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3ª Edição Fevereiro a Março 2014 Transporte Duplicação da BR-392 Turismo Conheça as praias da Região Agronegócio Produção de pêssego como geração de renda Especial Pesca na Zona Sul Mulheres em ascensão Força feminina é determinante para o desenvolvimento da Região

Revista visão & estilo terceira edição

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Nessa terceira edição, a Revista Visão & Estilo conta um pouco da história de dedicação de três influentes mulheres que trabalham diariamente em prol da sociedade pelotense e da região sul. Mostra também, as diversas potencialidades econômicas das cidades que formam a Metade Sul do Estado.

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3ª Edição

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TransporteDuplicação da BR-392

Turismo Conheça as praias da Região

Agronegócio Produção de pêssego como geração de renda

Especial Pesca na Zona Sul

Mulheres em

ascensão Força feminina é determinante para o desenvolvimento da Região

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Editorial

Tiragem: 5.000 Exemplares

Contato: www.revistavisaoeestilo.com.br [email protected] (53) 3305.0853

(53) 9993.4646

Jornalista Mônica C. KociMTB 11196

[email protected]

Fotografia Felipe DuarteCristiane Parpal Roig

Laura OliveiraDébora Porto Bastos

Colaboradores Emanuelle SilveiraJuliano Soares

Diagramação e Arte Final Cati Aires

Comercial Cristiane Parpal Roig (53) 8136.2339

Distribuição Pelotas e Rio Grande

ANUNCIE em nossa REVISTA

Nessa terceira edição, a Revista Visão & Estilo conta um pouco da história de dedicação de três influentes mulheres que trabalham diariamente em prol da sociedade pelotense e da região sul, provando que elas são capazes de assumir cargos de poder e liderança, sem deixar de exercer seus papéis no âmbito familiar.

Além disso, a revista mostra as diversas potencialidades econômicas das cidades que formam a Metade Sul do Estado.

A produção de pêssego na região e a atividade pesqueira do estuário da Lagoa dos Patos foram alguns dos assuntos também abordados em nossas páginas, apontando a existência de atividades, muitas vezes. esquecidas pela comunidade.

Na coluna de esportes,

a Revista Visão & Estilo fala sobre a história e as atividades atualmente desenvolvidas pelo Clube Veleiros Saldanha da Gama, que reúne centenas de velejadores não só de Pelotas, mas de todas as regiões do Rio Grande do Sul.

Na página dedicada à gastronomia, as saladas ganham destaque, onde damos dicas de verduras, legumes, frutas e sementes para incrementar as refeições diárias, de uma maneira fácil de fazer, ideal para enfrentar os dias de altas temperaturas.

Com tudo isso e muito mais, dedicamos a você uma ótima leitura! Aproveite essa época de descanso para se manter atualizado e bem informado, pois no verão não é preciso apenas manter o corpo são, mas a mente também...

Cristiane Parpal RoigEditora Chefe MTB/9186

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índice

Agronegócio

07Cultivo do Pessêgo

Cultura

16Restauração da Estação Férrea

CAPA

24Mulheres no poder

Moda

31Dicas de maiôs e biquínis

Transporte

10Duplicação da BR-392

Turismo

19Conheça as praias da região

Especial

28Pesca na Lagoa dos Patos

Gastronomia

22Saladas são a pedida do verão

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Projeto monitora tartarugas marinhas

no Cassino

Ecologia

Muitos conhecem o trabalho desenvolvido por profissionais visando à preservação da desova de tartarugas na costa nordeste do Brasil. Mas o que poucas pessoas sabem é que no balneário Cassino, em Rio Grande, também existe um projeto direcionado exclusivamente à preservação destes importantes animais marinhos.

Trata-se do projeto Tartarugas no Mar, do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), da Furg, que conta com o patrocínio da Petrobras e tem como objetivo monitorar (via satélite) as tartarugas, através da colocação de transmissores, assim como acompanhar e educar os pescadores daquela região quanto ao manejo e o tratamento com esse tipo de animal.

Segundo o coordenador do projeto, Sérgio Estima, o monitoramento é realizado em uma área de cerca de 350 Km, a qual se estende desde a Barra da Lagoa do Peixe até a Barra do Chuí. “Além de monitorarmos as tartarugas para identificarmos as áreas onde elas mais aparecem. O projeto objetiva diminuir, no Sul do País, a mortandade destes animais. Para tanto, também acompanhamos algumas embarcações em alto-mar”, explica. O projeto conta com o apoio do Tamar – trabalho desenvolvido em outras localidades do País e que também visa a preservação das tartarugas marinhas.

Estima fala ainda que a interação entre as tartarugas e os pescadores é difícil de ser evitada, já que alguns locais são disputados por ambos devido à grande concentração de peixes e crustáceos. No entanto, é possível minimizar as perdas destas tartarugas através de ações difundidas junto aos pescadores que

atuam naquela região. “São animais muito grandes e pesados, dificultando a retirada delas do barco. Além disso, na maioria das vezes em que são capturadas elas já estão mortas, pois as tartarugas precisam subir para respirar e, ao ficarem presas nas redes, acabam morrendo devido a falta de ar”, argumenta o coordenador do projeto, ressaltando que os pescadores não têm a intenção de capturar estes animais, tornando-se um fato incidental.

Para tanto, Estima fala que são repassados aos pescadores procedimentos que podem evitar a morte desses animais, através de pequenas massagens no peito do animal e a retirada de anzóis, pois muitas vezes a tartaruga está afogada, mas não morta.

Na praia do Cassino, por exemplo, tartarugas da espécie Caretta caretta (foto) aparecem em épocas mais quentes. O local, segundo Sérgio Estima, é propício à alimentação das mesmas e por isso foi reconhecido pelo projeto Tamar como área importante para a preservação das mesmas.

E como cada pescaria utiliza um tipo de arte para capturar diferentes pescados (espinhel, anzol e rede de arraste) é preciso estar atento para que esta antiga atividade econômica não interfira na reprodução das tartarugas na orla do Extremo Sul do Brasil. “O projeto está distribuindo aos pescadores da frota de espinhel um anzol circular diferenciado, o qual diminui de forma considerável a captura de tartarugas e, porventura, quando são capturadas, não agridem drasticamente, diminuindo a lesão nesses animais”, explica o coordenador.

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Ecologia

Tabela 1. Tartarugas marinhas registradas nos monitoramentos de praia

Meses C. caretta

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C. mydas (n)

Mortos / Vivos

D. coriacea (n)

Mortos / Vivos

E. imbricata (n)

Mortos / Vivos

L.olivacea (n)

Mortos / Vivos

Distância Km

percorrido

Novembro 33/0 30/6 1/0 0/0 0/0 360

Dezembro 44/0 71/1 1/0 2/0 2/0 352

Janeiro 18/0 25/0 0/0 0/0 0/0 360

Fevereiro 47/0 16/0 1/0 0/0 1/0 227

Total 142/0 142/7 3/0 2/0 3/0 1299

Tartaruga

As tartarugas Caretta caretta se alimentam de caranguejos e de ermitões (pequenos crustáceos localizados dentro de conchas). Uma tartaruga pode medir até 83 cm de comprimento em sua fase adulta.

Ela leva entre 20 a 30 anos para ter sua primeira reprodução, por isso a importância de preservá-la até esta fase. “A cada mil filhotes, apenas um alcançará a fase adulta ou subadulta. Muitos trabalhos de preservação são destinados à proteção das áreas de desova. Mas é importante salientar que a preservação dos animais adultos é o que mantém o ciclo de vida dessas tartarugas”, enfatiza Sérgio Estima.

Na maioria de sua vida, as tartarugas Caretta caretta vivem em alto mar, onde há menor presença de seus predadores. No entanto, em algumas fases elas precisam se deslocar na busca de alimento.

De novembro de 2013 a fevereiro deste ano, o projeto Tartarugas no Mar registrou através de monitoramento nas praias 142 tartarugas da espécie Caretta caretta, sendo que no último mês estes dados referem-se apenas ao deslocamento feito até a Barra do Chuí.

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Design

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Decoração alternativa preserva a natureza e dá nova vida a ambientes

Num mundo onde a reciclagem e o reaproveitamento de material são assuntos cada vez mais abordados em nosso dia a dia, é importante saber como é possível auxiliar as futuras gerações na preservação do meio ambiente atual em que vivemos.

São inúmeras as campanhas para a separação e reciclagem do lixo. Entretanto, há outras formas de minimizar o impacto causado pelo que é descartado por nós na natureza.

Uma dessas formas de conscientização é o reaproveitamento de objetos, peças e acessórios usados para reinventar novos móveis ou simplesmente peças ornamentais ou de decoração seja da sua casa ou ambiente de trabalho. O que parece ser lixo, muitas vezes, volta a ser útil ao receber uma nova pintura e função, sem contar que essas peças tornam-se exclusivas, dando um charme especial e uma energia nova quando colocados nos locais certos.

São muitos os materiais que podem ganhar vida nova sendo, inclusive, a peça mais atrativa de um determinado local: lâmpadas, escadas, caixas de feira em madeira, cestos plásticos, vinis, prendedores de roupas e até mesmo latas de alimentos podem virar prateleiras, gavetas, porta-trecos, suporte para velas e sousplats para pratos.

Dentre tantas opções (que podem ser encontradas através das ferramentas de busca, pela internet), a Revista Visão & Estilo separou uma para mudar o ambiente e chamar a atenção dos convidados durante um almoço ou jantar. Você pode optar por forrar totalmente o disco ou, se preferir, deixá-lo à mostra justamente para que vejam se tratar de uma reutilização do LP, tapando apenas o miolo do vinil.

* SOUSPLATS DE VINIL*Você vai precisar de:- dois discos vinil- tecido à sua escolha- tinta acrílica branca- cola Cascorez- termolina leitosa

Como fazer:Primeiro você deve limpar bem o disco. A seguir, pinte a

superfície do vinil, em ambos os lados, com tinta acrílica branca. (Se você forrar todo o disco e escolher um tecido claro, o melhor é passar mais de uma mão de tinta em cada lado, para que o acabamento fique melhor.

Quanto ao tecido, pode ser qualquer um de algodão, porém os mais grossos, como o brim, ficam com um acabamento mais bonito. Se você quiser usar um tecido mais fino, recomenda-se que, além de pintar bem o vinil, você recortará discos de papel ofício ou cartolina branca para colar no vinil antes de fixar o tecido, para não ficar transparente.

Com auxílio do próprio disco de vinil risque dois círculos no tecido. Com uma tesoura recorte os círculos, um deles deve ser cortado no tamanho exato do disco de vinil. No outro deixe uma folga de tecido de aproximadamente um dedo a mais. No final serão dois círculos: um maior e outro menor.

