Upload
seta-regional
View
223
Download
3
Embed Size (px)
DESCRIPTION
: A Revista Típica é uma publicação da Editora Seta Regional e têm como objetivo levar a seus leitores, entretenimento, tendências, atualidades, informação regional e divulgação de conteúdos que contribuam na valorização das raízes culturais de nossa região - Sumaré, Nova Odessa e Hortolândia.
Citation preview
Ano IV Edição 16 Maio | Junho de 2011Sumaré Hortolândia Nova Odessa
www.revistatipica.com.br
Personal Cook e Diet
Viagensde inverno
Piscina Aquecida
O talento e carisma de DanielEm uma das melhores fases da vida, o cantor inicia as comemorações dos 30 anos de carreira.
Com o auxílio de um profissional adquira
hábitos saudáveis na alimentação.
Mantenha a temperatura sempre quente nos
365 dias do ano.
Conheça as cidades brasileiras mais
aconchegantes e propícias ao clima deste inverno.
Típica
Dia dos Namorados. Acredito que todos os
dias são necessários para a gente reconquistar a pes-
soa que ama sempre: dar presentes; dizer Eu Te Amo;
deixar bilhetinhos com dizeres carinhosos pelos cantos
da casa; enviar um e-mail apaixonado e tantas outras
maneiras de agradar a pessoa que amamos. Exercite
essas atividades e cada dia será O Dia dos Eternos
Namorados.
Isso também vale para o Dia dos Pais, dos
Avós, e como não poderia passar em branco, o Dia
das Mães. Diz Marion C. Garretty: “O amor de mãe é
o combustível que capacita um ser humano comum a
fazer o impossível”.
É com esta frase que ainda dá tempo de de-
sejar Feliz Dia das Mães 2011, pois para elas seremos eternamente crianças e nós, meros filhos,
saberemos entender o real significado de algumas atitudes apenas quando nos tornarmos tam-
bém mães e pais!
Obrigada mãe por existir em nossas vidas!
E graças ao contato de uma mãe muito especial, a Dra. Regina Meira Labbate, decidimos
abordar um tema extremamente complexo, mas de suma importância ao salvamento de outras
vidas: a doação de órgãos. Acompanhe na seção Comportamento o relato de Regina, que pela
morte do filho Victor, permitiu a doação de órgãos e salvou pessoas. Entenda e reflita mais
sobre o assunto.
Nesta edição preparamos outras matérias ligadas a este mês tão especial, dedicado a
todas as mães. Na seção Em Alta, a modernização do ensino trouxe novidades e novas tecnolo-
gias, aumentando o interesse de aprender por parte dos alunos da rede educacional na região.
Como divertir a família neste inverno? Na seção Turismo algumas dicas de cidades
brasileiras propícias ao divertimento de todo o clã na estação mais gelada do ano. E se todos
estão em alerta com a alimentação na mudança de temperatura, a sugestão é contratar um
personal cook e diet. A novidade é que este profissional assessora, em todos os sentidos, um
cardápio personalizado, conforme os costumes, necessidades e o dia a dia de cada pessoa. E se
você deseja manter a piscina aquecida nos 365 dias do ano, veja as novidades em Minha Casa.
Em Hortolândia, vamos relembrar, com Valéria Oliveira, um pouco da história e do cres-
cimento momentâneo desta cidade, que em tão pouco tempo, se tornou pólo de importantes
empresas do Brasil e do Mundo. Um exemplo disso é a chegada da ZTE Corporation, uma
negociação importantíssima na relação entre Brasil e China. Acompanhe os detalhes na seção
Cidades. E como personalidade hortolandense, trazemos a trajetória de vida do visionário Paulo
Beleboni, atual presidente da ACIAH.
E para finalizar, acompanhe a entrevista exclusiva do cantor Daniel a Revista Típica, que
há poucos dias, deu início as comemorações dos 30 anos de carreira com encantador da música
sertaneja romântica no Brasil.
Bom divertimento e até breve!
A Revista Típica é uma publicação bimestral da Editora Seta Regional. Circula nas cidades de Su-maré, Hortolândia e Nova Odessa no estado de
São Paulo, com tiragem de 15 mil exemplares. Mais informações sobre a publicação podem ser
encontradas no site www.revistatipica.com.br
Edição, Administração e Publicidade:Editora Seta Regional Ltda.
Editora Seta RegionalRua Joaquim de Paula Souza, 05
Jd. Yolanda Costa e Silva - Sumaré/SPCep: 13172-210
Tel.: (19) [email protected]
Site: www.setaregional.com.br
Diretoria ExecutivaAndressa Pirschner Assunçã[email protected]
Leandro Perez [email protected]
Editora ChefeAndréia Dorta, MTb: [email protected]
Jornalistas AssistentesCleyton A. Jacintho, MTb: 51.959
Marcelo Pendezza, MTb: [email protected]
Silmara Soares, MTb: [email protected]
Edição de Arte/DiagramaçãoSamira Oschin Barozzi
Tatiana [email protected]
Repórter FotográficoEdson Donizete
ComercialLeandro Perez Ribeiro
Cecília Souza [email protected]
Administrativo/FinanceiroAndressa Pirschner Assunção
Sinara [email protected]
Fotos, Capa e Matéria de CapaAssessoria de Imprensa
ImpressãoGráfica Mundo Digital
Assessoria ContábilExato Contabilidade
ImportanteAs informações contidas nesta revista são para fins educacionais e informativos. A Revista Típica não se responsabiliza pela utilização inadequada das informações aqui veiculadas, nem pelas opini-
ões de nossos colaboradores e anunciantes.
“Tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4: 13
www.revistatipica.com.br
CAPARelembre alguns momentos dos 30 anos de carreira do cantor Daniel.
CIDADESUnião entre Brasil e China promove a instalação de mais uma empresa na região.
PERSONALIDADESA trajetória da vida de Paulo Beleboni, um homem de visão.
EM FOCOValéria Oliveira retoma um pouco da história e crescimento de Hortolândia.
SAÚDEPersonal Cook Diet: com este profissional, melhore a sua qualidade de vida.
TURISMOConheça as melhores cidades brasileiras propícias ao inverno 2011.
MINHA CASADeixe a piscina aquecida nos 365 dias do ano.
EM ALTAModernização no ensino desperta o interesse tanto de alunos como de professores.
COMPORTAMENTODoação de Órgãos: tire suas dúvidas e abrace esta causa, salvando muitas vidas.
HortolândiaA festa do peão de Hortolândia mal acabou e os amantes por circuitos de rodeo já esperam an-
siosos pela próxima festa.
A 7º edição do evento aconteceu entre os dias 18 a 22 de maio e reuniu mais de 100 mil
pessoas nas 5 noites. Os shows ficaram por conta de Gusttavo Lima, Ricardo & João Fernando, César
Menotti & Fabiano, Guilherme & Santiago, Jorge & Mateus que trouxeram o melhor do seu repertório
e envolveram a multidão.
A direção do evento já planeja com entusiasmo a 8º edição. “A festa cresceu muito esse
ano foi maravilhosa e nós já estamos pensando em aumentá-la para o ano que vem,” declara Fábia
Marchetti assessora de imprensa da festa.
Palestra: André de SouzaMotivação & Vendas
AAssosiação Comercial de Sumaré realizou no último dia 25 de
maio nas dependências da Faculdade Anhanguera em Suma-
ré uma palestra ministrada por André de Souza sobre Motivação &
Vendas. Os patrocinadores do evento sortearam diversos prêmios
para os participantes que estiveram atentos a cada conceito abor-
dado pelo palestrante. Dentre os participantes estiveram presentes
vários empresários da região.
Homens e mulheres de Sumaré e região podem dar adeus aquela “dorzinha”
inconveniente que ocorre durante a depilação. Está na cidade a D´pil, que
há dois anos se lançou no mercado brasileiro, inovando e revolucionando o setor
de depilação. A D´pil possui mais de 400 filiais espalhadas por toda a América
Latina.
