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ANO 5 | EDIÇÃO 19 | NOV/DEZ 2013 Que tal aderir ao esporte que é a cara do verão? Stand Up ENTREVISTA Amália Sina fala sobre sucesso e felicidade SOBREMESAS DO BEM Receitas saudáveis para adoçar o seu cardápio INFÂNCIA O perigo dos rótulos nessa fase da vida

Revista Viver Bem - Edição 19

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ANO 5 | EDIÇÃO 19 | NOV/DEZ 2013ANO 5 | EDIÇÃO 19 | NOV/DEZ 2013

Que tal aderir ao esporte que é a cara do verão?

Stand Up

ENTREVISTaAmália Sina fala sobre sucesso e felicidade

SOBREMESaSDO BEMReceitas saudáveis para adoçar o seu cardápio

INFÂNCIaO perigo dos rótulos nessa fase da vida

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Comece o dia bem informado com as principais notícias do Rio Crande do Norte. A TV Ponta Negra apre-senta um telejornal com noticiário policial, prestação de serviço, o transito em tempo real e as informações do esporte potiguar. De Segunda a Sexta às 7h00 com Jacson Damasceno.

6% Audiência Domiciliar

21% Audiência de Participação Share

Audiência

82.618 Total de Telespectadores*

FONTE : IBOPE MEDIA WORKSTATION | NATAL CADERNO| DATA DE PESQUISA: 09 A 15 DE AGOSTO

COM O JORNAL DO ESTADO A CIDADE AMANHECE INFORMADA

* Total de telespectadores projetados para o RN

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Comece o dia bem informado com as principais notícias do Rio Crande do Norte. A TV Ponta Negra apre-senta um telejornal com noticiário policial, prestação de serviço, o transito em tempo real e as informações do esporte potiguar. De Segunda a Sexta às 7h00 com Jacson Damasceno.

6% Audiência Domiciliar

21% Audiência de Participação Share

Audiência

82.618 Total de Telespectadores*

FONTE : IBOPE MEDIA WORKSTATION | NATAL CADERNO| DATA DE PESQUISA: 09 A 15 DE AGOSTO

Comece o dia bem informado com as principais

COM O JORNAL DO ESTADO A CIDADE AMANHECE INFORMADA

* Total de telespectadores projetados para o RN

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Expediente

Meu filho, Davi, tem 3 anos e o sonho de ter um avião só dele para viajar para vários lugares. Já sabe que o avião custa caro e vai precisar juntar muito dinheiro para comprar o seu.

Recentemente, fomos ao aniver-sário do primo dele. Já estava tarde e ele não se aguentava em pé de tanto sono. Na hora dos parabéns, estou-raram um balão cheio de dinheiro de brincadeira. Ele me perguntou o que era e, quando eu disse que era dinhei-ro, ele esqueceu o sono e saiu corren-do para pegar as notinhas. Enchia a

Edição nº 19 | nov/dez 2013

Direção geral

Juliana Garcia e Patrícia Guedeville

Coordenação editorial

Juliana Garcia

Textos

Eugênio Bezerra e Taciana Chiquetti

Revisão

Márcia Melo

Fotos

Ramón Vasconcelos

e Sueli de Souza

Projeto Gráfico

Carlos Soares

Diagramação

GR Design Editorial

www.grdesigneditorial.com.br

Comercial

GGTec Produções

Impressão

Impressão Gráfica

Tiragem

10.000 exemplares

Fale conosco

84 3213.8592 / 9451-4142

[email protected]

O avião dos sonhos

Giov

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RV Meio Cuide-se Morena 21x28cm Irece_BA.indd 1 07/10/13 15:22

mão, me entregava as notas e voltava para pegar mais. Quando terminou e percebeu que tinha juntado muito “dinheiro”, olhou pra mim, com um sorriso inocente, e vibrou: - “Uhuuuu! Agora vou comprar meu avião!”

Na foto abaixo dá pra ter uma ideia da felicidade dele. Ali ele não estava enxergando o dinheiro e sim o seu tão desejado avião. Tenho cer-teza que era essa mesma imagem que estava em sua mente cada vez que se jogava no chão para pegar mais uma daquelas notas.

É assim que deve ser quando te-mos um sonho, um objetivo na vida. Mas, para fixar a imagem desejada, é preciso saber o que se quer. Você é capaz de responder agora, sem pen-sar, qual é o seu grande sonho? Para os que não têm a resposta na ponta da língua, os obstáculos do caminho se tornam maiores, muitos desistem e mudam a rota.

Essa época do ano é a melhor para analisar a vida, acertar o rumo, traçar novas metas. E a entrevistada dessa edição não poderia ser mais inspira-dora. Amália Sina, uma das executi-vas mais bem sucedidas do país, falou sobre empreendedorismo, carreira, qualidade de vida e sucesso. Mas en-fatizou que nada disso vale a pena se não vier acompanhado de felicidade.

Aproveite cada reportagem da úl-tima edição da Viver Bem em Revista desse ano. Defina o que quer, o que é importante para a sua vida e se jogue, como fez o meu filho, para conquistar o avião que vai trazer sorrisos, saúde, sucesso, paz, amor, prosperidade e tudo o que for preciso para você viver muito bem em 2014.

Boa leitura!

Juliana [email protected]

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Meio aMbienteCasa ecodidática reutiliza sobras da construção civil

MaturidadeMusculação traz muitos benefícios para a saúde dos idosos

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Modelo: Taritza Puggina

Foto: Ramón Vasconcelos

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Amália Sina é a nossa entrevistada desta edição

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Em dose dupla

01 e 02. Arte e brincadeira na tenda do Sinec/RN

03. O GrowUp comandou a aula de musicalização infantil em inglês. Mesmo quem não tinha contato com o idioma interagiu com a turma

04. Na oficina de brinquedos recicláveis a turma do GrowUp ensinou aos pequenos como fazer chocalhos com garrafas pet e milho

05. Pique total na aula de jump show

06. Crianças e adultos aprovaram o sorvete saudável Della Fruta

07. Turminha que aproveitou a aula de dança com Victor Mendes

08 e 09. A Crossfit Stylo mandou bem na aula pra criançada

10. A dentista Patrícia Monte levou seu filho Duartinho para aproveitar a manhã

11. Luciana Rodrigues e os filhos André e Maria Clara curtiram juntos o Conexão Kids

O mês de outubro foi intenso com a realização de duas edições do Cone-xão Viver Bem. Abrimos o mês com o Conexão Kids, em parceria com o Si-nec, com uma programação especial para a criançada.

No dia 27, realizamos mais um evento para encerrar o Outubro Rosa, em parceria com os grupos Reviver, Despertar e Rede Feminina, que re-

alizam um intenso trabalho de cons-cientização e acolhimento de pacien-tes com câncer de mama.

A programação começou com uma caminhada e prosseguiu com as aulas no Espaço Folha, no Parque das Dunas, comandadas pela equipe da Rede We! Academias, que mais uma vez não deixou ninguém ficar parado.

Confira as fotos!

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12. A caminhada reuniu cerca de 1.000 pessoas

13. Formule Farmácia de Manipulação com produtos para melhorar a qualidade de vida das mulheres e de pacientes com câncer de mama

14. Idaisa Fernandes, fundadora do Grupo Reviver, comemorou o sucesso do evento

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Oficina DetoxViver Bem trazà Natal a Chef

Andrea Henrique, uma das precursoras

do Detox no Brasil

Durante os dois dias da oficina, realizada em Natal/RN, no Hotel Vila do Mar, Andrea Henrique en-sinou que é possível preparar pratos sem glúten, sem proteína animal, sem produtos industrializados, sem corantes e conservantes e, ainda as-sim, preservar o sabor dos alimentos. Além de ensinar algumas das receitas

que fazem parte do seu programa para desintoxicar o organismo em 7 dias, ela aproveitou para transmitir a sua experiência de mais de 15 anos em detox. Foi uma oportunidade úni-ca e que atraiu nutricionistas, chefs, médicos e pessoas que buscam apren-der mais sobre alimentação saudável.

Confira as fotos.

Isabela Salustino e Lilian Lins, Kale Detox Débora Sá, Cozinha Ecológica Eliane Martins, Espaço Renata Motta

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Carla Faedo, Juliana Garcia, Andrea Henrique, Bartira Seixas e Patrícia Guedeville

Mariana Jácome, Renata Simplício e Melissa Sales

Liane Campos Sushi vegano

Andrea Henrique

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Agradecimentos:

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#guiaviverbem

SUA OPINIÃO

“Me emocionei com a reportagem de capa da

edição passada. Perdi minha mãe com câncer de

mama exatamente por ela não ter dado importância

ao diagnóstico da doença. Desde então faço o auto

exame todos os meses e a mamografia uma vez por

ano. Parabéns para as vencedoras da reportagem.

Exemplos de fé e amor próprio.”

Hélia Junqueira, por email

“Excelente reportagem sobre crossfit. Eu pratico há

6 meses e recomendo pra quem quer emagrecer

e ganhar mais condicionamento físico. É uma aula

sem monotonia e muito esforço.”

Felipe Labella, por email

“Eu já tinha o hábito de ler para os meus filhos e

contar histórias antes de dormir e fiquei ainda mais

entusiasmada com isso ao ler a reportagem “Era

uma vez”, na seção infância. Sugiro uma página

com dicas de leituras para crianças e para adultos

também. Nos livros encontramos grandes ensina-

mentos de vida.”

Geórgia Sales, por email

“Adorei a reportagem sobre as frutinhas famosas, as

berries. Pena que ainda são difíceis de encontrar em

Natal e, quando encontro, ainda são muito caras.”

Lia Kelly, por email

“Descobri que sou vítima de mim mesma lendo a

reportagem sobre autossabotagem. Vocês sempre

surpreendem com os temas escolhidos. Parece que

sabem exatamente o que precisamos aprender e

descobrir para mudar de vida.”

