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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • FEVEREIRO DE 2016 • ANO 3 • Nº 29 • 16.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA O momento do país e da sociedade mundial requer bom ânimo, disposição e atitude no bem, com respeito e com fraternidade. Página 9 Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br Universidade de Marília é destaque Conheça na reportagem o Centro Universitário Eurípedes de Marília. Página 5 Acesse: www.institutocairbarschutel.org Reúnam-se para orar A potencialidade da prece em conjunto nas visões de León Denis e Frigéri. Página 12 Escola do Sentimento Iniciativa do IBEM está em expansão e pode abranger todo o país. Página 3 Especulação moral? Afinal, o que nos move? Veja abordagem de Andres Gustavo Arruda. Página 7 Esperança sempre

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • FEVEREIRO DE 2016 • ANO 3 • Nº 29 • 16.000 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

O momento do país e da sociedade mundial requer bom ânimo, disposição e atitude no bem, com respeito e com fraternidade.Página 9

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Universidade de Marília é destaqueConheça na reportagem o Centro Universitário Eurípedes de Marília.

Página 5

Acesse: www.institutocairbarschutel.org

Reúnam-se para orarA potencialidade da prece em conjunto nas visões de León Denis e Frigéri.

Página 12

Escola do SentimentoIniciativa do IBEM está em expansão e pode abranger todo o país.

Página 3

Especulação moral? Afinal, o que nos move?Veja abordagem de Andres Gustavo Arruda.

Página 7

Esperança sempre

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Fevereiro de 2016 PÁGINA 2

Editorial

Ano promissor

Apesar da crise moral e econômica que en-frenta o país, por mais

paradoxal que possa parecer, vivemos um período promissor para a criatividade que podemos colocar em ação para os enfren-tamentos que aí estão a exigir decisões. As crises, na verdade, são propulsoras do progresso e promovem despertamentos da sonolência que nos permitimos. Isso como nação, instituições e como individualidades.

O ano trará muitas ocor-rências felizes ao movimento espírita, com a pujança que lhe é própria. Pedimos que � quem antenados para não perderem as notícias desta e das próximas edições, todas motivadoras para a coragem, o trabalho no bem e a con� ança em Deus. Dife-rentes eventos farão os inter-câmbios para o fortalecimento do imprescindível trabalho da divulgação espírita que orienta, esclarece, conforta.

No mês (fevereiro) em que Schutel lançou sua RIE – Revis-ta Internacional de Espiritismo, em 1925, há 91 anos, qual seria sua visão de futuro? Estamos vivendo o entusiasmo que ele projetou no tempo. Saibamos va-lorizar e honrar esse compromis-so de amor ao ideal espírita. r

Você lamenta os problemas familiares.Encontra o parente. E ele é antipático.Ama o � lho. E ele é insensível.

Fala com o irmão. E ele é estranho.Gosta do pai. E ele é agressivo.Acaricia a mãe. E ela é indiferente.Aprecia o primo. E ele é arrogante.Dialoga com o tio. E ele é mordaz.Admira o sogro. E ele é distante.Considera a nora. E ela é hostil.Respeita o cunhado. E ele é prepotente.Relações difíceis entre familiares são reajustes e compromis-

sos, determinados por dívidas em existências passadas. Tolere e ajude, sem ressentimento, o familiar que não é simpático, fazendo por ele o melhor possível.

No contexto da reencarnação, família não é simples reencontro. É o� cina de trabalho.(Comentário para estudo do capítulo IV, item 19, de O Evangelho Segundo o Espiritismo) r

Nota: Os volumes I e II do livro Estudando o Evangelho, estudam item por item de O Evangelho Segundo o Espiritismo. São comentários do espírito André Luiz, pela mediunidade Antonio Baduy Filho.

Sem ressentimentos com os problemas familiaresPágina de André Luiz convida à convivência pacífica.

Do livro Vivendo o Evangelho, volume I, Antonio Baduy, IDE, item 42 – pag. 94

Médico psiquiatra faz palestras em São Carlos e Matão:

19/fev – sexta, 20h – O Clarim, em Matão.

20/fev – sábado, 18h30 – Seara Espírita, em São Carlos.

21/fev – domingo, 09h – Nosso Lar, em Matão.

Com o livro “Homem e Deus: construindo a felicida-de”, em momentos de autó-grafos.

José Luiz Condotta

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Fevereiro de 2016PÁGINA 3

Campanha pela Escola do SentimentoProjeto pode ser aplicado em qualquer escola. É uma visão transformadora da educação e do processo ensino-aprendizagem. Conheça, participe, colabore! Estamos engajados.

[email protected]

Educação a distânciaDe qualquer parte do Brasil professores, diretores escolares, coorde-

nadores pedagógicos, estudantes de pedagogia, pais e educadores em geral podem estudar com o IBEM. É só acessar www.educacaomoral.org, escolher entre os cursos oferecidos e fazer sua matrícula. Os cursos possuem 30 horas/aula e são realizados em 4 semanas. Ao � nal o IBEM faz a entrega do certi� cado. Matrículas abertas para as turmas do mês de Março de 2016.