O processo dessa nova tecnologia permite uma depilação duradoura,
eficaz, e principalmente sem dor, devido ao fato de que o tratamento é realizado
por meio da fotodepilação, um método que utiliza a luz para a queima dos pelos
até a raiz.
O diferencial da D´pil se deve ao preço único e acessível de R$ 55,00
para qualquer área e por sessão. “A rede D´pil se preocupa com o bem estar do
cliente. Por isso cada cliente realiza um teste antes de iniciar o tratamento. A
franquia não exige o fechamento de um pacote com um determinado número
de sessões, pois o conjunto do tratamento depende da análise de cada cliente,
considerando o tipo de pele, a cor do pêlo e a carga hormonal”, relata a empre-
sária Alessandra Nobre.
Se você homem ou mulher deseja melhor resultado na depilação, e ain-
da por cima sem dor, conheça a D´pil. A filial em Sumaré está na Rua Luiz José
Duarte, 644 – Centro. O telefone para contato é 3396-4111 ou 3044-0112.
D´pil A depilação eficaz, duradoura e indolor.
Alessandra Nobreproprietária da D´pil Sumaré
SumaréConsiderado um dos maiores rodeos do interior paulista, o Sumaré Rodeo Festival foi realizado
no mês de Abril pela segunda vez nas imediações do Clube Paraíso das Águas. A 11º edição
aconteceu entre os dias 07 e 10 de Abril reunindo cerca de 60.000 pessoas durante as 04
noites. A multidão foi animada por Marcos e Belluti, Gustavo Lima, Jorge e Mateus e Rio Negro e
Solimões, que como esperado não decepcionou os presentes e balançou a multidão com shows
de tirar o fôlego. A organização do evento mais uma vez surpreendeu a todos e podemos dizer
que foi tudo perfeito.
Há alguns anos no mercado brasileiro, a
Kremer já conquistou os adeptos do me-
lhor chopp em território nacional e agora é a
vez de Sumaré prestigiar e experimentar o me-
lhor e mais gostoso chopp da região.
Chegou no município a mais nova fran-
quia da Kremer. Situada na Avenida da
Amizade, 2879, desde Janeiro deste
ano, a loja apresenta alguns importantes diferenciais na escolha de um bom produto: pron-
to atendimento e valor agregado compatível à concorrência.
O casal Adilson Oliveira e Luciana Alves comandam o negócio e já comemoram
os excelentes resultados em um curto espaço de tempo. “Nós já chegamos na casa dos
4.000 litros de chopp vendidos no mês e isso no mercado é um número significativo. Além
do chopp, nosso atendimento é diferenciado e o nosso preço é ainda melhor. Também ofe-
recemos outros produtos como Kit Churrasco, souvenirs da marca Kremer, como camisas
pólos, bonés, canecas personalizadas”, declara Adilson.
A dica é: se você gosta de um bom chopp, visite a Kremer e faça uma degustação
antes de fechar qualquer negócio, seja para bares, restaurantes, eventos ou simplesmente
para o churrasco entre amigos. E lembre-se: se dirigir, não beba.
Se você gosta de apreciar uma boa culinária em um local
cujo ambiente se mistura entre o rústico e o moderno, se
divertir com a família e os amigos, ter conforto e ainda por cima
ter a opção de adquirir presentes para diversas ocasiões, o lugar
certo é o Empório Artes.
Desde Dezembro de 2010, os sócios Eliana Regina Cor-
deiro Bastidas, Emerson Renato Cordeiro e Fabio Pinto Bastidas
comandam a empresa. Localizada à Rua Dom Barreto, 1420,
no Centro de Sumaré, a casa oferece diversos pratos e bebidas
100% não alcoólicas, tudo produzido artesanalmente e na hora,
bem como artigos artesanais, pinturas, antiguidades e móveis.
“Buscamos atender todos não somente como clientes, mas
também como amigos da casa. Mantemos a qualidade dos pro-
dutos, com muito carinho no preparo e diversificação de variedades e sabores”, declara Eliana.
A ideia surgiu há alguns anos e finalmente os sócios, hoje, podem desfrutar do sonho,
e porque não comemorarem os resultados, visto que já existem planos de expansão muito em
breve. Alguns diferenciais do Empório são: disponibilização de internet gratuita aos clientes e
entregas de pedidos na região central. O Empório Artes abre as portas a partir das 06h da
manhã e vai de Segunda e Terça até às 19h; nas Quartas e Quintas até às 22h e nas Sextas e
Sábados até as 23h.
Garanta alguns momentos de descontração e visite o Empório Artes, e se preferir
contato por telefone, o número é 3828-6900.
“Se Cristo vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, João 8:36
Kremer CervejariaA qualidade do chopp original
Empório das ArtesUma mistura de artesanato, culinária e antiguidades
O nascimento de uma criança é uma dádiva, um momento mágico, em que toda a família está mais alegre. E quando
nasce, tudo vira festa: mimos, carinho, afeto e não faltam os avós babando em cima dos netinhos. Cada detalhe é
preparado com amor e muito carinho.
Nesse sentido, os empresários Ana Paula e Alex Falleiros, em Maio de 2009, inauguram a Love Baby, uma das
lojas mais modernas e especializas em móveis e acessórios infantis e juvenis. “Costumamos dizer que não vendemos
apenas móveis; vendemos sonhos, pois os pais chegam até nós no momento mais feliz de suas vidas, e, por esse moti-
vo, nos tornamos responsáveis para que tudo dê certo.
Sendo assim oferecemos a eles um ótimo atendimento,
produtos de excelente qualidade, ótimas condições de
pagamentos e pontualidade nas entregas”, declaram os
proprietários.
Inaugurada como a realização de um sonho en-
tre amigos, hoje a Love Baby conta com mais de 5 mil
clientes e três lojas na região: em Sumaré, Rua Antonio
do Vale Melo, 571 – Centro, no telefone 3828-3475. Em
Campinas, a Loja 1 fica na Av. Aquidaban, 201 – Centro e
o telefone é 3231-3141. A Loja 02 está localizada na Rua
General Osório, 646 – Centro, telefone 3231-4734.
Love Baby Preparando com carinho o ambiente para a chegada de seu bebê.
Ana Paula e Alex Falleiros | proprietários da Love Baby
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
18
Tecnologia invade as escolas
Prefeituras inserem a rede municipal de ensino definitivamente no Século XXI e implantam lousas digitais, novos laboratórios de informática, entre outras ações
EM ALTA
Em vez do velho quadro negro e giz,
a tecnologia do século XXI vem
pedindo passagem e já se tornou
realidade em escolas públicas de Sumaré
e Hortolândia. Na Cidade Orquídea, após
o projeto piloto com Lousas Digitais ini-
ciado no fim do ano passado, o programa
municipal de inclusão digital está sendo
ampliando em 2011, com a aquisição de
44 novas lousas digitais, as quais foram
instaladas em 13 unidades escolares que
atendem o Ensino Fundamental.
Segundo informações divulgadas
pela Secretaria Municipal de Educação, o
número de lousas por escolas será propor-
cional ao número de alunos, variando de
uma a dez lousas por estabelecimento de
ensino.
Como ocorreu em 2010, logo
após as instalações das lousas, os
professores das escolas municipais
contempladas receberam capaci-
tação, agilizando o uso do ma-
terial e, consequentemente,
refletindo diretamente na di-
nâmica das aulas e elevando
a qualidade de ensino.
O secretário municipal de
Educação de Sumaré, professor João José
Haddad Araújo, acredita que o investimen-
to em tecnologia é uma das medidas que
melhora o desempenho do professor em
sala de aula e desperta mais o interesse
dos alunos. “Hoje a tecnologia está inse-
rida em nossas vidas e, no convívio esco-
lar isso não pode ser diferente. Por isso, o
Governo Municipal vem investindo na ino-
vação e informatização de nossa rede de
ensino. A implantação de lousas é uma das
ações e acredito que estamos no caminho
certo”, destacou o secretário.