Agora, defina qual lado que ficará voltado para cima. Com ajuda de um pincel, aplique bastante cola na superfície do vinil. A seguir, centralize o maior disco de tecido sobre o vinil, pressionando e alisando bem a superfície do tecido, do centro para as bordas, para garantir a aderência completa do tecido e evitar que se formem bolhas.

Obs: Não use jornal para forrar a sua superfície de trabalho durante a colagem. É melhor usar plástico, para evitar que o jornal grude e suje o sousplat.

Vire o disco, passe bastante cola nas bordas e cole o excesso de tecido na parte de trás do sousplat. Aplique bastante cola sobre toda a superfície e cole o outro disco de tecido (menor), tomando os mesmos cuidados para evitar a formação de bolhas e garantir uma melhor aderência.

Se ficar alguma rebarba de tecido, é só cortar com uma tesoura. Para impermeabilizar aplique termolina leitosa com auxílio de um pincel sobre a superfície do sousplat, espere secar um pouco, vire e repita o procedimento no outro lado.Agora é só esperar a secagem completa da cola e você terá lindos sousplats!

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Agronegócio

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Cerca de 1.200 produtores garantem à mesa dos pelotenses um dos produtos mais tradicionais da cidade: a compota de pêssego. Segundo o técnico agrícola da Emater/RS-Ascar, Luiz Carlos Migliorini, a renda é de em torno de 60 mil toneladas a cada safra, o que gera aproximadamente R$ 42,5 mil para cada família envolvida no processo de produção do pêssego na região, variando de acordo com a quantidade plantada por cada uma. A renda total gerada na Metade Sul é de R$ 51 milhões. Já o preço médio do quilo custa R$ 0,85. A produção é destinada às indústrias locais, responsáveis pela produção dos famosos e tradicionais pêssegos em calda de Pelotas.

De acordo com Migliorini, a última safra superou a anterior em número de frutos colhidos que, juntamente a alta do dólar, tem animado as famílias que tradicionalmente produzem o produto. “A variação climática fez com que tivéssemos boas frutas em nível de propriedade, de indústria, uma vez que as perdas foram minimizadas em função da baixa incidência ‘das moscas da fruta e de podridão parda – uma doença severa para o pêssego’”, explica o técnico da Emater.

Tradição passada de geração a geraçãoProdução de pêssego garante sustento de famílias de Pelotas e região

Para se ter frutos de qualidade e assim garantir uma boa safra, o pessegueiro deve ser transplantado. “Primeiro é feita a lavoura, pois a produção do pêssego é uma cultura perene. Depois, durante os meses mais frios, entre junho e agosto, as mudas são transplantadas, porque é nesta época que elas se encontram em dormência”, fala o técnico. Cada muda dura em torno de doze anos. Sua duração varia de acordo com o manejo que é dado à muda durante o ano.

Em Pelotas, os pêssegos são colhidos a partir do final do mês de outubro , em novembro e dezembro, e no início de janeiro. “Esse é o período normal de produção do pêssego para a região de Pelotas”, explica o técnico.

De acordo com ele, metade da produção de pêssego é gerada por propriedades localizadas na cidade de Pelotas, mas a safra da região engloba ainda outros municípios, entre eles, Morro Redondo (que também tem expressiva participação na produção), Canguçu, Piratini, Arroio do Padre, Turuçu e Capão do Leão, sendo que estas últimas quatro localidades não aparecem de forma significativa.

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A estimativa da Emater/RS-ASCAR é de que 10% da produção é destinado ao mercado in natura, ou seja, quando a fruta é comercializada de forma fresca nos supermercados e demais estabelecimentos especializados. O restante é vendido para as indústrias de doces e conservas de Pelotas e da região. “O pêssego produzido para o mercado in natura, é vendido, em sua maioria, para a Metade Sul do Estado. Entretanto, parte do que é cultivado destina-se ainda para a região Central do Rio Grande do Sul, além de Porto Alegre”, fala Luiz Migliorini, ressaltando que a quantidade de pêssego destinada a estas localidades varia a cada ano.

Mas, os principais compradores dos pêssegos produzidos na Região Sul ainda são as agroindústrias locais. Ao todo, são 12 estabelecimentos destinados à produção de compotas, além de uma cooperativa que ainda não possui fábrica própria e, por isso, terceiriza sua produção.

As fábricas que trabalham com o pêssego da região estão localizadas no Morro Redondo (5), Pelotas (6), Capão do Leão (1).

Além do pêssego em calda, principal produto produzido com as frutas plantadas na região, outros alimentos também são feitos, entre eles, a polpa de pêssego, destinado à realização do suco. A compota de salada de pêssego, vendido em lata, é outro produto realizado com os pêssegos, uma vez que a fruta é o componente principal para a fabricação da mesma.

Produção é destinada ao mercado in natura e à indústria

O agrônomo da Emater/RS-ASCAR, Evair Ehlert, informa que a instituição presta assistência técnica durante todo o processo de produção do pêssego, desde as políticas públicas estaduais e federais. “É feito um acompanhamento tanto individual para as famílias envolvidas na produção, assim como em eventos coletivos, quando são feitas reuniões, dia de campo, seminários e capacitações junto aos produtores da região”, informa.

A Emater dispõe de um cadastro a fim de garantir este sistema de acompanhamento, uma vez que são utilizadas políticas públicas a fim de garantir a qualidade do produto e a obtenção de uma safra expressiva, visando atender a demanda existente no mercado industrial. “Desde a década de 50 estas famílias trabalham com a produção do pêssego. É uma atividade que passa de geração para geração. Nossa atividade objetiva dar auxílio técnico, consultoria para que esta tradicional cultura continue na região”, fala Evair Ehlert. Além disso, a Emater faz um trabalho integrado junto às agroindústrias de Pelotas e da região, com o Sindicato das Indústrias de Doces e Conservas de Pelotas (Sindocopel), Embrapa Clima Temperado, Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Instituto Federal Sul Rio-grandrense (IFSul).

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Em torno de seis mil hectares de pêssegos foram plantados na última safra. Estes geraram uma produção de aproximadamente dez toneladas da fruta por hectare.

No município de Pelotas, a produção do pêssego concentra-se, principalmente, nas seguintes localidades: Oitavo Distrito (Rincão da Cruz); Sétimo Distrito (Quilombo) e Quinto Distrito (Cascata). “A região de maior altitude, com relevo composto por ondulações, é a mais propícia para a produção do pêssego. Por isso, a maior parte da produção está situada nestas localidades”, enfatiza Migliorini.

Safra 2013/2014

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primeiro momento é a geração de renda, que atualmente está garantindo bons resultados na produção de pêssego. “A região possui um número significativo de famílias preparadas e estruturadas para a produção de frutas, pois o pêssego não é a única fruta cultivada por elas. Mas foi a cultura do pêssego que proporcionou a elas uma melhora de condição de vida, que oportuniza criar bem seus filhos”, lembra Migliorini.

A diversificação da fruticultura também é trabalhada pela Emater. São escolhidas espécies que não vão disputar com o pêssego espaço para a produção, uma vez que a mão de obra é escassa. Com isso, está sendo trabalhada a uva de mesa, uma vez que sua colheita é feita em épocas diferentes da do pêssego. Goiaba, figo, laranja e outras frutas citrus também estão sendo cultivadas na região.

Além disso, a região já dispõe de um parque agroindustrial instalado e uma cultura, uma tradição de boa parte do município e região no manejo e de trabalho com o pêssego na Metade Sul. E para tentar valorizar ainda mais a produção e ainda agregar valor ao produto, encontra-se em andamento um projeto que visa registrar o pêssego de Pelotas.

“Embora não esteja havendo uma renovação das pessoas que trabalham com os pessegueiros, a região da colônia há muito tempo se mantém graças a esta cultura. Além disso, a valorização do produto, com a geração de renda, é o que garante a continuidade desta tradicional atividade na região. O pêssego vem garantindo durante todos estes anos a sustentabilidade destas famílias pois, enquanto outros produtos enfrentaram problemas com valor de mercado, o pêssego sempre garantiu a qualidade de vida destes agricultores”, conclui o engenheiro agrônomo, Roberto Simch.

Quanto a uma possível ampliação da área destinada ao cultivo do pêssego, os funcionários da Emater explicam que a falta de mão de obra é o principal empecilho para que esta cultura se expanda ainda mais na região. Segundo eles, assim como no mercado da construção civil e em outras áreas, faltam pessoas interessadas em atuar no cultivo da fruta, por se tratar de um trabalho mais braçal. “Muitas tarefas braçais foram substituídas por máquinas, como a limpeza de algumas áreas. No entanto, a colheita ainda é feita de forma manual e requer esforço, o que acaba afastando as pessoas da atividade”, explica o técnico agrônomo.

Além disso, a faixa etária que trabalha na produção do pêssego em Pelotas e na região é considerada elevada, o que gera preocupação na manutenção e na continuidade desta atividade tradicional da Metade Sul gaúcha. “Estamos muito preocupados, pois a cultura do pêssego é diferente a do cultivo de grãos, por exemplo, o qual pode ser mecanizado quase que 100% da atividade. Enquanto isso, o setor da fruticultura ainda está ‘engatinhando’ nesse sentido”, explica Evair Ehlert.

A retirada de ramos, uma das atividades consideradas mais trabalhosas, agora está sendo feita de forma mecanizada mediante a aquisição de maquinários por parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Até pouco tempo, os ramos eram retirados das entrelinhas do pomar e recolhidos em carroças por tração animal, o que hoje não mais acontece. Atualmente, estes ramos são podados e “moídos”, voltando ao solo e assim concluindo um ciclo, já que retorna como uma forma de adubação. “Com isso, dentro de alguns anos o solo estará mais enriquecido pois, de modo geral, essa terra é pobre de matéria orgânica”, fala Ehlert.

Portanto, de acordo com o agrônomo, um dos atrativos utilizados para chamar a atenção das novas gerações neste

O futuro da produção

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Transporte

Iniciadas em novembro de 2009, as obras de duplicação da BR-392 – lotes 2 e 3, do trecho que liga Pelotas à Rio Grande – estão praticamente concluídas.Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), os trabalhos estão voltados para a finalização do viaduto da Vila da Quinta, localizado entre os km 26,5 e 27,3 do lote 3.

