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Ser Família A sua revista de desenvolvimento familiar e muito mais Ano III • Nº 18 Saiba como educar seu “pestinha” no positivo EDUCAR HOJE 2 Já ouviu falar em “educar no positivo”? O seu “pestinha” merece! TECNOLOGIA E-book: do papel para a telinha QUALIDADE DE VIDA o verdadeiro bem-estar INTIMIDADE Acredita em amor à primeira vista? E no amor para toda a vida?

Revista Ser Familia 18 edição

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Revista Ser Familia 18 edição

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Ser FamíliaA sua revista de desenvolvimento familiar e muito mais Ano III • Nº18

Saiba como educar seu “pestinha” no positivo

EDUCAR HOJE 2Já ouviu falar em “educar no positivo”? O seu “pestinha” merece!

TECNOLOGIAE-book: do papel para a telinha

QUALIDADE DE VIDAo verdadeiro bem-estar

INTIMIDADEAcredita em amor à primeira vista? E no amor para toda a vida?

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Do Berço paraa vida toda

editorialA Revista Ser Família é uma publicação bimestral que oferece respostas criativas, alternativas inteligentese soluções eficazes para viver bem.

PresidenteLudmila G. Antunes de Souza

Diretor ExecutivoAutimio A. de Souza Neto

Conselho EditorialDora PortoCarmen Silvia Porto

Conselho ConsultivoArthur DisseiCiro Ferraz PortoJosé Carlos Reis de MagalhãesPaulo Brito

Projeto gráfico e Direção de ArteClaudio Tito Braghini Juniore-mail: [email protected]

Jornalista responsávelSilvia Kuntz Pinto Lima – Mtb 47.467e-mail: [email protected]

ColaboradoresEncar Torre-EncisoLuis Fernando CarbonariFirmina Floripes FerreiraRenato Rodrigues

Produção e ImpressãoEdiouro

Fale com a gente(55 11) 3849-0909site: www.serfamilia.com.bre-mail: [email protected] Tiragem - 40.000 exemplares

Para anunciarTelefax: (55 11) 3849-0909e-mail: [email protected]

Instituição benificiada

Do Berço para a vida toda

Presidente HonoráriaRenata de Camargo Nascimento

PresidenteVera Helena M. Pires Oliveira Dias

Vice PresidenteAline Rios Ramalho Foz

SecretáriaMarta Hegg

FinanceiraMaria Bernadette Magalhães

Captação de RecursoCristina X. da Silveiras

Patrocínio

Realização / Parceira

Instituto

Ser Família

no novo, novos projetos, novas perspectivas!

No final do ano, todos nós, movidos por bons sentimentos e talvez algum arre-pendimento pelo que deixamos de fazer, formulamos propósitos para o ano que se inicia.

Agora vai! É o regime para perder aqueles quilinhos extras, engajar-se num traba-lho voluntário, cuidar mais da saúde, estudar uma língua, fazer aquele curso, en-fim, uma lista interminável!

Mas... No dia a dia, nem sempre esses propósitos chegam a se concretizar.

Quantos de nós não “morremos na praia” com relação às nossas metas e planos, tão bem intencionados?

Para seguir em frente, vencendo barreiras, dificuldades, contradições é preciso uma vontade determinada, uma verdadeira “teimosia”!

Em resumo: ter a meta bem clara e persegui-la incessantemente, sem descanso, até conseguir.

A Revista Ser Família é fruto dessa obstinação! Acreditamos neste projeto, confia-mos na qualidade do conteúdo, e, sobretudo, estamos conscientes de que a família é o melhor patrimônio da humanidade. E por isso todo e qualquer esforço para fortificá-la vale a pena!

Dora Porto

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07

40QUALIDADE DE VIDA

BREVES 12

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283218EDUCAR HOJE 1

TECNOLOGIA

EDUCAR HOJE 3

ENTRETENIMENTO

OpINIãO

EDUCAR HOJE 2

VIAGEM E CULTURA

INTIMIDADE08ENTREVISTADislexia Diretor da Cremer Amor inteligente

Exigir-se para exigir Educar seu “pestinha” no positivo

Os benefícios da educação Bilíngue

e- O quê? Maturidade e estabilidade de ânimo

Saúde e bem-estar

Balneário Camboriú Expressões e Provérbios

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Dislexia

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breveS >> pág. 7

Detectar a tempo evita o fracasso escolar.Dislexia

“Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é um problema de aprendizagem nas áreas da escrita e da leitura, mas unicamente da leitura. A deficiência na aquisição da escrita se define como disgrafia.

Pesquisas têm demonstrado que a origem da dislexia é de tipo genético e se concentra no hemisfério encarregado da linguagem, situado no lado esquerdo do cérebro.

Em termos de psicologia e psiquiatria, a dislexia é considerada como uma discordância entre o rendimento intelectual do paciente e o seu potencial de aprendizagem. Portanto este transtorno não gera problemas físicos ou intelectuais.

Uma criança com dislexia aprende a ler! Mas o transtorno tem que ser detectado logo... Caso contrário, ele pode levar a criança a sentir frustração, falta de interesse no estudo, problemas de autoestima e, tudo em conjunto, pode conduzi-la ao fracasso escolar. Mas, antes de definir o problema como dislexia, deve-se descartar problemas de vista ou audição, portanto é altamente recomendável consultar um especialista para que o nosso filho receba o tratamento adequado.”

(Lilach Galor- “Família Hoy”)

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Cremer 75 anosNegócios, Inovações e Mordenização

oje em dia, o ser humano vive mais, pelos avanços da

medicina... Mas,por consequência, precisa de mais cuidados com a saúde, já que aumenta onúmero de idosos. O crescimento da Cremer pode ser atribuído a isso?

Em parte. É fato que tivemos aumento dos gastos com saúde no país, além da entrada de novos consumidores de produtos e serviços ao longo dos últimos anos. Entretanto, a Cremer tem implementado uma série de mudanças visando aumentar sua eficiência

operacional, as quais casadas com uma marca tradicional que traduz qualidade e credibilidade aos nossos clientes foram os principais agentes para que tivéssemos um desempenho positivo, especialmente em 2009.

O setor de Higiene e Saúde foi um dos que menos sofreram com a crise mundial. Tanto é verdade, que a Cremer teve um aumento de mais de 17% na receita líquida... Quais são os planos de investimentos da Companhia paraeste ano?

Na verdade, o início do ano foi marcado por um clima de apreensão, especialmente no

Varejo, mas ao longo dos meses, o Setor de Saúde apresentou um desempenho superior ao de outros setores da economia.

No entanto, mais que a contribuição do mercado em si, como mencionei anteriormente, os resultados que apresentamos em 2009 foram reflexos de muitas ações que desenvolvemos internamente focadas na eficiência do nosso negócio. Atuamos nos serviços de atendimento, cadeia de suprimentos, sistemas de informação e recursos humanos que resultaram em uma maior satisfação dos nossos clientes. D

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ENTREVISTA >> pág. 8

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Negócios, Inovações e Mordenização

Sem dúvida, para a Cremer, 2009 foi um ano excepcional com um ótimo desempenho. Para 2010, temos um plano de investimentos aprovados de cerca de R$ 28 milhões. Além de crescer na atuação no segmento hospitalar, um de nossos objetivos é reforçar nossa marca e presença no mercado de varejo (farmácias, por exemplo), para ficar mais perto ainda do nosso consumidor.

Pelo visto, a Cremer investe bastante no atendimento ao cliente... O relacionamento com as pessoas (tanto colaboradores quanto clientes), para uma empresa deste porte, é mais importante do que o aumento de portfólio e volume de produtos?

Acreditamos que ambos são igualmente importantes. Na medida que intensificamos os relacionamentos com clientes e colaboradores, surgem novas ideias e oportunidades que resultam em aumento do portfólio de produtos. O processo contínuo de enxergar tendências e entender as necessidades dos clientes, consumidores ou profissionais de saúde permite que identifiquemos inovações e ajustes em nossa linha, visando reforçar a fidelidade e confiança com a nossa marca. É nisso que acreditamos: no trabalho colaborativo. Somos uma das maiores empresas de nosso setor e queremos crescer muito mais através de novos produtos, mas principalmente desenvolvendo relações duradouras.