A Secretaria Municipal de Edu-
cação acrescentou que os resultados sa-
tisfatórios obtidos com as lousas digitais
durante o Projeto Piloto do ano passado
motivaram a aquisição de mais equipa-
mentos. A professora da rede municipal
de ensino, Eliana Aparecida Ferreira da
Silva, comentou que com a adoção da
tecnologia em sala de aula vem refletindo
diretamente no aproveitamento didático
do aluno. “Hoje em dia, em nossos lares,
tudo é tecnologia e não dá para pensar
em Educação sem a inserção dessa mo-
dernidade. Neste sentido, nada melhor que
Texto | Marcelo Pendezza
trazer esses equipamentos multimídia para
dentro da sala de aula. A lousa, por exem-
plo, além de auxiliar o professor para que
possa ministrar uma aula mais inovadora e
interativa, o equipamento é capaz de am-
plificar o conteúdo, dando embasamento
concreto, facilitando assim a compreensão
e elevando o aproveitamento dos estudan-
tes”, afirmou Eliana.
A prefeitura sumareense vem
promovendo uma verdadeira revolução
tecnológica na educação municipal, seja
com implantações de salas de informática,
equipando escolas com lousas digitais ou
adquirindo equipamentos móveis para in-
clusão digital, como é o caso do Ônibus,
apelidado de Caravana Digital. O veículo,
comprado pela Prefeitura, foi totalmente
adaptado e conta em seu interior com 14
computadores, transformando o ônibus
em um verdadeiro laboratório sobre duas
rodas. O Ônibus da Caravana Digital per-
correrá todas as escolas de ensino infantil
e creches administradas pela Prefeitura. A
meta é democratizar o acesso e dar opor-
tunidade de conhecimento aos mais de 25
mil alunos da rede municipal. “O Ônibus é
uma ação pioneira em nossa região e o
trabalho já vem repercutindo positivamen-
te no convívio escolar e entre os pais dos
alunos”, disse o secretário de Educação.
Uma terceira ação realizada pela
Prefeitura foi a compra de 1.073 no-
tebooks destinados aos professores e
coordenadores de ensino municipal. O
equipamento vem sendo entregues em
consignação, para que os equipamen-
tos sejam utilizados pelo período que
prestarem serviços na rede municipal
de ensino. Além desta entrega, todos os
laboratórios de informática das escolas
de ensino fundamental receberam novos
computadores. No total, 355 equipamen-
tos foram substituídos. Em Hortolândia, a
Prefeitura mantém laboratório de ciências
com recursos tecnológicos de última ge-
ração. Todas as escolas de Ensino Funda-
mental receberam laboratório do Programa
de Engenharia e Sistema e Computação
(PESC), benefíciando 13.500 alunos. Para
implantar o programa educacional, a Pre-
feitura investiu R$ 2,5 milhões.
Os laboratórios são equipados com
lousa digital e uma série de materiais peda-
gógicos, onde os alunos aprendem de ma-
neira interativa e dinâmica disciplinas que,
até então, dependiam de livros. As dinâmicas
são desenvolvidas em função da série esco-
lar, durante os cinco anos do Ensino Funda-
mental. Os professores receberam cursos de
formação para utilizar o laboratório.
Ônibus - Caravana Digital
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
20
SAÚDE
Charles Chaplin diz que “a vida é
uma peça de teatro que não per-
mite ensaios. Por isso, cante, cho-
re, dance, ria e viva intensamente, antes
que a cortina se feche e a peça termine
sem aplausos”. Quando a peça chamada
vida chega ao fim, tudo muda de repente
e decisões, antes não discutidas, se fazem
necessárias.
Falar sobre doação de orgãos,
principalmente nesses casos, ainda é um
tabu. Por falta de conhecimento, preconcei-
to e até mesmo medo, o assunto é pou-
co discutido. Nesta situação, os sentidos
e sentimentos ficam totalmente alheios a
nossa vontade e dificilmente conseguimos
tomar alguma decisão. O momento, já de-
licado, fica tenso quando o médico cogita
o assunto sobre a possibilidade de doação
dos orgãos. Nesta hora, uma única palavra
pode ou não salvar outras vidas.
“Nós trabalhamos aqui em Sumaré
há mais de 25 anos. Eu sou pediatra e meu
marido, Dario Victor Labatte é cirurgião ge-
ral. Sumaré é a nossa casa . Meus filhos
cresceram aqui e no ano passado, em
Dezembro, o Victor sofreu um acidente de
lancha e infelizmente veio a óbito. Ele mo-
rava há seis meses em Santa Catarina. Em
um final de Domingo, o barco dele desapa-
receu e foi encontrado três dias depois, a
deriva. Quando o encontraram, estava vivo,
mas já em coma, inconsciente. O levaram
para o Hospital público Regional do Litoral
Paranagua. Ali ficou três dias, mas como
Doação de orgãos
Por meio desta atitude é possível salvar muitas vidasTexto | Andréia Dorta
Depoimento de Regina Meira Labatte. Agradeço todo carinho e apoio da cidade de Sumaré e como não consigo me dirigir
a cada amigo, a cada paciente e aos muitos recados não respondidos, tentarei retribuir.
Agradeço ao Comandante Mello Capitania dos Portos de Santa
Catarina Florianópolis. Também a cara Dra. Lucia Eneida Rodrigues, chefe da
equipe UTI do Hospital Regional do Litoral Paranagua Pr, aos amigos
Marina Píer (33) em Biguaçu, SC; aos numerosos amigos do
Victor no Brasil e no exterior; aos queridos amigos de Sumaré que tanto
nos apoiaram. (queridos amigos do PRONTIL); a todos
os familiares, em especial aos avós. Um grande abraço e
obrigada por nos terem
apoiado nesse momento tão difícil em nossas
vidas.
sofreu uma hipotermia muita severa, aca-
bou não resistindo”, relata, sensibilizada, a
mãe e pediatra Regina Meira Labatte.
Com um quadro já irreversível, os
pais de Victor receberam a informação
de que o filho estava com morte cerebral.
Sem poder fazer mais nada, solicitaram
um pedido de doação dos orgãos do filho.
“Eu sou médica, mas mesmo se não fosse,
defendo a doação de orgãos. No caso do
meu filho, o que me ajuda a superar a dor é
o fato de que ele salvou outras vidas. Na si-
tuação dele, tudo colaborou para uma doa-
ção completa. O hospital estava habilitado
para doação há apenas um mês. A equipe
foi muito boa. O Victor foi o 1º doador de
orgãos desse hospital e isso me ajuda a
seguir em frente”, confessa a pediatra.
A doação de orgãos, no Brasil, é
regulamentada por lei e só é possível com
a autorização familiar. Desta forma, é ex-
tremamente importante que cada um de
nós comunique as nossas famílias, o desejo
de querer ou não ser um doador, para que
a mesma autorize a doação no momento
oportuno.
A lei que dispõe sobre a remo-
ção de órgãos, tecidos e partes do corpo
humano para fins de transplante é a Lei
9.434, de 04 de fevereiro de 1997, pos-
teriormente alterada pela Lei nº. 10.211, de
23 de março de 2001.
A pedagoga Elisabete Malagutti, é
uma receptora de córnea. A cirurgia ocor-
reu em 97 e desde então a vida dela mu-
dou. “Fiquei na fila de espera por dois anos
e após a cirurgia, a 1ª impressão que tive
foi de susto, por ver que existia em mim
algo que não era meu. Por algum tempo
quis conhecer a família do rapaz do qual
recebi a córnea, mas não tive coragem.
Tive todo o apoio necessário dos médicos
durante o pós cirúrgico. Aos poucos me
acostumei a situação e hoje agradeço pela
2ª chance que tive”.