A empresa responsável pela construção desta obra-de-arte especial teve problemas de documentação junto ao órgão, o que foi solucionado em setembro do ano passado, quando as obras foram retomadas. “O viaduto está em fase de concretagem e a previsão é de que seja concluído até 15 de fevereiro”, disse Vladimir Casa, engenheiro do DNIT e supervisor das obras neste lote. O órgão também trabalha com este prazo para entregar, efetivamente, os lotes 2 e 3 da rodovia, que tiveram até o momento investimento parciais de R$ 168.151.782,10 milhões e R$ 138.858.295,59 respectivamente. Além disso, no projeto de duplicação da BR-392 está prevista a construção de cinco passarelas: no Capão Seco (km 51,80), no Povo Novo (km 41,90), na Vila da Quinta (km 25,50), no bairro Carreiros (km 19,70) e no Parque Marinha (km 18). “O processo para licitação das passarelas está sendo tratado em Porto Alegre. Ainda não temos um prazo, mas estamos nos esforçando para resolver isso o mais rápido possível”, explicou Casa. Os 8,9 km do lote 4 seguem em fase de estudos ambientais. O processo para o licenciamento ambiental deste lote está sendo tratado pela Coordenação Geral do Meio Ambiente (CGMAB) do DNIT, em Brasília. A licitação será lançada por Regime Diferenciado de Contratações (RDC), uma modalidade que só está sendo feita pelo DNIT Brasília. Estão previstos viadutos nos km 3,7; km 6 e km 8,9. A duplicação da ponte sobre o canal São Gonçalo, obra que estava incluída no lote 2, será feita através de uma licitação a parte. O projeto está pronto e sendo analisado pelo setor de estruturas do DNIT em Brasília.

BR-392Cinco passarelas serão construídas entre Pelotas e Rio Grande

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Transporte

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BenefíciosAlém de garantir maior segurança aos usuários desta rodovia federal, a duplicação da BR-392 trará ainda outros benefícios. O aumento da via descongestionou o trajeto entre Rio Grande e Pelotas, já que a rodovia é rota dos caminhões responsáveis pelo transporte de cargas e grãos destinados ou oriundos do Porto do Rio Grande, garantindo maior logística não só para a região, mas para todo o Estado.

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Saia de férias, caia na rede!

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Tecnologia

Hoje em dia, para estar antenado é preciso estar conectado às mídias virtuais. Mesmo na beira da praia ou da piscina, todo mundo quer saber as últimas notícias que correm o mundo, falar pelas redes sociais, fotografar e postar imediatamente ou simplesmente acompanhar seus amigos e ídolos pela internet. No entanto, não são todas as pessoas que dispõem de um pacote de telefonia com internet em seus smartphones ou tablets. Grande parte dos internautas depende das zonas livres, com Wi Fi.

Por isso, pensando não só no descanso de seus veranistas, o Governo do Estado, em parceria com as prefeituras municipais das principais praias gaúchas está disponibilizando hot spots WiFi durante o período de veraneio. Durante essa temporada, hot spots Wi-Fi foram disponibilizados em telecentros localizados em pontos centrais na orla de cada praia. Com uma área de alcance de dois quilômetros, cada hot spot terá

um link de 4 Mbps. Os telecentros estão localizados nas Casas de Verão do Governo do Estado – que têm como objetivo oferecer diariamente serviços para facilitar a vida dos veranistas, como parte do programa verão numa boa, com acesso fácil e segurança à beira da praia. A ação é uma parceria entre a Assessoria de Inclusão Digital do Gabinete do Governador e Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs).

E a Zona Sul do Estado não poderia ficar desconectada deste serviço, cada vez mais requisitado não só por jovens, mas por todos que, mesmo de férias, não conseguem desgrudar das mídias sociais, dos jogos e aplicativos. E como há novidades e atualizações a serem feitas a cada dia, os banhistas e veranistas das praias de São Lourenço do Sul, Cassino, Laranjal e Hermenegildo podem ficar despreocupados. Todas elas possuem zona livre, com WiFi aberto.

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São Lourenço - Na Pérola da Lagoa, o ponto central, chamado de Telecentro, está localizado na Av. Getúlio Vargas, 276, sala 3, na praia das Nereidas, juntamente com a Casa de Verão. Os interessados em desfrutar do acesso livre à rede WiFi devem procurar o Telecentro e realizar o cadastro para adquirirem a senha de acesso à rede. O atendimento é realizado de terça-feira a domingo, das 9h às 12h e das 13h às 20h. A rede de internet possui uma área de alcance de aproximadamente de 200m a 300m, e cada hot spot terá um link dedicado de 4 Mbps.

Cassino - Na praia do Cassino, a Casa de Governo localiza-se na Av. Rio Grande, próximo à estátua de Iemanjá. A área de alcance é de aproximadamente 500 metros a partir da antena, e cada ponto tem um link dedicado de 4 Mbps. O funcionamento do telecentro na praia do Cassino acontece das 13h às 19h, e os interessados também devem realizar cadastro para login e senha.

Hermenegildo – A Praia do Hermenegildo está localizada a 15Km da cidade de Santa Vitória do Palmar, sendo o balneário mais frequentado do Extremo Sul, já que além de brasileiros ainda atrai uruguaios e argentinos. É acessada pela rodovia RS-833.

Laranjal – Na praia do Laranjal, em Pelotas, os veranistas contam com internet grátis em toda a extensão da orla, desde dezembro do ano passado. Não é necessário senha e o alcance é de 3 Km, através do provedor Pelotas Virtual. Os hot spots estão localizados próximos à Arena de Esportes, no Posto 3 e nas ruas Joaquim Assumpção e Taquari.

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Tecnologia

A cidade do Rio Grande será sede da 3ª Feira do Polo Naval, que ocorrerá nos dias 11 a 14 de março. O evento tem como objetivo discutir e promover os desafios, inovações e as oportunidades da indústria oceânica. Durante os quatro dias de evento, os participantes terão acesso a palestras, workshops, conferências, rodada de negócios e área de exposição. A previsão é que a indústria naval movimente aproximadamente 50 milhões em toneladas, em 2015. Para tanto, o mercado e a cadeia produtiva devem estar afinados, a fim de aproveitar a oportunidade, gerando novos postos de trabalho e fortalecendo ainda mais a indústria naval gaúcha.

Ao todo, 165 palestrantes e debatedores falarão sobre a indústria naval aos participantes. Além da programação, 250 expositores estarão apresentando seus produtos e serviços numa área total de 4.016m². A expectativa da comissão organizadora é que cerca de R$ 8 milhões em negócios seja movimentado durante a terceira edição do evento.

A Feira do Polo Naval é proposta pela Bolsa Continental de Mercadorias e organizada pela Estima Mercados, juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Para o público, a abertura dos portões ocorre às 14h e a visitação segue até as 21 horas.

NavTecEvento realizado pela Universidade Federal do Rio Grande,

pretende estabelecer um fórum de discussão, promovendo o desenvolvimento científico e de inovação em tecnologias naval e offshore.

Rodada de NegóciosOrganizada pelo Sebrae/RS, nos dias 11 e 12 de março,

das 13h às 18h, visa a aproximação de pequenas e médias empresas (sistemistas) dos grandes empreendimentos da região (entre eles, os estaleiros), gerando oportunidades importantes de crescimento para toda cadeia produtiva da indústria naval/offshore. As inscrições para a Rodada de Negócios são gratuitas e estão abertas até o dia 20 de fevereiro pelo portal: www.sebrae-rs.com.br/rodadasdenegocios.

Polo navalFeira deve movimentar mais

• 1 - Tecon Rio Grande – Terminal de ContêineresCais: 900 metros e calado de 40 pésÁrea Total: 735 mil m² (390 mil m² pavimentados)Capacidade estática – 39.000 TEUs

• 2 - Termasa – Granéis agrícolasCais: 350 metros com 42 pés8 armazéns horizontais

• 3 - Tergrasa – Granéis Agrícolas e cavacos de madeiraCais: 612 metrosCalado: navios- 42 pés e barcaças – 5 metros2 armazéns horizontais de 76 mil toneladas

• 4 - Bianchini – Granéis sólidos, líquidos, farelo e óleo gomadoCais: 284 metros com 40 pésÁrea Total: terminal e fábrica 39 hectares4 armazéns graneleiros

• 5 - Bunge Alimentos – Grãos, farelos e óleos vegetaisCais: 412 metros com 40 pésÁrea Total: 18.144.75m²2 armazéns com 133 mil ton, cinco tanques para armazenagem de óleo vegetal podendo receber o volume total de 43.503m²FertilizantesCais de 232 metros – investimento de US$ 90 milhões

Entenda a estrutura do polo naval do Rio Grande:

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Tecnologia

• 6 - Yara Norsk Hydro - FertilizantesCais: 2 berços para navios marítimos e 3 berços para navios pluviaisÁrea Total do Píer: 2,7 mil m²

• 7 - Transpetro – Petróleo e derivados, álcool e gásCais: 220 metros com 32 pés (40 pés na ponta sul e 33 na ponta norte)Área Total: 28 mil m²16 tanques operando, 8m em construção

• 8 - Braskem – Petroquímicos e gásCais: 80 metros com 32 pésÁrea Total: 424,4 mil m²10 tanques para produtos líquidos22 vasos para produtos gasosos

• 9 - Porto Novo: Terminal Público- Granéis sólidos, granéis líquidos, containêres, cargas gerais e veículos.

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Cultura

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Restauração da antiga Estação Férrea deverá ser concluída em abril

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Um dos prédios mais tradicionais de Pelotas está passando por obras de restauro para receber um dos serviços mais recorridos pela população. Localizada no Largo de Portugal, no final da rua Dom Pedro II, a antiga Estação Férrea abrigará o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e o Serviço de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), além do Memorial Ferroviário do Município.

A obra custará cerca de R$ 2,294 milhões, está sendo executada pela Marsou Engenharia, e é financiada com recursos dos fundos municipais do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e Procon. Além disso, a restauração do prédio teve ainda os projetos aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).A propriedade do prédio pertencia à Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e, com sua extinção, passou para a responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O termo de cessão do local foi assinado entre o órgão e o Município de Pelotas.

O projeto de Recuperação e Reciclagem da Estação Férrea de Pelotas, desenvolvido pelas secretarias de Gestão Urbana (SGU)

e Cultura e aprovado pelo Iphan, prevê a demolição e remoção das interferências não originais e a restauração das características tipológicas do conjunto. Além de restaurar totalmente importante símbolo da memória dos belgas - construtores da malha ferroviária – o investimento proporcionará mais espaço para as atividades do Procon e do Cerest, além de um amplo estacionamento. Até o momento, mais de 50% da obra já foi realizada.

A reforma geral do prédio prevê a recuperação da fachada original – para isso serão confeccionadas réplicas das portas e janelas originais – e adaptação da parte interna, com repartições para criar consultórios médicos para os usuários do Cerest. O projeto contempla a instalação elétrica, de água, de esgotos e de telefonia, reforma total do telhado, novo entrepiso, escadas e forro em estuque, entre diversas outras melhorias. Além disso, a Prefeitura planeja revitalizar todo o entorno, incluindo a Praça Rio Branco, localizada na frente da Estação Férrea, que possibilitará a realização de eventos públicos, o Largo Portugal, a avenida Saldanha Marinho e a Praça Cipriano Barcelos.

