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O lugar da pesquisa Como os Laboratórios de Investigação Médica do Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo se transformaram num dos mais respeitados centros de investigação médico-científica do país.

revistaLIMs 35 anos

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Revista dos Laboratórios de Investigação Médica do Hospital das Clínicas-Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo HC-FMUSP. Edição especial 35 anos

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O lugar da pesquisaComo os Laboratórios de Investigação Médica do Hospital

das Clínicas - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo se transformaram num dos mais respeitados

centros de investigação médico-científica do país.

LIMs | 35 anos

sumário5

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ApresentaçãoOs 35 anos dos Laboratórios

de Investigação Médica do

Hospital das Clínicas – Faculdade

de Medicina da Universidade

de São Paulo

HistóriaA vocação científi ca consolidada

ao longo de três décadas na

busca pela excelência

EstruturaEntenda como funcionam

os LIMs, que têm mais de

200 grupos de pesquisa

FomentoSaiba quais são as fontes

de fi nanciamento dos LIMs

Produção científi caA conquista do conhecimento

na pesquisa em saúde no Brasil

ContextoA importância do ambiente

hospitalar para a pesquisa

básica e a pesquisa clínica

DepoimentosOs LIMs, na visão de professores,

médicos e autoridades em saúde

Fichas técnicasConheça as linhas de

pesquisa dos 62 LIMs

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LIMs | 35 anos

Portas abertas, novos horizontesOs Laboratórios de Investigação Médica (LIMs) do Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) completam, em 2010, 35 anos desde sua fundação. Há motivos de sobra para celebrar a data. Com mais de 200 grupos de pesquisa, os 62 LIMs mobilizam 791 profi ssionais, entre os quais 335 doutores. Só em 2008 as pesquisas realizadas somaram investimentos da ordemde R$ 41 milhões. Os LIMs foram fundamentais para a formação de 1.252 doutores no intervalo de uma década. Os resultados das pesquisas ganham alcance e visibilidade global, com centenas de trabalhos originais publicados em revistas indexadas nas bases do ISI (Institut for Scientifi c Information), a maior referência quando se trata de publica-ções reconhecidas pela comunidade científi ca internacional. No total da produção dos LIMs em 2008, somam-se mais de 1.900 trabalhos, incluindo livros, capítulos de livros e trabalhos publicados em periódicos. Para trazer a público essas e outras informações sobre a atividade científi ca desenvolvida nos Laboratórios de Investigação Médica do HC-FMUSP, a presente publicação documenta a estrutura e o funcionamento desse complexo de pesquisas que tem como principais missões a geração, a disseminação e o compartilhamento do conhecimento humano.

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HISTÓRIA

Vocação científi ca

Criados no começo dos anos de 1970, os LIMs se estabeleceram como espaço de excelência para pesquisa e, ao longo de três décadas, transformaram-se em referência de investigação médica no País

Com produção reconhecida entreos mais signifi cativos acervos na-cionais de pesquisa e das ciências médicas e da saúde, os LIMs foram criados na época da Reforma Universitária de 1969 — estabe-

lecida com a Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação Nacional e implantada no ano seguinte, em 1970. A nova lei, do período do regime militar, proibia a duplicação de departamen-tos em faculdades estabelecidas numa mesma cidade. Para a Faculdade de Medicina da Uni-versidade de São Paulo, signifi cava, como se disse à época, “um desastre, uma mutilação”, já que departamentos básicos como Anatomia, Fisiologia, Histologia e Parasitologia, entre ou-tros, seriam todos transferidos para o campus da Cidade Universitária, no Butantã, deixando uma lacuna no lendário prédio da avenida Dr. Arnaldo, em Pinheiros.

Para compreender a concepção dos LIMs, entretanto, é importante retornar ainda mais

no tempo, quando a recém-criada Faculdade de Medicina, sem um prédio próprio, mantinha suas cadeiras e disciplinas em espaços diversos, o que levava à separação dos alunos ao longo do curso. Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho, o primeiro diretor, deixaria a seus sucessores o embrião do convênio que seria mais tarde fi r-mado com a Fundação Rockfeller — e que possi-bilitaria a construção de uma escola de Medicina nos moldes daquelas que formavam médicos na Europa e nos Estados Unidos.

Conforme registros, o eixo da nova escola de-veria ser dado pela junção do laboratório e da clínica, em um só bloco, transformando-se em um hospital de ensino. Autônomas, mas fi sica-mente articuladas, as cadeiras teriam laboratórios próprios e a função de pesquisa científi ca exigiria dedicação exclusiva dos docentes, que contariam com gabinetes individualizados.

Três anos antes da instalação da Universidade de São Paulo, foi inaugurado, em 15 de março de 1931, o edifício dos Laboratórios da Faculdade

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Vocação científi ca

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HISTÓRIAHISTÓRIA

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de Medicina e Cirurgia de São Paulo, como era chamada. As cadeiras básicas foram transferi-das para o novo edifício, mas as clínicas con-tinuaram funcionando em outras instalações, como na Santa Casa de São Paulo.

Com visibilidade cada vez maior, refletida na imensa procura pelo curso, a Faculdade de Medicina firmou-se definitivamente com o sur-gimento do Hospital das Clínicas. A proposta da criação do hospital vinha desde os anos de 1920, já que o convênio com a Fundação Rockfeller determinava a construção de um hospital de ensino. Mas só depois de 1938, já materializada a ideia de universidade, com a necessidade de um hospital-escola e com a intenção do governo do Estado de ampliar o atendimento médico à população, o projeto do hospital foi retomado. O HC foi inaugurado em 19 de abril de 1944, como parte da comemoração do aniversário de nascimento do presidente da República, Getúlio Vargas. Com a transferência das clínicas que funcionavam na Santa Casa para o novo prédio, deu-se a tão sonhada integração entre assistência, ensino e pesquisa.

Do ponto de vista administrativo, o HC-FMUSP é uma autarquia estadual, vinculada à

Secretaria de Estado da Saúde e ligada à univer-sidade por convênios. Na prática, historicamente inclusive, sempre teve o status e as atribuições de instrumento maior para ensino, pesquisa e prestação de serviços de saúde à comunidade.

Seguindo as determinações da Reforma Uni-versitária, departamentos como o de Bioquímica foram transferidos para o campus da Cidade Universitária ainda em 1969. O professor Cesar Timo-Iaria, na época chefe do departamento de Fisiologia e um dos mentores da criação dos LIMs, junto com o professor Antonio Barros de Ulhôa Cintra, lembrou o seguinte: “eu disse ao professor Paulo de Almeida Toledo, nosso diretor: ´Se não criarmos laboratórios de pesquisa básica aqui na Faculdade, ela decairá profundamente´. Ele pediu-me um plano. Elaborei o projeto que, por estar no final de sua gestão, Toledo não conseguiu concretizar. Mas o diretor que o sucedeu, Carlos da Silva Lacaz, criou os labo-ratórios, como uma medida de extraordinária importância”.

É consenso que a atuação do professor Lacaz (1915-2002) foi determinante naquele momento. Ele instituiu, conforme ressalta o professor György Miklós Böhm, ex-diretor-executivo dos LIMs,

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HISTÓRIAHISTÓRIA

os laboratórios como unidades do Hospital da Clínicas e fez um convênio com a universidade. Foi o que aconteceu, primeiro com o trâmite dos processos 4378, de 1972, do HC, e do RUSP18524/75. Ofi cialmente, o convênio foi apro-vado pela Universidade de São Paulo em 11 de julho de 1975. A partir de 1977, os LIMs, num total de 62 estabelecidos pelo decreto 9720/77, publicado no Diário Ofi cial, tornaram-se, ofi -cialmente, unidades do Hospital das Clínicasvinculadas aos diversos departamentos da Faculdade de Medicina.

Defl agrou-se um novo processo. Depois da transferência de alguns departamentos, a mon-tagem de laboratórios foi estimulada. A reco-mendação inicial prevaleceu. “O laboratório, em última análise, acabaria tendo fi nalidades tanto educativas como de prestação de serviço, mas fundamentalmente a fi nalidade era a pesquisa”, lembra o professor Böhm.

Empenho, envolvimento e bons resultados eram sempre conseguidos a partir do mérito de alguns médicos, cientistas inatos, no comando de equipes igualmente empenhadas em questões específi cas, seus objetos de estudo. A criação da Fundação Faculdade de Medicina, em 1986, é outro episódio determinante para compreensão da experiência bem-sucedida dos LIMs. Com uma estrutura autônoma para captação de recursos,criou-se também o ambiente favorável para avançar nos modelos de pesquisa com melhor aproveitamento de recursos humanos, fi nan-ceiros e tecnológicos. “Ao longo dessas décadas, os LIMs foram desenvolvendo e reconstruindo toda uma rede de pesquisa dentro do sistema FMUSP/HC, com velocidade e efi ciência, tanto que hoje a Faculdade de Medicina e os Labo-ratórios de Investigação Médica estão entre os maiores produtores de ciência no País”, afi rma Giovanni Guido Cerri, ex-diretor da Faculdade de Medicina e presidente do conselho diretor do Instituto do Câncer.

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Além do professor Cesar Timo-Iaria, um dos idealizadores dos LIMs, outros docentes são lembrados frequentemente

pelo papel que tiveram no período de implantaçãodos laboratórios e por não medirem esforços para o avanço da pesquisa em saúde no Brasil. Alguns deles foram homenageados no simpósio Avan-ços em Pesquisas Médicas, dos LIMs, em maio de 2005, emprestando seus nomes a prêmios ofe-recidos a jovens cientistas.

Entre os nomes de destaque está o de Gregório Santiago Montes, falecido em outubro de 2002. Ele foi o diretor-executivo dos LIMs entre 1995 e 1998, quando consolidou-se o sistema de apoio fi nanceiro aos laboratórios, acompanhado de um aumento signifi cativo da produção científi ca. Esse suporte do sistema fi nanceiro havia sido idealizado pelo professor György Bohm. Em 1988, Gregório Santiago Montes era chefedo LIM 59 e professor associado do Depar-tamento de Patologia. Em 1996, juntamente com a professora Maria Mitzi Brentani, criou o programa de pós-graduação em Fisiopatolo-gia Experimental. Nascido na Argentina, tinhaentre suas paixões a pesquisa médica e a lite-ratura. Aos 17 anos, tornou-se colaboradordo escritor Jorge Luis Borges em aulas de poesia inglesa antiga.

Outro homenageado, o professor Antonino dos Santos Rocha, fundou em 1970 o Laboratório de Pesquisa Básica da Unidade de Doenças Renais. Foi o introdutor da técnica de microperfusão in vitro de segmentos isolados do néfron no Brasil.

O grupo formou vários biólogos e alguns de-les prosseguiram suas pesquisas fora do Brasil. A morte precoce de Antonino Rocha, em 1990, foi considerada uma “perda irreparável” para a nefrologia mundial, conforme escreveu um dos seus mais próximos seguidores, o professorAntonio Carlos Seguro.

O simpósio de 2005 também homenageou o professor Carlos da Silva Lacaz, morto em 2002, e que teve grande destaque nas investi-gações sobre Microbiologia e Imunologia. Por conta de suas pesquisas, a FAPESP incluiu seu nome na lista dos mais importantes cientistas brasileiros do século 20 na área de Micologia. Entre os cargos que ocupou, foi vice-diretor e diretor da Faculdade de Medicina, pró-reitor da USP e diretor da Escola de Enfermagem. Tam-bém fundou o Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

O professor Antonio Barros de Ulhôa Cintra, outro nome lembrado com reverência, foi reitor da USP e mais tarde Secretário de Estado da Educação do então governador Abreu Sodré. Foi tambémum dos principais responsáveis pela criação da FAPESP e primeiro presidente do conselho superiorda agência, em 1960. Sobre Ulhôa Cintra, o professorGeraldo Medeiros Neto escreveu que, “mesmoaposentado, jamais deixou de ir ao Hospital das Clínicas, onde participava de reuniões e fazia visitas à enfermaria, discutia casos clínicos com-plicados”. Entre colegas e alunos, é citado como “paradigma de educador, médico e cientista”. Ulhôa Cintra morreu em 1998.

Nomes que marcaram época

ESTRUTURA

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Cerca de 790 profi ssionais atuamnos 62 LIMs no sistema FMUSP/HC. Cada laboratório tem um pes-quisador responsável e pode ter vários grupos ou linhas de pes-quisa. Cada um desses grupos tem

um líder de pesquisa. Em 2008, existiam 218 líderes. Estar na liderança de um LIM é sinôni-mo de credibilidade no meio científi co. Assim como estar ligado a um dos laboratórios, seja como pesquisador, técnico, pós-graduando ou outra função, também implica em prestígio. “Os LIMs agregam reconhecimento público ao trabalho de qualidade desenvolvido pelos pesquisadores”, diz o professor José Eluf Neto, diretor-executivo dos LIMs. “Os laboratórios são uma referência dentro e fora da instituição.E, ao longo dos anos, cresce a relevância daspesquisas realizadas aqui.”

Por conta da visibilidade, aumenta o número de profi ssionais interessados em fazer parte da estrutura dos LIMs. A proposta de reunir espe-cialistas e investigadores que pudessem atuar

de forma integrada junto às unidades labora-toriais foi um dos principais motivadores das diretorias recentes, lembra o professor Roger Chammas, vice-diretor-executivo dos LIMs.

O conselho de cada um dos 17 departamen-tos da FMUSP tem autonomia para indicar os coordenadores. Cabe à comissão científi ca dos LIMs observar a produção dos laboratórios, sugerindo ao diretor-executivo e à diretoria da Faculdade de Medicina eventuais correções ou adequações.

Levar adiante um estudo depende, além de recursos humanos e fi nanceiros, de trabalhos anteriores bemavaliados. Cabe aos departa-mentos, após análise, oferecer ao pesquisador o aval para a submissão de determinado proje-to às agências de fomento. Boa parte das pes-quisas precisa de equipamentos sofi sticados e de alto custo, assim como de técnicos especia-lizados para operá-los.

Os LIMs integram pós-graduandos e profi ssio-nais em início de carreira, que se aproximam de orientadores ligados aos grupos de pesquisa.

Como funcionam os LIMsCom mais de 200 grupos de pesquisa, os Laboratórios de Investigação Médica mobilizam centenas de profi ssionais e se transformaram, ao longo de 35 anos, em um dos principais centros de produção científi ca nas áreas médica e biomédica do País

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Como funcionam os LIMs

ESTRUTURA

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ESTRUTURAESTRUTURA

A atuação da Direx-LIM Não há nada de imponente, nem mesmo uma placade bronze, indicando o lugar de onde emanamas diretrizes e as avaliações de um dos principais centros produtores de pesquisas em saúde do País. Na porta, apenas a inscrição apontando a Direx- LIM, a Diretoria Executiva dos Laboratórios de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Entre outras atribuições essenciais, a Direx-LIM garante apoio e orientação aos pesquisa-dores, estruturação das equipes e a criação das condições para melhor utilização de recursos humanos e de equipamentos. Também funcionacomo uma espécie de ouvidoria. Cabe ainda à diretoria executiva dos LIMs facilitar a agre-gação de grupos. A Direx-LIM dá agilidade aos processos, além de promover simpósios e situa-ções de compartilhamento e troca de informaçõesentre pesquisadores. A partir da avaliação da produção das equipes, a Direx-LIM ainda equacionae divide, seguindo critérios objetivos, as ver-bas do orçamento do HC e repassadas pelo SUS. Entre outras atribuições, a diretoria também ma-peia publicações nacionais e internacionais e clas-sifi ca a produção dos LIMs e dos pesquisadores. É a administração que, ao fi nal de cada ano, produz o relatório com os resultados de cada laboratório e suas equipes nas diferentes linhas de pesquisa.

Um complexo sistema de avaliação, em constanteaprimoramento, leva em consideração a impor-tância das revistas indexadas e a pertinência da pesquisa no cenário nacional. O resultado dessaavaliação é utilizado na distribuição de verbas para o ano seguinte. A intenção é valorizar cada vez mais a produtividade.

