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Revista Suinicultura 98

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Revista Suinicultura 98

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3Suinicultura

Editorial

Em Portugal, a Produção,

e quiçá a Indústria,

deverão começar a ver

Espanha, como mercado

para melhor

rentabilizar

as suas vendas,

como alguns de nós,

já estamos a fazer.

Ano Novo,Vida Nova...Esperança redobrada

Sem me querer enganar a mim próprio, acredito que finalmente teremos pela frente, um ano compensador na actividade Suinícola.

Perspectivo que a Soja continuará a baixar, confirmando-se colheita recorde no Continente Sul-Americano, que começará a chegar a Portugal, em meados do segundo trimestre.

Relativamente aos cereais, não tenho tantas certezas, sendo certo que o que está caro, de caro não passará, logo teremos custos de produção inferiores aos verificados, no ano agora findo.

Sendo verdade que os consumos estão em baixa, também é verdade, que todos os grandes produtores mundiais (excepção feita a Espanha), reduzem os seus efectivos, o que tem provoca-do um aumento dos preços a nível global.

Esperemos que este cenário se concretize e que tenhamos um ano dos antigos, que motive o investimento, de forma a relançarmos a actividade e a fazer tornar a alegria, a quem tanto tem lutado por ela.

Por falar do crescimento de Espanha, sabemos têm um custo alimentar superior, mas que os restantes custos, são bastante inferiores aos restantes parceiros europeus, o que os torna for-temente competitivos.

E nós, que aqui estamos ao lado? Eles crescem e nós decrescemos?Teremos pior produtividade? Teremos custos de produção superiores? Teremos menos saú-

de animal? Piores condições climatéricas e ou ambientais?:- Sabemos que não, na generalidade. No entanto, eles têm uma política perfeitamente defini-

da de crescimento da actividade, não se deixando condicionar por fundamentalismos primários e burocracias impostas por quem nada produz, nem tem ideia de como se faz.

- São hoje exportadores de 34% da sua produção, evitando assim, o esmagamento interno provocado pela Grande Distribuição Organizada.

Em Portugal, a Produção, e quiçá a Indústria, deverão começar a ver Espanha, como merca-do para melhor rentabilizar as suas vendas, como alguns de nós, já estamos a fazer.

Continuaremos com os velhos desafios (Bem-estar animal, Aujeszky, Reap, Segurança Ali-mentar, respeito pelo Ambiente…), que com a determinação que nos caracteriza, saberemos ultrapassar, assim a Administração continue ao nosso lado, entendendo as nossas limitações, e legislando em prol do Interesse Nacional.

A todos os que se dedicam, directa e indirectamente à Actividade Suinícola, votos de um 2013 com os maiores sucessos pessoais e profissionais.

Vitor Menino

Presidente da Direcção

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congreso mundial del jamónOurique // 28 a 31 Mai // 2013

Promotores: Co-�nanciamento:

TEMASGenéticaGenética

AlimentaçãoAlimentación

A produção de presunto baseada no meio ambienteLa Producción de Jamón basada en Entornos Naturales

SalgaSalazonadoSecagem - MaturaçãoSecado - Maduración

Tecnologias pós processo de cura do presuntoTecnologías post-proceso del jamón curado

Caracterização e certificação do presuntoCaracterización y certificación del jamón

Promoção e comercialização de presuntoPromoción y comercialización del jamón curado

DATAS / FECHAS IMPORTANTES03 janeiro / eneroData de abertura das inscriçõesApertura de matrículas

30 março / marzoInscrições antecipadasMatrícula reducida

30 abril / abrilData limite para inscrição na Exposição TécnicaÚltima fecha para la matrícula en la Exposición Técnica

28 maio / mayoData limite das inscriçõesÚltima fecha para matrículas

28 a 31 maio / mayoRealização do congressoRealización del Congreso

Inscrições | Inscripciones: http://ourique2013.com // [email protected]

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Sumário

5Suinicultura

Ficha Técnica

Revista Suinicultura n.º 98

Publicação da Federação Portuguesa de Associações

de Suinicultores (FPAS)www.suinicultura.com

NIPC 501 312 072

DirectorVitor Menino

[email protected]

Sub-DirectorA. Simões Monteiro(Médico Veterinário)

[email protected]

Editor/RedacçãoFPAS - Av. António Augusto Aguiar, n.º

179, r/c esq 1050-014 LisboaTel.: 21 387 99 49; 91 756 39 01

Fax: 21 388 31 [email protected]

Grafismo e paginaçãoNOZ - Consultoria, Lda.

[email protected]

Pré-impressão e impressãoDPI - Cromotipo, Lda.

Rua Alexandre Braga, 21 B 1150-002 Lisboa

PeriodicidadeTrimestral

Tiragem2000 exemplares

ICS/122280Depósito Legal 48323/91

Sócio nº P-1154

EDITORIAL por Vitor Menino ..................................................................................................3

XXXIII SImPóSIO ANAPORCValeu a Pena! .............................................................................................................................6Palavras do Presidente da ANAPORC

Mateo del Pozo ..........................................................................................................................8Palavras do Presidente da Comissão Organizadora

Joaquim C. Dias .......................................................................................................................10Palavras do Presidente da Direcção da FPAS

Vítor Menino ............................................................................................................................12Palavras do Adido Agrícola da Embaixada de Espanha

Juan José Granado ...................................................................................................................14Palavra do Secretário de Estado

Daniel Campelo .......................................................................................................................16Síndrome catabólico pós-desmame dos leitões

Pedro M. S. Lopes ....................................................................................................................18Higiene dos Alimentos

Ricardo Mesquita .....................................................................................................................24Peste suína africana (PSA)

Carlos Martins ..........................................................................................................................30... e assim foi o Simpósio ......................................................................................................36

RAÇAS AUTóCTONESProdutos tradicionais portugueses, cultura, património, crise e sustento

Ana Soeiro ...............................................................................................................................38

RAÇAS AUTóCTONES - ALENTEJANAACPA..............................................................................................................................................42ANCPA ..........................................................................................................................................44

RAÇAS AUTóCTONES - BÍSARAANCSUB .......................................................................................................................................46

A VOZ DO SUINICULTOR EntrevistaAntónio Almeida Carapuça .............................................................................................................48

REUNIÕES, CONGRESSOS E SEmINÁRIOSCongresso da CONFAGRI defende reforço do sector cooperativo ..................50Assembleia Geral da OIPORC ..........................................................................................52Assembleia geral da ANCOPORC ....................................................................................57Tecnopecuária - Uma aposta ganha! ..........................................................................58Técnico do Copa visita Portugal ......................................................................................58PCEDA: DGAV reúne com FPAS.........................................................................................59

PRóXImOS EVENTOSPróximos Eventos - 2013 ....................................................................................................61VI Congresso Nacional de Suinicultura .......................................................................62Sessões de esclarecimento FPAS sobre Circovírus ..................................................63ACTIVIDADES FPAS Plano de Actividades da FPAS 2013 .............................................................................65Actividades 4º trimestre 2012 .........................................................................................66

congreso mundial del jamónOurique // 28 a 31 Mai // 2013

Promotores: Co-�nanciamento:

TEMASGenéticaGenética

AlimentaçãoAlimentación

A produção de presunto baseada no meio ambienteLa Producción de Jamón basada en Entornos Naturales

SalgaSalazonadoSecagem - MaturaçãoSecado - Maduración

Tecnologias pós processo de cura do presuntoTecnologías post-proceso del jamón curado

Caracterização e certificação do presuntoCaracterización y certificación del jamón

Promoção e comercialização de presuntoPromoción y comercialización del jamón curado

DATAS / FECHAS IMPORTANTES03 janeiro / eneroData de abertura das inscriçõesApertura de matrículas

30 março / marzoInscrições antecipadasMatrícula reducida

30 abril / abrilData limite para inscrição na Exposição TécnicaÚltima fecha para la matrícula en la Exposición Técnica

28 maio / mayoData limite das inscriçõesÚltima fecha para matrículas

28 a 31 maio / mayoRealização do congressoRealización del Congreso

Inscrições | Inscripciones: http://ourique2013.com // [email protected]

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

Valeu a Pena!Por muito optimismo, que desde a pri-

meira hora, existisse no reduzido número de pessoas que aceitaram a incumbência e acre-ditaram no sucesso da realização dum evento desta natureza no nosso País, não constava certamente o êxito absoluto do XXXIII Sim-pósio da Anaporc em Lisboa, testemunhado nas mais diversas formas por todos os par-ticipantes e agentes económicos envolvidos durante e após o encerramento do Simpósio.

Com efeito, foi gratificante poder assistir e verificar o inusitado número de presenças nas sessões comerciais bem como nas sessões do

programa Oficial, durante os dois dias, e a pre-sença constante dos profissionais do Setor no Forum Comercial em contactos repartidos por todos os stands dos laboratórios ali representa-dos, bem como as palestras de elevado e indis-cutível mérito cientifico que proporcionaram momentos de grande expectativa e interesse aos muitos técnicos e profissionais que a elas tiveram a oportunidade de assistir.

Se bem que o tempo não tenha colabo-rado, a chuva miudinha e persistente teimou em estar presente nos dois dias do Forum, a verdade é que a óptima localização dos ho-

téis utilizados pelos congressistas espanhóis e a excelente localização do restaurante Chi-marrão, que serviu de apoio logístico a todos os congressistas, supriu claramente aquele incómodo com a proximidade do pavilhão do Conhecimento e a excelente proposta gas-tronómica apresentada.

O jantar de gala no magnifico salão Preto e Prata do Casino do Estoril foi sem dúvida o momento alto do convívio social para os cer-ca quatrocentos congressistas que ali pude-ram partilhar momentos de alegre convivên-cia e ainda testemunhar a surpresa de uma

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

singela homenagem a Joaquim Dias e José António del Barrio, por parte da Anaporc e da FPAS , um e outro, duas individualidades que marcaram quarenta anos de intensa acti-vidade associativa nas duas Instituições mais representativas de Portugal e Espanha; a FPAS e a ANPROGAPOR respectivamente .

Nuno da Câmara Pereira e Ana Sofia acompanhados por um espectacular trio de músicos “explicaram” e cantaram o Fado para uma plateia maioritariamente espanhola rendida ao inigualável som da guitarra portu-guesa e às vozes inconfundíveis do Nuno e da jovem e talentosa Ana Sofia.

Em resumo, mais um grande sucesso da FPAS, mais uma demonstração clara da ca-pacidade de mobilização e organização desta Instituição que deixou em todos os congres-sistas, agentes económicos e patrocinadores a agradável e reconhecida sensação de que valeu a pena.

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

Palavras do Presidente da ANAPORC

... quizás haya sido el mejorsimposio Anaporc realizadoen sus 33 años de historia

Me gustaría en esta inauguración del XX-XIII Simposio Anaporc explicar en primer lu-gar que hace ya varios años los responsables de Anaporc comenzaron a especular sobre potenciar las relaciones bilaterales con los profesionales veterinarios, productores y otros agentes del sector porcino de Portugal a través de la Federación Portuguesa de Asociaciones de Productores de Suinos (FPAS). Quisimos desde siempre responder con esa atención y ese interés que tenían los profesionales portugueses de colaborar con nosotros en esa iniciativa y, a consecuencia del planteamiento de siempre de la posibilidad de poder organizar uno de nues-tros simposios anuales en Portugal, nos com-prometimos finalmente con la asociación FPAS en organizar conjuntamente el XXXIII Simpo-sio Anaporc en Lisboa. Desde Anaporc, puedo afirmar que estamos francamente satisfechos por la brillante organización de este encuentro y por la importante asistencia de profesionales que llenan hoy el auditorio. Quiero agradecer por ello a los responsables que dirigen la Aso-ciación de Suinicultura portuguesa (ASM), sin cuyo trabajo posiblemente hubiera sido impo-sible su celebración, así como a los diferentes patrocinadores, compañías colaboradoras, instituciones y también a la junta directiva de Anaporc, su esfuerzo para que este evento haya tenido lugar en una ciudad como Lisboa, de una belleza incomparable.

Valoración de mateo del Pozo XXXIII Simposio Anaporc

El pasado mes de octubre, Lisboa ha sido la ciudad anfitriona de nuestro último simposio

Anaporc; la 33ª edición de un evento que por vez primera reunió a la Asociación Española de Porcinocultura Científica (ANAPORC) con la Federación Portuguesa de Asociaciones de Productores de Suinos (FPAS), un encuentro de profesionales de dos países hermanados en esta ocasión para el desarrollo común de la política sanitaria porcina.

Este evento excepcional, que en esta oca-sión hemos considerado beneficioso ampliar sus fronteras para llevarlo a Lisboa y contar con la colaboración y la presencia de todos nuestros colegas y amigos portugueses, ha constituido sin duda un prestigioso aconte-cimiento científico, sanitario y tecnológico de carácter internacional; sin duda el más importante que se ha celebrado en la penín-sula ibérica en el 2012 en el ámbito del sector porcino.

Una vez más, en el XXXIII Simposio Anaporc se han cumplido con creces los objetivos primordiales de nuestro encuen-

tro científico-profesional: poner en común y debatir los últimos avances teóricos-con-ceptuales; promover, constituir y ampliar el intercambio entre veterinarios e investigado-res especializados, en esta ocasión de ambos países, y generar propuestas de solución a los diferentes problemas que existen en la actualidad en nuestro ámbito de actuación en la Península Ibérica y que pueden perjudicar nuestra labor y el prestigio de nuestro sector.

Además, es una gran satisfacción, y ha-blo en nombre de toda la Junta Directiva de Anaporc, afirmar que la estancia en Lisboa ha sido desde todos los puntos de vista, muy gratificante y enriquecedora para todos. Sin duda alguna, han sido unos días inolvidables para todos los profesionales que hemos asis-tido al que quizás haya sido el mejor sim-posio Anaporc realizado en sus 33 años de historia. A todos los que lo han hecho reali-dad… Muchas Gracias.

* Presidente da ANAPORC

Mateo del Pozo *

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Jornadas TécnicasXXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

Exmos. SenhoresSecretário de Estado das Florestas e do De-senvolvimento RuralConselheiro de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da Embaixada de Espanha Presidente da AnaporcPresidente da FPASIlustres convidados oficiaisSenhoras e Senhores Congressistas

Faz precisamente 40 anos, mais dia me-nos dia, que no mês de outubro de 1972, um jovem recém chegado de Angola, após cum-prir a sua missão do serviço militar, chegou à bonita cidade de Lérida, em Espanha, para especializar-se em novos modelos zootécni-cos, mais concretamente em Suinicultura in-dustrial intensiva, praticada em explorações de “ciclo cerrado” (à data completamente desconhecidas no nosso País) e as quais vie-ram a ser implementadas em Portugal a partir de 1973 com o nome de “ciclo fechado”.

Quatro décadas depois, no final da sua caminhada profissional, ei-lo aqui perante vós a testemunhar a honra e o privilégio de participar na cerimónia oficial do XXXIII Simposium Anaporc, uma das instituições cientificas mais prestigiadas do Sector Sui-nícola Espanhol.

Presidir à Comissão Organizadora des-te evento, para lá de constituir uma das muitas gratificantes e honrosas missões que me incumbiram ao longo da minha vida institucional é, como compreenderão, uma feliz e rara oportunidade que não que-ro perder, para manifestar a minha gratidão

Joaquim C. Dias *

Palavras do Presidente da Comissão Organizadora

... um marco indelévelna bonita história das duas prestigiadas Organizações

à forma como fui recebido, tratado, estima-do e preparado profissionalmente em Espa-nha e retribuir aqui no meu País os afectos e as muitas amizades que desde então por lá fui granjeando.

A concretização do ”velho” desejo da Junta Diretiva da Anaporc em realizar em Lisboa um dos seus Simpósios anuais, con-firmada há 1 ano em Toledo e desde logo acolhido com entusiasmo pela Direção da FPAS, é um claro e inequívoco exemplo da vontade das duas Organizações em partilhar conhecimentos e saberes entre os produtores, técnicos e demais agentes profissionais liga-dos à Fileira da Carne de Porco de Portugal e de Espanha.

Estou convicto que a conhecida relação de amizade e a cumplicidade profissional existente entre muitos técnicos e agentes económicos dos dois países, vão ser o prin-

cipal fio condutor capaz de garantir o suces-so deste Simposium, para o qual tivemos o cuidado de escolher temas de grande actua-lidade e interesse cientifico, os quais vão ser apresentados por distintos e consagrados pa-lestrantes, que incondicionalmente aceitaram o nosso convite.

Esperamos pois, poder assistir a um Sim-posium de grande valor científico, proporcio-nando a todos os senhores participantes uma jornada de inegável interesse e proveito aca-démico.

Porque a história do saber é não só uma continuidade da eterna curiosidade dos ho-mens, mas também, o resultado da sua per-manente inquietação e louvável impaciência, é fundamental continuarmos a pensar, deba-ter e escrever novas ideias para podermos al-cançar o sucesso pessoal e profissional, pela lucidez e pela sabedoria.

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

Em nome da Comissão Organizadora faço votos para que este encontro de Lisboa seja mais uma oportunidade e um sinal de es-perança para o futuro sucesso pessoal e pro-fissional de todos vós!

Chegámos ao fim do nosso trabalho, e pese embora os atuais condicionalismos

económicos, e as enormes restrições finan-ceiras transversais aos principais agentes económicos do Setor , julgo poder afirmar, que conseguimos organizar mais um evento com a qualidade que a Anaporc em Espanha e a FPAS em Portugal nos têm habituado ao longo dos anos, e que será mais um marco

indelével na bonita história das duas presti-giadas Organizações.Para terminar, cabe-me registar o nosso reconhecimento às empresas e entidades que apoiaram e patrocinaram o XXXIII Simposium Anaporc, sem o que se-ria de todo impossível a sua realização e um agradecimento também muito especial, aos distintos Oradores e Moderadores que nos deram a honra de aceitar o nosso convite.