Programa Vivendo Sempre em PazÉ um programa oferecido gratuitamente para as Escolas e Organiza-

ções Sociais, distribuindo Cadernos de Atividades Educacionais sobre a Paz, que são auto-aplicáveis pelos educadores. Os Cadernos trazem atividades para a sala de aula, textos para re� exão e jogos educacionais, tudo voltado para a cultura da paz. E não há necessidade de cadastro, basta entrar no site do IBEM e baixar os cadernos.

ContatoConheça o trabalho do IBEM em www.educacaomoral.org. Somos

uma rede interativa de educadores trabalhando por uma nova educação. Faça contato através do e-mail [email protected], ou pelo telefone (21) 3439-0665. Também estamos no Facebook.

Veja o que o IBEM está fazendo

Você está sabendo que o Ministério da Educação lançou o Portal Inovação e

Criatividade na Educação Básica, listando 178 instituições brasileiras que estão fazendo a diferença no ensino? O Instituto Brasileiro de Educação Moral – IBEM, tam-bém está engajado nesse trabalho de fazer a diferença, mantendo o projeto da Escola do Sentimento, que pode ser aplicado em qual-quer escola, numa visão transfor-madora da educação e do pro-cesso ensino-aprendizagem.

Nosso grande sonho é ver a Es-cola do Sentimento implantada,

realizada, acontecendo por todos os cantos deste nosso Brasil. Para isso mantemos o Clube Amigos do IBEM, do qual toda pessoa física acima de 18 anos pode participar, fazendo sua inscrição e contribuindo mensalmente com o Instituto com o valor mínimo de R$ 15,00. Assim formamos um Fundo Mantenedor que tem por objetivo auxiliar a constru-ção da Escola do Sentimento, ou o � nanciamento às escolas que queiram se transformar em Escola do Sentimento.

Se você não puder ter o com-promisso mensal, pode realizar

uma contribuição avulsa, seja através de depósito bancário ou através do PagSeguro (veja quadro com as explicações). E se não puder contribuir financeira-mente, pode ser um divulgador de nossa campanha pela Escola do Sentimento junto a familiares e amigos.

A Escola do Sentimento tem como proposta realizar, de forma integrada, o desenvolvimento emocional e cognitivo de crian-ças e jovens, num processo edu-cacional por projetos, onde os educandos trabalham em grupos

de atividades e exploração do conhecimento.

A Escola do Sentimento é proposta do IBEM para uma escola dinâmica, transformadora, ética e participativa, tendo por base o trabalho desenvolvido por Pestalozzi, e as modernas conceituações e experiências pe-dagógicas, entre elas as ideias e experiências de Freinet, de Paulo Freire e de José Pacheco.

Participe da Campanha pela Escola do Sentimento. Juntos seremos força transformadora da educação. r

Acesse www.educacaomoral.org e clique em Clube Amigos do IBEM ou Escola do Sentimento, e veja como participar dessa campanha pela transformação das escolas, do ensino e da educação. Sua colaboração é fundamental para que a Escola do Sentimento seja uma realidade. Você pode contribuir de três maneiras:

1 – Inscrevendo-se no Clube Amigos do IBEM, colaborando men-salmente com a quantia mínima de R$ 15,00.

2 – Fazendo um depósito avulso no Bradesco, agência 0663, conta 074393-3, CNPJ 03.322.662/0001-76.

3 – Realizando sua contribuição através do sistema PagSeguro.

Campanha Escola do Sentimento

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Fevereiro de 2016 PÁGINA 4

CaricaturasO estudo perseverante do Espiritismo permite conhecê-lo devidamente.

Rogério [email protected]

Sabemos que a caricatura é um desenho que, pelo traço, pela escolha de

detalhes, revela certos aspec-tos fisionômicos da pessoa, acentuando-se, assim, mais os defeitos ou fatos em que esteja envolvida. É, portanto, uma reprodução deformada de algo ou alguém. No teatro é a representação burlesca em que são comicamente imita-das pessoas e fatos; arremedo, farsa, sátira...

Pois bem, existe certo tipo de inimigo da luz cuja técnica de ação é justamente usar o recurso da caricatura. De-senham, então, a caricatura do Espiritismo com o fim especí� co de denegri-lo. Ora, eles sabem muito bem o que é o Espiritismo, vez que todo

aquele que faz uma caricatura precisa estudar muito bem o modelo original. A partir daí, acentuando e revelando deta-lhes isolados, tecem o retrato distorcido ou tendencioso, com o qual pretendem iludir os ignorantes e desavisados, mostrando-lhes uma repro-dução deformada.

Os caricaturistas dessa or-dem são de todos os tempos! O próprio Mestre Lionês já esteve às voltas com eles. Andam agora tentando “re� nar” a Codi� cação.