Como os LIMs estão fi xados em 62 uni-dades, o pesquisador que quiser levar adiante uma nova linha de pesquisa deverá integrar-se a um laboratório já existente.

“Assim, a unidade laboratorial passa a ser o ponto de convergência de grupos autôno-mos com afi nidades temáticas”, diz Patrícia Favaretto, assessora da diretoria executiva dos LIMs. “A diretoria estimula esse processo de integração e convergência”, afi rma Angela Cavallieri, que divide com Patrícia a assessoria técnica da diretoria dos LIMs.

Pela maneira como atuam, os LIMs ganha-ram espaço e também se transformaram em exemplo notável de integração entre a Facul-dade de Medicina e o Hospital das Clínicas. Crucial para essa convergência é a comple-mentariedade entre atividade assistencial e as atividades de ensino e pesquisa, missões do sistema FMUSP/HC.

Para José Eduardo Krieger, professor titular de Medicina Molecular da Faculdade de Medici-na e pesquisador responsável pelo Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do Incor, a universidade, isoladamente, jamais conseguiria ter em seus quadros o número de profi ssionais agregados ao complexo hospitalar. “Somente estruturas desse porte possibilitam o planeja-mento que combina pesquisas de motivação individual com aquelas de interesse institucio-nais. Essa coexistência resulta em massa crítica que se converte em competência multidiscipli-nar, integrada e verticalizada”, afi rma Krieger.

“Os LIMs agregam

reconhecimento público ao

trabalho de qualidade desen-

volvido pelos pesquisadores”

José Eluf Neto,

diretor-executivo

dos LIMs

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A atuação da Direx-LIM Não há nada de imponente, nem mesmo uma placade bronze, indicando o lugar de onde emanamas diretrizes e as avaliações de um dos principais centros produtores de pesquisas em saúde do País. Na porta, apenas a inscrição apontando a Direx- LIM, a Diretoria Executiva dos Laboratórios de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Entre outras atribuições essenciais, a Direx-LIM garante apoio e orientação aos pesquisa-dores, estruturação das equipes e a criação das condições para melhor utilização de recursos humanos e de equipamentos. Também funcionacomo uma espécie de ouvidoria. Cabe ainda à diretoria executiva dos LIMs facilitar a agre-gação de grupos. A Direx-LIM dá agilidade aos processos, além de promover simpósios e situa-ções de compartilhamento e troca de informaçõesentre pesquisadores. A partir da avaliação da produção das equipes, a Direx-LIM ainda equacionae divide, seguindo critérios objetivos, as ver-bas do orçamento do HC e repassadas pelo SUS. Entre outras atribuições, a diretoria também ma-peia publicações nacionais e internacionais e clas-sifi ca a produção dos LIMs e dos pesquisadores. É a administração que, ao fi nal de cada ano, produz o relatório com os resultados de cada laboratório e suas equipes nas diferentes linhas de pesquisa.

Um complexo sistema de avaliação, em constanteaprimoramento, leva em consideração a impor-tância das revistas indexadas e a pertinência da pesquisa no cenário nacional. O resultado dessaavaliação é utilizado na distribuição de verbas para o ano seguinte. A intenção é valorizar cada vez mais a produtividade.

Professor José Eluf Neto, diretor-executivo dos LIMs

Patrícia Favaretto e Angela Cavallieri, assessoras da Direx-LIM

Professor Roger Chammas, vice diretor-executivo dos LIMs

ESTRUTURA

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“A fragmentação de recursos para equipamentosé um problema crônico das entidades de pesquisaque os LIMs vieram solucionar”, diz Marco Antonio Zago, pró-reitor de pesquisa da USP e ex-presidente do CNPq. “Estamos falando de equipa-mentos custosos que precisam ter seu tempo de ope-ração controlado. São equipamentos multiusuários, que exigem controle sobre a utilização. Este tipo de equipamento demanda que a administração da enti-dade, no caso a Faculdade de Medicina ou a diretoria executiva dos LIMs, possa locar técnicos qualifi cadospara fazer a atividade sem favorecer um ou outro la-boratório. Atende-se ao conjunto. O fato de ter uma administração unifi cada, como têm os LIMs, con-templa o objetivo de otimizar recursos, de distribuir técnicos para aquelas atividades que possuem um maior impacto coletivo”, afi rma Zago.

Foi exatamente com a ideia de otimizar recursos que a diretoria da Faculdade de Medicina e a diretoriaexecutiva dos LIMs criaram o Programa Rede de Equipamentos Multiusuários (PREMiUM). Adaptado

a partir de modelo existente em outros países, o programa cria núcleos descentralizados, organiza-dos em forma de rede, e que tenham em seu espaço equipamentos e tecnologia de ponta úteis não ape-nas para um, mas para diversos tipos de pesquisas, podendo inclusive ser usados por mais de um grupo de pesquisadores simultaneamente.

Parece simples, mas na prática representa a inversãode lógica já existente e consagrada pelo uso, uma vez que, na organização do parque de equipamentos, quase sempre um pesquisador ou grupo consegue um equipamento, realiza sua pesquisa e, ao conclui-la, esse equipamento é incorporado por doação das agências de fomento à Faculdade ou ao Hospital das Clínicas. Com o PREMiUM, criam-se condições para difundir e maximizar o uso de tecnologias de ponta por diversos grupos, evitando-se assim que equipa-mentos valiosos e precisos sejam subutilizados.

Organizados como serviços disponíveis num sis-tema, há vários núcleos coordenados por pesquisa-dores que acumulam experiência em suas áreas de

Implantado em 2005, o Programa Rede de Equipamentos Multiusuários otimiza a estrutura para a realização de pesquisas

ESTRUTURA

Equipamentos compartilhados

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atuação. A coordenação de cada grupo tem pelo menos dois responsáveis, de diferentes áreas, que são usuários do equipamento e/ou da tecnologia. Assim, é possível organizar demandas dos pesqui-sadores interessados no uso e criar a oportunidade de gerir os recursos aplicados. Relatórios são repas-sados para a diretoria executiva dos LIMs e para a diretoria da Faculdade de Medicina, que colaboram especialmente na gestão profi ssional das ativida-des. A intenção é que os núcleos sejam um serviço no sistema FMUSP/HC. É um meio efi ciente para garantir a entrada dos recursos necessários para se cobrir, pelo menos em parte, a manutenção dos próprios núcleos, segundo diz o professor Roger Chammas, da diretoria dos LIMs. O docente cita como exemplo de compartilhamento possibilitado pelos LIMs o Biotério, núcleo multiusuário do qual ele está à frente. “Nós produzimos animais para os pesquisadores da casa e disponibilizamos também para a Unifesp e outros hospitais que fazem pes-quisa”, afi rma Chammas.

Desde a implantação, em 2005, já há sete núcleos multiusuários em funcionamento: Microdissecção a Laser, Microscopia Confocal,Microscopia Eletrônica, Sequenciamento de DNA, Produção de Animais Transgênicos, Tissue Microarray & Imuno-histoquímica e o Centro de Bioterismo citado por Chammas.

“É uma estrutura que amadureceu e os pesqui-sadores já incorporaram o conceito de multiusuá-rios. Isso é muito útil porque ao invés de ter vários pedidos que pulverizariam a verba, é possível se concentrar na aquisição para uma única institui-ção”, afi rma o professor Eduardo Magalhães Rego, que integra a coordenadoria da saúde da FAPESP. Outros cinco núcleos estão em fase de implanta-ção: Citometria de fl uxo e separação celular, Mi-cro-PET/CT para imagem molecular em pequenos roedores, Sistema de Imagem Ecocardiográfi ca de Alta Resolução para pequenos roedores, Plataformade análise de expressão gênica (microarranjosde DNA) e Sistema de Armazenamento / Criopre-servação a longo prazo de amostras biológicas.

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Afi nidades e interaçõesOs vários ambientes e iniciativas do sistema

FMUSP/HC dão aos LIMs possibilidades de abertu-ras, ao promoverem a circulação de pesquisadores que atuam em diversas frentes e se dedicam a dife-rentes projetos. Assim, há relação de afi nidade de determinados LIMs com o Núcleo de Apoio à Pes-quisa Clínica – NAPesq, que funciona sob supervisão da Diretoria Clínica do HC-FMUSP. Criado em 2005 e coordenado pelo professor Décio Mion Júnior (até 2007 sob a coordenação da Dra. Sonia Man-soldo Dainesi), o núcleo trabalha todos os aspectosrelacionados à pesquisa clínica na instituição.

Outro ponto de intersecção se dá entre alguns LIMs e os recém-criados Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). Em 2008, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico(CNPq) anunciou a criação de 101 novos INCTs, com destinação de R$ 600 milhões para projetos de 16 estados brasileiros. Três INCTs ligados à FMUSP rece-berão repasse regular de verbas durante cinco anos: INCT de Análise Integrada do Risco Ambiental, que tem à frente o professor Paulo Hilário NascimentoSaldiva; o INCT de Investigação em Imunologia, coordenado pelo professor Jorge Elias Kalil Filho e o INCT de Psiquiatria do Desenvolvimento para Crianças e Adolescentes, sob a coordenação do pro-fessor Eurípedes Constantino Miguel Filho.

Há ainda que se destacar a possibilidade de interação dos LIMs com os vários convênios que são fi rmados pelo HC-FMUSP com instituições externas. Em 2007, por exemplo, foram assinados oito convê-nios do Ministério da Saúde com o HC-FMUSP, com a participação da Fundação Faculdade de Medicina e que envolvem diversos departamentos e LIMs. Den-tre os projetos, estão o monitoramento de popula-ções expostas a substâncias químicas; atualização de informações e avaliações econômicas sobre vacinas; modelos de análise de dados avançados dos efeitos da poluição do ar na saúde da população; apoio ao Ministério da Saúde para aperfeiçoamento do sistema de vigilância de fatores de risco para doenças crô-nicas; educação continuada sobre diabetes mellitus; ampliação da Central de Informação em Patologia Hepática, do Laboratório de Investigação em Patolo-gia Hepática; qualifi cação dos comitês de pesquisa de óbitos infantis; e avaliação do estilo de vida da família como determinante da saúde da criança.

FOMENTO

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As principais fontes de fi nanciamento dos LIMs são as agências que desti-nam recursos ao fomento da pesquisa científi ca e tecnológica no Brasil e no

Estado de São Paulo. Por meio de chamadas ou editais públicos, após submissão de projetos, os LIMs são contemplados tanto com recursos pró-prios das agências quanto com fundos setoriais dos governos federal e estadual. Em 2008, foram aproximadamente R$ 7 milhões do orçamento do HC, R$ 4 milhões do SUS e R$ 35 milhões prove-nientes das agências de fomento.

Auxílio direto à pesquisa, bolsas de pós-gra-duação, formação de recursos humanos para pes-quisa, acesso e divulgação da produção científi ca,fi nanciamento de publicações, reuniões e con-gressos, intercâmbio e cooperação científi ca internacional são algumas das modalidades de apoio das agências de fomento.

No auxílio à pesquisa, as agências não cobrem folha de pagamento nem gastos com a manutenção

dos laboratórios. Seus recursos são destinadosprincipalmente à compra e manutenção de equipamentos, à compra de material de consu-mo e à capacitação de pessoal. De microscópiosa equipamentos de última geração, todas as aquisições passam a fazer parte do acervo da instituição. Ou seja, a cada nova pesquisa os LIMs ampliam seu parque tecnológico. Ao contar com plataforma cada vez mais sofi sticada, os La-boratórios de Investigação Médica do HC-FMUSP passam a ter papel decisivo no grande salto que em sendo dado pela pesquisa brasileira.

Dentre as principais agências, o aporte maior de recursos para os LIMs vem da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) que, em 2008, destinou cerca de R$ 17 milhões, o equivalente a 48% do total recebido pelos Laboratórios de Investigação Médica. Em segundo lugar vem o Conselho Nacional de Desen-volvimento Científi co e Tecnológico (CNPq), com R$ 5 milhões. A Financiadora de Estudos e Projetos

Fontes de fi nanciamentoEm 1998, os recursos fi nanceiros destinados aos LIMs correspondiam a aproximadamente R$ 14 milhões. Em 2008, eram cerca de R$ 46 milhões provenientes de três fontes: orçamento do próprio HC, recursos do SUS e agências de fomento como a FAPESP

Agência

FAPESP

CAPES

CNPq

FINEP

Outras

Total

1997

10.042,00

20,00

2.710,00

4.450,00

1.362,00

18.584,00

1998

6.251,00

187,00

1.155,00

0,00

987,00

8.580,00

1999

8.542,00

86,00

712,00

20,00

673,00

10.033,00

2000

6.771,00

92,00

313,00

0,00

702,00

7.878,00

2001

7.842,00

83,00

971,00

393,00

1.763,00

11.052,00

INVESTIMENTO EM PESQUISA

Obs: Valores em R$ 1.000,00

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(Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, destinou R$ 2 milhões; a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) R$ 1 milhão; e as outras agências, somadas, um total de R$ 9 milhões. Na soma de 2008, as agências fi nanciadoras entra-ram com cerca de R$ 35 mi-lhões para o fi nanciamento de pesquisa dos LIMs.

Entre 1998 e 2008, os LIMs captaram das agências fi nan-ciadoras recursos equivalen-tes a mais de R$ 200 milhões. Nesse período, cerca de R$ 150 milhões em novos equi-pamentos foram acrescenta-dos ao parque tecnológico do sistema FMUSP/HC, aquisi-ções certamente superiores à média de todos os centros de pesquisa do País.

Além dos recursos das agências, as fontes SUS e HC destinaram aos LIMs, juntas, em 2008, em torno de R$ 11 mi-lhões. Esses recursos são distribuídos entre os LIMsde acordo com a produtividade. Recursos o HC destinam-se a infraestrutura e recursos humanos.Os recursos que chegam do SUS são destinados a incentivar os LIMs que receberam melhor pontu-

ação, um reconhecimento ao desempenho. Professor de Hematologia da Faculdade de

Medicina de Ribeirão Preto-USP, Eduardo Maga-lhães Rego integra a coordenadoria da saúde da FAPESP e, entre suas funções, está a avaliação de pedidos de auxílio de projetos feitos por pesqui-

sadores do Estado de São Paulo, que antes já foram previamente analisados por assessores. Por ter a maior demanda, a coorde-nadoria da saúde tem 20 coor-denadores.

“O primeiro aspecto positivo nos LIMs é o conceito de multi-disciplinaridade e multiusuáriospara alguns aparelhos.” Outro ponto positivo, segundo ele, é a própria estrutura na questão da reavaliação – é um sistema que está sempre sendo reavaliado, o que facilita a caracterização de linhas de pesquisa. Com isso o pesquisador tem que ser mais competitivo, dentro de uma li-nha de pesquisa mais específi ca,

o que aumenta a produtividade. “São laboratórios mais focalizados que interagem muito bem. Ao mesmo tempo, eles são especializados numa de-terminada área, e isso, de certa forma, possibilita maiores avanços”, diz Eduardo Rego.

“É uma estrutura que já amadureceu e os pesquisadores já incorporaram o conceito de multiusuários. Isso é muito útil

porque ao invés de ter vários pedidos que pulverizariam a

verba, é possivel se concentrar na aquisição para uma

única instituição.” Eduardo Magalhães Rego,

professor da USP e integrante da coordenadoria

da saúde da FAPESP

2002

8.622,00

266,00

1.884,00

0,00

4.845,00

15.617,00

2003

9.746,00

15,00

2.717,00

499,00

3.999,00

16.976,00

2004

10.402,00

25,00

3.403,00

472,00

6.651,00

20.953,00

2005

11.050,00

163,00

4.185,00

2.441,00

5.661,00

23.500,00

2006

11.446,00

622,00

8.519,00

6.892,00

6.894,00

34.373,00

2007

14.837,00

7.576,00

797,00

3.310,00

5.768,00

32.288,00

2008

16.656,00

1.290,00

5.444,00

2.079,00

9.277,00

34.746,00

Fonte: Direx-LIM 2009

PRODUÇÃO CIENTÍFICA

20

A conquista do conhecimentoOs LIMs espelham o potencial e os desafi os da pesquisa em saúde no Brasil, que vive momentos de grande visibilidade, institucionalidade e aumento da capacidade instalada. Com foco na produção científi ca, assumindo cada vez mais o componente tecnológico e a busca da inovação, os LIMs são resultado da atividade de pesquisa estabelecida como uma das missões do sistema FMUSP/HC. A oferta do conhecimento nas diversas linhas de estudos clínicos, biomédicos e de saúde pública hoje dialoga com a capacidade de indução, no sentido de conciliar o mérito científi co dos LIMs com prioridades e parcerias estratégicas para o sistema de saúde brasileiro

Especialistas que se dedicam a quan-tifi car e a determinar critérios de relevância das pesquisas em saúde apontam, como paradigma orienta-dor, as oportunidades estratégicas geradas pela produção científi ca,

num contexto de globalização da economia e dos próprios sistemas de pesquisas.