Vocês participaram há pouco tempo da Medica, a maior feira mundial de medicina e

saúde. Qual foi o resultado dessa participação para a Companhia?

Quais as tendências mundiais para o setor?

O segmento de saúde possui uma efervescência incrível no que se refere a inovações e variedade de produtos, tecnologias e serviços, por exemplo.

Muito acima de muitos outros setores da economia. Tomando o grupo de produtos descartáveis, que é nosso foco de atuação, temos o exemplo da área de curativos e de tratamentos de feridas que está passando por grandes avanços.

No que se refere a materiais empregados, notamos muitos desenvolvimentos de produtos à base de compostos orgânicos, para serem mais facilmente absorvidos pelo corpo humano, simplificando procedimentos pós-cirúrgicos, por exemplo.

Também nos chamou bastante a atenção os investimentos expressivos no desenvolvimento de produtos, não somente para diminuir riscos de lesões, mas também para melhorar o desempenho esportivo de atletas.

Esses são apenas alguns exemplos, já que as novidades percorrem inúmeras categorias de produtos, provenientes dos mais remotos países do mundo.

Os resultados para a Cremer são fantásticos! Além de reiterar a qualidade internacional dos nossos produtos, aprimoramos nossa Inteligência de Mercado, norteando nosso foco de desenvolvimento de novos produtos, e estabelecemos

relacionamentos visando parcerias estratégicas dentro do nosso processo de inovação.

É sempre uma oportunidade de estudar as tendências e reforçar o que já produzimos, ou seja, modernizar as linhas e famílias de produtos já existentes.

Hoje em dia, é fundamental que uma empresa cuide do meio ambiente...

Quais foram as conquistas da Cremer nesse sentido?

Em nossas fábricas, temos estações de tratamento de efluentes, unidades de recuperação de solventes, reciclagem de resíduos sólidos, preservação de árvores nativas, sistemas de lavagem e neutralização de gases, entre outras iniciativas. Além disso, a Cremer é uma das poucas empresas do setor a possuir o selo de Boas Práticas de Fabricação e Controle emitido pela Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

O que a Cremer mais comemora nesses 75 anos de existência?

A Cremer vive o seu melhor momento ao celebrar 75 anos em 2010. Iniciamos o ano com nossa estratégia empresarial renovada e com a execução de muitos projetos que permitirão que a companhia tenha ainda mais valor perante nossos clientes, funcionários, parceiros, investidores e comunidade de uma forma geral.

Por Silvia Kuntz9

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Amor

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inteligente

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O

independente da situação de cada um, todos desejamos um amor para toda a vida! E sabe por quê? Porque fomos feitos para isto

“ amor verdadeiro nasce do fato de duas pessoas,

transbordantes de vida e capazes de refletir, se enamorarem com firmeza, paixão e serenidade; é um amor que procura o bem do outro.” (Enrique Rojas).

Assim como eu, você pode imaginar que quando duas pessoas decidem se entregar em casamento, elas têm a intenção de que aquele compromisso dure para sempre! Infelizmente, por diferentes razões, nem sempre isso acontece. Mas o fato é que, independente da situação de cada um, todos desejamos um amor para toda a vida! E sabe por quê? Porque fomos feitos para isto!

Habitualmente as pessoas procuram uma orientação familiar quando as tentativas já fracassaram, o tempo passou indelével e deixou marcas muitas vezes irreparáveis. Não são poucas as pessoas que nos revelam sua história de dor, por um relacionamento desfeito, por uma família fraturada. Gostaria de me solidarizar com todas estas pessoas que se sentem incompreendidas, porque foram vítimas de um relacionamento que não foi adiante.

Ainda dá para fazer muita coisa por você mesmo, pelos seus filhos e pelas pessoas que te rodeiam. Não é porque o seu relacionamento não atingiu o objetivo desejado, que você vai deixar de ajudar os outros a

serem felizes! Mas... Como fazer isso? Orientando, ajudando a prevenir possíveis desacertos ou desentendimentos.

Nesta matéria, vou me servir, como fonte, do livro do Prof. Dr. Enrique Rojas, psiquiatra que ao longo de muitos anos vem acompanhando pessoas e tem um vasto conhecimento

experimental e acadêmico sobre o ser humano.

No seu livro “Amor inteligente”, o professor Rojas nos aponta 10 dicas para manter a chama do amor acesa por toda a vida. Vale a pena refletir um pouco sobre cada uma delas.

1. Enamorar-se e manter-se enamorado

Enamorar-se, segundo o autor, pressupõe muito e pouco ao mesmo tempo. Muito, porque serve de motor de arranque para se propor algo importante. É o caso da decisão de se comprometer por toda uma vida. E pouco, porque com o

correr do tempo requer outras “armas” pequenas, para transformar o amor em amor mais maduro, cheio de generosidade, entrega, renúncia, alegria e esquecimento de si. Ou seja, não basta estar apaixonado, mas é necessário alimentar esse amor com pequenas coisas: delicadezas, gestos de carinho, palavras amáveis, uma boa dose

de paciência, pequenas renúncias.

2. Conhecer o equilíbrio entre os sentimentos e a razão

No princípio tudo é sentimento, emoção ou paixão. Pergunte a um casal de jovens o que eles pensam ser o amor. A maioria dirá que o amor é um sentimento, um desejo de estar com o outro ou

coisa parecida.

Mas, mais adiante, depois de algum tempo de casados, o sentimento, que por natureza é passageiro, pode não estar mais tão presente e o amor parecerá ter acabado. Mas isto não é verdade. Com o tempo vemos que a essência do amor é racional, fruto de um maior conhecimento, sem, no entanto, deixar que os sentimentos percam suas características e sua força inicial. O grande desafio será resolver esta equação psicológica que vai dos sentimentos à razão, passando pela tão esquecida espiritualidade.

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3. Cuidar do amor

O amor requer cuidados, e cuidados permanentes. Gosto daquela estrofe da música do Caetano Veloso: “quando a gente gosta, é claro que a gente cuida”! Porque o amor é feito de coisas pequenas, aparentemente insignificantes, mas que constituem um verdadeiro trabalho de ourivesaria: limar, polir, corrigir, cortar. Não é assim que o ourives chega a criar joias de rara beleza?

Temos que limar nosso mau caráter, polir nossos modos e nossas conversas, corrigir nossos defeitos dominantes, como a queixa e a reclamação habitual, e cortar os nossos caprichos que nos impedem de estar pendentes dos outros.

4.Utilizar os instrumentos que nos ajudam a continuar enamorados

Há dois instrumentos que podemos qualificar de mais urgentes:

A inteligência, que nos permite conhecer o melhor possível essa realidade e ensaiar soluções eficazes.

A vontade, que segue o que a inteligência lhe mostra como bem verdadeiro e emprega a melhor de suas armas para facilitar uma luta ordenada e constante para melhorar as bases da convivência. É também nossa vontade que, bem trabalhada, dá-nos a firmeza necessária para sermos

constantes num esforço continuado.

5. Lutar para não descuidar aspectos essenciais do amor.

O professor Rojas caracteriza como aspectos essenciais do amor:

• O sentimento: ainda que o amor não seja apenas sentimento, é muito saudável cultivar o sentimento amoroso. E, para tanto, é conveniente saber que não basta o sentimento espontâneo.

• A sexualidade: cada um pode e deve viver em plenitude a sua feminilidade ou masculinidade, complementando no outro aquilo que é próprio do “ser homem” e do “ser mulher” em todas as nossas dimensões.

• As crenças comuns: que importantes são as crenças familiares que carregamos desde crianças! Como é necessário conhecer aquilo que o outro trouxe na sua bagagem, para poder compreendê-lo melhor!

• A arte da convivência: saber ceder, deixar o outro brilhar, saber conversar sem cobranças, saber calar, saber fazer companhia e escutar atentamente.

