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ago/out 2012 . Ano VI . n o 10 O FUTURO DO UNIVERSO GRÁFICO BRASIL É CONVIDADO DE HONRA DA FEIRA DO LIVRO DE FRANKFURT 2013 INSTITUCIONAL UM NOVO MODELO DE GESTÃO MATÉRIAS INDÚSTRIA GRÁFICA TENDÊNCIAS ISSN 1806-0145

Revista Sindgrafica N.10 (ago/out-2012)

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Revista do sindicato da Indústria Gráfica do Estado do Ceará, edição 10 - ago/out/12

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ago/out 2012 . Ano VI . no 10

O futurO dOuniversO gráficO

BRASIL é CONVIDADO DE HONRA DA FEIRA DO LIVRO DE FRANKFURT 2013

INSTITUCIONAL

Um NOVO mODELO DE gESTãOmATéRIAS

INDúSTRIA gRáFICATENDêNCIAS

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Que futuro está reservado para a in-dústria gráfica? Presente em todos os ambientes produtivos e promo-cionais, quando uma crise econô-

mica emerge, o setor de impressão é uma das atividades que sofre impacto imediato. É o pri-meiro a ver seus orçamentos cortados, o que leva alguns fatalistas a vaticinarem que o fim está próximo.

Por outro lado, uma gama de empreende-dores otimistas vê na resiliência do setor inú-meras possibilidades. Estudo recente, desen-volvido pelo Centro de Pesquisas Técnicas da Finlândia, envolvendo um grupo de experts da indústria de impressão, revela uma tendência aparentemente óbvia, mas que alimenta as expectativas dos que vivem o segmento: con-forme a utilização das diferentes mídias muda com o passar dos anos, a indústria de publica-ções impressas segue as mudanças adaptan-do-se às novas realidades.

Ademais, o estudo indica novas tecnologias e serviços que podem oferecer várias oportu-nidades mais flexíveis para profissionais habili-dosos do setor de impressões.

Três abordagens futuras são discutidas, e cada uma abrange uma área específica. A pri-meira abordagem é baseada na ideia de que a

eficiência total da cadeia de valor de impressão deve ser obtida através da produção flexível e de um uso eficaz dos materiais. A combinação de técnicas de impressão diferentes permitirá a criação de um portfólio versátil de produtos impressos até 2020. A segunda abordagem é baseada na visão de que o produto impresso é uma mídia independente e interativa que ofe-rece experiências multissensoriais concretas e facilmente relacionadas a outras mídias. Esta é a área em que as chamadas “tecnologias-pon-te” são utilizadas. Exemplificam as tecnologias- ponte, os códigos QR e a Realidade Aumen-tada, ferramentas que proporcionam maior interatividade à mídia impressa.

E, finalmente, há uma visão ainda mais am-pla sobre o futuro da indústria gráfica, que en-tende a tecnologia de impressão como instru-mento amplamente utilizado para a fabricação de produtos não relacionados à mídia. Estes produtos podem ser produtos isolados ou in-tegrados, como tiras de testes farmacêuticos ou partes de células solares.

Uma inferência fundamental que emerge: todas as abordagens enfatizam a importância da presença de novos elementos de serviços capazes aumentar o valor agregado dos pro-dutos desenvolvidos, a satisfação do cliente e, fundamentalmente, os lucros. Além disso, par-cerias, mesmo com players fora do negócio de impressão, podem ser necessárias para imple-mentar a abordagem escolhida.

Fica uma certeza: a de que há inúmeras e grandes oportunidades. Porém, uma habilida-de não pode faltar, a coragem de ousar.

O FUTURO DOuniversO gráficO

ESTUDO INDICA NOVAS TECNOLOgIAS E SERVIçOS QUE pODEm OFERECER VáRIAS OpORTUNIDADES.

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Inúmeros privilégios como redução de tarifas, poder de barganha em negociações com fornecedores, novas parcerias, maior possibilidade de crescimento.

O empreendedor tem acesso a todos os parceiros do Sindgrafica, reduzindo, dessa forma, o tempo gasto com burocracias e busca por contatos profissionais.

O Sindgrafica permite a troca de experiências entre os associados, que podem compartilhar vitórias e conquistas, em um ambiente direcionado ao interesse coletivo.

O associado conta com uma série de benefícios que lhe confere maior competitividade perante os não associados.

O Sindgrafica facilita a participação em cursos, palestras e eventos de interesse do setor, aprimorando conhecimentos técnicos e conhecendo as novidades do mercado.

Unindo competências individuais, os associados podem desenvolver diversas atividades inovadoras a fim de melhorar ainda mais a força do setor no mercado brasileiro.

F A Ç A PA R T E , F I L I E - S E !Ao aderir ao sindicato, o empreendedor terá a oportunidade de expandir seu mercado, firmar novas parcerias, realizar benchmarking, adquirir insumos e matéria-prima a baixos custos, dentre diversas outras vantagens em relação aos não associados.Contamos com toda uma estrutura de apoio às empresas do setor, visando sempre uma maior competitividade sustentável. Junte-se a esse time campeão!

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07 Palavra dO Presidente

Desafios da Indústria Gráfica

08/10 instituciOnal

Um novo modelo de gestão

Pesquisa salarial

11 PrêmiOOcho ganha prêmio regional

12 eventOImpressão Digital norteia DRUPA 2012

15/18/20 matéria

O Modernismo no Ceará:

O “Maracajá” e o Jornal O Povo

Indústria Gráfica - Tendências

Brasil é convidado de honra da

Feira do Livro de Frankfurt 2013

22 artigOPensamento LeanManufacture

24 eventOForúm Graphprint de Tecnologia

e Gestão da Indústria Gráfica

26 artigOImpressão Sublimática

27 cOluna aBigraf

Eleições - a fronteira entre

nossas metas e nossos sonhos

28 cOluna ccl

A Escola do Livro

29 artigO técnicO

Efeito bem Feito

sumáriO

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Sindicato da Indústria Gráfica do Estado do Ceará

Av. Barão de Studart, 1980, Sala 301 • Aldeota • 60.120-001Fortaleza-CE • Fones: + 55 85 3261.4825 • 3466.5478

Diretoria – PeríoDo 2012-2014

PRESIDEnTEFrancisco Eulálio Santiago Costa

VICE-PRESIDEnTEPedro Jorge Joffily Bezerra

VICE-PRESIDEnTE DE EPPVicente de Paulo Vale Mota

VICE-PRESIDEnTE GRáFICAS RáPIDASFrancisco Humberto Lima e Silva

VICE-PRESIDEnTE REGIOnAISFernando Hélio Martins Brito

VICE-PRESIDEnTE FLExOGRAFIAGermano Antônio Bezerra da Rocha

VICE-PRESIDEnTE REL. InTERSInDICALFernando Antônio de Assis Esteves

DIRETOR ADMInISTRATIVORochelle Philomeno Pouchain Ramos

DIRETOR ADMInISTRATIVO ADJUnTOFrancisco de Assis Almeida Filho

DIRETOR FInAnCEIROFábio Gomes Brasil

DIRETOR FInAnCEIRO ADJUnTOádamo Alves Gadelha

DIRETORES SULPEnTESJosé Mozart da Silva • José Sérgio Barros Ramos • Francisco Alberto Bezerra

Felipe Cardoso Esteves • Raul Eduardo Fontenelle Filho

COnSELHO FISCAL

EFETIVOSLuciano Faria Bezerra • Vivian nicolle Barbosa de Alcântara • Josmário nogueria Cordeiro

SUPLEnTESIvan Alexandre de ALmeida • Eguiberto Gomes de Sousa • Tales Vinicius ximenes Carvalho

DELEGADOS REPRESEnTAnTESLuis Francisco Juaçaba Esteves (Efetivo) • Frederico Ricardo Costa Fernandes (Suplente)

REALIzAçãO: Sindicato da Indústria Gráfica do Estado do Ceará PROJETO GRáFICO E EDITORIAL: E2 Estratégias Empresariais • [email protected] • COORDEnAçãO EDITORIAL E REDAçãO: Francílio Dourado DIREçãO DE ARTE:

Keyla Sousa Américo DIAGRAMAçãO E DESIGn: Augusto Oliveira TRATAMEnTO DE IMAGEnS: Tobias Gaede JORnALISTA RESPOnSáVEL: Gabriela Sampaio Dourado • MTB 2324/CE REVISãO: Igor Alencar de Aguiar IMAGEnS: Arquivo

SInDGRAFICA SECRETARIA ExECUTIVA SInDGRAFICA: Cilda Santos IMPRESSãO: Tiprogresso TIRAGEM: 2000 exemplares

A Revista SInDGRAFICA é uma publicação do Sindicato da Indústria Gráfica do Estado do Ceará, que detém os direitos reservados. A publicação é produzida pela E2 Estratégias Empresariais, que se reserva ao direito de adequar os textos enviados por colaboradores.