Finalmente, quero destacar e agradecer o inexcedível entusiasmo e desempenho da “minha” pequenina mas fenomenal equipa:

À Rosa Hernandez, ao Alberto Àlvarez e ao António Simões Monteiro, pilares funda-mentais e os grandes responsáveis por tudo aquilo que de bom e bem feito vamos poder usufruir, o meu muito Obrigado!

Um bom Simposium.Uma boa estadia em Lisboa.Até sempre! Obrigado.

* Presidente da Comissão Organizadora

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

Exmo. Snr. Prof. Dr. Carlos Martins, Presidente da Soc. Portuguesa de Ciências Veterinárias; Exmo. Snr. Prof. Dr. Luis Tavares, Presi-dente do Concelho Diretivo da Faculdade deMedicina Veterinaria de Lisboa; Exmos. Dirigentes das Associações Federa-das na FPAS; Senhores congressistas, Entidades Oficiais; Colegas Suinicultores, Minhas senhores e meus senhores, Bem vindos a Lisboa. Bem vindos ao XXXIII Simpósio Anual da Anaporc.

É de braços abertos que a FPAS em nome dos suinicultores de Portugal vos recebem a todos, nesta bonita cidade, esperando contri-buir, com a organização deste, para a dignifi-cação do sector, dos seus técnicos e agentes económicos.

Permitam- me:- Que felicite o ex-Diretor desta Fede-

ração e Presidente da Comissão Organiza-dora, Sr. Joaquim Dias, pela iniciativa, ar-rojo e determinação com que avançou para termos em Portugal tão importante evento. - Que felicite e agradeça o trabalho, a dedica-ção, o empenhamento e o saber do Secretario Geral da FPAS, Dr. António Simões Monteiro, bem reflectivo na enorme adesão alcançada. - Que felicite a ANAPORC, na pessoa do seu Presidente, D. Mateo Del Pozo, e do seu Gerente Alberto Alvarez pela confiança em nós depositada e pela qualidade, actualidade e importância do programa cientifico apre-sentado.

- Que agradeça a presença de D. José Mi-guel Cordeiro, Presidente da OIPORC, que nos enriquecerá com a realidade do sector, no Centro e Sul do Continente Americano; - E que agradeça a todas as empresas pa-trocinadoras deste evento, sem as quais o

Vitor Menino *

Palavras do Presidente da Direcção da FPAS

... desejo que este Simpósio reforce o conhecimento e a valorização técnica do sector

Exmo. Snr. Secretario de Estado das Flo-restas e do Desenvolvimento Rural, Eng. Daniel Campelo, em representação da snra. Ministra da Agricultura; Exmo. Sr. D. Mateo Del Pozo, digníssimo Presidente da Anaporc; Exmo. Snr. Joaquim da Conceição Dias, digníssimo Presidente da Comissão Organi-zadora do XXXIII Simpósio da ANAPORC; Exmo. Sr. Presidente da OIPORC, D. José Miguel Cordero; Exmo. Sr. Conselheiro de Agricultura e Meio Ambiente da Embaixada de Espanha, D. Juan José Granado, em representação do Sr. Embaixador; Exmo. Sr. Dr. António Pina da Fonseca, em representação do Snr. Diretor Geral de Alimentação e Veterinaria; Exmo. Sr. Dr. Henrique Sales Henriques, em representação do Snr. Diretor Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural; Exmo. Snr. Eng. David Gouveia, em re-presentação do Snr. Diretor do Gabinete de Planeamento e Políticas; Exmo. Snr. Diretor Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Eng. Nuno Russo; Exmo. Presidente do Grupo de Trabalho do Copa Cogeca, Eng. António Tavares; Exmo. Acessor da Anprograpor, D. António Del Barrio; Exma. Bastonaria da Ordem dos Médicos Veterinários, Prof. Dra. Laurentina Pedroso; Exmo. Snr. Dr. António Matos, em represen-tação da Sociedade Cientifica de Suinicul-tores;

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

mesmo, não seria naturalmente possível. Poucas palavras pretendo mais referir, ape-nas que desejo que este Simpósio reforce o conhecimento e a valorização técnica do sec-tor, e ainda que abra caminho ao reforço das operações económicas entre os dois países, de forma a potenciar o sector Suinicola na Península Ibérica, melhorando as condições, para o reforço da sua posição no contexto porcino mundial.

Aos Sunicultores pretendo reafirmar--vos que este momento só é possível por-que existimos, porque continuamos a pro-duzir nutrientes, nomeadamente proteínas seguras para a alimentação da humanidade. Somos com orgulho o elo mais forte desta imensa cadeia. Desejo que todos se orgulhe-mos deste facto.

Deixo-vos a minha convicção de que te-remos em 2013 preços compensadores, pese embora, os elevados custos de produção, principalmente das matérias-primas.

É preciso continuarmos a acreditar com determinação. Bons tempos vêm a caminho.

À Administração deixo um pedido: - que reforce os laços de intercâmbio e a cumplicidade pro-ativa com a actividade, de forma a contribuirmos para o reforço de tão vital sector, na economia dos países.

A todos realçar a alegria que temos em Vos receber. Desejar que desfrutem da be-leza da nossa Lisboa, da hospitalidade dos portugueses, da nossa gastronomia e do pro-grama social que com que vos presenteamos. Muito obrigado.

* Presidente da Direcção da FPAS

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se habrían acabado en el tercer simposio, de modo que probablemente el cuarto no se ha-bría celebrado.

Un detalle especial que me gustaría subrayar es el hecho de que se celebre en Lisboa. Por primera vez sale del territorio es-pañol y se internacionaliza en el mejor senti-do, pues contribuye de una forma magnífica y muy positiva a la cooperación y a las bue-nas relaciones bilaterales entre ambos países. Es obligado agradecer y felicitar que esta convocatoria se haya realizado en Lisboa y aún más que el número de participantes haya aumentado notablemente sobre los que lo hi-cieron el año anterior, lo que en las actuales circunstancias tiene un especial mérito.

En esta línea de buenas relaciones bilate-rales me complace señalarles que la próxima semana celebraremos la reunión anual nú-mero 50 de la Comisión de seguimiento del

Acuerdo luso-español sobre higiene, sanidad y producción animal, que viene realizándo-se alternativamente cada año en Portugal y España y que de modo similar al que hacen ustedes en el Simposio se ocupa de anali-zar múltiples cuestiones en relación con los asuntos mencionados y otros relativos a la organización de los sectores ganaderos y a sus posibilidades futuras.

Me complace ofrecer los servicios de la Embajada para lo que consideren convenien-te en relación con el Simposio y con sus Or-ganizaciones, y finalmente quiero desearles el éxito del Simposio y el mejor futuro para sus Organizaciones y para los suinicultores que, en definitiva, son los que las sostienen y los que desarrollan el sector en la práctica diaria.

Muchas gracias. Muito obrigado.* Adido da Agricultura

Palavras do Adido Agrícola da Emb. de Espanha

... quiero desearles el éxito del Simposio y el mejor futuro para sus Organizaciones...

D. Juan José Granado *

Intervención de D. Juan José Granado, Consejero de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente en la Embajada de España

Buenas tardes a todos

Sr. Secretario de Estado, Sr. Presidente de ANAPORC, Sr. Presidente de FPAS, Sr. Presidente de la Comisión Organizadora del Simposio, Autoridades, Señoras y Señores:

Solamente unas breves palabras para agradecer en nombre de la Embajada de España su invitación para participar en la inauguración del Simposio y trasladarles el saludo del Sr. Embajador.

Quisiera felicitar a los organizadores y a los participantes en el Simposio, que al ser el número treinta y tres de los celebrados, demuestra el interés y la utilidad que tiene para todos. De no ser así estas convocatorias

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

Palavra do Secretário de Estado

... a suinicultura gera 35.000 empregos diretos e determina um volume de negócios queascende a 450 milhões de euros

Exmo. Senhor Presidente do Congresso Exmo. Senhor Presidente da Federação Por-tuguesa de Suinicultura Exmo. Conselheiro Agrícola de Espanha Exmo. Senhor Presidente da Comissão Orga-nizadora Exma. Senhora Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários Prezados Suinicultores Meus Senhores e Minhas Senhoras

É com muito gosto que, uma vez mais, constato a dinâmica de um sector produtivo, o da suinicultura, agora através de um mo-mento de reflexão técnica e científica, como este Congresso o pretende ser. Com efeito, este sector representa em Portugal um impor-tante papel no panorama socioeconómico do sector da produção primária: a suinicultura gera 35.000 empregos diretos e determina um volume de negócios que ascende a 450 milhões de euros.

O seu impacto económico traduz-se, ain-da, em 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) Agrícola, a que se acresce a produção de rações e de produtos transformados ascende, respeti-vamente, a 8,3% e 15% do PIB Agroalimentar.

Para além desta visão economicista, hoje em dia tão importante num mundo mais com-petitivo e global, permitam-me ainda referir a importância deste sector na preservação dos recursos genéticos e na valorização am-biental do nosso território, nomeadamente no montado.

Daniel Campelo *

Com efeito, o montado constitui um su-porte fundamental para a manutenção da bio-diversidade e permite um modo de produção sustentado em que o porco se insere natural-mente, permitindo em paralelo o equilíbrio ambiental, o desenvolvimento regional, a preservação das raças autóctones e a integra-ção socioeconómica das populações.

Estas populações autóctones, criadas em condições ótimas preconizadas pelas regras europeias no que respeita à preservação do meio ambiente e de bem-estar animal, as-sociadas a uma tipicidade alimentar, origi-nam produtos de grande qualidade e com características organoléticas reconhecidas,

sendo por isso valorizadas quer através dos produtos transformados quer na gastronomia regional.

Reconhecendo qualidade nos produtos nacionais e o esforço de produção nos sec-tores industriais, manifesta-se uma elevada necessidade da componente nacional no con-sumo da carne de porco. Com efeito, o con-sumo de carne de porco e derivados está na origem de importações que ascendem a 350 milhões de euros, que urge contrariar.

Tem sido reconhecido o esforço do sec-tor na sua modernização, adequação às dire-tivas comunitárias e, em particular, o sentido de procura de novos mercados e caminhos na

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valorização e reconhecimento dos produtos nacionais. Tem o Governo suportado ativa-mente este esforço e continuará a fazê-lo sempre no sentido de maior valorização e competitividade das nossas empresas e dos nossos produtores.

Nesta conquista de novos mercados, para além do envolvimento da política ex-terna protagonizada pelo Governo e das estratégias definidas pelo próprio sector, é fundamental que cada um dos interve-nientes no processo, em particular os sui-nicultores se envolva cada um “de per si” na obtenção de um estatuto sanitário dos seus efetivos que garanta que esse mesmo estatuto, não possa constituir um entrave aos seus objetivos.

Registamos, ainda, com agrado a inicia-tiva do sector em se organizar numa plata-forma interprofissional que engloba a pro-dução de alimentos compostos para animais, a produção animal e os industriais de carne e derivados. Apoiaremos, dentro das nossas competências, esta boa prática que entende-mos de louvar e de tornar exemplo para ou-tras atividades ou sectores.

Estamos crentes que tais sinergias per-mitirão uma maior eficácia na consolidação do mercado interno permitindo simultanea-mente uma maior visibilidade credibilida-de e operacionalidade nas relações com os mercados externos, incluindo as economias emergentes. Na conjuntura de mudança que a Europa atravessa, em que o sector tem de se

adaptar e dar resposta céleres, como na con-versão das explorações por força das regras de bem-estar, importa, ainda, estabelecer bases sólidas organizacionais que definam as estratégias para o futuro da produção suiní-cola. Reconhecemos e valorizamos este es-forço, sempre com o apoio e colaboração da Administração.

A suinicultura nacional deve, pois, encon-trar o seu caminho, no contexto ibérico, fazen-do juz à sua identidade e capacidade, não me-nosprezando a cooperação com o país vizinho.

Os votos de maior sucesso para este Congresso e para a Suinicultura.

* Daniel Campelo

Secretário de Estado das Florestas

e Desenvolvimento Rural

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Peri-weaning failure to thrive syndrome (PFTS) (Síndrome catabólicopós-desmame dos leitões)

Pedro M. S. Lopes *

ResumoO síndrome PFTS (Peri-weaning failure

to thrive syndrome) é uma condição clínica observada em leitões de recria, com início de uma a duas semanas após o desmame, caracterizada por anorexia, letargia e de-bilidade progressiva conduzindo à morte por caquexia ou eutanásia. Apenas uma parte dos leitões de cada grupo é afectada, continuan-

do os leitões que não manifestam sintomas a desenvolver-se normalmente. A etiologia do processo ainda não é conhecida à data de hoje, embora esteja a ser investigada por vários grupos. Na necrópsia dos animais af-ectados não se encontram lesões característi-cas das doenças mais comuns dos leitões. A pesquisa dos agentes etiológicos das doenças da recria dá também resultados negativos. O tratamento dos animais afectados com

os medicamentos convencionais não surte efeito, sendo a melhoria das condições de alojamento e o fornecimento de alimentação líquida, duas das formas de minorar os efei-tos do problema.

IntroduçãoNos últimos 3 anos observámos que em

algumas suiniculturas se verifica com regulari-dade taxas de mortalidade em leitões de recria

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superiores a 3%, sem que se consiga identificar objectivamente, quer um agente causal respon-sável, quer um tratamento/profilaxia eficaz.

No mesmo período de tempo vários au-tores publicaram trabalhos sobre casos clíni-cos semelhantes, tendo sido sugerido um nome para este novo síndrome, inicialmente Post-weaning wasting/catabolic syndrome (PWCS), e mais recentemente Peri-weaning failure to thrive syndrome (PFTS). No con-gresso da IPVS de 2010 em Vancouver, um grupo de investigadores chegou a um con-senso sobre as bases de definição da doença e em Maio de 2011 a AASV dos EUA pub-licava um manual de definição e caracteriza-ção da doença, aceite internacionalmente. Em Portugal não existe uma proposta ofi-cial para a nomenclatura da doença, embora “Sindrome catabólico pós-desmame” pareça ser uma tradução usada com frequência.

A incidência da doença a nível mundial está descrita sobretudo no Canadá, nos EUA, em Espanha e em Portugal. Um estudo re-

cente das universidades de Guelph, Sash-katchewan e Iowa revelou os resultados de um inquérito a 1927 unidades de recria nos EUA e Canadá, revelando uma prevalên-cia média de 4% de explorações afectadas, sendo a percentagem de leitões afectados na recria inferior a 10% na larga maioria dos ca-sos, com muito poucos a atingir os 25% de animais afectados.

Quadro clínicoO início da sintomatologia observa-se

logo a partir dos 5 dias após o desmame, em cerca de 10% dos leitões dos vários in-tervalos de peso, afectando por igual leitões leves e pesados. No dia do desmame não se consegue identificar quais os leitões que vão ser afectados. Passados poucos dias os leitões apresentam sinais de depressão, anorexia, emaciação, têm relutância em movimentar-se e perdem peso de forma constante, não recuperando o apetite, e atingindo em cerca de 2 semanas um estado de caquexia que ter-

mina normalmente na eutanásia desses ani-mais para evitar prolongar o seu sofrimento. Os leitões afectados manifestam desde cedo uma relutância em consumir ração, mesmo lacto-iniciadores da mais alta qualidade ou inclusive leite artificial.

É comum observar os leitões afectados encostados a uma divisória, sem se movi-mentarem, deprimidos, e por vezes com movimentos de mastigação repetidos.

As várias tentativas de tratamento com antibióticos injectáveis resultam infrutíferas, inclusive com os macrólidos e cefalospori-nas mais recentes do mercado. Também não funcionam os esquemas de profilaxia vacinal contra PRRS, PCV2, doença de Glässer ou Pneumonia enzoótica. Todas as tentativas médicas para salvar estes doentes resultam em frustração.

Lesões encontradasÉ referido na pouca literatura disponível

um conjunto de lesões encontradas com

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frequência na necrópsia de leitões afecta-dos, como sejam a rinite supurativa, gastrite superficial, enterite com atrofia das vilosi-dades, colite superficial e atrofia do Timo.

Na necrópsia de leitões afectados é fre-quente não se encontrar lesões macroscópi-cas típicas das patologias mais comuns em leitões de recria, no entanto um dos achados de necrópsia mais consistentes que encontramos, em cerca de 90% dos casos, apesar de não ser referido na bibliografia recente, é a atrofia da parede de ambos os ventrículos do coração, com maior relevo no ventrículo esquerdo.

As lesões encontradas por nós em leitões com caquexia podem resumir-se da seguinte forma:

Caquexia, por vezes edema SC a nível dos membros;

Perda/ alteração da gordura sub-cutânea; Linfonodos sem alterações importantes;Estômago e Intestinos sem conteúdo

nem lesões visíveis, por vezes exsudado cla-ro na cavidade abdominal;

Por vezes Hepatomegália, Baço, Rim sem alterações importantes

Pulmão normal, por vezes exsudado cla-ro na cavidade toráxica e no saco pericárdico.

Atrofia do TimoPor vezes alterações da morfologia do

coraçãoUm trabalho recente do colega Duarte

Gonçalves, realizado durante a elaboração da sua tese de mestrado em ciências veteri-nárias, revela o tipo de lesões encontradas na necrópsia de 50 leitões com caquéxia no pós--desmame. Tabela 1.

