequadamente seus filhos.

O bullying não deve ser confundido com brincadeirinhas de crianças, nem admitido como uma situação corriqueira e natural. A diferença entre o bullying e as brincadeiras saudáveis, às vezes, é muito tênue ou até imperceptível. E, como salientado acima, os jovens podem se envolver e iniciar o processo de bullying de forma não intencional, pela pressão do grupo e devido ao seu processo de construção de identidade que envolve oscilações de estados de segurança x insegurança e

o termo bullying não possui tradução literal para o português. Bully, em inglês, significa “valentão”, que vem da palavra Bull (touro) e bullying, em geral, é traduzido por “intimidação”.

42

Page 43: Revista Ser Familia 20 edição

humor. Quando há sofrimento, de qualquer um dos envolvidos, é sinal de que já passou do limite de uma brincadeira entre amigos. É necessário, portanto, que os pais estejam atentos à situação e busquem a interrupção imediata desse processo, sendo seus filhos vítimas ou agressores neste fenômeno.

Fenômeno Social

O bullying é um processo que ocorre na esfera coletiva. O contexto social que é palco da maior prevalência de bullying é a escola, o que não significa que não ocorra em outros contextos e que não seja influenciado por outros contextos nos quais as crianças participam, como por exemplo,

as famílias. Também não se restringe a um determinado nível socioeconômico, a uma faixa etária específica.

Manifestações

Geralmente se percebe que uma criança está envolvida com esse tipo de violência pelo seu comportamento: agressividades como chutar, empurrar, bater; gozações verbais, atribuição de

apelidos pejorativos. Existe, ainda, o bullying relacional que ocorre quando a agressividade se manifesta a partir de

ameaças, acusações injustas e indiretas, roubo de dinheiro e pertences, difamações sutis, degradação de imagem social, que podem resultar na discriminação ou exclusão de um ou mais jovens do grupo.

Causas

A discussão das causas pode ser delicada. Existem algumas

evidências de pesquisa que devem ser olhadas com cautela e adequadamente contextualizadas. Ou seja, investigações mostram que aspectos econômicos e culturais, bem como características de personalidade e temperamento

a diferença entre o bullying e as brincadeiras saudáveis, às vezes, é muito tênue ou até imperceptível

43

Page 44: Revista Ser Familia 20 edição

podem constituir fatores de risco para a manifestação do bullying e para a escolha das vítimas dos ataques agressivos. Os agressores tendem a vir de famílias autoritárias e agressivas, que utilizam práticas educativas punitivas. As vítimas, em geral, vêm de famílias negligentes, permissivas ou super-protetoras. Entretanto, é importante enfatizar que tais aspectos, mesmo que possam causar ou estar relacionados ao bullying, não o legitimam, pois vão contra princípios éticos culturais de respeito às diferenças individuais, solidariedade e normas para convivência saudável grupal.

A maior incidência ainda é observada em meninos no papel de agressores e vítimas. Entretanto, cabe dizer que a forma indireta de bullying, tipicamente praticada pelas meninas (através de fofocas, difamações, entre outros) é difícil de ser identificada e por isto talvez baixe a frequência de bullying atestado entre meninas pelas pesquisas científicas.

As vítimas

As crianças e adolescentes vítimas de bullying apresentam uma percepção negativa de si mesmas e da situação em si, e não conseguem vislumbrar alternativas para mudar a situação. Também podem ser agressivas e/ou ansiosas. Alguns estudos mostram que

as vítimas estão mais propensas a apresentar problemas comportamentais e afetivos como depressão, ansiedade e

suicídio. Entretanto, estudos também referem sofrimento por parte dos agressores, que também podem apresentar humor deprimido e que tendem a se envolver na adolescência e idade adulta em relações afetivas permeadas por violência e com elevado índice de conflitos.

Cyberbullying

Atualmente, há uma nova forma de bullying: o cyberbullying. E isso significa se utilizar da informação e da comunicação tecnológicas para exercer o bullying. Os recursos digitais podem facilitar ainda mais a ocorrência deste processo, pois

o anonimato que a internet permite encoraja os agressores a ameaçar, intimidar e humilhar os outros. Os estudos sobre este novo “colorido” na forma de manifestação do bullying ainda são escassos e inconclusivos. Entretanto, levantamentos em sites de relacionamento mostram, dentre vários tipos de humilhações, estímulo ao suicídio das vítimas eleitas. Notícias na mídia, atualmente, apontam casos de jovens que veiculam vídeos de agressões na internet, cautelosamente planejados e provocados, inclusive com edições das filmagens e legendas.

E nós?