Não sem motivos Jesus já nos alertava contra os falsos profetas.

O Espírita-Cristão jamais deverá negligenciar o estudo perseverante da Codi� cação Espírita a � m de reconhecer imediatamente uma “caricatu-

ra” quando com ela se deparar. Tal a imperiosa necessidade de esmiuçar até à exaustão os ensinamentos kardequianos para que estejamos

devidamente municiados contra as argumentações falaciosas e distor-cidas dos inimigos da luz.

É até mesmo nosso dever de Espíritas-Cristãos divulgar em espírito e verdade os sublimes ensi-namentos de Jesus através das cris-talinas lentes espiritistas de modo a legar aos pósteros, sem distorções, a formosa Doutrina elaborada pelos Benfeitores da humanidade em parceria com Kardec.

Será sempre de grande utilidade atentar para estas palavras de Eras-to1: “Nos momentos de transição qual o em que vivemos atualmente, urge descon� ar dos falsos profetas tanto como desmascará-los, vez que uma multidão de ambiciosos e intrigantes se arvoram em reforma-dores da humanidade... Descon� ai, pois, dos falsos profetas, máxime numa época de renovação, qual a presente, porque muitos imposto-res se dirão enviados de Deus. Eles procuram satisfazer na Terra à sua vaidade; mas uma terrível justiça os espera, podeis estar certos. É contra esses impostores caricaturistas da verdade que se deve estar em guar-da, correndo a todo homem hones-to o dever de desmascará-los.” r

1. KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espi-ritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XXI, item 9.

26 de fevereiro, sexta-feira, 20h = palestra na Casa da Fraternidade Chico Xavier – Rua João Velosa do Amaral, 187, Vale do Sol – tema livre

27 de fevereiro, sábado, das 14h30 às 18h = seminário no an� teatro da UNIARA – Av. D. Pedro II (entre ruas 5 e 6), Prédio da Uni-versidade. Tema: Mediunidade e Médiuns, das obras Mecanismos da Mediunidade e Nos Domínios da Mediunidade, Chico Xavier/André Luiz.

Abertura com o grupo espírita FAMILIA COM JESUS.Informações pelo e-mail: gustavogandol� @aasp.org.br – fone 16 9

8157 0932 ou pelo site: http://fraternidadechicoxavier.com.br/ e ainda: https://www.facebook.com/fraternidadechicoxavier/

Bacelli em Araraquara (SP)

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Fevereiro de 2016PÁGINA 5

Dedicação exemplar no ensino superiorMissão é ensino superior também para quem não pode pagar na maior instituição espírita do país atuando na área acadêmica.

Orson Peter Carrara [email protected]

Entrevistamos Dr. Luiz Carlos de Macedo Soares, promotor de justiça aposentado vincula-

do a várias instituições espíritas de Marília (SP), onde reside, e presiden-te da Fundação de Ensino “Eurípi-des Soares da Rocha”, que mantém o Centro Universitário Eurípides de Marília – onde também exerce as funções de Reitor (voluntário, sem remuneração). Compactamos aqui em trechos parciais os destaques da entrevista, ainda inédita, que será publicada na íntegra pela revista ele-trônica O consolador (portal www.oconsolador.com.br). A Fundação surgiu em 1965 por iniciativa do movimento espírita e levou para a ci-dade os primeiros cursos superiores; suas respostas oferecem a dinâmica do ideal espírita. (...)

3 - Considerando seus objetivos acadêmicos, quantos cursos existem atualmente em sua grade curricular?

São 11 cursos superiores de gra-duação, sendo o curso de Direito com Nota Máxima pelo MEC, 8 cursos de pós-graduação Lato Sensu e o Mestrado em Direito que é Nota 3 pelas Capes.

4 - Há algum tipo de vínculo da instituição com o movimento espí-rita local? Qual e como?

A instituição mantém vínculo permanente com a comunidade espírita de Marília e pode ser con-siderada a maior instituição espí-rita do Brasil atuando no Ensino Superior Brasileiro. Os membros da mantenedora da Fundação, são também membros do Educandário Dr. Bezerra de Menezes, do Hospi-tal Espírita de Marília, do Instituto Assistencial Espírita de Marília e de vários centros espíritas de Marília.

Registro importante: para parti-cipar da mantenedora da Fundação é necessário que o companheiro seja membro atuante espírita. (...)

5 - De seu histórico à frente da instituição, qual o maior aprendiza-do, considerando seu envolvimento pessoal com a Doutrina Espírita?

Creio que posso a� rmar sem dú-vidas que o principal aprendizado é a prática dos ensinamentos da doutrina na administração da Fundação. São mais de 300 funcionários, pessoas

de diferentes grupos e níveis sociais, contamos com pessoal de nível básico na administração e de vários doutores e mestres na docência. Esse

grupo muito heterogêneo, mais as responsabilidades com as � nanças e o bem conduzir a instituição para que se mantenha dentro dos padrões saudáveis da economia é um desa� o diário. Vale ressaltar ainda que a prin-cipal missão da Fundação é oferecer a oportunidade aos mais carentes de cursar o ensino superior, conforme

seus estatutos iniciais, e vejo que aí é que está o grande aprendizado - manter viva esta chama da caridade e da fraternidade, mesmo em tempos mais duros da economia. (...)