Maria Luiza Gurgel, por email

O instagram se tornou uma vitrine para os hábitos saudáveis. É muito legal ver pessoas com-partilhando suas receitas de saúde e bem estar na rede. Selecionamos sempre as melhores fotos com a hashtag #guiaviverbem. Para essa edição, todas as fotos são da mesma seguidora. Parabéns @ericaregia, que está mandando ver na prática de exercícios e na alimentação saudável.

Flashes de uma semana na rotina de @ericaregia

@prog_viverbem

PROGRaMa VIVER BEM - SÁBaDO, 9H, TV PONTa NEGRa (SBT-NaTaL/RN) - SITE: WWW.GUIaVIVERBEM.COM.BRTWITTER: @PROG_VIVERBEM - FaCEBOOK: WWW.FaCEBOOK.COM/GUIaVIVERBEM - WWW.YOUTUBE.COM/TVVIVERBEM

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Uma escola onde a fala do aluno tem grande valorCasa Escola utiliza filosofia de ensino que estimula a formaçãode cidadãos com autonomia

“Crescer em um ambiente plural, onde as diferenças são respeitadas e incentivadas, não oprimidas, apenas trouxe influências positivas. Assim recordo da Casa Escola, um lugar onde passei grande parte da minha vida e que despertou em mim a pai-xão pela leitura”, lembra com nostal-gia Anna Beatriz Ubarana Oliveira, ex-aluna e atualmente estudante de Direito na UERN.

Estas palavras traduzem a filo-sofia de ensino do IECE – Instituto Educacional Casa Escola, que traba-lha com a moderna gestão partici-pativa. Assembleias e conselhos de classe são realizados semanalmen-te como recursos de expressão do aluno, são momentos de valorizar a opinião dele e desenvolver nele a capacidade de tomar decisões, se po-sicionar perante um assunto, intera-gir no social, se tornar mais sensível ao outro – uma forma de praticar o exercício ético no cotidiano.

Com as decisões compartilhadas, a Casa Escola acredita que contribui para a formação de um cidadão críti-co, consciente e com maior responsa-bilidade sobre as suas atitudes. “Esta ideia está refletida na grade curricu-lar flexível, que conta, por exemplo, com teatro e artes, o que faz uma diferença substancial. Estas duas dis-ciplinas são focadas no crescimento pessoal, no aumento da capacidade de interpretar o mundo, permite que os alunos tenham contato direto com artistas da humanidade e com suas obras plásticas, literárias, cênicas etc”, explica a diretora Ana Priscila Griner. Como elemento de cultura indispen-sável, o trabalho com a música é uma prática na escola, e receberá uma atenção ainda maior em 2014.

O ensino da língua inglesa se pro-cessa de maneira lúdica, numa pers-pectiva de imersão e de explorar varia-das vivências na cultura. Na educação infantil, a partir dos três anos de idade, os alunos têm o aprendizado médio de quatro palavras por aula. Os profissio-nais possuem conhecimento pedagó-gico e têm experiência em país cuja língua falada é a inglesa, o que favore-ce a exploração de todos os elementos socioculturais de linguagem. Com três aulas semanais, os pais ainda podem estabelecer o aumento da carga horá-ria, optando pelo acréscimo de mais duas aulas por semana.

A extensão do horário escolar é mais uma possibilidade para os pe-quenos. Sob os cuidados de profissio-nais atenciosas e dedicadas, os alunos se alimentam, desenvolvem a capaci-dade para com os cuidados pessoais e realizam as atividades de casa em um ambiente acolhedor e instigante. Além da sala em que convivem, essas crianças utilizam outros espaços da escola, como a biblioteca, a piscina, o viveiro de plantas, a sala de informá-tica e outros.

Diante de todos estes diferenciais, o ambiente da escola se torna íntimo e familiar, os alunos são conhecidos por seus nomes e têm suas características pessoais respeitadas. As salas recebem ventilação natural e algumas delas são equipadas com computadores, favore-cendo a pesquisa on-line e os traba-lhos desenvolvidos no meio digital.

Matrículas abertas!educação Infantil ao Fundamental II

Rua João Alves Flor, 3711Parque das Colinas – Natal/ RNFone: 84 3207.2183www.iece.com.br

Instituto Educacional Casa Escola

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Por Marcos Valério - [email protected]

Há cinco, veraneei pela primei-ra vez com a família em Tabatinga, de onde veio o aprendizado que ora compartilho. Imagino que as mesmas cenas se repitam nos 9 mil km restantes da costa brasileira. A Praia de Tabatinga, como outros presentes que a natureza nos deu, é um pedaço de mar, com piscinas naturais, mornas e cristalinas, e paisagem fascinante. No primeiro contato, choquei-me ao ver tanto lixo espalhado pela areia, ante o olhar complacente de todos.

Surgiu então a ideia de fazer um mutirão de limpeza. E parti com meus fi lhos para arregimentar frequentadores. Os motivos dados para não participar do mutirão fo-ram muitos. Uns justifi caram que usavam pouco a praia, que estavam apenas veraneando. Outros alega-ram problema de coluna, apesar de toda a elasticidade demonstrada ao caminhar. Alguns falaram que não eram garis, que aquilo era dever da Prefeitura, que não iriam limpar a sujeira dos outros.

Algumas pessoas de bem, como o astrofísico Renan Medeiros, o poeta Marcelo Castro, alguns ro-tarianos e suas famílias aderiram ao movimento. Ação planejada, começamos a limpeza, com cerca de 20 voluntários. Uma senhora de quase 80 anos me emocionou ao juntar-se ao grupo.

Durante a tarefa, havia os que apressavam o passo, fi ngiam não ouvir os chamados, e os que, de varandas confortáveis, degustavam geladas cervejas com os amigos e nos olhavam, ora com aquela cara de “quem não tem nada com isso”, ora com expressão de deboche. Nessas horas de estupidez explíci-ta, lembrava-me da frase de Jesus: “Perdoa-os, pois eles não sabem o

que fazem”. O lixo encontrado foi o mais

variado: de embalagens de picolé a sacos de farofa; de garrafas pet a frascos de protetor, latas e garrafas. Recolhemos ainda apetrechos de pesca e canudos. Entre o lixo exó-tico, preservativos, braço de bo-neca infl ável, fraldas descartáveis, absorventes femininos, tampinhas e uma infi nidade de outras “mila-

crias” descartadas pela ausência de consciência e, principalmente, de inteligência. Dentre o lixo menos ofensivo, estavam os palitos de pi-colé e os cascos de coco verde.

Aquele nosso primeiro mutirão na Praia de Tabatinga recolheu 90 sacos de 100 litros cheios de lixo jogado na areia por mamulengos humanos, levando à morte o pla-neta onde vivem e retransmitindo o mesmo comportamento aos seus fi lhos, sobrinhos e netos.

No dia seguinte, fomos cami-nhar na praia e vimos que o ciclo se reiniciava, com a mesma estu-pidez de antes, havendo à beira--mar, na mesma área da coleta an-terior, lixo sufi ciente para encher pelo menos mais um saco dos que nós usamos na véspera. Nos anos subsequentes, tenho voltado ao mesmo lugar. E constato que a si-tuação persiste. Temos repetido a operação, lá e em outras praias. Mas vemos que os marginais am-bientais – não há outro adjetivo que os defi na – têm deixado suas marcas em todos os cantos, de maneira incansável, colocando à prova a persistência do bem, na constante luta contra o mal.

Marcos Valério de AraújoEscritor e ambientalista

[email protected]

Memórias de um limpador de praia

“Alguns falaram que não eram

garis, que aquilo era dever da

Prefeitura, que não iriam limpar

a sujeira dos outros”

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Aprender brincando

Estimular as crianças a desenvol-verem seu potencial de uma maneira global, através de atividades lúdicas, esse é o principal objetivo do GrowUp. O centro de educação complementar é voltado para crianças com idade en-tre 2 e 8 anos, inaugurado esse ano em Natal, Rio Grande do Norte.

O espaço oferece programas como KinderMUSIK, KinderCHEF e KinderFUN que aguçam áreas essen-ciais ao desenvolvimento de hábitos, habilidades e competências.

O KinderMUSIK é um programa de música e movimento em inglês, presente em mais de 70 países, o qual promove o aprendizado de outro idio-ma e ao mesmo tempo desenvolve a habilidade musical da criança. As au-las são, na verdade, uma grande brin-cadeira em inglês, onde as crianças cantam, contam histórias, tocam ins-trumentos musicais e vão naturalmen-te se familiarizando com o novo idio-ma. “Nessa fase, o cérebro da criança reage rapidamente aos estímulos do ambiente, o que permite uma gama de novas aprendizagens”, explica a psico-pedagoga Luciana Rocha, fundadora do GrowUp e representante da meto-dologia KinderMUSIK em Natal.

O KinderCHEF é um programa de culinária, estimulação sensorial e educação alimentar que incentiva as crianças a preparar receitas saudá-veis numa deliciosa brincadeira. O

comando das aulas é da Chef italiana Patrizia Pinna. Todas as atividades são realizadas numa cozinha cuida-dosamente planejada para as crianças. “Numa aula do KinderCHEF o apren-dizado é global. Elas realizam expe-riências sensoriais que estimulam o tato, o paladar e o olfato, melhoram a coordenação motora fina, quando precisam manejar os utensílios e ali-mentos e quando se está trabalhando com quantidades, estimulam o apren-dizado da matemática. E com o texto da receita, a linguagem também é tra-balhada”, analisa Luciana, que destaca, ainda, o trabalho de educação alimen-tar que faz com que a criança descubra novos sabores, novas texturas e passe a experimentar novos alimentos.

O KinderFUN é uma brinquedo-teca com uma minicidade funcional que estimula o faz de conta e cria si-tuações que desenvolvem a criativi-dade e a autonomia dos pequenos.

A criança tem a opção de par-ticipar dos cursos isolados ou dos programas de turno completo. Des-se modo, o aluno pode frequentar o GrowUp durante uma ou até oito horas semanais.” A grande maioria dos pais tem optado pelo programa de turno completo, no qual a criança permanece o turno inteiro conosco, das 7h30 às 11h30 ou das 13h30 às 17h30, uma ou duas vezes por sema-na”, enfatiza Luciana.