As matérias divulgadas não expressam necessariamente a opinião da revista. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra, no entanto podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual, em qualquer das hipotéses solicitamos que entrem em contato.

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Eulálio Costa Presidente do SINDGRAFICA

DESAFIOS DAindústria gráfica

Nos quase seis séculos desde que Gu-temberg criou sua prensa, revolucio-nando a informação e dando início à indústria gráfica, vivenciamos uma

bela história baseada em avanços tecnológicos que transformaram a nossa atividade. O tipo rei-nou célere por muito tempo. Com a Revolução Industrial veio a motorização, passamos pelo li-notipo, e o surgimento do processo offset, mas nada foi tão impactante no nosso segmento quanto a informatização. De forma abrupta se-lou-se o fim da letraset, da fotocomposição, da separação de cores pelo processo fotográfico e vimos surgir o desktop publish de uma maneira incontestável, facilitando a vida de ilustradores e diagramadores. Os imagesetters tiveram um curto e revolucionário período, substituídos, e muito bem, pelo CTP. Agora vivemos uma nova etapa: a era da impressão Digital. Uma era em que os processos se modernizam de forma tão rápida que a tradicional indústria gráfica tem sentido dificuldade em segui-la. não fora o sur-gimento da impressão digital, a nossa atividade conta hoje com um concorrente de peso a nos atormentar. O tablet chegou com uma propos-ta de abocanhar o segmento editorial. E o que vamos fazer?

no Brasil de hoje o nosso segmento ainda conta com outras questões vitais a resolver. A

legalização tributária precisa ser definida. não podemos mais ficar à mercê do bom (ou mau) entendimento de secretários municipais e es-taduais. O papel linha d’água não pode mais continuar a ser usado da forma como está. O país não pode deixar que os nossos livros, material de primeira necessidade de uma so-ciedade moderna, sejam impressos na China. A categoria precisa ser decisiva e corajosa para encarar estes problemas de frente.

no nosso estado, como se não bastassem as tantas as situações que se colocam para a in-dústria gráfica, ainda temos que conviver com uma baixíssima formação de profissionais qua-lificados para o mercado produtivo. Temos pro-blemas com a evasão de trabalhos para outros estados, reduzindo o nosso mercado e geran-do uma concorrência que tem sido predatória para a categoria.

São diversos os desafios da Indústria Gráfica, muitas são e serão as dificuldades que ainda surgirão em nosso caminho. Mas precisamos encarar os desafios de frente. Essa luta só po-derá ser vencida de forma menos traumática se conseguirmos aumentar a participação do em-presário gráfico em suas associações de classe. Pois só com o fortalecimento do setor é que se-remos capazes de vencer tantos desafios.

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Um NOVOmOdelO de gestãO

Durante o mês de julho, a nova direto-ria do sindicato apresentou, durante reunião ordinária, o plano de ação estratégica para o período 2012 –

2014, contendo as linhas mestras da nova ges-tão, que incluíam:• Aumento do quadro social do sindicato;• Aprimoramento da participação dos associados;• Busca da sustentabilidade econômica da ins-

tituição;• Ampliação da competitividade das empresas

associadas;• Qualificação do empresariado do setor;• Capacitação da mão de obra local;• Melhoria da comunicação entre sindicato e

seus diferentes públicos.De acordo com o novo presidente, Eulálio

Costa, a concretização dos objetivos traçados exige amplo envolvimento dos associados, o que somente acontecerá com ações de sensi-bilização que deverão ser promovidas sistema-ticamente. Em entrevista à Revista SInDGRAFI-CA, Eulálio Costa detalha sua visão empresarial do setor que representa e detalha melhor seus objetivos à frente do sindicato.

HOjE ESTAmOS Em CONDIçõES

DE DISpUTAR COm OS DEmAIS

CENTROS DE pRODUçãO.

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Qual a visão do presidente do SINDGRAFICA so-bre a realidade da indústria gráfica cearense?A Indústria Gráfica no nosso estado passou muito tempo com seu crescimento estagna-do. A reserva de mercado proporcionada pela distância de outros centros, nos deixava aco-modados e iludidos de que teríamos uma con-corrência local eterna. Porém, com o advento da informatização e da comunicação virtual, essa situação mudou completamente e a con-corrência, que antes era apenas de empresas locais, passou a vir de vários outros estados. Isso nos forçou a busca pelo aumento da com-petividade, incluindo ganhos de qualidade de impressão, acabamento e, principalmente, de atendimento. Passamos a buscar soluções con-juntas e, através de incentivos dos governos municipal e estadual, hoje estamos em con-dições de disputar com os demais centros de produção. Mas a recente estabilidade do câm-bio, nos dois anos passados, e a facilidade do crédito, trouxe um novo desafio ao nosso ce-nário que é o de conviver com uma capacidade de máquinas instaladas muito grande. Acredito que o número de impressoras está superesti-mada em nosso Estado e este é o principal de-safio que se apresenta no momento.

O que esperar da gestão de Eulálio Costa e sua diretoria à frente do SiNDGraFiCa?Suscitar o debate sobre os nossos problemas em todos os sentidos. Somente com a compre-ensão e o entendimento do novo momento por que passamos é que conseguiremos fazer uma indústria forte, competitiva e pujante. Aumen-tar a participação de todos é o nosso desafio.

Quais os principais projetos pensados para o período de gestão 2012-2014?O principal projeto é o fortalecimento da entida-de. Ainda estamos muito distantes de construir uma entidade mais participativa, onde o empre-sário gráfico sinta o desejo de interferir. Ainda percebemos a categoria de forma arredia com as questões coletivas. O individualismo e a ce-gueira do egoísmo reinam com muita força entre nós. não temos a compreensão que os concor-rentes precisam e têm o direito de existir e que, como tal, é preciso que conversemos para nos fortalecermos. Poucos têm a compreensão de que o Sindicato é uma entidade de todos. não existe boa diretoria com categoria ruim. O Sin-dicato é o espelho de seus representados. nós temos muitas questões a serem discutidas para o nosso fortalecimento. Começando pela forma-ção de pessoal em todas as áreas, passando pelo aperfeiçoamento empresarial, onde se perceba que uma gráfica tem que dar lucro. Se não esti-ver dando esse lucro, que se invista o capital em outra atividade. Temos o desafio das compras governamentais. O nosso estado compra muito de fora. Podemos discutir formas para que es-sas compras possam ser efetuadas no estado beneficiando as nossas empresas e os nossos trabalhadores, gerando emprego e renda para todos. Para onde a impressão digital nos leva-rá? Teremos gráficas no futuro ou faremos tudo em casa? O livro vai acabar? Qual o futuro da Indústria Gráfica? Temos muitas questões que precisam ser discutidas. Mas ainda acho que a principal é o aumento da participação.

Que mensagem pode ser passada àqueles que fazem o setor gráfico do Ceará?Quem nasceu no meio gráfico e gosta desta profissão não a abandona tão facilmente, e a minha mensagem é de otimismo. Ainda acre-dito que conseguiremos conscientizar todos os industriais gráficos do nosso estado de que o nosso maior inimigo é a nossa falta de união. Por isso, conclamo a todos que participem do nosso Sindicato. A participação de todos é im-portante. Sejam bem vindos.

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Com o objetivo de contribuir efetiva-mente na orientação das empresas gráficas quanto à formatação de suas Políticas de Gestão de Recursos

Humanos, em um ambiente altamente compe-titivo como o vivenciado na atualidade, o SInD-GRAFICA, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), promoveu amplo estudo setorial que culminou com a divulgação, em agosto, do do-cumento “Pesquisa Salarial 2012”.

pESQUISA

salarialindicando dados relativos a setores como im-pressão Offset, Gráfica Rápida e Flexografia, possibilitará inferir números capazes de in-fluenciar decisões em diferentes regiões do estado.

O levantamento contemplou 47 cargos, sen-do 38 do setor de Offset, 5 de Gráfica Rápida e 4 de Flexografia. O universo da pesquisa abran-geu 36 gráficas, sendo que 31 responderam a pesquisa. Dentro de cada setor foram elenca-dos os cargos de interesse para a identificação dos níveis sa-lariais. O período da pes-quisa de campo ocorreu entre os meses de junho e julho de 2012, e os dados levantados refe-rem-se ao ano de 2012.