• O compromisso: renovar a entrega que fizemos de todo o nosso ser, todos os momentos do dia, buscando a felicidade do outro em primeiro lugar. E sabemos que isto pode custar muito!

• O dinamismo: não deixar o relacionamento cair numa rotina sem graça que se assemelha à água parada! Renovar o cotidiano, as histórias, ter algo novo para contar, estar por dentro do que acontece no mundo, conhecer gente nova, reciclar-se!

• E a todos esses aspectos, juntar os dois instrumentos citados acima: a inteligência e a vontade.

6. Saber que a sexualidade desempenha um papel importante na vida conjugal e que deve centrar-se na comunicação.

É imprescindível saber que o ato sexual, para que seja um encontro entre PESSOAS e não entre corpos, deve ser simultaneamente:

• Físico: união de corpos;

• Psicológico: intercâmbio de sentimentos, emoções, paixões;

• Espiritual: porque a sexualidade bem entendida e com significado torna o homem mais humano e também mais transcendente.

7. partilhar sentimentos, ideias e crenças, assegura a permanência

Na crença partilhada está o subsolo que nos mantém de pé.

Depois do entusiasmo dos começos, a vida em comum acaba por revelar o que somos e o que temos dentro de nós. É

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indispensável este esforço cotidiano por revelar ao outro o que temos no coração. Desabafar com o outro, pedir ajuda, conselhos (e colocá-los em prática); discordar com boas maneiras, elaborar projetos comuns, interessar-se verdadeiramente pela vida profissional do outro, auxiliar-se mutuamente no crescimento pessoal de cada um.

8. Acalentar a convivência diária com a razão.

A convivência diária, para ser rica e proveitosa, deve estar composta de diversos elementos:

• Linguagem verbal: que poder têm nossas palavras! Podem edificar, mas também podem destruir. • Linguagem não verbal: não falamos apenas com palavras, mas com olhares, gestos, suspiros, caras e caretas, silêncios eloquentes...• Conteúdo da comunicação: é preciso escolher o que se vai comunicar, pois nem todos os momentos são próprios para se falar todos os assuntos. Saber esperar o momento oportuno.• Aprendizagem do diálogo: fundamentalmente está em aprender a escutar e deixar o outro falar.Esta arte que se chama convivência precisa de:

• ordem mental

• observação de defeitos, faltas e erros cometidos

• busca de soluções para os conflitos

E tem também grandes inimigos:• o cansaço• a falta de novidades• não saber partilhar• não trocar comportamentos gratificantes

9. Comprometer-se acima de tudo

Não há amor autêntico se não existe compromisso. O amor comprometido aspira à fidelidade, que é feita de generosidade, renúncias e se alimenta de pequenas lealdades. É a fidelidade que torna a pessoa íntegra e coerente.

10. Incrementar a espiritualidade

A espiritualidade é uma das dimensões centrais da condição humana. Se os sentimentos são a residência onde se habita, a espiritualidade é o calor do lar, que queima e abrasa, e dá forças para continuar.

Cultivar uma vida interior, alimentar nosso espírito, é tão importante e vital como cuidar e alimentar o nosso corpo material. Quem se dedica a

é preciso racionalizar os sentimentos, sem que estes percam a espontaneidade e a força

cuidar de seu interior tem melhores chances de resistir e superar os achaques normais da vida de casados.

O que podemos concluir é que um amor Inteligente é um amor com conhecimento.

Mas, para isso, é preciso racionalizar os sentimentos, sem que estes percam a espontaneidade e a força.

Quando colocamos a inteligência a serviço de nossos sentimentos, passamos a ver as realidades afetivas de um modo mais calmo, sem a paixão inicial que tira toda a nitidez.

No amor moderadamente apaixonado (amor inteligente), as pessoas aceitam as limitações dos outros, evitam a idealização excessiva, cada um conserva sua liberdade, não procura dominar o cônjuge, nem submetê-lo aos seus próprios critérios. CADA UM É ELE MESMO!

E como é importante que cada um conserve sua identidade, mas sempre procurando ajustar-se ao outro!

Conhecer alguém é introduzir-se na sua pessoa (realizar uma “viagem vital interna” no outro) e conhecê-la (pôr-se no seu lugar, vestir sua pele).

Amar de verdade e para sempre é olhar para alguém e dizer:

Vale a pena!

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Fonte: amor inteligente enrique rojas. adaptação dora Porto

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Por dora Porto Máster em Matrimonio e Família Instituto de Ciencias para la Familia – Universidade de Navarra.

para exigirExigir-se

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T enho notado, no convívio com as mãe e pais de família, que

existe uma verdadeira preocupação em educar bem os filhos. Quando participam de cursos e palestras, a vibração é geral e realmente há um desejo enorme de colocar em prática tudo o que vão descobrindo e aprendendo. Educar no positivo, proporcionar aos filhos a aquisição de bons hábitos, desenvolver habilidades, desenvolver o autocontrole nos filhos, parece uma experiência notável.

Mas... O que acontece depois de pouco tempo?

Depois de algumas tentativas, quem vence é a impaciência, resultado de metas propostas e não atingidas. E quais são as frase mais ouvidas? “Ah! Como é difícil educar no positivo!”; “Acho que tudo isto é lindo, mas não funciona na minha casa”.

É natural que isto ocorra, e por um motivo muito simples: O primeiro trabalho tem que ser conosco mesmos! Se nós não nos conhecemos, não procuramos nos exigir para ser a cada dia uma pessoa um pouco melhor, de nada adiantarão todas as magníficas estratégias educativas.

E o que é autoexigir?

Em primeiro lugar, é ter o controle da sua personalidade. Não deixar que sejam as circunstâncias as que ditem as regras do jogo. Exemplo?

Você está apressada(o), passa rapidamente no banco para pagar algumas contas. Em seguida tem vários compromissos, entre eles buscar seus filhos na escola. Parece que tem bastante tempo. Mas... A fila não anda! Um senhorzinho à

sua frente com uma pilha de contas monopoliza o caixa, a outra funcionária tem que sair um instantinho... E não volta nunca mais. Os ponteiros do relógio, sem a menor cerimônia vão girando cada vez mais rápido. Você começa a intuir que, apesar dos seus esforços por chegar com tempo ao banco, em alguns minutos terá que tomar a decisão de abandonar a fila. Passa mais um tempo, e o senhorzinho termina. Ufa! Mas logo depois dele está um office boy que tira da sua mochila um volume enorme de contas. Seu sangue começa a subir e... Finalmente você toma a difícil decisão de abandonar tudo e desperdiçar esse tempo que ficou na fila. Segue apressadamente para a escola de seus filhos e, quando chega lá, esbaforida(o), cadê o filho mais velho? Espera, espera, e depois

de uns 20 minutos aparece o mancebo calmamente tomando um suco e conversando com um amigo. Você está a ponto de explodir! Afinal, podia ter ficado no banco e ter resolvido suas contas. Assim que o filho se aproxima você “descarrega” em

cima dele toda a sua raiva e frustração! Se ele trouxer o boletim ou uma notícia não muito boa então... Coitado dele!

Casos como este não são esporádicos, mas acontecem dia após dia. É incrível que quando estamos calmos e controlados, parece-nos tão fácil falar em autocontrole. Mas quando estamos sob forte emoção,

como isto se torna difícil!

Esta é precisamente a hora de exigir-se.

Um das virtudes que precisamos desenvolver é justamente a virtude da Fortaleza. Este bom hábito que, segundo David Isaacs, define-se como:

“Em situações ambientais prejudiciais a uma melhora pessoal, resiste às influências nocivas, suporta os incômodos e se entrega com a valentia em caso de poder influir positivamente para vencer as dificuldades e para acometer grandes empreendimentos”.Uma das coisas que costumamos esquecer é que quando precisamos pôr em ação a virtude da Fortaleza é exatamente quando a situação está “pesada”! Ou seja, ninguém

E o que é autoexigir? Em primeiro lugar, é ter o controle da sua personalidade. Não deixar que sejam as circunstâncias as que ditem as regras do jogo

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precisa de fortaleza para assistir calmamente o seu programa de televisão favorito. A necessidade da fortaleza surgirá se este programa for a final de futebol do seu time preferido e você tiver que sair para fazer um trabalho. Dominar-se sem perder a serenidade e descarregar nos outros não é nada fácil.