Um único doador pode beneficiar
até 25 vidas. Acompanhe a tabela na pá-
gina ao lado sobre o tempo estimado dos
transplantes de alguns órgãos. Alguns ór-
gãos podem ser doados em vida, como:
Orgão | Tecido
Coração
Pulmões
Fígado
Pâncreas
Rins
Córneas
Ossos
Tempo | Retirada
antes da PC*
até 30´após PC
até 6h após PC
até 6h após PC
antes da PC
antes da PC
antes da PC
Tempo | Transplante
4 - 6h
até 48h
7 a 14 dias
até 5 anos
12 - 24h
4 - 6h
12 - 24h
* Parada Cardíaca
um dos rins; uma parte do fígado (até 70%
do seu tamanho; o figado, após a doação,
se regenera em 45 dias); parte de um
pulmão (apenas parte dele, em situações
excepcionais), sangue e medula óssea (só
é realizada com o doador vivo compatível,
por meio de aspiração óssea ou coleta de
sangue). Este tipo de doação, entre vivos,
só acontece se não representar nenhum
problema de saúde para a pessoa que doa.
Segundo Caius Lucilius, assessor de
imprensa do Hospital Estadual de Sumaré, a
1ª etapa para quem deseja ser doador é es-
clarecer todas as dúvidas. “Existe uma fila de
espera de receptores na USP de Ribeirão Pre-
to, que abrange todo o interior de São Paulo,
bem como toda uma equipe estruturada para
fazer a tramitação no ato da doação. O traba-
lho envolve muitas pessoas, desde o médico
que atende o paciente até a localização do
receptor compatível ao órgão doado, e todo o
processo em tempo real. É um trabalho rápido
e integrado, onde cada um faz a sua parte”.
Na região, o HC da Unicamp é um
dos 10 hospitais universitários do Estado de
São Paulo, integrantes da Organização de Pro-
cura de Órgãos (OPÔS), que inclui o Serviço
de Procura de Órgãos e Tecidos (SPOT).
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
22
MINHA CASA
Mergulho e LazerO ANO TODO
Com um ótimo custo beneficio, os sistemas de aquecimento de piscinas estão cada dia mais presentes nos lares brasileiros.
Ter uma piscina é um dos principais
sonhos dos brasileiros. Quem é
que nunca imaginou reunir a fa-
mília e os amigos aos finais de semana,
na beira da piscina, ou então dar um belo
mergulho aos fins de tarde para espantar
o cansaço de um dia inteiro de trabalho?
Pesquisa realizada pela Constru-
tora Living mostra que a piscina é o item
mais desejado pelos brasileiros que bus-
cam uma casa própria. O que antes era
supérfluo, hoje é um dos itens procurados
na hora de construir ou comprar uma
casa. Não é por acaso que o Brasil é o
segundo maior mercado de piscinas do
mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
No inverno, porém, a piscina sem-
pre fica em segundo plano, ou ficava, uma
vez que hoje existem inúmeros sistemas de
aquecimento de piscinas, e o melhor, com
um custo beneficio que vale a pena investir.
Existem vários tipos de sistemas
para aquecer a água da piscina, entre eles
estão: solar, trocador de calor, elétrico, a gás
e a lenha. O mais indicado é o solar, uma
vez que apresenta menor consumo mensal,
além de ajudar na redução do impacto am-
biental e possuir pouco risco na utilização.
Segundo Fabiana Zagui e Vander-
lei Theodoro da Construsol de Sumaré, ao
instalar um sistema de aquecimento de
piscina, o consumidor tem a grande van-
tagem de aproveitar ao máximo o investi-
mento, mesmo em períodos mais frescos
como à noite ou no inverno. “Assim, os
momentos de lazer desfrutados pelo con-
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
23
sumidor e sua família ampliam-se signifi-
cativamente, inclusive tornando o investi-
mento bastante compensador”, explicam.
Fabiana Zagui e Vanderlei Theo
comentam ainda, que é possível instalar
aquecimento solar em qualquer piscina.
“Mas um estudo também se faz necessá-
rio, pois algumas apresentam mais dificul-
dades de adaptação ao sistema solar do
que outras (adaptar hidráulica existente
com o sistema solar, passar tubulação até
os coletores que ficam alocados no telha-
do, posicionamento de sucção e retorno da
água quente da piscina deve ser avaliado,
tipo de sistema de apoio a ser utilizado).
Todas estas adaptações são avaliadas jun-
to ao cliente, de maneira que a instalação
seja feita da melhor forma possível e de
acordo com sua necessidade”, completam.
“O aquecedor solar é o sistema
mais econômico e ecologicamente cor-
reto desenvolvido pelo homem. A fonte
de calor é gratuita, abundante e limpa. É
a melhor opção para as piscinas residen-
ciais. Comparado aos outros sistemas, o
aquecedor solar tem baixo custo opera-
cional e de manutenção. E a placa solar
não sofre corrosão do cloro” diz Danilo
Roberto Benetasso, do Castelo das Pe-
dras. Ele ainda explica que embora o
aquecedor Solar seja uma das melhores
opões, o consumidor deve estar atento
quanto à ligação hidráulica entre a casa
de máquina e o telhado, uma vez que
pode haver necessidade de quebra do
reboco, corte de forro e repintura. Para a
colocação das placas, exige-se uma área
equivalente a da piscina (nem sempre
existe área no telhado suficiente para
isso), além da necessidade do sol para
aquecer a piscina.
Paulo Castilho, da Piscina e Arte,
comenta que outro sistema que merece
destaque é o trocador de calor. “É muito
eficiente, possui algum custo mensal de
energia, mas você tem água quente em
todos os dias do ano”, completa. Apesar
de ser elétrico, ele é econômico ao redu-
zir o consumo de energia. Funciona como
um aparelho de ar-condicionado em ciclo
invertido. O equipamento não gera calor,
apenas o bombeia, desta forma gera de
duas até cinco vezes mais calor que o
equivalente a energia elétrica consumida.
Por isso as bombas de calor são tão eco-
nômicas no aquecimento das piscinas.
O tempo médio de instalação de
um sistema de aquecimento de piscina
pode variar de 3 a 4 dias, dependendo
do tipo de aquecedor. Dependendo do ta-
manho pode demorar até uma semana.
O custo médio também varia de acordo
com o tipo de aquecedor.
Agora é só escolher a melhor
opção e mergulhar o ano todo. Mas fi-
que atento em relação ao fabricante do
equipamento de aquecimento de pisci-
na e o fornecedor que fará a instalação.
É importante verificar se os produtos
são certificados pelo Inmetro e se apre-
sentam outras referências de qualidade
como o selo ISO9001.
TURISMO
Viaje e se aqueça nesse inverno
Os destinos turísticos mais procurados do Brasil, nesta época
do ano, estão esperando por você!
Uma das épocas mais sofisticadas
do ano é o inverno. Todo mun-
do fica mais bonito em dias mais
amenos. Céu azul, brisa mais fina, pessoas
com ares mais sofisticados com seus ca-
sacos, mulheres especialmente maquiadas,
encontros com velas e em lugares mais chi-
ques. O inverno remete ao luxo e ao glamour.
Odiado por poucos, esperado por muitos. No
inverno vale tudo, especialmente comidas e
bons hotéis. Escolha o seu destino e curta ao
máximo a mais chique estação do ano.”
As palavras acima, da Consultora
Hoteleira Débora Pizarro, resumem bem
tudo que o inverno representa para nós bra-
sileiros, acostumados com o clima tropical
do Hemisfério Sul. Em 21 de junho começa
mais um inverno, e com ele vem aquela von-
tade de ficar embaixo do cobertor, saborear
uma boa sopa e tomar um bom vinho ou
um chocolate quente, já que nosso apetite
fica mais aguçado nesta estação do ano.
Mas porque não unir tudo isso com a família
em um lugar com uma maravilhosa paisa-
gem, ao ar da montanha e participando de
eventos que só acontecem no inverno?
De acordo com a Agente de Via-
gem, Creusa Prando, da Viagem Livre, os
destinos turísticos mais procurados nesta
época do ano são: Campos do Jordão-SP,
Monte Verde-MG e Gramado-RS. “Passeios
diversos e bom vinho em Campos do Jor-
dão; Monte Verde para as pessoas que
Texto | Cleyton A. Jacintho
gostam de ficar em Chalés e curtirem bem
o friozinho; Gramado aos que desejam co-
nhecer as fazendas de uva, fábricas de vi-
nho, fábricas de chocolate e saborear uma
boa massa” comenta Creusa.