O relatório está divi-dido em três conteúdos, o primeiro retrata os níveis salariais e o segundo o nível de emprego gerado. no terceiro e último tópico estão relacionados os benefícios oferecidos aos funcionários das empresas entrevistadas.

De acordo com o presidente Eulálio Costa, “o documento, pelos inúmeros dados relativos aos níveis salariais dos cargos existentes no se-tor gráfico cearense, permite ao empresariado comparar os valores praticados por sua empre-sa com recursos humanos, com os valores que o mercado anda praticando”.

Para a coordenadora do setor de estatística do IEL, Margaret Lins Teixeira Gomes, “a con-solidação do documento irá contribuir posi-tivamente para um maior conhecimento em relação à estrutura de cargos e salários e aos benefícios praticados nas indústrias gráficas”.

Apesar de o universo pesquisado ter con-templado apenas empresas sediadas na Re-gião Metropolitana de Fortaleza, a forma como os resultados foram agrupados e distribuídos,

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OCHO gANHA pRêmIOregiOnalA

nualmente o Sindicato das Indústrias Gráficas e Editoriais de Pernambuco (Sindusgraf), em parceria com as fi-liais nordestinas da Associação Bra-

sileira de Indústrias Gráficas (Abigraf), realiza uma exposição com todos os trabalhos que concorrem ao Prêmio nordeste de Excelência Gráfica José Cândido Cordeiro.

Em 2012 cerca de 600 trabalhos desenvolvi-dos por mais de 60 empresas de todo o nor-deste, foram expostos. Dentre eles, dois traba-lhos da cearense Gráfica OCHO se destacavam pela originalidade e criatividade.

Reconhecida como uma das mais criativas empresas gráficas do país, a OCHO a cada ano amplia o seu portfólio de premiações. na quar-ta edição do Prêmio nordeste, a empresa foi agraciada no segmento Comercial com o 1º Prêmio em Convites de Casamento.

Para Miguel Guiter, diretor da OCHO, “esse prêmio vem ressaltar e confirmar, como resul-tado de um esforço constante de toda a equipe que forma a empresa, em levar aos seus clien-tes e à sociedade os princípios em que se fun-damentam sua forma de trabalhar nesses 24 anos de existência: QUALIDADE, COMPROMIS-SO, CRIATIVIDADE, SERIEDADE , AMOR PELO QUE FAz e uma busca constante em manter a tradição como gráfica referência em convites de casamento”.

Sensibilizado com o resultado alcançado, Mi-guel Guiter agradece aos clientes que, para esse argentino que se fez cearense, “são a melhor forma de divulgação do trabalho artístico desen-volvido, pois cada cliente que vem à gráfica em busca do seu convite de casamento, ao recebê-lo entende, enfim, o porque de todo esse reconhe-cimento existente sobre a marca OCHO”.

Corroborando com o sentimento expresso por Guiter, o presidente da Abigraf/PE, Eduar-do Mota, observa que “o principal objetivo é expor os trabalhos produzidos, destacando o nível de qualidade alcançado nas embalagens, publicações, e todos os demais trabalhos grá-ficos desenvolvidos pela indústria gráfica nor-destina”. “Quando se realiza um prêmio como esse, se exige do gráfico um melhor desem-penho no seu trabalho, ou seja, isso estimula a indústria gráfica a melhorar cada vez mais”, conclui Eduardo.

Voltando a Guiter, uma de suas mais recen-tes obras “Vaca”, que usa a técnica Arte em Papel foi premiada na exposição de renome internacional. A obra pode ser encontrada na MVArte – Mostra Virtual de Arte 2012, promo-vida pela Galeria de Arte Ana Pirolo. A

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Considerado o maior evento gráfico do mundo, A DRUPA 2012 recebeu mais de 5 mil visitantes brasileiros, em Düsseldorf, na Alemanha, entre

os dias 3 e 16 de maio. Dentre os participantes, um grupo de cearenses capitaneados pelo pre-sidente do SInDGRAFICA, Eulálio Costa, teve a oportunidade de tomar contato com o que de mais moderno acontece no universo da im-pressão. A Revista SInDGRAFICA ouviu alguns destes empresários e reproduz a seguir suas opiniões sobre o evento.

Eulálio CostaA DRUPA, a maior feira do segmento gráfico

mundial, que a cada edição batia recordes de público, neste ano amargou uma grande redu-ção de visitantes, fruto da crise econômica que vive a Europa e da metamorfose por que passa o setor em todo o mundo. Em anos anteriores

ImpRESSãO DIgITALnOrteia druPa 2012

O DIgITAL IRá DOmINAR O UNIVERSO

gRáFICO NOS pRóxImOS ANOS

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assistíamos a inúmeros lançamentos dos fabri-cantes que nos levavam a sonhar com essa ou aquela tecnologia a serviços das nossas em-presas. O que observamos este ano foi uma completa indefinição sobre o que virá no futu-ro. À exceção da promessa da nanoimpressão, tecnologia absolutamente revolucionária da empresa Lando, que causou sensação na DRU-PA, mais como exercício de futurologia do que como algo em que realmente acreditamos, praticamente não vimos novidades. O setor de acabamento, que sempre assumiu a posição de vanguarda dentro da feira, esse ano limitou-se a apresentar os mesmos equipamentos com pequenos aperfeiçoamentos. Os fabricantes de máquinas offset, protagonistas maiores em ou-tras edições, começam a firmar parcerias rumo ao processo digital, a grande vedete da feira. Se uma certeza podemos auferir do evento, é

de que a atividade gráfica deverá marchar cé-lere rumo a impressão digital. Grandes marcas como HP, Kodak, Agfa apareceram com stands espetaculares demonstrando o crescimento do processo frente aos processos convencionais. Impressoras rotativas digitais com acabamen-tos em linha já começam a aparecer e o Inkjet, até bem pouco tempo uma mera promessa, surgiu com grande avanço na qualidade da im-pressão. Tecnologia ainda muito cara para as aquisições, mas que já mostra a sua cara, tal-vez dando uma pista do que pode ser o futuro. De certo é que a DRUPA 2012, antes de nortear o segmento, serviu para aumentar a indefini-ção sobre os rumos que devemos tomar.

Mozart Martins Jr.O que me marcou na DRUPA 2012 é que o

digital irá dominar o universo gráfico nos pró-ximos 5 ou 10 anos. Talvez seja exagero falar isso, muita gente diz que o Offset não irá aca-bar, que sempre existirá. Um “filme” parecido com esse eu já vi e presenciei. na DRUPA de 2004, as tendências eram que o segmento de formulários contínuos já tinha um produto substituto, ou não duraria por muito tempo. Quando retornei, cheguei comentando com meu pai e ele não acreditou, achando que eu havia tomado muita cerveja na Alemanha. Este ano, voltei mais preocupado do que já esta-va com o segmento gráfico. A quantidade de máquinas offset que temos no mercado local passará a disputar espaço com tiragens de im-pressoras digitais; até embalagens estão sendo produzidas em máquinas digitais, on demand. Segundo os expositores, a quantidade de vi-sitantes estava 40% menor que a média. Isto pôde ser percebido quando conversávamos com taxistas e donos de restaurantes para os quais a DRUPA sempre foi a maior feira da Messe Düsseldorf, mas que nesta edição já estava bem atrás da A+A, Interpak e MEDICA.

ImpRESSãO DIgITALnOrteia druPa 2012

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Perfilda feira

• número total de expositores 1.844• Origem dos expositores• Alemanha 613• Outros países 1.231• Quantidade de países 52• Espaço (em m²) 165.159• Expositores alemães 59.924• Expositores de outros países 105.235

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Seria este um sinal de que precisamos rever o nosso negócio? Fica a dúvida.