Cada vez mais complexas, as mudanças tec-nológicas e a evolução da Medicina dependem de um modelo que associa a oferta da ciência

com as demandas do mercado, as possibilidades de investimento, as políticas governamentais e as necessidades de saúde da população.

Embora tardia, a reforma em curso no sistemanacional de ciência e tecnologia, que inclui os fundos setoriais de fomento e a retomada do papel vital da pesquisa para a universidade, revela um ambiente rico e promissor, sobretudo para modelos solidamente institucionalizados, como o dos LIMs.

Soma-se um cenário de mudanças no modelo

21

A conquista do conhecimento

PRODUÇÃO CIENTÍFICA

22

de desenvolvimento do País, nos estilos de vida e nos comportamentos, que assumem cada vez mais importância para a saúde pública e a Medicina no Brasil. As pesquisas devem também estar conca-tenadas com o aumento da expectativa de vida, o envelhecimento da população, e com as alterações do perfi l epi-demiológico, caracterizado pela diminuição progressiva da mor-talidade por doenças infecciosas e predomínio de óbitos por doen-ças cardiovasculares, neoplasias, outras doenças crônico-degene-rativas e causas externas.

Por integrar o maior hospital da América Latina, ancorado no tripé “ensino, pes-quisa e assistência”, os LIMs se revelam espaços privilegiados que abrigam a diversidade do cenário da saúde nacional, o que se traduz tanto nas suas frentes atuais de investigação quanto nos avanços já obtidos ou nas perspectivas de novos projetos.

Não por acaso, os LIMs se tornam cada vez mais reconhecidos pelos grandes centros de pesquisas internacionais. São Paulo tem “re-cursos tecnológicos e uma massa crítica de pes-quisadores de grande capacidade que podem

realizar pesquisas em ambientes diversos e complexos, isso não tem paralelo”, diz o psiquiatra GeraldoBusatto, presidente da Comisão Científi ca dos LIMs e coordenador do laboratório de Neuro-imagem em Psiquiatria. Ele observa que os estudos cerebrais de doenças mentais nos trópicos “não se con-seguem em nenhum outro lugar do

mundo”. “Possuímos um cenário único no qual as condições socioambientais são muito diferentes das dos países desenvolvidos, e já temos massa huma-na crítica e recursos tecnológicos para encontrar respostas. Por isso a USP tem lugar muito espe-cial no avanço do conhecimento biomédico”,

PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Em 2007, os LIMs publicaram 796

trabalhos originais em periódicos indexados

nas bases do Institut for

Scientifi c Information

23

diz o psiquiatra. São ascendentes a produção científica dos LIMs e o número de profissionais formados pelos laboratórios a cada ano. Alguns números oficialmente reconhecidos indicam essa grandeza. Em 2008, os LIMs publicaram 922 trabalhos originais em perió-dicos indexados nas bases do ISI (Institut for Scientific In-formation), o que representou 3% da publicação brasileira e 1,7% da publicação latino-ame-ricana no mesmo período e nas mesmas bases.

A geração, a disseminação e o compartilhamento do conhecimento são a base fundamental da missão dos LIMs. Esse ciclo do conhecimento é desenvolvido pela realização da atividade de pesquisa e da formação e recursos humanos, com presença de alunos e gra duação, pós-graduação, estagiários e aprimorandos nas unidades laboratoriais. Essas atividades fomen-

tam o desenvolvimento intelectual nos LIMs.Para garantir o maior equilíbrio possível nas

avaliações das unidades, a diretoria executiva dos LIMs vem aprimorando permanentemen-te seus critérios de avaliação. No final dos anos

1980, teve início o processo de avaliação da produção cientí-fica das unidades laboratoriais, quando foram definidos critérios de pontuação. Desde então, as unidades são classificadas anual-mente e, conforme a pontuação obtida, os recursos extraorçamen-tários são distribuídos. Conside-

rando que os laboratórios possuem cara cte- rísticas particulares que os tornam muito diver- sos, implantação desse sistema exigiu negocia- ções para estabelecer critérios aceitos por todos. Os critérios de avaliação da produção vêm sen-do revisados ao longo dos anos pela Comissão Científica dos LIMs.

Os critérios de avaliação da produção vêm sendo revisados ao longo dos

anos pela Comissão Científica dos LIMs

PRODUÇÃO CIENTÍFICA

24

1993

72

159

123

10

364

1994

115

295

126

10

546

1995

130

358

124

20

632

1996

161

370

92

12

635

1997

162

200

106

22

490

1998

222

301

113

13

649

Natureza do Trabalho

Trabalhos originais publicados em revistas indexadas nas bases do ISI

Trabalhos originais publicados em revistas não indexadas nas bases de dados ISI

Capítulos de Livro

Livros

Total

PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS LIMs

A produção científi ca dos LIMs em 1998 foi de 649 trabalhos das mais diversas naturezas. Em 2008, esse número havia sal-tado para 1.919. Considerados como de maior peso científi co, por conta de sua repercussão internacional, os trabalhos completos publicados em revistas indexadas nas bases do ISI (Insti-tut for Scientifi c Information) chamam a aten-ção pelo crescimento ainda mais acentuado:em uma década, passaram de 222 para 922.

Esse aumento pode ser explicado por dois

motivos. De um lado, um maior e melhor desem-penho das equipes. De outro, o fato de os pesqui-sadores serem estimulados a selecionar periódicoscom inserção internacional, garantindo assim maior visibilidade e o compartilhamento com o maior número possível de pessoas.

Em relação à produção científi ca nacional em periódicos indexados nas bases do ISI , observa-se um aumento consistente do percentual de produ ção dos LIMs, o que indica o sucesso das estratégias adotadas para o estímulo de produção científi ca.

Uma década de crescimento

25

PRODUÇÃO CIENTÍFICA TOTAL DOS LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO MÉDICA

1993

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

1999

250

330

169

28

777

2000

271

372

145

31

819

2001

268

407

124

28

827

2002

404

436

146

35

1.021

2003

427

385

151

29

992

2004

478

443

169

27

1.117

2005

534

392

249

32

1.207

2006

658

447

477

34

1.616

2007

796

565

285

50

1.696

2008

922

633

293

71

1.919

PRODUÇÃO CIENTÍFICA

26

1993

100

200

300

400

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

500

600

700

800

TRABALHOS PUBLICADOS PELOS LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO MÉDICA

Trabalhos completos publicados em revistas indexadas nas bases do ISI

Trabalhos completos publicados em revistas não indexadas nas bases do ISI

A base ISI é amplamente utilizada pela comu-nidade científi ca internacional e cobre pratica-mente todas as áreas do conhecimento. O banco de dados ISI é composto por três bases: Science Citation Index, Social Science Citation Index e Arts and Humanities Citation Index. O ISI fornece o “fator de impacto” de cada um

dos periódicos nele indexados, que são cerca de 9 mil no mundo todo. O fator de impacto (FI) representa um dos indicadores mais frequente-mente usados na avaliação da produção científi ca. Esse fator (FI) das revistas pode ser exemplifi cado da seguinte forma: o FI de uma revista referente ao ano de 2009 é calculado pela razão entre o número total de citações concedidas em 2009

aos artigos publicados nos dois anos anteriores —2007 e 2008—, e o número total de artigos pu-blicados na mesma revista em 2007 e 2008. O Brasil possui mais de uma centena de revis-

tas indexadas na base Science Citation Index e duas indexadas na base Social Science Ci-tation Index. No início de cada ano, os dados são coletados através de relatórios de ativi-dades encaminhados pelas unidades laborato-riais, referentes ao ano anterior. Os relatórios são avaliados individualmente pela Comissão de Relatórios dos LIMs, com base nos critérios estabelecidos, e os dados são então transforma-dos em indicadores que possibilitam a análise do desempenho.

PRODUÇÃO CIENTÍFICAPRODUÇÃO CIENTÍFICAPRODUÇÃO PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Como o impacto é medido

27

TRABALHOS PUBLICADOS EM REVISTAS INDEXADAS NAS BASES ISI (LIMs, BRASIL E AMÉRICA LATINA)

1993 72 4.490 11.847 1,60 0,611994 115 4.833 12.871 2,38 0,891995 130 5.508 14.499 2,36 0,901996 161 6.057 15.953 2,66 1,011997 162 6.749 17.666 2,40 0,921998 222 7.915 19.434 2,80 1,141999 250 8.948 21.664 2,79 1,152000 271 9.511 22.745 2,85 1,192001 268 10.631 24.642 2,52 1,092002 404 11.361 25.915 3,56 1,562003 427 12.679 28.673 3,37 1,492004 478 13.328 28.594 3,59 1,672005 534 15.796 33.831 3,38 1,582006 658 16.872 34.552 3,90 1,902007 796 19.486 39.286 4,08 2,032008 922 30.415 55.742 3,03 1,65

Fonte:(1) Relatórios de Produtividade Científica das Unidades Laboratoriais (Publicações na área de Medicina / Biomédicas)(2) MCT-Ministério da Ciência e Tecnologia (Publicações de todas as áreas de conhecimento)ISI: Institute for Scientific Information

Ano LIMs (1) Brasil (2) América Latina (2) LIMs / Brasil(%) LIM / América Latina(%)

1993

25

50

75

100

125

150

175

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

mestrado

doutorado

livre docência

19

39

4

39

48

5

12

20

2

45

53

4

53

97

3

71

113

10

71

113

10

50

83

5

50

103

11

59

122

11

76

134

16

53

104

5

33

127

8

100

134

4

87

148

9

88

169

4

DISSERTAÇÕES E TESES DESENVOLVIDAS NOS LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO MÉDICA

PRODUÇÃO CIENTÍFICA

28

No dia 31 de julho de 2006, o então governador de São Paulo, CláudioLembo, esteve na Faculdade de Medicina da USP para homo-logar uma lei que deu grande estímulo aos LIMs e à pesquisa

no sistema FMUSP/HC. O decreto, proposto pelo próprio governador e aprovado em regime de urgência pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, criou 55 cargos de pesquisador para os LIMs, além de incluir os laboratórios entre as instituições ofi ciais de pesquisa previstasna legislação estadual.

Segundo o governador disse na ocasião, “a espera de mais de 20 anos pela criação desses cargos é absurda. Esse projeto não deveria ter fi cado tanto tempo perdido em mesas e escri-vaninhas. São 55 pesquisadores, um quadro até pequeno, mas excepcionalmente importante para São Paulo e para o País, porque vai permitir

enormes avanços na ciência brasileira”.A então reitora da USP, professora Suely

Vilela, ressaltou que “o decreto é um reconheci-mento do papel dos LIMs no desenvolvimento da pesquisa científi ca de ponta em nosso País. É um grande passo em direção ao futuro dessa instituição, cujo prestígio orgulha a todos”.

O diretor-executivo dos LIMs, professor José Eluf Neto, acrescenta que “a ausência de uma carreira específi ca para pesquisador científi co causou, ao longo dos anos, a perda de profi ssionais altamente qualifi cados, em cuja formação a instituição fez grandes investimentos. Portanto, a criação da carreira de pesquisador científi co possibilitará que os profi ssionais passem pela série de estágios correspondentes à natureza de suas atribuições e oferecerá também a oportuni-dade de evolução funcional”.

Os pesquisadores, enquadrados na referên-cia PqC-1/nível I, podem ascender até o nível

No dia 31 de julho de 2006, o então governador de São Paulo, Cláudio

enormes avanços na ciência brasileira”.A então reitora da USP, professora Suely

A carreira de pesquisador

PRODUÇÃO CIENTÍFICA

29

VI, compatível com a carreira de docente da USP. Aqueles profissionais que já desenvolvem seu trabalho nos laboratórios podem agora, por concurso público, conquistar uma dessas vagas, tornando-se funcionários da autarquia. Com isso, passam a ter um plano formal de carreira e a pos-sibilidade de crescimento.

A nova legislação também determina que o pesquisador deve ingressar no LIM em regime de dedicação integral ao trabalho. Mais do que fixar o pesquisador dentro do laboratório, a medida fornece ao profissional uma oportunidade de carreira. Já com base na nova lei, o primeiro concurso de Pesquisa-dor Cientifico I para atuação nos LIMs foi realizado em 2008. O concurso viabilizou a contratação de 42 pesquisadores.

Diretor-presidente do Hospital AC Camargo, o professor Ricardo Renzo Brentani, também diretor-presidente do Conselho Técnico Administrativo da FAPESP e ex-diretor-executivo dos LIMs, lem-bra a importância da inserção de profissionais não médicos nos laboratórios e nas pesquisas rela-cionadas à saúde. “O profissional de nível superior dos LIMs passou a se integrar na carreira de pesquisador do governo do Estado. Foi o resultado do esforço coletivo, em especial da professora Maria Mitzi Brentani, do professor Gregório Santiago Montes, além do professor Giovanni Cerri, que na época representava a congregação da Faculdade no Conselho Univer-sitário”, diz Ricardo Brentani. “Foi uma vitória, porque deu não só um plano de carreira para os não-médicos, como também a possibilidade de fazerem pós-graduação, terem alunos e orientá-los. Mais recentemente, a pós-graduação básica foi incorporada à pós-graduação médica. Um exemplo: a pós-graduação em Oncologia hoje pode ter alunos e docentes médicos e não-médicos. Todas essas conquistas elevaram ainda mais a produtividade dos LIMs e contribuíram para a produção científica do País.”

Giovanni Guido Cerri lembra que um dos pro-blemas da Faculdade “é que os docentes tinham uma carreira, mas os pesquisadores não-docentes, não”. “A criação de uma carreira de pesquisador

para o sistema FMUSP/HC aconteceu justamente para atender a demanda dos LIMs, ou seja, para que os pesquisadores também pudessem ter um projeto de carreira”.

“É consenso que a criação dos cargos de pes-quisador científico contribuiu para o estímulo ao desempenho das atividades de investigação cientí-fica”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata. Diretor da Faculdade de Medicina, o professor Marcos Boulos diz que “havia muitos pesquisadores

não-médicos na casa, que eram docentes, mas sem uma estru-tura para mantê-los institucio-nalmente”. Segundo Boulos, há tempos o HC e a Faculdade lem-bravam ao Estado que nas suas secretarias e institutos de pesqui-sas havia o cargo de pesquisador científico. “Queríamos essa mes-ma possibilidade para os LIMs”, diz ele. “De uma certa maneira, isso acomodou alguns pesquisa-dores que estavam sendo con-tratados via Fundação Faculdade de Medicina e que não tinham estabilidade. Não sabemos ainda qual a dimensão e o impacto dessa medida, mas de alguma

maneira eu poderia dizer que foi um fato a mais que se somou à organização do fluxo de pes-quisa da casa.” Boulos lembra que são 55 cargos, ainda que exista um número muito maior de pessoas trabalhando em pesquisa no sistema FMUSP/HC. “Isso ajuda a ter uma estrutura profissional não-médica dentro da instituição, por meio desses pesquisadores.”