Conheça o GrowUp, o novo centrode educação complementar

GrowupRua Olinto Meira, 1117Barro VermelhoFone: 84 3211 1316www.growupkinder.com.br

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Pergunteao personal

Lucílio JúniorEducador físico, com es-

pecialização em musculação

e condicionamento físico.

Atua como personal train-

ner desde 2011 e atualmente

é coordenador da Academia

Summerfi t.

1. só posso malhar depois da faculdade, às 22h, faz mal?

Pedro Hilton – por email

Não existe um horário ideal para praticar ativida-des físicas. Porém, alguns especialistas colocam que a produção da endorfi na poderia interferir no sono pós--treino, mas há quem consiga sair da academia e, ao chegar em casa, comer, tomar banho e dormir sem ne-nhum problema. Em termos de resultados, não existe uma diferença signifi cativa quando comparamos pes-soas que treinam pela manhã, tarde ou noite.

2. É verdade que treinos mais longos dão resultados mais rápidos?

Leonardo Leite – por email

Não é verdade, é mito. Hoje os estudos nos le-vam a entender que os exercícios de curta duração geram maiores resultados quando comparamos com exercícios de longa duração para todos os objetivos (emagrecimento, hipertrofia, saúde, reabilitação, condicionamento físico, etc). Devemos tomar cui-dado com o excesso de treinamento que pode gerar uma condição chamada de overtrainning.

3. pratico corrida 3 vezes por semana e jogo fute-bol 2 vezes. estou liberado de fazer musculação nas pernas?

Ricardo Soares – por email

Você precisa desenvolver seus músculos dos membros inferiores para conseguir otimizar sua per-

formance no futebol e na corrida. A musculação vai servir para melhorar a atividade neuromuscular, ou seja, você conseguirá utilizar de forma efi ciente seus músculos na hora certa, através do seu sistema nervo-so central. Consulte seu professor para realizar uma periodização(planejamento) que contenha treinos não só apenas de resistência, mas que contenham também treino de força e de potência.

4. tenho muita gordura nos braços. com exercícios consigo afi ná-los sem deixá-los musculosos e fortes?

Laura Pires – por email

A melhor solução para o problema é aliar dieta ao exercício. Entenda que ninguém consegue perder gor-dura localizada com algum tipo de exercício milagro-so. A verdade é que quando perdemos gordura, per-demos no nosso corpo todo. Portanto, não resolverá fazer apenas exercícios para bíceps e tríceps (músculos do braço). Treine todos os músculos, pratique muscu-lação e faça aeróbicos (corrida, bicicleta, natação...).

5. estou com 4 meses de gestação. até quando posso fazer musculação?

Odília Rosa – por email

Se estiver tudo certo com a saúde da grávida e do bebê e o médico der autorização para fazer exercício de força, deve-se procurar a orientação de um profi ssional que conheça as mudanças do período gestacional. Isso porque ele poderá realizar, com segurança, mudanças nos exercícios no decorrer dos trimestres gestacionais. Seguindo esses passos, a futura mamãe pode praticar atividades físicas até o fi nalzinho da gravidez.

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1. você segue algum ritual para manter a beleza da pele e cabelos?

Faço exames clínicos profi láticos para manter a saúde perfeita e equilibrada, vou regularmente ao dermatologista e sigo os rituais de beleza, sempre usando os pro-dutos recomendados pelos médicos. Nos cabelos, utilizo produtos de qualidade e tento não agredi-los com o uso exagerado do secador.

2. como é a sua alimentação diária?Sou disciplinada por natureza. Não gos-

to de doces, frituras, refrigerantes e carne. Como muita salada, peixe, frutas e tenho tentado cortar do cardápio lactose e glúten, faz uma diferença incrível.

3. Qual a sua atividade física preferida?Amo tudo que envolve uma academia,

seja musculação, spinning, esteira. Vou praticamente todos os dias e malho há 8 anos com personal trainner Mário Novaes. Quem me conhece sabe, quer me ver estres-sada me deixe sem minha academia.

4. o que gosta de fazer nas horas vagas? Ficar com a família, cuidar do meu espí-

rito, perto de Deus. Gosto também de uma boa mesa com vinho e verdadeiros amigos.

5. como será a odete daqui a 20 anos? Espero que uma velhinha ativa e sau-

dável, curtindo os netos, com os mesmos amigos, trabalhando, viajando e ainda na academia.

6. o que é vIver beM pra você?Ser feliz e saber admirar as coisas sim-

ples da vida, vislumbrar a natureza, tentar buscar o equilíbrio, fugir dos extremos, amar, ser amado e saber agradecer sempre por todas as bênçãos a nós concedidas. Ser solidário com o próximo, ter paz de espírito e saber que estamos aqui de passagem que não adianta acumularmos só riquezas ma-teriais, pois essas fi carão.

Odete GuerraEla é médica ultrassonografi sta e busca sempre manter o equilíbrio entre a vida pessoal e profi ssional. Casada com Rubens Barros Júnior e mãe de Th iago (28 anos), Rafaela (14 anos) e Renata (9 anos), Ode-te Guerra se defi ne como uma mulher temente a Deus, perfeccionista e disciplinada. Confi ra o que ela faz para Viver Bem.

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RadiofrequênciaTecnologia que vem revolucionandoo tratamento das varizes

Varizes são uma doença que causa, cada vez mais, preocupação na popu-lação, tanto do ponto de vista estético quanto de saúde. Seu aparecimento está ligado a fatores diversos como hereditariedade, sexo, raça, número de gestações, obesidade, postura pre-dominante de trabalho e, para alguns especialistas, até a dieta alimentar.

A boa notícia é que constante-mente surgem novas técnicas para ajudar a minimizar essas preocupa-ções. Entre as mais modernas e as mais desejadas do mundo, destaca-se a radiofrequência, pois apresenta im-portantes vantagens em relação aos demais tratamentos.

Viver Bem conversou com o dr. Abdo Farret Neto, da Clínica Endo-vasc, especializada no tratamento estético e funcional de doenças circu-latórias, para conhecer mais sobre a radiofrequência.

em que consiste a técnica de radio-frequência?

O procedimento é realizado através da passagem de um cateter por uma minúscula punção na pele, muitas vezes em regime ambulato-

rial e com anestesia local assistida. O cateter é guiado e acompanhado por ultrassom até alcançar a posição desejada. Então, um equipamento computadorizado de última geração entra em ação ajustando os padrões necessários para o tratamento da veia doente.

Quais são as indicações? A técnica da radiofrequência é

indicada para tratar casos de varizes provenientes de veias safenas doen-tes. Também é indicada para casos de varizes e eczemas decorrentes de veias perfurantes doentes. Neste caso, com a utilização do estilete, que é uma ferramenta específica disponível somente na radiofrequência.

e os benefícios da técnica?O procedimento por radiofre-

quência é uma excelente opção à tra-dicional cirurgia de safenectomia. Além de ser menos agressiva, a téc-nica apresenta resultados estéticos e funcionais perfeitos com mínimo de cicatrizes, hematomas ou edema. O tratamento pelo VNUS Closure® tem pós-operatório praticamente isento

de dor, permitindo que o paciente re-torne rapidamente às atividades coti-dianas, em um ou dois dias.

como essa tecnologia de ponta aju-da no tratamento das varizes ?

As tecnologias envolvidas no tra-tamento por radiofrequência contri-buem com diferenciais importantes. O gerenciamento do computador dá precisão ao tratamento, pois não so-fre interferências subjetivas do cirur-gião. Além do mais, o uso do ultras-som durante a cirurgia possibilita a visualização precisa das veias a serem operadas.

a técnica é disponibilizada em Na-tal?

Sim, nossa equipe é pioneira no uso da radiofrequência no Rio Gran-de do Norte desde 2011. Somos a única que utiliza o equipamento em Natal.

clíNIca eNdovascHospital do Coração - Lagoa NovaFones: 84 4141-0941 / 8801-0855

Dr. Abdo Farret Neto, angiologista

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saú

de

De todas as cirurgias estéticas da face, a rinoplastia (popularmente co-nhecida como “plástica de nariz”) é a mais procurada. Todo ano, cerca de meio milhão de pessoas estão inte-ressadas em melhorar a aparência de seus narizes, por isso, optam pela con-sulta com médicos otorrinolaringolo-gistas e cirurgiões faciais. Alguns não estão satisfeitos com seu próprio na-riz, com a maneira como ele mudou ao longo do envelhecimento ou ainda há casos de traumas que modifi caram a forma e o tamanho do nariz. “O na-riz é a característica mais defi nidora da face. Uma pequena alteração pode melhorar muito a aparência, fazendo realçar a beleza e melhorando a au-toestima”, explica o cirurgião Paulo Eduardo, especialista em cirurgia na-sal e em rinoplastia, que tem 15 anos de experiência e atende na Clínica Faciale, no Tirol, em Natal.

Além de melhorar aspectos es-téticos, a “plástica de nariz”, quando realizada por um otorrinolaringo-logista, pode incluir correções tam-bém no aspecto funcional, ou seja, no mesmo procedimento cirúrgico é possível fazer alterações internas, como o desvio de septo e a hipertro-fi a dos cornetos nasais. Com isso, o paciente tem ganhos na qualidade do sono e no desempenho de atividades físicas, por exemplo.

Na técnica utilizada por dr. Paulo Eduardo a anestesia é local e com se-dação. Mesmo assim, o paciente dor-me durante todo o processo, não vê e não sente nada e está sempre assistido por um anestesiologista. “Também não utilizamos os ‘temidos’ tampões nasais. O paciente sai respirando nor-malmente após a cirurgia e, em uma semana, retoma suas atividades coti-dianas”, destaca o especialista.