Quanto à insuficiência cardíaca conse-quente às lesões ventriculares acima mencio-nadas, é provável que tenha uma implicação directa no quadro de sintomas que observa-mos, embora ainda não tenhamos resultados laboratoriais que nos esclareçam sobre a sua origem. Suspeitamos que exista um agente causal que se manifesta em determinados animais e não noutros, como resposta a um determinado factor de estímulo (ver tab. 1).

Agentes etiológicosEm relação a resultados de pesquisa de

agentes causais em laboratório, em todos os casos não se conseguiu identificar nenhum agente causal relevante, sendo isolados com frequência agentes comensais sem provável implicação no quadro clínico. Não se conse-guiu relacionar a sintomatologia quer com PCV2, quer com PRRS, quer com doença de Glässer ou estreptocócias. Os agentes entéricos mais comuns também foram alvo de pesquisa por várias tentativas mas sempre sem sucesso.

Material enviado: Sangue, Cadáveres, Zaragatoas rectais e nasais, Fezes, Pulmão, Linfonodos, Rim, Fígado, Coração com alte-rações, Ração, Água.

Análises solicitadas: Histopatologia, Bacteriologia, PCR, ELISA, ISH, Parasito-logia, Toxicologia, Micotoxinas.

Agentes pesquisados: PRRS, PCV2, SIV, Mhyo, HPS, E.coli, Salmonella, LI, Parasitas, PMtc, BB, ADV, TTsuV, PRCV.

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Foram isolados os seguintes agentes cau-sais, que podemos considerar como parte do microbismo comensal normal de leitões de

recria, sem ter por isso significado patológi-co: E. coli; Streptococcus suis I; Salmonella sp.; PCV2; Lawsonia intracelularis.

Tabela 1: Duarte Gonçalves, 2012, Tese de Mestrado FMV-ULHTPor exemplo, a administração de vacinas contra a pneumonia enzoótica no dia do des-mame, potencia o aparecimento de mais do dobro dos casos de PFTS, nas explorações afectadas.

Em resumo, estes resultados são incon-clusivos quanto à origem do problema.

Resultado de tratamentos e programas de vacinação.

Foram testados vários tratamentos antibióticos nos animais afectados com caquexia, logo no início dos sintomas, com Ceftiofur; Tulatromicina; Amoxicilina; Colistina; Tilosina; Enrofloxacina; Mar-bofloxacina, aplicados por via injectável nos animais afectados, ou nos primeiros dias após o desmame como metafilaxia em leitões sem sinais clínicos. Os resulta-dos foram nulos ou inconclusivos, acres-centando no entanto um custo elevado com medicamentos para a exploração.

Testaram-se igualmente programas de vacinação contra PRRS, PCV2, H. para-suis e S. suis II, aplicados ainda durante a fase de lactação ou no dia do desmame sem conseguirmos reduzir o número de leitões afectados nos lotes seguintes. Acabou por acontecer exactamente o contrário: quando se aplicaram vacinas aos leitões no dia do desmame ou durante a semana seguinte, veri-

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Jornadas Técnicas

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ficamos um aumento significativo do número de casos.

Quando retiramos a vacina a incidência baixou para metade.

Susceptibilidade à doençaExistem vários grupos de investigação

que estão a trabalhar para demonstrar a maior susceptibilidade de determinados indivíduos a certas doenças. A teoria baseia-se na hipó-tese de existirem certos genes que codificam a capacidade do sistema imunitário para lidar com determinados agentes agressores. Por exemplo, já se demonstrou que é possível seleccionar linhas de leitões mais resistentes às infecções por E. coli, portanto menos sus-ceptíveis a problemas de diarreias. O mesmo parece ser verdade para o PCV2.

Verifica-se também em relação ao PFTS que certas linhas genéticas apresentam mais casos do que outras, em determinadas condições de exploração.

É por isso importante investigar mais sobre esta hipótese e tentar perceber se na exploração afectada conseguimos relacio-nar os leitões afectados com determinado macho, com recurso a testes de paterni-dade.

Abordagem terapêuticaParece ser mais eficaz o tratamento dos

leitões afectados tendo em mente que esta-mos a cuidar de um animal com uma poten-cial insuficiência cardíaca. Mudar os leitões afectados para um ambiente tranquilo, com excelente qualidade do ar (de preferência ao ar livre) e excelente conforto ambiental, aliado ao fornecimento de alimento líquido de fácil ingestão e elevada digestibilidade, pode salvar mais de metade dos leitões com sintomas.

Colocar um prato com uma bebida ener-gética tipo “cola” tem dado resultados sur-preendentes na recuperação destes animais.

Estamos a testar igualmente a aplicação de determinadas vitaminas com efeito anti-oxidante, como por exemplo a Vitamina E, na altura do desmame, embora sem resulta-dos conclusivos. A aplicação de medicamen-tos anti-catabólicos também parece ter resul-tados positivos.

ConclusõesO PFTS é uma doença multifactorial que

afecta uma parte (menos de 10%) dos leitões de um grupo, que na altura do desmame não manifestava qualquer sintoma, nem dava qualquer sinal de que poderia vir a ser afecta-do. Parecem haver factores de sensibilidade individual importantes que condicionam o aparecimento dos sintomas, após a exposição a determinados factores desencadeadores, ai-nda não identificados.

Não se conhece qual o agente causal deste problema, mas sabe-se que não tem nada a ver com os agentes etiológicos co-muns em leitões de recria. As lesões cardía-cas encontradas em animais afectados levam-nos a pensar que o tratamento destes animais deve contemplar medidas apropriadas a insu-ficientes cardíacos. Os tratamentos conven-cionais não resultam. Apenas a melhoria das condições de alojamento, conforto e de oxi-genação, em conjunto com uma alimentação líquida, parecem ter algum resultado.

*Médico veterinário,

PMS - Serviços Veterinários, Lda.

Bibliografia*1. Dufresne L, Fangman TJ, Henry S.

Post-weaning catabolic syndrome:

complexities and perspectives. Proc Allen D. Leman Swine Conf. St Paul, Minne sota. 2008:79–85.

*2. Gauvreau H, Harding J. Why are these nursery pigs dying? An on-going field investigation into a farm with elevated nursery mortality as-sociated with non-PRRS/PCV2 post weaning starvation. Proc Western Canadian Assoc Swine Vet Conf. Saskatoon, Saskatchewan. 2008.

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*4. Harding JCS. Swine health chal-lenges and emerging diseases in Western Canada: what’s on the horizon? Proc Saskatchewan Pork Industry Symp. Saskatoon, Saskat-chewan. 2010:19–20.

*5. Friendship B, Harding J, Henry S. Periweaning failure to thrive syn-drome (PFTS) – difficulties of inves-tigating an emerging clinical pro-blem. Proc Allen D. Leman Swine Conf. St Paul, Minnesota. 2010:73–78.

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7. Huang Y, Gauvreau H, Harding J. Diagnostic investigation of porcine periweaning failure to thrive syn-drome (PFTS): Lack of compelling evidence linking to common por-cine pathogens. J Vet Diag Invest. In press.

8. Pensaert MB. Hemagglutinating encephalomy elitis virus. In: Straw BE, Zimmerman JJ, D’Allaire SD, Taylor DJ, eds. Diseases of Swine. 9th ed. Ames, Iowa: Blackwell Publishing Pro-fessional; 2006:353–358.

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Higiene dos alimentosde alimentos compostos, instrumento funda-mental para a determinação dos potenciais riscos existentes no alimento, que de uma forma simples, podem ser divididos em Ris-cos Químicos, como os metais pesados ou as dioxinas, Riscos Físicos, como qualquer ob-jecto não pertencente ao alimento composto e os Riscos Biológicos como pragas ou ou-tros tipos de microorganismos.

Os tipos de microorganismos que encon-trámos no alimento composto, poderão ser agrupados em três familías, Vírus, Fungos (Bolores, Leveduras, etc…) e Bactérias.

Está descrito na literatura a presença de vírus como o da Peste Suina Africana e da Peste Suína Clássica, assim como o da Febre Aftosa ou da Febre Vesiculoso, apesar deste tipo de ocorrência ser pouco comum. Nor-malmente a contaminação de alimentos com-postos por vírus está relacionada com a uti-lização de subprodutos de origem animal no seu fabrico, como ocorreu em 2001 no Reino Unido com o surto de Febre Aftosa ou na Coreia do Sul com um surto de Peste Suína Africana em 2005. Devido à sua capacidade de infecção, os vírus apresentam um perigo acrescido, principalmente pela deslocação de matérias-primas para as fábricas e dos alimentos compostos para as explorações, podendo os carros de transporte funcionarem como vectores de disseminação.

Os fungos frequentemente encontrados nos alimentos compostos são das familías

Aspergillus, Fusarium, Penicililum e Rhi-zopus, sendo o tipo de microorganismos pa-togénicos com maior grau de incidência de contaminação em toda a cadeia. O seu efeito tende a ser de dois tipos, produtores de mi-cotoxinas com todos os seus efeitos tóxicos (Zearolona, Ocratoxina, Aflotoxina, etc…) e o principal tipo de agente causador da dete-rioração do alimento composto armazenado.

No Quadro n.º 1, podemos observar o grau de contaminação de vários tipos de amostras de matérias-primas, onde a família dos cereais tem a maior incidência, sendo o substrato de preferência para o desenvolvi-mento dos Fungos e onde é mais importante actuar para o seu controlo. (ver Quadro 1)

A contaminação dos alimentos compos-tos por bactérias é feita principalmente pela entrada de matéria-prima já contaminada na origem, ou seja, na altura do seu ciclo pro-dutivo em cultura. O solo onde são cultiva-das as diversas matérias-primas é o principal vector de contaminação, principalmente, nos momentos onde existe movimentações des-ses solos, como as sementeiras ou as colhei-tas, o pó levantado por esses intervenções dissimina as populações de bactérias que lá se encontram, fortes ventos, temperatura amena e alta humidade são tudo factores que facilitam essa disseminação (Stotzky, 1997). O uso de efluentes como instrumento de fer-tilização, quer originários em pecuárias de produção animal, quer originários das ETAR

AmOSTRAS RESULTADOSPOS >100³ UFC/GR

CEREAIS n=474

16.7%

SUBPRODUTOS CEREAIS n=133

0.8%

CONCENTRADOS PROTEICOSn=326

0,0%

PRODUTOS FIBROSOSn=68

2,9%

BACTÉRIAS CEREAIS SUBPRODUTOS CEREAIS

CONCENTRADOS PROTEICOS PRODUTOS FIBROSOS

CLOSTRIDIUMPERFRINGENS> 100 UFC/GR

n = 469 n =130 n = 323 n = 68

0.9% 10.8% 0.0% 8.8%

E.COLI>10 UFC/GR

n = 479 n = 134 n = 377 n = 71

>10 UFC/GR 14.9% 3.5% 4.2%

SALMONELLAPRESENTE

n = 477 n = 133 n = 516 n = 87

0.8% 0.0% 1.4% 2.3%

Quadro n.º 1: Dados Vetalmex/Adiveter Maio – Julho 2012 Quadro n.º 2: Dados Vetalmex/Adiveter Maio – Julho 2012

O objectivo deste artigo é fazer uma re-visão bibliográfica dos desafios apresentados aos fabricantes de alimentos compostos e produtores de forma a obterem um alimento com a qualidade adequada para o desenvolvi-mento dos seus animais. É referido as princi-pais vias de contágio dos alimentos compos-tos, os agentes microbiológicos normalmente encontrados, com enfoque nas bactérias e são abordadas algumas medidas de controlo.

De acordo com o dicionário da língua portuguesa, Alimento está definido como “o que serve para assegurar a vida aos animais ou vegetais”, o que se traduz na perpectiva da produção intensiva de suínos em alimentos compostos e em água.

O Regulamento Comunitário N.º 183 de 2005 define que a Higiene do Alimento “sig-nifica todas as medidas e as condições para controlar os riscos e assegurar a aptidão para o consumo animal”, esta definição abrange tudo o que está relacionado com o alimento no sentido de o tornar mais salubre, desde da matéria-prima ainda por semear e colher, o transporte, o armazenamento, o fabrico do alimento composto até ao seu consumo final pelos nossos animais.

Este mesmo Regulamento Comunitário N.º183 de 2005 estabeleceu a implementação do sistema HACCP nas unidades de fabrico

Ricardo Mesquita *

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de resíduos humanos, são o principal factor de contaminação dos solos. A forte presen-ça de animais silváticos em zonas de cultura agrícola também funciona como um vector de transmissão de contaminantes. Está referi-do a presença de E. coli e de Salmonella spp. até 8 semanas no solo (Temple et al., 1980).

No Quadro n.º 2 podemos observar o grau de contaminação dos diversos tipos de matérias-primas em relação às três principais bactérias encontradas nos alimentos compos-tos. Os subprodutos de cereais são a família de matérias-primas que apresentam maior conta-minação, seguidos dos produtos fibrosos. Estes

tipos de matérias-primas são muitas vezes um subproduto de menor valor económico, sendo a sua produção e conservação mais descuidada. Será importante realçar que apesar de se en-contrar em valores baixos, comparando com as outras bactérias, a presença de Salmonella spp está regulamentada, sendo obrigatório a sua ausença, quer em matérias-primas, quer nos alimentos compostos(Reg.CE N.º 183/2005), (ver quadro 2).

Os Clostridium spp. mais frequentes nas matérias-primas e nos alimentos compostos são o Perfringens e o Botulinum. São bac-térias com grande resistência nos solos de-vido à sua capacidade de formar esporos, conferindo-lhes uma grande longevidade e uma capacidade de resistir em condições ad-versas, inclusive a altas temperaturas (Gree-nham et al., 1987), são anaeróbios e estão presentes nos tratos intestinais de diversos animais, incluindo nos suínos.

A E. coli será talvez a espécie mais fre-quente de encontrar nas matérias-primas, sendo que a sua presença é um indicador cla-ro da contaminação dos solos ou das culturas por efluentes de origem animal ou humana (Geornaras et al., 2001). São muito comuns

BACTÉRIAS CEREAIS SUBPRODUTOS CEREAIS

CONCENTRADOS PROTEICOS PRODUTOS FIBROSOS

CLOSTRIDIUMPERFRINGENS> 100 UFC/GR

n = 469 n =130 n = 323 n = 68

0.9% 10.8% 0.0% 8.8%

E.COLI>10 UFC/GR

n = 479 n = 134 n = 377 n = 71

>10 UFC/GR 14.9% 3.5% 4.2%

SALMONELLAPRESENTE

n = 477 n = 133 n = 516 n = 87

0.8% 0.0% 1.4% 2.3%

Quadro n.º 2: Dados Vetalmex/Adiveter Maio – Julho 2012

nos tratos intestinais dos suínos, muito resis-tentes em ambientes secos, com capacidade de resistirem à granulação, como a E.Coli O157 altamente infeciosa para o seres huma-nos (Riordan et al., 2000).

A Salmonella spp. , comparada com as outras bactérias referidas, é aquela que está menos presente nas matérias-primas e nos ali-mentos compostos, mas será a mais relevante, quer pela sua regulamentação actual, quer pelo que se perpectiva a legislção possa ser no fu-turo, com o avançar de planos de erradicação. É uma bactéria com uma grande capacidade de disseminação por diversos animais e por diver-sos tipos de plantas (Maciorowski et al., 2004), muito resistente em ambientes de baixa humi-dade (Juven et al., 2004), e com capacidade de resistir a temperaturas elevadas. Existe nas diversas publicações algumas discrepâncias em termos analíticos para a sua detecção e quanti-ficação, sendo este um dos grandes obstáculos ao seu controlo e erradicação.

O controlo das populações de bactérias no alimento destinado para a produção ani-mal, terá que englobar o campo, onde se ori-gina as matérias-primas, e a fabrica onde se produz o alimento composto.

Sendo a utilização de efluentes animais ou humanos como fertilizante, o principal factor de contaminação dos solos, a sua ma-nipulação assume uma grande importância. A aplicação de um princípio de quarentena aos efluentes de um período de 2 meses antes da sua aplicação nos terrenos agrícolas é um método bastante eficaz de diminuir a conta-minação dos solos, assim como a utilização de métodos térmicos ou quimicos para con-trolo das populações bacterianas. A aplicação de um intervalo de segurança entre a aplica-ção deste tipo de efluentes e a colheita das matérias-primas também é um instrumento para a diminuição da sua contaminação.

Seguindo o enquadramento legal em vi-gor, todo o transporte das matérias-primas para as fábricas, assim como o seu armazena-mento, deve seguir com máximo rigor todos os cuidados de limpeza e correcta manipula-ção, sendo importante a aplicação do sistema HACCP nesta fase da cadeia.

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Bem-estar Animal

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Afim de assegurar a correcta higiene durante o processo de fabrico de alimento composto é necessário actuar a dois níveis, na fábrica e equipamentos utilizados por um lado e por outro na metodologia específca no fabrico, para o controlo das bactérias directa-mente no alimento composto.

Todo o desenho da fábrica deve ser pen-sado para facilitar a sua limpeza. Os equipa-mentos devem ser de fácil acesso e de fácil limpeza, sendo fundamental a implementa-ção de um programa de higiene que abran-ga toda a fábrica. O controlo dos possíveis vectores de contaminação externos, como

pragas e passáros, é fundamental. Será im-portante recordar que o pó é um também vector de transmissão, quer o que é gerado dentro da fábrica como aquele que possa vir do exterior. A utilização de desinfectantes se-cos é também um instrumento importante. A aplicação de um programa de monitorização

CL. PERFRINGENS> 100 UFC/GR

E.COLI>10 UFC/GR

SALmONELLAPRESENTE

TEGÃO 35.3% n=17 55.6% n=18 11.8% n=17

SILO MP 40.0% n=5 20.0% n=5 0.0% n=5

MOINHOS 0.0% n=2 50.0% n=2 0.0% n=2

MISTURADORA 6.7% n=15 18.8% n=15 0.0% n=16

GRANULADORA 9.1% n=11 25.0% n=17 0.0% n=11

ARREFEÇEDOR 0.0% n=10 0.0% n=10 0.0% n=10

SILOS PA 0.0% n=8 35.3% n=8 0.0% n=8

ENSAQUE 33.3% n=3 33.3% n=3 0.0% n=3

Quadro n.º 3: Dados Vetalmex/Adiveter Maio – Julho 2012

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é uma forma bastante relevante de controlar possíveis contaminações instaladas na pró-pria fábrica (ver quadro 3).