Flávio Fava de Moraes, diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina, ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo Mario Covas e ex-reitor da USP, ressalta a importância da realização dos simpósios dos LIMs, lembrando que, com o simpósio realizado em 2005, con-seguiu-se sensibilizar o governo para a necessi-dade de criação da carreira de pesquisador. “Foi um grande avanço na produção científica dos LIMs a abertura de vagas para contratar profis-sionais especializados”, diz Fava de Moraes. “Isso permitiu que pessoas que só podiam se dedicar parcialmente às pesquisas passassem a dedicar-se integralmente a elas, criando um grupo estável.”

“O decreto é um reconhecimento do papel dos LIMs no

desenvolvimento da pesquisa científica de ponta em nosso País.

É um grande passo em direção ao futuro dessa

instituição, cujo prestígio orgulha a todos”.

Suely Vilela, ex-reitora da USP

30

CONTEXTO

A importância do ambiente hospitalarPrioridade em grandes centros de estudos, a investigação científi ca ligada a hospitais ou instituições de assistência mobiliza ao mesmo tempo a pesquisa básica e a pesquisa clínica

A pesquisa científi ca vinculada ou realizada dentro dos hospi-tais e instituições de assistên-cia à saúde é considerada prio-ridade em todos os grandes centros de estudos. É a área

que mais apresenta resultados. Seja em avanços dentro das instituições médicas, no trato direto com o paciente, seja no reconhecimento pelos artigos publicados nas revistas nacionais e inter-nacionais, assim como na formação de recursos humanos. Os motivos para essa constatação são muitos, em especial porque o hospital de ensino no Brasil, e particularmente o HC-FMUSP, é hete-rogêneo em sua essência. Atende a diferentes níveis de complexidade: do transplante a casos de atenção básica de uma rede de saúde defi ci-tária. Pratica ainda, por exemplo, a telemedici-na, estuda futuras aplicações de terapia gênica e técnicas minimamente invasivas ao mesmo tempo que precisa dar respostas a doenças como tuberculose, malária e hanseníase.

É no ambiente hospitalar que acontece a con-vergência dos diversos elos que conformam a ca-deia do conhecimento médico. Ao interagir com esse ambiente, as atividades de pesquisa dos LIMs tornam-se vetores da capacitação técnico-cientí-fi ca, formando profi ssionais que atuam também na assistência. À medida que aumentam a capaci-dade de promover a interação entre a pesquisa básica e a pesquisa clínica, os LIMs possibilitam o intercâmbio entre pesquisadores que, embora tenham formações distintas, passam a compar-

tilhar os interesses comuns de promoção e recu-peração da saúde das pessoas. É possível, por-tanto, vislumbrar a tradução do conhecimento gerado pela pesquisa em abordagens concretas de prevenção, diagnóstico e tratamento.

Foi pela complexidade dessa situação que a transferência dos laboratórios —determinada pela Reforma Universitária—, enviando aquelesde ciências básicas para o campus da Ci-dade Universitária, provocou tanta reação na época. A criação dos LIMs surgiu como a escolha possível, que acabou se revelando o melhor caminho naquela conjuntura. E se mostrou, em seguida, como um modelocom melhores resultados se comparados com outros centros universitários de pesquisa em saúde. Para muitos professores, as melhores escolas para se aprender e pesquisar são exatamente as enfermarias dos hospitais.

Os LIMs, estabelecidos em torno do Hospitaldas Clínicas, se revelaram a prova concreta dessa afirmação, que gera permanentemente novos desafios científicos. Afinal, espera-se que as pesquisas desenvolvidas num hospital de ensino com o porte e a missão institucional do HC-FMUSP se aproximem das necessidades de saúde da população e das prioridades das políticas públicas de saúde.

“Os LIMs significaram um enorme avanço para a pesquisa básica. O desafio é justamente promover cada vez mais a pesquisa voltada para a clínica, feita junto aos pacientes e às necessidades terapêuticas e assistenciais. A

31

A importância do ambiente hospitalar

32

CONTEXTO

pesquisa já está institucionalizada no HC e na FMUSP. Embora a divisão operacional seja necessária, institucionalizar uma conexão orgânica entre o laboratório e a clínica é um passo importante,” afirma o professor EduardoMoacyr Krieger, diretor da unidade de hiper-tensão do Incor e membro do conselho supe-rior da FAPESP.

Segundo o doutor José Agenor Silveira,diretor-executivo da Faculdade de Medicina, no sistema acadêmico de saúde no qual os LIMs estão inseridos, a Faculdade e o hospital não existem separadamente. Eles se fundem na geração de conhecimento. “A produção científica é extraordinária, mas só os recur-sos públicos não dinamizam todo o potencial. A parceria com a iniciativa privada, como ocorre em outros países, é fundamental. Há uma percepção de que isso traz avanços. Até pelos investimentos que demandam, não é tarefa da universidade se ocupar em desen-volver os produtos e equipamentos para o complexo industrial da saúde. Mas a pesquisa translacional, que gera a aplicação prática do conhecimento produzido nos LIMs, é uma ponte a ser criada com empresas privadas. Esse diálogo produz efeitos como a transferênciade tecnologias do privado para o público e a redução da dependência científica e tecnológi-ca do País na área da saúde”, diz Silveira. Além de avaliar a eficácia e a segurançade medicamentos e vacinas, há linhas de pes-quisa que têm se voltado também para avalia-ções econômicas, de custo-efetividade — tantode novas tecnologias quanto daquelas já existentes—, bem como de procedimentos para a solução dos problemas de saúde e agravos mais frequentes.

É neste sentido que o HC-FMUSP integra, por exemplo, a Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino – RNPC, ação conjunta do Ministério da Saúde e Ministério da Ciência e Tecnologia, cuja meta é reunir cerca de 30 centros de pesquisa. O financia-mento do complexo industrial da saúde e as parcerias público-privadas têm o seu espaço na viabilização de projetos de pesquisa dos LIMs e do sistema FMUSP/HC. Porém, os recursos públicos, preservados os critérios de concorrência pública, competitividade e continuidade, são fundamentais para gerar conhecimento concatenado com as priori-dades nacionais de saúde.

““Não adianta ter um ambiente

em que eu atenda milhares de

pessoas sem tirar dali algum

conhecimento novo. O Hospital

das Clínicas e a Faculdade de

Medicina acabam formando

um ´ambiente hospitalar´ que

mobiliza muitas pessoas e que

aproveita essas circunstâncias

para gerar novos conhecimento.

E é isso que caracteriza uma

universidade, a produção de novos

conhecimentos.”

Durval Rosa Borges, professor de

gastroenterologia da Universidade

Federal de São Paulo (Unifesp) e

um dos coordenadores da área de

Saúde da FAPESP

“Os LIMs têm uma missão crítica

que é prover um ambiente para

investigação laboratorial para

todos os docentes da USP

e os médicos do HC, que

têm um status de investigadores

ligados a área médica.”

Marco Antonio Zago, pró-

reitor de pesquisa da USP,

professor titular de Clínica

Médica da Faculdade de

Medicina de Ribeirão Preto

33 33

O professor Giovanni Guido Cerri dirigiu a Faculdade de Medicina da USP e hoje é presidente do conselho diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o ICESP. De sua sala, no prédio da

avenida Dr. Arnaldo, Cerri comanda um dos mais novos centros de atendimento em Oncologia do País. Algumas das linhas prioritárias em pesquisa avançada passam pelo crivo do professor. Entre a segunda e a terceira causa de mortalidade no Brasil, o câncer avança no País para empatar com o perfi l de países do Primeiro Mundo, onde a doença é uma das que mais matam e que mais gastos consomem do Estado.

Como docente e ex-diretor da FMUSP, GiovanniCerri acompanhou a separação dos institutosde pesquisa, testemunhou a criação dos LIMs e também o crescimento rápido de sua produção. “Os LIMs são resultados de uma tese que funda-menta toda a pesquisa em saúde”, ele diz. “Por mais que a pesquisa básica seja importante, não há investigação de fato se não houver pacientes, se as pesquisas não estiverem vinculadas às doenças e aos doentes.”

Com a ida dos laboratórios para o campus da universidade, ele lembra, todos os pacientes ob-viamente permaneceram no HC, assim como toda a oportunidade de pesquisa básica voltada para a área hospitalar. “Os departamentos foram, mas o hospital fi cou, e é por isso que os LIMs cresce-ram de forma tão rápida. Por que os pacientes estão no hospital, os estudos clínicos também. Toda a infraestrutura necessária para se realizar pesquisa na área de saúde está aqui, com a exis-tência de um grande hospital-escola.”

Giovanni Cerri ilustra a importância da pes-quisa em ambiente hospitalar com exemplos práticos. “Suponhamos um paciente que neces-sita de um tipo de cirurgia no coração porque ele teve um infarto, por exemplo. É preciso de-senvolver técnicas de ponte de safena e esse é o caso de uma pesquisa clínica. Mas existem também pesquisas que estudam o mecanismo da formação do infarto, o mecanismo da oclusão da coronária, as substâncias que podem melhorar o fl uxo cardíaco. Quais são as condições que levam o paciente a ter um infarto, as substâncias en-volvidas nisso? Essa é uma pesquisa básica, uma pesquisa laboratorial aplicada a casos reais.”

DEPOIMENTO

“Os LIMs são resultados de uma tese que fundamenta toda a pesquisa em saúde. Por mais que a pesquisa básica seja importante, não há investigação de fato se não houver pacientes, se as pesquisas não estiverem vinculadas às doenças e aos doentes.”Giovanni Guido Cerri, presidente do conselho diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

“Os LIMs são resultados de uma tese que fundamenta toda a pesquisa em saúde. Por mais que a pesquisa

Bem ao lado dos pacientes

34

Para o ex-secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata (1953-2010), a co-nexão entre as linhas de pesquisa e as prioridades do sistema de saúde é fundamental. “É importante que as

pesquisas científi cas no Brasil reconheçam as neces-sidades epidemiológicas de nossa população e de-senvolvam novas tecnologias que auxiliem o aten-dimento de seus problemas prioritários”, disse, em depoimento concedido em 2009. Barradas ressaltou a sobrecarga de uma Medicina que é dependente de importações de medicamentos e equipamentos. “Sabemos que grande parte do encarecimentoobservado nos sistemas de saúde em todo o mundo, inclusive no Sistema Único de Saúde brasileiro, provém do rápido desenvolvimento tecnológico do setor, na maior parte das ve zes efetivado por empresas sediadas em outros países e com monopólios de produção de novas drogas e equipamentos. Com o desenvolvimento de tecno-logia própria, o Brasil poderá atender às necessi-dades de saúde de sua população, de forma mais adequada, menos custosa e dirigida aos proble-mas específi cos de nossa realidade, melhorando a saúde e a qualidade de vida da população.” Na avaliação do ex-secretário, os LIMs, como todos os centros de pesquisa do País, têm um papel fundamental na construção dessa soberania.Muitas pesquisas geradas nos LIMs, afi rmou

Barradas, “têm subsidiado a reorientação de po-líticas públicas”. “São grupos que desenvolvem pesquisa em diferentes campos das ciências da saúde e têm investigado doenças como aids, he-patite C, Alzheimer, esquizofrenia, asma, câncer de mama e de colo de útero e infarto do mio-cárdio. Destacam-se ainda estudos da dinâmica e controle vacinal de epidemias e trabalhos sobre o impacto da poluição ambiental na saúde. Trata-mentos de alta complexidade, que incluem novas técnicas cirúrgicas, transplantes e terapias celula-res, são também alvo de investigação e aprimora-

mento por grupos de pesquisa dos LIMs”.Portanto, declarou Barradas, a “Secretaria con-

sidera muito importante o desenvolvimento da estrutura dos LIMs, que certamente continuarão a contribuir signifi cativamente para a pesquisa em saúde”. O ex-secretário destacou a importân-cia dos Laboratórios de Investigação Médica ci-tando números do Ministério da Ciência e Tecno-logia. Segundo dados do ministério, a produção científi ca desenvolvida nos LIMs representa 7,3% da publicação brasileira e 3,3% da publicação latino-americana, nas áreas de saúde e ciências biomédicas. Barradas lembrou que os pesquisa-dores dessas unidades têm atuado em diferentes projetos de alcance nacional e internacional, “li-derando grupos que têm gerado conhecimento de ponta e que se traduzem para a prática clínica”.“Em 2006, o governo do Estado de São Paulo

criou 55 cargos de pesquisador científi co para os Laboratórios de Investigação Médica”, lembrou o secretário. “Sem dúvida, a criação dos cargos de pesquisador científi co contribuiu para o estímulo ao desempenho das atividades de investigação científi ca, nos vários campos de estudo relacio-nados à saúde, fortalecendo os núcleos de pes-quisa já existentes.”Segundo Barradas, ainda há difi culdade para

os pesquisadores se relacionarem com as agên-cias de fomento, principalmente pelos entraves ao entendimento das regras e documentação. Por isso, a maior fatia da verba acaba fi cando com pou-cas instituições. Segundo o secretário, de 2005 a 2009, a FAPESP repassou R$ 48 milhões para o conjunto dos 35 hospitais dos SUS em São Paulo, mas apenas sete foram benefi ciados, todos eles de renome, como o HU da USP, o HC da FMUSP, o HC da FMUSP-Ribeirão Preto, o Incor, o Emilio Ribas, o Centro Infantil Boldrini, de Campinas, e o AC Camargo, de São Paulo. Esse fato, afi rmou o secre-tário, demonstra a possibilidade e a necessidade de ampliação gradativa de recursos para as pesquisas desenvolvidas no Estado.

O ex-secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, dizia que é essencial a relação entre as linhas de pesquisa e as prioridades do sistema de saúde

O ex-secretário de Estado da Saúde de São Paulo,

Conexão fundamental

DEPOIMENTO

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Para o secretário de Ciência e Tec-nologia do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, o ambiente hospitalar e a pesquisa em saúde devem representar uma parceria de interesses. Nesse sentido, a se-

cretaria que Guimarães comanda é o órgão que melhor estabelece a conexão necessária entre ambos. Ele relata passos recentes que dão a dimensão de importância dos LIMs e do Hospi-tal das Clínicas da FMUSP no contexto nacio-nal da pesquisa médica.“A pesquisa científi ca vinculada a hospitais

de ensino e universitários é prioridade para a secretaria”, afi rma Guimarães. “Parte da comu-nidade científi ca no Brasil está situada nesse âmbito. Em 2005 foi criada a Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensi-no (RNPC) por meio de chamada pública. Foi uma parceria do Ministério da Ciência e Tec-nologia, Ministério da Saúde e Finep (Ação Transversal - Pesquisa Clínica), que então selecionou instituições para integrarem a cha-mada RNPC. Essa parceria contou com investi-mentos da ordem de 35 milhões de reais, com desembolsos feitos ao longo de três anos.” O Hospital das Clínicas da FMUSP, ele afi rma, é parte integrante da RNPC e agrega diversos ou-tros setores de pesquisa científi ca da USP. De acordo com Guimarães, desde 2004 o

Ministério da Saúde assumiu a liderança na política de pesquisa em saúde. Na ocasião, o secretário de Ciência e Tecnologia era o pro-fessor Moisés Goldbaun, do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP. “Naquele ano, a 2º Conferência Nacional de Ciência, Tecno-logia e Inovação em Saúde reuniu mais de 700 participantes do sistema de saúde, de ciência e tecnologia e de educação. Como resultado foi defi nida a Agenda Nacional de Prioridade de Pesquisa em Saúde (ANPPS). Essa agenda foi um marco para interligar a pesquisa para saúde

tendo como direcionamento não apenas a pes-quisa aplicada, mas principalmente a pesquisa estratégica, conceito que integra a pluraridade metodológica no campo da pesquisa em saúde.” Ainda segundo Reinaldo Guimarães, para dar conta da estratégia de implantação da ANPPS, o Ministério da Saúde estabeleceu cooperação técnica com o Ministério da Ciência e Tecno-logia, Finep e CNPq a partir de 2004. “Essas agências aplicam atualmente cerca de 40% dos recursos fi nanceiros do fomento à pesquisa cuja agenda é defi nida pelo Ministério da Saúde.” O desafi o para o País, segundo o secretá-

rio, é transformar e institucionalizar a política de pesquisa em saúde de forma verticalizada, carac terística de muitos países desenvolvidos que possuem pesquisa e desenvolvimento como componente estratégico do desenvolvimento econômico e de sustentabilidade. No Brasil, afi rma Guimarães, outros setores se destacam com políticas verticais de P&D, como o setor energético, agropecuário e de aviação.“Novos investimentos e uma instituição pró-

pria para pesquisa em saúde são necessários para alcançarmos um modelo de gestão da política de ciência, tecnologia e inovação que altere o componente vulnerável atual: incipienteinovação e produção”, diz Guimarães. “O Mi-nistério da Saúde tem muito claro o caminho a trilhar no campo da ciência e tecnologia. Desde a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, que não só agregou ao que já vinha sendo feito, como também estabe-leceu as bases para a atuação futura de forma compartilhada com todos os setores, o ministé-rio tem sido orientado pelas diretrizes de uma política nacional que abre duas frentes signifi -cativas: uma dedicada à pesquisa propriamente dita, e a outra, voltada para a indústria, com foco em desenvolvimento tecnológico e pro-dução de insumos estratégicos de interesse do setor saúde.”