Fábio BrasilAssistimos na DRUPA uma exposição de in-

certezas, com fabricantes de máquinas impres-soras offset investindo em tecnologias digitais, fabricantes de máquinas de acabamento inves-tindo em máquinas “híbridas” que atendam a impressão offset e digital, enfim, todos atentos às mudanças que estão surgindo, sem querer ficar de fora do mercado, siga ele o rumo que tomar. Uma redução de visitantes percebida dentro e fora da DRUPA, já que antes tínhamos que disputar um lugar para assistir a apresen-tações de máquinas, e agora, tivemos a possi-bilidade de ter a atenção de qualquer um dos expositores. Em anos anteriores não conseguí-amos lugar para fazer um lanche, e neste ano sentamos de imediato em qualquer restauran-te, dentro da feira ou no bairro de Altstadt. O cenário indica, no mínimo, uma preocupação com o setor em que temos investidos nos-sas energias. As novidades ficaram por conta de algumas empresas, a exemplo da LAnDA, anunciando tecnologias supostamente revolu-cionárias, prometendo ter em mais um ou dois anos uma impressão que vai aderir em qual-quer substrato, com melhor qualidade, mais velocidade e menor custo do tudo que existe hoje. no mercado editorial, talvez o segmen-to a ser mais afetado com as mudanças seja o das gráficas offset, que deverão sofrer com a diminuição das tiragens por título, seja de li-vros ou revistas. Isto sem falar no fato de que,

por conta da ociosidade de seus maquinários, sacrificam suas rentabilidades e baixam seus preços, disputando com os custos baixos das digitais nas pequenas tiragens. Por outro lado, os que apostam nas tecnologias digitais, so-frem com o forte poder de impressão dos que possuem máquinas offset, confirmando o dita-do: “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. Essa realidade não está só no Brasil, mas em todo o mundo. Em 2010 fui à Europa e em 2011 aos EUA, onde visitei gráficas e tive a oportunidade de conversar com seus empre-sários, algumas que nasceram digitais e outras de tradição offset que resolveram migrar par-te do negócio para o digital, com as mesmas dificuldades que temos por aqui e buscando sobreviver no oceano vermelho da desconfian-ça. Acredito que, como em qualquer mercado, offset e digital virarão comodities, e quem não fizer seu negócio se destacar com uma presta-ção de serviço diferente ou com produtos dife-rentes, irá sucumbir.

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por raymundo Netto Escritor e Produtor Cultural,

Editor-adjunto nas Edições Demócrito Rocha, da Fundação Demócrito Rocha.

O mODERNISmO NO CEARá: O "maracajá" e O jOrnal O POvO

Os primeiros passos modernos

Em 2012, comemoram-se os 90 anos da Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, evento de renovação artística que marcou uma

época e cujos desdobramentos ecoaram pelo Brasil afora. no Ceará, este deverá ser um dos temas em discussão na x Bienal Internacional do Livro. Pouca gente sabe, entretanto, como se deu o estabelecimento do Modernismo no Ceará.

Conta-nos o Prof. Sânzio de Azevedo, na apresentação de O Canto novo da Raça (2ª ed, SECULT, 2011), que Edigar de Alencar considera o precursor do modernismo no Ceará, o jovem Mário da Silveira que, entre 1920 ou 1921, escreveria “Laus purissimae” (integrante da obra Coroa de Rosas e de Espinhos, publicada postumamente em 1922, ou seja, há 90 anos, mesmo período da Semana de Arte Moderna). Em 1925, o poeta Guilherme de Almeida (or-ganizador da SAM) veio ao Ceará, palestrou no Theatro José de Alencar. Em 1927, seria publi-cado, por influência (ou não) do poeta pau-lista, o livro marco do modernismo no Ceará: O Canto novo da Raça, de Jáder de Carvalho, Sidney netto, Franklin do nascimento e Mozart Firmeza (Pereira Júnior), em homenagem ao

também poeta, Ronald de Carvalho. O caráter pioneiro cearense, no que se refere ao movi-mento modernista, fez com que Assis Brasil, ao historiar a literatura brasileira em O Livro de Ouro da Literatura Brasileira, publicada no Rio de Janeiro, afirmasse que o Ceará foi “um dos primeiros estados a tomar conhecimento da Semana de Arte Moderna de 1922, deflagrada em São Paulo”.

Também o professor Sânzio de Azevedo, em seu O Modernismo na Poesia Cearense, afirma: “Se é verdade que o marco inaugural do Mo-dernismo Cearense é O Canto novo da Raça, de 1927, não é menos certo que a ebulição causada pelo advento da nova estética deveria muito à fundação, por Demócrito Rocha, do jor-nal O POVO, em 1928. Filgueiras Lima, já dizia que “Demócrito tornou-se, em pouco, a coluna mestra do Modernismo no Ceará”. Assim, em 1929, os poetas mais destacados do movimento modernista eram facilmente encontrados nas páginas de O POVO, dentre eles, Jáder de Car-valho, Rachel de Queiroz e o próprio Demócrito Rocha, sob o pseudônimo de “Antônio Garrido”, que, também segundo Sânzio, teve em seu po-ema “O Rio Jaguaribe é uma artéria aberta”, um dos textos mais representativos do Modernis-mo no Ceará. Outra grande contribuição para a

DEmóCRITO TORNOU SE, Em pOUCO, A COLUNA mESTRA DO mODERNISmO NO CEARá.

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consolidação do Modernismo cearense foi a pu-blicação do suplemento “Maracajá” d’O POVO, “Folha modernista do Ceará”, com entrevistas, com enquete, entre os escritores, poesia e pro-sa, criado por Demócrito Rocha, Paulo Sarasate e Mário de Andrade (do norte). Conforme Ra-chel de Queiroz, foi sse o veículo que permitiu que os autores cearenses fossem lidos no Rio de Janeiro e São Paulo. O Globo, do Rio de Janeiro e o Diário da Tarde, de Curitiba, também aplau-diram o “Maracajá” de Demócrito Rocha, além de a “Revista de Antropofagia”, quando parte do Diário de São Paulo, republicou matérias do “Maracajá”.

Apenas em 1931, surgiria, num único núme-ro, Cipó de Fogo, outro veículo de divulgação de modernistas cearenses, por Mário de Andrade (do norte), João Jacques e Heitor Marçal. En-tão, entre 1931 e 1940, eram raros os jornais e revistas, mas o modernismo era encontrado nas obras de Jáder de Carvalho, Mozart Firme-za, Filgueiras Lima, Martins D’Alvarez, Edigar de Alencar e, finalmente, em Antônio Girão Barroso que, em 1938, lançou Alguns Poemas a prenunciar a consolidação do Modernismo com o grupo Clã, nos anos 1940 — mais mar-cadamente em 1946 —, ao lado de Artur Edu-ardo Benevides, Aluísio Medeiros, João Clíma-co Bezerra, Eduardo Campos, Otacílio Colares, Moreira Campos, Milton Dias, dentre outros.

as edições Demócrito rochaTrazendo em seu nome os signos de pionei-

rismo e da coragem, as Edições Demócrito Ro-cha, da Fundação Demócrito Rocha, instituição de direito privado, sem fins lucrativos, que tem a missão de “contribuir para a promoção do desenvolvimento humano por meio da educa-ção, da cidadania e da produção cultural”, em 2012, comemora seus 16 anos de existência e de divulgação da cultura do nordeste e o for-talecimento da identidade cultural da região, em diálogo com a cultura de outras regiões do país, atuando no segmento editorial de didá-ticos e paradidáticos, lançando novos autores, destacando os cearenses, e publicando obras nos mais diversos gêneros. Reconhecidas pela qualidade de seu projeto gráfico editorial e pelo alto nível de seu conteúdo e seleção de autores, as Edições Demócrito Rocha agregam mais de 300 títulos publicados — individuais ou inseridos em coleções destinadas aos públi-cos infantil, infantojuvenil e acadêmico — nas áreas de Literatura, História, Geografia, Edu-cação, Artes, Sociologia, Comunicação, den-tre outros, abordando, principalmente, temas identificados com a cultura e imaginário tradi-cional popular, sendo, muitas delas, premiadas e referências obrigatórias em pesquisas e tra-balhos realizados nas referidas áreas.S

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Demócrito Rocha

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Para 2012, na Bienal do Livro, as Edições De-mócrito Rocha apresentarão:• Edição especial de O Modernismo na Poesia

Cearense: primeiros tempos, de Sânzio de Azevedo, com a inclusão do fac-similar dos dois números do raríssimo “Maracajá”, su-plemento do jornal O POVO de 1929.

• Edição especial de 120 anos da fundação da Padaria Espiritual: É pra ler ou pra comer? A história da Padaria Espiritual para crianças, de Socorro Acioli, com ilustrações de Daniel Diaz, obra ganhadora do Edital de Incentivo às Artes da SECULT e da Menção altamente recomendável FnLIJ/2005, além de selecio-nado no Catálogo da Feira de Bolonha/2006.

• A segunda edição de Orson Welles no Ceará, revista e ampliada, acrescida de novas fotos e do roteiro original do documentário “Cida-dão Jacaré”, de Firmino Holanda, comemo-rativo dos 70 anos da visita de Orson Welles ao Ceará e contando a história da gravação e desventuras do inacabado It’s All True. Refe-rência obrigatória para pesquisadores, ciné-filos, cineastas e curiosos de forma geral.