No Quadro n.º 3 podemos observar o grau de contaminação de diversos equipa-mentos de fabrico de alimentos compostos. É de realçar que é no tegão onde se verifica a maior contaminação, o que está directamente ligado ao facto de ser o equipamento mais exposto da fábrica ao exterior e o ponto de entrada das matérias-primas. Sendo as maté-rias-primas o principal meio de contamina-ção, o seu armazenamento nos silos também apresenta um grau de contaminação elevado. Pode-se verificar que no arrefeçedor, onde se encontra o alimento composto após a granu-lação e onde foi sujeito a temperaturas ele-vadas não apresenta nenhuma amostra com resultados positivos.

A granulação é o método directo mais simples de controlar a contaminação por mi-croorganismos no alimento composto (Da-vies and Wray, 1997). A granulação a 85.7 ºC, durante 4 mim, com 14,5% de humida-

de são as condições optímas para a redução das populações de E. coli e de Salmonella spp. (Ekperigin et al., 1990), mas a 90 ºC os esporos de Clostridium spp. são resistentes (Maciorowski et al.,2004), apesar de na prá-tica do fabrico de alimentos compostos para suínos não se trabalhar com estes valores de temperatura. A eficácia da granulação, como já foi referido, é influenciada pela temperatu-ra, tempo do processo e pela humidade, mas também pela composição do alimento com-posto. A utilização de expander, 100-120 ºC, durante 10 segundos a 16-18% humidade, não é muito comum no fabrico de alimentos compostos para suínos, mas é um método bastante eficaz na diminuição da contamina-ção. Este apresenta um alto custo energético e pelas temperaturas utilizadas, uma grande degradação proteica. Talvez a questão mais pertinente de realçar sobre a eficácia dos tra-tamentos térmicos, é que após a sua aplica-ção, não se evita a recontaminação, ou seja, não são uma garantia total de que quando o animal ingere o alimento composto, este não

possa estar de novo contaminado por tudo que está implicado entre o fim da granulação e o comedouro na exploração. Este facto tem sido um dos grandes obstáculos ao sucesso de controlo da Salmonella.

No quadro abaixo, podemos observar o efeito positivo da granulação sobre as popu-lações de bactérias (ver quadro 4)

A granulometria da ração também pode ter um papel no controlo das populações bac-terianas patogénicas no trato intestinal dos animais, não por diminuir a carga bacteriana do alimento composto, mas por ajudar o pró-prio animal a combater as eventuais infec-ções. Alimentos compostos com moagem de maior calibre provocam uma diminuição do pH gástrico, devido a uma maior acumula-ção de ácidos orgánicos naturais no estomá-go, assim como uma maior retenção de água e uma menor diminuição da velocidade de esziamento do estomágo, ajudando ao cres-cimento da flora natural, resistindo melhor à colonização por bactérias patogénicas e até apresentando melhores resultados de ganho

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médio diária e de índice de conversão (Mi-kkelsen et al., 2004).

A forma mais directa e económica de com-bater a contaminação por bactérias, no proprio alimento composto e no trato intestinal dos animais, é a utilização de ácidos orgânicos, que têm a vantagem serem bastante estáveis, sendo fácil o seu manuseamento. Não deixam resí-duos nos animais, quer por serem directamente metabolizados ou por serem protegidos, sendo excretados sem absorção intestinal. A sua acção antibacteriana carateriza-se pela capacidade de alterarem a regulação intracelular do pH das bactérias (Immerseel et al., 2006) através da dissociação dos seus iões, levando a uma di-minuição do pH do meio onde se encontram,

assim como um efeito tóxico directo sobre as bactérias. Os vários tipos de ácidos orgânicos têm diferentes capacidades inibitórias, o ácido fórmico tem uma capacidade de inibição do crescimento de Salmonella Typhimurium su-perior do que o ácido láctico (Diebold e Eidesl-sburger, 2006). A eficácia os ácidos orgánicos sobre a E. coli varia conforme as diferentes estirpes (Buchanan e Edelson, 1999), sendo ne-cessário pesquisar qual o ácido mais eficaz para cada caso concreto. Normalmente as estirpes mais virulentas tendem a ser mais resistentes.

A eficácia dos ácidos orgánicos é in-fluenciada por vários factores, como o pH do meio, quanto mais baixo for, mais eficaz é a acção do ácido), a humidade em que valores

BACTÉRIASRAÇÃO SUINOS

FARINHA GRANULADO

CLOSTRIDIUMPERFRINGENS> 100 UFC/GR

n = 317 n = 203

3.2% 1.0%

E.COLI>10 UFC/GR

n = 316 n = 207

13.3% 4.2%

SALMONELLAPRESENTE

n = 322 n = 301

1.9% 0.3%

Quadro n.º 4: Dados Vetalmex/Adiveter Maio – Julho 2012

mais elevados de humidade diminuem a sua eficácia e a própria composição do alimento composto onde valores mais elevados de pro-teína ajudam a proteger as bactérias contra o efeito da diminuição do pH (Waterman e Small, 1998).

A acção dos ácidos orgánicos ocorre quer directamente no alimento composto, quer no interior dos animais, dando-lhes uma capaci-dade de actuarem durante períodos prolonga-dos de tempo, evitando assim a recontamina-ção da ração após o tratamento. Apresentam a desvantagem da sua acção demorar algum tempo até atingir o máximo de eficácia, sig-nifica isto, que é necessário estabeleçer um determinado intervalo de tempo entre o fabri-co do alimento composto e a sua expedição para a exploração.

O assegurar de uma boa qualidade dos alimentos compostos que disponibilizamos aos nossos animais, é actualmente uma peça fundamental no alcançar da melhor produti-vidade possível. Com as presentes e futuras proibições da utilização de antibióticos e outros aditivos, que no passado, facilmente nos permitiam o controlo das contaminações por microorganismos patogénicos no trato intestinal dos suínos, a correcta higiene dos alimentos compostos é e será no futuro um dos grandes desafios que se apresenta à pro-dução animal.

*Médico veterinário

Referências:Regulamento CE N.º 183 de 12 de Ja-

neiro de 2005;

K.G. Maciorowski, P. Herrera, F.T. Jones, S.D. Pillai, S.C. Ricke, 2006. Effects on Poultry and livestock of feed contamination with bacteria and fungi;

D.J. Taylor, 1999. Pig Diseases;

Scientific Opinion of the Panel on Biolo-gical Hazards, 2008. Microbiological risk assessment in feedingstuffs for food-producing animals. The EFSA Journal.

A.D. Wales, V.M. Allen, R.H. Davies, 2010. Chemical Treatment of Ani-mal Feed and Water for the Control of Salmonella.

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A peste suína africana (PSA),uma ameaça para a suinicultura na União Europeia

Carlos Martins *

A peste suína africana (PSA) é uma doença de declaração obrigatória que causa efeitos devastadores em suinicultura e que tem grande impacto socioeconómico nos países afetados.

É causada por um vírus complexo, o úni-co membro da família Asfarviridae, com cer-ca de 200 nm de diâmetro, com um genoma constituído por ADN que codifica para mais de cem proteínas, entre as quais, proteínas estruturais do virião, enzimas de replicação e proteínas que interferem com os mecanismos de defesa do hospedeiro (ver Fig. 1).

O vírus da peste suína africana (VPSA) multiplica-se fundamentalmente nos ma-crófagos dos suínos infetados. Os macró-fagos são células do sistema mononuclear fagocitário que desempenham um papel fundamental na orquestração de respostas de defesa dos mamíferos contra infeções e a sua destruição pelo VPSA constitui fator decisivo para a destabilização dos meca-nismos imunitários do Suíno face à agres-são por este agente.

O VPSA replica-se no citoplasma da célula hospedeira em corpos de inclusão justa-nucleares e os viriões maduros adqui-rirem um invólucro externo constituído por

Fig. 1 - Esquema simplificado da estrutura do VPSA. Original, Solange Gil

produtos celulares adquiridos quando o vírus abandona a célula infetada através de um processo de gemulação (Fig. 2), o que difi-culta o seu reconhecimento por mecanismos de proteção.

O VPSA infecta todos os membros da família Suidae e argasídeos (carraças moles) do género Ornithodoros (Ornithodoros mou-bata em África e Ornithodoros erraticus du-rante a persistência da doença na Península Ibérica).

A PSA foi descrita pela primeira vez no Quénia por Montgomery em 1921 (revisto por Penrith et al, 2004) e desde então per-siste de forma enzoótica ou ocorre em surtos epizoóticos na maioria dos países subsaria-nos (Fig. 3).

Para além de África, o primeiro surto de PSA foi identificado em Lisboa em 1957, por infeção causada em suínos domésticos em zona limítrofe do aeroporto de Lisboa, ali-mentados com restos de refeições utilizadas em voos originados de Angola. Após um si-lêncio epizoótico, a doença é introduzida de novo na zona de Lisboa em 1960 e a partir de então foi identificada em Espanha e outros países na Europa, nas Caraíbas e América do Sul (Brasil), tendo persistido em Portugal e Espanha até início do anos noventa e até à data apenas na Ilha da Sardenha em Itália (Fig. 4).

O silêncio epidemiológico de PSA du-rante mais de uma década, na esmagadora maioria dos Países da União Europeia, al-

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

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cançado por implementação de normas rígi-das de prevenção, controlo e erradicação, é atualmente colocado em jogo com o recru-descimento de focos de doença em África e com a sua introdução e dispersão a partir de 2007, com origem na África Oriental, em di-ferentes países da região do Cáucaso (Geór-gia, Arménia, Azerbaijão, Federação Russa), (Fig.5). Em Julho de 2012 foi declarado um foco na Ucrânia, até à data considerado con-trolado. Segundo a FAO, até 2011 morreram de PSA ou foram sacrificados no âmbito e implementação de medidas de controlo e er-radicação, cerca de 300.000 suínos com per-

das económicas estimadas em cerca de 240 milhões de dólares (FAOa), (Fig. 5).

Os mecanismos de manutenção e de disseminação da PSA em África e na Eu-ropa de Leste são diversos e complexos. Enquanto em África a doença se mantem através de ciclos epidemiológicos entre argasídeos, suideos selvagens e suínos do-mésticos, na Europa de Leste e na Ilha de Sardenha, onde até à data não se reconhece o papel de argasídeos na transmissão da doença, a sua manutenção e disseminação ocorrem direta e indiretamente entre suí-nos domésticos doentes e sãos envolven-

do-se ainda os javalis europeus (Sus scro-fa) igualmente suscetíveis.

O VPSA infecta os suínos domésticos através da via oral - nasal ou através da pele por picada de argasídeos infetados que neles se alimentam, causando diferen-tes formas clínicas de doença no hospe-deiro que variam de hiperagudas, agudas, subagudas, crónicas a inaparentes (Fig. 6). As formas clínicas agudas, que ocor-rem frequentemente quando da introdução de novo da doença em regiões livres, são caracterizadas por hipertermia (40,5 – 42º C), leucopenia e trombocitopenia preco-

Fig. 2 - Replicação do VPSA em macrófago de suíno e sua saída da célula por processo de gemulação. Fotografias de exames por microscopia eletrónica. Originais de Moura Nunes, J.F., Vigário, J.D., Terrinha, A.M., 1975.

Fig. 3 - Ocorrência da PSA em África

Focos reportados pela OIE 2005-2010

Doença restrita a certas áreas / regiões do país em 2010

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ces, aumento do ritmo cardíaco e respirató-rio, vómitos, diarreia por vezes sanguino-lenta, corrimento ocular, aborto, anorexia, apatia, incoordenação da marcha, diminui-ção de apetite. A morte ocorre num período entre 5 a 15 dias após o início da doença, dependendo da virulência do isolado viral e da dose infeciosa, podendo atingir 100% dos animais afetados. Animais sobreviven-tes desta forma de doença ou de outras, são portadores de vírus e desempenham um pa-pel importante na sua disseminação e ma-nutenção (Fig. 6).

Os quadros lesionais da PSA podem confundir-se com os de outras doenças como a peste suína clássica (PSC) e doen-ças septicémicas de origem bacteriana. No entanto, e de forma geral, as lesões de PSA são caracterizadas, nas formas agudas

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Fig. 4 - Disseminação da PSA para além de África, século XX

e subagudas da doença, por congestão e hemorragia mais ou menos acentuadas de tecidos e órgãos, nomeadamente na pele,

mucosas, órgãos linfoides, tratos diges-tivo, respiratório e urinário, como exem-plificado na Figura 7. Em formas crónicas

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de doença ocorridas na Península Ibérica, verificaram-se lesões necróticas da pele, articulações e pulmões (Fig. 8).

A PSA transmite-se direta e indiretamen-te de animais doentes a sãos através de pro-

dutos contaminados como resumidamente se descreve na Figura 9. Devido às característi-cas do agente causal, à sua sobrevivência no meio ambiente e em produtos contaminados, aos mecanismos da sua manutenção e dis-

seminação na natureza e pelo facto de até à data não se ter obtido uma vacina eficaz, a prevenção, controlo e erradicação da doença baseiam-se na implementação de fortes me-didas sanitárias. A tomada de medidas pre-

Fig. 5 - Disseminação inicial da PSA na Europa de Leste a partir dum foco em Poti, na Geórgia em 2007

Fig. 6 - Infeção de suínos domésticos por VPSA e formas de doença

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ventivas, incluindo a elaboração de análises de risco e de planos de contingência face a potenciais ameaças de introdução da PSA, é prioritária na organização de estratégias

conducentes à proteção do espaço Europeu contra a PSA.

O diagnóstico laboratorial precoce da doença é fundamental para a tomada de de-

cisões pelas autoridades competentes para o seu controlo e erradicação. Estas medidas baseiam-se na demarcação de zonas de inter-venção onde entre outras são implementados

Fig. 7 - Lesões congestivas e hemorrágicas em formas agudas de PSA, na pele (A), Baço (B) e gânglios linfáticos (C). Originais de PIADC, EUA.

Fig. 8 - Lesões necróticas da pele (A, B) e do pulmão (C), em formas crónicas de PSA ocorridas em Portugal na década de 60. Originais de Petisca, J. N., 1965.

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o sequestro das explorações afetadas, o abate compulsivo de suínos atingidos e de suínos em contacto e sua eliminação (enterramento ou inceneração), lavagem e desinfeção de ex-plorações, vazios sanitários e repovoamento controlados, proibição de comercialização de produtos potencialmente contaminados, controlo de movimentos de animais, veícu-los e pessoas, indeminizações aos produtores (FAOb).

A persistência da PSA em África e nos países da Europa de Leste e a sua potencial disseminação por diferentes meios, agrava-das pelo incremento global de mobilidade de pessoas, animais e bens, constituem pre-sentemente sérios riscos para a suinicultura

na União Europeia, nomeadamente para os países mais próximos das zonas afetadas no Cáucaso e para os países com ligações a África. Os suinicultores, os médicos veteri-nários assistentes de explorações de suínos e as autoridades competentes, devem em todas as circunstâncias estar alertados para tais ris-cos e prosseguir as normas instituídas a nível nacional e internacional para a prevenção, controlo e erradicação de potencial incursão de PSA,

*Professor da Faculdade de Medicina Veteriná-ria da Universidade Técnica de Lisboa

Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias

Faculdade de Medicina Veterinária, Universida-de Técnica de Lisboa

Referências:

FAOa, “Pig disease outbreak in Ukraine”. Acedido em 3 de Dezembro de 2012 em:

http://www.fao.org/news/story/en/item/154778/icode/

FAOb, “Manual on the preparation of African swine fever contin-gency plans”. FAO Animal Health Manual, Version November 2011. Acedido em 3 de Dezembro de 2012 em:

h t t p : / / w w w. f a o . o r g / d o -crep/004/y0510e/Y0510E01.htm#TopOfPage

Moura Nunes, J.F., Vigário, J.D., terrinha, A.M. (1975). Ultrae-structural study of African swine fever fever virus replication in cultures of swine bone marrow cells. Arch. Virol., 49:59-66

Penrith, M.L., Thomson, G.R., and Bastos, A.D.S. (2004). African swine fever. In Coetzer, J.A.W.., Tustin, R.C., (Eds), Infectious Diseases of Livestock with Spe-cial Reference to Sotherm Africa , 2nd Ed.ition. Oxford University Press, Cape Town, 1088-1119

Petisca, N. J. (1965). Quelques as-pects morphologiques des suites de la vaccination contre la peste porcine Africaine (virose L) au Portugal. Bulletin de l ‘Office International des Epizooties 63: 199-237.

Agradecimento: Este trabalho é apoiado pelo Projeto ASFORCE, Grant Agreement KBBE- 311931, FP7, EU.

Fig. 9 - Transmissão da PSA em suínos domésticos

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... e assim foi o Simpósio

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Produtos Tradicionais PortuguesesCultura, Património,Crise e Sustento

Desde há anos que quer a título pessoal quer a título institucional tenho vindo a dizer que os produtos tradicionais ou de base tra-dicional, com qualidade assente em factores naturais – como a qualidade das matérias--primas e dos processos produtivos - e com origem conhecida – geográfica e humana - são instrumentos importantes para a valori-zação e vitalização dos seus territórios e para a economia das populações que deles fazem modo de vida e tiram sustento.