O que fazer então?

Uma das formas de adquirir essa força na vontade é repetir diariamente pequenos atos de resistência, aprender a suportar pequenos imprevistos, de saber acometer, ou seja, enfrentar situações mais embaraçosas e complicadas. Não há virtude ou bom hábito que se adquira “na marra” ou em pouco tempo. A virtude se forja como o gotejar da água na pedra que “tanto bate até que fura”.

E para isto trago uma notícia muito boa! Temos um número infinito de oportunidades ao longo de um só dia. Se nos propusermos a “focar” nesse assunto por uma temporada, veremos como nosso caráter vai se fortalecendo pouco a pouco e a serenidade vai assumindo o comando.

Vou dar algumas dicas:

1. Examine qual é a sua reação quando você é contrariado(a). Reage no automático, reclama, grita, faz cara feia... Ou pensa e depois toma uma decisão ponderada?

2. Qual o seu comportamento depois de um dia de trabalho? Pense se você tem o mesmo

comportamento cansado(a) ou descansado(a). Se sua atitude varia conforme seu estado físico, ou estado de ânimo.

3. Imagine que seu filho deu um belo “fora” na escola e você precisa conversar com ele. Quais são as suas justificativas para ir adiando esta conversa dia após dia?

4. Você está muito cansada (o), e sonhando com o final de semana tranquilo na praia, porque seus filhos estão num acampamento. Entretanto, uma amiga que está passando por algumas dificuldades pede para você ficar com as 3 crianças dela nesse fim de semana. Qual é a sua atitude?

O que notamos nessas situações? Qual a nossa maior dificuldade? É vencer o nosso orgulho, é aceitar a “mudança de planos”, é aprender a contrariar os nossos gostos, sem que isto se transforme numa pequena ou grande tragédia!

Mas, para crescer em fortaleza não basta só ficar na defensiva. Esperar que as contrariedades aconteçam. É muito mais

inteligente chegar na frente. Habituar-se a contrariar-se em coisas minúsculas e ir treinando os “músculos” da nossa vontade.

Por exemplo:

1. Imagine que você adora melancia. Num dia de calor, a sobremesa é um prato de

melancia geladinha, uma delícia. Experimente dizer não. Não vou comer, apesar de estar com muita vontade.

2. Ou ainda os incontáveis cafezinhos no trabalho. Pelo menos uma vez por dia diga “não”. “Este cafezinho eu não vou tomar”.

3. Ou, você está super a fim de relaxar no sofá e “percebe” que sua esposa está a fim de conversar. Tente abrir mão do

seu desejo mais imediato e dê uns minutinhos de atenção a ela.

4. Você está lendo o jornal... Sua filha pequena se aproxima e pede para você montar o quebra-cabeças com ela. Tente parar imediatamente o que está fazendo e dê atenção a ela.

Você pode estar pensando que estas coisas são ridículas! O que eu quero é aguentar as frustrações mais “pesadas”. Mas uma coisa é certa: você só vai aguentar a enfrentar as situações mais “pesadas” quando se dispuser a cada dia fazer ao menos uma experiência de fortaleza. Seu caráter vai sendo forjado sem que você perceba e, depois de algum tempo, as grandes contrariedades já não tiram você do sério com a mesma facilidade.

uma coisa é certa: você só vai aguentar a enfrentar as situações mais “pesadas” quando se dispuser a cada dia fazer ao menos uma experiência de fortaleza

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no positivo

Por carmen Silvia

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E Uma pessoa com a mente no positivo, alegre e tranquila tem mais disposição e melhores condições de aprender do que uma pessoa triste e preocupada. E a educação positiva nada mais é do que aproveitar os períodos em que nossos filhos estão com a mente positiva para educá-los. E uma boa notícia: na relação pais/filhos a atitude mais frequente dos filhos é a positiva!

Na educação tradicional, o comum é o não faça; não diga; não pode... O grito como forma de autoridade; a repetição das ordens; as ameaças de castigo; as punições; o corrigir imediatamente após o erro; o falar de forma aborrecida; etc.

A educação no positivo prefere reconhecer as ações bem feitas, dentro do período sensitivo adequado; potenciar os Instintos Guias, acreditando na Sinergia Positiva; apoiar-se no subconsciente; motivar a agir bem por escolha própria; ter presente que é preciso prevenir; formar a consciência para que sempre esteja contente e alegre; ter um

projeto educativo para cada filho; e fomentar a autoestima.

Entenda períodos sensitivos como aqueles não voluntários, durante os quais o organismo tende a realizar uma determinada ação por instinto, ou a ter sentimentos concretos internos. Não dependem da vontade, portanto não se pode influir neles livremente.

De 0 a 7 anos: período sensitivo propício para desenvolver as virtudes da ordem, sinceridade e obediência.

De 8 a 12: fortaleza, perseverança, laboriosidade, paciência, responsabilidade, justiça e generosidade.

Para educar no positivo é preciso estar mais tempo com disposições positivas do que negativas e centrar-se mais em prevenir do que em corrigir e consertar os erros. Claro que é preciso corrigir, pois os problemas sempre

ducar é uma ciência e uma arte! Não existe receita pronta e as

únicas regras gerais são: carinho, atenção, criatividade e muita paciência, afinal, nada acontece de repente... Tudo é um processo lento que exige esforço tanto dos pais, como dos filhos.

Um trabalho rotineiro e repleto de detalhes, a arte de educar pode contagiar a sociedade e construir um futuro seguro, cheio de êxitos, a partir da “transformação” dos filhos e dos próprios pais. A educação no positivo é uma ferramenta de profunda mudança no modo de educar, ajudando os filhos a serem pessoas responsáveis e livres.

Já falamos bastante sobre hábitos bons em outros artigos, mas não custa lembrar que eles são adquiridos por meio da repetição de atos feitos livremente. Todo hábito deixa uma marca no cérebro... Portanto, os pais atentos usam os períodos sensitivos próprios de cada idade para implantá-los em cada filho, respeitando as diferenças.

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existirão, mas o importante é mudar de atitude e preocupar-se mais com a prevenção e com o Projeto Educativo.

Os pais devem motivar os filhos e dar-lhes razões para que se portem bem porque querem (sem necessidade de castigos, ameaças, prêmios) e, assim, assumam a responsabilidade do que fazem.

Os estudos sobre o subconsciente mostram que ele é uma peça chave na motivação das pessoas... Os instintos não dirigidos livremente estão sob o seu governo. Sua área de maior atuação é a sensível, em função dos sentimentos de agrado e desagrado. Por isso é atraído pelo carinho, alegria e bem-estar, recusando o medo, a tristeza, a dor e o ódio.

Aí está a resposta para as recompensas, quando uma criança age bem. O subconsciente não sabe se a ação é boa ou má, mas sabe quando recebe carinho ou não. Por isso, numa ação má, ao invés de bater ou castigar, é mais proveitoso não dar um carinho. Mas, quando a ação é boa é fundamental que ela receba esse

carinho. Assim, vamos formando não o subconsciente, mas o próprio consciente da criança.

Ao nascer, atuamos por instinto, mas, gradativamente, o subconsciente vai diminuindo,

embora nunca deixe de existir. Chega um momento em que a criança já é capaz de decidir seus atos e é justamente quando começa a atuação do consciente. Se este consciente já foi trabalhado anteriormente, sua atuação terá mais chances de ser perfeita.

O mundo de hoje pede pessoas bem resolvidas, que sabem o que querem e lutam por isso. É o famoso proativo que se busca tanto no mercado de trabalho, por exemplo. A pessoa que tem iniciativas e as coloca em prática, sem desistir no meio do caminho.