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Cultura

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Construída para servir à linha ferroviária Rio Grande/Pelotas/Bagé (tripé porto-charque-gado), o prédio da antiga Estação Férrea de Pelotas foi inaugurado no dia 2 de dezembro de 1884, graças ao empenho do conselheiro Gaspar Silveira Martins.

O prédio é formado por um salão principal, onde está localizada a bilheteria e o acesso ao pátio dos trens. À esquerda funcionava a administração; e à direita o setor de saúde ocupacional. O prédio possui 15 cômodos. No andar superior se encontra ainda a residência do agente.

Construída com três portas centrais, a antiga Estação Férrea de Pelotas possui uma marquise de vidro, mansardas com oito janelas água-furtada, platibanda com balaústres de cimento, frontão central trabalhado, pinhas nas esquinas do telhado e das platibandas do andar superior.

A implantação da ferrovia e a construção da

estação repercutiram fortemente no desenvolvimento e no crescimento urbano de Pelotas, naquela época. Portanto, logo após sua implantação foi criada uma rede viária capaz de ligar a estação ao resto da cidade, o que induziu ao crescimento em direção ao “largo da estação”.

Por volta de 1930, foram construídas duas laterais com porta e janelas (iguais para cada lado, mas sem mansardas), das quais foram retiradas as janelas, assim como as pinhas. A plataforma de embarque e desembarque é protegida por longa cobertura, estruturada a partir de “mãos-francesas” de ferro. O velho sino e o relógio, com duas faces, uma para dentro do saguão e outra para a plataforma de embarque, são originais no saguão de entrada. A partir de janeiro de 1998, o imóvel foi abandonado, depredado e até incendiado e encontrava-se nesse estado até o início da obra de restauração.

História

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Shopping será inaugurado no mês de abril em Rio Grande

A 5R é responsável pela construção da estrutura principal do shopping, composto pelos corredores, sanitários e setor administrativo. O cronograma de obras durou 24 meses.

Segundo o sócio e diretor de operações da 5R Shopping Centers, Cesar Garbin, a sociedade rio-grandina merece um local à altura do crescimento que a cidade está tendo. “Além disso, a área onde o empreendimento será erguido tem muito potencial. O objetivo é que o complexo se torne referência para a população fazer compras e usufruir dos serviços com segurança, tranquilidade e o conforto que merecem”, argumenta ele.

Depois da população de Pelotas ter sido contemplada com um shopping, chegou a vez da cidade do Rio Grande receber um empreendimento comercial de grande porte, que deverá contribuir ainda mais para o cenário econômico da Zona Sul do Estado.

Trata-se do espaço Praça Rio Grande Shopping Center, o primeiro shopping da cidade Noiva do Mar. Com uma Área Bruta Locável (ABL) de 26 mil m2, o shopping é compreendido por mais de 120 lojas, sendo um supermercado, dois restaurantes, 25 espaços fast food, seis lojas de serviço, centro de lazer, área infantil, além de uma moderna sala de cinema. A inauguração do espaço está prevista para ocorrer no dia 23 de abril, às 10h.

Somente para a construção do prédio, foram investidos R$ 150 milhões.

Localizada no Extremo Sul do Rio Grande do Sul, a cidade do Rio Grande ficou nacionalmente conhecida após integrar a rota de projetos do Governo Federal destinados ao projeto pré-sal. É o mais antigo município do Estado e, anualmente, atrai milhares de turistas de negócios. Com uma população de mais de 197 mil habitantes (dados do IBGE 2010), Rio Grande ocupa o terceiro lugar de maior PIB do Rio Grande do Sul (previsão para 2015). Possui ainda o segundo maior porto em movimentação de cargas do país.

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As praias da Metade Sul do Estado são procuradas, em sua maioria, por famílias vindas de diversas regiões do Rio Grande do Sul, além de turistas do Uruguai e da Argentina. Enquanto a praia do Cassino é o destino certo para quem gosta de banhos de mar e de muita badalação noturna, os balneários de Pelotas e São Lourenço do Sul oferecem águas mais tranquilas, com a sombra de lindas e centenárias figueiras.

na Zona SulVerão na Zona SulPraias de Pelotas, Rio Grande e São Lourenço

são opções neste veraneio de altas temperaturas

Conhecida como a maior praia em extensão do mundo, a orla do Cassino é famosa pela sua extensa faixa de dunas de areia à beira mar, que liga as cidades do Rio Grande a Santa Vitória do Palmar. Com áreas determinadas para banho, pesca e à prática de esportes náuticos, os banhistas têm no Cassino o único balneário do Rio Grande do Sul onde é possível circular de carro na orla marítima, oportunizando estacionar os veículos ao lado de suas cadeiras de praia.

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Um dos atrativos turísticos mais conhecidos e procurados são os Molhes da Barra, onde os turistas têm a oportunidade de andar de vagoneta até a Torre do Farol. São 20 minutos de passeio sobre as pedras em direção ao alto mar.

Outro ponto que atrai os visitantes é o Navio Altair. Os destroços da embarcação, que encalhou na beira da praia em 1976, estão localizados a 16 quilômetros do centro do balneário. A ação do tempo tem modificado drasticamente a paisagem, por isso os veranistas fazem questão de apreciar o que ainda resta da parte do navio que aparece sob as águas salgadas.

E a vida noturna é outro ponto que atrai milhares de turistas ao Cassino nesta época do ano. Dentro da programação artística, destaque para a Feira do Livro e a Festa à Iemanjá. Este ano, o Festival de Verão também agradou os veranistas, que tiveram a oportunidade de se divertir com os shows nacionais como os dos grupos Sambô e Só Pra Contrariar, além do cantor pop Lulu Santos, todos sob a realização da Morphine Produções. A cantora Alcione e o cantor Benito Di Paula foram outros artistas renomados que movimentaram a temporada 2014 na praia do Cassino.

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Turismo

Já na praia do Laranjal, em Pelotas, os veranistas contam com águas mais calmas e um ambiente familiar mais tranquilo às margens da Lagoa dos Patos. Brindados pela sombra de belas figueiras, os veranistas podem realizar caminhadas na orla recentemente restaurada, ou até mesmo fazer ginástica e musculação nos aparelhos localizados na entrada central do balneário.

Entre as opções de entretenimento, estão o passeio a bordo da escuna Capri. As saídas ocorrem diariamente, do Pontal da Barra e do Trapiche e custam R$ 15 por pessoa. O passeio tem uma hora de duração e percorre parte da orla da Lagoa dos Patos.

Outra atividade requisitada pelos veranistas nesta temporada é o aluguel gratuito de bicicletas. Elas estão à disposição dos veranistas no quiosque de informações do Laranjal, localizado à esquerda da entrada principal de acesso do balneário. As bicicletas são disponibilizadas pela Prefeitura Municipal de Pelotas.

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Turismo

Em São Lourenço, os turistas contam com praias de água doce. As belas paisagens são formadas por pedras e figueiras próximas à Lagoa dos Patos, o que proporciona uma sombra agradável e natural aos banhistas.

As praias atraem diferentes públicos: em Ondinas, o público é formado por famílias com crianças; já na praia das Nereidas são os jovens que ocupam a maior parte do local, principalmente, em busca de esportes náuticos; a Barrinha é o refúgio dos turistas, já que proporcionam sombra por toda a extensão.

Restaurantes especializados em frutos do mar são muito procurados nesta época do ano, por oferecerem pratos à base de pescados típicos da localidade.

Entre os atrativos, estão um passeio às margens do rio São Lourenço, que atravessa praticamente toda a cidade, a qual apresenta uma paisagem formada pelos estaleiros utilizados para a construção dos barcos artesanais, utilizados para pesca e também para roteiros turísticos, entre eles, o Caminho Farroupilha.

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Gastronomia

Quanto mais colorido seu prato, mais benefícios essa refeição trará à sua saúde. Quem nunca ouviu falar nessa frase, quando o assunto é o incentivo a uma boa alimentação? E isso é a mais pura verdade. E nesses tempos de temperaturas altíssimas, nada melhor do que uma boa, simples, mas nutritiva salada para manter o corpo hidratado e, ao mesmo tempo, pronto para encarar as atividades diárias que requerem energia e disposição.

As saladas são fáceis e rápidas de fazer. Mas o segredo é utilizar ingredientes frescos, e de acordo com a região em que cada um vive. Geralmente os pratos são compostos por uma porção de folhas verdes, legumes e verduras os quais possuem vitaminas, minerais, proteínas e fibras que melhoram o funcionamento do intestino. Além disso, as saladas à base destes ingredientes

Saladas são pratos ideais para mantar-se bem alimentado durante as estações mais quentes

Coloridas e saudáveis!

As saladas podem variar de acordo com a base do ingrediente que a compõe. Normalmente são feitas com folhas verdes como, por exemplo, alface, agrião e rúcula; ou compostas por tomate, rabanete, pepino. Podem ser temperadas com um molho à base de azeite (ou outro óleo) e vinagre ou de sumo de limão.Mas nem todos gostam de saladas leves, que serviriam apenas como uma entrada ou acompanhamento de um prato principal. Há quem opte por fazer da salada a receita uma mais importantes à mesa. É o caso das saladas à base de batatas cozidas ou misturadas com outros vegetais crus, podendo conter pequenas porções de carne (principalmente fiambre) ou peixe, e temperadas com um molho de maionese.

Alguns tipos de saladas* Possuem baixas calorias, ajudando na perda de peso;* Fornecem vitaminas, minerais e fibras, auxiliando no bom funcionamento do organismo;* Têm alto teor de água, hidrata o corpo, especialmente em dias quentes;*Exigem pouco tempo para o preparo, sendo uma refeição super prática;* Possibilitam a mistura de várias cores, tornando o visual bonito e atrativo;*São facilmente digeridas pelo organismo, proporcionando uma sensação de bem estar após o consumo.*Permitem a combinação de diversos sabores e texturas, por isso é possível deixá-la sempre ao seu gosto.

Porque consumir saladas:

auxiliam o corpo a liberar toxinas, oportunizando uma sensação de disposição em épocas de calor intenso, quando nosso organismo acaba funcionando de uma maneira diferente.

As variações são as mais diversas e trata-se de um dos pratos mais fáceis, onde é possível misturar o doce e o salgado (hortaliças e frutas), permitindo ainda a colocação de molhos e até pequenas porções de carnes brancas (frango e peixe).