7 - Algo marcante que gostaria de destacar?

Desde o início atendemos alunos carentes com bolsas de estudo inte-grais ou parciais. São dois momentos marcantes: o primeiro quando eles nos procuram para fazer o vestibular e posteriormente a matrícula. Os pais trazem os sonhos, trazem a esperança de ver seu(a) � lho(a), muitas vezes, o(a) único(a) que no meio familiar teve a chance de chegar até o ensino superior. Precisam da bolsa de estudos para ver este sonho realizado. Passam pelo Núcleo de Assistência Social, fazem a entrevista e quando se en-quadram no per� l da carência estão aptos a integrar o quadro discente. É a primeira parte do sonho realizado. A segunda parte, a mais feliz ainda, é quando no dia da formatura a família inteira está presente, trazem cartazes “você venceu”, “você conseguiu”, “pa-rabéns pela conquista”, “você é ven-cedor(a)...” e enchem o ambiente de aplausos e de uma alegria contagiante.

É ali que vejo que tudo valeu a pena, valeu acreditar no ser huma-no, valeu manter o ideal dos nossos pioneiros, valeu cada minuto que passo aqui na Fundação.

8 - Suas palavras � nais.(...) Tenho um sonho de que os

homens se conscientizem de que a vida só tem sentido quando pratica-mos o amor ao próximo. Já experi-mentei algumas vezes a alegria de ver um ex-aluno que foi bolsista, retornar à Fundação e fazer a doação de livros para a biblioteca como forma de agra-decimento por tudo que recebeu. E de encontrar um destes bolsistas, de-pois de anos, e � car sabendo que ele está ajudando a � nanciar os estudos de alguém mais necessitado. Em cada turma nova que formamos, todos os anos, pelo menos 35% dos alunos são bolsistas ou receberam alguma ajuda para concluir os seus estudos. (...) r

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Fevereiro de 2016 PÁGINA 6

Inscrições e informações: [email protected]

24 3347-734024 98848-1521

Encontro NacionalYvonne Pereira

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Fevereiro de 2016PÁGINA 7

O labor espírita e o problema da especulaçãoÉ oportuno indagarmos a nós mesmos sobre o móvel de nossas ações.

Andres Gustavo [email protected]

Em seu primeiro discurso pronunciado nas reuniões gerais dos espíritas de Lyon

e Bordeaux, Allan Kardec advertiu os confrades para um problema que então grassava em algumas instituições espíritas: a especula-ção. De início, teceu considerações acerca da especulação material, uma vez que alguns grupos estavam cobrando entrada das pessoas que assistiam às sessões.

Ademais, mencionou outro tipo de especulação, que chamou de especulação moral. É dizer: “a satis-fação do orgulho, do amor próprio (sic). É o caso dos que acreditam, sem interesse pecuniário, fazer do Espiritismo um pedestal ho-norífico para se colocarem em evidência” 1 (grifos nossos).

E, atualmente, isto ocorre por que, não raras vezes, alguns de nós, lidadores espíritas, transfe-rimos nossas ambições relativas às coisas materiais para as coisas divinas.2 Desta forma, frequen-temente imaginamos que, na tarefa que abraçamos, somos in-substituíveis, e que somente nós temos condições de executá-la.

Sucede que raciocinamos como se fôssemos um corpo que possui um Espírito e não um Espírito temporariamente vestido de um corpo de carne.

Outrossim, esta perspectiva faz com que nos apeguemos a nós mesmos, inclusive aos próprios cargos. Alargando a conceituação, temos a questão 895 d’O Livro dos Espíritos, que nos auxilia na compreensão do tema em apreço:

895. À parte os defeitos e os vícios sobre os quais ninguém se enganaria, qual é o indício da im-perfeição?

O interesse pessoal. As qua-lidades morais são geralmente como a douração de um objeto de cobre, que não resiste à pedra de toque. Um homem pode possuir qualidades reais que o fazem para o mundo um homem de bem; mas essas qualidades, embora represen-tem um progresso, não suportam em geral a certas provas e basta ferir a tecla do interesse pessoal para se descobrir o fundo. O ver-dadeiro desinteresse é de fato tão raro na Terra que se pode admirá

-lo como a um fenômeno, quando ele se apresenta. O apego às coisas materiais é um indício notório de inferioridade, pois quanto mais o homem se apega aos bens deste mundo, menos compreende o seu

destino. Pelo desinteresse, ao con-trário, ele prova que vê o futuro de um ponto de vista mais elevado. (grifos nossos)

Passemos, agora, à concei-tuação de desinteresse material e desinteresse moral. Kardec

entendeu por desinteresse moral a abnegação, a humildade, a ausência de toda a pretensão or-gulhosa, de todo o pensamento personalista colocados a serviço da doutrina. No que tange ao desinteresse material, a expressão é autoconceitual, consistente, pela obviedade, na ausência de todo desejo de retribuição pecuniária.3 Asseverou o Codi� cador, noutra oportunidade, que o desinteresse material é improfícuo se não for acompanhado pelo mais comple-to desinteresse moral.4

Em nossas atividades doutri-nárias será oportuno, portanto, indagarmos a nós mesmos sobre o móvel de nossas ações. Até que ponto não estamos sendo mo-vidos pela especulação – moral sobretudo, pois a material, nos dias de hoje, é mais rara – ou pela presunção?