Como ajudar seu filho a ser uma dessas pessoas? A Educação Positiva vem justamente dar essa resposta aos pais.

Ensinando-os a agir com liberdade e responsabilidade, ajudamos cada filho, em particular, a adquirir conhecimento próprio, autocontrole e equilíbrio emocional; a escolher os próprios caminhos, superar os baques e buscar o bem livremente; a desenvolver a capacidade de motivar-se e motivar o outro, e de compreender os sentimentos alheios.

Para isso, precisamos escolher, desenhar, ter um plano de ação familiar e individual para cada filho. Isso exige esforço, planificação, reflexão e busca de ferramentas práticas e adequadas para cada um. Educar no Positivo pede preparo, formação, metas e um ideal.

É um crescimento contínuo que envolve pais e filhos, no qual educadores e educandos crescem cada vez mais, tornando-se pessoas completas e prontas para construir um mundo melhor.

Texto baseado no livro Educar no Positivo, de Fernando Corominas

a educação no positivo é uma ferramenta de profunda mudança no modo de educar, ajudando os filhos a serem pessoas responsáveis e livres

Sinergia Positiva: duas forças educativas “andam” no mesmo sentido, os resultados são superiores à soma de dois esforços. Um bom exemplo: pais e escola com o mesmo projeto de educação.

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educar hoje 3 >> pág. 28

Por Ciça Botelho

Os beneflcios´

Page 29: Revista Ser Familia 18 edição

Billngue´

´

da educacao~

Page 30: Revista Ser Familia 18 edição

p ara os leigos, pensar em educação bilíngue, desde a primeira

infância, parece uma escolha prepotente ou uma vontade de que seus filhos se tornem pequenos gênios. Mas para quem já acredita no bilinguismo, a escolha se dá por razões muito mais fortes: incentivar o contato com outras línguas e culturas, sem, jamais, diminuir a importância e o valor da língua materna.

Uma escola que tenha essa proposta acredita na importância da língua materna e de outras concomitantemente. Não substitui a própria língua pela estrangeira. Como a etimologia da palavra já diz, bi (duas) lingue (línguas), duas línguas são trabalhadas ao mesmo tempo. O conteúdo que se domina na “língua mãe” é uma importante ferramenta para que se compreenda o conteúdo trabalhado na segunda língua, melhorando, assim, o repertório linguístico no segundo idioma.

Sem dúvida ter o poder de se comunicar com o mundo

poderá conhecer e se

relacionar com pessoas de diferentes culturas. Quando expostos a novas situações de aprendizagem, como visitar museus, fazer viagens, ver filmes etc. eles percebem e entendem mais do que os seus olhos veem. Exemplifico: uma criança na Disney verá os bonecos dançando e

gesticulando, mas, se ela for bilíngue poderá entender o que eles dizem e os gestos que eles fazem, já que muitas vezes são gestos próprios da cultura.

Um bilíngue lê e escreve em dois idiomas, podendo ouvir músicas e ler livros na língua original; e também compreende mais profundamente as diferentes ideias e maneiras de pensar neles descritos.

Benefícios culturais:

Um bilíngue tem acesso a duas ou mais culturas, o que pode significar dois mundos e experiências muito diferentes.

Incentivar o contato com outras línguas e culturas, sem, jamais, diminuir a importância e o valor da língua materna

globalizado já é uma exigência, e é pensando em abrir possibilidades que fazemos esta escolha. Além de ser um diferencial no mercado de trabalho, pensando num futuro médio, saber fluentemente outras línguas também tem seus benefícios enquanto a criança ainda não chegou na fase de trabalhar.

Muitas famílias têm um parente ou amigo que vive no exterior. Bisavós, avós, tios, primos, que

não falam português, podem se comunicar com seus pequenos parentes por meio de uma língua comum: inglês, espanhol, italiano ou qualquer outra. A identidade de uma criança também se dá pelas relações com a família, seus valores, seus costumes... E com uma segunda língua pode-se viver mais intensamente a cultura de origem (a dos avós, bisavós, ou parentes mais distantes).

Benefícios na comunicação:

Um bilíngue pode se comunicar com maior número de pessoas do que um monolíngue, e assim

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Page 31: Revista Ser Familia 18 edição

Junto com a língua vêm expressões idiomáticas, histórias folclóricas ou reais, rituais, jeitos de demonstrar carinho etc.

Devido à compreensão de culturas diferentes, um bilíngue desenvolve uma tolerância maior frente às dificuldades e diferenças, pois entende que existem diversas maneiras de pensar e agir.

Pensamento criativo

Os bilíngues trabalham sempre com duas ou mais palavras para cada objeto e ideia. Existem muitas diferenças entre o significado das palavras em duas línguas e os bilíngues têm esse amplo vocabulário para descreverem o que querem e como pensam. Eu, por exemplo, escolhi a expressão “benefícios” do bilinguismo, em vez de “vantagens”, pois, em português, a palavra vantagem pode ter uma conotação de “levar vantagem” (a chamada lei de Gerson).

Sensibilida de no pensar

Ser capaz de mudar de uma língua para a outra

constantemente pode levar a uma maior sensibilidade na comunicação. Já que um bilíngue está constantemente monitorando qual língua usar em cada situação, ele se torna mais sensível às necessidades do ouvinte em comparação com um monolíngue.

Benefícios cognitivos:

Pesquisas mostram que o bilíngue desenvolve muito suas habilidades nas áreas cognitivas, pois ao escolher a melhor palavra, língua e maneira de falar, de acordo com seu interlocutor, o cérebro se exercita mais.

Outros benefícios:

Um bilíngue tem mais opções de trabalho. E também mais facilidade para aprender uma terceira ou quarta língua, aumentando, assim, sua capacidade de comunicação com outros povos e outras culturas.

Não se trata de ser melhor nem pior que o monolíngüe, mas sim de ter mais oportunidades no mundo competitivo.

SEE-SAW/Panamby Bilingual School [email protected] Telefone: 11 3758-2241 Rua Visconde de Nacar, 86 05685-010 São Paulo - SP

Com uma segunda língua pode-se viver mais intensamente a cultura de origem

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TECNOLOGIA >> pág. 32

e-o quê?

Por Silvia Kuntz

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ideia é antiga, mas a expressão é relativamente nova...

Para quem já incorporou a internet como uma atividade diária, a palavra “e-book” é bastante familiar. Digo a palavra, porque nem todo mundo que conhece o utiliza na prática. Mas, para quem não tem tanta afinidade assim com a rede, o nome e a grafia podem soar estranhos...

Numa tradução simples, do inglês para o português, eles nada mais são do que livros eletrônicos! Uma abreviação de electronic book (e-book). A diferença entre um livro e um e-book é como a de uma carta escrita à mão e um e-mail.

Em 1971, quando Michael Hart decidiu transcrever num computador a Declaração de Independência dos EUA, nasceu o primeiro e-book da história. Ele foi um visionário e enxergou que, armazenando aqueles dados no computador (Xerox Sigma V, na época) e compartilhando com outros, aquele documento não se perderia. E mais: todas as bibliotecas computadorizadas poderiam ter acesso àquele documento. A ideia deu certo e ele começou a publicar cópias de clássicos de Homero, Shakespeare, Mark Tawain e até a Bíblia!

Assim foi dada a largada e hoje podemos ler livros em qualquer dispositivo eletrônico que tenha

programas adequados, inclusive em celulares. No computador, basta ter um leitor de PDF, coisa que a maioria já tem instalado, e, dependendo do formato do arquivo do livro, nem disso precisa, basta ter Word.

Hoje existem sites especializados no assunto, que vendem obras a preços muito inferiores do que os livros, já que não há custo de impressão

e nem de entrega. O próprio Michael Hart fundou o Project Gutenberg, cujo objetivo é “disponibilizar informação, livros e outros materiais ao público em geral em formas que a vasta maioria dos computadores, programas e pessoas possam facilmente ler, usar, citar e pesquisar”. Ou seja, é possível montar uma verdadeira biblioteca em um computador só.