Para o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, o ambiente hospitalar e a pesquisa em saúde devem estabelecer e agregar interesses comuns

Para o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério

Parcerias estratégicas

DEPOIMENTODEPOIMENTODEPOIMENTO

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DEPOIMENTOSDEPOIMENTOS

Professor Flávio Fava de Moraes, diretor geral da Fundação Faculdade de Medicina

Dr. José Manoel de Camar go Teixeira, superintendente do HCProfessor Marcos Boulos, diretor da Faculdade de Medicina

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Modelo competitivoPara o professor Flávio Fava de Moraes, ex-reitor da USP e diretor da Fundação Faculdade de Medicina, os LIMs interligam os vários níveis da investigação científica e devem ser reproduzidos para além da universidade

Diretor-geral da Fundação Faculdade de Medi-cina, o professor Flávio Fava de Moraes já pre-sidiu a Fundação Seade —o sistema de análise e estatística do Estado—, foi secretário de Ciência e Tecnologia do governo Mario Covas, reitor da USP e dirigiu, por uma década, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), da qual ainda integra a diretoria científica. Fava de Moraes diz que os Laboratórios de Investigação Médica formam uma estrutura única de ligação entre os vários níveis de investigação. Os LIMs, ele declara, tiveram o privilégio de “trabalhar em pesquisa com aplicação médica e com condições e infraestruturas únicas”.

“O conceito de ciência básica e ciência apli-cada é apenas pedagógico porque se não houver a primeira, a segunda não existe. Se tiver apenas a pesquisa básica e não a aplicada, o conheci-mento fica na prateleira. Os LIMs ocupam esse es-paço que chamamos translacional, de uma ciência que abrange todos os interesses a partir de uma pergunta inicial.” Fava de Moraes diz que é fun-damental que se dê visibilidade aos LIMs. “É um modelo que deveria ser reproduzido para além da Faculdade de Medicina, para fora da USP, para outras áreas profissionalizantes.”

O diretor da Fundação Faculdade de Me-dicina considera vital para a pesquisa uma es-trutura que agregue interesses e conhecimentos. “Enquanto um estuda um tema específico, uma doença, o outro vê, por exemplo, a fisiologia em questão, ao mesmo tempo em que determinado laboratório analisa o efeito terapêutico de de-terminada droga”, afirma o professor. “Você tem um microscópio eletrônico de uso comum, uma centrífuga moderna, um freezer que chega a menos 80 graus. Trata-se de uma infraestrutura moderna, num lugar só. Há uma agregação mul-tiprofissional quando se tem à disposição alguém que trabalha com estatística ou um profissional da área de informática assim como de diversas

outras áreas. Nesse ambiente multiprofissional, de multiusuários, de eficácia, tudo acontece mais rápido, e há uma redução de custos, com melhores resultados porque os problemas são abordados de diferentes ângulos. Com isso, aumentam as chances de publicação em revistas de grande im-pacto internacional.”

Fava de Moraes considera altamente positiva a capacidade que os LIMs têm de captar recursos. “Os laboratórios recebem doações, ganham pro-jetos, são extremamente competitivos ao buscar recursos na FAPESP, no CNPq, na Finep ou nos convênios com empresas farmacêuticas, ainda que os LIMs não priorizem pesquisa clínica.”

Democratização do conhecimento Para o superintendente do Hospital das Clínicas, Dr. José Manoel de Camar go Teixeira, a democratização do conhecimento, dos recursos e dos equipamentos é a marca registrada dos LIMs

“A produção científica dos Laboratórios de Investigação Médica tem características próprias, inclusive porque há muita pesquisa dentro de toda a estrutura hospitalar. A que é realizada pelos LIMs é moderna sob todos os pontos de vista, seja ao falarmos em equipamentos e tecnologia ou ao observarmos conhecimentos atualizados de biologia molecular, biologia celular, de genoma, entre outros.” A declaração é do superintendente do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, José Manoel de Camargo Teixeira.

Cirurgião cardiovascular e professor de admi-nistração hospitalar da Fundação Getúlio Vargas, José Manoel também foi diretor-executivo do Incor durante 21 anos. É dessa trajetória na área administrativa que vem seu olhar empre-sarial para o complexo que administra, sempre atento à produção científica da instituição e seu entorno hospitalar. “As pesquisas em saúde ga-nham cada vez mais espaço, estão mais voltadas para a realidade, na qual o propósito é sempre pesquisar uma doença, uma causa, uma técnica, uma terapêutica que seja eficaz para o dia a dia”, afirma o superintendente. José Manoel diz que o

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DEPOIMENTOS

futuro da pesquisa exige uma integração cada vez maior com o cotidiano de demandas hospitalares e uma inserção do hospital no Sistema Único de Saúde, o SUS. Ele cita programas como os de Medicina Comunitária e o Saúde da Família. “Estamos chegando cada vez mais próximos da comunidade, desde a atenção básica, passando pela atenção secundária e ambulatórios de espe-cialidades, até hospitais secundários e terciários, caso do HC.” Nesse contexto, afi rma o dr. José Manoel, os LIMs têm um papel fundamental. O superintendente lembra que cada vez mais fala-se em bases multiprofi ssionais para atuação, em plataformas que tenham diversos usuários. “Não existem mais laboratórios nos quais cada um tem lá o seu ‘universo’ fechado, tranca-se a porta e vai embora. O uso é coletivo tanto dos recursos tecnológicos como do conhecimento gerado, que não fi ca mais ‘guardado’ no livro, na gaveta, sem ser acessado. A democratização do conhecimento, dos recursos e dos equipamentos será cada vez mais a marca registrada dos LIMs.”

Necessidades sociais“Vislumbramos a possibilidade de ter uma produção ainda maior — e sempre condizente com as necessidades sociais”, afi rma o pro-fessor Marcos Boulos, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Diretor da Faculdade de Medicina da Universi-dade de São Paulo, presidente da Congregação da Faculdade de Medicina e do Conselho Delibera-tivo do Hospital das Clínicas, o professor Marcos Boulos também é o diretor-geral dos LIMs. Ao falar sobre o futuro da pesquisa na instituição, Boulos, que é professor da disciplina Moléstias Infecciosas e Parasitárias, diz que a tendência é que a Faculdade priorize a pesquisa compatível com as necessidades sociais do Brasil.

“O pesquisador sempre manterá sua inde-pendência ao buscar agências fi nanciadoras para a linha de pesquisa que desejar desenvolver enquanto a instituição continuará buscando mais recursos relacionados a estudos de interesse social”, diz. “Assim, vislumbramos a possibilidade

de ter uma produção ainda maior —e sempre con-dizente com as necessidades sociais. Sabemos, pela experiência, quais são as doenças que neces-sitam de respostas importantes, as que têm maior impacto social. A partir daí, discutimos e deter-minamos algumas linhas para as quais a diretoria da instituição empenha-se na busca de fi nancia-mento e recursos institucionais.”

Além da competência do pesquisador, também a credibilidade da instituição é determinante na captação de recursos para a pesquisa. “Plane-jamos incentivar mais pesquisas patrocinadas. Neste formato de fi nanciamento, quem delibera as pesquisas é a instituição, ouvindo parceiros e seguindo critérios comprometidos com as necessi-dades sociais. Ou seja, sabermos quais as pesquisaspodem dar retorno útil para a sociedade.”

Segundo Boulos, a perspectiva é que a Facul-dade de Medicina tenha cada vez mais relevânciana argumentação com os fi nanciadores, já que tem aumentado a capacidade instalada e as possibilidades de pesquisa. Ele cita como exem-plo o desenvolvimento de uma vacina contra a malária, assim como o estudo das células-troncos, com todas as suas potencialidades. O diretor da Faculdade diz que há outras áreas que merecem ser mais investigadas, caso da prevenção e da promoção da saúde, universo que inclui fatores sociais, ambientais, culturais, e no qual a atuação multiprofi ssional dá novos impulsos ao traballho da investigação médica.

Os epidemiologistas, ele exemplifi ca, sempre devem ser ouvidos na defi nição e prioridade das pesquisas. “A hipertensão arterial ou a diabetes mellitus, por exemplo, são problemas gravíssi-mos, cujo enfretamento deve estar pautado nas pesquisas.” No caso da prevenção, cita Boulos, estão as doenças sexualmente transmissíveis, das infecções pelo HIV ao HPV, que pode causar câncer do colo de útero. Dentre os agravos à saúde que pouco frequentam as bancadas dos pesqui-sadores estão as causas externas (acidentes de trânsito e de trabalho, homicídios e suicídios) e o uso abusivo de álcool e outras drogas.

A intenção dos LIMs é passar a desenvolver tam-bém estudos que possam subsidiar políticas públi-cas para lidar com os grandes fatores responsáveis pela morbidade e mortalidade da população.

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Laboratório de Informática MédicaLaboratório de Anatomia Médico-CirúrgicaLaboratório de Medicina LaboratorialLaboratório de Microcirurgia - Cirurgia PlásticaLaboratório de Poluição Atmosférica ExperimentalLaboratório de Imunopatologia da Esquistossomose e outras ParasitosesLaboratório de Gastroenterologia Clínica e ExperimentalLaboratório de AnestesiologiaLaboratório de PneumologiaLaboratório de LípidesLaboratório de Cirurgia Cardiovascular e Fisiopatologia da CirculaçãoLaboratório de Pesquisa Básica em Doenças RenaisLaboratório de Genética e Cardiologia MolecularLaboratório de Investigação em Patologia HepáticaLaboratório de Investigação em NeurologiaLaboratório de Fisiopatologia RenalLaboratório de Investigação em ReumatologiaLaboratório de Carboidratos e RadioimunoensaiosLaboratório de Histocompatibilidade e Imunidade CelularLaboratório de Terapêutica ExperimentalLaboratório de Neuroimagem em PsiquiatriaLaboratório de Patolologia CardiovascularLaboratório de Psicopatologia e Terapêutica PsiquiátricaLaboratório de Oncologia ExperimentalLaboratório de Endocrinologia Celular e MolecularLaboratório de Pesquisa em Cirurgia ExperimentalLaboratório de Histofi siologia Aplicada Laboratório de Cirurgia Vascular e da Cabeça e PescoçoLaboratório de Nefrologia Celular, Genética e MolecularLaboratório de Investigação em Cirurgia PediátricaLaboratório de Genética e Hematologia Molecular

LIM|01LIM|02LIM|03LIM|04LIM|05LIM|06

LIM|07LIM|08LIM|09LIM|10LIM|11

LIM|12 LIM|13LIM|14LIM|15LIM|16LIM|17LIM|18LIM|19LIM|20LIM|21LIM|22 LIM|23LIM|24LIM|25LIM|26LIM|27LIM|28LIM|29LIM|30LIM|31

LIM|32LIM|33LIM|34LIM|35

LIM|36LIM|37LIM|38LIM|39LIM|40LIM|41LIM|42 LIM|43LIM|44LIM|45LIM|46LIM|47LIM|48LIM|49LIM|50LIM|51LIM|52 LIM|53LIM|54LIM|55LIM|56

LIM|57LIM|58LIM|59LIM|60LIM|61LIM|62

Laboratório de OtorrinolaringologiaLaboratório de OftalmologiaLaboratório de Ciências da ReabilitaçãoLaboratório de Nutrição e Cirurgia Metabólica do Aparelho DigestivoLaboratório de Pediatria ClínicaLaboratório de Transplante e Cirurgia de FígadoLaboratório de Epidemiologia e ImunobiologiaLaboratório de Processamento de Dados BiomédicosLaboratório de Imunoematologia e Hematologia ForenseLaboratório de Investigação em ReumatologiaLaboratório de Hormônios e Genética MolecularLaboratório de Medicina NuclearLaboratório de Ressonância Magnética em NeurorradiologiaLaboratório de Fisiopatologia NeurocirúrgicaLaboratório de Parasitologia MédicaLaboratório de Hepatologia por VírusLaboratório de ImunologiaLaboratório de ProtozoologiaLaboratório de Patologia das Moléstias InfecciosasLaboratório de Emergências ClínicasLaboratório de VirologiaLaboratório de MicologiaLaboratório de BacteriologiaLaboratório de UrologiaLaboratório de Investigação em Dermatologia e Imunodefi ciênciasLaboratório de Fisiologia ObstétricaLaboratório de Ginecologia Estrutural e MolecularLaboratório de Biologia CelularLaboratório de Imunologia Clínica e AlergiaLaboratório de Pesquisa em Cirurgia TorácicaLaboratório de Fisiopatologia Cirúrgica

Os 62 LIMs

Conheça as principais linhas de pesquisa dos Laboratórios de Investigação Médica do sistema FMUSP/HC

FICHA TÉCNICA

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Linhas de pesquisa: aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina; aprendizagem e cognição: fi sio-logia e patologia eletrofi siológica da cognição engenharia biomédica; epidemiologia das doenças transmissíveis; física matemática; geociências; informática médica; métodos e técnicas de ensino; modelos matemáticos aplicados à epidemiologia; saúde coletiva e telemedicina.

Laboratório de Informática Médica Responsável: Prof. Dr. Eduardo MassadSubstituto: Prof. Dr. Raymundo Soares de Azevedo NetoOnde fi ca: IOF - Instituto Oscar Freire, 2º andar Telefones: (11) 3061-7435 / 7678 / 7679

LIM 01 | DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

Linhas de pesquisa: anatomia cirúrgica; obesidade morbida; biologia molecular da matriz extra celular; correlações topográfi cas crânio- encefálicas de interesse microcirúrgico; desenvolvimento de imagens 3D estereoscópicas para estudo, ensino e documentação em anatomia aplicada à cirurgiae bases fi siopatológicas das complicações clínicas e cirúrgicas do transplante de fígado.

Laboratório de Anatomia Médico-CirúrgicaResponsável: Prof. Dr. Nelson Fontana MargaridoSubstituto: Prof. Dr. Alfredo Luiz JacomoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 1º andar - sala 1302Telefones: (11) 3061-7279 / 7298 / 8277

LIM 02 | DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

Linhas de pesquisa: epidemiologia; morfometria; defesa respiratória; poluição em plantas; patolo-gia pulmonar e mutagênese ambiental.

Laboratório de Medicina LaboratorialResponsável: Prof. Dr. Marcelo Nascimento BurattiniSubstituto: Profa. Dra. Leila AntonangeloOnde fi ca: PAMB – Prédio dos Ambulatórios do HCFMUSP, 2º andar – Bloco 08Telefones: (11) 3069-6158 / 6176

LIM 03 | DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

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Linhas de pesquisa: investigação experimental e clínica dos mecanismos de formação das cica-trizes patológicas; técnicas cirúrgicas e fatores determinantes do resultado dos transplantes de tecidos; técnicas modernas da microcirurgia de nervos periféricos: avaliação crítica; cutânea em cirurgia plástica; perspectiva do uso da informática na educação médica, entre outras.