Gramado é o mais procurado e im-
portante destino de inverno do Brasil. Além
do famoso Festival de Cinema que acon-
tece por lá, e dos deliciosos chocolates e
fondues, a cidade é conhecida por ser muito
limpa e organizada.
Campos do Jordão tem, a cada
ano, se especializado no turismo de luxo.
Além de possuir algumas das melhores
pousadas do Brasil, recentemente ganhou
dois excelentes hotéis: o Blue Mountain e
o Le Renard. No mês de Abril os turistas
começam a aparecer, no entanto a alta
temporada começa em Maio. Em Junho
o valor das diárias triplicam, mas quem é
apaixonado por Campos do Jordão não se
importa, o custo compensa pelo prazer de
comer chocolates, curtir irresistíveis casas
de fondues, tomar o famoso chope Baden
Baden e conferir o Festival de Inverno.
Monte Verde é o local indicado para
casais que estão apaixonados e querem
um lugar tranquilo e romântico. Os Hotéis e
Pousadas são especialistas em proporcionar
momentos de relaxamento e romantismo,
com deliciosos banhos em banheira de hi-
dromassagem, e depois o aconchego e calor
de uma boa lareira. No entanto ainda faltam
bons restaurantes para que a cidade fique
ainda mais acolhedora.
Segundo Débora Pizarro, existem
outros destinos que são pouco conhecidos
do grande público, mas que não deixam a
desejar como: São Joaquim-SC e Canela-RS.
São Joaquim é uma pequena cidade
com temperaturas que podem chegar a -10ºC.
A possibilidade de ver neve sempre atrai os
turistas mais entusiastas do inverno. Nos me-
ses de junho e julho, a cidade para, as ruas fi-
cam congestionadas e os hotéis ficam com as
reservas esgotadas. Com tanto frio, um ótimo
jeito de se aquecer é beber um delicioso cho-
colate quente e saborear excelentes vinhos.
Canela não é um destino tão
agitado como Gramado, no entanto seu
charme não deixa nada a desejar. As
principais avenidas da cidade contam
com boa parte das lojas, pois que turis-
ta não adora fazer compras? O principal
ponto turístico da cidade, o Parque do
Caracol, que tem a maior queda d’água
do Rio Grande do Sul, esta sempre lota-
do de turistas que chegam em carros ou
ônibus de excursões. Além disso, a cidade
possui ótimos bares e restaurantes espe-
cializados em Polenta.
Segundo Creusa Prando, para não
entrar literalmente numa fria, antes de
viajar para estes destinos, verifique sem-
pre a temperatura do local para onde você
esta viajando naquele momento. “Tem lu-
gares que faz muito frio, às vezes somente
a roupa que se leva não é suficiente, cada
localidade exige seu tipo de roupa no mo-
mento da viagem, por isso sempre con-
sulte seu agente, ele dará todas as dicas
para aquele lugar e momento”, explica.
COMPORTAMENTO
Cada dia que passa a vida se torna cada vez mais corrida e o tempo passa a ser
um vilão, ou seja, a preocupação com a alimentação fica em segundo plano.
Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos dez principais
problemas de saúde pública do mundo, a obesidade vem crescendo em ritmo alarmante
no Brasil.
De acordo com o IBGE, mais da metade da população adulta brasileira está acima
do peso. Pesquisas indicam que o excesso de peso já atinge também uma em cada três
crianças entre cinco e nove anos de idade e um quinto dos adolescentes no país.
Face a esta preocupação, a luta incessante por adquirir maior qualidade de vida,
manter a saúde e ainda perder peso, atrai pessoas na procura por um Personal Diet, ou em
português, “dieta personalizada”, ou seja, um plano alimentar elaborado por nutricionista,
baseado nas preferências alimentares da pessoa, mantendo um equilíbrio entre calorias
e nutrientes. Além dos cardápios elaborados com uma diversidade de receitas, o cliente
ainda conta com a apresentação de lista de compras. “Estar in loco, acompanhando a
rotina do cliente e de sua família facilita muito o trabalho de conscientização e, muitas
vezes, identificamos os vilões do hábito saudável que o cliente desconhece”, comenta a
nutricionista Nanci Ferreira.
O trabalho do Personal Diet é aplicado tanto em adultos como em crianças e tem
como base a reeducação alimentar. Além da apresentação do cardápio, a nutricionista
trabalha de forma lúdica, através de ilustrações, jogos e conversas, estimulando a criança
a consumir alimentos diversos, como hortaliças e frutas.
A princípio, a consulta com um Personal Diet funciona da mesma forma que no consul-
Na onda da Dieta Saudável
Nutricionistas investem no serviço de Personal Cook e Diet, garantindo mudanças de hábitos e qualidade de vida
Texto | Marcelo Pendezza
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
29
tório. A diferença é que a nutricionista vai de
encontro ao cliente onde ele preferir, levando
consigo todo material necessário. Além da
avaliação física são levados em conta todos
os hábitos, dandose especial atenção à pes-
soa que prepara a comida, seja o cliente ou a
cozinheira do cliente. “Estar mais próximo da
realidade só facilita a adequação ao hábito
saudável”, destaca Nanci.
O Personal Diet pode ser compara-
do ao programa Super Nanny. Só que em vez
de crianças com problemas comportamen-
tais, o que está em jogo é a alimentação. O
personal checa os armários da cozinha, a
geladeira, os utensílios e equipamentos do-
mésticos à disposição, a existência de do-
ces e outras guloseimas perto dos olhos e
das mãos, fazendo um diagnóstico de todo
o ambiente em que vive aquele que preten-
de emagrecer ou reeducar sua alimentação.
Feito este levantamento, o profissional auxi-
lia na melhor forma de arrumação e orga-
nização do armário e geladeira. Se a família
dispõe dos serviços de uma cozinheira, ela
também entra na dança e muda seu com-
portamento: aprende a preparar refeições
mais saudáveis, além de truques de reapro-
veitamento de alimentos, tornando os pra-
tos mais atrativos e saborosos. “Quando se
fala em decorar pratos e ensinar o preparo
de receitas culinárias, isto é Personal Cook,
ou em português, Cozinheiro Personalizado,
pois, conscientizar o valor nutricional de le-
gumes e verduras torna-se mais fácil com a
orientação de receitas culinárias e diferen-
tes formas de preparo”, explica Nanci.
Para a modelo e estudante de
jornalismo Tassiana Dunamis, 24 anos, o
serviço de Personal Diet é fabuloso, uma
vez que o acompanhamento personalizado
influenciará diretamente em uma alimenta-
ção mais equilibrada e saudável. “Sou um
tipo de pessoa que detesto ir a supermer-
cados e não entendo nada de alimentos
equilibrados. Não estou acima do peso e
nem fora de forma, mas mesmo assim,
gostaria de estar mudando alguns aspec-
tos do meu corpo. Por isso, achei excelente
esse tipo de serviço e com certeza vai me
ajudar a atingir meus objetivos”, comentou
Tassiana.
O Personal Diet atua ainda em si-
tuações que o cliente se alimenta fora de
casa. Neste caso, o nutricionista elabora o
cardápio de acordo com o(s) restaurante(s)
que a pessoa tem o hábito de frequentar,
inclusive o acompanhando em uma dessas
refeições. O profissional de nutrição pode
até acompanhar o cliente em uma ou mais
visitas ao supermercado, caso em que aju-
dará a escolher os alimentos adequados ao
cardápio familiar, orientando também sobre
as informações nutricionais contidas nos ró-
tulos dos alimentos.
Se você se interessou pelo servi-
ço, a Personal Cook e Diet Nanci Ferreira
faz atendimentos à domicílio. Mais infor-
mações no telefone, (19) 3889-1050 ou
no site www.nanciferreirapersonal.com.br.
Lá é você quem determina o pacote mais
adequado à sua necessidade, visando a ali-
mentação na medida certa.