• Alegorias da maldição: a escrita fantástica de José Alcides Pinto e o Ceará (1960-80), do historiador Francisco Francijési Firmino, ga-nhador do VI Edital de Incentivo às Artes da SECULT, na busca da identidade do Ceará em meio às narrativas fantásticas da Trilogia da

Maldição, de José Alcides Pinto. Trabalho de grande originalidade e interesse.nas palavras da presidente da Fundação, Lu-

ciana Dummar, há 27 anos a instituição desem-penha papel fundamental na sociedade: edu-car, orientar e estimular o aprendizado.

“A fundação foi uma das primeiras institui-ções do nordeste a investir na educação con-tinuada por meio do ensino a distância. Sem-pre acreditamos nesse modo de disseminar o conhecimento. A prova são os resultados obtidos e os números de pessoas que atende-mos desde a década de 1980. Trabalhando em parceria com o setor público e privado, visando a difusão da cultura e do conhecimento, con-tribuímos para o desenvolvimento humano e social da região nordeste. Por meio dos proje-tos educativos, culturais e sociais, a Fundação está presente na vida comunitária de grande parcela da população nordestina.”

“A Fundação Demócrito Rocha desenvolve ações nas áreas de educação, cultura, ciências e técnicas, artes e literatura, comunicação so-cial, políticas públicas de saúde e desenvolvi-mento regional. Contribui, dessa forma, com o progresso local e cria um espaço pluralista e democrático para a circulação de ideias.”

São vinculadas à Fundação Demócrito Ro-cha, a Universidade Aberta do nordeste e as Edições Demócrito Rocha.

A FUNDAçãO FOI UmA DAS pRImEIRAS INSTITUIçõES DO NORDESTE A INVESTIR NA EDUCAçãO CONTINUADA pOR mEIO DO ENSINO A DISTâNCIA.

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INDúSTRIAgRáFICAtendênciasA indústria gráfica tem experimentado

marcantes transformações ao longo dos últimos anos. Com o advento das tecnologias digitais, o crescimen-

to contínuo do uso da internet no ambiente editorial e a possibilidade de publicações com base em ferramentas disponíveis “nas nuvens”, editores e gráficos buscam uma ponte capaz de unir o mundo que se traduzia por colocar tinta no papel ao amanhã dessa indústria que luta para se manter viva.

Durante a Trend Vision Conference – Focusing on the Future, conferência que aconteceu em conjunto à Graphics of the Americas, um dos maiores eventos da indústria de impressão, que combina exposição e educação, em Miami/EUA, o professor e autor de dezenas de livros abordando o universo gráfico, Frank Romano, ao falar sobre como identificar tendências na indústria gráfica, fez referência ao ciclo de vida

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das diversas tecnologias gráficas nos últimos 40 anos, comparando a evolução da fotocomposi-ção, da gravação direta de filmes e de chapas e a impressão digital, para em seguida apontar algumas conclusões. Para Romano, os alicerces de uma tecnologia ampliam o potencial de su-cesso da tecnologia que a substituirá; nenhuma tecnologia sobrevive para sempre, embora al-gumas perdurem por mais tempo, sendo que algumas demoram mais para se disseminar e isso é válido principalmente quando outros processos estão envolvidos, como é o caso da fotocomposição, intimamente relacionada à impressão offset. Além disso, muitas tecnolo-gias coexistem frequentemente numa mesma planta industrial. “nós estamos agora numa fase na qual tecnologias múltiplas estão com-petindo umas com as outras. Assim, a gravação direta de filmes está concorrendo com a im-pressão digital, com o CtP e com as impressoras DI. Enquanto a era das imagesetters desapare-ce, a impressão digital e os sistemas CtP estão em franca expansão”, contata Romano.

especulaçõesDe acordo com um relatório da PC World, as

previsões sobre o futuro da indústria gráfica são bastante turvas. Porém, o fim não parece tão próximo. Especialistas argumentam que a impressão ainda permanecerá por muito tem-po, uma vez que faz parte de nossa cultura como é o caso da leitura de livros, dos recibos impressos, da impressão de documentos. Para estes, se percebe uma rápida adaptação a um novo tipo de tecnologia como o que vem ocor-rendo com grandes empresas como HP, Apple, Lexmark, Google e outras, que trazem a tecno-logia Cloud para os sistemas operacionais de impressoras, como Canon, Kodak e Epson.

Já para o analista Gary Peterson, “ninguém na indústria de impressão, ou fora dela, tinha ideia de que o iPad poderia vir a destruir três quatro mil anos de tradição humana sobre o papel; ninguém percebeu que surgia lá fora uma geração que estava muito mais preparada para ler em uma tela do que numa página im-pressa”. Os tablets, e até mesmo smartphones, devem contribuir para diminuir a quantidade de impressão que as pessoas fazem. É cada vez mais comum observar pessoas utilizando estes dispositivos em diferentes ambientes para fa-zer leitura de livros e outros textos, acadêmi-cos ou não. O número de tablets e smartpho-nes em uso já é superior em muito ao número

de impressoras instaladas em todo o mundo. Ademais, amplia-se significativamente o volu-me de trabalhos sendo desenvolvidos fora dos tradicionais locais de trabalho, substituindo a papelada dos escritórios pelas tecnologias di-gitais destes aparelhos móveis.

Porém, com o crescimento e diversificação da tecnologia, ainda há muito apetite para impres-são. E é este apetite que está alimentando um mercado emergente para o que pode ser cha-mado de “impressão móvel” ou “impressão em nuvem”, o que pode ser constatado em recente estudo americano que revela o fato de que 60% das empresas pesquisadas desejam imprimir a partir de soluções móveis e 25% delas já utili-zam impressão via equipamentos portáteis, seja a partir de um smartphone ou um tablete.

Aos herdeiros de Gutenberg, resta a crença de que, sempre é possível repensar seu mode-lo de negócio, aprender com o novo e se refa-zer como uma nova indústria.

NóS ESTAmOS AgORA NUmA FASE NA QUAL TECNOLOgIAS múLTIpLAS ESTãO COmpETINDO UmAS COm AS OUTRAS.

A gravação direta de filmes está concorrendo com a impressão digital.

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Durante a abertura da Feira do Livro de Frankfurt 2012, foi confirmada a escolha do Brasil como convida-do de honra da edição de 2013 do

evento. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, que esteve na abertura do evento, e o minis-tro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, já assinaram portaria interministerial criando o comitê organizador encarregado de coordenar a participação brasileira na feira, considerada o maior encontro mundial do setor editorial.

Caberá ao comitê organizador planejar e executar a programação brasileira no evento e as atividades a serem desenvolvidas na Alema-nha durante o período que o antecede, bem

BRASIL

de franKfurt 2013

é CONVIDADODE HONRADA FEIRADO LIVRO

como fazer as gestões necessárias com institui-ções brasileiras e alemãs.

Durante a edição 2013 da feira, os autores brasileiros Ferreira Gullar, Oswald de Andra-de, Bernardo Carvalho, Haroldo de Campos, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Hilda Hilst, Mario de Andrade, Raduan nassar, João Cabral de Melo neto, Manuel Bandeira, Olavo Bilac, Carlos Drummond de Andrade, João Ubaldo Ribeiro, Machado de Assis e Milton Hatoum serão homenageados.

Em discurso proferido durante a abertura da edição 2012, que aconteceu no início de outu-bro, a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa, destacou que “a escolha

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do Brasil como convidado de honra da Feira do Livro de Frankfurt de 2013 é, sem dúvida, o maior reconhecimento da contribuição que podemos dar ao mundo enquanto polo consu-midor e gerador de conhecimento e cultura”.

Visando iniciar o processo de facilitação da participação de entidades ligadas ao setor edi-torial no evento, a CBL, em parceria com a Fun-dação Biblioteca nacional, o Sindicato nacio-nal de Editores de Livros (SnEL) e a Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), preparou uma intensa programação em seu estande, no pavilhão 5.1 da feira.

O mercado editorial brasileiro é responsável por um faturamento anual de US$ 2,4 bilhões. Em 2011, vendeu quase 470 milhões de exem-plares. E na opinião da CBL, as perspectivas para o futuro são animadoras. Os números do mercado não deixam dúvidas de que, a cada ano, os brasileiros se interessam mais por li-vros. no entanto, afirma Karine Pansa, “temos, ainda, índices relativamente baixos de leitu-ra. Somente 50% dos brasileiros com mais de cinco anos de idade podem ser considerados leitores. Em 2011, a média de livros lidos por

pessoa foi de 4 títulos por ano, o que dá ao Brasil a terceira colocação entre os países lati-no-americanos”.