Perguntemos a nossa consciên-cia e ela nos responderá. r

1. KARDEC, Allan. Viagem Espírita em 1862, p. 48. 2. Cf. A Coragem da Fé, pp. 4-5.3; Cf. Viagem Espírita em 1862. 4. Cf. Revista Espírita de Março de 1864.

“(...) frequentemente imaginamos que, na tarefa que abraçamos, somos insubstituíveis, e que somente nós temos condições de executá-la. Sucede que raciocinamos como se fôssemos um corpo que possui um Espírito e não um Espírito temporariamente vestido de um corpo de carne.

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Fevereiro de 2016 PÁGINA 8

Por que Deus permite que os Espíritos nos excitem ao mal?Reflexão está em torno da questão 466 de “O Livro dos Espíritos”.

Luiz Paulo [email protected]

A resposta dos Espíritos na obra em questão está assim: O maior inimigo

do homem é o egoísmo, que dele deriva o orgulho, o ciúme e outros

adjetivos que deveríamos erradicar do nosso vocabulário e extinguir da memória da humanidade, mas quem alimenta estes sentimentos somos justamente nós; isso faz com que se crie um bloqueio mental so-bre o que acontece ao nosso redor, � camos cegos perante a imensida-de de conhecimento e belezas que este planeta pode nos proporcionar: o simples pôr do sol, o lindo cantar de um pássaro, a inocência do olhar de uma criança, o amor na proteção de sua mãe com seu � lho.

Mas a pessoa que alimenta os sentimentos contrários ao bem se

con� na em momentos supér� uos, em vícios, se isola, deixa de fazer uma amizade ou abraçar quem ama pelo seu orgulho, mesmo en-tre seus familiares e seus amigos; não consegue se sentir em paz pelo con� ito que existe dentro de sua mente, por se considerar o “melhor”.

Acaba por mutilar o seu cor-po espiritual e físico, trazendo

enfermidades, preocupações e noites em claro. Para este irmão

que convive com este sentimento em seu coração não existe paz, pois ele abre portas para que o negativismo faça morada em seu íntimo, daí se faz a lei de causa e efeito, o que você pensa você atrai.

Mas nosso Pai todo compassivo em seu amor, determinou para cada um de nós um anjo da guarda que busca constantemente a nossa

evolução mesmo que seja a pe-quenos passos.

Se soubéssemos das artima-nhas das trevas da ignorância para nos degradar e nos aproxi-mar da infelicidade, inseguran-ça, depressão, com certeza bus-caríamos a mudança de hábitos constantemente. Tenhamos fé, perseverança, e não deixemos que estes sentimentos façam morada em nosso ser, pois o maior inimigo do homem é ele próprio que alimenta.

Daí a importância da me-lhora moral que atrai a in� u-ência dos bons espíritos. A decisão da melhora moral ou da acomodação é sempre nossa! r

“Se soubéssemos das artimanhas das trevas da ignorância para nos degradar e nos aproximar da infelicidade, insegurança, depressão, com certeza buscaríamos a mudança de hábitos constantemente.

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Fevereiro de 2016PÁGINA 9

Esperança sempre!Momento histórico pede firmeza moral

Tiago Cintra EssadoPresidente da AJE-Brasil (Associação Jurídico-Espírita do Brasil), www.ajebrasil.org.br

“O s Esp í r i t o s do Senhor, que são as v ir tudes dos

céus, como um imenso exército que se movimenta, ao receber a ordem de comando, espalham-se sobre toda a face da Terra. Semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos.”

Eis o início do prefácio de “O Evangelho Segundo o Espiritis-mo”, pelo Espírito da Verdade. Di-mensionar essa dinâmica espiritual é uma necessidade imprescindível para os dias atuais, em que o pes-simismo campeia solto, inclusive entre os religiosos.

O presente momento pelo qual transita o País e a sociedade mun-dial requer bom ânimo, disposição e atitude no bem, com respeito e com fraternidade.

“Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glori-� car os justos.”

A busca da verdade, a imple-mentação da justiça, do amor e da caridade entre os homens devem fazer parte do roteiro de vida de todo cidadão ético. Vê-se a atualidade do texto que resume

a obra que trata essencialmente da ética e da moral dentro da Doutrina Espírita.