Entre os pratos mais práticos e mais famosos (e totalmente possíveis de se fazer em casa) destaca-se a salada Caesar; salada de grão de bico; salpicão; salada de atum e até mesmo o tabule. Algumas receitas, inclusive, podem levar sementes como nozes e castanhas e outras misturam ainda alguns tipos de queijo, como o de cabra.

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Ingredientes

3 colheres (sopa) de azeite de oliva1 dente de alho picado2 fatias grossas de pão cortadas em cubos1 pé de alface romana ou americana2 cebolinhas cortadas em fatias finas2 colheres (sopa) de salsinha fresca picada150 g de atum em lata60 g de queijo parmesão ou de cabra

Molho

2 colheres (sopa) de maionese1 colher (sopa) de iogurte natural1 colher (sopa) de água1 colher (sopa) de suco de limão-siciliano1 colher (sopa) de azeite de oliva1 dente de alho picadopimenta-do-reino

Modo de preparo

Preaqueça o forno a 180°C. Coloque o azeite e o alho em uma tigela e misture bem. Adicione os cubos de pão de centeio e misture até incorporar bem o azeite. Espalhe os cubos de pão em uma assadeira e leve ao forno por cerca de 15 minutos, virando de vez em quando.Quando estiverem tostados, retire do forno e deixe sobre papel-toalha até esfriarem.

Para fazer o molho, coloque todos os ingredientes em um recipiente hermético e sacuda para misturar bem. Parta grosseiramente as metades da alface e divida em duas tigelas grandes para salada. Espalhe metade da cebolinha e da salsinha picada em cada uma delas. Separe os croutons e o atum em porções iguais em cada tigela e polvilhe o queijo por cima. Regue cada tigela com cerca de 4 colheres (sopa) de molho e misture bem antes de servir.

Rendimento: 2 porções

Salada Caesar com atum

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Elas no poder!

Apesar de as mulheres já terem conquistado cargos importantes, somente agora elas estão de fato à frente de postos até então ocupados apenas por homens. Não se tratam de funções de grande responsabilidade, mas de espaços considerados de poder, que realmente influenciam e que podem mudar e direcionar o rumo de uma população.Governado por uma mulher, a presidenta Dilma Rousseff, o Brasil é um país onde alguns dos mais poderosos postos têm em sua frente mulheres, como é o caso da Petrobras, dirigido por Maria das Graças Foster. E no Rio Grande do Sul não poderia ser diferente. Na Zona Sul, algumas mulheres ocupam papeis de destaque na promoção não só do desenvolvimento socioeconômico da região, mas também na defesa e segurança do cidadão.

Mulheres ocupam cargos importantes e chegam a postos até então ocupados por homens

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Em Pelotas, ela foi a primeira mulher eleita para um cargo no Poder Executivo, o que a deixa muito honrada. “Se trata de um dado histórico que vai ficar na minha biografia e na história da política de Pelotas. Mas o mais importante pra mim é o fruto deste trabalho que estou fazendo, para o qual fui escolhida”, ressalta a vice-prefeita.Quanto às cobranças de seus eleitores e colegas de trabalho, Paula afirma que não sofre nenhum tipo de discriminação de gênero, e tampouco é mais exigida do que os homens que fazem parte do quadro de servidores da Prefeitura Municipal. “Todos os servidores municipais são muito cobrados em geral, pois estamos num posto de mais fácil acesso à população. E como vice-prefeita, ocupo um cargo bastante visado. Até porque o prefeito Eduardo Leite me permite executar tarefas que nem todos os políticos que ocuparam o mesmo cargo tiveram a oportunidade de desempenhar”, fala a vice-prefeita.

Segundo Paula, o fato de ela estar em evidência nunca ocasionou em algum tipo de preconceito por parte da comunidade pelotense. “Eu tenho a responsabilidade de mostrar que a mulher também pode exercer um papel importante nos destinos de uma cidade, no poder público municipal e de ter uma boa atuação, embora não seja diretamente cobrada. Sinto que a realização de uma boa administração por minha parte abrirá portas para outras mulheres, além de mostrar à população que valeu a pena acreditar em uma mulher”, argumenta Paula Mascarenhas.Para ela, o que difere o trabalho das mulheres ao dos homens é que eles aprofundam um determinado assunto, enquanto as mulheres possuem uma visão mais horizontal das situações. “As mulheres tendem a ver as coisas de uma forma mais ampla. Por isso acredito que a tal intuição feminina, esta forma de ver mundo, ajuda quando se trabalha junto a vários homens, pois as mulheres apresentam uma forma diferente de visão”, explica a vice-prefeita.

Em Pelotas, ela foi a primeira mulher eleita para um cargo no Poder Executivo, o que a deixa muito honrada.

Primeira no Executivo

Paula Mascarenhas, vice-prefeita de Pelotas

Aos 43 anos, Paula Mascarenhas, vice-prefeita de Pelotas, diz ter um duplo desafio: exercer um bom trabalho na gestão pública municipal, e provar que uma mulher é capaz de ocupar um papel importante no Executivo Municipal. Para ela, o fato de existir poucas mulheres candidatas é fruto da história, pois em outras épocas as mulheres sequer podiam votar e eleger seus representantes. “Por muitos anos as mulheres ficaram afastadas da política, ocasionando uma defasagem enorme da participação delas neste cenário. A pouca oferta de mulheres candidatas é fruto desta história. Não há dúvida”, acredita.

Paula Mascarenhas diz que toda a escolha é uma renúncia e por isso a dedicação à carreira política faz com que ela fique um tanto afastada de sua família. “A política faz com que a gente se doe a muita gente e se afaste de pessoas específicas, geralmente, das mais próximas. Na medida do possível, procuro estar sempre perto da minha família. Mas é inevitável este afastamento, pois se trata de uma atividade muito intensa, diferente daquelas onde as pessoas que possuem um horário específico de trabalho. A política está sempre comigo: o telefone está sempre tocando, as pessoas estão cobrando nas redes sociais”, fala Paula Mascarenhas. Ela enfatiza que a vida pessoal enriquece a vida profissional e vice-versa.Paula entrou na política inspirada no ex-deputado e ex-prefeito de Pelotas, Bernardo de Souza, o qual, segundo ela, enfatizava a busca pela felicidade. Quando ele foi eleito a deputado estadual, ela trabalhou na bancada da Assembleia Legislativa nas áreas de Cultura e Educação, cedida pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) onde trabalhava na área acadêmica de Letras. Paula Mascarenhas foi a primeira mulher a assumir a bancada de um partido (no caso, o PPS), no Rio Grande do Sul.

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Paula Mascarenhas

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Carla é a primeira mulher a assumir a chefia da 18ª Região Policial, composta por 11 municípios: Herval, Pedro Osório, Cerrito, Piratini, Canguçu, Morro Redondo, Capão do Leão, Arroio do Padre, Pelotas, São Lourenço do Sul e Turuçu. Até assumir o posto em 2009, ela trabalhava na Delegacia da Mulher de Pelotas e afirma que ser mulher nunca prejudicou sua carreira dentro da Polícia Civil. “A maioria das delegacias regionais ainda são chefiadas por homens. Mas acredito que este tabu está sendo quebrado, com a extinção da discriminação que existia quanto ao trabalho da mulher na polícia”, fala.

Mesmo sabendo da existência deste tipo de diferença entre o trabalho do homem e da mulher em seu meio, a delegada regional afirma que, desde que assumiu como delegada, há 15 anos, não lembra algum tipo de episódio onde tenha enfrentado algum tipo de descriminação. Carla fala que sempre trabalhou e agiu de forma igual e que nunca usou o fato de ser mulher para se eximir de alguma operação policial. “O fato de ter que chefiar muitos homens fez com que eu sempre optasse por uma postura mais rígida, pois o respeito é algo que se conquista e tem a ver diretamente com a personalidade de cada um”, explica a delegada.

Ela fala que quando assumiu a delegacia regional, apenas homens

Pronta para a ação

atuavam nas delegacias que compõe a 18ª Regional. Atualmente, após a realização de concursos públicos, quase 50% das delegacias gaúchas são comandadas por mulheres na Zona Sul do Estado.

A delegada regional diz que ao sair da universidade de Direito não pensava em atuar como policial. Até porque, segundo ela, a atividade não é muito incentivada, pois a maioria dos professores são promotores e juízes. “Era um universo muito distante pra mim, pois a profissão era pouco falada. Eu pretendia ser juíza ou promotora de Justiça. Entretanto, ao me formar, foi aberto o primeiro concurso para delegados abertos à população, pois anteriormente apenas policiais já ingressados na carreira participavam desta seleção”, explica.De acordo com Carla, trata-se de um desafio diário que a encantou desde o início de sua carreira, devido ao dinamismo que a atividade impõe. “Além de te proporcionar um resultado rápido, na polícia temos contato direto com a vítima, podendo atuar efetivamente no problema, resolvendo a questão de forma ágil, o que é muito gratificante”, fala a delegada. Para ela, a mulher tem uma visão periférica sob os assuntos, pois elas possuem a capacidade de cumprir mais de um papel ao mesmo tempo, o que facilita, de acordo com Carla, em alguns momentos importantes dentro do trabalho policial como, por

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exemplo, na hora de conversar com a vítima, de entender melhor o que as pessoas estão passando.Quanto ao trato junto ao assaltante, ao marginal, a delegada diz que o fato de ser mulher nunca a prejudicou durante as atividades de campo. “A pessoa que está infringindo a lei nos vê apenas como a figura policial, que a penalizará pelos atos que cometeu. O assaltante quando é capturado enxerga apenas em sua frente o Estado, a força policial, pois ele trabalha ao arrepio da lei e sabe que se for pego sofrerá as consequências, sem fazer diferença entre o fato de quem o pegou seja homem ou mulher”, explica a delegada.Para Carla Kuhn, a mulher já exerce profissões até então desempenhadas apenas por homens, como mecânicas e motoristas de caminhões. Mas para ela, ainda há cargos de chefia em que a mulher ainda não está alcançando tal poder. Mas para ela, vale a pena ser uma das primeiras a romper esses tabus. “Represento uma instituição, sou uma formadora de opinião, e com o conhecimento obtido através do meu trabalho é muito gratificante poder influenciar outras pessoas de forma positiva, fazendo valer a pena trabalhar nesse universo ainda ocupado por uma maioria masculina”, finaliza a chefe da Delegacia Regional de Pelotas.

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Mãe, avó e deputadaA deputada estadual Miriam Marroni explica que a igualdade de gênero é um processo que ainda encontra-se em construção.