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
30
CAPA
O cantor está na lista dos melhores músicos do país
Texto | Andréia Dorta
Foto
s | A
sses
sori
a de
Impr
ensa
Daniel, o cantador e encantador da música brasileira
Falar de José Daniel Camillo parece
difícil, mas com certeza o Brasil in-
teiro o conhece com outro nome:
Daniel, o charmoso e carismático cantor
sertanejo, que há 30 anos de pé na es-
trada, leva consigo brasileiros dos quatro
cantos do país a cantarem os sucessos
como “Estou Apaixonado”, “Adoro Amar
Você”, “Quando o Coração se Apaixona”,
entre outros.
Daniel nasceu em 09 de Setembro
de 1968, em Brotas, interior de São Paulo,
hoje uma das cidades turísticas mais pro-
curadas por aqueles que desejam tranqui-
lidade e sossego, com possíveis amostras
de adrenalina, em contato direto com a
natureza.
Filho de José Sebastião Camillo e
Maria Aparecida Cantador Camillo, possui
mais três irmãos: José Gilmar, José Amau-
ri e José Eduardo. Com tantos “Josés” na
família, não há dúvida sobre a coincidên-
cia do sobrenome da mãe “Cantador” no
destino de Daniel, para que o José Daniel
Camillo se tornasse o cantador e encanta-
dor da música sertaneja brasileira.
Desde os cinco anos, totalmente
autodidata, aprendeu com o pai os pri-
meiros acordes do violão, demonstrando
paixão, habilidade e acima de tudo o dom
para a música. Aos oito anos ganhou o 1º
violão de seu José Sebastião e a partir
daí foram apenas alguns anos para se dar
início as apresentações, ali mesmo em Bro-
tas, no bar dos tios e na praça central da
cidade aos finais de semana.
No decorrer das cantorias, partici-
pou de muitos festivais de música sertaneja
da região e durante esse trajeto, conheceu
um dos melhores amigos de caminhada,
carreira e sucesso: José Henrique dos Reis,
o conhecido e saudoso João Paulo, com
quem formou dupla em 1980.
Surgia nesse ano um dos mais im-
portantes ícones da música sertaneja raiz:
João Paulo e Daniel. Os dois começaram a
cantar em circos, festivais, festas e eventos
da cidade e da região. Para Daniel, um dos
maiores orgulhos na época era ver a pre-
sença e apoio do pai em cada nota tirada
do violão.
Desde então a música, Daniel e
João Paulo não se separaram mais. O 1º LP
foi lançado em 1985. O sonho da gravação
havia se realizado, entretanto os obstáculos
estavam apenas começando. Foram anos
de batalha e finalmente o reconhecimento
nacional chegou até a dupla. O sucesso es-
tava em andamento, mas a morte de João
Paulo em 1997 rompeu a trajetória dos
amigos. Muito abalado, Daniel pensou até
mesmo em abandonar tudo, entretanto,
com o apoio dos familiares, amigos e fãs,
decidiu prosseguir a carreira só, agora, sem
a presença do amigo de tantas batalhas.
Daniel canta, dança, toca e inter-
preta. Como cidadão brasileiro, faz o má-
ximo para sempre ajudar quem precisa.
Desde 1999 é padrinho do Teleton, uma
campanha que possibilita a manutenção e
a construção de unidades da AACD, que
atende crianças portadoras de necessida-
des especiais. Outro projeto do cantor é o
Daniel Futebol Clube, que realiza partidas
beneficentes de futebol entre amigos e
famosos por todo o país, levando alegria,
espírito esportivo e solidariedade entre as
pessoas.
Seu inegável talento é reconhecido
nacionalmente. Fez novelas, filmes, foi pre-
miado quatro vezes como melhor cantor
do Brasil pela Rede Globo, no programa do Faustão, além de ter recebido
o prêmio SBT Internet, em 2004, 2007 e 2008, como melhor cantor, e
outras diversas indicações. O mais recente prêmio na história de Daniel é
o Grammy Latino, conferido em 2009 pelo álbum “As músicas do filme O
Menino da Porteira”.
Uma das grandes realizações pessoais de Daniel aconteceu em
Março de 2009, com a reinauguração do Cine São José em Brotas/SP.
O espaço, que foi cinema e abrigou a rádio Brotense na cidade por longo
tempo, estava fechado há cerca de 20 anos. Daniel adquiriu o prédio, refor-
mou e deu vida a este histórico espaço cultural de sua terra natal.
A reinauguração aconteceu com a pré-estréia de “O Menino da
Porteira”, inclusive com a presença do elenco e direção do filme, amigos e
famosos, como Xuxa; Alexandre Pires; Sérgio Reis; Luciano, da dupla Zezé
Di Camargo e Luciano, entre outros.
No mesmo ano, 2009, o cantor ganhou um “presente de Deus” na
sua vida pessoal, a filha Lara, que nasceu no dia 27 de novembro.
Em 2010 começou o ano com novo escritório, a Daniel Promoções
Artísticas, em Brotas; nova gravadora, a SOM LIVRE, e casou-se em maio
com Aline de Pádua.
E depois deste Túnel do Tempo, é hora de ler a entrevista exclusiva
dada por Daniel a Revista Típica.
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
34
Típica: A música é uma escolha
de vida não tão fácil quanto
imaginamos?
Daniel: As pessoas, às vezes, pintam as coi-
sas totalmente diferentes e muitas vezes
não imaginam o que a gente passa. Cada
um tem os seus momentos difíceis na sua
profissão e a música não deixa de ser isso
também. A gente fica fora de casa, longe
da família; muitas vezes não tem hora para
dormir ou dorme pouco; entre outras coi-
sas. A gente aprende a lidar com as situ-
ações e aprendemos a dar valor em tudo.
Típica: Antes de ser cantor, qual era
o sonho de criança?
Daniel: Eu sempre gostei de cantar e jogar
bola. Quando era criança, os sonhos muda-
vam muito: queria ter um cavalo, quando
meu pai conseguiu me dar um pangaré, mas
o sonho já passou e se tornaram outros.
Típica: São anos de carreira como cantor. Como tudo começou?
Daniel: Pois é, ano que vem completo 30
anos desde o começo de tudo. Foram tan-
tas apresentações em festivais de música;
a dupla com o João Paulo. Tivemos bata-
lhas grandes que nos trouxeram até aqui.
Típica: Quem foi o grande inspirador nessa carreira?
Daniel: Tive muitos incentivadores, mas
meu pai e minha família sempre foram os
maiores.
Foram deles que recebi todo o apoio e in-
centivo necessário.
Típica: A que se deve o sucesso de tantos anos?
Daniel: Eu acredito que se deve ao fato de fa-
zermos tudo com amor. Cantar para mim é,
acima de tudo, prazer, amor e dedicação. Eu
acredito que isso transpareça para as pessoas.
Típica: Se não fosse cantor, o que seria? Daniel: Não me vejo fazendo outra coisa,
engraçado isso não é?
Típica: Como funcionada a relação com outros cantores sertanejos? Daniel: É muito harmoniosa. Eu acredito
que há espaço para todo mundo.
Típica: É possível afirmar que profissionalmente está realizado?Daniel: Com certeza, estou vivendo um mo-
mento ótimo na minha carreira em diver-
sos sentidos.
Típica: Um sonho que ainda não foi realizado? Daniel: Já realizei muitas coisas e talvez o
sonho no momento seja gravar um DVD do
projeto Meu Reino Encantado. Em breve va-
mos conseguir realizar isso, se Deus quiser.
Típica: Fale um pouco da experiência em ser pai?
Daniel: A gente muda completamente, não
é? A chegada da Lara mudou muita coisa
em mim. É uma responsabilidade tão gran-
de e um amor enorme que não tem como
medir. Estou adorando a experiência! É um
momento totalmente diferente para mim.
Estou com 42 anos de idade. Estou mais
consciente do que tudo isso representa.
Típica: Como é o Daniel dentro e fora dos palcos?
Daniel: Sou a mesma pessoa sempre. Pro-
curo ser positivo. Tenho muita consciência
das coisas, pé no chão mesmo.
Típica: O que e necessário para manter o bom humor, mesmo quando não se está bem?
Daniel: Deixar os problemas um pouco de
lado e pensar que a pessoa que está perto
de você espera um sorriso.