“As grandes vozes do céu res-soam como o toque da trombeta, e os coros dos anjos se reúnem. Homens, nós vos convidamos ao divino concerto; que vossas mãos tomem a lira, que vossas vozes se unam e, num hino sagrado, se es-tendam e vibrem, de um extremo do Universo ao outro.”

O convite é a cada um de nós, todos dotados de potencialidades divinas. Precisamos fazer parte deste concerto divino e universal, sem perda de tempo. Não é possível dissiparmos energias com triviali-

dades, com ressentimentos preté-ritos, com ilusões que nos cegam.

Os tempos atuais pedem foco no que é positivo. O fato nega-tivo serve de re� exão para não incidirmos no erro e melhor pla-nejarmos nossos próximos passos. Somente isso.

Trabalhar com vontade, com alegria, com humildade, respei-tando a todos, eis os ingredientes para fazermos parte desta equipe divina, que anseia e aguarda por nossa presença.

“Homens, irmãos amados, es-tamos juntos de vós. Amai-vos também uns aos outros e dizei, do fundo de vosso coração, fazendo a vontade do Pai que está no Céu: “Senhor! Senhor!” e podereis entrar no Reino dos Céus.”

Com esse resumo de “O Evan-gelho Segundo o Espiritismo” resta-nos re� etir sobre nosso real desejo de engrossar esse caldo, acei-tando a vontade do Pai. Esperança para isso nunca deve faltar. r

A mídia tem registrado comentário sobre o ra-cismo. Jornal Nacional

(TV Globo) tem focalizado as lamentáveis ocorrências sofridas pela jornalista afrodescendente, Maria Julia Coutinho, a moça do tempo.

A prática do racismo constitui crime ina� ançável e imprescritível. Mas a di� culdade em aceitar todos

Olhos azuisPreconceitos... que incoerência.

Raymundo Rodrigues [email protected]

os valores no leque das diferenças é que perpetua o preconceito.

Vejamos o que nos falam os intelectuais e homens do bem do passado:

É mais fácil desintegrar um áto-mo do que um preconceito (Eins-tein), O preconceito é uma opinião não submetida à razão (Voltaire), Detesto o racismo porque o vejo como algo bárbaro (Mandela)

Enfrentar preconceito é o preço que se paga por ser diferente (Gas-paretto), Somos todos escravos da lei, para que possamos ser livres (Pe Cícero), O preconceito é uma opinião não submetida à razão (Voltaire). Vejamos o que nos fala Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, XXIV 266:

“... rejeite-se, sem hesitação, tudo o que vá contra a lógica e o

bom-senso ... este meio é único, porque não há comunicação má que resista a uma crítica rigorosa “.

Este crime que ainda é pratica-do no Brasil foi legalmente aboli-do pela LEI ÁUREA sancionada pela princesa Isabel no dia 13 de maio de 1888 dando liberdade total aos negros.

Nós, principalmente nós que somos espíritas, temos a obriga-ção de respeitar a todos os nos-sos semelhantes sem distinção de raça, cor, ou nacionalidade. Nunca poderemos nos esquecer que somos todos filhos do mes-mo Pai. r

Tema: Desvelando o Evangelho: a obra de Kardec e Emmanuel. Data: 05 de março (sábado). Local: A. E. Obreiros do Bem – (R. Vivaldo Lan-zoni, 200). Horário: das 13 às 20h. Participação: Coral Canto do Canto. Palestrantes: Márcio Correa e Saulo Cesar (NEPE/FEB).

Formato: Palestra, Seminário, Grupos de estudos, Diálogo e perguntasInscrições: pelo e-mail [email protected] ou na secretaria da casa. No dia do evento serão recolhidos alimentos não-perecíveis para doação

3º Encontro Sob a luz do Evangelho em São Carlos-SP

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Fevereiro de 2016 PÁGINA 10

AnimaisTodos devemos respeito aos animais.

Davis Glaucio [email protected]

No presente momento que escrevo este artigo, fico pensando o quanto a Dou-

trina Espírita nos conforta e a cada dia mais, nos orienta sobre vários assuntos atuais. De alguns anos para cá, de certa monta, não é por acaso, um tema que vem recebendo grande orientação espiritual, com o lança-mento e publicação de vários livros, é sobre nossos irmãos animais.

Chico Xavier em sua passagem pelo planeta, sempre demonstrou o carinho e respeito por todas as criaturas, seja, pelos cães, gatos, cavalos, vacas e até formigas.

Percebe-se caro amigo(a) lei-tor(a), toda a maldade praticada para com os nosso irmãos animais, também é levada em conta na ques-tão das lesões à lei de amor. Faz-se necessário entender, que os animais estão no planeta para aprendizados e também serem amados; neste sentido, de nada adianta sermos cristãos somente dentro da Casa Espirita, Templo Evangélico ou

Missa dominical. Temos que dosar nossas atitudes em busca de um planeta cada vez melhor para todas as formas de vidas.