Um bom resultado, segundo ele, é o mais natural possível e a rinoplastia consegue atingir esses efeitos con-sistentes, um nariz que se adequa às características da pessoa. “Buscamos a harmonia com os demais traços fa-ciais e de personalidade do paciente. Por isso, uma avaliação detalhada e personalizada, durante o período

pré-cirúrgico, é fundamental. Escuta-mos o que o paciente deseja e chega-mos a um consenso do que pode ser realizado. Desta forma, conseguimos resultados realistas. Beleza é sinôni-mo de naturalidade”, argumenta.

Alguns fatores importantes a se-rem considerados nas discussões com o cirurgião, antes de optar pela rinoplastia, são o tipo de espessura da pele, etnia e idade, pois, antes que o nariz seja alterado, a face deve ter al-cançado um crescimento uniforme, o que ocorre geralmente por volta dos 15 e 16 anos. As exceções são os casos em que a respiração é severamente prejudicada, nos quais pode ser rea-lizada mais precocemente.

clíNIca FacIaleRua Rodrigues Alves, 722Tirol - Natal-RNFone: 84 3222-2040www.rinoplastianatal.com.br

RinoplastiaDetalhe que faz toda a diferença

“Não utilizamos os ‘temidos’ tampões nasais. O paciente sai respirando normalmente após a cirurgia”Paulo Eduardo, otorrino e cirurgião de face

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Bom écomerbem

Durante as festas e comemorações do natal, reveillon e agitos de verão, geralmente ocorrem excessos alimentares. É comum fazermos novas resoluções na virada do ano. Faça do seu compromisso com a alimentação um reveillon diário e renove a cada dia.

Reuni algumas dicas e receitas para ajudar você a con-quistar uma vida mais saudável através de atitudes nutri-cionais corretas. Feliz 2014!

dIcas para celebrar as Festas do FINal do aNo seM prejudIcar a dIeta

1. Evite sair de casa de estômago vazio. Alimente-se bem para aguentar o ritmo.2. Consuma vegetais e frutas com fartura, varie tipo e co-res.3. Utilize azeite extravirgem para potencializar as vitami-nas e equilibrar as gorduras das refeições.4. Evite o excesso de preparações proteicas na mesma re-feição.5. Utilize ervas e condimentos nos molhos e temperos para diminuir a quantidade de sal e gorduras. 6. Use frutas frescas da época nas sobremesas. As frutas são hídricas e refrescantes.7. Use oleaginosas para decorar as preparações.8. Aumente o consumo de água, chás e suco verde que aju-dam a metabolizar o álcool ingerido em vinhos, cervejas e champanhes.

SUCO VERDE Ingredientes:01 manga 01 colher de chá de gengibre ralado01 folha de couve com talo orgânico200 ml de água de coco

Modo de preparo: Bater no liquidificador.

SUCHÁ DE COUVE+CENOURa+aBaCaXI+GENGIBRE+HIBISCO

Ingredientes:01 rodela de abacaxi01 maçã1/2 cenoura pequena01 colher de chá de gengibre ralado01 folha de couve com talo orgânico200 ml de chá de hibisco

Modo de preparo: Bater no liquidificador.

RECEITAS DESINTOXICANTES

Por Graça Moraes, nutricionista

01 colher de chá de gengibre ralado01 folha de couve com talo orgânico

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Doce VidaPor Taciana Chiquetti Os doces, geralmente, são a proi-

bição número 1 na maioria das die-tas para uma alimentação saudável. Sinal vermelho, que, muitas vezes, não passa nem mesmo pela fase ama-rela da “atenção”. As sobremesas não deixam de ser importantes: possuem glicose, substância essencial para dar energia e agilizar o raciocínio. No entanto, no caso do consumo do açúcar, é preciso mais do que equi-líbrio, é necessário descobrir novas possibilidades para manter o paladar adocicado no dia a dia.

Missão não tão fácil para a as-sistente social e “formiga” assumida Clara Moreno, de 34 anos. “Sempre gostei muito de doce, desde crian-ça. Tinha o hábito de cozinhar lata de leite condensado e comê-la em frente à televisão. Na minha casa, nunca faltava doce. Eram bolos, compotas e acabamos nos acostu-mando. É praticamente impossível eu ir ao supermercado e não trazer uma lata de leite condensado ou algo doce. É a melhor invenção do homem”, brinca.

As sobremesas não precisam ser

eliminadas do cardápio. Com as

substituições corretas, elas são bem-vindas

nas dietas

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De acordo com a nutricionista Cíntia Faria Maia, Clara está na di-reção correta. “O consumo exagera-do de doces pode ocasionar doenças graves, como a obesidade e a diabetes tipo 2, especialmente para quem já tem casos na família. Por isso, trocar os doces por frutas e frutas desidrata-das (que são ainda mais adocicadas) é uma boa saída”, orienta. Ela sugere

ainda combinar iogurte com geleias, gelatina sem sabor com sucos de fru-ta e abacate com cacau para formar uma mousse.

Criatividade também pode solu-cionar o desejo insaciável do paladar apaixonado por açúcar. Grelhar aba-caxi com adoçante (sucralose ou esté-via) ou com mel de agave é outra dica deliciosa.

Substituições saudáveis

Apesar de reconhecer sua paixão pelas sobremesas, há quatro meses, Clara despertou para a necessidade de mudar esses hábitos alimentares e aproveitou seu talento na cozinha para fazer receitas saudáveis e gos-tosas. “Estou mais consciente e pro-curando fazer substituições para não abusar de açúcar. Banana com óleo de coco e cacau, damasco com alfarroba, bolo de cacau com farinha de banana,

creme de pera com canela são algu-mas das opções que encontrei e que deram certo”, relata. Depois de parti-cipar da ofi cina de detox, com a espe-cialista Andreia Henrique, em Natal, ela se empolgou ainda mais e resolveu pilotar o fogão no caminho da saúde. Medida tomada também, em grande parte, para infl uenciar positivamente sua fi lha, a pequena Camila, de qua-tro anos de idade.

“Estou mais consciente e procurando fazer substituições para não abusar de açúcar”

Clara Moreno, assistente social

“O consumo exagerado de doces pode ocasionar doenças graves, como a obesidade e a diabetes tipo 2”Cíntia Faria Maia, nutricionista

De acordo com a idade, a necessidade de açúcar por dia muda:

CRIaNÇaS E IDOSOS: 50g

aDOLESCENTES: 75g

aDULTOS: 60g para as mulhe-res e 70g para os homens

CONSUMO IDEAL

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INGREDIENTES (1 PESSOa)- 1 abacate (100g)- 2 colheres de sopa de cacau s/ açúcar- 10 gotas de baunilha- 1/2 copo de suco de laranja- 2 colheres de mel de agave orgânico

MODO DE PREPaRO- Bater os ingredientes no liquidificador e levar à geladeira- Servir gelado com castanhas por cima

ABACATE COM CACAU

Se a tara é por chocolate, a sugestão é preferir os que possuem 70% de cacau em sua composição ou os que in-cluem alfarroba – ingrediente positivo também para quem tem restrição à lactose e ao glúten. “É durante a Tensão Pré-Menstrual (TPM) que fi ca mais difícil controlar a vontade”, desabafa Clara.

Solução para chocólatras

“É durante a Tensão Pré-Menstrual (TPM) que fi ca mais difícil controlar a vontade”Clara Moreno, assistente social

O mel de agave, aliás, é a “bola da vez” para quem quer praticar o hábito do “doce do bem”. De origem vegetal (planta suculenta originária do México, matéria-prima para a fabricação da tequila) e orgânico, este mel tem mui-to menos calorias que o mel de abelhas.

São cerca de 3,34 calorias por grama e o mel de agave é três vezes mais doce que o açúcar comum, o que signifi -ca poder utilizá-lo em menos quantidade para se obter o sabor desejado. Além disso, é uma boa fonte de minerais, como ferro, cálcio, potássio e magnésio.

A nutricionista Cíntia Maia sugere também, como op-ções de sobremesas saudáveis, a maçã com redução de vi-nho e o abacaxi fl ambado com especiarias e creme de soja.

Mel de agave

Ingerir o doce depois das refeições é interessante por-que, com o estômago já repleto, come-se menos sobremesa e, dessa forma, este açúcar terá sua digestão misturada às fi bras dos alimentos da refeição. Em jejum, deve-se evitar, ao máximo, consumir açúcar. Com isso, evita-se também os picos de glicose e, consequentemente, de insulina. Este hormônio, em grandes quantidades no organismo, pode favorecer o acúmulo de gordura abdominal.

Vale destacar ainda que a glicose está presente não so-mente nos doces, mas em diversos outros produtos, como pães, massas, molhos de tomate e cereais matinais, por exemplo. Por isso, estar atento à alimentação é fundamen-tal. Segundo a Organização de Agricultura e Alimentos (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doses diárias de açúcar não devem ultrapassar 10% do total de calorias consumidas no dia.

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EXCLUSIVIDADE

Art&Conforto16Out2013 copy.pdf 1 11/11/13 15:26

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StandUpEsporte que é a cara de Natal

Por Taciana Chiquetti

Nada mais a cara da terra do sol do que esporte ao ar livre. Não é à toa que a prática do Stand Up Paddle (SUP) – uma espécie de surf com remo – vem crescendo, cada vez mais, em Natal, em uma harmonia tão perfeita quanto a combinação sol e mar. Trata-se de uma das modalidades esportivas que mais crescem no mundo.

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No Brasil, o esporte foi popularizado por Rico de Souza, um dos gran-des nomes do surf nacional. Inspirada na A.S.U.P.P. (Association of Stand Up Paddle Professionals), Ivan Floater e Romeu Bruno criaram a ABSUP (Associação Brasileira de Stand Up Paddle), com objetivo de organizar na-cionalmente o Stand Up. Atualmente, Wave, Race, Race Técnico (Slalom / Cross), Sprint, River SUP (Sprint/ Slalon), Long Distance (Downwind/ Maratona), SUP Fish e SUP Polo são as modalidades do esporte, com diversos campeonatos pelo país.