É indiscutível a importância dos pais no desenvolvimento das crianças e adolescentes e o risco grave que representa a violência de uma maneira geral na vida dos jovens. Para evitar-se e acabar com o processo de bullying é necessário pensar em modelos educativos que valorizem expressão de sentimentos positivos e que orientem os jovens para a expressão e manejo adequado e saudável dos seus comportamentos e emoções. Os pais não devem ser autoritários, tampouco permissivos e, sobretudo, não podem ensinar seus filhos a revidarem agressividade com agressividade. Pelo contrário, é papel dos pais ensinar aos filhos a desafiante aventura de conhecer diferentes pessoas, “apaixonando-se” e respeitando as diferenças individuais.

as crianças e adolescentes vítimas de bullying apresentam uma percepção negativa de si mesmas e da situação em si, e não conseguem vislumbrar alternativas para mudar a situação

44

Page 45: Revista Ser Familia 20 edição
Page 46: Revista Ser Familia 20 edição

texto e fotos: Família muller

Miami

Orlando

Naples

viagem e cultuRa >> pág. 46

Bem-vindo à FLóRIDA

Page 47: Revista Ser Familia 20 edição

Muitas famílias brasileiras escolhem Orlando como

destino das férias de julho. Sem dúvida a cidade merece uma visita. Nesta reportagem vamos convidá-los a estender a viagem e conhecer outros destinos incríveis da Flórida.

Miami

A cidade se traduz numa metrópole movimentada. As praias, banhadas pelo mar azul turquesa formam a atração principal, mas é um engano referir-se à Miami apenas como o lugar do “dolce far niente” ao sol e o paraíso das compras... Prepare-se para gastar suas energias pela cidade!

Pedalar pela Ocean Drive

A melhor opção para conhecer a calçada mais famosa de Miami Beach – a da Ocean Drive – é pedalando, uma atividade que, quase sempre, agrada a toda a família.

Comece pela ponta de South Beach e explore o South Pointe

Park. O parque tem uma das vistas mais bonitas desse lado da ilha, mais para frente, além da beleza do mar, o programa é admirar a arquitetura das belas construções em art déco, que ocupam boa parte da agitada Ocean Drive. Até aqui, você já pedalou por quase 2 horas, acompanhado dos belos atrativos naturais e culturais de Miami Beach. (Para alugar a bike: www.bikemiamibeach.com)

No Miami Children’s Museum (www.miamichildrensmuseum.org), as atrações interativas são dedicadas a atrair as crianças. Vivenciando experiências da vida adulta, como ir ao banco, ao supermercado, ou pilotando carros de bombeiros e salvando vidas num hospital, a diversão é garantida. O difícil é sair de lá...

O Jungle Island (www.jungleisland.com) vai muito além de um zoo. O parque, cheio de oportunidades de interação e aprendizagem sobre a vida selvagem, abriga cangurus, lémures, lobos, pingüins, orangotangos, a famosa tartaruga de Galápagos, o tigron, nascido do cruzamento entre o leão e o

tigre... E muitos outros. Durante o dia há sessões de shows, nos quais as estrelas são os animais.

O Miami Seaquarium (www.miamiseaquarium.com) é uma das primeiras atrações marinhas da Flórida. Esse parque, protetor dos animais marinhos, apresenta shows de baleias e golfinhos. Alguns programas também permitem a interação com estes animais, além de exposições com temas ligados ao meio ambiente.

Everglades National Park

A vida nos Everglades é tão abundante que é quase possível sentir a pulsação da natureza. O Parque abriga várias espécies de plantas e animais, convivendo no ar, na terra e na água desse paraíso natural.

Não deixe de visitar: o Centro de Visitantes Royal Palm, onde tem uma das trilhas mais populares (Anhinga Trail), o Centro de Visitantes Flamingo, onde descobrimos uma forma diferente de explorar os Everglades (a bordo de uma

47

Page 48: Revista Ser Familia 20 edição

canoa) e o Centro de Visitantes Shark Valley (contrate o passeio de trem que sai do Centro de Visitantes).

Os passeios de airboat, tão famosos, acontecem fora dos limites do parque, nas outras áreas que compreendem os Everglades. Aqui vai uma sugestão: Billie Swamp Safári (www.swampsafari.net). Além do passeio de airboat, oferece outras opções de entretenimento ecológico. Localiza-se dentro da Big Cypress Seminole Indian Reservation. (Clewiston, Florida, Lemon Grove Road).

Hospedagem

Epic Hotel (270 Biscayne Blvd. Way)

www.epichotel.com

Marenas Resort (18683 Collins Avenue – Miami Beach) www.marenasresortmiami.com

Naples

A cidade está a 180 km de Miami, por volta de 1h30 de viagem, por uma estrada impecável, como praticamente todas no estado.

Naples combina a beleza de suas praias com o ar sofisticado da cidade.

Viajando com crianças, a ecoexpedição para fotografar golfinhos e outros animais em torno das Ten Thousand Islands é uma atividade interessante. O barco sai da marina de Marco River em direção ao oceano. Após uma hora de navegação, aportamos na Barrier island. A praia é linda, cheia de conchas. Crianças e adultos ganham uma sacola para recolher algumas e levá-las de lembrança. (Dolphin-Shelling Photo Expeditions: www.dolphin-explorer.com)

No Jardim Botânico descobrimos que Naples guarda um pouco do Brasil em seus domínios, o Jardim Brasileiro. Além da vasta exposição da nossa flora, foi instalado como parte integrante do jardim, um mural de Roberto Burle Marx, única obra do brasileiro na America do Norte. (Naples Botanic Garden: www.naplesgarden.org)

Hospedagem:

Naples Bay Resort (1500 5th Avenue South)

www.naplesbayresort.com

Orlando

A passagem por Orlando é obrigatória, mas como já falamos dos parques de diversão em outra reportagem, seguem aqui algumas sugestões de passeios diferentes.