Não contente com a portabilidade dos notebooks, a tecnologia foi além. A “biblioteca ambulante” não é tão portátil assim, afinal não é em qualquer lugar que dá para abrir um notebook e começar a ler um livro. Isso sem contar que a luminosidade da tela cansa a

vista e a bateria pode acabar antes do último capítulo.

Foi então que entraram em cena, há alguns anos, os e-readers. Seguindo a lógica, são “leitores eletrônicos”. Dispositivos exclusivamente próprios para o armazenamento e leitura de livros eletrônicos. Há pouco tempo, eles só “suportavam” textos já digitalizados, mas hoje já é possível fazer

assinaturas de jornais, por exemplo, e receber a edição do dia automaticamente no seu e-reader. Basta acordar e ligar o “brinquedinho”.

Se você já ouviu falar em Kindle, sabe do que estou falando... Um

aparelho que parece um palm aumentado ou um tablet diminuído (computador com tela sensível ao toque de uma caneta especial); sem luminosidade na tela (o que dá a sensação se ler um papel); que permite comprar livros, assinaturas de revistas ou jornais pelo próprio aparelho e baixá-los em menos de um minuto; possuidor de um aplicativo que faz a leitura em voz alta, caso você não queira ou não possa ler no momento; e que demora até uma semana para descarregar a bateria.

Propriedade da Amazon, loja on-line americana, ele não é o único gadget da categoria, mas foi o mais falado ultimamente. Isso porque sua nova versão foi

a diferença entre um livro e um e-book é como a de uma carta escrita à mão e um e-mail

A

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disponibilizada há pouco para os brasileiros. Até o final do ano passado, ele era exclusividade dos americanos, já que, para entregar o conteúdo em tempo real, a conectividade se dava pela tecnologia Whispernet/Amazon, que utiliza os dados de uma rede especial americana, mas agora, a Amazon fez parcerias com empresas de outros países e a transmissão de dados já é possível no Brasil. Inclusive, até o momento, três jornais brasileiros estão disponíveis para o Kindle: O Globo, Zero Hora e Diário Catarinense são os pioneiros.

O sucesso foi tanto, que a loja registrou um lucro de 71% no último trimestre de 2009. O CEO da Amazon, Jeff Bezos, explicou que o Kindle teve um impacto significativo nos números: para cada 10 livros de papel, foram vendidos 6 para Kindle. As vendas internacionais cresceram 37%.

Mais recentemente, a Apple lançou uma espécie de tablet, o iPad, que faz tudo isso e muito mais. Ainda é cedo para falar em concorrência, já que o novo dispositivo é diferente de todos os outros. Não quer ser um simples e-redear, nem chegar a ser um notebook. Tem várias funções (que agora não vêm ao caso), executa uma por vez (diferente de um notebook, que abre vários

programas ao mesmo tempo) e uma delas é a de ler e-books. Na verdade, as pessoas ainda estão tentando entender como encaixar um iPad no dia a dia...

Esses dispositivos bem que poderiam servir para incentivar a leitura dos jovens, já que tudo o que é eletrônico chama a atenção desta geração, mas a barreira é o preço... Por enquanto, ainda não é qualquer um que pode

ter acesso, mas, talvez, daqui uns anos, essa história de ir buscar o jornal na porta vire cena de filme romântico, ou de comédia.

hoje existem sites especializados no assunto, que vendem obras a preços muito inferiores do que os livros, já que não há custo de impressão e nem de entrega

Gadget é uma gíria tecnológica que se refere à

qualquer equipamento

que tenha uma função

específica para o cotidiano.

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Page 35: Revista Ser Familia 18 edição

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OpINIãO >> pág. 36

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Por autimio antunes

Maturidade eestabilidade de ânimo

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az: uma palavra que nunca foi tão falada, comentada, escrita,

cantada, melodiada e desejada, como nos dias atuais. Percebemos, depois de muita luta, com conquistas e fracassos, que a mera tranquilidade não é bem o que, no fundo, desejamos.

Afinal, a tranquilidade não vai até o fundo, até o mais íntimo do nosso coração. Percebemos que a paz profunda nasce de dentro, do interior de cada um... Portanto não chega de fora.

Um carro, uma viagem, um êxito profissional, um poder, não nos garantem a paz. É verdade que nos traz satisfação e prazer, como muitas outras coisas belas, mas não são suficientes para preencher nosso coração.

Vejamos a mesma situação, a partir de dentro. Uma viagem que programamos com os filhos e a esposa, ou com amigos, para dividirmos os mesmos momentos e, assim, criarmos vínculos afetivos, proporcionando alegria aos que amamos. Isto sim vai além da mera tranquilidade e do prazer de uma simples viagem. Unem-se, no íntimo do nosso coração, a alegria que chega de fora e o amor que brota de dentro.

A paz está justamente aí, na “boca do estômago”, onde se une o amor e a alegria. Mas a angústia também pode estar presente nesta mesma “boca”, quando se unem o ódio e a tristeza.

A maturidade humana e espiritual é o que garante certa estabilidade de ânimo. Maturidade esta, que se caracteriza pelo bom e pleno desenvolvimento de todas as nossas potencialidades pessoais. Não podemos perder de vista que somos uns “serezinhos” muito interessantes, no que se refere à complexidade e, ao mesmo tempo, à limitação. Quanto maior nossa capacidade

humana integral, maiores serão nossas possibilidades de enfrentar as dificuldades com ânimo em alta.

E essa história de desenvolvimento integral nada mais é do que tomarmos consciência de que devemos nos “maturar por inteiro”. Cuidar de todas as nossas dimensões (física, emocional, social, racional e transcendente), de acordo com suas necessidades particulares.

A relação entre todas essas dimensões tem que ser muito bem entendida. Existe uma unidade entre elas: o desempenho de cada uma afeta positiva ou negativamente as demais. Quem se beneficia ou

sofre é a pessoa como um todo. Não é verdade que uma dor de cabeça infernal, por exemplo, acaba atrapalhando nosso emocional, o racional, as relações sociais...?

Como dizíamos, a estabilidade de ânimo se torna viável com a maturidade humana. Sendo assim, neste exemplo acima, temos que cuidar da nossa dimensão física, tomando um

analgésico em prol do todo, de nossa “integralidade”. Se menosprezarmos uma só dimensão, sofreremos como um todo.

Imaginemos uma situação concreta... Recebemos uma notícia que nos afeta significativamente por ser desagradável. Se enfrentarmos as

circunstâncias de forma “reduzida” (só com o lado sentimental, por exemplo), chegaremos facilmente a um estado de desânimo, “depressão” ou angústia.

No mesmo caso, se agíssemos de forma integral, nossa performance seria bem diferente... Usaríamos a inteligência para avaliar a realidade e onde valeria a pena concentrar a atuação; desenvolveríamos a vontade para fazer o que fosse conveniente, superando o estado emocional; com as habilidades sociais buscaríamos apoio, conselhos de amigos que soubemos cultivar; e transcenderíamos, valorizando aquilo que está relacionado com os verdadeiros motivos e sentidos que damos à nossa vida.

p

unem-se, no íntimo do nosso coração, a alegria que chega de fora e o amor que brota de dentro.

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Por isso a pessoa que se desenvolve bem em todas as suas dimensões é aquela que apresenta uma personalidade equilibrada. Se desenvolvemos apenas uma (ou poucas) das nossas dimensões humanas, passamos a ter o que chamamos de personalidade desequilibrada, que nos torna mais suscetíveis aos impactos e pressões das pessoas e do ambiente.

Neste sentido, vale a pena analisarmos as informações que nos chegam pelos veículos de comunicação. A mensagem ou informação que valoriza o prazer a todo custo, com o menor esforço possível, é

manipulativa, ao valorizar os aspectos emocional e físico, desprezando ou excluindo os outros aspectos da natureza humana.

A satisfação plena só ocorre quando atuamos integralmente, em todos as nossas dimensões. Uma relação sexual, por

exemplo, independente da idade e situação matrimonial, sempre deixa um “gosto amargo” quando se realiza apenas pelo aspecto físico e prazeroso. O ser humano é um ser integral, e reclama esta integridade para a sua felicidade plena.