As quantidades produzidas parecem não importantes ou mesmo ridiculamente baixas aos olhos dos leigos ou dos deciso-res menos avisados. No entanto, quando avaliada a sua importância sócio-económi-ca e cultural, verifica-se que os “tradicio-nais” ocupam o território de forma susten-tável, promovem a biodiversidade, geram postos de trabalho qualificados, aumentam a atracção turística, contribuem para a coe-são territorial e cultural e permitem uma alimentação de proximidade e exclusiva-mente portuguesa. E se forem trabalhados por gente com boa formação técnica que bem os entenda, que respeite a sua base tradicional e mantenha os modos de pro-dução que estiveram na base da sua dife-renciação, é perfeitamente possível obter produtos de base tradicional, já com escala

Ana Soeiro *

industrial, sendo perfeitamente possíveis os aumentos de produção, as exigências de venda a distância ou os acondicionamentos modernos. Se houver bom senso há solu-ções técnicas possíveis que lhes permitem ir mais longe, mantendo a base tradicional!

Deveriam ainda os produtos tradicionais fortalecer o tecido económico local. No en-tanto, não é isso que está a acontecer.

Os tradicionais e até mesmo os de base tradicional têm dificuldade em subsistir, já que se encontram espartilhados entre:

• Regulamentações adversas – por culpa portuguesa, já que quase nada se legis-lou para conceder as derrogações pos-síveis pela legislação comunitária e que permitiriam sem medo, usar os tachos de cobre, as paredes de granito, os tec-tos de ardósia, as prateleiras de madeira e tantos mais métodos tradicionais que

marcam a diferença e contribuem para a qualidade e tipicidade de tantos dos nossos produtos;

• O pouco ou distorcido conhecimen-to que certos funcionários têm sobre a regulamentação comunitária e que tornam ainda mais difícil a protecção das Denominações de Origem ou das Indicações Geográficas (basta ver o tom das cartas da Comissão a solicitar correcção de erros e complementos de informação e a morosidade da deci-são dos processos portugueses para se perceber que algo vai muito mal por este sector de actividade ou de inac-tividade. E mesmo as recentes deci-sões só comprovam o afirmado já que nalguns casos os pedidos portugueses estiveram a “marinar” durante quase 5 anos!);

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Raças Autóctones ||||||||||||

• As fiscalizações feitas por técnicos de vários departamentos que usam como base de trabalho o que lhes parece e o que acham já que não existe conheci-mento aprofundado das regras de con-trolo específico para este tipo de produ-tos tradicionais e que alguns técnicos parece que mais se comprazem em criar dificuldades do que em servir o público e a res publica;

• Os licenciamentos de actividade com exigências legais e documentais ab-surdas e só existentes em Portugal, esperando-se que o DL 169/2012 traga melhorias significativas em tempo e procedimentos e coerência de exigên-cias ao longo do território nacional, e que a implementação e coordenação do processo de padronização de condições técnicas nele previsto veja rapidamente a luz do dia para que os produtores não fiquem à mercê do que acham, pensam ou resolvem os diferentes técnicos que têm nas mãos a sobrevivência de tantos produtos e o futuro de tanta gente (sa-liente-se que nunca foram publicadas as orientações técnicas referidas pelo DL 209/2008, entretanto revogado)

• Os inacreditáveis constrangimentos para a organização e venda de produtos

locais, sendo de referir que decorre há meses um trabalho de recolha de legis-lação porque nem os serviços da agri-cultura nem os diferentes corpos inspec-tivos sabem qual legis-lação que se aplica!

• A actuação desmedida dos grandes opera-dores comer-ciais que não só esmagam preços e mar-gens dos pro-dutores, como exigem altera-ções nas regras de produção t radic ionais com inclusão de outras ma-térias-primas e de aditivos e que, em contrapartida, usam marcas

próprias em detrimento das marcas dos produtores e designam por tradicionais, regionais, típicos ou similares produtos

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||||||||||||Raças Autóctones

comuns, sem que se conheçam critérios nem se respeite a Propriedade Intelectual de uns ou os mais elementares direitos dos consumidores,

Em termos estatísticos, o número de no-mes portugueses registados pela Comissão Europeia desde 2007 é absolutamente ané-mico! E se o número de nomes protegidos não aumentou, as quantidades produzidas baixam significativamente, muito por exi-gência das grandes superfícies e da abundan-cia das anónimas marcas próprias.

Mas, contrastando com este panorama, há algo que se mantém/ aumenta: a qualidade dos nossos produtos tradicionais. Basta ver os prémios obtidos em concursos nacionais e estrangeiros para ser patente a qualidade e a aceitação em mercados desconhecidos!

Com este panorama, parece que são três os possíveis “caminhos de salvação” para os

nossos produtos tradicionais:A exportação, para aqueles cuja quanti-

dade e natureza permitam encarar os longos transportes e as técnicas de conservação pelo frio ou outras compatíveis;

A importação de turistas, por aqueles cuja quantidade produzida e ou capacidade de conservação não aconselhe os trajectos longos, o que implica um trabalho de sensi-

bilização dos restaurantes e hotéis, que ainda não perceberam que estes produtos tradicio-nais - se anunciados como tal e bem explica-dos – são um forte argumento de captação de turistas cultos e com interesse pela gastrono-mia e pelo património cultural dos povos e zonas que visitam;

As redes de venda electrónicas e as ven-das locais, em mercados de proximidade, ou em lojas qualificadas, ou a realização de feiras e mostras temáticas, com critérios de admissão muito claros e transparentes, para que a concorrência entre produtores seja leal e para ser dada aos consumidores garantia bastante sobre a genuinidade dos produtos e dos modos de produção utilizados.

E a propósito destes eventos, muito há a fazer e a inspecionar! Aí, não deveriam doer as mãos aos corpos inspectivos! Produtos de péssima qualidade, rotulados de regionais, tradicionais e quantas coisas mais, não pas-sam de meros sucedâneos sem valor ou de crimes contra a propriedade intelectual.

Por parte da QUALIFICA, vamos fazen-do o nosso caminho! Ajudamos uns a resol-ver os seus dossiers junto da Comissão Eu-ropeia e ajudamos outros a preparar os seus pedidos de protecção; Ajudámos a melhorar o futuro regulamento designado pro “Pacote

QUALIDADE, trabalhando muito junto do Parlamento Europeu mas também com a Co-missão Europeia;

Estamos a ajudar muitos outros a qua-lificar os seus produtos – alimentares, não alimentares e gastronómicos - preparando os pedidos de registo de marca colectiva ou de autorização para uso da marca da própria QUALIFICA;

Várias são as feiras que contam com o nosso apoio para a realização de feiras te-máticas ou gerais, estipulando critérios de admissão de produtores e fazendo apresen-tações de produtos; E estamos a preparar o Guia de Compras de Produtos Tradicionais, bem como uma Loja electrónica para venda de tradicionais qualificados. E continuamos a organizar concursos de produtos tradicio-nais ou de base tradicional, como forma de valorizar, de promover e de dar a conhecer os melhores do nosso Património Cultural, ainda que imaterial!

Não podemos nem queremos desistir. É nosso entendimento que é em tempo de crise que mais temos que lutar para nos manter-mos à tona de água e para evitar que se per-cam as nossas “Jóias da Coroa”!

* Secretária Geral da [email protected]

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PCEDA

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Feira Internacional Pecuária de Zafra

ACPA presente no ANAPORCNos dias 25 e 26 de Outubro de 2012,

realizou-se no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa, o XXXIII Simpósio ANAPORC.

Com cerca de 400 inscritos, a 33ª edição do Simpósio Anual realizada em Portugal, foi um êxito.

A ACPA teve o prazer de estar presen-te neste Simpósio, onde manteve um stand, com o objetivo de promover o VII Congresso Mundial do Presunto, em Ourique.

Foi oferecido pela ACPA um coffee-break onde foi feita uma sessão de corte e degustação de um Presunto Santana da Serra IGP.

Um Presunto de Barrancos DOP foi igualmente cortado e degustado, no Jantar

Congresso mundialdo Presunto 28/31 de maio

Entre os dias 4 e 10 de Outubro, decorreu em Zafra, a Feira Internacional Pecuária.

A convite da AECERIBER, a ACPA não poderia deixar de estar presente. Durante o evento foram desenvolvidas várias ativida-des, entre as quais, a apresentação pública do VII Congresso Mundial do Presunto que se realizará em Ourique, feita pelo Presidente do Comité Científico, Dr. José Luís Tirapi-cos Nunes e a Eng.ª Filipa David, membro do Comité organizador. Foi dado a conhecer os temas principais do Congresso e os moldes em que vai decorrer.

Para além desta apresentação, houve ainda uma entrega de prémios referente ao Concurso Morfológico Nacional do Porco Ibérico, onde a Eng.ª Filipa David em repre-sentação da ACPA, teve o prazer de fazer a entrega de um prémio.

Oficial do Simpósio que decorreu no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.

Importa realçar que a ACPA é a Entidade Gestora desta DOP e desta IGP. Durante o

jantar foi feita uma homenagem a dois ho-mens a quem muito a suinicultura ibérica deve: José António del Barrio e Joaquim Dias.

Dia 30 de Outubro em Cáceres, decorreu a apresentação da primeira versão do pro-grama científico cujo comité organizador é presidido pelo Prof. José Luís Tirapicos Nu-nes. Do comité científico fazer parte figuras de diversas universidades portuguesas e da Estremadura espanhola. Logo que a primeira versão de encontre disponível daremos dela conhecimento no portal www.suinicultura.com

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Avaliação de produtofinal de Talent vs Top Pi

A TOPIGS Portugal realizou um exaustivo estudo para ava-liar a performance da descendência do cruzamento de F1´s Topigs (Topigs 20 e Topigs 40) com macho finalizador Talent em comparação com a descendência do macho finalizador Top Pi. Os parâmetros avaliados foram a fertilidade das inse-minações com os dois tipos de sémen, a prolificidade, a per-formance dos leitões em lactação, a performance em recria, a performance em engorda e os dados de abate.Este estudo foi realizado entre Outubro de 2011 e Outubro de 2012 em 5 explorações nacionais com F1´s Topigs 20 ou To-pigs 40 e os resultados obtidos são referentes a mais de 400 inseminações, a cerca de 350 partos, a mais de 5000 leitões nascidos, a mais de 2500 porcos avaliados em engorda e a cerca de 1400 porcos avaliados no matadouro.Caso tenha interesse em obter estes dados contacte a equipa da Topigs Portugal.

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A ANCPA mais um ano em destaque na Feira do montado em Portel

A ANCPA esteve mais um ano presente na Feira do Montado em Portel na sua XII edição. A ANCPA como importante aliado na organização da Feira esteve presente com o seu stand de informação onde pres-támos especial atenção à divulgação dos Presuntos do Alentejo e aos serviços pres-tados aos nossos associados.

Como ponto alto da participação da ANCPA, as XI Jornadas do Porco Alente-jano que decorreram no passado dia 1 de Dezembro desenvolveram o tema dos mon-tados como dinamizador económico e as raças autóctones que são os seus genuínos povoadores.

Os montados são sistemas agro-silvo--pastoris equilibrados e sustentáveis, que favorecem a conservação dos recursos naturais. Estes sistemas desempenham im-portantes funções ecológicas, económicas e paisagísticas nas regiões em que estão inseridos, por permitirem conciliar a explo-ração agrícola, pecuária e cinegética com a preservação de um ecossistema de elevado valor ambiental.

De entre as atividades económicas as-sociadas aos montados, destaca-se o apro-

veitamento direto dos recursos alimentares naturais por raças autóctones, nomeada-mente, pequenos ruminantes e porcos em regime de montanheira, por darem origem a produtos de elevada qualidade, importan-tes dinamizadores das economias regionais.

Contámos com um painel ilustre de oradores e entidades que demonstraram toda a importância da área de montado em Portugal e a sua consociação com as raças autóctones que podem acrescentar valor a este ecossistema.

De entre as apresentações destacamos o enquadramento geral realizado pelo Prof. Dr. José Tirapicos Nunes e a apresentação do Dr. Carlos Bettencourt onde de uma forma bastante objetiva caracterizou as ra-ças autóctones em Portugal. De seguida o painel “Impacto das propostas de reforma da PAC na agricultura Portuguesa” contou com a presença do Eng. Luís Souto Bar-reiros onde debateu a elegibilidade das áreas de montado, o Eng. Eduardo Dinis e as Opções Nacionais e a presença do Dr. Capoulas Santos que relatou o esforço fei-to por Portugal e quais as preocupações e oportunidades na negociação do Programa.

Como encerramento o Eng. Luis Bu-lhão Martins fez uma apreciação critica do caminho percorrido e quais as preocupa-ções e ambições do sector do Porco Alen-tejano em Portugal, pedindo um esforço concertado de toda a fileira de modo a re-cuperar a viabilidade económica do Porco Alentejano.

O Eng. José Albuquerque teve honras de encerramento das XI Jornadas e não deixou de salientar um profundo conheci-mento das temáticas e problemas debati-dos durante as Jornadas, assim como, uma promessa de trabalho conjunto de modo a recuperar os censos do Porco Alentejano e a fileira que o torna economicamente ren-tável.

Com este seminário pretendeu-se fa-zer uma primeira avaliação dos impactos que a reforma da PAC. Política Agrícola Comum, acarretará, bem como, das ne-cessárias medidas de adaptação nacional por forma a garantir uma implementação proporcionada e inclusiva dos diferentes sectores, nomeadamente, dos montados e sistemas de agricultura mais extensiva do centro e sul.

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Técnicos da ANCSUBvisitam a AIm CIALA

No passado dia 12 de Novembro, os téc-nicos da ANCSUB deslocaram-se a Santiago do Cacém para efectuar uma visita de traba-lho às instalações da AIM CIALA, Centro de Inseminação Artificial do Litoral Alentejano. O objetivo desta visita foi proceder à iden-tificação e avaliação dos varrascos de raça bisara, atualmente presentes neste centro de inseminação e perceber todo o funcionamen-to desta estrutura, desde as medidas sanitá-rias assim como todo o processo de recolha e processamento do sémen.

Há já algum tempo que a ANCSUB tem vindo a colaborar com a AIM CIALA para fornecimento de varrascos de raça bisara, desde o primeiro momento, quando nos so-licitaram para a escolha dos melhores exem-plares. Depois de ultrapassados alguns pro-blemas logísticos e sanitários, finalmente foi possível “equipar” o efectivo da AIM CIALA com novos varrascos de raça bisara, estando estes já em plena produção.

Esta cooperação tem sido bastante bené-fica para as duas partes. Por um lado a AIM CIALA pode satisfazer um segmento de mer-cado que está em pleno crescimento, como é o caso do leitão de raça bisara. Aliás, os bisaros presentes no centro têm sido muito utilizados para o cruzamento com porcas de

outras raças, para as beneficiar com caracte-rísticas morfológicas adequadas ao leitão de assar, tais como o seu comprimento, o que se traduz em maior superfície de costela que é a parte nobre do leitão assado. Por outro lado, os criadores de raça bisara, poderão be-neficiar das características genéticas destes varrascos, para a renovação do seu efetivo e para a redução do grau de endogamia que já é bastante elevado em algumas explorações. Resta-nos agradecer toda a disponibilidade e

simpatia com que os técnicos e trabalhado-res deste centro nos receberam. Um abraço especial para o Eng.º João Santiago, Gerente Operacional que, desde o primeiro momento, demonstrou muito interesse em ter esta raça no efetivo da AIM CIALA. É também nosso interesse continuar esta colaboração de for-ma a promover e dinamizar a produção de suínos de raça bisara.

Pedro FernandesTécnico ANCSUB

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Bísara | Raças Autóctones||||||||||||

Agrupamento Cooperativo de Produtores de Carne de Suinos Bísaros - Eleições

No passado dia 04 de Setembro, reali-zaram-se eleições para os Corpos Sociais do Agrupamento Cooperativo de Produtores de Carne de Suinos Bísaros. A ANCSUB con-gratula-se com a eleição sendo profunda con-vicção, que todo o trabalho desenvolvido, em prol da conservação e melhoramento da raça e de gestão do Livro Genealógico só terá segui-mento se, da parte dos produtores, houver uma atitude próativa, quer nos aspectos relaciona-dos com a produção, assim como nos aspetos da comercialização dos produtos resultantes de suínos de raça bisara.

A ANCSUB, sendo a Entidade Gesto-ra das marcas comunitárias com Indicação Geográfica Protegida (IGP) e Denominação de Origem Protegida (DOP) dos produtos re-sultantes da raça suína bisara, assumiu, desde o primeiro momento, a sua promoção. São já incontáveis as ações de promoção que fomos desenvolvendo ao longo destes anos. Com uma presença ativa nos principais certames agrícolas nacionais, tendo a Feira do Fumeiro de Vinhais como o principal baluarte e uma re-gular presença nos meios de comunicação so-cial, fez com que “Bísaro” não fosse mais uma palavra estranha aos ouvidos dos consumido-res e se tornasse num nome reconhecido pela maioria. Hoje, o nome Bísaro, é perfeitamente reconhecido e aceite, assim como a qualida-de que lhe está associada. Este trabalho está feito, sendo agora necessário e imprescindível satisfazer a procura do mercado, sendo que, em relação a certos produtos, nomeadamente o Leitão Bísaro Transmontano DOP e a Carne de Porco Bísaro Transmontano DOP, ainda há mais procura que oferta. É precisamente neste ponto que entra o Agrupamento Coo-perativo de Produtores de Carne de Suinos Bísaros. Havendo atualmente um conjunto de criadores que oferecem condições de produ-

ção ideais para a obtenção de produtos de qualidade, apesar de ainda haver alguns constrangimentos quanto à transformação, é objectivo do agrupamento colocar es-tes produtos no mercado já em 2013.