“Infelizmente, ao longo dos séculos, a invenção da superioridade do macho sobre a fêmea foi uma construção religiosa. É esse macho provedor do mundo público, com a força física e a sexualidade exacerbada, fruto de um modelo cultural que as instâncias de poder construíram ao longo do século. Essa desigualdade não é natural e ela trouxe muita infelicidade, que é a inferioridade da mulher perante o homem, a falta de iguais oportunidades”, explica ela, que ainda completa: “Quando a revista me convida para a entrevista e cita que há uma mulher no legislativo estadual, uma no executivo, uma na delegacia regional de polícia, e nenhuma no legislativo municipal em uma cidade de mais de 300 mil habitantes, isso demonstra a dificuldade que as mulheres possuem de ocupar os espaços de poder, e o quanto nós temos de repensar as políticas públicas, para que elas elevem a autoestima e as mulheres possam acreditar que realmente podem exercer papéis importantes na sociedade”, argumenta.

Para ela, as mulheres que desempenham cargos de poder ainda têm maior dificuldade de comandar os homens, pela questão do próprio modelo cultural imposto ao longo dos anos. Entretanto, para a deputada, quando a mulher está preparada, ela acaba sabendo enfrentar esses desafios, fazendo com que os homens se integrem ao projeto propostos por elas, no caso do Poder Legislativo Estadual.

A deputada ingressou na carreira política pela militância no sindicalismo. Ela foi a primeira mulher de seu sindicato - o dos servidores da UFPel, o Asufpel. Logo em seguida, a identidade com o seu partido, o PT, a permitiu ocupar espaços de destaque. “Havia muita dúvida interna. Alguns diziam que por ser mulher, eu não me elegeria presidente do sindicato. Há um esteriótipo de que a mulher sabe muito sobre as questões domésticas, no lar, mas que no mundo público não dá certo. Algumas como eu vencem esse preconceito”, conta.

Mas Miriam Marroni não se dá por satisfeita. Ela lamenta o fato de não ter motivado outras mulheres. “A minha frustração foi ter influenciado pouco: em 16 anos de mandatos políticos, vi como é difícil influenciar, motivar outras mulheres a avançar e se libertarem dos cenários de violência doméstica, homicídios, constrangimentos e desse espectro de inferioridade”, ressalta. Para ela, o fato de ser mulher atrapalha em um meio onde a maioria dos homens é quem estão no poder, porque há competição.

A única mulher representante da Zona Sul na Assembleia Legislativa fala que o segredo para que as mulheres ganhem espaço e ocupem cargos de poder é através do esforço. “Quando a mulher chega a certa instância de comando, de modo geral, ela já passou por muitas provações e está ‘armada’ para enfrentar isso. Ela acaba estando sempre preparada para não ser ‘levada no bico’”. explica.

Miriam Marroni diz que devido às atividades dadas para as mulheres ao longo da história (de maternidade, do cuidado, da criação), elas acabam desenvolvendo a capacidade de conciliar várias tarefas: a de ser mãe, de cuidar da casa, dos filhos. “A gente acaba sendo obrigada a desenvolver responsabilidades que se cruzam a todo o momento. E isso ajuda, porque tudo que a gente desenvolve e conhece acaba auxiliando na atividade profissional. E também por vezes atrapalha, pois com muita tarefa e responsabilidade, a carga fica muito grande e acaba desviando o foco algumas vezes”, fala ela.

Quanto ao fato de ser casada com uma pessoa também ligada à área política, o deputado federal Fernando Marroni, Miriam explica que a sociedade acaba os comparando, como se fosse algum tipo de competição. Entretanto, ela fala que cada um tem seu brilho, suas competências e realiza o trabalho a sua maneira.Mas a mulher Miriam Marroni não é apenas uma deputada estadual. Ela diz que sua família entende, admira e se orgulha do papel público que desempenha. No entanto, afirma que as filhas e a neta não pretendem seguir pela vida pública. “Talvez por acompanharem essa rotina agitada que a gente tem todos os dias, de viver na estrada, sem tempo para o lazer”, conta.A petista conclui salientando que o fato de ser mulher não sugere pré-requisito para a ocupação de um cargo de poder. “Não basta ser mulher e achar que todas são santas, honestas, perfeitas e precisam sair por aí ocupando os melhores espaços e os principais cargos públicos. É preciso também demonstrar competência e conhecimento. Estes quesitos precisam estar presentes na vida de quem quer discutir a igualdade de direitos, e até mesmo outras pautas, como administrar um município, um Estado e um país”, conclui a deputada.

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Lagoa dos Patos:Lagoa dos Patos:berço da pesca na Zona Sulberço da pesca na Zona Sul

O estuário da Lagoa dos Patos é um dos ecossistemas mais importantes do Rio Grande do Sul, por possuir ligação direta com o oceano, onde a água do mar mistura-se com a água doce. E devido a essa formação natural peculiar, é que este ecossistema é tão importante, pois serve de criadouro para muitas espécies de peixes, crustáceos e moluscos. Além disso, o local é perfeito para as práticas do turismo, esporte e lazer.

No total, o estuário da Lagoa dos Patos abrange uma área de mais de 960 Km², e recebe água dos rios existentes no lado superior da laguna, além da Lagoa Mirim, o qual possui ligação através do Canal São Gonçalo.

E é a pesca a principal atividade econômica obtida através das águas da Lagoa dos Patos, na Zona Sul do Estado. As cidades de Pelotas, Rio Grande, São Lourenço do Sul e São José do Norte são as que mais atuam no estuário, garantindo não só o sustento de suas famílias, mas também o consumo de diversos tipos de pescado às suas comunidades.

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Especial

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berço da pesca na Zona Sul

Períodos de safra

Abrótea, linguado, papa terra, peixe rei, pescada, siri e pescadinha real: liberados todo o ano;Cascudo, jundiá, pintado e traíra: liberados de fevereiro a outubro;Camarão rosa: liberado de fevereiro a maio;Corvina: liberado de outubro a fevereiro;Tainha: liberado de outubro a maio;Bagre: liberado em outubro e novembro e de março a maio;Anchova: liberado de maio a agosto

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Uma das primeiras atividades produtivas estabelecidas pelo homem foi a pesca. Os recursos obtidos na costa e no continente são fundamentais para a geração de renda, trabalho e da obtenção do alimento em si. Além disso, a pesca é uma das poucas iniciativas de trabalho que mantém o ser humano em seu local de origem, pois geralmente os pescadores atuam no ambiente onde nascem e vivem até o fim de seus dias. Chamados de pescadores artesanais, eles atuam em pequenas embarcações visando ao comércio de forma autônoma ou em regime de economia familiar. Segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, são produzidos no Brasil 1 milhão e 240 mil de pescado por ano, sendo que cerca de 45% dessa produção é oriunda da pesca artesanal.

Pesca Artesanal

Já a pesca industrial representa uma fatia significativa para a economia do Brasil, principalmente, para as cidades localizadas no litoral. O segmento utiliza a embarcação do tipo empregada, ou seja, de médio e grande porte, além da relação de trabalho dos pescadores, que diferentemente do segmento artesanal, possuem vínculo empregatício com o armador de pesca (responsável pela embarcação), seja pessoa física ou jurídica. De acordo com o Ministério da Pesca e da Aquicultura, a pesca industrial no Brasil é responsável pelo desembarque de metade da produção de pescados de origem marinha. Ainda conforme o órgão federal, apesar da vasta extensão da costa brasileira, as condições naturais do nosso litoral sempre foram limitantes para o desenvolvimento de uma frota pesqueira industrial massiva. A pesca industrial é composta por cerca de 5 mil embarcações, envolvendo 40 mil trabalhadores somente no setor de captura. Além do porto de desembarque do município do Rio Grande, o ministério tem como outros principais locais para essa atividade as cidades de Belém (PA); Camocim (CE); Natal (RN); Vitória (ES); Rio de Janeiro e Niterói (RJ); Santos e Guarujá (SP) e Itajaí e Navegantes (SC).

Pesca Industrial

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Segundo o chefe de gabinete adjunto da Prefeitura Municipal do Rio Grande, Ederson Pinto da Silva, a cidade possui 2,7 mil pescadores cadastrados e é o principal porto de desembarque em quantidade e volume de pescado do Estado. “Devido a proximidade do município com o Uruguai, além da mistura das águas geladas com a água doce, nosso ecossistema é muito propício para que as espécies encardumam como a corvina, a anchova, a castanha, a tainha, entre outras”, explica.

De acordo com ele, a intenção é revitalizar o setor, através da valorização das atividades desempenhadas pelos pescadores. Para tanto, a Secretaria Municipal de Pesca do Rio Grande tem investido em novas ações como a criação do projeto do caminhão-feira, feiras de pescados, festas em períodos de abertura de safras, entre outros.

Para Silva, as espécies mais trabalhadas em Rio Grande são o camarão - que, por ser muito procurado pelos veranistas e pelos próprios moradores, representam o único sustento de muitos pescadores, que nos demais meses se sustentam através do seguro-defeso, pago pelo Governo Federal; a tainha, também muito procurada, mas por uma questão cultural; e a anchova, na pesca industrial. “A costa gaúcha ainda produz bastante peixe. E depois que as traineiras foram proibidas e a regulamentação da pesca da corvina e da tainha começou a dar mais espaços aos pescadores” explica o chefe de gabinete.

Uma boa notícia é a volta de um peixe que há cerca de 20 anos não aparecia no estuário da cidade do Rio Grande, o burrique, fato que está sendo estudado para se encontrar o motivo pelo qual esta espécie retornou às águas da região.

Especial

Ederson Silva fala ainda que a secretaria municipal da pesca, na gestão passada, contava apenas com R$ 50 mil. Atualmente, esse valor já foi elevado a R$ 200 mil e outros R$ 300 mil serão injetados, através de recursos estadual e federal.

E a partir destes recursos, serão colocados em prática projetos como a inclusão do pescado local na merenda escolar oferecida aos alunos da rede municipal da cidade. “Muitos municípios da região já fazem isso, como São Lourenço do Sul e Santa Vitória do Palmar. Por isso já foi determinado este ano que sejam feitas as compras institucionais. Hoje temos duas agroindústrias de pescados funcionando em Rio Grande: uma no Pesqueiro e outra no bairro São Miguel. A partir dessas duas agroindústrias, como a participação de alguns artesanais poderemos adquirir peixes para fazer parte da alimentação dos alunos que estudam em escolas municipais”, explica Silva.

Ele fala que a Prefeitura do Rio Grande desenvolve ações que têm como objetivo organizar o setor, para que ele tenha força e competitividade a fim de enfrentar, por exemplo, a indústria pesqueira de Santa Catarina, uma vez que muitos pescadores do Estado vizinho vêm até aqui e levam o pescado para ser beneficiado ou industrializado em seu estado.