Vale pensarmos em que pontos precisamos crescer, usando estas ferramentas que são as cinco dimensões da pessoa, em todos os aspectos e situações da nossa vida diária.

Aproveite e reflita: você sente mais alegria quando dá um presente, ou quando recebe um?

Existe um paradoxo na nossa condição de seres humanos. E ele se baseia na necessidade do dom de si mesmo para se alcançar a autorrealização. Deveria estar bem claro, para todos, que existem pessoas que necessitam de nós, do melhor de nós. Esta ajuda que podemos lhes prestar consistirá (se não a reduzirmos por falta de “trabalhar” com as cinco dimensões) em detalhes materiais e espirituais, pois é no homem, e só no homem, que se unem essas duas realidades: material e espiritual.

a pessoa que se desenvolve bem em todas as suas dimensões é aquela que apresenta uma personalidade equilibrada

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qualidade de vida >> pág. 40

Saúde e bem-estar

Por valdir reginato

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ão basta acrescentar anos à vida, mas precisamos

acrescentar vida aos anos”. Esta conhecida frase que nasceu no ambiente gerontológico traduz o desejo de toda uma geração que está alcançando uma faixa etária como jamais a humanidade assistiu. No início do século XX, convivíamos numa sociedade em que alcançar a marca dos 80 anos era uma proeza reservada a poucos, visto que a expectativa de vida da população não alcançava os 50.

A falta de condições adequadas de saneamento, associada à carência de recursos terapêuticos (principalmente para tratamento de doenças infecto contagiosas), resultava num panorama sem esperança para aqueles que contraíam uma destas moléstias. Os riscos do encaminhamento para cirurgia eram enormes, assim como as suas complicações. Alcançar longos anos já era considerado um evento de tal sorte, que conviver com dores ou as adversidades consequentes de doenças crônicas não era fato para se queixar.

Em menos de um século, o avanço nas áreas de saneamento público e vacinação passou a mudar rapidamente este cenário. O desenvolvimento tecnológico favoreceu um progresso nunca imaginado no campo da ciência, resultando, na

medicina, a elaboração de equipamentos e medicamentos que se superavam com o passar dos anos numa velocidade fantástica. A segurança dos procedimentos cirúrgicos mediante a introdução da anestesia e antibióticos dava nova esperança àqueles que se submetiam a este tipo de intervenção. Mais recentemente, técnicas

cirúrgicas cada vez menos invasivas, o surgimento de medicamentos com efeitos colaterais cada vez mais controlados, e uma conscientização popular de cuidados em relação aos hábitos alimentares e de exercícios físicos, favoreceram que a expectativa de vida entrasse no século XXI olhando para a comemoração do centenário.

Uma vez superadas as grandes perdas por epidemias e melhor controladas as manifestações sintomáticas do sofrimento das moléstias crônicas, o ser humano passou a exigir de si mesmo uma progressiva melhora da qualidade de vida, já em muito beneficiada pelas mudanças acima citadas e no uso correto de medicamentos, quando assim necessário. A presença de pessoas com mais de 70, 80, ou mesmo 90 anos,

deixou de ser ocasional. Mais do que isto, deixaram de ser encontradas somente enclausuradas em asilos, ou isoladas em casa, para serem vistas em restaurantes, clubes, passeios, em viagens turísticas, e, eventualmente, em cursos de informática ou na universidade. A palavra terceira idade foi substituída por alguns como a “melhor

idade”, e afastou-se o horizonte sombrio do fim da vida, substituindo-o por estradas com desejo de viver.

Não podemos dizer que esta é uma realidade para

todos que chegam a esta etapa da vida. Sequer podemos afirmar que seja uma realidade para a maioria, mas estes acontecimentos modificaram substancialmente o modo de viver, não somente de idosos, mas das pessoas que se encontram na chamada meia idade. Se a vida começava aos 30, passou a ser considerada aos 40 e hoje já se fala em reiniciá-la aos 50! Os limites são rompidos a cada dia, no desejo de viver intensamente, afastando-se definitivamente da cadeira de balanço, do xale e dos chinelos. A aposentadoria está “aposentada” e a necessidade de trabalhar - fazendo alguma atividade, seja por necessidade econômica suplementar, seja por filantropia - passou a ser reconhecida como um novo remédio de vitalidade. Evidentemente proporcional às novas condições e limites

A presença de pessoas com mais de 70, 80, ou mesmo 90 anos, deixou de ser ocasional

N“

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permitidos pelo organismo.

O entusiasmo passou a se propagar rapidamente pela sociedade atual, assumindo uma postura paradoxal de fugir dos anos à medida que o tempo passa. Isto tem resultado, de certa forma, numa preocupação constante com a saúde, que domina o cotidiano das pessoas desde que levantam até que vão dormir. É preciso controlar a dieta, repleta de lights e diets, frequentar a academia, conhecer novas formulações vitamínicas

é preciso controlar a dieta, repleta de lights e diets, frequentar a academia, conhecer novas formulações vitamínicas rejuvenescedoras, e usar medicamentos que previnam o diabetes, a hipertensão, o infarto e a terrível doença de Alzheimer! Tudo pela juventude “eterna”

rejuvenescedoras, e usar medicamentos que previnam o diabetes, a hipertensão, o infarto e a terrível doença de Alzheimer! Tudo pela juventude “eterna”.

Os números e os resultados de exames nos preocupam tanto, que acabamos esquecendo que a amizade e a sociabilidade são verdadeiros remédios para a solidão e a depressão, graves problemas que se verificam na sociedade atual. Talvez isso rejuvenesça mais do que todos os cuidados citados anteriormente juntos! De

que adianta um físico perfeito, se a mente não o acompanha? É preciso haver um equilíbrio físico e mental para existir a verdadeira “qualidade de vida”.

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viagem e cultura >> pág. 44

Balneário

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texto e fotos: Família muller

-SCCamboriú

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C

O lugar já nasceu com vocação para o ecoturismo e, mesmo com ares urbanos, conserva boa parte de sua natureza.

ostumamos ensinar aos nossos filhos a não “julgar um livro pela

capa”, mas, às vezes, nós mesmos caímos numa destas armadilhas que nos fazem esquecer que o conteúdo deve ser explorado antes do “julgamento”.

Muitas vezes, a caminho de Florianópolis, pensávamos em dar uma paradinha para conhecer Balneário Camboriú... Sabíamos que por lá havia um bondinho que atravessava de uma praia à outra, que a cidade fazia lembrar um pouco o Guarujá, e só. Estes atrativos não eram fortes o bastante para que justificassem uma visita de mais de um dia ao Balneário. Este foi um dos julgamentos que fizemos apenas “pela capa”!

Numa das feiras de turismo que visitamos, recebemos alguns folhetos sobre o Balneário e constatamos que a cidade era muito mais do que um bondinho e duas praias. O lugar já nasceu com vocação para o ecoturismo e, mesmo com ares urbanos, conserva boa parte de sua natureza. O que é uma ótima notícia para turistas que, como nós, pretendem reunir em uma só viagem ecoturismo e aventura, além de aproveitar as belas praias.

parque Unipraias

Explorar o Parque Unipraias é realmente imperdível, como dito em seu slogan, um dos melhores

passeios do Balneário. Procurado por famílias e turistas em geral, o parque oferece passeios e atividades que agradam a todas as idades, além de ser o único no mundo que interliga duas praias. O primeiro embarque se dá na estação Barra Sul, onde o bondinho inicia a subida e surpreende com a vista encantadora da orla da Praia

Central. O desembarque é no alto do Morro da Aguada. Para quem procura aventura e contato com a natureza, esse é o lugar. Uma trilha percorrida em meio à Mata Atlântica preservada do Parque Ambiental nos levou por passarelas ecológicas a dois mirantes com vistas espetaculares. O primeiro voltado para a Praia Central com visão até a praia de Navegantes. O segundo, bem maior, com vista para a Praia de Laranjeiras e o oceano. Durante o percurso, placas explicativas contam sobre a fauna e a flora do local.