Outro objectivo é ini-ciar o processo de certificação destes produ-tos para que seja garantida a sua genuinida-de. Actualmente está a ser desenvolvido um trabalho de “investigação” para a deteção de irregularidades, por parte da restauração e ta-lhantes, para que possam ser informados dessas ir-regularidades e, numa ati-tude pedagógica explicar que só é possível garantir a qualidade dos produtos se estes forem adquiri-dos ao Agrupamento de Produtores. Felizmente há criadores interessados em revitalizar uma orga-nização fundamental para a estruturação do proces-so de comercialização de Carne de Porco Bísaro Transmontano. O segredo está no trabalho conjunto, na reunião de esforços em torno de um objetivo comum, pois só assim haverá possibilidades de sucesso. Por outro lado, este trabalho de comer-cialização será a garantia da conservação da raça suína bisara.

Aproveitamos para

aconselhar os criadores de raça bisara para se fazerem sócios do Agrupamento Cooperativo e assim defenderem melhor os seus interesses. Podem fazer a inscrição através de e-mail ou por contacto telefónico.

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Economia

Este será um novo espaço na “Suini-cultura”. Ouvir os nossos Suinicultores, co-nhecer experiências, vivências e convivências ligadas à actividade, é o nosso objetivo.Procuraremos saber dos anseios e das expectativas, conhecer a histó-ria e os porquês daqueles que con-tinuam produzir porcos em Portugal.Pretendemos incluir em todas as edi-ções futuras da nossa revista, uma ou mais reportagens com Suinicultores de Norte a Sul do País, quer sejam produtores de intensivo ou extensivo, de porco industrial ou autóctone.Acreditamos no acolhimento que este novo espaço terá entre os que se dedicam a esta actividade, bem como na valorização que proporcio-nará à nossa revista.Estas serão algumas das questões que colocaremos:

1 - Identificação do Suinocultor, Local Modo de produção Tipo de animal

2 - Cria porcos porquê? 3 - Como inciou a actividade: - Jovem Agricultor? - Antecedentes familiares? - Outro

4 - Aujesky e Bem estar-animal con-dicionam? Como estão nesta explo-ração estes dois problemas?

5 - Relacionamento / respostas da autoridade Veterinaria aos proble-mas gerais existentes?

6-Como vai o mercado? Quais as principais dificuldades? Preço / es-coamento da produção?

7 - Principais condicionalismos ao desenvolvimento da actividade?

8 - Oportunidades presentes e futu-ras?

9 - O que gostava de ver contem-plado no próximo QCA 2014/2020, relativamente à actividade?

10 - Sugestões / opiniões que deseje expressar?

A Voz do Suinicultor pelo Campo Fora

1 - António Almeida Carapuça, Socio Gerente da Sociedade Agro Pec do Vale Cintrão Lda.

As nossas explorações estão situadas no Alto e Baixo Alentejo, distrito de Beja e Évora.

As explorações têm animais cruzados duroc x raça alentejana, e 100% raça alen-tejana.

2 - Estou ligado á criação de porcos porque segui as pegadas do meu pai. Era um negócio com alguma rentabilidade eco-nomica, podendo mesmo afirmar que era maior a procura que a oferta. Ao longo do tempo e até aos dias de hoje temos feito alguns investimentos garantido a continui-dade do sector.

António Carapuça, administrator da Sociedade Agro Pec do Vale Cintrão, Lda.

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EconomiaEntrevista

3 - Como jovem agricultor não entrei neste sector por acaso. Tive a “sorte” de o meu pai ter sido um dos pioneiros em Portugal na transformação de porco de raça alentejana DOP, ambiente onde fui crescendo e mantendo uma grande paixão pelos porcos, uma vez que na altura os efectivos eram muito reduzidos e como tal achamos ser uma boa aposta investir neste sector. Estamos a falar dos anos 80 onde toda a produção se dirigia ao mercado Es-panhol.

4 - Aujesky não têm condicionado as

nossas explorações. Estamos a aplicar o plano de acordo com a legislação em vi-gor, exigindo que todos os animais adqui-ridos provanham de explorações indemnes ou que pelo menos, tenham sido saneados nessas mesmas explorações com resultado negativo.

Quanto ao bem estar animal, penso que não nos vai trazer problemas, uma vez que são explorações em regime extensivo

e os animais andam no seu habitat natural e normal.

5 - As autoridades veterinarias têm dado

resposta a alguns problemas que vão surgin-do, e penso que nos vão ajudar no que for necessario.

6 - Neste momento o mercado da car-ne tem estado bastante positivo, tivemos uma grande subida do preço, devido á escassez de produto. Estamos a falar de animais destinado à carne verde, o que desde já seria uma negócio rentável não fosse o caso dos actuais preços de custo das matérias-primas para o fabrico das rações.

No dia de hoje a dificuldade é garantir um permanente escoamento do produto em condições rentáveis. Só assim poderemos continuar a apostar no sector.

7 - O principal condicionalismo tem a haver com a flutuação do produto final

aliado ao custo das matérias-primas para o fabrico dos alimentos.

8 - Oportunidade está nas nossas mãos

tentando ser o mais profisssionais possível por forma a garantir um futuro promissor.

9 - Em termos futuros e tendo em conta

os quadros comunitários nunca tenham fa-vorecido o sector da suinicultura seria pelo menos desejável a continuação de apoio a jovens agricultores. Sem estarem reu-niadas essas condições o mais provável a suinicultura não tenha futuro em Portugal.

10 - Como suinicultor gostaria de dizer

que vale a pena acreditar. Não é encerrando a actividade que os problemas se resolvem. Aproveitemos o nosso conhecimento e sa-bedoria para rentabilizar esta actividade.

Expresso palavras de esperança para que junto sejamos mais e mais fortes.

Um bem haja á suinicultura em Portu-gal!!!

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Reuniões, Congressos & Seminários

Congresso da CONFAGRI defende reforço do sector cooperativoe apela à defesa do interessenacional nas negociações da PAC

Tendo como tema “Agricultura de Fu-turo – A Qualidade Cooperativa”, decorreu no passado dia 23 de Novembro em Lis-boa, o Congresso da CONFAGRI, que con-tou com a presença de cerca de quinhentos congressistas, entre os quais muitos diri-gentes e quadros de Organizações de Agri-cultores e das Caixas de Crédito Agrícola, bem como reputados especialistas nacio-nais e internacionais. O Congresso, cons-tituiu o ponto alto das diversas iniciativas que a CONFAGRI promoveu ao longo des-te ano, declarado pela ONU, como o Ano Internacional das Cooperativas.

No centro do debate esteve o papel das cooperativas agrícolas no desenvolvimen-to do sector agro-alimentar. Eduardo Baa-monde (Director- Geral das Cooperativas Agro-Alimentares de Espanha), o jurista José António Rodrigues, Miguel Sottto-mayor e Mário Pedro Ferreira, ambos da Universidade Católica do Porto, abordaram sobre diferentes perspectivas este tema.

A dimensão económica e social das cooperativas, que representam já, mais de 50% da indústria agro-alimentar europeia, a constatação de que as cooperativas cons-tituem a forma de organização dos produ-tores mais generalizada na UE, e a mais eficaz na promoção do reforço da posição dos agricultores na cadeia agro-alimentar, foram factos destacados pelos diversos es-pecialistas, bem como pelo Presidente da Confederação das Cooperativas Agrícolas da União Europeia (COGECA), Christian Pées, presente na Sessão de encerramento.

No Congresso foram ainda analisadas as dinâmicas de crescimento das coopera-tivas agrícolas em diversos países da UE, nomeadamente em Espanha, onde em bre-ve entrará em vigor uma lei de fomento da integração cooperativa, concluindo-se que em Portugal é urgente uma actuação inte-grada, visando a consolidação e a melhoria da competitividade do sector cooperativo agrícola. A CONFAGRI, propõe para isso

um Programa específico para o sector, a enquadrar no futuro Quadro Comunitário de Apoio, a par da revisão do enquadra-mento jurídico das cooperativas, visando introduzir uma maior flexibilidade do mo-delo de gestão e facilitar o seu acesso ao financiamento externo.

No Painel “ Acesso dos produtos agrí-colas portugueses aos consumidores” in-tervieram como oradores Bruno Dimas do Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP), Cristina Pinto da Direcção Geral das Actividades Económicas, Paulo Gir-bal da Centromarca e Jorge Morgado da DECO, concluiu-se ser urgente eliminar as actuais práticas comerciais abusivas da grande distribuição, através de uma regula-mentação e fiscalização eficazes.

Outro tema, que mereceu grande aten-ção por parte dos Congressistas foi a pró-xima Reforma da PAC. O eurodeputado Capoulas Santos, João Pacheco (Director Geral Adjunto da DGAgri), Mário Campli

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(Comité Económico e Social Europeu) e Bruno Dimas (GPP) apresentaram as suas perspectivas sobre o desfecho das nego-ciações que ainda decorrem e os impactos previsíveis da reforma na agricultura por-tuguesa.

Também no Painel “Que agricultura iremos ter no futuro em Portugal” e no qual participaram três ex-ministros da Agricul-tura - Arlindo Cunha, Sevinate Pinto e An-tónio Serrano, a próxima reforma da PAC, foi o tema central do debate.

No final do Congresso, o Presidente da CONFAGRI, Manuel dos Santos Gomes, sintetizou as principais preocupações da Confederação nesta matéria.

Como pontos mais críticos para Por-tugal, foram assinalados os seguintes: a questão orçamental, os efeitos da conver-gência interna dos pagamentos directos em importantes sectores da nossa agricultura, como o tomate para indústria, o leite e dos

cereais de regadio; a dificuldade de apli-cação das medidas do greening e as suas consequências ao nível da diminuição da produção e do aumento dos custos, as li-mitações aos investimentos no regadio; o fim das quotas leiteiras e a necessidade de apoiar o reforço das Organizações de Pro-dutores já existentes.

A CONFAGRI considera que se não fo-rem salvaguardados os interesses de Portu-gal nestas matérias, muito do investimento e do trabalho que tem vindo ser realizado pelos agricultores portugueses pelas suas organizações, ficará seriamente compro-metido.

Apelou assim, ao Governo e nomea-damente à Ministra da Agricultura que encerrou o Congresso, para não permitir o retrocesso de um sector, que cada vez mais se tem vindo a afirmar como decisivo para a economia nacional e para a superação da actual crise.

A Ministra da Agricultura encerrou o Congresso deixando a todos uma palavra de optimismo face ao futuro. Referiu o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo seu Ministério e reiterando do seu for-te empenhamento na resolução dos proble-mas debatidos no Congresso, e no futuro da agricultura portuguesa.

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Organización Iberoamercianade Porcicultura, OIPORCASSEmBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Na cidade de Cancún, México, decor-reu no passado dia 10 de Outubro a As-sembleia Geral da Oiporc, presidida pelo seu Presidente, Eng. José Miguel Cordero Mora.

Portugal, como membro efectivo da Junta Directiva fez-se representar pelo Pre-sidente e pelo Secretário Geral da FPAS, respectivamente Vitor Menino e António Simões Monteiro.

Confirmado o necessário quorum, foi lida a agenda de trabalhos da qual consta-vam os seguintes pontos:1. Eleição do Presidente e do Secretário da

Assembleia.2. Apresentação dos delegados acreditados

pelos diversos Organismos Nacionais da América Latina e da Península Ibé-rica.

3. Leitura e aprovação da Ordem do Día.4. Apresentação do relatório de gestão da

Presidência da OIPORC.5. Apresentação da situação financeira

da OIPORC relativa a 30 de Junho de 2012.

6. Apresentação dos resultados do II Con-gresso da OIPORC, realizado pela FPAS, em Évora.

7. Informações sobre a organização do III Congresso da OIPORC, a cargo da ABCS.

8. Discussão de assuntos de ordem geral.9. Definição do lugar e data da próxima

Assembleia Geral, na qual será eleito nova Junta Directiva, de acordo com os Estatutos da OIPORC vigentes.

Nesta reunião magna da Oiporc partici-param os seguintes elementos:

1. José Miguel Cordero, Presidente da OI-PORC

2. Miguel Ángel Olivo, Presidente da Fe-deração Dominicana de Suinicultores

3. José Alba, Tesoureiro da Federação Do-minicana de Suinicultores

4. Fabiano Coser, Director Executivo da Associação Brasileira de Criadores de Suinos, ABCS

5. Vitor Menino, Presidente Federação Portuguesa de Associações de Suinicul-tores, FPAS

6. Antonio Simoes Monteiro, Secretário Geral da FPAS

7. Rigoberto Espinoza Macías, Presidente da Confederação de Suinicultores Me-xicanos

8. Alejandro Ramírez, Director General da Confederação de Suinicultores Mexica-nos

9. Enrique Dominguez, Convidado espe-cial da OIPORC e actual representantre do México, em Genebra.

10. Carlos Ramayo, Conselheiro da Con-federação de Suinicultores Mexica-nos

11. Jorge Paez, Presidente da Associação de Suinicultores do Equador, ASPE.

12. Francisco Dieguez Pineda, Presidente da Sociedade Cubana de Suinicultores

13. Griselda Crespo, Secretária da Socie-dade Cubana de Suinicultores

14. Pedro Lau, Secretário da Junta Direc-tiva da Associação de Suinicultores do Panamá

15. José Antonio del Barrio Martín, Asses-sor da ANPROGRAPOR, Espanha

16. Consuelo Velasco Zambrano, Membro da Junta Directiva da Associação Co-lombiana de Suinicultores

17. Carlos Alberto Maya, Presidente Exe-cutivo da Associação Colombiana de SuinicultoresO Presidente da OIPORC, Eng. José

Miguel Cordero deu início aos trabalhos fazendo um pequeno resumo da já longa história desta organização, desde a sua fundação em 1992, aproveitando para real-çar algumas das actividades e presenças da Oiporc desde o Congresso de Évora, as quais no conjunto representam largas de-zenas de intervenções em diversas partes do território da américa latina e também na Península Ibérica.

Relativamente ao futuro, foram apre-sentados os objectivos para 2013, sendo considerado como ponto alto a realização do III Congresso OIPORC para além dos trabalhos inerentes à consolidação de es-tratégias regionais de erradicação de algu-ma doenças e ao início do Plano de erradi-cação da PSC da Bolivia.

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Coube então à FPAS fazer a apresenta-ção dos resultados do II Congresso da Oiporc que, em boa hora organizou em Évora. O Secretário Geral da FPAS, António Simões Monteiro, fez um relatório sucinto sobre a forma como foi conseguido o éxito técnico e financeiro com esta organização, não deixan-do no entanto de recordar com orgulho a pre-sença de delegações de 16 países latino ame-ricanos e de agradecer os apoios e conselhos na altura disponibilisados por José António del Barrio, Enrique Dominguez, José Miguel Cordero e Consuelo Velasco.

Por tudo isto os delegados presentes nesta Assembleia felicitaram a FPAS e os seus representantes e deram público reco-nhecimento e agradecimento por tão profí-cua gestão.

Interveio de seguida Fabiano Coser, Director Executivo da Associação Brasi-leira de Criadores de Suinos, ABCS que aproveitou para dissertar um pouco sobre a actualidade da suinicultura brasileira bem como da crise que esta tem vindo a atraves-sar no último ano.

Quanto ao III Congresso da OIPORC confirmou o compromisso assumido em Évora de o organizar em conjunto com o XV Seminário Nacional de Desenvolvi-mento da Suinicultura Brasileira, de 31 de julho a 2 de agosto de 2013, Gramado – Rio Grande do Sul.

Passando a assuntos de carácter geral, Vitor Menino, Presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suiniculto-res, FPAS, elogia a campanha para incre-mento do consumo da carne de porco, “A

carne de porco é 10”, apre-sentada por Fabiano Coser a qual se baseia na imagem de Pelé e propõe que, com as de-vidas autotizações, essa cam-panha possa vir a ser utiliza-da noutros países OIPORC.

Miguel Ángel Olivo, Presidente da Federação Dominicana de Suiniculto-res, chama a atenção para a necessidade de profissiona-lização das organizações do tipo OIPORC, considerando necessário estruturar estraté-gias que permitam a obten-ção de recursos orientados para o fortalecimento das organizações associadas na OIPORC e consequentemen-te dela própria.

Vitor Menino, Presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suiniculto-res, FPAS, ressalta a impor-

tância de ter os dois continentes cada vez mais presentes, manifestando, em simul-tâneo, a necessidade de agregar os países que ainda não fazem parte desta estrutura, recorrendo permanentemente à troca de in-formação sobre custos de produção e situa-ção sanitária, devendo para além disso, a própria organização alargar as suas frontei-ras e trocar experiências com os produtores dos Estados Unidos e do Canadá e no futu-ro alargar esses contactos a outros países europeus.

Rigoberto Espinoza Macías, Presidente da Confederação de Porcicultores Mexi-canos propõe que a OIPORC se manifeste nos mais diferentes foruns em relação aos efeitos colaterais resultantes da utilização de cereais para a produção de etanol (bio-combustíveis).

Enrique Dominguez, convidado espe-cial de OIPORC, antigo director da Con-federação de Suinicultores do México e ac-tual ministro-representante deste país nas negociações do OMC, em Genebra, con-sidera que OIPORC deve estar cada vez mais empenhada no fortalecimento da sua presença em reuniões internacionais onde mais facilmente possa ser ouvida a sua voz.