Laboratório de Microcirurgia Responsável: Prof. Dr. Marcus Castro Ferreira Substituto: Dr. Paulo Tuma JuniorOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 1º andar - salas 1222 / 1360Telefones: (11) 3088–9729 / 3061–7316 / 3069–6253

LIM 04 | DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

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Linhas de pesquisa: patologia pulmonar; poluição atmosférica e seus efeitos sobre a saúde humana; toxicologia ambiental; fi siopatologia da lesão pulmonar aguda; mecânica pulmonar; imunopatologia e remodelamento da asma; patologia da doença pulmonar obstrutiva crônica; epidemiologia ambiental e educação ambiental; patologia pulmonar à autópsia.

Laboratório de Poluição Atmosférica ExperimentalResponsável: Dra. Thaís Mauad Substituto: Dra. Marisa DolhnikoffOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 1º andar - sala 1220Telefones: (11) 3061–7214 / 7427 / 7239 / 3069–7101

LIM 05 | DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

Linhas de pesquisa: esquistossomose, toxocaríase, estrongiloidíase, blastocistose: epidemiologia, diagnóstico; leish-manioses: aspectos histopatológicos e estudo da resposta imune tecidual; aids: aspectos histopatológicos e estudo da compartimentalização da resposta imune; febres hemorrágicas: estudo da patogenia e técnicas diagnósticas; mucosa oral e neoplasias dermatológicas: estudos morfológicos e moleculares; leptospirose: patologia renal; hepatites auto-imunes, virais e hepatopatias metabólicas.

Laboratório de Imunopatologia da Esquistossomose e outras ParasitosesResponsável: Prof. Dr. Ronaldo Cesar Borges Gryschek Substituto: Prof. Dr. Pedro Paulo Chieffi Onde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (II), 2º andar - sala 14Telefones: (11) 3064–5132 / 3061–7067 / 7065 / 7238

LIM 06 | DEPARTAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

FICHA TÉCNICA

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Linhas de pesquisa: doenças infl amatórias, auto-imunes e funcionais do intestino: genética, etiopatogenia, imunologia e epidemiologia; doença celíaca: imunologia e epidemiologia; quantifi -cação do glúten em alimentos; nanopartículas e micropartículas em processo infl amatório intesti-nal; modelos experimentais de colite; hepatites virais, cirroses e suas complicações e hepatopatias; doença hepática gordurosa; obesidade; estresse oxidativo e síndrome metabólica.

Laboratório de Gastroenterologia Clínica e Experimental Responsável: Dr. Aytan Miranda SipahiSubstituto: Dr. Adérson Omar Mourão Cintra DamiãoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - sala 4308-BTelefones: (11) 3061-7279 / 3062-0820

LIM 07 | DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA

Linhas de pesquisa: hemodiluição normovolêmica aguda, transporte de oxigênio, hemorragia e sepse; estudo dos métodos dinâmicos na responsividade cardiovascular aos fl uidos; ação de substâncias analgésicas em receptores centrais e periféricos; métodos aplicativos de imagem e mecânica na modelagem respiratória.

Laboratório de AnestesiologiaResponsável: Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Junior Substituto: Dra. Denise Aya Otsuki Onde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2120Telefones: (11) 3061–7293 / 3069–7948 / 6335

LIM 08 | DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

Linhas de pesquisa: fi siologia respiratória; insufi ciência respiratória; ventilação mecânicainvasiva e não invasiva; síndrome do desconforto respiratório agudo; pneumonites inters-ticiais; fi brose pulmonar; vasculites pulmonares; circulação pulmonar; derrame pleural, distúrbios respiratórios e cardiocirculatórios do sono e monitorização respiratória (tomografi a de impedância elétrica).

Laboratório de PneumologiaResponsável: Prof. Dr. Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho Substituto: Marcelo Britto Passos AmatoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2144Telefones: (11) 3061–7361 / 3083–2310 ramal 202

LIM 09 | DEPARTAMENTO DE CÁRDIO- PNEUMOLOGIA

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Linhas de pesquisa: investigação do metabolismo de lípides e lipoproteínas, com ênfase no trans-porte reverso de colesterol, nas dislipidemias, diabetes mellitus, infl amação e intervenções em estilo de vida (dieta e exercício físico), em humanos e modelos de aterosclerose experimental.

Laboratório de Lípides Responsável: Dra. Edna Regina NakandakareSubstituto: Dra. Marisa Passarelli Onde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 3º andar - sala 3305Telefones: (11) 3061–7263 / 8382 / 3062–1255

LIM 10 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

Linhas de pesquisa: estudo da reação infl amatória e da microcirculação nas disfunções circu-latórias; alterações circulatórias e da resposta infl amatória no emprego da circulação artifi cial; métodos de prevenção e controle das alterações do enxerto após o transplante cardíaco; meca-nismos de proteção medular na abordagem cirúrgica da aorta torácica; desenvolvimento biotec-nológico e integração morfofuncional de substitutos valvares biológicos; mecanismos de hipertro-fi a e métodos de preparo das câmaras ventriculares.

Laboratório de Cirurgia Cardiovascular e Fisiopatologia da CirculaçãoResponsável: Prof. Dr. Noedir Antonio Groppo Stolf Substituto: Prof. Dr. Luiz Felipe Pinho MoreiraOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - salas 2146 / 2148Telefone: (11) 3061–7178

LIM 11 | DEPARTAMENTO DE CÁRDIO-PNEUMOLOGIA

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Linhas de pesquisa: estresse oxidativo; função tubular e sua implicação hidroeletrolítica; insu-fi ciência renal aguda; nefrotoxicidade por drogas; rim e doenças infecciosas; heterogeneidade das arteríolas glomerulares e sua implicação na reatividade vascular e efeitos da hipercolesterolemia na função hepática.

Laboratório de Pesquisa Básica em Doenças Renais Responsável: Prof. Dr. Antonio Carlos SeguroSubstituto: Dr. Antonio José de Barros MagaldiOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 3º andar - sala 3310

LIM 12 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

FICHA TÉCNICA

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Linhas de pesquisa: identifi cação e caracterização de biomarcadores para utilização em algoritmos de apoio à decisão médica; desenvolvimento de estratégias para reparação de órgãos com baixa capacidade regenerativa; genética das doenças cardiovasculares; evolução das câmaras cardíacas; biologia do desenvolvimento do coração; cardiopatias congênitas; sinalização pelo ácido retinóico; desenvolvimento de vetores virais portadores de genes supressores de tumor e imunoestimuladores para terapia gênica do câncer.

Laboratório de Genética e Cardiologia MolecularResponsável: Prof. Dr. José Eduardo KriegerOnde fi ca: INCOR – Instituto do Coração do HC-FMUSP, 10º andarTelefones: (11) 3069-5579 / 5068 / 5081

LIM 13 | DEPARTAMENTO DE CÁRDIO-PNEUMOLOGIA

Linhas de pesquisa: patologia hepática, com ênfase na patogênese da evolução para for-mas mais graves de cirrose e para carcinoma hepatocelular; caracterização de anticorpos para estudos imuno-histoquímicos com ênfase em neoplasias digestivas, ginecológicas e condições obstétricas; neuropatologia.

Laboratório de Investigação em Patologia HepáticaResponsável: Prof. Dr. Venâncio A. Ferreira AlvesSubstituto: Dr. Evandro Sobroza de MelloOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 1º andar - sala 1157Telefone: (11) 3061–7141

LIM 14 | DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

Linhas de pesquisa: líquido cefalorraqueano; neuroinfecção; demências; biologia molecular e celular dos tumores do sistema nervoso central; miopatias; anticonvulsivantes; stress otxidativo em distúrbios cognitivos e do comportamento; estimulação magnética transcraniana.

Laboratório de Investigação em NeurologiaResponsável: Prof. Dr. José Antônio LivramentoSubstituto: Dr. Hélio Rodrigues GomesOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - sala 4110Telefones: (11) 3061-4036 / 7471

LIM 15 | DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA

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Linhas de pesquisa: hipertensão experimental: cloreto de sódio; nefropatias progressivas e doença óssea metabólica (osteodistrofi a renal, osteoporose).

Laboratório de Fisiopatologia RenalResponsável: Prof. Dr. Roberto ZatzSubstituto: Prof. Dr. Joel Claudio HeimannOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 3º andar - sala 3342Telefones: (11) 3068-9428 / 9429

LIM 16 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

Linhas de pesquisa: autoimunidade e doenças reumatológicas; clínica, diagnóstico, coinfecção e tratamento da doença de Lyme no Brasil; matriz extracelular nas doenças difusas do tecido con-juntivo; modelo experimental de artrose e esclerodermia; fi siopatologia da resposta infl amatória; terapêutica nas artrites infl amatórias crônicas; osteoporose e doenças reumatológicas; biologia molecular e celular aplicada a doenças osteometabólicas; LES, vasculites e doença de Takayasu; medicina esportiva, coluna e doenças reumatológicas.

Laboratório de Investigação em ReumatologiaResponsável: Profa. Dra. Eloisa Silva Dutra O. BonfáSubstituto: Profa. Dra. Rosa Maria Rodrigues PereiraOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 3º andar - sala 3133Telefones: (11) 3061–7490 / 7492 / 7217 / 7211 / 7200 / 7498

LIM 17 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

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Linhas de pesquisa: tratamento do diabetes; autoimunidade e genética em diabetes tipo 1; síndrome metabólica; sinalização insulínica; genética do diabetes tipo 2; obesidade e cirurgia metabólica.

Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaios Responsável: Dra. Maria Elizabeth Rossi da SilvaSubstituto: Dra. Rosa Ferreira dos SantosOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 3º andar - sala 3324 Telefones: (11) 3061–7258 / 7259 / 7034

LIM 18 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

FICHA TÉCNICA

46

Linhas de pesquisa: atuação focada no estudo do reconhecimento imunológico através do complexo trimolecular —molécula apresentadora (MHC), peptídeo e molécula de reconhecimento (LTCR)— e das consequências de tal reconhecimento, através de uma resposta de defesa ou de regulação; estuda como modelo as doenças do coração: febre reumática, Chagas ou aterosclerose e também o transplante de órgãos.

Laboratório de Histocompatibilidade e Imunidade CelularResponsável: Prof. Dr. Jorge KalilSubstituto: Dra. Luiza GuglielmiOnde fi ca: INCOR Bloco II, 9º andarTelefones: (11) 3069-5180 / 5915 / 5912 / 5914 / FAX: 3069-5953

LIM 19 | DEPARTAMENTO DE CÁRDIO-PNEUMOLOGIA

Linhas de pesquisa: fi siopatologia da asma brônquica; mecanismos de lesão pulmonar e educação médica.

Laboratório de Terapêutica ExperimentalResponsável: Prof. Dr. Mílton de Arruda MartinsSubstituto: Dra. Edna Aparecida Leick-MaldonadoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 1º andar - sala 1216Telefones: (11) 3061-7317 / 3083-0992

Linhas de pesquisa: aspectos clínicos e neurobiológicos dos seguintes transtornos neuropsiquiátri-cos: psicoses, espectro obsessivo-compulsivo, síndrome de Tourette, transtornos depressivos e do espectro bipolar, transtornos associados ao envelhecimento, epilepsia e transtornos mentais asso-ciados, transtornos psiquiátricos da infância, e transtornos de personalidade. Ênfase na realização de pesquisas de neuroimagem, genética, neurofi siologia e ensaios clínicos.

Laboratório de Neuroimagem em PsiquiatriaResponsável: Prof. Dr. Geraldo Busatto FilhoSubstituto: Prof. Dr. Eurípedes Constantino Miguel Filho Onde fi ca: CMN - Centro de Medicina Nuclear, 3º andarTelefone: (11) 3069-8133 / 8132

LIM 21 | DEPARTAMENTO DE PSIQUIATRIA

LIM 20 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

47

Linhas de pesquisa: estudo morfofuncional das alterações cardiovasculares; análise das repercussões hemodinâmicas da insuficiência cardíaca congestiva; estudo do manuseio clínicodo paciente internado em unidade de terapia intensiva; resposta das células endoteliais à agressão; biologia das neoplasias adrenocorticais; fisiopatologia do envelhecimento; enve-lhecimento cerebral e demências.

Laboratório de Patologia Cardiovascular Responsável: Prof. Dr. Carlos Augusto Gonçalves PasqualucciSubstituto: Prof. Dr. Chin Jia LinOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 1º andar - sala 1212Telefones: (11) 3061-7311 / 7203

LIM 22 | DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

Linhas de pesquisa: aspectos psicossociais dos transtornos mentais; epidemiologia dos transtor-nos mentais; epidemiologia psiquiátrica; metabolismo do glóbulo vermelho; personalidade; psico-farmacologia clínica; psicofi siologia clínica; psicometria; transtorno obsessivo-compulsivo e outros transtornos ansiosos na infância e adolescência.

Laboratório de Psicopatologia e Terapêutica PsiquiátricaResponsável: Prof. Dr. Homero Pinto Vallada FilhoSubstituto: Profa. Dra. Clarice GorensteinOnde fi ca: IPQ – Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP, 3º andar - salas 4073 / 4087-A- Telefones: (11) 3083-5894 / 3069-6976 / 6977 / 6978 / 6958

LIM 23 | DEPARTAMENTO DE PSIQUIATRIA

47

Linhas de pesquisa: marcadores moleculares em câncer; bases moleculares da tumorigênese, com ênfase em câncer de mama, hepatocarcinoma e melanoma; papel funcional de genes regulados por hormônios esteróides e por vitamina D em câncer de mama; marcadores preditivos à resposta a quimioterapia em câncer de mama, câncer de cabeça e pescoço e melanoma; mecanismos molecu-lares de quimiossensibilização e quimiorresistência; microRNAs na progressão de câncer de mama; interações celulares no microambiente tumoral; microambiente tumoral como alvo terapêutico; terapias moleculares alvo-dirigidas em oncologia clínica.

Laboratório de Oncologia Experimental Responsável: Prof. Dr. Roger ChammasSubstituto: Profa. Dra. Maria Mitzi BrentaniOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - sala 4123Telefones: (11) 3061-7485 / 7486 / 7164 / 3082-6580

LIM 24 | DEPARTAMENTO DE RADIOLOGIA

FICHA TÉCNICA

48

Linhas de pesquisa: neoplasia endócrina múltipla tipo II; tumorigênese endócrina; diabetes mel-litus; gens candidatos à obesidade e obesidade infantil; biologia molecular da tireóide; genética do hipotireoidismo congênito e do câncer de tireóide; terapia gênica para câncer de tireóide; avaliação da excreção urinária na população.

Laboratório de Endocrinologia Celular e MolecularResponsável: Dra. Maria Lúcia Cardillo Corrês GiannellaSubstituto: Dra. Suemi MaruiOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - salas 4305 / 4307Telefones: (11) 3061-7467 / 7252 / 7253

LIM 25 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

Linhas de pesquisa: trauma, choque, sepse, substitutos artifi ciais do sangue, isquemia e reperfusão, disfunção de múltiplos órgãos, transplantes; pré-condicionamento isquêmico; células-tronco na paraplegia; substitutos vasculares; reposição volêmica; soluções hiperténicas; perfusão esplaâncnica; marcadores prognósticos de tumor; angiogênese; imunopatologia de modelos experimentais; cirurgia minimamente invasiva; oncologia experimental; morfologia e biomecânica da aorta.

Laboratório de Pesquisa em Cirurgia ExperimentalResponsável: Prof. Dr. Luiz Francisco Poli de FigueiredoSubstituto: Prof. Dr. Roberto Souza CamargoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - salas 4207 / 4217 / 4218Telefones: (11) 3082-6566 / 3061-7474 / 7403 - fax: 3082-6566

Linhas de pesquisa: expressão gênica em amostras cerebrais e outros tecidos derivados de pacientes com doenças neuropsiquiátricas; famacogenética; biologia celular e culturas primárias de neurônios; ressonância magnética e espectroscopia; metabolismo de fosfolípides na membrana neuronal; estudos clinico-epidemiológicos e ensaios farmacêuticos; biomarcadores moleculares em doenças neuropsiquiátricas; lítio e neuroproteção na doença de Alzheimer; modelos animais em doenças neuropsiquiátricas.