STAND UP NO BRASIL

No Brasil, o esporte foi popularizado por Rico de Souza, um dos gran-des nomes do surf nacional. Inspirada na A.S.U.P.P. (Association of Stand Up Paddle Professionals), Ivan Floater e Romeu Bruno criaram a ABSUP (Associação Brasileira de Stand Up Paddle), com objetivo de organizar na-cionalmente o Stand Up. Atualmente, Wave, Race, Race Técnico (Slalom / Cross), Sprint, River SUP (Sprint/ Slalon), Long Distance (Downwind/ Maratona), SUP Fish e SUP Polo são as modalidades do esporte, com

“Fortalecendo, principalmente, a musculatura estabilizadora é possível diminuir as dores do dia a dia, como as lombares”Cecília Lagreca, educadora física

O Stand Up é praticado no mar com uma prancha longa e um remo. O objetivo é se equilibrar nesta super-fície apesar do movimento das ondas. A prática surgiu nos anos 40, no Ha-vaí, onde instrutores remavam em pé sobre enormes pranchas de madeira, com o intuito de acompanhar seus alunos durante as aulas de surf. O que ocorreu, em seguida, foi que cada vez mais surfi stas começaram a praticar o SUP. Como consequência, veio a pro-dução dos equipamentos necessários.

O SUP é um treinamento funcio-nal, já que utiliza a musculatura de todo o corpo – membros superiores, inferiores e tronco. “Fortalecendo, principalmente, a musculatura esta-bilizadora (localizada no abdômen e na região das paravertebrais), é pos-sível diminuir as dores do dia a dia, como as lombares, por exemplo”, ob-serva a educadora física Cecília La-greca, que indica a frequência de duas a três vezes por semana para a práti-ca. Um abdômen forte oferece mais suporte ao corpo, ajuda a prevenir lesões e protege os órgãos internos.

Quem resiste a frequentar uma academia pode se identifi car muito com o Stand Up, que não tem con-traindicações e ajuda na fl exibilida-de, estabilidade, equilíbrio, ganho de força e consciência corporal, além

da disposição cardiorrespiratória. “É possível pegar onda ou fazer um per-curso apenas remando. A melhora na qualidade de vida é geral. A gente se sente bem melhor. Costumo praticar duas vezes, aos fi nais de semana, e começo a semana com muito mais disposição”, relata a advogada Taritza Puggina, que pratica o SUP há dois anos, com o marido Ricardo e tam-bém com o fi lho Matheus, de apenas três anos. “Ele fi ca no rasinho e ado-ra. Ele sempre pede para ir”, conta a mãe sobre a boa infl uência precoce.

Além de advogada, ela é educado-ra física e sabe que crescer com ativi-dade física regular favorece o desen-volvimento da musculatura e oferece diversos ganhos para o organismo. “Também notei, depois que comecei com o Stand Up, mais equilíbrio, o for-talecimento dos tendões e ligamentos e meu corpo mais alinhado. Eu torcia muito o pé e sinto meu quadril mais estabilizado”, testemunha ela.

Em Natal, na Praia de Ponta Ne-gra, e em Tibau do Sul, na Praia do Madeiro, praticantes veteranos ou iniciantes se misturam. A busca pelo contato com a natureza é outro be-nefício perseguido pelos amantes do SUP, que, muitas vezes, são premia-dos com espetáculos de golfi nhos, enquanto cuidam da saúde física.

É possível melhorar o

desempenho no SUP com

exercícios como esse realizados

na academia

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Por Taciana Chiquetti

Amália Sina

70% sensatez, 100% sucesso

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viver bem em revista - O que é em-preender para você? Qualquer pessoa pode empreender?

amália sina - Empreender é colo-car em prática sonhos, interesses e ideias, buscando a realização como pessoa e profi ssional. É mirar alto, arriscar com discernimento e ou-sadia, porém sem perder o controle dos fatos. O objetivo é empreender com sucesso e não apenas empreen-der. Todas as pessoas são dotadas de talentos especiais e únicos e quando elas descobrem estas características acabam por revelar também seu lado empreendedor. Muitas pessoas têm maior facilidade para empreender, pois apreciam e lidam bem com mu-danças e riscos. Ainda assim, é fun-damental ter em mente a necessidade de planejamento, sendo, ao mesmo tempo, resiliente, ou seja, capaz de suportar pressões sem desistir. O objetivo é persistir até encontrar o melhor caminho. Quem não sabe li-dar com frustrações e perdas deve se preparar melhor, pois não há investi-

mento ou empreendimento que não gere frustrações, antes da vitória.

vbr - Como dosar a vontade de em-preender com o valor de se ter uma vida saudável?

as – Existe a máxima que diz que se a pessoa faz o que gosta não é traba-lho e, sim, alegria e realização. En-tretanto, sabemos que a vida corrida, as cobranças da sociedade e a busca desenfreada por sucesso fazem com que as pessoas não consigam equi-líbrio entre trabalho e vida pessoal. Isto ocorre ainda mais quando a pes-soa inicia um novo caminho ou um novo negócio que exija maior dedi-cação. Na ânsia de ter sucesso rápido e ganhos imediatos, as pessoas pas-sam por cima de suas necessidades básicas como saúde, lazer e família. Isto acarreta difi culdades para lidar com os obstáculos inerentes à ação empreendedora. Para se ter uma vida saudável, é necessário ter em mente que tudo tem limite e que nem sem-pre precisamos de tudo que quere-

mos. O objetivo é ter sucesso, porém acompanhado de felicidade. Sucesso só faz sentido se puder ser comparti-lhado. Se uma pessoa destrói a vida pessoal para ter sucesso, então, ela não é uma vencedora. vbr - É mais fácil ser feliz e ter su-cesso na atual sociedade, com tantos recursos disponíveis? Como você de-fi ne sucesso e felicidade?

as - Acredito que não existe um ca-minho para a felicidade. A felicidade é o próprio caminho em si, pois va-mos degustando cada momento de alegria e realização enquanto cons-truímos nossa história. Ao mesmo tempo, vamos aprendendo com os erros e recomeços, o que nos torna seres mais interessantes. Portanto, há de se ter maturidade para defi nir o que é ser feliz. O ser humano, nos dias atuais, tem lidado com a felici-dade de uma maneira inocente, até leviana, como se fosse um prêmio por algo realizado. Na minha visão, a vida em si gera felicidade em pe-

Mais que qualifi cada para falar sobre empreendedo-rismo e sucesso, Amália Sina é inspiradora. A prática do que diz a faz bem sucedida, não somente como uma das executivas mais importantes de sua geração, mas como uma mulher que tem descoberto sua própria maneira de viver bem. Com experiência em alta gestão, atuou como executiva por 28 anos. Foi presidente da Philip Morris do Brasil, presidente da Walita e vice-presidente da Philips para a América Latina.

Graduada em administração de empresas, é pós--graduada em Gestão pelo Triton College de Chicago e possui MBA em Marketing pela Universidade de São Paulo. É membro da Academia Brasileira de Marketing e foi membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp, durante seis anos.

Atualmente, é professora da Fundação Getúlio Vargas e da USP nos cursos de MBA em Marketing e Empreendedorismo. É também autora de oito livros publicados pela Editora Saraiva, sendo que um deles, “Marketing Global-Estratégias para o mercado brasilei-ro”, recebeu o Troféu Cultura Econômica.

Em 2006, idealizou e criou sua própria empresa no segmento de cosméticos, comercializando em sete paí-ses mais de 100 itens com a marca Amazonutry. É ainda proprietária do Sina Studio, cujo foco é o Planejamen-to de Marketing Pessoal para quem deseja elaborar um plano estratégico de mudança de carreira ou de seg-mento empresarial. No Sina Studio, além de desenhar as estratégias, Amália também atua como fotógrafa do segmento de books de modelos e editorial de moda.

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34quenas coisas e não podemos esperar sempre grandes acontecimentos para nos declarar felizes. Shakespeare tem uma frase que me faz analisar meus atos: “Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o mui-to que temos”. É assim que vejo nossa sociedade atual.

vbr - O que tem impedido as pesso-as de seguirem rumo aos seus sonhos ou objetivos de vida?

as - As pessoas têm dificuldade para aceitar o fato de não serem perfei-tas e sofrem quando percebem que não conseguirão entregar tudo que a sociedade cobra delas. Sentem-se desestimuladas quando não atingem seus objetivos que, muitas vezes, foram traçados muito além da ca-pacidade de realização, ou seja, são irreais. Sendo assim, é necessária uma dose grande de respeito por si mesmo e desenhar estratégias realis-tas para buscar os objetivos. Significa dizer que as pessoas precisam esco-lher melhor onde atuar, descobrir seus verdadeiros talentos, aceitar suas limitações e se concentrar na-quilo que elas sabem fazer. A pessoa deve focar no que ela tem de melhor. O que impede uma pessoa de flores-

cer e colher frutos na vida é o fato de querer ser perfeita.

vbr - Quando identificar que está na hora de desapegar, abrir mão e seguir um novo caminho?

as - Devemos estar sempre atentos às alegrias que vivemos e às tristezas que a vida nos impõe. Não é porque tudo está bem que estamos felizes. Muitas vezes, escondemos nossas tristezas realizando várias tarefas e enchendo nossa agenda. Fica difícil identificar o que sentimos quando mentimos para nós mesmos. O ideal é analisar a vida com frequência, verificando como terminamos nosso dia, como vivemos com nossa família e qual é o peso que cada coisa tem no nosso coração. Ao sinal de infelicidade, é a hora de abrir mão e deixar ir. Não porque não deu certo, não porque desistiu, mas por um direito seu de ser feliz.

vbr - É possível equilibrar as várias áreas da vida para se viver bem? De que maneira?

as - O equilíbrio em qualquer situ-ação é sempre um desafio. Portanto, temos que estabelecer, logo no início da nossa jornada, quais são nossos

“Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos”

valores e o quanto estamos dispostos a viver baseados neles. Em adição, é importante planejar em detalhes o que queremos obter da vida e das pessoas. Quando isto está claro, o próximo passo é compreender qual o custo, qual o preço que cada coi-sa terá para ser conseguida. O que ocorre é que muita gente quer muito pagando pouco. Ou seja, estabelece metas sem a noção exata de quanto difícil será obtê-las.