Típica: Quais foram os momentos bons da carreira?
Daniel: Foram muitos, graças a Deus. Nem
tenho como enumerar. Já vivi coisas muito
boas e ainda me empolgo e me emociono
com o que está por vir.
Típica: E quais foram os momentos não tão bons até o momento?
Daniel: Sem dúvida, o pior momento foi a
partida do João Paulo. É algo insuperável
e que não tem comparação com nenhum
outro momento por pior que tenha sido.
Típica: Como funcionam as coisas por trás dos bastidores?
Daniel: Minha equipe é unida e procuramos
ter uma boa sintonia. O bastidor é funda-
mental para o que vai ser apresentado as
pessoas, mesmo que elas não tenham no-
ção do que se passa lá atrás.
Típica: O que diria aos cantores que ainda estão em busca do sucesso?
Daniel: Que há lugar para todo mundo que
tem talento e perseverança. O mercado
está difícil, mas quando a gente faz com
amor, a chance de dar certo é maior.
Típica: Como é conciliar carreira, família e amigos?
Daniel: Eu tento conciliar porque uma coi-
sa não fica bem sem a outra. O momento
com a família e amigos é fundamental, e
eu acredito que consigo isso hoje em dia,
talvez até mais do que antes.
Típica: O que os fãs podem aguardar de novidade do Daniel?
Daniel: O CD “Pra ser feliz” vem aí! Estou
em estúdio ainda finalizando esse projeto
que tem o mesmo nome do show que aca-
bamos de lançar. Será um disco com várias
músicas inéditas e algumas regravações,
com repertório basicamente romântico,
sem deixar para trás minhas origens, as
minhas raízes, os “modão” que não podem
faltar.
Típica: Como será fazer essa nova turnê de shows?
Daniel: A gente já começou alguma coisa em
São Paulo e Rio de Janeiro. As músicas são
bem variadas. Então nesse show, trarei um
pouco de tudo. No decorrer da carreira eu
sempre trouxe coisas diferentes para o palco
e eu acho importante o artista ter essa liber-
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
38
dade de poder cantar aquilo que se sente
à vontade, que se sente bem cantando, in-
clusive a música sai melhor, não é verdade?
Típica: Em uma sociedade tão desigual, o que o Daniel faz como cidadão?
Daniel: Eu procuro fazer minha parte parti-
cipando de campanhas sérias e apoiando
causas importantes. Se cada um faz um
pouco, podemos transformar muita coisa.
Típica: Como você classifica seu estilo?
Daniel: Meu trabalho é basicamente um
estilo sertanejo; eu sou sertanejo também,
vim praticamente da roça! Mas isso não
me impede de cantar aquilo que gosto.
Eu canto rock, arrasta pé, samba, country.
O importante é ser eclético e se sentir a
vontade. Eu me considero dentro de um
estilo popular, um estilo que o povo brasi-
leiro assimila mais facilmente. É um estilo
que fala do dia a dia do povo, do amor, de
relacionamento, é um estilo bem povão.
Típica: O que o Daniel faz para sair da rotina?
Daniel: Vou pro meio do mato! Rsrsrsrs.
Quando posso, vou descansar na fazenda
e sempre que estou em Brotas procuro
organizar um joguinho de futebol com os
amigos nos finais de tarde.
Típica: Deixe uma mensagem aos leitores da Típica.
Daniel: Muito obrigado a vocês que acom-
panham a minha carreira e obrigado pelo
espaço para poder falar mais um pouco
de mim e da minha trajetória.
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
42
CIDADES
De cidadezinha do interior a um dos
maiores pólos de alta tecnologia
do Brasil. Esse vem sendo a traje-
tória de Hortolândia, que na última década
desenvolveu vocação na área tecnológica,
contribuindo na formação da Região Metro-
politana de Campinas, do chamado Vale do
Silício Brasileiro, uma versão tupiniquim de
uma região do Estado da Califórnia, nos Es-
tados Unidos, conhecida por abrigar grande
número de empresas que tem por objetivo
gerar inovações científicas e tecnológicas.
Anunciada oficialmente no dia 25
de março, a multinacional ZTE Corporation
investirá, nos próximos anos, cerca de US$
200 milhões e prevê a geração de 1.500
empregos diretos.
A empresa funcionará em uma
área localizada na avenida Sabina Baptis-
ta de Camargo, antiga estrada da Granja
Ito, região do Jardim Novo Ângulo. A ZTE
realizará uma série de investimentos para
a construção de um parque industrial; um
centro de pesquisa e desenvolvimento tec-
nológico; uma plataforma de distribuição
de equipamentos, que atenderá todo o
Mercosul, além de um centro de treinamen-
to e um call center.
“Hortolândia abre as portas para a
economia do mundo. Temos empresas ale-
mãs, americanas e européias. A chegada
da ZTE marca um momento novo na pro-
dução industrial e comercial no Hemisfério
Sul. Juntos, vamos fazer um pólo de desen-
volvimento tecnológico modelo para o País.
A Prefeitura vai apoiar no que for preciso
para o empreendimento ser o maior suces-
Consolidação do Vale do Silício Brasileiro
Multinacional chinesa de tecnologia, ZTE Corporation, investirá US$ 200 milhões em Hortolândia
Texto | Marcelo Pendezza
so”, afirmou o prefeito Angelo Perugini.
De acordo com o presidente da
empresa, Yuan Lie, Hortolândia será o
primeiro município a receber um par-
que fabril da ZTE fora da China. “Ini-
cialmente, vamos investir US$ 50 mi-
lhões e gerar 500 empregos. Estamos
honrados em contribuir para o desen-
volvimento de Hortolândia e do Brasil,
principalmente com pesquisa na área
de tecnologia”, disse o empresário.
Líder global no fornecimento
de produtos e serviços de telecomunica-
ções, a ZTE Corporation possui a maior e
mais abrangente linha de produtos de te-
lecomunicações no mundo, que atende os
setores de telefonia fixa e móvel, serviços
e terminais.
Os produtos da empresa chinesa
são disponibilizados para mais de 500
operadoras de telecomunicações em 150
países e regiões do mundo. Na China, a
ZTE é a maior companhia no setor de te-
lecomunicações, com faturamento de 15
bilhões de dólares no ano passado.
O acordo de cooperação, assinado
entre a Prefeitura, a ZTE e o Ministério da
Ciência e Tecnologia, destaca que os inves-
timentos realizados em Hortolândia permi-
tirão a troca de novas tecnologias entre
Brasil e China, além da geração de novos
postos de trabalho. Ciente deste acordo,
no mês de abril, Perugini, acompanhado da
presidenta Dilma Rousseff, visitou a sede e
o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da
ZTE, em Xian, na China, estreitando ainda
mais os laços de cooperação Brasil-China.
O impacto na economia hortolan-
dense já vem sendo estudado pelo secre-
tário de Indústria, Comércio e Serviços,
Marcelo Borges. O secretário afirmou que
inicialmente a empresa elevará o PIB mu-
nicipal em cerca de R$ 1 bilhão. No ano
passado, o PIB de Hortolândia ficou em
cerca de R$ 5 bilhões. “Com a ZTE vamos
ampliar o nosso pólo tecnológico, gerar
empregos para fortalecer o índice de em-
pregabilidade, além de abrir campo de tra-
balho para mestres e doutores brasileiros
na área de tecnologia”, comentou.
O secretário informou que a ZTE
deverá ser beneficiada com incentivos fis-
cais oferecidos pela Prefeitura a exemplos
de isenção do pagamento de IPTU (Impos-
to Predial Territorial e Urbano) por até 20
anos, de taxa de ITBI (Imposto sobre Trans-
missão de Bens Imóveis) e abate de ISS
(Imposto Sobre Serviço), quando a empresa
entrar em operação. Os benefícios são con-
cedidos conforme o número de empregos
gerados, investimento e produção.
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
43
Nessa edição a Típica entrevista,
para a seção Personalidades, o
presidente da Aciah (Associação
Comercial e Industrial de Hortolândia) Paulo
Beleboni, uma das instituições mais conceitu-
adas do município, há 17 anos de existência.