A boa notícia destacada pela presidente da CBL é que, diante das lacunas abertas, há bons espaços para crescer. “Estamos falando de um universo de quase 180 milhões de potenciais leitores, estimulados por significativos investi-mentos em políticas de Educação e incentivo à leitura” ressalta Karine, que complementa afirmando que não é de hoje que o Estado brasileiro percebeu que só concretizará todo o nosso seu potencial enquanto nação quando tiver sólida formação intelectual e consistente interesse pela cultura.

Para a Ministra Marta Suplicy, o Brasil é um país cheio de vozes, com uma cultura que está cons-tantemente a se reinventar. “A fim de mostrar a diversidade e abertura da nossa cultura, iremos dignificar o convite que recebemos. Para tanto já reservamos um orçamento de 10 milhões de dó-lares que deverão ser utilizados para apresentar a riqueza, diversidade e vitalidade da criatividade brasileira, características que são refletidas na nossa literatura” reforçou a ministra.

Para a Ministra Marta Suplicy, o Brasil é um país cheio de vozes, com uma cultura que está constantemente a se reinventar.

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é um momento de passos seguros e de ação para planejamento estratégico efetivamente. Momento de implanta-ção e manutenção de valores para os

clientes. Salvo alguns segmentos, como por exemplo, embalagens e rótulos, impressos de segurança, que possuem demanda constante, o momento econômico do País passa por um momento para passos seguros. Momento para a busca máxima de eficiência de produção, concentrando todos os esforços na eliminação dos desperdícios na busca da produção otimi-zada. É um momento de repensar antigas fer-ramentas e conceitos.

O empresário gráfico já aprendeu, há mui-tos anos, que investimento sobre investimento não o garante totalmente em eficiência máxi-ma do seu ciclo produtivo, pois podemos ga-nhar em custo, porém não podemos garantir eliminação total do desperdício.

Em sua grande maioria as empresas gráficas concentram seus esforços em aumento da ca-pacidade, que faz ganhar em muito pouco no quesito de efetividade, deixando para uma ter-ceira ou quarta etapa os esforços em diminuir

pENSAmENTOleanmanufacture

por Sílvio Nicola ConsultorGráfico

CONSCIENTIzAçãO E FOCO NO pERíODO DE ImpLANTAçãO

os desperdícios, que representa aproximada-mente mais de 65% da efetividade.

não é de se crucificar essas ações, pois o desperdício – ou perdas na indústria gráfica –, em sua grande maioria, passa invisível aos olhos dos gestores de todos os níveis. É extre-mamente sutil e quase que imperceptível, não estando presente somente nos produtos dani-ficados ou “não conformes”.

O conceito “LeanManufacture”, também co-nhecido como produção enxuta, está cada vez mais tomando espaço nas indústrias gráficas no Brasil e tem múltiplos benefícios, como a organização da produção, aumento da efici-ência através da redução dos tempos impro-dutivos, criação de valores, identificação dos gargalos ocultos, assistência nas tomadas de decisões gerenciais, melhorias no método de processos e procedimentos de fabricação.

Há uma gama de informações da procedên-cia, evolução e explanações da produção enxu-ta. Porém, o que não se encontra descrito são as dificuldades e barreiras de implantação que devem ser transpostas na implantação deste conceito e suas principais ferramentas. Foco,

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treinamento e retorno a médio prazo são as palavras-chave para a implantação e deve-se conservá-las sempre em mente para que não se perca na implantação.

O pensamento “Lean” consiste em eliminar os desperdícios da produção e em gerar um conjunto de conceitos e princípios que visam o modo como uma organização produz valores para os seus clientes.

Quando citamos aqui valor, estamos falando de um desenvolvimento de relacionamentos e serviços, parcerias e comprometimento entre times de produção, gestores, clientes e forne-cedores, ou seja, princípios das famosas frases: “Eu faço parte da empresa xPTO...”, que quer dizer, riqueza em conjunto.

Bons exemplos para a ilustração deste ce-nário, um comparativo entre um pensamen-to “Lean” e pensamentos “nonLean”. Aviso: “Qualquer semelhança com a realidade pen-samento “non Lean” será mera coincidência. Será mesmo?! Então:• Pensamento “non Lean”: Impressores e ope-

radores: introspectivo, individualista, somen-te concentrados em suas impressoras e com sua produção diária. Líderes de produção: com uma cultura de lealdade e obediência, pouco foco nos resultados da empresa. Ges-tores: decisões baseadas em relatórios não condizentes com a realidade e apoio a produ-ção extremamente burocrático. Comercial e clientes: relacionamento por preço.

• Pensamento “Lean”: Impressores e operado-res concentrados em seus equipamentos e com sua produção diária, manutenção, meio ambiente e seus respectivos clientes interno. Líderes: relacionamento com transparência, foco no fluxo, processos e nos resultados da empresa. Ressaltam e sinalizam os indicado-res. Gestores: Mais próximo da produção, menos burocrático e mais técnicos e estraté-gicos. Comercial e clientes: relacionamento construído a médio- longo prazo por valor.A grande questão: realmente é possível im-

plantar conceito “Lean” na minha empresa gráfica e chegar a este nível de cultura e matu-ridade? Quais serão as preparações que deve-rão ser consideradas? Quais serão as barreiras e como transpô-las?

Saiba que sua empresa precisa continuar competitiva, eliminando desperdícios visíveis e invisíveis, respirando e vendendo valores, é necessário dar o primeiro passo: treinamento.

Digo aqui treinamento tanto técnico quanto de conscientização, reuniões (que não precisam durar horas) e sim rápidas efetivas e de caráter de conscientização.

É através de treinamento e conscientização que os colaboradores começam a entender na prática qual a importância e como interagem os cinco maiores princípios da produção enxuta: construção de valor, cadeia de valores, fluxo de produção, cadência ou tração e busca constan-te da melhoria contínua. Uma breve definição para estes termos seriam: Fluxo de Produção: onde são abordados procedimentos, elimina-ção dos estoques, layout, controle da produção e da qualidade; Valor: característica ou impor-tância imensurável representada pelo grau de atração e compras do cliente; Cadeia de valo-res: agregação e criação de valores nas etapas de confecção (produção) que irá atrair os clien-tes; Tração: É a demanda gerada pelo cliente no momento da sua real necessidade e não em reservas pré-fabricadas e, por último, a famosa Melhora contínua, que busca a todo momento uma oportunidade de evolução e otimização do processo. Lembre-se: “Todo progresso, mes-mo que mínimo, deverá ser exaltado”.

Focando no desperdício e nas barreiras de implantação do “Lean”, geramos valor quando eliminamos do nosso processo produtivo ativi-dades, procedimentos e operações que geram tempos improdutivos, produtos defeituosos ou esforços improdutivos, operações que tam-bém são chamadas de “as 7 perdas fundamen-tais”, tema de outro artigo que publicaremos na próxima edição.

Tenha sempre em mente que o projeto é a médio e longo prazo. O importante é sempre ter o bom senso para poder lidar com as ad-versidades da implantação. Reforço aqui que os treinamentos e a conscientização são essen-ciais. A dificuldade está em vencer a inércia e remover antigos hábitos que promovem a zona de conforto para alguns. Porém, à medida que todos começam a entender que também fazem parte deste “valor” tão citado neste ar-tigo, os centros produtivos começarão a focar no cliente, descartando fases e processos que não agregam ou acrescentam valor no produto e no processo, ganhando a confiança para gerir pequenos projetos dentro de suas competên-cias e dentro de seus limites gerenciais. É onde o pensamento “Lean” está consolidado e a empresa se torna um organismo com sistemas vivos autônomos.

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Com o objetivo de levar informação e conhecimento às várias regiões do Brasil, a Agnelo Editora vem re-alizando o Fórum GRAPHPRInT de

Tecnologia e Gestão da Indústria Gráfica. Em novembro o evento acontece em Fortaleza.

A ideia do Fórum é colocar em discussão iné-ditas maneiras de atender ao cliente de forma completa, tornando-se um funcional provedor de soluções. A edição de Fortaleza promete evidenciar a premência de as empresas re-verem suas estratégias de regionalização. As razões da discussão se pautam no fato de os novos tempos exigirem coragem das marcas que precisam desenvolver produtos específi-cos para esses mercados atentando para suas necessidades. E, sem sombra de dúvidas, para a indústria gráfica essa discussão é mais que oportuna.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Bahia, Ceará e Pernambuco concentram o maior número de indústrias gráficas do nor-deste. nesses três estados estão localizados 63% das empresas, 67% da mão de obra em-pregada e igualmente 67% do faturamento do setor obtido na região.