vbr - Como define a teoria dos 70% relacionada aos papéis sociais das mulheres? O que é preciso para as mulheres deslancharem na vida sem culpa?

as - Toda mulher exerce vários pa-péis na sociedade e isto é um desa-fio imenso. Nas últimas décadas, a mulher vem carregando um fardo pesado por ter assumido que queria chegar mais longe. A mulher definiu que queria ocupar cargos de lideran-ça, empurrar a maternidade, estudar mais e trabalhar em áreas predomi-nantemente masculinas. Tudo isto fez com que ela exigisse demais de si mesma, buscando sempre o limite em tudo que fazia. O resultado é que ela conseguiu tudo que queria e agora está infeliz. Há muito tempo, a mu-lher não vivia uma situação tão com-plexa na vida. Nunca tanta mulher sofreu com problemas cardíacos, do-enças derivadas do tabagismo e alco-olismo, tudo aquilo que antes perten-cia somente aos homens. Se por um lado, ela conquistou muito, por outro, perdeu qualidade de vida. A solução que encontrei, e que recomendo, é a Teoria dos 70%, em que o objetivo é fazer o seu melhor 70%, em cada um dos papéis, atuando de maneira equilibrada. Sei que não consigo ser

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“Acredito que é fundamental crer em algo para que possamos experimentar

a sensação de que não estamos abandonados no mundo.

No meu caso, creio em Deus”

perfeita, ou seja, 100% em cada papel, como mulher, mãe, esposa, escritora ou empresária. Optei por ser uma pessoa 70% em cada papel e consi-derar o meu 100% a somatória des-tes vários papéis. À medida que não tenho que ser perfeita em nenhum deles, ouso mais, arrisco mais, pro-duzo mais e, portanto, realizo mais que outras pessoas que ainda estão imobilizadas, tentando ser perfeitas. Ao assumir minha imperfeição, me torno mais tolerante, mais pacien-te e capaz de seguir adiante, mesmo quando enfrento difi culdades.

vbr - Como classifi caria o bom hu-mor no contexto da realização pes-soal?

as - Eu acredito que o bom humor é, antes de tudo, um sinal e uma ex-pressão de que corpo e mente estão bem. Especialistas em Medicina do Trabalho já apresentaram resultados positivos do bom humor para a pro-dutividade e a realização profi ssional. Eu acredito que a alegria derivada do bom humor favorece a integra-ção social e facilita o aprendizado em equipe. Ou seja, ganham o indivíduo, a empresa e a sociedade inteira. Sou uma otimista, uma pessoa que acre-

dita que amanhã será ainda melhor e que o sol brilhará. O bom humor é um componente que ajuda o ser humano a enfrentar as adversidades. Eu procuro ver o lado bom das coisas ruins, com bom humor!

vbr - Ter espiritualidade é funda-mental para a qualidade de vida?

as - Qualidade de vida não é somente alimentação saudável, cuidados físicos através dos esportes, noites bem dor-midas, entre outras áreas. O ser huma-no tem que ser olhado como um todo, ou seja, mente, corpo e espírito. Sendo assim, a espiritualidade, a fé e a cren-ça em algo superior são fundamentais para que a vida seja plena. Uma exis-tência equilibrada pede envolvimento com o invisível, o oculto, aquilo para o qual não se tem explicação. Acredito que é fundamental crer em algo para que possamos experimentar a sensa-ção de que não estamos abandonados no mundo. No meu caso, creio em Deus. O ser humano necessita crer que existe uma causa justa e maior do que apenas viver e trabalhar. Quem descobre a espiritualidade de uma maneira madura e equilibrada, con-segue refl etir externamente aquilo que leva no coração e na alma.

vbr - “Excluir pessoas que não te fa-zem bem para adicionar quem te faz é um processo necessário para viver bem”. Você citou essa frase em seu Facebook. Como identifi car e iniciar esse processo? Como fi ca o perdão neste caso?

as - “Não vos enganeis, as más com-panhias corrompem os bons costu-mes”, Coríntios 15,33. Na minha fra-se, inspirada nesta citação e postada no Facebook, descrevo a importância de se andar bem acompanhado e no caminho do bem, com pessoas de bem. Se você sabe que algumas pes-soas te fazem mal, ou fazem mal para seus entes queridos, estar com elas o torna cúmplice. Em adição, quando nos concentramos em pessoas que nos prejudicam, não prestamos aten-ção àqueles que nos fazem bem. Se não nos respeitarmos neste sentido, corremos o risco de adoecer e fazer-mos sofrer aqueles que nos amam. Por outro lado, perdoar é um ato di-vino que deve ser praticado de forma sincera, como lembra Mahatma Gan-dhi: “O fraco jamais perdoa, o perdão é uma característica do forte”.

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Único e especialFique atento para não rotular as crianças. Aceitar suas potencialidades e dificuldades é sempre a melhor opção Por Taciana Chiquetti

Nerd. Gordo. Patricinha. Herói da mamãe. Princesa do papai. Engraça-do. Chata. Certinha. Repetente. Pre-guiçoso... Condensar uma gama de características em apenas uma pode cair muito bem na propaganda, sinte-tizando uma ideia. Rótulos são bons para produtos, porque descrevem rapidamente o que está ali. Mas para seres humanos – ainda mais os que estão em desenvolvimento, como as crianças e os adolescentes – que são complexos por natureza, aglutinar

qualidades não é nada recomendável para uma formação equilibrada.

“As crianças são seres em desen-volvimento e elas acolhem os este-reótipos que lhes são dados, já que ainda não conseguem discernir as coisas. Rotulá-las afeta a autocrítica delas, pois as crianças passam a se ver a partir de uma única característica e não conseguem se enxergar em ou-tros papeis”, explica a psicóloga clíni-ca Marília Leite. Ela explica que tanto os rótulos negativos, que depreciam

os pequenos, quanto os positivos, que são os elogios exagerados, podem prejudicar a noção de si nas crianças.

Os depreciativos, por motivos ób-vios, devem ser evitados. Ninguém consegue desenvolver uma boa per-cepção a respeito de si com retornos negativos vindos de seus próprios pais (que são seus referenciais), nem vindos de figuras importantes como educadores e colegas. O respeito às diferenças deve ser um trabalho cons-tante e conjunto entre pais e escola.

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“Elogios do mal”Os elogios devem ser verdadeiros

e contextualizados e nunca exagera-dos. Recompensas verbais vazias não ajudam a lidar com frustrações - algo inerente à vida. “Dizer que tudo que ela faz é lindo ou que ela está sempre bem não é o caminho. É importante situar a criança na realidade. Se ela fez um desenho e não fi cou muito bom, elogie a iniciativa, mas diga a ela que é possível melhorar na próxi-ma vez”, orienta a psicóloga.

Saber como ela está no atual mo-mento, como pode fi car e o que é preciso para isso é muito mais estru-turante do que elogios incessantes. Além disso, a tendência para uma criança “genial” é desenvolver uma exigência consigo mesma exacerba-da, contexto difícil para que falhas sejam admitidas. “Ela vai crescer com um peso nas costas muito grande, com uma autocobrança excessiva. Começar um projeto para ela, no fu-turo, pode vir a ser algo muito angus-tiante, já que, em sua visão, não pode-rá fracassar”, alerta Marília.

Os rótulos como consequência dos gêneros também merecem ser observados com atenção. É comum

DICAS PARA NÃO ROTULAR SEUS FILHOS

1 - Enxergar a criança como ela é. Observar todas as suas características e não apenas uma.2 - Saber elogiar sempre que ela realmente merecer, baseando-se pela realidade.3 - Mostrar o outro lado, no caso dos rótulos negativos. Motive-a para os desafios, esforço, garantindo que poderá contar com a ajuda dos pais para suas realizações.4 - Tenha claro que, na infância, tudo está aberto às mudanças. 5 - Trabalhar, em conjunto com a escola, o respeito às diferenças.6 - Não generalize as coisas.

os meninos terem que ser “fortes, destemidos, capazes de controlar suas emoções e não chorarem” e as meninas terem que ser “meigas, dó-ceis, frágeis e princesas”. Porém, a singularidade de cada criança deve ser respeitada. O mundo mudou e tais valores ainda são aceitos – e, muitas vezes, até obrigatórios em nossa cultura -, como se todos ti-

vessem que seguir um padrão. Se seu menino é emotivo e se sua fi lha é mais empreendedora, acolha estas características com naturalidade. Nada é mais motivador para um ser humano do que a aceitação de seus pais. Saber desta aceitação possi-bilita uma sensação de equilíbrio e segurança, essenciais ao bom desen-volvimento.

“Dizer que tudo que ela faz é lindo ou que

ela está sempre bem não é o caminho.

É importante situar a criança na

realidade”Marília Leite, psicóloga

Marília Leite orienta que elogios e críticas devem vir na dose certa, sem exageros

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Infância: momentode mudanças

É importante também lembrar que, na infância, tudo está aberto às mudanças. É comum, após alguns anos, sa-ber que a “gordinha da turma” se tornou uma linda mu-lher ou que o “farrista” se tornou um estudioso bem-suce-dido. Por isso, os pais devem ajudar seus fi lhos a explorar, ao máximo, suas possibilidades de ser. “Atendi uma jovem que cresceu com o estigma de ‘menina gordinha’, com di-fi culdades em atividades esportivas e com uma autoima-gem comprometida. Ela emagreceu naturalmente, duran-te o processo de crescimento, mas ainda permaneceu se vendo obesa e com todos os sentimentos negativos deste rótulo. Na terapia, ela compreendeu sua mudança e que o que se vê nem sempre é o que se é. Ela conseguiu mudar a visão de si mesma”, relata a psicóloga.