Laboratório de Histofi siologia AplicadaResponsável: Prof. Dr. Wagner Farid GattazSubstituto: Dra. Elida Paula Benquique OjopiOnde fi ca: IPq - Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP, 3º andarTelefone: (11) 3069-7283 / 8010

LIM 27 | DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA

LIM 26 | DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

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Linhas de pesquisa: prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal; prevenção primária do câncer oral; tratamento do câncer da cavidade oral; tratamento oncológico do câncer de cabeça e pescoço; cirurgia endovascular; aneurisma da aorta; projeto genoma; carcinogênse do câncer de cabeça e pescoço e imunoterapia do câncer de cabeça e pescoço.

Laboratório de Cirurgia Vascular e da Cabeça e PescoçoResponsável: Prof. Dr. Lenine Garcia BrandãoSubstituto: Dra. Raquel Ajub MoysésOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - salas 2205 / 2207 - ICHC – Instituto Central do HC-FMUSP, 8º andar A - sala 8014Telefones: (11) 3069-6425 / 3081-7453 / 3061-7373R

LIM 28 | DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

Linhas de pesquisa: patogênese molecular e celular da doença renal policística autossômica domi-nante; patogênese molecular e celular da doença renal policística autossômica recessiva; células- tronco e doenças renais; mecanismos infl amatórios envolvidos na fi brogênese das doenças renais e análise de estratégias antifi bróticas; e mecanismos envolvidos na rejeição e tolerância ao enxerto em transplante de órgãos: rim, pâncreas e transplante experimental de rim e de ilhotas pancreáticas.

Laboratório de Nefrologia Celular, Genética e Molecular Responsável: Prof. Dr. Luiz Fernando OnuchicSubstituto: Profa. Dra. Irene de Lourdes NoronhaOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - sala 4304Telefones: (11) 3061-8398 / 8400

LIM 29 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

49

Linhas de pesquisa: método histoquímico para pesquisa da atividade de acetilcolines-terase e biópsias intestinais; montagem do método de dosagem de procalcitonina na diferenciação entre infecção e rejeição; cirurgia fetal: modelo experimental de hérnia diafragmática congênita; treinamento e padronização técnica do transplante multivisceral; modelos de obstrução biliar em animais recém-nascidos.

Laboratório de Investigação em Cirurgia PediátricaResponsável: Prof. Dr. Uenis TannuriSubstituto: Dra. Maria Cecília Mendonça CoelhoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - salas 4106, 4108, 4109Telefones: (11) 3061-7246 / 7479

LIM 30 | DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA

FICHA TÉCNICA

50

Linhas de pesquisa: genética e hematologia molecular; terapia celular e gênica; oncohematologia; hemostasia; metabolismo lipídico.

Laboratório Genética e Hematologia Molecular Responsável: Prof. Dr. Sérgio Paulo BydlowskiSubstituto: Dra. Luciana Morganti Ferreira MaselliOnde fi ca: PAMB – Prédio dos Ambulatórios do HC-FMUSP, 1º andar - sala 43Telefones: (11) 3082-2398 / 3061–5544 ramais 256 e 264

LIM 31 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

Linhas de pesquisa: pesquisa experimental e análise crítica das técnicas cirúrgicas sobre o osso temporal; pesquisa em próteses eletrônicas cirurgicamente implantáveis para defi ciência auditiva profunda; bases clínicas e experimentais da fi siopatologia e tratamento do zumbido e da hipera-cusia; mecanismos fi siopatológicos dos distúrbios vestibulares periféricos; pesquisa anatômica e experimental das propriedades biomecânicas da laringe no desempenho das funções respiratória, fonatória e esfi nctérica; distúrbios do anel linfático de Waldeyer e sua infl uência no desenvolvimen-to craniofacial e no sistema estomatognático; correlação de fatores estruturais e microbiológicos na fi siopatogenia das rinossinusites; estudo da patogênese de nasoangiofi broma juvenil; alterações funcionais da mucosa nasal exposta à poluentes ambientais e alérgenos.

Laboratório de Otorrinolaringologia Responsável: Profa. Dra. Jeanne Oiticica Ramalho FerrazSubstituto: Prof. Dr. Ricardo Ferreira BentoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2209 / ICHC - Instituto Central do HC-FMUSP, 6º andar - sala 6167Telefones (11) 3061-7166 / 3069-6539

Linhas de pesquisa: fatores biopsicos-sociais na prevenção da cegueira; modelos de avaliação dos distúrbios da fi siologia do humor aquoso; investigação das alterações funcionais e morfológicas nas afecções da via visual anterior; novas ferramentas de investigação e tratamento das afecções da retina; protocolos de investigação e tratamento cirúrgico das disfunções dos anexos oculares e imunopatologia da superfície ocular.

Laboratório de Oftalmologia Responsável: Prof. Dr. Mario Luiz Ribeiro MonteiroSubstituto: Prof. Dr. Milton Ruiz AlvesOnde fi ca: ICHC - Instituto Central do HC-FMUSP, 6º andar - sala 6121Telefones: (11) 3069-6289

LIM 32 | DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

LIM 33 | DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

51

Linhas de pesquisa: função e disfunção em fi sioterapia; fonoaudiologia, linguagem e audição; intervenção social em terapia ocupacional.

Laboratório de Ciências da ReabilitaçãoResponsável: Profa. Dra. Claudia R. F. de AndradeSubstituto: Profa. Dra. Clarice TanakaOnde fi ca: Centro de Docência e Pesquisa em Fisio, Fono e TO, 1º andar - Cidade UniversitáriaTelefones: (11) 3091-7495 / 8440

LIM 34 | DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA,FONOAUDIOLOGIA E TERAPIA OCUPACIONAL

Linhas de pesquisa: fi siologia aplicada à digestão; tratamento cirúrgico de câncer de esôfago e cárdia; imunomodulação em cirurgia; mecanismos envolvidos na disfagia alta e refl exo gastro-esofágico; anatomia cirúrgica do fígado; transplante de fígado e regeneração hepática; efeitos de dietas ou nutrientes, in vitro, sobre o comportamento imunológico de células brancas; ciclo celular; apoptose e expressão gênica em linhagens de celular de tumor de mama, e in vivo, em modelos de queimaduras cutâneas; síndrome do intestino curto; colite experimental; cicatrização de feridas e pancreatite aguda.

Laboratório de Nutrição e Cirurgia Metabólica do Aparelho DigestivoResponsável: Prof. Dr. Ivan CecconelloSubstituto: Prof. Dr. Dan Linetzky WaitzbergOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2108Telefones: (11) 3061-7459 / 3062-0841

LIM 35 | DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROGIA

51

Linhas de pesquisa: marcadores celulares e moleculares de infecções pediátricas; investigação molecular de doenças genéticas; investigação laboratorial de imunodifi ciência; alergia alimentar na infância; investigação laboratorial de doenças endocrinológicas pediátricas; fi siopatologia e diag-nóstico de afecções nefrológicas em crianças; fi siopatologia e diagnóstico de doenças auto-imunes; investigação laboratorial de neoplasias pediátricas; investigação clínica e laboratorial do binômio mãe-fi lho e genômica pediátrica.

Laboratório de Pediatria ClínicaResponsável: Profa. Dra. Magda Maria Sales Carneiro-SampaioSubstituto: Prof. Dr. Carlos Alberto Moreira FilhoOnde fi ca: ICR - Instituto da Criança do HC-FMUSP, 5º andarTelefones: (11) 3069-8570 / 8520 / 8606 / 8803 / 8449

LIM 36 | DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA

LIM 32 | DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

LIM 33 | DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

FICHA TÉCNICA

52

Linhas de pesquisa: rejeição hiperaguda, indução de tolerância imunológica, isquemia, reperfusão em transplante de fígado, pâncreas e ilhotas pancreáticas; intestino, multiviceral e reto anal; re-generação hepática e reperfusão hepática e pancreáticas; insufi ciência hepática aguda; fi siopato-logia da pancreatite aguda; biologia molecular de tumores do fígado e pâncreas; câncer hepático experimental; choque hemorrágico experimental; microcirurgia vascular; aspectos hemodinâmicos da hipertensão portal.

Laboratório de Transplante e Cirurgia de FígadoResponsável: Prof. Dr. Luiz Augusto Carneiro D’AlbuquerqueSubstituto: Prof. Dr. Marcel Cerqueira Cesar Machado Onde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 3º andar - sala 3206Telefones: (11) 3061-8319 / 8323

LIM 37 | DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA

Linhas de pesquisa: epidemiologia das neoplasias; epidemiologia da aids e de outras doenças transmissíveis; imunopatogenia de leishmanioses; métodos diagnósticos e alternativas terapêuticas das doenças negligenciadas; co-infecção HIV/leishmania.

Laboratório de Epidemiologia e Imunobiologia Responsável: Prof. Dr. José Eluf NetoSubstituto: Profa. Dra. Hiro GotoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2251Telefones: (11) 3061-0876 / 7023 / 7028 / 3062-6822

LIM 38 | DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA

Linhas de pesquisa: epidemiologia ambiental; epidemiologia psiquiátrica; epidemiologia e estudos em aids e drogas; epidemiologia em serviços de saúde; avaliação em saúde; qualidade de vida do idoso; epidemiologia da mortalidade neo e perinatal; necessidade, práticas e profi ssionais em saúde em abordagem interdisciplinar; proteção social e saúde; estados, cidadania e políticas de saúde.

Laboratório de Processamento de Dados BiomédicosResponsável: Prof. Dr. Nelson da Cruz GouveiaSubstituto: Prof. Dr. Paulo Rossi MenezesOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2224Telefone: (11) 3062–6822 / 3061–7444 / 7091

LIM 39 | DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA

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Linhas de pesquisa: estudo de procedimentos e técnicas de identifi cação humana principalmente com fi nalidade forense; projeto Caminho de Volta: tecnologia (Banco de DNA) na busca de crian-ças desaparecidas no Estado de São Paulo; ciências forenses incluindo toxicologia e antropologia; aplicação de testes de mutagenicidade em populações ocupacionalmente expostas; epidemiologia molecular: biomarcadores de suscetibilidade em câncer; bioética clínica; saúde, gênero e trabalho; avaliação das condições de saúde de trabalhadoras como resultante da interseção entre as rela-ções de trabalho e as demais relações sociais.

Laboratório de Imuno-Hematologia e Hematologia ForenseResponsável: Profa. Dra. Gilka Jorge Fígaro GattásSubstituto: Prof. Dr. Daniel Romero MuñozOnde fi ca: OF – Instituto Oscar Freire - térreoTelefones: (11) 3061-7291 / 8408 / 8421

LIM 40 | DEPARTAMENTO DE MEDICINA LEGAL, ÉTICA MÉDICA, MEDICINA SOCIAL E DO TRABALHO

Linhas de pesquisa: alterações degenerativas e estruturais do aparelho locomotor; análise das performances de fi xadores externos e osteossínteses na estabilização do sistema músculo-es-quelético; análise funcional do movimento; biomecânica do aparelho locomotor; desenvolvimento para ensaios e modelos de substituições articulares; ensaios sobre instabilidades articulares; regeneração e reparação músculo-esquelética

Laboratório de Investigação em ReumatologiaResponsável: Prof. Dr. Roberto GuarnieroSubstituto: Dr. Fábio Janson AngeliniOnde fi ca: IOT - Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC-FMUSP, Subsolo - Documentos, 8º andarTelefones: (11) 3069-6903 / 6909

LIM 41 | DEPARTAMENTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

53

Linhas de pesquisa: distúrbios da determinação e diferenciação sexual; genética molecular; endo-crinologia do desenvolvimento; distúrbios puberais; endocrinologia do desenvolvimento; genética molecular; tumorigenese adreno-cortical; distúrbios do crescimento; endocrinologia do desenvolvi-mento; biologia molecular e transcrição gênica; hiperplasia adrenal congênita; transcrição gênica; genética molecular; receptor de andrógenos; citocromos hepáticos P450; disfunções e tuzmorigenese adreno-cortical; genética molecular e tumorigenese hipofi sária na doença de Cushing.

Laboratório de Hormônios e Genética MolecularResponsável: Profa. Dra. Berenice Bilharinho de MendonçaSubstituto: Dra. Ana Claudia LatronicoOnde fi ca: PAMB – Prédio dos Ambulatórios do HC-FMUSP, 2º andar - Bloco 06Telefones: (11) 3069-7512 / 6330 / 6148

LIM 42 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

FICHA TÉCNICA

54

Linhas de pesquisa: análise crítica dos métodos de neuroimagem funcional na avaliação das desordens neurológicas e psiquiátricas; medicina nuclear e aplicação clínica dos radioisótopos.

Laboratório de Medicina Nuclear Responsável: Prof. Dr. Carlos Alberto BuchpiguelSubstituto: Prof. Dr. Fausto Haruki HironakaOnde fi ca: CMN - Centro de Medicina Nuclear do HC-FMUSP, 3º andar - sala 306-B Telefones: (11) 3081-5411 / 3069-8090

LIM 43 | DEPARTAMENTO DE RADIOLOGIA

Linhas de pesquisa: investigação em imagem, com pesquisas focadas em ressonância magnética em neurorradiologia com técnicas convencionais e funcionais, ultrassonografi a e radiologia convencional.

Laboratório de Ressonância Magnética em NeurorradiologiaResponsável: Profa. Dra. Claudia Costa LeiteSubstituto: Prof. Dr. Edson Amaro JuniorOnde fi ca: INRAD - Instituto de Radiologia do HC-FMUSP, Pesquisa Clínica – Portaria 1Telefones: (11) 3069-7619 / 7918

LIM 44 | DEPARTAMENTO DE RADIOLOGIA

Linhas de pesquisa: regeneração do sistema nervoso central; terapia celular; neurologia experi-mental; neurocirurgia funcional; neuropatias neurocirúrgicas; tumores do sistema nervoso; base do crânio; más-formações crânio-faciais; doença de Parkinson e pistúrbios do sistema extra-piramidal.

Laboratório de Fisiopatologia Neurocirúrgica Responsável: Prof. Dr. Gerson ChadiSubstituto: Dr. Edmar Zanoteli Onde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2119Telefone: (11) 3061-7460 / 3062-2897

LIM 45 | DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA

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Linhas de pesquisa: parasitologia clínica (aplicada) envolvendo análises epidemiológicas, dia-gnóstico, tratamento (inclusive mediante uso de modelos experimentais) e prevenção; emprego de células-tronco no tratamento da miocardiopatia crônica da doença de Chagas e investigações sobre leishmaniose.

Laboratório de Parasitologia Médica Responsável: Prof. Dr. Vicente Amato NetoSubstituto: Dr. Valdir Sabbaga AmatoOnde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (II), 1º andar - sala 20Telefones:(11) 3061-7041 / 7042 / 7044

LIM 46 | DEPARTAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Linhas de pesquisa: hepatites por vírus e infecção hospitalar.

Laboratório de Hepatologia por VírusResponsável: Prof. Dr. Antônio Alci BaroneSubstituto: Profa. Dra. Fátima Mitiko TenganOnde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (II),1º andar - salas 10, 11, 12 e 14Telefones: (11) 3061-7031 / 7032 / 3085-1601

LIM 41 | DEPARTAMENTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIALIM 47 | DEPARTAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

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Linhas de pesquisa: interação hospedeiro-parasito em doenças tropicais: doença de Chagas, malária, paracoccididomicose, Imunidade inata e caracterização fenotípica e genotípica de parasitos, diagnóstico imunológico e molecular e soroepidemiologia de doenças tropicais, Imunop-atogenia da leishmaniose, análise molecular da resistência a drogas em leishmaniose, infecções em imunodeprimidos: infecções endêmicas, virais, micoses invasivas, tuberculose e protozooses emergentes, imunidade em infecção por HIV.