Após as profundas transformações ocorridas no nordeste a partir da década de 1990, é pre-ciso levar em consideração que, hoje, a cultura nordestina precisa ser esmiuçada. O estudo “Signos do nordeste”, elaborado pela Signos, destaca, entre outros, aspectos, a questão da

Dia 06 de novembro de 2012Horário Palestra Palestrante

09:30 A evolução da gráfica em um mercado em transfor-mação

Hamilton Terni Costa, diretor geral da Anconsulting

10:15 Automação: aumentando a produtividade no setor de acabamento

Ronaldo Alves Dias, vendedor da Müller Martini

11:15 Impressão digital: demanda vai crescer. sua empresa está preparada?

Enio zucchino, gerente de marketing para impressão comercial da Kodak

12:00 Como as ferramentas de web to print podem abrir novas frentes de negócios

Marcelo Moraes, consultor da Agfa Norte e Nordeste

14:00 Verniz base água na indústria gráfica Flavio de Castro, gerente de marketing da Heliocolor

14:45 Conhecendo e entendendo a cor - uma introdução à colorimetria

Marcos Jesus, supervisor de assistência técnica da Cromos

15:45 Embalagem: como eliminar etapas durante produção. Resistência mecânica com redução de gramatura

Aldinir nascimento e Georgia Tavares, gestores da MD Papéis

16:30 Da lombada ao fechamento: adesivos avançados dão segurança a todos os nichos da indústria gráfica

Fernando Cardoso, gerente comercial da Adecol

17:15 Pensamento leanmanufacture: aumentando os lucros por meio da produção enxuta Silvio nicolas, consultor gráfico

identidade nordestina que passa pela compre-ensão das diferenças. A despeito das enormes diferenças há algumas identidades comparti-lhadas que podem ser mais bem exploradas pelo marketing das empresas interessadas na região. O estudo destaca ainda que, entre as principais tendências emerge a necessidade de entendimento dos valores sociais desses targets, uma vez que perfis econômicos não servem mais para classificá-los.

O consumidor moderno não separa o “on” do “offline”, diferentemente das empresas que ainda insistem em manter barreiras entre essas abordagens. Hoje, é preciso aproveitar as van-tagens do ambiente digital para entender me-lhor o comportamento do consumidor e, assim, atender de forma mais eficaz suas demandas.

O Fórum GRAPHPRInT de Tecnologia e Ges-tão da Indústria Gráfica - Fortaleza (CE) vem justamente para propor uma reflexão em pleno momento de mudança da indústria gráfica.

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que sob a pressão e o calor da prensa térmica ela é transformada diretamente do estado só-lido para o gasoso.

É preciso ter cuidado na hora de escolher os materiais para sublimação. não é em qualquer superfície que é possível fazer a transferência da imagem. O objeto a ser personalizado deve ser previamente preparado ou deve ser fabrica-do especificamente para esta finalidade. Estes produtos devem possuir em sua superfície uma resina especial que permite a transferência da tinta. Por exemplo, algumas canecas de porce-lana aceitam a impressão sublimática graças a essa resina. Em contrapartida, as canecas de cerâmica vendidas em supermercados, por exemplo, não podem ser personalizadas.

Já a sublimação em tecido é muito utilizada e não é necessário usar resinas nem qualquer tipo de preparação prévia. Mas a qualidade é melhor em tecidos sintéticos, como as malhas esportivas. Em tecidos de algodão, por exem-plo, a sublimação fica esbranquiçada. Por isso, muitas lojas que vendem artigos esportivos também utilizam esta técnica para personali-zar camisetas de time com o nome do torcedor.

Para que todo este processo funcione com perfeição é necessário ter um material de quali-dade, tanto os equipamentos para a impressão quanto os produtos nos quais as imagens serão sublimadas devem ter tais características. O ide-

al é ter um bom banco de imagens e contar com produtos diversi-ficados, como camise-tas, canecas, chinelos, porta-retratos, pad-mouses, porta-copos,

aventais, body, entre outros.

ImpRESSãOsuBlimática

por Jorge Moreira Ferreira Diretor da D-Comp

Nos últimos anos muitas pessoas têm investido na venda de produtos per-sonalizados e obtido bons lucros com este serviço. Para criar canecas, ca-

misetas, chinelos e outros materiais com um toque único, muitas pessoas se utilizam da técnica de impressão sublimática. Este é um negócio simples que não requer altos investi-mentos. Basta um computador, uma impresso-ra e uma prensa térmica.

Sublimação é a passagem de um material diretamente do estado sólido para o gasoso. Este processo acontece com a tinta usada na impressão para que a imagem fique perma-nente no produto personalizado. As imagens sublimadas podem ser lavadas, são resistentes a arranhões e, no caso de roupas, podem ser colocadas na máquina de lavar.

Para este tipo de impressão é necessário uma impressora jato de tinta com cartuchos de tinta sublimática. Os modelos da Epson são os mais indicados, pela tecnologia avançada da cabeça de impressão, densidade de impressão e baixo custo. Também é necessário o papel transfer su-blimático ou até mesmo um papel sulfite de 90g.

A imagem impressa no papel especial é co-locada em contato com o material para o qual a arte será transferida. Por isso, é necessária uma prensa térmica. A tinta é resistente por-

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COmO gANHAR DINHEIRO COm ESTA TéCNICA?

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ELEIçõES A FRONTEIRA ENTREnOssas metas e nOssOs sOnHOs

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O empresário gráfico navega entre me-tas e sonhos. As primeiras, embora exigindo imenso esforço, são mais fáceis de serem cumpridas, à medida

que se prendem a números frios, suscetíveis à ca-pacidade de planejamento e gestão, prospecção do mercado, aumento da produção, e incremen-to da força de vendas. Esse universo, por sua vez, nos coloca desafios aparentemente utópicos, mas que devem nos motivar cotidianamente, revigorar nosso entusiasmo e nos impulsionar à superação de barreiras aparentemente intransponíveis.

Os números consolidados do setor gráfico em 2011 no Brasil demonstram que conseguimos cumprir metas, embora num cenário absoluta-mente desfavorável, premiada por juros e im-postos elevados e, de modo agudo, pela desva-lorização cambial, nosso setor fechou o ano com crescimento de 0,7% em sua produção. Ficamos apenas 0,4 ponto percentual acima da expansão geral da indústria de transformação e nos manti-vemos no mesmo patamar no tocante à geração de empregos, com crescimento de 2,3% no volu-me de postos de trabalho, ou seja, fechamos 2011 com 221.937 trabalhadores formais nas gráficas.

Para cumprir as metas de crescimento, enfren-tando cenários adversos, os empresários gráficos têm trabalhado muito, feito investimentos signi-ficativos em equipamentos e tecnologia, se apli-cado na gestão, aprimorando o marketing e, so-bretudo, valorizando o capital humano, o principal patrimônio de suas empresas.

Apesar de as dificuldades dos juros, impos-tos e câmbio serem as mesmas, tivemos no ano de 2012 um diferencial mercadológico chamado “eleições”, que devem ter movimentado em todo o país cerca de 13 bilhões de Reais nas empresas gráficas estimulando nosso setor. O direito ao voto livre e soberano, contudo, não deve ser vislumbra-do pelos gráficos simplesmente como um direito ou dever de eleger novos candidatos a cargos ele-tivos ou a oportunidade comercial de ampliar seus lucros que devem ter um incremento em torno de 10,6% em seu faturamento com a impressão de santinhos políticos, cartazes, adesivos, panfletos e outros típicos da campanha eleitoral. É aqui que

está claramente delimitada a fronteira entre nos-sas metas e nossos sonhos.

Podemos, sim, sonhar em termos um país onde o crescimento mercadológico da indústria gráfica seja consequência direta do alto grau de educação e cultura de nossa sociedade e de seu poder aqui-sitivo para a compra de mais livros, jornais, revis-tas, cadernos e outros bens análogos da impres-são. Por isso sonhamos com a destinação de 10% do PIB ao setor de ensino, e é isso que a Abigraf têm defendido em todas as nossas comunicações oficiais e em nossas mobilizações políticas perante os poderes constituídos.