O Discovery Cove (www.discoverycove.com) oferece a oportunidade única de nadar e interagir com golfinhos-nariz-de-garrafa, arraias e mergulhar num recife de coral. No parque existem monitores brasileiros, ficando fácil entender as explicações do treinador sobre os animais.

A novidade desta temporada fica por conta da inauguração de “O Mundo Mágico de Harry Potter”, dentro do Universal Orlando Resorts, no Island of Adventure Park. A atração promete levar os visitantes para dentro do mundo do bruxinho, e se poderá vivenciar algumas de suas aventuras.

Se quiser unir a vontade de voar com o desejo de saltar de pára-quedas, mas sem precisar pular de um avião, no Sky Venture (www.skyventureorlando.com) você é convidado a entrar num imenso tubo que funciona como um forte ventilador e a força do vento o leva para o alto. Uma sensação única e muito divertida.

Em Downtown Disney, voar mesmo, só num balão. A atração Characters In Flight leva os participantes a 150m de altura. O balão não sai do lugar, a vista é de perder o fôlego: de

48

Page 49: Revista Ser Familia 20 edição

um lado a Universal, do outro o complexo Disney e embaixo Downtown.

Para uma hospedagem especial fique no:

The Villas of Grand Cypress Resort (One North Jacaranda) www.grandcypress.com

Tallahassee

É muito fácil explorar Tallahasse, a capital da Flórida. Nós fizemos um tour com a agência Tours in Tallahassee (www.toursintallahassee.com) ao fim da tarde. Em pouco tempo, visitamos os pontos turísticos acompanhados de um guia que nos envolveu na história da cidade.

Na visita ao Old Capitol (www.flhistoriccapitol.gov) viemos a saber como é o funcionamento da sede do governo num estado americano. As crianças podem também participar de “reuniões” políticas e votarem emendas para o estado.

Em Mission San Luis (www.missionsanluis.org), a única Missão espanhola reconstruída na Flórida, a história ganha vida através de personagens caracterizados, que por meio de conversas informais com os turistas contam sobre a rotina e a vida da época.

Hospedagem:

Aloft Tallahassee Downtown (200 North Monroe Street)

www.alofttallahassee.com

Antes de viajar, consulte o site do Visit Florida – www.visitflorida.com

As reportagens da Família Muller têm o patrocínio de:

Timex: www.timex.com.br

Trilhas & Rumos: www.trilhaserumos.com.br

Skygraf: www.skygraf.com.br

Apoio de:

Copa Gastronomia e futebol: www.restaurantecopa.com.br

VIP´s Tur e Câmbio: www.vipsturecambio.com.br

Poddium Restaurante: www.poddium.net

Gatorade: www.gatorade.com.br

Visite o site da Família Muller:

www.familiamulleraventura.com.br

Para contratar nossa palestra motivacional envie um e-mail para:

[email protected]

a melhor opção para conhecer a calçada mais famosa de Miami Beach – a da Ocean Drive – é pedalando

49

Page 50: Revista Ser Familia 20 edição

ENTRETENIMENTO >> pág. 50

ue tal passar um agradável fim de semana ou um dia

de campo, com a sua família? E ainda enriquecer seus conhecimentos sobre ecologia e produção agropecuária num processo lúdico, interativo e extremamente atual?

Na Fazenda Santo Antonio e com o objetivo de mostrar que

as atividades da produção podem se desenvolver em

perfeito equilíbrio com a conservação da

natureza, o Centro de Educação

Ambiental Pacheco Borba oferece diversos programas cuidadosamente elaborados por uma

equipe de profissionais ligados ao meio científico e

educacional...

Programa entomológico (estudo dos insetos):

- Principais insetos úteis e nocivos que vivem no meio rural;

- Atividades biológicas e importância econômica;

- Formigário: a complexa organização social das formigas;

- Borboletário: o maravilhoso mundo das borboletas.

Programa pecuário e florestal

- Conceitos básicos e botânica;

- Biodiversidade: interação entre a vegetação e a fauna silvestre;

- Reflorestamento: uma responsabilidade de todos;

- Conceitos de agropecuária: tradicional, sustentável e orgânica;

- Visualizar as origens das raças bovinas, sua alimentação natural, artificial, produção de leite e derivados.

Programa ambiental

- A importância do planejamento físico na propriedade rural;

- As riquezas minerais, a fertilidade dos solos e sua manutenção;

- A manutenção das águas e sua importância para a vida;

- O clima e seu impacto nas atividades agrícolas;

- A conservação da natureza e seus reflexos na qualidade de vida.

Tradição e pioneirismo reunidos em um só lugar

Q

Estrada Municipal Capivari-Salto,

Km5 – Caixa Postal 5

Capivari-SP - CEP 13360 000

Escritório: (19)3491.6962

e-mail: [email protected]

Page 51: Revista Ser Familia 20 edição
Page 52: Revista Ser Familia 20 edição