José Antonio del Barrio Martín, Asses-sor ANPROGRAPOR, de Espanha, enu-mera três temas críticos e comuns a toda a indústria suinícola iberoamericana:

Em 1º lugar indica que os custos de produção se tornaram um factor crítico para a produção desde que se deu início à utilização dos cereais na fabricação de biocombustíveis. Por tudo isto a nossa

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Reuniões, Congressos & Seminários

organização deve pressionar o G20, o G8 e todos os governos de cada um dos Países Oiporc.

Em 2º lugar adverte para a necessidade da OIPORC alertar os seus membros para que não aceitem programas legislativos como aqueles que foram implementados na Europa, tais como o bem estar, alimen-tação, etc.

Em 3º lugar, em matéria sanitária, a america latina debe procurar apoio nos países ibéricos pois estes detêm a metodo-logía, o conhecimento e a experiência para a erradicação de várias doenças outrora en-démicas como a PSC e a PSA.

Jorge Paez, Presidente da Associação de Suinicultores do Equador, ASPE, reco-

menda que todos os países tentem reduzir a dependência da importação de cereais, afirmando que o Equador tem vindo a au-mentar a sua produção de milho, atingindo actualmente quase 90% do seu consumo. Sugere ainda que a OIPORC participe nas decisões dos diversos governos, defenden-do os temas mais sensíveis para a indústria, cómo é o caso do uso da ractopamina e a normativa do Bem estar animal. Por fim defende uma partilha cada vez maior de experiências relacionadas com o fomento do consumo.

Francisco Dieguez Pineda, Presidente da Sociedade Cubana de Suinicultores ma-nifesta a sua satisfação pela possibilidade de participar de novo nesta Assembleia,

concordando com a partilha de experiên-cias entre os membros Oiporc.

Fabiano Coser, Director Executivo da Associação Brasileira de Criadores de Sui-nos, ABCS, propõe que, no decorrer do III Congresso OIPORC, em Gramados, Bra-sil, cada país apresente as suas estratégias de promoção do consumo e as respectivas fontes de financimanto.

José Antonio del Barrio Martín, Asses-sor da ANPROGRAPOR, Espanha, alude à grande concentração da produção em Espa-nha, indicando que, neste momento, 80% está nas mãos de 20 grandes empresas, si-tuação que considera inevitável e irreversí-vel. O produtor individual esta em declínio e como tal há que apelar ao associativis-mos, o que debe ser uma das prioridades da OIPORC.

Consuelo Velasco Zambrano, Membro da Junta Directiva da Associação Colom-biana de Suinicultores, sugere que, no seio da OIPORC se prepare uma reunião de empresários lideres da indústria suinícola a nível regional cuja visão e experiência possam ser estratégicas para um novo di-reccionamento da indústria. Entre os ob-jectivos destas reuniões ressalta a discus-são de três temas: o impacto dos custos de produção na rentabilidade do negócio, as estratégias para o fomento do consumo e a importância da transferência de tecnología no sector da carne. Sugere ainda que estas propostas sejam incluídas no Plano de Tra-balho Oiporc para o próximo ano.

Antes de ser encerrada esta Assem-bleia Geral foi determinado o lugar e a data da próxima, tendo sido confirmada a sua realização aquando da realização do III Congresso da OIPRC, que terá lugar em simultâneo com o XV Seminario Nacio-nal de Desenvolvimiento da Suinicultura Barsileira, de 31 de julho a 2 de agosto de 2013, em Serrano Resort, Gramado – Rio Grande do Sul, Brasil

Nada mais havendo a tratar foi esta As-sembleia Geral teminada pelas 13:30 horas, sendo a respectiva acta assinada pelo Presi-dente e pelo Secretário da Assembleia.

III CongressoOIPORC

No seguimento da reunião de Évora em 2011 decorrerá este ano no Brasil a III Edição do Congresso OIPORC.

A FPAS reconhecendo o enorme valor e potencialidade da OIPORC prepara a organização de um grupo de suinicultores portugueses para partici-parem no evento.

Para mais informações consultar a FPAS:

[email protected]. 213 879 949

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Reuniões, Congressos & Seminários

Assembleia Geralda ANCOPORC

A Associação Nacional de Comercian-tes de Gado Porcino (Ancoporc), realizou a sua XVI Assembleia Anual tendo como ob-jectivo debater os temas que, de momento, mais preocupam o sector.

Este encontro anual que reune as per-sonalidades e entidades mais proemientes do secto suinícola espanhol contou mais uma vez com a presença de varios repre-sentantes do Ministério de Agricultura, en-tre os quais o Ministro e a sub-Directora Geral de Ganadaria.Em representação da FPAS estiveram presentes o Presidente, Sr. Vitor Menino, o Vice-Presidente Sr. David Neves e o Secretário Geral

Alberto Herranz, gerente da Ancoporc, abriu a sessão fazendo uma breve apresen-tação das acções desenvolvidas em 2012, destacando a realização de alguns eventos, conferências e outras acções de formação relacionados com os temas mais relevantes para o sector, divulgação e aconselhamen-to em projectos de ID+i e sua implantação na empresa, etc.

Várias foram as intervenções, desta-cando-se a de Esperanza Orellana, sub-di-rectora de Produtos Pecuários do Magra-ma que abordou o tema “Novos desafios para a produção suinícola”, falando sobre o momento actual e analisando o panorama previsto para os próximos anos, referindo várias vezes a necessidade de cumprimen-tos das directivas comunitárias, tais como as do bem estar e as da sanidade animal.

Na segunda conferência ouvimos Pep Font, de SIP Consultores, que abordou o tema “Competitividade no sector suinícola espanhol”. Foram apresentados interessan-tes dados comparativos com os maiores produtores europeus, tendo sido destacada a necessidade cada vez mais premente de sermos cada dia mais competitivos neste mundo globalizado, onde só sobreviverá aquele que conseguir produzir e comercia-lizar de forma mais eficaz e eficiente.

Por último, Gonzalo Bernardos, pro-fessor titular do Departamento de Teoría Económica da Universidade de Barcelona,

analizou o futuro da economía espanhola. O Presidente da Ancoporc, Josep Lli-

nás Serra, concluíu que “um sector que re-presenta 80 % da produção total de carne, atravessa neste momento o grande desafio de conseguir superar a grande dependência do preço das matérias primas, falta de fi-nanciamento e os elevados custos de trans-porte e energia”

Para finalizar interveio o Ministro de Agricultura, Miguel Arias Cañete, que após ter colaborado no reconhecimento a alguns dos mais antigos associados da Ancoporc, homenageou José António del Barrio, Director jubilado da Anprogapor, nossa congénere de Espanha.

Recordamos que também em Lisboa, no decorrer do XXXIII Simposio Anaporc, o movimento associativo português o ha-via homenageado em conjunto com uma das referências do movimento associativo do nosso País, Sr. Joaquim da Conceição Dias (ver notícia nas primeiras páginas desta revista).

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Reuniões, Congressos & Seminários

ALIS analisaa PAC 2014/2020

Suinicultoresholandeses visitamPortugal

No passado mês de Novembro a Direcção da FPAS foi convidada pelo Dr. Pedro Barreiros para um encontro de trabalho com uma delegação do Ra-bobank que durante alguns dias visitou Portugal.

A reunião, aliás muito produtiva, decorreu na Azambuja e permitiu tomar conhecimento com o que é e o que re-presenta o Rabobank.

Rabobank é uma cooperativa ban-cária holandesa, classificada entre as 30 melhores do mundo, líder nos Países Bai-xos oferecendo todo o tipo de serviços financeiros, sendo o maior banco de pou-panças e hipotecas, com uma presença predominante no sector agrícola holandês e um enfoque global na indústria agro--alimentar.

Rabobank oferece informação a in-vestidores institucionais e analistas fi-nanceiros e ao fazê-lo pretende ajudar esses investidores a tomar decisões bem fundamentadas, promovendo, para além disso uma abordagem tendente a man-ter e desenvolver relações próximas e activas através de comunicação regular e diálogo, sob a forma de reuniões in-dividuais, apresentações de grupo, roa-dshows específicos, etc.

Para além do contacto com a estru-tura da FPAS o grupo visitou uma ex-ploração em Ciclo fechado e também uma outra em sistema extensivo de por-co alentejano.

Do contacto FPAS/Rabobank resul-tou o compromisso de troca de informa-ções sobre a realidade do sector em Por-tugal bem como do eventual interesse do Rabobank estender a sua actividade ao nosso país tal como já hoje faz em mais de 4 dezenas de países.

A nossa associada ALIS promoveu no passado dia 28 de Novembro uma in-teressante sessão sobre este tema tendo para tal solicitado o apoio da Confagri, que para o efeito, destacou o seu técni-co, Eng. António Baião o qual, de forma simples e directa, transmitiui aos cerca de 30 participantes o ponto em que se en-contram as negociações entre os 27 paí-ses da UE.

De momento, a única coisa que existe é uma proposta da Comissão Europeia que,

segundo António Baião, em nada interessa a Portugal.

Mais adiantou que da cronologia adop-tada constam os seguintes prazos:

• 2010/2011 – Elaboração da proposta da CE

• 2011/2013 – Apresentação da mesma ao Conselho Europeu e ao Parlamento Europeu

• 2013/2014 – Decisões e posteriores adaptações a cada Estado Membro.

Assim, prevê-se que até ao final do cor-rente ano seja possível co-nhecer mais alguns porme-nores por forma a que, com base nos mesmos, possamos a nível da FPAS tentar fazer valer os nossos pontos de vista ao Ministério da Tutela e particularmente ao GPP.

Dos poucos aspectos que se relacionam com a suinicultura pouco mais se espera do que alguns apoios ao fortalecimento dos Agru-pamentos de produtores incentivando e apoiando a concentração de oferta como meio de enfrentar a GD (grande distribuição).

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Notícias FPAS

TECNOPECUARIA – Uma Aposta Ganha!“Foi um êxito!”, avança a organi-

zação sobre a 1.ª edição da TECNO-PECUÁRIA – Salão Profissional de Máquinas e Equipamentos, Tecnologia, Sistemas e Produtos para a Indústria Pe-cuária, que decorreu de 12 a 15 de Outu-bro na ExpoSalão, Centro de exposições da Batalha. O evento reuniu fabricantes, importadores e representantes de todo o tipo de equipamentos e produtos que for-necem e equipam este importante sector da economia nacional, nomeadamente: Instalações pecuárias; Controlo de Am-

biente (Ar, água, resíduos); Equipamentos de interior; Silos e misturadores de rações; Sistemas de alimentação (Unifeed); Come-douros e bebedouros; Cercas e vedações; Equipamento de abate de gado; Máquinas e equipamentos para ordenha e indústria de lacticinios; Inseminação artificial; Incuba-doras; Bioenergia; Associações sectoriais; Imprensa especializada.

A feira foi bem recebida pelos profis-sionais do sector, e durante os 4 dias viveu--se um alegre ambiente de negócios.

Para além da exposição de equipa-

mentos, houve lugar ao debate dos temas da actualidade desta área de actividade, tais como o ambiente, processos de pro-dução e controlo de doenças. A BOLSA DO PORCO, importante acontecimento semanal no sector da pecuária, onde é esta-belecido o preço da carne, decorreu no re-cinto da feira, apresentando-se como uma mais-valia para o evento.

A maioria dos expositores mostrou-se muito satisfeita com os contactos estabele-cidos e com as perspectivas de negócio. A 2.ª edição é já uma realidade.

No passado mês de Agosto iniciou funções no COPA um novo técnico com responsabilidades no sector da carne de porco. Falamos de Daniel Azevedo, português e antigo funcionário da Comissão que, desde logo mostrou interes-se em conhecer a realidade da fileira suinícola nacional tendo por isso visitado Portugal no passado dia 5 de No-vembro, aproveitando para visitar duas explorações, uma delas já adaptada à nova legislação sobre bem estar animal (Agro-Valinhos), uma fábrica de rações (Aligrupo) e uma industria de abate e transformação (Carmonti). Na visita à zona do Montijo foi acompanhado pelo Presidente e pelo Secretário-geral da FPAS e ainda pelo nosso representante no COPA, em Bruxelas, Eng. António Tavares, o que permi-tiu uma troca de contactos e informações muito úteis.

Técnico do Copa visita Portugal

LONGA CONSERVAÇÃO | | LARGA DURACIÓN | LANGE ZEIT VERDÜNNER | LUNGA CONSERVAZIONE

LONG DURATION LONGUE CONSERVATION

PARA PREPARAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO SÉMEN DE VARRASCOSFOR PREPARATION AND CONSERVATION OF THE BOAR SEMENPOUR LA PRÉPARATION ET LA CONSERVATION DE LA SEMENCE DE VERRATSPARA LA PREPARACIÓN Y LA CONSERVACIÓN DEL SÉMEN DE VERRACOSFÜR DIE VORBEREITUNG UND KONSERVIERUNG VON EBERSAMENPER LA PREPARAZIONE E LA CONSERVAZIONE DEL SEME DI VERRO

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www.ibersan.pt [email protected] Vale Medo, Apartado 68, 2534-909 Lourinhã - Portugal Tel. +351 261 416 450 Fax + 351 261 423 389

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Notícias FPAS

LONGA CONSERVAÇÃO | | LARGA DURACIÓN | LANGE ZEIT VERDÜNNER | LUNGA CONSERVAZIONE

LONG DURATION LONGUE CONSERVATION

PARA PREPARAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO SÉMEN DE VARRASCOSFOR PREPARATION AND CONSERVATION OF THE BOAR SEMENPOUR LA PRÉPARATION ET LA CONSERVATION DE LA SEMENCE DE VERRATSPARA LA PREPARACIÓN Y LA CONSERVACIÓN DEL SÉMEN DE VERRACOSFÜR DIE VORBEREITUNG UND KONSERVIERUNG VON EBERSAMENPER LA PREPARAZIONE E LA CONSERVAZIONE DEL SEME DI VERRO

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No seguimento de um pedido expresso pela Direcção da FPAS decorreu no passado dia 21 de Dezembro, uma reunião presidida pelo Sr. Director Geral de Alimentação e Vete-rinária, na qual nos foram apresentados os elementos que compõem a estrutura técni-ca de apoio à aplicação do Plano de Con-trolo e Erradicação da doença de Aujeszky que tantos prejuizos, directos e indirectos, tem causado ao nosso sector.

Para que conste, divulgamos aqui a ci-tada estrutura:

- Coordenadora Nacional, Dr.ª Marga-rida Bairrão

- Coordenadora da Região Norte, Dr.ª Ana Paula Sousa Matos

- Coordenador da Região Centro, Dr. José Marques Esteves

- Coordenador da Reg.Lisboa e Vale do Tejo, Dr. Carlos Fragoso de Almeida

- Coordenadora da Região do Alentejo, Dr.ª Ema Paula Vale,

- Coordenador da Região do Algarve, Dr. João Colaço.

Na ocasião o Presidente da FPAS realçou o empenho e a disponibilidade manifestada pelos citados técnicos o que, associado à ju-ventude da maioria dos seus elementos, nos dá

a garantia de podermos levar por diante o gran-de desafio que é a erradicação desta doença no prazo máximo de 3 a 4 anos. Pela FPAS foi garantida a máxima colaboração, não só

na dinamização e publicitação das acções a serem desenvolvidas ao longo do tempo, como também na referenciação rigorosa de todos os produtores que, pela sua actuação ou incumprimento sistemático das exigên-cias do plano, possam vir a fazer perigar o êxito de todo o colectivo.

Por fim foi aceite a proposta apresen-tada pela FPAS que vai no sentido de, no mais curto espaço de tempo possível (sem-pre antes da realização das Sessões de Es-clarecimento - ver pág. 63), reunirmos se-

paradamente com cada um dos coordenadores regionais que para tal se farão acompanhar por todos os técnicos locais adstritos à execução do Plano.

Notícias FPAS

PCEDA – DGAV reúne com FPAS

Da esquerda para a direita: Prof. Doutor Nuno Vieira e Brito, Director Geral de Alimentação e Veterinária; Dra. Margarida Bairrão, Coordena-dora Nacional; Vitor Menino, Presidente da FPAS; Dr. J. Marques Esteves, Coordenador da Região Centro; Dra. Ana Paula Matos, Coordenadora da Região Norte; Dra. Ema Paula Vale, Coordenadora da Região do Alentejo; Dr. João Colaço, Coordenador da Região do Algarve e Dr. Carlos Fragoso de Almeida, Coordenador da Região de Lisboa e Vale do Tejo

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

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Próximos Eventos

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NA MINHA ExPLORAÇÃO SURGEM DE FORMA RECORRENTE PROBLEMAS CLíNICOS DE GLäSSER, OS QUAIS PROVOCAM UM ELEVADO NúMERO DE BAIxAS E DE REFUGOS DURANTE A RECRIA. QUE MEDIDAS PODEREI IMPLEMENTAR NO SENTIDO DE CONTROLAR ESTA SITUAÇÃO?

A Doença de Glässer, caracteriza-se por um quadro de acumulação generalizada de fibrina e pus nas cavidades torácica, abdominal e nas articulações, como resultado da infecção pelo Haemophilus parasuis (Hps).

Os surtos da doença, são normalmente agravados por falhas de maneio e instalações. Perante um caso clínico há que rever as densidades, a higiene e a biossegurança, bem como a temperatura, a ventilação e a humidade das recrias, as quais são particularmente importantes e difíceis de regular no Inverno.

As medidas a implementar para controlo profilático e/ou terapêutico da Doença de Glässer variam de exploração para exploração, devendo ser decididas pelo Médico Veterinário Assistente, em função das características da exploração, da idade dos animais afectados e do(s) serotipo(s) de Hps presente(s).