Formado em técnico em proces-
sos gerenciais e cursando o terceiro ano
de Administração de Empresas, Beleboni
passa uma boa parte do dia dedicando-se
a Associação, desenvolvendo uma política
de valorização do comércio hortolandense.
Campineiro, Beleboni fala que nun-
ca teve medo de encarar desafios. Desde
jovem foi em busca do seu objetivo. Aos 16
anos entrou no Sindicato dos Ferroviários
da Zona Mogiana e, logo em seguida, pas-
sou a trabalhar na antiga FEPASA , dentro
da estação ferroviária de Campinas, como
Beleboni busca melhorias para o comércio hortolandense
Presidente da Aciah destaca crescimento da cidade e projetos com a prefeitura
Texto | Silmara Soares
PERSONALIDADES
controlador de cargas. Permaneceu como
ferroviário por 15 anos.
Em 1999, decidiu investir em Hor-
tolândia e dedicar-se ao ramo comercial.
Montou uma locadora no Parque Ortolân-
dia. Em 2005, vendeu a locadora e montou
uma agropecuária. Atualmente, está com
a empresa na área de segurança, Geral-
tec Serviços, em parceira com o irmão,
realizando instalação de câmeras, circuito
fechado, cerca elétrica, entre outros equi-
pamentos voltados à segurança.
Beleboni entrou para a Associação
em 2005, na época como secretário. Em
2007, foi eleito como presidente e reeleito
em 2009. Desde então, com responsabi-
lidade pela instituição, vem trabalhando
para consolidar o comércio da cidade,
buscando melhorias aos comerciantes e
população. Comenta ainda, que em datas
comemorativas, a Aciah desenvolve cam-
panhas promocionais, institucionais, sor-
teios e vales compras. “Nesse período que
estou à frente da Associação já sorteamos
cinco carros, dez motos e mais de 15 mil
em vale-compras”, relembra.
Além da presidência da Aciah, o em-
presário ajuda nas atividades da empresa e
arruma um tempo para praticar esportes e
curtir a família. “Gosto de jogar bola, fazer ca-
minhada e estar com minha família”, comen-
tou com orgulho da sua filha, Larissa Beleboni,
de 23 anos. Com todo o tempo preenchido
pelas obrigações diárias, Beleboni demons-
tra certa preocupação no pós-mandato de
presidente da entidade. “Não sei o que será
quando acabar meu mandato na Associação.
Estou acostumado a viver na correria”.
Durante esses anos na Aciah, Be-
leboni garante que solidificou alguns dos
seus sonhos. Uma das mudanças realiza-
das foi o fortalecimento do comércio e
a vinda do Sebrae (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas)
para o município, que teve a Câmara e
Prefeitura Municipal de Hortolândia como
parceiros nessa conquista. Para Beleboni,
o papel político de um presidente da Asso-
ciação é importantíssimo. “A entidade tem
condições de interceder junto ao poder
público por melhorias para os comercian-
tes”, aponta.
Beleboni acredita que a vinda das
grandes empresas à cidade, a geração
de novos empregos, também ajudaram a
fortalecer o comércio hortolandense, nos
últimos seis anos. “Nesse período que es-
tou na Associação, aumentou o número de
consultas realizadas pelos comerciantes.
Por esse termômetro, percebemos o au-
mento de vendas no comércio do municí-
pio”, avalia Beleboni que comenta, ainda,
que os comerciantes nesse período tam-
bém melhoraram as fachadas, os atendi-
mentos, além, dos produtos oferecidos.
Sobre os projetos e desafios da
Associação para o futuro, Beleboni fala da
continuidade da credibilidade da instituição,
do crescimento da cidade e de um projeto
em parceria com a Prefeitura, de instalações
de câmeras pela cidade, iniciando pela área
central. “A população tem que se sentir hor-
tolandense, consumir no comércio da cidade
e exigir por melhorias”, afirma.
Típ
ica
| Mai
o | J
unho
de
2011
44
EM FOCO
Hoje indústrias e ontem fazendas.
Hino de Hortolândia, letra e me-
lodia por David Wesley Silva e
Maurício Viotto Jr. Este é um trecho, do
hino da cidade que vejo evoluir e partici-
po do processo de evolução. Fazendo uma
reflexão, consigo me lembrar de quando
levantava as 6 horas da manhã para ir a
escola. Quando chovia não havia ninguém
nas ruas por onde passava. Tudo, era mato,
ou barro. Existiam poucas casas. Comér-
cios eram raros, um aqui outro lá bem lon-
ge. Os ônibus levavam tempo para chegar
e o trajeto era demorado, pois os buracos
faziam parte das ruas.
As imagens são recentes em mi-
nha memória, pois na verdade nem faz
tanto tempo que fui a escola. Tenho vinte
e dois anos, e já posso desfrutar de toda
a comodidade que o desenvolvimento da
cidade oferece. Antes, caminhávamos pelas
ruas, e encontrávamos pessoas conhecidas,
com histórias parecidas e objetivos iguais.
Em menos de uma década, Hortolândia era
conhecida como a cidade mais violenta da
RMC (Região Metropolitana de Campinas),
a cidade do presídio, nada de bom era visto.
Hortolândia, era alvo de más notí-
cias. Tudo nela faltava, como a água, asfal-
to, saneamento básico e infraestutura. Na
verdade, o que faltava era administração
governamental, para melhoria do municí-
pio.
Atualmente, Hortolândia possui apro-
ximadamente 200 mil habitantes. Com
apenas, 20 anos por completar no dia 19
de Maio de 2011, a cidade atraiu empresas
estrangeiras que são promissoras de em-
Hortolândia, cidade do futuro
pregos, além das nacionais e dos comér-
cios já instalados. Estimadas 1.500 vagas
de diversas funções, a empresa ZTE Corpo-
ratin, é a mais nova fábrica a se instalar
na cidade, tem origem Chinesa especializa-
da em telecomunicações.
O crescimento econômico, faz Hor-
tolândia, obter o 7º lugar no PIB (Produto
Interno Bruto), no Brasil. Com base nos
dados do CAGED (Cadastro Geral de Em-
pregados e Desempregados), referente ao
mês de janeiro de 2011, o município possui,
415 indústrias, 2729 empresas prestadoras
de serviços e 2.342 comércios. Devido ao
aumento de empresas, faz com que ape-
nas 3% da população esteja sem emprego.
Comparada ao ano de 2005 a taxa de de-
sempregados caiu 14%.
É fundamental, ressaltar que não
apenas o crescimento econômico evolucio-
nou, mas todo o conjunto. Acrescentaram
os números de vendas nas lojas, os imó-
veis foram valorizados, os moradores hoje
possuem lazer, e qualidade de vida.Quando
tudo na década passada, precisávamos fa-
zer fora de Hortolândia, hoje estamos pró-
ximos de tudo. Bancos, lojas, academias,
restaurantes, postos de saúde, escolas, par-
ques estão semeados pela cidade.
A evolução e modernização favore-
ce a população, e atrai, cidadãos de outras
cidades para trabalhar, e morar aqui. Atual-
mente passando pelas ruas, vemos parques
socioambientais, com academias públicas,
ciclovia para caminhadas e ciclistas, a urba-
nização do município é harmoniosa.
As oportunidades aumentam dia-
riamente. A cidade é promissora. Diversas
vidas, são alimentadas por meio desta evo-
lução. Infelizmente as pessoas ainda recla-
mam. Sonhar, reclamar e se lamentar não
vai mudar a história de ninguém. Cada ser
humano deve buscar o sol que vai brilhar
atrás das nuvens, imaginar o amanhã me-
lhor que agora, abraçar as oportunidades
de corpo e coração limpo. Pois o cresci-
mento existe basta, desejar crescer junto
à ele. Parabéns Hortolândia, que soube
transformar as dificuldades encontradas
em pontes de travessias, e não a estados
definitivos de problemas.
Valéria Oliveira
Estudante de Jornalismo
(4º ano Uniesp-Hoyler)