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REVOLTA DE BECKMAN O que foi A Revolta de Beckman foi uma rebelião nativista ocorrida na cidade de São Luís (estado do Maranhão) em 1684. Causas Grande insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais e população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, instituída pela coroa portuguesa em 1682. Os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia. Os proprietários rurais contestavam os preços pelos quais a Companhia pagava por seus produtos. Já grande parte da população maranhense estava insatisfeita com a baixa qualidade e altos preços cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela Companhia na região. Outros produtos como trigo, bacalhau e vinho chegavam à região em quantidade insulficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em péssimas condições para o consumo. Havia também o problema de falta de mão-de-obra escrava na região. Os escravos fornecidos pela Companhia eram insulficientes para as necessidades dos proprietários rurais. Uma solução seria a escravização de indígenas, porém os jesuítas eram contrários. Objetivo principal:

Revolta de Beckman

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REVOLTA DE BECKMAN

O que foiA Revolta de Beckman foi uma rebelio nativista ocorrida na cidade de So Lus (estado do Maranho) em 1684.Causas Grande insatisfao dos comerciantes, proprietrios rurais e populao em geral com a Companhia de Comrcio do Maranho, instituda pela coroa portuguesa em 1682. Os comerciantes reclamavam do monoplio da Companhia. Os proprietrios rurais contestavam os preos pelos quais a Companhia pagava por seus produtos.

J grande parte da populao maranhense estava insatisfeita com a baixa qualidade e altos preos cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela Companhia na regio. Outros produtos como trigo, bacalhau e vinho chegavam regio em quantidade insulficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em pssimas condies para o consumo.Havia tambm o problema de falta de mo-de-obra escrava na regio. Os escravos fornecidos pela Companhia eram insulficientes para as necessidades dos proprietrios rurais. Uma soluo seria a escravizao de indgenas, porm os jesutas eram contrrios.Objetivo principal:Finalizar as atividades da Companhia de Comrcio do Maranho, para acabar com o monoplio.Como ocorreuNa noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmos Manuel e Toms Beckman, dois proprietrios rurais da regio, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depsito da Companhia de Comrcio do Maranho. Os revoltosos tambm expulsaram os jesutas da regio e tiraram do poder o governador.Reao de PortugalA corte portuguesa enviou ao Maranho um novo governador para acabar com a revolta e colocar ordem na regio.Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmos Beckman e Jorge Sampaio foram condenados a forca.ConclusoA Revolta de Beckman foi mais um movimento nativista que mostra os conflitos de interesses entre os colonos e a metrpole. Foi uma revolta que mostrou os problemas de mo-de-obra e abastecimento na regio do Maranho. As aes da coroa portuguesa, que claramente favoreciam Portugal e prejudicava os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes, motivos de reaes violentas dos colonos. Geralmente eram reprimidas com violncia, pois a coroa no abria mo da ordem e obedincia em sua principal colnia.

GUERRA DOS EMBOABAS

Nos primeiros anos do sculo XVIII, a descoberta de ouro no Brasil proporcionou um interessante conjunto de mudanas dentro e fora dos limites do territrio colonial. Em geral, a oportunidade de se enriquecer por meio da minerao atraiu o interesse de populaes de outras provncias e dos prprios portugueses que souberam da notcia na metrpole. Dessa forma, em pouco tempo as jazidas encontradas seriam alvo de uma violenta disputa.Os bandeirantes paulistas, responsveis pelas primeiras descobertas, acreditavam que a explorao das minas deveria ser reservada aos pioneiros da regio. Em contrapartida, a Coroa Portuguesa enxergava o feito como mais uma excelente oportunidade de negcio capaz de sanar a vida do Estado Lusitano. Dessa forma, a regio de Minas Gerais, entre 1708 e 1709, acabou se transformando em palco de um conflito que acabou conhecido como a Guerra dos Emboabas.A utilizao do termo emboaba era pejorativamente dirigida aos estrangeiros que tentaram controlar a regio tardiamente. Na lngua tupi, essa expresso era originalmente utilizada pelos indgenas para fazer meno a todo tipo de ave que tinha sua perna coberta de penas at os ps. Com o passar do tempo, os bandeirantes paulistas a reinterpretaram para se referir aos forasteiros que, calados de botas, alcanavam a regio interiorana atrs dos metais preciosos.Sob a liderana de Manuel Nunes Viana, os emboabas organizaram diversas expedies em que buscavam enfraquecer a hegemonia dos paulistas nas regies mineradoras. Entre as lutas mais intensas, o combate desenvolvido no Capo da Traio ficou conhecido pela morte de 300 paulistas pela mo dos emboabas. Tendo em vista a situao de confronto, os colonizadores portugueses buscaram formas para reafirmar sua autoridade no local.No ano de 1709, a Coroa Portuguesa determinou a imediata separao territorial das capitanias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e So Paulo. Ao fim da guerra, os bandeirantes buscaram outras jazidas nas regies de Mato Grosso e Gois. Alguns destes bandeirantes, beneficiados com o ganho da atividade mineradora, aproveitaram para formar unidades agrcolas que abasteceriam os ncleos urbanos que surgiram naquela mesma poca.