Laboratório de ImunologiaResponsável: Profa. Dra. Maria Aparecida Shikanai YasudaSubstituto: Prof. Dr. Paulo César CotrimOnde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (II) - térreo - sala 4 e 14Telefones: (11) 3082-3622 / 3061-7047 / 7049 / 7050 / 7048

LIM 48 | DEPARTAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

FICHA TÉCNICA

56

Linhas de pesquisa: protozoologia humana e estudo das grandes endemias, como a malária, leishmaniose, a tripanosomíase americana, a toxoplasmose e outras, nos seus aspectos epidemi-ológicos, parasitológicos, moleculares, diagnósticos, clínicos, de intervenções terapêuticas, vacinais e de controle de vetores, através de estudos experimentais, hospitalares ou de campo nas áreas de maior ocorrência do País e do exterior.

Laboratório de Protozoologia Responsável: Prof. Dr. Marcos BoulosSubstituto: Prof. Dr. Heitor Franco de Andrade Jr.Onde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (II), 2º andarTelefones: (11) 3061-7010 / 7015 / 7017 / 3082-3622 / 7024 / 7028

LIM 49 | DEPARTAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS DE GASTROENTEROLOGIA

Linhas de pesquisa: imunopatologia e patogenia da leishmaniose tegumentar e visceral humana, canina e experimental; resposta infl amatória aguda e crônica do hospedeiro frente à infecção por Leishmania na presença de saliva do vetor; hepatites; doença de Chagas: patogenia das lesões do aparelho digestório; alterações genéticas do câncer do aparelho digestório e sua correlação com a clínica e patologia; estudo das alterações provocadas por diversas técnicas cirúrgicas e sua cor-relação com a disseminação de neoplasias malignas; aprimoramento de métodos de detecção de metástase de neoplasias digestivas.

Laboratório de Patologia das Moléstias Infecciosas Responsável: Prof. Dr. Carlos Eduardo Pereira CorbettSubstituto: Profa. Dra. Márcia Dalastra LaurentiOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 1º andar - sala 1215Telefones: (11) 3081-7799 / 3061-7426 / 7321

LIM 50 | DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

Linhas de pesquisa: lesão de isquemia-reperfusão; fi siopatologia da sepse; mecanismos infl a-matórios na aterosclerose; sinalização celular por espécies reativas de nitrogênio; arritmias cardía-cas; interação entre receptores nucleares e infl amatórios.

Laboratório de Emergências Clínicas Responsável: Prof. Dr. Irineu Tadeu VelascoSubstituto: Prof. Dr. Heraldo Possolo de SouzaOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 3º andar - sala 3132Telefone: 11) 3064–8756 / 3061–7170

LIM 51 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

57

Linhas de pesquisa: infecções virais em pacientes imunodeprimidos; epidemiologia molecular das doenças virais; desenvolvimento e avaliação de métodos para diagnóstico de infecções virais; avali-ação de vacinas em saúde publica; inquéritos soroepidemiológicos de infecções virais.

Laboratório de VirologiaResponsável: Prof. Dr. Cláudio Sérgio PannutiSubstituto: Profa. Dra. Vanda Akico Ueda Fick de SouzaOnde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (I), 1º andar - sala 23Telefones: (11) 3061-7020 / 7012

LIM 52 | DEPARTAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Linhas de pesquisa: imunopatogenia da paracoccidioidomicose humana; aplicação de modelos experimentais no estudo da imunidade celular e humoral em micoses sistêmicas; análise de poli-morfi smos e alterações gênicas de isolados fúngicos da coleção de culturas do LIM-53 e IMTSP/USP; padronização de técnicas moleculares no diagnóstico de infecções fúngicas sistêmicas e oportunístas.

Laboratório de MicologiaResponsável: Prof. Dr. Gil BenardSubstituto: Dra. Gilda Maria Barbaro Del NegroOnde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (I), térreoTelefones: (11) 3061-7443 / 7045 / 7051

LIM 53 | DEPARTAMENTO DE DERMATOLOGIA

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Linhas de pesquisa: microbiologia celular; infecção hospitalar; fatores de virulência bac-teriana; terapia intensiva em doenças infecciosas e parasitárias; infecção pelo HIV/aids; imunizações em imunodeprimidos

Laboratório de BacteriologiaResponsável: Profa. Dra. Silvia Figueiredo CostaSubstituto: Profa. Dra. Anna Sara S. Levin Onde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (II), térreo - sala 112Telefones: (11) 3061-7029 / 7030 / 7043 / 3069-7066

LIM 54 | DEPARTAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

FICHA TÉCNICA

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Linhas de pesquisa: determinação de fatores prognósticos no câncer urogenital; estabelecimento de linhagens tumorais para estudos in vitro de novos fármacos para o tratamento do carcinoma urogenital; desenvolvimento de modelos animais de tumores urogenitais para estudos in vivo; de-senvolvimento de fármacos para tratamento da disfunção erétil; disfunção miccional; integração de novos tecidos, técnicas e materiais biológicos na reconstrução do trato urinário.

Laboratório de UrologiaResponsável: Profa. Dra. Katia Ramos Moreira LeiteSubstituto: Dr. Leopoldo Alves Ribeiro FilhoOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2141Telefones: (11) 3061-7083 / 3081-1091 / 3069-8080

LIM 55 | DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

Linhas de pesquisa: dermatoses Infecciosas e parasitárias; imunodermatologia; imunologia vi-ral; imunomodulação experimental; imunopatologia da infecção pelo HIV; imunopatologia das imunodefi ciências primárias; imunopatologia das imunodefi ciências secundárias, infecciosas ou metabólicas; imunopatologia das infecções primárias; imunorregulação; retrovirose humana.

Laboratório de Investigação em Dermatologia e Imunodefi ciênciasResponsável: Prof. Dr. Alberto José da Silva DuarteSubstituto: Profa. Dra. Maria Notomi Sato Onde fi ca: IMT - Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (II), 3º andarTelefones: (11) 3061-7457 / 7499

LIM 56 | DEPARTAMENTO DE DERMATOLOGIA

Linhas de pesquisa: desvios do crescimento fetal: aspectos fi siopatológicos e fatores preditores e exercícios físicos e fi sioterapia no ciclo gravídico-puerperal: novas perspectivas e interferências no prognóstico da gestação.

Laboratório de Fisiologia Obstétrica Responsável: Profa. Dra. Rossana Pulcinelli Vieira FranciscoSubstituto: Prof. Dr. Marcelo ZugaibOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2113 / 2111Telefone: (11) 3061-7231 / 3069-6209 / 6335 / 6445

LIM 57 | DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA

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Linhas de pesquisa: repercussões bioquímicas, metabólicas e clínicas das diversas modalidades terapêuticas no climatério; abordagem translacional da síndrome dos ovários policísticos; estudo das alterações endometriais na saúde reprodutiva feminina; aspectos moleculares e terapêuticos do câncer genital e mamário; marcadores bioquímicos, imunológicos e moleculares e sua relação com a endometriose peritoneal, de ovário e profunda.

Laboratório de Ginecologia Estrutural e MolecularResponsável: Prof. Dr. Edmund Chada BacaratSubstituto: Dr. Gustavo A. Rosa MacielOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - sala 2117Telefones: (11) 3069-6248 / 7621

LIM 58 | DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA

Linhas de pesquisa: sistema reprodutor: estudo experimental das alterações fi siopatológicas da função reprodutiva; sistema respiratório: estudo do remodelamento pulmonar e dos mecanismos de defesa pulmonar; sistema cardiovascular: estudo experimental dos mecanismos controle da pressão arterial. temas gerais: biopatologia da matriz extracelular; aplicação de métodos morfo-métricos ao estudo do remodelamento tecidual; ultraestrutura e função celular.

Laboratório de Biologia Celular Responsável: Profa. Dra. Elia Tamaso Espin Garcia CaldiniSubstituto: Dra. Cláudia Naves BattlehnerOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 4º andar - sala 4309 (fundos)Telefones: (11) 3061-8234 / 7241 / FAX: 3061-8234

LIM 59 | DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

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Linhas de pesquisa: doenças alérgicas respiratórias e cutâneas; bioinformática; autoimunidade; imunologia de tumores; imunodefi ciência secundária ao HIV; imunodefi ciências primárias e imu-nologia em doenças infecciosas.

Laboratório de Imunologia Clínica e AlergiaResponsável: Prof. Dr. Edécio Cunha NetoSubstituto: Dra. Cristina Maria KokronOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 3º andar - sala 3209Telefones: (11) 3061-8314 / 8315

LIM 60 | DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

FICHA TÉCNICA

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Linhas de pesquisa: alterações anatômicas, patológicas e fi siológicas do sistema respiratório no tratamento cirúrgico das pneumopatias avançadas; bases anatômicas e resultados do tratamento cirúrgico do tromboembolismo pulmonar; emprego da cirurgia minimamente invasiva e videoas-sistida na simpatectomia cérvico-torácica e lombar; estudo anatômico e funcional das ressecções e reconstruções da parede torácica; bases anatômicas e fi siológicas das intervenções no processo de remodelamento ventricular na insufi ciência miocárdica.

Laboratório de Pesquisa em Cirurgia TorácicaResponsável: Prof. Dr. Fábio Biscegli JateneSubstituto: Prof. Dr. Paulo Manuel Pêgo FernandesOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 1º andar - sala 1226Telefones: (11) 3061-7143

LIM 61 | DEPARTAMENTO DE CARDIO-PNEUMOLOGIA

L

Linhas de pesquisa: mestástase; angiogênese; implante tumoral; câncer de pulmão; trauma; isquemia reperfusão e icterícia

Laboratório de Fisiopatologia Cirúrgica Responsável: Prof. Dr. Samir RasslanSubstituto: Prof. Dr. Riad Naim YounesOnde fi ca: Faculdade de Medicina da USP, 2º andar - salas 2147 / 2149Telefones: (11) 3069-6328 / 3061-7216

LIM 62 | DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

Outras informações, e-mails de pesquisadorese todos os trabalhos publicados em

www.lims.fm.usp.br

Um passo adianteAs metas a seguir demonstram o quanto os LIMs estão empenhados em construir uma visão de futuro a partir da experiência e do desempenho acumulado no presente

Consolidação de um espaço público plural de caráter científi co e tecnológico, que visa a difusão de conhecimentos, a formação de pesquisadores e o estabelecimento de parcerias.

Fortalecimento de um ambiente de inovação inserido no maior hospital da América Latina e na escola médica mais antiga do Estado de São Paulo.

Constituição de uma rede integrada de laboratórios e grupos de pesquisadores, que as-sumam a missão da pesquisa inteiramente dedicada à saúde humana, no contexto dos novos desafi os científi cos, sanitários e econômicos do século 21.

Contribuição para o futuro da pesquisa no Brasil, maximizando os resultados da investiga-ção científi ca a serviço do bem estar das pessoas e do desenvolvimento do país.

Investimento na pesquisa multidisciplinar em medicina e saúde, incluindo a pesquisa fun-damental, clínica e epidemiológica, a pesquisa em saúde pública e nos ambientes do hospital e dos serviços de saúde.

Priorização da pesquisa translacional, que vai do laboratório ao leito do paciente, da ban-cada à clínica, capaz traduzir o conhecimento gerado nas pesquisas básicas em aplicações terapêuticas, sanitárias e sociais.

Agregação de pesquisadores que sejam competitivos nacional e internacionalmente e cujas pesquisas tenham aplicações concretas promotoras da inovação.

Conformação da rede LIMs para a aceleração de resultados e de produção de conhecimen-tos, para a emergência de ideias criativas e práticas inovadoras, por meio da cooperação e intercâmbio que explore a diversidade e as competências distintas dos pesquisadores.

Compartilhamento de estruturas, conhecimentos e esforços, aumentando a efi ciência dos investimentos e a qualidade das pesquisas.

Aprimoramento da capacidade de coordenação estratégica, científi ca e operacional da pesquisa no Sistema FMUSP/HC.

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Governo do Estado de São Paulo

Governador do Estado de São PauloAlberto Goldman

Secretário de Estado da SaúdeLuiz Roberto Barradas Barata

(in memorian)

Hospital das Clínicas da FMUSP

Presidente do Conselho Deliberativo Prof. Dr. Marcos Boulos

Vice-Presidente do Conselho Deliberativo Prof. Dr. Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho

Diretor Clínico Prof. Dr. José Otávio Costa Auller Júnior

SuperintendenteDr. José Manoel de Camargo Teixeira

Chefe de GabineteDr. Haino Burmester

Laboratórios de Investigação Médica

Diretor GeralProf. Dr. Marcos Boulos

Diretor ExecutivoProf. Dr. José Eluf Neto

Diretor Executivo SubstitutoProf. Dr. Roger Chammas

Comissão Científica dos LIMsProf. Dr. Geraldo Busatto Filho (Presidente)Prof. Dr. Luiz Francisco Poli de Figueiredo

(Vice-Presidente)Profª. Drª. Kátia Ramos Moreira Leite

Profª. Drª. Anna Sara S. LevinProf. Dr. Marcelo Brito Passos Amato

Prof. Dr. Sérgio Paulo BydlowskiProf. Dr. Uenis Tannuri

Assessoria TécnicaAngela Cristina Cavallieri

Patricia Manga e Silva Favaretto

Fundação Faculdade de Medicina

Diretor GeralProf. Dr. Flávio Fava de Moraes

Vice-Diretor GeralProf. Dr. Yasuhiko Okay

Fundação Zerbini

Diretor PresidenteProf. Dr. Erney Plessmann de Camargo

Diretor Vice-PresidenteDr. Aloisio Marcel Lewandowsky

LIMs: 35 anos. / Coordenação de Mario Scheffer. São Paulo : Laboratórios de Investigação Médica do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2010. 62p. 1. Laboratório de investigação médica 2. Pesquisa 3. Medicina I. Laboratórios de Investigação Médica do Hos-pital das Clínicas - Faculdade de Medicina – Universidade de São Paulo II. Scheffer, Mario (coord.) IV. Título NLM QV 55

Fontes consultadasAssociação Paulista de Medicina. 450 Anos da História da Medicina Paulistana. Natalini G, Amaral JLG (Organizadores). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004, 369p. Guimarães R. Pesquisa em saúde no Brasil: contexto e desafios. Rev. Saúde Pública [online]. 2006, vol.40 [n.especial, ago. 2006], p. 3-10.

Jornal da FFM. Publicação bimestral da Fundação Faculdade de Medicina. Disponível em www.ffm.br.

Machado SP, Kuchenbecker R. Desafios e perspectivas futuras dos hospitais universitários no Brasil. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2007, vol.12, n.4, p. 871-7. Novaes HMD, Carvalheiro JR. Ciência, tecnologia e inovação em saúde e desenvolvimento social e qualidade de vida: teses para debate. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2007, vol.12, supl., p. 1841-9.

Relatório de Gestão da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 2002-2006. Coordenação Lígia Maria Trigo de Souza.

Relatório de Gestão 2004 - Laboratórios de Investigação Médica - Hospital das Clínicas da FMUSP [setembro de 2005].

2.o Simpósio Avanços em Pesquisas Médicas dos Laboratórios de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da FMUSP [maio de 2005].

Agradecimentos: Durval Rosa Borges, Eduardo Magalhães Rego, Eduardo Moacyr Krieger, Euclides Ayres de Castillo, Flávio Fava de Moraes, Geraldo Busatto Filho, Giovanni Guido Cerri, György Milkos Böhm, Luiz Roberto Barradas (in memorian) Barata, José Agenor Silveira, José Eduardo Krieger, José Manoel de Camargo Teixeira, Marco Antonio Zago, Marcos Boulos, Ricardo Renzo Brentani, Reinaldo Guimarães

LIMs - 35 anos é uma publicação dos Laboratórios de Investigação Médica do Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina Universidade de São Paulo. Coordenação: Mario Scheffer. Edição: Sérgio Ribas. Redação e entrevistas: Aureliano Biancarelli. Fotos: Marcelo Donatelli. Projeto gráfico e direção de arte: Marcelo Pitel. Jornalista responsável: Sérgio Ribas (MTB 4422). Revisão: Dulce Rocha e Fernando Fulanetti. Transcrição de fitas: Marcela Bezelga e Sandra Araújo. Produção Gráfica: Márcia Costa. Impressão: Gráfica Stampato. Tiragem: 3.000 exemplares. Distribuição gratuita.

LIMs | 35 anos

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