Quanto à pesca industrial, a Prefeitura está trabalhando para que a cidade crie uma identidade com os produtos pescados, uma vez que já existe uma relação estabelecida entre a comunidade e o mar. “Para tanto, foi criada a Festa da Anchova, quando 1,2 mil unidades do pescado foram comercializadas, valorizando ainda o produto. Com isso, surgiu a ideia da criação de um calendário de festividades de acordo com o período de safra de cada espécie. Esse ano, provavelmente, será promovida a 1ª Festa da Corvina”, fala Silva. Ele diz que o principal objetivo é celebrar os períodos de safra, chamando a atenção da cidade e resgatando a auto-estima dos pescadores, que assim podem ver para onde vão os produtos pescados. Outros mecanismos de aproximação entre os pescadores e a comunidade são as feiras e o caminhão feira, que se desloca por diversos pontos do município, o que impulsiona as vendas.

Pesca x polo navalA implantação do polo naval no Porto do Rio Grande, de

certa forma, causou um impacto no setor pesqueiro da cidade. Pois, para a expansão da área destinada à construção do dique-seco e das plataformas, alguns pesqueiros foram retirados, além do fato de muitos jovens filhos de pescadores terem deixado a atividade para atuar nos investimentos relacionados ao polo. “Quando as construções terminam, alguns até tentam voltar à pesca. Mas aí já estão com suas carteiras vencidas ou acham não serem suficientes os recursos obtidos com a comercialização do pescado”, explica o representante da Prefeitura do Rio Grande, lembrando que quando se trabalha em uma plataforma forma-se automaticamente uma área de exclusão ao redor do empreendimento.

Pesca em Rio Grande

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E aí mulherada... Diferentes dos verões passados, este parece que veio para derreter. Claro que com todo esse calor que anda fazendo, deixar de curtir aquela praia, a piscina do clube ou a da casa da amiga, nem pensar! Por isso, nessa edição, separei algumas tendências de biquínis e maiôs para vocês ficarem mega antenadas e não fazerem feio na hora de pegar uma cor ou se banharem na praia ou na piscina.

E para finalizar os acessórios que dão um up em qualquer produção, não deixe de usar um chapéu de palha, uma canga daquelas lindas, super coloridas ou um óculos super descolado. Outra dica para o Verão 2014 são os artigos vintage(recuperação de estilos e peças de décadas passadas).Essas são as minhas dicas de praia.

Tem muita coisa legal que poderia ser abordada nessa coluna. Mas desta vez, optei por uma seleção bem básica como os GLAM - peças com um toque metalizado, que também aparecem com adornos dourados, tachas entre outras aplicações; os modelos de CINTURA ALTA - mais indicados para festas na piscina ou em passeios de barco; e a ANIMAL PRINT - peças com estampas de felinos, que a cada ano ganham mais identidade com o universo feminino. Sendo assim, soltem suas feras embaixo da água ou nas areias e aproveitem o alto verão 2014.

Também não posso deixar de citar o que acho a cara do Brasil para essa temporada de verão, que são o mix de estampas. E nessa tendência vale misturar tudo: estampas étnicas, florais, listradas e tropicalistas. Aí, é atar o modelo com estampas animadas. Então misture um estampado na parte de cima com um liso na parte de baixo e vice-versa. Você também irá encontrar conjuntos já com esse mix, como listras e florais.

Outra tendência forte desta estação são os tops com bojo, que valorizam muito as mulheres que têm seios pequenos. E para aquelas que não abrem mão das tradicionais peças lisas, existem muitos modelos legais e modernos como os de um ombro só (que joga o olhar para cima, ótimo para quem tem quadris mais largos). Já as mulheres que possuem seios maiores, a dica são os modelos em “V”, além dos tops de alças largas.

Na raia ou na iscinaP

Procure aquele que se encaixa melhor com você, com seu estilo e arrase na praia ou na piscina. Ah, e não esqueça o protetor solar e de se hidratar muito para enfrentar as altas temperaturas registradas na região nessas últimas semanas!

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Esporte

Pelotas é uma cidade conhecida por suas dezenas de clubes e sedes sociais. Entre eles, está um especialmente dedicado à navegação. Trata-se do Clube Veleiros Saldanha da Gama, fundado em 15 de Março de 1946 por idealistas que acreditavam neste segmento entre a comunidade local.

Entre os principais objetivos do Saldanha da Gama está a promoção, através da vida náutica, do convívio social, do respeito à natureza, do incentivo à prática esportiva, do auxilio mútuo na água, entre outras ações ligadas a esse meio. Atualmente o Saldanha da Gama possui 160 associados, com aproximadamente 130 embarcações inscritas no clube. O Saldanha da Gama é predominantemente de veleiros, mas existem também lanchas, trawlers, botes e jet-skis.

Para tanto, o clube conta com uma infraestrutura a qual visa reunir apaixonados pelos esportes à vela. E não são apenas os

Clube Saldanha da Gama incentiva práticas náuticas sem descuidar da natureza

Pelotas à vela

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associados que utilizam as dependências do clube: o local possui trapiches sempre disponíveis para a atracação de embarcações que passam por águas pelotenses, além de banheiros, churrasqueiras e locais próprios para o descanso dos velejadores.

Quando foi fundado, o clube também era direcionado à caça e à pesca. No entanto, atualmente, o Saldanha da Gama se dedica à parte náutica em regatas, além de promover pelo Canal São Gonçalo, idas a Rio Grande, São Lourenço do Sul, Porto Alegre e Jaguarão. “A prática da caça foi excluída da razão do clube em vista as novas leis Civis e também às restrições quanto à caça em território nacional. A pesca é praticada por alguns sócios dentro do clube e em suas embarcações quando em passeio, mas o clube não promove eventos dedicados à pescaria”, argumenta o comodoro do clube, Pier Carlo Poeta Darley.

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Esporte

Entre os principais eventos náuticos do clube, destaca-se a regata Pel x RG x Pel, que atualmente tem o nome de Regata Francisco Caruccio, a qual acontece no mês de dezembro. A Regata Francisco Caruccio é uma regata que já tem mais de três décadas de história e que desde que foi instituída nunca saiu do calendário do clube. Esta já foi chamada de Carlos Philbert. “No entanto, a troca de nome do evento deu-se com a finalidade de homenagear, ainda em vida, um dos sócios mais antigos do clube e que muito contribuiu para enriquecer a história náutica do Veleiro, bem como em todos os segmentos da entidade“, enfatiza o comodoro.

Já em abril, é realizada a Regata POA x Pel, promovida em parceria com o Clube Veleiros de Sul, situado na capital gaúcha. Por algum tempo este evento foi esquecido, mas retornou ao calendário do clube pelotense há cerca de dois anos.Em março é a vez da Regata de Aniversário do Saldanha da Gama. Realizada anualmente, o evento também agrega barcos de outras entidades, como os competidores do Iate Clube de Pelotas.

Eventos

A atual diretoria tem trabalhado no intuito de fortalecer a parte da vela, mas sem deixar de atentar às novas tendências, que são o mercado de lanchas. “Neste sentido, o clube tem buscado fazer uma melhora na área da colocação/retirada de lanchas da água, arrumando trapiches, bem como a busca por fazer novas áreas para guardar as mesmas”, explica o comodoro.Além disso, Pier Carlo Poeta Darley diz que a atual diretoria do Saldanha da Gama trabalha a fim de continuar com as obras de substituição dos trapiches de madeira pelos de concreto – empreendimentos os quais estão sendo orçados, para em breve serem iniciados.E para deixar o clube em dia com as atuais tecnologias, está em análise o monitoramento eletrônico, para assim que possível ser colocado em prática, modernizando as práticas náuticas entre seus associados.

Investimentos

Após alguns anos e tentativas de retomada de uma participação mais ativa por parte das novas gerações, está sendo montada uma parceria com um instrutor de vela. Segundo o comodoro, ainda neste verão será recolocada em prática a Escola de Vela, sob responsabilidade do profissional contratado.Para Darley, o futuro é visto com bons olhos, pois o segmento náutico tem crescido muito no Brasil e, de acordo com ele, em nossa região não é diferente. “Tendo em vista a abundância de água e locais que se têm para andar de barco em Pelotas e região, não se pode ficar parado. Portanto, o clube busca se modernizar e proporcionar aos associados um convívio saudável na água, respeitando a natureza para que muitas outras gerações possam seguir a história do Veleiro”, finaliza.A atual diretoria é composta pelo comodoro do clube, Pier Carlo Poeta Darley; vice comodoro Pedro Alves Caetano; tesoureiro Adão Alexandrino Gomes de Azevedo Tesoureiro; diretor de vela, Fernando Luiz D’Ávila Soares; secretário Marcos Wetzel da Rosa e diretor de patrimônio, Sérgio Augusto Grafulha Vanti.

Futuro

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Educação

Volta às aulas: motivação auxilia crianças na retomada do ano letivo

Foi pensando nisso que a Revista Visão & Estilo selecionou algumas dicas para auxiliar os familiares na retonada do ano letivo, a fim de que todos tenham uma vida escolar tranquila e proveitosa para ambas as partes, sem esquecer que a escola também desempenha um papel fundamental na formação, principalmente, das crianças de menor idade.

Os pais são responsáveis pela educação dos filhos não só no âmbito familiar, mas também na vida em sociedade com a escola. Mais do que levá-los ao colégio, eles devem acompanhar o desempenho nas provas e cobrar tarefas. Por isso, é de suma importância fazer com que os pequenos entendam a necessidade de estudar e como o conteúdo aprendido pode ser aplicado no dia a dia de cada um.

Conversando de forma simples, direta, porém lúdica, os pais podem motivar seus filhos a cada retomada de ano letivo. Assim, as crianças se sentem incentivadas e tendem a se dedicar mais aos estudos. Mas a grande questão é: como começar esse trabalho de motivação? Como despertar a curiosidade e as habilidades do seu filho?

Segundo especialistas, as crianças são naturalmente curiosas e gostam de aprender. Portanto, aproveite este lado delas e as façam querer saber mais sobre o assunto, através de perguntas e conversas familiares.

Outra forma de motivar os pequenos é provar a eles que a educação pode ser colocada em prática, mostrando ao seu filho a importância daquilo que ele aprendeu nas tarefas diárias, ressaltando sempre as habilidades deles e a consciência de que aquilo fará diferença para a sua vida.

Um bom exemplo é pedir à criança que está sendo alfabetizada que leia as placas, nomes de estabelecimentos, cardápios e até mesmo notícias em capas de jornais e revistas, ou até mesmo em caixas de brinquedos e jogos. Outra dica é pedir aos maiores que leiam as placas de identificação das ruas, perguntando da proximidade do lugar com sua casa ou a residência de algum parente, para que assim entendam as primeiras noções de localização e geografia.

Quanto mais maneiras os pais encontrarem para colocar os conteúdos

vistos em sala de aula na vivência diária das crianças, mais importância elas darão às matérias contidas no currículo escolar.