E a aventura não fica só na caminhada, dá para interagir com a Mata Atlântica do parque atravessando a copa das árvores por meio do circuito de

arvorismo, seguro e bem montado. Doze atividades nos convidam a caminhar pelas alturas, entre elas, as mais desafiadoras: a “teia de aranha”, onde nos embrenhamos no meio de uma rede para chegar à outra base, e o “trapézio”, onde de uma base à outra, pé ante pé, é preciso alcançar as madeiras penduradas pelo cabo de aço, mantendo o equilíbrio. O circuito termina numa tirolesa que nos leva ao chão, causando aquele friozinho na barriga!

A mais nova atração desta estação é o “Youhooo” — segundo o Parque Unipraias, o mais moderno trenó de montanha do mundo. Totalmente montado com tecnologia alemã e respeitando a Mata Atlântica do entorno. O trenó desliza por 710 m de trilhos em descidas e subidas, podendo atingir até 60 km/h, no entanto, para aqueles que preferem menos emoção, o carrinho é totalmente controlável, você decide a que velocidade deve seguir pelo percurso. Com a desculpa de apreciar o visual, que é realmente incrível, testamos as várias velocidades do carrinho, e podemos garantir que estar na velocidade máxima foi a viagem mais emocionante!

A Estação Laranjeiras é a próxima parada. O encontro com o oceano. No bondinho, o melhor programa é desfrutar da vista da Praia de Laranjeiras, belíssima!

Laranjeiras tem ótima infraestrutura, com muitos restaurantes que oferecem pratos bem servidos e a preços

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justos e, para fazer a digestão, nada melhor do que caminhar. Do canto direito da praia sai a Trilha do Urso. Na entrada fomos recebidos pelo próprio “Urso”, um senhor que cuida e preserva a trilha e que nos forneceu explicações valiosas sobre a possibilidade de encontrar animais como lagartos, lontras e gambás, contando também que o local é um sítio arqueológico, abrigando fósseis de ossadas de baleias azuis, além de vestígios dos antigos habitantes. Ao final da caminhada, uma piscina natural nos aguardava para o banho revigorante!

Mais praias

A Praia Central é bem urbana, no calçadão da Avenida Atlântica (a avenida da praia), e sempre há muita gente circulando. Do outro lado, bares, restaurantes e lojas espalham-se pela avenida. No mar, praticantes de windsurf aproveitam o vento e agitam suas velas de um lado para o outro, criando um visual bonito para quem vê da calçada.

No canto sul, caminhar pelo Molhe do Rio Camboriú, ou Molhe da Barra Sul, e assistir ao pôr do sol é um ótimo programa. No outro canto, conhecido como Pontal Norte, uma passarela de madeira acrescenta um charme especial ao cenário natural e leva o turista a percorrer 500 m entre mirantes que retratam a vista especial da Praia Central e do oceano, até o início da praia do Buraco.

ficam no canto esquerdo da Praia do Buraco, passando por uma prainha e seguindo até o cume. A subida vale o esforço. Lá em cima uma vista panorâmica: de um lado, a Praia do Buraco, do outro, a Praia dos Amores, que se divide nas cidades de Balneário Camboriú e Itajaí. Seu mar agitado é ótimo para a prática do surf. Ao fim da tarde, praticantes de parapente voam por cima do morro, colorindo o céu com suas “asas”... Bela combinação de cores em movimento!

SpA praia dos Amores – programa para os pais

Reserve um tempinho de sua viagem para relaxar e aproveitar as terapias oferecidas neste SPA, localizado dentro do Recanto das Águas Resort e SPA. Nós desfrutamos da Massagem Ayurvédica, originária da índia. Nas mãos de terapeutas muito competentes e num ambiente especialmente preparado para esta massagem, deixamos ali nossas tensões e cansaço. Após a massagem, continue a relaxar escolhendo um dos banhos termais, você vai sair de lá renovado.

Compras

Balneário Camboriú é também um ótimo centro de compras. Shoppings e lojas de rua comercializam enxovais, artigos em couro, decoração, acessórios, entre outros produtos de grifes badaladas a preço de fábrica. A maior parte das lojas fica na Avenida Brasil.

A Ilha das Cabras fica a apenas 600 m da Praia Central, pode-se chegar até lá de caiaque alugado ou por um passeio de escuna.

Monumento Cristo Luz

No Morro da Cruz, a uma altura de 154 m, o imponente monumento de 33 m e 428 toneladas, em ferro, aço e cimento, esculpido artesanalmente pelo artista Genésio Gomes, é um marco da cidade. Jesus Cristo, de braços

abertos, segura em sua mão esquerda um canhão de luz de 6,6 mil Watts, que gira num ângulo de 180º, iluminando as noites da cidade num belo espetáculo que alterna 86 combinações de cores.

O complexo turístico também abriga mirantes, um showroom com a história da construção do Cristo e a Gruta Nossa Senhora Aparecida, além de uma lojinha e uma praça gastronômica.

Morro do Careca

Para quem gosta de caminhar, subir ao cume do Morro do Careca é um bom programa. A trilha começa nas passarelas ecológicas de madeira, que

E a aventura não fica só na caminhada, dá para interagir com a Mata Atlântica

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Serviços:

Como chegar:

De avião O aeroporto mais próximo é o de Navegantes, que recebe voos provenientes de diversas capitais do país. Fica a 16 km da cidade. Av. Ministro Vitor Konder - Praça Eduardo Gomes, s/n Tel: (47) 3342-1132

De carroVindo do Norte ou do Sul, o acesso é pela BR-101, que passa à margem da cidade.

Onde se hospedar:

Recanto das Águas Hotel e SPAEstrada da rainha, 800 Tel: (47) 3261-0300www.resortrecantodasaguas.com.brO Resort fica à beira mar e suas construções são harmonizadas com a natureza. Conta com quartos amplos, bem decorados e aconchegantes. Ideal para famílias. Todas as diárias incluem café da manhã e jantar. Oferece também a opção Day-use.

Hotel ItáliaRua 1.500, nº 110Tel: (47) 3261-3104www.hotelitalia-bc.com.brLocalizado no centro urbano a 50 m da Praia Central. Conta com apartamentos confortáveis e serviço impecável.

As reportagens da Família Muller têm o patrocínio de:

Timex: www.timex.com.brTrilhas & Rumos: www.trilhaserumos.com.br

Apoio de:

Geratherm: www.geratherm.com.br Copa Gastronomia e futebol: www.restaurantecopa.com.br VIP´s Tur e Câmbio: www.

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E xpressões conhecidas, cujos sentidos verdadeiros muitos de

nós desconhecemos....

“Um provérbio é muita coisa concentrada em poucas palavras.”

(Thomas Fuller - Worthys Of England, 2)

Ditado, como o próprio nome diz, é a expressão que, através dos anos, se mantém imutável, aplicando exemplos morais, filosóficos e religiosos.

As sentenças dos provérbios têm um peso: o peso da verdade, da lógica, da experiência de vida. São um quase atestado de sabedoria. Ter decorada uma dessas sentenças e saber usá-las de repente dá certa autoridade: indica que se tem ao alcance aspectos universais da vida...

Historiadores e escritores já tentaram descobrir a origem dos ditados e expressões populares, mas essa tarefa não é fácil. Palavras mal pronunciadas em outra língua, ou palavras mal ouvidas e interpretadas acabam dando origem a expressões cheias de sentido comum.

Pesquisamos algumas dessas expressões para os nossos leitores.

“Sem eira nem beira”

Significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde

grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região nordeste este ditado tem o mesmo significado mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira, como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado, então construíam somente a tribeira ficando assim “sem eira nem beira”.

O pior cego é o que não quer ver

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

Quem não tem cão caça com gato

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou

seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

Não entender patavina

Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.

Cristina Murano

Fonte: Locuções Tradicionais no Brasil. ed. Universidade Federal de Pernambuco. Luís da Câmara Cascudo

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