Na pergunta 597 de O Livro dos Espíritos, Alan Kardec pergunta ao Espírito de Verdade:

“Visto que os animais têm uma inteligência que lhes faculta certa li-berdade de ação, haverá neles algum princípio independente da matéria?

Sim, e que sobrevive ao corpo”. Esclarecem, contudo, na mesma

questão que “É também uma alma, se quiserdes; isso depende do sentido

que se dá a essa palavra; ela, porém, é inferior à do homem.”

Importante, todavia, considerar que na questão 601, da mesma obra, eles respondem que igualmente os animais seguem uma lei progressi-va como os seres humanos.

E são tratados e muito bem recebidos em colônias espirituais próprias após o fenômeno de morte física. Esse questionamento foi apontado por André Luis junto ao seu mentor, quando perguntado sobre o funcionamento do processo evolutivo dos animais.

Destaque-se, inclusive, a respos-ta do item 283 em O Livro dos Mé-diuns: “Depois da morte do animal, o princípio inteligente, que estava nele, � ca em estado latente; logo é utilizado por certos Espíritos, encarregados desse cuidado, para animar novos seres nos quais con-tinua a obra da sua elaboração. (...)”

Portanto, é mais que notável dentro da Doutrina Espirita, o zelo e apoio aos animais. Seja na atitude prática da mudança de hábito alimentar abstendo-se do sofrimento desnecessário aplicado aos animais de matadouros, pelo apoio voluntário às entidades que desempenham seu papel de proteção aos animais, ou mesmo pela divulgação de mensagens edi-� cantes. Sejamos todos Amigos desses seres em evolução chama-dos nossos irmãos animais.

Sugerimos inclusive aos leitores buscarem as questões 592 a 610 de O Livro dos Espíritos, especialmen-te a 607 que aborda com precisão a questão evolutiva. r

O capítulo XIX da obra em destaque, na 2ª. parte, é especí� co na temática.

Os Espíritos Erasto e Timóteo assinaram o item 225, do qual destacamos trecho parcial:

“(...) Assim, quando encontra-mos em um médium o cérebro povoado de conhecimentos ad-quiridos na sua vida atual e o seu

Papel do médium nas comunicações espíritasO Livro dos Médiuns traz valioso tesouro de conhecimentos.

Redaçã[email protected]

Espírito rico de conhecimentos latentes, obtidos em vidas anterio-res, de natureza a nos facilitarem as comunicações, dele de preferência nos servimos, porque com ele o fenômeno da comunicação se nos torna muito mais fácil do que com um médium de inteligência limita-da e de escassos conhecimentos an-teriormente adquiridos. (...) Com

um médium, cuja inteligência atual, ou anterior, se ache desenvolvida, o nosso pensamento se comunica instantaneamente de Espírito a Es-pírito, por uma faculdade peculiar à essência mesma do Espírito. Nesse caso, encontramos no cérebro do médium os elementos próprios a dar ao nosso pensamento a vestidu-ra da palavra que lhe corresponda e

isto quer o médium seja intuitivo, quer semimecânico, ou inteira-mente mecânico. Essa a razão por que, seja qual for a diversidade dos Espíritos que se comunicam com um médium, os ditados que este obtém, embora procedendo de Espíritos diferentes, trazem, quanto à forma e ao colorido, o cunho que lhe é pessoal. (...).” r

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Fevereiro de 2016PÁGINA 11

Ao Brasil, ao movimento jurídicoespírita, ao cidadãoMensagem traz importante alerta, convida ao bem e traz otimismo.

Cedida pela [email protected]

Trazemos aos leitores, em transcrição parcial, men-sagem mediúnica obtida

na reunião do grupo de estudos do Núcleo Rio Claro, da AJE-SP (Associação Jurídico-Espírita de São Paulo), de 12/08/2015, dada por Espírito trabalhador do movi-mento jurídico-espírita brasileiro:

(...) O movimento jurídico-es-pírita hoje alcança um estágio que já havíamos previsto há um tempo. Agradecemos o esforço dos companheiros espalhados em todo país, voltados para uma justi-ça mais humana, para uma justiça por mais paradoxal que isso possa parecer, mais justa. É que ainda, infelizmente, somos acometidos pelos erros do pretérito. Nosso pas-sado tortuoso envolto em crimes, em vaidades, em tristes cenários, empata-nos ainda de maneira pro-funda e constante nos dias atuais em tristes tragédias.

Não é à toa que assistimos a verdadeiras tragédias romanas. Os circos forenses da atualidade são de diferente espécie. Não temos mais o antigo coliseu, mas temos lutas cruéis em nome do poder, um poder muito pequeno, um poder transitório que só di� culta a vida de todos nós e em especial de milhares de espíritos sedentos por justiça.

Portanto irmãos, o nosso traba-lho não é fácil, mas é preciso que

tenhamos consciência disto, que na seara do Cristo nada é fácil; que na seara do Cristo a dor e o espinho andam juntos com o trabalho.