Nas explorações com sinais clínicos em leitões até 4-6 semanas de vida, a solução mais cómoda e económica é a imunização passiva, através do correcto encolostramento dos leitões filhos de porcas vacinadas durante a gestação.Nos casos em que a manifestação clínica da doença surge a partir das 4-6 semanas, recomenda-se a imunização activa (vacinação dos leitões), nas primeiras semanas de vida.

A utilização de antibióticos de longa acção, eficazes frente ao Hps, surge como uma excelente alternativa no tratamento/metafilaxia. A antibioterapia, pode ser usada em animais ainda não imunizados ou em explorações onde não esteja recomendada a vacinação por o antigénio presente nas vacinas não conferir protecção frente ao serotipo isolado.Sendo a porca o principal reservatório do Hps, recomenda-se que complementarmente ao tratamento/metafilaxia dos leitões (2-3 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos), se aplique às reprodutoras o mesmo tipo de antibiótico durante o peri-parto.

A MSD Animal Health através do seu Médico Veterinário Assistente, poderá disponibilizar um conjunto de serviços laboratoriais de modo a identificar o(s) serotipo(s) presentes na sua exploração, permitindo assim escolher o protocolo profilático e/ou terapêutico mais adequado.

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XXXIII Simpósio ANAPORC XXXIII Simpósio ANAPORC

Para mais informações consulte o Calendário de Eventos emwww.suinicultura.com

11 de JaneiroSimposio Pfizer – Lançamento da vacina SuvaxynPlaza Ribeiro Teles – Vila Franca de Xira, Portugal

11 a 13 de JaneiroXV Feira Gastronómica do Porco Boticas, Portugal

07 a 10 de FevereiroXXXIII Feira do FumeiroVinhais, Portugal

05 a 14 de marçoSessões de Esclarecimento sobre CircovírusAlcobaça, Évora, Leiria, Montijo, Ourique, Porto de Mós, Santiago do Cacém e Vinhais

12 a 15 de marçoII Simposio Internacional sobre gestão de resíduos agro-pecuários e agro-industriaisS. Pedro, SP, Brasil

15 e 16 de marçoVII Jornadas Internacionais de Suinicultura UTAD – Vila Real, Portugal

19 a 22 de março FImA GANADERAZaragoza – Espanha

16 a 18 de AbrilXI Congresso Centroamericano e do Caribe de SuiniculturaCosta Rica

24 a 28 de AbrilXXX OvibejaBeja, Portugal

28 a 31 de maioVII Congresso mundial do PresuntoOurique, Portugal

19 e 20 de JunhoVI Congresso Nacional de SuiniculturaExposalão, Batalha, Portugal

31 de Julho a 2 de AgostoIII Congresso OiporcGramado, Rio Grande do Sul, Brasil

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Próximos Eventos

Gerações à Frente A sociedade agro-Pecuária Vale Henriques associou-se à DanBred International, detentora de um dos mais eficientes e coordenados programas de reprodução suínado mundo. Através de uma continua selecção genética e de um cruzamento entreo Landrace Dinamarquês e o Yorkshire Dinamarquês, resultou o Híbrido F1. Um produto que irá aumentar exponencialmente a produtividade e a qualidade das suas ninhadas.

Contacte-nos e saiba como podemos ajudar.

• Longevidade• Alta performance de produção• Elevada capacidade de amamentação • Baixo índice de conversão na engorda• 30,5 leitões desmamados/porca presente/ano (top 30% Dinamarca)

Sociedade Agro-Pecuáriade Vale Henriques

Soc. Agro-Pecuária de Vale Henriques, S.A.Contactos:José Maria Lopes CardosoE-mail: [email protected] dos Britos, Apartado 48 | 2054-909 AzambujaTlm.: +351 910 004 819 | Tel.: +351 263 401 175 | Fax: +351 263 401 280

Híbrido F1

LandraceDinamarquês

YorkshireDinamarquês

DanBred InternationalContactos:Jacob PiilgardE-mail: [email protected], 1 Floor | DK-2730 Herlev / DinamarcaTel.: + 45 38 41 01 41 | Fax.: + 45 33 91 60 15www.danbredint.dk

A genética dinamarquesa DanBred chegou a Portugal.

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Próximos Eventos

Jornadas Técnicas AARAAlcobaça, 23 Fevereiro 2013

Repensar e inovar a actividade agrícola para aumentar a eficiência global

Produção Animal9:00 Recepção dos participantes e entrega de

documentaçãoAARA

9:30 Sessão de Abertura das Jornadas Técnicas

Hélder da Fonte (AARA)Vítor Menino (FPAS)

10:00 A rastreabilidade na suinicultura Raquel Santos (AARA)10:20 Bem estar animal Dra Blásquez (DGAV)10:40 Erradicação da doença de Aujesky –

PCEDA11:00 Pausa para café

11:20 Produção de cereais: perspectivas futuras e impacto na produção animal

IACA

11:40 Porco malhado de Alcobaça como exemplo de um modo de produção animal biológico

Lázaro Simbini

12:20 Ajudas comunitárias à produção animal Engº António

12:40 Debate13:00 Almoço convívio14:30 Apicultura Dulce Antunes14:50 ASPOC -Evolução do sector e as

exigências e necessidades aos futuros cunicultores

ASPOC

15:30 Debate

16:30 Pausa para café

17:15 Debate17:30 Sessão de encerramento Representante Min.

AgriculturaAntónio Salgueiro (AARA)

Sessões de Esclarecimento FPAS sobre Circovírus

O custo da doença/ versusbenefício da prevenção

ASSOCIAÇÃO LOCAL DATA DSVR HORA

A C P A Auditório C. Créd. Ag. Mútuo de Ourique 05-03-13 Alentejo 10:00:00

S A G R A N Auditório Sede Sagran – Santiago Cacém 05-03-13 Alentejo 19:00:00

A N C P A Évora Hotel 07-03-13 Alentejo 17:00:00

APAC Auditório NERLEI (Leiria) 11-03-13 Centro 19:00:00

A A R A Auditório C. M. Alcobaça 12-03-13 LVTejo 19:00:00

A L I S / A P S Auditório Esc. P. Montijo 13-03-13 LVTejo 19:00:00

A N C S U B Sede da Ancsub - Vinhais 14-03-13 Norte 11:00:00

De 05 a 14 de Março de 2013 a FPAS irá organizar mais um ciclo de palestras,

desta vez sobre a problemática associada ao Circovírus.

Além das percas directas causadas pela morte dos animais a Circovirose arrasta consigo pesados prejuizos económicos não só pela menor conversão alimentar como também pela maior suscetibilidade do ani-mal a infecções secundárias. Por conse-guinte torna-se muito importante estudar não só a Circovirose como também doen-ças a ela associadas.

É isto que pretendemos discutir nas sete sessões que iremos realizar em Ouri-que, Santigado do Cacém, Évora, Leiria, Alcobaça, Montijo e Vinhais.

Aproveitaremos ainda para, numa se-gunda parte do programa fazermos o pon-to de situação sobre o Plano de controlo e erradicação da Doença de Aujeszky, bem como das novas regras de bem estar ani-mal (Reprodutoras e engordas) e ainda do REAP cujo grupo de trabalho divulgará as respectivas conclusões durante o mês de Março.

Será conveniente que cada suinicultor se faça acompanhar pelo médico veteriná-rio assistente.

A DGAV estará representada em todas sessões através do coordenador regional responsável pela aplicação e controlo do novo PCEDA, bem como de outros res-ponsáveis a nível local.

Para mais informações, consulte a FPAS ou a sua associação.

Gerações à Frente A sociedade agro-Pecuária Vale Henriques associou-se à DanBred International, detentora de um dos mais eficientes e coordenados programas de reprodução suínado mundo. Através de uma continua selecção genética e de um cruzamento entreo Landrace Dinamarquês e o Yorkshire Dinamarquês, resultou o Híbrido F1. Um produto que irá aumentar exponencialmente a produtividade e a qualidade das suas ninhadas.

Contacte-nos e saiba como podemos ajudar.

• Longevidade• Alta performance de produção• Elevada capacidade de amamentação • Baixo índice de conversão na engorda• 30,5 leitões desmamados/porca presente/ano (top 30% Dinamarca)

Sociedade Agro-Pecuáriade Vale Henriques

Soc. Agro-Pecuária de Vale Henriques, S.A.Contactos:José Maria Lopes CardosoE-mail: [email protected] dos Britos, Apartado 48 | 2054-909 AzambujaTlm.: +351 910 004 819 | Tel.: +351 263 401 175 | Fax: +351 263 401 280

Híbrido F1

LandraceDinamarquês

YorkshireDinamarquês

DanBred InternationalContactos:Jacob PiilgardE-mail: [email protected], 1 Floor | DK-2730 Herlev / DinamarcaTel.: + 45 38 41 01 41 | Fax.: + 45 33 91 60 15www.danbredint.dk

A genética dinamarquesa DanBred chegou a Portugal.

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Notícias FPAS

Primeiro anúncioA 19 e 20 de Junho de 2013 terá lugar

nas instalações da ExpoSalão da Batalha o VI Congresso Nacional de Suinicultura.

Para além de um programa científico, cujo conteúdo está a ser criteriosamente preparado por uma comissão da qual fazem parte ilustres técnicos do sector, haverá um importante espaço comercial para o qual desde já aceitamos reservas de espaço, cha-mando a atenção para o número limitado de soluções disponíveis. Este congresso vem na sequência das anteriores edições reali-zadas no Montijo (1991 e 1994), Estoril (1998), Santarém (2001) e Leiria (2006).

Para mais informações consultar a FPAS.

VI Congresso Nacionalde SuiniculturaExposalão - Batalha 19 e 20 de Junho de 2013

Zona comercial Hotel Mestre Afonso Domingues, hotel sede do congresso

Quinta do Fidalgo - jantar oficial do congressoAuditorio

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Notícias FPAS

Plano de actividades da FPAS 2013

Na esperança que 2012 tenha sido o final de uma longa crise que, nos últimos 5 anos (2008/2012), afetou o sector, vamos apresentar à Assembleia Geral da FPAS esta proposta de Plano de Actividades para o próximo ano.

Confirmando aquilo que haviamos previsto há um ano atrás, o perío-do que agora finda foi marcado por uma importante reestruturação do tecido empresarial através de parcerias, fusões, aquisições e em muitos casos, lamentavelmente, do encerramento de empresas de pequena, média e até mesmo grande dimensão, algumas delas verdadeiras re-ferências do sector. No entanto a vida não pára e ainda que partindo destes pressupostos, a FPAS pretende, com o apoio das suas associadas e das empresas do sector, promover diversas actividades que permitam, por um lado, justificar a sua existência como orgão de cúpula do mo-vimento associativo e por outro levar até ao suinicultor a informação ténica mais actual sobre os mais diversos temas que fazem parte da nossa actividade.

Assim, iremos descrever algumas das acções que nos propomos pro-mover em 2013 por forma a levar por diante a execução do orçamento que, mais que nunca, é severamente restritivo nos gastos e de grande ambição na captação de receitas, única forma de conseguir o desejável equilibrio no final do exercício.

De reter que no ano que ora finda, mais uma vez se constatou que a quotização devida pelas associações federadas, foi por demais insufi-ciente para cobrir as despesas correntes (não ultrapassando os 7,5%), tornando-se assim evidente a necessidade de actualização desses va-lores.

Reconhecendo-se no entanto que o desejável equilibrio não será por certo atíngível num só exercício, não nos restará alternativa senão re-correr a toda a criatividade no sentido de imaginar, preparar, organizar e levar à prática as mais diversas actividades que nos permitam equilibrar o orçamento que iremos aprovar.

Assim, para o exercício de 2013, propomos:1. Editar e distribuir trimestralmente 4 números da Revista Suinicul-

tura;2. Neste particular, e tendo em conta que este ano se atingirá o n.º 100

desta publicação, pretendemos preparar uma edição especial comemo-rativa deste facto;

3. Continuar a melhorar o portal www.suinicultura.com tentando pro-ceder com maior rotina à actualização dos seus conteúdos;

4. Continuar a enviar semanalmente a newsletter FPAS, que é já hoje uma referência no sector;

5. Organizar, em conjunto com as Associações, uma série de Sessões de Esclarecimento a terem lugar durante o 1º trimestre do ano;

6. Preparar para o final do 1º semestre, em simultâneo com a comemoração do 32º aniversário da FPAS, a organi-zação do VI Congresso Nacional de Suinicultura, evento a

nível nacional com a duração de 2 dias em que analisaremos, com a ajuda de palestrantes nacionais e estrangeiros, o actual momento do sector e as perspectivas para os próximos anos.

7. Organizar Cursos de Formação e Actualização Profissional, dirigi-dos a técnicos e encarregados de exploração, em colaboração com en-tidades nacionais e estrangeiras de reconhecida qualidade e idoneidade profissional.

8. Acompanhar, em trabalho conjunto com a DGAV, a aplicação do novo PCEDA dando assim continuidade ao importante trabalho desen-volvido neste âmbito em 2012;

9. Analisar, igualmente em parceria com a DGAV, o grau de adaptação às novas regras do Bem estar animal.

10. Participar, sempre que solicitado, nos trabalhos do GTSIMREAP e analisar as respectivas conclusões;

11. Apoiar e participar activamente nas actividades das associadas, particularmente as que tem maior visibilidade pública como por exem-plo: Ancsub (Feira do Fumeiro), Sagran (Santiagro), Acpa e Ancpa (Ovibeja, Feiras de Santarém, de Garvão, de Portel, de Ourique, etc) e Alis (Feira Nacional do Porco);

12. Colaborar em particular com a ACPA na organização do VII Con-gresso Mundial do Presunto, que pela 1ª vez terá lugar em Portugal, facto que muito honra o nosso sector e o País;

13. Continuar a apoiar o trabalho desenvolvido pelo L.G.P.S. (Raças Exóticas);

14. Continuar a apoiar a representação de Portugal no COPA-COGE-CA onde continuamos a deter a presidência do Grupo de trabalho da carne de porco;

15. Continuar a trabalhar em interligação com a CONFAGRI, aprovei-tando todas as possíveis sinergias a que possamos recorrer, em especial o acompanhamento do QCA 2014/2020, a formação profissional, etc.

16. Colaborar na concretização do INTERPROFISSIONAL em con-junto com a APIC e a IACA.

17. Participar activamente nas Actividades da OIPORC, de cuja Junta Directiva fazemos parte no triénio 2011/2013, em conjunto com a Repú-blica Dominicana, Brasil, México e Venezuela, em especial na organi-zação do seu III Congresso que terá lugar no Brasil, em finais de Julho.

Pela importância atribuida a este evento e caso haja interesse por parte das associações e respectivsos associados, equacionamos a possibilida-de de organizarmos a deslocação de um grupo empresários e respectivos técnicos para a ele assisirem.

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Notícias FPAS

ACTIVIDADES FPAS – 4º Trimestre 2012Outubro03 - Reunião de Direcção - Sede, Lisboa03 - Reunião de Direcção LGPS - Sede, Lisboa03 – Reunião de trabalho preparação Simposio Anaporc (Estoril)04 - Reunião “Plataforma Peço Português”, Apifarma, Lisboa04 - Reunião de trabalho preparação Simposio Anaporc (Évora)04 – Presença no funeral do Pres. da ACPA, Sr. J. Cândido Nobre10 – Participação na A. Geral da Oiporc – Cancún – México11/13 – Presença no XI Encuentro de Porcicultores do México12/15 – Presença na Tecnopecuária – Batalha24 – Recepção a convidados Anaporc – Montijo25/26 – XXXIII Simposio Anaporc – Pav. Conhecimento, Lisboa31 - Reunião de Direcção - Sede, Lisboa

Novembro02 – Reunião Contabilidade – Preparação orçamento 201305 – Visita de elemento do Copa Cogeca – Montijo07 – Presença na Assembleia Geral da Ancoporc – Madrid08 – Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Alltech09 - Reunião “Plataforma Peço Português”, Apifarma, Lisboa14 - Reunião de Direcção - Sede, Lisboa14 – Reunião de empresários Holandeses (Rabobank) – Azambuja19 - Apresentação de Plano de Actividades 2013 – Pfizer e Tecnipec20 - Apresentação de Plano de Actividades 2013 – Reagro e Syva21 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Kemin23 – Presença no Congresso Confagri – Fil – Lisboa26 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Merial,

MSD, Proegram e Vetoquinol28 - Reunião de Direcção - Sede, Lisboa28 – Presença na sessão sobre QCA 2014/2020 – Alis, Montijo29 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Pic,

Ceva e Esteve

Dezembro03 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Elanco05 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – SP Ve-

terinária e Eurocereal06 – Reunião de Trabalho - Preparação do VI Congresso Nacio-

nal de Suinicultura - Batalha06 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Serra-

lharia Fiel, Golden Fibra e Sep Sancho 07 – Reunião “Plataforma Peço Português”, Apifarma, Lisboa11 – Reunião Junta Directiva Oiporc – via Skype11 - Apresentação de Plano de Actividades 2013 – Vetlima e Tna13 - Reunião GPP – Análise dos Estatutos do FILPORC – Inter-

profissional da Fielira da Carne de Porco13 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Ma-

gorange 14 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Calier,

Indukern, Winfarm e Ibersan17 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Tecadi17 – Presença na apresentação do SIMA (Paris) – Câmara de

Comércio Luso Francês18 – Visita a uma exploração de Porco Alentejano em Monta-

nheira19 – Reunião de Direcção - Sede, Lisboa19 - Assembleia Geral FPAS 20 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Labo-

ratório Tomáz, Neoamb e APP20 - Reunião de Trabalho - Preparação do VI Congresso Nacio-

nal de Suinicultura – Batalha 21 - Apresentação de Plano de Actividades FPAS 2013 – Nu-

tritécnica21 – Reunião DGAV – Pceda21 – Reunião GPP – QCA 2014/2020

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