Também sonhamos com um país no qual os in-vestimentos, a boa gestão, a tecnologia e a quali-dade sejam parâmetros suficientes para garantir a competitividade não só das indústrias gráficas, mas de todas as indústrias instaladas em nosso território. Sonhamos ainda, com uma pátria mais segura, com índices de criminalidade próximos a zero, e na qual os exemplos de probidade e ética sejam dogmas inexpugnáveis das próprias institui-ções. Um país no qual as leis sejam efetivamente cumpridas e a impunidade seja extirpada.

Difícil, mas nada impossível. É com essa pers-pectiva de transformação positiva do Brasil que devemos vislumbrar as eleições municipais e to-das as demais que teremos pela frente. Câmbio, juros, preços relativos e massa salarial são muitas metas; povo bem alimentado, educado, desfru-tando da abençoada natureza e feliz são poucos sonhos. Quem sabe, um dia consigamos concreti-zar e conciliar tudo isso.

por tales Carvalho Presidente da Abigraf/CE A

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ColunaCClCÂMaRa

CEaREnSE Do lIVRo

A ESCOLAdO livrO

Criada no final da década de 1980 pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), com o propósito de promover o de-senvolvimento profissional da cadeia

produtiva do livro, nos diversos segmentos do mercado editorial e livreiro brasileiro, a Escola do Livro a cada ano se consolida mais.

Trazida para o Ceará pela Câmara Cearense do Livro (CCL), a escola se converteu em impor-tante instrumento de formação com currículo adequado às necessidades objetivas do Setor Gráfico, englobando temas como: gestão em-presarial e de pessoal, marketing em diferentes mídias, vendas, produção gráfica, logística e dis-tribuição, finanças, direitos autorais e outros.

As turmas contam com um número limitado de integrantes e o corpo docente é altamente especializado, ensinando desde como imple-

mentar um eficiente trabalho de assessoria de imprensa, passando por compras e gestão de estoques, até a elaboração de contratos.

De acordo com o presidente da CCL, Flávio Martins, no Ceará a Escola do Livro iniciou suas atividades oferecendo uma grade de cursos que acompanha moldes da grade montada pela CBL. “A diferença é que, enquanto a CBL cobra de R$ 200 a R$ 500 reais por curso, nós estamos ministrando oferecendo todas as ati-vidades sem nenhum custo para os participan-tes” ressalta o Flávio.

Em setembro teve inicio o programa “Exce-lência no atendimento ao cliente da livraria” e durante a Bienal do Livro a Escola estará reali-zando o “Seminário – Planejamento Estratégico para editores”. Paralelamente, acontecem os cursos: Feira de Livros: porque e como participar de forma impactante e rentável; Gerenciamento de Catálogos e Conteúdos para Livros Digitais; O Livro Eletrônico e suas Implicações Jurídicas. O período culmina com a realização do Seminário: Análise de retorno de Investimento em Comuni-cação e Marketing.Maiores informações sobre as iniciativas da Es-cola do Livro podem ser obtidas no site da CCL: www.camaracearensedolivro.com.br

por Flávio Martins Presidente da CCL

ImpORTANTE INSTRUmENTO DE FORmAçãO COm CURRíCULO ADEQUADO àS NECESSIDADES OBjETIVAS DO SETOR gRáFICO.

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Augusto Oliveira Designer Grá[email protected]

Falar de fotografia é um assunto bastan-te envolvente. Resistindo à diversidade de temas, focarei nos efeitos possíveis de se aplicar em fotos através de apli-

cativos que, com a riqueza tecnológica atual, estão presentes nas câmeras digitais de celula-res, iPods e diversos outros gadjets.

A necessidade de eternizar um momento através de imagens está presente no homem desde o início da civilização, seja nas pinturas rupestres ou nas belas obras de arte egípcias e tantas outras tão bem conhecidas de todos. Por sorte, hoje temos a tecnologia ao nosso lado, o que torna a ato de fotografar uma tarefa cada vez mais fácil e repleta de possibilidades.

Gostamos de registrar em fotos momentos diversos, formais ou informais, como reuniões de família, de amigos, festas, eventos etc. Fa-zemos isso para relembrarmos e compartilhar cenas com amigos, ilustrar publicações, anún-cios de revistas e jornais.

A primeira fotografia reconhecida como tal, foi produzida através de uma janela pelo inven-tor francês Joseph nicéphore niépce, por um

processo chamado de heliografia, no ano de 1826. Para seu feito, Joseph niépce usou deri-vados de petróleo fotossensíveis em uma placa coberta de estanho. Foram necessárias oito ho-ras para a captura da imagem. Atualmente, esta paciência demonstrada por niépce impressiona fotógrafos dos quatro cantos. Em oito horas, conseguimos produzir milhares de fotografias. É a tecnologia trabalhando a nosso favor.

Mas não estou aqui para falar de história. Este texto é para apresentar um efeito espe-cial disponível no Adobe Photoshop: o efeito Vintage. Isso mesmo! Vintage é o famoso efei-to que confere às fotografias um tom clássico, característico de fotos antigas e que sofreram a ação do tempo, muito difundido em redes sociais e aplicativos de smartphones e tablets, como o Instagram.

Estes aplicativos são os grandes responsáveis pela popularização da moda Vintage, e é muito comum encontrarmos revistas e outras publica-ções utilizando fotos amadoras para ilustrar ma-térias, o que nos leva ao seguinte dilema: preferir imagens de alta qualidade e tratadas por um pro-fissional ou utilizar fotos mais baratas, enviadas por leitores amadores, por exemplo?

Fazer uso destes efeitos instantâneos para fins de entretenimento é ótimo. Porém, utilizar imagens amadoras em impressões prejudica o trabalho de profissionais especializados, que lutam para se manter atualizados, investindo em especializações, palestras e seminários. Os empregadores também perdem ao veicularem trabalhos mal executados e de má qualidade.

Trabalhar com o efeito Vintage do Photoshop CS6 é fácil e rápido. A você, leitor, deixo este pequeno tutorial. Lembre-se: nós designers temos o dever não de fazer um trabalho bom, mas de fazer o melhor. Boa leitura!

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Passo a passo1. Usando o Adobe Photoshop, abra em seu computador (ou pressione Ctrl+O) a imagem abaixo. Para baixar acesse: http://www.4shared.com/photo/skeIDGpI/JTxz_2019.html?

EFEITOvintage

3. na camada duplicada, clique com o botão di-reito e, em seguida, em Converter em Objeto Inteligente (Convert to Smart Object).

2. Duplique a imagem pressionando Ctrl+J, ou clique com o botão direito na camada e, em seguida, em Duplicar Camada.

6. Agora, vá ao meu Camada > Ajustes > Curvas (Layer > new Adjustment Layer > Curves). no menu dropdown do Canal Ver-melho (Red Channel), defina o gráfico como na foto abaixo:

4. Feito isso na camada convertida, vá ao menu Filtros > Outros > Alta Frequência (Filter > Other > High Pass) e defina o valor abaixo. Depois mude o modo da camada de normal (Blend) para Sobrepor (Overlay).

5. Clique no ícone Criar nova Camada de Pre-enchimento ou Ajus-te (Create new Fill or Adjustment Layer) no rodapé da paleta de camadas (layers) e es-colha a opção Brilho e Contraste (Brightness/Contrast). Defina os va-lores abaixo:

10. Mude o modo de normal para Sobrepor e altere a opacidade para 50%. Repita a ope-ração utilizando o preto. Observando que o modo deve ser alterado para Luz Direta. A opacidade permanece em 50%.

11. Crie uma nova Camada. Selecione o Pincel e, com a cor vermelha selecionada, clique uma vez no centro da imagem da ca-mada mais recente. Observar que o preen-chimento do Pincel deve estar esfumaçado, como mostra imagem abaixo:

7. Vá ao menu Camada > Ajustes > Matriz/Saturação (Layer > new Adjustment Layer > Hue/Saturation) e defina os valores:

8. Agora, no menu Filtros > Ruído > Adicio-nar Ruído e coloque o valor de Intensidade de 5%.

9. na paleta Camada, crie uma nova Cama-da e, então, preencha esta nova camada com vermelho (M=100 Y=100). Clique qua-tro vezes com a borracha, do tamanho que mostra imagem abaixo. Sua imagem deve estar assim:

12. Altere do modo normal para Clarear. Para finalizar, altere as curvas das cores ver-melho e verde conforme mostra imagem abaixo:

Espero que tenham gostado. Os aplicativos citados, que disponibili-zam esses efeitos são ótimos para diversão, mas para publicações pro-fissionais impressas, a manipulação por um profissional qualificado é essencial!

Pronto! Sua imagem com Efeito Vintage está concluída.

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