Não há um só discípulo do Cristo que tenha um caminhar tranquilo, um caminhar cheio de � ores, de serenidade, de maravilhas sobretudo mundanas.

Andar com o Cristo, andar em direção ao Cristo requer abnegação, requer em primeiro lugar o despo-jamento das vaidades das ilusões e como diz o texto do Evangelho, é necessário abrirmos mãos por anseios, por posições terrenas, por status, por momentos de glória materiais que só nos trazem os de-vaneios da alma, di� cultando esta caminhada ao lado e em direção ao Cristo.

Portanto meus amigos, o mo-mento atual exige-nos paciência, exige-nos esforço, exige-nos atitu-

de. É preciso que cada um tenha em mente esses pressupostos para seguirmos juntos na seara do Cristo.

É um caminhar individual, mas também coletivo. O grupo que estamos formando não é novo, mas também guarda as reminiscências pretéritas que vez ou outra surgem fortes para os momentos de desestabilização, de desarmonia, daí a necessidade do orai e do vigiai permanente, constante, perene.

É preciso que no caminhar do movimento jurídico-espírita haja essa compreensão, que o trabalho consiste, numa síntese, na introdu-ção de o Evangelho no mundo da justiça, o que requer, antes de mais nada, a introdução de o Evangelho no coração de cada um de nós que trabalhamos nesse universo. (...)

Queridos amigos é preciso união, é preciso trabalho, é preciso que andem de mãos dadas para suportarem juntos esse momento de di� culdade pelo qual passa o nosso querido Brasil.

Deem as mãos, levantem as cabeças e coloquem-se a caminhar. Caminhar é uma diretriz impor-tante para o momento presente, e o Brasil com dimensões continentais guarda veredas in� nitas para que caminhemos sem perder de vista a in� nitude do tempo, sem per-der de vista que quem começa no

trabalho do Cristo não tem prazo para terminar. Portanto, tenham em mente que estamos apenas no início, trata-se de um processo que se encontra numa fase muito rudi-mentar, muito inicial e há muito o que fazer.

Daí a necessidade de todos os companheiros permanecerem em equilíbrio, em serenidade, mas conscientes de que o trabalho pre-cisa ser feito. Há muitos espaços para que haja essa permeabiliza-cão das ideias cristãs no mundo da justiça.

Portanto meus amigos, che-gou a hora desse movimento ser alavancado em solos brasileiros para que mais adiante com uma força já conquistada, força essa de natureza moral e espiritual, esse movimento possa também caminhar para os nossos irmãos de outras pátrias terrenas, porque no � m nós vivemos numa só pá-tria num só grupo universal, tudo sob o comando de um só Pai, sem distinções de raças e de credos, de cores e de nacionalidades, de línguas e de percepções, e é para isso que precisamos caminhar, para esse universo plural, multi-facetado, amplo, imenso.

Portanto amigos, seguimos adiante, façamos a nossa parte, com a certeza de que estamos engati-nhando nesse processo, há muito o que ser feito. r

“ Queridos amigos é preciso união, é preciso trabalho, é preciso que andem de mãos dadas para suportarem juntos esse momento de dificuldade pelo qual passa o nosso querido Brasil.

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PÁGINA 12

Reúnam-se para orar

Atos dos Apóstolos, cap. XII, v. 12

Sobre o o tema, Léon Denis, em  Depois da Morte* (cap. LI, A Prece), escreveu: “(...) A

prece feita em conjunto é um feixe de vontades, de pensamentos, raios, harmonias, perfumes, que se dirige com mais poder para seu objetivo. Ela pode adquirir uma força irre-

sistível, uma força capaz de susten-tar, abalar as massas � uídicas. Que alavanca para a alma ardente que coloca nesse impulso tudo o que há de grande, de puro, de elevado nela! Nesse estado, seus pensamentos jorram, como uma corrente impe-riosa, em generosos e poderosos

e� úvios. (...) O homem traz em si um motor incomparável, do qual não sabe tirar senão um medíocre partido.  Para  fazê-lo funcionar, duas coisas são su� cientes, todavia, a fé e a vontade (...)”.

O artigo Oração e Vigilância, em Reformador, de abril/02, assinada por Mário Frigéri, destaca exata-mente o que diz Denis na obra referida: “(...) Em essência, nisto consiste a Vigilância ou Meditação: é � car silenciosamente em stand by, mentalmente vazio mas fantasti-

camente alerta. Não vale cochilar ou adormecer (...)” E sugere: “(...) Portanto, na próxima vez que Orar, procure em seguida  Vigiar  (...), � cando sereno, extático, na mais absoluta quietude e paz interior, a � m de aguardar e receber a resposta suprema, caso esteja esperando por uma. É o que o Cristo espera daqueles que aspiram ao disci-pulado real, através desse diálogo de alma para alma (...), conforme o caminho revelado por Ele na Sua Oração ao Pai (...)”. r