Desde cedo as crianças já apresentam suas preferências e facilidades para determinados assuntos. Por isso, os pais devem aproveitar essas afinidades, a fim de estimular um maior desenvolvimento do conhecimento nessa área. Exemplo: se seu filho gosta de animais, aproveite isso para dar a ele livros e materiais que abordem esse assunto.

Mas não se esqueça: os pais devem estabelecer uma rotina diária de estudos, com horário fixo e lugar apropriado e definido.

Incentivar a curiosidade é um passo muito importante, mas precisa vir acompanhado de um hábito indispensável: estudar. A prática exige disciplina e também precisa ser ensinada.

Além disso, cada um deve cumprir seu papel no processo de aprendizagem de cada criança, entre pais, escola e os próprios alunos.

A cada reinício de ano letivo é a mesma coisa: filhos empolgados com a compra dos novos materiais escolares, a emoção de reencontrar seus amigos frente à ansiedade e angústia dos pais com a retomada de cobranças diárias em torno dos conteúdos a serem propostos pela escola.

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Local de estudo

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DICAS PARA AUXILIAR OS PAIS NA HORA DOS ESTUDOS:

- Local de estudo

As características do local de estudo podem contribuir de forma determinante para o sucesso escolar do seu filho. Um espaço adequado deve ter boa iluminação, estar bem arrumado e organizado (livre-se de brinquedos ou outros objetos que possam distraí-lo), estar bem ventilado e ter uma temperatura agradável para permitir uma melhor concentração. O barulho excessivo também pode interferir negativamente no estudo e, como tal, o local escolhido para as tarefas escolares deve ser silencioso. O mobiliário é também importante quando se fala no espaço físico. Não é aconselhável que o seu filho estude deitado no sofá ou na cama, pois esta postura, além de não favorecer a concentração e a qualidade dos trabalhos escolares, traz danos para a saúde.

- A gestão do tempo

Mais vale trabalhar 30 minutos por dia do que estudar duas horas na véspera de uma avaliação. Isto é especialmente importante para matérias cujo estudo se torna desagradável e desmotivador e cuja compreensão e memorização necessitam de tempo para se consolidarem.Ajude o seu filho a elaborar um horário semanal. Marque o tempo de aulas, tempo para transportes, atividades desportivas (ou outras atividades extraletivas) e o tempo de estudo.Devem distribuir o tempo de forma equilibrada, juntando disciplinas menos motivadoras com disciplinas que o seu filho considere mais interessantes.Os períodos de estudo devem ter duração de cerca de 40 a 50 minutos, fazendo pausas de 5 minutos para arrumar o material, “esticar as pernas”, ou simplesmente descansar. É preciso ter cuidado para que estes intervalos não se prolonguem e acabem por quebrar o ritmo e a motivação do seu filho para o estudo.

- Os apontamentos

Os apontamentos são uma ótima estratégia de estudo. O aluno deve reescrever o conteúdo estudado por palavras suas. Se ele ficou com dúvidas, deve esclarecê-las junto do professor, pesquisar no manual ou procurar outra fonte de informação.A realização de esquemas é outra estratégia útil para sistematizar a matéria e relacionar fatos. Durante a leitura de textos também é importante para que seu filho saiba sublinhar o que é mais relevante, pois isto o auxiliará mais tarde na elaboração dos apontamentos e resumos para os testes.

Fonte: Carla Pereira, psicóloga (Fale Connosco – Saúde Personalizada)

Não há estudo sem motivação. Por isso é preciso realçar a importância dos pais quanto à motivação dos filhos para a aprendizagem, sem oferecer apenas recompensas materiais cada vez que o seu filho obtenha sucesso. A aprendizagem e o sucesso escolar devem ser gratificantes para a criança e, só por si, constituir um “prêmio”. Para tanto, os pais devem estar atentos aos progressos e dificuldades dos filhos, reforçando positivamente cada evolução. Os pais devem elogiar o esforço dos filhos enquanto alunos e salientar suas competências com regularidade, pois isto irá certamente promover a sua motivação e autoconfiança. A criança gostará de estudar para se sentir realizada e competente, mas também para satisfazer as expectativas da família, que mostra acreditar em nele e no seu sucesso. No entanto, é válido lembrar que os pais não podem gerar expectativas elevadas, pois uma exigência excessiva poderá ter um efeito negativo no desempenho escolar do seu filho, que passará a ver a escola como algo gerador de medo e ansiedade.

1. A importância da motivação

É fundamental fomentar a autonomia do seu filho e a sua responsabilidade enquanto aluno. As crianças devem interiorizar desde cedo que possuem controle sobre as suas aprendizagens e que o seu sucesso escolar depende, em grande parte, do seu esforço. Os pais não devem “estudar” pelos filhos, mas sim orientá-los no estudo, ajudando-os a descobrir as estratégias mais eficazes.Nos primeiros anos de escolaridade é normal que exista uma maior supervisão no que respeita às rotinas e às tarefas escolares. Contudo, à medida que o nível de escolaridade aumenta esta supervisão deve ser cada vez mais discreta.

2. Promover autonomia e responsabilidade...

3. Métodos e estratégias de estudo eficazes

“Ele não sabe estudar!”. Esta é uma das principais queixas dos pais, cujos filhos não conseguem obter o rendimento escolar pretendido. Insucessos repetidos conduzem muitas vezes a níveis de frustração e ansiedade crescentes em pais e filhos. Para combater isso, deixamos-lhe algumas sugestões de como ajudar o seu filho a estudar, ensinando-lhe estratégias mais eficazes e rentabilizando o seu tempo de estudo.

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- COMPORTAMENTO (1pg) - VIDA DE CÃO

Vida de cão, mordomia de

genteO termo “vida de cão” é usado quando as pessoas querem se referir a um dia difícil e muito cansativo. Mas essa frase não retrata a realidade de muitos animais de estimação, que recebem mais mimos do que muitas crianças que não tiveram a oportunidade de nascer em um lar estruturado. E esses regalos e cuidados especiais com os animais domésticos abriram um nicho que vem crescendo cada vez mais no mercado. Eles conseguem conviver com os seres humanos por fatores de divertimento ou companheirismo. Muitas famílias já possuem o seu, seja ele gato, cachorro ou papagaio.

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Comportamento

Bom para os negócios e para a saúde

A veterinária e proprietária de pet shop, Maria da Graça Rodrigues, diz que o aumento da procura por especialidades veterinárias se dá justamente pela preocupação que os donos têm com seus animais de estimação. Segundo ela, a preocupação com o bem estar dos bichinhos é cada vez maior e, por isso, cabe aos profissionais desta área oferecer opções que satisfaçam o cliente. “As pet shop’s oferecem diversificados serviços para atender não só as necessidades dos animais de estimação, mas também da satisfação de seus donos. Além de prestar trabalhos como banho e tosa, os espaços também disponibilizam mercadorias diversas para o lazer e perfumaria. E como tanto os donos quanto os veterinários querem o melhor para cada animal, essa procura por produtos e serviços pets acaba

fazendo a economia desta área girar”, afirma Maria da Graça.

Além da alegria e o bem psicológico que o cãozinho pode trazer à família, ele também pode contribuir na prevenção e auxilio de doenças. Segundo estudos feitos pelo Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), o convívio com cães pode reforçar na defesa do organismo e trazer benefícios ao coração, por exemplo. Crianças que convivem com seus animais desde bebês ficam menos suscetíveis a alergias, já que acariciar um cão nesta idade eleva os níveis de um anticorpo presente nas mucosas, que evita proliferações virais ou bacterianas. Gestos simples que se dão no convívio com um cão também ajudam na diminuição do estresse e consequentemente na diminuição do risco de sofrer infartos.

Segundo uma pesquisa realizada ano passado pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o cachorro é o animal de estimação em maior número do País e, assim como os outros bichanos domésticos, vem ganhando uma vida cheia de mordomias oferecida por seus donos.

Com as tecnologias avançadas e as taxas de consumo também elevadas, surgem inovações para agradar seu pet. Além de itens como brinquedos e rações com sabores diferenciados, já foram criadas fragrâncias e hotel para cães - onde geralmente seus donos aproveitam para que seus cachorrinhos também sejam treinados ali. O negócio voltado para satisfazer as necessidades dos animais está em um momento de força, tendo em vista que agora eles também fazem parte da família.

Seguindo a preferência de quem procura ter um animal de estimação, é muito comum ver cães sendo tratados como filhos por seus donos, como é o caso da bióloga Priscila Soares, que possui duas cachorrinhas da raça bulldog francês. Ela não mede palavras para expressar o amor que sente por elas: “Maggie e Joanna são as minhas filhas. Sem elas minha casa seria mais limpa, minha carteira mais cheia, mas com certeza meu coração seria vazio”, afirma a bióloga.

Assim como várias outras pessoas, Priscila também tem um cuidado especial com suas cadelinhas. Como elas são consideradas membros da família é preciso que a dona dedique boa parte de seu tempo em função do bem estar canino. “Sempre dediquei meu tempo para vê-las felizes. As duas têm horário certo para comer, fazer as necessidades e ir ao veterinário, como se fossem duas crianças. Também me preocupo com o lazer delas, sempre vão aos passeios e viagens conosco e são presenteadas com brinquedos e outros itens para animais de estimação”, conta.

Essa relação de carinho e respeito entre o dono e o seu animal, faz com que o comércio veterinário tenha que se modernizar para satisfazer seus clientes. Além de oferecer métodos na cura e prevenção de doenças animais, os veterinários vêm apostando cada vez mais na venda de produtos para estética e lazer dos bichos de estimação.

As lojas pet shops, direcionadas para o comércio veterinário, estão aparecendo cada vez mais no mercado de trabalho. Os estabelecimentos comerciais oferecem a quem tem um bicho de estimação serviços como banho e tosa, venda de rações e várias opções de brinquedos e objetos feitos especialmente para animais.

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Social

Victória Vernetti Kuhn e Carla Kuhn Rosaura Serpa lutzemberger e Rosária Arla Silva

Roger Lange e Andréa Lopes Renata Roig Paim e Marta Crespo

Eventos atraem sociedade à noite Pelotense

Alfredo Hadler e Cristiane RoigVera Lúcia Ferreira e Cláudio kawski Jussara Zanol e Ronaldo Oliveira

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Social

Equipe Carmen Steffens Mônica e Cleber

Jussara Zanol, Cristiane Roig e Vera Bueno Ilda Pereira e Cristina Pereira

Maria Helena Zanotta, Martha Bazarov, ElisabethCaldeira, Rosemeri Teixeira e Sônia Cunha Gustavo Ferreira e Juliana Ferreira

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