GUERRA DOS MASCATESO que foiA Guerra dos Mascates foi uma rebelio de carter nativista, ocorrida em Pernambuco entre os anos de 1710 e 1711, que envolveu as cidades de Olinda e Recife.Contexto histricoCom a expulso dos holandeses do Nordeste, a economia aucareira sofreu uma grave crise. Mesmo assim, a aristocracia rural (senhores de engenho) de Olinda continuava controlando o poder poltico na capitania de Pernambuco.Por outro lado, Recife se descolava deste cenrio de crise graas intensa atividade econmica dos mascates (como eram chamados os comerciantes portugueses na regio). Outra fonte de renda destes mascates eram os emprstimos, a juros altos, que faziam aos olindenses.Causas da Guerra dos Mascates Disputa entre Olinda e Recife pelo controle do poder poltico em Pernambuco. Crise econmica na cidade de Olinda.

Favorecimento da coroa portuguesa aos comerciantes de Recife. Forte sentimento antilusitano, principalmente entre a aristocracia rural de Olinda. Conquista da emancipao de Recife, atravs de Carta Rgia de 1709, que passou a ser vila independente, conquistando autonomia poltica com relao Olinda. A aristocracia rural de Olinda temia que Recife, alm de ser o centro econmico, passasse a ser tambm o centro poltico de Pernambuco.Objetivos Os olindenses queriam manter o controle poltico na regio, sobretudo com relao prspera cidade de Recife. Os olindenses queriam que a coroa portuguesa mantivesse Recife na condio de povoado. Os olindenses no queriam que a coroa portuguesa continuasse privilegiando os mascates (comerciantes de Recife). Logo, defendiam a igualdade de tratamento.

Como foi e fim do conflitoEm 1710, havia um clima de hostilidades e tenso entre as duas cidades pernambucanas. Neste ano, os olindenses invadiram Recife dando incio a Guerra dos Mascates. Num primeiro momento da guerra, os olindenses levaram vantagem, porm, em 1711 os recifenses se organizaram e invadiram Recife. A guerra terminou em 1711 aps a coroa portuguesa nomear, para governador de Pernambuco, Flix Jos Machado.Consequncias O governador de Pernambuco ordenou a priso dos principais lderes do movimento. A autonomia de Recife permaneceu aps o conflito. Em 1712, Recife tornou-se a sede administrativa de Pernambuco.

REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOSIntroduoTambm conhecida como Revolta de Vila Rica, este movimento nativista ocorreu no ano de 1720, na regio das Minas Gerais, durante o perodo do Ciclo do Ouro.Contexto histricoA regio de Minas Gerais produzia muito ouro no sculo XVIII. A coroa portuguesa aumentou muito a cobrana de impostos na regio. O quinto, por exemplo, era cobrado sobre todo outro extrado (20% ficavam com Portugal). Esta cobrana ocorria nas Casas de Fundio. Era proibida a circulao de ouro em p ou em pepitas. Quem fosse pego desrespeitando as leis portuguesas era preso e recebia uma grave punio (degredo para a frica era a principal).Causas da RevoltaA insatisfao popular era geral nas regies aurferas em funo dos impostos, punies e da fiscalizao portuguesa. Alm do povo, comerciantes e proprietrios de minas de ouro, que pagavam taxas e impostos, tambm estavam insatisfeitos com tudo que ocorria na colnia.O lder e suas ideiasFelipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro (dono de tropas de mulas para transporte de mercadorias). Com seus discursos e idias atraiu a ateno das camadas mais populares e da classe mdia urbana de Vila Rica. Defendia o fim das Casas de Fundio e a diminuio da fiscalizao metropolitana.RevoltaA revolta durou quase um ms. Os revoltosos pegaram em armas e chegaram a ocupar Vila Rica. Diante da situao tensa, o governador da regio, Conde de Assumar, chamou os revoltosos para negociar, solicitando que abandonassem as armas. Aps acalmar e fazer promessas aos revoltosos, o conde ordenou s tropas para que invadissem a vila. Os lderes foram presos e suas casas incendiadas. Felipe dos Santos, considerado lder, foi julgado e condenado morte por enforcamento.ConsequnciasAps a revolta, a coroa portuguesa aumentou ainda mais a fiscalizao na regio das minas, visando combater a evaso fiscal e o contrabando de ouro. Para aumentar o controle sobre a regio, foi criada a capitania de Minas Gerais.Por seu carter nativista e de protesto contra a poltica metropolitana, muitos historiadores consideram este movimento como um embrio da Inconfidncia Mineira.