Talvez, a chave para se evitar os rótulos na infância se-jam os próprios pais, ao avaliarem suas expectativas e a imagem que fazem de seus fi lhos. Observar cada crian-ça como um ser único, com suas próprias características, apesar da genética, apesar da cultura, “apesar dos pesares”, também ajuda a não se generalizar as coisas. O melhor le-gado que os pais podem deixar para seus fi lhos é o da fl e-xibilidade – a capacidade de aceitar a si mesmo e ao outro, adaptando-se às mais diversas situações e acolhendo as di-ferenças e as imperfeições. Sem cobranças! Sendo assim, “únicas” é o melhor rótulo para nossas crianças.

HABILIDADES EMOCIONAIS

aUTOCONFIaNÇa: Ressaltar as qualidades do seu filho e mostrar que você acredita na capacidade dele é a chave para que ele faça o mesmo.

CORaGEM: Dê espaço para que ele expresse e en-tenda o que está sentindo. Uma boa dica é usar li-vros e filmes que falem sobre seus medos.

PaCIÊNCIa: Mostre para ele que cada coisa tem o seu tempo. Um jogo em família ou uma conversa na mesa de jantar são bons exemplos de situações co-tidianas em que cada um precisa esperar a sua vez.

PERSISTÊNCIa: Mostre que o fato de ele não ter su-cesso em determinado momento não quer dizer que ele nunca vai conseguir vencer o desafio. Só assim ele vai poder traçar metas e superar os obstáculos para alcançar seus objetivos.

aUTOCONHECIMENTO: Incentive seu filho a per-ceber quais são suas preferências, pergunte, peça para ele explicar, conte as suas próprias histórias. Sempre ofereça opções e pergunte de qual ele gosta mais e o porquê.

RESISTÊNCIa ÀS FRUSTRaÇÕES: “Dizer não é a maior prova de amor que um pai pode dar”, afirma a psicóloga Ceres de Araújo. É assim, com pequenas doses de frustração, que seu filho vai aprender a li-dar com as adversidades e a superar os problemas sem se deixar abater.

COMUNICaÇÃO: Conversar sobre o que seu filho fez durante o dia é um estímulo para que ele aprenda a organizar as ideias e transformá-las em frases de uma forma que os outros possam compreender.

EMPaTIa: A partir dos dois anos, a criança já conse-gue se colocar no lugar do outro e pode começar a exercitar plenamente a empatia. Diante de um conflito, pergunte por que ele agiu assim, o que pensou e sen-tiu e incentive-o a imaginar o que o outro está sentin-do também, levantando possibilidades, mas deixando que ele mesmo crie maneiras de resolver a briga.

“Atendi uma jovem que cresceu com o estigma de ‘menina gordinha’, com difi culdades em atividades esportivas e com uma autoimagem comprometida. Na terapia, ela compreendeu sua mudança e que o que se vê nem sempre é o que se é”Marília Leite, psicóloga

Fonte: http://revistacrescer.globo.com

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Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba

de adquirir sua nova plataforma

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totalmente realizada por laser

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Alquimia Interna Taoista

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Nossa qualidade de vida e longevidade dependem do fl uxo da energia vital e nossa capacidade de repô-la

A Alquimia Interna Taoista é um processo de ¨transformação¨ em re-fi nar energias usando práticas e fór-mulas milenares de como multiplicar e circular a energia (chi) pelos vasos extraordinários para atingir saúde, bem-estar e longevidade.

Os segredos de como transformar a energia sexual em energia pura e crescimento espiritual foram manti-dos por milhares de anos na China e agora estão sendo revelados pelos en-sinamentos do mestre Mantak Chia.

Os benefícios são equilíbrio emo-cional e mental, clareza, libertação de sentimentos limitadores, disposição, expressão criativa, fortalecimento imunológico e evolução.

Localizado em São Miguel do Gos-toso, o Hara Spa Taoista oferece vários programas elaborados conforme as necessidades, motivações e estilo de vida de cada indivíduo, identifi cados após uma entrevista detalhada com a terapeuta Felicia Schraut-Crimella, instrutora credenciada pela organiza-ção “Universal Healing Tao”, Tao Mas-

terschool – Mantak Chia.Os programas envolvem desinto-

xicação, purifi cação, revitalização e energização promovendo relaxamen-to profundo, clareza mental, equi-líbrio emocional, harmonia interna e externa, saúde, rejuvenescimento, longevidade e evolução espiritual.

A dieta do Spa é baseada na Teo-ria dos “5 Elementos” (madeira, fogo, terra, metal e água) da Medicina Tra-dicional Chinesa em que todos os ali-mentos são permitidos, já que todos têm energia vital. A escolha leva em conta o clima e estação do ano, idade, sexo, o perfi l energético e emocional de cada um. Os ingredientes são or-gânicos e naturais.

A diária do Spa inclui alimenta-ção, uma massagem/tratamento e uma sessão de exercícios/meditação ao dia e também o uso da piscina te-rapêutica.

A fase ativa do programa é muito importante para despertar o processo da autocura e ensina você a ser o seu próprio curador.

18 E 19 DE JaNEIRO DE 2014Retiro Fundamentos da Au-

tocura ¨Healing Tao¨ - A Alqui-mia do Yin e Yang

25 E 26 DE JaNEIRO DE 2014Retiro Feminino ¨O Cami-

nho da Imperatriz¨- ¨Healing Love¨ Curando através da energia sexual

12 a 16 DE MaRÇO DE 2014

Curso intensivo de ̈ Iyengar Yoga¨

2 a 5 DE OUTUBRO DE 2014Retiro Cura Cósmica/ Buda

Palm

AGENDA

Hara spa taoIstaAv. dos Arrecifes, 2720São Miguel do Gostoso/RNFones: 84 3263.4091 / 9451.2271www.haragostoso.comwww.facebook.com/haragostoso

Pakua, um dos espaços para atividades em grupo no Spa Hara, em São Miguel do Gostoso

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A sujeira que espalha doenças

O ar-condicionado é uma das pio-res ameaças à saúde dos trabalhado-res que sofrem com alergia. Quando sua manutenção não é feita regular-mente, ele se torna um reservatório de poeira, ácaros e bactérias.

O problema é tão sério que levou a Organização Mundial da Saúde(OMS) a criar o termo Síndrome dos Prédios Doentes, na década de 80, para desig-nar os males que acometem quem tra-balha nesses ambientes.

Os sintomas da alergia causa-da pelo ar-condicionado podem ser tosse, coriza, febre, dor no peito, so-nolência e até mal-estar. Com isso, o rendimento de muitos trabalhadores é prejudicado. Além disso, há au-mento das despesas da empresa, tan-to com atendimento médico como com o afastamento temporário do funcionário.

O ar-condicionado sujo funcio-na como um verdadeiro exaustor, espalhando ácaros e bactérias. Se o ar-condicionado for central e a ma-nutenção for mal feita, a situação é muito pior. O local atrai ratos e ba-ratas e os detritos que vão sendo jo-gados no fi ltro acabam no nariz e no pulmão das pessoas.

Os especialistas recomendam que o sistema de ar-condicionado central passe, a cada três meses, por inspeção realizada por profi ssionais ligados a laboratórios especializados. Já o apa-relho de ar-condicionado individual, utilizado em residências e escritórios, precisa ser limpo pelo menos uma vez por semana.

Muitas vezes você chega em um ambiente com ar-condicionado e começa a sentir os sintomas acima mencionados e imagina que é alergia a ar-condicionado, mas na realidade é a sujeira dos dutos que provoca es-tes problemas.

Existem leis federal e municipal que obrigam a limpeza dos dutos uma vez no ano, mas infelizmente não são obedecidas.

Air Quality é uma empresa pio-neira nos serviços de limpeza e higie-nização de dutos de refrigeração no Nordeste, que atua junto a pequenas, médias e grandes empresas, propor-

Sem a limpeza correta, o ar-condicionado pode se tornar inimigo da sua saúde

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cionando a empresários, colaborado-res e clientes uma vida mais saudável através da higienização do ar que respiram.

Temos como base a qualifi cação de nossos profi ssionais, a utilização de equipamentos legalmente adequa-dos para esse fi m, bem como a quali-dade dos serviços prestados.

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Deixe o sol aquecere o vento esfriarConstrução civil inteligente se preocupa com as questões ambientais para economizar recursos naturais e garantir conforto

Parece besteira, mas o consumo mundial de energia pode baixar mui-to apenas reformando casas e prédios. O exemplo é o Empire State Building, famoso prédio de Nova York no qual foi feita uma obra para vedar as jane-las, evitando assim a perda de calor. Outra medida adotada foi o aprovei-tamento do vento e do sol para regu-lar a temperatura interna na constru-ção. O investimento foi de 20 milhões de dólares. Parece caro, mas a econo-mia de energia pagou esse custo em apenas três anos.

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A Casa Ecodidática fica no Sítio Araçá, em Lagoa Grande, Macaíba, a 15 km de Natal. A obra é uma ini-ciativa do engenheiro e ambientalista Irineu Andrade, que desde 2009 vem trabalhando no projeto.

A ideia central da Casa Ecodi-dática é reaproveitar os resíduos de construção e usufruir dos recursos naturais com o mínimo de impacto no meio ambiente, além de contribuir com o bem-estar social local.

A inspiração para o projeto veio do incômodo que o ambientalista sentia ao ver a quantidade de resíduo deixado próximo ao prédio onde mo-rava. “Eram painéis, janelas, madeiras e concreto. Tudo jogado fora como se fosse lixo e o pior, em lugares inade-quados”, conta o ambientalista.

Por sua forma octagonal, a habita-ção ecodidática, observada de longe ou do alto, lembra um pássaro encra-vado no meio da mata. Seus vizinhos são mognos, araçás, cascas, carambo-

las e uma infinidade de outras plan-tas. A vista da varanda contempla a lagoa que banha o sítio e a mata re-florestada.  Motivos não faltam para provar que a casa é um verdadeiro paraíso, um luxo revestido da mais pura simplicidade.

“Digo que a casa é ecodidática porque tem a finalidade de servir de modelo para as pessoas, ensinando como pode ser aproveitado o mate-rial desperdiçado em obras ou outras atividades. Cada ponto, durante sua estrutura e construção, foi pensado como forma de mostrar que é possí-vel reutilizar o que a maioria dispen-sa”, justificou Irineu Andrade.

O engenheiro conseguiu o mate-rial usado na construção em cantei-ros de obras, doações e até mesmo no lixo. “É impressionante quantas coisas úteis são jogadas diariamen-te, algumas pessoas não têm noção como é cara a produção de materiais de construção, por exemplo, e quan-

Casa Ecodidática reutiliza sobrasda construção civil

to tempo esse material levaria para se decompor na natureza. Cada ação de reutilização é também um ato de amor à natureza”.

Em setembro de 2009 foi inicia-da  a marcação da casa, que não leva o tempo de uma construção comum, pois se distancia completamente do conceito que conhecemos de casa normal. Cada detalhe do imóvel foi pensado  para otimizar os recur-sos naturais. “Comparo essa casa a uma obra de arte que não pode ser feita às pressas, aqui cada detalhe é importante para o funcionamento sustentável da casa. O abastecimento, por exemplo, é feito de maneira que a água fica acumulada em tanques ou cascos de geladeira e, então, é bom-beada para as caixas de água da casa, o que garante abastecimento regular”, explicou Irineu.

As colunas de sustentação foram moldadas aproveitando pedras  e co-lunas apanhadas e as vigas de amar-ração também foram moldadas tendo como núcleo balaústres de cimento, utilizadas em cerca e reforçadas com ferro. Como a casa terá os quartos no primeiro andar, as colunas da metade da casa são em alvenaria, as restantes são de madeira. A cozinha é um apên-dice da casa e o banheiro da mesma forma, dando para um jardim, onde foram   construídos um tanque de ofurô e uma sauna finlandesa. A es-trutura geral da parte superior é de madeira. São vigas, barrotes, linhas, caibros – todos reaproveitados.

As curiosidades da moradia não param por aí, cada parede é de um material:   de madeira, de pedra, de tijolos diferentes, de madeirite, de pedaços de barrotes, de garrafa, de vidro, de pergolados e outros. Beleza que integra de forma harmoniosa a natureza do lugar.

Vários materiais, muitos deles resíduos de construções, formam a casa ecodidática

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Terceira idade ativa

Projeto de extensão do curso de Educação Física da UFRN analisa os efeitos da atividade física, especialmente do treinamento de força, na vida dos idosos

Por Taciana Chiquetti

Envelhecer, geralmente, significa ficar mais frágil e dependente. Certo? Não necessariamente. Para o grupo de idosos que faz parte do projeto de extensão do curso de Educação Fí-sica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o “Vida Ativa na Terceira Idade”, a velhice pode ser uma fase a ser vivida com qualidade de vida. A atividade física, com foco no ganho de massa e potên-cia muscular e na força e direciona-da pelos próprios participantes, é o objeto da pesquisa, financiada pelo Ministério da Educação, dos alunos que cursam a partir do 4º período, coordenada pelos professores Eduar-do Caldas Costa e Hassan Mohamed Elsangedy. “A ideia é fazer com que os alunos aprendam na prática os efeitos do exercício físico na população ido-

sa, utilizando os conhecimentos da sala de aula e disponibilizando isso para a comunidade, de forma siste-matizada e com acompanhamento”, observa Eduardo.

O diferencial do projeto fica por conta da metodologia. São os pró-prios participantes que monitoram a carga de seu treinamento. Eles auto--selecionam a intensidade que que-rem colocar em seus exercícios. “Com isso, poderemos analisar a forma como eles percebem o exercício. Se a experiência for positiva, prazerosa, eles vão querer repetir e então treinar por mais tempo”, destaca o professor.

Três vezes por semana - pela ma-nhã, com atividades aeróbicas na esteira, e pela tarde, com muscula-ção – os cerca de 40 idosos, acima de 60 anos de idade, que participam do

projeto, vão para a sala de muscula-ção do curso de Educação Física na UFRN para treinar, acompanhados de perto pelos alunos. Antes, porém, todos passam por uma bateria de tes-tes, avaliações e exames e liberação médica, para poderem fazer parte da pesquisa. As avaliações verificam a capacidade funcional, força, flexibili-dade, além de parâmetros cognitivos, como memória e atenção. “Aqui so-mos acompanhados de perto, é muito mais personalizado do que em uma academia. Já notei melhora em mi-nha saúde, desde que comecei. Tenho mais disposição para trabalhar, para acordar mais cedo e meu cansaço diminuiu”, conta o técnico de enfer-magem Enoque Rodrigues Lopes, de 64 anos, que integra o “Vida Ativa” desde junho.

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Perder massa muscular e for-ça, com o passar dos anos, é natural para qualquer pessoa, especialmente a partir da quinta década de vida. É justamente esse aspecto que compro-mete a autonomia do idoso para as atividades do dia a dia. A musculação é uma alternativa muito eficaz para reduzir essas perdas que repercutem diretamente nas atividades funcio-nais. “A força, o decréscimo da massa muscular, o equilíbrio e a agilidade são pontos que a musculação conse-gue trabalhar. Todo idoso pode fazer, respeitando a limitação de cada um”, explica o estudante Ivan Oliveira.

Além dos ganhos físicos, os ido-sos relatam que, participando do projeto, podem ampliar seus conta-tos sociais, fazendo amizades e tendo mais atividades para ocupar o dia, de forma prazerosa e saudável. É o caso da aposentada Ivanise Lima de Albuquerque, de 82 anos, que prati-ca musculação na UFRN há quatro meses. “Eu estava muito parada, daí minha filha soube do projeto e me trouxe para cá. Estou me sentindo

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muito mais ativa, mais disposta. A turma aqui é muito boa. Quando não venho, sinto falta”, relata.

A atenção dos alunos é reconheci-da pelos idosos com mimos e muito carinho. “Identifico-me bastante com grupos de fatores de risco. É muito gratificante ver a melhora deles. Os benefícios para a parte social, de in-tegração e para a parte cognitiva são visíveis. Aqui, eles formam laços de amizade e ampliam suas possibili-dades de relacionamento”, diz outra aluna de Educação Física, Cínthia Beatriz da Fonseca.

Dois protocolos são utilizados na pesquisa, por ser autosselecionada, os quais avaliam a percepção subjetiva de esforço (que vai de “extremamen-te fácil” a “extremamente difícil”) e o afeto (que vai de sensação de “muito ruim” a “muito boa”). Deixando em um nível “bom”, a adesão dos prati-cantes para a atividade fica mais fá-cil. “Eu era totalmente estressado e já estou bem melhor. Durmo com mais qualidade e estou mais calmo. A ati-vidade física é uma das coisas mais importantes para a terceira idade”,

avalia Jorge Almeida, de 68 anos, que treina desde maio.

Como os dados ainda estão sendo coletados, ainda não existem resulta-dos, mas, segundo o professor Eduar-do, o que se apurou até o momento, no estudo, mostra que, mesmo com o próprio idoso determinando a car-ga que quer treinar, essa carga está de acordo com o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomen-da. Até o final de 2013, a pesquisa deve estar concluída. “A ideia é que este projeto passe a ser permanente na universidade”, adianta Eduardo.

Qualquer pessoa, acima de 60 anos, pode participar do “Vida Ativa na Terceira Idade”, inclusive grupos de risco, como diabéticos, hiperten-sos, cardiopatas e osteopatas, basta somente que todas as avaliações se-jam feitas, que o idoso não pratique outra atividade física e se compro-meta a participar por, pelo menos, três meses.

projeto “vIda atIva Na ter-ceIra Idade” - departamento de educação Física - uFrN

Os benefícios do projeto estão estampados no sorriso de cada um

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a Vida louca, vida breveOutro dia uma amiga me ligou do Rio pra dizer que

um grande amigo nosso, que estava se tratando de um cân-cer, estava internado, em péssimo estado e o médico já ti-nha avisado que em poucos dias ele morreria. Numa atitu-de inesperada de quem está a um passo da morte, ele pediu autorização aos médicos e convidou vários amigos para se despedir. E assim foi feito, o hospital virou uma grande festa, como sempre foi a vida dele, com altas gargalhadas, brincadeiras, piadas e muita alegria. Dias depois, eu soube que chegou a hora e ele se foi, com certeza, mais tranqui-lo porque tinha se despedido das pessoas que conviveram com ele aqui na terra.

Vi uma foto dele no facebook e fiquei pensando como a vida é rápida. Outro dia, estávamos todos sentados num bar, conversando e nos divertindo e um tempo depois, dentro de um hospital nos despedindo desse amigo que-rido, encarando a morte como uma viagem e, como toda viagem, requer algumas despedidas.

Essas coisas chocam um pouco a gente, mas são muito boas pro nosso dia a dia, pra nossa eterna busca pela felici-dade ou mesmo pra conseguir uma forma de viver melhor, já que a morte é a única certeza que temos.

Com a chegada de um novo ano, renovam-se a fé e também todas as expectativas de tempos melhores. Muitas promessas, muitos planos, novos sonhos e a eterna busca pela felicidade, amor, prosperidade etc.

Às vezes esperamos que um novo ano chegue pra mu-dar de vida, pra fazer alguma coisa diferente, pra tomar algumas atitudes. Hoje penso que é melhor não esperar tanto. A hora é agora, depois de uma noite inteira escura, o dia nasce como um sinal de que tudo recomeça, de uma forma nova, e cabe a nós encararmos cada dia como uma chance de fazer o que precisa ser feito, ou de resolver um velho problema, ou de dizer alguma coisa que precisa ser dita, ou de se abrir pro perdão e, se tiver que mudar algu-ma coisa, que mude a si mesmo e não espere que alguém mude ou que o mundo mude.

Afinal, é só o que temos, o momento presente. Vamos fazer já, porque esse tempo não somos nós que controla-mos. Feliz todo dia pra nós!

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Patrícia GuedevillePublicitária e diretora comercial do Viver Bem

[email protected]

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